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Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2018 - UPA-CS - Técnico em Enfermagem


ID
2874112
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dona Ana

Até a última batida do coração do marido, dona Ana esteve ao lado.

Não foi fácil. Seu Antônio era educado e agradável no trato social, mas intempestivo, intolerante e voluntarioso com a esposa e os dois filhos. Dava a impressão de que as interações com pessoas pouco íntimas esgotavam na rua seu estoque de tolerância.

Aos sete anos, vendia de casa em casa os pastéis que a mãe viúva fritava, enquanto os cinco filhos ainda dormiam. Aos quinze, veio sozinho para São Paulo com a obrigação de ganhar o sustento da família. Dormiu três dias na rua, antes de conseguir emprego num depósito de ferro velho.

Quando ficou doente, aos sessenta e oito anos, tinha mais de duzentos empregados, duas fazendas e uma imobiliária para administrar os imóveis de sua propriedade.

Dona Ana tinha três irmãs e um pai militar que proibia as filhas de chegar depois de escurecer e que só permitia que ela saísse com o noivo aos domingos, desde que acompanhada pela irmã caçula, rotina mantida até a semana anterior ao casamento.

Casada, aceitou sem rebeldia o autoritarismo do consorte. Deu à luz dois filhos criados com o rigor do pai e a dedicação abnegada da mãe, num ambiente doméstico que beirava a esquizofrenia: alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai.

Quando nasceu o casal de netos, a avó os cobriu de carinho. Passava os dias de semana com eles para que as noras pudessem trabalhar; nos fins de semana em que ficava sem vê-los, morria de saudades.

A doença do patriarca mudou a rotina. Com o marido em casa e os filhos ocupados na condução dos negócios do pai, coube a ela cuidar e atender às solicitações do doente, que exigia sua presença dia e noite e não aceitava um copo d´água das mãos de outra pessoa.

Nas fases finais, oito quilos mais magra, abatida e sonolenta, parecia mais debilitada do que o marido.

Viúva, fez questão de permanecer no mesmo apartamento, apesar da insistência dos filhos e das noras para que fosse morar com eles.

Os familiares estranharam quando pediu que não deixassem mais os netos com ela. Acharam que a perda do marido havia causado um trauma que lhe roubara a felicidade e a disposição para a lida com os pequenos, suspeita que se agravou quando constataram que a mãe não os procurava. Nos fins de semana, era inútil convidá-la para as refeições, ir ao cinema ou viajar com eles. Quando as crianças queriam vê-la, os pais precisavam levá-las até ela.

Numa dessas ocasiões, filhos e noras tentaram convencê-la a procurar um psiquiatra, um medicamento antidepressivo a livraria daquela tristeza solitária. A resposta foi surpreendente:

― Vocês acham que mulher deprimida sai de casa para comprar este vestido lindo que estou usando?

Além do que, explicou, não se sentia nem estava solitária: descobrira no Facebook várias amigas dos tempos de solteira, viúvas como ela. Reuniam-se a cada dois ou três dias para cozinhar, tomar vinho e dar risada. Às terças e quintas, iam ao cinema; aos sábados, lotavam uma van que as levava ao teatro.

No carro, a caminho de casa, os filhos estavam desolados: 

― Como pode? Essa alegria toda, três meses depois da morte do papai?

― Deve estar em processo de negação, acrescentou a nora mais nova.

Nos meses seguintes, voltaram a insistir tantas vezes no tratamento psiquiátrico, que ela os proibiu de tocar no assunto, sob pena de não recebê-los mais.

A harmonia familiar desandou de vez num domingo de verão. Sem conseguir falar com a mãe por dois dias, os filhos decidiram procurá-la. O zelador do prédio avisou que não adiantava subir, dona Ana saíra com a mala na quinta-feira, sem revelar quando voltaria.

Segunda-feira depois do jantar, os filhos foram vê-la. Com ar consternado, revelaram estar preocupadíssimos com o comportamento materno, achavam que a perda do marido com quem havia convivido quase meio século, comprometera sua sanidade mental.

Num tom mais calmo do que o dos rapazes, a mãe contou que, na volta do enterro, abriu uma garrafa de vinho pela primeira vez na vida, sentou naquele sofá em que se achavam e pensou em voz alta:

― Vou fazer setenta anos. De hoje em diante não dou satisfação para mais ninguém.

VARELLA, Dráuzio. Dona Ana. Drauzio Varella. 4 abr. 2016. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/dona-ana/>. Acesso em: 20 abr. 2016 (Adaptação).

A ideia final que se depreende do texto é de que dona Ana

Alternativas
Comentários
  • gab: B


    após tantos anos de dedicação à família, resolveu viver em função de si mesma, e não de outros.



    ...descobrira no Facebook várias amigas dos tempos de solteira, viúvas como ela. Reuniam-se a cada dois ou três dias para cozinhar, tomar vinho e dar risada. Às terças e quintas, iam ao cinema; aos sábados, lotavam uma van que as levava ao teatro.


    Vou fazer setenta anos. De hoje em diante não dou satisfação para mais ninguém.



    A crônica é inspiradora.


    Bons estudos!



  • não só uma ótima questão como também uma bela motivação ao aluno concurseiro.

    gab B

  • adorei o texto

  • A minha crônica terminaria assim:

    Tomei posse. De hoje em diante não dou satisfação para mais ninguém.

  • Muito bom! =)

  • Texto bacana, porém em uma prova de concurso é inadmissível um deste tamanho. Pelo amor né.


ID
2874115
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dona Ana

Até a última batida do coração do marido, dona Ana esteve ao lado.

Não foi fácil. Seu Antônio era educado e agradável no trato social, mas intempestivo, intolerante e voluntarioso com a esposa e os dois filhos. Dava a impressão de que as interações com pessoas pouco íntimas esgotavam na rua seu estoque de tolerância.

Aos sete anos, vendia de casa em casa os pastéis que a mãe viúva fritava, enquanto os cinco filhos ainda dormiam. Aos quinze, veio sozinho para São Paulo com a obrigação de ganhar o sustento da família. Dormiu três dias na rua, antes de conseguir emprego num depósito de ferro velho.

Quando ficou doente, aos sessenta e oito anos, tinha mais de duzentos empregados, duas fazendas e uma imobiliária para administrar os imóveis de sua propriedade.

Dona Ana tinha três irmãs e um pai militar que proibia as filhas de chegar depois de escurecer e que só permitia que ela saísse com o noivo aos domingos, desde que acompanhada pela irmã caçula, rotina mantida até a semana anterior ao casamento.

Casada, aceitou sem rebeldia o autoritarismo do consorte. Deu à luz dois filhos criados com o rigor do pai e a dedicação abnegada da mãe, num ambiente doméstico que beirava a esquizofrenia: alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai.

Quando nasceu o casal de netos, a avó os cobriu de carinho. Passava os dias de semana com eles para que as noras pudessem trabalhar; nos fins de semana em que ficava sem vê-los, morria de saudades.

A doença do patriarca mudou a rotina. Com o marido em casa e os filhos ocupados na condução dos negócios do pai, coube a ela cuidar e atender às solicitações do doente, que exigia sua presença dia e noite e não aceitava um copo d´água das mãos de outra pessoa.

Nas fases finais, oito quilos mais magra, abatida e sonolenta, parecia mais debilitada do que o marido.

Viúva, fez questão de permanecer no mesmo apartamento, apesar da insistência dos filhos e das noras para que fosse morar com eles.

Os familiares estranharam quando pediu que não deixassem mais os netos com ela. Acharam que a perda do marido havia causado um trauma que lhe roubara a felicidade e a disposição para a lida com os pequenos, suspeita que se agravou quando constataram que a mãe não os procurava. Nos fins de semana, era inútil convidá-la para as refeições, ir ao cinema ou viajar com eles. Quando as crianças queriam vê-la, os pais precisavam levá-las até ela.

Numa dessas ocasiões, filhos e noras tentaram convencê-la a procurar um psiquiatra, um medicamento antidepressivo a livraria daquela tristeza solitária. A resposta foi surpreendente:

― Vocês acham que mulher deprimida sai de casa para comprar este vestido lindo que estou usando?

Além do que, explicou, não se sentia nem estava solitária: descobrira no Facebook várias amigas dos tempos de solteira, viúvas como ela. Reuniam-se a cada dois ou três dias para cozinhar, tomar vinho e dar risada. Às terças e quintas, iam ao cinema; aos sábados, lotavam uma van que as levava ao teatro.

No carro, a caminho de casa, os filhos estavam desolados: 

― Como pode? Essa alegria toda, três meses depois da morte do papai?

― Deve estar em processo de negação, acrescentou a nora mais nova.

Nos meses seguintes, voltaram a insistir tantas vezes no tratamento psiquiátrico, que ela os proibiu de tocar no assunto, sob pena de não recebê-los mais.

A harmonia familiar desandou de vez num domingo de verão. Sem conseguir falar com a mãe por dois dias, os filhos decidiram procurá-la. O zelador do prédio avisou que não adiantava subir, dona Ana saíra com a mala na quinta-feira, sem revelar quando voltaria.

Segunda-feira depois do jantar, os filhos foram vê-la. Com ar consternado, revelaram estar preocupadíssimos com o comportamento materno, achavam que a perda do marido com quem havia convivido quase meio século, comprometera sua sanidade mental.

Num tom mais calmo do que o dos rapazes, a mãe contou que, na volta do enterro, abriu uma garrafa de vinho pela primeira vez na vida, sentou naquele sofá em que se achavam e pensou em voz alta:

― Vou fazer setenta anos. De hoje em diante não dou satisfação para mais ninguém.

VARELLA, Dráuzio. Dona Ana. Drauzio Varella. 4 abr. 2016. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/dona-ana/>. Acesso em: 20 abr. 2016 (Adaptação).

Analise as afirmativas a seguir.

I. Seu Antônio tratava a família de forma diferente daquela que tratava as outras pessoas.

II. Dona Ana namorou apenas com seu Antônio, com quem não pôde sair sozinha até uma semana antes do casamento.

III. O ambiente da casa de dona Ana era dicotômico.


A partir da leitura do texto, estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • I. CORRETO, como se observa em “Seu Antônio era educado e agradável no trato social, mas intempestivo, intolerante e voluntarioso com a esposa e os dois filhos”

    II. INCORRETO, não há no texto nenhuma indicação de que dona Ana  tenha tido apenas um namorado.

    III. CORRETO, como é observado em: “num ambiente doméstico que beirava a esquizofrenia: alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai.”

  • As estatísticas da questão mostram quase 75% de erro. Acredito que a maioria foi por desatenção como eu. Lendo rapidamente da aquela impressão de estar tudo certo. Mas o item dois está "meio certo", pois em nenhum momento se fala que dona Ana não namorou antes.

  • Dicotômico.= que se divide em dois


    Deu à luz dois filhos criados com o rigor do pai e a dedicação abnegada da mãe, num ambiente doméstico que beirava a esquizofrenia:alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai.


    Gab'B'

  • Realmente, Cristian, comigo aconteceu o mesmo. Devemos nos atentar aos pequenos detalhes, sem dúvida alguma!

  • O erro da II nem está tanto no fato de o texto não especificar se ela só teve um namorado, e sim quando o texto afirma que "(...) que só permitia que ela saía com o noivo aos domingos, (...) e a assertiva II afirma que ela não pôde sair sozinha com ele até uma semana do casamento.

  • a alternativa II extrapola o conteúdo do texto.

  • II extrapola o texto, pois não há como saber se ela só namorou o Antônio.


ID
2874118
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dona Ana

Até a última batida do coração do marido, dona Ana esteve ao lado.

Não foi fácil. Seu Antônio era educado e agradável no trato social, mas intempestivo, intolerante e voluntarioso com a esposa e os dois filhos. Dava a impressão de que as interações com pessoas pouco íntimas esgotavam na rua seu estoque de tolerância.

Aos sete anos, vendia de casa em casa os pastéis que a mãe viúva fritava, enquanto os cinco filhos ainda dormiam. Aos quinze, veio sozinho para São Paulo com a obrigação de ganhar o sustento da família. Dormiu três dias na rua, antes de conseguir emprego num depósito de ferro velho.

Quando ficou doente, aos sessenta e oito anos, tinha mais de duzentos empregados, duas fazendas e uma imobiliária para administrar os imóveis de sua propriedade.

