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Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2021 - CRM - MG - Estatístico


ID
5219893
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir, para responder à questão. 


No fundo, todos estamos nos transformando um

pouco em gatos


“Você acredita que os patos sabem que é Natal?” Essa foi a pergunta que meu amigo Miguel me fez em uma véspera de Ano Novo, enquanto atravessávamos o Campo de São Francisco, em Oviedo. Nem as horas nem o frio convidavam a ficar lá filosofando sobre o assunto, mas o debate continuou ao longo do caminho. Demos como certo que os peixes nos tanques certamente não; os patos e perus, talvez um pouco (tampouco muito); mas os que certamente estavam a par eram os cães e os gatos (não entramos na fauna selvagem, já que o trajeto era curto. Era Oviedo, não Nova York).


Anos depois, nós dois adotamos uma gata. Na quarta-feira de manhã eu lhe mandei uma mensagem perguntando se Lola, a dele, sabia que algo estava acontecendo (obviamente, falando da crise do coronavírus). “Sim, sim, sim, mais carinhosa que nunca, se for possível. Alucinada porque estamos o dia todo em casa”, foi sua resposta.


Mía e Atún — meus gatos — também estão surpresos. Na verdade, fui pegar as roupas da máquina de lavar e, quando saí, encontrei os dois me esperando no corredor, sentados juntos, olhando para mim com cara de “ei, por que você está passando o dia inteiro em casa? Tem algo a nos contar?” Normalmente, quando chego em casa, os dois vêm me encontrar e me fazem um pouco de festa (se deitam de barriga, se esfregam em mim). Estes dias se dedicam a me seguir pelo apartamento, como se suspeitassem de meus atos. E me fazem festa quando saio de casa para levar o lixo ou ir às compras, é claro. Percebo uma certa cara de insatisfação quando veem que volto em cinco minutos.


Há quem diga que quem, como eu, convive com animais e esteja um pouco fraco da cabeça lhes atribui capacidades humanas que eles não têm. Pode ser. Mas o fato é que percebem alguma coisa. Vamos ver, você não precisa ser um gênio para se dar conta de que seu dono está há trocentos dias sem sair de casa, de que na rua só se vê gente com cachorros (falaremos sobre isso mais tarde) ou que se pode ouvir perfeitamente os pássaros ou os sinos das igrejas. Não sei como é com vocês, mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. Não sei se percebe ou o quê, mas as mudanças de humor chamam sua atenção.


Esses dias também estão servindo para conhecer melhor nossos animais de estimação. Os donos de gatos muitas vezes se perguntam o que eles fazem quando não estamos em casa. Eu já te digo: dormem, basicamente. Dormem de 12 a 16 horas por dia. Ou seja, são seres quase perfeitos para o isolamento. O que não sei é se, quando estou em casa, param de fazer as coisas que normalmente fazem. Nos últimos dias não os vi arranhar o sofá em nenhum momento. Talvez não queiram nos deixar rastros.


Eles também estão se dando melhor. Mía tem quatro anos e Atún, dez meses. Passam o dia às turras. Quando não é um, é o outro. Atún tem a energia da infância e Mía é diligentemente sinuosa para criar problemas: sempre faz Atún parecer culpado. Ultimamente as brigas são mais esporádicas. Até dormem juntos e limpam um ao outro.


Mas, cuidado, isso não quer dizer que vão se adaptar às novas circunstâncias. Atún me acorda todos os dias às 7h25, ou seja, cinco minutos antes do que o despertador normalmente faz. Dizia Jim Davis: “Os gatos sabem instintivamente a hora exata em que seus donos vão acordar, e eles os acordam dez minutos antes”. Atún me deixa esses cinco minutos de cortesia, mas, mesmo em confinamento, ainda continua sendo escrotamente gato.


Porque não deixam de ser gatos, é claro. Nos últimos dias comecei um jogo de xadrez virtual, mas real, com meu amigo Jaime. Isto é: o tabuleiro é físico, e enviamos fotos um ao outro com os movimentos de ambos, de tal forma que é necessário mover as brancas e as pretas (já deixo claro). Bem, agora minha casa é um xadrez. Uma torre no quarto, um peão no banheiro, o rei forçosamente sob cobertura atrás de uma planta e Mía, é claro, sentada no centro do tabuleiro, entre as pretas e as brancas. Xeque-Mate.


Também há dias para aprofundar o debate sobre se é melhor ter como mascote um cão ou um gato. Não vamos nos deixar levar pela euforia do momento. Hoje, os cães são um bem valioso, porque te permitem sair a caminhar. Uma espécie de salvo-conduto. Tenho amigos que saem com ele cinco vezes por dia. Mas não são tempos de confronto, e sim para estar unidos. Os cães, pelo que me dizem, também surtam com o que está acontecendo. Eles só veem cães na rua e os parques estão fechados. Também não é preciso ser um lince (felino) para perceber que está acontecendo alguma coisa. Da altivez que provém da convivência com um gato, nós, que compartilhamos a vida com um, cumprimentamos os donos de cães e nos congratulamos que os ajudem nessa situação que, mesmo que seja pequena, compensa de alguma forma por todo esse cair da cama e essas noites de chuva em que também é preciso sair à rua.


São dias estranhos. De 24 horas em casa. Dos gatos aparecendo nas reuniões de teletrabalho (e arrancando um sorriso dos participantes), e já se sabe que não há nada que deva ser interposto entre a atenção de um e o felino. No fundo, todos estamos nos transformando um pouco em gatos. Agora sabemos como é difícil racionar as visitas à geladeira-comedor se você fica o dia inteiro em casa. E como é fácil cair no sono no sofá assim que o dia de trabalho termina. Mas são dias precisamente para isso: para ser gatos. Não é uma estratégia tão ruim: é o único animal que conseguiu dominar a internet sem precisar manejar a tecnologia. Por alguma razão estará dando tão certo para eles.


Disponível em: <https://bit.ly/2xwO2YZ>.

Acesso em: 27 mar. 2020 (Adaptado).

O tema central desse texto é:

Alternativas
Comentários
  • No fundo, todos estamos nos transformando um pouco em gatos. No fundo, todos estamos nos transformando um pouco em gatos. 

  • Boa, também acertei por meio da conclusão.


ID
5219896
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir, para responder à questão. 


No fundo, todos estamos nos transformando um

pouco em gatos


“Você acredita que os patos sabem que é Natal?” Essa foi a pergunta que meu amigo Miguel me fez em uma véspera de Ano Novo, enquanto atravessávamos o Campo de São Francisco, em Oviedo. Nem as horas nem o frio convidavam a ficar lá filosofando sobre o assunto, mas o debate continuou ao longo do caminho. Demos como certo que os peixes nos tanques certamente não; os patos e perus, talvez um pouco (tampouco muito); mas os que certamente estavam a par eram os cães e os gatos (não entramos na fauna selvagem, já que o trajeto era curto. Era Oviedo, não Nova York).


Anos depois, nós dois adotamos uma gata. Na quarta-feira de manhã eu lhe mandei uma mensagem perguntando se Lola, a dele, sabia que algo estava acontecendo (obviamente, falando da crise do coronavírus). “Sim, sim, sim, mais carinhosa que nunca, se for possível. Alucinada porque estamos o dia todo em casa”, foi sua resposta.


Mía e Atún — meus gatos — também estão surpresos. Na verdade, fui pegar as roupas da máquina de lavar e, quando saí, encontrei os dois me esperando no corredor, sentados juntos, olhando para mim com cara de “ei, por que você está passando o dia inteiro em casa? Tem algo a nos contar?” Normalmente, quando chego em casa, os dois vêm me encontrar e me fazem um pouco de festa (se deitam de barriga, se esfregam em mim). Estes dias se dedicam a me seguir pelo apartamento, como se suspeitassem de meus atos. E me fazem festa quando saio de casa para levar o lixo ou ir às compras, é claro. Percebo uma certa cara de insatisfação quando veem que volto em cinco minutos.


Há quem diga que quem, como eu, convive com animais e esteja um pouco fraco da cabeça lhes atribui capacidades humanas que eles não têm. Pode ser. Mas o fato é que percebem alguma coisa. Vamos ver, você não precisa ser um gênio para se dar conta de que seu dono está há trocentos dias sem sair de casa, de que na rua só se vê gente com cachorros (falaremos sobre isso mais tarde) ou que se pode ouvir perfeitamente os pássaros ou os sinos das igrejas. Não sei como é com vocês, mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. Não sei se percebe ou o quê, mas as mudanças de humor chamam sua atenção.


Esses dias também estão servindo para conhecer melhor nossos animais de estimação. Os donos de gatos muitas vezes se perguntam o que eles fazem quando não estamos em casa. Eu já te digo: dormem, basicamente. Dormem de 12 a 16 horas por dia. Ou seja, são seres quase perfeitos para o isolamento. O que não sei é se, quando estou em casa, param de fazer as coisas que normalmente fazem. Nos últimos dias não os vi arranhar o sofá em nenhum momento. Talvez não queiram nos deixar rastros.


Eles também estão se dando melhor. Mía tem quatro anos e Atún, dez meses. Passam o dia às turras. Quando não é um, é o outro. Atún tem a energia da infância e Mía é diligentemente sinuosa para criar problemas: sempre faz Atún parecer culpado. Ultimamente as brigas são mais esporádicas. Até dormem juntos e limpam um ao outro.


Mas, cuidado, isso não quer dizer que vão se adaptar às novas circunstâncias. Atún me acorda todos os dias às 7h25, ou seja, cinco minutos antes do que o despertador normalmente faz. Dizia Jim Davis: “Os gatos sabem instintivamente a hora exata em que seus donos vão acordar, e eles os acordam dez minutos antes”. Atún me deixa esses cinco minutos de cortesia, mas, mesmo em confinamento, ainda continua sendo escrotamente gato.


Porque não deixam de ser gatos, é claro. Nos últimos dias comecei um jogo de xadrez virtual, mas real, com meu amigo Jaime. Isto é: o tabuleiro é físico, e enviamos fotos um ao outro com os movimentos de ambos, de tal forma que é necessário mover as brancas e as pretas (já deixo claro). Bem, agora minha casa é um xadrez. Uma torre no quarto, um peão no banheiro, o rei forçosamente sob cobertura atrás de uma planta e Mía, é claro, sentada no centro do tabuleiro, entre as pretas e as brancas. Xeque-Mate.


