SóProvas



Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2021 - Prefeitura de Ubá - MG - Arquiteto 30H


ID
5614096
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Coronavírus expõe a nossa desinformação sobre a China,

o maior fenômeno econômico dos nossos tempos

Não é a primeira vez que a China passa por uma crise epidêmica. A história das doenças contagiosas que espalham medo é longa. Também é longa a história de como as autoridades chinesas, com seus erros e acertos, contornaram suas próprias crises, como no surto de cólera de 1949 e a varíola em 1950.

A mais recente e marcante epidemia foi a Síndrome Respiratória Aguda Severa, a Sars, na sigla em inglês. Como pontuaram os sinólogos Arthur Kleinman e James Watson, no livro “Sars in China: prelude to pandemic?”, a Sars em 2003 provocou uma das mais sérias crises de saúde de nossos tempos. Kleinman, que tem cinco décadas de experiência em intervenção em saúde pública na China, acredita que a epidemia foi uma espécie de prelúdio de novas catástrofes de saúde que viriam acontecer no século 21. Ainda que o número de mortes tenha sido de aproximadamente 1.000 pessoas — pequeno, comparado a outras epidemias —, a Sars mobilizou inseguranças, medos e preconceitos sobre o país. Os Estados Unidos não pouparam os boatos de que se estaria espalhando bioterror em seu território. O impacto sobre as vidas humanas na China e sobre a economia global foi tremendo, desvelando a fragilidade do mundo globalizado.

Passada a Sars, hoje a notícia do coronavírus se espalha por meio de uma onda de pânico moral que mistura fake news, desinformação, racismo e estereótipos tolos. Notícias falsas gravíssimas percorrem o WhatsApp. A mais debatida nas redes sociais foi a de que o vírus teria tido origem na sopa de morcegos, o que fez com que brasileiros — que vivem no país em que se come coração de galinha e tripa de boi — ficassem escandalizados. Um vídeo no Twitter mostrava uma cena grotesca de um jovem chinês comendo um pássaro vivo, como a prova cabal de que era por isso que o vírus se espalha.

Na apuração de informações para esta coluna, descobri, com a ajuda do professor David Nemer, da Universidade de Virgínia (EUA), que grupos no WhatsApp foram inundados de boatos, em forma de “breaking news”, que diziam que os chineses estavam morrendo caídos nas ruas, que pais abandonaram filhos no aeroporto ao saberem da contaminação e que 23 milhões de pessoas estavam em quarentena e 112 mil haviam morrido. Essa é a narrativa apocalíptica — ou a doutrina do choque, como diria a escritora Naomi Klein — sempre muito bem manipulada para fins políticos.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma. 

É evidente que a manchete do hospital tem uma intenção positiva, que é mostrar uma China dinâmica, com tecnologia de ponta e vontade governamental para resolver seus problemas internos. Mas não deixa de ser o estereótipo do outro extremo, que reatualiza o eterno retorno da mítica chinesa acerca de suas grandiosas construções.

Autores como historiador búlgaro Tzvetan Todorov e o antropólogo francês François Laplantine mostraram que a imagem do Brasil pelos missionários europeus no século 16 era ambivalente: entre o mau e o bom selvagem, paraíso ou inferno. Os maus selvagens eram os indígenas rudes, sem roupa, sem pelo, sem alma. Os bons selvagens eram os nativos de alma pura, que não conheciam a malícia e a maldade.

No caso dos morcegos e desinformação, vê-se um etnocentrismo cru que desumaniza o outro. No caso do hospital, cai-se em idealização também estereotipada.

É importante frisar que não estou fazendo uma crítica a quem compartilhou a notícia. Eu mesma compartilhei. A construção rápida de um hospital mostra pragmatismo diante da calamidade. Além disso, a notícia tem um papel político para se opor à fantasia acerca dos morcegos, que fixam os chineses em um lugar bárbaro e exótico.

O problema, portanto, não é nossa ação individual, mas precisamente o desalentadorfato de que, entre o morcego e o hospital, não sobra quase nada. Caímos sempre na armadilha do dualismo “tradição-modernidade”. Se a gente olha esse debate de longe, estruturalmente, o que concluímos é que não saímos do mesmo lugar de narrativas extremas e caricatas sobre o maior fenômeno econômico mundial dos nossos tempos. Sabemos muito pouco sobre o país mais populoso do mundo, com quase 1,4 bilhão de pessoas. [...]

MACHADO, Rosana. Disponível em: www.theintercept.

com/2020/01/28/coronavirus-desinformacao-china.

Acesso em: 27 out. 2021.

A respeito do gênero do texto de Rosana Machado, publicado no início de 2020, é correto afirmar que se trata de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO

    um artigo de opinião, que contém marcas de subjetividade, como o emprego da primeira pessoa do singular.

  • Nos artigos de opinião, se é percebido um texto dissertativo-argumentativo onde o autor deve apresentar seu ponto de vista e utiliza argumentos para justificar esse ponto. A argumentação é o recurso teórico utilizado pelo autor a fim de persuadir o leitor sobre tal assunto, ou seja, convencê-lo de que a sua opinião é correta e verdadeira.

    Já na resenha crítica, se tem a presença de um texto fundamentado em determinada obra, ao qual há uma síntese (resumo breve), e logo em seguida uma análise acerca da obra, partindo da interpretação do autor.

  • Gabarito: letra A

    Um artigo de opinião, que contém marcas de subjetividade, como o emprego da primeira pessoa do singular.

    "É importante frisar que não estou fazendo uma crítica a quem compartilhou a notícia. Eu mesma compartilhei. [...]"

    "O problema, portanto, não é nossa ação individual, mas precisamente o desalentadorfato de que, entre o morcego e o hospital, não sobra quase nada. Caímos sempre na armadilha do dualismo “tradição-modernidade”. Se a gente olha esse debate de longe, estruturalmente, o que concluímos é que não saímos do mesmo lugar de narrativas extremas e caricatas sobre o maior fenômeno econômico mundial dos nossos tempos.[...]".


ID
5614099
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Coronavírus expõe a nossa desinformação sobre a China,

o maior fenômeno econômico dos nossos tempos

Não é a primeira vez que a China passa por uma crise epidêmica. A história das doenças contagiosas que espalham medo é longa. Também é longa a história de como as autoridades chinesas, com seus erros e acertos, contornaram suas próprias crises, como no surto de cólera de 1949 e a varíola em 1950.

A mais recente e marcante epidemia foi a Síndrome Respiratória Aguda Severa, a Sars, na sigla em inglês. Como pontuaram os sinólogos Arthur Kleinman e James Watson, no livro “Sars in China: prelude to pandemic?”, a Sars em 2003 provocou uma das mais sérias crises de saúde de nossos tempos. Kleinman, que tem cinco décadas de experiência em intervenção em saúde pública na China, acredita que a epidemia foi uma espécie de prelúdio de novas catástrofes de saúde que viriam acontecer no século 21. Ainda que o número de mortes tenha sido de aproximadamente 1.000 pessoas — pequeno, comparado a outras epidemias —, a Sars mobilizou inseguranças, medos e preconceitos sobre o país. Os Estados Unidos não pouparam os boatos de que se estaria espalhando bioterror em seu território. O impacto sobre as vidas humanas na China e sobre a economia global foi tremendo, desvelando a fragilidade do mundo globalizado.

Passada a Sars, hoje a notícia do coronavírus se espalha por meio de uma onda de pânico moral que mistura fake news, desinformação, racismo e estereótipos tolos. Notícias falsas gravíssimas percorrem o WhatsApp. A mais debatida nas redes sociais foi a de que o vírus teria tido origem na sopa de morcegos, o que fez com que brasileiros — que vivem no país em que se come coração de galinha e tripa de boi — ficassem escandalizados. Um vídeo no Twitter mostrava uma cena grotesca de um jovem chinês comendo um pássaro vivo, como a prova cabal de que era por isso que o vírus se espalha.

Na apuração de informações para esta coluna, descobri, com a ajuda do professor David Nemer, da Universidade de Virgínia (EUA), que grupos no WhatsApp foram inundados de boatos, em forma de “breaking news”, que diziam que os chineses estavam morrendo caídos nas ruas, que pais abandonaram filhos no aeroporto ao saberem da contaminação e que 23 milhões de pessoas estavam em quarentena e 112 mil haviam morrido. Essa é a narrativa apocalíptica — ou a doutrina do choque, como diria a escritora Naomi Klein — sempre muito bem manipulada para fins políticos.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma. 

É evidente que a manchete do hospital tem uma intenção positiva, que é mostrar uma China dinâmica, com tecnologia de ponta e vontade governamental para resolver seus problemas internos. Mas não deixa de ser o estereótipo do outro extremo, que reatualiza o eterno retorno da mítica chinesa acerca de suas grandiosas construções.

Autores como historiador búlgaro Tzvetan Todorov e o antropólogo francês François Laplantine mostraram que a imagem do Brasil pelos missionários europeus no século 16 era ambivalente: entre o mau e o bom selvagem, paraíso ou inferno. Os maus selvagens eram os indígenas rudes, sem roupa, sem pelo, sem alma. Os bons selvagens eram os nativos de alma pura, que não conheciam a malícia e a maldade.

No caso dos morcegos e desinformação, vê-se um etnocentrismo cru que desumaniza o outro. No caso do hospital, cai-se em idealização também estereotipada.

É importante frisar que não estou fazendo uma crítica a quem compartilhou a notícia. Eu mesma compartilhei. A construção rápida de um hospital mostra pragmatismo diante da calamidade. Além disso, a notícia tem um papel político para se opor à fantasia acerca dos morcegos, que fixam os chineses em um lugar bárbaro e exótico.

O problema, portanto, não é nossa ação individual, mas precisamente o desalentadorfato de que, entre o morcego e o hospital, não sobra quase nada. Caímos sempre na armadilha do dualismo “tradição-modernidade”. Se a gente olha esse debate de longe, estruturalmente, o que concluímos é que não saímos do mesmo lugar de narrativas extremas e caricatas sobre o maior fenômeno econômico mundial dos nossos tempos. Sabemos muito pouco sobre o país mais populoso do mundo, com quase 1,4 bilhão de pessoas. [...]

MACHADO, Rosana. Disponível em: www.theintercept.

com/2020/01/28/coronavirus-desinformacao-china.

Acesso em: 27 out. 2021.

O texto defende a tese de que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO

    a desinformação, associada à veiculação de lugares-comuns ambíguos, contribui para a promoção da intolerância.  

  • Assertiva B

    a desinformação, associada à veiculação de lugares-comuns ambíguos, contribui para a promoção da intolerância.  

    Passada a Sars, hoje a notícia do coronavírus se espalha por meio de uma onda de pânico moral que mistura fake news, desinformação, racismo e estereótipos tolos. Notícias falsas gravíssimas percorrem o WhatsApp. A mais debatida nas redes sociais foi a de que o vírus teria tido origem na sopa de morcegos, o que fez com que brasileiros — que vivem no país em que se come coração de galinha e tripa de boi — ficassem escandalizados. Um vídeo no Twitter mostrava uma cena grotesca de um jovem chinês comendo um pássaro vivo, como a prova cabal de que era por isso que o vírus se espalha.(..)