Dona Ana tinha três irmãs e um pai militar que proibia as filhas de chegar depois de escurecer e que só permitia que ela saísse com o noivo aos domingos, desde que acompanhada pela irmã caçula, rotina mantida até a semana anterior ao casamento.

Casada, aceitou sem rebeldia o autoritarismo do consorte. Deu à luz dois filhos criados com o rigor do pai e a dedicação abnegada da mãe, num ambiente doméstico que beirava a esquizofrenia: alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai.

Quando nasceu o casal de netos, a avó os cobriu de carinho. Passava os dias de semana com eles para que as noras pudessem trabalhar; nos fins de semana em que ficava sem vê-los, morria de saudades.

A doença do patriarca mudou a rotina. Com o marido em casa e os filhos ocupados na condução dos negócios do pai, coube a ela cuidar e atender às solicitações do doente, que exigia sua presença dia e noite e não aceitava um copo d´água das mãos de outra pessoa.

Nas fases finais, oito quilos mais magra, abatida e sonolenta, parecia mais debilitada do que o marido.

Viúva, fez questão de permanecer no mesmo apartamento, apesar da insistência dos filhos e das noras para que fosse morar com eles.

Os familiares estranharam quando pediu que não deixassem mais os netos com ela. Acharam que a perda do marido havia causado um trauma que lhe roubara a felicidade e a disposição para a lida com os pequenos, suspeita que se agravou quando constataram que a mãe não os procurava. Nos fins de semana, era inútil convidá-la para as refeições, ir ao cinema ou viajar com eles. Quando as crianças queriam vê-la, os pais precisavam levá-las até ela.

Numa dessas ocasiões, filhos e noras tentaram convencê-la a procurar um psiquiatra, um medicamento antidepressivo a livraria daquela tristeza solitária. A resposta foi surpreendente:

― Vocês acham que mulher deprimida sai de casa para comprar este vestido lindo que estou usando?

Além do que, explicou, não se sentia nem estava solitária: descobrira no Facebook várias amigas dos tempos de solteira, viúvas como ela. Reuniam-se a cada dois ou três dias para cozinhar, tomar vinho e dar risada. Às terças e quintas, iam ao cinema; aos sábados, lotavam uma van que as levava ao teatro.

No carro, a caminho de casa, os filhos estavam desolados: 

― Como pode? Essa alegria toda, três meses depois da morte do papai?

― Deve estar em processo de negação, acrescentou a nora mais nova.

Nos meses seguintes, voltaram a insistir tantas vezes no tratamento psiquiátrico, que ela os proibiu de tocar no assunto, sob pena de não recebê-los mais.

A harmonia familiar desandou de vez num domingo de verão. Sem conseguir falar com a mãe por dois dias, os filhos decidiram procurá-la. O zelador do prédio avisou que não adiantava subir, dona Ana saíra com a mala na quinta-feira, sem revelar quando voltaria.

Segunda-feira depois do jantar, os filhos foram vê-la. Com ar consternado, revelaram estar preocupadíssimos com o comportamento materno, achavam que a perda do marido com quem havia convivido quase meio século, comprometera sua sanidade mental.

Num tom mais calmo do que o dos rapazes, a mãe contou que, na volta do enterro, abriu uma garrafa de vinho pela primeira vez na vida, sentou naquele sofá em que se achavam e pensou em voz alta:

― Vou fazer setenta anos. De hoje em diante não dou satisfação para mais ninguém.

VARELLA, Dráuzio. Dona Ana. Drauzio Varella. 4 abr. 2016. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/dona-ana/>. Acesso em: 20 abr. 2016 (Adaptação).

Assinale a alternativa cuja ideia entre colchetes não está presente no respectivo trecho.

Alternativas
Comentários
  • EMBORA todos estivessem tristes - com a morte- a mãe com um tom mais calmo e mais leve.....


    Gab: D

  • “Num tom mais calmo do que o dos rapazes, a mãe contou que, na volta do enterro, abriu uma garrafa de vinho pela primeira vez na vida [...].” [CONFORMISMO]

    Esse "do que" = Comparação


    Erros avisem!

  • Significado de Anuência

    Aprovação para a realização de algo; permissão.

    Licença favorável à; expressão de concordância; consentimento.

    https://www.dicio.com.br/anuencia/


    Gabarito: d)

  • Pioramento: piora (dicionário "google").

    Avante.


ID
2874121
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dona Ana

Até a última batida do coração do marido, dona Ana esteve ao lado.

Não foi fácil. Seu Antônio era educado e agradável no trato social, mas intempestivo, intolerante e voluntarioso com a esposa e os dois filhos. Dava a impressão de que as interações com pessoas pouco íntimas esgotavam na rua seu estoque de tolerância.

Aos sete anos, vendia de casa em casa os pastéis que a mãe viúva fritava, enquanto os cinco filhos ainda dormiam. Aos quinze, veio sozinho para São Paulo com a obrigação de ganhar o sustento da família. Dormiu três dias na rua, antes de conseguir emprego num depósito de ferro velho.

Quando ficou doente, aos sessenta e oito anos, tinha mais de duzentos empregados, duas fazendas e uma imobiliária para administrar os imóveis de sua propriedade.

Dona Ana tinha três irmãs e um pai militar que proibia as filhas de chegar depois de escurecer e que só permitia que ela saísse com o noivo aos domingos, desde que acompanhada pela irmã caçula, rotina mantida até a semana anterior ao casamento.

Casada, aceitou sem rebeldia o autoritarismo do consorte. Deu à luz dois filhos criados com o rigor do pai e a dedicação abnegada da mãe, num ambiente doméstico que beirava a esquizofrenia: alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai.

Quando nasceu o casal de netos, a avó os cobriu de carinho. Passava os dias de semana com eles para que as noras pudessem trabalhar; nos fins de semana em que ficava sem vê-los, morria de saudades.

A doença do patriarca mudou a rotina. Com o marido em casa e os filhos ocupados na condução dos negócios do pai, coube a ela cuidar e atender às solicitações do doente, que exigia sua presença dia e noite e não aceitava um copo d´água das mãos de outra pessoa.

Nas fases finais, oito quilos mais magra, abatida e sonolenta, parecia mais debilitada do que o marido.

Viúva, fez questão de permanecer no mesmo apartamento, apesar da insistência dos filhos e das noras para que fosse morar com eles.

Os familiares estranharam quando pediu que não deixassem mais os netos com ela. Acharam que a perda do marido havia causado um trauma que lhe roubara a felicidade e a disposição para a lida com os pequenos, suspeita que se agravou quando constataram que a mãe não os procurava. Nos fins de semana, era inútil convidá-la para as refeições, ir ao cinema ou viajar com eles. Quando as crianças queriam vê-la, os pais precisavam levá-las até ela.

Numa dessas ocasiões, filhos e noras tentaram convencê-la a procurar um psiquiatra, um medicamento antidepressivo a livraria daquela tristeza solitária. A resposta foi surpreendente:

― Vocês acham que mulher deprimida sai de casa para comprar este vestido lindo que estou usando?

Além do que, explicou, não se sentia nem estava solitária: descobrira no Facebook várias amigas dos tempos de solteira, viúvas como ela. Reuniam-se a cada dois ou três dias para cozinhar, tomar vinho e dar risada. Às terças e quintas, iam ao cinema; aos sábados, lotavam uma van que as levava ao teatro.

No carro, a caminho de casa, os filhos estavam desolados: 

― Como pode? Essa alegria toda, três meses depois da morte do papai?

― Deve estar em processo de negação, acrescentou a nora mais nova.

Nos meses seguintes, voltaram a insistir tantas vezes no tratamento psiquiátrico, que ela os proibiu de tocar no assunto, sob pena de não recebê-los mais.

A harmonia familiar desandou de vez num domingo de verão. Sem conseguir falar com a mãe por dois dias, os filhos decidiram procurá-la. O zelador do prédio avisou que não adiantava subir, dona Ana saíra com a mala na quinta-feira, sem revelar quando voltaria.

Segunda-feira depois do jantar, os filhos foram vê-la. Com ar consternado, revelaram estar preocupadíssimos com o comportamento materno, achavam que a perda do marido com quem havia convivido quase meio século, comprometera sua sanidade mental.

Num tom mais calmo do que o dos rapazes, a mãe contou que, na volta do enterro, abriu uma garrafa de vinho pela primeira vez na vida, sentou naquele sofá em que se achavam e pensou em voz alta:

― Vou fazer setenta anos. De hoje em diante não dou satisfação para mais ninguém.

VARELLA, Dráuzio. Dona Ana. Drauzio Varella. 4 abr. 2016. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/dona-ana/>. Acesso em: 20 abr. 2016 (Adaptação).

Assinale a alternativa em que a locução destacada não se refere, semanticamente, à palavra ou locução entre colchetes.

Alternativas
Comentários
  • [gabarito.] que exigia sua presença dia e noite e não aceitava um copo d´água das mãos de outra pessoa


    Outra é pronome indefinido não faz referência com a Dona Ana.

  • A - “[...] que exigia sua presença dia e noite e não aceitava um copo d´água das mãos de outra pessoa.” (8º parágrafo) [DONA ANA] 


    Exatamente o contrário.

    Ele não aceitava um copo d'água das mãos de outra pessoa (que não seja dona Ana).

    E R R A D A - G A B A R I T O


    B - “Nos meses seguintes, voltaram a insistir tantas vezes no tratamento psiquiátrico, que ela os proibiu de tocar no assunto [...]” (18º parágrafo) [OS FILHOS E NORAS] 

    Dona Ana proibiu os filhos e noras de tocar no assunto


    C - “Quando nasceu o casal de netos, a avó os cobriu de carinho.” (7º parágrafo) [DONA ANA]

    Dona Ana cobriu o casal de netos de carinho.


    D - “A doença do patriarca mudou a rotina.” (8º parágrafo) [SEU ANTÔNIO]

    A doença de Seu Antônio mudou a rotina.



    O ignorante afirma, o sábio duvida e o sensato reflete.

    Aristóteles

  • GABARITO: A

  • A) qualquer outra pessoa que não seja a dona ANA.

  • Na B ele disse FILHOS E NORAS, mas no texto dá a entender que são só os filhos. Não sei porquê ele incluiu, de graça, as noras no meio dessa história.


ID
2874124
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dona Ana

Até a última batida do coração do marido, dona Ana esteve ao lado.

Não foi fácil. Seu Antônio era educado e agradável no trato social, mas intempestivo, intolerante e voluntarioso com a esposa e os dois filhos. Dava a impressão de que as interações com pessoas pouco íntimas esgotavam na rua seu estoque de tolerância.

Aos sete anos, vendia de casa em casa os pastéis que a mãe viúva fritava, enquanto os cinco filhos ainda dormiam. Aos quinze, veio sozinho para São Paulo com a obrigação de ganhar o sustento da família. Dormiu três dias na rua, antes de conseguir emprego num depósito de ferro velho.

Quando ficou doente, aos sessenta e oito anos, tinha mais de duzentos empregados, duas fazendas e uma imobiliária para administrar os imóveis de sua propriedade.

Dona Ana tinha três irmãs e um pai militar que proibia as filhas de chegar depois de escurecer e que só permitia que ela saísse com o noivo aos domingos, desde que acompanhada pela irmã caçula, rotina mantida até a semana anterior ao casamento.

Casada, aceitou sem rebeldia o autoritarismo do consorte. Deu à luz dois filhos criados com o rigor do pai e a dedicação abnegada da mãe, num ambiente doméstico que beirava a esquizofrenia: alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai.

Quando nasceu o casal de netos, a avó os cobriu de carinho. Passava os dias de semana com eles para que as noras pudessem trabalhar; nos fins de semana em que ficava sem vê-los, morria de saudades.

A doença do patriarca mudou a rotina. Com o marido em casa e os filhos ocupados na condução dos negócios do pai, coube a ela cuidar e atender às solicitações do doente, que exigia sua presença dia e noite e não aceitava um copo d´água das mãos de outra pessoa.

Nas fases finais, oito quilos mais magra, abatida e sonolenta, parecia mais debilitada do que o marido.

Viúva, fez questão de permanecer no mesmo apartamento, apesar da insistência dos filhos e das noras para que fosse morar com eles.

