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Prova FACET Concursos - 2020 - Prefeitura de Capim - PB - Agente Administrativo


ID
5045803
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e, em seguida, responda a questão pertinente:

Louco amor
(Ferreira Gullar)

    Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las. “No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.
    Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida.
    Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revê-la. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.
    Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.
    Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.
    Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, entranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada.
    Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixando-se em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.
    Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.
    Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”
    Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.

Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

Marque a opção CORRETA, de acordo com o texto:

Alternativas
Comentários
  • A questão é de interpretação de texto e quer que marquemos a opção CORRETA de acordo com o texto. Vejamos:

     . 

    A) Júlio teve a mesma intensidade de paixão por todas as mulheres que conheceu.

    Errado. As paixões de Júlio não tiveram a mesma intensidade. De acordo com o texto, em relação a Nevinha, Júlio "pensava nela e queria ir correndo encontrá-la"; por Teca ele "enamorou-se"; por Lúcia foi "amor a distância"; enlouqueceu mesmo foi pela Paula"; "conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos".

     . 

    B) Júlio se apaixonou, mais ardentemente, por Paula, que marcou toda a sua vida.

    Certo. De acordo com o texto, Júlio "enlouqueceu mesmo foi pela Paula".

     . 

    C) Lúcia foi a mulher que despertou a mais forte das paixões em Júlio.

    Errado. De acordo com o texto, Paula foi a mulher que despertou a mais forte das paixões em Júlio. Lúcia foi um "amor a distância".

     . 

    D) Camila, com quem Júlio acabou se casando, foi verdadeiramente a mulher por quem se apaixonou.

    Errado. De acordo com o texto, Júlio se casou com Camila, mas "enlouqueceu mesmo foi pela Paula".

     . 

    E) Nevinha foi a maior paixão da vida de Júlio.

    Errado. De acordo com o texto, Paula foi a maior paixão da vida de Júlio. Nevinha foi uma rápida paixão que Júlio teve aos oito anos de idade.

     . 

    Gabarito: Letra B

  • Que bonito esse texto, bem poético !

    Gabarito B

  • Marque a opção CORRETA, de acordo com o texto:

    Alternativas

    A

    Júlio teve a mesma intensidade de paixão por todas as mulheres que conheceu.

    B

    Júlio se apaixonou, mais ardentemente, por Paula, que marcou toda a sua vida.

    C

    Lúcia foi a mulher que despertou a mais forte das paixões em Júlio.

    D

    Camila, com quem Júlio acabou se casando, foi verdadeiramente a mulher por quem se apaixonou.

    E

    Nevinha foi a maior paixão da vida de Júlio.


ID
5045806
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e, em seguida, responda a questão pertinente:

Louco amor
(Ferreira Gullar)

    Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las. “No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.
    Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida.
    Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revê-la. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.
    Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.
    Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.
    Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, entranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada.
    Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixando-se em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.
    Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.
    Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”
    Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.

Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

Marque a alternativa INCORRETA, de acordo com o texto:

Alternativas
Comentários
  • A questão é de interpretação de texto e quer que marquemos a opção INCORRETA de acordo com o texto. Vejamos:

     . 

    A) Bonetti, pai de Paula, reprovou a separação da filha e acabou morrendo por desgosto com esse fato.

    Errado. Em nenhum momento o texto traz essas afirmações. O que sabemos, de acordo com o texto, é que Bonetti morreu dormindo, e não de desgosto.

     . 

    B) A imagem de Paula passou a figurar como tema nas telas de pintura produzidas por Júlio.

    Certo. De acordo com o texto, Júlio "decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas.".

     . 

    C) Júlio tornou-se um pintor reconhecido.

    Certo. De acordo com o texto, "Os colegas gostaram [dos quadros de Júlio] e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios.".

     . 

    D) Paula, depois de separada e de ter morado nos Estados Unidos, regressa ao Brasil, fixando-se em São Paulo.

    Certo. De acordo com o texto, "quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.".

     . 

    E) Júlio e Bornetti permaneceram amigos por toda a vida.

    Certo. De acordo com o texto, Paula afirma: "Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.".

     . 

    Gabarito: Letra A

  • "Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois."

  • Marque a alternativa INCORRETA, de acordo com o texto:

    Alternativas

    A

    Bonetti, pai de Paula, reprovou a separação da filha e acabou morrendo por desgosto com esse fato.

    B

    A imagem de Paula passou a figurar como tema nas telas de pintura produzidas por Júlio.

    C

    Júlio tornou-se um pintor reconhecido.

    D

    Paula, depois de separada e de ter morado nos Estados Unidos, regressa ao Brasil, fixando-se em São Paulo.

    E

    Júlio e Bornetti permaneceram amigos por toda a vida.


ID
5045809
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e, em seguida, responda a questão pertinente:

Louco amor
(Ferreira Gullar)

    Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las. “No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.
    Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida.
    Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revê-la. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.
    Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.
    Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.
    Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, entranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada.
    Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixando-se em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.
    Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.
    Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”
    Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.

Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

Marque a alternativa CORRETA, de acordo com o texto:

Alternativas
Comentários
  • Assertiva E

    loucura de Júlio por Paula

    Amor idealizado, que não se conclui fisicamente.

  • A questão é de interpretação de texto e quer que marquemos a opção CORRETA de acordo com o texto. Vejamos:

     . 

    A) O personagem Júlio sempre foi muito promíscuo em suas relações sentimentais.

    Errado. De acordo com o texto, não há que se falar em promiscuidade (imoralidade) nas relações sentimentais de Júlio, já que suas paixões foram "sadias".

     . 

    B) Teca é a personagem central da narrativa.

    Errado. De acordo com o texto, Paula é a personagem central da narrativa.

     . 

    C) Todas as atenções da narrativa estão centradas na personagem Nevinha.

    Errado. De acordo com o texto, todas as atenções da narrativa estão centradas na personagem Paula, por quem Júlio foi extremamente apaixonado.

     . 

    D) A personagem Camila está focalizada desde o início da narrativa, atraindo para si o olhar apaixonado de Júlio.

    Errado. De acordo com o texto, Camila aparece mais no fim da narrativa e foi Paula quem atraiu para si o olhar apaixonado de Júlio.

     . 

    E) A narrativa reconstitui as peripécias de sentimentos e paixões do personagem Júlio.

    Certo. A narrativa reconstitui as peripécias (aventuras) de sentimentos e paixões do personagem Júlio. De acordo com o texto, com relação a Nevinha, Júlio "pensava nela e queria ir correndo encontrá-la"; por Teca ele "enamorou-se"; por Lúcia foi "amor a distância"; "enlouqueceu mesmo foi pela Paula"; "conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos".

     . 

    Gabarito: Letra E

  • Marque a alternativa CORRETA, de acordo com o texto:

    Alternativas

    A

    O personagem Júlio sempre foi muito promíscuo em suas relações sentimentais.

    B

    Teca é a personagem central da narrativa.

    C

    Todas as atenções da narrativa estão centradas na personagem Nevinha.

    D

    A personagem Camila está focalizada desde o início da narrativa, atraindo para si o olhar apaixonado de Júlio.

    E

    A narrativa reconstitui as peripécias de sentimentos e paixões do personagem Júlio.


ID
5045812
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e, em seguida, responda a questão pertinente:

Louco amor
(Ferreira Gullar)

    Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las. “No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.
    Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida.
    Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revê-la. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.
    Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.
    Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.
    Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, entranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada.
    Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixando-se em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.
    Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.
    Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”
    Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.

Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

O texto, predominantemente, é:

Alternativas
Comentários
  • Texto predominantemente narrativo. Nesse tipo de texto, predomina o emprego do pretérito, contar um fato ficto ou não, que aconteceu em determinado tempo e lugar.