Também há dias para aprofundar o debate sobre se é melhor ter como mascote um cão ou um gato. Não vamos nos deixar levar pela euforia do momento. Hoje, os cães são um bem valioso, porque te permitem sair a caminhar. Uma espécie de salvo-conduto. Tenho amigos que saem com ele cinco vezes por dia. Mas não são tempos de confronto, e sim para estar unidos. Os cães, pelo que me dizem, também surtam com o que está acontecendo. Eles só veem cães na rua e os parques estão fechados. Também não é preciso ser um lince (felino) para perceber que está acontecendo alguma coisa. Da altivez que provém da convivência com um gato, nós, que compartilhamos a vida com um, cumprimentamos os donos de cães e nos congratulamos que os ajudem nessa situação que, mesmo que seja pequena, compensa de alguma forma por todo esse cair da cama e essas noites de chuva em que também é preciso sair à rua.


São dias estranhos. De 24 horas em casa. Dos gatos aparecendo nas reuniões de teletrabalho (e arrancando um sorriso dos participantes), e já se sabe que não há nada que deva ser interposto entre a atenção de um e o felino. No fundo, todos estamos nos transformando um pouco em gatos. Agora sabemos como é difícil racionar as visitas à geladeira-comedor se você fica o dia inteiro em casa. E como é fácil cair no sono no sofá assim que o dia de trabalho termina. Mas são dias precisamente para isso: para ser gatos. Não é uma estratégia tão ruim: é o único animal que conseguiu dominar a internet sem precisar manejar a tecnologia. Por alguma razão estará dando tão certo para eles.


Disponível em: <https://bit.ly/2xwO2YZ>.

Acesso em: 27 mar. 2020 (Adaptado).

Releia este trecho.


“[...] os patos e perus, talvez um pouco (tampouco muito); [...]”


Em relação à palavra destacada, considere as afirmativas a seguir.

I. Trata-se de palavra invariável.

II. Confere ao trecho ideia de adição.

III. Confere ao trecho ideia de negação.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • é advérbio - também não, muito menos

  • Assertiva D

    I. Trata-se de palavra invariável.

    II. Confere ao trecho ideia de adição.

    III. Confere ao trecho ideia de negação.

    "A vitória se alcança com a conjugação de esforço e com o equilíbrio da mente com o corpo." William Douglas

  • Eu estou tentando colocar na minha cabeça que TAMPOUCO tem ideia de adição, pois só consigo ver negação.

    Pode ser adição e negação ao mesmo tempo? Seria Adicionando negativamente? rsrs

  • Tampouco é gramaticalmente classificado como um . Pode ser substituído por expressões como “também não”, “nem”, “sequer” e “muito menos”. Analisando o vocábulo morfologicamente, percebemos que ele é formado a partir de composição por aglutinação, isto é, duas palavras que se unem em uma só palavra: tão + pouco. Ele será empregado em uma oração para reforçar uma negação expressa anteriormente. Veja os exemplos:

    Não fez a lição de casa, tampouco arrumou seu quarto.

    Não foi à escola, tampouco ao curso de inglês.

  • O termo "tampouco" é um adverbio equivalente a "e também não", "muito menos", utilizado normalmente para reforçar uma negação.

    I. Trata-se de palavra invariável.

    Correto. Estamos diante de adverbio.

    II. Confere ao trecho ideia de adição.

    Correto, mas faço ressalvas. Como afirmei no inicio deste comentário, o termo é utilizado normalmente para reforçar uma negativa, podendo, por isso, assumir valor aditivo.

    "Não sou rico, tampouco inteligente." - "Não sou rico e também não/muito menos sou inteligente."

    A ideia de adição fica subentendida entre o termo inicial e o termo pressente na expressão de reforço. Entretanto, este sentido "aditivo" não necessariamente transpassa para a oração ou período no qual a expressão se insere.

    No caso em tela, prepondera o sentido negativo, sendo a expressão "tampouco" um comentário isolado, cujo sentido aditivo não é explicito ou presente na construção. Afirmar que o uso do adverbio "confere ao trecho ideia de adição" parece demasiado descabido.

    III. Confere ao trecho ideia de negação.

    Correto. Vide explanação supra.

    Gabarito da banca na alternativa B

  • Não consigo entender que TAMPOUCO tenha ideia de adição.

  • Tampouco pode ser substituído por "também não", oque traz uma ideia de adição e negação:

    Ex. Fulano não estuda, tampouco trabalha

  • 'Tampouco = também não; carrega uma ideia de inclusão + negação.' (PESTANA , p.631)

  • A questão é sobre advérbio e quer que analisemos a palavra destacada em “[...] os patos e perus, talvez um pouco (tampouco muito); [...]”. Vejamos:

     .

    I. Trata-se de palavra invariável.

    Certo. "Tampouco" é advérbio e, portanto, é uma palavra invariável.

    Advérbio: palavra invariável que indica circunstâncias. Modifica um adjetivo, um verbo ou outro advérbio. Pode ser de afirmação, dúvida, intensidade, lugar, modo, tempo e negação.

    TAMPOUCO – é advérbio e equivale a “nem”; “também não”.

    Ex.: Não estuda tampouco trabalha.

     

    TÃO POUCO – refere-se à quantidade pequena.

    Ex.: Estudou tão pouco que tirou zero na prova.

     .

    II. Confere ao trecho ideia de adição.

    Certo. "Tampouco" pode trazer ao trecho ideia de adição: “[...] os patos e perus, talvez um pouco (tampouco muito); [...]” = ... talvez um pouco (e também não muito).

     .

    III. Confere ao trecho ideia de negação.

    Certo. "Tampouco" traz ao trecho ideia de negação: tampouco = também não, nem.

     .

    Gabarito: Letra D


ID
5219899
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir, para responder à questão. 


No fundo, todos estamos nos transformando um

pouco em gatos


“Você acredita que os patos sabem que é Natal?” Essa foi a pergunta que meu amigo Miguel me fez em uma véspera de Ano Novo, enquanto atravessávamos o Campo de São Francisco, em Oviedo. Nem as horas nem o frio convidavam a ficar lá filosofando sobre o assunto, mas o debate continuou ao longo do caminho. Demos como certo que os peixes nos tanques certamente não; os patos e perus, talvez um pouco (tampouco muito); mas os que certamente estavam a par eram os cães e os gatos (não entramos na fauna selvagem, já que o trajeto era curto. Era Oviedo, não Nova York).


Anos depois, nós dois adotamos uma gata. Na quarta-feira de manhã eu lhe mandei uma mensagem perguntando se Lola, a dele, sabia que algo estava acontecendo (obviamente, falando da crise do coronavírus). “Sim, sim, sim, mais carinhosa que nunca, se for possível. Alucinada porque estamos o dia todo em casa”, foi sua resposta.


Mía e Atún — meus gatos — também estão surpresos. Na verdade, fui pegar as roupas da máquina de lavar e, quando saí, encontrei os dois me esperando no corredor, sentados juntos, olhando para mim com cara de “ei, por que você está passando o dia inteiro em casa? Tem algo a nos contar?” Normalmente, quando chego em casa, os dois vêm me encontrar e me fazem um pouco de festa (se deitam de barriga, se esfregam em mim). Estes dias se dedicam a me seguir pelo apartamento, como se suspeitassem de meus atos. E me fazem festa quando saio de casa para levar o lixo ou ir às compras, é claro. Percebo uma certa cara de insatisfação quando veem que volto em cinco minutos.


Há quem diga que quem, como eu, convive com animais e esteja um pouco fraco da cabeça lhes atribui capacidades humanas que eles não têm. Pode ser. Mas o fato é que percebem alguma coisa. Vamos ver, você não precisa ser um gênio para se dar conta de que seu dono está há trocentos dias sem sair de casa, de que na rua só se vê gente com cachorros (falaremos sobre isso mais tarde) ou que se pode ouvir perfeitamente os pássaros ou os sinos das igrejas. Não sei como é com vocês, mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. Não sei se percebe ou o quê, mas as mudanças de humor chamam sua atenção.


Esses dias também estão servindo para conhecer melhor nossos animais de estimação. Os donos de gatos muitas vezes se perguntam o que eles fazem quando não estamos em casa. Eu já te digo: dormem, basicamente. Dormem de 12 a 16 horas por dia. Ou seja, são seres quase perfeitos para o isolamento. O que não sei é se, quando estou em casa, param de fazer as coisas que normalmente fazem. Nos últimos dias não os vi arranhar o sofá em nenhum momento. Talvez não queiram nos deixar rastros.


Eles também estão se dando melhor. Mía tem quatro anos e Atún, dez meses. Passam o dia às turras. Quando não é um, é o outro. Atún tem a energia da infância e Mía é diligentemente sinuosa para criar problemas: sempre faz Atún parecer culpado. Ultimamente as brigas são mais esporádicas. Até dormem juntos e limpam um ao outro.


Mas, cuidado, isso não quer dizer que vão se adaptar às novas circunstâncias. Atún me acorda todos os dias às 7h25, ou seja, cinco minutos antes do que o despertador normalmente faz. Dizia Jim Davis: “Os gatos sabem instintivamente a hora exata em que seus donos vão acordar, e eles os acordam dez minutos antes”. Atún me deixa esses cinco minutos de cortesia, mas, mesmo em confinamento, ainda continua sendo escrotamente gato.


Porque não deixam de ser gatos, é claro. Nos últimos dias comecei um jogo de xadrez virtual, mas real, com meu amigo Jaime. Isto é: o tabuleiro é físico, e enviamos fotos um ao outro com os movimentos de ambos, de tal forma que é necessário mover as brancas e as pretas (já deixo claro). Bem, agora minha casa é um xadrez. Uma torre no quarto, um peão no banheiro, o rei forçosamente sob cobertura atrás de uma planta e Mía, é claro, sentada no centro do tabuleiro, entre as pretas e as brancas. Xeque-Mate.


Também há dias para aprofundar o debate sobre se é melhor ter como mascote um cão ou um gato. Não vamos nos deixar levar pela euforia do momento. Hoje, os cães são um bem valioso, porque te permitem sair a caminhar. Uma espécie de salvo-conduto. Tenho amigos que saem com ele cinco vezes por dia. Mas não são tempos de confronto, e sim para estar unidos. Os cães, pelo que me dizem, também surtam com o que está acontecendo. Eles só veem cães na rua e os parques estão fechados. Também não é preciso ser um lince (felino) para perceber que está acontecendo alguma coisa. Da altivez que provém da convivência com um gato, nós, que compartilhamos a vida com um, cumprimentamos os donos de cães e nos congratulamos que os ajudem nessa situação que, mesmo que seja pequena, compensa de alguma forma por todo esse cair da cama e essas noites de chuva em que também é preciso sair à rua.