Os familiares estranharam quando pediu que não deixassem mais os netos com ela. Acharam que a perda do marido havia causado um trauma que lhe roubara a felicidade e a disposição para a lida com os pequenos, suspeita que se agravou quando constataram que a mãe não os procurava. Nos fins de semana, era inútil convidá-la para as refeições, ir ao cinema ou viajar com eles. Quando as crianças queriam vê-la, os pais precisavam levá-las até ela.

Numa dessas ocasiões, filhos e noras tentaram convencê-la a procurar um psiquiatra, um medicamento antidepressivo a livraria daquela tristeza solitária. A resposta foi surpreendente:

― Vocês acham que mulher deprimida sai de casa para comprar este vestido lindo que estou usando?

Além do que, explicou, não se sentia nem estava solitária: descobrira no Facebook várias amigas dos tempos de solteira, viúvas como ela. Reuniam-se a cada dois ou três dias para cozinhar, tomar vinho e dar risada. Às terças e quintas, iam ao cinema; aos sábados, lotavam uma van que as levava ao teatro.

No carro, a caminho de casa, os filhos estavam desolados: 

― Como pode? Essa alegria toda, três meses depois da morte do papai?

― Deve estar em processo de negação, acrescentou a nora mais nova.

Nos meses seguintes, voltaram a insistir tantas vezes no tratamento psiquiátrico, que ela os proibiu de tocar no assunto, sob pena de não recebê-los mais.

A harmonia familiar desandou de vez num domingo de verão. Sem conseguir falar com a mãe por dois dias, os filhos decidiram procurá-la. O zelador do prédio avisou que não adiantava subir, dona Ana saíra com a mala na quinta-feira, sem revelar quando voltaria.

Segunda-feira depois do jantar, os filhos foram vê-la. Com ar consternado, revelaram estar preocupadíssimos com o comportamento materno, achavam que a perda do marido com quem havia convivido quase meio século, comprometera sua sanidade mental.

Num tom mais calmo do que o dos rapazes, a mãe contou que, na volta do enterro, abriu uma garrafa de vinho pela primeira vez na vida, sentou naquele sofá em que se achavam e pensou em voz alta:

― Vou fazer setenta anos. De hoje em diante não dou satisfação para mais ninguém.

VARELLA, Dráuzio. Dona Ana. Drauzio Varella. 4 abr. 2016. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/dona-ana/>. Acesso em: 20 abr. 2016 (Adaptação).

Releia o trecho a seguir.

“Segunda-feira depois do jantar, os filhos foram vê-la. Com ar consternado, revelaram estar preocupadíssimos com o comportamento materno [...].”


A palavra destacada não pode ser substituída, nesse contexto, por

Alternativas
Comentários
  • A questão não destacou a palavra, mas naturalmente a repsota seria alentado que significa animado em oposição a todas as outras palavras que dão ideia de desanimo e vão ao encontro de consternado, que provavelmente era a palavra destacada.


  • Isso mesmo

  • CONSTERNADO era para estar destacado.

    Não poderia ser substituído por ALENTADO pelo fato da mesma significar:

    que tem alento; animado, esforçado.

    que tem coragem; valente.


ID
2874127
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dona Ana

Até a última batida do coração do marido, dona Ana esteve ao lado.

Não foi fácil. Seu Antônio era educado e agradável no trato social, mas intempestivo, intolerante e voluntarioso com a esposa e os dois filhos. Dava a impressão de que as interações com pessoas pouco íntimas esgotavam na rua seu estoque de tolerância.

Aos sete anos, vendia de casa em casa os pastéis que a mãe viúva fritava, enquanto os cinco filhos ainda dormiam. Aos quinze, veio sozinho para São Paulo com a obrigação de ganhar o sustento da família. Dormiu três dias na rua, antes de conseguir emprego num depósito de ferro velho.

Quando ficou doente, aos sessenta e oito anos, tinha mais de duzentos empregados, duas fazendas e uma imobiliária para administrar os imóveis de sua propriedade.

Dona Ana tinha três irmãs e um pai militar que proibia as filhas de chegar depois de escurecer e que só permitia que ela saísse com o noivo aos domingos, desde que acompanhada pela irmã caçula, rotina mantida até a semana anterior ao casamento.

Casada, aceitou sem rebeldia o autoritarismo do consorte. Deu à luz dois filhos criados com o rigor do pai e a dedicação abnegada da mãe, num ambiente doméstico que beirava a esquizofrenia: alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai.

Quando nasceu o casal de netos, a avó os cobriu de carinho. Passava os dias de semana com eles para que as noras pudessem trabalhar; nos fins de semana em que ficava sem vê-los, morria de saudades.

A doença do patriarca mudou a rotina. Com o marido em casa e os filhos ocupados na condução dos negócios do pai, coube a ela cuidar e atender às solicitações do doente, que exigia sua presença dia e noite e não aceitava um copo d´água das mãos de outra pessoa.

Nas fases finais, oito quilos mais magra, abatida e sonolenta, parecia mais debilitada do que o marido.

Viúva, fez questão de permanecer no mesmo apartamento, apesar da insistência dos filhos e das noras para que fosse morar com eles.

Os familiares estranharam quando pediu que não deixassem mais os netos com ela. Acharam que a perda do marido havia causado um trauma que lhe roubara a felicidade e a disposição para a lida com os pequenos, suspeita que se agravou quando constataram que a mãe não os procurava. Nos fins de semana, era inútil convidá-la para as refeições, ir ao cinema ou viajar com eles. Quando as crianças queriam vê-la, os pais precisavam levá-las até ela.

Numa dessas ocasiões, filhos e noras tentaram convencê-la a procurar um psiquiatra, um medicamento antidepressivo a livraria daquela tristeza solitária. A resposta foi surpreendente:

― Vocês acham que mulher deprimida sai de casa para comprar este vestido lindo que estou usando?

Além do que, explicou, não se sentia nem estava solitária: descobrira no Facebook várias amigas dos tempos de solteira, viúvas como ela. Reuniam-se a cada dois ou três dias para cozinhar, tomar vinho e dar risada. Às terças e quintas, iam ao cinema; aos sábados, lotavam uma van que as levava ao teatro.

No carro, a caminho de casa, os filhos estavam desolados: 

― Como pode? Essa alegria toda, três meses depois da morte do papai?

― Deve estar em processo de negação, acrescentou a nora mais nova.

Nos meses seguintes, voltaram a insistir tantas vezes no tratamento psiquiátrico, que ela os proibiu de tocar no assunto, sob pena de não recebê-los mais.

A harmonia familiar desandou de vez num domingo de verão. Sem conseguir falar com a mãe por dois dias, os filhos decidiram procurá-la. O zelador do prédio avisou que não adiantava subir, dona Ana saíra com a mala na quinta-feira, sem revelar quando voltaria.

Segunda-feira depois do jantar, os filhos foram vê-la. Com ar consternado, revelaram estar preocupadíssimos com o comportamento materno, achavam que a perda do marido com quem havia convivido quase meio século, comprometera sua sanidade mental.

Num tom mais calmo do que o dos rapazes, a mãe contou que, na volta do enterro, abriu uma garrafa de vinho pela primeira vez na vida, sentou naquele sofá em que se achavam e pensou em voz alta:

― Vou fazer setenta anos. De hoje em diante não dou satisfação para mais ninguém.

VARELLA, Dráuzio. Dona Ana. Drauzio Varella. 4 abr. 2016. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/dona-ana/>. Acesso em: 20 abr. 2016 (Adaptação).

Assinale a alternativa em que a palavra destacada não desempenha uma função adjetiva no trecho.

Alternativas
Comentários
  • Basta ver quem combina em genero e número com o "Nome" relativo.

  • Letra D

     

    Para diferenciar substantivo  de  adjetivo:

    O substantivo nomeia os seres existentes, animados ou inanimados, reais ou imaginários: computador, lousa, giz, gente, animais, anjo etc., mesmo que seja só na sua imaginação: fantasmas, ar, vento, oxigênio, mula sem cabeça, Deus, beijo etc.

     

    Já o adjetivo  são as palavras que representam atribuições de qualidades (boas ou ruins), de espécie, de características, de estado que podem ser dadas aos substantivos ou aos pronomes substantivos.


    Exemplos de adjetivos:

    amarelo(a), amargurada, amazonense, argentino, belo, cheiroso(a), estudioso, falante, fedorento, folgada, grande, histórico, malcheiroso, murcho, musculoso, nipo-brasileiro, novo, paulistano, pequeno, verde-claro, velho etc.

  • Consegui identificar pelo pronome pocessivo SUA, que é pronome adjetivo que vai acompanhar um termo substantivo modificando, acrescentando uma ideia:


    administrar os móveis de SUA PROPRIEDADE...


    Muitas vezes agente se confundi porque dependendo do contexto uma palavra pode ser adjetivo,substantivo e até mesmo um adverbio! Ainda estou aprendendo mas o que me ajuda a indentificar a classe gramatical é você colocar frase na ordem direta se estiver invertida e fazer a análise sintática...


    Fiquei na dúvida na letra B mas acho que a palavra preuculpadíssima está fazendo papel de predicativa do sujeito ELEs ou seja só pode ser um adjetivo...

    Essa é a minha contribuição se tiver uma forma mais fácil de identificar o adjetivo ou se eu tiver errado em algo por favor me corrijam!

  • Adjetivo preocupadíssimos:

    Flexão de grau dos adjetivos

    ->grau superlativo = intensifica os seres

    grau superlativo absoluto:

    analítico: adv+adj : era muito estudioso

    sintético: adj+afixo: estudiosíssimo

  • A)

    Os predicativos exercem função adjetiva...perceba: Seu Antônio era (TÃO) educado e (TÃO) Agradável.

    B)

    Os adjetivos podem aparecer no grau absoluto sintético (emprego de sufixos).

    C) Não esqueça que os adjetivos expressam= qualidades, estados, aspectos, locais de origem..

    D) É possível localizar o substantivo devido a sua relação com artigos, numerais, pronomes.. tente imaginar um "a" antes do termo. Sua propriedade= a propriedade.

    Sucesso, Bons estudos Nãodesista!

  • GABARITO: D


ID
2874130
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dona Ana

Até a última batida do coração do marido, dona Ana esteve ao lado.

Não foi fácil. Seu Antônio era educado e agradável no trato social, mas intempestivo, intolerante e voluntarioso com a esposa e os dois filhos. Dava a impressão de que as interações com pessoas pouco íntimas esgotavam na rua seu estoque de tolerância.

Aos sete anos, vendia de casa em casa os pastéis que a mãe viúva fritava, enquanto os cinco filhos ainda dormiam. Aos quinze, veio sozinho para São Paulo com a obrigação de ganhar o sustento da família. Dormiu três dias na rua, antes de conseguir emprego num depósito de ferro velho.

Quando ficou doente, aos sessenta e oito anos, tinha mais de duzentos empregados, duas fazendas e uma imobiliária para administrar os imóveis de sua propriedade.

Dona Ana tinha três irmãs e um pai militar que proibia as filhas de chegar depois de escurecer e que só permitia que ela saísse com o noivo aos domingos, desde que acompanhada pela irmã caçula, rotina mantida até a semana anterior ao casamento.

Casada, aceitou sem rebeldia o autoritarismo do consorte. Deu à luz dois filhos criados com o rigor do pai e a dedicação abnegada da mãe, num ambiente doméstico que beirava a esquizofrenia: alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai.

Quando nasceu o casal de netos, a avó os cobriu de carinho. Passava os dias de semana com eles para que as noras pudessem trabalhar; nos fins de semana em que ficava sem vê-los, morria de saudades.

A doença do patriarca mudou a rotina. Com o marido em casa e os filhos ocupados na condução dos negócios do pai, coube a ela cuidar e atender às solicitações do doente, que exigia sua presença dia e noite e não aceitava um copo d´água das mãos de outra pessoa.

Nas fases finais, oito quilos mais magra, abatida e sonolenta, parecia mais debilitada do que o marido.

Viúva, fez questão de permanecer no mesmo apartamento, apesar da insistência dos filhos e das noras para que fosse morar com eles.

Os familiares estranharam quando pediu que não deixassem mais os netos com ela. Acharam que a perda do marido havia causado um trauma que lhe roubara a felicidade e a disposição para a lida com os pequenos, suspeita que se agravou quando constataram que a mãe não os procurava. Nos fins de semana, era inútil convidá-la para as refeições, ir ao cinema ou viajar com eles. Quando as crianças queriam vê-la, os pais precisavam levá-las até ela.