  • por isso amo estudar português em concursos, antes da metade do texto marquei o gabarito, porém voltei na questão pra terminar o texto e juro que quase chorei com o final... sinceramente é assim que acontece na vida real!! aquelas paixões de criança que nunca mais veremos... Quando temos mais idade surgem aqueles amores do 4° e 5°ano que deixam sdds e quando nos dermos conta estamos no ginásio (6°ao9°ano) e mais uma vez se disperta uma paixão, agora mais viável porém ainda não há maturidade e os amores logo se vão!! Ao chegar no ensino médio vc conhece a menina(o) dos seus sonhos mas depois se frustam e terminam. Daí vc começa estudar pra concurso e sem querer se apaixona de novo, agora, por uma princesa da igreja na qual vc fica pensando se um dia teriamos um "felizes para sempre", e enquanto isso acontece sigamos estudando para concursos!!! sobre a questão kkkkk: gabarito C (texto narrativo) AVANTE!!!
  • E eis que no final do texto surge a sua cola

    Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

  • PC-PR 2021

  • NARRATIVO: conta uma história, relata um acontecimento no pretérito perfeito ou no presente histórico.

    Há uma evolução cronológica: antes e depois.

    DESCRITIVO: caracteriza, qualifica cenas, paisagens e personagens. Ocorre no pretérito imperfeito ou presente.

    As ações são simultâneas, estáticas.

    DISSERTATIVO: discorre, discute. Pode ser:

    EXPOSITIVO/INFORMATIVO: fatos por si só.

    ARGUMENTATIVO: fatos para comprovar opinião.


ID
5045815
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e, em seguida, responda a questão pertinente:

Louco amor
(Ferreira Gullar)

    Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las. “No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.
    Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida.
    Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revê-la. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.
    Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.
    Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.
    Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, entranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada.
    Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixando-se em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.
    Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.
    Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”
    Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.

Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

A passagem adiante servirá de base para a questão:

A coisa nasceu sem que ele se desse conta, que a via como uma menina.”


A que se refere o termo destacado “coisa”?

Alternativas
Comentários
  • Assertiva d

    loucura de Júlio por Paula

     A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revê-la. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.

  • ALTERNATIVA D

    "Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina."

  • LETRA D.

    Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina.


ID
5045818
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e, em seguida, responda a questão pertinente:

Louco amor
(Ferreira Gullar)

    Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las. “No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.
    Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida.
    Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revê-la. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.
    Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.
    Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.
    Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, entranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada.
    Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixando-se em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.
    Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.
    Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”
    Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.

Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

A passagem adiante servirá de base para a questão:

A coisa nasceu sem que ele se desse conta, que a via como uma menina.”


Aponte a relação de sentido fixado pelo convectivo grifado em relação à construção antecedente:

Alternativas
Comentários
  • Correta, A

    "Já que", "porquanto", etc possuem valor explicativo OU causal, a depender do contexto. No caso da questão, há o sentido explicativo, podendo a conjunção JÁ QUE ser alternada pela expressão VISTO QUE.

    A coisa nasceu sem que ele se desse conta,  que a via como uma menina.”

    A coisa nasceu sem que ele se desse conta, VISTO QUE a via como uma menina.

    Lute hoje, conquiste amanhã. Pertenceremos !!!


ID
5045821
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e, em seguida, responda a questão pertinente:

Louco amor
(Ferreira Gullar)

    Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las. “No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.
    Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida.
    Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revê-la. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.
    Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.
    Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.
    Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, entranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada.
    Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixando-se em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.
    Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.
    Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”
    Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.

Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

Releia e responda: “Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.” Dê a classificação morfológica respectiva dos termos sublinhados, considerando a inserção na sentença:

Alternativas
Comentários
  • Gab letra C: " Louco para tomar-lhe as mãos (suas mãos, as mão dela), e dizer-lhe (dizer à ela)

  • Os pronomes possessivos são os tipos de pronomes que fazem uma referência às pessoas do discurso indicando uma relação de posse. Os pronomes possessivos mantêm uma estreita relação com os pronomes pessoais pois indicam aquilo que cabe ou pertence aos seres indicados pelos pronomes pessoais. 

    Exemplos:

    • Essa caneta é minha? (o objeto possuído é a caneta, que pertence à 1ª pessoa do singular)
    • O computador que está em cima da mesa é meu. (o objeto possuído é o computador, que pertence à 1ª pessoa do singular)
    • sua bolsa ficou na escola. (o objeto possuído é a bolsa, que pertence à 3ª pessoa do singular)
    • Nosso trabalho ficou muito bom. (o objeto possuído é o trabalho, que pertence à 1ª pessoa do plural)

  • O cão mordeu-lhe na perna.

    Refira-se que, na oração apresentada, o -lhe, pronome pessoal átono, assume o valor de possessivo, porque substitui, por exemplo, a sua ou é equivalente à construção possessiva a... dele: «o cão mordeu na sua perna» ou «o cão mordeu na perna dele». Este uso do possessivo é, no entanto, dispensável, porque quando nos referimos a partes do corpo, é possível omitir o pronome possessivo (é um caso de ). Neste caso, o pronome pessoal átono funciona como um possessivo: «o cão mordeu-lhe na perna» = «o cão mordeu na sua perna/na perna dele».

    assim ocorre na questão dada:

    Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.

    Louco para tomar as suas mãos e dizer para ela (dizer-lhe) ( pronome pessoal do caso reto) : Eu te amo, Paula.

    Estou retomando os estudos e confesso que foi uma novidade saber que o lhe, também, assume a função de pronome possessivo.

  • Louco para tomar as mãos dela ( adjunto adnominal) e dizer a ela ( objeto indireto ).

    A crase é proibida antes de pronomes pessoais.

    Lembrem-se: O "lhe" será adjunto adnominal, quando apresentar sentido de posse, logo terá valor de pronome possesivo.

    EX: Cortou-lhe o braço / Cortou o braço dele.

    Pega-lhe na mão / Pega na mão dele.

    Fonte: Fernando pestana.

  • Se a questão parecer muito fácil, fique com um pé atrás!

  • Resposta correta: A

    O enunciado pede análise MORFOLÓGICA e morfologicamente o -LHE só pode ser PRONOME PESSOAL.

  • Releia e responda: “Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.” Dê a classificação morfológica respectiva dos termos sublinhados, considerando a inserção na sentença:

    Alternativas

    A

    pronome pessoal / pronome pessoal

    B

    pronome possessivo / pronome possessivo

    C

    pronome possessivo / pronome pessoal

    " Louco para tomar-lhe as mãos (suas mãos, as mão dela), e dizer-lhe (dizer à ela)

    Os pronomes possessivos são os tipos de pronomes que fazem uma referência às pessoas do discurso indicando uma relação de posse. Os pronomes possessivos mantêm uma estreita relação com os pronomes pessoais pois indicam aquilo que cabe ou pertence aos seres indicados pelos pronomes pessoais. 

    Exemplos:

    • Essa caneta é minha? (o objeto possuído é a caneta, que pertence à 1ª pessoa do singular)
    • O computador que está em cima da mesa é meu. (o objeto possuído é o computador, que pertence à 1ª pessoa do singular)
    • sua bolsa ficou na escola. (o objeto possuído é a bolsa, que pertence à 3ª pessoa do singular)
    • Nosso trabalho ficou muito bom. (o objeto possuído é o trabalho, que pertence à 1ª pessoa do plural)

    O cão mordeu-lhe na perna.

