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Prova IDECAN - 2015 - Prefeitura de Rio Novo do Sul - ES - Nutricionista


ID
1484086
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Rio Novo do Sul - ES
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu", descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu".

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua banalização.

O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida. Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para apresentarmo-nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer" em nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de exposição". Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como “essência" tem algo de bizarro, talvez que, com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Coluna CULT, Culto do espelho. Disponível em: http: http://revistacult.uol.com.br/home/2014/11/culto-do-espelho//.)

A partir das várias relações estabelecidas pelas preposições, o emprego da preposição “de" no título do texto possui o mesmo sentido visto em:

Alternativas
Comentários
  • A) indica tempo noturno

    B) indica característica do carroC) Indica modoD) Qualifica o Culto (título) e qualifica o homem.
  • Fiquei com duvida por que a letra b não estaria correta, uma vez que "de passeio" qualifica o carro. Alguém pode me ajudar?

  • 1. Indica origem: Seus erros provêm da inexperiência. Desça já da árvore! Cheguei do trabalho agora.

    2. Indica o lugar ou momento em que se inicia um trajeto ou um período de tempo, uma contagem ou medição: de um lado até o outro são 10 metros; de ontem para hoje, tudo mudou.

    3. Indica condição, situação: Você estava de férias? [: ficar de pé: virar de costas: acordou de ressaca; está de mal com o amigo (= brigado, estremecido).
    [É prep. largamente empregada em locuções que indicam posição corporal, estado físico ou moral, relação com outras pessoas ou coisas, etc.].

    4. Indica motivo ou causa: Caiu de cansaço; atrasou-se de propósito.

    5. Indica uso, função, propósito, destinação: creme de alisar cabelo; sala de reuniões.

    6. Indica modo de agir, ou a maneira como algo se dá.

    7. Indica quantidade, preço, medida: turma de 25 alunos; blusa de R$ 30; muro de três metros.

    8. Indica lugar, posição: A unha do pé encravou; a porta da frente.

    9. Indica meio, instrumento: Fomos de carro; Comeu de garfo e faca.

    10. Indica o material que forma ou constitui um objeto: blusa de seda; caixa de madeira

    11. Indica posse, prerrogativa, atribuição de algo a alguém: De quem é essa caneta?; um direito de todos os cidadãos; uma conquista de todos nós;

    12. Indica relação com algum assunto (com uso equivalente ao da prep. sobre): Fale de suas férias.

    13. Indica relação especial, típica ou característica; próprio de: brincadeira de criança levada.

    14. Indica tempo: Choveu de noite.

    15. Usada para qualificar algo ou alguém, atribuir-lhe alguma característica: um prato de primeira (qualidade); uma história triste, de chorar; um jogo difícil, e vencê-lo será uma questão de paciência.
    [Em muitíssimos casos, forma locuções com substantivos, verbos, advérbios, numerais etc.].

    16. Introduz complementos de verbos e de nomes: Nunca se esqueça de mim.

    17. Usa-se após um adj. para torná-lo mais expressivo: O tonto do João esqueceu meu livro.

    18. Emprega-se como partitivo: Na vida há dessas coisas; Comeu do bolo.

    19. Determina o segundo termo da comparação: É mais gordo do que o primo; É mais alto do que eu.

    20. Com os verbos auxiliares ter e haver mais infinitivo impessoal, forma locuções perifrásticas dando ideia de futuro: Ele há de voltar para o Brasil.

    Fonte: revisaoparaque.com


  • Entendo que todas as demais letras citavam coisas reais relacionadas a cada substantivo, de forma denotativa. Porém não existe o "homem de bom-senso", mas o homem com bom senso, assim como não existe literalmente o culto de o espelho, mas o culto da imagem no espelho.
  • Simplesmente não tem explicação e pronto. Bora pra próxima. Quem acertasse essa na prova seria no chute e na sorte.

  • Pelo que entendo, nas alternativas "a", "b" e "c", a preposição "de" está fazendo parte de uma locução adverbial (sintaticamente, um adjunto adverbial).

    Na alternativa "d", a mesma preposição está compondo uma locução adjetiva. Sintaticamente, o termo é um adjunto adnominal.

    a) "de noite" = locução adverbial de tempo

    b) "de passeio" = locução adverbial de finalidade

    c) "de medo" = locução adverbial de causa

    d) "de bom-senso" (= sensato) = locução adjetiva

  • Verdade Ramon Arruda, análise exata, pois é só verificar que o bom-senso tem uma relação de posse som o sujeito(subst. concreto Homem).

  • Não entendi!! =/ Essa banca é terrível!! 

  • acho dificil "de passeio" ser locução adverbial porque carro é substantivo, e advérbio só se refere à adjetivo, verbo ou advérbio.

  • Essa é pra dizer: vá estudar mais e não menospreze a banca! Cuida!

    Valeu, Ramon!

  • CULTO DO ESPELHO - trata-se de complemento nominal, pois complementa um nome, no caso um substantivo.

     

    d) Um homem de bom-senso é sempre visto com bons olhos. Complemento nominal.

  • É uma análise de sentido. Tanto o "de" do título, quanto o da alternativa "d" têm sentido de dar qualidade a algo ou alguém. Já nas alternativas "a", "b" e "c" possuem sentido de tempo, finalidade e modo, respectivamente.

    E, só pra corrigir o colega Lucas, com certeza não é um complemento nominal, pois o complemento nominal só é aplicado a substantivos ABSTRATOS.

    Corrijam-me, se estiver errado, por favor. 

  • Caro Ramon : pensa num carro de passeio. Onde o senhor vê um verbo sendo qualificado aqui? OBVIAMENTE "de passeio" é adjunto adnominal, possuindo caráter adjetivador, portanto, qualificando o substantivo CARRO.

    Não force a barra para adequar sua explicação ao gabarito.

  • d.

    Não existe o "homem de bom-senso", mas o homem com bom senso, assim como não existe literalmente o culto de o espelho, mas o culto da imagem no espelho.

  • A preposição ligará o subordinante com o seu subordinado

    X>>>preposição >>>Y

    Então há uma relação de dependência, vejamos o título: Culto do espelho

    Há uma relação de caracterização entre espelho e culto, o espelho que é culto

    LETRA E) Um homem de bom-senso , um homem que tem bom-senso

  • Gabarito: D

    Culto do espelho é o título do texto, que equivale a "culto ao espelho", ou seja, o espelho é cultuado por alguém.