Numa dessas ocasiões, filhos e noras tentaram convencê-la a procurar um psiquiatra, um medicamento antidepressivo a livraria daquela tristeza solitária. A resposta foi surpreendente:

― Vocês acham que mulher deprimida sai de casa para comprar este vestido lindo que estou usando?

Além do que, explicou, não se sentia nem estava solitária: descobrira no Facebook várias amigas dos tempos de solteira, viúvas como ela. Reuniam-se a cada dois ou três dias para cozinhar, tomar vinho e dar risada. Às terças e quintas, iam ao cinema; aos sábados, lotavam uma van que as levava ao teatro.

No carro, a caminho de casa, os filhos estavam desolados: 

― Como pode? Essa alegria toda, três meses depois da morte do papai?

― Deve estar em processo de negação, acrescentou a nora mais nova.

Nos meses seguintes, voltaram a insistir tantas vezes no tratamento psiquiátrico, que ela os proibiu de tocar no assunto, sob pena de não recebê-los mais.

A harmonia familiar desandou de vez num domingo de verão. Sem conseguir falar com a mãe por dois dias, os filhos decidiram procurá-la. O zelador do prédio avisou que não adiantava subir, dona Ana saíra com a mala na quinta-feira, sem revelar quando voltaria.

Segunda-feira depois do jantar, os filhos foram vê-la. Com ar consternado, revelaram estar preocupadíssimos com o comportamento materno, achavam que a perda do marido com quem havia convivido quase meio século, comprometera sua sanidade mental.

Num tom mais calmo do que o dos rapazes, a mãe contou que, na volta do enterro, abriu uma garrafa de vinho pela primeira vez na vida, sentou naquele sofá em que se achavam e pensou em voz alta:

― Vou fazer setenta anos. De hoje em diante não dou satisfação para mais ninguém.

VARELLA, Dráuzio. Dona Ana. Drauzio Varella. 4 abr. 2016. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/dona-ana/>. Acesso em: 20 abr. 2016 (Adaptação).

Analise os trechos a seguir em relação ao uso do acento indicativo de crase, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, e assinale com F para o facultativo ou com O para o obrigatório.

( ) “Deu à luz dois filhos criados com o rigor do pai e a dedicação abnegada da mãe [...].”

( ) “[...] alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai.”

( ) “[...] coube a ela cuidar e atender às solicitações do doente [...].”

( ) “Às terças e quintas, iam ao cinema [...].”

Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Crase Facultativa:


    Depois da palavra "ATÉ"

    Antes de nomes próprios "FEMININOS"

    Antes de pronomes "POSSESSIVOS"


  • Gab. B

     

    A T E N Ç Ã O ! ! !   M U I T O   C U I D A DO ! ! !

     

    Emprega-se facultativamente o acento indicativo de crase quando for opcional a preposição "a" ou o artigo definido feminino.

     

    1º - A preposição "a" é facultativa depois da preposição "até":

     

    2º - O artigo definido é facultativo diante de pronome possessivo. Mas, para a crase ser facultativa, esse pronome possessivo deve ser feminino singular. (MUITA ATENÇÃO AQUI).

     

    3º - O artigo definido é facultativo diante de nome próprio de pessoa. Assim, se o nome for feminino e o verbo exigir preposição, a crase será facultativa.

    - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

     

    Q935900 - CESPE - É obrigatório o sinal indicativo de crase empregado em “às suas peregrinações” (l.11), de maneira que sua supressão acarretaria incorreção gramatical no texto. CORRETO.

     

    R.: A crase é facultativa se estiver diante de pronome possessivo SINGULAR.

     

     

     

     

     

    Terror Filho, Décio - Resolução de provas de português : banca FCC I Décio Terror Filho.- Niterói, R.J: Impetus, 2015

  • não entendi porque todas são obrigatórias em principal a primeira alternativa

  • “Deu à luz dois filhos criados com o rigor do pai e a dedicação abnegada da mãe [...].” 

    CORRETO - Caso obrigatório de crase: em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas.

    “[...] alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai.”

    CORRETO - Caso obrigatório de crase: Usa-se a crase em algumas locuções adverbiais de tempo, que se iniciam com a preposição (em) e podem ser iniciadas pela (contração) da preposição em+a= na.

    ( ) “[...] coube a ela cuidar e atender às solicitações do doente [...].”

    CORRETO - Caso obrigatório de crase: VTI: atender a alguma coisa. 

    ( ) “Às terças e quintas, iam ao cinema [...].

    CORRETO - Caso obrigatório de crase: usa-se o acento grave indicador de crase quando se referir a nomes da semana. Exceção: quando for sábado e domingo não há crase, por tratar-se de termos masculinos. Ex: Estudo de quinta a domingo. / Trabalho de quarta a sábado.

  • Dica Zambeliana (A casa do concurseiro):

    Crase facultativa nos casos de: "ATÉ a TATI SUA" (MACETE PARA LEMBRAR)

    ATÉ (depois da palavra até) 

    TATI (antes de nomes próprios femininos)

    SUA (antes de pronomes possessivos)

    Espero ter ajudado. Bons estudos!

  • GAB B

    Crase Facultativa:

    ATÉ SUA MARIA

    Depois da palavra "ATÉ"

    Antes de pronomes "POSSESSIVOS NO SINGULAR"

    Antes de nomes próprios "FEMININOS"

     

    AVANTE! "Não se constrói uma casa pelo teto".

    Faça como quizer seu caminho contanto que persevere.

  • GAB.A.

    Casos de crase facultativa:

    ANTES DE NOME PRÓPRIO FEMININO;

    ANTES DA PREPOSIÇÃO ATÉ;

    ANTES DE PRONOME POSSESSIVO NO SINGULAR.

  • GABARITO B

    CASOS FACULTATIVOS DE CRASE

    - Diante de nomes próprios femininos:

    Entreguei o cartão Paula.

    Entreguei o cartão à Paula.

    _______________________________________________________________________________

    - Diante de pronome possessivo feminino:

    Cedi o lugar minha avó.

    Cedi o lugar à minha avó.

    ATENÇÃO: Quando o pronome possessivo for substantivo ( ou seja, aquele que substitui um substantivo) a crase é obrigatória! Ex: enviaram uma encomenda a (à) nossa residência, não à sua.

    _______________________________________________________________________________

    - Depois da preposição até:

    Fui até a praia.

    Fui até à praia.

    bons estudos

  • Gabarito: B

    Uso facultativo da crase:

    - antes de nome próprio. Ex.: Refiro-me à (a) Julia.

    - antes de pronome possessivo feminino singular. Ex.: Dirija-se à (a) sua fazenda.

    - depois ATÉ. Ex.: Caminhei até à (a) praia.

  • Porque as pessoas colocam tantos comentários repetidos? hahaha

  • Pensei que a questao tava pedindo a falsa e a obrigatória kkk

    Meu Deusss rsrsrs

    FACULTATIVA E OBRIGATÓRIA

  • Gabarito B

    CRASE

    OBRIGATORIO

    ·       Indicar Período: das 8h às 18h;

    ·       Em caso como: da segunda à sexta;

    ·       Der ideia de Maneira/Modo: file à Osvaldo;

    ·       Locução adverbial e prepositiva: à vista - à procura de;

    ·       Se der para substituir por sábado: à sexta - ao sábado;

    ·       Vou a se puder voltar da;

    ·       Quando puder substituir àquela por (a esta, a isto, a essa);

    ·       Quando INDICAR hora;

    ·       Distância/casa/terra quando determinada;

    ·       Às vezes quero ficar sozinho. (de vez em quando)

    FACULTATIVO:

    ·       Diante de pronome possessivo;

    ·       Após a Preposição até, OUTRA;

    ·       Diante do pronome de tratamento dona, senhora, senhorita e nome próprio feminino.

    ·       Advérbios que indicam instrumento ou meio - nesse caso, o uso da crase é facultativo, porém é aconselhável por ser capaz de desfazer possíveis ambiguidades. Ex.: Acentuar à mão.

  • GABARITO: LETRA B

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita


ID
2874133
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dona Ana

Até a última batida do coração do marido, dona Ana esteve ao lado.

Não foi fácil. Seu Antônio era educado e agradável no trato social, mas intempestivo, intolerante e voluntarioso com a esposa e os dois filhos. Dava a impressão de que as interações com pessoas pouco íntimas esgotavam na rua seu estoque de tolerância.

Aos sete anos, vendia de casa em casa os pastéis que a mãe viúva fritava, enquanto os cinco filhos ainda dormiam. Aos quinze, veio sozinho para São Paulo com a obrigação de ganhar o sustento da família. Dormiu três dias na rua, antes de conseguir emprego num depósito de ferro velho.

Quando ficou doente, aos sessenta e oito anos, tinha mais de duzentos empregados, duas fazendas e uma imobiliária para administrar os imóveis de sua propriedade.

Dona Ana tinha três irmãs e um pai militar que proibia as filhas de chegar depois de escurecer e que só permitia que ela saísse com o noivo aos domingos, desde que acompanhada pela irmã caçula, rotina mantida até a semana anterior ao casamento.

Casada, aceitou sem rebeldia o autoritarismo do consorte. Deu à luz dois filhos criados com o rigor do pai e a dedicação abnegada da mãe, num ambiente doméstico que beirava a esquizofrenia: alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai.

Quando nasceu o casal de netos, a avó os cobriu de carinho. Passava os dias de semana com eles para que as noras pudessem trabalhar; nos fins de semana em que ficava sem vê-los, morria de saudades.

A doença do patriarca mudou a rotina. Com o marido em casa e os filhos ocupados na condução dos negócios do pai, coube a ela cuidar e atender às solicitações do doente, que exigia sua presença dia e noite e não aceitava um copo d´água das mãos de outra pessoa.

Nas fases finais, oito quilos mais magra, abatida e sonolenta, parecia mais debilitada do que o marido.

Viúva, fez questão de permanecer no mesmo apartamento, apesar da insistência dos filhos e das noras para que fosse morar com eles.

Os familiares estranharam quando pediu que não deixassem mais os netos com ela. Acharam que a perda do marido havia causado um trauma que lhe roubara a felicidade e a disposição para a lida com os pequenos, suspeita que se agravou quando constataram que a mãe não os procurava. Nos fins de semana, era inútil convidá-la para as refeições, ir ao cinema ou viajar com eles. Quando as crianças queriam vê-la, os pais precisavam levá-las até ela.

Numa dessas ocasiões, filhos e noras tentaram convencê-la a procurar um psiquiatra, um medicamento antidepressivo a livraria daquela tristeza solitária. A resposta foi surpreendente:

― Vocês acham que mulher deprimida sai de casa para comprar este vestido lindo que estou usando?

Além do que, explicou, não se sentia nem estava solitária: descobrira no Facebook várias amigas dos tempos de solteira, viúvas como ela. Reuniam-se a cada dois ou três dias para cozinhar, tomar vinho e dar risada. Às terças e quintas, iam ao cinema; aos sábados, lotavam uma van que as levava ao teatro.

No carro, a caminho de casa, os filhos estavam desolados: 

― Como pode? Essa alegria toda, três meses depois da morte do papai?

― Deve estar em processo de negação, acrescentou a nora mais nova.

Nos meses seguintes, voltaram a insistir tantas vezes no tratamento psiquiátrico, que ela os proibiu de tocar no assunto, sob pena de não recebê-los mais.

A harmonia familiar desandou de vez num domingo de verão. Sem conseguir falar com a mãe por dois dias, os filhos decidiram procurá-la. O zelador do prédio avisou que não adiantava subir, dona Ana saíra com a mala na quinta-feira, sem revelar quando voltaria.

Segunda-feira depois do jantar, os filhos foram vê-la. Com ar consternado, revelaram estar preocupadíssimos com o comportamento materno, achavam que a perda do marido com quem havia convivido quase meio século, comprometera sua sanidade mental.

Num tom mais calmo do que o dos rapazes, a mãe contou que, na volta do enterro, abriu uma garrafa de vinho pela primeira vez na vida, sentou naquele sofá em que se achavam e pensou em voz alta:

― Vou fazer setenta anos. De hoje em diante não dou satisfação para mais ninguém.