    Refira-se que, na oração apresentada, o -lhe, pronome pessoal átono, assume o valor de possessivo, porque substitui, por exemplo, a sua ou é equivalente à construção possessiva a... dele: «o cão mordeu na sua perna» ou «o cão mordeu na perna dele». Este uso do possessivo é, no entanto, dispensável, porque quando nos referimos a partes do corpo, é possível omitir o pronome possessivo (é um caso de ). Neste caso, o pronome pessoal átono funciona como um possessivo: «o cão mordeu-lhe na perna» = «o cão mordeu na sua perna/na perna dele».

    assim ocorre na questão dada:

    Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.

    Louco para tomar as suas mãos e dizer para ela (dizer-lhe) ( pronome pessoal do caso reto) : Eu te amo, Paula.

    Estou retomando os estudos e confesso que foi uma novidade saber que o lhe, também, assume a função de pronome possessivo.

    Louco para tomar as mãos dela ( adjunto adnominal) e dizer a ela ( objeto indireto ).

    A crase é proibida antes de pronomes pessoais.

    Lembrem-se: O "lhe" será adjunto adnominal, quando apresentar sentido de posse, logo terá valor de pronome possesivo.

    EX: Cortou-lhe o braço / Cortou o braço dele.

    Pega-lhe na mão / Pega na mão dele.

    D

    pronome relativo / pronome pessoal

    E

    pronome pessoal / pronome relativo


ID
5045824
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e, em seguida, responda a questão pertinente:

Louco amor
(Ferreira Gullar)

    Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las. “No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.
    Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida.
    Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revê-la. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.
    Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.
    Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.
    Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, entranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada.
    Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixando-se em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.
    Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.
    Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”
    Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.

Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

Releia e responda: “Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou.” Qual é a relação que o conectivo grifado estabelece com a construção antecedente?

Alternativas
Comentários
  • GAB B

    Guarde as conjunções adversativas mais usadas!

    Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante.

  • A questão é sobre conjunções e quer saber o valor semântico da conjunção destacada em Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou.”. Vejamos:

     . 

    Conjunções coordenativas são as que ligam termos ou orações de mesmo valor. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que tornam orações dependentes, isto é, subordinam uma oração à outra. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     . 

    A) finalidade

    Errado.

    Conjunções subordinativas finais: têm valor semântico de finalidade, objetivo, intenção, intuito...

    São elas: a fim de que, para que, que e porque (= para que)

    Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas provas.

     . 

    B) adversidade

    Certo. "Mas" tem valor semântico de adversidade.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

     . 

    C) negação

    Errado. Não há conjunção com valor de negação.

     . 

    D) tempo

    Errado.

    Conjunções subordinativas temporais: têm valor semântico de tempo, relação cronológica...

    São elas: logo que, quando, enquanto, até que, antes que, depois que, desde que, desde quando, assim que, sempre que...

    Ex.: Enquanto todos saíam, eu estudava.

     . 

    E) condição

    Errado.

    Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...

    São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que, dado que...

    Ex.: Se você estudar muito, passará no concurso.

     . 

    Gabarito: Letra B

  • ~> POrCO ENTRE NO MATO

    1. PORÉM,
    2. CONTUDO
    3. ENTRETANTO,
    4. NO ENTANTO
    5. MAS,
    6. TODAVIA,

  • Releia e responda: “Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou.” Qual é a relação que o conectivo grifado estabelece com a construção antecedente?

    Alternativas

    A

    finalidade

    B

    adversidade

    C

    negação

    D

    tempo

    E

    condição


ID
5045827
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e, em seguida, responda a questão pertinente:

Louco amor
(Ferreira Gullar)

    Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las. “No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.
    Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida.
    Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revê-la. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.
    Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.
    Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.
    Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, entranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada.
    Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixando-se em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.
    Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.
    Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”
    Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.

Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

Releia e responda: “Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.” Dê a classificação respectiva das palavras grifadas, quanto à acentuação gráfica:

Alternativas
Comentários
  • E - CreScente: SV + Vogal -- Tá crescendo e aprendendo as vogais

    Decrescente: V + SV

    Velório e Cemitério: I(SV) + O(vogal)

    Semivogais: I e U

    Vogais: A< E< O

  • réguas das vogais

    a

    o

    e

    i/u

    velório -----> do i para o O sobre ( crescente)

  • Questão polêmica, pois envolve duas proparoxítonas eventuais, é quando uma palavra termina em ditongo crescente e pode ser analisada como formação de hiato ou como ditongo crescente, mas é acentuada em ambos os casos.

    Vamos analisar:

    ve-ló-rio (nesse caso recebe acento por ser paroxítona terminada em ditongo)

    ve-ló-ri-o (nesse caso recebe acento por ser uma proparoxítona, pois o hiato formou mais uma silaba)

    O mesmo ocorre na palavra cemitério.

    Bons estudos, colegas!

  •  o ditongo pode ser classificado em:

    a) Ditongo decrescente: ocorre quando a vogal vem antes da semivogal.

    b) Ditongo crescente: ocorre quando a semivogal vem antes da vogal.

  • Semivogais: I e U

    Vogais: A< E< O

  • velório - Ditongo crescente (Semivogal para vogal). Semivogais: I e U

    Cemitério - Ditongo crescente (Semivogal para vogal). Semivogais: I e U

    GAB. E

  • Comentário de um colega aqui do QCONCURSO e que pra mim deu certo.

    Numerar as vogais de acordo com seu grau:

    A = 3

    E / O = 2

    I / U = 1

    então, sempre que vcs se depararem com questões iguais a essas, faz por enumeração, se for do 3 para o 2 ou 1, decrescente, se for do 1 para o 2 ou 3, crescente.

    Ex: ve-ló-rio ( ve-ló-r12) - crescente.

  • Releia e responda: “Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.” Dê a classificação respectiva das palavras grifadas, quanto à acentuação gráfica:

    Alternativas

    A

    oxítona / proparoxítona

    B

    paroxítona terminada em ditongo decrescente / paroxítona terminada em ditongo crescente

    C

    paroxítona terminada em ditongo decrescente / paroxítona terminada em ditongo decrescente

    D

    paroxítona terminada em ditongo crescente / paroxítona terminada em ditongo decrescente

    E

    paroxítona terminada em ditongo crescente / paroxítona terminada em ditongo crescente


ID
5045830
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e, em seguida, responda a questão pertinente:

Louco amor
(Ferreira Gullar)

    Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las. “No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.
    Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida.
    Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revê-la. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.
    Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.
    Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.
    Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, entranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada.
    Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixando-se em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.
    Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.
    Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”
    Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.

Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

Releia e responda: “Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes.” Considerando a aplicação das regras relativas ao uso dos sinais de pontuação, marque a alternativa que indica o papel desempenhado pela assinalação das vírgulas na sentença sublinhada:

Alternativas
Comentários
  • GAB E

    Um dos usos "obrigatórios" da vírgula é para separar enumerações e certa repetições.

    Se ele falar que separa termos de mesma função ESTÁ CERTO TAMBÉM.

    Adendo:

    Vírgula no final da enumeração e tipo um "etc".

    Exemplos:

    Gosto de maça, banana, uvaabacate.

  • Assertiva D

    separação de termos ordenados numa sequência lógica

    o perfil bem desenhado,

    1 o nariz,

    2 os lábios,

    3 os olhos inteligentes

  • Acertei, porém a Letra D não está errada

  • Releia e responda: “Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes.” Considerando a aplicação das regras relativas ao uso dos sinais de pontuação, marque a alternativa que indica o papel desempenhado pela assinalação das vírgulas na sentença sublinhada:

    Alternativas

    A

    marcação de pausa entre vocábulos incoerentes

    B

    marcação de pausa entre termos opositivos

    C

    separação de expressão apositiva

    D

    separação de termos ordenados numa sequência lógica

    E

    separação de palavras antônimas

    Antónimo ou antônimo é a palavra cujo significado seja contrário, oposto ou inverso ao de outra. O emprego de antónimos na construção de frases é um dos recursos estilísticos que conferem ao trecho empregado uma forma mais erudita ou que chame atenção do leitor ou do ouvinte.