  • Uma dica para questões com textos grandes: leia primeiro as alternativas. De acordo com o passar do texto, você vai eliminando as falsas.


ID
5614102
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Coronavírus expõe a nossa desinformação sobre a China,

o maior fenômeno econômico dos nossos tempos

Não é a primeira vez que a China passa por uma crise epidêmica. A história das doenças contagiosas que espalham medo é longa. Também é longa a história de como as autoridades chinesas, com seus erros e acertos, contornaram suas próprias crises, como no surto de cólera de 1949 e a varíola em 1950.

A mais recente e marcante epidemia foi a Síndrome Respiratória Aguda Severa, a Sars, na sigla em inglês. Como pontuaram os sinólogos Arthur Kleinman e James Watson, no livro “Sars in China: prelude to pandemic?”, a Sars em 2003 provocou uma das mais sérias crises de saúde de nossos tempos. Kleinman, que tem cinco décadas de experiência em intervenção em saúde pública na China, acredita que a epidemia foi uma espécie de prelúdio de novas catástrofes de saúde que viriam acontecer no século 21. Ainda que o número de mortes tenha sido de aproximadamente 1.000 pessoas — pequeno, comparado a outras epidemias —, a Sars mobilizou inseguranças, medos e preconceitos sobre o país. Os Estados Unidos não pouparam os boatos de que se estaria espalhando bioterror em seu território. O impacto sobre as vidas humanas na China e sobre a economia global foi tremendo, desvelando a fragilidade do mundo globalizado.

Passada a Sars, hoje a notícia do coronavírus se espalha por meio de uma onda de pânico moral que mistura fake news, desinformação, racismo e estereótipos tolos. Notícias falsas gravíssimas percorrem o WhatsApp. A mais debatida nas redes sociais foi a de que o vírus teria tido origem na sopa de morcegos, o que fez com que brasileiros — que vivem no país em que se come coração de galinha e tripa de boi — ficassem escandalizados. Um vídeo no Twitter mostrava uma cena grotesca de um jovem chinês comendo um pássaro vivo, como a prova cabal de que era por isso que o vírus se espalha.

Na apuração de informações para esta coluna, descobri, com a ajuda do professor David Nemer, da Universidade de Virgínia (EUA), que grupos no WhatsApp foram inundados de boatos, em forma de “breaking news”, que diziam que os chineses estavam morrendo caídos nas ruas, que pais abandonaram filhos no aeroporto ao saberem da contaminação e que 23 milhões de pessoas estavam em quarentena e 112 mil haviam morrido. Essa é a narrativa apocalíptica — ou a doutrina do choque, como diria a escritora Naomi Klein — sempre muito bem manipulada para fins políticos.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma. 

É evidente que a manchete do hospital tem uma intenção positiva, que é mostrar uma China dinâmica, com tecnologia de ponta e vontade governamental para resolver seus problemas internos. Mas não deixa de ser o estereótipo do outro extremo, que reatualiza o eterno retorno da mítica chinesa acerca de suas grandiosas construções.

Autores como historiador búlgaro Tzvetan Todorov e o antropólogo francês François Laplantine mostraram que a imagem do Brasil pelos missionários europeus no século 16 era ambivalente: entre o mau e o bom selvagem, paraíso ou inferno. Os maus selvagens eram os indígenas rudes, sem roupa, sem pelo, sem alma. Os bons selvagens eram os nativos de alma pura, que não conheciam a malícia e a maldade.

No caso dos morcegos e desinformação, vê-se um etnocentrismo cru que desumaniza o outro. No caso do hospital, cai-se em idealização também estereotipada.

É importante frisar que não estou fazendo uma crítica a quem compartilhou a notícia. Eu mesma compartilhei. A construção rápida de um hospital mostra pragmatismo diante da calamidade. Além disso, a notícia tem um papel político para se opor à fantasia acerca dos morcegos, que fixam os chineses em um lugar bárbaro e exótico.

O problema, portanto, não é nossa ação individual, mas precisamente o desalentadorfato de que, entre o morcego e o hospital, não sobra quase nada. Caímos sempre na armadilha do dualismo “tradição-modernidade”. Se a gente olha esse debate de longe, estruturalmente, o que concluímos é que não saímos do mesmo lugar de narrativas extremas e caricatas sobre o maior fenômeno econômico mundial dos nossos tempos. Sabemos muito pouco sobre o país mais populoso do mundo, com quase 1,4 bilhão de pessoas. [...]

MACHADO, Rosana. Disponível em: www.theintercept.

com/2020/01/28/coronavirus-desinformacao-china.

Acesso em: 27 out. 2021.

Releia o seguinte trecho.

“Também é longa a história de como as autoridades chinesas, com seus erros e acertos, contornaram suas próprias crises, como no surto de cólera de 1949 e a varíola em 1950.”

A preposição destacada poderia ser substituída, sem prejuízo para a coesão e para a coerência do texto, por

Alternativas
Comentários
  • CUIDADO

    A questão possui múltiplo gabarito

    Solicita-se indicação do termo ou locução que substitua a preposição destacada, mantendo-se coesão e coerência:

    “Também é longa a história de como as autoridades chinesas, com seus erros e acertos, contornaram suas próprias crises, como no surto de cólera de 1949 e a varíola em 1950.”

    A preposição destacada encabeça passagem isolada que encerra sentido de modo, maneira (contornaram os problemas com seus erros e acertos).

    Não há nas alternativas abaixo construção que preserve a relação original, fator irrelevante diante da ausência de solicitação da banca para com a manutenção de sentido.

    A) “haja vista”.

    Correta. A construção "haja vista", invariável, sinônima de "tendo em conta", indica algo que deve ser considerado, uma causa ou elemento ensejador. Embora modifique o sentido da construção, é plenamente empregável, não afetando a coesão e a coerência da passagem;

    "(...) como as autoridades chinesas, haja vista seus erros e acertos, contornaram suas (...)"

    B) “a despeito de”.

    Correta. Consoante alternativa anterior, presente locução prepositiva, indicativa de contrariedade, concessão, embora modifique o sentido da passagem, não afeta sua coesão ou sua coerência;

    "(...) como as autoridades chinesas, a despeito de seus erros e acertos, contornaram suas (...)"

    C) “porquanto”.

    Incorreta. Presente termo é conjunção coordenativa de sentido explicativo ou causal, sendo por certo o único vocábulo que não encontra ensejo no caso em tela, ausente construção oracional que o abarque;

    D) “devido a”. 

    Correta. Consoante alternativas anteriores, presente locução prepositiva, indicativa de causa, embora modifique o sentido da passagem, não afeta sua coesão ou sua coerência;

    "(...) como as autoridades chinesas, devido a seus erros e acertos, contornaram suas (...)"

    Importante pontuar que diante do pronome possesivo "seus" não há obrigatoriedade ou necessidade de anteposição de artigo, mantida apenas a preposição que acompanha a locução prepositiva sem marcação de crase.

    Gabarito da banca na alternativa B

    Gabaritos corretos nas alternativas A, B e D

  • Podemos reescrever a passagem da seguinte forma:

    Ainda que houvesse erros e acertos, as autoridades chinesas contornaram suas próprias crises.

    Pode-se observar que o sentido existente no período é de concessão.

    Assim, a única alternativa que apresenta um conectivo concessivo é a letra B ( a despeito de).

  • GAB-B

     “a despeito de”.

    autoridades chinesas, com seus erros e acertos, ...

    autoridades chinesas, A DESPEITO DE seus erros e acertos, ....

    autoridades chinesas, DEVIDO A seus erros e acertoS.....

    GAB-B

    PODEM MARCAR SEM MEDO.


ID
5614105
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Coronavírus expõe a nossa desinformação sobre a China,

o maior fenômeno econômico dos nossos tempos

Não é a primeira vez que a China passa por uma crise epidêmica. A história das doenças contagiosas que espalham medo é longa. Também é longa a história de como as autoridades chinesas, com seus erros e acertos, contornaram suas próprias crises, como no surto de cólera de 1949 e a varíola em 1950.

A mais recente e marcante epidemia foi a Síndrome Respiratória Aguda Severa, a Sars, na sigla em inglês. Como pontuaram os sinólogos Arthur Kleinman e James Watson, no livro “Sars in China: prelude to pandemic?”, a Sars em 2003 provocou uma das mais sérias crises de saúde de nossos tempos. Kleinman, que tem cinco décadas de experiência em intervenção em saúde pública na China, acredita que a epidemia foi uma espécie de prelúdio de novas catástrofes de saúde que viriam acontecer no século 21. Ainda que o número de mortes tenha sido de aproximadamente 1.000 pessoas — pequeno, comparado a outras epidemias —, a Sars mobilizou inseguranças, medos e preconceitos sobre o país. Os Estados Unidos não pouparam os boatos de que se estaria espalhando bioterror em seu território. O impacto sobre as vidas humanas na China e sobre a economia global foi tremendo, desvelando a fragilidade do mundo globalizado.

Passada a Sars, hoje a notícia do coronavírus se espalha por meio de uma onda de pânico moral que mistura fake news, desinformação, racismo e estereótipos tolos. Notícias falsas gravíssimas percorrem o WhatsApp. A mais debatida nas redes sociais foi a de que o vírus teria tido origem na sopa de morcegos, o que fez com que brasileiros — que vivem no país em que se come coração de galinha e tripa de boi — ficassem escandalizados. Um vídeo no Twitter mostrava uma cena grotesca de um jovem chinês comendo um pássaro vivo, como a prova cabal de que era por isso que o vírus se espalha.

Na apuração de informações para esta coluna, descobri, com a ajuda do professor David Nemer, da Universidade de Virgínia (EUA), que grupos no WhatsApp foram inundados de boatos, em forma de “breaking news”, que diziam que os chineses estavam morrendo caídos nas ruas, que pais abandonaram filhos no aeroporto ao saberem da contaminação e que 23 milhões de pessoas estavam em quarentena e 112 mil haviam morrido. Essa é a narrativa apocalíptica — ou a doutrina do choque, como diria a escritora Naomi Klein — sempre muito bem manipulada para fins políticos.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma. 

É evidente que a manchete do hospital tem uma intenção positiva, que é mostrar uma China dinâmica, com tecnologia de ponta e vontade governamental para resolver seus problemas internos. Mas não deixa de ser o estereótipo do outro extremo, que reatualiza o eterno retorno da mítica chinesa acerca de suas grandiosas construções.

Autores como historiador búlgaro Tzvetan Todorov e o antropólogo francês François Laplantine mostraram que a imagem do Brasil pelos missionários europeus no século 16 era ambivalente: entre o mau e o bom selvagem, paraíso ou inferno. Os maus selvagens eram os indígenas rudes, sem roupa, sem pelo, sem alma. Os bons selvagens eram os nativos de alma pura, que não conheciam a malícia e a maldade.

No caso dos morcegos e desinformação, vê-se um etnocentrismo cru que desumaniza o outro. No caso do hospital, cai-se em idealização também estereotipada.

É importante frisar que não estou fazendo uma crítica a quem compartilhou a notícia. Eu mesma compartilhei. A construção rápida de um hospital mostra pragmatismo diante da calamidade. Além disso, a notícia tem um papel político para se opor à fantasia acerca dos morcegos, que fixam os chineses em um lugar bárbaro e exótico.