VARELLA, Dráuzio. Dona Ana. Drauzio Varella. 4 abr. 2016. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/dona-ana/>. Acesso em: 20 abr. 2016 (Adaptação).

Releia o trecho a seguir.

“Seu Antônio era educado e agradável no trato social, mas intempestivo, intolerante e voluntarioso com a esposa e os dois filhos.”


Assinale a alternativa em que a reescrita desse trecho altera seu sentido original com a substituição da palavra destacada.

Alternativas
Comentários
  • A questão requer conhecimento sobre as conjunções.


    As conjunções MAS , PORÉM, TODAVIA, CONTUDO são ADVERSATIVAS.


    Já a conjunção PORTANTO é CONCLUSIVA.

  • Portanto é conclusiva, nunca esqueça.

  • Conjunções Adversativas:

    porém, contudo, todavia;

    mas, não obstante, no entanto, entretanto.


    Conjunções Conclusivas:

    portanto, por conseguinte, pois(deslocado), assim;

    logo, por isso, desse modo, dessa forma

  • LETRA C.
     

    PORTANTO:  conclusivo.

  • ADEVERSIDADE: MAS, POREM,CONTUDO,NO ENTANTO, ENTRETANTO,TODAVIA,NAO OBSTANTE,SENAO(MAS),EM TODO CASO.

    CONCLUSAO:LOGO,ENTAO,POR ISSO PORTANDO,DESSA FORMA,DESSE MODO,ASSIM,POR CONSEGUINTE.


ID
2874136
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dona Ana

Até a última batida do coração do marido, dona Ana esteve ao lado.

Não foi fácil. Seu Antônio era educado e agradável no trato social, mas intempestivo, intolerante e voluntarioso com a esposa e os dois filhos. Dava a impressão de que as interações com pessoas pouco íntimas esgotavam na rua seu estoque de tolerância.

Aos sete anos, vendia de casa em casa os pastéis que a mãe viúva fritava, enquanto os cinco filhos ainda dormiam. Aos quinze, veio sozinho para São Paulo com a obrigação de ganhar o sustento da família. Dormiu três dias na rua, antes de conseguir emprego num depósito de ferro velho.

Quando ficou doente, aos sessenta e oito anos, tinha mais de duzentos empregados, duas fazendas e uma imobiliária para administrar os imóveis de sua propriedade.

Dona Ana tinha três irmãs e um pai militar que proibia as filhas de chegar depois de escurecer e que só permitia que ela saísse com o noivo aos domingos, desde que acompanhada pela irmã caçula, rotina mantida até a semana anterior ao casamento.

Casada, aceitou sem rebeldia o autoritarismo do consorte. Deu à luz dois filhos criados com o rigor do pai e a dedicação abnegada da mãe, num ambiente doméstico que beirava a esquizofrenia: alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai.

Quando nasceu o casal de netos, a avó os cobriu de carinho. Passava os dias de semana com eles para que as noras pudessem trabalhar; nos fins de semana em que ficava sem vê-los, morria de saudades.

A doença do patriarca mudou a rotina. Com o marido em casa e os filhos ocupados na condução dos negócios do pai, coube a ela cuidar e atender às solicitações do doente, que exigia sua presença dia e noite e não aceitava um copo d´água das mãos de outra pessoa.

Nas fases finais, oito quilos mais magra, abatida e sonolenta, parecia mais debilitada do que o marido.

Viúva, fez questão de permanecer no mesmo apartamento, apesar da insistência dos filhos e das noras para que fosse morar com eles.

Os familiares estranharam quando pediu que não deixassem mais os netos com ela. Acharam que a perda do marido havia causado um trauma que lhe roubara a felicidade e a disposição para a lida com os pequenos, suspeita que se agravou quando constataram que a mãe não os procurava. Nos fins de semana, era inútil convidá-la para as refeições, ir ao cinema ou viajar com eles. Quando as crianças queriam vê-la, os pais precisavam levá-las até ela.

Numa dessas ocasiões, filhos e noras tentaram convencê-la a procurar um psiquiatra, um medicamento antidepressivo a livraria daquela tristeza solitária. A resposta foi surpreendente:

― Vocês acham que mulher deprimida sai de casa para comprar este vestido lindo que estou usando?

Além do que, explicou, não se sentia nem estava solitária: descobrira no Facebook várias amigas dos tempos de solteira, viúvas como ela. Reuniam-se a cada dois ou três dias para cozinhar, tomar vinho e dar risada. Às terças e quintas, iam ao cinema; aos sábados, lotavam uma van que as levava ao teatro.

No carro, a caminho de casa, os filhos estavam desolados: 

― Como pode? Essa alegria toda, três meses depois da morte do papai?

― Deve estar em processo de negação, acrescentou a nora mais nova.

Nos meses seguintes, voltaram a insistir tantas vezes no tratamento psiquiátrico, que ela os proibiu de tocar no assunto, sob pena de não recebê-los mais.

A harmonia familiar desandou de vez num domingo de verão. Sem conseguir falar com a mãe por dois dias, os filhos decidiram procurá-la. O zelador do prédio avisou que não adiantava subir, dona Ana saíra com a mala na quinta-feira, sem revelar quando voltaria.

Segunda-feira depois do jantar, os filhos foram vê-la. Com ar consternado, revelaram estar preocupadíssimos com o comportamento materno, achavam que a perda do marido com quem havia convivido quase meio século, comprometera sua sanidade mental.

Num tom mais calmo do que o dos rapazes, a mãe contou que, na volta do enterro, abriu uma garrafa de vinho pela primeira vez na vida, sentou naquele sofá em que se achavam e pensou em voz alta:

― Vou fazer setenta anos. De hoje em diante não dou satisfação para mais ninguém.

VARELLA, Dráuzio. Dona Ana. Drauzio Varella. 4 abr. 2016. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/dona-ana/>. Acesso em: 20 abr. 2016 (Adaptação).

Releia o trecho a seguir.

“Aos sete anos, vendia de casa em casa os pastéis que a mãe viúva fritava, enquanto os cinco filhos ainda dormiam.”


Assinale a alternativa que indica a relação existente entre os períodos, marcada pela palavra destacada.

Alternativas
Comentários
  • Conjunções temporais: enquanto, quando, logo que, mal, etc. 

  • A palavra enquanto, escrita de forma junta, transmite a ideia de tempo, proporção e conformidade. Indica, principalmente, durante o tempo que: 


    Enquanto você dorme…

    Enquanto ele estuda…

    Enquanto eu me arrumo…

  • Conjunção TEMPORAL

    MAL a criança dormiu, os pais puderam namorar

    ASSIM QUE.

  • Temporais= logo que, assim que, antes que, depois que, quando, enquanto, mal, até que, sempre que, por fim, finalmente, então

  • A melhor explicação...professora Maria da Degrau Cultural!
  • GABARITO:A

  • Que texto lindo T_T trata da realidade de MUITAS MÃES no BRASIL e no MUNDO.

  • TEMPORAL : QUANTO,ENQUANTO

  • GABARITO: LETRA A

    Temporaisintroduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas:quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. Por exemplo:

    A briga começou assim que saímos da festa.

    A cidade ficou mais triste depois que ele partiu.

    FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR

  • REALIDADE TRISTE, ESSE TEXTO.

  • GABARITO: A

    Conjunções temporais indicam uma ideia de tempo ao fato expresso na oração principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. As principais conjunções são: quando, enquanto, assim que, logo que, sempre que, antes que, mal (=assim que), apenas (logo que), depois que...


ID
2874139
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dona Ana

Até a última batida do coração do marido, dona Ana esteve ao lado.

Não foi fácil. Seu Antônio era educado e agradável no trato social, mas intempestivo, intolerante e voluntarioso com a esposa e os dois filhos. Dava a impressão de que as interações com pessoas pouco íntimas esgotavam na rua seu estoque de tolerância.

Aos sete anos, vendia de casa em casa os pastéis que a mãe viúva fritava, enquanto os cinco filhos ainda dormiam. Aos quinze, veio sozinho para São Paulo com a obrigação de ganhar o sustento da família. Dormiu três dias na rua, antes de conseguir emprego num depósito de ferro velho.

Quando ficou doente, aos sessenta e oito anos, tinha mais de duzentos empregados, duas fazendas e uma imobiliária para administrar os imóveis de sua propriedade.

Dona Ana tinha três irmãs e um pai militar que proibia as filhas de chegar depois de escurecer e que só permitia que ela saísse com o noivo aos domingos, desde que acompanhada pela irmã caçula, rotina mantida até a semana anterior ao casamento.

Casada, aceitou sem rebeldia o autoritarismo do consorte. Deu à luz dois filhos criados com o rigor do pai e a dedicação abnegada da mãe, num ambiente doméstico que beirava a esquizofrenia: alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai.

Quando nasceu o casal de netos, a avó os cobriu de carinho. Passava os dias de semana com eles para que as noras pudessem trabalhar; nos fins de semana em que ficava sem vê-los, morria de saudades.

A doença do patriarca mudou a rotina. Com o marido em casa e os filhos ocupados na condução dos negócios do pai, coube a ela cuidar e atender às solicitações do doente, que exigia sua presença dia e noite e não aceitava um copo d´água das mãos de outra pessoa.

Nas fases finais, oito quilos mais magra, abatida e sonolenta, parecia mais debilitada do que o marido.

Viúva, fez questão de permanecer no mesmo apartamento, apesar da insistência dos filhos e das noras para que fosse morar com eles.

Os familiares estranharam quando pediu que não deixassem mais os netos com ela. Acharam que a perda do marido havia causado um trauma que lhe roubara a felicidade e a disposição para a lida com os pequenos, suspeita que se agravou quando constataram que a mãe não os procurava. Nos fins de semana, era inútil convidá-la para as refeições, ir ao cinema ou viajar com eles. Quando as crianças queriam vê-la, os pais precisavam levá-las até ela.

Numa dessas ocasiões, filhos e noras tentaram convencê-la a procurar um psiquiatra, um medicamento antidepressivo a livraria daquela tristeza solitária. A resposta foi surpreendente:

― Vocês acham que mulher deprimida sai de casa para comprar este vestido lindo que estou usando?

Além do que, explicou, não se sentia nem estava solitária: descobrira no Facebook várias amigas dos tempos de solteira, viúvas como ela. Reuniam-se a cada dois ou três dias para cozinhar, tomar vinho e dar risada. Às terças e quintas, iam ao cinema; aos sábados, lotavam uma van que as levava ao teatro.

No carro, a caminho de casa, os filhos estavam desolados: 

― Como pode? Essa alegria toda, três meses depois da morte do papai?

― Deve estar em processo de negação, acrescentou a nora mais nova.

Nos meses seguintes, voltaram a insistir tantas vezes no tratamento psiquiátrico, que ela os proibiu de tocar no assunto, sob pena de não recebê-los mais.

A harmonia familiar desandou de vez num domingo de verão. Sem conseguir falar com a mãe por dois dias, os filhos decidiram procurá-la. O zelador do prédio avisou que não adiantava subir, dona Ana saíra com a mala na quinta-feira, sem revelar quando voltaria.

Segunda-feira depois do jantar, os filhos foram vê-la. Com ar consternado, revelaram estar preocupadíssimos com o comportamento materno, achavam que a perda do marido com quem havia convivido quase meio século, comprometera sua sanidade mental.

Num tom mais calmo do que o dos rapazes, a mãe contou que, na volta do enterro, abriu uma garrafa de vinho pela primeira vez na vida, sentou naquele sofá em que se achavam e pensou em voz alta:

― Vou fazer setenta anos. De hoje em diante não dou satisfação para mais ninguém.

VARELLA, Dráuzio. Dona Ana. Drauzio Varella. 4 abr. 2016. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/dona-ana/>. Acesso em: 20 abr. 2016 (Adaptação).

O texto lido é um exemplo de

Alternativas
Comentários
  • A gente vem estudar e fazer exercícios e se depara com uma crônica maravilhosa dessas. Parabéns à banca pela escolha do texto!

  • Maravilha de texto!

  • Romance: em geral é um tipo de texto que possui um núcleo principal, mas não possui apenas um núcleo. Outras tramas vão se desenrolando ao longo do tempo em que a trama principal acontece. O Romance se subdivide em diversos outros tipos: Romance policial, Romance romântico, etc. É um texto longo, tanto na quantidade de acontecimentos narrados quanto no tempo em que se desenrola o enredo.