    Da mesma forma, na alternativa D é descrito que um homem de bom-senso é sempre visto, ou seja, visto por alguém.

  • Gente, já existe comentário do professor sobre essa questão. Tem muito comentário aqui muito equivocado, cuidado!

ID
1484089
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Rio Novo do Sul - ES
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu", descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu".

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua banalização.

O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida. Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para apresentarmo-nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer" em nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de exposição". Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como “essência" tem algo de bizarro, talvez que, com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Coluna CULT, Culto do espelho. Disponível em: http: http://revistacult.uol.com.br/home/2014/11/culto-do-espelho//.)

Em “O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz‐se mais com o próprio rosto do que com o alheio." (4º§), o conectivo “contudo" estabelece uma ______________ e pode ser substituído sem que haja prejuízo semântico por __________________.

Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B - Oração coordenada sindética adversativa (ideia de oposição).

  • Contudo é uma  conjunção adversativa

    dá ideia de adversão, oposição, restrição -> mas, porém, entretanto, no entanto, todavia.


  • que uma conjunção adversativa a resposta eu sei. mas não entendi pq desta RESALVA na letra B

  • Ressalva significa correçãoobservação,emendaretificação ou salvaguarda.

  • Detalhe importante:

    Não poderia ser a alternativa A, tendo em vista que o "pois" quando deslocado tem sentido de conclusivo.

  • Ressalva significa correção, retificação, etc. Portanto, dá idéia de oposição. E a conjunção no "NO ENTANTO" é adversativa, o que torna a alternativa correta.

    A alternativa "A" está errada, devido ao fato de a conjunção "POIS" ser CONCLUSIVA (após o verbo) ou EXPLICATIVA (antes do verbo).

     

  • Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação.

     

    São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.


ID
1484092
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Rio Novo do Sul - ES
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu", descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu".

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua banalização.

O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida. Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para apresentarmo-nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer" em nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de exposição". Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como “essência" tem algo de bizarro, talvez que, com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Coluna CULT, Culto do espelho. Disponível em: http: http://revistacult.uol.com.br/home/2014/11/culto-do-espelho//.)

A autora nos diz, no início do texto, que “Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, [...]" (1º§); com essa frase, a autora quer dizer que a selfie

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia explicar porque não é a "b"?


    Gabarito: A

  • Não consegui compreender tambem.

  • Dizer que a selfie é um produto da indústria cultural não é, necessariamente, dizer que se trata de uma revolução tecnológica. Quando a autora diz que é um produto curioso dá sentido de original, inusitado.

  • Mais uma questão que não vale a pena tentar achar explicação. É chutar e partir pra próxima "respondível".

  • À 1ª vista, discordei do gabarito, pois analisei todo o parágrafo e marquei D. Mas, o comando da questão menciona a expressão "com essa frase...". Muito adequado o comentário da Fernando Araújo.

  • Sem noção demais essa questão

  • Estamos nos aproximando de um nível em que os examinados estão superando os examinadores, principalmente quanto às questões dessas bancas pé de chinelo. Já estou vendo provas com mais de 30% das questões anuladas. Talvez seja este fato o principal precursor da ideia da extinção dos cargos públicos ou equiparação destes aos privados.

  • O entendimento está limitado ao que diz a frase. Não devemos imaginar nada além do que está ali. A alternativa que se adéqua é a "A".  As outras não ligação alguma... Gab certo. 

  • Resposta: Letra A.

    A questão está perfeita! A meu ver, não caberia recurso.

    Segundo a frase em análise, a selfie é produto, criação, da indústria cultural digital; é, portanto, algo original, novo, nunca antes existente, é possível apenas por causa do desenvolvimento de novas tecnologias oriundo da propagação da cultura digital.

    As demais alternativas comentem o equívoco da extrapolação. A opção B está errada, porque uma novidade não é necessariamente uma revolução. As opções C e D introduzem ideias não expressas na frase: respectivamente, o amadorismo dos usuários e o suprimento de necessidades da atualidade.

    Espero ter contribuído...

    Abraços! 

  • como já dizia meu professor de português, não dá para recorrer em questões de interpretação de texto pq o examinador interpreta do jeito que dá na telha, ou seja estamos fudidos.

  • Banca sem noção. Pior que isso não mede conhecimento de ninguém.

  • cacete de agulha

  • O que tem a ver produto CURIOSO com ORIGINAL?


ID
1484095
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Rio Novo do Sul - ES
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu", descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu".

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua banalização.

O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida. Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para apresentarmo-nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer" em nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de exposição". Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como “essência" tem algo de bizarro, talvez que, com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Coluna CULT, Culto do espelho. Disponível em: http: http://revistacult.uol.com.br/home/2014/11/culto-do-espelho//.)

Em “Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, 'espelho, espelho meu', descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que 'eu'." (1º§), é correto afirmar que a autora constrói

Alternativas
Comentários
  • Intertextualidade: superposição de um texto literário a outro.

    Gabarito: B

  • que sobreposição de que tipos de texto?

  • Intertextualidade - " espelho espelho meu "

  • Intertextualidade entre este texto e o da literatura infantil: Branca  de Neve e os 7 anões

  • Beleza, a B está certíssima. Porém qual o erro da alternativa D?

  • Qual o erro da letra D?

  •  Pelo jeito o estilo da IDECAN é: Marque a alternativa mais correta...

     


ID
1484098
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Rio Novo do Sul - ES
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu", descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu".

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua banalização.

O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida. Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para apresentarmo-nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer" em nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de exposição". Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como “essência" tem algo de bizarro, talvez que, com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Coluna CULT, Culto do espelho. Disponível em: http: http://revistacult.uol.com.br/home/2014/11/culto-do-espelho//.)

O texto mostra, em sua estruturação, uma série de metáforas. Dentre os segmentos a seguir, assinale o que foge a essa regra.

Alternativas
Comentários
  • A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças. Fonte: soportugues.com.br

    a) "máscara que todos necessariamente usamos"

    c) "o rosto do outro que é nosso primeiro espelho"

    d) "somos todos máscaras sem rosto


    Gabarito: B

  • A única opção em que não temos a ocorrência de metáforas é na letra "b". 

