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Prova IDECAN - 2016 - Prefeitura de Simonésia - MG - Auxiliar Técnico em Raio X


ID
3345421
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                A bomba atômica e os jogos olímpicos


      No exato momento em que no dia 6 de agosto de 2016 às 20 horas se inaugurarão os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, há 71 anos, no mesmo dia 6 de agosto de 1945 e na mesma hora correspondendo às 8h15 da manhã, será recordada, em Hiroshima no Japão, a nefasta data do lançamento da bomba atômica sobre a cidade. Vitimou 242.437 pessoas entre as que morreram na hora e as que posteriormente vieram a falecer em consequência da radiação nuclear.

      O imperador Hirohito reconheceu, no texto de rendição no dia 14 de agosto, que se “tratava de uma arma que levaria à total extinção da civilização humana”. Dias após, ao aduzir, numa declaração ao povo, as razões da rendição, a principal delas era que a bomba atômica “provocaria a morte de todo o povo japonês”. Em sua sabedoria ancestral tinha razão.

      A humanidade estremeceu. De repente deu-se conta de que, segundo o cosmólogo Carl Sagan, criamos para nós próprios o princípio de autodestruição. Não disse outra coisa Jean-Paul Sartre: “os seres humanos se apropriaram dos instrumentos de sua própria exterminação”. O grande historiador inglês, Arnold Toynbee, o último a escrever 12 tomos sobre a história das civilizações, aterrado, deixou escrito em suas memórias (Experiências 1969): “Vivi para ver o fim da história humana tornar-se uma possibilidade intra-histórica, capaz de ser traduzida em fato, não por um ato de Deus mas do homem”. O grande naturalista francês Thódore Monod disse enfaticamente: “somos capazes de uma conduta insensata e demente; pode-se a partir de agora temer tudo, tudo mesmo, inclusive a aniquilação da raça humana” (E se a aventura humana vier a falhar, 2000).

      Com efeito, de pouco valeu o estarrecimento, pois continuaram a desenvolver armas nucleares mais potentes ainda, capazes de erradicar toda a vida do planeta e pôr um fim à espécie humana.

      Atualmente há nove países detentores de armas nucleares que, conjuntamente, somam mais ou menos 17.000. E sabemos que nenhuma segurança é total. Os desastres de Tree Islands nos USA, de Chernobyl na Ucrânia e de Fukushima no Japão nos dão uma amostra convincente.

      Pela primeira vez um Presidente norte-americano, Obama, visitou há dias, Hiroshima. Apenas lamentou o fato e disse: “a morte caiu do céu e o mundo mudou... começou o nosso despertar moral”. Mas não teve a coragem de pedir perdão ao povo japonês pelas cenas apocalípticas que lá ocorreram.

      Vigora uma vasta discussão mundial sobre como avaliar tal gesto bélico. Muitos pragmaticamente afirmam que foi a forma encontrada de levar o Japão à rendição e poupar milhares de vidas de ambos os lados. Outros consideram o uso desta arma letal, na versão oficial japonesa, como “um ato ilegal de hostilidade consoante as regras do direito internacional”. Outros vão mais longe e afirmam tratar-se de um “crime de guerra” e até de “um terrorismo de Estado”.

      Hoje estamos inclinados a dizer que foi um ato criminoso anti-vida, de nenhuma forma justificável, pois, pensando em termos ecológicos, a bomba matou muito mais do que pessoas, mas todas as formas de vida vegetal, animal e orgânica, além da destruição total dos bens culturais. Geralmente as guerras são feitas de exércitos contra exércitos, de aviões contra aviões, de navios contra navios. Aqui não. Tratou-se de uma “totaler Krieg” (guerra total) no estilo nazista de matar tudo o que se move, envenenar águas, poluir os ares e dizimar as bases físico-químicas que sustentam a vida. Porque Albert Einstein tinha consciência desta barbaridade se negou a participar no projeto da bomba atômica e a condenou, veementemente, junto com Bertrand Russel.

      Ao lado de outras ameaças letais que pesam sobre o sistema-vida e o sistema-Terra, este nuclear continua sendo uma dos mais amedrontadores, verdadeira espada de Dâmocles colocada sobre a cabeça da humanidade. Quem poderá conter a irracionalidade da Coréia do Norte de deslanchar um ataque nuclear avassaladora?

      Há uma proposta profundamente humanitária que nos vem de São Paulo, da Associação dos Sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki (chamados de hibakusha, presume-se que haja uns 118 no Brasil), animada pelo militante contra a energia nuclear Chico Whitaker que no dia 6 de agosto, no momento da abertura dos Jogos Olímpicos, faça-se um minuto de silêncio pensando nas vítimas de Hiroshima. Mas não só. Também voltando nossas mentes para a violência contra as mulheres, os refugiados, os negros e pobres que são sistematicamente dizimados (só no Brasil em 2015 60 mil jovens negros), os indígenas, os quilombolas e os sem-terra e sem-teto, em fim, todas as vítimas da voracidade de nosso sistema de acumulação.

      O prefeito de Hiroshima, nesse sentido, já encaminhou carta ao Comité Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro. Esperamos que ele se sensibilize e promova esse grito silencioso contra as guerras de todo tipo e pela paz entre todos os povos.

(Leonardo Boff. Disponível em: http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2016/ 06/11/a-bomba-atomica-e-os-jogos-olimpicos/.)

Através das informações textuais, é correto afirmar que o presente texto originou-se:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? O fato é apresentado no momento inicial do texto, no 1º parágrafo:

    ? No exato momento em que no dia 6 de agosto de 2016 às 20 horas se inaugurarão os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, há 71 anos, no mesmo dia 6 de agosto de 1945 e na mesma hora correspondendo às 8h15 da manhã, será recordada, em Hiroshima no Japão, a nefasta data do lançamento da bomba atômica sobre a cidade. Vitimou 242.437 pessoas entre as que morreram na hora e as que posteriormente vieram a falecer em consequência da radiação nuclear.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • o candidato deve atentar-se ao comando da questão: Através das informações textuais, é correto afirmar que o presente texto originou-se:

    alternativa correta letra D.


ID
3345424
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                A bomba atômica e os jogos olímpicos


      No exato momento em que no dia 6 de agosto de 2016 às 20 horas se inaugurarão os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, há 71 anos, no mesmo dia 6 de agosto de 1945 e na mesma hora correspondendo às 8h15 da manhã, será recordada, em Hiroshima no Japão, a nefasta data do lançamento da bomba atômica sobre a cidade. Vitimou 242.437 pessoas entre as que morreram na hora e as que posteriormente vieram a falecer em consequência da radiação nuclear.

      O imperador Hirohito reconheceu, no texto de rendição no dia 14 de agosto, que se “tratava de uma arma que levaria à total extinção da civilização humana”. Dias após, ao aduzir, numa declaração ao povo, as razões da rendição, a principal delas era que a bomba atômica “provocaria a morte de todo o povo japonês”. Em sua sabedoria ancestral tinha razão.

      A humanidade estremeceu. De repente deu-se conta de que, segundo o cosmólogo Carl Sagan, criamos para nós próprios o princípio de autodestruição. Não disse outra coisa Jean-Paul Sartre: “os seres humanos se apropriaram dos instrumentos de sua própria exterminação”. O grande historiador inglês, Arnold Toynbee, o último a escrever 12 tomos sobre a história das civilizações, aterrado, deixou escrito em suas memórias (Experiências 1969): “Vivi para ver o fim da história humana tornar-se uma possibilidade intra-histórica, capaz de ser traduzida em fato, não por um ato de Deus mas do homem”. O grande naturalista francês Thódore Monod disse enfaticamente: “somos capazes de uma conduta insensata e demente; pode-se a partir de agora temer tudo, tudo mesmo, inclusive a aniquilação da raça humana” (E se a aventura humana vier a falhar, 2000).

      Com efeito, de pouco valeu o estarrecimento, pois continuaram a desenvolver armas nucleares mais potentes ainda, capazes de erradicar toda a vida do planeta e pôr um fim à espécie humana.

      Atualmente há nove países detentores de armas nucleares que, conjuntamente, somam mais ou menos 17.000. E sabemos que nenhuma segurança é total. Os desastres de Tree Islands nos USA, de Chernobyl na Ucrânia e de Fukushima no Japão nos dão uma amostra convincente.

      Pela primeira vez um Presidente norte-americano, Obama, visitou há dias, Hiroshima. Apenas lamentou o fato e disse: “a morte caiu do céu e o mundo mudou... começou o nosso despertar moral”. Mas não teve a coragem de pedir perdão ao povo japonês pelas cenas apocalípticas que lá ocorreram.

      Vigora uma vasta discussão mundial sobre como avaliar tal gesto bélico. Muitos pragmaticamente afirmam que foi a forma encontrada de levar o Japão à rendição e poupar milhares de vidas de ambos os lados. Outros consideram o uso desta arma letal, na versão oficial japonesa, como “um ato ilegal de hostilidade consoante as regras do direito internacional”. Outros vão mais longe e afirmam tratar-se de um “crime de guerra” e até de “um terrorismo de Estado”.

      Hoje estamos inclinados a dizer que foi um ato criminoso anti-vida, de nenhuma forma justificável, pois, pensando em termos ecológicos, a bomba matou muito mais do que pessoas, mas todas as formas de vida vegetal, animal e orgânica, além da destruição total dos bens culturais. Geralmente as guerras são feitas de exércitos contra exércitos, de aviões contra aviões, de navios contra navios. Aqui não. Tratou-se de uma “totaler Krieg” (guerra total) no estilo nazista de matar tudo o que se move, envenenar águas, poluir os ares e dizimar as bases físico-químicas que sustentam a vida. Porque Albert Einstein tinha consciência desta barbaridade se negou a participar no projeto da bomba atômica e a condenou, veementemente, junto com Bertrand Russel.

      Ao lado de outras ameaças letais que pesam sobre o sistema-vida e o sistema-Terra, este nuclear continua sendo uma dos mais amedrontadores, verdadeira espada de Dâmocles colocada sobre a cabeça da humanidade. Quem poderá conter a irracionalidade da Coréia do Norte de deslanchar um ataque nuclear avassaladora?