São dias estranhos. De 24 horas em casa. Dos gatos aparecendo nas reuniões de teletrabalho (e arrancando um sorriso dos participantes), e já se sabe que não há nada que deva ser interposto entre a atenção de um e o felino. No fundo, todos estamos nos transformando um pouco em gatos. Agora sabemos como é difícil racionar as visitas à geladeira-comedor se você fica o dia inteiro em casa. E como é fácil cair no sono no sofá assim que o dia de trabalho termina. Mas são dias precisamente para isso: para ser gatos. Não é uma estratégia tão ruim: é o único animal que conseguiu dominar a internet sem precisar manejar a tecnologia. Por alguma razão estará dando tão certo para eles.


Disponível em: <https://bit.ly/2xwO2YZ>.

Acesso em: 27 mar. 2020 (Adaptado).

Releia este trecho.


“Não sei como é com vocês, mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha.”


Assinale a alternativa em que a reescrita desse trecho não está de acordo com a norma-padrão.

Alternativas
Comentários
  • Não sei como é com vocês , mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. (faltou a vírgula para separa a oração coordenada adversativa )

  • Ué. Não há uma cacofonia na alternativa "c"?

  • Lembre-se que as conjunções adversativas são sempre precedidas de vírgula.

    Conjunções Adversativas (mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto)

  • A Virgula é obrigatória antes das conjunções que indicam oposição,exceto o mas e facultativa após!

  • C) Quando choro, não sei como é com vocês, mas comigo Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha.

    Vejo que há dúvidas quanto a essa assertiva. Realmente está correta ? há obrigação de se isolar o pronome ''comigo'' entre vírgulas ?

  • “Não sei como é com vocês, mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha.”

    Assinale a alternativa em que a reescrita desse trecho não está de acordo com a norma-padrão.

    A

    Quando choro, não sei como é com vocês, mas, comigo, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. (em orações adversativas a vírgula vem antes, questão certa)

    B

    Não sei como é com vocês, mas comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. (em orações adversativas a vírgula vem antes, questão certa)

    C

    Quando choro, não sei como é com vocês, mas comigo Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. (em orações adversativas a vírgula vem antes, questão certa)

    D

    Não sei como é com vocês mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. (não existe isso da vírgula ser colocada depois da palavra mas, vcs tbm devem ter em mente que não se usa vi´rgula para ISOLAR o mas nas orações adversativas.

  • Gabarito: D


ID
5219902
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir, para responder à questão. 


No fundo, todos estamos nos transformando um

pouco em gatos


“Você acredita que os patos sabem que é Natal?” Essa foi a pergunta que meu amigo Miguel me fez em uma véspera de Ano Novo, enquanto atravessávamos o Campo de São Francisco, em Oviedo. Nem as horas nem o frio convidavam a ficar lá filosofando sobre o assunto, mas o debate continuou ao longo do caminho. Demos como certo que os peixes nos tanques certamente não; os patos e perus, talvez um pouco (tampouco muito); mas os que certamente estavam a par eram os cães e os gatos (não entramos na fauna selvagem, já que o trajeto era curto. Era Oviedo, não Nova York).


Anos depois, nós dois adotamos uma gata. Na quarta-feira de manhã eu lhe mandei uma mensagem perguntando se Lola, a dele, sabia que algo estava acontecendo (obviamente, falando da crise do coronavírus). “Sim, sim, sim, mais carinhosa que nunca, se for possível. Alucinada porque estamos o dia todo em casa”, foi sua resposta.


Mía e Atún — meus gatos — também estão surpresos. Na verdade, fui pegar as roupas da máquina de lavar e, quando saí, encontrei os dois me esperando no corredor, sentados juntos, olhando para mim com cara de “ei, por que você está passando o dia inteiro em casa? Tem algo a nos contar?” Normalmente, quando chego em casa, os dois vêm me encontrar e me fazem um pouco de festa (se deitam de barriga, se esfregam em mim). Estes dias se dedicam a me seguir pelo apartamento, como se suspeitassem de meus atos. E me fazem festa quando saio de casa para levar o lixo ou ir às compras, é claro. Percebo uma certa cara de insatisfação quando veem que volto em cinco minutos.


Há quem diga que quem, como eu, convive com animais e esteja um pouco fraco da cabeça lhes atribui capacidades humanas que eles não têm. Pode ser. Mas o fato é que percebem alguma coisa. Vamos ver, você não precisa ser um gênio para se dar conta de que seu dono está há trocentos dias sem sair de casa, de que na rua só se vê gente com cachorros (falaremos sobre isso mais tarde) ou que se pode ouvir perfeitamente os pássaros ou os sinos das igrejas. Não sei como é com vocês, mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. Não sei se percebe ou o quê, mas as mudanças de humor chamam sua atenção.


Esses dias também estão servindo para conhecer melhor nossos animais de estimação. Os donos de gatos muitas vezes se perguntam o que eles fazem quando não estamos em casa. Eu já te digo: dormem, basicamente. Dormem de 12 a 16 horas por dia. Ou seja, são seres quase perfeitos para o isolamento. O que não sei é se, quando estou em casa, param de fazer as coisas que normalmente fazem. Nos últimos dias não os vi arranhar o sofá em nenhum momento. Talvez não queiram nos deixar rastros.


Eles também estão se dando melhor. Mía tem quatro anos e Atún, dez meses. Passam o dia às turras. Quando não é um, é o outro. Atún tem a energia da infância e Mía é diligentemente sinuosa para criar problemas: sempre faz Atún parecer culpado. Ultimamente as brigas são mais esporádicas. Até dormem juntos e limpam um ao outro.


Mas, cuidado, isso não quer dizer que vão se adaptar às novas circunstâncias. Atún me acorda todos os dias às 7h25, ou seja, cinco minutos antes do que o despertador normalmente faz. Dizia Jim Davis: “Os gatos sabem instintivamente a hora exata em que seus donos vão acordar, e eles os acordam dez minutos antes”. Atún me deixa esses cinco minutos de cortesia, mas, mesmo em confinamento, ainda continua sendo escrotamente gato.


Porque não deixam de ser gatos, é claro. Nos últimos dias comecei um jogo de xadrez virtual, mas real, com meu amigo Jaime. Isto é: o tabuleiro é físico, e enviamos fotos um ao outro com os movimentos de ambos, de tal forma que é necessário mover as brancas e as pretas (já deixo claro). Bem, agora minha casa é um xadrez. Uma torre no quarto, um peão no banheiro, o rei forçosamente sob cobertura atrás de uma planta e Mía, é claro, sentada no centro do tabuleiro, entre as pretas e as brancas. Xeque-Mate.


Também há dias para aprofundar o debate sobre se é melhor ter como mascote um cão ou um gato. Não vamos nos deixar levar pela euforia do momento. Hoje, os cães são um bem valioso, porque te permitem sair a caminhar. Uma espécie de salvo-conduto. Tenho amigos que saem com ele cinco vezes por dia. Mas não são tempos de confronto, e sim para estar unidos. Os cães, pelo que me dizem, também surtam com o que está acontecendo. Eles só veem cães na rua e os parques estão fechados. Também não é preciso ser um lince (felino) para perceber que está acontecendo alguma coisa. Da altivez que provém da convivência com um gato, nós, que compartilhamos a vida com um, cumprimentamos os donos de cães e nos congratulamos que os ajudem nessa situação que, mesmo que seja pequena, compensa de alguma forma por todo esse cair da cama e essas noites de chuva em que também é preciso sair à rua.


São dias estranhos. De 24 horas em casa. Dos gatos aparecendo nas reuniões de teletrabalho (e arrancando um sorriso dos participantes), e já se sabe que não há nada que deva ser interposto entre a atenção de um e o felino. No fundo, todos estamos nos transformando um pouco em gatos. Agora sabemos como é difícil racionar as visitas à geladeira-comedor se você fica o dia inteiro em casa. E como é fácil cair no sono no sofá assim que o dia de trabalho termina. Mas são dias precisamente para isso: para ser gatos. Não é uma estratégia tão ruim: é o único animal que conseguiu dominar a internet sem precisar manejar a tecnologia. Por alguma razão estará dando tão certo para eles.


Disponível em: <https://bit.ly/2xwO2YZ>.

Acesso em: 27 mar. 2020 (Adaptado).

Releia este trecho.


“[...] Mía é diligentemente sinuosa para criar problemas [...]”


O advérbio destacado nesse trecho indica que Mía cria problemas de forma

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Diligente = que tem ou denota diligência; ativo, aplicado, zeloso, cuidadoso.

  • A questão é sobre sinônimos e quer saber o sinônimo de diligentemente. Vejamos:

     .

    "Diligente": que tem diligência; zeloso, cuidadoso. Que tem rapidez; ativo, pronto. Que está alerta; vigilante, atento.

     .

    A) zelosa.

    Certo. "Diligente" é sinônimo de zeloso.

    "Zeloso": que é extremamente dedicado a alguém ou algo; cuidadoso, desvelado. Que se empenha na realização de algo; aguçado, diligente. Que revela muito ciúme; ciumento. Que ama intensamente. Que está atento a tudo; cauteloso, prevenido.

     .

    B) negligente.

    Errado.

    "Negligente": que ou aquele que não tem cuidado ou cautela; desatento, descuidado, desleixado, desidioso. Que ou aquele que demonstra falta de iniciativa ou de disposição; lânguido, preguiçoso.

     .

    C) inconsequente.

    Errado.

    "Inconsequente": que revela inconsequência ou incoerência; absurdo, ilógico. Que revela falta de reflexão ou de ponderação; irrefletido, leviano.

     .

    D) prazerosa.

    Errado.

    "Prazerosa": que proporcionou prazer; prazenteiro. Que demonstra alegria e bom humor; jovial.

     .

    Fonte: Dicionário Michaelis

    Gabarito: Letra A

  • No restatante abaixo da frase em questão deixa claro a ideia do cuidado da gata.


ID
5219905
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir, para responder à questão. 