    Metáfora

    A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real. É importante notar que a metáfora tem um caráter subjetivo e momentâneo; se a metáfora for utilizada com frequência, deixará de ser metáfora e passará a ser catacrese (é o que ocorre, por exemplo, com "pé de alface", "perna da mesa", "braço da cadeira" e "batata da perna").

    http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil2.php

  • Metáfora = comparação.

    B) como a própria questão diz: é uma dialética = oposição, contradição de ideias.

    No  tempo  da  exposição  total  criamos  a  dialética  perversa  entre  amar  a  própria  imagem,  sermos  vistos  e  acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir.

  • METÁFORA> Figura de linguagem que estabelece uma transferência do significado de uma palavra para outra, por meio de uma comparação não explícita: a paixão queimou-me; dou asas a imaginação.

    A letra B é a única alternativa que não apresenta metáfora.


ID
1484101
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Rio Novo do Sul - ES
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu", descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu".

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua banalização.

O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida. Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para apresentarmo-nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer" em nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de exposição". Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como “essência" tem algo de bizarro, talvez que, com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Coluna CULT, Culto do espelho. Disponível em: http: http://revistacult.uol.com.br/home/2014/11/culto-do-espelho//.)

Em “Em nossa época, contudo, cada um compraz‐se mais com o próprio rosto do que com o alheio." (4º§), a forma destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por

Alternativas
Comentários
  • resignar: Conformar, renunciar, sujeitar, acatar
    Apraz:Sensação de contentamento, de prazer: me apraz sua forma de amar.

  • Compraz: condescende; contemporiza; transige

    A) Refaz: A palavra refaz é derivada da palavra refazer

    B) Apraz: Sensação de contentamento, de prazer: me apraz sua forma de amar (O mais próximo da palavra compraz)

    C) Resignar: Renunciar a algo ou alguém para ser

    D) Exceder: ultrapassar um limite


  • Aprazer e Comprazer possuem o mesmo siginificado, ou seja, agradar a alguém. Também siginifica sentir-se satisfeito. Que é uma qualidade de quem sente prazer. Se observarmos os verbos aPRAZER e ComPRAZER, podemos chegar a conclusão que ambos originam da palavra PRAZER que é um substantivo.

  • Depois de olhar no google fica fácil.

  • essa ninguém sabia, pode admitir..


ID
1484104
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Rio Novo do Sul - ES
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu", descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu".

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua banalização.

O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida. Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para apresentarmo-nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer" em nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de exposição". Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como “essência" tem algo de bizarro, talvez que, com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Coluna CULT, Culto do espelho. Disponível em: http: http://revistacult.uol.com.br/home/2014/11/culto-do-espelho//.)

Ao se referir ao uso do aparelho celular na atualidade em relação à máquina de fotografar, a autora

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    " De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar. "


  • Confesso que as questões de interpretação de texto dessa banca têm me deixado confusa...

  • Estou sentindo dificuldade nas questões de interpretação de texto dessa banca. 

  • Confesso que as questões de interpretação da banca IDECAN são confusas. =/

  • Resposta: Letra A.

    Ao final do terceiro parágrafo, afirma a autora: "De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar". Evidentemente, há oposição de aspectos positivos -- democratização -- e negativos -- banalização.

    As demais alternativas apresentam a mesma ideia de modos diferentes. Em geral, as três proposições afirmam que, ao referir-se ao uso do aparelho celular, a autora enfatiza o processo de democratização, em detrimento da banalização. Essas ideias são falsas, principalmente considerando a integridade do texto, no qual a autora critica veementemente a banalização da fotografia, por meio da selfie.

    Espero ter contribuído...

    Abraços!

  • E eu achando que português do CESPE e ESAF era difícil. Nessa banca, você marca e nunca vai saber se está certo ou não


ID
1484107
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Rio Novo do Sul - ES
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu", descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu".

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua banalização.

O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida. Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para apresentarmo-nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer" em nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de exposição". Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como “essência" tem algo de bizarro, talvez que, com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Coluna CULT, Culto do espelho. Disponível em: http: http://revistacult.uol.com.br/home/2014/11/culto-do-espelho//.)

Em “[...] que virou mania geral." (1º§), o verbo estabelece uma relação com seu complemento que possibilita que a classificação de tal verbo seja __________________________. Além disso, o sujeito demonstrado no trecho em destaque pode ser classificado como __________________. Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

Alternativas
Comentários
  • gabarito c

    verbo viru 3ºpessoa do singular, sujeito simples

  • "...autorretrato feito com celular que virou mania geral"

    Virar: VTD

    Sujeito Simples: autorretrato feito com celular

    Núcleo do Sujeito: autorretrato

  • Só consegui resolver com a ajuda dos comentários. A banca ao invés de usar: "...autorretrato feito com celular que virou mania geral", usou: “[...] que virou mania geral."

    Que péssimo. Para dar certo temos que acrescentar o que a banca suprimiu. Quem não entender este raciocínio perde a questão.

  • A sacanagem é delimitar a frase e pedir o sujeito onde não tem. husahsu acertei por causa do transitivo direto. " o sujeito demonstrado no trecho em destaque"  Limitar é limitar, pow.

  • autorretrato feito com celular [ que virou mania geral ]

    Se desmontar as orações as colocando de uma maneira mais direta, fica mais fácil responder:

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    autorretrato feito com celular[SUJ. SIMPLES] virou[VTD] mania[OBJ. DIRETO]

    logo, gab letra C)

  • Resposta: Letra C.

    A questão é relativamente simples, mas exige atenção especial!

    O verbo virar indica ação e apresenta complemento, logo é verbo transitivo direto; e mania geral é seu objeto direto. O sujeito da oração é o pronome relativo que, responsável por substituir a expressão autorretrato feito com celular. Uma vez que é termo único, corresponde a sujeito simples.

    A expressão autorretrato feito com celular sequer faz parte da oração adjetiva; logo, na oração subordinada adjetiva restritiva em análise, não exerce qualquer função sintática. Os elementos constitutivos da oração devem ser encontrados na própria oração, não se devendo extrapolar seus limites. Essa expressão exerce função sintática de aposto na oração principal, mas não na oração subordinada, da qual não participa.