    Novela: muitas vezes confundida em suas características com o Romance e com o Conto, é um tipo de narrativa menos longa que o Romance, possui apenas um núcleo, ou em outras palavras, a narrativa acompanha a trajetória de apenas uma personagem. Em comparação ao Romance, se utiliza de menos recursos narrativos e em comparação ao Conto tem maior extensão e uma quantidade maior de personagens.

    OBS: A telenovela é um tipo diferente de narrativa. Ela advém dos folhetins, que em um passado não muito distante eram publicados em jornais. O Romance provém da história, das narrativas de viagem, é herdeiro da epopéia. A novela, por sua vez, provém de um conto, de uma anedota, e tudo nela se encaminha para a conclusão.

    Conto: É uma narrativa curta. O tempo em que se passa é reduzido e contém poucas personagens que existem em função de um núcleo. É o relato de uma situação que pode acontecer na vida das personagens, porém não é comum que ocorra com todo mundo. Pode ter um caráter real ou fantástico da mesma forma que o tempo pode ser cronológico ou psicológico.

    Crônica: por vezes é confundida com o conto. A diferença básica entre os dois é que a crônica narra fatos do dia a dia, relata o cotidiano das pessoas, situações que presenciamos e já até prevemos o desenrolar dos fatos. A crônica também se utiliza da ironia e às vezes até do sarcasmo. Não necessariamente precisa se passar em um intervalo de tempo, quando o tempo é utilizado, é um tempo curto, de minutos ou horas normalmente.

    Fábula: É semelhante a um conto em sua extensão e estrutura narrativa. O diferencial se dá, principalmente, no objetivo do texto, que é o de dar algum ensinamento, uma moral. Outra diferença é que as personagens são animais, mas com características de comportamento e socialização semelhantes às dos seres humanos.

    Parábola: é a versão da fábula com personagens humanas. O objetivo é o mesmo, o de ensinar algo. Para isso são utilizadas situações do dia a dia das pessoas.



  • Gabarito: Alternativa "A": Crônica, pois o autor descreve uma situação cotidiana que segue uma cronologia determinada.

  • Gabarito: Alternativa "A": Crônica, pois o autor descreve uma situação cotidiana que segue uma cronologia determinada.




  • Por mais textos de provas assim!

  • LETRA: A

    Crônica é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica.

  • Gabarito: A

    FGV, aprenda a usar textos bem elaborados e de autores gabaritados, não use mais energúmenos como o falso filósofo Olavo de Carvalho, quem nem o ensino fundamental tem.

  • Luca Monteiro, nada a ver seu comentário, existem muitos analfabetos com diplomas nas mãos. E o texto é ótimo.

  • @Luca Monteiro, a educação formal não é garantia de inteligência nem primor intelectual; há muitos, mas muitos casos mesmo de autodidatas que são mentes verdadeiramente brilhantes, sem, contudo, terem pisado uma única vez em uma universidade. Não gosto do Olavo de Carvalho e discordo da imensa maioria de seus pensamentos, mas é inegável que ele é, sim, um sujeito inteligente, com grandes contribuições para a corrente política e filosófica a qual integra.

    Pare de despejar preconceitos estúpidos

    P.S.: Aprenda a ler. O texto nem do Olavo de Carvalho é.

  • essa banca tem otimos textos!!


ID
2874142
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Analise as seguintes afirmativas referentes aos cuidados a serem tomados contra códigos maliciosos.

I. O antivírus deve ser mantido sempre atualizado, com a versão mais recente e com todas as atualizações existentes aplicadas.

II. O antivírus deve ser configurado para verificar automaticamente os discos rígidos e as unidades removíveis (como pen-drives, CDs, DVDs e discos externos).

III. O antivírus deve ser configurado para verificar toda e qualquer extensão de arquivo.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Essa questão é um psicoteste. Sabemos que tudo isso ajuda a proteger, mas eles utilizam as palavras "deve, todas e qualquer" para tentar pegar o candidato. Essa questão na CESPE faria um estrago.

  • GABARITO D



    I. O antivírus deve ser mantido sempre atualizado, com a versão mais recente e com todas as atualizações existentes aplicadas. (CORRETO)

    II. O antivírus deve ser configurado para verificar automaticamente os discos rígidos e as unidades removíveis (como pen-drives, CDs, DVDs e discos externos).(CORRETO)

    III. O antivírus deve ser configurado para verificar toda e qualquer extensão de arquivo.(CORRETO)



    Isso são boas práticas, a palavras deve nesse contexto está certinho


    AGREGANDO:

    PRINCIPAIS MALWARES E SUAS FUNDAMENTAIS CARACTERÍSTICAS:

     

    VÍRUS: não é auto-replicante, depende de um hospedeiro.

    WORM: auto-replicante, não depende de um hospedeiro.

    BACKDOOR: permite retorno do invasor, ''porta dos fundos''.

    BOT/BOTNET: rede zumbi, controle remoto dos computadores.

    TROJAN/CAVALO DE TROIA: presente do mal, parece inofensivo, mas é prejudicial.

    PHISHING: finge-se de sites da área ''financeira'', ou seja, sites fraudulentos. GABARITO

    ROOTKIT: esconde-se, camufla-se de supostas verificações de antivírus ''esconde-esconde''.


    Qualquer erro, manda pv pra eu corrigir, bons estudos.




  • AV não funcionam e nunca funcionaram efetivamente. O próprio criador do mesmo admite tal fato - assim como vendeu a própria empresa. Brasil, sempre atrasado, principalmente o setor público...

  • Existem extensões que não precisam ser escaneadas pelo antivírus, como por exemplo os arquivos de texto (.txt).

  • Gabarito: D.

    Pessoal, são recomendações a nível TEÓRICO. Em teoria é bom você ter a última atualização e todo esse bla bla bla. No entanto, a prática não é essa. Há perda de desempenho, bugs, incompatibilidade e inúmeras outras desvantagens que podem surgir em função de atualizações novas.

    Bons estudos!


ID
2874145
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta corretamente onde o usuário do Excel 2010 deve clicar para criar um gráfico.

Alternativas
Comentários
  • Questão mal formulada.

  • GABARITO C


    1* Inserir

    2* Gráficos

  • Na verdade, a questão quer saber em qual guia deve-se clicar para criar um gráfico. Deve-se clicar na guia "Inserir", grupo "Gráficos".

  • O segredo é se ligar se a questão pede para inserir algo. Diferente de formatar algo já existente.

  • GABARITO: C

     

    GUIA INSERIR, encontram-se os GRUPOS: SIM PAIS, TACARO LIMITE !

     

    SIMbolos

     

    PAginas;

    Ilustrações; ( Imagens e Gráficos )

    Suplementos;

     

    TAbelas;

    CAbeçalho e ROdapé;

     

    LInks;

    MIdia;

    TExtos

     

     

     

  • Questão do tipo: Uso com frequência e não sabia!

     


  • GUIA INSERIR = SIMBOLOS - PAGINAS - ILUSTRACOES-SUPLEMENTOS- TABELAS-CABEÇALHO E RODAPÉ
    LINKS - MIDIA - TEXTOS

  • Questão com resposta óbvia porém mal formulada,parece que estavam com preguiça


ID
2874148
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta corretamente a ação que um usuário do Word 2010 deve efetuar para verificar a existência de possíveis erros no texto que acabou de digitar.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B


    Questão autoexplicativa --> Clicar em “Revisão” e, depois, clicar em “Ortografia e Gramática”.


    A única coisa que posso acrescentar a vocês é que outra forma de chegar aí é usar a tecla F7.


    bons estudos.

  • Clicar em “Revisão” e, depois, clicar em Ortografia e Gramática”. OU F7


    GABARITO B

  • 1 GUIA REVISÃO

    2 ABA REVISÃO DE TEXTO  = ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA

    OU APERTA F7

  • Tecla de Atalho: F7.

  • Revisão e Ortografia e Gramática. Tecla de atalho F7.

    Gabarito B.


ID
2874151
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta a função da classificação internacional das doenças (CID).

Alternativas
Comentários
  • CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DOÊNÇAS (CID)

    Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde. ... Fornece códigos relativos à classificação de doenças e de uma grande variedade de sinais, sintomas, aspectos anormais, queixas, circunstâncias sociais e causas externas para ferimentos ou doenças.


ID
2874154
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O coeficiente (ou taxa) de mortalidade infantil é comumente utilizado como um indicador do nível de saúde de uma comunidade.

Sobre esse indicador, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL

    Mortalidade infantil consiste na morte de crianças no primeiro ano de vida e é a base para calcular a taxa de mortalidade infantil, que consiste na mortalidade infantil observada durante um ano, referida ao número de nascidos vivos do mesmo período.

  • Seu uso está diretamente relacionado ao perfil de renda da população, ou seja, quanto maior o coeficiente de mortalidade de um país, maior a renda dele.

  • É a INCORRETA!

    Leia com calma e atenção.


ID
2874157
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Considerando o conjunto de dados a seguir, calcule a média e a mediana.

15 | 28 | 35 | 20 | 20 | 10 | 15 | 35 | 22 | 10


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • a) Média = 21; mediana = 20

     

     

     

    Média (é o resultado da soma de todas as informações de um conjunto de dados dividida pelo número de informações que foram somadas).

    15 +28 + 35 + 20 +20 +10 +15 + 35 + 22 +10 = 210

    210 : 10 = 21

     

     

    Mediana (é o número que ocupa a posição central da lista organizada em ordem crescente ou decrescente).

    10 | 10 | 15 | 15 | 20 | 20 | 22 | 28 | 35 | 35

     

    Na sequência dada pela questão temos 2 números centrais. Devemos somar os 2 e dividir por 2.    (20 + 20)/ 2  =     40/2    =  20

                                                                                                                                                                         

  • Questão classificada de forma incorreta.


ID
2874160
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Entre os princípios e as diretrizes do SUS, estão

Alternativas
Comentários
  • São princípios do SUS:

    Universalidade do acesso e serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

    Integralidade da assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos , individuais e coletivos , exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.

    Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;

    Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;

    Direito a informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;

    Divulgação de informações quanto ao potencial serviços de saúde e suas utilização pelo usuário;

    Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades , a alocação de recursos e a orientação programática;

    Participação da comunidade;

    Descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo;

    Enfase na descentralização dos serviços para os municípios; Regionalização e hierarquização de rede de serviços de saúde;

    Integração em nível executivo da ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;

    Conjugação dos recursos financeiros , tecnológicos , materiais e humanos da união, dos estados, DF e municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;

    Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência ;

    Organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos;

    Organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento , acompanhamento psicológico e cirurgia plástica reparadora, em conformidade com a lei.


    São Diretrizes dos SUS:


    Decentralização , com direção única em cada esfera de governo;

    Atendimento integral, com prioridade para a atividades preventivas , sem prejuízo dos serviços assistenciais;

    Participação da comunidade;

  • a universalidade do acesso e a integralidade do atendimento.

  • a universalidade do acesso e a integralidade do atendimento.

  • Dos Princípios e Diretrizes

    Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:

    I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

    II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;

    III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;

    IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;

    V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;

    VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário;

    VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática;

    VIII - participação da comunidade;

    IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:

    a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;

    b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;

    X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;

    XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;

    XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e

    XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.

    XIV – organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas reparadoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013.           (Redação dada pela Lei nº 13.427, de 2017)

    Fonte 8080/90


ID
2874163
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Analise os princípios a seguir.

I. Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral.

II. Assistência à saúde destinada somente àqueles que não podem arcar com os custos assistenciais.

III. Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário.

IV. Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática.


São princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) estabelecidos pela Lei Federal nº 8.080/1990

Alternativas
Comentários
  • São princípios do SUS:

    Universalidade do acesso e serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

    Integralidade da assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos , individuais e coletivos , exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.

    Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;

    Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;

    Direito a informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;

    Divulgação de informações quanto ao potencial serviços de saúde e suas utilização pelo usuário;

    Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades , a alocação de recursos e a orientação programática;

    Participação da comunidade;

    Descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo;


    Enfase na descentralização dos serviços para os municípios; Regionalização e hierarquização de rede de serviços de saúde;

    Integração em nível executivo da ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;

    Conjugação dos recursos financeiros , tecnológicos , materiais e humanos da união, dos estados, DF e municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;

    Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência ;

    Organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos;

    Organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento , acompanhamento psicológico e cirurgia plástica reparadora, em conformidade com a lei.