No fundo, todos estamos nos transformando um

pouco em gatos


“Você acredita que os patos sabem que é Natal?” Essa foi a pergunta que meu amigo Miguel me fez em uma véspera de Ano Novo, enquanto atravessávamos o Campo de São Francisco, em Oviedo. Nem as horas nem o frio convidavam a ficar lá filosofando sobre o assunto, mas o debate continuou ao longo do caminho. Demos como certo que os peixes nos tanques certamente não; os patos e perus, talvez um pouco (tampouco muito); mas os que certamente estavam a par eram os cães e os gatos (não entramos na fauna selvagem, já que o trajeto era curto. Era Oviedo, não Nova York).


Anos depois, nós dois adotamos uma gata. Na quarta-feira de manhã eu lhe mandei uma mensagem perguntando se Lola, a dele, sabia que algo estava acontecendo (obviamente, falando da crise do coronavírus). “Sim, sim, sim, mais carinhosa que nunca, se for possível. Alucinada porque estamos o dia todo em casa”, foi sua resposta.


Mía e Atún — meus gatos — também estão surpresos. Na verdade, fui pegar as roupas da máquina de lavar e, quando saí, encontrei os dois me esperando no corredor, sentados juntos, olhando para mim com cara de “ei, por que você está passando o dia inteiro em casa? Tem algo a nos contar?” Normalmente, quando chego em casa, os dois vêm me encontrar e me fazem um pouco de festa (se deitam de barriga, se esfregam em mim). Estes dias se dedicam a me seguir pelo apartamento, como se suspeitassem de meus atos. E me fazem festa quando saio de casa para levar o lixo ou ir às compras, é claro. Percebo uma certa cara de insatisfação quando veem que volto em cinco minutos.


Há quem diga que quem, como eu, convive com animais e esteja um pouco fraco da cabeça lhes atribui capacidades humanas que eles não têm. Pode ser. Mas o fato é que percebem alguma coisa. Vamos ver, você não precisa ser um gênio para se dar conta de que seu dono está há trocentos dias sem sair de casa, de que na rua só se vê gente com cachorros (falaremos sobre isso mais tarde) ou que se pode ouvir perfeitamente os pássaros ou os sinos das igrejas. Não sei como é com vocês, mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. Não sei se percebe ou o quê, mas as mudanças de humor chamam sua atenção.


Esses dias também estão servindo para conhecer melhor nossos animais de estimação. Os donos de gatos muitas vezes se perguntam o que eles fazem quando não estamos em casa. Eu já te digo: dormem, basicamente. Dormem de 12 a 16 horas por dia. Ou seja, são seres quase perfeitos para o isolamento. O que não sei é se, quando estou em casa, param de fazer as coisas que normalmente fazem. Nos últimos dias não os vi arranhar o sofá em nenhum momento. Talvez não queiram nos deixar rastros.


Eles também estão se dando melhor. Mía tem quatro anos e Atún, dez meses. Passam o dia às turras. Quando não é um, é o outro. Atún tem a energia da infância e Mía é diligentemente sinuosa para criar problemas: sempre faz Atún parecer culpado. Ultimamente as brigas são mais esporádicas. Até dormem juntos e limpam um ao outro.


Mas, cuidado, isso não quer dizer que vão se adaptar às novas circunstâncias. Atún me acorda todos os dias às 7h25, ou seja, cinco minutos antes do que o despertador normalmente faz. Dizia Jim Davis: “Os gatos sabem instintivamente a hora exata em que seus donos vão acordar, e eles os acordam dez minutos antes”. Atún me deixa esses cinco minutos de cortesia, mas, mesmo em confinamento, ainda continua sendo escrotamente gato.


Porque não deixam de ser gatos, é claro. Nos últimos dias comecei um jogo de xadrez virtual, mas real, com meu amigo Jaime. Isto é: o tabuleiro é físico, e enviamos fotos um ao outro com os movimentos de ambos, de tal forma que é necessário mover as brancas e as pretas (já deixo claro). Bem, agora minha casa é um xadrez. Uma torre no quarto, um peão no banheiro, o rei forçosamente sob cobertura atrás de uma planta e Mía, é claro, sentada no centro do tabuleiro, entre as pretas e as brancas. Xeque-Mate.


Também há dias para aprofundar o debate sobre se é melhor ter como mascote um cão ou um gato. Não vamos nos deixar levar pela euforia do momento. Hoje, os cães são um bem valioso, porque te permitem sair a caminhar. Uma espécie de salvo-conduto. Tenho amigos que saem com ele cinco vezes por dia. Mas não são tempos de confronto, e sim para estar unidos. Os cães, pelo que me dizem, também surtam com o que está acontecendo. Eles só veem cães na rua e os parques estão fechados. Também não é preciso ser um lince (felino) para perceber que está acontecendo alguma coisa. Da altivez que provém da convivência com um gato, nós, que compartilhamos a vida com um, cumprimentamos os donos de cães e nos congratulamos que os ajudem nessa situação que, mesmo que seja pequena, compensa de alguma forma por todo esse cair da cama e essas noites de chuva em que também é preciso sair à rua.


São dias estranhos. De 24 horas em casa. Dos gatos aparecendo nas reuniões de teletrabalho (e arrancando um sorriso dos participantes), e já se sabe que não há nada que deva ser interposto entre a atenção de um e o felino. No fundo, todos estamos nos transformando um pouco em gatos. Agora sabemos como é difícil racionar as visitas à geladeira-comedor se você fica o dia inteiro em casa. E como é fácil cair no sono no sofá assim que o dia de trabalho termina. Mas são dias precisamente para isso: para ser gatos. Não é uma estratégia tão ruim: é o único animal que conseguiu dominar a internet sem precisar manejar a tecnologia. Por alguma razão estará dando tão certo para eles.


Disponível em: <https://bit.ly/2xwO2YZ>.

Acesso em: 27 mar. 2020 (Adaptado).

Releia este trecho.


“Porque não deixam de ser gatos, é claro.”


Esse trecho pode, mantendo seu sentido original, ser reescrito da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • Porque não deixam de ser gatos, é claro ( explicativa )

    Entretanto não deixam de ser gatos, é claro.( adversativa )

    Conquanto não deixam de ser gatos, é claro.(concessiva )

    Porquanto não deixam de ser gatos, é claro. ( explicativa )

    Portanto não deixam de ser gatos, é claro. (conclusiva )

  • Explicativa

    Pois

    Porque (pois)

    Isto é

    Visto que

    Porquanto (porque)

  •  POR QUE >>>separado e sem acento circunflexo) nos seguintes casos:

    Nas frases interrogativas (quando escrevemos no início das frases) e quando equivale à "razão", "motivo" e "causa".

    Por que você brigou com seu amigo?

    POR QUÊ (separado e com acento circunflexo) no final de frases que tenham apenas um ponto (final, interrogativo, exclamativo,...) 

    Não me pergunte outra vez, já disse que não sei por quê!

     PORQUÊ (junto e com acento circunflexo) quando essa palavra for usada como substantivo e for antecedida por artigo.

    O porquê da discussão não foi esclarecido até agora.

    PORQUE (junto e sem acento circunflexo) quando introduzimos uma explicação e uma causa:

    Não fale alto porque o bebê está dormindo. (explicação)

    Não foi à aula porque estava com febre. (causa)

    gab=C

  • Gosto de pensar nos porquês da seguinte forma: porquê junto pertence a uma classe gramatical, O porquê separado "duas" classe .

    Porque= junto e sem Acento , conjunção

    Porquê= junto com acento , substantivo

    Por quê= separado com acento , pronome + interrogativo,final de frase geralmente

    Por que= separado sem acento ,pronome explicativo

  • Conqanto = concessiva

    Porquanto= ( por que) explicativo

  • A questão é sobre conjunções e quer saber por qual das frases abaixo podemos substituir a frase Porque não deixam de ser gatos, é claro”, mantendo seu sentido original. Vejamos:

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e faz que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) Entretanto não deixam de ser gatos, é claro.

    Errado. "Entretanto" é conjunção coordenativa adversativa.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

     .

    B) Conquanto não deixam de ser gatos, é claro.

    Errado. "Conquanto" é conjunção subordinativa concessiva.

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, nem que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Embora discordasse da justificativa da banca, aceitei a explicação.

     .

    C) Porquanto não deixam de ser gatos, é claro.

    Certo. Assim como "porque", "porquanto", nesse caso, também é conjunção coordenativa explicativa. Vale lembrar que "porquanto" também pode ser conjunção subordinativa causal.

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão...

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...

    Ex.: Vamos indo, porque já é tarde.

     .

    D) Portanto não deixam de ser gatos, é claro.

    Errado. "Portanto" é conjunção coordenativa conclusiva.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

     .

    Gabarito: Letra C


ID
5219908
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir, para responder à questão. 


No fundo, todos estamos nos transformando um

pouco em gatos


“Você acredita que os patos sabem que é Natal?” Essa foi a pergunta que meu amigo Miguel me fez em uma véspera de Ano Novo, enquanto atravessávamos o Campo de São Francisco, em Oviedo. Nem as horas nem o frio convidavam a ficar lá filosofando sobre o assunto, mas o debate continuou ao longo do caminho. Demos como certo que os peixes nos tanques certamente não; os patos e perus, talvez um pouco (tampouco muito); mas os que certamente estavam a par eram os cães e os gatos (não entramos na fauna selvagem, já que o trajeto era curto. Era Oviedo, não Nova York).


Anos depois, nós dois adotamos uma gata. Na quarta-feira de manhã eu lhe mandei uma mensagem perguntando se Lola, a dele, sabia que algo estava acontecendo (obviamente, falando da crise do coronavírus). “Sim, sim, sim, mais carinhosa que nunca, se for possível. Alucinada porque estamos o dia todo em casa”, foi sua resposta.


Mía e Atún — meus gatos — também estão surpresos. Na verdade, fui pegar as roupas da máquina de lavar e, quando saí, encontrei os dois me esperando no corredor, sentados juntos, olhando para mim com cara de “ei, por que você está passando o dia inteiro em casa? Tem algo a nos contar?” Normalmente, quando chego em casa, os dois vêm me encontrar e me fazem um pouco de festa (se deitam de barriga, se esfregam em mim). Estes dias se dedicam a me seguir pelo apartamento, como se suspeitassem de meus atos. E me fazem festa quando saio de casa para levar o lixo ou ir às compras, é claro. Percebo uma certa cara de insatisfação quando veem que volto em cinco minutos.