O problema, portanto, não é nossa ação individual, mas precisamente o desalentadorfato de que, entre o morcego e o hospital, não sobra quase nada. Caímos sempre na armadilha do dualismo “tradição-modernidade”. Se a gente olha esse debate de longe, estruturalmente, o que concluímos é que não saímos do mesmo lugar de narrativas extremas e caricatas sobre o maior fenômeno econômico mundial dos nossos tempos. Sabemos muito pouco sobre o país mais populoso do mundo, com quase 1,4 bilhão de pessoas. [...]

MACHADO, Rosana. Disponível em: www.theintercept.

com/2020/01/28/coronavirus-desinformacao-china.

Acesso em: 27 out. 2021.

Elisa Guimarães, na obra Texto, discurso e ensino, faz as seguintes considerações.

“Observa-se que a nossos discursos em geral somam-se outras vozes, quando nos exprimimos, por exemplo, por meio de uma expressão cristalizada na sociedade: “Casa de ferreiro, espeto de pau” – “É de pequenino que se torce o pepino” – o provérbio refletindo a “sabedoria popular” pela qual nos deixamos contagiar.

As aspas que usamos frequentemente têm a função de esclarecer que estamos nos permitindo repetir o que disse o outro. O discurso jornalístico, no afã de deixar clara a fonte da informação, utiliza-se do discurso indireto. Assim, não é raro nos depararmos em jornais com enunciados como “O presidente da comissão afirmou que...”.”

GUIMARÃES, 2009, p. 90-91.


A propósito de tais considerações, é correto afirmar que o texto de Rosana Machado

Alternativas
Comentários
  • GABARITO

    utiliza, como estratégia argumentativa, a referência a outras vozes que possam contribuir para a fundamentação de suas ideias.

  • utiliza, como estratégia argumentativa, a referência a outras vozes que possam contribuir para a fundamentação de suas ideias, como por exemplo:

    "Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma. "

    Assim como vários outros trechos durante o texto...


ID
5614111
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Coronavírus expõe a nossa desinformação sobre a China,

o maior fenômeno econômico dos nossos tempos

Não é a primeira vez que a China passa por uma crise epidêmica. A história das doenças contagiosas que espalham medo é longa. Também é longa a história de como as autoridades chinesas, com seus erros e acertos, contornaram suas próprias crises, como no surto de cólera de 1949 e a varíola em 1950.

A mais recente e marcante epidemia foi a Síndrome Respiratória Aguda Severa, a Sars, na sigla em inglês. Como pontuaram os sinólogos Arthur Kleinman e James Watson, no livro “Sars in China: prelude to pandemic?”, a Sars em 2003 provocou uma das mais sérias crises de saúde de nossos tempos. Kleinman, que tem cinco décadas de experiência em intervenção em saúde pública na China, acredita que a epidemia foi uma espécie de prelúdio de novas catástrofes de saúde que viriam acontecer no século 21. Ainda que o número de mortes tenha sido de aproximadamente 1.000 pessoas — pequeno, comparado a outras epidemias —, a Sars mobilizou inseguranças, medos e preconceitos sobre o país. Os Estados Unidos não pouparam os boatos de que se estaria espalhando bioterror em seu território. O impacto sobre as vidas humanas na China e sobre a economia global foi tremendo, desvelando a fragilidade do mundo globalizado.

Passada a Sars, hoje a notícia do coronavírus se espalha por meio de uma onda de pânico moral que mistura fake news, desinformação, racismo e estereótipos tolos. Notícias falsas gravíssimas percorrem o WhatsApp. A mais debatida nas redes sociais foi a de que o vírus teria tido origem na sopa de morcegos, o que fez com que brasileiros — que vivem no país em que se come coração de galinha e tripa de boi — ficassem escandalizados. Um vídeo no Twitter mostrava uma cena grotesca de um jovem chinês comendo um pássaro vivo, como a prova cabal de que era por isso que o vírus se espalha.

Na apuração de informações para esta coluna, descobri, com a ajuda do professor David Nemer, da Universidade de Virgínia (EUA), que grupos no WhatsApp foram inundados de boatos, em forma de “breaking news”, que diziam que os chineses estavam morrendo caídos nas ruas, que pais abandonaram filhos no aeroporto ao saberem da contaminação e que 23 milhões de pessoas estavam em quarentena e 112 mil haviam morrido. Essa é a narrativa apocalíptica — ou a doutrina do choque, como diria a escritora Naomi Klein — sempre muito bem manipulada para fins políticos.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma. 

É evidente que a manchete do hospital tem uma intenção positiva, que é mostrar uma China dinâmica, com tecnologia de ponta e vontade governamental para resolver seus problemas internos. Mas não deixa de ser o estereótipo do outro extremo, que reatualiza o eterno retorno da mítica chinesa acerca de suas grandiosas construções.

Autores como historiador búlgaro Tzvetan Todorov e o antropólogo francês François Laplantine mostraram que a imagem do Brasil pelos missionários europeus no século 16 era ambivalente: entre o mau e o bom selvagem, paraíso ou inferno. Os maus selvagens eram os indígenas rudes, sem roupa, sem pelo, sem alma. Os bons selvagens eram os nativos de alma pura, que não conheciam a malícia e a maldade.

No caso dos morcegos e desinformação, vê-se um etnocentrismo cru que desumaniza o outro. No caso do hospital, cai-se em idealização também estereotipada.

É importante frisar que não estou fazendo uma crítica a quem compartilhou a notícia. Eu mesma compartilhei. A construção rápida de um hospital mostra pragmatismo diante da calamidade. Além disso, a notícia tem um papel político para se opor à fantasia acerca dos morcegos, que fixam os chineses em um lugar bárbaro e exótico.

O problema, portanto, não é nossa ação individual, mas precisamente o desalentadorfato de que, entre o morcego e o hospital, não sobra quase nada. Caímos sempre na armadilha do dualismo “tradição-modernidade”. Se a gente olha esse debate de longe, estruturalmente, o que concluímos é que não saímos do mesmo lugar de narrativas extremas e caricatas sobre o maior fenômeno econômico mundial dos nossos tempos. Sabemos muito pouco sobre o país mais populoso do mundo, com quase 1,4 bilhão de pessoas. [...]

MACHADO, Rosana. Disponível em: www.theintercept.

com/2020/01/28/coronavirus-desinformacao-china.

Acesso em: 27 out. 2021.

Assinale a alternativa em que o trecho destacado é uma oração adjetiva restritiva. 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO

    Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta.” 

  • Gabarito na alternativa C

    Solicita-se indicação da estrutura composta por oração adjetiva restritiva:

    Para fins de rápida conceituação: orações adjetivas restritivas são orações introduzidas por forma pronominal relativa que, ligadas diretamente a um substantivo ou termo nominal equivalente, cumprem a função de adjunto adnominal, delimitando-lhe o sentido.

    Distingue-se da variante explicativa devido a sua estrutura e função, sendo aquela destacada por vírgulas ou outros sinais de pontuação.

    A) “É evidente que a manchete do hospital tem uma intenção positiva, que é mostrar uma China dinâmica, com tecnologia de ponta e vontade governamental para resolver seus problemas internos.”

    Incorreta. A estrutura destacada é inserta por conjunção integrante, sintaticamente atuando como sujeito do verbo copulativo "é". Estamos diante de oração subordinada substantiva subjetiva;

    B) “Não é a primeira vez que a China passa por uma crise epidêmica.” 

    Incorreta. Consoante alternativa anterior, a passagem destacada é oração subordinada substantiva subjetiva posposta;

    C) Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta.” 

    Correta. A passagem destacada é encabeçada por pronome relativo que retoma o substantivo imediatamente anterior, delimitando-lhe o sentido. É oração subordinada adjetiva restritiva.

    Percebam que não existe sinal gráfico que separe oração adjetiva e referente, atuando a oração como genuíno adjunto adnominal que restringe o sentido do nome ao qual se relaciona;

    D) “Um vídeo no Twitter mostrava uma cena grotesca de um jovem chinês comendo um pássaro vivo, como a prova cabal de que era por isso que o vírus se espalha.

    Incorreta. A construção destacada é estrutura que completa o sentido de um substantivo deverbal "prova" (provar), sintaticamente oração subordinada substantiva completiva nominal.

  • a) “É evidente que a manchete do hospital tem uma intenção positiva, que é mostrar uma China dinâmica, com tecnologia de ponta e vontade governamental para resolver seus problemas internos.”

    Incorreto. A estrutura em vermelho é uma oração subordinada substantiva subjetiva (exerce função sintática de sujeito, especialmente oracional);

    b) “Não é a primeira vez que a China passa por uma crise epidêmica.” 

    Incorreto. É o mesmo caso do de cima: a estrutura é sujeito oracional (oração subordinada substantiva subjetiva);

    c) Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta.” 

    Correto. A estrutura destacada em vermelho é uma oração subordinada adjetiva restritiva (não é separada por vírgula) e desempenha a única função sintática que lhe cabe: adjunto adnominal, em específico do núcleo "imaginário";

    d) “Um vídeo no Twitter mostrava uma cena grotesca de um jovem chinês comendo um pássaro vivo, como a prova cabal de que era por isso que o vírus se espalha.”

    Incorreto. A estrutura em vermelho é complemento nominal oracional (oração subordinada substantiva completiva nominal).

    Letra C

  • A questão é de sintaxe e quer que assinalemos a alternativa em que o trecho destacado é uma oração adjetiva restritiva. Vejamos: 

     .

    A) “É evidente que a manchete do hospital tem uma intenção positiva, que é mostrar uma China dinâmica, com tecnologia de ponta e vontade governamental para resolver seus problemas internos.”

    Errado. Há em destaque uma oração subordinada substantiva subjetiva (é evidente "isso" - que a manchete...)

    Oração subordinada substantiva subjetiva: funciona como sujeito do verbo da oração principal.

    Esqueminha:

    1) Verbo de ligação + predicativo + QUE / Verbo de ligação + QUE

    Ex. 1) É preciso que você estude muito. (= É preciso ISSO / ISSO é preciso)

    2) Verbo na voz passiva sintética ou analítica + QUE ou SE

    Ex. 2) Esperava-se que os jogadores ganhassem a competição. (= Esperava-se ISSO / ISSO era esperado)

    3) Verbos unipessoais + QUE

    Ex. 3) Convém que sejamos mais cautelosos. (= Convém ISSO)

     .

    B) “Não é a primeira vez que a China passa por uma crise epidêmica.” 

    Errado. Há em destaque uma oração subordinada substantiva subjetiva (não é a primeira vez "isso" - que a China... / "isso" não é a primeira vez)

     .

    C) Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta.” 

    Certo. Há em destaque uma oração subordinada adjetiva restritiva (sem vírgula).

    Orações Subordinadas Adjetivas: são as que exercem, como os adjetivos, a função de adjunto adnominal. São iniciadas por pronomes relativos: que, o qual (e variações), onde, quem, cujo (e variações). Podem ser: explicativas e restritivas.