  • Art. 7 - As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde - SUS são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no Art.198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:

    I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

    II - integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;

    III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;

    IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;

    V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;

    VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário;

    VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática;

    VIII - participação da comunidade;

    IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:

    a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;

    b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde.

    X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;

    XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;

    XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e

    XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.

  • I, III e IV, apenas

    Gabarito A


ID
2874166
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A política de saúde é frequentemente considerada em um sentido restrito, referindo-se a assuntos de cuidados médicos e à organização dos serviços de atenção à saúde. Entretanto, as políticas de saúde são influenciadas por uma ampla gama de decisões políticas e devem fornecer uma estrutura para ações de promoção à saúde.

São determinantes englobados por essas ações de promoção, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Determinantes genéticos

  • Se vocês não souberem a fundamentação da resposta, por favor não repitam simplesmente a resposta correta. Isso não ajuda em nada!!! Façam como eu e solicitem comentários fundamentados do professor no botão abaixo!! Grato!!

  • Gostei Flavio Diaz


ID
2874172
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Os sinais vitais são descritos como medidas que fornecem dados fisiológicos, os quais indicam as condições de saúde do paciente.

Em relação à avaliação dos sinais vitais, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • A temperatura central pode ser mensurada através da mucosa retal, membrana timpânica e artéria pulmonar, enquanto que a temperatura externa ou superficial pode ser mensurada através da pele, cavidade oral ou esôfago. ERRADO

  • MENSURAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL

     

    PERIFÉRICA : AXILA , RETO , ORAL

     

    CENTRAL : NASOFARINGE, ESÔFAGO, MEMBRANA TIMPÂNICA, ARTERIAL TEMPORAL, ARTERIAL PULMONAR, BEXIGA.

     

    FONTE : https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/432607/mod_resource/content/1/AIF-temperatura%202017_Poveda.pdf

  • Artéria radial e a garotos da São normalmente utilizadas para avaliação do pulso devido a facilidade de palpacao.

  • Membrana tipanina é externa

ID
2874175
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Considere a situação em que a prescrição médica do Sr. João solicita a administração de 300 mg de vancomicina E.V. de 6 em 6h. A farmácia do hospital dispõe do medicamento na apresentação de frascos contendo 500 mg – pó. O técnico de enfermagem diluiu um desses frascos em 10 mL de ABD.

Então, o volume da solução que deverá ser administrado é

Alternativas
Comentários
  • 500mg---------10ml

    300mg----------x


    500x = 300x10> 3000

    3000:500=


    >>>6<<<

  • tenho: 500 mg / 10 ml

    preciso: 300 mg

    500 mg -----10 ml

    300 mg ----- X

    500 x = 3000

    x= 3000/500

    x= 6 ml


ID
2874178
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Sobre o atendimento às vítimas de queimaduras, analise as afirmativas a seguir e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.

( ) A classificação da queimadura em primeiro, segundo ou terceiro graus considera a profundidade da lesão.

( ) No tratamento imediato de emergência, recomenda-se a retirada de anéis e piercings e que a lesão seja coberta com pano limpo.

( ) São indicados os usos de pomadas e pastas no ferimento.

( ) Não se deve romper bolhas, pois elas funcionam como mecanismo de proteção.


Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • A classificação da queimadura em primeiro, segundo ou terceiro graus considera a profundidade da lesão.

    No tratamento imediato de emergência, recomenda-se a retirada de anéis e piercings e que a lesão seja coberta com pano limpo.

    Não indicados os usos de pomadas e pastas no ferimento.

    Não se deve romper bolhas, pois elas funcionam como mecanismo de proteção.

  • SEGUNDO O PHTLS 8ª EDIÇÃO, PÁG: 409 (A MAIORIA DOS ESPECIALISTAS RECOMENDA ROMPER AS BOLHAS EM AMBIENTE HOSPITALAR.


ID
2874181
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A cianose é uma coloração azulada da pele ou de mucosas em razão de a hemoglobina transportar quantidades reduzidas de oxigênio.

Sobre a cianose, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Tipos :

    – Cianose central: 

    Ocorre como resultado de hipoxemia arterial (baixa concentração de oxigênio no sangue).Pode ocorrer por: redução da concentração de oxigênio ambiente (exemplo : altitudes elevadas);  doença que afete a ventilação pulmonar (obstruções por tumores , enfisema pulmonar , bronquite crônica , atelectasia etc.); transtornos da difusão (passagem do oxigênio do alvéolo pulmonar para os capilares pulmonares) por aumento da espessura da membrana alveolocapilar pulmonar (infecções, fibrose pulmonar e edema pulmonar na insuficiência cardíaca) ; transtornos da perfusão (dificuldade da chegada de sangue nos pulmões  em conseqüência de insuficiência cardíaca grave, embolia pulmonar e cardiopatias congênitas); curtos circuitos direita-esquerda (passagem anormal do sangue venoso do lado direito do coração para o lado esquerdo , que contém sangue arterial , como na tetralogia da Fallot, tronco arterioso, síndrome de Eisenmenger, atresia tricúspide, comunicação interatrial ou interventricular com hipertensão pulmonar e fístulas vasculares pulmonares).

    – Cianose periférica:

    Está associada com estase (déficit na circulação de sangue), a qual permite uma extração mais acentuada de oxigênio da hemoglobina contida no sangue periférico. A causa mais comum de cianose periférica é vasoconstrição (estreitamento do vaso), decorrente da exposição ao frio. Aparece na insuficiência congestiva grave, por congestão periférica. A cianose por transtorno vasomotor ocorre na doença de Raynaud e na acrocianose.

    – Cianose por alteração da hemoglobina:

    Metemoglobina.

    http://www.laboratoriocentral.com.br/sinais-e-sintomas-cianose-coloracao-azulada-da-pele-e-mucosas/

  • A cianose central pode ser observada examinando-se a língua e o palato mole.

  • C.

    -A cianose central não é um sinal precoce de hipoxemia, mas sim um sintoma da mesma.

  • Cianose

    A cianose, que se refere a uma coloração azulada da pele, constitui um indicador muito tardio de

    hipoxia. A presença/ausência de cianose é determinada pela quantidade de hemoglobina não oxigenada no sangue. A cianose aparece quando há pelo menos 5 g/dℓ de hemoglobina não oxigenada. Um paciente com nível de hemoglobina de 15 g/dℓ não demonstra cianose até que 5 g/dℓ dessa hemoglobina se tornem não oxigenados, reduzindo a hemoglobina circulante efetiva para 66% do nível normal.

    O paciente com anemia raramente manifesta cianose, enquanto um paciente com policitemia pode

    parecer cianótico, mesmo quando adequadamente oxigenado. Por conseguinte, a cianose não constitui

    um sinal confiável de hipoxia.

    A avaliação da cianose é afetada pela iluminação da sala, pela coloração da pele do paciente e pela

    distância dos vasos sanguíneos da superfície da pele. Na presença de uma condição pulmonar, a cianose

    central é avaliada através da observação da coloração da língua e dos lábios. Isso indica uma diminuição na tensão de oxigênio do sangue. A cianose periférica resulta de diminuição do fluxo sanguíneo para a

    periferia do corpo (dedos das mãos e dos pés ou lobos das orelhas), como na vasoconstrição em decorrência de exposição ao frio, e não indica necessariamente um problema sistêmico central.

    FONTE: BRUNNER


ID
2874184
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Considerando os procedimentos de enfermagem durante a reanimação cardiopulmonar (RCP) e o suporte básico de vida (SBV), é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • O sincronismo entre as compressões torácicas e as ventilações durante a RCP não é obrigatório se a vítima de parada cardiorrespiratória estiver com a via aérea protegida, ou seja, intubada.

  • O que eu acho interessante é que a pergunta trata do suporte básico e a resposta cita via área avançado!

  • O erro da questão está em via aérea protegida o correto seria via aérea avançada (intubado).

  • :'( Pra essa questão

    Qual o problema do item a? Seria porque falou hiperventilação, e não ventilação?


ID
2874187
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Sobre os sinais de parada cardiorrespiratória (PCR), é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Após a definição de que a cena do evento é segura para a ação do socorrista, deve-se

    checar se o paciente apresenta ou não algum grau de resposta. 

     

    Se o paciente responder ao chamado ou apresentar   movimentos   voluntários   em 

    resposta, isso   significa   que   ele   possui   fluxo   sanguíneo suficiente para manter

    alguma atividade do sistema nervoso central (mesmo que parcialmente), ou seja, a

    situação se afasta da condição de PCR.

     

    Entretanto, se o paciente não responde e não há movimentos respiratórios (ou ele apresenta gasps agônicos), assume-se que o paciente está em parada cardíaca. Nessa condição, o passo seguinte deve ser o desencadeamento do sistema de emergência pedindo o desfibrilador.

     

    Importante lembrar que a busca de pulso central isoladamente não é um marcador

    confiável de PCR, mesmo quando feita por socorristas treinados, requerendo um

    valioso tempo adicional. 

     

    Para o leigo, não se recomenda procurar se há ou não pulso central, sendo recomendado iniciar imediatamente as compressões torácicas nessa situação (vítima arresponsiva e sem movimento respiratório ou apenas com gasps agônicos). Para os   profissionais   de   saúde, a   busca   por pulso central não deve ultrapassar 10

    segundos. 

     

    Se não houver pulso (ou mesmo se for duvidoso), deve-se iniciar as

    compressões torácicas imediatamente.

     

    Fonte: Ligia Carvalheiro -Estátegia Concursos

    De acordo com essa anotação fiquei confusa na interpretação dessa questão. Alguém sabe informar se a questão foi anulada?

  • A) A ausência de movimentos respiratórios (apneia) é determinante para o estado de PCR. ERRADO

    Não há necessidade de ausência de movimentos respiratórios para se atestar uma PCR.

    B) A respiração agônica indica que os batimentos cardíacos ainda estão presentes. ERRADO

    Lembrar que a presença de respiração agônica ou “gasping” deve ser considerada como ausência de respiração, logo ausência de batimentos cardíacos.

    C) O estado de inconsciência indica a necessidade imediata de iniciar as manobras de reanimação cardiopulmonar. ERRADO

    D) A ausência de pulso carotídeo é sinal patognomônico de PCR. GABARITO.

    ''patognomônico'' significa específico de uma determinada doença.

    FONTE: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/aprendendo-sobre-parada-cardiaca-e-parada-respiratoria/57531

    obs: avisem-me se houver algum erro.


ID
2874190
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Considerando a técnica de mensuração da pressão venosa central (PVC), assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • ATENÇÃO!

    PVC : AUMENTADO >> HIPERVOLEMIA

    DIMINUÍDO >> HIPOVOLEMIA

  • UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA = É A CLASSIFICAÇÃO CORRETA PARA ESSA QUESTÃO

    Antes de analisar a questão, gostaria enfatizar que é necessário que o aluno tenha conhecimento sobre Unidade de Terapia Intensiva e a técnica de mensuração da pressão venosa central (PVC).

    A PVC é uma medida hemodinâmica, determinada pela interação entre volume intravascular, função do ventrículo direito, tônus vasomotor e pressão intratorácica. Ela fornece informações sobre três parâmetros: volume sanguíneo, eficácia do coração como bomba e tônus vascular.

    Fique bastante atento, pois essa questão solicita que assinale a alternativa INCORRETA.

    A) CORRETA. A mensuração da PVC é realizada por meio de um cateter posicionado dentro da veia cava superior, que pode ser conectado diretamente a uma coluna de água (medição manual) ou transdutores eletrônicos de pressão, sendo o último método considerado mais preciso, por ser de monitorização eletrônica e com menor chance de erro. Os acessos venosos centrais em ordem de preferência são: veia jugular interna direita, veia jugular interna esquerda; subclávia esquerda, subclávia direita, femoral direita ou esquerda. Todos levarão a veia cava.

    B) CORRETA. O zero da régua na coluna de água ou o transdutor deve ser colocado ao nível da linha axilar média (LAM) do paciente. A literatura nacional e internacional considera a LAM como referência anatômica padrão ouro para definir o zero.