Há quem diga que quem, como eu, convive com animais e esteja um pouco fraco da cabeça lhes atribui capacidades humanas que eles não têm. Pode ser. Mas o fato é que percebem alguma coisa. Vamos ver, você não precisa ser um gênio para se dar conta de que seu dono está há trocentos dias sem sair de casa, de que na rua só se vê gente com cachorros (falaremos sobre isso mais tarde) ou que se pode ouvir perfeitamente os pássaros ou os sinos das igrejas. Não sei como é com vocês, mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. Não sei se percebe ou o quê, mas as mudanças de humor chamam sua atenção.


Esses dias também estão servindo para conhecer melhor nossos animais de estimação. Os donos de gatos muitas vezes se perguntam o que eles fazem quando não estamos em casa. Eu já te digo: dormem, basicamente. Dormem de 12 a 16 horas por dia. Ou seja, são seres quase perfeitos para o isolamento. O que não sei é se, quando estou em casa, param de fazer as coisas que normalmente fazem. Nos últimos dias não os vi arranhar o sofá em nenhum momento. Talvez não queiram nos deixar rastros.


Eles também estão se dando melhor. Mía tem quatro anos e Atún, dez meses. Passam o dia às turras. Quando não é um, é o outro. Atún tem a energia da infância e Mía é diligentemente sinuosa para criar problemas: sempre faz Atún parecer culpado. Ultimamente as brigas são mais esporádicas. Até dormem juntos e limpam um ao outro.


Mas, cuidado, isso não quer dizer que vão se adaptar às novas circunstâncias. Atún me acorda todos os dias às 7h25, ou seja, cinco minutos antes do que o despertador normalmente faz. Dizia Jim Davis: “Os gatos sabem instintivamente a hora exata em que seus donos vão acordar, e eles os acordam dez minutos antes”. Atún me deixa esses cinco minutos de cortesia, mas, mesmo em confinamento, ainda continua sendo escrotamente gato.


Porque não deixam de ser gatos, é claro. Nos últimos dias comecei um jogo de xadrez virtual, mas real, com meu amigo Jaime. Isto é: o tabuleiro é físico, e enviamos fotos um ao outro com os movimentos de ambos, de tal forma que é necessário mover as brancas e as pretas (já deixo claro). Bem, agora minha casa é um xadrez. Uma torre no quarto, um peão no banheiro, o rei forçosamente sob cobertura atrás de uma planta e Mía, é claro, sentada no centro do tabuleiro, entre as pretas e as brancas. Xeque-Mate.


Também há dias para aprofundar o debate sobre se é melhor ter como mascote um cão ou um gato. Não vamos nos deixar levar pela euforia do momento. Hoje, os cães são um bem valioso, porque te permitem sair a caminhar. Uma espécie de salvo-conduto. Tenho amigos que saem com ele cinco vezes por dia. Mas não são tempos de confronto, e sim para estar unidos. Os cães, pelo que me dizem, também surtam com o que está acontecendo. Eles só veem cães na rua e os parques estão fechados. Também não é preciso ser um lince (felino) para perceber que está acontecendo alguma coisa. Da altivez que provém da convivência com um gato, nós, que compartilhamos a vida com um, cumprimentamos os donos de cães e nos congratulamos que os ajudem nessa situação que, mesmo que seja pequena, compensa de alguma forma por todo esse cair da cama e essas noites de chuva em que também é preciso sair à rua.


São dias estranhos. De 24 horas em casa. Dos gatos aparecendo nas reuniões de teletrabalho (e arrancando um sorriso dos participantes), e já se sabe que não há nada que deva ser interposto entre a atenção de um e o felino. No fundo, todos estamos nos transformando um pouco em gatos. Agora sabemos como é difícil racionar as visitas à geladeira-comedor se você fica o dia inteiro em casa. E como é fácil cair no sono no sofá assim que o dia de trabalho termina. Mas são dias precisamente para isso: para ser gatos. Não é uma estratégia tão ruim: é o único animal que conseguiu dominar a internet sem precisar manejar a tecnologia. Por alguma razão estará dando tão certo para eles.


Disponível em: <https://bit.ly/2xwO2YZ>.

Acesso em: 27 mar. 2020 (Adaptado).

Esse texto é, predominantemente, um(a)

Alternativas
Comentários
  • nossa, jurava que fosse crônica

  • O que vêm a ser a crônica ?

    • crônica é um gênero textual curto escrito em prosa, geralmente produzido para meios de comunicação, por exemplo, jornais, revistas, etc. Além de ser um texto curto, possui uma "vida curta", ou seja, as crônicas tratam de acontecimentos corriqueiros do cotidiano.

    O artigo de fato se trata de um ''artigo de opinião''. Tendo em vista que o autor expõe sua opinião em diversas passagens e além disso, refere-se em primeira pessoa em várias passagens do texto.

    Exemplo: ''Bem, agora minha casa é um xadrez. Uma torre no quarto, um peão no banheiro, o rei forçosamente sob cobertura atrás de uma planta e Mía, é claro, sentada no centro do tabuleiro, entre as pretas e as brancas. Xeque-Mate.''

  • Heinsenberg, não entendi. A crônica não pode ser escrita em primeira pessoa?

  • Vejo crônica.

  • Não concordo com sobre a explicação de primeira pessoa

    "As crônicas narrativas envolvem os mais diversos tipos de narrador (foco narrativo) e, portanto, podem ser narradas em primeira ou terceira pessoa."

    A resposta é artigo de opinião desde o título "No fundo, todos estamos nos transformando um pouco em gatos", ou seja, essa é a opinião dele e depois ele manda uma coisa parecida como crônica/narrativa para justificar.

  • ARGUMENTATIVO - DISSERTATIVO: Defende uma tese, argumenta para validar opinião.

  • discordo, kkkkkk, "artigo de opinião", os artigos de opinião objetivam lançar mão de opiniões sobre o mundo concreto, ou seja, seu foco está em uma questão de cunho político, religioso, cotidiano etc., existe um direcionamento , um engajamento, claro que há subjetividade, pois é o ponto de vista racionalizado do autor, mas essa subjetividade tende à objetividade, pois a opinião se reflete sobre coisas concretas do mundo, ou seja, o autor não pode fugir do verossímil, sua opinião é transmitida de forma CLARA, não há abundância de figuras de linguagem, pois o artigo de opinião tende, como eu já disse, à objetividade.

    ___________

    o texto da questão é claramente uma CRÔNICA, algumas passagens deixem transparecer opiniões do autor, e é exatamente isso que ocorre numa crônica, uma crônica parte de elementos subjetivos e geralmente experimentados pelo autor no seu dia a dia para servir-lhe de base para divagações, desabafos, tudo muito rico em subjetividade, em drama, em seriedade, tudo muito propenso a mudar de foco, as opiniões são quase sempre disfarçadas , intrincadas, seu objetivo principal não é informar ou opinar, mas sim desafogar a própria produção literária que se pretende fazer existir, tornando-a esteticamente franca, atraente aos olhos dos que se familiarizam, dos que conseguem captar a carga emocional do autor. É, definitivamente, uma crônica. NÃO UM ARTIGO DE OPINIÃO.

  • recurso neles XD

  • GABARITO ERRADO É CRÔNICA

    Crônica é um gênero textual curto escrito em prosa, geralmente produzido para meios de comunicação, por exemplo, jornais, revistas, etc.

    Além de ser um texto curto, possui uma "vida curta", ou seja, as crônicas tratam de acontecimentos corriqueiros do cotidiano.

    Do latim, a palavra “crônica” (chronica) refere-se a um registro de eventos marcados pelo tempo (cronológico); e do grego (khronos) significa “tempo”.

    Portanto, elas estão extremamente conectadas ao contexto em que são produzidas, por isso, com o passar do tempo ela perde sua “validade”, ou seja, fica fora do contexto.

    As características das crônicas

    ·        narrativa curta;

    ·        uso de uma linguagem simples e coloquial;

    ·        presença de poucos personagens, se houver;

    ·        espaço reduzido;

    ·        temas relacionados a acontecimentos cotidianos.

    Tipos de crônicas

    Embora seja um texto que faz parte do gênero narrativo (com enredo, foco narrativo, personagens, tempo e espaço), há diversos tipos de crônicas que exploram outros gêneros textuais.

    Podemos destacar a crônica descritiva e a crônica dissertativa. Além delas, temos:

    ·        Crônica Jornalística: mais comum das crônicas da atualidade são as crônicas chamadas de “crônicas jornalísticas” produzidas para os meios de comunicação, onde utilizam temas da atualidade para fazerem reflexões. Aproxima-se da crônica dissertativa.

    ·        Crônica Histórica: marcada por relatar fatos ou acontecimentos históricos, com personagens, tempo e espaço definidos. Aproxima-se da crônica narrativa.

    ·        Crônica Humorística: Esse tipo de crônica apela para o humor como forma de entreter o público, ao mesmo tempo que utiliza da ironia e do humor como ferramenta essencial para criticar alguns aspectos seja da sociedade, política, cultura, economia, etc.

  • Para ser crônica não teria que ser um texto curto?

    Entre as principais características da crônica, é possível destacar a linguagem simples, objetiva e o texto curto.crônica é um tipo de texto que chama atenção pelo seu tom mais leve, muitas vezes irônico e humorístico, prendendo a atenção do leitor por contar a história de forma rápida e sem grandes detalhamentos.

  • Apesar de se parecer com uma crônica, a banca quis que o aluno notasse que o autor passou todo o texto defendo a tese que de "No fundo, todos estamos nos transformando um pouco em gatos", ou seja, um texto do tipo dissertativo de gênero Artigo de opinião

  • Achei que fosse crônica, mas indo à fonte da notícia, no próprio texto do "el país" diz que se trata de um texto de opinião.

    OPINIÃO

    i

    Texto em que o autor defende ideias e chega a conclusões basadas na sua interpretação dos fatos e dados ao seu dispor


ID
5219911
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir, para responder à questão. 


No fundo, todos estamos nos transformando um

pouco em gatos


“Você acredita que os patos sabem que é Natal?” Essa foi a pergunta que meu amigo Miguel me fez em uma véspera de Ano Novo, enquanto atravessávamos o Campo de São Francisco, em Oviedo. Nem as horas nem o frio convidavam a ficar lá filosofando sobre o assunto, mas o debate continuou ao longo do caminho. Demos como certo que os peixes nos tanques certamente não; os patos e perus, talvez um pouco (tampouco muito); mas os que certamente estavam a par eram os cães e os gatos (não entramos na fauna selvagem, já que o trajeto era curto. Era Oviedo, não Nova York).