    Oração subordinada adjetiva restritiva: Não é isolada por vírgulas. Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo indispensáveis ao sentido da frase.

    Ex.: Os celulares que são modernos custam caro. (somente os celulares que são modernos custam caro)

     

    EXPLICATIVA = Com Vírgula

    RESTRITIVA = Sem Vírgula

     .

    D) “Um vídeo no Twitter mostrava uma cena grotesca de um jovem chinês comendo um pássaro vivo, como a prova cabal de que era por isso que o vírus se espalha.”

    Errado. Há em destaque uma oração subordinada substantiva completiva nominal (como a prova cabal "DISSO" - que era por isso que...)

    Oração subordinada substantiva completiva nominal: funciona como complemento nominal de um termo da oração principal.

    Esqueminha: NOME (advérbio, substantivo ou adjetivo) + preposição + QUE

    Ex.: Ele está certo de que será aprovado. (= Ele está certo de quê? DISSO)

     .

    Gabarito: Letra C

  • Orações adjetivas Restritivas

    Restritivas: Não usa vírgulas(s) e indica ideia de não exclusividade em que se notam dois grupos.  

  • A) ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA!

    ISSO É EVIDENTE!

    B) ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA!

    C) "GABIRITO" > PRONOME RELATIVO (OK), CERTO VÍRGULA (OK), ESPECIFICOU O NÚCLEO (OK)

    D) oração subordinada substantiva completiva nominal


ID
5614114
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Coronavírus expõe a nossa desinformação sobre a China,

o maior fenômeno econômico dos nossos tempos

Não é a primeira vez que a China passa por uma crise epidêmica. A história das doenças contagiosas que espalham medo é longa. Também é longa a história de como as autoridades chinesas, com seus erros e acertos, contornaram suas próprias crises, como no surto de cólera de 1949 e a varíola em 1950.

A mais recente e marcante epidemia foi a Síndrome Respiratória Aguda Severa, a Sars, na sigla em inglês. Como pontuaram os sinólogos Arthur Kleinman e James Watson, no livro “Sars in China: prelude to pandemic?”, a Sars em 2003 provocou uma das mais sérias crises de saúde de nossos tempos. Kleinman, que tem cinco décadas de experiência em intervenção em saúde pública na China, acredita que a epidemia foi uma espécie de prelúdio de novas catástrofes de saúde que viriam acontecer no século 21. Ainda que o número de mortes tenha sido de aproximadamente 1.000 pessoas — pequeno, comparado a outras epidemias —, a Sars mobilizou inseguranças, medos e preconceitos sobre o país. Os Estados Unidos não pouparam os boatos de que se estaria espalhando bioterror em seu território. O impacto sobre as vidas humanas na China e sobre a economia global foi tremendo, desvelando a fragilidade do mundo globalizado.

Passada a Sars, hoje a notícia do coronavírus se espalha por meio de uma onda de pânico moral que mistura fake news, desinformação, racismo e estereótipos tolos. Notícias falsas gravíssimas percorrem o WhatsApp. A mais debatida nas redes sociais foi a de que o vírus teria tido origem na sopa de morcegos, o que fez com que brasileiros — que vivem no país em que se come coração de galinha e tripa de boi — ficassem escandalizados. Um vídeo no Twitter mostrava uma cena grotesca de um jovem chinês comendo um pássaro vivo, como a prova cabal de que era por isso que o vírus se espalha.

Na apuração de informações para esta coluna, descobri, com a ajuda do professor David Nemer, da Universidade de Virgínia (EUA), que grupos no WhatsApp foram inundados de boatos, em forma de “breaking news”, que diziam que os chineses estavam morrendo caídos nas ruas, que pais abandonaram filhos no aeroporto ao saberem da contaminação e que 23 milhões de pessoas estavam em quarentena e 112 mil haviam morrido. Essa é a narrativa apocalíptica — ou a doutrina do choque, como diria a escritora Naomi Klein — sempre muito bem manipulada para fins políticos.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma. 

É evidente que a manchete do hospital tem uma intenção positiva, que é mostrar uma China dinâmica, com tecnologia de ponta e vontade governamental para resolver seus problemas internos. Mas não deixa de ser o estereótipo do outro extremo, que reatualiza o eterno retorno da mítica chinesa acerca de suas grandiosas construções.

Autores como historiador búlgaro Tzvetan Todorov e o antropólogo francês François Laplantine mostraram que a imagem do Brasil pelos missionários europeus no século 16 era ambivalente: entre o mau e o bom selvagem, paraíso ou inferno. Os maus selvagens eram os indígenas rudes, sem roupa, sem pelo, sem alma. Os bons selvagens eram os nativos de alma pura, que não conheciam a malícia e a maldade.

No caso dos morcegos e desinformação, vê-se um etnocentrismo cru que desumaniza o outro. No caso do hospital, cai-se em idealização também estereotipada.

É importante frisar que não estou fazendo uma crítica a quem compartilhou a notícia. Eu mesma compartilhei. A construção rápida de um hospital mostra pragmatismo diante da calamidade. Além disso, a notícia tem um papel político para se opor à fantasia acerca dos morcegos, que fixam os chineses em um lugar bárbaro e exótico.

O problema, portanto, não é nossa ação individual, mas precisamente o desalentadorfato de que, entre o morcego e o hospital, não sobra quase nada. Caímos sempre na armadilha do dualismo “tradição-modernidade”. Se a gente olha esse debate de longe, estruturalmente, o que concluímos é que não saímos do mesmo lugar de narrativas extremas e caricatas sobre o maior fenômeno econômico mundial dos nossos tempos. Sabemos muito pouco sobre o país mais populoso do mundo, com quase 1,4 bilhão de pessoas. [...]

MACHADO, Rosana. Disponível em: www.theintercept.

com/2020/01/28/coronavirus-desinformacao-china.

Acesso em: 27 out. 2021.

Releia o seguinte trecho.

“O impacto sobre as vidas humanas na China e sobre a economia global foi tremendo, desvelando a fragilidade do mundo globalizado.”

A oração reduzida, em destaque, exprime a relação lógica de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO

    modo.

  • CUIDADO

    A questão deve ser vista com ressalvas.

    Solicita-se o sentido que pode ser extraído da oração reduzida destacada em:

    “O impacto sobre as vidas humanas na China e sobre a economia global foi tremendo, desvelando a fragilidade do mundo globalizado.”

    O verbo "desvelar" indica a ação de expor, tornar visível algo que estava escondido ou não era percebido. Da leitura da passagem percebe-se que a oração reduzida está a indicar o resultado do impacto sobre a vida e sobre a economia, que tornou visível, desvelou, a fragilidade do mundo globalizado.

    Inexiste relação modal, mas apenas exposição de consequência em relação ao exposto na passagem anterior.

    Em palavras outras: "desvelando a fragilidade" não é o modo como ocorreu o impacto, mas seu resultado.

    Gabarito da banca na alternativa B

    Gabarito correto ausente

  • Questão problemática.

    Meu ponto de vista converge com o do colega Ivan: essa questão prescinde de gabarito válido.

    Em concordância com o que fora exposto pelo nosso colega, também interpreto a oração reduzida de gerúndio como a consequência da primeira. E antes de classificar e desenvolver a oração reduzida no enunciado, veja que Domingos P. Cegalla, em Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, p. 412 e 413, ensina que as orações reduzidas de gerúndio, se desenvolvidas, podem receber as seguintes classificações:

    1) subordinadas adjetivas;

    2) adverbiais temporais;

    3) adverbiais concessivas;

    4) adverbiais condicionais;

    5) adverbiais causais;

    6) adverbiais modais (esse tipo de oração não foi contemplada pela NGB).

    Pois bem, passemos agora ao fragmento:

    “O impacto sobre as vidas humanas na China e sobre a economia global foi tremendo, desvelando a fragilidade do mundo globalizado.”

    É muito cristalino que a toda estrutura destacada em negrito só pode ser conferida a classificação de adverbial consecutiva. Tanto isso é verdade que nestes termos a desenvolvemos:

    “O impacto sobre as vidas humanas na China e sobre a economia global foi tremendo que desvelou a fragilidade do mundo globalizado." = foi tão grande o impacto que desvelou a fragilidade do mundo globalizado.

    Reiterando o que já fora expresso: inexiste gabarito para essa questão.

  • CAUSAL COM CERTEZA!

    desvelando a fragilidade do mundo globalizado

    JÁ QUE desvelou a fragilidade..


ID
5614117
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Coronavírus expõe a nossa desinformação sobre a China,

o maior fenômeno econômico dos nossos tempos

Não é a primeira vez que a China passa por uma crise epidêmica. A história das doenças contagiosas que espalham medo é longa. Também é longa a história de como as autoridades chinesas, com seus erros e acertos, contornaram suas próprias crises, como no surto de cólera de 1949 e a varíola em 1950.

A mais recente e marcante epidemia foi a Síndrome Respiratória Aguda Severa, a Sars, na sigla em inglês. Como pontuaram os sinólogos Arthur Kleinman e James Watson, no livro “Sars in China: prelude to pandemic?”, a Sars em 2003 provocou uma das mais sérias crises de saúde de nossos tempos. Kleinman, que tem cinco décadas de experiência em intervenção em saúde pública na China, acredita que a epidemia foi uma espécie de prelúdio de novas catástrofes de saúde que viriam acontecer no século 21. Ainda que o número de mortes tenha sido de aproximadamente 1.000 pessoas — pequeno, comparado a outras epidemias —, a Sars mobilizou inseguranças, medos e preconceitos sobre o país. Os Estados Unidos não pouparam os boatos de que se estaria espalhando bioterror em seu território. O impacto sobre as vidas humanas na China e sobre a economia global foi tremendo, desvelando a fragilidade do mundo globalizado.

Passada a Sars, hoje a notícia do coronavírus se espalha por meio de uma onda de pânico moral que mistura fake news, desinformação, racismo e estereótipos tolos. Notícias falsas gravíssimas percorrem o WhatsApp. A mais debatida nas redes sociais foi a de que o vírus teria tido origem na sopa de morcegos, o que fez com que brasileiros — que vivem no país em que se come coração de galinha e tripa de boi — ficassem escandalizados. Um vídeo no Twitter mostrava uma cena grotesca de um jovem chinês comendo um pássaro vivo, como a prova cabal de que era por isso que o vírus se espalha.

Na apuração de informações para esta coluna, descobri, com a ajuda do professor David Nemer, da Universidade de Virgínia (EUA), que grupos no WhatsApp foram inundados de boatos, em forma de “breaking news”, que diziam que os chineses estavam morrendo caídos nas ruas, que pais abandonaram filhos no aeroporto ao saberem da contaminação e que 23 milhões de pessoas estavam em quarentena e 112 mil haviam morrido. Essa é a narrativa apocalíptica — ou a doutrina do choque, como diria a escritora Naomi Klein — sempre muito bem manipulada para fins políticos.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma. 

É evidente que a manchete do hospital tem uma intenção positiva, que é mostrar uma China dinâmica, com tecnologia de ponta e vontade governamental para resolver seus problemas internos. Mas não deixa de ser o estereótipo do outro extremo, que reatualiza o eterno retorno da mítica chinesa acerca de suas grandiosas construções.