ID
5045833
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Considere dois números inteiros a e b. Sabe-se que a + b = 8 e que b - a = 18. Qual a razão entre a e b?

Alternativas
Comentários
  • Sistema.

    A+b=8

    -a+b=18

    2b=26

    B=13

    -a+13=18

    A=-5

    Razão

    -5

    13


ID
5045836
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

João colecionava discos de vinil mas resolveu fazer um bazar para tentar vendê-los. No primeiro dia do bazar, João vendeu 4/9 de seus vinis. Já no segundo dia, ele vendeu 2/5 do que havia sobrado. No terceiro dia de bazar, a venda foi de 1/6 dos que ainda restavam. Os últimos 25 vinis não causaram interesse a nenhum visitante e João resolveu encerrar o bazar. Nessas condições, quantos vinis João possuía antes de iniciar o bazar?

Alternativas
Comentários
  • 1º dia 4/9 de 9/9 sobrou 5/9

    2° dia 2/5 de 5/9 = 2/9

    3º dia 5/9 - 2/9 = 3/9 * 1/6 = 3/54 (simplifica) 1/18

    3/9 - 1/18 = 5/18 multiplica cruzado por 25.

    Gab. E 90

  • (4/9 * D) + (2/5 * 5/9 * D) + (1/6 * 3/5 * 5/9 * D) + 25 = D

    4/9 D + 10/45 D + 15/270 D + 25 = D (aqui achamos o mmc = 270)

    (120 D + 60 D + 15 D + 6750)/270 = D

    195 D + 6750 = 270 D

    6750 = 270 D - 195 D

    6750 = 75 D

    D = 6750/75

    D = 90

  • Coletando as informações:

    No 1º dia: 4/9 de seus vinis.

    No 2º dia: 2/5 do que havia sobrado.

    No 3º dia: 1/6 dos que ainda restavam.

    Sobrou 25 vinis

    O que o examinador quer? A quantidade inicial de vinis. Pra isso você faz do último pro primeiro.

    No 3º dia: 1/6 dos que ainda restavam foram vendidos. Isso significa que sobrou 5/6 dos vinis. Você faz a conta com esses 5/6:

    5/6 de x = 25

    5x/6 = 25

    x = 30

    No 2º dia: 2/5 do que ainda restaram foram vendidos. Isso significa que sobrou 3/5 dos vinis. Você faz a conta com esses 3/5:

    3/5 de x = 30

    3x/5 = 30

    x = 50

    No 1º dia: 4/9 de seus vinis. Isso significa que sobrou 5/9 dos vinis (a quantidade inicial antes de começar a vender)

    5/9 de x = 50

    5x/9 = 50

    x = 90

    Isso quer dizer que João possuía 90 vinis antes de começar o bazar. Gabarito: E

    PS: Encontrou algum erro? Me mande mensagem e eu retifico. Bons estudos!

  • https://www.youtube.com/watch?v=01roGkC5DDo

    vídeo começa a partir de 2:25

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Matemática e o assunto inerente à equação.

    Tal questão apresenta os seguintes dados os quais devem ser utilizados para a sua resolução:

    1) João colecionava discos de vinil mas resolveu fazer um bazar para tentar vendê-los.

    2) No primeiro dia do bazar, João vendeu 4/9 do total de seus vinis.

    3) No segundo dia, ele vendeu 2/5 do que havia sobrado.

    4) No terceiro dia de bazar, a venda foi de 1/6 dos que ainda restavam.

    5) Os últimos 25 vinis não causaram interesse a nenhum visitante e João resolveu encerrar o bazar.

    Por fim, frisa-se que a questão deseja saber quantos vinis João possuía antes de iniciar o bazar.

    Resolvendo a questão

    Para fins didáticos, irei chamar de "x" a quantidade de vinis que João possuía antes de iniciar o bazar, ou seja, "x" representa o total de vinis que João possuía, antes de começar a vendê-los.

    Neste tipo de questão, é interessante resolvê-la por partes.

    Na primeira parte, é descrita a informação de que "No primeiro dia do bazar, João vendeu 4/9 do total de seus vinis". Assim, é possível representar tal parte por esta equação:

    1) x - (x * 4/9).

    Resolvendo a equação "1" acima, tem-se o seguinte:

    x - 4x/9 = (multiplicando-se por "9" de modo a se deixar em único denominador)

    ((9 * x) - 4x)/9 =

    (9x - 4x)/9 =

    5x/9.

    Logo, após o primeiro dia, João passou a ter 5/9 do total de seus vinis (x).

    Na segunda parte, seguindo o citado na primeira parte, é descrita a informação de que "no segundo dia, ele vendeu 2/5 do que havia sobrado". Assim, seguindo o encontrado na equação de número "1", tem-se a seguinte equação:

    2) 5x/9 - (5x/9 * 2/5).

    Resolvendo a equação "2" acima, tem-se o seguinte:

    5x/9 - 10x/45 = (multiplicando-se por "45" de modo a se deixar em único denominador)

    ((45 * 5x/9) - 10x)/45 =

    (25x - 10x)/45 =

    15x/45 = (simplificando por "15")

    x/3.

    Logo, após o segundo dia, João passou a ter 1/3 do total de seus vinis (x).

    Na terceira parte, seguindo o citado na segunda parte, é descrita a informação de que "No terceiro dia de bazar, a venda foi de 1/6 dos que ainda restavam". Assim, seguindo o encontrado na equação de número "2", tem-se a seguinte equação:

    3) x/3 - (x/3 * 1/6).

    Resolvendo a equação "3" acima, tem-se o seguinte:

    x/3 - x/18 = (multiplicando-se por "18" de modo a se deixar em único denominador)

    ((18 * x/3) - x)/18 =

    (6x - x)/18 =

    5x/18.

    Logo, após o terceiro dia, João passou a ter 5/18 do total de seus vinis (x).

    Na quarta parte e última parte, seguindo o citado na terceira parte, é descrita a informação de que "Os últimos 25 vinis não causaram interesse a nenhum visitante e João resolveu encerrar o bazar". Tendo em vista tal informação, conclui-se que os últimos 25 vinis correspondem à quantidade de vinis que sobraram após o terceiro dia (5x/18). Assim, seguindo o encontrado na equação de número "3", tem-se a seguinte equação:

    4) 5x/18 = 25.

    Resolvendo a equação "4" acima, tem-se o seguinte:

    5x/18 = 25

    5x = 18 * 25

    5x = 450

    x = 450/5

    x = 90.

    Logo, a quantidade de vinis que João possuía, antes de iniciar o bazar (x), corresponde a 90.

    Gabarito: letra "e".