    Espero ter contribuído...

    Abraços!

  • Acredito eu que o verbo "virar", nesse caso, seja verbo de ligação, exigindo o predicativo do sujeito e não objeto direto. Virar nesse caso tem sentido de tornar-se, ser. Fui na menos errada e acabei acertando.


ID
1484110
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Rio Novo do Sul - ES
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu", descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu".

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua banalização.

O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida. Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para apresentarmo-nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer" em nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de exposição". Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como “essência" tem algo de bizarro, talvez que, com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Coluna CULT, Culto do espelho. Disponível em: http: http://revistacult.uol.com.br/home/2014/11/culto-do-espelho//.)

A presença do acento grave, indicativo de crase, em “relacionado à mediação" pode ser justificada, pois,

Alternativas
Comentários
  • Maicon, que absurdo seu comentário. A regra é clara : duas respostas corretas = anulação.
    Além disso,a letra C está erradíssima !!! A forma verbal pede a preposição independente do gênero do termo que vem depois.É a regência do verbo. Teria preposição mesmo com substantivo masculino em seguida. 

    Gente, CUIDADO com os comentários.Eu também erro às vezes , mas é necessário ficar atento para não atrapalhar os candidatos.
    Quanto mais a comunidade cresce , mais comentários errados surgirão. Vamos ter cuidado.
    Abraços

  • à mediação da recebe crase por ser, também, locução adverbial, então, a questão deveria ser anulada.. 

  • Bom dia,
    A frase é: relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias.
    O termo que rege é a palavra relacionado, quem está relacionado, está relacionado a alguma coisa, por este motivo, o termo pede a preposição a. E só pode usar a crase pois, está diante de um termo feminino - mediação....NUNCA, NUNCA usa crase diante de palavra masculina. por ex: relacionado ao contexto, contexto é masculino, então nunca nunca poderia usar à contexto. 
    Espero ter ajudado.
  • Letra C:

    A alternativa, da forma como está escrita, restringe a interpretação:

    "a forma verbal rege a preposição “a" diante de substantivo feminino".

    Ou seja, a forma verbal rege a preposição somente se estiver diante de substantivo feminino. ERRADO!!!

     Se o substantivo posposto fosse masculino, a preposição seria mantida: "relacionado ao projeto" = contração da preposição a com o artigo masculino.

    :)

  • Boa explicação Dhanilla. Só depois consegui entender pq a letra C está de fato errada. Como dizem: "o detalhe faz a diferença".

  • Letra C, fiquei na  duvida.

  • á mediação também não é locução adverbial ?

  • gaba: D


    ...De banca DEMENTE

  • Pessoal, o termo regente é a palavra RELACIONADO, portanto, UM NOME. A opção D pede forma VERBAL, por isso está errada! Pegadinha pela falta de atenção!

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoalmente

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita

  • A questão é sobre crase e quer saber a justificativa do acento grave, indicativo de crase, em “relacionado à mediação". Vejamos: 

     .

    A) trata-se de uma locução adverbial.

    Errado. Aqui não há locução adverbial.

    • SEMPRE ocorre crase nas locuções de natureza adverbial, formadas com palavra feminina. Ex.: À vontade, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, à toa, às claras, às escondidas, à direita, à esquerda, à milanesa (= à moda milanesa), ...

     .

    B) trata-se de uma locução prepositiva.

    Errado. Aqui não há locução prepositiva.

    • SEMPRE ocorre crase nas locuções de natureza prepositiva. Ex.: À custa de, à espera de, à força de, à procura de, à vista de...

     .

    C) a forma verbal rege a preposição “a" diante de substantivo feminino.

    Errado. A forma verbal exige a preposição "a" (relacionado A alguma coisa), mas precisa da preposição "a" antes do substantivo masculino (A mediação) para haver a crase: A + A = À. A alternativa está errada, pois afirma que ocorre a crase apenas porque a forma verbal rege a preposição "a" diante de substantivo feminino. Essa afirmação está errada, pois, para haver crase, seria preciso haver a fusão da preposição "a" com o artigo feminino "a".

     .

    D) o termo regente exige a preposição “a" posposta e o termo regido admite o artigo feminino “a" anteposto.

    Certo. O termo regente (o verbo) exige a preposição "a" (relacionado A alguma coisa) e o termo regido (seu complemento) admite o artigo feminino "a" (A mediação): A + A = À

     .

    Gabarito: Letra D

  • Quanto à letra C:

    C) a forma verbal rege a preposição “a" diante de substantivo feminino.

    A alternativa está incompleta, pois faltou mencionar, exatamente, o que a letra D, que é completa, mencionou: a necessidade do ARTIGO com a PREPOSIÇÃO para que se forme a CRASE.

    OBS: CESPE também costuma cobrar dessa forma, ou seja, a alternativa deve indicar que há preposição + artigo


ID
1484113
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Rio Novo do Sul - ES
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu", descobre por meio das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu".

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua banalização.

O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida. Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para apresentarmo-nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer" em nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de exposição". Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como “essência" tem algo de bizarro, talvez que, com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Coluna CULT, Culto do espelho. Disponível em: http: http://revistacult.uol.com.br/home/2014/11/culto-do-espelho//.)

Acerca do trecho “O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro." (4º§), considere as afirmativas a seguir e assinale a correta.

Alternativas
Comentários
  • Não entendi o fato da alternativa "b" estar correta, tendo em vista que quando o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos ou quase sinônimos, o verbo pode ficar no plural ou no singular. Portanto, o acréscimo de "e a apreciação" após "conhecimento" não exige a substituição da forma verbal "surge" por "surgem".


    Por Exemplo:

    Descaso e desprezo marcam / marca seu comportamento.


    Fonte:http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint53.php
  • Creio ter entendido após pensar um pouco a respeito. Os termos "apreciação" e "conhecimento" não são considerados quase sinônimos e com razão...

  • não entendi o porquê da alternativa D está errada. Essa Banca sempre tem respostas estranhas perante suas alternativas.