Autores como historiador búlgaro Tzvetan Todorov e o antropólogo francês François Laplantine mostraram que a imagem do Brasil pelos missionários europeus no século 16 era ambivalente: entre o mau e o bom selvagem, paraíso ou inferno. Os maus selvagens eram os indígenas rudes, sem roupa, sem pelo, sem alma. Os bons selvagens eram os nativos de alma pura, que não conheciam a malícia e a maldade.

No caso dos morcegos e desinformação, vê-se um etnocentrismo cru que desumaniza o outro. No caso do hospital, cai-se em idealização também estereotipada.

É importante frisar que não estou fazendo uma crítica a quem compartilhou a notícia. Eu mesma compartilhei. A construção rápida de um hospital mostra pragmatismo diante da calamidade. Além disso, a notícia tem um papel político para se opor à fantasia acerca dos morcegos, que fixam os chineses em um lugar bárbaro e exótico.

O problema, portanto, não é nossa ação individual, mas precisamente o desalentadorfato de que, entre o morcego e o hospital, não sobra quase nada. Caímos sempre na armadilha do dualismo “tradição-modernidade”. Se a gente olha esse debate de longe, estruturalmente, o que concluímos é que não saímos do mesmo lugar de narrativas extremas e caricatas sobre o maior fenômeno econômico mundial dos nossos tempos. Sabemos muito pouco sobre o país mais populoso do mundo, com quase 1,4 bilhão de pessoas. [...]

MACHADO, Rosana. Disponível em: www.theintercept.

com/2020/01/28/coronavirus-desinformacao-china.

Acesso em: 27 out. 2021.

Releia os trechos a seguir, que foram reescritos com pequenas alterações.

I. “Coronavírus expõe a nossa desinformação sobre a China, o maior fenômeno econômico dos nossos tempos.” / Coronavírus expõe nossa desinformação sobre a China, o maior fenômeno econômico dos nossos tempos.

II. “Passada a Sars, hoje a notícia do coronavírus se espalha por meio de uma onda de pânico moral [...]”. / Passada a Sars, a notícia do coronavírus hoje se espalha por meio de uma onda de pânico moral [...].

III. “Os bons selvagens eram os nativos de alma pura, que não conheciam a malícia e a maldade.” / Os bons selvagens eram os nativos de alma pura que não conheciam a malícia e a maldade.

Acarretou mudança de sentido a reescrita do(s) trecho(s)

Alternativas
Comentários
  • GABARITO

    III, apenas.

  • Gabarito na alternativa D

    Solicita-se indicação da estrutura que apresente modificação de sentidos:

    I. “Coronavírus expõe a nossa desinformação sobre a China, o maior fenômeno econômico dos nossos tempos.” / Coronavírus expõe nossa desinformação sobre a China, o maior fenômeno econômico dos nossos tempos.

    Incorreta. Não há alteração semântica.

    Guardem consigo: em estruturas formadas por substantivo antecedido de pronome possesivo, a presença do artigo definido é facultativa. Nesses casos, a presença do pronome possesivo cumpre o mesmo papel determinante que será exercido pelo artigo, motivo pelo qual a presença ou ausência deste não produz modificação de sentido;

    II. “Passada a Sars, hoje a notícia do coronavírus se espalha por meio de uma onda de pânico moral [...]”. / Passada a Sars, a notícia do coronavírus hoje se espalha por meio de uma onda de pânico moral [...].

    Incorreta. Não há modificação semântica.

    A simples mudança na posição do advérbio não altera a relação por este estabelecida, em ambas as frases relacionando-se com o verbo "espalhar-se";

    III. “Os bons selvagens eram os nativos de alma pura, que não conheciam a malícia e a maldade.” / Os bons selvagens eram os nativos de alma pura que não conheciam a malícia e a maldade.

    Correta. Há mudança semântica.

    A retirada da vírgula que antecede o pronome relativo "que" modifica a natureza da oração adjetiva que este encabeça, perdendo esta a noção explicativa e passando a encerrar sentido restritivo.


ID
5614120
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Coronavírus expõe a nossa desinformação sobre a China,

o maior fenômeno econômico dos nossos tempos

Não é a primeira vez que a China passa por uma crise epidêmica. A história das doenças contagiosas que espalham medo é longa. Também é longa a história de como as autoridades chinesas, com seus erros e acertos, contornaram suas próprias crises, como no surto de cólera de 1949 e a varíola em 1950.

A mais recente e marcante epidemia foi a Síndrome Respiratória Aguda Severa, a Sars, na sigla em inglês. Como pontuaram os sinólogos Arthur Kleinman e James Watson, no livro “Sars in China: prelude to pandemic?”, a Sars em 2003 provocou uma das mais sérias crises de saúde de nossos tempos. Kleinman, que tem cinco décadas de experiência em intervenção em saúde pública na China, acredita que a epidemia foi uma espécie de prelúdio de novas catástrofes de saúde que viriam acontecer no século 21. Ainda que o número de mortes tenha sido de aproximadamente 1.000 pessoas — pequeno, comparado a outras epidemias —, a Sars mobilizou inseguranças, medos e preconceitos sobre o país. Os Estados Unidos não pouparam os boatos de que se estaria espalhando bioterror em seu território. O impacto sobre as vidas humanas na China e sobre a economia global foi tremendo, desvelando a fragilidade do mundo globalizado.

Passada a Sars, hoje a notícia do coronavírus se espalha por meio de uma onda de pânico moral que mistura fake news, desinformação, racismo e estereótipos tolos. Notícias falsas gravíssimas percorrem o WhatsApp. A mais debatida nas redes sociais foi a de que o vírus teria tido origem na sopa de morcegos, o que fez com que brasileiros — que vivem no país em que se come coração de galinha e tripa de boi — ficassem escandalizados. Um vídeo no Twitter mostrava uma cena grotesca de um jovem chinês comendo um pássaro vivo, como a prova cabal de que era por isso que o vírus se espalha.

Na apuração de informações para esta coluna, descobri, com a ajuda do professor David Nemer, da Universidade de Virgínia (EUA), que grupos no WhatsApp foram inundados de boatos, em forma de “breaking news”, que diziam que os chineses estavam morrendo caídos nas ruas, que pais abandonaram filhos no aeroporto ao saberem da contaminação e que 23 milhões de pessoas estavam em quarentena e 112 mil haviam morrido. Essa é a narrativa apocalíptica — ou a doutrina do choque, como diria a escritora Naomi Klein — sempre muito bem manipulada para fins políticos.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma. 

É evidente que a manchete do hospital tem uma intenção positiva, que é mostrar uma China dinâmica, com tecnologia de ponta e vontade governamental para resolver seus problemas internos. Mas não deixa de ser o estereótipo do outro extremo, que reatualiza o eterno retorno da mítica chinesa acerca de suas grandiosas construções.

Autores como historiador búlgaro Tzvetan Todorov e o antropólogo francês François Laplantine mostraram que a imagem do Brasil pelos missionários europeus no século 16 era ambivalente: entre o mau e o bom selvagem, paraíso ou inferno. Os maus selvagens eram os indígenas rudes, sem roupa, sem pelo, sem alma. Os bons selvagens eram os nativos de alma pura, que não conheciam a malícia e a maldade.

No caso dos morcegos e desinformação, vê-se um etnocentrismo cru que desumaniza o outro. No caso do hospital, cai-se em idealização também estereotipada.

É importante frisar que não estou fazendo uma crítica a quem compartilhou a notícia. Eu mesma compartilhei. A construção rápida de um hospital mostra pragmatismo diante da calamidade. Além disso, a notícia tem um papel político para se opor à fantasia acerca dos morcegos, que fixam os chineses em um lugar bárbaro e exótico.

O problema, portanto, não é nossa ação individual, mas precisamente o desalentadorfato de que, entre o morcego e o hospital, não sobra quase nada. Caímos sempre na armadilha do dualismo “tradição-modernidade”. Se a gente olha esse debate de longe, estruturalmente, o que concluímos é que não saímos do mesmo lugar de narrativas extremas e caricatas sobre o maior fenômeno econômico mundial dos nossos tempos. Sabemos muito pouco sobre o país mais populoso do mundo, com quase 1,4 bilhão de pessoas. [...]

MACHADO, Rosana. Disponível em: www.theintercept.

com/2020/01/28/coronavirus-desinformacao-china.

Acesso em: 27 out. 2021.

A palavra “coronavírus” é formada pelo processo de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO

    D

    composição por justaposição.

  • Junção de palavras

    Justaposição: junção sem que as palavras percam fonema. - guarda-chuva

    Aglutinação: junção com perda de fonema. - planalto (plano + alto) 

  • A questão é de processo de formação de palavras e quer saber qual o processo de formação da palavra “coronavírus”. Vejamos: 

     .

    A) derivação sufixal.

    Errado.

    Derivação sufixal ou sufixação: quando acrescentamos o sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical. Ex.: riso (substantivo) risonho (adjetivo)

     .

    B) composição por aglutinação.

    Errado.

    Composição por aglutinação: quando unimos dois ou mais vocábulos ou radicais e há perda ou transformação. Ex.: planalto (plano + alto), petróleo (petra + óleo), pontiagudo (ponta + agudo)  

     .

    C) derivação prefixal.

    Errado.

    Derivação prefixal ou prefixação: quando acrescentamos o prefixo à palavra primitiva, que fica com o seu significado alterado. Ex.: Leal, desleal.

     .

    D) composição por justaposição.

    Certo. "Coronavírus" é formado pela junção da palavra "corona" + "vírus", sendo que não há nenhuma perda ou transformação de nenhuma letra.

    Composição por justaposição: quando juntamos duas ou mais palavras ou radicais e não há perda ou transformação. Ex.: passatempo (passa + tempo), couve-flor (couve + flor), rodapé (roda + pé)

     .

    Gabarito: Letra D

  • GABARITO - D

    Na composição - há dois radicais.

    Na por justaposição - Unem- se dois radicais sem que haja alteração em sua forma original.

    passatempo

    girassol

    Na por Aglutinação -

    Um dos elementos sofre alteração em sua forma original.

    ex: aguardente , embora...

  • Letra D.

    Composição por JUSTAPOSIÇÃO = Na união, os radicais NÃO sofrem qualquer alteração em sua estrutura.

    Ex: pontapé, guarda-chuva, passatempo.

    Composição por AGLUTINAÇÃO = Na união, pelo menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura.

    Ex: Perna + alta --------> Pernalta.

    Fonte: Aulas da Prof: Aline.

    Bons estudos!!! ❤️✍


ID
5614123
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Coronavírus expõe a nossa desinformação sobre a China,

o maior fenômeno econômico dos nossos tempos

Não é a primeira vez que a China passa por uma crise epidêmica. A história das doenças contagiosas que espalham medo é longa. Também é longa a história de como as autoridades chinesas, com seus erros e acertos, contornaram suas próprias crises, como no surto de cólera de 1949 e a varíola em 1950.