      Há uma proposta profundamente humanitária que nos vem de São Paulo, da Associação dos Sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki (chamados de hibakusha, presume-se que haja uns 118 no Brasil), animada pelo militante contra a energia nuclear Chico Whitaker que no dia 6 de agosto, no momento da abertura dos Jogos Olímpicos, faça-se um minuto de silêncio pensando nas vítimas de Hiroshima. Mas não só. Também voltando nossas mentes para a violência contra as mulheres, os refugiados, os negros e pobres que são sistematicamente dizimados (só no Brasil em 2015 60 mil jovens negros), os indígenas, os quilombolas e os sem-terra e sem-teto, em fim, todas as vítimas da voracidade de nosso sistema de acumulação.

      O prefeito de Hiroshima, nesse sentido, já encaminhou carta ao Comité Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro. Esperamos que ele se sensibilize e promova esse grito silencioso contra as guerras de todo tipo e pela paz entre todos os povos.

(Leonardo Boff. Disponível em: http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2016/ 06/11/a-bomba-atomica-e-os-jogos-olimpicos/.)

Dos termos sublinhados a seguir, assinale aquele em que o significado foi indicado INCORRETAMENTE, de acordo com o contexto.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Queremos uma palavra que apresenta um sentido diferente da palavra original:

    ? .. poluir os ares e dizimar as bases físico-químicas que sustentam a vida.? (8º§) ? conservar

    ? A palavra "dizimar" apresenta o significado de algo que chegará ao fim, algo que acabará; "conservar" significa que algo será mantido (=as palavras são antônimas, significados contrários, e não sinônimas, significados semelhantes).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Dizimar: Causar destruição ou aniquilar por completo; arruinar: dizimar uma cidade.

    Conservar: Manter em bom estado; preservar: conservar a saúde; conservar-se sã.

    Gabarito: C

    Fonte: Dicio

  • A questão é sobre sinônimos e quer que marquemos a alternativa em que o significado foi indicado INCORRETAMENTE, de acordo com o contexto. Vejamos: 

     .

    Sinônimos são palavras que têm significados iguais ou semelhantes; são palavras que mantêm uma relação de significado entre si. Ex.: casa, moradia, lar. / Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.

     .

    A) “Dias após, ao aduzir numa declaração ao povo,...” (2º§) – apresentar

    Certo.

    Aduzir: apresentar, mostrar (argumentos, provas, testemunhos etc.); alegar; expor...

     .

    B) “... a nefasta data do lançamento da bomba atômica sobre a cidade.” (1º§) – maléfica

    Certo.

    Nefasto: que causa malefícios ou prejuízos; danoso; daninho...

     .

    C) “... poluir os ares e dizimar as bases físico-químicas que sustentam a vida.” (8º§) – conservar

    Errado.

    Dizimar: causar a morte de um grande número de pessoas (de); aniquilar; exterminar; destruir, devastar (alguma coisa); assolar... 

    Conservar: manter(-se) em bom estado; não deixar que (algo, alguém) perca certas características essenciais; preservar; manter, não deixar se extinguir ou mudar...

     .

    D) “Com efeito, de pouco valeu o estarrecimento, pois continuaram a desenvolver armas nucleares...” (4º§) – amedrontamento

    Certo.

    Estarrecer: fazer ficar ou ficar espantado, perplexo, ou apavorado, aterrorizado...

     .

    Referência: AULETE, Caldas. Dicionário Aulete Digital, acessado em 24 de julho de 2021.

     .

    Gabarito: Letra C  


ID
3345427
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                A bomba atômica e os jogos olímpicos


      No exato momento em que no dia 6 de agosto de 2016 às 20 horas se inaugurarão os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, há 71 anos, no mesmo dia 6 de agosto de 1945 e na mesma hora correspondendo às 8h15 da manhã, será recordada, em Hiroshima no Japão, a nefasta data do lançamento da bomba atômica sobre a cidade. Vitimou 242.437 pessoas entre as que morreram na hora e as que posteriormente vieram a falecer em consequência da radiação nuclear.

      O imperador Hirohito reconheceu, no texto de rendição no dia 14 de agosto, que se “tratava de uma arma que levaria à total extinção da civilização humana”. Dias após, ao aduzir, numa declaração ao povo, as razões da rendição, a principal delas era que a bomba atômica “provocaria a morte de todo o povo japonês”. Em sua sabedoria ancestral tinha razão.

      A humanidade estremeceu. De repente deu-se conta de que, segundo o cosmólogo Carl Sagan, criamos para nós próprios o princípio de autodestruição. Não disse outra coisa Jean-Paul Sartre: “os seres humanos se apropriaram dos instrumentos de sua própria exterminação”. O grande historiador inglês, Arnold Toynbee, o último a escrever 12 tomos sobre a história das civilizações, aterrado, deixou escrito em suas memórias (Experiências 1969): “Vivi para ver o fim da história humana tornar-se uma possibilidade intra-histórica, capaz de ser traduzida em fato, não por um ato de Deus mas do homem”. O grande naturalista francês Thódore Monod disse enfaticamente: “somos capazes de uma conduta insensata e demente; pode-se a partir de agora temer tudo, tudo mesmo, inclusive a aniquilação da raça humana” (E se a aventura humana vier a falhar, 2000).

      Com efeito, de pouco valeu o estarrecimento, pois continuaram a desenvolver armas nucleares mais potentes ainda, capazes de erradicar toda a vida do planeta e pôr um fim à espécie humana.

      Atualmente há nove países detentores de armas nucleares que, conjuntamente, somam mais ou menos 17.000. E sabemos que nenhuma segurança é total. Os desastres de Tree Islands nos USA, de Chernobyl na Ucrânia e de Fukushima no Japão nos dão uma amostra convincente.

      Pela primeira vez um Presidente norte-americano, Obama, visitou há dias, Hiroshima. Apenas lamentou o fato e disse: “a morte caiu do céu e o mundo mudou... começou o nosso despertar moral”. Mas não teve a coragem de pedir perdão ao povo japonês pelas cenas apocalípticas que lá ocorreram.

      Vigora uma vasta discussão mundial sobre como avaliar tal gesto bélico. Muitos pragmaticamente afirmam que foi a forma encontrada de levar o Japão à rendição e poupar milhares de vidas de ambos os lados. Outros consideram o uso desta arma letal, na versão oficial japonesa, como “um ato ilegal de hostilidade consoante as regras do direito internacional”. Outros vão mais longe e afirmam tratar-se de um “crime de guerra” e até de “um terrorismo de Estado”.

      Hoje estamos inclinados a dizer que foi um ato criminoso anti-vida, de nenhuma forma justificável, pois, pensando em termos ecológicos, a bomba matou muito mais do que pessoas, mas todas as formas de vida vegetal, animal e orgânica, além da destruição total dos bens culturais. Geralmente as guerras são feitas de exércitos contra exércitos, de aviões contra aviões, de navios contra navios. Aqui não. Tratou-se de uma “totaler Krieg” (guerra total) no estilo nazista de matar tudo o que se move, envenenar águas, poluir os ares e dizimar as bases físico-químicas que sustentam a vida. Porque Albert Einstein tinha consciência desta barbaridade se negou a participar no projeto da bomba atômica e a condenou, veementemente, junto com Bertrand Russel.

      Ao lado de outras ameaças letais que pesam sobre o sistema-vida e o sistema-Terra, este nuclear continua sendo uma dos mais amedrontadores, verdadeira espada de Dâmocles colocada sobre a cabeça da humanidade. Quem poderá conter a irracionalidade da Coréia do Norte de deslanchar um ataque nuclear avassaladora?

      Há uma proposta profundamente humanitária que nos vem de São Paulo, da Associação dos Sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki (chamados de hibakusha, presume-se que haja uns 118 no Brasil), animada pelo militante contra a energia nuclear Chico Whitaker que no dia 6 de agosto, no momento da abertura dos Jogos Olímpicos, faça-se um minuto de silêncio pensando nas vítimas de Hiroshima. Mas não só. Também voltando nossas mentes para a violência contra as mulheres, os refugiados, os negros e pobres que são sistematicamente dizimados (só no Brasil em 2015 60 mil jovens negros), os indígenas, os quilombolas e os sem-terra e sem-teto, em fim, todas as vítimas da voracidade de nosso sistema de acumulação.

      O prefeito de Hiroshima, nesse sentido, já encaminhou carta ao Comité Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro. Esperamos que ele se sensibilize e promova esse grito silencioso contra as guerras de todo tipo e pela paz entre todos os povos.

(Leonardo Boff. Disponível em: http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2016/ 06/11/a-bomba-atomica-e-os-jogos-olimpicos/.)

Assinale a alternativa em que o trecho sublinhado apresenta função sintática DIFERENTE das demais.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? A questão deveria ter sido anulada, está elaborada incorretamente, somente a letra "b" e "c" possuem a mesma classificação.

    A) ?Vigora uma vasta discussão mundial sobre como avaliar tal gesto bélico.? (7º§) ? o que vigora? Uma vasta discussão mundial (=sujeito).

    B) ?Os desastres de Tree Islands nos USA, de Chernobyl na Ucrânia e de Fukushima no Japão nos dão uma amostra convincente.? (5º§) ? nos dão alguma coisa (=o termo em destaque é objeto direto).

    C) ?Dias após, ao aduzir, numa declaração ao povo, as razões da rendição, a principal delas era que a bomba atômica ?provocaria a morte de todo o povo japonês?.? (2º§) ? aduzir alguma coisa (=as razões da rendição ? objeto direto).

    D) ?... animada pelo militante contra a energia nuclear Chico Whitaker que no dia 6 de agosto, no momento da abertura dos Jogos Olímpicos, faça-se um minuto de silêncio pensando nas vítimas de Hiroshima.? (10º§) ? adjunto adverbial de tempo.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • O verbo vigorar, no contexto em que se insere na alternativa A, pede sujeito!

    Estranho...

  • Corroboro com o posicionamento dos colegas, questão com duas alternativas!


ID
3345430
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                A bomba atômica e os jogos olímpicos


      No exato momento em que no dia 6 de agosto de 2016 às 20 horas se inaugurarão os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, há 71 anos, no mesmo dia 6 de agosto de 1945 e na mesma hora correspondendo às 8h15 da manhã, será recordada, em Hiroshima no Japão, a nefasta data do lançamento da bomba atômica sobre a cidade. Vitimou 242.437 pessoas entre as que morreram na hora e as que posteriormente vieram a falecer em consequência da radiação nuclear.

      O imperador Hirohito reconheceu, no texto de rendição no dia 14 de agosto, que se “tratava de uma arma que levaria à total extinção da civilização humana”. Dias após, ao aduzir, numa declaração ao povo, as razões da rendição, a principal delas era que a bomba atômica “provocaria a morte de todo o povo japonês”. Em sua sabedoria ancestral tinha razão.