Anos depois, nós dois adotamos uma gata. Na quarta-feira de manhã eu lhe mandei uma mensagem perguntando se Lola, a dele, sabia que algo estava acontecendo (obviamente, falando da crise do coronavírus). “Sim, sim, sim, mais carinhosa que nunca, se for possível. Alucinada porque estamos o dia todo em casa”, foi sua resposta.


Mía e Atún — meus gatos — também estão surpresos. Na verdade, fui pegar as roupas da máquina de lavar e, quando saí, encontrei os dois me esperando no corredor, sentados juntos, olhando para mim com cara de “ei, por que você está passando o dia inteiro em casa? Tem algo a nos contar?” Normalmente, quando chego em casa, os dois vêm me encontrar e me fazem um pouco de festa (se deitam de barriga, se esfregam em mim). Estes dias se dedicam a me seguir pelo apartamento, como se suspeitassem de meus atos. E me fazem festa quando saio de casa para levar o lixo ou ir às compras, é claro. Percebo uma certa cara de insatisfação quando veem que volto em cinco minutos.


Há quem diga que quem, como eu, convive com animais e esteja um pouco fraco da cabeça lhes atribui capacidades humanas que eles não têm. Pode ser. Mas o fato é que percebem alguma coisa. Vamos ver, você não precisa ser um gênio para se dar conta de que seu dono está há trocentos dias sem sair de casa, de que na rua só se vê gente com cachorros (falaremos sobre isso mais tarde) ou que se pode ouvir perfeitamente os pássaros ou os sinos das igrejas. Não sei como é com vocês, mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. Não sei se percebe ou o quê, mas as mudanças de humor chamam sua atenção.


Esses dias também estão servindo para conhecer melhor nossos animais de estimação. Os donos de gatos muitas vezes se perguntam o que eles fazem quando não estamos em casa. Eu já te digo: dormem, basicamente. Dormem de 12 a 16 horas por dia. Ou seja, são seres quase perfeitos para o isolamento. O que não sei é se, quando estou em casa, param de fazer as coisas que normalmente fazem. Nos últimos dias não os vi arranhar o sofá em nenhum momento. Talvez não queiram nos deixar rastros.


Eles também estão se dando melhor. Mía tem quatro anos e Atún, dez meses. Passam o dia às turras. Quando não é um, é o outro. Atún tem a energia da infância e Mía é diligentemente sinuosa para criar problemas: sempre faz Atún parecer culpado. Ultimamente as brigas são mais esporádicas. Até dormem juntos e limpam um ao outro.


Mas, cuidado, isso não quer dizer que vão se adaptar às novas circunstâncias. Atún me acorda todos os dias às 7h25, ou seja, cinco minutos antes do que o despertador normalmente faz. Dizia Jim Davis: “Os gatos sabem instintivamente a hora exata em que seus donos vão acordar, e eles os acordam dez minutos antes”. Atún me deixa esses cinco minutos de cortesia, mas, mesmo em confinamento, ainda continua sendo escrotamente gato.


Porque não deixam de ser gatos, é claro. Nos últimos dias comecei um jogo de xadrez virtual, mas real, com meu amigo Jaime. Isto é: o tabuleiro é físico, e enviamos fotos um ao outro com os movimentos de ambos, de tal forma que é necessário mover as brancas e as pretas (já deixo claro). Bem, agora minha casa é um xadrez. Uma torre no quarto, um peão no banheiro, o rei forçosamente sob cobertura atrás de uma planta e Mía, é claro, sentada no centro do tabuleiro, entre as pretas e as brancas. Xeque-Mate.


Também há dias para aprofundar o debate sobre se é melhor ter como mascote um cão ou um gato. Não vamos nos deixar levar pela euforia do momento. Hoje, os cães são um bem valioso, porque te permitem sair a caminhar. Uma espécie de salvo-conduto. Tenho amigos que saem com ele cinco vezes por dia. Mas não são tempos de confronto, e sim para estar unidos. Os cães, pelo que me dizem, também surtam com o que está acontecendo. Eles só veem cães na rua e os parques estão fechados. Também não é preciso ser um lince (felino) para perceber que está acontecendo alguma coisa. Da altivez que provém da convivência com um gato, nós, que compartilhamos a vida com um, cumprimentamos os donos de cães e nos congratulamos que os ajudem nessa situação que, mesmo que seja pequena, compensa de alguma forma por todo esse cair da cama e essas noites de chuva em que também é preciso sair à rua.


São dias estranhos. De 24 horas em casa. Dos gatos aparecendo nas reuniões de teletrabalho (e arrancando um sorriso dos participantes), e já se sabe que não há nada que deva ser interposto entre a atenção de um e o felino. No fundo, todos estamos nos transformando um pouco em gatos. Agora sabemos como é difícil racionar as visitas à geladeira-comedor se você fica o dia inteiro em casa. E como é fácil cair no sono no sofá assim que o dia de trabalho termina. Mas são dias precisamente para isso: para ser gatos. Não é uma estratégia tão ruim: é o único animal que conseguiu dominar a internet sem precisar manejar a tecnologia. Por alguma razão estará dando tão certo para eles.


Disponível em: <https://bit.ly/2xwO2YZ>.

Acesso em: 27 mar. 2020 (Adaptado).

São recursos utilizados no texto, exceto:

Alternativas
Comentários
  • D

  • Conceito de ONOMATOPEIA : Onomatopeia ou mimologia, é uma figura de linguagem na qual se reproduz um som por meio de fonemas. A forma adjetiva é onomatopeico ou onomatopaico. Ruídos, gritos, sons de animais, sons da natureza, barulho de máquinas, o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopeias.

  • pelo tema da para responder.

  • Pra ser sincero, não achei trechos de "Linguagem informal" no texto, nem a onomatopeia. Creio que deveria ser anulada.

  • Discordo completamente da banca. Não há onomatopeia no texto. O mais aproximado seria metáfora.

  • "Trocentos" é linguagem informal! Questão passível de anulação.

  • "Atún me deixa esses cinco minutos de cortesia, mas, mesmo em confinamento, ainda continua sendo escrotamente gato."

    Isso pra mim é ironia, alguém refuta?

  • Para informar o pessoal acima, a questão diz "exceto". A certa é a alternativa que não tem no texto. Letra D.

  • Samantha, tem a palavra exceto no enunciado; por isso, é onomatopeia a resposta a ser marcada.

  • SÉRIO! A RESPOSTA ESTÁ COERENTE COM A PERGUNTA.( EXCETO)


ID
5219914
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir, para responder à questão. 


No fundo, todos estamos nos transformando um

pouco em gatos


“Você acredita que os patos sabem que é Natal?” Essa foi a pergunta que meu amigo Miguel me fez em uma véspera de Ano Novo, enquanto atravessávamos o Campo de São Francisco, em Oviedo. Nem as horas nem o frio convidavam a ficar lá filosofando sobre o assunto, mas o debate continuou ao longo do caminho. Demos como certo que os peixes nos tanques certamente não; os patos e perus, talvez um pouco (tampouco muito); mas os que certamente estavam a par eram os cães e os gatos (não entramos na fauna selvagem, já que o trajeto era curto. Era Oviedo, não Nova York).


Anos depois, nós dois adotamos uma gata. Na quarta-feira de manhã eu lhe mandei uma mensagem perguntando se Lola, a dele, sabia que algo estava acontecendo (obviamente, falando da crise do coronavírus). “Sim, sim, sim, mais carinhosa que nunca, se for possível. Alucinada porque estamos o dia todo em casa”, foi sua resposta.


Mía e Atún — meus gatos — também estão surpresos. Na verdade, fui pegar as roupas da máquina de lavar e, quando saí, encontrei os dois me esperando no corredor, sentados juntos, olhando para mim com cara de “ei, por que você está passando o dia inteiro em casa? Tem algo a nos contar?” Normalmente, quando chego em casa, os dois vêm me encontrar e me fazem um pouco de festa (se deitam de barriga, se esfregam em mim). Estes dias se dedicam a me seguir pelo apartamento, como se suspeitassem de meus atos. E me fazem festa quando saio de casa para levar o lixo ou ir às compras, é claro. Percebo uma certa cara de insatisfação quando veem que volto em cinco minutos.


Há quem diga que quem, como eu, convive com animais e esteja um pouco fraco da cabeça lhes atribui capacidades humanas que eles não têm. Pode ser. Mas o fato é que percebem alguma coisa. Vamos ver, você não precisa ser um gênio para se dar conta de que seu dono está há trocentos dias sem sair de casa, de que na rua só se vê gente com cachorros (falaremos sobre isso mais tarde) ou que se pode ouvir perfeitamente os pássaros ou os sinos das igrejas. Não sei como é com vocês, mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. Não sei se percebe ou o quê, mas as mudanças de humor chamam sua atenção.


Esses dias também estão servindo para conhecer melhor nossos animais de estimação. Os donos de gatos muitas vezes se perguntam o que eles fazem quando não estamos em casa. Eu já te digo: dormem, basicamente. Dormem de 12 a 16 horas por dia. Ou seja, são seres quase perfeitos para o isolamento. O que não sei é se, quando estou em casa, param de fazer as coisas que normalmente fazem. Nos últimos dias não os vi arranhar o sofá em nenhum momento. Talvez não queiram nos deixar rastros.


Eles também estão se dando melhor. Mía tem quatro anos e Atún, dez meses. Passam o dia às turras. Quando não é um, é o outro. Atún tem a energia da infância e Mía é diligentemente sinuosa para criar problemas: sempre faz Atún parecer culpado. Ultimamente as brigas são mais esporádicas. Até dormem juntos e limpam um ao outro.


Mas, cuidado, isso não quer dizer que vão se adaptar às novas circunstâncias. Atún me acorda todos os dias às 7h25, ou seja, cinco minutos antes do que o despertador normalmente faz. Dizia Jim Davis: “Os gatos sabem instintivamente a hora exata em que seus donos vão acordar, e eles os acordam dez minutos antes”. Atún me deixa esses cinco minutos de cortesia, mas, mesmo em confinamento, ainda continua sendo escrotamente gato.