ID
5045839
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em um sebo, os livros são vendidos por preços que variam por categorias. Assim, todos os romances policiais são vendidos por um mesmo preço, todos os livros de ficção científicas são vendidos por um mesmo valor, etc. Sabe-se que a razão entre os preços de dois livros, um romance policial e um livro de ficção científica, nesta ordem, é de 3 para 5. Comprando 4 livros de ficção científica e 5 romances policiais, o total sai por R$ 140,00. Neste caso, o preço de um livro de ficção científica é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    Vamos definir as incógnitas:

    Rp = Romance Policial

    Fc = Ficção Científica

    (1) "Sabe-se que a razão entre os preços de dois livros, um romance policial e um livro de ficção científica, nesta ordem, é de 3 para 5"

    Rp/Fc = 3/5

    (2) "Comprando 4 livros de ficção científica e 5 romances policiais, o total sai por R$ 140,00"

    4.Fc + 5.Rp = 140

    (3) "Neste caso, o preço de um livro de ficção científica é"

    Primeiro, vamos isolar a incógnita do Romance Policial no passo (1).

    Rp/Fc = 3/5

    Rp = 3.Fc/5

    Agora, vamos substituir o Rp na equação do passo (2).

    4.Fc + 5.Rp = 140

    4.Fc + 5.(3.Fc/5) = 140

    4.Fc + 3.Fc = 140

    7.Fc = 140

    Fc = 140/7

    Fc = R$ 20,00

    Bons estudos! Klismann Botelho

  • x = romances policiais

    y = ficção

    x/y = 3/5 → x = 3y/5

    5x + 4y = 140

    5 × (3y/5) + 4y = 140

    3y + 4y = 140

    7y = 140

    y = 140/7

    y = R$ 20,00

    gab. C


ID
5045842
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Maria está hospitalizada e uma certa medicação intravenosa leva 3 horas para ser ministrada com um gotejamento médio de 20 gotas por minuto. Maria alterou a válvula da medicação e notou que, em 30 segundos, havia caído 12 gotas. Se a média de gotejamento for mantida dessa forma, quanto tempo levará para que o medicamento seja ministrado?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    Podemos fazer regra de 3 composta.

    3 horas a 20 gotas por minutos

    x horas a 24 gotas por minuto

    3/x = 20/24*

    *Se aumentar as horas, não há necessidade de manter as 20 gotas por minuto para preencher o mesmo volume, logo a média de gotas irá diminuir. Como uma diminui em decorrência do aumento da outra, inverte-se, neste caso, uma das equações.

    3/x = 24/20 (multiplicando cruzado)

    24x = 60

    x = 60/24

    x = 2,5 horas (duas horas e meia)

    Bons estudos! Klismann Botelho

  • http://sketchtoy.com/69506772

    gab. b


ID
5045845
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um aparelho eletrônico entrou em promoção com desconto de 20% no pagamento à vista, passando a custar metade do preço de um aparelho de jantar de 20 peças. Se o preço médio de cada peça desse aparelho de jantar sai por R$ 22,00, o preço do aparelho eletrônico antes da promoção era de:

Alternativas
Comentários
  • Aparelho de jantar = x

    Aparelho eletrônico = y.0,8

    Sabendo que o valor do eletrônico com o 20% de desconto é equivalente à metade do valor do aparelho de jantar, temos:

    0,8.y = x/2

    O aparelho de jantar tem 20 peças, como valor médio de 22 por peça, assim 20.22 = 440

    0,8.y = 440/2

    y= 220/0,8 = 275

  • Aparelho de jantar: 20 peças a 22 reais, 20×22= 440

    O aparelho eletrônico custa a metade do aparelho de jantar quando está com 20% de desconto, ou seja, 80% do aparelho eletrônico custa metade do jantar, 440/2 = 220

    220------------80%

    X--------------100%

    80X----------22000

    X= 22000/80

    X= 275.


ID
5045848
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Sejam A = 2/5, B = 4/7, C = A/B, D = A+B e E = A.B. Qual o valor de F, sendo F = C+D+E?

Alternativas
Comentários
  • A = 2/5

    B = 4/7

    C = A/B

    D = A+B

    E = A.B

    F = C+D+E?

    C = 2/5 / 4/7 = 14/20

    D = 2/5 + 4/7 = 34/35

    E = 2/5 * 4/7 = 8/35

    F = 14/20 + 8/35 + 34/35 = mmc 140

    198 + 32 + 136 / 140 = 266 / 140 (simplificando) por 2 = 133/70

    (simplificando) por 7 = 19/10

  • Pq a resposta está 10/19 , não é o contrário?

  • Eu nao entendi o final dessa resolução


ID
5045851
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Maria fez exames clínicos e descobriu que precisava perder peso. A orientação partiu da análise de seu índice de massa corporal (IMC), calculado como a razão entre seu peso, em quilogramas, e o quadrado de sua altura, em metros quadrados (IMC = P/A2). Ela tem 1,70 metros de altura e pesa 76 kg. Sua meta é atingir um IMC abaixo de 24 kg/m2. Para isso, Maria precisa perder:

Alternativas
Comentários
  • Informações: Altura 1,70 ; Peso 76 Kg.

    Cálculo: P/A² > 76/2,89 > 26,29 Kg/M²

    Meta: atingir um IMC abaixo 24 kg/M²

    Cálculo: P/A² > 69,3/2,89 : 23,97Kg/M²

    Logo, Peso Atual 76 KG - Peso Ideal 69,30 KG = 6,70 KG.

    Alternativa E. (mais de 6,0 KG)

  • outra forma é ela aumentar a altura

  • FÓRMULA: IMC = P/A^2

    Meta IMC: Abaixo de 24

    Altura^2: 1,70^2 = 2,89

    24 = Peso / 2,89

    Peso a ser atingido = 69,36

    Peso atual: 76 kg

    Maria precisa perder: 76 - 69,36 = 6,64 Kg

    GAB E (mais de 6,0 kg.)


ID
5045854
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O valor da expressão numérica 5+{35− [−23+21(6÷2)]} é equivalente a:

Alternativas
Comentários
  • Essa questão tá faltando sinal.
  • A questão está faltando um sinal de - no 5, ou então deveria ter colocado 5 - { ... }

  • 5+{35-[-23+21(6/2)]}

    5+{35-[-23+21X3]}

    5+{35-[-23+63]}

    5+{35-[40]}

    5+{35-40}

    5+ {-5}

    5-5=0

    EU ACHO QUE NÃO FALTA SINAL NENHUM. SE ESTIVER ERRADO ALGUÉM PUDER CORRIGIR AGRADEÇO.


ID
5045857
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um aumento de 10%, seguido de um novo aumento de 10%, seguidos de uma redução de 20% equivalem a:

Alternativas
Comentários
  • (1,1)*(1,1)*(1-0,2) = 0,968

    1 - 0,968 = 0,032*100 = 3,2

    Alternativa D: uma única redução de 3,2%

  • Quando a questão não fornece um valor para realizar os cálculos usamos como referência o valor 100 como total.

    1ºAumento de 10% sobre 100(100+10%)

    ficando com 110

    2º Seguido de outro aumento de 10% (agora sobre o primeiro aumento, 110+10%)

    ficando com 121

    3º Redução de 20% (sobre os dois consecutivos aumentos, 121-20%)

    ficando com 96,80

    100-96,80=3,20

    Se 100(total) equivaliam a 100%, 3,20 equivalem a 3,2%

  • vídeo com a resolução:

    https://youtu.be/dnl3WMDM1qc

    =====================

  • yhurik chagas, muito obrigado!


ID
5045863
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Observe as definições a seguir e preencha com o bioma correspondente:


I – Ocupa aproximadamente 13 % do território brasileiro. Por se localizar na região litorânea, ocupada por mais de 50% da população brasileira, é o Bioma mais ameaçado do Brasil. Apenas 27% de sua cobertura florestal original ainda está preservada.

II – Sofre influência direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Além disso sofre influência do bioma Chaco (nome dado ao Pantanal localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia). Uma característica interessante desse bioma é que muitas espécies ameaçadas em outras regiões do Brasil persistem em populações avantajadas na região, como é o caso do tuiuiú.