      A humanidade estremeceu. De repente deu-se conta de que, segundo o cosmólogo Carl Sagan, criamos para nós próprios o princípio de autodestruição. Não disse outra coisa Jean-Paul Sartre: “os seres humanos se apropriaram dos instrumentos de sua própria exterminação”. O grande historiador inglês, Arnold Toynbee, o último a escrever 12 tomos sobre a história das civilizações, aterrado, deixou escrito em suas memórias (Experiências 1969): “Vivi para ver o fim da história humana tornar-se uma possibilidade intra-histórica, capaz de ser traduzida em fato, não por um ato de Deus mas do homem”. O grande naturalista francês Thódore Monod disse enfaticamente: “somos capazes de uma conduta insensata e demente; pode-se a partir de agora temer tudo, tudo mesmo, inclusive a aniquilação da raça humana” (E se a aventura humana vier a falhar, 2000).

      Com efeito, de pouco valeu o estarrecimento, pois continuaram a desenvolver armas nucleares mais potentes ainda, capazes de erradicar toda a vida do planeta e pôr um fim à espécie humana.

      Atualmente há nove países detentores de armas nucleares que, conjuntamente, somam mais ou menos 17.000. E sabemos que nenhuma segurança é total. Os desastres de Tree Islands nos USA, de Chernobyl na Ucrânia e de Fukushima no Japão nos dão uma amostra convincente.

      Pela primeira vez um Presidente norte-americano, Obama, visitou há dias, Hiroshima. Apenas lamentou o fato e disse: “a morte caiu do céu e o mundo mudou... começou o nosso despertar moral”. Mas não teve a coragem de pedir perdão ao povo japonês pelas cenas apocalípticas que lá ocorreram.

      Vigora uma vasta discussão mundial sobre como avaliar tal gesto bélico. Muitos pragmaticamente afirmam que foi a forma encontrada de levar o Japão à rendição e poupar milhares de vidas de ambos os lados. Outros consideram o uso desta arma letal, na versão oficial japonesa, como “um ato ilegal de hostilidade consoante as regras do direito internacional”. Outros vão mais longe e afirmam tratar-se de um “crime de guerra” e até de “um terrorismo de Estado”.

      Hoje estamos inclinados a dizer que foi um ato criminoso anti-vida, de nenhuma forma justificável, pois, pensando em termos ecológicos, a bomba matou muito mais do que pessoas, mas todas as formas de vida vegetal, animal e orgânica, além da destruição total dos bens culturais. Geralmente as guerras são feitas de exércitos contra exércitos, de aviões contra aviões, de navios contra navios. Aqui não. Tratou-se de uma “totaler Krieg” (guerra total) no estilo nazista de matar tudo o que se move, envenenar águas, poluir os ares e dizimar as bases físico-químicas que sustentam a vida. Porque Albert Einstein tinha consciência desta barbaridade se negou a participar no projeto da bomba atômica e a condenou, veementemente, junto com Bertrand Russel.

      Ao lado de outras ameaças letais que pesam sobre o sistema-vida e o sistema-Terra, este nuclear continua sendo uma dos mais amedrontadores, verdadeira espada de Dâmocles colocada sobre a cabeça da humanidade. Quem poderá conter a irracionalidade da Coréia do Norte de deslanchar um ataque nuclear avassaladora?

      Há uma proposta profundamente humanitária que nos vem de São Paulo, da Associação dos Sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki (chamados de hibakusha, presume-se que haja uns 118 no Brasil), animada pelo militante contra a energia nuclear Chico Whitaker que no dia 6 de agosto, no momento da abertura dos Jogos Olímpicos, faça-se um minuto de silêncio pensando nas vítimas de Hiroshima. Mas não só. Também voltando nossas mentes para a violência contra as mulheres, os refugiados, os negros e pobres que são sistematicamente dizimados (só no Brasil em 2015 60 mil jovens negros), os indígenas, os quilombolas e os sem-terra e sem-teto, em fim, todas as vítimas da voracidade de nosso sistema de acumulação.

      O prefeito de Hiroshima, nesse sentido, já encaminhou carta ao Comité Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro. Esperamos que ele se sensibilize e promova esse grito silencioso contra as guerras de todo tipo e pela paz entre todos os povos.

(Leonardo Boff. Disponível em: http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2016/ 06/11/a-bomba-atomica-e-os-jogos-olimpicos/.)

Assinale a alternativa em que o termo sublinhado NÃO retoma o referente indicado.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? O prefeito de Hiroshima, nesse sentido, já encaminhou carta ao Comité Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro. Esperamos que ele se sensibilize e promova esse grito silencioso contra as guerras de todo tipo e pela paz entre todos os povos.

    ? O pronome pessoal do caso reto substituí o termo "Comité Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro" e não está se referindo ao substantivo "prefeito".

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • GAB C

    Esperamos que ele se sensibilize e promova esse grito silencioso contra as guerras de todo tipo e pela paz entre todos os povos.” (11º§) – prefeito de Hiroshima

    ELE QUEM ?

    Comité Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro

  • A questão é sobre coesão textual e quer que marquemos a alternativa em que o termo sublinhado NÃO retoma o referente indicado. Vejamos: 

     .

    A) “... e as que posteriormente vieram a falecer em consequência da radiação nuclear.” (1º§) – pessoas

    Certo. "As" retoma "pessoas" (as pessoas que morreram na hora e as pessoas que posteriormente vieram a falecer...).

    Texto: "[...] lançamento da bomba atômica sobre a cidade. Vitimou 242.437 pessoas entre as que morreram na hora e as que posteriormente vieram a falecer em consequência da radiação nuclear".

     .

    B) “... as razões da rendição, a principal delas era que a bomba atômica “provocaria a ‘morte de todo o povo japonês’.” (2º§) – razões da rendição

    Certo. "Delas" retoma "razões da rendição" (a principal das razões da rendição).

     .

    C) “Esperamos que ele se sensibilize e promova esse grito silencioso contra as guerras de todo tipo e pela paz entre todos os povos.” (11º§) – prefeito de Hiroshima

    Errado. "Ele" retoma "Comité Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro".

    Texto: "O prefeito de Hiroshima, nesse sentido, já encaminhou carta ao Comité Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro. Esperamos que ele se sensibilize e promova esse grito silencioso contra as guerras de todo tipo e pela paz entre todos os povos".

     .

    D) “... Einstein tinha consciência desta barbaridade se negou a participar no projeto da bomba atômica e a condenou, veementemente, junto com Bertrand Russel.” (8º§) – bomba atômica

    Certo. "A" retoma "bomba atômica" (condenou a bomba atômica).

     .

    Gabarito: Letra C  

  • que casca de banana


ID
3345433
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                A bomba atômica e os jogos olímpicos


      No exato momento em que no dia 6 de agosto de 2016 às 20 horas se inaugurarão os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, há 71 anos, no mesmo dia 6 de agosto de 1945 e na mesma hora correspondendo às 8h15 da manhã, será recordada, em Hiroshima no Japão, a nefasta data do lançamento da bomba atômica sobre a cidade. Vitimou 242.437 pessoas entre as que morreram na hora e as que posteriormente vieram a falecer em consequência da radiação nuclear.

      O imperador Hirohito reconheceu, no texto de rendição no dia 14 de agosto, que se “tratava de uma arma que levaria à total extinção da civilização humana”. Dias após, ao aduzir, numa declaração ao povo, as razões da rendição, a principal delas era que a bomba atômica “provocaria a morte de todo o povo japonês”. Em sua sabedoria ancestral tinha razão.

      A humanidade estremeceu. De repente deu-se conta de que, segundo o cosmólogo Carl Sagan, criamos para nós próprios o princípio de autodestruição. Não disse outra coisa Jean-Paul Sartre: “os seres humanos se apropriaram dos instrumentos de sua própria exterminação”. O grande historiador inglês, Arnold Toynbee, o último a escrever 12 tomos sobre a história das civilizações, aterrado, deixou escrito em suas memórias (Experiências 1969): “Vivi para ver o fim da história humana tornar-se uma possibilidade intra-histórica, capaz de ser traduzida em fato, não por um ato de Deus mas do homem”. O grande naturalista francês Thódore Monod disse enfaticamente: “somos capazes de uma conduta insensata e demente; pode-se a partir de agora temer tudo, tudo mesmo, inclusive a aniquilação da raça humana” (E se a aventura humana vier a falhar, 2000).

      Com efeito, de pouco valeu o estarrecimento, pois continuaram a desenvolver armas nucleares mais potentes ainda, capazes de erradicar toda a vida do planeta e pôr um fim à espécie humana.

      Atualmente há nove países detentores de armas nucleares que, conjuntamente, somam mais ou menos 17.000. E sabemos que nenhuma segurança é total. Os desastres de Tree Islands nos USA, de Chernobyl na Ucrânia e de Fukushima no Japão nos dão uma amostra convincente.

      Pela primeira vez um Presidente norte-americano, Obama, visitou há dias, Hiroshima. Apenas lamentou o fato e disse: “a morte caiu do céu e o mundo mudou... começou o nosso despertar moral”. Mas não teve a coragem de pedir perdão ao povo japonês pelas cenas apocalípticas que lá ocorreram.

      Vigora uma vasta discussão mundial sobre como avaliar tal gesto bélico. Muitos pragmaticamente afirmam que foi a forma encontrada de levar o Japão à rendição e poupar milhares de vidas de ambos os lados. Outros consideram o uso desta arma letal, na versão oficial japonesa, como “um ato ilegal de hostilidade consoante as regras do direito internacional”. Outros vão mais longe e afirmam tratar-se de um “crime de guerra” e até de “um terrorismo de Estado”.

      Hoje estamos inclinados a dizer que foi um ato criminoso anti-vida, de nenhuma forma justificável, pois, pensando em termos ecológicos, a bomba matou muito mais do que pessoas, mas todas as formas de vida vegetal, animal e orgânica, além da destruição total dos bens culturais. Geralmente as guerras são feitas de exércitos contra exércitos, de aviões contra aviões, de navios contra navios. Aqui não. Tratou-se de uma “totaler Krieg” (guerra total) no estilo nazista de matar tudo o que se move, envenenar águas, poluir os ares e dizimar as bases físico-químicas que sustentam a vida. Porque Albert Einstein tinha consciência desta barbaridade se negou a participar no projeto da bomba atômica e a condenou, veementemente, junto com Bertrand Russel.

