- ID
- 2157487
- Banca
- INSTITUTO AOCP
- Órgão
- EBSERH
- Ano
- 2015
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Sedentarismo é a maior causa de problemas de saúde no
Brasil
Da EFE - 23/12/2014
São Paulo - Após uma semana de divulgação da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS) 2013, organizada pelo IBGE,
especialistas afirmam que os dados mais preocupantes são
reflexos de um mal que é cada vez mais comum entre os
brasileiros: o sedentarismo.
“O que mais chama a atenção nesse estudo é o baixo
índice da prática de exercícios físicos pelo brasileiro. São
inúmeras as justificativas para não fazer atividade física”,
comentou o médico esportivo Gustavo Magliocca.
“Há um risco iminente para a saúde pública, uma vez que
a falta de atividades físicas agrava o cenário de doenças
crônicas e cardiovasculares no país. Essa realidade é
alarmante”, avaliou.
Segundo a PNS, as doenças crônicas - associadas ao
excesso de peso, ao baixo consumo de verduras e frutas e
ao sedentarismo - respondem por mais de 70% das causas
de morte no Brasil.
Em relação ao estilo de vida, o relatório teve o objetivo
de captar a intensidade e a duração média da realização de
exercícios físicos ou esportes em pessoas com mais de 18
anos, dividindo a prática em lazer, trabalho, deslocamento
e atividades domésticas.
Com isso, dois grupos foram identificados: um de pessoas
ativas, que praticam mais de 150 minutos de exercícios por
semana, e o outro de pessoas insuficientemente ativas, que
praticam menos do que isso.
A proporção de adultos insuficientemente ativos foi
de 46% da amostra, e os ativos se dividiram em 22,5% de
pessoas que praticam atividades no lazer, 14% no trabalho,
31,9% no deslocamento e 12,1% nas atividades domésticas.
De acordo com Magliocca, a pesquisa reforça a
necessidade da prática de atividade física, que deve ser
estimulada por políticas públicas.
“O governo tem que incentivar a prática de atividade
física por meio de ações que estimulem a população,
começando pelas crianças nas escolas, onde, por exemplo,
a disciplina de educação física já não é mais obrigatória em
alguns estados.”
Para ele, o sedentarismo começa na infância e é uma
questão cultural.
“Temos que mudar alguns paradigmas, senão esses
dados só irão justificar o aumento das doenças crônicas
daqui a dez anos”.
Como solução, o médico é enfático em propor atividades
simples, como dar 10 mil passos por dia.
“As pessoas precisam entender que se elas derem 10 mil
passos por dia, elas deixam de ser sedentárias. Se ficassem
mais ativas no trabalho ou optassem por uma caminhada em
família, ajudaria muito a sair dessa condição”, recomendou.
Ele também associa o desinteresse do brasileiro pela
atividade física à falta de ambientes públicos próprios ou
adaptados para a prática de exercícios, o que seria uma
função de parques e praças.
Outro ponto importante para a melhora do estilo de vida
do brasileiro é a questão alimentar.
Para a nutricionista Desiree Coelho, a pesquisa não
registrou muitas novidades sobre o comportamento
nutricional da população, e o sedentarismo e a falta de
informação sobre hábitos saudáveis se destacaram como
os pilares para a mudança de hábitos.
“Em um país com oferta de grande variedade de frutas,
há um consumo muito baixo desses alimentos; e ainda há
o desconhecimento do brasileiro em relação a sua própria
saúde”, avaliou Desiree.
Segundo a especialista, a grande urgência é tratar o
sedentarismo e buscar uma alimentação equilibrada.
“É preciso atrair a atenção das pessoas para esses
temas, que podem impactar a expectativa de vida da
população e a mudança para uma vida mais saudável e
ativa”, concluiu.
Fonte: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/sedentarismo-e-a
-maior-causa-de-problemas-de-saude-no-brasil
De acordo com o texto, é possível inferir que o
“sedentarismo”