A mais recente e marcante epidemia foi a Síndrome Respiratória Aguda Severa, a Sars, na sigla em inglês. Como pontuaram os sinólogos Arthur Kleinman e James Watson, no livro “Sars in China: prelude to pandemic?”, a Sars em 2003 provocou uma das mais sérias crises de saúde de nossos tempos. Kleinman, que tem cinco décadas de experiência em intervenção em saúde pública na China, acredita que a epidemia foi uma espécie de prelúdio de novas catástrofes de saúde que viriam acontecer no século 21. Ainda que o número de mortes tenha sido de aproximadamente 1.000 pessoas — pequeno, comparado a outras epidemias —, a Sars mobilizou inseguranças, medos e preconceitos sobre o país. Os Estados Unidos não pouparam os boatos de que se estaria espalhando bioterror em seu território. O impacto sobre as vidas humanas na China e sobre a economia global foi tremendo, desvelando a fragilidade do mundo globalizado.

Passada a Sars, hoje a notícia do coronavírus se espalha por meio de uma onda de pânico moral que mistura fake news, desinformação, racismo e estereótipos tolos. Notícias falsas gravíssimas percorrem o WhatsApp. A mais debatida nas redes sociais foi a de que o vírus teria tido origem na sopa de morcegos, o que fez com que brasileiros — que vivem no país em que se come coração de galinha e tripa de boi — ficassem escandalizados. Um vídeo no Twitter mostrava uma cena grotesca de um jovem chinês comendo um pássaro vivo, como a prova cabal de que era por isso que o vírus se espalha.

Na apuração de informações para esta coluna, descobri, com a ajuda do professor David Nemer, da Universidade de Virgínia (EUA), que grupos no WhatsApp foram inundados de boatos, em forma de “breaking news”, que diziam que os chineses estavam morrendo caídos nas ruas, que pais abandonaram filhos no aeroporto ao saberem da contaminação e que 23 milhões de pessoas estavam em quarentena e 112 mil haviam morrido. Essa é a narrativa apocalíptica — ou a doutrina do choque, como diria a escritora Naomi Klein — sempre muito bem manipulada para fins políticos.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma.

Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma. 

É evidente que a manchete do hospital tem uma intenção positiva, que é mostrar uma China dinâmica, com tecnologia de ponta e vontade governamental para resolver seus problemas internos. Mas não deixa de ser o estereótipo do outro extremo, que reatualiza o eterno retorno da mítica chinesa acerca de suas grandiosas construções.

Autores como historiador búlgaro Tzvetan Todorov e o antropólogo francês François Laplantine mostraram que a imagem do Brasil pelos missionários europeus no século 16 era ambivalente: entre o mau e o bom selvagem, paraíso ou inferno. Os maus selvagens eram os indígenas rudes, sem roupa, sem pelo, sem alma. Os bons selvagens eram os nativos de alma pura, que não conheciam a malícia e a maldade.

No caso dos morcegos e desinformação, vê-se um etnocentrismo cru que desumaniza o outro. No caso do hospital, cai-se em idealização também estereotipada.

É importante frisar que não estou fazendo uma crítica a quem compartilhou a notícia. Eu mesma compartilhei. A construção rápida de um hospital mostra pragmatismo diante da calamidade. Além disso, a notícia tem um papel político para se opor à fantasia acerca dos morcegos, que fixam os chineses em um lugar bárbaro e exótico.

O problema, portanto, não é nossa ação individual, mas precisamente o desalentadorfato de que, entre o morcego e o hospital, não sobra quase nada. Caímos sempre na armadilha do dualismo “tradição-modernidade”. Se a gente olha esse debate de longe, estruturalmente, o que concluímos é que não saímos do mesmo lugar de narrativas extremas e caricatas sobre o maior fenômeno econômico mundial dos nossos tempos. Sabemos muito pouco sobre o país mais populoso do mundo, com quase 1,4 bilhão de pessoas. [...]

MACHADO, Rosana. Disponível em: www.theintercept.

com/2020/01/28/coronavirus-desinformacao-china.

Acesso em: 27 out. 2021.

Assinale a alternativa em que a palavra destacada é uma conjunção subordinativa conformativa.

Alternativas
Comentários
  • GAB C

    O como costuma ser um "coringa" das conjunções. Portanto, saiba diferenciar seus sentidos:

    • Como = Conforme -------> Conjunção conformativa;
    • Como = Porque ------------> Conjunção causal;
    • Como = Assim como ---> Comparativa.

    Em questões assim a ideia é trocar por outras conjunções de valores semelhantes e analisar se ainda possui o mesmo sentido.

  • Gabarito na alternativa C

    Solicita-se indicação do termo de valor conformativo:

    O termo "como" assumirá valor conformativo quando introduzir passagem que indica que uma ação ocorre de acordo com o definido por algo ou alguém.

    A) “Autores como historiador búlgaro Tzvetan Todorov e o antropólogo francês François Laplantine mostraram que a imagem do Brasil pelos missionários europeus no século 16 era ambivalente [...].”

    Incorreta. O vocábulo destacado é termo que introduz elementos ligados ao substantivo "autores", em uma relação de exemplificação. Não cumpre função conformativa;

    B) “Também é longa a história de como as autoridades chinesas, com seus erros e acertos, contornaram suas próprias crises, como no surto de cólera de 1949 e a varíola em 1950.” 

    Incorreta. O vocábulo destacado é sinônimo de "de que maneira", introduzindo na passagem relação de modo. Não cumpre função conformativa;

    C) “Como pontuaram os sinólogos Arthur Kleinman e James Watson, no livro “Sars in China: prelude to pandemic?”, a Sars em 2003 provocou uma das mais sérias crises de saúde de nossos tempos.”

    Correta. Temos o termo empregado como conjunção subordinativa adverbial conformativa, indicando uma relação de conformidade entre passagens;

    D) “Um vídeo no Twitter mostrava uma cena grotesca de um jovem chinês comendo um pássaro vivo, como a prova cabal de que era por isso que o vírus se espalha.” 

    Incorreta. O vocábulo destacado é termo que introduz elementos ligados a estrutura "mostrava uma cena grotesca", em uma relação de modo. Não cumpre função conformativa;

  • Conjunções conformativas: Indica a conformidade da oração subordinada com a principal.


ID
5614126
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática

A média das alturas dos dez jogadores de basquete da seleção de uma escola é 1,90 m. Por uma definição técnica, o menor jogador do time, que mede 1,80 m, é substituído por outro. Após a substituição, a média das alturas dos jogadores passa a ser 1,92 m.

Sendo assim, qual é a altura do jogador substituto?

Alternativas
Comentários
  • resolução em vídeo:

    https://youtu.be/6RJghwZXf8U

    ´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´

  • Se multiplicarmos 1,90 que é a média dos jogadores por 10, vamos encontrar a altura somada de todos os jogadores, ou seja:

    • 10 x 1,90 = 19 m é a altura de todos jogadores juntos

    Agora, Se fizermos a mesma coisa com a nova Média dos jogadores:

    • 10 ( Pois o número de jogadores ainda é o mesmo )

    • 10 x 1,92 = 19,2 m

    Podemos afirmar que a diferença de altura passou a ser 0,2 m { 20 cm },

    *Como o jogador que havia sido substituído tem 1,80 mantendo a média do time em 1,90

    *Podemos concluir que o novo jogador tem 0,2 m a mais, aumentando a média para 1,92

    Resposta: 1,80 + 0,2m = 2,00 m

    GABARITO: LETRA C


ID
5614132
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática

Para as comemorações do aniversário de sua empresa, Eva contratou quatro comediantes de comédia stand up. Durante a festa, Eva distribuirá entre os comediantes, por meio de um sorteio, cinco temas diferentes, numerados de 1 a 5, que deverão ser apresentados em ordem crescente. Todos os temas deverão ser apresentados, cada tema só poderá ser executado por um único comediante e cada comediante deverá apresentar pelo menos um dos temas propostos.

Logo, o número de maneiras distintas em que os cinco temas poderão ser apresentados pelos comediantes é igual a

Alternativas
Comentários
  • Vamos pensar como se fossem anagramas e considerar que um comediante irá apresentar 2 temas e os outros 3 comediantes irão apresentar apenas 1 tema (considerando a condição de que "cada comediante deverá apresentar pelo menos um dos temas propostos")

    Vamos considerar primeiramente o comediante 1, apresentando 2 temas. Uma possibilidade seria:

    C1 C1 C2 C3 C4 (sendo C1 apresentando os temas 1 e 2, C2 o tema 3, C3 o tema 4 e C4 o tema 5).

    Pensando agora como anagramas, temos 5!/2! possibilidades de o comediante 1 apresentar-se 2 vezes. O 2! deve-se à repetição de C1. Isso nos dá 60 possibilidades. Como temos 4 comediantes, e cada um deles pode apresentar 2 temas: 4 x 60 = 240


ID
5614135
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática

Pedro desafiou Davi a descobrir o dia do mês em que ele fará aniversário. Para isso, Pedro deu três dicas:

– O dia do mês do meu aniversário é um número primo.

– Somando-se uma unidade ao dia do mês em que eu nasci, obtém-se um número divisível por 6.

– O antecessor do dia do mês do meu aniversário, é múltiplo de 4.

Considerando que Davi analisará corretamente todas as dicas, ele conseguirá acertar o dia do mês do aniversário de Pedro, no máximo, na

Alternativas
Comentários
  • ACREDITO QUE EXAMINADOR PODERIA TER COLOCADO UM MÊS COM 30 DIAS OU COM 31 DIAS. VEJAMOS:

    EXISTEM MESES QUE TEM 30 DIAS E OUTROS QUE TEM 31 DIAS. PEGAREMOS OS NÚMEROS PRIMOS DOS MESES QUE TEM 31 DIAS SÓ PARA TER CERTEZA.

    NÚMEROS PRIMOS: 1, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31.

    QUAIS DESSES QUE SOMADO COM +1 DIVIDE POR 6?

    5 + 1 = 6 / 6 = 1

    11 + 1 = 12 / 6 = 2

    17 + 1 = 18 / 6 = 3

    23 + 1 = 24 / 6 = 4

    29 + 1 = 30 / 6 = 5

    AGORA NOTE UM SEGUINTE: QUAIS DESSE AÍ, O ANTECESSOR, OU SEJA, ANTES DELE É UM MULTIPLO DE "4"?

    TEMOS:

    5 - 1 = 4 É UM MULTIPLO DE QUATREO

    17 - 1 = 16 É UM MULTIPLO DE QUATRO

    29 - 1 = 28 É UM MULTIPLO DE QUATRO

    DA UM TOTAL DE 3 TENTATIVAS PARA ELE ACERTAR

    GABARITO LETRA C

    FOI ASSIM QUE ENTENDE A QUESTÃO. AVISEM - ME ALGUM ERRO!

  • O número de dias no mês, se 30 ou 31, não interfere.


ID
5614138
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática

Considere a seguinte proposição: Não entende direito constitucional ou entende direito tributário.

A negação dessa proposição é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    NEGAÇÃO DE UMA DISJUNÇÃO INCLUSIVA É NEGAR AS DUAS PROPOSIÇÕES E TROCA O "OU" PELO "E".

    E VICE E VERSA.

    ~ (P ou Q) = ~P e ~Q

    Não entende direito constitucional ou entende direito tributário.

    ~ (~DC ou DT) = DC e ~DT = Entende direito constitucional e não entende direito tributário.