      Ao lado de outras ameaças letais que pesam sobre o sistema-vida e o sistema-Terra, este nuclear continua sendo uma dos mais amedrontadores, verdadeira espada de Dâmocles colocada sobre a cabeça da humanidade. Quem poderá conter a irracionalidade da Coréia do Norte de deslanchar um ataque nuclear avassaladora?

      Há uma proposta profundamente humanitária que nos vem de São Paulo, da Associação dos Sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki (chamados de hibakusha, presume-se que haja uns 118 no Brasil), animada pelo militante contra a energia nuclear Chico Whitaker que no dia 6 de agosto, no momento da abertura dos Jogos Olímpicos, faça-se um minuto de silêncio pensando nas vítimas de Hiroshima. Mas não só. Também voltando nossas mentes para a violência contra as mulheres, os refugiados, os negros e pobres que são sistematicamente dizimados (só no Brasil em 2015 60 mil jovens negros), os indígenas, os quilombolas e os sem-terra e sem-teto, em fim, todas as vítimas da voracidade de nosso sistema de acumulação.

      O prefeito de Hiroshima, nesse sentido, já encaminhou carta ao Comité Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro. Esperamos que ele se sensibilize e promova esse grito silencioso contra as guerras de todo tipo e pela paz entre todos os povos.

(Leonardo Boff. Disponível em: http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2016/ 06/11/a-bomba-atomica-e-os-jogos-olimpicos/.)

Em “O imperador Hirohito reconheceu, no texto de rendição no dia 14 de agosto, que se ‘tratava de uma arma que levaria à total extinção da civilização humana’.” (2º§), a crase está corretamente empregada. Assinale, a seguir, a alternativa em que o uso do acento indicador de crase é facultativo.

Alternativas
Comentários
  • A)Barack Obama foi até à cidade de Hiroshima.

    Após a preposição ATÉ o uso da crase é facultativo.

    GABARITO. A

  • GABARITO: LETRA A

    ? Barack Obama foi até à cidade de Hiroshima.

    ? Após a preposição "até" o uso da preposição "a" é facultativo, logo, a crase é facultativa; até a cidade (=somente artigo) ou até à cidade (=preposição "a" + artigo definido "a"=crase).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Crase facultativa :Antes pronomes possessivos no singular ,depois de até e antes de nomes próprios femininos .

  • a) crase FACULTATIVA após a palavra "até" GABARITO

    b) crase OBRIGATÓRIA pela distância estar determinada e ainda ser uma locução (à distância de ____)

    c) crase OBRIGATÓRIA pois "Terra"* é palavra feminina (para confirmar, trocando "Terra" por "planeta", ficaria: é uma ameaça AO planeta. Formou "ao', tem crase)

    d) crase correta e OBRIGATÓRIA antes de horas exatas

    *Por exemplo:"Os astronautas voltaram à Terra" (com crase, pois "terra" está caracterizando o planeta);"Os marinheiros voltaram a terra" (sem crase, pois significa chão firme, solo e não está especificada);"Irei à terra de meus avós" (com crase, pois significa chão firme, solo e está especificada).

  • Bizú: Depois de até, ATÉ pode ter crase...

  • Até indicando limite: FACULTATIVA

    Até indicando inclusão: OBRIGATORIA

    Ex: Até à Policia ficou com medo.


ID
3345436
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                A bomba atômica e os jogos olímpicos


      No exato momento em que no dia 6 de agosto de 2016 às 20 horas se inaugurarão os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, há 71 anos, no mesmo dia 6 de agosto de 1945 e na mesma hora correspondendo às 8h15 da manhã, será recordada, em Hiroshima no Japão, a nefasta data do lançamento da bomba atômica sobre a cidade. Vitimou 242.437 pessoas entre as que morreram na hora e as que posteriormente vieram a falecer em consequência da radiação nuclear.

      O imperador Hirohito reconheceu, no texto de rendição no dia 14 de agosto, que se “tratava de uma arma que levaria à total extinção da civilização humana”. Dias após, ao aduzir, numa declaração ao povo, as razões da rendição, a principal delas era que a bomba atômica “provocaria a morte de todo o povo japonês”. Em sua sabedoria ancestral tinha razão.

      A humanidade estremeceu. De repente deu-se conta de que, segundo o cosmólogo Carl Sagan, criamos para nós próprios o princípio de autodestruição. Não disse outra coisa Jean-Paul Sartre: “os seres humanos se apropriaram dos instrumentos de sua própria exterminação”. O grande historiador inglês, Arnold Toynbee, o último a escrever 12 tomos sobre a história das civilizações, aterrado, deixou escrito em suas memórias (Experiências 1969): “Vivi para ver o fim da história humana tornar-se uma possibilidade intra-histórica, capaz de ser traduzida em fato, não por um ato de Deus mas do homem”. O grande naturalista francês Thódore Monod disse enfaticamente: “somos capazes de uma conduta insensata e demente; pode-se a partir de agora temer tudo, tudo mesmo, inclusive a aniquilação da raça humana” (E se a aventura humana vier a falhar, 2000).

      Com efeito, de pouco valeu o estarrecimento, pois continuaram a desenvolver armas nucleares mais potentes ainda, capazes de erradicar toda a vida do planeta e pôr um fim à espécie humana.

      Atualmente há nove países detentores de armas nucleares que, conjuntamente, somam mais ou menos 17.000. E sabemos que nenhuma segurança é total. Os desastres de Tree Islands nos USA, de Chernobyl na Ucrânia e de Fukushima no Japão nos dão uma amostra convincente.

      Pela primeira vez um Presidente norte-americano, Obama, visitou há dias, Hiroshima. Apenas lamentou o fato e disse: “a morte caiu do céu e o mundo mudou... começou o nosso despertar moral”. Mas não teve a coragem de pedir perdão ao povo japonês pelas cenas apocalípticas que lá ocorreram.

      Vigora uma vasta discussão mundial sobre como avaliar tal gesto bélico. Muitos pragmaticamente afirmam que foi a forma encontrada de levar o Japão à rendição e poupar milhares de vidas de ambos os lados. Outros consideram o uso desta arma letal, na versão oficial japonesa, como “um ato ilegal de hostilidade consoante as regras do direito internacional”. Outros vão mais longe e afirmam tratar-se de um “crime de guerra” e até de “um terrorismo de Estado”.

      Hoje estamos inclinados a dizer que foi um ato criminoso anti-vida, de nenhuma forma justificável, pois, pensando em termos ecológicos, a bomba matou muito mais do que pessoas, mas todas as formas de vida vegetal, animal e orgânica, além da destruição total dos bens culturais. Geralmente as guerras são feitas de exércitos contra exércitos, de aviões contra aviões, de navios contra navios. Aqui não. Tratou-se de uma “totaler Krieg” (guerra total) no estilo nazista de matar tudo o que se move, envenenar águas, poluir os ares e dizimar as bases físico-químicas que sustentam a vida. Porque Albert Einstein tinha consciência desta barbaridade se negou a participar no projeto da bomba atômica e a condenou, veementemente, junto com Bertrand Russel.

      Ao lado de outras ameaças letais que pesam sobre o sistema-vida e o sistema-Terra, este nuclear continua sendo uma dos mais amedrontadores, verdadeira espada de Dâmocles colocada sobre a cabeça da humanidade. Quem poderá conter a irracionalidade da Coréia do Norte de deslanchar um ataque nuclear avassaladora?

      Há uma proposta profundamente humanitária que nos vem de São Paulo, da Associação dos Sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki (chamados de hibakusha, presume-se que haja uns 118 no Brasil), animada pelo militante contra a energia nuclear Chico Whitaker que no dia 6 de agosto, no momento da abertura dos Jogos Olímpicos, faça-se um minuto de silêncio pensando nas vítimas de Hiroshima. Mas não só. Também voltando nossas mentes para a violência contra as mulheres, os refugiados, os negros e pobres que são sistematicamente dizimados (só no Brasil em 2015 60 mil jovens negros), os indígenas, os quilombolas e os sem-terra e sem-teto, em fim, todas as vítimas da voracidade de nosso sistema de acumulação.

      O prefeito de Hiroshima, nesse sentido, já encaminhou carta ao Comité Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro. Esperamos que ele se sensibilize e promova esse grito silencioso contra as guerras de todo tipo e pela paz entre todos os povos.

(Leonardo Boff. Disponível em: http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2016/ 06/11/a-bomba-atomica-e-os-jogos-olimpicos/.)

Atualmente há nove países detentores de armas nucleares que, conjuntamente, somam mais ou menos 17.000.” (5º§) Em se tratando da concordância do verbo haver, a flexão que ocorre no trecho anterior encontra-se correta.

Assinale a alternativa em que a concordância do verbo haver está INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • A)Houveram muitas vítimas da radioatividade.

    O verbo haver com sentido de existir é impessoal, logo não possui sujeito e deve permanecer na terceira pessoa do singular.

    GABARITO. A

  • GABARITO: LETRA A

    A) Houveram muitas vítimas da radioatividade ? verbo "haver" com sentido de "ocorrer" é um verbo impessoal e não deve ser flexionado, o correto é "houve".

    B) Os americanos haviam lançado a bomba logo cedo ? correto, aqui temos uma locução verbal formada por verbo principal no particípio e é um verbo pessoal, logo, a flexão do verbo "haver" ao plural está correta (=concorda com o núcleo do sujeito simples "americanos").

    C) Eles haviam destruído as cidades de Hiroshima e Nagasaki ? correto, aqui temos uma locução verbal formada por verbo principal no particípio e é um verbo pessoal, logo, a flexão do verbo "haver" ao plural está correta (=concorda com o núcleo do sujeito simples "eles").

    D) exatamente 70 anos, os Estados Unidos lançou a bomba atômica sobre Hiroshima ? correto, verbo "haver" indicando tempo decorrido, ele está corretamente no singular.

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  • Não seria ''os estados unidos lançaram..''?

  • VERBO HAVER = Existir

    É impessoal, logo necessita estar na 3º pessoa do singular.

  • A questão quer saber em qual assertiva o emprego do verbo "haver" foi empregado incorretamente. Vejamos:

     a) Incorreta.

    "Houveram muitas vítimas da radioatividade."

    O verbo "haver" dessa oração está com sentido de existir e, por isso, é impessoal. O erro foi ter flexionado esse verbo para o plural.

    b) Correta.

    "Os americanos haviam lançado a bomba logo cedo."

    O verbo "haver", formando locução verbal com verbo pessoal, também ficará pessoal, ou seja, vai para o plural se precisar. No caso em tela, o verbo pessoal é o verbo "lançar", basta notar que o sujeito é "os americanos".

    c) Correta.