III - É considerada a maior diversidade de reserva biológica do planeta, com indicações de que abriga, ao menos, metade de todas as espécies vivas do planeta.

IV - Ocupa uma área aproximada de 10% do Território Nacional. Embora esteja localizado em área de clima semi-árido, apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e espécies que só ocorrem nesse bioma.


( ) Pantanal

( ) Caatinga

( ) Mata Atlântica

( ) Amazônia


A alternativa que apresenta a sequência correta é:

Alternativas
Comentários
  • LETRA E

    MATA ATLÂNTICA: ocupa aproximadamente 13% do território brasileiro. Por se localizar na região litorânea, ocupada por mais de 50% da população brasileira, é o Bioma mais ameaçado do Brasil. Apenas 27% de sua cobertura florestal original ainda está preservada.

    PANTANAL: sofre influência direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Além disso sofre influência do bioma Chaco (nome dado ao Pantanal localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia). Uma característica interessante desse bioma é que muitas espécies ameaçadas em outras regiões do Brasil persistem em populações avantajadas na região, como é o caso do tuiuiú.

    AMAZÔNIA: é considerada a maior diversidade de reserva biológica do planeta, com indicações de que abriga, ao menos, metade de todas as espécies vivas do planeta.

    CAATINGA: ocupa uma área aproximada de 10% do Território Nacional. Embora esteja localizado em área de clima semi-árido, apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e espécies que só ocorrem nesse bioma.

  • Gabarito E

    (II) Pantanal - Sofre influência direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Além disso sofre influência do bioma Chaco (nome dado ao Pantanal localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia). Uma característica interessante desse bioma é que muitas espécies ameaçadas em outras regiões do Brasil persistem em populações avantajadas na região, como é o caso do tuiuiú.

    (IV) Caatinga - Ocupa uma área aproximada de 10% do Território Nacional. Embora esteja localizado em área de clima semi-árido, apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e espécies que só ocorrem nesse bioma.

    (I) Mata Atlântica - Ocupa aproximadamente 13 % do território brasileiro. Por se localizar na região litorânea, ocupada por mais de 50% da população brasileira, é o Bioma mais ameaçado do Brasil. Apenas 27% de sua cobertura florestal original ainda está preservada.

    (III) Amazônia - É considerada a maior diversidade de reserva biológica do planeta, com indicações de que abriga, ao menos, metade de todas as espécies vivas do planeta.

  • Me senti naquelas atividades escolares da 2º série que a gente tinha que ir ligando as coisas kkkk deu um nó na cabeça, mas acertei. kkkk

    GAB: E

  • Aquela opção II ali foi dada eim, já está até com a resposta kkkkk


ID
5045869
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

Observe texto abaixo e assinale a alternativa que melhor completa a lacuna:

“A Zona Litoral-Mata corresponde à Mesorregião ______________, definida pelo IBGE e integrada pelas seguintes Microrregiões Geográficas: Litoral Norte, Sapé, João Pessoa e Litoral Sul, que englobam 30 dos 223 municípios do Estado, ou seja, 13,45% do total.[…] O grande aglomerado urbano da capital do Estado é um dos principais responsáveis por essa concentração populacional.”
(Fonte: http://www.aesa.pb.gov.br/, acessado em outubro de 2020)

Alternativas

ID
5045872
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

Sobre Capim-PB, assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
5045875
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia texto a seguir:


No Brasil, os casos de homicídio de pessoas negras (pretas e pardas) aumentaram 11,5% em uma década, de acordo com o Atlas da Violência 2020 […] publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Ao mesmo tempo, entre 2008 e 2018, período avaliado, a taxa entre não negros (brancos, amarelos e indígenas) fez o caminho inverso, apresentando queda de 12,9%

(Fonte:https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-08/atlas-da-violencia-assassinatos-de-negros-crescem-115-em10-anos, acessado em outubro de 2020.


Sobre a questão do racismo no Brasil, marque V para Verdadeiro e F para Falso:


( ) O racismo é praticamente inexistente no Brasil, sendo mais forte em países como os Estados Unidos. 

( ) O racismo tem relação histórica com a escravidão no Brasil.

( ) A miscigenação fez com que o país se transformasse num dos mais plurais do mundo. Apesar da desigualdade econômica no país, os negros conseguem ter, em termos proporcionais, a mesma renda dos brancos no nosso país.

( ) O racismo institucional não existe no Brasil, apenas nos Estados Unidos.


A alternativa que apresenta o termo correto é a letra: 

Alternativas

ID
5045878
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Em redes de computadores, um componente fundamental para segurança é o Firewall, cuja função pode ser descrita como:

Alternativas
Comentários
  • Assertiva e

    o Firewall = Filtrar pacotes da rede com base em políticas de segurança.

  • Em informática, um firewall é um dispositivo de uma rede de computadores, na forma de um programa ou de equipamento físico, que tem por objetivo aplicar uma política de segurança a um determinado ponto da rede, geralmente associados a redes TCP/IP.

    As principais funções de um Firewall: O papel do Firewall é atuar analisando o tráfego da rede a fim de impedir que dados não desejados consigam acesso.

    Também podemos ver o firewall como um segurança que analisa cada pessoa e libera o acesso ao ambiente somente a quem está credenciado ou qualificado.

  • Ao meu ver, essa questão tem duas respostas: A e E

  • FIREWALL = FILTRAR.

  • Qual o erro da A?

  • Um firewall é um dispositivo de segurança da rede que monitora o tráfego de rede de entrada e saída e decide permitir ou bloquear tráfegos específicos de acordo com um conjunto definido de regras de segurança.

    Fonte: Cisco.com

  • Gabarito: E.

    Fiquei entre a alternativa "A" e "E". No entanto, descartei a "A" pois a definição remete ao IDS. Embora possam ser usados em conjunto, são tecnologias diferentes.

    Bons estudos!

  • O erro da Letra A é simples: a finalidade do Firewall não é analisar o tráfego da rede a fim de detectar invasores, mas sim bloqueá-los de acordo com as regras impostas pelo programador/gerente de TI/etc. Perceberam a diferença? não? então segue o detalhamento:

    [...]

    FIREWALL

    É um dispositivo de segurança da rede que monitora o tráfego de rede de entrada e saída e decide permitir ou bloquear tráfegos específicos de acordo com um conjunto definido de regras de segurança.

    ➥ Em outras palavras, um firewall pode ser conceituado como uma combinação de hardware e software que isola da Internet a rede interna de uma organização, permitindo o gerenciamento do fluxo de tráfego e dos recursos da rede e o controle - pelo administrador de rede - do acesso ao mundo externo.

    [...]

    ► CARACTERÍSTICAS:

    • Filtro de conexões;
    • Permite ou bloqueia o tráfego das portas TCP do computador;
    • Protege ou restringe o acesso aos dados armazenados em um PC;
    • Impede a passagem de vírus, worms ou cookies oriundos da internet;
    • Capaz de proteger o computador de ataques de crackers.

    As configurações de Firewall envolvem REGRAS e não assinaturas constantes e automatizadas (como Antivírus)!

    São ferramentas de segurança capazes de detectar e evitar ataques provenientes de uma comunicação em rede!

    ☛ a Filtragem de Pacotes, NAT (Network Address Translation) e Serviços Proxy são módulos FUNDAMENTAIS do Firewall

    [...]