  • Negação do Ou e E

    Troca o OU pelo E e nega tudo. 


ID
5614141
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Analise as seguintes afirmativas sobre o Microsoft Excel para Office 365.

I. Não é possível exportar dados para o Microsoft Excel diretamente de um arquivo de texto ou documento do Word.

II. Usando o assistente de importação de texto no Microsoft Excel, é possível importar dados de um arquivo de texto para uma planilha.

III. O assistente de importação de texto do Microsoft Excel examina o arquivo de texto que está sendo importado e ajuda a garantir que os dados sejam importados da maneira desejada.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Como assim não é possível? Alguém saberia explicar?

  • Diretamente do arquivo realmente não tem como, tem que ser do Software aberto entendeu?

    Por exemplo, vc clica duas vezes em uma pasta e tem um arquivo do word, só vai conseguir exportar seu conteúdo se vc abrir o word ou seja, se executar o arquivo, abrindo assim o Word.

  • GABARITO: D

    No meu Word 2019: Guia Arquivo > Exportar > Criar Adobe PDF, Criar Documento PDF/XPS, alterar tipo de arquivo.

    Não aparece a opção exportar para o Excel...

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não podes desistir.

  • banca horrível

  • Acredito que a alternativa I esteja errada, pois usou a nomenclatura ARQUIVO DE TEXTO e os varios softeares, como bloco de notas, não permitem exportar dados para o Excel.

  • cadê o Lucas
  • Lucaaas ahahah

  • Banca de concurso pequena não serve para NADA!

  • GAB-D

    I, II e III.

    I. Não é possível exportar dados para o Microsoft Excel diretamente de um arquivo de texto ou documento do Word.

    II. Usando o assistente de importação de texto no Microsoft Excel, é possível importar dados de um arquivo de texto para uma planilha.

    III. O assistente de importação de texto do Microsoft Excel examina o arquivo de texto que está sendo importado e ajuda a garantir que os dados sejam importados da maneira desejada.

    EU FAÇO ISSO AS VEZES.

    A VIDA É MUITO CURTA PARA FICAREM APENAS ESTUDANDO.

    SAIAM, SAIAM!!!


ID
5614144
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Analise as seguintes afirmativas sobre backup.

I. Backup é um termo em inglês que significa cópia de segurança.

II. É a existência de cópia de um ou mais arquivos guardados em diferentes dispositivos de armazenamento.

III. A fita é um meio de armazenamento utilizado para fazer backup.

Estão corretas as afirmativas 

Alternativas
Comentários
  • Fita magnética é usada para fazer backup.

  • GABARITO D

  • Apesar do baixo uso no cotidiano por usuários comuns, a fita magnética é um dos meios utilizados para backup físico devido ao seu baixo custo e alta capacidade de armazenamento, não ser exposta a ameaças online e possuir uma maior durabilidade.

    Gab: D

  • Não necessariamente precisa ser guardado em outros dispositivos. Pode, inclusive, ser salvo no próprio disco do PC, porém será ineficaz (caso você precise recuperar e o disco queime). Veja bem, mesmo sendo não recomendável, é possível fazê-lo no próprio disco.

    DISCORDO DO GABARITO!

    "É a existência de cópia de um ou mais arquivos guardados em diferentes dispositivos de armazenamento."

  • GAB-D

    I. Backup é um termo em inglês que significa cópia de segurança.

    II. É a existência de cópia de um ou mais arquivos guardados em diferentes dispositivos de armazenamento.

    III. A fita é um meio de armazenamento utilizado para fazer backup.( MAGNÉTICA ).

    A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar.

  • A questão aborda conhecimentos acerca da definição de “Backup”, bem como os equipamentos utilizados para realizar cópias de segurança.

     

    Backups são cópias de segurança criadas a fim de que o usuário possa recuperar os arquivos caso haja a perda ou danificação do arquivo original. Dentre as recomendações ao realizar um backup, pode-se destacar a criação e armazenamento das cópias de segurança em local distinto dos arquivos originais, uma vez que, caso haja problemas ou danos no local físico do arquivo original, as cópias de segurança não sofrerão danos.

     

    Dentre os equipamentos de armazenamento que podem ser utilizados para guardar os backups, pode-se destacar as fitas magnéticas, que se destacam devido à sua portabilidade, durabilidade e baixo custo.

     

    Dessa forma, pode-se concluir que todos os itens estão corretos.

     

    Gabarito – Alternativa D.


ID
5614147
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

São extensões válidas de salvamento de arquivos que podemos escolher ao solicitar a opção “Salvar Como” no Microsoft Word para Office 365, exceto:

Alternativas
Comentários
  • .ppt -> Extensão de apresentação que você pode abrir no PowerPoint 97 para Office PowerPoint 2003.

    Fonte: Microsoft

  • GAB-C

    .ppt

    O arquivo PPT ou PPTX é um arquivo do Microsoft PowerPoint que pode ser aberto, editado ou alterado em seus slides de apresentação.

    NÃO USE DROGAS, COMPRE UMA COSTELA PARA ASSAR NO DOMINGO!!

  • São extensões aceitas XML, PDF, XPS, e por ai vai kkkk

  • lembrar que XML é praticamente um PDF
  • A questão aborda conhecimentos acerca das extensões possíveis de serem utilizadas para salvar documentos no Word 365. Vale destacar que a questão pede que o candidato assinale a alternativa que traz uma extensão não possível de ser utilizada para salvar documentos no Word.

     

    A)  Incorreta – A extensão “.DOCX” refere-se a documentos de textos criados no software Microsoft Word, em sua versão 2007 em diante, podendo ser incluso em anexos.

    B)  Incorreta – A extensão “.pdf” é utilizada para salvar arquivos, de forma que mantenham sua aparência original, e abri-los em qualquer outro dispositivo.

    C)  Correta – A extensão “.ppt” refere-se à extensão padrão utilizada pelo PowerPoint, na versão 97 a 2003, na criação de slides. Essa extensão está disponível apenas no PowerPoint.

    D)      Incorreta – a extensão “.xml”, basicamente, é utilizada para armazenar as informações de uma forma estruturada para facilitar a recuperação dos dados e a leitura.

     

    Gabarito – Alternativa C.

  • Fala meu aluno(a)! A questão aborda conhecimentos acerca de Extensão de Arquivo.

    Gabarito: Letra C.

    Professor, o que é essa extensão DOCX?

    R. Abri Documento Word a partir do 2007/2010/2013/2016/2019.

    Professor, o que é essa extensão PDF?

    R. PDF é um formato de arquivo que foi desenvolvido pela Adobe Systems e sua sigla significa Formato Portátil de Documento. Ele é ideal para visualização e impressão de documentos e é amplamente utilizado devido à facilidade de enviar e receber arquivos nesse formato

    Professor, o que é essa extensão PPT?

    R. O arquivo PPT ou PPTX é um arquivo do Microsoft PowerPoint que pode ser aberto, editado ou alterado em seus slides de apresentação.

    Professor, o que é essa extensão XML?

    R. XML, sigla para eXtensible Markup Language, é um tipo de linguagem de marcação que define regras para codificar diferentes documentos. É muito utilizado para a criação de Notas Fiscais Eletrônicas, também chamadas de NF-e, por armazená-las e ainda garantir uma assinatura digital

    Rumo à aprovação meus alunos(as)!

    Bons Estudos!


ID
5614150
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Considerando as informações sobre ataques na internet disponibilizadas pelo Cert.br, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  •  FUNDEP ? rs

    Sniffing é uma técnica que consiste em efetuar buscas minuciosas em redes, com o objetivo de identificar computadores ativos e coletar informações sobre eles.

    Interceptação de trafego, ou ´ sniffing, e uma técnica que consiste em inspecionar os dados trafegados em redes de computadores, por meio do uso de programas específicos chamados de sniffers.(..)

    https://cartilha.cert.br/livro/cartilha-seguranca-internet

  • GABARITO B

    A única alternativa incorreta é a letra 'b'. A banca, maldosamente, trocou os conceitos de scan e sniffing.

    Vejamos:

    SCAN: Varredura em redes, ou scan, é uma técnica que consiste em efetuar buscas minuciosas em redes, com o objetivo de identificar computadores ativos e coletar informações sobre eles como, por exemplo, serviços disponibilizados e programas instalados. Com base nas informações coletadas é possível associar possíveis vulnerabilidades aos serviços disponibilizados e aos programas instalados nos computadores ativos detectados.

    SNIFFING: Interceptação de tráfego, ou sniffing, é uma técnica que consiste em inspecionar os dados trafegados em redes de computadores, por meio do uso de programas específicos chamados de sniffers.

  • CORRIGINDO:

    varredura em rede (SCAN) é uma técnica que consiste em efetuar buscas minuciosas em redes, com o objetivo de identificar computadores ativos e coletar informações sobre eles como, por exemplo, serviços disponibilizados e programas instalados. Com base nas informações coletadas é possível associar possíveis vulnerabilidades aos serviços disponibilizados e aos programas instalados nos computadores ativos detectados.

    Sniffing é uma técnica que consiste em inspecionar os dados trafegados em redes de computadores por meio do uso de programas específicos chamados de sniffers.

    O item B confunde as informações.

    GAB B

  • GAB-B

    Ataque de sniffing ou ataque de sniffer, no contexto da segurança da rede, corresponde ao roubo ou interceptação de dados capturando o tráfego de rede usando um sniffer (um aplicativo destinado a capturar pacotes de rede).

    É muito game over, para tão pouco tempo de vida.

  • O sniffer não realiza busca minunciosa...

    É uma tecnica que permite monitorar tudo que trafega na rede e assim capturar, ocasionalmente, senhas ou outras informações sigilosas, confidenciais ou de interesse do hacker.

    GAB: B

  • Sniffing: Captura pacotes e os analisam. Escuta ou fareja a rede. Realiza uma interceptação. Ademais, esse método nem sempre é um ataque, pois é o que o IDS faz.

    Fonte: Meus resumos.


ID
5614153
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

A opção do Painel de Controle no Microsoft Windows 10 em que se pode alterar o formato de números do sistema operacional é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    Na opção "Relógio e Região" é possível alterar formatos de data, hora ou número.

    Conforme site da Microsoft:

    "As configurações regionais do Microsoft Windows influenciarão como os tipos de dados de data/hora, numéricos e de moeda aparecem quando você aplica opções de formatação. O Windows oferece suporte a uma variedade de idiomas, além de formatos de moeda e data/hora para os países/regiões que usam esses idiomas.

    Por exemplo, você pode usar barras de encaminhamento para inserir um valor de data para um campo Data/Hora (por exemplo, 29/8/2019), mas quando você aplica o formato de exibição Data Geral, ele pode ou não exibir as barras à frente, dependendo das configurações regionais do Windows.

    Esse princípio também se aplica a dados numéricos e financeiros. Você pode inserir valores de moeda que usam o símbolo da libra em inglês (£), mas o Access pode exibir esses valores em euro, pois esse é o símbolo de moeda selecionado para o Windows.

    O procedimento a seguir mostra como alterar as configurações regionais do Windows para seu computador.

    Para alterar as configurações regionais, siga as etapas descritas para o sistema operacional do computador.