  • “O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro

    B) pois tornará um sujeito composto

    Não é D), pois o verbo concordará com o sujeito "O conhecimento"

  • maicon4 costa a letra "d" está errada pq o verbo "surge" deve concordar com o sujeito. E o conceito de sujeito é:Termo cujo núcleo despreposicionado é responsável pela a ação verbal. Sendo assim, o correto é o verbo "surge" concordar com "conhecimento" que é o termo despreposicionado da frase. Espero ter esclarecido! 

  • "Apreciação" e "conhecimento" não estão contextualizados como quase sinônimos.

    A concordância acontecerá o seguinte entendimento:
    "Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no 

    plural.

    Exemplos:

    Pai e filho conversavam longamente."

    Quando o sujeito composto vem posposto ao verbo, pode-se concordar com um ou com os dois:
    "Exemplos:  Faltaram coragem e competência.
    Faltou coragem e competência."  (http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint53.php)



  • Sujeito composto.

  • Toda vez que quisermos saber se o verbo está concordando em número e pessoa com o sujeito, devemos buscar o verbo da oração. Depois que encontrarmos, procuramos o núcleo do sujeito. Em regra geral, o verbo concorda com o núcleo do sujeito.

     

    "O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro."

    O que é que surge? 

    O conhecimento de nosso próprio rosto ---> Sujeito

    O conhecimento ---> Núcleo do Sujeito.

     

    A alternativa B diz: 

    O acréscimo de “e a apreciação" após “conhecimento" exige a substituição da forma verbal “surge" por “surgem".

    "O conhecimento e a apreciação de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro."

    O que é surge??

    "O conhecimento e a apreciação de nosso próprio rosto ---> Sujeito Composto

    O conhecimento e a apreciação ---> Dois núcleos

     

    Logo o verbo tem que concordar com o sujeito composto.

    "O conhecimento e a apreciação de nosso próprio rosto surgem muito depois do encontro com o rosto do outro."

     

    Gabarito B

     

    Erros: Avisem-me

     

  • Sujeito composto POSPOSTO ao verbo - VERBO FACULTATIVO - Ex: Foram/Foi hoje o atleta e o treinador.

    Sujeito composto ANTEPOSTO ao verbo - VERBO NO PLURAL - Ex: O atleta e o treinador FORAM hoje.



    Gab. B

  • GABARITO B.

    Surge por surgem. Conhecimento e apreciação = Sujeito composto.

  • Alguém poderia me explicar o porquê da C) estar errada?

  • A) A forma nominal do verbo surgir é surgimento

    B) Quando o sujeito composto estiver antes do verbo, esse último ficará no plural. Exemplo: Paola e Pedro gostaram do seu interesse em vender a casa. b) Quando o sujeito vier depois do verbo, esse último ficará no plural ou com o núcleo do sujeito que estiver mais próximo ao verbo.

    C) tempos verbais diferentes altera a semântica

    D) O verbo vai concordar com o núcleo do sujeito que é conhecimento que está no singular.


ID
1551934
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

“Reconhecimento na prática dos serviços de saúde pública de que cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade; as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas; e, as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, formam também um todo indivisível, configurando um sistema capaz de prestar assistência total.” É correto afirmar que esse trecho implica‐se à

Alternativas
Comentários
  • Princípios do SUS

     

    Universalizaçãoa saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais.

     

    Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.

     

    Integralidadeeste princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.


ID
1551937
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Os conselhos de saúde têm representações paritárias. Analise‐as.

I. Usuários do SUS.

II. Representantes do governo.

III. Profissionais de saúde.

Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

     

    Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:

    I - a Conferência de Saúde; e

    II - o Conselho de Saúde.

    § 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.

    § 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.

    § 3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de Saúde.

    § 4° A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.

  • DECRETO Nº 5.839, DE 11 DE JULHO DE 2006.

     

    Art. 3º  O CNS é composto por quarenta e oito membros titulares, sendo:

     

    I - cinqüenta por cento de representantes de entidades e dos movimentos sociais de USUÁRIOS DO SUS; e

    II - cinqüenta por cento de representantes de entidades de PROFISSIONAIS DA SAÚDE, incluída a comunidade científica da área de saúde, de REPRESENTANTES DO GOVERNO, de entidades de prestadores de serviços de saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS, do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde - CONASEMS e de entidades empresariais com atividade na área de saúde.


ID
1551940
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Ao efetuar um levantamento epidemiológico, verifica‐se o número de óbitos de crianças menores de um ano de idade, o qual foi dividido pelo total de habitantes da região para que se configure o coeficiente de mortalidade infantil. Em relação a esse “levantamento”, afirma‐se que

Alternativas
Comentários
  • Taxa de mortalidade infantil: Número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.


ID
1551943
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Ao analisar o coeficiente de mortalidade geral, alguns dados ficam omitidos o que implica na necessidade de avaliar outros indicadores de saúde. É correto afirmar que o coeficiente de mortalidade geral NÃO descreve:

I. Faixa etária do óbito.

II. Causa do óbito.

III. Número de habitantes locais para sua formulação.

Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s)

Alternativas

ID
1551946
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Se o coeficiente de incidência de dengue em uma determinada cidade foi de três casos para cada 10 mil habitantes, é correto inferir que se, na mesma cidade, tiver um milhão de habitantes, a frequência absoluta de casos será de

Alternativas
Comentários
  • 3----------10000

    x----------1000000

    10000x=3000000

    x=300casos

    R:letra C


ID
1551949
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

“Doença de notificação compulsória causada por um protozoário e que tem os ‘cães domésticos’ como animais reservatórios, dificultando o controle epidemiológico.” O trecho refere‐se à

Alternativas
Comentários
  •  c)

    leishmaniose. 


ID
1551952
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Quando a gestão do sistema de saúde passa para os municípios, com a consequente transferência de recursos financeiros pela União, além da cooperação técnica, é correto afirmar que esse processo se refere à

Alternativas

ID
1551955
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Entre as doenças relacionadas, NÃO necessita de notificação compulsória:

Alternativas
Comentários
  • A tricuríase é uma verminose provocada pelo parasito Trichuris trichiura.


ID
1551958
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

As arboviroses são doenças endêmicas no Brasil e ocorrem, praticamente, em todo território nacional. Medidas de prevenção primária, muitas vezes, são as formas mais coerentes de profilaxia dessas patologias. Entre as medidas de prevenção primária contra as arboviroses, analise.