    C) INCORRETA. Os valores de PVC diminuídos indicam estado HIPOVOLÊMICO (perda de sangue ou líquidos) ou vasodilatação induzida por medicamentos. O AUMENTO da PVC indica estado hipervolêmico.

    D) CORRETA. A PVC deve ser interpretada em conjunto com outras variáveis clínicas, como ausculta do murmúrio vesicular (alteração respiratória), frequência cardíaca (alterações cardíacas) e respiratória e débito urinário (controle de líquidos). Reforço que a medida fornece informações sobre três parâmetros: volume sanguíneo diretamente ligado ao volume de líquidos, eficácia do coração como bomba e tônus vascular.

    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
2874193
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A monitoração da pressão intracraniana (PIC) proporciona a coleta de informações que facilitam a aplicação de medidas de prevenção à isquemia cerebral secundária à distorção do tronco cerebral.

Assinale a alternativa que apresenta os cuidados de enfermagem que devem ser prestados a pacientes com monitoração da PIC.

Alternativas
Comentários
  • Alguém me explica
  • Realizar de forma cautelosa e em curto período de tempo a aspiração endotraqueal, uma vez que interfere no valor da PIC.

  • A aspiração endotraqueal é sem dúvida um dos recursos que mais eleva a PIC, pois causa aumento na pressão intratorácica (PIT) por meio da tosse, diminuindo o retorno venoso cerebral

    Porém, não se deve considerar que a aspiração endotraqueal seja contra-indicada para o paciente neurológico, e sim, ser realizada de forma cautelosa e por profissionais capacitados que possam monitorizar o paciente em relação aos sinais clínicos de HIC, antes, durante e após os procedimentos.


ID
2874196
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A oxigenoterapia é a administração de oxigênio em uma concentração maior que aquela encontrada na atmosfera ambiental.

Sobre os sistemas de oxigenoterapia utilizados na assistência de enfermagem, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • A cânula nasal é o sistema indicado quando são necessárias concentrações baixas de oxigênio.

  •  Cânula nasal - é empregado quando o paciente requer uma concentração média ou baixa de O2. É relativamente simples e permite que o paciente converse e alimente-se, sem interrupção de O2.


    Vantagens:

    - Conforto maior que no uso do cateter;

    - Economia, não necessita ser removida;

    - Convivência - pode comer, falar, sem obstáculos;

    - Facilidade de manter em posição.


    2- Desvantagens:

    - Não pode ser usada por pacientes com problemas nos condutos nasais;

    - Concentração de O2 inspirada desconhecida;

    - De pouca aceitação por crianças pequenas;

    - Não permite nebulização

    Resposta incorreta B.

    https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/oxigenoterapia/30500

  • Questão cabe recurso pois moderado é o mesmo que médio ou baixo,

  • Cânula nasal - é empregado quando o paciente requer uma concentração média ou baixa de O2. É relativamente simples e permite que o paciente converse e alimente-se, sem interrupção de O2. 

    Cateter Nasal - Visa administrar concentrações baixas a moderadas de O2. É de fácil aplicação, mas nem sempre é bem tolerada, principalmente por crianças. 

    Máscara de Venturi - Constitui o método mais seguro e exato para liberar a concentração necessária de oxigênio, sem considerar a profundidade ou frequência da respiração. 

    Máscara de Aerosol, Tendas Faciais - São utilizadas com dispositivo de aerosol, que podem ser ajustadas para concentrações que variam de 27% a 100%. 

  • Cânula nasal - é empregado quando o paciente requer uma concentração média ou baixa de O2. É relativamente simples e permite que o paciente converse e alimente-se, sem interrupção de O2. 

    Cateter Nasal - Visa administrar concentrações baixas a moderadas de O2. É de fácil aplicação, mas nem sempre é bem tolerada, principalmente por crianças. 

    Máscara de Venturi - Constitui o método mais seguro e exato para liberar a concentração necessária de oxigênio, sem considerar a profundidade ou frequência da respiração. 

    Máscara de Aerosol, Tendas Faciais - São utilizadas com dispositivo de aerosol, que podem ser ajustadas para concentrações que variam de 27% a 100%. 

  • Cânula nasal - é empregado quando o paciente requer uma concentração média ou baixa de O2. É relativamente simples e permite que o paciente converse e alimente-se, sem interrupção de O2. 

    Cateter Nasal - Visa administrar concentrações baixas a moderadas de O2. É de fácil aplicação, mas nem sempre é bem tolerada, principalmente por crianças. 

    Máscara de Venturi - Constitui o método mais seguro e exato para liberar a concentração necessária de oxigênio, sem considerar a profundidade ou frequência da respiração. 

    Máscara de Aerosol, Tendas Faciais - São utilizadas com dispositivo de aerosol, que podem ser ajustadas para concentrações que variam de 27% a 100%. 

  • Por que a incorreta não é a letra "A", me explica porque eu colocaria um sistema de alto fluxo em paciente com DPOC, sendo que o fluxo já está interrompido, e ele não irá receber nada.


ID
2874199
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A intoxicação por carbamato (chumbinho) é uma situação de emergência clínica muito comum nos dias de hoje e está relacionada à alta mortalidade.

Assinale a alternativa que apresenta a correta intervenção de enfermagem específica para esse atendimento.

Alternativas
Comentários
  • Sondagem nasogástrica e administração de carvão ativado.

  • Não é lavagem intestinal, é lavagem gástrica.

  • Não é lavagem intestinal, é lavagem gástrica.

  • e atenção se ligue aí que é hora da revisão..

    Intoxicação oral por chumbinho (carbamato) DEVE sondagem nasogástrica e aplicação de carvão ativado DENTRO DA 1 HORA.

  • muito bom essas questoes, acertei..


ID
2874202
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Relacione a COLUNA II com a COLUNA I, associando os cuidados de enfermagem para evitar complicações durante a administração de dieta enteral às respectivas complicações.


COLUNA I

1. Aspiração pulmonar

2. Diarreia

3. Obstrução da sonda

4. Deslocamento da sonda


COLUNA II

( ) Evitar medicações trituradas, preferir formulações líquidas, se possível. Irrigar a sonda com 30 mL de água após administração de medicamentos.

( ) Manter a cabeceira do leito elevada durante a administração da dieta e por duas horas depois.

( ) Manter a fixação da sonda limpa e seca e verificar o posicionamento da sonda a cada 12 horas.

( ) Manter infusão contínua conforme prescrição e trocar as bolsas de dieta a cada 24 horas.


Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • (3 ) Evitar medicações trituradas, preferir formulações líquidas, se possível. Irrigar a sonda com 30 mL de água após administração de medicamentos.

    (1 ) Manter a cabeceira do leito elevada durante a administração da dieta e por duas horas depois.

    (4 ) Manter a fixação da sonda limpa e seca e verificar o posicionamento da sonda a cada 12 horas.

    (2 ) Manter infusão contínua conforme prescrição e trocar as bolsas de dieta a cada 24 horas.


ID
2874205
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Analise a situação hipotética a seguir.

A equipe de enfermagem de um hospital decide entrar em greve por melhores condições de trabalho e melhorias salariais; dessa forma, na observância da lei, decidem que, enquanto persistir a greve, atenderão apenas às situações que impliquem em risco de vida e não farão registros em prontuário sobre a assistência que for prestada.

De acordo com o Código de Ética de Enfermagem, essa conduta está

Alternativas
Comentários
  • Resposta Correta: D) incorreta, pois o Código de Ética estabelece o dever do profissional de registrar no prontuário do paciente as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar.

  • Gabarito: letra D

    Resolução COFEN 564/2017

    Art. 13 Suspender as atividades, individuais ou coletivas, quando o local de trabalho não oferecer condições seguras para o exercício profissional e/ou desrespeitar a legislação vigente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo formalizar imediatamente sua decisão por escrito e/ou por meio de correio eletrônico à instituição e ao Conselho Regional de Enfermagem. DIREITO

    Art. 36 Registrar no prontuário e em outros documentos as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar de forma clara, objetiva, cronológica, legível, completa e sem rasuras. DEVER

  • D.

    Deve-se sempre registrar, sem exceções.

  • Art. 36  Registrar no prontuário e em outros documentos as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar de forma clara, objetiva, cronológica, legível, completa e sem rasuras. 

  • D


ID
2874208
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

De acordo com a Lei nº 7.498/1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício de enfermagem, a emissão de parecer sobre matéria de enfermagem é

Alternativas
Comentários
  • Resposta Correta: B) Privativa do enfermeiro

  • Está no artigo 11 da Lei 7.498/86: atividade privativa do enfermeiro - consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem.

  • Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:

    I – privativamente:

    ...

    h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem;

    http://www.cofen.gov.br/lei-n-749886-de-25-de-junho-de-1986_4161.html

  • De acordo com a Lei nº 7.498/1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício de enfermagem, a emissão de PARECER sobre matéria de enfermagem é :

    GABARITO :

    PRIVATIVA ( EXCLUSIVA) do enfermeiro.


ID
2874211
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

De acordo com o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, é um dever desse profissional

Alternativas
Comentários
  • Resposta Correta: C) assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.


  • Gabarito: letra C

    Resolução COFEN 564/2017

    Art. 6º Aprimorar seus conhecimentos técnico­-científicos, ético­-políticos, socioeducativos, históricos e culturais que dão sustentação à prática profissional. DIREITO

    Art. 55 Aprimorar os conhecimentos técnico­-científicos, ético-­políticos, socioeducativos e culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão. DEVER

  • A) exercer a enfermagem com liberdade e autonomia e ser tratado segundo os pressupostos e princípios legais, éticos e dos direitos humanos.

    Art. 1º Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança técnica, científica e ambiental, autonomia, e ser tratado sem discriminação de qualquer natureza, segundo os princípios e pressupostos legais, éticos e dos direitos humanos. DIREITO

    B) aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais que dão sustentação à sua prática profissional.

    Art. 6º Aprimorar seus conhecimentos técnico­científicos, ético­políticos, socioeducativos, históricos e culturais que dão sustentação à prática profissional - DIREITO

    C) assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.

    Art. 45 Prestar assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.  DEVERES

    D) apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional e à defesa dos direitos e interesses da categoria e da sociedade.

    Art. 3º Apoiar e/ou participar de movimentos de defesa da dignidade profissional, do exercício da cidadania e das reivindicações por melhores condições de assistência, trabalho e remuneração, observados os parâmetros e limites da legislação vigente. DIREITO


ID
2874214
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
UPA-CS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Sobre o trauma de extremidades, analise as afirmativas a seguir e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.

( ) Fraturas fechadas ou internas são aquelas em que os ossos quebrados permanecem no interior do membro sem furar a pele.

( ) Fraturas abertas ou expostas são aquelas em que os ossos quebrados saem do lugar, rompendo a pele e deixando exposta uma de suas partes. Esse tipo de fratura necessita de profilaxia para infecções.

( ) A fratura em galho verde é uma fratura completa que ocorre com a quebra do osso em três ou mais fragmentos.

( ) As fraturas em geral devem ser imobilizadas com talas e fixadas em pelo menos quatro pontos: acima e abaixo das articulações e acima e abaixo da fratura.


Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta Correta: C) V V F V


    Errada --> A fratura em galho verde é uma fratura completa que ocorre com a quebra do osso em três ou mais fragmentos

  • Tipos de fratura

    Fratura fechada: não há lesão da pele.

    Fratura aberta ou exposta: há, na pele, uma ferida que se comunica com a fratura. Pode ser de qualquer dimensão, inclusive se resumindo a um ponto.

    Fratura patológica: ocorre num osso afetado por problemas prévios que o enfraqueceram (como doenças congênitas, infecções e lesões benignas ou malignas).

    Fratura por estresse: ocorre em ossos submetidos a esforço contínuo. Sua incidência vem se elevando devido à disseminação da prática esportiva intensa pelos jovens.

    Fratura desviada: os fragmentos do osso se deslocam.

    Fratura articular: há acometimento da articulação.

    Descolamento epifisário: atinge a placa de crescimento.

    Fratura em “galho verde”: o osso é “lascado” ou “trincado”, sendo que um lado dele permanece íntegro.

    Fratura subperiostal: ocorre sob o periósteo, membrana resistente que envolve o osso.

    http://www.sbop.org.br/noticia/11/orientacao