Porque não deixam de ser gatos, é claro. Nos últimos dias comecei um jogo de xadrez virtual, mas real, com meu amigo Jaime. Isto é: o tabuleiro é físico, e enviamos fotos um ao outro com os movimentos de ambos, de tal forma que é necessário mover as brancas e as pretas (já deixo claro). Bem, agora minha casa é um xadrez. Uma torre no quarto, um peão no banheiro, o rei forçosamente sob cobertura atrás de uma planta e Mía, é claro, sentada no centro do tabuleiro, entre as pretas e as brancas. Xeque-Mate.


Também há dias para aprofundar o debate sobre se é melhor ter como mascote um cão ou um gato. Não vamos nos deixar levar pela euforia do momento. Hoje, os cães são um bem valioso, porque te permitem sair a caminhar. Uma espécie de salvo-conduto. Tenho amigos que saem com ele cinco vezes por dia. Mas não são tempos de confronto, e sim para estar unidos. Os cães, pelo que me dizem, também surtam com o que está acontecendo. Eles só veem cães na rua e os parques estão fechados. Também não é preciso ser um lince (felino) para perceber que está acontecendo alguma coisa. Da altivez que provém da convivência com um gato, nós, que compartilhamos a vida com um, cumprimentamos os donos de cães e nos congratulamos que os ajudem nessa situação que, mesmo que seja pequena, compensa de alguma forma por todo esse cair da cama e essas noites de chuva em que também é preciso sair à rua.


São dias estranhos. De 24 horas em casa. Dos gatos aparecendo nas reuniões de teletrabalho (e arrancando um sorriso dos participantes), e já se sabe que não há nada que deva ser interposto entre a atenção de um e o felino. No fundo, todos estamos nos transformando um pouco em gatos. Agora sabemos como é difícil racionar as visitas à geladeira-comedor se você fica o dia inteiro em casa. E como é fácil cair no sono no sofá assim que o dia de trabalho termina. Mas são dias precisamente para isso: para ser gatos. Não é uma estratégia tão ruim: é o único animal que conseguiu dominar a internet sem precisar manejar a tecnologia. Por alguma razão estará dando tão certo para eles.


Disponível em: <https://bit.ly/2xwO2YZ>.

Acesso em: 27 mar. 2020 (Adaptado).

Releia este trecho.


“[...] não são tempos de confronto, e sim para estar unidos.”


A ideia presente na conjunção que liga as orações é

Alternativas
Comentários
  • Assertiva A

    adversativa. = “[...] não são tempos de confronto, e sim para estar unidos.”

  • (...) não são tempos de confronto, e sim para estar unidos.

    Outra construção : não são tempos de confronto, mas para estar unidos.

    Outra informação importante :

    Vírgula antes da conjunção " E " .

    E = oposição. ( adversativa )

    Ex : Ela estudos , e ( mas , todavia ....) não aprendeu .

    E = sujeitos diferentes. João trabalha , e Marcos estuda .(aditiva )

  • Gab (A)

    Se você substituir "e" por "mas", perceba que o sentido permanece o mesmo.

  • A questão é sobre conjunções e quer saber o valor semântico da conjunção presente em “[...] não são tempos de confronto, e sim para estar unidos”. Vejamos:

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e faz que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) adversativa.

    Certo. Temos, nesse caso, a conjunção aditiva "e" com valor adversativo (= mas).

    A conjunção aditiva "e" pode aparecer com valor adversativo, como em "Sofrem duras privações e [= mas] não se queixam."; "Quis dizer mais alguma coisa e [= mas] não conseguiu." (Jorge Amado); "É ferida que dói e [= mas] não se sente. (Camões)".

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

     .

    B) conclusiva.

    Errado.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

     .

    C) consecutiva.

    Errado.

    Conjunções subordinativas consecutivas: têm valor semântico de consequência, resultado, produto...

    São elas: que (precedido de tão, tal, tanto, tamanho), sem que, de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que...

    Ex.: Estudou tanto que passou na prova.

     .

    D) aditiva.

    Errado.

    Conjunções coordenativas aditivas: têm valor semântico de adição, soma, acréscimo...

    São elas: e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, bem como, senão também, ademais, outrossim...

    Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso.

     .

    Gabarito: Letra C

  • Mas, sim [...]

  • GABARITO - A

    Fi, "e" como conjunção aditiva não apresenta vírgula.

    Logo, temos uma conjunção adversativa... Lembre-se de entender a frase que é oposição.

    Confronto -> Unidos

    Parabéns! Você acertou!

  • Sempre substituir esse e sim por mas sim.

  • Parabéns! Você errou!


ID
5219920
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir, para responder à questão. 


No fundo, todos estamos nos transformando um

pouco em gatos


“Você acredita que os patos sabem que é Natal?” Essa foi a pergunta que meu amigo Miguel me fez em uma véspera de Ano Novo, enquanto atravessávamos o Campo de São Francisco, em Oviedo. Nem as horas nem o frio convidavam a ficar lá filosofando sobre o assunto, mas o debate continuou ao longo do caminho. Demos como certo que os peixes nos tanques certamente não; os patos e perus, talvez um pouco (tampouco muito); mas os que certamente estavam a par eram os cães e os gatos (não entramos na fauna selvagem, já que o trajeto era curto. Era Oviedo, não Nova York).


Anos depois, nós dois adotamos uma gata. Na quarta-feira de manhã eu lhe mandei uma mensagem perguntando se Lola, a dele, sabia que algo estava acontecendo (obviamente, falando da crise do coronavírus). “Sim, sim, sim, mais carinhosa que nunca, se for possível. Alucinada porque estamos o dia todo em casa”, foi sua resposta.


Mía e Atún — meus gatos — também estão surpresos. Na verdade, fui pegar as roupas da máquina de lavar e, quando saí, encontrei os dois me esperando no corredor, sentados juntos, olhando para mim com cara de “ei, por que você está passando o dia inteiro em casa? Tem algo a nos contar?” Normalmente, quando chego em casa, os dois vêm me encontrar e me fazem um pouco de festa (se deitam de barriga, se esfregam em mim). Estes dias se dedicam a me seguir pelo apartamento, como se suspeitassem de meus atos. E me fazem festa quando saio de casa para levar o lixo ou ir às compras, é claro. Percebo uma certa cara de insatisfação quando veem que volto em cinco minutos.


Há quem diga que quem, como eu, convive com animais e esteja um pouco fraco da cabeça lhes atribui capacidades humanas que eles não têm. Pode ser. Mas o fato é que percebem alguma coisa. Vamos ver, você não precisa ser um gênio para se dar conta de que seu dono está há trocentos dias sem sair de casa, de que na rua só se vê gente com cachorros (falaremos sobre isso mais tarde) ou que se pode ouvir perfeitamente os pássaros ou os sinos das igrejas. Não sei como é com vocês, mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. Não sei se percebe ou o quê, mas as mudanças de humor chamam sua atenção.


Esses dias também estão servindo para conhecer melhor nossos animais de estimação. Os donos de gatos muitas vezes se perguntam o que eles fazem quando não estamos em casa. Eu já te digo: dormem, basicamente. Dormem de 12 a 16 horas por dia. Ou seja, são seres quase perfeitos para o isolamento. O que não sei é se, quando estou em casa, param de fazer as coisas que normalmente fazem. Nos últimos dias não os vi arranhar o sofá em nenhum momento. Talvez não queiram nos deixar rastros.


Eles também estão se dando melhor. Mía tem quatro anos e Atún, dez meses. Passam o dia às turras. Quando não é um, é o outro. Atún tem a energia da infância e Mía é diligentemente sinuosa para criar problemas: sempre faz Atún parecer culpado. Ultimamente as brigas são mais esporádicas. Até dormem juntos e limpam um ao outro.


Mas, cuidado, isso não quer dizer que vão se adaptar às novas circunstâncias. Atún me acorda todos os dias às 7h25, ou seja, cinco minutos antes do que o despertador normalmente faz. Dizia Jim Davis: “Os gatos sabem instintivamente a hora exata em que seus donos vão acordar, e eles os acordam dez minutos antes”. Atún me deixa esses cinco minutos de cortesia, mas, mesmo em confinamento, ainda continua sendo escrotamente gato.


Porque não deixam de ser gatos, é claro. Nos últimos dias comecei um jogo de xadrez virtual, mas real, com meu amigo Jaime. Isto é: o tabuleiro é físico, e enviamos fotos um ao outro com os movimentos de ambos, de tal forma que é necessário mover as brancas e as pretas (já deixo claro). Bem, agora minha casa é um xadrez. Uma torre no quarto, um peão no banheiro, o rei forçosamente sob cobertura atrás de uma planta e Mía, é claro, sentada no centro do tabuleiro, entre as pretas e as brancas. Xeque-Mate.


Também há dias para aprofundar o debate sobre se é melhor ter como mascote um cão ou um gato. Não vamos nos deixar levar pela euforia do momento. Hoje, os cães são um bem valioso, porque te permitem sair a caminhar. Uma espécie de salvo-conduto. Tenho amigos que saem com ele cinco vezes por dia. Mas não são tempos de confronto, e sim para estar unidos. Os cães, pelo que me dizem, também surtam com o que está acontecendo. Eles só veem cães na rua e os parques estão fechados. Também não é preciso ser um lince (felino) para perceber que está acontecendo alguma coisa. Da altivez que provém da convivência com um gato, nós, que compartilhamos a vida com um, cumprimentamos os donos de cães e nos congratulamos que os ajudem nessa situação que, mesmo que seja pequena, compensa de alguma forma por todo esse cair da cama e essas noites de chuva em que também é preciso sair à rua.


São dias estranhos. De 24 horas em casa. Dos gatos aparecendo nas reuniões de teletrabalho (e arrancando um sorriso dos participantes), e já se sabe que não há nada que deva ser interposto entre a atenção de um e o felino. No fundo, todos estamos nos transformando um pouco em gatos. Agora sabemos como é difícil racionar as visitas à geladeira-comedor se você fica o dia inteiro em casa. E como é fácil cair no sono no sofá assim que o dia de trabalho termina. Mas são dias precisamente para isso: para ser gatos. Não é uma estratégia tão ruim: é o único animal que conseguiu dominar a internet sem precisar manejar a tecnologia. Por alguma razão estará dando tão certo para eles.


Disponível em: <https://bit.ly/2xwO2YZ>.

Acesso em: 27 mar. 2020 (Adaptado).

Releia este trecho.


“Atún me acorda todos os dias às 7h25, ou seja, cinco minutos antes do que o despertador normalmente faz.”


