Acertei a questão , já que o enunciado descreve uma contradição entre a denúncia da vítima e os achados encontrados na perícia:
O agressor ameaçou-a com uma faca e teve com ela conjunção carnal.
Isso pode ter ocorrido, mas não há elementos de veracidade determinado no enunciado;
. O fato ocorreu em um local ermo, com a vítima deitada no chão.
Se assim fosse , seria percebido algum sinal de rotura himenal predominante nos quadrantes inferiores da vítima.
Informa que sua última menstruação foi há 4 dias. Ao exame físico, o médico legista observa a periciada com desenvolvimento físico e mental normal.
Nada de muita relevância.
Há presença de uma equimose rubra em região carotidiana direita. O hímen apresenta ruptura cicatrizada em união dos quadrantes superiores.
Equimose rubra cervical pode ser decorrente de alguma lesão traumática, como uma constrição parcial do pescoço. Mas nos casos de estupro deveriam haver mais lesões, além de estigmas ungueais . Mais provável de ser uma equimose secundária a um ato libidinoso mesmo.
O hímen apresenta ruptura cicatrizada em união dos quadrantes superiores. O exame laboratorial da secreção vaginal constatou presença de PSA, espermatozoides e DNA da vítima e de uma outra pessoa.
Aqui é a pá de cal para a hipótese de estupro não ser conclusiva devido a perícia himenal, já que este possui cicatrização nos quadrantes superiores. Não há sinais recentes de trauma himenal recentes, nem nos inferiores , o que seria um nexo com a denúncia, já que o coito alegado foi na posição deitada. Presença de esperma no fluido vaginal constata possível relação sexual recente.
Os exames laboratoriais não mostraram presença de drogas lícitas ou ilícitas no organismo da vítima. O namorado negou-se a fornecer material genético para confronto.
Não haver drogas na vítima reforça que a mesma não foi incapacitada para resistir a uma conjunção imprópria. Se o namorado se recusou , é possível que o sêmen encontrado seja dele mesmo, mas é possível que a relação tenha sido consensual.
Não há dados para afirmar que a conjunção carnal foi delituosa do ponto de vista médico legal. Logo , a questão A é o gabarito. As considerações acima creio eu explicar também das outras alternativas estarem incorretas.