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Prova COSEAC - 2018 - Prefeitura de Maricá - RJ - Docente I - Língua Portuguesa


ID
2922307
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


       Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. 

      Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz. 

      Tupi, or not tupi that is the question. 

      Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos. 

      Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.
 
(ANDRADE, Oswald de. Manifesto antropófago. In: O rei da vela; Manifesto pau-brasil; Manifesto antropófago. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. p.19) 


Texto 2


                         américa amem
 
                         américa amem

                         me ensinou a ser assim

                         antropofágico pagão

                         um fauno de calça lee
 
                         américa amem

                         palavras

                         palas

                         palavreados
 
                         américa amem

                         woody woody

                         voo doo

                         feijão & arroto
 
                         américa amem

                         nosso desespero

                         nossa paixão

                         imensa

(Chacal. América (1975). In: Tudo (e mais um pouco): poesia reunida (1971-2016). São Paulo: Editora 34, 2016. p. 301.)

O Manifesto Antropófago, publicado em 1928 e escrito por Oswald de Andrade, tornou-se uma das referências fundamentais do modernismo brasileiro. A leitura do fragmento do manifesto (texto 1) esclarece que a antropofagia constituiu uma proposta de:

Alternativas
Comentários
  • Alguém consegue explicar?


ID
2922310
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


       Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. 

      Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz. 

      Tupi, or not tupi that is the question. 

      Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos. 

      Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.
 
(ANDRADE, Oswald de. Manifesto antropófago. In: O rei da vela; Manifesto pau-brasil; Manifesto antropófago. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. p.19) 


Texto 2


                         américa amem
 
                         américa amem

                         me ensinou a ser assim

                         antropofágico pagão

                         um fauno de calça lee
 
                         américa amem

                         palavras

                         palas

                         palavreados
 
                         américa amem

                         woody woody

                         voo doo

                         feijão & arroto
 
                         américa amem

                         nosso desespero

                         nossa paixão

                         imensa

(Chacal. América (1975). In: Tudo (e mais um pouco): poesia reunida (1971-2016). São Paulo: Editora 34, 2016. p. 301.)

Na década de 1970, observou-se, no Brasil, uma ampla produção de poesia que ficou conhecida como marginal. No poema “América” (texto 2), a autodeclaração do eu poético como “antropofágico” faz referência ao Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade (texto 1), porém a perspectiva apresentada por Chacal diferencia-se por:

Alternativas

ID
2922313
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3

O EXERCÍCIO DA CRÔNICA

Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prosa de um ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, azar dele, criou porque quis. Com um prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de sua máquina, acende um cigarro, olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um fato qualquer, de preferência colhido no noticiário matutino, ou da véspera, em que, com as suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue novo. Se nada houver, resta-lhe o recurso de olhar em torno e esperar que, através de um processo associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos fatos e feitos de sua vida emocionalmente despertados pela concentração. Ou então, em última instância, recorrer ao assunto da falta de assunto, já bastante gasto, mas do qual, no ato de escrever, pode surgir o inesperado.


(MORAES, Vinícius de. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. p. 17.)

A prática da crônica está intimamente associada à vida diária e comum. A relação do texto de Vinícius de Moraes (texto 3) com as marcas próprias do gênero está expressa na preocupação em:

Alternativas

ID
2922316
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 4

POESIA


Gastei uma hora pensando um verso

que a pena não quer escrever.

No entanto ele está cá dentro

inquieto, vivo.

Ele está cá dentro

e não quer sair.

Mas a poesia deste momento

inunda minha vida inteira.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 45.)


Alguns procedimentos tornaram-se determinantes na produção moderna de poesia. Nesse sentido, entende-se que a modernidade do poema de Carlos Drummond de Andrade (texto 4) deve-se à valorização da:

Alternativas
Comentários
  • "Mas a poesia deste momento

    inunda minha vida inteira."

  • Gabarito : D


ID
2922319
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 5
 
                                  A PATA DA GAZELA
 
      Houve uma ocasião em que o mancebo quis representar em sua lembrança a imagem da moça; naturalmente começou interrogando sua memória a respeito dos traços principais. Como era ela? Alta ou baixa, torneada ou esbelta, loura ou morena? Que cor tinham seus olhos? 

      A nenhuma dessas interrogações satisfez a memória; porque não recebera a impressão particular de cada um dos traços da moça. Não obstante, a aparição encantadora ressurgia dentro de sua alma; ele a revia tal como se desenhara a seus olhos algumas horas antes. [...]

      — Quem sabe? Talvez não seja ela o que nos bailes se chama uma moça bonita; talvez não tenha as feições lindas e o talhe elegante. Mas eu a amo!... O amor é sol do coração; imprime-lhe o brilho e o matiz! Vênus, a deusa da formosura, surgindo da espuma das ondas, não é outra cousa senão o mito da mulher amada, surgindo d'entre as puras ilusões do coração! O que eu admiro nela, o que me enleva, é sua beleza celeste; é o anjo que transparece através do invólucro terrestre; é a alma pura e imaculada que se derrama de seus lábios em sorrisos, e a envolve como a cintilação de uma estrela.
 
(ALENCAR, José de. A pata da gazela. Rio de Janeiro: Garnier, 1870. p. 33-35.)
 

Texto 6

                                     O ALIENISTA
 
      As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de Portugal e das Espanhas. Estudara em Coimbra e Pádua. Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil, não podendo el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra, regendo a universidade, ou em Lisboa, expedindo os negócios da monarquia.

      – A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo.

      Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência, alternando as curas com as leituras, e demonstrando os teoremas com cataplasmas. Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um juiz de fora, e não bonita nem simpática. Um dos tios dele, caçador de pacas perante o Eterno, e não menos franco, admirou-se de semelhante escolha e disse-lho. Simão Bacamarte explicou-lhe que D. Evarista reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade, dormia regularmente, tinha bom pulso, e excelente vista; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Se além dessas prendas, – únicas dignas da preocupação de um sábio, D. Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte.
 
(ASSIS, Machado de. O alienista. In: Obra Completa. Vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 253-254.)

As personagens masculinas dos textos 5 e 6, o mancebo e o cientista, respectivamente, não consideram importante a beleza das mulheres com quem estão envolvidos; diferem, porém, quanto aos parâmetros que julgam relevantes. As diferenças de ponto de vista revelam:

Alternativas

ID
2922322
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 5
 
                                  A PATA DA GAZELA
 
      Houve uma ocasião em que o mancebo quis representar em sua lembrança a imagem da moça; naturalmente começou interrogando sua memória a respeito dos traços principais. Como era ela? Alta ou baixa, torneada ou esbelta, loura ou morena? Que cor tinham seus olhos? 

      A nenhuma dessas interrogações satisfez a memória; porque não recebera a impressão particular de cada um dos traços da moça. Não obstante, a aparição encantadora ressurgia dentro de sua alma; ele a revia tal como se desenhara a seus olhos algumas horas antes. [...]

      — Quem sabe? Talvez não seja ela o que nos bailes se chama uma moça bonita; talvez não tenha as feições lindas e o talhe elegante. Mas eu a amo!... O amor é sol do coração; imprime-lhe o brilho e o matiz! Vênus, a deusa da formosura, surgindo da espuma das ondas, não é outra cousa senão o mito da mulher amada, surgindo d'entre as puras ilusões do coração! O que eu admiro nela, o que me enleva, é sua beleza celeste; é o anjo que transparece através do invólucro terrestre; é a alma pura e imaculada que se derrama de seus lábios em sorrisos, e a envolve como a cintilação de uma estrela.
 
(ALENCAR, José de. A pata da gazela. Rio de Janeiro: Garnier, 1870. p. 33-35.)
 

Texto 6

                                     O ALIENISTA
 
      As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de Portugal e das Espanhas. Estudara em Coimbra e Pádua. Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil, não podendo el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra, regendo a universidade, ou em Lisboa, expedindo os negócios da monarquia.

      – A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo.

      Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência, alternando as curas com as leituras, e demonstrando os teoremas com cataplasmas. Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um juiz de fora, e não bonita nem simpática. Um dos tios dele, caçador de pacas perante o Eterno, e não menos franco, admirou-se de semelhante escolha e disse-lho. Simão Bacamarte explicou-lhe que D. Evarista reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade, dormia regularmente, tinha bom pulso, e excelente vista; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Se além dessas prendas, – únicas dignas da preocupação de um sábio, D. Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte.
 
(ASSIS, Machado de. O alienista. In: Obra Completa. Vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 253-254.)

O narrador na obra de Machado de Assis, com frequência, desestabiliza convicções e lança dúvida sobre informações e considerações apresentadas na própria narrativa, como no texto 6 se encontra expresso no emprego:

Alternativas
Comentários
  • do verbo “dizem” e da expressão “tempos remotos”, pois conferem imprecisão às referências utilizadas para narrar a história.

    Não ´passa certeza


ID
2922325
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 7
 
                         INSONE
 
Noite feia. Estou só. Do meu leito no abrigo

cai a luz amarela e doentia do luar;

tediosa os olhos fecho, a ver, se, assim, consigo,

por momentos sequer, o sono conciliar.
 
Da janela transpondo o entreaberto postigo

entra um perfume humano impelido pelo ar...

“és tu meu casto Amor? és tu meu doce amigo,

que a minha solidão vens agora povoar?”
 
A insônia me alucina, ando num passo incerto: 

“és tu que vens... és tu! – reconheço esse odor...”

corro à porta, escancaro-a: acho a treva e o Deserto.
 
E este aroma que é teu, aspirando, suponho

que a essência da tua alma, ó meu divino Amor!

para mim se exalou no transporte de um sonho.
 
(MACHADO, Gilka. Poesia completa. Prefácio de Maria Lúcia Dal Farra. São Paulo: V. de Mendonça Livros, 2017. p. 128.)

O soneto de Gilka Machado apresenta elementos típicos da poesia simbolista, dentre os quais destaca-se a exploração:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C


ID
2922328
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Texto 7
 
                         INSONE
 
Noite feia. Estou só. Do meu leito no abrigo

cai a luz amarela e doentia do luar;

tediosa os olhos fecho, a ver, se, assim, consigo,

por momentos sequer, o sono conciliar.
 
Da janela transpondo o entreaberto postigo

entra um perfume humano impelido pelo ar...

“és tu meu casto Amor? és tu meu doce amigo,

que a minha solidão vens agora povoar?”
 
A insônia me alucina, ando num passo incerto: 

“és tu que vens... és tu! – reconheço esse odor...”

corro à porta, escancaro-a: acho a treva e o Deserto.
 
E este aroma que é teu, aspirando, suponho

que a essência da tua alma, ó meu divino Amor!

para mim se exalou no transporte de um sonho.
 
(MACHADO, Gilka. Poesia completa. Prefácio de Maria Lúcia Dal Farra. São Paulo: V. de Mendonça Livros, 2017. p. 128.)

O tema da noite e do sonho, explorado no poema de Gilka Machado (texto 7), também foi importante em outro movimento literário, conhecido como:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Características da 2° geração do Romantismo:

    -Pessimismo, melancolia, e vazio existencial;

    -Gosto pelo noturno;

    -Exagero nos sentimentos;

    -Grande idealização da mulher.

  • A 2ª geração romântica trouxe um ambiente noturno como cenário. Trata-se do chamado Mal do Século ou Ultrarromantismo. Bem nos moldes europeus, valorizavam o amor e morte como solução dos problemas. 


ID
2922331
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 8

                                  PONCIÁ  VICÊNCIO
 

      Quando os filhos de Ponciá  Vicêncio, sete, nasceram e morreram, nas primeiras perdas ela sofreu muito. Depois, com o correr do tempo, a cada gravidez, a cada parto, ela chegava mesmo a desejar que a criança não sobrevivesse. Valeria a pena pôr um filho no mundo? Lembrava da sua infância pobre, muito pobre na roça e temia a repetição de uma mesma vida para os seus filhos. O pai trabalhava tanto. A mãe pelejava com as vasilhas de barro e tinham apenas uma casa de pau a pique em que viviam. E esta era a condição de muitos. Molambos cobriam o corpo das crianças, que até bem grandinhos andavam nuas. As meninas não. Assim que cresciam um pouco, as mães providenciavam panos para tapar-lhes o sexo e os seios. Crescera na pobreza. Os pais, os avós e os bisavós sempre trabalhando na terra dos senhores. A cana, o café, toda a lavoura, o gado, as terras, tudo tinha dono, os brancos. Os negros eram donos da miséria, da fome, do sofrimento, da revolta suicida. Alguns saíam da roça, fugiam para a cidade, com a vida a se fartar de miséria, e com o coração a sobrar esperança. Ela mesma havia chegado à cidade com o coração crente em sucessos e eis no que deu. 
 
(EVARISTO, Conceição. Ponciá  Vicêncio. Rio de Janeiro: Pallas, 2017. p. 70.)

A escritora contemporânea brasileira Conceição Evaristo vem sendo reconhecida por sua atuação a favor da causa das mulheres e negros no Brasil. Sua prosa convoca, muitas vezes, o autobiográfico, promovendo entrelaces entre o trabalho de criação e a vida da autora. No contexto atual da literatura brasileira, o texto 8 exemplifica:

Alternativas
Comentários
  • A autora contextualiza experiências subjetivas, ou seja, vividas pela personagem Ponciá Vivcêncio, com questões sociais relatadas no texto como: pobreza, marginalização "Lembrava da sua infância pobre, muito pobre na roça"

    Além disso, outra questão social como a diferença de classe e raça da época vivida por seus antepassados: "A cana, o café, toda a lavoura, o gado, as terras, tudo tinha dono, os brancos. Os negros eram donos da miséria, da fome, do sofrimento, da revolta suicida".


ID
2922334
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 8

                                  PONCIÁ  VICÊNCIO
 

      Quando os filhos de Ponciá  Vicêncio, sete, nasceram e morreram, nas primeiras perdas ela sofreu muito. Depois, com o correr do tempo, a cada gravidez, a cada parto, ela chegava mesmo a desejar que a criança não sobrevivesse. Valeria a pena pôr um filho no mundo? Lembrava da sua infância pobre, muito pobre na roça e temia a repetição de uma mesma vida para os seus filhos. O pai trabalhava tanto. A mãe pelejava com as vasilhas de barro e tinham apenas uma casa de pau a pique em que viviam. E esta era a condição de muitos. Molambos cobriam o corpo das crianças, que até bem grandinhos andavam nuas. As meninas não. Assim que cresciam um pouco, as mães providenciavam panos para tapar-lhes o sexo e os seios. Crescera na pobreza. Os pais, os avós e os bisavós sempre trabalhando na terra dos senhores. A cana, o café, toda a lavoura, o gado, as terras, tudo tinha dono, os brancos. Os negros eram donos da miséria, da fome, do sofrimento, da revolta suicida. Alguns saíam da roça, fugiam para a cidade, com a vida a se fartar de miséria, e com o coração a sobrar esperança. Ela mesma havia chegado à cidade com o coração crente em sucessos e eis no que deu. 
 
(EVARISTO, Conceição. Ponciá  Vicêncio. Rio de Janeiro: Pallas, 2017. p. 70.)

A relação entre carência e abundância é problematizada no texto 8 por meio:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    O paradoxo é uma figura de linguagem que expressa a oposição NÃO LÓGICA dos sentidos.

    Ex.: Estou sentindo uma dor que não dói.

    Não tem como sentir uma dor que não dói, são palavras opostas (dor e não dói) e que não fazem sentido no contexto.

    _________________________________________________________________________________

    “com a vida a se fartar de miséria, e com o coração a sobrar esperança”.

    bons estudos

  • fartar-sobrar: ou um ou outro

  • PARADOXO (OXÍMORO) – É o emprego de palavras de sentido oposto, causando uma contradição lógica. a) “Amor é fogo que arde sem se ver É ferida que dói e não se sente

    que também se parece que a ANTÍTESE – Fenômeno linguístico decorrente da justaposição de ideias opostas. Não chegam a formular uma contradição. ex;  “A vida se tece de mil mortes”


ID
2922337
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A quantidade de siglas com quatro letras distintas, formadas a partir das letras do conjunto {A, B, C, D, E, F}, é igual a:

Alternativas
Comentários
  • Letra A

    Primeira letra 6 possibilidades(A, B, C, D, E, F) e;

    Segunda letra 5 possibilidades (pois não pode repetir) e;

    Terceira 4

    Quarta 3.

    6x5x4x3 = 360

  • Como não é possível repetir as siglas e as letras de cada sigla devem ser distintas podemos utilizar o fatorial para calcular a quantidade de repetições para uma letra da sigla.


    Ex.: A pode ser repetida 5! (cinco)


    Assim:

    5! = 5x4x3x2x1 = 120


    Como ainda sobrem 3 letras para serem calculadas (A sigla possui 4 letras) então usamos o resultado anterior e multiplicamos por 3


    120 x 3 = 360


    Logo, temos que podemos obter 360 siglas a partir do conjunto de letras {A,B,C,D,E,F}

  • a letra A pode ser repetida 6 vezes

    a letra B pode ser repetida 5 vezes

    a letra C pode ser repetida 4 vezes

    a letra D pode ser repetida 3 vezes


    6x5=30x4=120x3=360

  • 6x5x4x3 = 320

  • Fiz pela formula do arranjo


    primeira coisa a se perguntar.


    A ordem importa? AHAM (ARRANjo)

    A ordem importa? NÃO (combinaçÃO)


    An,p= n! = 6! = 6! = 6x5x4x3x2! = 360

    ........(n-p)!...(6-4).. 2!..................2!




  • é uma PERMUTAÇÃO de 6.

    logo

    P= 6!

    P=6x5x4x3x2x1 = 360

  • 6!

    Pede com 4 letras distintas

    6*5*4*3=360

  • Galera, cuidado com alguns comentários.

    1- Não é 6!

    Nem permutação de 6, mesmo porque isso dá 720 e não 360.

    2- Essa questão pode ser resolvida por P.F.C ou Arranjo.

    Pelo PFC: Tenho 4 espaços para colocar 6 letras(sem repetir) logo 6 . 5 . 4 . 3 = 320

    Por Arranjo: Já que a ordem interfere( Visto que A,B é diferente de B,A por ex). De quantas formas posso escolher 4 elementos dentro de um conjunto de 6 -> A 6,4 = 6!/(6-4)! = 320.

  • Então, basta jogar na formula de arranjo simples sem repetição A n,p = n! /(n-p)!

    A= 6!/ (6-4)! 6!/2! = 6*5*4*3= 360

    RESPOSTA LETRA A

  • To até agora tentando entender por que a ordem importa... alguém poderia me explicar com mais clareza? Jurava que poderia ser usada qualquer letra..

  • A ordem importa pelo seguinte ponto do enunciado:

    A quantidade de siglas com quatro letras distintas

    Ou seja, no caso, ABCD formaria um termo diferente ACBD, a ordem formaria uma nova palavra. Portanto, se trata de um arranjo.

    Dica: A ordem importa? Aham? Ahamjo = Arranjo, se NÃO, combinaÇÂO!

  • o cara coloca o resultado da soma errado e tem gente que dá like !!! kkkk estes estão bem atentos..

  • Como são siglas com quatro letras distintas, iniciamos com 6 possibilidades para a primeira letra, depois 5 possibilidades, para a segunda letra, depois 4 possibilidades para a terceira letra e depois 3 possibilidades para quarta letra, logo, pelo princípio multiplicativo, temos: 6 X 5 X 4 X 3 = 360 possibilidades


ID
2922340
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

O próximo número que completaria a sequência lógica 1, 4, 3, 16, 5, ..., é:

Alternativas
Comentários
  • 1 2x2=4 3 4x4=16 5 6x6=36 :)
  • 1 4 3 16 5

    Ímpar, par, ímpar, par, ímpar.. o próximo só pode ser par. Única alteranativa par B) 36

  • fui por eliminação das alternatinas.

    1º 3º e 5º termo é ímpar

    2º 4º e o próximo número seria par .

    Então eliminei as alternativas A C D e E.

  • 1, 2², 3, 4², 5,

  • A lógica é:

    Eleva-se ao quadrado os PARES. Vejamos:


    1, 2, 3, 4, 5, 6


    Agora vamos usar a regra:

    1, 4, 3, 16, 5, 36

  • Divisão alternada entre impares e pares, o próximo da sequência, necessariamente é um par!

  • Eu vi assim:


    1 + 4 = 5 = Primo


    3+ 16= 19 = Primo


    5 + 36 = 41 = Primo

  • Sequência de números pares e ímpares 

    Nas alteranativas somente a letra B teria o número par.

     

  • Resolvo essa questão aqui nesse vídeo

    https://youtu.be/_nw4tWCbC-g

    Ou procure por "Professor em Casa - Felipe Cardoso" no YouTube =D


ID
2922343
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Em um grupo estão reunidas 13 pessoas. Das afirmações abaixo, a única necessariamente verdadeira é:

Alternativas
Comentários
  • Suponha que há doze pessoas nascidas em um mês diferente: janeiro, fevereiro, março, ..., dezembro.

    A décima terceira pessoa necessariamente terá nascido no mesmo mês de alguma das demais pessoas.

    Portanto, a letra C é necessariamente verdadeira. É impossível distribuir 13 pessoas em 12 meses distintos.

    Gab: Letra C.

  • Princípio da casa dos pombos.

  • Existem treze pessoas e doze meses, na pior das hipóteses pelo menos duas fazem aniversário no mesmo mês.

  • Pessoal fiz uma festa com 14 pessoas e adivinhe só, ninguém faz aniversário em dezembro, 4 pessoas fazem aniversário em janeiro. Acho que falto foi texto na pergunta. A menos errada é a C, logo a D pode ser que o 13 particiapante seja de março. Entendo casa dos pombos mas não gostei dessa.

  • Como funciona esse princípio da casa dos pombos? Alguém pode explicar ou postar o link de algum vídeo?

    Obrigada!!

  • https://www.youtube.com/watch?v=aXml5-1dTok

     

    Princípio da Casa dos Pombos.

  • entao renato de moura... se os 13 fazem aniversario em março PELO menos 2 fazem aniversario no mesmo mês (de março). entao a assertiva C é a unica correta. qualquer hipotese como voce colocou 4 em janeiro entao pelo menso duas fazem aniversario em janeiro.. esntendido ?


ID
2922346
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
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Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

A negação lógica da afirmação condicional “se Ana adoece, então Pedro fica triste” é:

Alternativas
Comentários
  • Condicional só é falsa quando a condição suficiente (primeira proposição simples) é verdadeira E a condição necessária (segunda proposição simples) é falsa.

    V → F = F


    Por sua vez, a proposição composta unidade pela conjunção, "E", só é verdadeira quando ambas proposições simples são verdadeiras.


    Portanto, a letra D responde corretamente à questão, visto que "Ana adoece e Pedro não fica doente" sempre tem valor lógico oposto de "Se Ana adoece, então Pedro fica doente". Quando a primeira é verdadeira, a segunda é falsa e quando a primeira é falsa, a segunda é verdadeira.


    gab: Letra D.


    http:://rlm101.blogspot.com.br

  • Proposição Condicional ( P Q ) e sua Negação (P ^ ~ Q).


    "Se Ana adoece, então Pedro fica triste” ( P Q )

    "Ana adoece e Pedro não fica triste." (P ^ ~ Q)


     

    Gabarito D


    Outras Negações


    Proposição Conjuntiva (P ^ Q) e sua Negação (~P v ~Q)

    Proposição Disjuntiva (P v Q) e sua Negação (~P ^ ~Q)

    Proposição Condicional (P Q) e sua Negação (P ^ ~ Q)

    Proposição Bicondicional (P Q) e sua Negação (P v Q)

  • Um macete que me ajuda muito na negação da condicional:

    MA-NÉ (Mantém a primeira e Nega a segunda) --> (P ^ ~ Q)

  • se sua mulher te pega no flagra com sua amante você faz o que ??


    Assume a primeira E nega a segunda...

  • A negação do "se, então" é a regra da traição:

    mantém a primeira e nega a segunda.


    “se Ana adoece, então Pedro fica triste” >>> "Ana adoece e Pedro não fica triste"

  • Esse Pedro não é um cara muito confiável...rss

    :^]

  • Dá para matar a questão por eliminação, vejam:

    Negação do se então, a resposta NUNCA será Se então.

    Não será também ou

    na questão já dá para matar nessa sistemática.

    Agora, quando houver duas ou mais alternativas com o conectivo E, vai pela regra do MANÉ

    P e ~Q (mantém a primeira + conectivo E + nega a segunda)

    Sei que parece difícil, mas lembre-se, NINGUÉM nasceu sabendo, basta ter determinação! Fazer uma, duas, três, quantas vezes forem necessárias até você aprender!

    #é na subida que a canela engrossa!

  • Regra do Ma Ne: mantém a primeira, NEGA a segunda. Outro detalhe é trocar o conectivo do se então pelo E, pois quem nega o condicional é a conjunção.

  • MANÉ (MANTÉM E NEGA)

  • “se Ana adoece, então Pedro fica triste

    Mantém o primeiro e nega o segundo. Depois troca a condicional por uma conjunção.

    Resposta: Ana adoece e Pedro não fica triste.

    Priscila B. Barbosa. se sua mulher te pega no flagra com sua amante você faz o que ??

    Dou gaia na mulher e fico com a amante.

    *** Brinks kkkkk

  • Gabarito: D

    A →B= A→ ~B


ID
2922349
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Um grupo de 500 estudantes participa de uma pesquisa. Sabe-se que desses estudantes, 200 estudam Física, 240 estudam Matemática, 80 estudam Matemática e Física. Se um desses estudantes for sorteado, a probabilidade de que ele não estude Matemática e nem Física é:

Alternativas
Comentários
  • Primeiro somei o universo de Física com o de matemática.

    240 + 200 = 440


    Depois subtrai o total de matemática e física por aqueles que faziam ambas matérias

    440 - 80 = 360


    Depois subtrai o total de alunos, pelo total de alunos de física e matemática

    500 - 360 = 140


    Depois é só aplicar regra de três.

    500 ------ 100%

    140 ------ X


    500 x = 14000

    x = 28.


    Gabarito: B

  • DADOS DA QUESTÃO


    F - 200

    M - 240

    F e M = 80

    TOTAL= 500


    RESOLUÇÃO


    F - 200 - 80 = 120

    M - 240 - 80 = 160

    F e M = 80


    120+160+80 = 360 ESTUDAM FÍSICA E MATEMATICA


    OS ALUNOS QUE NÃO ESTUDAM NENHUMA DAS DUAS DISCIPLINAS = 500 - 360 = 140.


    360/500 SIMPLIFICA POR 5 = 72/100

    72% ESTUDAM FÍSICA E MATEMATICA


    100% - 72% = 28%NÃO ESTUDAM NENHUMA DAS DUAS DISCIPLINAS


    LETRA B

  • Probabilidade: SEMPRE


    P= O que ele quer

    __________

    TOTAL

    Total = 500.

    Física 200 - 80 = 120

    Matemática 240 - 80 = 160

    120+160+80 = 360 - 500 = 140


    Ou seja, o que ele quer = 140.


    P= 140 (corta os zeros) = 14 (multiplica até a casa de baixo fechar em 100%) = 28 = 28%

    ____ ___ ___

    500 = 50 (multipliquei por 2) = 100

  • Questão de conjuntos:


    200 - 80 = 120

    240 - 80 = 160


    Sobra 140 = 28% de 100.

  • P(A ou B) = P(A)+P(B)-P(A e B)


    200+240-80 --> 440-80= 360 ( estudam M e F)


    500-360= 140 ( não estudam Matemática e física)


    P= 140/500= 0,28 x 100= 28%


    Probabilidade do evento = número de resultados favoráveis / número de total de resultados



  • Modo direto:

    200+240-80= 360

    360-500= 140 Não estudam nenhum dos dois

    140/500 0,28 *100= 28%

  • Achei mais facil por diagrama de Veen do que por probabilidade diretamente.

  • total = 500

    fis. = 200

    mat. = 240

    ambas = 80 (é a intercessão, ou seja, estuda ambas disciplinas)

    .

    .

    f = 200 - 80 = 120 que estudam apenas física

    m = 240 - 80 = 160 que estudam apenas matemática

    .

    .

    (120+160+80) = 360

    500 - 360 = 140 estudantes que não estudam Matemática e nem Física 

    .

    .

    Probabilidade = o que eu quero / total

    P = 140/500

    Simplificando por 5:

    P = 28/100 = 28%

  • O dificil é dividir,140 por 500.

  • SEM CALCULADORA,COMO DIVIDE,,140 POR 500? POSTEM AQUI NÃO SEI MESMO.

  • Para quem pediu como dividir, SEMPRE QUE O NUMERADOR FOR MENOR QUE O DENOMINADOR faz-se o seguinte:

    http://sketchtoy.com/68962023

    Só acessar o link acima....

    Ou faz regra de três é melhor...

    500 SERIA --------->100%

    140 SERIA---------> x

    multiplica cruzado, isola o x e divide.

    14000/500

    = 28% -> É MAIS FÁCIL DESTE MODO...


ID
2922352
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
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Disciplina
Noções de Informática

Avalie se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas a seguir sobre o sistema operacional Windows 7.

I Para acessar pastas compartilhadas as pessoas devem ter uma conta de usuário e uma senha.

II O sistema operacional não possui um assistente para configuração de rede sem fio.

III A conexão com a internet e o concentrador de rede são elementos opcionais de hardware para funcionamento de uma rede ponto a ponto.

As afirmativas I, II e III são, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Unica alternativa correta ......

     A conexão com a internet e o concentrador de rede são elementos opcionais de hardware para funcionamento de uma rede ponto a ponto. 

  • errei o item 1 pq achei que eram pastas compartilhadas entre computadores diferentes

  • Alguém explica essa III?

  • GAB B Item I Compartilhando pastas em ambiente Windows 1 Localize a pasta que será compartilhada e clique com o botão direito do mouse; 2 Escolha "compartilhar com ..." ou “conceder acesso a..” ou selecione "pessoas específicas"; 3 Identifique o usuário, grupo de usuários ou aplicativo que terá permissão para acessar esse conteúdo. https://googleweblight.com/i?u=https://www.controle.net/faq/como-compartilhar-pastas-arquivos-via-rede&hl=pt-BR
  • GAB B Acho que a III tá V porque uma rede ponto a ponto é tipo uma rede wi-fi como ex: Ronja é uma tecnologia livre e aberta para a comunicação sem fio ponto-a-ponto por meio de luz do espectro visível ou infravermelho através do ar. É um tipo de rede ponto a ponto então são opcionais algum Hardware efeito DD conexão já que ela em tese tem conexão mais fácil e independente. #acho rs :)
  • Explicando 3

    A conexão com a internet e o concentrador de rede são elementos opcionais de hardware para funcionamento de uma rede ponto a ponto. 

    Só está dizendo que para você conseguir comunicação com outro host, conectado direto ou seja(ponto-a-ponto), você usa se quiser a internet, ou usa se quiser um HUB, o que é verdade, por exemplo se você quiser jogar com seu irmão em casa, liga o cabo de rede direto do seu pc direto no pc dele, e você fazem um ponto a ponto, sem um hub e sem a internet...

  • Errei por que numa questão parecida deu gabarito A, agora deu B. Entendi foi nada.. Então o primeiro item e V ou F mesmo?

  • olhem esta questão Q946893 kkkk a mesma questão com dois gabaritos diferentes. kkk 

     

    agora entendi foi nada.

     

    I Para acessar pastas compartilhadas as pessoas devem ter uma conta de usuário e uma senha.

    Comentário: O compartilhamento pode ser realizado para o grupo "todos" e alguém sem senha acessar o compartilhamento, porém, para o servidor a conta é identificada como conta com "senha em branco", ou seja, o usuário tem a senha mas está em branco.

     

    Fonte: https://docs.microsoft.com/pt-br/windows/security/threat-protection/security-policy-settings/accounts-limit-local-account-use-of-blank-passwords-to-console-logon-only

     

    II O sistema operacional não possui um assistente para configuração de rede sem fio.

    Comentário: Ele tem sim.

     

     

    III A conexão com a internet e o concentrador de rede são elementos opcionais de hardware para funcionamento de uma rede ponto a ponto.

    Comentário: São opcionais sim, uma rede ponto-a-ponto pode ser feita apenas com um cabo crossover.

     

    Gabarito (A) : V, F e V. [ ESSE GABARITO FOI DADO NESTA QUESTÃO ------- Q946893

     

     

     

    JÁ NESTA O GABARITO É [ F F V ] ENTENDI FOI NADA

  • QConcursos ta precisando analisar melhor as questões.Mesma questão com gabaritos diferentes.


ID
2922355
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
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Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Suponha que você digitou COR??.* na caixa “pesquisar” do Windows 7. Um possível resultado da localização de arquivos será:

Alternativas
Comentários
  • O * (asterisco) substitui vários caracteres.

    O ? (interrogação) substitui apenas um caractere (números ou letras).

    Assim temos a única alternativa CORAL.doc

    Gabarito: B

  • Pq a extensão 'doc.' tem um ponto final?

  • Vi que houve muitas respostas da alternativa C, porém, basta lembrar que não teria como ser ela tendo em vista que os arquivos de Windows não podem ser nomes com determinados símbolos, entre eles o "?"

    Obs: Outros símbolos "proibidos": < \ | / > : * ? ''

  • Entendi nada.

  • Pessoal, vejo que muitos estão com dificuldades nessa questão. Trata-se de caracteres especiais para pesquisa ou até mesmo, caracteres curinga. Esses caracteres servem para refinar uma busca, a fim de obter resultados mais criteriosos. Temos alguns deles, como os que colocarei abaixo:

    ? - Localiza qualquer caractere único

    Ex: s?m encontra "sim" e "som".

    * - Localiza qualquer sequência de caracteres.

    Ex: t*o localiza tristonho e término.

    < - Localiza o início de uma palavra.

    Ex: localiza organizar e organização, mas não localiza desorganizado.

    > - Localiza o final de uma palavra.

    Ex: (im)> encontra "mim" e "festim", mas não encontra "máximo"

    [ ] - É usado para localizar um dos caracteres especificados.

    Ex: m[ae]l encontra "mal" e "mel"

    [-] - É usado para localizar qualquer caractere único neste intervalo.

    Ex: [r-t]ã localiza rã e sã. Os intervalos devem estar em ordem crescente.

    [!x-z] - É usado para localizar qualquer caractere único, exceto os caracteres no intervalo entre colchetes. Também podemos ter ele de forma simples, como [!é], excluindo o caractere em questão. Exemplo: C[!é]lula irá achar qualquer letra, menos que tenha a expressão "é", podendo ser: Celula, Cilula

    Ex: b[!a-m]la encontra "bola" e "bula", mas não encontra "bala" ou "bela"

    {n} - Localiza exatamente n ocorrências do caractere ou expressão anterior.

    Ex: ca{2}tinga localiza caatinga, mas não catinga.

    {n,} - Localiza pelo menos n ocorrências do caractere ou expressão anterior.

    Ex.: ca{1,}tinga localiza catinga e caatinga.

    {n,m} - É usado para localizar de n a m ocorrências do caractere ou expressão anterior.

    Ex.: 10{1,3} encontra "10", "100" e "1000".

    @ - Localiza nenhuma, uma ou mais ocorrências do caractere ou expressão anterior.

    Ex.: car@o encontra "caro" e "carro".

    OBS sobre caractere curinga!

    • Em casos que tiver um ponto ou espaço em branco, onde a substituição não tiver, isso não conta.

    • Exemplo: A frase "Nas Olimpíadas João Carlos Almeida corre, João C Almeida nada, João C. Almeida pedala, JoãoCarolsAlmeida pula." foi substituída a palavra com caractere curinga "João C?* Almeida". Nesse caso em tela, a frase "João Carlos C. Almeida Pedala" não conta pois tem o ponto em "C. Almeida".


ID
2922358
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Na segurança da Informação existe um tipo de ataque em que iscas como “mensagens não solicitadas” são utilizadas para capturar senhas e dados de usuários na Internet. Esse ataque é conhecido como:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra D

    -----

    O que é o Phishing?

    Phishing é uma maneira desonesta que cibercriminosos usam para enganar você a revelar informações pessoais, como senhas ou cartão de crédito, CPF e número de contas bancárias. Eles fazem isso enviando e-mails falsos ou direcionando você a websites falsos.

    -----

    Fonte:https://www.avast.com/pt-br/c-phishing

  • GABARITO D


    Phishing (em inglês corresponde a “pescaria”), tipo de ataque que tem o objetivo de “pescar” informações e dados pessoais importantes através de mensagens falsas. Com isso, os criminosos podem conseguir nomes de usuários e senhas de um site qualquer, como também são capazes obter dados de contas bancárias e cartões de crédito.

     

    bons estudos

  • De início, logo fiquei na dúvida entre as alternativas b e d. Mas recordando meu material, consegui encontrar a resposta correta.

    a) spoofing - Considerado pela segurança da informação como um ataque de falsificação. R: ERRADA

    b) hijacking - É um malware que tem por finalidade capturar o navegador do usuário principalmente

    o Internet Explorer. R: ERRADA

    c) engenharia social - R: ERRADA

    d) phishing - TEM OBJETIVO DE CAPTURAR DADOS DO USUÁRIO. R: CERTA

    e) cookies - R: ERRADA

  • (D)


    (A)Spoofing:Técnica que consiste em alterar campos do cabeçalho de um e-mail, de forma a aparentar que ele foi enviado de uma determinada origem quando, na verdade, foi enviado de outra.

    (B)Hijack:Estes programas entram em seu computador sem você perceber, utilizando controles ActiveX e brechas na segurança. Assim, modificam o registro do Windows, “seqüestrando” o seu navegador e modificando a página inicial dele. Depois aparecem novas barras e botões, e páginas abrem sem parar na tela, contra a sua vontade.

    (C)
    Engenharia social :é termo utilizado para descrever um método de ataque, onde alguém faz uso da persuasão, muitas vezes abusando da ingenuidade ou confiança do usuário, para obter informações que podem ser utilizadas para ter acesso não autorizado a computadores ou informações.

    (E)
    Cookie é um pedaço de texto que um servidor Web pode armazenar no disco rígido do usuário. São utilizados pelos sites principalmente para identificar e armazenar informações sobre os visitantes.


    *Favor não Acabar com a versão antiga do QC*

  • Nunca ouvi falar nesse "spoofing".


    Assim como os criminosos e estelionatários do mundo real, os ladrões virtuais podem falsificar informações para roubar dados importantes ou obter acesso a contas bancárias. Essa prática é chamada de spoofing, um termo que engloba a falsificação de endereços IP (enviar mensagens para um computador usando um endereço IP que simula uma fonte confiável), de e-mails (falsificar o cabeçalho de um e-mail para disfarçar sua origem) e de DNS (modificar o servidor de DNS para redirecionar um nome de domínio específico para outro endereço IP).

  • Pessoal, em uma aula um professor comentou que o Phishing é uma forma de Engenharia Social. Vocês concordam com essa afirmação?

  • Gabarito Letra D.

    phishing - TEM OBJETIVO DE CAPTURAR DADOS DO USUÁRIO. R: CERTA

  • Falou em "isca" lembra de pescar (Phishing) 

  • Sérgio Moro não curtiu essa questão.

  • d) Phishing.

     

    É a técnica para (pescar) capturar dados pessoais, como senhas bancárias, nº de cartão de crédito, ou qualquer informação que necessite de login e senha. Geralmente os crakers oferecem links ou sugere ao usuário que visite sites que contém páginas falsas (Pharming), idênticas às dos sites oficiais.

  • GAB: D

    Se liga!!!

    • Pharming: é um ataque que utiliza o envenenamento de DNS para levar o usuário a um site falso, embora o URL pareça estar correto
    • Phishing: é uma técnica de engenharia social, não é virus, nem worm, etc.

ID
2922364
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No MS Word 2016, o recurso para fazer a contagem de parágrafos em um texto digitado é:

Alternativas
Comentários

  • (word 2007) REVISÃO------------CONTAR PALAVRAS:


    Pode-se saber o número de palavras, parágrafos, linhas, carácteres no documento.

  • No Word 2016:

    Guia Revisão >>> Grupo Revisão de Textos >>> Contagem de Palavras

  • Gab. C.

    a) Pincel de formatação: página inicial > área de transferência > pincel de formatação (ctrl + shift + c, ctrl + shift + v): gostou da aparência de uma seleção específica? você pode aplicar essa aparência em outro conteúdo no documento.

    selecione o conteúdo com a formatação desejada; clique em pincel de formação; selecione algo para aplicar automaticamente a formatação.

    Obs.: para aplicar a formatação em vários locais, clique duas vezes no Pincel de formatação.

    b) ortografia e gramática: revisão > revisão de texto> ortografia e gramática: erros de digitação? se depender de nós, não. Deixe-nos verificar a ortografia e gramática no seu documento.

    d) estrutura de tópicos: Exibição > modos de exibição > estrutura de tópicos: exiba seu documento em formato de estrutura de tópicos, onde o conteúdo é mostrado em pontos numerados.

    Este modo de exibição é útil para criar títulos e mover parágrafos inteiros dentro do documento.

    e) referência cruzada: inserir > links > referência cruzada ou referência > legendas > referência cruzada: faça referencias a lugares específicos no seu documento, como títulos, ilustrações e tabelas.

    Uma referência cruzada é um hiperlink no qual o rótulo é gerado automaticamente. É ótimo para o caso de você querer incluir o nome do item ao qual está fazendo referência.

  • Aquele momento que você se lembra de quado escreveu os agradecimentos do convite de formatura e tinha que contar as palavras para não ultrapassar os caraceteres  que a comissão pediu. Salvou-me.

    A opção contagem de palavras permitir contar: Páginas, palavras, caracteres com e sem espaço, paragráfos e linhas.

    Gabarito Letra C. 


ID
2922367
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1    

 

      O estudioso russo Mikhail Bakhtin afirma que não existe atividade mental sem expressão linguística e que devemos “eliminar de saída o princípio de uma distinção qualitativa entre o conteúdo interior e a expressão exterior”. No meio escolar, é muito comum o aluno afirmar que sabe determinado assunto, mas que não sabe expressar, não sabe falar sobre ele.  

      Bakhtin, como precursor da linguística moderna, enfatiza o caráter social da linguagem e, consequentemente, o seu caráter dialógico: “a palavra dirige-se a um interlocutor”. E é a presença desse interlocutor que definirá o seu perfil, ou seja, em função do ouvinte, ela será mais formal ou mais coloquial, mais cuidada ou mais solta. A presença do interlocutor é também o elemento desafiante, que vai provocar o sujeito para que ele organize sua expressão verbal. Assim, Bakhtin conclui que “não é a atividade mental que organiza a expressão, mas, ao contrário, é a expressão que organiza a atividade mental, que a modela e determina sua orientação”.

      Diante de uma afirmação como essa, vemos o quanto é importante e mesmo determinante, no desenvolvimento da criança e do jovem, a interação professor/alunos e alunos/alunos no cotidiano escolar. E vemos o quanto é essencial que o professor estimule o exercício da verbalização entre eles, o quanto é necessário que eles aprendam a se colocar como ouvintes dos colegas e a disciplinar o acesso à fala, permitindo que todos tenham o direito à sua própria palavra. Essa é a condição mesma do desenvolvimento cognitivo de todos e condição para o desenvolvimento e o domínio da linguagem.   

      É ainda Bakhtin quem esclarece melhor, mostrando o quanto é importante o interlocutor em todo processo de enunciação: “Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. Através da palavra defino-me em relação ao outro, isto é, em última análise, em relação à coletividade. A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim, numa extremidade, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor. A palavra é o território comum do locutor e do interlocutor.”  

      O papel representado pelo grupo social com que se convive e que nos serve de interlocutor é da maior importância, diante do que Bakhtin nos expõe. Penso que, para nós, professores que atuamos na escola pública brasileira, interagindo com crianças e jovens provenientes dos meios sociais dos mais desfavorecidos, atentar para essa questão da linguagem é um imperativo básico. Só assim, com um olhar munido de uma compreensão maior, podemos melhor cumprir a tarefa que o nosso tempo histórico nos coloca. A escola constitui, para muitas dessas crianças e jovens, um dos poucos, talvez o único interlocutor em condições de interagir com eles e contribuir para a evolução de sua linguagem. E é bom lembrar, mais uma vez: seu desenvolvimento cognitivo depende do desenvolvimento de sua linguagem. Gostaria de lembrar que, diante de um livro ou de um texto, no ato de leitura somos desafiados por este interlocutor que nos fala através da palavra impressa. Ao ler, nós organizamos um discurso interno ao sermos provocados pelo discurso lido, nos lembramos de leituras ou experiências anteriores, relacionamos com outros textos que tratam do mesmo assunto. Mesmo quando não comentamos o texto com alguém, mesmo quando não escrevemos uma crítica ou resenha sobre ele, nós temos uma participação ativa na interação com a linguagem e com o sentido do texto. Essa é também uma forma de diálogo, e das mais enriquecedoras.
 
(MARIA, Luzia de. Amor literário: dez instigantes roteiros para você viajar pela cultura letrada. Rio: Ler & Cultivar  editora, 2016, p. 250-1.)

Em relação a crianças e jovens no cotidiano dos estudos da linguagem, o texto está orientado no sentido de persuadir o leitor a concluir que:

Alternativas

ID
2922370
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1    

 

      O estudioso russo Mikhail Bakhtin afirma que não existe atividade mental sem expressão linguística e que devemos “eliminar de saída o princípio de uma distinção qualitativa entre o conteúdo interior e a expressão exterior”. No meio escolar, é muito comum o aluno afirmar que sabe determinado assunto, mas que não sabe expressar, não sabe falar sobre ele.  

      Bakhtin, como precursor da linguística moderna, enfatiza o caráter social da linguagem e, consequentemente, o seu caráter dialógico: “a palavra dirige-se a um interlocutor”. E é a presença desse interlocutor que definirá o seu perfil, ou seja, em função do ouvinte, ela será mais formal ou mais coloquial, mais cuidada ou mais solta. A presença do interlocutor é também o elemento desafiante, que vai provocar o sujeito para que ele organize sua expressão verbal. Assim, Bakhtin conclui que “não é a atividade mental que organiza a expressão, mas, ao contrário, é a expressão que organiza a atividade mental, que a modela e determina sua orientação”.

      Diante de uma afirmação como essa, vemos o quanto é importante e mesmo determinante, no desenvolvimento da criança e do jovem, a interação professor/alunos e alunos/alunos no cotidiano escolar. E vemos o quanto é essencial que o professor estimule o exercício da verbalização entre eles, o quanto é necessário que eles aprendam a se colocar como ouvintes dos colegas e a disciplinar o acesso à fala, permitindo que todos tenham o direito à sua própria palavra. Essa é a condição mesma do desenvolvimento cognitivo de todos e condição para o desenvolvimento e o domínio da linguagem.   

      É ainda Bakhtin quem esclarece melhor, mostrando o quanto é importante o interlocutor em todo processo de enunciação: “Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. Através da palavra defino-me em relação ao outro, isto é, em última análise, em relação à coletividade. A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim, numa extremidade, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor. A palavra é o território comum do locutor e do interlocutor.”  

      O papel representado pelo grupo social com que se convive e que nos serve de interlocutor é da maior importância, diante do que Bakhtin nos expõe. Penso que, para nós, professores que atuamos na escola pública brasileira, interagindo com crianças e jovens provenientes dos meios sociais dos mais desfavorecidos, atentar para essa questão da linguagem é um imperativo básico. Só assim, com um olhar munido de uma compreensão maior, podemos melhor cumprir a tarefa que o nosso tempo histórico nos coloca. A escola constitui, para muitas dessas crianças e jovens, um dos poucos, talvez o único interlocutor em condições de interagir com eles e contribuir para a evolução de sua linguagem. E é bom lembrar, mais uma vez: seu desenvolvimento cognitivo depende do desenvolvimento de sua linguagem. Gostaria de lembrar que, diante de um livro ou de um texto, no ato de leitura somos desafiados por este interlocutor que nos fala através da palavra impressa. Ao ler, nós organizamos um discurso interno ao sermos provocados pelo discurso lido, nos lembramos de leituras ou experiências anteriores, relacionamos com outros textos que tratam do mesmo assunto. Mesmo quando não comentamos o texto com alguém, mesmo quando não escrevemos uma crítica ou resenha sobre ele, nós temos uma participação ativa na interação com a linguagem e com o sentido do texto. Essa é também uma forma de diálogo, e das mais enriquecedoras.
 
(MARIA, Luzia de. Amor literário: dez instigantes roteiros para você viajar pela cultura letrada. Rio: Ler & Cultivar  editora, 2016, p. 250-1.)

Para sustentar sua proposição, vale-se a autora de diversas estratégias ao longo do texto, COM EXCEÇÃO apenas da seguinte:

Alternativas
Comentários
  • Gab. A - ilustrar opinião com exemplo de ordem literária.


ID
2922373
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1    

 

      O estudioso russo Mikhail Bakhtin afirma que não existe atividade mental sem expressão linguística e que devemos “eliminar de saída o princípio de uma distinção qualitativa entre o conteúdo interior e a expressão exterior”. No meio escolar, é muito comum o aluno afirmar que sabe determinado assunto, mas que não sabe expressar, não sabe falar sobre ele.  

      Bakhtin, como precursor da linguística moderna, enfatiza o caráter social da linguagem e, consequentemente, o seu caráter dialógico: “a palavra dirige-se a um interlocutor”. E é a presença desse interlocutor que definirá o seu perfil, ou seja, em função do ouvinte, ela será mais formal ou mais coloquial, mais cuidada ou mais solta. A presença do interlocutor é também o elemento desafiante, que vai provocar o sujeito para que ele organize sua expressão verbal. Assim, Bakhtin conclui que “não é a atividade mental que organiza a expressão, mas, ao contrário, é a expressão que organiza a atividade mental, que a modela e determina sua orientação”.

      Diante de uma afirmação como essa, vemos o quanto é importante e mesmo determinante, no desenvolvimento da criança e do jovem, a interação professor/alunos e alunos/alunos no cotidiano escolar. E vemos o quanto é essencial que o professor estimule o exercício da verbalização entre eles, o quanto é necessário que eles aprendam a se colocar como ouvintes dos colegas e a disciplinar o acesso à fala, permitindo que todos tenham o direito à sua própria palavra. Essa é a condição mesma do desenvolvimento cognitivo de todos e condição para o desenvolvimento e o domínio da linguagem.   

      É ainda Bakhtin quem esclarece melhor, mostrando o quanto é importante o interlocutor em todo processo de enunciação: “Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. Através da palavra defino-me em relação ao outro, isto é, em última análise, em relação à coletividade. A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim, numa extremidade, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor. A palavra é o território comum do locutor e do interlocutor.”  

      O papel representado pelo grupo social com que se convive e que nos serve de interlocutor é da maior importância, diante do que Bakhtin nos expõe. Penso que, para nós, professores que atuamos na escola pública brasileira, interagindo com crianças e jovens provenientes dos meios sociais dos mais desfavorecidos, atentar para essa questão da linguagem é um imperativo básico. Só assim, com um olhar munido de uma compreensão maior, podemos melhor cumprir a tarefa que o nosso tempo histórico nos coloca. A escola constitui, para muitas dessas crianças e jovens, um dos poucos, talvez o único interlocutor em condições de interagir com eles e contribuir para a evolução de sua linguagem. E é bom lembrar, mais uma vez: seu desenvolvimento cognitivo depende do desenvolvimento de sua linguagem. Gostaria de lembrar que, diante de um livro ou de um texto, no ato de leitura somos desafiados por este interlocutor que nos fala através da palavra impressa. Ao ler, nós organizamos um discurso interno ao sermos provocados pelo discurso lido, nos lembramos de leituras ou experiências anteriores, relacionamos com outros textos que tratam do mesmo assunto. Mesmo quando não comentamos o texto com alguém, mesmo quando não escrevemos uma crítica ou resenha sobre ele, nós temos uma participação ativa na interação com a linguagem e com o sentido do texto. Essa é também uma forma de diálogo, e das mais enriquecedoras.
 
(MARIA, Luzia de. Amor literário: dez instigantes roteiros para você viajar pela cultura letrada. Rio: Ler & Cultivar  editora, 2016, p. 250-1.)

A assertiva marcada linguisticamente no texto para ser entendida pelo leitor como uma possibilidade é:

Alternativas
Comentários
  • Gab. D - Só assim, com um olhar munido de uma compreensão maior, podemos melhor cumprir a tarefa que o nosso tempo histórico nos coloca. (§ 5)


ID
2922376
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1    

 

      O estudioso russo Mikhail Bakhtin afirma que não existe atividade mental sem expressão linguística e que devemos “eliminar de saída o princípio de uma distinção qualitativa entre o conteúdo interior e a expressão exterior”. No meio escolar, é muito comum o aluno afirmar que sabe determinado assunto, mas que não sabe expressar, não sabe falar sobre ele.  

      Bakhtin, como precursor da linguística moderna, enfatiza o caráter social da linguagem e, consequentemente, o seu caráter dialógico: “a palavra dirige-se a um interlocutor”. E é a presença desse interlocutor que definirá o seu perfil, ou seja, em função do ouvinte, ela será mais formal ou mais coloquial, mais cuidada ou mais solta. A presença do interlocutor é também o elemento desafiante, que vai provocar o sujeito para que ele organize sua expressão verbal. Assim, Bakhtin conclui que “não é a atividade mental que organiza a expressão, mas, ao contrário, é a expressão que organiza a atividade mental, que a modela e determina sua orientação”.

      Diante de uma afirmação como essa, vemos o quanto é importante e mesmo determinante, no desenvolvimento da criança e do jovem, a interação professor/alunos e alunos/alunos no cotidiano escolar. E vemos o quanto é essencial que o professor estimule o exercício da verbalização entre eles, o quanto é necessário que eles aprendam a se colocar como ouvintes dos colegas e a disciplinar o acesso à fala, permitindo que todos tenham o direito à sua própria palavra. Essa é a condição mesma do desenvolvimento cognitivo de todos e condição para o desenvolvimento e o domínio da linguagem.   

      É ainda Bakhtin quem esclarece melhor, mostrando o quanto é importante o interlocutor em todo processo de enunciação: “Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. Através da palavra defino-me em relação ao outro, isto é, em última análise, em relação à coletividade. A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim, numa extremidade, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor. A palavra é o território comum do locutor e do interlocutor.”  

      O papel representado pelo grupo social com que se convive e que nos serve de interlocutor é da maior importância, diante do que Bakhtin nos expõe. Penso que, para nós, professores que atuamos na escola pública brasileira, interagindo com crianças e jovens provenientes dos meios sociais dos mais desfavorecidos, atentar para essa questão da linguagem é um imperativo básico. Só assim, com um olhar munido de uma compreensão maior, podemos melhor cumprir a tarefa que o nosso tempo histórico nos coloca. A escola constitui, para muitas dessas crianças e jovens, um dos poucos, talvez o único interlocutor em condições de interagir com eles e contribuir para a evolução de sua linguagem. E é bom lembrar, mais uma vez: seu desenvolvimento cognitivo depende do desenvolvimento de sua linguagem. Gostaria de lembrar que, diante de um livro ou de um texto, no ato de leitura somos desafiados por este interlocutor que nos fala através da palavra impressa. Ao ler, nós organizamos um discurso interno ao sermos provocados pelo discurso lido, nos lembramos de leituras ou experiências anteriores, relacionamos com outros textos que tratam do mesmo assunto. Mesmo quando não comentamos o texto com alguém, mesmo quando não escrevemos uma crítica ou resenha sobre ele, nós temos uma participação ativa na interação com a linguagem e com o sentido do texto. Essa é também uma forma de diálogo, e das mais enriquecedoras.
 
(MARIA, Luzia de. Amor literário: dez instigantes roteiros para você viajar pela cultura letrada. Rio: Ler & Cultivar  editora, 2016, p. 250-1.)

Em Comunicação em prosa moderna (14 ed. Rio: FGV, 1988, p. X), pretende Othon M. Garcia “dar aos jovens uma orientação capaz de levá-los a pensar com clareza e objetividade para terem o que dizer e poderem expressar-se com eficácia”. Daí o subtítulo de seu livro: “aprenda a escrever, aprendendo a pensar”. Quanto ao ponto de vista expresso por esse mestre, eis a posição de Mikhail Bakhtin:

Alternativas
Comentários
  • Gaba - C.

  • Gab. C

    Segundo Othon M. Garcia: “dar aos jovens uma orientação capaz de levá-los a pensar com clareza e objetividade para terem o que dizer e poderem expressar-se com eficácia.”

    Já conforme Mikhail Bakhtin: "(...) Assim, Bakhtin conclui que “não é a atividade mental que organiza a expressão, mas, ao contrário, é a expressão que organiza a atividade mental, que a modela e determina sua orientação." (2º parágrafo)

    Portanto, as ideias são opostas.


ID
2922379
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1    

 

      O estudioso russo Mikhail Bakhtin afirma que não existe atividade mental sem expressão linguística e que devemos “eliminar de saída o princípio de uma distinção qualitativa entre o conteúdo interior e a expressão exterior”. No meio escolar, é muito comum o aluno afirmar que sabe determinado assunto, mas que não sabe expressar, não sabe falar sobre ele.  

      Bakhtin, como precursor da linguística moderna, enfatiza o caráter social da linguagem e, consequentemente, o seu caráter dialógico: “a palavra dirige-se a um interlocutor”. E é a presença desse interlocutor que definirá o seu perfil, ou seja, em função do ouvinte, ela será mais formal ou mais coloquial, mais cuidada ou mais solta. A presença do interlocutor é também o elemento desafiante, que vai provocar o sujeito para que ele organize sua expressão verbal. Assim, Bakhtin conclui que “não é a atividade mental que organiza a expressão, mas, ao contrário, é a expressão que organiza a atividade mental, que a modela e determina sua orientação”.

      Diante de uma afirmação como essa, vemos o quanto é importante e mesmo determinante, no desenvolvimento da criança e do jovem, a interação professor/alunos e alunos/alunos no cotidiano escolar. E vemos o quanto é essencial que o professor estimule o exercício da verbalização entre eles, o quanto é necessário que eles aprendam a se colocar como ouvintes dos colegas e a disciplinar o acesso à fala, permitindo que todos tenham o direito à sua própria palavra. Essa é a condição mesma do desenvolvimento cognitivo de todos e condição para o desenvolvimento e o domínio da linguagem.   

      É ainda Bakhtin quem esclarece melhor, mostrando o quanto é importante o interlocutor em todo processo de enunciação: “Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. Através da palavra defino-me em relação ao outro, isto é, em última análise, em relação à coletividade. A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim, numa extremidade, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor. A palavra é o território comum do locutor e do interlocutor.”  

      O papel representado pelo grupo social com que se convive e que nos serve de interlocutor é da maior importância, diante do que Bakhtin nos expõe. Penso que, para nós, professores que atuamos na escola pública brasileira, interagindo com crianças e jovens provenientes dos meios sociais dos mais desfavorecidos, atentar para essa questão da linguagem é um imperativo básico. Só assim, com um olhar munido de uma compreensão maior, podemos melhor cumprir a tarefa que o nosso tempo histórico nos coloca. A escola constitui, para muitas dessas crianças e jovens, um dos poucos, talvez o único interlocutor em condições de interagir com eles e contribuir para a evolução de sua linguagem. E é bom lembrar, mais uma vez: seu desenvolvimento cognitivo depende do desenvolvimento de sua linguagem. Gostaria de lembrar que, diante de um livro ou de um texto, no ato de leitura somos desafiados por este interlocutor que nos fala através da palavra impressa. Ao ler, nós organizamos um discurso interno ao sermos provocados pelo discurso lido, nos lembramos de leituras ou experiências anteriores, relacionamos com outros textos que tratam do mesmo assunto. Mesmo quando não comentamos o texto com alguém, mesmo quando não escrevemos uma crítica ou resenha sobre ele, nós temos uma participação ativa na interação com a linguagem e com o sentido do texto. Essa é também uma forma de diálogo, e das mais enriquecedoras.
 
(MARIA, Luzia de. Amor literário: dez instigantes roteiros para você viajar pela cultura letrada. Rio: Ler & Cultivar  editora, 2016, p. 250-1.)

Dentre os pronomes em destaque, aquele que, no parágrafo 5, faz referência exofórica é:

Alternativas
Comentários
  • GAB: C

    Endofórica – relaciona termos dentro do texto. Se divide em anafórica e catafórica.

    Exofórica – relaciona termos de fora do texto para dentro. Também é chamada de dêitica, díctica

    Anafórica – faz referência a algo já dito anteriormente no texto.

    Eg. Matei o presidente. Aquele homem governava com sangue.

    Catafórica – faz referência a algo que ainda será dito no texto.

    Eg. Nossa meta é esta: ganhar dinheiro;

    Dêitica – localiza alguma coisa no espaço/tempo;

    Eg. Ali será amarelo. (faz referência a algo externo, que não está no texto).

    Fonte:

  • Todas as alternativas fazem referência a fatos ou coisas já citadas no texto. A letra c é a única que se refere a elemento que não foi mencionado no texto, que é externo ao texto. Logo, ela é o gabarito.
  • Nosso faz referência aos professores que atuam em escola pública, não? Alguém dá uma luz, não estou achando o por quê da resposta ser letra C.


ID
2922382
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1    

 

      O estudioso russo Mikhail Bakhtin afirma que não existe atividade mental sem expressão linguística e que devemos “eliminar de saída o princípio de uma distinção qualitativa entre o conteúdo interior e a expressão exterior”. No meio escolar, é muito comum o aluno afirmar que sabe determinado assunto, mas que não sabe expressar, não sabe falar sobre ele.  

      Bakhtin, como precursor da linguística moderna, enfatiza o caráter social da linguagem e, consequentemente, o seu caráter dialógico: “a palavra dirige-se a um interlocutor”. E é a presença desse interlocutor que definirá o seu perfil, ou seja, em função do ouvinte, ela será mais formal ou mais coloquial, mais cuidada ou mais solta. A presença do interlocutor é também o elemento desafiante, que vai provocar o sujeito para que ele organize sua expressão verbal. Assim, Bakhtin conclui que “não é a atividade mental que organiza a expressão, mas, ao contrário, é a expressão que organiza a atividade mental, que a modela e determina sua orientação”.

      Diante de uma afirmação como essa, vemos o quanto é importante e mesmo determinante, no desenvolvimento da criança e do jovem, a interação professor/alunos e alunos/alunos no cotidiano escolar. E vemos o quanto é essencial que o professor estimule o exercício da verbalização entre eles, o quanto é necessário que eles aprendam a se colocar como ouvintes dos colegas e a disciplinar o acesso à fala, permitindo que todos tenham o direito à sua própria palavra. Essa é a condição mesma do desenvolvimento cognitivo de todos e condição para o desenvolvimento e o domínio da linguagem.   

      É ainda Bakhtin quem esclarece melhor, mostrando o quanto é importante o interlocutor em todo processo de enunciação: “Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. Através da palavra defino-me em relação ao outro, isto é, em última análise, em relação à coletividade. A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim, numa extremidade, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor. A palavra é o território comum do locutor e do interlocutor.”  

      O papel representado pelo grupo social com que se convive e que nos serve de interlocutor é da maior importância, diante do que Bakhtin nos expõe. Penso que, para nós, professores que atuamos na escola pública brasileira, interagindo com crianças e jovens provenientes dos meios sociais dos mais desfavorecidos, atentar para essa questão da linguagem é um imperativo básico. Só assim, com um olhar munido de uma compreensão maior, podemos melhor cumprir a tarefa que o nosso tempo histórico nos coloca. A escola constitui, para muitas dessas crianças e jovens, um dos poucos, talvez o único interlocutor em condições de interagir com eles e contribuir para a evolução de sua linguagem. E é bom lembrar, mais uma vez: seu desenvolvimento cognitivo depende do desenvolvimento de sua linguagem. Gostaria de lembrar que, diante de um livro ou de um texto, no ato de leitura somos desafiados por este interlocutor que nos fala através da palavra impressa. Ao ler, nós organizamos um discurso interno ao sermos provocados pelo discurso lido, nos lembramos de leituras ou experiências anteriores, relacionamos com outros textos que tratam do mesmo assunto. Mesmo quando não comentamos o texto com alguém, mesmo quando não escrevemos uma crítica ou resenha sobre ele, nós temos uma participação ativa na interação com a linguagem e com o sentido do texto. Essa é também uma forma de diálogo, e das mais enriquecedoras.
 
(MARIA, Luzia de. Amor literário: dez instigantes roteiros para você viajar pela cultura letrada. Rio: Ler & Cultivar  editora, 2016, p. 250-1.)

Altera-se fundamentalmente o sentido de: “Ela é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém” (§ 4) com a seguinte redação:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    ela é determinada não pelo fato de que procede de alguém, MAS SIM que pelo fato de que se dirige para alguém.


ID
2922385
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1    

 

      O estudioso russo Mikhail Bakhtin afirma que não existe atividade mental sem expressão linguística e que devemos “eliminar de saída o princípio de uma distinção qualitativa entre o conteúdo interior e a expressão exterior”. No meio escolar, é muito comum o aluno afirmar que sabe determinado assunto, mas que não sabe expressar, não sabe falar sobre ele.  

      Bakhtin, como precursor da linguística moderna, enfatiza o caráter social da linguagem e, consequentemente, o seu caráter dialógico: “a palavra dirige-se a um interlocutor”. E é a presença desse interlocutor que definirá o seu perfil, ou seja, em função do ouvinte, ela será mais formal ou mais coloquial, mais cuidada ou mais solta. A presença do interlocutor é também o elemento desafiante, que vai provocar o sujeito para que ele organize sua expressão verbal. Assim, Bakhtin conclui que “não é a atividade mental que organiza a expressão, mas, ao contrário, é a expressão que organiza a atividade mental, que a modela e determina sua orientação”.

      Diante de uma afirmação como essa, vemos o quanto é importante e mesmo determinante, no desenvolvimento da criança e do jovem, a interação professor/alunos e alunos/alunos no cotidiano escolar. E vemos o quanto é essencial que o professor estimule o exercício da verbalização entre eles, o quanto é necessário que eles aprendam a se colocar como ouvintes dos colegas e a disciplinar o acesso à fala, permitindo que todos tenham o direito à sua própria palavra. Essa é a condição mesma do desenvolvimento cognitivo de todos e condição para o desenvolvimento e o domínio da linguagem.   

      É ainda Bakhtin quem esclarece melhor, mostrando o quanto é importante o interlocutor em todo processo de enunciação: “Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. Através da palavra defino-me em relação ao outro, isto é, em última análise, em relação à coletividade. A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim, numa extremidade, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor. A palavra é o território comum do locutor e do interlocutor.”  

      O papel representado pelo grupo social com que se convive e que nos serve de interlocutor é da maior importância, diante do que Bakhtin nos expõe. Penso que, para nós, professores que atuamos na escola pública brasileira, interagindo com crianças e jovens provenientes dos meios sociais dos mais desfavorecidos, atentar para essa questão da linguagem é um imperativo básico. Só assim, com um olhar munido de uma compreensão maior, podemos melhor cumprir a tarefa que o nosso tempo histórico nos coloca. A escola constitui, para muitas dessas crianças e jovens, um dos poucos, talvez o único interlocutor em condições de interagir com eles e contribuir para a evolução de sua linguagem. E é bom lembrar, mais uma vez: seu desenvolvimento cognitivo depende do desenvolvimento de sua linguagem. Gostaria de lembrar que, diante de um livro ou de um texto, no ato de leitura somos desafiados por este interlocutor que nos fala através da palavra impressa. Ao ler, nós organizamos um discurso interno ao sermos provocados pelo discurso lido, nos lembramos de leituras ou experiências anteriores, relacionamos com outros textos que tratam do mesmo assunto. Mesmo quando não comentamos o texto com alguém, mesmo quando não escrevemos uma crítica ou resenha sobre ele, nós temos uma participação ativa na interação com a linguagem e com o sentido do texto. Essa é também uma forma de diálogo, e das mais enriquecedoras.
 
(MARIA, Luzia de. Amor literário: dez instigantes roteiros para você viajar pela cultura letrada. Rio: Ler & Cultivar  editora, 2016, p. 250-1.)

No enunciado: “Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte” (§ 4), é possível, sem alteração de sentido, substituir o nome “produto” pela seguinte metáfora, já cristalizada na língua:

Alternativas
Comentários
  • Resposta certa D.

  • A FONTE

    A MATRIZ

    A MOLA

    SABENDO O USO DO ARTIGO JÁ DAVA PARA ELIMINAR 3.

    RESTARIA : O FRUTO /O FATOR

    JÁ ELIMINAVA O FATOR,POIS NÃO TEM NADA A VER COM PRODUTO.

    RESPOSTA : O FRUTO

  • semântica - fruto é o único termo com significado para produto


ID
2922388
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1    

 

      O estudioso russo Mikhail Bakhtin afirma que não existe atividade mental sem expressão linguística e que devemos “eliminar de saída o princípio de uma distinção qualitativa entre o conteúdo interior e a expressão exterior”. No meio escolar, é muito comum o aluno afirmar que sabe determinado assunto, mas que não sabe expressar, não sabe falar sobre ele.  

      Bakhtin, como precursor da linguística moderna, enfatiza o caráter social da linguagem e, consequentemente, o seu caráter dialógico: “a palavra dirige-se a um interlocutor”. E é a presença desse interlocutor que definirá o seu perfil, ou seja, em função do ouvinte, ela será mais formal ou mais coloquial, mais cuidada ou mais solta. A presença do interlocutor é também o elemento desafiante, que vai provocar o sujeito para que ele organize sua expressão verbal. Assim, Bakhtin conclui que “não é a atividade mental que organiza a expressão, mas, ao contrário, é a expressão que organiza a atividade mental, que a modela e determina sua orientação”.

      Diante de uma afirmação como essa, vemos o quanto é importante e mesmo determinante, no desenvolvimento da criança e do jovem, a interação professor/alunos e alunos/alunos no cotidiano escolar. E vemos o quanto é essencial que o professor estimule o exercício da verbalização entre eles, o quanto é necessário que eles aprendam a se colocar como ouvintes dos colegas e a disciplinar o acesso à fala, permitindo que todos tenham o direito à sua própria palavra. Essa é a condição mesma do desenvolvimento cognitivo de todos e condição para o desenvolvimento e o domínio da linguagem.   

      É ainda Bakhtin quem esclarece melhor, mostrando o quanto é importante o interlocutor em todo processo de enunciação: “Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. Através da palavra defino-me em relação ao outro, isto é, em última análise, em relação à coletividade. A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim, numa extremidade, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor. A palavra é o território comum do locutor e do interlocutor.”  

      O papel representado pelo grupo social com que se convive e que nos serve de interlocutor é da maior importância, diante do que Bakhtin nos expõe. Penso que, para nós, professores que atuamos na escola pública brasileira, interagindo com crianças e jovens provenientes dos meios sociais dos mais desfavorecidos, atentar para essa questão da linguagem é um imperativo básico. Só assim, com um olhar munido de uma compreensão maior, podemos melhor cumprir a tarefa que o nosso tempo histórico nos coloca. A escola constitui, para muitas dessas crianças e jovens, um dos poucos, talvez o único interlocutor em condições de interagir com eles e contribuir para a evolução de sua linguagem. E é bom lembrar, mais uma vez: seu desenvolvimento cognitivo depende do desenvolvimento de sua linguagem. Gostaria de lembrar que, diante de um livro ou de um texto, no ato de leitura somos desafiados por este interlocutor que nos fala através da palavra impressa. Ao ler, nós organizamos um discurso interno ao sermos provocados pelo discurso lido, nos lembramos de leituras ou experiências anteriores, relacionamos com outros textos que tratam do mesmo assunto. Mesmo quando não comentamos o texto com alguém, mesmo quando não escrevemos uma crítica ou resenha sobre ele, nós temos uma participação ativa na interação com a linguagem e com o sentido do texto. Essa é também uma forma de diálogo, e das mais enriquecedoras.
 
(MARIA, Luzia de. Amor literário: dez instigantes roteiros para você viajar pela cultura letrada. Rio: Ler & Cultivar  editora, 2016, p. 250-1.)

Na passagem: “em função do ouvinte, ela será mais formal ou mais coloquial, mais cuidada ou mais solta” (§ 2), faz-se no texto alusão a:

Alternativas
Comentários
  • Oi, sim.

  • Gabarito - B.

    (registros da língua padrão).

  • por que registro da lingua padrão????????????????????

  • Alguém sabe explicar porque do "registro da língua padrão?"

  • Gabarito: B

    REGISTRO DA LÍNGUA

    registro linguístico é a utilização seletiva de uma linguagem para adaptar a expressão a um determinado auditório ou finalidade. Certas escolhas, especialmente as lexicais e sintáticas, mas também o tom e o grau de liberdade em relação às regras da língua, permitem ajustar a comunicação a uma situação: as pessoas se expressam de forma diferente conforme o ouvinte seja um parente, um desconhecido, uma criança ou um superior hierárquico, e segundo a sua idade, meio social e nível cultural.

    Por isso, explica-se que em função do ouvinte, ela (a linguagem) será mais formal ou mais coloquial, mais cuidada ou mais solta.

  • ♣ Dialetos: estão relacionados às  próprias de uma região ou território, bem como às variações encontradas na fala de determinados grupos sociais. As diferenças linguísticas também estão associadas à idade dos falantes, sexo, nível de exposição aos saberes convencionais e à própria evolução histórica da língua.

    ♣ Registros: estão relacionados às variedades padrão e não padrão. O grau de formalidade em determinada situação comunicacional definirá qual registro será adotado: a norma culta ou a norma popular. A melhor opção será aquela que cumprir melhor sua função social, estabelecendo assim uma maior sintonia entre os interlocutores. Isso quer dizer que cada situação requer do falante um comportamento linguístico específico: você, em uma entrevista de emprego ou em um seminário da escola, certamente adotará a norma culta, evitando assim dialetos e gírias (marcas do coloquialismo), da mesma maneira que fará escolhas linguísticas informais em suas relações cotidianas com a família e amigos.

    https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/dialetos-registros-no-portugues-brasileiro.htm

  • A rigor, as questções da banca e dessa prova versam sobre LÍNGUISTICA e não sobre interpretação de textos. por isso o alto percentual de erros e a sensação de "nunca ter lido sobre isso.


ID
2922391
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1    

 

      O estudioso russo Mikhail Bakhtin afirma que não existe atividade mental sem expressão linguística e que devemos “eliminar de saída o princípio de uma distinção qualitativa entre o conteúdo interior e a expressão exterior”. No meio escolar, é muito comum o aluno afirmar que sabe determinado assunto, mas que não sabe expressar, não sabe falar sobre ele.  

      Bakhtin, como precursor da linguística moderna, enfatiza o caráter social da linguagem e, consequentemente, o seu caráter dialógico: “a palavra dirige-se a um interlocutor”. E é a presença desse interlocutor que definirá o seu perfil, ou seja, em função do ouvinte, ela será mais formal ou mais coloquial, mais cuidada ou mais solta. A presença do interlocutor é também o elemento desafiante, que vai provocar o sujeito para que ele organize sua expressão verbal. Assim, Bakhtin conclui que “não é a atividade mental que organiza a expressão, mas, ao contrário, é a expressão que organiza a atividade mental, que a modela e determina sua orientação”.

      Diante de uma afirmação como essa, vemos o quanto é importante e mesmo determinante, no desenvolvimento da criança e do jovem, a interação professor/alunos e alunos/alunos no cotidiano escolar. E vemos o quanto é essencial que o professor estimule o exercício da verbalização entre eles, o quanto é necessário que eles aprendam a se colocar como ouvintes dos colegas e a disciplinar o acesso à fala, permitindo que todos tenham o direito à sua própria palavra. Essa é a condição mesma do desenvolvimento cognitivo de todos e condição para o desenvolvimento e o domínio da linguagem.   

      É ainda Bakhtin quem esclarece melhor, mostrando o quanto é importante o interlocutor em todo processo de enunciação: “Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. Através da palavra defino-me em relação ao outro, isto é, em última análise, em relação à coletividade. A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim, numa extremidade, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor. A palavra é o território comum do locutor e do interlocutor.”  

      O papel representado pelo grupo social com que se convive e que nos serve de interlocutor é da maior importância, diante do que Bakhtin nos expõe. Penso que, para nós, professores que atuamos na escola pública brasileira, interagindo com crianças e jovens provenientes dos meios sociais dos mais desfavorecidos, atentar para essa questão da linguagem é um imperativo básico. Só assim, com um olhar munido de uma compreensão maior, podemos melhor cumprir a tarefa que o nosso tempo histórico nos coloca. A escola constitui, para muitas dessas crianças e jovens, um dos poucos, talvez o único interlocutor em condições de interagir com eles e contribuir para a evolução de sua linguagem. E é bom lembrar, mais uma vez: seu desenvolvimento cognitivo depende do desenvolvimento de sua linguagem. Gostaria de lembrar que, diante de um livro ou de um texto, no ato de leitura somos desafiados por este interlocutor que nos fala através da palavra impressa. Ao ler, nós organizamos um discurso interno ao sermos provocados pelo discurso lido, nos lembramos de leituras ou experiências anteriores, relacionamos com outros textos que tratam do mesmo assunto. Mesmo quando não comentamos o texto com alguém, mesmo quando não escrevemos uma crítica ou resenha sobre ele, nós temos uma participação ativa na interação com a linguagem e com o sentido do texto. Essa é também uma forma de diálogo, e das mais enriquecedoras.
 
(MARIA, Luzia de. Amor literário: dez instigantes roteiros para você viajar pela cultura letrada. Rio: Ler & Cultivar  editora, 2016, p. 250-1.)

Considere-se o período: “Mesmo quando não comentamos o texto com alguém, mesmo quando não escrevemos uma crítica ou resenha sobre ele, nós temos uma participação ativa na interação com a linguagem e com o sentido do texto” (§ 5). Chamando-se, pela ordem, de A, B e C suas orações, seria um grande equívoco afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • CIRCUNSTÂNCIA DE TEMPO E

  • Por curiosidade, o sentido empregado é de concessão ?

  • sentido de AINDA QUE, MESMO QUE, ... = Concessão

  • SERIA UM GRANDE EQUÍVOCO...

  • QUANDO - INDICA TEMPO

  • Letra E

    "seria um grande equívoco afirmar que:" Para mim teria que marcar a alternativa errada, mas eu achei que a Letra E fosse a única certa... ou seja, não entendi nada !

  • Seria um grande equívoco uma questão dessa na prova!

  • Mesmo que = concessão

    diferente

    Mesmo quando = circunstância de tempo


ID
2922394
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2
 
       – Por que o senhor está sentado aí tão sozinho? indagou Alice, sem querer iniciar uma discussão. – Ora essa, porque não tem ninguém aqui comigo! – gritou Humpty-Dumpty. – Pensou que eu não saberia responder essa, hein? Pergunte outra.
 
(CARROLL, Lewis. Através do espelho e o que Alice encontrou lá. Trad. de Sebastião Uchoa Leite. 2 ed. Rio, Fontana-Summus, 1977, p. 192.)
 
       No hilariante diálogo que trava com Humpty-Dumpty, personagem surrealista do País do Espelho, Alice vê-se inúmeras vezes perplexa diante dos conceitos e da argumentação com que ele agressivamente a enfrenta. Conciliadora, ela procura sempre um novo assunto para reiniciar a conversa, tentando apaziguar o mau humor de seu irascível interlocutor. É difícil: lá vem ele em nova investida verbal, armado de um raciocínio aparentemente invulnerável. Nesta réplica alucinada, todavia, por mais vitorioso que Humpty-Dumpty se considere, quem escorregou na lógica foi ele. Nem podia ser de outro modo, pois sua cabeça (cabeça? ou corpo? Alice não sabe se a faixa que o circunda é uma gravata ou um cinto) funciona, como tudo nesse mundo surreal, por um processo de inversão da realidade.  

      Preocupada com a situação daquele estranho ser com formato de ovo – sentado sobre um muro do qual poderia a qualquer momento cair, espatifando-se –,  Alice quer saber a causa de estar ele ali tão só. Sua dúvida situa-se em um núcleo da frase interrogativa, precisamente aquele que corresponderia ao motivo desconhecido, e por isso mesmo questionado: “por quê?”. A resposta a uma interrogação nuclear deve preencher o vazio do mundo interrogante com um conteúdo esclarecedor. Os demais elementos da frase já são do conhecimento de Alice e equivalem a uma asserção: “O senhor está sentado aí tão sozinho”.   

      Se Humpty-Dumpty não queria responder ao que ela indagava, então dissesse algo como “não me amole”, ou “o problema é meu”. Mas, como ele pretendeu satisfazer a curiosidade da menina, esperava-se um adjunto ou uma oração adverbial de causa, que poderia ser “por preguiça”, “por não ter coisa mais interessante para fazer”, ou ainda “porque este é um bom lugar e porque gosto de estar só”. 

      A frase marota de Humpty-Dumpty é engraçada porque, em que pese sua aparente lógica, ele não respondeu à pergunta feita. Ignorando o item “estar aí sentado”, que se inclui na dúvida de Alice, pretendeu esclarecer somente a causa de sua solidão. Na verdade, porém, limitou-se a definir o que é estar sozinho: é não ter ninguém consigo. Sua resposta é parecida com ele e com seu nome: os dois lados de um ovo são praticamente iguais.    

      Menos que uma definição, suas palavras são uma redundância, uma imagem espelhada de algo que Alice já sabia, visto que acabara de dizê-lo.  

      O fundamento dessa confusão armada por Humpty-Dumpty é de natureza gramatical – mais especificamente, sintática: ele não utilizou, como deveria, uma oração subordinada causal (o que a menina esperava), mas uma coordenada explicativa, que não esclarecia a dúvida de Alice. 

      O problema, então, é distinguir a explicativa da causal, quando a conjunção que as encabeça é, fonética e fonologicamente, a mesma: porque. De um ponto de vista sintático, porém, não o é. Aliás, “não o são” – no plural, visto que se trata de duas conjunções diferentes.  

      Como distingui-las? Não é simples. Mas esperamos que, ao término das reflexões que vamos desenvolver, isso fique, no mínimo, claro. Ou até fácil. Mário de Andrade não diz que “abasta a gente saber”? 

 (CARONE. Flávia de Barros. Coordenação e subordinação, confrontos e contrastes. São Paulo: Ática, 1988, p. 7-9.)

Distinguir as orações coordenadas explicativas das subordinadas causais não é simples, e tem sido objeto de estudos recentes de não poucos estudiosos da língua. “Não é simples” (§ 8), concede a autora, para logo em seguida anunciar que pretende:

Alternativas
Comentários
  • Gab. A - refutar a tese da dificuldade.

  • Significado de Refutar. verbo transitivo direto Derrubar as afirmações alheias usando alegações irrecusáveis.

    O mais importante é o que vem depois do "Mas" = conjunção adversativa: "ao término das reflexões que vamos desenvolver, isso fique, no mínimo, claro. Ou até fácil. Mário de Andrade não diz que “abasta a gente saber”?", isto é, esclarecer o entendimento da diferença entre as conjunções explicativas e causais!

    Assim o verbo refutar = derrubar a tese da dificuldade.

    Caso haja algum equívoco, peço-lhes que reportem ajuda!


ID
2922397
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2
 
       – Por que o senhor está sentado aí tão sozinho? indagou Alice, sem querer iniciar uma discussão. – Ora essa, porque não tem ninguém aqui comigo! – gritou Humpty-Dumpty. – Pensou que eu não saberia responder essa, hein? Pergunte outra.
 
(CARROLL, Lewis. Através do espelho e o que Alice encontrou lá. Trad. de Sebastião Uchoa Leite. 2 ed. Rio, Fontana-Summus, 1977, p. 192.)
 
       No hilariante diálogo que trava com Humpty-Dumpty, personagem surrealista do País do Espelho, Alice vê-se inúmeras vezes perplexa diante dos conceitos e da argumentação com que ele agressivamente a enfrenta. Conciliadora, ela procura sempre um novo assunto para reiniciar a conversa, tentando apaziguar o mau humor de seu irascível interlocutor. É difícil: lá vem ele em nova investida verbal, armado de um raciocínio aparentemente invulnerável. Nesta réplica alucinada, todavia, por mais vitorioso que Humpty-Dumpty se considere, quem escorregou na lógica foi ele. Nem podia ser de outro modo, pois sua cabeça (cabeça? ou corpo? Alice não sabe se a faixa que o circunda é uma gravata ou um cinto) funciona, como tudo nesse mundo surreal, por um processo de inversão da realidade.  

      Preocupada com a situação daquele estranho ser com formato de ovo – sentado sobre um muro do qual poderia a qualquer momento cair, espatifando-se –,  Alice quer saber a causa de estar ele ali tão só. Sua dúvida situa-se em um núcleo da frase interrogativa, precisamente aquele que corresponderia ao motivo desconhecido, e por isso mesmo questionado: “por quê?”. A resposta a uma interrogação nuclear deve preencher o vazio do mundo interrogante com um conteúdo esclarecedor. Os demais elementos da frase já são do conhecimento de Alice e equivalem a uma asserção: “O senhor está sentado aí tão sozinho”.   

      Se Humpty-Dumpty não queria responder ao que ela indagava, então dissesse algo como “não me amole”, ou “o problema é meu”. Mas, como ele pretendeu satisfazer a curiosidade da menina, esperava-se um adjunto ou uma oração adverbial de causa, que poderia ser “por preguiça”, “por não ter coisa mais interessante para fazer”, ou ainda “porque este é um bom lugar e porque gosto de estar só”. 

      A frase marota de Humpty-Dumpty é engraçada porque, em que pese sua aparente lógica, ele não respondeu à pergunta feita. Ignorando o item “estar aí sentado”, que se inclui na dúvida de Alice, pretendeu esclarecer somente a causa de sua solidão. Na verdade, porém, limitou-se a definir o que é estar sozinho: é não ter ninguém consigo. Sua resposta é parecida com ele e com seu nome: os dois lados de um ovo são praticamente iguais.    

      Menos que uma definição, suas palavras são uma redundância, uma imagem espelhada de algo que Alice já sabia, visto que acabara de dizê-lo.  

      O fundamento dessa confusão armada por Humpty-Dumpty é de natureza gramatical – mais especificamente, sintática: ele não utilizou, como deveria, uma oração subordinada causal (o que a menina esperava), mas uma coordenada explicativa, que não esclarecia a dúvida de Alice. 

      O problema, então, é distinguir a explicativa da causal, quando a conjunção que as encabeça é, fonética e fonologicamente, a mesma: porque. De um ponto de vista sintático, porém, não o é. Aliás, “não o são” – no plural, visto que se trata de duas conjunções diferentes.  

      Como distingui-las? Não é simples. Mas esperamos que, ao término das reflexões que vamos desenvolver, isso fique, no mínimo, claro. Ou até fácil. Mário de Andrade não diz que “abasta a gente saber”? 

 (CARONE. Flávia de Barros. Coordenação e subordinação, confrontos e contrastes. São Paulo: Ática, 1988, p. 7-9.)

“A resposta a uma interrogação nuclear deve preencher o vazio do mundo interrogante com um conteúdo esclarecedor” (§ 2), afirma-se no texto. Dentre as interrogações nucleares a seguir, aquela cujo núcleo interrogativo é um pronome encontra-se em:

Alternativas
Comentários
  • ONDE ESTÃO SEUS PAIS, LETRA E

  • Mesmo a pergunta sendo estranha: o núcleo interrogativo, eu dava por certo ser o gabarito ser a letra E.

    Como digo as vezes e minha mãe que é professora diz também "O nosso português não é nosso", pois nem um brasileiro é capaz de entender todas as regras e invenções que alguns "intelectuais" (aparecidos mesmo) fazem para complicar, a cada dia que se passa, o "nosso" português. Assim como nosso país, a nossa língua também é uma baderna.

  • GABARITO: A

    Ignoro a QUEM (núcleo interrogativo=pronome) ela está querendo se referir.

  • GAB A

    Pronomes Interrogativos

    São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso.

    São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações).

    Por exemplo:

    Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.

    Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas preferes.

    Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos passageiros desembarcaram.

    https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf53.php

  • A)Ignoro a quem ela está querendo se referir.- GABARITO

    B)Gostaria de saber como você está se sentindo hoje.- NÚCLEO INTERROGATIVO: ADVÉRBIO DE MODO

    C)É bom que me diga por que brigou com sua mãe.-NÚCLEO INTERROGATIVO: PREPOSIÇÃO+ PRONOME

    D)Pergunto-lhe quando me devolverá os livros.-NÚCLEO INTERROGATIVO:ADVÉRBIO DE TEMPO

    E)Faça o favor de me dizer onde estão seus pais.-NÚCLEO INTERROGATIVO:ADVÉRBIO DE LUGAR


ID
2922400
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2
 
       – Por que o senhor está sentado aí tão sozinho? indagou Alice, sem querer iniciar uma discussão. – Ora essa, porque não tem ninguém aqui comigo! – gritou Humpty-Dumpty. – Pensou que eu não saberia responder essa, hein? Pergunte outra.
 
(CARROLL, Lewis. Através do espelho e o que Alice encontrou lá. Trad. de Sebastião Uchoa Leite. 2 ed. Rio, Fontana-Summus, 1977, p. 192.)
 
       No hilariante diálogo que trava com Humpty-Dumpty, personagem surrealista do País do Espelho, Alice vê-se inúmeras vezes perplexa diante dos conceitos e da argumentação com que ele agressivamente a enfrenta. Conciliadora, ela procura sempre um novo assunto para reiniciar a conversa, tentando apaziguar o mau humor de seu irascível interlocutor. É difícil: lá vem ele em nova investida verbal, armado de um raciocínio aparentemente invulnerável. Nesta réplica alucinada, todavia, por mais vitorioso que Humpty-Dumpty se considere, quem escorregou na lógica foi ele. Nem podia ser de outro modo, pois sua cabeça (cabeça? ou corpo? Alice não sabe se a faixa que o circunda é uma gravata ou um cinto) funciona, como tudo nesse mundo surreal, por um processo de inversão da realidade.  

      Preocupada com a situação daquele estranho ser com formato de ovo – sentado sobre um muro do qual poderia a qualquer momento cair, espatifando-se –,  Alice quer saber a causa de estar ele ali tão só. Sua dúvida situa-se em um núcleo da frase interrogativa, precisamente aquele que corresponderia ao motivo desconhecido, e por isso mesmo questionado: “por quê?”. A resposta a uma interrogação nuclear deve preencher o vazio do mundo interrogante com um conteúdo esclarecedor. Os demais elementos da frase já são do conhecimento de Alice e equivalem a uma asserção: “O senhor está sentado aí tão sozinho”.   

      Se Humpty-Dumpty não queria responder ao que ela indagava, então dissesse algo como “não me amole”, ou “o problema é meu”. Mas, como ele pretendeu satisfazer a curiosidade da menina, esperava-se um adjunto ou uma oração adverbial de causa, que poderia ser “por preguiça”, “por não ter coisa mais interessante para fazer”, ou ainda “porque este é um bom lugar e porque gosto de estar só”. 

      A frase marota de Humpty-Dumpty é engraçada porque, em que pese sua aparente lógica, ele não respondeu à pergunta feita. Ignorando o item “estar aí sentado”, que se inclui na dúvida de Alice, pretendeu esclarecer somente a causa de sua solidão. Na verdade, porém, limitou-se a definir o que é estar sozinho: é não ter ninguém consigo. Sua resposta é parecida com ele e com seu nome: os dois lados de um ovo são praticamente iguais.    

      Menos que uma definição, suas palavras são uma redundância, uma imagem espelhada de algo que Alice já sabia, visto que acabara de dizê-lo.  

      O fundamento dessa confusão armada por Humpty-Dumpty é de natureza gramatical – mais especificamente, sintática: ele não utilizou, como deveria, uma oração subordinada causal (o que a menina esperava), mas uma coordenada explicativa, que não esclarecia a dúvida de Alice. 

      O problema, então, é distinguir a explicativa da causal, quando a conjunção que as encabeça é, fonética e fonologicamente, a mesma: porque. De um ponto de vista sintático, porém, não o é. Aliás, “não o são” – no plural, visto que se trata de duas conjunções diferentes.  

      Como distingui-las? Não é simples. Mas esperamos que, ao término das reflexões que vamos desenvolver, isso fique, no mínimo, claro. Ou até fácil. Mário de Andrade não diz que “abasta a gente saber”? 

 (CARONE. Flávia de Barros. Coordenação e subordinação, confrontos e contrastes. São Paulo: Ática, 1988, p. 7-9.)

Em: “diante dos conceitos e da argumentação COM que ele agressivamente a enfrenta” (§ 1) e em: “Preocupada COM a situação daquele estranho ser com formato de ovo” (§ 2), a preposição em destaque expressa, respectivamente, os seguintes valores relacionais:

Alternativas
Comentários
  • Só não entendi porque o segundo COM tem valor de causa...

  • A frase após o "COM" é a causa dela tá preocupado.

  • Instrumento? Não entendi!

    Com (valor de causa)

    “Preocupada COM a situação daquele estranho ser com formato de ovo”

    (sempre olhar para o que vem depois da preposição)

    estava preocupada por causa da situação daquele estranho ser.....

  • Apesar de ter acertado...difícil. Gostaria de saber a explicação da primeira ser instrumento.

  •  “diante dos conceitos e da argumentação COM que ele agressivamente a enfrenta” 

    Com o que enfrenta? conceitos e argumentos.

    Logo "instrumento"

  • Alternativa "e".

  • entendi foi nada

  • Alice vê-se inúmeras vezes perplexa diante dos conceitos e da argumentação com que ele agressivamente a enfrenta. Conciliadora ,dessa forma usa meios ou seja instrumentos para um novo dialogo , ela procura sempre um novo assunto para reiniciar a conversa, tentando apaziguar o mau humor de seu irascível interlocutor. COM( equivale as varias formas de lida com o cabeça de ovo, rs 

    Caio Ferreira olha o texto em que Alice fala.
    Preocupada com a situação daquele estranho ser com formato de ovo – sentado sobre um muro do qual poderia a qualquer momento cair, espatifando-se –,  Alice quer saber a causa de estar ele ali tão só.

  • diante dos conceitos e da argumentação que ele faz uso (=instrumento) para enfrentá-la

  • Peçam o comentário do professor: porque a maioria errou e quem acertou não sabe o porquê.

  • COM a argumentação = o instrumento é a argumentação

    a CAUSA da preocupação era a situação.....

  • Ele a enfrenta com argumentação - instrumento

    A Alice ficou preocupada porque o estranho tinha formato de ovo - causa


ID
2922403
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2
 
       – Por que o senhor está sentado aí tão sozinho? indagou Alice, sem querer iniciar uma discussão. – Ora essa, porque não tem ninguém aqui comigo! – gritou Humpty-Dumpty. – Pensou que eu não saberia responder essa, hein? Pergunte outra.
 
(CARROLL, Lewis. Através do espelho e o que Alice encontrou lá. Trad. de Sebastião Uchoa Leite. 2 ed. Rio, Fontana-Summus, 1977, p. 192.)
 
       No hilariante diálogo que trava com Humpty-Dumpty, personagem surrealista do País do Espelho, Alice vê-se inúmeras vezes perplexa diante dos conceitos e da argumentação com que ele agressivamente a enfrenta. Conciliadora, ela procura sempre um novo assunto para reiniciar a conversa, tentando apaziguar o mau humor de seu irascível interlocutor. É difícil: lá vem ele em nova investida verbal, armado de um raciocínio aparentemente invulnerável. Nesta réplica alucinada, todavia, por mais vitorioso que Humpty-Dumpty se considere, quem escorregou na lógica foi ele. Nem podia ser de outro modo, pois sua cabeça (cabeça? ou corpo? Alice não sabe se a faixa que o circunda é uma gravata ou um cinto) funciona, como tudo nesse mundo surreal, por um processo de inversão da realidade.  

      Preocupada com a situação daquele estranho ser com formato de ovo – sentado sobre um muro do qual poderia a qualquer momento cair, espatifando-se –,  Alice quer saber a causa de estar ele ali tão só. Sua dúvida situa-se em um núcleo da frase interrogativa, precisamente aquele que corresponderia ao motivo desconhecido, e por isso mesmo questionado: “por quê?”. A resposta a uma interrogação nuclear deve preencher o vazio do mundo interrogante com um conteúdo esclarecedor. Os demais elementos da frase já são do conhecimento de Alice e equivalem a uma asserção: “O senhor está sentado aí tão sozinho”.   

      Se Humpty-Dumpty não queria responder ao que ela indagava, então dissesse algo como “não me amole”, ou “o problema é meu”. Mas, como ele pretendeu satisfazer a curiosidade da menina, esperava-se um adjunto ou uma oração adverbial de causa, que poderia ser “por preguiça”, “por não ter coisa mais interessante para fazer”, ou ainda “porque este é um bom lugar e porque gosto de estar só”. 

      A frase marota de Humpty-Dumpty é engraçada porque, em que pese sua aparente lógica, ele não respondeu à pergunta feita. Ignorando o item “estar aí sentado”, que se inclui na dúvida de Alice, pretendeu esclarecer somente a causa de sua solidão. Na verdade, porém, limitou-se a definir o que é estar sozinho: é não ter ninguém consigo. Sua resposta é parecida com ele e com seu nome: os dois lados de um ovo são praticamente iguais.    

      Menos que uma definição, suas palavras são uma redundância, uma imagem espelhada de algo que Alice já sabia, visto que acabara de dizê-lo.  

      O fundamento dessa confusão armada por Humpty-Dumpty é de natureza gramatical – mais especificamente, sintática: ele não utilizou, como deveria, uma oração subordinada causal (o que a menina esperava), mas uma coordenada explicativa, que não esclarecia a dúvida de Alice. 

      O problema, então, é distinguir a explicativa da causal, quando a conjunção que as encabeça é, fonética e fonologicamente, a mesma: porque. De um ponto de vista sintático, porém, não o é. Aliás, “não o são” – no plural, visto que se trata de duas conjunções diferentes.  

      Como distingui-las? Não é simples. Mas esperamos que, ao término das reflexões que vamos desenvolver, isso fique, no mínimo, claro. Ou até fácil. Mário de Andrade não diz que “abasta a gente saber”? 

 (CARONE. Flávia de Barros. Coordenação e subordinação, confrontos e contrastes. São Paulo: Ática, 1988, p. 7-9.)

A opção em que a conjunção COMO tem o mesmo valor sintático-semântico que em: “ele não utilizou, como deveria, uma oração subordinada causal” (§ 6) é:

Alternativas
Comentários
  • Conformativas= segundo, como, conforme, consoante.

  • Qual o erro da B?

  • Rômulo, na alternativa B o 'como' é uma conjunção comparativa.

  • Letra A) Como tem função de adverbio de modo - Não sabemos de que maneira Alice......

    Letra B) Como tem função de conjunção aditiva - susbtitui o como por " e também"

    Letra C) Como tem função de conjunção causal - substitui por porque - Porque é conciliadora

    Letra D) Conjunção conformativa - substitui por conforme

    Letra E) Pronome relativo - substitui por modo, maneira, jeito, forma.

  • Adverbial conformativa – Pode ser substituído por “conforme”, “segundo”.

  •  “ele não utilizou, como deveria, uma oração subordinada causal” 

    equivale a:

     “ele não utilizou, conforme deveria, uma oração subordinada causal” 

    a) como => modo

    b) como => assim como (comparativo)

    c) como => causal

    d) como => conforme

    e) como => pronome relativo (pelo qual)


ID
2922406
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2
 
       – Por que o senhor está sentado aí tão sozinho? indagou Alice, sem querer iniciar uma discussão. – Ora essa, porque não tem ninguém aqui comigo! – gritou Humpty-Dumpty. – Pensou que eu não saberia responder essa, hein? Pergunte outra.
 
(CARROLL, Lewis. Através do espelho e o que Alice encontrou lá. Trad. de Sebastião Uchoa Leite. 2 ed. Rio, Fontana-Summus, 1977, p. 192.)
 
       No hilariante diálogo que trava com Humpty-Dumpty, personagem surrealista do País do Espelho, Alice vê-se inúmeras vezes perplexa diante dos conceitos e da argumentação com que ele agressivamente a enfrenta. Conciliadora, ela procura sempre um novo assunto para reiniciar a conversa, tentando apaziguar o mau humor de seu irascível interlocutor. É difícil: lá vem ele em nova investida verbal, armado de um raciocínio aparentemente invulnerável. Nesta réplica alucinada, todavia, por mais vitorioso que Humpty-Dumpty se considere, quem escorregou na lógica foi ele. Nem podia ser de outro modo, pois sua cabeça (cabeça? ou corpo? Alice não sabe se a faixa que o circunda é uma gravata ou um cinto) funciona, como tudo nesse mundo surreal, por um processo de inversão da realidade.  

      Preocupada com a situação daquele estranho ser com formato de ovo – sentado sobre um muro do qual poderia a qualquer momento cair, espatifando-se –,  Alice quer saber a causa de estar ele ali tão só. Sua dúvida situa-se em um núcleo da frase interrogativa, precisamente aquele que corresponderia ao motivo desconhecido, e por isso mesmo questionado: “por quê?”. A resposta a uma interrogação nuclear deve preencher o vazio do mundo interrogante com um conteúdo esclarecedor. Os demais elementos da frase já são do conhecimento de Alice e equivalem a uma asserção: “O senhor está sentado aí tão sozinho”.   

      Se Humpty-Dumpty não queria responder ao que ela indagava, então dissesse algo como “não me amole”, ou “o problema é meu”. Mas, como ele pretendeu satisfazer a curiosidade da menina, esperava-se um adjunto ou uma oração adverbial de causa, que poderia ser “por preguiça”, “por não ter coisa mais interessante para fazer”, ou ainda “porque este é um bom lugar e porque gosto de estar só”. 

      A frase marota de Humpty-Dumpty é engraçada porque, em que pese sua aparente lógica, ele não respondeu à pergunta feita. Ignorando o item “estar aí sentado”, que se inclui na dúvida de Alice, pretendeu esclarecer somente a causa de sua solidão. Na verdade, porém, limitou-se a definir o que é estar sozinho: é não ter ninguém consigo. Sua resposta é parecida com ele e com seu nome: os dois lados de um ovo são praticamente iguais.    

      Menos que uma definição, suas palavras são uma redundância, uma imagem espelhada de algo que Alice já sabia, visto que acabara de dizê-lo.  

      O fundamento dessa confusão armada por Humpty-Dumpty é de natureza gramatical – mais especificamente, sintática: ele não utilizou, como deveria, uma oração subordinada causal (o que a menina esperava), mas uma coordenada explicativa, que não esclarecia a dúvida de Alice. 

      O problema, então, é distinguir a explicativa da causal, quando a conjunção que as encabeça é, fonética e fonologicamente, a mesma: porque. De um ponto de vista sintático, porém, não o é. Aliás, “não o são” – no plural, visto que se trata de duas conjunções diferentes.  

      Como distingui-las? Não é simples. Mas esperamos que, ao término das reflexões que vamos desenvolver, isso fique, no mínimo, claro. Ou até fácil. Mário de Andrade não diz que “abasta a gente saber”? 

 (CARONE. Flávia de Barros. Coordenação e subordinação, confrontos e contrastes. São Paulo: Ática, 1988, p. 7-9.)

Altera-se o sentido de: “A frase marota de Humpty-Dumpty é engraçada porque, em que pese sua aparente lógica, ele não respondeu à pergunta feita” (§ 4), substituindo-se a locução prepositiva “em que pese” por:

Alternativas
Comentários
  • alguém entendeu?

    os sinônimos de

    "em que pese" são apesar deainda quemesmo quenão obstanteemboramalgradonada obstanteindependentemente de.

  • vai entender....

  • que loca esse questão!!

  • A questão está pedindo qual das alternativas ALTERA o sentido da frase. A única que altera é a letra "B".

  • A questão pediu a expressão que NÃO tem sentido concessivo, isto é, que tem sentido diferente de "em que pese". A única alternativa que tem sentido diferente de "em que pese", é "por força de", que tem sentido de confirmação, explicação.

  • Pega Ratão!

  • Essa maldita pressa de não ler o enunciado !

  • A questão pede a que altera o sentido

  • Todas a demais trazem um contexto concessivo.

  • Gab. B - por força de.


ID
2922409
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2
 
       – Por que o senhor está sentado aí tão sozinho? indagou Alice, sem querer iniciar uma discussão. – Ora essa, porque não tem ninguém aqui comigo! – gritou Humpty-Dumpty. – Pensou que eu não saberia responder essa, hein? Pergunte outra.
 
(CARROLL, Lewis. Através do espelho e o que Alice encontrou lá. Trad. de Sebastião Uchoa Leite. 2 ed. Rio, Fontana-Summus, 1977, p. 192.)
 
       No hilariante diálogo que trava com Humpty-Dumpty, personagem surrealista do País do Espelho, Alice vê-se inúmeras vezes perplexa diante dos conceitos e da argumentação com que ele agressivamente a enfrenta. Conciliadora, ela procura sempre um novo assunto para reiniciar a conversa, tentando apaziguar o mau humor de seu irascível interlocutor. É difícil: lá vem ele em nova investida verbal, armado de um raciocínio aparentemente invulnerável. Nesta réplica alucinada, todavia, por mais vitorioso que Humpty-Dumpty se considere, quem escorregou na lógica foi ele. Nem podia ser de outro modo, pois sua cabeça (cabeça? ou corpo? Alice não sabe se a faixa que o circunda é uma gravata ou um cinto) funciona, como tudo nesse mundo surreal, por um processo de inversão da realidade.  

      Preocupada com a situação daquele estranho ser com formato de ovo – sentado sobre um muro do qual poderia a qualquer momento cair, espatifando-se –,  Alice quer saber a causa de estar ele ali tão só. Sua dúvida situa-se em um núcleo da frase interrogativa, precisamente aquele que corresponderia ao motivo desconhecido, e por isso mesmo questionado: “por quê?”. A resposta a uma interrogação nuclear deve preencher o vazio do mundo interrogante com um conteúdo esclarecedor. Os demais elementos da frase já são do conhecimento de Alice e equivalem a uma asserção: “O senhor está sentado aí tão sozinho”.   

      Se Humpty-Dumpty não queria responder ao que ela indagava, então dissesse algo como “não me amole”, ou “o problema é meu”. Mas, como ele pretendeu satisfazer a curiosidade da menina, esperava-se um adjunto ou uma oração adverbial de causa, que poderia ser “por preguiça”, “por não ter coisa mais interessante para fazer”, ou ainda “porque este é um bom lugar e porque gosto de estar só”. 

      A frase marota de Humpty-Dumpty é engraçada porque, em que pese sua aparente lógica, ele não respondeu à pergunta feita. Ignorando o item “estar aí sentado”, que se inclui na dúvida de Alice, pretendeu esclarecer somente a causa de sua solidão. Na verdade, porém, limitou-se a definir o que é estar sozinho: é não ter ninguém consigo. Sua resposta é parecida com ele e com seu nome: os dois lados de um ovo são praticamente iguais.    

      Menos que uma definição, suas palavras são uma redundância, uma imagem espelhada de algo que Alice já sabia, visto que acabara de dizê-lo.  

      O fundamento dessa confusão armada por Humpty-Dumpty é de natureza gramatical – mais especificamente, sintática: ele não utilizou, como deveria, uma oração subordinada causal (o que a menina esperava), mas uma coordenada explicativa, que não esclarecia a dúvida de Alice. 

      O problema, então, é distinguir a explicativa da causal, quando a conjunção que as encabeça é, fonética e fonologicamente, a mesma: porque. De um ponto de vista sintático, porém, não o é. Aliás, “não o são” – no plural, visto que se trata de duas conjunções diferentes.  

      Como distingui-las? Não é simples. Mas esperamos que, ao término das reflexões que vamos desenvolver, isso fique, no mínimo, claro. Ou até fácil. Mário de Andrade não diz que “abasta a gente saber”? 

 (CARONE. Flávia de Barros. Coordenação e subordinação, confrontos e contrastes. São Paulo: Ática, 1988, p. 7-9.)

O sinal de dois pontos empregado após: “É difícil” (§ 1), “equivalem a uma asserção” (§ 2), “estar sozinho” (§ 4), “parecida com ele e com seu nome” (§ 4) e “mais especificamente, sintática” (§ 6) sinaliza, na escrita, uma pausa que anuncia uma:

Alternativas
Comentários
  • Os dois-pontos são usados:

    Em enumerações

    Exemplo: A mulher foi à feira e levou: dinheiro, uma sacola, cartão de crédito, um porta-níquel, e uma luva. Uma luva?

    Antes de uma citação

    Exemplos: A respeito de fazer o bem aos outros, Confúcio disse certa vez: “O ver o bem e não fazê-lo é sinal de covardia.”

    Por toda rigidez acerca dos pensamentos do século XIX, Nietzsche disse: “E falsa seja para nós toda verdade que não tenha sido acompanhada por uma gargalhada”.

    Quando se quer esclarecer algo

    Exemplos: Ele conquistou o que tanto desejava: uma vaga no TRT de Brasília.

    Abriu mão do que mais gostava: acordar tarde. Mas foi recompensado por isso.

    No vocativo em cartas, sejam comerciais ou sociais (ou vírgulas)

    Exemplo: Querida amiga: (ou ,)

    Estarei na sua casa no próximo mês. Tenho muito que te contar. (...)

    Após as palavras: exemplo, observação, nota, importante etc.

    Exemplos:

    a) Importante: Não se esqueça de colocar hífen na palavra ponto-e-vírgula.

    b) Observação: o ponto de interrogação pode indicar surpresa: Mesmo?

    https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/doispontos.htm

  • Gab. C - explicação ou justificativa.


ID
2922412
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2
 
       – Por que o senhor está sentado aí tão sozinho? indagou Alice, sem querer iniciar uma discussão. – Ora essa, porque não tem ninguém aqui comigo! – gritou Humpty-Dumpty. – Pensou que eu não saberia responder essa, hein? Pergunte outra.
 
(CARROLL, Lewis. Através do espelho e o que Alice encontrou lá. Trad. de Sebastião Uchoa Leite. 2 ed. Rio, Fontana-Summus, 1977, p. 192.)
 
       No hilariante diálogo que trava com Humpty-Dumpty, personagem surrealista do País do Espelho, Alice vê-se inúmeras vezes perplexa diante dos conceitos e da argumentação com que ele agressivamente a enfrenta. Conciliadora, ela procura sempre um novo assunto para reiniciar a conversa, tentando apaziguar o mau humor de seu irascível interlocutor. É difícil: lá vem ele em nova investida verbal, armado de um raciocínio aparentemente invulnerável. Nesta réplica alucinada, todavia, por mais vitorioso que Humpty-Dumpty se considere, quem escorregou na lógica foi ele. Nem podia ser de outro modo, pois sua cabeça (cabeça? ou corpo? Alice não sabe se a faixa que o circunda é uma gravata ou um cinto) funciona, como tudo nesse mundo surreal, por um processo de inversão da realidade.  

      Preocupada com a situação daquele estranho ser com formato de ovo – sentado sobre um muro do qual poderia a qualquer momento cair, espatifando-se –,  Alice quer saber a causa de estar ele ali tão só. Sua dúvida situa-se em um núcleo da frase interrogativa, precisamente aquele que corresponderia ao motivo desconhecido, e por isso mesmo questionado: “por quê?”. A resposta a uma interrogação nuclear deve preencher o vazio do mundo interrogante com um conteúdo esclarecedor. Os demais elementos da frase já são do conhecimento de Alice e equivalem a uma asserção: “O senhor está sentado aí tão sozinho”.   

      Se Humpty-Dumpty não queria responder ao que ela indagava, então dissesse algo como “não me amole”, ou “o problema é meu”. Mas, como ele pretendeu satisfazer a curiosidade da menina, esperava-se um adjunto ou uma oração adverbial de causa, que poderia ser “por preguiça”, “por não ter coisa mais interessante para fazer”, ou ainda “porque este é um bom lugar e porque gosto de estar só”. 

      A frase marota de Humpty-Dumpty é engraçada porque, em que pese sua aparente lógica, ele não respondeu à pergunta feita. Ignorando o item “estar aí sentado”, que se inclui na dúvida de Alice, pretendeu esclarecer somente a causa de sua solidão. Na verdade, porém, limitou-se a definir o que é estar sozinho: é não ter ninguém consigo. Sua resposta é parecida com ele e com seu nome: os dois lados de um ovo são praticamente iguais.    

      Menos que uma definição, suas palavras são uma redundância, uma imagem espelhada de algo que Alice já sabia, visto que acabara de dizê-lo.  

      O fundamento dessa confusão armada por Humpty-Dumpty é de natureza gramatical – mais especificamente, sintática: ele não utilizou, como deveria, uma oração subordinada causal (o que a menina esperava), mas uma coordenada explicativa, que não esclarecia a dúvida de Alice. 

      O problema, então, é distinguir a explicativa da causal, quando a conjunção que as encabeça é, fonética e fonologicamente, a mesma: porque. De um ponto de vista sintático, porém, não o é. Aliás, “não o são” – no plural, visto que se trata de duas conjunções diferentes.  

      Como distingui-las? Não é simples. Mas esperamos que, ao término das reflexões que vamos desenvolver, isso fique, no mínimo, claro. Ou até fácil. Mário de Andrade não diz que “abasta a gente saber”? 

 (CARONE. Flávia de Barros. Coordenação e subordinação, confrontos e contrastes. São Paulo: Ática, 1988, p. 7-9.)

A forma verbal cujo morfema que acumula as noções de MODO e TEMPO é zero está destacada em: 

Alternativas
Comentários
  • Alguém entendeu o que essa questão pede?
  • CARLOS, NADA.....

  • Modo verbal= indicativo, subjuntivo e imperativo.

    Qual das assertivas não está nesse modos? "E"

  • Partes das palavras indicam: Tempo, modo, número e pessoa. A questão pede uma palavra em que não haja como identificar o tempo e o modo por faltar tal partícula que evidenciaria isso.

    A) ConsideRE --> Indica modo subjuntivo

    B) CorrespondeRIA --> indica o tempo futuro do pretérito

    C) DisseSSE --> Indica modo subjuntivo no pretérito imperfeito

    D) AcabaRA --> Indica o tempo pretérito mais que perfeito

    E) Esperamos --> Não há indicação de modo ou tempo, o S indica número (plural) e o MO pessoa (no caso específico a 3º pessoa)

  • Li em algum lugar que tempo zero é o presente do indicativo. A única opção neste tempo verbal é a alternativa "e".

    De qualquer forma, vou pedir comentário do professor.

  • Morfema - uma parte da palavra

    O morfema que expressa o modo, o tempo a pessoa e o número é o último, a DESINÊNCIA.

    ESPER A MOS

    radical v. temática desinência numero - pessoal (3ª pessoa do plural)

  • Tendi nada

  • Alternativa E - 

    Esperamos - o S indica número e o MO pessoa. 

     a única que não possui indicação de modo e tempo.

    Modo: Indicativo (certeza), Subjuntivo (hipótese) e Imperativo (ordem)

    Tempo: Presente, pretérito (perfeito (concluído), imperfeito (não concluido - VA IA NHA ERA) e mais que perfeito (passado do passado), e Futuro (do presente - Eu estudaREI), do pretérito ( Eu disse (perfeito) que estudaRIA mais tarde) 

  • No trecho "ESPERAMOS que (...) isso fique, no mínimo, claro", a forma verbal destacada está conjugada no Presente do Indicativo, cuja estrutura é demonstrada a seguir:

     

    "esper-" [radical] + "a" [vogal temática] + morfema zero [desin. modo-temporal : Presente Indicativo] + "-mos" [desinência número-pessoal]

     

    Desse modo, eis a resposta: letra (E).

    Fonte: Professor Fabiano Sales

  • Não entendi.

  • ???????/ alguém me explica?

  • Vamos lá!

    Primeiro vamos entender o que são Desinências - São elementos que indicam a flexão da palavra. Podem ser:

    1) Nominais- flexionam-se aos nomes em gênero e número.

    2) Verbais - flexionam-se aos verbos em número, pessoa, tempo e modo. Podem ser:

    2.1) Desinências número-pessoas: aparecem depois das desinências modo-temporal (quando estas existirem) e indicam o número e a pessoa do Verbo. São as seguintes:

    1ª pes. do sing. - o, i (canto, amei)

    2ª pes. do sing. - s, ste, es (andas, partiste, cantares)

    3ª pes. do sing. - u (chorou)

    1ª pes. do plural - mos (louvamos)

    2ª pes. do plural - is, stes, des (falais, voltastes, olhardes)

    3ª pes. do plural - m, ram, em, o (vendem, compraram, gritarem, pedirão)

    2.2) Desinências modo-temporais: aparecem depois da vogal temática (quando esta existe), e se repetem em todas as pessoas. São as seguintes:

    Presente do Indicativo: Não há. (É zero).

    Pretérito Perfeito: Não há. (É zero).

    Pretérito Imperfeito: VA, VE, (1ª conj.); A, E (2ª e 3ª conjugações)

    Pretérito mais-que-perfeito: RA, RE (átonas)

    Futuro do Presente: RA, RE (tônicas)

    Futuro do Pretérito: RIA, RIE

    Presente do subjuntivo: E (1ª conj.); A (2ª e 3ª conjugações)

    Imperfeito do Subjuntivo: SSE

    Futuro do Subjuntivo: R

    Infinitivo: R

    Gerúndio: NDO

    Particípio: D, S, T

    Analisando a explicação, agora fica fácil de resolver a questão.

    A forma verbal cujo morfema que acumula as noções de MODO e TEMPO é zero está destacada em:

    A)por mais vitorioso que Humpty-Dumpty se CONSIDERE (§ 1) - Presente do subjuntivo - considerE.

    B)aquele que CORRESPONDERIA ao motivo desconhecido (§ 2) - Futuro do Pretérito - correspondeRIA.

    C)então DISSESSE algo como “não me amole” (§ 3) - Imperfeito do Subjuntivo - disseSSE.

    D)visto que ACABARA de dizê-lo (§ 5) - Pretérito mais-que-perfeito - acabaRA.

    E) ESPERAMOS que (...) isso fique, no mínimo, claro (§ 8) - Presente do indicativo - é zero.

    AVANTE!

  • Esta questão é uma verdadeira aula!

  • Muito ridícula essa questão!

  • A questão pede a alternativa que apresenta a palavra que não varia em MODO e TEMPO.

    ESPERAMOS não varia em MODO e TEMPO, pois ''mos'' é desinência número-pessoal, não modo-temporal.

  • Perdão Deus, eu achei que tava certa...rsrsrs

  • A única alternativa cujo verbo não apresenta desinência modo-temporal é a alternativa E.

    ESPERAMOS apresenta radical ( ESPER) + vogal temática ( A) + desinência número-pessoal (MOS).

  • Para responder à questão, você deve relacionar conhecimentos de outras áreas. Lembra-se de formação dos tempos simples? Nele, aprendemos que existem três tempos primitivos (presente do indicativo, pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo não flexionado, que não é bem um tempo, mas gera outros). Pois é. Guarde isso.

    A desinência que acumula as noções de modo e de tempo se chama desinência modo-temporal, a que chamamos carinhosamente de DMT. Acontece que, naqueles tempos primitivos, a DMT é zero (vazia), justamente porque ela dará lugar a uma morfe que ocupará esse espaço nos tempos derivados. Quer ver?

    Nós cantamos.

    A análise mórfica de cantamos se faz assim:

    CANT - A - [ ]- MOS

    (R + VT + DMT + DNP)

    Percebeu que a DMT está vazia, certo? Agora veja esse mesmo verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo, tempo derivado do pretérito perfeito do indicativo:

    Nós cantássemos

    CANT - Á - SSE - MOS

    Aquele espaço que antes estava vazio agora está preenchido. É por isso que os tempos primitivos não possuem DMT. Para, enfim, podermos responder à questão, precisamos encontrar o único verbo que está no presente do indicativo ou no pretérito perfeito do indicativo. Qual é?

    A) CONSIDERE: presente do subjuntivo

    B) CORRESPONDERIA: futuro do pretérito do indicativo

    C) DISSESSE: pretérito imperfeito do subjuntivo

    D) ACABARA: pretérito mais-que-perfeito do indicativo

    E) ESPERAMOS: presente do indicativo

    Sem mistérios! O gabarito é a letra E.

    Detalhe: sim, a forma "esperamos" pode estar no pretérito perfeito do indicativo, porém, naquele contexto, ele faz correlação com o verbo "fique", que está no presente do indicativo. Então, por correlação, sabe-se que "esperamos" está no presente do indicativo.

    Beijo no coração!

    P.S.: Sinto-me obrigado a comentar. Alguém aqui disse que, em esperamos, o s indica plural e o mo indica pessoa. Isso está supererrado. Só existem duas desinências verbais: as modo-temporais (DMT) e as número-pessoais (DNP). Então, na verdade, no verbo esperamos, o mos é uma DNP; por carregar duas características, ele é chamado de morfe cumulativo, mas isso é história para quem faz Letras...

  • Obrigada pela explicação Ana Griselada!

    Confesso que não entendi o que o examinador queria com essa questão. :(

  • Não dá para identificar se o verbo esperamos está conjugado no presente ou no pretérito perfeito porque esses tempos não têm desinência modo temporal . Só conseguimos perceber essa diferença pelo contexto.

    EX:Esperamos muito por você hoje. (o adjunto adverbial de tempo sinalizou que a ação se deu no presente)

    Esperamos muito por você ontem. (o adjunto adverbial de tempo sinalizou que a ação de deu ontem)

    Esses tempos (presente e pretérito perfeito) são chamados de primitivos porque são formadores de outros tempos.

    EX: ESPER A SSE MOS

    RADICAL VT DMT DNP

    Foi o que eu entendi pela explicação da aula da professora Isabel Vega aqui do Qconcursos

  • Segue a resolução da questão neste link

    https://drive.google.com/file/d/1SN1o4Hd8YLJzib0Qj4BCCKQlizB62kC2/view?usp=drivesdk

    GABARITO: E

    @simplificandoquestoescombizus (Jefferson Lima)

  • DESINENCIAS MODO TEMPORAI:

    INDICATIVO

    PRESENTE-o

    PPI- va/ia

    PII-va/ve/ia/ie

    FPI-ria/rie

    F.PRESENTE.I-ra/re

    SUBJUNTIVO

    PRESENTE-a/e

    PIS-sse

    FUTURO-r


ID
2922415
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2
 
       – Por que o senhor está sentado aí tão sozinho? indagou Alice, sem querer iniciar uma discussão. – Ora essa, porque não tem ninguém aqui comigo! – gritou Humpty-Dumpty. – Pensou que eu não saberia responder essa, hein? Pergunte outra.
 
(CARROLL, Lewis. Através do espelho e o que Alice encontrou lá. Trad. de Sebastião Uchoa Leite. 2 ed. Rio, Fontana-Summus, 1977, p. 192.)
 
       No hilariante diálogo que trava com Humpty-Dumpty, personagem surrealista do País do Espelho, Alice vê-se inúmeras vezes perplexa diante dos conceitos e da argumentação com que ele agressivamente a enfrenta. Conciliadora, ela procura sempre um novo assunto para reiniciar a conversa, tentando apaziguar o mau humor de seu irascível interlocutor. É difícil: lá vem ele em nova investida verbal, armado de um raciocínio aparentemente invulnerável. Nesta réplica alucinada, todavia, por mais vitorioso que Humpty-Dumpty se considere, quem escorregou na lógica foi ele. Nem podia ser de outro modo, pois sua cabeça (cabeça? ou corpo? Alice não sabe se a faixa que o circunda é uma gravata ou um cinto) funciona, como tudo nesse mundo surreal, por um processo de inversão da realidade.  

      Preocupada com a situação daquele estranho ser com formato de ovo – sentado sobre um muro do qual poderia a qualquer momento cair, espatifando-se –,  Alice quer saber a causa de estar ele ali tão só. Sua dúvida situa-se em um núcleo da frase interrogativa, precisamente aquele que corresponderia ao motivo desconhecido, e por isso mesmo questionado: “por quê?”. A resposta a uma interrogação nuclear deve preencher o vazio do mundo interrogante com um conteúdo esclarecedor. Os demais elementos da frase já são do conhecimento de Alice e equivalem a uma asserção: “O senhor está sentado aí tão sozinho”.   

      Se Humpty-Dumpty não queria responder ao que ela indagava, então dissesse algo como “não me amole”, ou “o problema é meu”. Mas, como ele pretendeu satisfazer a curiosidade da menina, esperava-se um adjunto ou uma oração adverbial de causa, que poderia ser “por preguiça”, “por não ter coisa mais interessante para fazer”, ou ainda “porque este é um bom lugar e porque gosto de estar só”. 

      A frase marota de Humpty-Dumpty é engraçada porque, em que pese sua aparente lógica, ele não respondeu à pergunta feita. Ignorando o item “estar aí sentado”, que se inclui na dúvida de Alice, pretendeu esclarecer somente a causa de sua solidão. Na verdade, porém, limitou-se a definir o que é estar sozinho: é não ter ninguém consigo. Sua resposta é parecida com ele e com seu nome: os dois lados de um ovo são praticamente iguais.    

      Menos que uma definição, suas palavras são uma redundância, uma imagem espelhada de algo que Alice já sabia, visto que acabara de dizê-lo.  

      O fundamento dessa confusão armada por Humpty-Dumpty é de natureza gramatical – mais especificamente, sintática: ele não utilizou, como deveria, uma oração subordinada causal (o que a menina esperava), mas uma coordenada explicativa, que não esclarecia a dúvida de Alice. 

      O problema, então, é distinguir a explicativa da causal, quando a conjunção que as encabeça é, fonética e fonologicamente, a mesma: porque. De um ponto de vista sintático, porém, não o é. Aliás, “não o são” – no plural, visto que se trata de duas conjunções diferentes.  

      Como distingui-las? Não é simples. Mas esperamos que, ao término das reflexões que vamos desenvolver, isso fique, no mínimo, claro. Ou até fácil. Mário de Andrade não diz que “abasta a gente saber”? 

 (CARONE. Flávia de Barros. Coordenação e subordinação, confrontos e contrastes. São Paulo: Ática, 1988, p. 7-9.)

Indica-se corretamente o processo de formação da palavra destacada em:

Alternativas
Comentários
  • Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.

  • GABARITO: LETRA C

    Derivação regressiva >>> nesse caso não há um acréscimo e sim uma redução da palavra:

    reiniciar a CONVERSA >>> primeiro vem o verbo "conversar" para depois nascer a "conversa". Conversar >>> conversa, observe que ocorreu uma redução na palavra.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Surrealista não seria parassintetica? tem prefixal e sufixal ao mesmo tempo, me ajudem!

  • Alice Ramos

    A palavra SURREALISTA é prefixal e sufixal porque, se tirar o prefixo, o sufixo ou os dois; a palavra não perde o sentido

    se tirar o prefixo(SUR) existe a palavra REALISTA

    se tirar o sufixo(ISTA) existe a palavra SURREAL

    se tirar o prefixo e o sufixo existe a palavra REAL

    Na derivação Parassintética, se tirar o prefixo ou sufixo, a palavra perde o sentido (a palavra Para de existir)

    Parassintética = Para de existir

    Exemplo:

    ENTARDECER

    Prefixo EN

    Sufixo ECER

    Se tirar o EN: TARDECER não existe

    Se tirar o ECER: ENTARD não existe

    Fonte:

  • GAB. B

    A) personagem SURREALISTA (§ 1) / derivação parassintética .ERRADO -DERIVAÇÃO PREFIXAL + SUFIXAL.

    B) reiniciar a CONVERSA (§ 1) / derivação regressiva. CORRETO!

    C) nova INVESTIDA verbal (§ 1) / derivação prefixal. ERRADO - DERIVAÇÃO PREFIXAL + SUFIXAL

    D) mundo INTERROGANTE (§ 2) / derivação imprópria. ERRADO - DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA.

    E) pretendeu ESCLARECER (§ 4) / derivação sufixal. ERRADO - DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA.

  • GABARITO: B

    Derivação: processo pelo qual novas palavras são formadas a partir de uma palavra, denominada primitiva, pelo acréscimo de novos elementos que modificam o sentido primitivo. As novas palavras que se formam, são chamadas de derivadas.

    A derivação pode ocorrer dos seguintes modos:

    Derivação prefixal: quando há o acréscimo de um prefixo ao radical;

    Derivação sufixal: quando há o acréscimo de um sufixo ao radical;

    Derivação prefixal e sufixal: quando há o acréscimo simultâneo de um sufixo e um prefixo ao radical (palavra pode ser formada somente com o prefixo ou sufixo. É o exemplo da palavra "infelizmente".

    Derivação parassintética: ocorre quando há o acréscimo simultâneo de um sufixo e prefixo ao radical, de forma que a palavra não exista só com o prefixo ou só com o sufixo. Ex.: Empobrecer: Em (prefixo) + pobre (radical) + cer (sufixo). Essa é a diferença da parassintética para a derivação prefixal e sufixal.

    Derivação regressiva: ocorre quando há a eliminação de sufixos ou desinências;

    Derivação imprópria: ocorre quando há mudança da classe gramatical.

    Composição: processo pelo qual novas palavras são formadas através da união de dois radicais. A composição pode ser por aglutinação ou justaposição.

    Por justaposição: quando não há alteração fonética nos radicais;

    Por aglutinação: quando há alteração fonética nos radicais.

    Hibridismo: palavras formadas por elementos provenientes de diferentes línguas.

    Onomatopeia: palavras que imitam sons.

    "Não pare até que tenha terminado aquilo que começou". - Baltasar Gracián.

    Bons estudos!

  • Para os mais sábios me tirarem a dúvida:

    Como "conversa" é uma Derivação Regressiva se vem acompanhada no artigo "a"? Não seria uma Derivação Imprópria?

    Segue: Conversar - a conversa

    Redução do infinitivo para torná-lo substantivo acrescentado do artigo.

    Ficaria grato pela informação. Boa sorte a todos!

  • REGRESSIVA

    CONCEITO

    Consiste em substituirmos a desinência de infinitivo  Ar Er Ir pelas desinências verbais -A -E -O

    Amar

    Am-A - 3l,3f

    Am-E - 3l,3f

    Am-O - 3l,3f

    Atacar

    Atac-A - 5l,5f

    Ataqu-E - 5l,5f

    Atac-O - 5l,5f

  • Derivação regressiva: Troca da terminação do verbo por ( a,e,o), resultando um substantivo abstrato.

    Falar= Fala

    Perder= Perda

  • Dica rápida:

    Viu um substantivo abstrato.. provavelmente será derivação regressiva ou deverbal.

    Exemplo: roubo, canto, danço...

    Sucesso, bons estudos, não Desista!

  • #PMMINAS


ID
2922418
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3
 

                                      ALUNA 

                         Conservo-te o meu sorriso

                        para, quando me encontrares,

                        veres que ainda tenho uns ares

                        de aluna do paraíso...


                         Leva sempre a minha imagem

                         a submissa rebeldia

                         dos que estudam todo o dia

                         sem chegar à aprendizagem...


                         – e, de salas interiores, 

                         por altíssimas janelas,

                         descobrem coisas mais belas,

                          rindo-se dos professores...


                          Gastarei meu tempo inteiro

                          nessa brincadeira triste;

                          mas na escola não existe

                          mais do que pena e tinteiro!


                           E toda a humana docência

                           para inventar-me um oficio

                           ou morre sem exercício

                           ou se perde na experiência...

         (MEIRELES, Cecília. Vaga música. Rio: Pongetti, 1942, p. 82-83.)


A passagem em que, no poema, Cecília recorre ao mesmo tipo de paradoxo por ela explorado em: “mas meu nome, de barca e estrela, / foi “SERENA DESESPERADA” é a seguinte:

Alternativas
Comentários
  • A submissão ao mesmo tempo em que se é rebelde

  • Eu queria entender o porquê do gabarito e também em qual trecho do texto está o fragmento retirado para fazer a comparação.

  • Gabarito: B

  • Não entendi a questão. Alguém pode explicar?


ID
2922421
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3
 

                                      ALUNA 

                         Conservo-te o meu sorriso

                        para, quando me encontrares,

                        veres que ainda tenho uns ares

                        de aluna do paraíso...


                         Leva sempre a minha imagem

                         a submissa rebeldia

                         dos que estudam todo o dia

                         sem chegar à aprendizagem...


                         – e, de salas interiores, 

                         por altíssimas janelas,

                         descobrem coisas mais belas,

                          rindo-se dos professores...


                          Gastarei meu tempo inteiro

                          nessa brincadeira triste;

                          mas na escola não existe

                          mais do que pena e tinteiro!


                           E toda a humana docência

                           para inventar-me um oficio

                           ou morre sem exercício

                           ou se perde na experiência...

         (MEIRELES, Cecília. Vaga música. Rio: Pongetti, 1942, p. 82-83.)


Dentre os substantivos em destaque, aquele em que o fato linguístico da homonímia gera uma possibilidade de ambiguidade expressiva que não pode passar despercebida na leitura do poema é:

Alternativas
Comentários
  • HOMÔNIMOS:

    São palavras que possuem a mesma pronúncia ou mesma grafia, mas significados diferentes.

    Exemplos:

    -Acento (sinal gráfico) - Assento (lugar onde se senta)

    -Cesto (de lixo, de roupas) - Sexto (referente ao número seis)

    -Cela (pequeno cômodo) - Sela (usada no lombo do cavalo para o cavaleiro sentar)

    -Coser (costurar) - Cozer (cozinhar)

    Se tratando da nossa questão o gabarito é letra E

    OBS: A palavra " PENA" não estaria mais para um HOMÓGRAFO ?

  • LEVY VIERA, Homonímia (palavras que possuem a mesma grafia ou a mesma pronúncia, mas com significados diferentes entre si.) é o GÊNERO e aí terá 3 espécies:

    Homônimas homógrafas: são as palavras que com a mesma grafia, mas com pronúncia e significados distintos. Exemplo: “gosto” (substantivo) e “gosto” (verbo gostar)​

    Homônimas homófonas: são palavras igual na pronúncia, mas diferentes na grafia e no significado. Exemplo: “ “cela” (substantivo) e “sela” (verbo).

    Homônimos perfeitos: são as palavras com a mesma grafia e pronúncia, mas com significados diferentes. Exemplo: “verão” (verbo) e “verão” (substantivo)

    LOGO, PENA SERÁ CLASSIFICADA DE ACORDO COM O ÚLTIMO CASO: "HOMONÌMO PERFEITO" MESMA GRAFIA, MESMA PRONÚNCIA E SIGNIFICADO DIFERENTE.

  • Homônimos são palavras escritas ou pronunciadas da mesma maneira, mas com significados diferentes.

    PENA- sanção aplicada como punição ou como reparação por uma ação julgada repreensível; castigo, condenação, penitência.sofrimento; aflição.compaixão, piedade, comiseração.tristeza, amargura, pesar.

     Pena O que reveste o corpo das aves.

  • pena foi o unico em que vi possibilidade de homonimia

  • Homônimos perfeitos

    Pena ----> pena perpétua

    Pena ----> as penas daquela ave...

  • Letra E

    Homônimos Perfeitos: Possuem som e grafia idênticos,mas significado diferente.


ID
2922424
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3
 

                                      ALUNA 

                         Conservo-te o meu sorriso

                        para, quando me encontrares,

                        veres que ainda tenho uns ares

                        de aluna do paraíso...


                         Leva sempre a minha imagem

                         a submissa rebeldia

                         dos que estudam todo o dia

                         sem chegar à aprendizagem...


                         – e, de salas interiores, 

                         por altíssimas janelas,

                         descobrem coisas mais belas,

                          rindo-se dos professores...


                          Gastarei meu tempo inteiro

                          nessa brincadeira triste;

                          mas na escola não existe

                          mais do que pena e tinteiro!


                           E toda a humana docência

                           para inventar-me um oficio

                           ou morre sem exercício

                           ou se perde na experiência...

         (MEIRELES, Cecília. Vaga música. Rio: Pongetti, 1942, p. 82-83.)


As duas estrofes em que se observam no poema apenas rimas ricas, isto é, rimas de palavras de classes distintas, são:

Alternativas

ID
2922427
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3
 

                                      ALUNA 

                         Conservo-te o meu sorriso

                        para, quando me encontrares,

                        veres que ainda tenho uns ares

                        de aluna do paraíso...


                         Leva sempre a minha imagem

                         a submissa rebeldia

                         dos que estudam todo o dia

                         sem chegar à aprendizagem...


                         – e, de salas interiores, 

                         por altíssimas janelas,

                         descobrem coisas mais belas,

                          rindo-se dos professores...


                          Gastarei meu tempo inteiro

                          nessa brincadeira triste;

                          mas na escola não existe

                          mais do que pena e tinteiro!


                           E toda a humana docência

                           para inventar-me um oficio

                           ou morre sem exercício

                           ou se perde na experiência...

         (MEIRELES, Cecília. Vaga música. Rio: Pongetti, 1942, p. 82-83.)


Dentre os demais versos do poema, aquele que apresenta a mesma distribuição de ictos – ou seja, de acentos tônicos – que “a submissa rebeldia” é:

Alternativas
Comentários
  • Não entendi a questão. Alguém pra explicar?
  • Eu sequer entendi essa questão

  • "Eu num to entendendo nada!"

    O Auto da compadecida, Vicentão.

  • nao entendi a questao

  • Pensei que só eu não tinha compreendido essa questão maluca. Porém minha maior surpresa não foi não entender, e sim o fato de acertar a questão

  • djabo é isso kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    chutei na E e fiz um golaço

  • Não entendi. Algum professor explique, por favor! Eu não sabia o que era "ictos", pesquisei, e vi ser a tonicidade da sílaba. Mas, mesmo em posse dessa informação eu não consegui captar o que a questão queria.

  • Eu chutei e acertei...fui na ideia do verso que tinha mais acento...chutômetro rsr

  • Também não entendi nada com nada, chutei e acertei kkkk se cair uma dessa na prova espero que meu chute seja igual esse kkkkkkkkkk

  • Bom, acho que ninguém entendeu a questão.

  • alguem me explica por favor, nao entendi nada de nada

  • Alguém explica essa questão, porque acho que até o examinador, está tentando entender o que escreveu.

  • Pelamor de Jeová!

    Alguém explica esse fenômeno.

  • Gabarito: LETRA E (para aqueles que não são assinantes!

    E só pra constar: NINGUÉM ENTENDEU NADA DESTA QUESTÃO!

  • A única observação que fiz a respeito desta questão é:

    a palavra rebeldia tem tonicidade em re-bel-dia (acento tônico), assim, uma paroxítona terminada em ditongo crescente e experiência (que consta na alternativa E) o mesmo caso.

    Acredito que seja esta a linha de pensamento para responder a questão. Solicitei comentário do professor.

    Se alguém verificar que errei peço, por favor, que comente para eu excluir o comentário para não dar informações errôneas.

  • Nem o examinador entendeu essa...

  • ''Num intindí" kkkkkkkkk

  • Marijuana antes de fazer a questão.

  • Ridícula essa questão!

  • ESSA QUESTÃO FOI MAL ELABORADA

  • Pelo visto ninguém entendeu a questão. haha

  • Na poesia, a métrica é diferente da divisão silábica convencional.

    Temos assim: "a submissa rebeldia"

    Os versos da poesia são heptassílabos (também chamados de redondilha maior). A divisão silábica seria:

    A sub-mis-sa re-bel-di-a (8 sílabas no total).

    A escansão junta os fonemas fundíveis (e essas fusões tem nomes) e exclui o fonema átono final, ficando assim:

    "A / sub/ mi/ ssa/ re/ bel/ di/ **a (sendo essa última sílaba excluída para efeitos de métrica, somando sete sílabas).

    Note que, apenas mis e di são tônicos e ocupam a posição 3 e 7. Outra nota importante é que sílaba tônica independe de acento agudo ou circunflexo. A sílaba tônica é a mais forte.

    Importante frisar que a divisão não pode ser como a convencional e eu deixei o mi sem o s para não confundir o efeito sonoro.

    a) de aluna do paraíso. Fica dividida da seguinte maneira:

    de a/ lu/ na/ do/ pa/ ra/ í/ ****so

    Nessa frase acontece uma Elisão, a soma de dois fonemas de palavras distintas formando uma nova contração.

    As sílabas tônicas são a segunda e a sétima, pois o verso está recheado de monossílabos átonos e cada palavra, quando não monossílaba átona, apresenta apenas uma sílaba tônica. (mesmo os novos conceitos de palavras derivadas, onde se inclui a ideia de subtônica, pós-tônica, extra tônica, e sei lá mais o que os gramáticos vão querer inventar, não cabem e não são necessários para a resolução dessa questão).

    b) mais do que pena e tinteiro.

    c) descobrem coisas mais belas.

    d) para inventar-me um ofício.

    Sendo assim, todas essas opções apresentam pelo menos 3 ou mais palavras (que não são monossílabos átonos) e já vão ter mais de 2 sílabas tônicas.

    Fica a opção (E) totalmente correta, já que apresenta a 3 e 7 como a do enunciado. Acontece uma elisão em na+ex e uma sinérese em riên (que é a soma intravocabular) ficando o verso também um heptassílabo.

  • Gabarito''E''.

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • Caramba...essa foi a questão mais difícil que eu já vi por aqui.

  • Uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia.

  • TENTO TER MUITA PACIENCIA COM ESSES NOVOS ALUNINHOS QUE NÃO SABEM USAR DE FORMA PRODUTIVA A PLATAFORMA, EM VEZ DE FICAR USANDO COMO SE FOSSE UM FACEBOOK....JURO QUE TENTO SER MUITO PACIENTE COM VOCES...

  • Alguém pode me explicar pq acertei essa questao ?

  • Eu entendi assim...

    Essa questão trabalha com a tonicidade das palavras. A expressão "submissa rebeldia" possui dois acentos tônicos, assim: subMIssa rebelDIa.

    de aLUna do PAraÍso -- 3 acentos tônicos

    MAIS do que PEna e tinTEIro -- 3 acentos tônicos

    desCObrem COIsas MAIS BElas -- 4 acentos tônicos

    PAra invenTAR-me um oFÍcio -- 3 acentos tônicos

    ou se PERde na experiÊNcia -- 2 acentos tônicos.

    A palavra "mais" é um monossílabo tônico, portanto ela entra para a conta. Palavras como "de", "do" e "ou" são átonas, então não entram para a conta. Então, segundo essa análise, a única alternativa que contém dois acentos tônicos, como na expressão "submissa rebeldia", é "ou se perde na experiência".

    Eu tentei verificar se as palavras deixaram de ser acentuadas pelo mesmo motivo (espelhando a regra de acentuação), mas não deu certo. Então, por falta de uma explicação melhor, fiquei com aquela acima.

  • 2020 e eu ainda não entendi a questão

  • COSEAC e seus enunciados sempre muito bem escritos, só que não. Acertei a questão até tentando usar uma lógica, mas foi tão tosca que nem vale a pena explicar, até porque tem chance de nem ser certo.

  • Isso é questão de acentuação???
  • Quê?!?!

  • ictos?


ID
2922430
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3
 

                                      ALUNA 

                         Conservo-te o meu sorriso

                        para, quando me encontrares,

                        veres que ainda tenho uns ares

                        de aluna do paraíso...


                         Leva sempre a minha imagem

                         a submissa rebeldia

                         dos que estudam todo o dia

                         sem chegar à aprendizagem...


                         – e, de salas interiores, 

                         por altíssimas janelas,

                         descobrem coisas mais belas,

                          rindo-se dos professores...


                          Gastarei meu tempo inteiro

                          nessa brincadeira triste;

                          mas na escola não existe

                          mais do que pena e tinteiro!


                           E toda a humana docência

                           para inventar-me um oficio

                           ou morre sem exercício

                           ou se perde na experiência...

         (MEIRELES, Cecília. Vaga música. Rio: Pongetti, 1942, p. 82-83.)


O verso em que se observa, no esquema rítmico do poema, um ditongo crescente intervocabular é:

Alternativas
Comentários
  • Alguém me ajude a entender pq a letra B, pois só vi HIATO nela.

  • Sem entender também, alguém me explica por favor?

  • Por favor alguém que explica essa questão?

  • Ao pessoal que não entendeu a questão, vou tentar explicar:

    O ditongo intervocabular se dá entre palavras diferentes que estão em uma sequência, ao contrário do ditongo intravocabular que ocorre dentro de uma mesma palavra.

    No meu entender, a assertiva b) está correta devido a sequência das palavras "dE + Aluna", em que temos um ditongo crescente intervocabular.

  • Também não entendi!!!!

  • Questão Péssima! Tanto os ditongos crescentes como os decrescentes necessitam de uma vogal + semivogal.

    Nessa alternativa B, tida como o gabarito, a parte "de aluna" até tem um encontro intervocabular, porém as vogais são A, E e O. Onde estaria a semivogal para ser de fato um ditongo crescente?!

  • Bom, eu realmente não sabia. Aprendi agora.

  • O hiato pode ser intravocabular, quando ocorre dentro de uma palavra; ou intervocabular, quando é consequência do encontro entre uma vogal final de uma palavra e a vogal inicial de outra.

    com o ditongo deve ser a mesma coisa. porém p ditongo é vogal+semi (decrescente) ou semi+vogal (crescente).

    agora, onde está esse encontro ? pq em "dE Aluna" eu vejo duas vogais

  • Tão tá bom né , próxima kkkk

  • pessoal, em 'de aluna' o 'e' tem som de 'i'... como sabemos 'i' é uma semi-vogal.

  • Invocado, essa questão muito boa, dialuna=de aluna primeiro é intravocabular e segundo intervocabular.ESSa questão é o tipo de questão para desempatar.

  • Invocado, essa questão muito boa, dialuna=de aluna primeiro é intravocabular e segundo intervocabular.ESSa questão é o tipo de questão para desempatar.

  • Desejável conhecimento de escansão:

    escansão

    substantivo feminino

    ato de decompor um verso em seus elementos métricos.

    Por métrica, entende-se toda a estruturação fonética mínima necessária para a leitura confluir como uma cantiga.

    A métrica é, acima de tudo, opcional para o poeta, desde que respeitada, de todas as formas, a escansão por cada verso igual em todo o poema.

    Con/ser/vo/-te o/ meu/ sor/ri/so NOTA!!!! --->(Sempre á última sílaba átona será descartada para efeitos sonoros)

    HeptassÍlabo, mais conhecido como redondilha maior.

    pa/ra,/ quan/do/ me en/con/tra/res,

    ve/res /que ain/da /te/nho uns /a/res

    (Apesar de detestar essa formação de 2 semivogais, sempre confundir mais de 90% da população brasileira, essa porcaria é aceita como uma escansão perfeita. É até difícil de ler como um único som: KIAIN, o que apesar de não ser recorrente e conhecido na língua portuguesa é aceito na língua espanhola: Triptongo

    É o encontro de três vogais em uma mesma sílaba. Teremos uma única composição:

    Uma vogal forte, também chamada de tônica entre duas vogais fracas.

    IAI Cambiáis.)

    de a/lu/na /do /pa/ra/í/so...

    (Na fala fica fácil a leitura. Sai como um "djá", visto que o de é átono, e é intervocabular pois são dois vocábulos distintos "de" + " aluna", o que só é possível para efeitos sonoros, ideal à metrificação)

    DICA IMPORTANTE

    Se você nunca escandiu na vida, pegue o verso com palavras que não sejam intervocálicas entre si, pois assim você preocupar-se-á apenas nas divisões silábicas normais, já que não haverá encontro intervocálico. Ex:

    ou /mor/re/ sem/ e/xer/cí/cio

    1____2___3___4__5__6__7__(não conta)

    Assim, todo o poema deverá seguir a métrica de redondilha maior.

    Espero ter ajudado.

  • o  hiato pode ser intravocabular, quando ocorre dentro de uma palavra; ou intervocabular, quando é consequência do encontro entre uma vogal final de uma palavra e a vogal inicial de outra.

  • o  hiato pode ser intravocabular, quando ocorre dentro de uma palavra; ou intervocabular, quando é consequência do encontro entre uma vogal final de uma palavra e a vogal inicial de outra.

  • https://www.youtube.com/watch?v=w1pzhBqvfYU

    Explicação da questão nesse vídeo.

  • Pedem comentario do professor, que essa questao...pqp....ninguem entendeu nada...

  • Que porraa é essa mermã? Parece q tô lombrada, lendo a prova da FGV

  • Não entendi nadinha

  • intravocabular = dentro da palavra (sílaba)

    intervocabular = "fora" da palavra ( entre uma palavra e outra)

    de aluna = dE (o E = semi vogal) Aluna (A é SEMPRE vogal)

    semivogal + vogal = crescente

    vogal + semivogal = decrescente

    resumindo:palavra intervocabular DE ALUNA + semivogal E + vogal A = intervocabular crescente

    GABARITO: letra B

  • Observa-se que, em Português, as frases, mesmo quando em prosa, são sempre faladas de maneira diferente da que são escritas. A gente nunca diz as palavras isoladamente, uma a uma, como faz ao escrever. Verifique: fale algumas frases em voz alta, e verá que, às vezes, você une as últimas vogais de algumas palavras com as primeiras vogais das palavras seguintes como se elas tratassem de ditongos intervocabulares.

    == Experimente dizer a frase o amor. Você observará tê-la falado como se fosse uma palavra só, começada pelo ditongo oamor ou chuva agora, que é dita chuvagora.

    (extraído do Elucidário Métrico de autoria de Eno Theodoro Wanke)

    Na questão acima fica: "dialuna do paraíso".

  • PA - RA - Í - SO ditongo crescente a - Í.

  • Coloquei muito difícil no filtro e me arrependi. Perece que estou fazendo prova de grego....kkkk Rindo para não chorar.
  • https://www.youtube.com/watch?v=w1pzhBqvfYU

  • a) quando : dígrafo consonantal

    b)paraíso : híato, ou melhor, ditongo crescente intervocabular

    c) estudam : ditongo, pois o m tem som de vogal (estudau)

    d) 

    e) inteiro : ditongo crescente intravocabular


ID
2922433
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“A linguagem é, ao mesmo tempo, o principal produto da cultura e o principal instrumento para a sua transmissão.” (Magda Soares)

Sabe-se que, de uma maneira geral, a linguagem utilizada por crianças e jovens das camadas populares se diferencia da linguagem socialmente prestigiada. Durante muito tempo acreditou-se na existência de um ‘déficit linguístico’, que explicaria o fracasso escolar desses alunos. Os estudos da Sociolinguística constituem o principal fundamento da contestação da deficiência cultural e linguística, ao afirmar que as linguagens são:

Alternativas
Comentários
  • Letra C : diferentes, mas não inferiores ou deficientes.


ID
2922436
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A Antropologia já demonstrou que não se pode considerar uma cultura superior ou inferior a outra: cada uma tem a sua integridade própria, o seu próprio sistema de valores e de costumes. Sob esse aspecto, o estudo das línguas de diferentes culturas deixa claro que não há línguas mais complexas ou mais simples, mais lógicas ou menos lógicas, todas elas são:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B


ID
2922439
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A produção e a circulação de textos virtuais trazem grandes desafios para a educação formal das novas gerações. Gêneros de discurso variados e historicamente elaborados convivem com os novos, causando uma polêmica entre estudiosos e usuários da Internet sobre a suposta ameaça de empobrecimento da língua.

Linguistas afirmam que a língua é uma sistematização aberta e que, portanto, os fenômenos que se observam, as novas formas de escrever surgidas com a Internet são:

Alternativas
Comentários
  • Gab. E

    "Linguistas afirmam que a língua é uma sistematização aberta e que, portanto, os fenômenos que se observam, as novas formas de escrever surgidas com a Internet são"

    Por ser um sistema aberto, conclui-se que qualquer mudança é natural, e não rígida, que não aceita mudanças.


ID
2922442
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ao lidar com uma variedade tão grande de possibilidades e informações virtuais, as crianças e jovens entram em contato com novos desafios com os quais vão desenvolvendo novas habilidades na seleção do que lhes é oferecido. No que diz respeito à leitura e à escrita de telas de computador, pode-se afirmar que o modelo que mais se aproxima do nosso próprio esquema mental de pensamento, uma vez que esse não apresenta limites para a atribuição de sentido às palavras, é o de:

Alternativas
Comentários
  • ???????

  • Gabarito C

    Resolução

    Simultaneidade refere-se à percepção de mais de um estímulo visual ao mesmo tempo, enquanto não linearidade se refere à existência de múltiplos sentidos, cabendo mais de um caminho para a apreensão e compreensão das informações.

    Veja que essas informações estão diretamente relacionadas ao que está sendo discutido pelo enunciado, que é a forma de compreensão a partir da leitura dos hipertextos eletrônicos.

    De acordo com Magnabosco: "Castells (2000) relata que essa cultura da virtualidade real associada a um sistema multimídia eletronicamente integrado, contribuiu para a transformação não só do espaço mas também do tempo em nossa sociedade; e isso se deu de duas formas diferentes: simultaneidade e intemporalidade." Além disso, o " tempo real do ciberespaço não é o tempo linear e progressivo da historia. Ele é o tempo de conexões, do aqui e agora. Um tempo presenteísta, correspondente ao presenteísmo social contemporâneo".

  • fala sério COSEAC.

  • fala sério COSEAC.


ID
2922445
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na Escola Pindorama, uma professora da turma de terceiro ano do Ensino Fundamental pediu que os alunos passassem a falar exatamente como escreviam. Ou seja, ‘vendo’, ao invés de [veno]; ‘coragem’, ao invés de [corage]; ‘tomate’, ao invés de [tumati] etc.

As crianças começaram a reclamar, dizendo que estava muito difícil falar daquele jeito.

Dessa maneira, a professora desenvolveu com os alunos a ideia básica de que a língua falada não é mera reprodução da escrita, desse modo não falamos exatamente como escrevemos e vice-versa. A aprendizagem essencial, nesse momento, foi o entendimento de que:

Alternativas

ID
2922448
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Numa perspectiva de ensino da Língua Portuguesa baseado em textos, o papel dos dicionários e das gramáticas ganha novas perspectivas. Os dicionários são sempre um apoio fundamental. Os alunos devem aprender a utilizá-los, porque todo cidadão precisa de dicionários. Quanto ao ensino da gramática, é necessário que, em aulas de Português, se desenvolva nos alunos uma capacidade de reflexão sobre os usos da língua.

Nessa visão textual, as gramáticas devem ser consideradas como:

Alternativas
Comentários
  • tinha que se basear no texto p responder

    "é necessário que se desenvolva nos alunos uma capacidade de reflexão sobre os usos da língua."

    aqui era o ponto. precisa aprender refletir sobre o uso correto da lingua. fazendo isso surgem duvidas. a maneira de sanar as duvidas é consultando a gramática


ID
2922451
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É relativamente recente a entrada, tanto no livro didático, quanto na aula de Português, de vários gêneros e de diferentes tipos de texto, o que é necessário, porque as práticas sociais são variadas. É preciso preparar o aluno para as habilidades de leitura e de produção de diversos tipos de textos. Daí a entrada de textos de jornais, textos de revistas, a publicidade, a charge, etc. Mas é preciso pensar no outro lado da questão, pois cabe à escola também suprir aquilo que não circula intensamente na sociedade e que é importante que o indivíduo conheça e, preferencialmente, aprenda a gostar. É o caso:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

  • Eu marquei a letra D, pois a questão fala de textos, logo eu associei.


ID
2922454
Banca
COSEAC
Órgão
Prefeitura de Maricá - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os computadores, assim como a televisão, não devem ser vistos apenas como mais uma tecnologia na sala de aula. São linguagens diferentes. Dessa maneira, devem ser tratados como linguagens que a escola tem o dever de desenvolver, porque estão presentes na sociedade. São linguagens que o aluno precisa aprender a ler, a compreender, a interpretar. O aluno deve aprender, por exemplo, a ser um leitor crítico da televisão. Da mesma forma que se desenvolvem habilidades para a leitura de textos no papel, é preciso desenvolver habilidades para a leitura do texto na tela. E o texto na tela combina palavras com imagens e sons. É uma leitura complexa que não deve ser passiva.

O computador traz uma forma de leitura muito diferente, um outro tipo de texto, que é chamado de:

Alternativas
Comentários
  • Hipertexto está ligado a textos que estão na internet, pois normalmente fazem referência a outros textos e links

    Bom... pelo menos foi assim que eu entendi :D

    GABARITO: B

  • GABARITO: B

    Nunca nem vi! Mas tamo aqui pra ver, né.

    Hipertexto é um conceito associado às tecnologias da informação e que faz referência à escrita eletrônica.

    Desde sua origem, o hipertexto vem mudando a noção tradicional de autoria, uma vez que ele contempla diversos textos.

    Trata-se, portanto, de uma espécie de obra coletiva, ou seja, apresenta textos dentro de outros, formando assim, uma grande rede de informações interativas.

    Nesse sentido, sua maior diferença é justamente a forma de escrita e leitura. Assim, num texto tradicional a leitura segue uma linearidade, enquanto no hipertexto ela é não-linear.

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  • Hipertexto acreditava ser apenas um tipo técnico de formatação textual da internet. Mas ao resolver a questão e ir eliminando as opções, marquei hipertexto com o sentido de ser um texto que engloba vários elementos e interconecta diversos textos.

    Resposta: B

  • O enunciado refere-se à máquina - que é o computador. A unica alternativa que é um recurso que está inserido no computador é o hipertexto..