    "Eles haviam destruído as cidades de Hiroshima e Nagasaki."

    O verbo "haver", formando locução verbal com verbo pessoal, também ficará pessoal, ou seja, vai para o plural se precisar. No caso em tela, o verbo pessoal é o verbo "destruir", basta notar que o sujeito é o pronome "eles".

    d) Correta.

    " exatamente 70 anos, os Estados Unidos lançou a bomba atômica sobre Hiroshima."

    O verbo "haver" dessa oração está com sentido de tempo decorrido e, por isso, é impessoal. Nesse caso, não vai para o plural por não ter sujeito.

    Obs: O verbo "lançar" foi incorretamente conjugado, porque o nome "Estados Unidos" quando vier acompanhado de artigo no plural (as, os) o verbo concorda com este, contudo, a questão apenas quer saber do verbo "haver"

    Gabarito do monitor: A

  • BIZU MATADOR SOBRE O VERBO HAVER, FAÇA O TESTE!

    nada atras dele = fica singular

    algo atras dele = fica plural

    ???? Houveram muitas vítimas da radioatividade. TEM NADA ATRAS, SINGULAR

    Eles haviam destruído as cidades de Hiroshima e Nagasaki. OPA, "ELES" vem atras, entao plural

    ??? Há exatamente 70 anos, 

    ??? HAVIA MENINAS NO PATIO = CORRETO

    MENINAS HAVIAM NO PATIO = CORRETO

  • passei batido que era no verbo haver lasquei o dedo na D.

    ''os Estados Unidos lançaram''

  • Na letra A, a forma "Houveram" no plural está em desacordo com a norma culta.

    O verbo HAVER, no sentido EXISTIR, é impessoal. Não possui sujeito, pessoa nem plural.


ID
3345439
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                A bomba atômica e os jogos olímpicos


      No exato momento em que no dia 6 de agosto de 2016 às 20 horas se inaugurarão os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, há 71 anos, no mesmo dia 6 de agosto de 1945 e na mesma hora correspondendo às 8h15 da manhã, será recordada, em Hiroshima no Japão, a nefasta data do lançamento da bomba atômica sobre a cidade. Vitimou 242.437 pessoas entre as que morreram na hora e as que posteriormente vieram a falecer em consequência da radiação nuclear.

      O imperador Hirohito reconheceu, no texto de rendição no dia 14 de agosto, que se “tratava de uma arma que levaria à total extinção da civilização humana”. Dias após, ao aduzir, numa declaração ao povo, as razões da rendição, a principal delas era que a bomba atômica “provocaria a morte de todo o povo japonês”. Em sua sabedoria ancestral tinha razão.

      A humanidade estremeceu. De repente deu-se conta de que, segundo o cosmólogo Carl Sagan, criamos para nós próprios o princípio de autodestruição. Não disse outra coisa Jean-Paul Sartre: “os seres humanos se apropriaram dos instrumentos de sua própria exterminação”. O grande historiador inglês, Arnold Toynbee, o último a escrever 12 tomos sobre a história das civilizações, aterrado, deixou escrito em suas memórias (Experiências 1969): “Vivi para ver o fim da história humana tornar-se uma possibilidade intra-histórica, capaz de ser traduzida em fato, não por um ato de Deus mas do homem”. O grande naturalista francês Thódore Monod disse enfaticamente: “somos capazes de uma conduta insensata e demente; pode-se a partir de agora temer tudo, tudo mesmo, inclusive a aniquilação da raça humana” (E se a aventura humana vier a falhar, 2000).

      Com efeito, de pouco valeu o estarrecimento, pois continuaram a desenvolver armas nucleares mais potentes ainda, capazes de erradicar toda a vida do planeta e pôr um fim à espécie humana.

      Atualmente há nove países detentores de armas nucleares que, conjuntamente, somam mais ou menos 17.000. E sabemos que nenhuma segurança é total. Os desastres de Tree Islands nos USA, de Chernobyl na Ucrânia e de Fukushima no Japão nos dão uma amostra convincente.

      Pela primeira vez um Presidente norte-americano, Obama, visitou há dias, Hiroshima. Apenas lamentou o fato e disse: “a morte caiu do céu e o mundo mudou... começou o nosso despertar moral”. Mas não teve a coragem de pedir perdão ao povo japonês pelas cenas apocalípticas que lá ocorreram.

      Vigora uma vasta discussão mundial sobre como avaliar tal gesto bélico. Muitos pragmaticamente afirmam que foi a forma encontrada de levar o Japão à rendição e poupar milhares de vidas de ambos os lados. Outros consideram o uso desta arma letal, na versão oficial japonesa, como “um ato ilegal de hostilidade consoante as regras do direito internacional”. Outros vão mais longe e afirmam tratar-se de um “crime de guerra” e até de “um terrorismo de Estado”.

      Hoje estamos inclinados a dizer que foi um ato criminoso anti-vida, de nenhuma forma justificável, pois, pensando em termos ecológicos, a bomba matou muito mais do que pessoas, mas todas as formas de vida vegetal, animal e orgânica, além da destruição total dos bens culturais. Geralmente as guerras são feitas de exércitos contra exércitos, de aviões contra aviões, de navios contra navios. Aqui não. Tratou-se de uma “totaler Krieg” (guerra total) no estilo nazista de matar tudo o que se move, envenenar águas, poluir os ares e dizimar as bases físico-químicas que sustentam a vida. Porque Albert Einstein tinha consciência desta barbaridade se negou a participar no projeto da bomba atômica e a condenou, veementemente, junto com Bertrand Russel.

      Ao lado de outras ameaças letais que pesam sobre o sistema-vida e o sistema-Terra, este nuclear continua sendo uma dos mais amedrontadores, verdadeira espada de Dâmocles colocada sobre a cabeça da humanidade. Quem poderá conter a irracionalidade da Coréia do Norte de deslanchar um ataque nuclear avassaladora?

      Há uma proposta profundamente humanitária que nos vem de São Paulo, da Associação dos Sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki (chamados de hibakusha, presume-se que haja uns 118 no Brasil), animada pelo militante contra a energia nuclear Chico Whitaker que no dia 6 de agosto, no momento da abertura dos Jogos Olímpicos, faça-se um minuto de silêncio pensando nas vítimas de Hiroshima. Mas não só. Também voltando nossas mentes para a violência contra as mulheres, os refugiados, os negros e pobres que são sistematicamente dizimados (só no Brasil em 2015 60 mil jovens negros), os indígenas, os quilombolas e os sem-terra e sem-teto, em fim, todas as vítimas da voracidade de nosso sistema de acumulação.

      O prefeito de Hiroshima, nesse sentido, já encaminhou carta ao Comité Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro. Esperamos que ele se sensibilize e promova esse grito silencioso contra as guerras de todo tipo e pela paz entre todos os povos.

(Leonardo Boff. Disponível em: http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2016/ 06/11/a-bomba-atomica-e-os-jogos-olimpicos/.)

De acordo com o texto, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ?    Há uma proposta profundamente humanitária que nos vem de São Paulo, da Associação dos Sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki (chamados de hibakusha, presume-se que haja uns 118 no Brasil), animada pelo militante contra a energia nuclear Chico Whitaker que no dia 6 de agosto, no momento da abertura dos Jogos Olímpicos, faça-se um minuto de silêncio pensando nas vítimas de Hiroshima. Mas não só. Também voltando nossas mentes para a violência contra as mulheres, os refugiados, os negros e pobres que são sistematicamente dizimados (só no Brasil em 2015 60 mil jovens negros), os indígenas, os quilombolas e os sem-terra e sem-teto, em fim, todas as vítimas da voracidade de nosso sistema de acumulação.

    ? A guerra perpassa todo ato que contenha violência em seu cerne, logo, o minuto de silêncio é para tudo que contenha violência, incluindo, dessa forma, todos os tipos de guerra.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3345442
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                A bomba atômica e os jogos olímpicos


      No exato momento em que no dia 6 de agosto de 2016 às 20 horas se inaugurarão os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, há 71 anos, no mesmo dia 6 de agosto de 1945 e na mesma hora correspondendo às 8h15 da manhã, será recordada, em Hiroshima no Japão, a nefasta data do lançamento da bomba atômica sobre a cidade. Vitimou 242.437 pessoas entre as que morreram na hora e as que posteriormente vieram a falecer em consequência da radiação nuclear.

      O imperador Hirohito reconheceu, no texto de rendição no dia 14 de agosto, que se “tratava de uma arma que levaria à total extinção da civilização humana”. Dias após, ao aduzir, numa declaração ao povo, as razões da rendição, a principal delas era que a bomba atômica “provocaria a morte de todo o povo japonês”. Em sua sabedoria ancestral tinha razão.

      A humanidade estremeceu. De repente deu-se conta de que, segundo o cosmólogo Carl Sagan, criamos para nós próprios o princípio de autodestruição. Não disse outra coisa Jean-Paul Sartre: “os seres humanos se apropriaram dos instrumentos de sua própria exterminação”. O grande historiador inglês, Arnold Toynbee, o último a escrever 12 tomos sobre a história das civilizações, aterrado, deixou escrito em suas memórias (Experiências 1969): “Vivi para ver o fim da história humana tornar-se uma possibilidade intra-histórica, capaz de ser traduzida em fato, não por um ato de Deus mas do homem”. O grande naturalista francês Thódore Monod disse enfaticamente: “somos capazes de uma conduta insensata e demente; pode-se a partir de agora temer tudo, tudo mesmo, inclusive a aniquilação da raça humana” (E se a aventura humana vier a falhar, 2000).

      Com efeito, de pouco valeu o estarrecimento, pois continuaram a desenvolver armas nucleares mais potentes ainda, capazes de erradicar toda a vida do planeta e pôr um fim à espécie humana.

      Atualmente há nove países detentores de armas nucleares que, conjuntamente, somam mais ou menos 17.000. E sabemos que nenhuma segurança é total. Os desastres de Tree Islands nos USA, de Chernobyl na Ucrânia e de Fukushima no Japão nos dão uma amostra convincente.

      Pela primeira vez um Presidente norte-americano, Obama, visitou há dias, Hiroshima. Apenas lamentou o fato e disse: “a morte caiu do céu e o mundo mudou... começou o nosso despertar moral”. Mas não teve a coragem de pedir perdão ao povo japonês pelas cenas apocalípticas que lá ocorreram.