I. Controle de vetores.
II. Ampliação do saneamento básico.
III. Diagnóstico precoce.

Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Medidas de prevenção primarias contra arborviroses: controle de vetores e ampliação do saneamento básico. Alternativa A

  • Diagnóstico precoce faz parte da prevenção secundária!


ID
1551961
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Rio Novo do Sul - ES
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O sistema de financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a emenda Constitucional nº 29, de 13 de setembro de 2000, implicado aos recursos:

I. da União.
II. dos Estados.
III. dos Municípios.

Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra C.

     

     

    De acordo com o site portal da saúde.MS

     

     

    O financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é feito pelas 3 ( três ) esferas de governo, federal, estadual e municipal, conforme determina a Constituição Federal de 1988, que estabelece as fontes de receita para custear as despesas com ações e serviços públicos de saúde.


ID
1551964
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A nutrição antes e durante a gravidez e durante a lactação pode ter efeitos significativos na saúde prolongada dos lactentes e de suas mães. Na primeira consulta de pré‐natal, a avaliação nutricional da gestante, com base em seu peso e estatura, permite conhecer seu estado nutricional atual e subsidiar a previsão do ganho de peso até o final da gestação. De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, o ganho de peso total recomendado até o final da gestação para uma gestante com sobrepeso é de

Alternativas
Comentários
  • 7,0 a 11,5 kg.

  • Ganho de peso recomendado:

    Baixo peso - 12 a 18 kg

    Eutrófica - 11,5 a 16 kg

    Sobrepeso - 7 a 11,5 kg

    Obesa - 7 kg


ID
1551967
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O aleitamento materno, muito benéfico para o lactente, é considerado o alimento perfeito para o lactente normal, desde que o sistema materno possa manter a lactação e que não existam contraindicações. Em relação à composição do leite humano maduro e o leite de vaca, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO

    B) No leite humano, há maior concentração de cálcio do que no leite de vaca.

  • Tabela 2 – Composição do colostro e do leite materno maduro de mães de crianças a termo e
    pré-termo e do leite de vaca

                                  Nutriente                                          Leite Maduro                   
                                               Colostro                               (26-29 dias)                   Leite de vaca
                                                                                                               
                                     A termo       Pré-termo              A termo    Pré-termo
    Calorias (kcal/dL)          48              58                        62                 70                        69
    Lipídios (g/dL)               1,8             3,0                       3,0                4,1                       3,7
    Proteínas (g/dL)            1,9             2,1                       1,3                1,4                       3,3
    Lactose (g/dL)               5,1             5,0                       6,5                6,0                       4,8

    Fonte da tabela: Saúde da criança : aleitamento materno e alimentação complementar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
    184 p. : il. – (Cadernos de Atenção Básica ; n. 23)

    Logo, questão c também está incorreta 

     c) O leite de vaca possui maior quantidade de proteína e menor de gordura do que o leite humano

     


ID
1551970
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Pode‐se perceber que algumas características necessárias para revestimento de pisos são antagônicas, como, por exemplo, a facilidade de limpeza e antiderrapância, o que dificulta encontrar o piso ideal para uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN). Diante do contexto, assinale a alternativa que apresenta a melhor opção, disponível no mercado, de material para pisos dos setores de recepção, estocagem, pré‐preparo, cocção e higienização da UAN.

Alternativas
Comentários
  • além de nutricionista , precisamos ser engenheiros....piada essa questão


ID
1551973
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Na digestão do carboidrato, a principal enzima secretada pelas glândulas salivares e pelas células do pâncreas é a endoglicosidade α‐amilase, que hidrolisa as ligações α‐1,4 internas das moléculas de amilose e amilopectina, produzindo maltose, maltotriose e dextrina‐limite. Qual é a enzima responsável pela quebra das ligações α‐1,6 da dextrina‐limite, atuando nos pontos de ramificação?

Alternativas
Comentários
  • Letra B - Isomaltase


ID
1551976
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Ao avaliar o estado nutricional da criança, o nutricionista tem à sua disposição diferentes técnicas e instrumentos para serem aplicados e comparados com padrão antropométrico ideal. Sobre os critérios e técnicas a serem utilizados e suas interpretações, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) O perímetro torácico possui uma alta especificidade, pois apresenta alteração quando a criança demonstra desnutrição grave.

( ) Dos seis meses aos dois anos de idade, os perímetros cefálico e torácico são aproximadamente iguais, resultando em uma relação PT/PC = 1.

( ) Uma criança que apresenta comprometimento do peso pronunciado, mas a estatura normal, segundo a curva da Organização Mundial da Saúde, classifica‐se como desnutrido pregresso.

( ) A avaliação do crescimento deve ser feita através das medidas de peso, comprimento/estatura, perímetro cefálico, plotado nas curvas de crescimento de referência da OMS (2006), sendo que nos primeiros cinco anos de vida deve‐se utilizar a idade corrigida para a prematuridade ao plotar os pontos nas curvas.

A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • Sequência - Gabarito VERDADEIRO

    O perímetro torácico possui uma alta especificidade, pois apresenta alteração quando a criança demonstra desnutrição grave.

    * Com a desnutrição energético-protéica, o perímetro torácico não se desenvolve devido à atrofia do músculo torácico e a redução do tecido adiposo.

     

    Sequência - Gabarito FALSO

    Do nascimento até os 6 meses de vidaos perímetros cefálico e torácico são aproximadamente iguais, resultando em uma relação de PT/PC=1.

     

    Sequência - Gabarito FALSO

    Uma criança que apresenta comprometimento DE ESTATURA pronunciada, mas tem o PESO normal, segundo a curva da Organização Mundial da Saúde, classifica‐se como desnutrido pregresso.

     

    Sequência - Gabarito FALSO

    A avaliação do crescimento deve ser feita através das medidas de peso, comprimento/estatura, perímetro cefálico, plotado nas curvas de crescimento de referência da OMS (2006), sendo que ATÉ 2 ANOS DE IDADE deve‐se utilizar a idade corrigida para a prematuridade ao plotar os pontos nas curvas.