    UTILIDADES:

    É utilizado para bloquear acessos a determinados sítios ou endereços

    Usado para controlar os pacotes que entram e que saem da rede interna

    Aprovar pacotes de dados que atendem as exigências e bloquear os demais

    Pode ser instalado tanto como software e hardware

    • Como um software habilitado em cada computador da rede; e
    • Como um hardware Instalado na conexão da rede com a internet.

    Ou seja,

    Como hardware normalmente encontra-se em equipamentos de roteamento de redes; e

    Como software encontra-se como um dos recursos do próprio sistema operacional

    .

    [...]

    MODO DE FUNCIONAMENTO:

    Utiliza filtro de endereçamento;

    Utiliza criptografia e autenticação;

    É dispensável o uso de equipamento de hardware na máquina.

    [...]

    O QUE ELE NÃO CONSEGUE FAZER:

    não estabelece política de comportamento; 

    ❌ não detecta sniffer (IDS que detecta sniffer);

    ❌ não bloqueia spam e nem e-mails indesejados;

    ❌ não faz varredura em anexo de e-mail;

    ❌ não impede que arquivos com vírus sejam abertos;

    ❌ não cria VPN; Nenhum firewall cria VPNs;

    ❌ não consegue evitar ataques de dentro da rede; e

    ❌ não criptografa documentos.

    [...]

    ____________

    Fontes: cartilha.cert.br; Questões da CESPE e Instituto AOCP; Colegas do QC.

  • FIREWALL

     É um dispositivo de segurança da rede que monitora o tráfego de rede de entrada e saída e decide permitir ou bloquear tráfegos específicos de acordo com um conjunto definido de regras de segurança.

    ➥ Em outras palavras, um firewall pode ser conceituado como uma combinação de hardware e software que isola da Internet a rede interna de uma organização, permitindo o gerenciamento do fluxo de tráfego e dos recursos da rede e o controle - pelo administrador de rede - do acesso ao mundo externo.

    [...]

    ► CARACTERÍSTICAS:

    • Filtro de conexões;
    • Permite ou bloqueia o tráfego das portas TCP do computador;
    • Protege ou restringe o acesso aos dados armazenados em um PC;
    • Impede a passagem de vírus, worms ou cookies oriundos da internet;
    • Capaz de proteger o computador de ataques de crackers.

    ☛ São ferramentas de segurança capazes de detectar e evitar ataques provenientes de uma comunicação em rede!

    [...]

    UTILIDADES:

     É utilizado para bloquear acessos a determinados sítios ou endereços 

     Usado para controlar os pacotes que entram e que saem da rede interna 

    ↳ Aprovar pacotes de dados que atendem as exigências e bloquear os demais 

     Pode ser instalado tanto como software e hardware 

    • Como um software  habilitado em cada computador da rede; e
    • Como um hardware  Instalado na conexão da rede com a internet.

    ► Ou seja,

    Como hardware  normalmente encontra-se em equipamentos de roteamento de redes; e

    Como software → encontra-se como um dos recursos do próprio sistema operacional

    .

    [...]

    MODO DE FUNCIONAMENTO:

    ↳ Utiliza filtro de endereçamento;

    ↳ Utiliza criptografia e autenticação;

    ↳ É dispensável o uso de equipamento de hardware na máquina.

    [...]

    O QUE ELE NÃO CONSEGUE FAZER:

    ❌ não estabelece política de comportamento; 

    ❌ não detecta sniffer (IDS que detecta sniffer);

    ❌ não bloqueia spam e nem e-mails indesejados;

    ❌ não faz varredura em anexo de e-mail;

    ❌ não impede que arquivos com vírus sejam abertos;

    ❌ não cria VPN; Nenhum firewall cria VPNs; e

    ❌ não consegue evitar ataques de dentro da rede.

    [...]

    ____________

    Fontes: cartilha.cert.br; Questões da CESPE e Instituto AOCP; Colegas do QC.

  • Creio eu q o erro da A é dizer q a função é detectar invasores

  • GABARITO E

    A MEU VER, LETRA A TAMBÉM ESTARIA CORRETA.

    Um firewall é um dispositivo de segurança da rede que monitora o tráfego de rede de entrada e saída e decide permitir ou bloquear tráfegos específicos de acordo com um conjunto definido de regras de segurança. Os firewalls têm sido a linha de frente da defesa na segurança de rede há mais de 25 anos.

  • Quen analisa séria o anti vírus?
  • o firewall é o porteiro na situação, normalmente, ele só deixa entrar morador e conhecidos

    gab E

  • Firewall: pode ser um software ou um hardware que impede invasões ao seu computador ou sua rede. O firewall cria uma barreira que após configurado determina quais dados poderão passar ou não por ele.


ID
5045881
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No editor de texto Microsoft Word, é possível começar a escrever numa nova página sem que a página atual tenha chegado ao final. Assinale a alternativa que o recurso que possibilita tal ação:

Alternativas
Comentários
  • Assertiva A

    Ctrl+Enter =Quebra de página

  • Para complementar:

    Layout > quebras.

    Próxima Página: Quebra de seção inicia a nova seção na página seguinte.

    Contínua: Quebra de seção inicia a nova seção na mesma página. Esse tipo de quebra de seção é geralmente usado para alterar o número de colunas sem iniciar uma nova página.

    Página Par: Quebra de seção inicia uma nova seção na próxima página par-numerada.

    Página Ímpar: Quebra de seção inicia uma nova seção na próxima página de número ímpar.

    GABARITO: A

    POLÍCIA CIVIL! SÓ DEUS SABE QUANDO...

  • GABARITO - A

    Quebra de página - CTRL + ENTER

    Quebra de Linha - Alt + Enter

    Quebra de coluna -  Ctrl+Shift+Enter.


ID
5045884
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Nem sempre os programas de computador executam corretamente, podendo encontrar-se no estado em que não mais respondem aos comandos do usuário. Considerando o sistema operacional Microsoft Windows, que recurso pode ser utilizado para encerrar um programa que está aberto mas que não está respondendo?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito alternativa B.

    Utilizar o gerenciador de tarefas

    Atalho:

    CTRL + SHIFT + ESC -->Acessa o gerenciador de forma direta

    CTRL + ALT + DEL --> Acessa o gerenciador de forma indireta

  • CTRL + ALT + DEL

  • GAB. B)

    Através do gerenciador de tarefas, encerrar o programa.

    CTRL + ALT + DEL

  • Quem sempre teve computador ruim (meu caso) não pode errar essa. Faço isso todo dia.


ID
5045887
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Sobre as redes Wi-Fi, analise as assertivas abaixo:

I – Seu sinal opera na frequência da luz visível
II – Não necessita de meio material para transmissão dos dados
III – Pode ser afetado por interferência eletromagnética
IV – Seu sinal não é capaz de contornar obstáculos

Estão corretas apenas:

Alternativas
Comentários
  • II – Não necessita de meio material para transmissão dos dados

    Achei estranho, pois pensei em um hardware transmitindo ou recebendo os dados

  •  I– Seu sinal opera na frequência da luz visível. ERRADO: Essas redes funcionam através de ondas de rádios. Esses sinais são formados por oscilações elétricas que são transformados em ondas eletromagnéticas, as frequências desse tipo são bastante baixas, então só poderiam ser vistas mediante a utilização de equipamentos.

    II – Não necessita de meio material para transmissão dos dados. CORRETO: elas se propagam no vácuo com a mesma velocidade que a luz.

    III – Pode ser afetado por interferência eletromagnética. CORRETO: outros aparelhos que emitem sinais nas mesmas frequências do Wi-Fi, inclusive outros Wi-Fi podem afetar o sinal.