      Vigora uma vasta discussão mundial sobre como avaliar tal gesto bélico. Muitos pragmaticamente afirmam que foi a forma encontrada de levar o Japão à rendição e poupar milhares de vidas de ambos os lados. Outros consideram o uso desta arma letal, na versão oficial japonesa, como “um ato ilegal de hostilidade consoante as regras do direito internacional”. Outros vão mais longe e afirmam tratar-se de um “crime de guerra” e até de “um terrorismo de Estado”.

      Hoje estamos inclinados a dizer que foi um ato criminoso anti-vida, de nenhuma forma justificável, pois, pensando em termos ecológicos, a bomba matou muito mais do que pessoas, mas todas as formas de vida vegetal, animal e orgânica, além da destruição total dos bens culturais. Geralmente as guerras são feitas de exércitos contra exércitos, de aviões contra aviões, de navios contra navios. Aqui não. Tratou-se de uma “totaler Krieg” (guerra total) no estilo nazista de matar tudo o que se move, envenenar águas, poluir os ares e dizimar as bases físico-químicas que sustentam a vida. Porque Albert Einstein tinha consciência desta barbaridade se negou a participar no projeto da bomba atômica e a condenou, veementemente, junto com Bertrand Russel.

      Ao lado de outras ameaças letais que pesam sobre o sistema-vida e o sistema-Terra, este nuclear continua sendo uma dos mais amedrontadores, verdadeira espada de Dâmocles colocada sobre a cabeça da humanidade. Quem poderá conter a irracionalidade da Coréia do Norte de deslanchar um ataque nuclear avassaladora?

      Há uma proposta profundamente humanitária que nos vem de São Paulo, da Associação dos Sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki (chamados de hibakusha, presume-se que haja uns 118 no Brasil), animada pelo militante contra a energia nuclear Chico Whitaker que no dia 6 de agosto, no momento da abertura dos Jogos Olímpicos, faça-se um minuto de silêncio pensando nas vítimas de Hiroshima. Mas não só. Também voltando nossas mentes para a violência contra as mulheres, os refugiados, os negros e pobres que são sistematicamente dizimados (só no Brasil em 2015 60 mil jovens negros), os indígenas, os quilombolas e os sem-terra e sem-teto, em fim, todas as vítimas da voracidade de nosso sistema de acumulação.

      O prefeito de Hiroshima, nesse sentido, já encaminhou carta ao Comité Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro. Esperamos que ele se sensibilize e promova esse grito silencioso contra as guerras de todo tipo e pela paz entre todos os povos.

(Leonardo Boff. Disponível em: http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2016/ 06/11/a-bomba-atomica-e-os-jogos-olimpicos/.)

Assinale a alternativa em que o verbo sublinhado encontra-se em um tempo verbal DIFERENTE dos demais.

Alternativas
Comentários
  • C)“Os seres humanos se apropriaram dos instrumentos de sua própria exterminação”. (3º§)

    O verbo apropriar em destaque está conjugado na terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do modo indicativo, os demais verbos estão no tempo presente do modo indicativo.

    GABARITO. C

  • GABARITO: LETRA C

    A) ?Outros consideram o uso desta arma letal,...? (7º§) ? 3ª pessoa do plural do presente do indicativo.

    B) ?Hoje estamos inclinados a dizer que foi um ato criminoso anti-vida,...? (8º§) ? 1ª pessoa do plural do presente do indicativo.

    C) ?os seres humanos se apropriaram dos instrumentos de sua própria exterminação?. (3º§) ? 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do modo indicativo.

    D) ?... pragmaticamente afirmam que foi a forma encontrada de levar o Japão à rendição...? (7º§) ? 3ª pessoa do plural do presente do indicativo.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Vale o acréscimo.. Em muitas questões vc consegue acertar pelas terminações>

    Pretérito Mais-que-perfeito: Terminação (ARA)

    Pretérito imperfeito: Terminação (AVA)

    Futuro do presente: Terminação (EI)

    Futuro do pretérito: Terminação (IA)

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!


ID
3345445
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                A bomba atômica e os jogos olímpicos


      No exato momento em que no dia 6 de agosto de 2016 às 20 horas se inaugurarão os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, há 71 anos, no mesmo dia 6 de agosto de 1945 e na mesma hora correspondendo às 8h15 da manhã, será recordada, em Hiroshima no Japão, a nefasta data do lançamento da bomba atômica sobre a cidade. Vitimou 242.437 pessoas entre as que morreram na hora e as que posteriormente vieram a falecer em consequência da radiação nuclear.

      O imperador Hirohito reconheceu, no texto de rendição no dia 14 de agosto, que se “tratava de uma arma que levaria à total extinção da civilização humana”. Dias após, ao aduzir, numa declaração ao povo, as razões da rendição, a principal delas era que a bomba atômica “provocaria a morte de todo o povo japonês”. Em sua sabedoria ancestral tinha razão.

      A humanidade estremeceu. De repente deu-se conta de que, segundo o cosmólogo Carl Sagan, criamos para nós próprios o princípio de autodestruição. Não disse outra coisa Jean-Paul Sartre: “os seres humanos se apropriaram dos instrumentos de sua própria exterminação”. O grande historiador inglês, Arnold Toynbee, o último a escrever 12 tomos sobre a história das civilizações, aterrado, deixou escrito em suas memórias (Experiências 1969): “Vivi para ver o fim da história humana tornar-se uma possibilidade intra-histórica, capaz de ser traduzida em fato, não por um ato de Deus mas do homem”. O grande naturalista francês Thódore Monod disse enfaticamente: “somos capazes de uma conduta insensata e demente; pode-se a partir de agora temer tudo, tudo mesmo, inclusive a aniquilação da raça humana” (E se a aventura humana vier a falhar, 2000).

      Com efeito, de pouco valeu o estarrecimento, pois continuaram a desenvolver armas nucleares mais potentes ainda, capazes de erradicar toda a vida do planeta e pôr um fim à espécie humana.

      Atualmente há nove países detentores de armas nucleares que, conjuntamente, somam mais ou menos 17.000. E sabemos que nenhuma segurança é total. Os desastres de Tree Islands nos USA, de Chernobyl na Ucrânia e de Fukushima no Japão nos dão uma amostra convincente.

      Pela primeira vez um Presidente norte-americano, Obama, visitou há dias, Hiroshima. Apenas lamentou o fato e disse: “a morte caiu do céu e o mundo mudou... começou o nosso despertar moral”. Mas não teve a coragem de pedir perdão ao povo japonês pelas cenas apocalípticas que lá ocorreram.

      Vigora uma vasta discussão mundial sobre como avaliar tal gesto bélico. Muitos pragmaticamente afirmam que foi a forma encontrada de levar o Japão à rendição e poupar milhares de vidas de ambos os lados. Outros consideram o uso desta arma letal, na versão oficial japonesa, como “um ato ilegal de hostilidade consoante as regras do direito internacional”. Outros vão mais longe e afirmam tratar-se de um “crime de guerra” e até de “um terrorismo de Estado”.

      Hoje estamos inclinados a dizer que foi um ato criminoso anti-vida, de nenhuma forma justificável, pois, pensando em termos ecológicos, a bomba matou muito mais do que pessoas, mas todas as formas de vida vegetal, animal e orgânica, além da destruição total dos bens culturais. Geralmente as guerras são feitas de exércitos contra exércitos, de aviões contra aviões, de navios contra navios. Aqui não. Tratou-se de uma “totaler Krieg” (guerra total) no estilo nazista de matar tudo o que se move, envenenar águas, poluir os ares e dizimar as bases físico-químicas que sustentam a vida. Porque Albert Einstein tinha consciência desta barbaridade se negou a participar no projeto da bomba atômica e a condenou, veementemente, junto com Bertrand Russel.

      Ao lado de outras ameaças letais que pesam sobre o sistema-vida e o sistema-Terra, este nuclear continua sendo uma dos mais amedrontadores, verdadeira espada de Dâmocles colocada sobre a cabeça da humanidade. Quem poderá conter a irracionalidade da Coréia do Norte de deslanchar um ataque nuclear avassaladora?

      Há uma proposta profundamente humanitária que nos vem de São Paulo, da Associação dos Sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki (chamados de hibakusha, presume-se que haja uns 118 no Brasil), animada pelo militante contra a energia nuclear Chico Whitaker que no dia 6 de agosto, no momento da abertura dos Jogos Olímpicos, faça-se um minuto de silêncio pensando nas vítimas de Hiroshima. Mas não só. Também voltando nossas mentes para a violência contra as mulheres, os refugiados, os negros e pobres que são sistematicamente dizimados (só no Brasil em 2015 60 mil jovens negros), os indígenas, os quilombolas e os sem-terra e sem-teto, em fim, todas as vítimas da voracidade de nosso sistema de acumulação.

      O prefeito de Hiroshima, nesse sentido, já encaminhou carta ao Comité Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro. Esperamos que ele se sensibilize e promova esse grito silencioso contra as guerras de todo tipo e pela paz entre todos os povos.

(Leonardo Boff. Disponível em: http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2016/ 06/11/a-bomba-atomica-e-os-jogos-olimpicos/.)

Em “Hoje estamos inclinados a dizer que foi um ato criminoso anti-vida, de nenhuma forma justificável, pois, pensando em termos ecológicos, a bomba matou muito mais do que pessoas, mas todas as formas de vida vegetal, animal e orgânica, além da destruição total dos bens culturais.” (8º§) É correto afirmar que os trechos sublinhados trazem ao fragmento a ideia de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ?  ?Hoje estamos inclinados a dizer que foi um ato criminoso anti-vida, de nenhuma forma justificável, pois, pensando em termos ecológicos, a bomba matou muito mais do que pessoas, mas todas as formas de vida vegetal, animal e orgânica, além da destruição total dos bens culturais.? (8º§)

    ? Colocaram a conjunção coordenativa explicativa "pois" entre pontuação para tentar enganar o candidato e fazê-lo marcar "conclusão", mas está expressando uma justificativa e a segunda vírgula é devido a uma oração intercalada; "além de" expressa uma matiz semântica de adição de ideia, acréscimo.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Macetão -> Pois antes de verbo -> Explicativo.

    Pois depois do verbo -> Conclusivo.

    Macetinho -> Antes você explica para depois Concluir.