    * O acompanhamento ideal das crianças pré-termo exige a utilização de curvas específicas ou que se corrija a idade cronológica até que completem 2 anos de idade para a utilização das curvas-padrão.

     

    Fontes:

     

    1. Nutrição - Da Gestação ao Envelhecimento (Márcia Regina Vitolo);

    2. Cadernos de Atenção Básica: Saúde da Crianca - Crescimento e Desenvolvimento. 

    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_crescimento_desenvolvimento.pdf


ID
1551979
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Portugal, Itália, Grécia e Espanha passaram a ser denominados pela imprensa do Reino Unido de PIGS (porcos) em meados de 2008. Algum tempo depois, foi acrescentado a este grupo ‒ que passou a ser denominado PIIGS ‒ a Irlanda. O acrônimo foi utilizado para definir o(a)

Alternativas
Comentários
  • PIGS é uma acrônimo pejorativo originalmente usado na imprensa de língua inglesa, sobretudo britânica, para designar o conjunto das economias de Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha (Spain em inglês). Em inglês o acrônimo significa "porcos", animais por vezes usado em caricaturas para ilustrar a má performance econômica dos 5 países. A expressão "economias porcinas" é também usada.[1] Expressões similares, como the Olive Belt (o cinturão da azeitona)[2] ou "Club Med",[3] [4] também foram aplicados ao mesmo (ou quase o mesmo) agrupamento de países do sul da Europa, durante a crise econômica de 2008-2009, quando as economias de Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha foram consideradas particularmente vulneráveis, em razão do alto ou crescente endividamento e do alto deficit público em relação ao PIB.

    Em Setembro de 2008 o uso do acrónimo pelo jornal Financial Times levou ao protesto de empresários espanhóis e do ministro português da economia, Manuel Pinho. [5] Mas já antes havia sido usado por publicações como a Newsweek,[6] The Economist[7] ou o jornal The Times.[8]

    No final de 2011, a Irlanda foi também incluída no lote,[8] e o acrônimo PIGS ganhou mais um "I".[9] (menos frequentemente, o I também se referia à economia da Irlanda). [10] [9] Mais recentemente, também o Reino Unido foi associado ao acrônimo, que, por isso, ganhou mais um G, transformando-se em PIIGGS.[11] [


    Ex nunc

  • A sigla PIIGS é usada para se referir aos cinco países da Zona Euro, que foram considerados mais fracos economicamente após a crise financeira de 2008-2009. Estes países são Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha. 
    Eles têm tirado o sono de muitos economistas do mundo e provocam temores em muitos investidores quanto à capacidade desses governos de conter o alto deficit e de conseguir honrar suas dívidas. O deficit acorre quando um país gasta mais do que arrecada. 


    Gabarito B

  • São Países fortemente atingidos pela crise econômica mundial, resposta B

  • Letra B os  Pigs  são paíse   da união européia  com econômia deficitária.


ID
1551982
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O trecho a seguir contextualiza o tema tratado na questão. Leia‐o atentamente.

“O Brasil desperdiçou 37% de toda a água tratada em 2013, segundo relatório do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), serviço ligado ao Ministério das Cidades. Os números de 2013 são os mais recentes divulgados. A média se manteve estável com relação ao verificado em 2012. O ideal, segundo o estudo, é que o índice de desperdício fique abaixo de 20%.”

(Disponível em: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/01/pais‐desperdicou‐37‐da‐agua‐tratada‐em‐2013‐diz‐relatorio‐do‐governo.html.)

O Brasil é considerado um dos países mais ricos em recursos hídricos do Planeta, abrigando pouco mais de 10% de toda a água potável do mundo. Sobre a distribuição geográfica da água potável no Brasil, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) Quase dois terços das reservas se encontram nos rios da região Norte, que é a região menos povoada do país.

( ) O Sudeste é a região que possui a menor reserva, o que vem gerando crises de abastecimento em várias capitais, como São Paulo.

( ) Um quantitativo considerável da água potável do Brasil não está à luz do sol, mas escondido em aquíferos, formações geológicas subterrâneas.

( ) A maior reserva de água potável do Brasil está no Aquífero Guarani, que se espalha sob um milhão de quilômetros quadrados, pelo subsolo de todos os estados do Norte e Centro‐Oeste do Brasil.

A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • o Aquífero Guarani, que se espalha sob 1 milhão de quilômetros quadrados, pelo subsolo de oito estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. 

  • Aquífero Guarani não está presente na Região Norte.

  • O maior reservatório subterrâneo de água do planeta: Alter do Chão – região Norte.


ID
1551985
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O trecho a seguir contextualiza o tema tratado na questão. Leia‐o atentamente.

“O Brasil desperdiçou 37% de toda a água tratada em 2013, segundo relatório do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), serviço ligado ao Ministério das Cidades. Os números de 2013 são os mais recentes divulgados. A média se manteve estável com relação ao verificado em 2012. O ideal, segundo o estudo, é que o índice de desperdício fique abaixo de 20%.”

(Disponível em: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/01/pais‐desperdicou‐37‐da‐agua‐tratada‐em‐2013‐diz‐relatorio‐do‐governo.html.)

São constatações sobre o desperdício da água obtidas pelo estudo do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS):

I. A água não chega ao consumidor devido a vazamentos em adutoras, redes, ramais, conexões e reservatórios das prestadoras de serviço responsáveis pelo abastecimento.
II. Enfrentando uma das maiores crises hídricas de sua história, São Paulo foi o município que apresentou o maior índice de desperdício de água no Brasil.
lII. As regiões Norte e Nordeste são as únicas com taxas de desperdício maiores que a média nacional.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Quem mora em São Paulo e nas grandes cidades de São Paulo deve ter notado como as pessoas se preocuparam em economizar água. Inclusive lavar o carro na rua é um ato que se bobear pode gerar briga na rua. A II é a única incorreta.

  • III. "As regiões Norte e Nordeste são as únicas com taxas de desperdício maior que a média nacional, 50,8% e 45% respectivamente. "


  • Letra D, pensei que  fosse outra,  não sabia que  a região norte e  nordeste  disperdiçavam tanta água.

  • IDECAN e suas "lógicas"!


ID
1551988
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O trecho a seguir contextualiza o tema tratado na questão. Leia‐o atentamente.