    IV – Seu sinal não é capaz de contornar obstáculos. ERRADO: Capazes de contornar uma diversidade de obstáculos como árvores, edifícios e pequenas elevações.

  • GABARITO - D

    I – Seu sinal opera na frequência da luz visível ( ERRADO )

    As principais frequências do WIFI:

    IEEE 802.11: Padrão Wi-Fi para frequência 2.4 GHz com capacidade teórica de 2 Mbps.

    IEEE 802.11a: Padrão Wi-Fi para frequência 5 GHz com capacidade teórica de 54 Mbps.

    IEEE 802.11b: Padrão Wi-Fi para frequência 2,4 GHz com capacidade teórica de 11 Mbps.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------

    II – Não necessita de meio material para transmissão dos dados ( CORRETO )

    Meio não cabeado

    ------------------------------------------------------------------------------

    III – Pode ser afetado por interferência eletromagnética ( CORRETO )

    Paredes, portas, vidros, espelhos e até mesmo a umidade do ar podem afetar o sinal Wi-Fi.

    ---------------------------------------------------------------------

    IV – Seu sinal não é capaz de contornar obstáculos ( ERRADO )

  • II – Não necessita de meio material para transmissão dos dados

    De fato, não precisa de meio material já que se propaga através do vácuo. Diferentemente do som, o qual utiliza do ar para sua propagação. Um exemplo disso pode ser observado em vídeos externos de consertos na ISS, note que não há qualquer tipo de som a não ser do astronauta.

  • alguém aí já viu algum sinal de wi-fi flutuando pelo ar? eu até agora não....

    Item I errado

  • Ai é fod@ né? antenas e receptores são o que, senão meios materiais?

    uma coisa é dizer que não precisa de cabos, aí sim, mas dizer que não precisa de materiais foi pra matar, tudo que envolve internet e afins necessita de meios materiais, seja pra receber, seja pra enviar.

  • Poxa! A banca deu a resposta, aí não vale kkk

  • existe wi fi sem roteador??

  • Marquei a letra D, mas a II ta errada. O termo "meio material" é muito amplo, acredito que a banca quis dizer que não precisaria de meio guiado (fio) mas o roteador não deixa de ser um meio material utilizado para transmitir o sinal WI-FI.

  • Contornar também não seria a palavra certa

  • Rodrigo Vidal e Thiago Dos Santos, pesquisem sobre a propagação das ondas eletromagnéticas, o wi-fi é uma delas.

  • não precisa de meios materiais?

    a rede nao surge do nada aqui em casa não kkkk

  •  "II – Não necessita de meio material para transmissão dos dados"

    Tá de brinqueixon? O Sinal do Wi-Fi vem pelo Ar então?????

    então você está dizendo que eu tenho minha ONU Router atoa? Redação da questão nota -10!!!

  • kkkk Se ela contorna barreiras então pq ela não faz o contorno e sobe a escada pra eu poder acessar meu note sem repetidor no meio da escada?

  • Questão que envolve mais conteúdos de física que conteúdos de informática propriamente ditos. Basta pesquisar as características das ondas eletromagnéticas que a questão se torna de mais fácil compreensão.

  • Resposta contraditória pois o item 2 disse que não precisa de material para transmissão , então como é enviado o sinal de dados para conexão de internet ? fumaça.

  • A única que está certa é a III – Pode ser afetado por interferência eletromagnética; O resto é conversa.

  • Cada vez eu acredito que os examinadores tem algum contato com o diabo, que questão mais fuleragem é essa? Vou já jogar o roteador fora, porque segundo a banca não preciso dele. KKKKKKKK

  • Como o amigo falou aí em baixo, questão mais de física do que de informática. O item iv, por exemplo, trata de uma propriedade ondulatória (o sinal de wi-fi é uma onda de rádio) conhecida como difração. Uma onda, ao se deparar com um obstáculo da mesma ordem de grandeza de seu comprimento de onda (λ), consegue "contorná-lo" ao transformar esse obstáculo em uma nova fonte de emissão da onda.
  • O sinal contorna obstáculos, pois ocorre o processo físico denominado de DIFRAÇÃO: fenômeno em que ondas contornam obstáculos.
  •  Não necessita de meio material para transmissão dos dados - O sinal vem do céu?

  • Para mim fica cada vez mais evidente que, em concursos de prefeituras, sempre tem algumas questões para dar uma forcinha a indicados, aquelas que vão contra tudo o que se estuda e até mesmo contra o bom senso. Por isso não presto mais concurso com poucas vagas.


ID
5045890
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Capim - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Dentre os componentes de um computador, um deles é responsável por executar operações lógicas e cálculos aritméticos. Assinale a alternativa que contém o componente descrito:

Alternativas
Comentários
  • ✅Letra C

    A CPU (Central Processing Unit ou Unidade Central de Processamento (UCP) em português = É um circuito integrado que controla todas as operações e o funcionamento do computador, responsável pela execução de cálculos, decisões lógicas e instruções que resultam em todas as tarefas que um computador pode fazer.

    Bons estudos!! DESEJO GARRAAA!!!

  • Assertiva C

     operações lógicas e cálculos aritméticos = Unidade Central de Processamento

  • unidade central de processamento ou CPU (Central Processing Unit), também conhecida como processador, é a parte de um sistema computacional, que realiza as  de um , para executar a  básica, lógica, e a entrada e saída de dados. GABARITO

    Memória de Acesso Aleatório (RAM, do inglês, Random Access Memory é a memória de curto prazo do computador. Nenhum dos seus programas, arquivos ou streamings do Netflix funcionariam sem a memória RAM, que é a área de trabalho do seu computador.

    Unidade de estado sólido é um tipo de dispositivo, sem partes móveis, para armazenamento não volátil de dados digitais. São, tipicamente, construídos em torno de um circuito integrado semicondutor, responsável por armazenamento, diferindo de sistemas magnéticos ou óticos. Os dispositivos utilizam memória flash.

    Gráficos integrados são uma GPU incorporada ao processador. O hardware integrado de gráficos não usa um banco de memória separado para gráficos e vídeo. ... Os processadores com gráficos integrados são mais comumente encontrados em sistemas de fator de forma menores, como notebooks e Intel® NUCs.

    Em qualquer sistema de computador, um chipset é um conjunto de componentes eletrônicos de baixa capacidade, em um circuito integrado, que gerencia o fluxo de dados entre o processador, memória e periféricos. É normalmente encontrado na placa mãe.

  • UC

    A Unidade de Controle (UC), em inglês: responsável por gerar todos os sinais que controlam as operações no exterior do CPU, e ainda por dar todas as instruções para o correto funcionamento interno do CPU;

    CPU

    A unidade central de processamento ou CPU (Central Processing Unit), também conhecido como processador, é a parte de um sistema computacional, que realiza as instruções de um programa de computador, para executar a aritmética básica, lógica, e a entrada e saída de dados.

    ULA

    A unidade lógica e aritmética (ULA) ou em inglês Arithmetic Logic Unit (ALU) é um circuito digital que realiza operações lógicas e aritméticas. 

  • UCP ou CPU

  • GAB. C

    ULA = UNIDADE LÓGICA / ARITMÉRICA

    UC = UNIDADE DE CONTROLE

    REGISTRADORES = ONDE FICA A INFORMAÇÃO A SER PROCESSADA

  • GABARITO C

    Unidade central de Processamento (CPU): local onde os dados são processados de forma centralizada. O processador do computador é a CPU. Na CPU são realizados os cálculos e operações que atendem à demanda de processamento dos programas que estão em execução no sistema. O computador trabalha com operações de entrada de dados, processamento e saída de dados.