  • é o famoso - pavê "pois antes de verbo explica"


ID
3345448
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                A bomba atômica e os jogos olímpicos


      No exato momento em que no dia 6 de agosto de 2016 às 20 horas se inaugurarão os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, há 71 anos, no mesmo dia 6 de agosto de 1945 e na mesma hora correspondendo às 8h15 da manhã, será recordada, em Hiroshima no Japão, a nefasta data do lançamento da bomba atômica sobre a cidade. Vitimou 242.437 pessoas entre as que morreram na hora e as que posteriormente vieram a falecer em consequência da radiação nuclear.

      O imperador Hirohito reconheceu, no texto de rendição no dia 14 de agosto, que se “tratava de uma arma que levaria à total extinção da civilização humana”. Dias após, ao aduzir, numa declaração ao povo, as razões da rendição, a principal delas era que a bomba atômica “provocaria a morte de todo o povo japonês”. Em sua sabedoria ancestral tinha razão.

      A humanidade estremeceu. De repente deu-se conta de que, segundo o cosmólogo Carl Sagan, criamos para nós próprios o princípio de autodestruição. Não disse outra coisa Jean-Paul Sartre: “os seres humanos se apropriaram dos instrumentos de sua própria exterminação”. O grande historiador inglês, Arnold Toynbee, o último a escrever 12 tomos sobre a história das civilizações, aterrado, deixou escrito em suas memórias (Experiências 1969): “Vivi para ver o fim da história humana tornar-se uma possibilidade intra-histórica, capaz de ser traduzida em fato, não por um ato de Deus mas do homem”. O grande naturalista francês Thódore Monod disse enfaticamente: “somos capazes de uma conduta insensata e demente; pode-se a partir de agora temer tudo, tudo mesmo, inclusive a aniquilação da raça humana” (E se a aventura humana vier a falhar, 2000).

      Com efeito, de pouco valeu o estarrecimento, pois continuaram a desenvolver armas nucleares mais potentes ainda, capazes de erradicar toda a vida do planeta e pôr um fim à espécie humana.

      Atualmente há nove países detentores de armas nucleares que, conjuntamente, somam mais ou menos 17.000. E sabemos que nenhuma segurança é total. Os desastres de Tree Islands nos USA, de Chernobyl na Ucrânia e de Fukushima no Japão nos dão uma amostra convincente.

      Pela primeira vez um Presidente norte-americano, Obama, visitou há dias, Hiroshima. Apenas lamentou o fato e disse: “a morte caiu do céu e o mundo mudou... começou o nosso despertar moral”. Mas não teve a coragem de pedir perdão ao povo japonês pelas cenas apocalípticas que lá ocorreram.

      Vigora uma vasta discussão mundial sobre como avaliar tal gesto bélico. Muitos pragmaticamente afirmam que foi a forma encontrada de levar o Japão à rendição e poupar milhares de vidas de ambos os lados. Outros consideram o uso desta arma letal, na versão oficial japonesa, como “um ato ilegal de hostilidade consoante as regras do direito internacional”. Outros vão mais longe e afirmam tratar-se de um “crime de guerra” e até de “um terrorismo de Estado”.

      Hoje estamos inclinados a dizer que foi um ato criminoso anti-vida, de nenhuma forma justificável, pois, pensando em termos ecológicos, a bomba matou muito mais do que pessoas, mas todas as formas de vida vegetal, animal e orgânica, além da destruição total dos bens culturais. Geralmente as guerras são feitas de exércitos contra exércitos, de aviões contra aviões, de navios contra navios. Aqui não. Tratou-se de uma “totaler Krieg” (guerra total) no estilo nazista de matar tudo o que se move, envenenar águas, poluir os ares e dizimar as bases físico-químicas que sustentam a vida. Porque Albert Einstein tinha consciência desta barbaridade se negou a participar no projeto da bomba atômica e a condenou, veementemente, junto com Bertrand Russel.

      Ao lado de outras ameaças letais que pesam sobre o sistema-vida e o sistema-Terra, este nuclear continua sendo uma dos mais amedrontadores, verdadeira espada de Dâmocles colocada sobre a cabeça da humanidade. Quem poderá conter a irracionalidade da Coréia do Norte de deslanchar um ataque nuclear avassaladora?

      Há uma proposta profundamente humanitária que nos vem de São Paulo, da Associação dos Sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki (chamados de hibakusha, presume-se que haja uns 118 no Brasil), animada pelo militante contra a energia nuclear Chico Whitaker que no dia 6 de agosto, no momento da abertura dos Jogos Olímpicos, faça-se um minuto de silêncio pensando nas vítimas de Hiroshima. Mas não só. Também voltando nossas mentes para a violência contra as mulheres, os refugiados, os negros e pobres que são sistematicamente dizimados (só no Brasil em 2015 60 mil jovens negros), os indígenas, os quilombolas e os sem-terra e sem-teto, em fim, todas as vítimas da voracidade de nosso sistema de acumulação.

      O prefeito de Hiroshima, nesse sentido, já encaminhou carta ao Comité Organizador dos Jogos no Rio de Janeiro. Esperamos que ele se sensibilize e promova esse grito silencioso contra as guerras de todo tipo e pela paz entre todos os povos.

(Leonardo Boff. Disponível em: http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2016/ 06/11/a-bomba-atomica-e-os-jogos-olimpicos/.)

Com efeito, de pouco valeu o estarrecimento, pois continuaram a desenvolver armas nucleares mais potentes ainda, capazes de erradicar toda a vida do planeta e pôr um fim à espécie humana.” (4º§) Sobre o fragmento anterior, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    A) Ao substituir o trecho ?espécie humana? por ?planeta Terra? deve-se substituir ?à? por ?o? incorreto, o correto seria "ao" plante Terra.

    B) ?Pôr? é gramaticalmente classificado como preposição enquanto ?mais? trata-se de um advérbio ? incorreto, "pôr" é verbo e não preposição.

    C) Em ?a desenvolver? e em ?toda a vida?, o termo ?a? em ambos os casos classifica-se como preposição ? incorreto, o segundo "a" é um artigo definido que acompanha o substantivo feminino "vida".

    D) ?pois continuaram a desenvolver armas nucleares mais potentes ainda,? trata-se de uma explicação do trecho ?pouco valeu o estarrecimento? ? correto, o papel de explicação é feito pela conjunção coordenativa explicativa "pois".

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  • Só acrescentando..

    Por = Preposição

    Pôr= Verbo

    Vamos por ali, querida!

    Vi larápio pôr a mão no seu bolso;

    Em relação ao Pois cumpre lembrar: 'Pois, quando conjunção conclusiva, vem sempre posposto a um termo da oração a que pertence: 

      Para ali estavam, pois, horas sem conto, esperando, inutilmente, ludibriarem-se a si próprios.(Fernando Namora, Cidade Solitária)

     Por outro lado, quando no meio da frase, este vocábulo deve ser sempre colocado entre vírgulas; se for para o final da frase, a vírgula deve precedê-lo.'

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • A) à= a(prep)+a(art)....ao B)pôr= verbo por=preposição c) primeiro A preposição, segundo A artigo
  • * Usa-se o artigo depois do pronome indefinido "todo" para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo) o pronome assume a noção de qualquer:

    - Toda a classe parabenizou Professor. (a sala toda)

    - Toda classe possui alunos interessados e desinteressados.(qualquer classe)

  • POR=PREPOSIÇÃO PÔR=VERBO

ID
3345451
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma empresa utiliza caminhões para o transporte de seus produtos. Mensalmente, os 6 caminhões da empresa transportam 36.000 produtos num período de 20 dias. Em razão do aumento das vendas, a empresa decidiu aumentar o número de dias de transporte mensal para 25 dias e comprar certa quantidade de caminhões, os quais são de novos modelos podendo transportar 20% a mais de produtos. Após essas mudanças, o número de cargas mensais transportadas aumentou para 63.000. Sabendo que a empresa continuou utilizando os caminhões antigos unidos aos novos, então o número de caminhões novos comprados foi igual a:

Alternativas
Comentários
  • 1º dividi o número total de de produtos pela quantidade de dias;

    36000/20 = 1800 produtos/dia

    2º dividir a quantidade de produtos/dia pelo total de caminhões, para saber a eficiência de cada um:

    1800/6 = 300 produtos/caminhão.

    3º fiz a regra de três para encontrar a quantidade de caminhões que seriam necessário para o transporte da nova quantidade de produtos:

    C Prod. Dias

    6 36.000 20

    x 63.000 25

    X * 36 * 20 = 6* 63* 25

    X = 13

    Para fazer a entrega da nova quantidade seriam necessários 13 caminhões.

    4º Como os novos caminhões trabalham com a eficiência de 20% a mais que os antigos, calculei:

    300 * 0,2= 60, logo a 360 de eficiência. Em 5 dias, os 20% a mais corresponde a 1 caminhão 60*5 = 300. Sendo assim, em 25 dias é com se houvesse 5 caminhões a mais.

    Por fim, 13 caminhões (3º passo), menos 5 caminhões (4º passo) e menos os 6 caminhões já existentes, necessita comprar apenas de 2 caminhões.

    13 - (6+5) = 2


ID
3345454
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um triângulo tem seus vértices no plano cartesiano nos pontos: A(20, –5), B(15, 15) e C(–5, 2). A área desse triângulo é:

Alternativas
Comentários
  • fazendo a matriz com as coordenadas achará, -75-75+40-355= -465, sendo que a area do tringulo na geo analitica é a metade do modulo da matriz. ficando assim |-465|/2= 465/2= 232,5 GABA B

  • https://www.youtube.com/watch?v=J2qRFhDjOPo

    Esse vídeo explica direitinho como calcular a área do triângulo usando a geometria analítica.


ID
3345457
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Observe a sequência formada pelas letras a seguir:

C, F, I, L, . . .


O oitavo termo desta sequência é:

Alternativas
Comentários
  • A sequencia informada, pula duas letras do alfabeto, considerando que a questão quer saber o 8° Termo, ficaria assim:

    1°. C | D, E | 2°. F | G, H | 3°. I | J, K | 4°. L | M, N | 5°. O | P, Q | 6°. R | S, T | 7°. U | V, W | 8°. X.

    Resposta: D


ID
3345460
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Uma escola com 250 alunos possui dois cursos técnicos: informática e eletrônica. Esses cursos têm a duração de 2 anos, sendo permitido ao aluno fazer os dois cursos ao mesmo tempo, desde que esteja no mesmo ano nos dois cursos. Sabendo que:


o curso de informática possui 180 alunos;

o curso de eletrônica possui 175 alunos; e,

existe um total de 100 alunos no 2º ano, sendo que 50 fazem curso de eletrônica e 70 fazem informática.