    No Windows 10:   

    • Clique no botão Iniciar e depois em Painel de Controle.

    • Em [RELÓGIO E REGIÃO], clique em Alterar formatos de data, hora ou número (A caixa de diálogo Região é exibida).

    • Na guia Formatos, selecione o formato que você deseja alterar na listada. Agora, clique no botão Configurações Adicionais (A caixa de diálogo Personalizar Formato é exibida).

    • Clique na guia que contém as configurações que você deseja modificar e faça suas alterações. Por exemplo, para alterar parte ou todo um formato de número, clique na guia Números e altere a configuração que você deseja."
  • Quem pensou que era pegadinha... errou...

  • Nem achei como alterar os números no meu painel. Aqui no meu painel é relógio e idiomas também. Mas se a questão tá dizendo, bora decorar e adeus.

  • Não achei nada sobre alterar número no meu Windows, não... Que tenso

  • GABARITO - A

    I) É possível alterar por meio do Personalização:

    Tela de fundo;

    Cores;

    Tela de Bloqueio

    Temas

    Iniciar

    II) O nome apresentado no Windows é " Hora e idioma ".

    Acesso o " configurações " por meio do atalho ( W + I )

    Bons Estudos!!!

  • Não entendi nem a pergunta!

  • queeee sacooooo

  • Olha os jeitos q essas perguntas são formuladas... nem estudando. Outra questão ridícula.
  • Para achar essa opção através do Painel de Controle, é necessário abrir umas 3 caixas de opções.


ID
5614156
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A implementação do Plano Diretor é realizada por meio de instrumentos de implementação e administração das diretrizes estabelecidas na Lei, que são instituídos de acordo com as seguintes áreas: 1 – planejamento municipal; 2 – institutos tributários e financeiros; 3 – institutos jurídicos; e 4 – estudos e sistemas de controle ambiental.

Analise os seguintes instrumentos.

I. Tombamento

II. Legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo, código de obras e de posturas

III. Servidão ou limitação administrativa

IV. Criação de Áreas de Interesse Especial

V. Criação de recursos provenientes de subvenções, convênios, produtos de aplicações de créditos celebrados com organismos nacionais ou internacionais e aqueles oriundos do exercício do Poder de Polícia

VI. Concessão de uso especial para fins de moradia

VII. Legitimação de posse

VIII. Regularização urbanística e fundiária

São instrumentos estabelecidos como institutos jurídicos no Plano Diretor do Município de Ubá, Lei Complementar nº 099/2008,

Alternativas
Comentários
  • I. Tombamento - INSTITUTO JURÍDICO E POLÍTICO

    II. Legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo, código de obras e de posturas - PLANEJAMENTO MUNICIPAL

    III. Servidão ou limitação administrativa - INSTITUTO JURÍDICO E POLÍTICO

    IV. Criação de Áreas de Interesse Especial - INSTITUTO JURÍDICO E POLÍTICO

    V. Criação de recursos provenientes de subvenções, convênios, produtos de aplicações de créditos celebrados com organismos nacionais ou internacionais e aqueles oriundos do exercício do Poder de Polícia -

    VI. Concessão de uso especial para fins de moradia - INSTITUTO JURÍDICO E POLÍTICO

    VII. Legitimação de posse - INSTITUTO JURÍDICO E POLÍTICO

    VIII. Regularização urbanística e fundiária - INSTITUTO JURÍDICO E POLÍTICO

    A questão fala do Plano Diretor de Ubá, mas pesquisei o gabarito no Estatuto da Cidade (LEI 10257/2001), que deve servir de base e fonte para elaboração de todo Plano Diretor e fica mais amplo pra gente concurseiro estudar do que ver especificamente o PD de Ubá.

    O gabarito da questão é a letra B, mas segundo o Estatuto da cidade a LEGITIMAÇÃO DE POSSE também é um instituto jurídico e político.

    Não sei se no Plano Diretor de Ubá estaria diferente disso.. quem souber e quiser, complementar/ dar seguimento a resposta , fique a vontade..


ID
5614159
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Norma de Urbanismo e Edificações – Código de Obras do Município de Ubá institui, no capítulo do Uso de Ocupação do Solo Urbano, as zonas especiais, sendo: I – Zona Central; II – Zona Beira-Rio III – Zona Residencial; IV – Zona de Comércio Local; V – Zona Industrial; VI – Zona de Eixo Rodoviário; VII – Zona de Preservação Histórica e Ambiental; e VIII – Zona de Anel Viário.

De acordo com essa Lei, qual é a área total edificada máxima admitida na Zona Residencial?

Alternativas

ID
5614162
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O capítulo que trata das obras e edificações da Norma de Urbanismo e Edificações – Código de Obras do Município de Ubá define os vãos de acesso, passagens, corredores, escadas e rampas das edificações ou unidades autônomas de edificações destinadas a residências, comércio ou serviços, dimensionados conforme a classificação de uso privativo, comum ou coletivo.

De acordo com essa Lei, qual é a largura mínima para os vãos de acesso, passagens, corredores, escadas e rampas das edificações de uso comum, para um comprimento máximo de 10 m?

Alternativas

ID
5614165
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

As Normas de Parcelamento do Solo, Lei complementar nº 123/2010, estabelece, nos Requisitos Urbanísticos, que “os lotes residenciais, comerciais e de atividades de serviços terão área mínima de 200 m2 e testada mínima de 10 m”.

No entanto, essa mesma Lei estabelece que para aprovação de projetos de desmembramento ou remembramento, nenhum imóvel desmembrado poderá ficar com área menor que

Alternativas

ID
5614168
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A escolha do tipo ou do sistema de piso na construção civil impactam fortemente nas suas características quanto à propagação de fogo, ruído, estanqueidade e resistência. Na Norma de Desempenho das Edificações Habitacionais, NBR ABNT 15.575/2013, o item 8 / Parte 3, referente à segurança ao fogo, determina que os elementos dos sistemas de piso especificados devem dificultar a ocorrência da inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio e não gerar fumaça excessiva capaz de impedir a fuga dos ocupantes em situações de incêndio.

De acordo com essa norma, os entrepisos propriamente ditos, bem como as vigas que lhe dão sustentação, devem garantir qual tempo de resistência ao fogo para as edificações multifamiliares até 12 m de altura? 

Alternativas
Comentários
  • 8.3 Requisito – Dificultar a propagação do incêndio, da fumaça e preservar a estabilidade estrutural da 

    edificação  

    8.3.1 Critério – Resistência ao fogo de elementos de compartimentação entre pavimentos e elementos 

    estruturais associados

    a) Unidades habitacionais assobradadas, isoladas ou geminadas: 20 minutos; 

    b) Edificações multifamiliares até 12 m de altura: 30 minutos; 

    c) Edificações multifamiliares com altura acima de 12 m e até 23 m: 60 minutos; 

    d) Edificações multifamiliares com altura acima de 23 m e até 30 m: 90 minutos; 

    e) Edificações multifamiliares com altura acima de 30 m e até 120 m: 120 minutos; 

    f) Edificações multifamiliares com altura acima de 120 m: 180 minutos. 

    g) Subsolos: no mínimo igual ao dos pisos elevados da edificação e não menos que 60 minutos para 

    alturas descendentes até 10 m e não menos que 90 minutos para alturas descendentes 

    superiores a 10m. 


ID
5614171
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Norma deAcessibilidade, NBRABNT9.050/2020, versão corrigida 2021, estabelece parâmetros antropométricos com dimensões referenciais, considerando as medidas entre 5% e 95% da população brasileira.

De acordo com essa norma, qual é a medida necessária para a rotação de 180°, sem deslocamento, de uma cadeira de rodas?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

  • ÁREA DE MANOBRA DE CADEIRA DE RODAS SEM DESLOCAMENTO:

    A) Rotação de 90º: 1,20m x 1,20m

    B) Rotação de 180º: 1,20 x 1,50m

    C) Rotação de 360º: diâmetro de 1,50m


ID
5614174
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

De acordo com a Lei nº 14.133/2021, Licitações e contratos, não poderão participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:

I – autor do anteprojeto, do projeto básico ou do projeto executivo, pessoa física ou jurídica, quando a licitação versar sobre obra, serviços ou fornecimento de bens a ele relacionados; e II – empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou do projeto executivo, ou empresa da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, controlador, acionista ou detentor de mais de 5% do capital com direito a voto, responsável técnico ou subcontratado, quando a licitação versar sobre obra, serviços ou fornecimento de bens a ela necessários.

No entanto, é permitida a participação do autor do projeto ou da empresa, exclusivamente a serviço da Administração interessada, no seguinte caso:

Alternativas

ID
5614177
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Usucapião especial de imóvel urbano é um instrumento de política urbana previsto no Plano Diretor do Município de Ubá. De acordo com a Lei nº 10.257/2001, Estatuto das Cidades, aquele que possuir como sua área ou edificação urbana por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural e a área seja de até:

Alternativas

ID
5614180
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Para a administração pública, e especificamente para a gestão de obras públicas, para fiscalizar uma obra são necessários alguns procedimentos conforme cada departamento e / ou tipo de obra a ser executada. Nesse contexto, o livro Gestão de Obras Públicas menciona que se deve prever a fiscalização por meio da nomeação de um engenheiro / arquiteto fiscal, que deverá obedecer à procedimentos no Sistema da Qualidade, verificações do ponto de vista técnico-administrativo e o atendimento as cláusulas contratuais.

Ainda de acordo com a autora do livro Gestão de Obras Públicas (2009), qual deve ser o procedimento no caso de a fiscalização encontrar fatos relevantes e não conformidades na obra?

Alternativas

ID
5614183
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Ubá - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Um dos pontos básicos do gerenciamento e controle de obras é a remuneração na execução de obras e serviços. Segundo o autor do livro “Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução”, para determinados tipos de obras, geralmente de médio e grande porte, é possível aplicar uma modalidade de contrato em que a contratada assume parte dos riscos financeiros da operação e recebe um percentual sobre os custos da obra condicionado ao desempenho físico e financeiro da obra em execução, denominado:

Alternativas
Comentários
  • Segundo Tisaka, M. autor do livro “Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução”, a Remuneração na execução de obras e serviços acontece nas contratações por administração das seguintes formas:

    • Por administração contratada: Nessa modalidade de prestação de serviços, a contratada encarrega-se da execução da obra mediante remuneração fixa ou cobrança de um percentual fixo sobre seu custo, correndo por conta da contratante todos os ônus financeiro e econômico do empreendimento. Esse percentual denomina-se taxa de administração.

    • Sistema misto ou administração por metas de prazos e custos: para determinados tipos de obras, geralmente de médio e grande porte, é possível aplicar uma modalidade de contrato em que a contratada assume parte dos riscos financeiros da operação e recebe um percentual sobre os custos da obra condicionado ao desempenho físico e financeiro da obra em execução. Esse percentual pode variar para mais ou para menos dependendo das metas de custos maiores ou menores atingidos em função do orçamento inicial aprovado por ocasião da assinatura do contrato.

    Gabarito: D

    Vamos juntos na trilha da aprovação em concursos de arquitetura? Segue lá! @arquitetamanuprado @dicasdearq