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a) A taxa de excreção de uma droga pode ser mensurada pela equação da Lei de Fick, que leva em consideração a área a ser atravessada, o gradiente que a droga deve percorrer e a polaridade da droga.
A Lei de Fick, em farmacologia, rege o fluxo de difusão passiva de compostos iônicos através das membranas de acordo com a concentração dos meios intra e extra celulares. Esse cálculo em sua grande maioria é utilizado para taxas de absorção, porém também podem se aplicar a taxas de excreção visto que para tal também é necessário atravessar membranas. Velocidade do processo de difusão = (C1 – C2) x A x Pk
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b) A taxa de excreção de ácidos e bases fortes representa um caso especial e, por isso, pode ser calculada aplicando-se a fórmula de Hendersen-Hasselbach na urina formada a partir da filtragem glomerular.
A fórmula de Hendersen-Hasselbach é utilizada para fármacos ácidos e bases fracas. Mesmo porquê o organismo humano não resiste aos ácidos e bases fortes.
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c) A alteração no pH pode influenciar a taxa de excreção de muitas drogas, sobretudo de aminas quaternárias.
A alteração no pH de fato influencia na taxa de excreção de muitas drogas, porém é necessário saber qual foi a alteração realizada para saber qual classe de fármaco será influenciada. No caso das aminas quaternárias, sua excreção será influenciada pela �acidificação urinária, que acarreta na ionização das aminas e assim evita sua reabsorção.
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d) O órgão que responde pela maior taxa de excreção é o fígado, pela produção de CYPs, enzimas do citocromo P450.
O fígado responde pela maior taxa de metabolização
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e) Para que uma droga seja mais facilmente excretada do organismo, ela deve tornar-se menos polar.
A metabolização tem a função de tornar a droga mais polar para diminuir sua toxicididade e facilitar sua excreção.
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A justificativa apresentada pela Gabi para a letra C não está correta.. Na verdade o erro dessa questão tem como base a seguinte justificativa: Diferente das aminas primárias, secundárias e terciárias que apresentam um par de elétrons não compartilhados podendo ligar-se a um próton, as aminas quaternárias são permanentemente protonadas e não tem elétrons não compartilhados para se ligar a um protón. Tendo isso em vista, as aminas primárias, secundárias e terciárias podem sofrer protonação reversível e variar a sua solubilidade lipídica com o pH, porém as aminas quaternárias não. Logo, elas sempre estarão na forma carregada e serão pobremente lipossolúveis.
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Acredito que a questão não deva ser resolvida dessa forma pelo termo "acidentalmente". No caso houve erro na execução (aberratio ictus) com unidade complexa. O agente, dessa forma, deveria responder por um homicídio doloso e um culposo, em concurso formal.
Diferente seria se ele também tivesse dolo em relação ao filho de Benedito, pois aí sim haveria concurso formal impróprio decorrente de desígnios autônomos e poderia haver soma das penas por homicídio doloso. O gabarito, na forma como a questão foi redigida, deveria ser "A", na minha opinião.
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Acredito que a questão não deva ser resolvida dessa forma pelo termo "acidentalmente". No caso houve erro na execução (aberratio ictus) com unidade complexa. O agente, dessa forma, deveria responder por um homicídio doloso e um culposo, em concurso formal.
Diferente seria se ele também tivesse dolo em relação ao filho de Benedito, pois aí sim haveria concurso formal impróprio decorrente de desígnios autônomos e poderia haver soma das penas por homicídio doloso. O gabarito, na forma como a questão foi redigida, deveria ser "A", na minha opinião.
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Acredito que a questão não deva ser resolvida dessa forma pelo termo "acidentalmente". No caso houve erro na execução (aberratio ictus) com unidade complexa. O agente, dessa forma, deveria responder por um homicídio doloso e um culposo, em concurso formal.
Diferente seria se ele também tivesse dolo em relação ao filho de Benedito, pois aí sim haveria concurso formal impróprio decorrente de desígnios autônomos e poderia haver soma das penas por homicídio doloso. O gabarito, na forma como a questão foi redigida, deveria ser "A", na minha opinião.
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Muito interessante a sua explicação. De fato, parece que o raciocínio da banca foi nesse sentido. A questão inverteu a ordem em que as condutas da aberratio ictus de resultado complexo aparecem no art. 73 do CP, no sentido de que fosse atingida a vítima pretendida antes da vítima acidental, e não o contrário. De qualquer forma a regra do art. 73 se aplica, seja a vítima acidental atingida antes ou depois da vítima pretendida. Nunca havia pensado nisso antes!
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Muito interessante a sua explicação. De fato, parece que o raciocínio da banca foi nesse sentido. A questão inverteu a ordem em que as condutas da aberratio ictus de resultado complexo aparecem no art. 73 do CP, no sentido de que fosse atingida a vítima pretendida antes da vítima acidental, e não o contrário. De qualquer forma a regra do art. 73 se aplica, seja a vítima acidental atingida antes ou depois da vítima pretendida. Nunca havia pensado nisso antes!
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Fez um "malabarismo jurídico" pra justificar a alternativa da banca. Não há que se falar em erro, pois foi atingida a pessoa pretendida em primeiro plano. No caso eu "bato o pé" no gab A, e que a banca está errada.