O número de alunos que estão no 1º ano cursando eletrônica e informática é:

Alternativas
Comentários
  • 1° passo: encontrar a intersecção de alunos que fazem informática e eletrônica no 2 ano.

    100=70-x+x+50-x

    100=70+50-x

    100=120-x

    X=120-100

    X=20

    Ou seja, 20 alunos estudam informática e eletrônica e estão no 2 ano.

    Se o total de alunos que estudam eletrônica é de 175 e se no 2 ano tem 50 alunos, então fica 125 alunos de eletrônica para o 1 ano.

    Se o total de alunos que estudam informática é de 180 e se 70 estão no 2 ano, então fica 110 alunos de informática para o 1 ano.

    2° passo: achar a intersecção de alunos que estudam informática e eletrônica no 1 ano.

    150=110-x+x+125-x

    150=110+125-x

    X=235-150

    X=85

  • É SIMPLES, FAZ A SUBTRAÇÃO DE "180-70" QUE SÃO OS DE INFORMATICA E "175-50" QUE SÃO DE ELETRONICA, A INTERSECÇÃO SEMPRE SERÁ 100, DEPOIS É SOMAR OS VALORES E SUBTRAIR O VALOR POR 250.

  • 180 + 175 = 355.

    355 - 250 = 105.

    No segundo ano tem 100. Porém, 50 + 70 = 120, ou seja, passam 20.

    105 - 20 = 85

    Não sei como cheguei nessa conta kkk mas deu certo.


ID
3345463
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Leonardo está estudando para sua prova de recuperação final e decidiu assistir aos vídeos indicados pelo seu professor. Ele observou que cada vídeo, pela ordem crescente de duração, possui 2 minutos a mais que o anterior. Sabendo que a soma das durações do vídeo mais curto com o vídeo mais longo é de 80 minutos e que o total de duração de todos os vídeos é 26 horas, então a duração do décimo vídeo mais longo é:

Alternativas
Comentários
  • Essa questão está correta? Não consigo pensar em como achar a resposta..

  • Tá correta, Ygor.

    Dados da questão:

    r = 2 min

    a1 + an = 80 min (a1 é o primeiro vídeo, portanto, o mais curto. E an é o último vídeo, portanto, o mais longo)

    Sn = 26h = 26*60 = 1560 min

    Resolução:

    Aplicando a fórmula da Soma dos n Primeiros Termos da PA para encontrar o n:

    Sn = n*( a1 + an)/2

    n = 2Sn/(a1 + an)

    n = 2*1560/80

    n = 39 (podemos dizer que a PA tem 39 termos ou 39 vídeos)

    Portanto,

    a39 = a1 + 38r

    a39 = a1 + 38*2

    1) a39 = a1 + 76

    2) a1 + a39 = 80

    Substituindo 1 em 2:

    a1 + a1 + 76 = 80

    2a1 = 80-76

    a1=4/2

    a1 = 2

    A questão pede a duração do décimo vídeo mais longo. Sabendo que o trigésimo nono vídeo é o mais longo, podemos dizer que o trigésimo vídeo é o décimo mais longo. Portanto, a questão pede o a30.

    Aplicando a fórmula do Termo Geral da PA, temos:

    a30 = a1+29r

    a30 = 2 + 29*2

    a30 = 60

    O décimo vídeo mais longo tem duração de 60 minutos.

  • Excelente questão. Muita interpretação e atenção.

    O trecho " então a duração do décimo vídeo mais longo...", sem dúvida, fez uma diferença enorme.

  • Que questão do cão, você se distrai fazendo um monte de contas e não se liga que o decimo longo é o a30, o a10 seria o decimo mais curto :/.

  • Fui seco achando o A10

ID
3345466
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

A energia hidroelétrica é a principal fonte de energia utilizada para produzir eletricidade no país. Atualmente 90% da energia elétrica consumida no país advêm de usinas hidrelétricas. Das usinas a seguir qual apresenta a maior capacidade MW?

Alternativas
Comentários
  • Letra A

  • -->A usina de Itaipu é a 2 maior do mundo.

    -->A usina de Belo Monte é a 3 maior do mundo.

    -->A usina de Tucuruí é a 5 maior do mundo.

    Obs: A MAIOR USINA 100% Brasileira é a Tocantins - Araguaia, ele se localiza 100% no Brasil, o que a difere das outras, que por ver, tem partes em outros países.

    --------------------------------------------------------------------

    Instagram : @thiagoborges0101 

    ¨Uma mente que se expande jamais voltará ao seu tamanho original¨


ID
3345469
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

No Brasil, a educação está amparada pela Lei de Diretrizes e Bases – 1996. Pode-se afirmar que a educação básica compreende:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Segundo a LDB (9394/96):

    ? Art. 21. A educação escolar compõe-se de:

    I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;

    II - educação superior.

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ID
3345472
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“Apenas nas três primeiras semanas deste ano, a quantidade de casos prováveis de dengue alcançou 73.872 notificações no país. O número representa um crescimento de 48% em relação ao mesmo período do ano passado quando havia 49.857.”

(Cancian, Natália. Folha de São Paulo, 2016.)


São explicações plausíveis para o aumento dos casos de dengue, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Letra B


ID
3345475
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

“Dados do IBGE e do Fundo Monetário Internacional mostram que o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 24,6% na comparação com 2014 quando convertido na moeda norte-americana. Levando-se em conta as estimativas do Fundo para o valor do PIB de 189 países, o Brasil foi ultrapassado pela Índia e Itália.”

(Nakagaw, Fernando. Revista Exame, 2016.)


Diante disso, o Brasil passa a ocupar a posição de:

Alternativas
Comentários
  • Deus abençoe o Brasil!!! gab a

  • GABARITO A

    Em nono lugar com o maior Produto Interno Bruto () em dólares, o país deverá cair para a 12ª posição ainda neste ano, segundo dados do Fundo Monetário Internacional () compilados pelos pesquisadores Cláudio Considera e Marcel Balassiano, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre-FGV).

    https://exame.com/economia/brasil-esta-prestes-a-deixar-grupo-das-10-maiores-economias-do-mundo/


ID
3345478
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

“Apenas, 30,4% das cidades brasileiras fazem licenciamento ambiental para as obras que impactam a natureza. De acordo com o IBGE essa pequena porcentagem (1.696 de um total de 5.570 municípios) é ainda mais irrisória no caso de cidades com menor densidade populacional.”

(Nathional Geographic, 2016.)


Com base nessas informações, analise as afirmativas a seguir.

I. A maioria dos municípios não traça licenciamentos ambientais para as obras que afetam de alguma forma a natureza.

II. Ações como a implantação da Agenda 21 local (instituída durante o encontro mundial de líderes Rio + 20) trazem um acúmulo de debates e criam a noção de continuidade nas políticas públicas.

III. É preciso mudar a cultura dos prefeitos das cidades brasileiras, frente à falta de continuidade nas políticas públicas atuais.


Em relação à explicação da falta de licenciamento ambiental para as obras que impactam a natureza nas cidades brasileiras, estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Deus abençoe o Brasil!!! gab a


ID
3349813
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A radioproteção é baseada em três pilares fundamentais, a saber: tempo, distância e barreira. Assim, quanto maior a distância, menor a dose de radiação recebida. A respeito do comportamento da radiação de uma fonte puntiforme em função da distância, é correto afirmar que: 

Alternativas

ID
3349816
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Todos os profissionais das técnicas radiológicas estão sujeitos a exposições ocupacionais, as quais devem ser monitoradas através de dosímetro individual. Considerando a Portaria Federal nº 453, de 1º de junho de 1998, que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico, sobre as exposições ocupacionais, é correto afirmar que

Alternativas

ID
3349819
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Em alguns procedimentos radiológicos, e de acordo com o estado geral do paciente, se faz necessária a presença de acompanhante durante o exame, o que expõe este indivíduo à radiação. Esta exposição não pode ser arbitrária e deve seguir as diretrizes de proteção radiológica. Sobre a presença de acompanhantes durante os procedimentos radiológicos, assinale a afirmativa correta. 

Alternativas

ID
3349822
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Incidências padrão ou básica, por vezes chamadas de rotina, são aquelas comumente realizadas em pacientes médios que podem cooperar na realização do procedimento. São consideradas incidências básicas em radiografias de tórax:

Alternativas

ID
3349828
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Uma processadora automática de filme é basicamente constituída por um conjunto de tanques sequenciais de processamento, através dos quais as películas são transportadas, por meio de 4 conjuntos de rolos, chamados Racks, um para cada tanque. Os quatro racks correspondem às quatro fases de processamento do filme radiográfico que, na ordem de entrada do filme, são:

Alternativas

ID
3349831
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A realização de exames radiológicos com equipamentos móveis em leitos hospitalares ou ambientes coletivos de internação é permitida pela Porta MS 453. Para realização destes exames devem ser adotadas medidas de proteção radiológica. Assinale a alternativa que contém uma dessas medidas.

Alternativas

ID
3349834
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

O código de ética dos profissionais das técnicas radiológicas, publicado pela Resolução CONTER nº 15, de 12 de dezembro de 2011, enuncia os fundamentos éticos e as condutas necessárias à boa e honesta prática da profissão. Segundo este código de ética, das responsabilidades profissionais, é correto afirmar que o tecnólogo, técnico e auxiliar em radiologia devem:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    Bom, simplesmente as outras não são de competência/atribuição do técnico em radiologia.

  • No desempenho de suas funções profissionais, somente executar técnicas radiológicas, radioterápicas, nuclear e industrial, mediante requisição.

    Discordo com o gabarito, pois o somente deixa a questão errada acho que caberia anulação, conforme, o artigo 1° a questão está incompleta.

    ART.1°: .... o exercício da profissão de técnico em radiologia ...

    I- Radiológica, no setor de diagnóstico;

    II- Radioterápica, no setor de de terapia;

    III- RADIOISOTÓPICA, NO SETOR DE RADIOISÓTOPOS;

    IV- industrial, no setor industrial;

    V- de medicina nuclear.

    OBS.:


ID
3349837
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Simonésia - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Para cada imagem obtida, o profissional das técnicas radiológicas deve selecionar parâmetros no painel de controle do equipamento de imagem. As seleções dos parâmetros adequados dependem de muitos fatores do exame a ser realizado. Esses fatores, denominados fatores de exposição, são: kilovoltagem (kV), miliamperagem (mA) e o tempo de exposição (ms). Assinale a alternativa que descreve corretamente esses fatores.

Alternativas