TEXTO 1
Saúde, sociedade e qualidade de vida
1. Saúde é um direito humano fundamental, reconhecido
por todos os foros mundiais e em todas as sociedades.
Como tal, se encontra em pé de igualdade com outros
direitos garantidos pela Declaração dos Direitos Humanos,
de 1948: liberdade, alimentação, educação, segurança,
nacionalidade etc.
2. A saúde é amplamente reconhecida como o maior
recurso para o desenvolvimento social, econômico e
pessoal, e como uma importante dimensão da qualidade de
vida. Saúde e qualidade de vida são, assim, dois temas corelacionados, aspecto com o qual pesquisadores e
cientistas concordam. A saúde contribui para a qualidade
de vida, e esta é fundamental para a saúde.
3. A Carta de Ottawa – um dos documentos mais
importantes que se produziram no cenário mundial sobre o
tema da saúde e da qualidade de vida – afirma que são
recursos indispensáveis para se ter saúde: paz, renda,
habitação, educação, alimentação adequada, ambiente
saudável, recursos sustentáveis, equidade, justiça social.
Isto implica o entendimento de que a saúde não é nem uma
conquista, nem uma responsabilidade exclusiva do setor
saúde. É o resultado de um conjunto de fatores sociais,
econômicos, políticos e culturais, coletivos e individuais,
que se combinam, daí resultando sociedades mais ou
menos saudáveis.
4. Na maior parte do tempo de suas vidas, a maioria das
pessoas é saudável. Isto significa que, na maior parte do
tempo, a maioria das pessoas não necessita de hospitais,
ou de complexos procedimentos médicos ou terapêuticos.
Mas durante toda a vida, todas as pessoas necessitam de
água e ar puros, ambiente saudável, alimentação
adequada, situações social, econômica e cultural
favoráveis, prevenção de problemas de saúde, educação e
informação. Isto quer dizer que fatores políticos,
econômicos, sociais, culturais, ambientais,
comportamentais e biológicos podem tanto favorecer, como
prejudicar a saúde.
5. Para se melhorar realmente as condições de saúde de
uma população, são necessárias mudanças profundas dos
padrões econômicos no interior destas sociedades e
intensificação de políticas sociais, eminentemente políticas
públicas. Para que uma sociedade conquiste saúde para
seus membros, são necessárias uma verdadeira ação intersetorial e políticas públicas saudáveis, isto é,
comprometidas com a qualidade de vida e a saúde da
população.
6. Além destes elementos estruturais, que dependem da
decisão e da ação dos indivíduos, a saúde também é
decorrência de fatores comportamentais. Isto é, as pessoas
desenvolvem padrões alimentares, de atividade física, de
maior ou menor estresse na vida quotidiana, entre outros,
que também têm grande influência sobre a saúde. Se cada
pessoa se preocupar em desenvolver um padrão
comportamental favorável à sua saúde e lutar para que as
condições sociais e econômicas sejam favoráveis à
qualidade de vida e à saúde de todos, certamente estará
dando uma poderosa contribuição para que tenhamos uma
população mais saudável, com vida mais longa e
prazerosa.
(Paulo M. Buss. Folha de S. Paulo).
A observância às normas da concordância verbal, em
geral, é tida como indício do “bem-falar” e goza, por
isso, de grande prestígio social. Sob esse prisma,
analise os enunciados abaixo.
1) Se cada pessoa, entre aquelas bem informadas,
procurassem adotar um padrão comportamental
favorável à sua saúde, daria, com certeza, uma
contribuição para que tivéssemos uma população
mais saudável.
2) Para se melhorar realmente as condições de
saúde de uma população, é necessário adotar
mudanças profundas dos padrões econômicos no
interior destas sociedades.
3) Na maior parte do tempo de suas vidas, a maioria
das pessoas são saudáveis.
4) Sempre houveram padrões alimentares, ou de
atividade física que tiveram grande influência
sobre a saúde da comunidade. Os cientistas tem
razão quando afirmam isso.
5) Nenhum dos pesquisadores ou cientistas
discordam de que a sáude é uma questão intersetorial.
Estão corretas: