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Prova FUMARC - 2017 - Prefeitura de Santa Luzia - MG - Professor de Educação Básica III - Português


ID
3967747
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Das Vantagens de Ser Bobo

     O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." 
     Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.
    O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
     Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto, estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
     Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
       Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
     Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
      O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
     Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
      Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector https://pensador.uol.com.br/cronicas_de_clarice_lispector/

Em relação ao texto, analise as afirmativas:

I. O texto estabelece intertextualidade com outros textos de forma explícita.
II. A noção de bobo da autora é apresentada ao longo do texto.
III. A comparação entre ser bobo e ser esperto se faz, além de outros recursos, por meio de adjetivações.

Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • alguém xplica o item I, por favor.
  • Basicamente, há dois tipos de intertextualidade: implícita (por meio da alusão, por exemplo) ou explicita (mediante citação ou paráfrase).

    No texto em questão, há dois momentos que evidenciam a intertextualidade explicita: i) quando a autora menciona Dostoievski e ii) quando ela faz citação direta de uma famosa peça de Shakespeare, Júlio Cesar, por meio da expressão "Até tu, Brutus?", que inclusive vem isolada por aspas.


ID
3967750
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Das Vantagens de Ser Bobo

     O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." 
     Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.
    O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
     Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto, estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
     Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
       Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
     Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
      O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
     Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
      Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector https://pensador.uol.com.br/cronicas_de_clarice_lispector/

Pode-se deduzir do texto que os “bobos”

Alternativas
Comentários
  • (A)

    B,C,D Não é possível fazer tal dedução.


ID
3967753
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Das Vantagens de Ser Bobo

     O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." 
     Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.
    O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
     Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto, estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
     Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
       Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
     Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
      O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
     Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
      Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector https://pensador.uol.com.br/cronicas_de_clarice_lispector/

Em Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando.", as aspas marcam:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    Uma das características das aspas é marcar a fala de um personagem, narrador, enunciador, etc.

    B) Não há nenhum elemento caracterizador da intertextualidade.

    C) A ironia está na compreensão do sentido da frase, não nas aspas.

    D) Não se destaca frase utilizando a pontuação aspas, mas sim a pontuação exclamação.


ID
3967756
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Das Vantagens de Ser Bobo

     O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." 
     Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.
    O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
     Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto, estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
     Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
       Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
     Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
      O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
     Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
      Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector https://pensador.uol.com.br/cronicas_de_clarice_lispector/

O segundo parágrafo do texto apresenta características de argumentação porque

I. explica a vantagem de ser bobo.
II. mostra a desventura de ser bobo.
III. apresenta uma comparação entre ser bobo e ser esperto.

Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Desventura: ausência de ventura; má fortuna; desgraça, desaventura, infortúnio.

    Fonte: Google.

  • I. explica a vantagem de ser bobo.

    II. mostra a desventura de ser bobo.

    Em nenhuma parte do texto evidencia que ser bobo é uma infelicidade/infortúnio ou má sorte (significado dado a palavra no dicionário).

    III. apresenta uma comparação entre ser bobo e ser esperto.


ID
3967759
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Das Vantagens de Ser Bobo

     O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." 
     Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.
    O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
     Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto, estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
     Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
       Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
     Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
      O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
     Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
      Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector https://pensador.uol.com.br/cronicas_de_clarice_lispector/

Entre os benefícios de ser bobo que integram a visão de Clarice Lispector, o que o texto mais destaca é:

Alternativas
Comentários
  • Boba é essa questão, que eu errei e ainda não entendi kkk. Isso que dá querer ser esperto hshssh

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Acho que entendi depois: Creio que ao discorrer no último parágrafo que "o amor que faz o bobo", a autora acaba destacando esse benefício ("É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.").

    Mas ainda fiquei em dúvida porque não é algo que é destacado no texto como um todo, mas apenas no último parágrafo. Por isso marquei A (confiança); justamente por pensar que o jeito espontâneo e despreocupado com a opinião dos outros destacasse mais essa ideia de confiança. Ex.:

    "Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia".

    "Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto, estar tranquilo".

    "Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem".

    Se alguém pudesse explicar, eu ficaria feliz!

  • Normalmente o que o autor demonstra/reforça sua visão nos últimos parágrafos:

    É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

  • (D)

    Sobre a (A) : A confiança é uma Desvantagem de ser "bobo"


ID
3967762
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Das Vantagens de Ser Bobo

     O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." 
     Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.
    O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
     Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto, estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
     Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
       Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
     Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
      O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
     Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
      Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector https://pensador.uol.com.br/cronicas_de_clarice_lispector/

Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
Essa frase NÃO terá seu sentido alterado se se substituir o aliás sublinhado por:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito, D

    Aliás não se importam que saibam que eles sabem. 

    Na verdade não se importam que saibam que eles sabem. 

    "Aliás" poder ser usado para esclarecer alguma coisa, ilustrar algo. Pode ser substituído, dentre outros, pelos seguintes termos: por exemplo, só para ilustrar, só para exemplificar, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, etc....

  • Para responder esta questão, exige-se do candidato conhecimento em semântica dos conectivos. O candidato deve indicar a assertiva que possui um conector que pode ser trocado por "alias" , na frase abaixo, sem alterar o sentido. Vejamos:

    "Aliás não se importam que saibam que eles sabem."

    A palavra destacada acima possui sentido de retificação, ou seja, consertar ou corrigir o que foi dito anteriormente. Sabendo isso, iremos procurar uma assertiva que possua uma palavra com esse mesmo sentido. Analisemos:

    a) Incorreta.

    Ao passo que⇨ essa locução conjuntiva possui sentido de proporção.

    Ex: Vou caminhando devagar ao passo que canso.

    b) Incorreta.

    Assim como⇨ essa locução conjuntiva possui sentido de comparação.

    Ex: Pedro gosta de açúcar assim como a abelha gosta de mel.

    c) Incorreta.

    Contudo⇨ essa conjunção possui sentido de adversidade.

    Ex: Fui à praia, contudo não tomei banho.

    d) Correta.

    Na verdade⇨ essa locução adverbial possui sentido de retificar um fato ou reformular.

    Gabarito do monitor: D


ID
3967765
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Das Vantagens de Ser Bobo

     O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." 
     Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.
    O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
     Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto, estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
     Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
       Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
     Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
      O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
     Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
      Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector https://pensador.uol.com.br/cronicas_de_clarice_lispector/

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

Nessa frase, o se sublinhado estabelece no período uma relação de:

Alternativas
Comentários
  • Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

    → O se é uma conjunção subordinativa adverbial condicional e introduz uma oração subordinada adverbial condicional, estabelece relação semântica de condição.

    GABARITO. C

  • Assertiva C

    . Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

    Nessa frase, o se sublinhado estabelece no período uma relação de: Condição.

  • Para responder esta questão, exige-se conhecimento em semântica dos conectivos. O candidato deve indicar qual o significado que apresenta a partícula "se" , em destaque, no trecho abaixo. Vejamos:

    "Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz."

    a) Incorreta.

    Será de causalidade quando for introduzida por um destas conjunções dando sentido de causa: Porque, pois, porquanto, como (no sentido de porque), pois que, por isso que, é que, uma vez que, visto que, visto como, que.

    b) Incorreta.

    Será de concessão quando for introduzida por um destas conjunções dando sentido concessivo: ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que, apesar de que, embora..

    c) Correta.

    Toda vez que puder trocar o "se" por "caso", será condicional.

    Caso Cristo tivesse sido esperto..

    d) Incorreta

    Será de conformidade quando for introduzida por um destas conjunções dando sentido conformativa: Conforme, como (no sentido de conforme), segundo, consoante, de acordo com.

    Gabarito do monitor: C

  • A condição para que Ele não tivesse morrido na cruz, seria o fato de ser esperto!


ID
3967768
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Das Vantagens de Ser Bobo

     O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." 
     Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.
    O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
     Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto, estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
     Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
       Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
     Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
      O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
     Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
      Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector https://pensador.uol.com.br/cronicas_de_clarice_lispector/

Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas.

O pronome este funciona no período anterior como:

Alternativas
Comentários
  • Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas.

    → O pronome retoma o substantivo mais próximo (bobos) que já foi dito (anáfora).

    GABARITO. A

  • Anáfora = Algo que ja foi dito

    Catáfora = Será dito.

  • Alguém sabe explicar o que é Dêixis? Já ouvi falar e pesquisei, mas nunca consigo entender direito .-..

  • Lá onde o fogo faz chorar e ranger os dentes está repleto de questões assim.

  • **ANÁFORA = (ANTERIOR) - Se preocupa com a retomada (o que veio antes)

    Exemplo:

    O Brasil precisa de apoio financeiro. O país busca investimento. (A palavra país faz referência ao que foi dito antes, no caso, Brasil)

    **CATÁFORA = (CATAPULTA - lança a FRENTE) - Se preocupa em inserir informação. (o que vem depois)

    Exemplo:

    Estes países: Brasil e Alemanha apresentam relações culturais diferenciadas. (A palavra estes

    faz referência ao que foi dito depois, no caso, Brasil e Alemanha)

    PS: Os mnemônicos acima não são de minha autoria. Foi um comentário de outra pessoa que achei por aqui.

  • dêixis o que nao foi disso no texto...ex aquela,aquele.
  • Coesão Referencial:

    1- Anafórico: Faz referência a um termo/elemento anterior. ( Anterior )

    2- Dêitico ou Díctico: Faz referência a um termo/elemento fora do texto.

    3- Catafórico: Faz referência a um termo/elemento posterior. ( Cataputa = lançar à frente )

    Endofórico: relaciona termos dentro do texto ( Anafórico e  Catafórico ).

    Exofórico: relaciona termos fora do texto ( Dêitico ou Díctico ).

  • Dêixis?? É o Mussum que elabora a prova? kkkkkk

  • GAB: A 

    DICA:

    Anafórico: Faz referência a um termo ( Anterior ).

    Dêitico ou Díctico: Faz referência a um termo (fora do texto).

    Catafórico: Faz referência a um termo (posterior).

    Endofórico: relaciona termos (dentro do texto).

    Exofórico: relaciona termos (fora do texto).

    obs: SIGO DE VOLTA NO INSTA "carolrocha17" S2.. Tô sempre postando motivação nos storys 


ID
3967771
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Das Vantagens de Ser Bobo

     O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." 
     Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.
    O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
     Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto, estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
     Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
       Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
     Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
      O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
     Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
      Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector https://pensador.uol.com.br/cronicas_de_clarice_lispector/

Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida.

O verbo ganhar nas orações anteriores se classifica, respectivamente, como:

Alternativas
Comentários
  • Os espertos ganham dos outros. Quem ganha, ganha DE, temos um verbo que pede complemento com uso de preposição, logo temos um verbo transitivo indireto.

    Em compensação os bobos ganham a vida. Quem ganha, ganha alguma coisa, temos um verbo que pede complemento sem uso de preposição, logo temos um verbo transitivo direto.

    GABARITO. C

  • Gab ( c )

    Regência envolve em muito a transitividade.

    Ganha , ganha de alguém ( OI) = Dos outros

    Ganha, ganha algo = OD-A vida

  • Assertiva C

    Transitivo indireto e transitivo direto.

  • do = de (preposição) +o (artigo)

  • Para responder esta questão, exige conhecimento em transitividade do verbo. O candidato deve indicar a transitividade do verbo "ganhar" nas suas duas passagens abaixo. Vejamos:

    Os verbos dentro da oração se classificam em: Transitivo direto (VTD), transitivo indireto (VTI), bitransitivo (VTDI), de ligação (VL), intransitivo (VI).

    VTD⇨ o verbo precisa de um complemento sem preposição. Ex: João comeu o bolo

    VTI⇨ o verbo precisa de um complemento com preposição. Ex: Gosto de bolo.

    VTDI⇨ o verbo precisa de um complemento com e sem preposição. Ex: Darei o caderno ao diretor.

    VL⇨ o verbo apenas liga o predicativo ao sujeito. Ex: João é legal.

    VI⇨ o verbo não precisa de complemento. Ex: João viveu.

    Após breve explicação, iremos analisar cada assertiva. Vejamos:

    "Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida."

    O primeiro verbo é transitivo indireto, pois seu complemento é ligado pela preposição "dos outros". Por outro lado, o segundo verbo é transitivo direto, pois não precisa da preposição para ligar seu complemento "a vida". Portanto, a sequência fica assim: Transitivo indireto e transitivo direto.

    Gabarito do monitor: C

  • GAB: C / Transitivo indireto e transitivo direto.

    O verbo ganhar se classifica como:

    Os espertos ganham dos outros.(outros quem? transitivo indireto)

    Em compensação os bobos ganham a vida. (a vida, transitivo direto)

    obs: SIGO DE VOLTA NO INSTA "carolrocha17" S2.. Tô sempre postando motivação nos storys 


ID
3967774
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Das Vantagens de Ser Bobo

     O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." 
     Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.
    O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
     Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto, estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
     Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
       Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
     Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
      O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
     Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
      Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Clarice Lispector https://pensador.uol.com.br/cronicas_de_clarice_lispector/

Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado.

Nessa frase, a palavra ludibriado pode ser substituída por:

Alternativas
Comentários
  • Atraiçoado: adj (part de atraiçoar) 1 Que sofreu traição; traído. 2 Enganado, iludido


ID
3967867
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Conforme aborda Bernard Charlot (2000, p. 33), “o aluno em situação de fracasso é um aluno [...] uma criança ou um adolescente, isto é, um sujeito confrontado com a necessidade de aprender e com a presença, em seu mundo, de conhecimentos de diversos tipos”; é um ser humano, um ser social, um ser singular. Para o autor, esse sujeito:

Alternativas

ID
3967870
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Na abordagem comportamentalista da educação, a experiência planejada é considerada a base do conhecimento. O comportamento é um desses objetos de estudo que não pede método hipotético-dedutivo. O principal representante da abordagem comportamentalista é:

Alternativas
Comentários
  • O comportamento é resultante da interação entre aquilo que o indivíduo faz e o ambiente onde seu fazer acontece.

  • Letra C abordagem comportamentalista principal representante Skiner.


ID
3967873
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Analise as afirmativas abaixo:

I. O homem é considerado como uma pessoa situada no mundo. É único, quer em sua vida interior, quer em suas percepções e avaliações do mundo.
II. Para Rogers, a realidade é um fenômeno subjetivo, pois o ser humano reconstrói em si o mundo exterior, partindo de sua percepção, recebendo os estímulos, as experiências, atribuindo-lhes significados.
III. A experiência pessoal e objetiva é o fundamento sobre o qual o conhecimento é construído, no decorrer do processo de vir-a-ser da pessoa humana.
IV. A filosofia da educação subjacente ao rogerianismo, denominada de filosofia da educação democrática, consiste em deixar a responsabilidade da educação fundamentalmente ao próprio estudante.

Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas

ID
3967876
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“A especialização, o pensamento e as competências dos professores são objeto de inúmeros trabalhos, inspirados na ergonomia e na antropologia cognitiva, na psicologia e na sociologia do trabalho, bem como na análise das práticas” (PERRENOUD, 2000, p. 12).
Segundo o autor, são competências dos professores, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • As 10 competências para ensinar são:

    1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem;
    2. Administrar a progressão das aprendizagens;
    3. Conceber e fazer evoluir as disposições de diferenciação;
    4. Envolver os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho;
    5. Trabalhar em equipe;
    6. Participar da administração da escola;
    7. Informar e envolver os pais;
    8. Utilizar novas tecnológias;
    9. Enfrentar os deveres e dilemas éticos da profissão, e
    10. Administrar sua própria formação continuada.

ID
3967879
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“A profissionalização é uma transformação estrutural que ninguém pode dominar sozinho. Por isso, ela não se decreta, mesmo que as leis, os estatutos, as políticas da educação possam facilitar ou frear o processo” (PERRENOUD, 2000, p. 178).

Em relação à profissionalização do professor, marque V para verdadeiro ou F para falso nas afirmativas abaixo.

( ) Centrar-se nas competências a serem desenvolvidas nos alunos e nas mais fecundas situações de aprendizagem.
( ) Diferenciar seu ensino, praticar uma avaliação somativa para lutar ativamente contra a reprovação.
( ) Desenvolver uma pedagogia passiva e cooperativa fundamentada em projetos.
( ) Entregar-se a uma ética explícita da relação pedagógica e ater-se a ela.

A alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

Alternativas

ID
3967882
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Quando se fala de avaliação, se pensa nos resultados obtidos pelos alunos. Os professores, os diretores, os pais e os próprios alunos se referem à avaliação como instrumento ou processo para avaliar o grau de alcance de cada aluno em relação a determinados objetivos previstos nos diversos níveis escolares. Nesse sentido, as possibilidades e potencialidades da avaliação se vinculam à forma que as próprias situações didáticas adotam, a saber:

Alternativas
Comentários
  • ZABALA "Quando são homogeneizadoras, fechadas, rotineiras, a avaliação - na função formativa e reguladora que temos atribuído a ela - tem pouca margem para se transformar num fato habitual e cotidiano. Contrariamente, como propostas abertas, que favorecem a dos alunos e a possibilidade de observar, por parte dos professores, a oportunidade para uma avaliação que ajude a acompanhar todo o processo e, portanto, a assegurar sua idoneidade. "


ID
3967885
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O bom planejamento varia de matéria para matéria, dependendo dos objetivos, das necessidades da clientela, dos recursos disponíveis, das atividades envolvidas e do conteúdo do programa.
São características de um bom planejamento, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Planejamento é um instrumento flexível e direcional.


ID
3967888
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A escola como espaço sociocultural significa compreendê-la na ótica da cultura, sob um olhar mais denso, que leva em conta a dimensão do dinamismo, do fazer-se cotidiano, resgatando o papel dos sujeitos na trama social que a constitui enquanto instituição. Em relação à escola, avalie as afirmativas a seguir:

I. A escola é vista como uma instituição única, com os mesmos sentidos e objetivos, tendo como função garantir a todos o acesso ao conjunto socialmente acumulado pela sociedade.
II. A escola é um espaço de formação ampla do aluno, que aprofunda o seu processo de humanização, aprimorando as dimensões e habilidades que fazem de cada um de nós seres humanos.
III. A escola é um espaço de encontros entre iguais, possibilitando a convivência com a diferença, de uma forma qualitativamente distinta da família e, principalmente, do trabalho.

Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas

ID
3967891
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A avaliação é uma atividade constante na prática de profissionais de diversas áreas. O termo avaliação é associado a outros como exame, notas, sucesso e fracasso, promoção e repetência. Assim sendo, a avaliação apresenta as seguintes características, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • A avaliação é um retrato do aluno, não sua completude. Essa banca é demente.


ID
3967894
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A interdisciplinaridade apresenta-se como uma forma de permitir ao aluno visão global da realidade. Na ação pedagógica, a interdisciplinaridade aponta para a construção de uma escola participativa e decisiva na formação do sujeito social, as atividades vão sendo propostas à medida que o objeto de estudo vai colocando necessidades e questionamentos novos que precisam ser desvendados ou aprofundados.
Pode-se dizer que o objetivo da interdisciplinaridade é:

Alternativas
Comentários
  • Letra A alternativa correta, articular saber, conhecimento, vivência faz parte da interdisciplinaridade.

  • ALTERNATIVA CORRETA A

    INTERDISCIPLINARIDADE:

    ARTICULA SABER

    CONHECIMENTO

    VIVÊNCIA

    ESCOLA

    COMUNIDADE

    MEIO AMBIENTE


ID
3987913
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em artigo sobre o espaço destinado à oralidade nos Livros Didáticos de Língua Portuguesa (LDP), Luiz Antônio Marcuschi (2006) afirma que

[...] o tema específico das observações que se seguem será: como se apresenta hoje a concepção e análise da língua falada nos LDP e quais as alternativas para a superação do problema? Essas observações iniciais apontam para um aspecto fundamental na concepção de ensino subjacente aos manuais didáticos. Trata-se da noção de língua adotada ou suposta, pois, sem exagero, pode-se postular que tudo dependerá da noção de língua que tiver em mente. Observando os LDP em geral, constata-se que poucos se preocupam em explicitar a noção de língua com que operam. Contudo, uma breve análise revela imediatamente qual o conceito subentendido. Com poucas exceções, a maioria dos LDP trabalha com regras (no estudo gramatical); identificam informações textuais (nos exercícios de compreensão) e produzem textos escritos (na atividade de redação). Há outras atividades, mas elas são incidentais no contexto geral do ensino de língua, o que não significa que não tomem um bom espaço (pelo menos gráfico).
Esta breve revoada na estrutura geral dos LDP permite identificar que a língua é tida por eles como: (a) um conjunto de regras gramaticais (ênfase no estudo da gramática); (b) um instrumento de comunicação (visão instrumental de língua) e (c) um meio de transmissão de informação (sugerindo a língua como código). 

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Oralidade e ensino de língua: uma questão pouco “falada”. In: DIONÍSIO, Ângela P.; BEZERRA, Maria Auxiliadora. O livro didático de Português – múltiplos olhares. São Paulo: Lucerna, 2006, p.21-22 

De acordo com a crítica apresentada por Marcuschi, a concepção estrita de língua como um código / instrumento para comunicação, refletida por grande número de LDP, ignora características importantes da língua.
Seguem asserções que apresentam corretamente essas características da língua que devem nortear o planejamento docente e o ensino de língua materna, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • A língua é constituída pela heterogeneidade, e a função primordial da escola não é cobrar a norma padrão, mas ensiná-la e estimular a reflexão sobre a necessidade de adequação das variantes aos diferentes contextos de uso da língua.

    Gabarito A


ID
3987916
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Considere o fragmento abaixo para responder a questão:


Abordando perspectivas de ensino gramatical de forma mais reflexiva, em “Gramática Ensino Plural”, Luiz Carlos Travaglia (citando pesquisa de Gisele Nunes, 2001), sobre o ensino do verbo na escola básica, afirma que 


“O estudo é predominantemente teórico e voltado quase exclusivamente para as formas (flexão, identificação e denominação), pois o trabalho com a significação é raro. Na verdade, a preocupação com a significação parece ocorrer só com uma coleção em atividades de gramática reflexiva […]. O fato de só uma coleção trabalhar o emprego de tempos e modos é revelador de que não se dá atenção ao uso do verbo, suas possibilidades significativas e sua adequação à produção de efeitos de sentido e às situações de uso, nem mesmo no que diz respeito ao já registrado nas gramáticas tradicionais e nos estudos de Estilística. 

[…] Dá-se muita atenção à metalinguagem voltada quase exclusivamente para a morfologia do verbo. Algumas categorias do verbo (como o aspecto e a modalidade, esta confundida com o modo), são ignoradas. Os aspectos sintáticos ficam restritos às recomendações da Gramática Normativa sobre regência e concordância (esta apenas do verbo com o sujeito, como se não houvesse outras formas de concordância)”.


TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática Ensino Plural. São Paulo: Cortez, 2003. Cap. 6, p.155-174

Atente para os conceitos sobre os modos verbais, comumente encontrados na Gramática Normativa, e os exemplos correspondentes, sublinhados em cada opção:

I. Indicativo: Modo verbal que expressa ideia de certeza, quando um fato é concluído como real. Ex. Penso estar claro que ele seja corrupto, pois todas as provas indicam isso.
II. Imperativo: Modo verbal que pode estar na forma afirmativa ou na forma negativa e expressa ideia de ordem, conselho ou pedido. Ex: Leiam todo o texto atentamente e façamos uma roda para discuti-lo.
III. Subjuntivo: Modo verbal que expressa dúvida, incerteza, probabilidade em relação à concretização da ação verbal. Ex: Quando eu vier novamente a Santa Luzia e vir o prefeito, falarei com ele sobre segurança pública.


Os conceitos e respectivos exemplos dos modos verbais estão CORRETOS em: 

Alternativas
Comentários
  • I - seja é presente do subjuntivo.

  • GABARITO C


ID
3987919
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Considere o fragmento abaixo para responder a questão:


Abordando perspectivas de ensino gramatical de forma mais reflexiva, em “Gramática Ensino Plural”, Luiz Carlos Travaglia (citando pesquisa de Gisele Nunes, 2001), sobre o ensino do verbo na escola básica, afirma que 


“O estudo é predominantemente teórico e voltado quase exclusivamente para as formas (flexão, identificação e denominação), pois o trabalho com a significação é raro. Na verdade, a preocupação com a significação parece ocorrer só com uma coleção em atividades de gramática reflexiva […]. O fato de só uma coleção trabalhar o emprego de tempos e modos é revelador de que não se dá atenção ao uso do verbo, suas possibilidades significativas e sua adequação à produção de efeitos de sentido e às situações de uso, nem mesmo no que diz respeito ao já registrado nas gramáticas tradicionais e nos estudos de Estilística. 

[…] Dá-se muita atenção à metalinguagem voltada quase exclusivamente para a morfologia do verbo. Algumas categorias do verbo (como o aspecto e a modalidade, esta confundida com o modo), são ignoradas. Os aspectos sintáticos ficam restritos às recomendações da Gramática Normativa sobre regência e concordância (esta apenas do verbo com o sujeito, como se não houvesse outras formas de concordância)”.


TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática Ensino Plural. São Paulo: Cortez, 2003. Cap. 6, p.155-174

Avalie as afirmações que trazem o posicionamento de Travaglia (1ª coluna) e o respectivo comentário e exemplificação dados (2ª coluna). NÃO está correto o que se afirmar em:

Alternativas
Comentários
  • NÃO ENTENDI O COMANDO DA QUESTÃO, ALGUÉM PODE ME AJUDAR?

  • A questão versa sobre interpretação, compreensão textual e associação sintática. Cada alternativa traz uma parte do texto com um exemplo do que foi dito, assim temos que julgar qual exemplificação não está de acordo com o que diz o trecho na mesma alternativa. Vejamos:

    a) Correta.

    Segundo o texto, o verbo sempre tem que concordar com o sujeito. Logo abaixo temos uma contraposição ao que diz essa passagem do texto.

    “As alegrias da família sempre foi Mariana” e “Que rei sou eu?”

    Vejam que os verbos concordam com o predicativo, pois quando o predicativo for pessoa e o sujeito não for, assim concorda com o predicativo ou quando o sujeito for pronome "que" interrogativo.

    b) Correta.

    A alternativa indica que, segundo o texto, alguns verbos se confundem com ideia de modo. Logo abaixo coloca uma frase com verbos que passam ideia de modo e, não só isso, coloca um adjunto adverbial e indica que esse também passa ideia de continuidade.

    “Está chovendo muito e goteja insistentemente na entrada da sala”

    Vejam que o verbo "chovendo" está se assemelhando com uma ideia muito parecida com a de um advérbio de modo, indicando uma ideia de continuidade. O verbo + adjunto adverbial "goteja insistentemente" nos remete a uma ideia de que algo acontece com uma certa constância. Logo, a exemplificação trazida nos remete ao que foi afirmado na alternativa.

    c) Correta.

    Diz de início que há verbos que têm mais de 1 significado e que quando muda o significado também muda a sua regência. Abaixo coloca dois exemplos para certificar que o que foi falado está correto.

    Ela causou forte decepção aos pais com seu comportamento.

    Aqui o verbo tem sentido de ocasionar, dessa forma, é bitransitivo e rege um complemento sem a preposição e outro com a preposição A.

    Causou (decepção) Aos ( pais)

    Tudo isso porque, com o vestido transparente, causou na festa de formatura da irmã”.

    Aqui o verbo "causar" tem sentido de chamar atenção, nessa forma rege a preposição "em".

    Causou EM + A = NA festa. Dessa forma, está correta o texto e sua exemplificação.

    d) Incorreta.

    Segundo o texto, indica que se dá muita atenção a morfologia quase que exclusiva dos verbos, ou seja, com a gramática fria. É colocada uma explicação abaixo sobre o verbo "vir" e sua conjugação, conforme a pessoa que se conjuga. Contudo, afirma-se que o professor demonstrou preocupação com a metalinguagem do verbo, caso isso fosse verdade ele teria explicado o sentido geral do verbo, mas ele se limitou a dizer sobre a morfologia, como se afirmou no início da alternativa, logo a exemplificação errou ao dizer que o que o professor falou no exemplo fala sobre metalinguagem do verbo quando na verdade foi sobre a morfologia.

    “Ontem só eu vim à aula, os demais faltaram”. em oposição à forma “vir” (infinitivo, que integra locuções verbais: Você pode vir à minha festa, e ela, se quiser, pode vir também.”), recorrendo a exercícios variados, o professor demonstra priorizar a metalinguagem sobre os verbos.

    GABARITO: D

  • Típica questão de banca lixo

  • Ao meu ver, a banca pede para relacionar a primeira frase das alternativas ( fragmento extraído do texto) com o respectivo comentário da acertiva ( que comenta sobre o fragmento extraído do texto) indicando qual das alternativas tem um comentário errôneo sobre o fragmento extraído.

  • Pelo o que entendi, a banca extrapolou no enunciado... Poderia ter pedido apenas um correlacione.

  • os professores do qconcurso são tão bons que comentam só as fáceis.

ID
3987922
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre o ensino de ortografia, Artur Gomes de Morais afirma que é preciso que esse tópico seja trabalhado de forma sistemática, que tenha um espaço reservado entre as atividades programadas no cotidiano escolar. 


"A tarefa do aprendiz de ortografia é então multifacetada: envolve apropriar-se das restrições irregulares e regulares, socialmente convencionadas, de modo a gerar não só a escrita de palavras, mas a escrita correta de palavras. Mesmo dentro do que chamamos de casos "regulares" há peculiaridade: ora o aprendiz precisa atentar para a posição do segmento sonoro dentro da palavra, ora precisa observar a tonicidade do segmento etc.”


MORAIS, Artur Gomes. O aprendizado da ortografia. 3 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 15.

Avalie as afirmativas e anteponha-lhes V (verdadeiro) ou F (falso):

( ) A escrita correta de formas do Imperfeito do Subjuntivo (como "voltássemos" e "lessem") pode ser trabalhada por meio da depreensão de uma regra.
( ) O equívoco frequentemente cometido pelos estudantes entre as formas de 3ª pessoa do plural no Pretérito Perfeito e no Futuro do Presente do Indicativo (como "ganharam" x "ganharão") pode ser resolvido com base na conscientização sobre tonicidade.
( ) A troca de "S" por "Z" ou de "Z" por "X" pode ser evitada, em todos os casos, mostrando-se a posição do segmento sonoro no interior da palavra (como em "azar", "casa" e "exame").
( ) A grafia incorreta, apresentada por grande número de estudantes, das formas de 1ª pessoa do pretérito perfeito x 3ª pessoa do presente do indicativo ("eu vivi" x "ele vive") reside na incompreensão de aspectos ligados à tonicidade: oxítona x paroxítona; forma de representação de fonemas átonos.


A ordem CORRETA, de cima para baixo, encontra-se na opção:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

  • GABARITO D

    Alguém explica de maneira detalhada a primeira afirmativa a respeito do subjuntivo.


ID
3987925
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre a relação entre pesquisas linguísticas que se tornam (ou não) de amplo conhecimento dos docentes e aplicáveis ao ensino, Oliveira afirma:

"A linguagem é um objeto de estudo que se presta a múltiplas abordagens [...] Há uma constante produção de saber nessas áreas, tanto no Brasil quanto no exterior, e os conhecimentos produzidos ou não são levados em conta no ensino escolar ou são para ele transplantados sem a devida aclimatação, sem que sejam, portanto, verdadeiramente aplicados ao ensino. 

Há pouco tempo, por exemplo, uma linguista teórica declarou, em matéria publicada num jornal de grande circulação, que não há mal em se colocar vírgula entre o sujeito e o predicado, com o argumento de que, na fala, é possível a ocorrência de pausa entre esses dois constituintes, como parte de um processo de topicalização. De fato, a pausa após o sujeito é possível na fala e pode estar a serviço da topicalização, ou seja, pode-se pronunciar uma frase como “O Paulo vai casar com a Renata” com uma pausa depois de Paulo, destinada a fazer do sujeito o tópico da frase, ou, em linguagem mais “leiga”, destinada a dar um destaque ao sujeito.
[...]

Há, contudo, um equívoco no raciocínio da linguista. As regras de pontuação da gramática escolar, praticadas na variedade formal culta da língua, só permitem a vírgula quando a topicalização resulta na ordem inversa, deslocando para o início da frase constituintes que normalmente ficariam depois do verbo, como o objeto direto e o indireto. O que acontece é que o mais forte “candidato” a sofrer topicalização é precisamente o sujeito, que é frequentemente o tema da oração.

Legitimar o uso da vírgula entre o sujeito e o predicado em nome da topicalização é o mesmo que legitimar formas como “mantesse”, “suposse”, “opita” etc. em nome da analogia. O raciocínio do tipo “resulta da analogia (ou da topicalização), logo é aceitável” parte de uma premissa falsa: a de que todo fato linguístico que resulta de um conjunto de operações mentais é válido, no sentido de pedagogicamente válido, isto é, de hábito linguístico que o professor deve estimular o aluno a cultivar. Como todos os fenômenos de uso do idioma resultam de tais operações, todos seriam didaticamente válidos. Portanto, da possibilidade de se topicalizar o sujeito não se conclua que se deva estimular o aluno a, na língua escrita, empregar vírgula nessa posição, como não se pode concluir do fato de “mantesse”, “suposse” e “opita” resultarem da analogia (como de fato resultam) que não se devam corrigir essas formas na redação do aluno."



OLIVEIRA, Helênio Gonçalves. Como tornar as teorias sobre a linguagem aplicáveis ao ensino do português. RJ: UERJ, s/d. Disponível em http://www.filologia.org.br/ixcnlf/17/10.htm. Acesso em 06 ago. 2017. 

Nos enunciados abaixo, analisou-se o emprego da vírgula:


I - Alice, a irmã da Mariana, chegou de viagem ontem. => uso incorreto, pois separa o sujeito (“a irmã da Mariana”) do verbo.

II - Alice, a irmã da Mariana chegou de viagem ontem. => uso correto, pois separa o vocativo “Alice”, que é termo discursivo, do restante da oração (sequência sujeito / verbo / objeto).

III - É indispensável, que a Mariana chegue de viagem até amanhã. => uso incorreto, pois separa o predicado do seu sujeito oracional.

IV – É indispensável não só que a Mariana chegue de viagem, mas também que participe do evento. => uso incorreto, pois não há vírgula antes de conjunção adversativa “mas”. V – É indispensável que, do ponto de vista da organização do evento, a Mariana esteja presente. => uso correto, pois separam-se por vírgula termos ou orações intercalados.

VI – A Mariana, eu creio que ela chegará de viagem a tempo de participar do evento. => uso correto, pois separa um termo discursivo topicalizado, que é retomado no interior da sentença.


Considerando-se a análise da pontuação efetivada em cada situação acima, constata-se que estão CORRETAS apenas as afirmações constantes dos itens:

Alternativas
Comentários
  • II - Alice, a irmã da Mariana chegou de viagem ontem. => uso correto, pois separa o vocativo “Alice”, que é termo discursivo, do restante da oração (sequência sujeito / verbo / objeto).

    Não seria um Aposto?

  • Para responder esta questão, exige-se conhecimento de pontuação. O candidato deve indicar se as vírgulas estão com as explicações apontadas corretamente nas assertivas. Vejamos:

    I - Incorreta.

    "Alice, a irmã da Mariana, chegou de viagem ontem."

    A assertiva erra em dizer que a separa sujeito e verbo, na verdade, a dupla vírgula separa um aposto explicativo, pois o termo dentro da vírgula é uma explicação de quem é Alice.

     II - Correta.

    "Alice, a irmã da Mariana chegou de viagem ontem."

    Perfeito! Não há dupla vírgula como na primeira, pois, nessa oração, "Alice" funciona como vocativo, sendo avisada que a irmã de Mariana chegou.

     III - Correta.

    'É indispensável, que a Mariana chegue de viagem até amanhã."

    De fato, o uso está incorreto, porque a parte após a vírgula funciona como sujeito do verbo "é".

    O que é indispensável? Que a Mariana chegue de viagem até amanhã./ Que a Mariana chegue de viagem até amanhã é indispensável.

    O sujeito oracional é assim chamado porque sua estrutura é formada por verbos.

    Nunca separe verbo do sujeito !

     IV – Incorreta

    "É indispensável não só que a Mariana chegue de viagem, mas também que participe do evento.

    A assertiva erra, porque é obrigatório o uso da vírgula antes da conjunção adversativa "mas". Outro erro, é que, no caso em tela, a expressão "mas também" possui valor aditivo e não adversativo e, nesse caso, a vírgula é facultativa, ou seja, dispensável.

     V – Correta.

     "É indispensável que, do ponto de vista da organização do evento, a Mariana esteja presente."

    O uso está correto, porque há um termo que deveria estar no final da oração no meio, por isso, foi posto duas vírgulas para intercalar esse termo.

     VI – Correta.

    "A Mariana, eu creio que ela chegará de viagem a tempo de participar do evento."

    O termo é um anacoluto, uma figura de linguagem sem função sintática, esse termo tem um referente já mencionado dentro da oração, isto é, um termo topicalizado.

     Portanto, estão corretas as assertivas II, III, V e VI.

     Gabarito do monitor: C

  • GAB. C

    I - Alice, a irmã da Mariana, chegou de viagem ontem. => uso incorreto, pois separa o sujeito (“a irmã da Mariana”) do verbo. - ERRADO

    O uso da virgula está correto, pois demonstra um aposto que oferece uma explicação sobre o termo anterior.

    IV – É indispensável não só que a Mariana chegue de viagem, mas também que participe do evento. => uso incorreto, pois não há vírgula antes de conjunção adversativa “mas”. ERRADO.

    O "mas também" não é conjunção adversativa, mas uma conjunção aditiva.

    Ex: Não só achou o restaurante muito bem localizado mas também gostou muito da comida.

    Bons estudos ;)


ID
3987928
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir, um bilhete envolvendo dois colegas de trabalho, e responda ao que se pede:

Ana, sei que você está cansada de conselhos, mas é preciso que eu faça esse papel. Ontem, disseram-me que você saiu mais cedo do trabalho. Novamente!!! É preciso que você reveja esses episódios na empresa. Em qualquer situação, é importante cuidar da imagem. Só se chega ao sucesso assim. Abraço. Paulo.

A noção de sujeito indeterminado, assumida como não indicadora do responsável pela ação verbal, somente NÃO é corretamente exemplificada, segundo a gramática tradicional, na oração trazida em:

Alternativas
Comentários
  • Eu ein.

  • GABARITO -A

    Analise comigo...

    Perceba que ele solicita uma assertiva em que não tenhamos sujeito indeterminado.

    Mas o que é um sujeito indeterminado?

    Aquele que aparece com verbo na 3ª pessoa e não pode ser retomado pelo contexto ou que aparece com VTI + SE - índice de indeterminação do sujeito.

    --------------------------------------

    A) É preciso...

    É preciso / isso

    Introduzimos uma oração subordinada substantiva subjetiva

    o resto que vem após deve ser considerado como sujeito.

    Mas acho (embora não concorde ) que foi assim que maquinou o examinador:

    É preciso que você reveja esses episódios na empresa.

    Quem vai rever ?

    Você - Sujeito simples.

    ------------------------------------------

    B) ...disseram-me...

    disseram-me que você saiu mais cedo do trabalho.

    Quem disse? Eu não consigo determinar . = sujeito indeterminado.

    -----------------------------------------------

    C) ...cuidar da imagem.

    é importante cuidar da imagem.

    É importante / isso

    Vejo como oração subordinada subjetiva ( exercendo papel de sujeito)

    --------------------------------------------------

    D) Só se chega ao sucesso assim.

    Só se chega ao sucesso assim.

    Aparentemente, sem sujeito.

    ------------------------------------

    Particularmente falando, vejo problema na assertiva c), mas segui esse raciocínio.

    Achei esquisita ...

    Viu algum ponto de divergência? Comenta aí..

    Valeu!

  • Errei a questão e não consegui entender o que o examinador quis. No meu ponto de vista tanto a letra A como a C possuem sujeitos oracionais, portanto, determinados.

    A) Sujeito é oracional ->que você reveja esses episódios na empresa

    B)Sujeito indeterminado-> não se sabe dizer quem disse

    C) Sujeito oracional-> cuidar da imagem

    D) Oração sem sujeito

  • A - Há dois verbos, um conectivo: duas orações

    C- Não há dois verbos, conectivo pois não há duas orações.

    Para haver um sujeito oracional ver primeiramente se há duas orações.

  • Analisando cada item:

    A) É preciso...Tem SUJEITO ORACIONAL: É preciso (Oração Principal) + que eu faça esse papel (Sujeito Oracional) GABARITO

    B) ...disseram-me... Sujeito Indeterminado: Verbo na 3ª Pessoa do Plural sem sujeito explícito.

    C) ...cuidar da imagem. Sujeito Indeterminado: Verbo no infinitivo impessoal.

    D) Só se chega ao sucesso assim. Sujeito Indeterminado: Verbo TRANSITIVO DIRETO, seguido de PREPOSIÇÃO, acrescido do SE (índice de indeterminação do Sujeito).

  • PRIMEIRAMENTE EU NAO ENTENDI O QUE A QUESTAO PEDIA

  • Para responder esta questão, exige-se conhecimento em tipos de sujeitos. O candidato deve indicar a única alternativa que não possui um sujeito indeterminado. Vejamos:

    Sujeito indeterminado: quando o sujeito não está expresso na oração. Ex.: quebraram o vidro do carro.. (Quem quem quebrou o vidro do carro? Não há como saber.)

    Pode ser construído de duas formas:

    a) Verbo na 3ª pessoa do plural sem referência.

    Ex: Passaram na prova.

    b) Verbo na 3ª pessoa do singular + se

    1º caso: verbo transitivo indireto + se + preposição: Ex.: Precisa-se de pedreiros.

    2º caso: verbo intransitivo + se (+ advérbio): Ex.: vive-se bem.

    3º caso: verbo de ligação + se Ex.: É-se inteiramente raro.

    "Ana, sei que você está cansada de conselhos, mas é preciso que eu faça esse papel. Ontem, disseram-me que você saiu mais cedo do trabalho. Novamente!!! É preciso que você reveja esses episódios na empresa. Em qualquer situação, é importante cuidar da imagem. Só se chega ao sucesso assim. Abraço. Paulo."

    Após breve explicação e leitura do período, iremos analisar cada assertiva. Analisemos:

    a) Correta.

    "É preciso que você reveja esses episódios na empresa."

    O sujeito quando em forma de verbo e, normalmente, introduzido pelo pronome relativo "que", podendo ser trocado por "isto" é sujeito oracional. Vejam:

    Que você reveja esses episódios na empresa é preciso.

    Isto é preciso.

    O que é preciso? Que você reveja esses episódios na empresa.

    Portanto, aqui temos um sujeito oracional.

    b) Incorreta.

    Disseram-me que você saiu mais cedo do trabalho. Novamente!!!

    O verbo está na terceira pessoa do plural e não há nenhuma indicação de quem é o agente da ação verbal, ou seja, de quem sofre ou pratica. Assim, há um sujeito indeterminado.

    c) *Incorreta.

    "é importante cuidar da imagem"

    O sujeito é oracional, pois a oração está reduzida de infinitivo, mas assim como na alternativa "A", pode-se trocada pelo 'isto'.

    Cuidar da imagem é importante.

    Isto é importante.

    Que se cuide da imagem é importante.

    O que é importante? Cuidar da imagem.

    d) Incorreta.

    "Só se chega ao sucesso assim."

    O verbo intransitivo está na terceira pessoa do singular acompanhado da partícula "se" que indetermina o sujeito, ou seja, não há como saber quem pratica ou sofre a ação verbal.

    Gabarito da banca: A

    Gabarito do monitor: Nulo por apresentar mais de uma resposta.


ID
3987931
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A pedido do professor, uma dupla de alunos da Educação Básica, do 7º ano, marcou os problemas de ortografia nos textos produzidos pelos colegas da sala. Tratava-se de uma atividade de escrita de artigo de opinião.
Assinale a alternativa em que o problema apontado como erro pelos estudantes NÃO esteja em consonância com o sistema ortográfico do português, tendo em vista o padrão culto. 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - B

    REGRAS BÁSICAS DE SOBREVIVÊNCIA:

    " OS IGUAIS SE REPELEM E OS DIFERENTES SE ATRAEM".

    A) anti-imperialista; ( ✔ )

    B) contra-cheque; (❌ )

    CONTRACHEQUE.

    -----------------------------------

    C) coproduzido; ( ✔ )

    o prefixo co sempre se acopla à palavra seguinte diretamente, sem intermediação de hífen. Exs.: cobeligerante, cocontratado, codemandante, cofundador, cogerência, cotutor.

    Não se abre exceção nem mesmo para a hipótese de ser o elemento seguinte iniciado por vogal. Exs.: coacusado, coadministrador, coapelante, coarrendante, coautor, coeditor, coeducador, coexistência, coigual, coindicação, coobrigar, cooperação, coordenação, counívoco.

    ----------------------------------------------

    D) sociocultural. ( ✔ )

    " OS IGUAIS SE REPELEM E OS DIFERENTES SE ATRAEM".

  • Contracheque de servidor é JUNTO!

  • Após as mudanças na gramática brasileira, o termo contra-cheque não pode mais ser escrito com hífen. Ou seja: a forma correta da palavra é contracheque.

  • Para responder esta questão, exige-se do candidato conhecimento em regra de hífen. O candidato deve indicar qual assertiva está incorreta. Vejamos:

    a) Correta.

    O prefixo “anti” fica com hífen quando se une com a palavra que inicia com “i” ou “h”, portanto, o correto é “anti-imperialista”.

    b) Incorreta.

    O prefixo “contra” fica com hífen quando se une com a palavra que inicia com a” ou “h”, portanto, o correto é “contracheque”.

    c) Correta.

    O prefixo “co” não aceita hífen, portanto, o correto é “coproduzido.”

    d) Correta.

    O prefixo “socio”  apenas aceita o hífen quando a palavra seguinte iniciar com “o” ou “h”.

    Gabarito do monitor: B


ID
3987934
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder à questão, leia os excertos abaixo, retirados dos Parâmetros Curriculares Nacionais, 3º e 4º ciclos. Em seguida, leia a atividade retirada de livro didático.

“O tratamento do texto literário oral ou escrito envolve o exercício de reconhecimento de singularidades e propriedades que matizam um tipo particular de uso da linguagem. É possível afastar uma série de equívocos que costumam estar presentes na escola em relação aos textos literários, ou seja, tomá-los como pretexto para o tratamento de questões outras (valores morais, tópicos gramaticais) que não aquelas que contribuem para a formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas, as particularidades, os sentidos, a extensão e a profundidade das construções literárias”. (BRASIL, 1998, p. 27) 

“Quando se toma o texto como unidade de ensino, os aspectos a serem tematizados não se referem somente à dimensão gramatical. Há conteúdos relacionados às dimensões pragmática e semântica da linguagem, que, por serem inerentes à própria atividade discursiva, precisam, na escola, ser tratados de maneira articulada e simultânea no desenvolvimento das práticas de produção e recepção de textos. Quando se toma o texto como unidade de ensino, ainda que se considere a dimensão gramatical, não é possível adotar uma categorização preestabelecida. Os textos submetem-se às regularidades linguísticas dos gêneros em que se organizam e às especificidades de suas condições de produção: isto aponta para a necessidade de priorização de alguns conteúdos e não de outros. Os alunos, por sua vez, ao se relacionarem com este ou aquele texto, sempre o farão segundo suas possibilidades: isto aponta para a necessidade de trabalhar com alguns desses conteúdos e não com todos”. (BRASIL, 1998, p. 78-79)

Atividade retirada de um livro didático para a antiga 6ª série, editado no mesmo ano da publicação dos PCN.

ORION

A primeira namorada, tão alta
que o beijo não alcançava,
o pescoço não alcançava,
nem mesmo a voz a alcançava.
Eram quilômetros de silêncio.

Luzia na janela do sobradão.


(Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973. p. 392.)


1. O eu lírico do texto, isto é, a pessoa de que fala no poema, caracteriza a primeira namorada com um adjetivo.
a) Qual é esse adjetivo?
b) Como se classifica o grau desse adjetivo?

2. A primeira namorada é vista no poema como ser intocável, impossível de alcançar. O eu lírico tenta chegar até ela de várias formas, com o corpo e até com o som, mas tudo é inútil.
a) Que expressões demonstram a tentativa de atingir a mulher amada com o corpo?
b) Que expressão demonstra a tentativa de atingi-la pelo som?
c) Que verso resume o distanciamento de eu em relação à mulher amada?

3. O último verso do poema menciona o substantivo sobradão.
a) Em que grau está esse substantivo?
b) Esse grau de sobrado aumenta ou diminui ainda mais a distância entre o eu lírico e a mulher amada? Por quê? 

4. Orion é o nome de uma constelação. Duas das características das estrelas são a frieza (têm brilho próprio, mas emitem calor) e a distância.
a) Na verdade, a quem se refere a palavra Orion, que dá título ao poema?
b) Que semelhanças há entre a atitude dessa pessoa a as estrelas em geral?

5. Com base em todas as respostas anteriores, conclua:
a) Qual o sentido da palavra alta no poema?
b) De que forma, nesse poema, o grau do adjetivo e do substantivo contribui para construir a ideia central do poema, que é o distanciamento amoroso entre o eu lírico e a mulher amada?


CEREJA, W. R. & MAGALHÃES, T. C. Português: linguagens. São Paulo: Atual, 1998.

Tomando como referência trechos extraídos dos PCN para o ensino de Língua Portuguesa no ensino fundamental, pode-se dizer que, na atividade didática trazida, os aspectos linguísticos foram abordados tendo em vista as demandas impostas ao processo de produção de sentido do poema:

Alternativas
Comentários
  • Foi só eu quem não entendeu esta questão?

  • desisti de ler tanta atividade...

ID
3987937
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder à questão, leia os excertos abaixo, retirados dos Parâmetros Curriculares Nacionais, 3º e 4º ciclos. Em seguida, leia a atividade retirada de livro didático.

“O tratamento do texto literário oral ou escrito envolve o exercício de reconhecimento de singularidades e propriedades que matizam um tipo particular de uso da linguagem. É possível afastar uma série de equívocos que costumam estar presentes na escola em relação aos textos literários, ou seja, tomá-los como pretexto para o tratamento de questões outras (valores morais, tópicos gramaticais) que não aquelas que contribuem para a formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas, as particularidades, os sentidos, a extensão e a profundidade das construções literárias”. (BRASIL, 1998, p. 27) 

“Quando se toma o texto como unidade de ensino, os aspectos a serem tematizados não se referem somente à dimensão gramatical. Há conteúdos relacionados às dimensões pragmática e semântica da linguagem, que, por serem inerentes à própria atividade discursiva, precisam, na escola, ser tratados de maneira articulada e simultânea no desenvolvimento das práticas de produção e recepção de textos. Quando se toma o texto como unidade de ensino, ainda que se considere a dimensão gramatical, não é possível adotar uma categorização preestabelecida. Os textos submetem-se às regularidades linguísticas dos gêneros em que se organizam e às especificidades de suas condições de produção: isto aponta para a necessidade de priorização de alguns conteúdos e não de outros. Os alunos, por sua vez, ao se relacionarem com este ou aquele texto, sempre o farão segundo suas possibilidades: isto aponta para a necessidade de trabalhar com alguns desses conteúdos e não com todos”. (BRASIL, 1998, p. 78-79)

Atividade retirada de um livro didático para a antiga 6ª série, editado no mesmo ano da publicação dos PCN.

ORION

A primeira namorada, tão alta
que o beijo não alcançava,
o pescoço não alcançava,
nem mesmo a voz a alcançava.
Eram quilômetros de silêncio.

Luzia na janela do sobradão.


(Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973. p. 392.)


1. O eu lírico do texto, isto é, a pessoa de que fala no poema, caracteriza a primeira namorada com um adjetivo.
a) Qual é esse adjetivo?
b) Como se classifica o grau desse adjetivo?

2. A primeira namorada é vista no poema como ser intocável, impossível de alcançar. O eu lírico tenta chegar até ela de várias formas, com o corpo e até com o som, mas tudo é inútil.
a) Que expressões demonstram a tentativa de atingir a mulher amada com o corpo?
b) Que expressão demonstra a tentativa de atingi-la pelo som?
c) Que verso resume o distanciamento de eu em relação à mulher amada?

3. O último verso do poema menciona o substantivo sobradão.
a) Em que grau está esse substantivo?
b) Esse grau de sobrado aumenta ou diminui ainda mais a distância entre o eu lírico e a mulher amada? Por quê? 

4. Orion é o nome de uma constelação. Duas das características das estrelas são a frieza (têm brilho próprio, mas emitem calor) e a distância.
a) Na verdade, a quem se refere a palavra Orion, que dá título ao poema?
b) Que semelhanças há entre a atitude dessa pessoa a as estrelas em geral?

5. Com base em todas as respostas anteriores, conclua:
a) Qual o sentido da palavra alta no poema?
b) De que forma, nesse poema, o grau do adjetivo e do substantivo contribui para construir a ideia central do poema, que é o distanciamento amoroso entre o eu lírico e a mulher amada?


CEREJA, W. R. & MAGALHÃES, T. C. Português: linguagens. São Paulo: Atual, 1998.

Leia as considerações abaixo e responda ao que se pede.

I. O processo de produção de sentido do poema pressupõe a compreensão do valor estético dos recursos de construção nele flagrados, aspecto que demanda ao aluno a análise de elementos linguísticos mobilizados pelo autor.
II. Dada a natureza literária do texto, nenhuma proposta que focalize os aspectos linguísticos, em detrimento dos estéticos, como se viu na atividade didática trazida, está em consonância com as orientações dos PCN.
III. Um aspecto importante no trabalho do poema em sala de aula Orion seria a focalização do caráter polissêmico do termo “Luzia”.


Tendo em vista as orientações dos PCN, apenas está adequado o exposto em

Alternativas

ID
3987940
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Retome o poema Orion, presente na atividade didática. No trecho “que o beijo não alcançava, o pescoço não alcançava, nem mesmo a voz a alcançava”, somente NÃO há a presença de 3 orações

Alternativas
Comentários
  • ORION

    A primeira namorada, tão alta

    que o beijo não alcançava,

    o pescoço não alcançava, nem mesmo a voz a alcançava.

    Eram quilômetros de silêncio. Luzia na janela do sobradão.

    A --> Indicam uma adição, pois o beijo não alcançava E o pescoço não alcançava E a voz não alcançava...

    B --> De fato há uma ideia de gradação presente quando o autor vai do beijo, passando pelo pescoço e chegando à voz.

    C--> não há contradição

    D--> Causa = namorada ser alta / consequência = não alcançar o beijo, o pescoço, a voz.

  • Para responder esta questão, exigia-se do candidato conhecimento em sintaxe. O candidato deve indicar em qual assertiva indica classificação incorreta das orações abaixo. Vejamos:

    A primeira namorada, tão alta que o beijo não alcançava/, o pescoço não alcançava, nem mesmo a voz a alcançava. Eram quilômetros de silêncio. Luzia na janela do sobradão.

    a) Correta.

    As orações mantêm sentido de soma, tanto é verdade que se pode adicionar a conjunção de adição “e também”.

    O beijo não alcançava e o pescoço também não alcançava e nem mesmo a voz alcançava.

    b) Correta.

    A gradação ocorre quando temos uma progressividade, uma ação contínua. Percebam que o beijo não foi alcançando várias partes e cada vez aumentando a gravidade.

    c) Incorreta.

    Não há nenhuma informação com sentido contraditório na oração, o "nem" estabelece sentido de soma, isto é, adiciona mais uma ação da sequência anterior.

    d) Correta.

    Percebam que no período é notório a locução conjuntiva “tão que” que carrega carga semântica de consequência. O fato da namorada ser tão grande, gerou consequência de o beijo não alcançar várias partes.

    Gabarito do monitor: C

  • GAB: C

    Simples, não tem contradição no trecho..