“O Brasil desperdiçou 37% de toda a água tratada em 2013, segundo relatório do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), serviço ligado ao Ministério das Cidades. Os números de 2013 são os mais recentes divulgados. A média se manteve estável com relação ao verificado em 2012. O ideal, segundo o estudo, é que o índice de desperdício fique abaixo de 20%.”

(Disponível em: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/01/pais‐desperdicou‐37‐da‐agua‐tratada‐em‐2013‐diz‐relatorio‐do‐governo.html.)

Analise as afirmativas correlatas.
I. “A região metropolitana de São Paulo sofre uma das maiores crises hídricas de sua história, desde que tiveram início as medições nos sistemas de reservatórios fornecedores de água, tendo o sistema Cantareira, a situação mais grave, já que o nível bate sucessivos recordes negativos desde o início do ano de 2015.”

PORQUE

II. “Uma seca histórica vem assolando a região, com volume de chuvas abaixo dos outros anos, que teve o problema agravado devido à falta de planejamento e de investimentos para amenizar os efeitos da seca.”

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Oxente. Qual o erro da primeira ???????

  • Os recordes negativos são desde o ano de 2014.

  • Verdade. Desde o ano passado vem essa crise hídrica por falta de chuva. Esse ano é que está dando uma melhora nos níveis de chuva. 

  • letra B

    I - FALSA, PORQUE A falta contínua de chuvas desde 2011 fez com que, em 2013, ocorresse na região a pior seca dos últimos 50 anos. E NÃO 2015 
    fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/crise-hidrica/
    II - correta
  • letra B

    na I tá FALSA POIS É 2013, E NÃO 2015.

    http://guiadoestudante.abril.com.br/crise-hidrica/

  • letra B, pensei que fosse outra.


ID
1551991
Banca
Órgão
Ano
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A política internacional vive em ciclos. O término da Guerra Fria, em 1991, desencadeou um período de supremacia destacada dos Estados Unidos, no mundo, nos terrenos econômico e político, após dividir esta hegemonia em algumas décadas do século XX com o(a)

Alternativas
Comentários
  • Guerra Fria é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991), um conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência. É chamada "fria" porque não houve uma guerra direta entre as duas superpotências, dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear. A corrida armamentista pela construção de um grande arsenal de armas nucleares foi o objetivo central durante a primeira metade da Guerra Fria, estabilizando-se na década de 1960 até à década de 1970 e sendo reativada nos anos 1980 com o projeto do presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan chamado de "Guerra nas Estrelas".

    Uma parte dos historiadores argumenta que foi uma disputa dos países que apoiavam as Liberdades civis, como a liberdade de opinião e de expressão e de voto, representada pelos Estados Unidos e outros países ocidentais e do outro lado a doutrina comunista ateia,[1] [2] (ver: Ateísmo Marxista-leninista) onde era suprimida a possibilidade de eleger e de discordar, defendida pela União Soviética (URSS)[3] e outros países onde o comunismo fora imposto por ela. Outra parte defende que esta foi uma disputa entre o capitalismo, que patrocinou regimes ditatoriais na América Latina,[4] representado pelos Estados Unidos, e o socialismo totalitário[5] [6] expansionista[7] ou socialismo de Estado,[8] onde fora suprimida a propriedade privada, defendido pela União Soviética (URSS) e China.[9] Entretanto, esta caracterização só pode ser considerada válida com uma série de restrições e apenas para o período do imediato pós-Segunda Guerra Mundial, até a década de 1950. Logo após, nos anos 1960, o bloco socialista se dividiu e durante as décadas de 1970 e 1980, a China comunista se aliou aos Estados Unidos na disputa contra a União Soviética. Além disso, muitas das disputas regionais envolveram Estados capitalistas, como os Estados Unidos contra diversas potências locais mais nacionalistas.


    Ex nunc.

  • Guerra Fria (1947 a 1989)

    - bipolarização do mundo

    - Poder = capacidade militar + arsenal militar

    - EUA = economia de mercado (capitalismo) + democracia política

    - URSS = planificação da economia estatal + hegemonia de um único partido político (socialismo)

    - divisão da Europa (cenário do confronto entre as 2 potências):

    a) Europa Ocidental = aliados aos EUA

    a.1 Doutrina Truman 

    a.2 Plano Marshall 

    a.3 OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte)


    b) Europa Oriental = aliados à URSS 

    b.1 Pacto de Varsóvia (aliança militar) - 1955

    b.2 Comecon (conselho econômico de assistência mútua) 


    - conferência de Potsdam (Alemanha) após o final da SGM e vitória do grupo Aliado --> separação da Alemanha em 4 blocos, para França, Inglaterra, EUA e URSS;


    - Corrida Espacial

    1957 = URSS chega ao espaço;

    1969 = EUA chega à Lua;


    - Guerra da Coreia (1950 - 53): confronto entre Coreia do Norte (comunista) e Coreia do Sul (capitalista) --> Guerra finalizou-se com a separação/divisão do País em 2 blocos;


    - Guerra do Vietnã (1965 - 75): confronto entre Vietnã do Norte (comunista) e Vietnã do Sul (capitalista) --> Fracasso dos EUA devido à opinião pública


    - Guerra dos Seis Dias (1967) e do Yom Kippur (1973)  


    - Revolução Cubana (1959) = implantação do regime pró-soviético em CUBA --> bloqueio econômico dos EUA sobre Cuba que só foi quebrado em 2015.


    - Macarthismo (1947) = investigação e perseguição de intelectuais e artistas pró socialismo. Os EUA utilizou o cinema, a propaganda, a televisão para divulgar campanhas valorizando-o "american way of life" / jeito ou estilo americano


    - Crise dos Mísseis Cubanos = instalação de mísseis americanos na Turquia promoveu o mesmo da URSS em Cuba. 13 dias de suspense mundial devido à possível guerra nuclear. 


    - Queda do Muro de Berlim (1989) = representação do fim da Guerra Fria, com reunificação da Alemanha, com dissolução do estado soviético em 1991 e formação da CEI (comunidade dos estados independentes). Perestroika (reestruturação) + Glasnost (transferência política)

  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Fria

  • Letra D,   a  hegemônia  era  dividida com ex - União Soviética.