A locução destacada

Alternativas
Comentários
  • Assertiva B

    reformula o que foi mencionado antes pelo autor.

  • ✅Letra B.

    Lembrando que usam-se vírgulas para separar termos explicativos, retificadores ou continuativos

    Ex: Isto é, por exemplo, ou seja, digo, então, a meu ver, ao contrário, vale dizer, aliás, ou melhor...

    Bons estudos. RESISTA EM MEIO AO CAOS!!!

  • Achei difícil justificar esta questão porque o autor não formulou ou mencionou antes que "o despertador dele tocas às 7:30", essa é nova informação no texto.


ID
5219923
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Osmar saiu de casa para fazer compras e passou no mercado, no açougue, na padaria e no sacolão. Sempre que ia a um desses lugares, ele gastava a terça parte do que possuía e ainda pagava R$ 4,00 de estacionamento em cada loja.

Se, ao concluir as compras, ele ainda tinha R$ 12,00, qual é a quantia que Osmar tinha ao sair de casa?

Alternativas
Comentários
  • Alguém para auxiliar na resolução?

  • 1452/3= 480 com resto 12

  • impossível sobrar 12 em uma questão de divisão por 3 ... resto é quando nao dá mais pra dividir... teria como ter resto se fosse 1 ou 2 nesse caso ai... agora 12 dá pra dividir.

  • O negocio é resolver ela de trás para frente:

    (x/3)+4+12 = 0 --> x = 48

    48+4 = 52 --> 52x3 = 156

    156+4 = 160 --> 160x3 = 480

    480+4 = 484 --> 484x3 = 1.452

    Gabarito letra D

  • Eu li assim: a cada compra Osmar gastava 1/3 (ou seja, ficava com 2/3 do que tinha), e depois gastava mais R$ 4,00 de estacionamento. Ou seja, se ele tinha x antes de uma compra, depois da compra ele tinha que ficar com x - x/3 - 4 = 2x/3 - 4.

    Se eu não estiver ficando analfabeto e for isso mesmo que está escrito, a resposta indicada como correta não atende ao enunciado. Vejamos:

    Início: R$ 1.452,00

    Após 1ª compra: R$ 964,00

    Após 2ª compra: R$ 638,66

    Após 3ª compra: R$ 421,77

    Após 4ª compra: R$ 277,18 (o que costuma ser diferente de R$ 12,00).

    Na verdade o valor que atende ao enunciado é R$ 109,50. Podem conferir.

    A resposta do Jefferson Lira parece ser o que a banca queria que fosse feito, mas ela não está de acordo com o que está efetivamente escrito no enunciado. Por aquela lógica, depois de cada compra Osmar fica com 1/3 do valor anterior, ou seja, gasta 2/3 do que tinha!

    A questão não foi anulada, provavelmente porque esse concurso foi pequeno e ninguém se deu ao trabalho de recorrer.

  • A questão foi resolvida como se Osmar tivesse gastado 2/3 e ficado com o restante.

  • QUESTÃO DE GRAÇA. A ÚNICA QUE TEM POSSIBILIDADE DE DAR RESTO 12 É A LETRA C.


ID
5219932
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

O diretor de uma empresa vai promover três de seus funcionários: um a gerente e os outros dois a supervisor e coordenador de vendas, respectivamente. Após uma entrevista, o diretor concluiu que 19 funcionários, dentre os entrevistados, tinham o perfil adequado às vagas e, seguindo a política da empresa, nenhum funcionário assumiria mais de um cargo.

De quantas maneiras distintas o diretor poderá escolher os funcionários que ocuparão as vagas?

Alternativas
Comentários
  • fui de arranjo então a ordem importa

    A=19!/(19-3)

    A=19x18x17x16!/16!-->5814

    o vermelho representa os cortes nos números pelo fato de serem iguais

  • gaba A

    tem 19 funcionários para 3 vagas.

    GERENTE 19 pessoas disponíveis

    SUPERVISOR 18 pessoas disponíveis (porque já escolhi um pra gerente)

    COORDENADOR 17 pessoas disponíveis ( porque já escolhi 2. Um pra gerente outro pra supervisor)

    19x18x17 = 5814 maneiras diferentes!

    _____________________________________

    canal no telegram com questões diárias → https://t.me/aplovado

    pertencelemos!

  • Guerreiros, muita atenção, quando o comando diz respectivamente, a ordem importa- arranjo.

  • Gab: LETRA A

    A ORDEM IMPORTA!!!

    Dizer que vou escolher 1 gerente, 1 supervisor e 1 coordenador é a mesma coisa de dizer que vou escolher 1 supervisor, 1 gerente e 1 coordenador. (ORDEM NÃO IMPORTA), portanto não se faz por combinação.

    Fiz por permutação (SEM REPETIÇÃO)

    19X18X17 = 5.814 maneiras.

    #AVANTE PM-PA 2021

  • arranjo de A19,3

  • 3 cargos : gerente superviso coordenador

    19 x 18 x 17 = 5.814

    Note que para escolher a primeira pessoa eu tenho 19 opções, respectivamente, só me restam 18 para escolher a segunda...

  • 3 cargos : gerente superviso coordenador

    19 x 18 x 17 = 5.814

    OU Fazer 19!. 3!

  • A ORDEM IMPORTA SIM!


ID
5219938
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Considere as afirmativas a seguir sobre a organização do Estado brasileiro:


I. Realizada mediante o controle externo, a fiscalização do município é feita pelo poder legislativo municipal.

II. É vedada a divisão do Distrito Federal e dos territórios federais em municípios.

III. Os subsídios dos governadores e vice-governadores e dos secretários de estado são fixados por lei de inciativa da Câmara dos Deputados.


Segundo o que prevê a Constituição da República, está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra A.

    CF/88

    I. Realizada mediante o controle externo, a fiscalização do município é feita pelo poder legislativo municipal. CERTO. Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

    II. É vedada a divisão do Distrito Federal e dos territórios federais em municípios. ERRADO. Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.

    Art. 33. § 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.

    III. Os subsídios dos governadores e vice-governadores e dos secretários de estado são fixados por lei de inciativa da Câmara dos Deputados. ERRADO. Art. 28. § 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.        (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

  • FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO: CONTROLE EXTERNO------PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL+PELOS SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL.

    FÉ E DISCIPLINA!

  • Gabarito: A) Somente I está correta.

    I - Externo = Legislativo /// Interno = cada poder

    II - Territórios federais podem ser divididos em municípios.

     +...Territórios Federais com mais de 100 mil hab tem judiciário de 1a e 2a instância.

    III - AL fixa o subsídio do Governador.

    +...CN fixa os do Presidente.

    Câmara M. os do Prefeito.

    .

    .

    Bons estudos!

    IG: @estudantibus

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a opção CORRETA, após a análise de três itens. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca da organização do Estado brasileiro. Vejamos:

    I. CERTO.

    Art. 31, CF. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

    II. ERRADO.

    Art. 32, CF. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.

    Art. 33, CF. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.

    § 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.

    III. ERRADO.

    Art. 28, §2º, CF. Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.  

    Dito isto, segundo o que prevê a Constituição da República, está correta a afirmativa:

    A. I, apenas.

    GABARITO: ALTERNATIVA A.

  • GABARITO - A

    I. Realizada mediante o controle externo, a fiscalização do município é feita pelo poder legislativo municipal. 

    CONTROLE DO MUNICÍPIO

    INTERNO Sistema de controle interno do Poder executivo

    EXTERNO ⇾  Legislativo Municipal

    _________________________________________________________________________

    II. É vedada a divisão do Distrito Federal e dos territórios federais em municípios.

    DF - NÃO PODE SER DIVIDIDO EM MUNICÍPIOS

    Territórios - Podem ser divididos em Municípios

    ________________________________________________________________________

    III. Os subsídios dos governadores e vice-governadores e dos secretários de estado são fixados por lei de inciativa da Câmara dos Deputados.

    CN - Fixar os subsídios do PR / VICE / CÂM/ SENADO / MINISTROS DE ESTADO

    ASS. LEGIS. - Fixar os Subsídios do Gov / Vice / Dep. Est. / Secretários estaduais

    CÂM. MUN - Fixar os Subsídios do PREF / vice / Vereadores / Secretários Mun.

  • GABARITO: A

    I - CERTO: Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

    II - ERRADO: Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.

    III - ERRADO: Art. 28. § 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º,

  • I. Realizada mediante o controle externo, a fiscalização do município é feita pelo poder legislativo municipal. CERTO

    II. É vedada a divisão do Distrito Federal e dos territórios federais em municípios. ERRADO. Mediante votação pode ter divisão do DF.

    III. Os subsídios dos governadores e vice-governadores e dos secretários de estado são fixados por lei de inciativa da Câmara dos Deputados. ERRADO. Os subsídios dos GOVERNADORES, VICE E SECRETÁRIOS DO ESTADO serão fixados por iniciativa da Assembleia Legislativa.


ID
5219941
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Os Conselhos de Medicina não têm fins lucrativos e suas fontes de renda são previstas em lei.

Segundo o que prevê a lei que dispõe sobre a matéria, não integra a renda dos Conselhos Regionais de Medicina:

Alternativas
Comentários
  • Lei 3268 / 57.

    Gabarito C

    Art . 16. A renda dos Conselhos Regionais será constituída de:

    a) taxa de inscrição;

    b) 2/3 (dois terços) da taxa de expedição de carteiras profissionais;

    c) 2/3 (dois terços) da anuidade paga pelos membros inscritos no Conselho Regional;

    d) 2/3 (dois terços) das multas aplicadas de acôrdo com a alinea d do art. 22;

    e) doações e legados;

    f) subvenções oficiais;

    g) bens e valores adquiridos. 

    #AVANTE


ID
5219944
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Uma das condições para o exercício legal da Medicina é a inscrição do médico no Conselho Regional de Medicina (CRM) sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade.

Considere que Pedro, que é médico e inscrito no CRM do Estado X, onde exerce a profissão, pretende fazer um curso durante 60 dias no Estado Y, onde também exercerá a Medicina no mesmo período.

Segundo o que prevê a lei que dispõe sobre os Conselhos de Medicina, é correto afirmar que, na referida situação, Pedro

Alternativas
Comentários
  • Art . 18. Aos profissionais registrados de acordo com esta lei será entregue uma carteira profissional que os habitará ao exercício da medicina em todo o País.

    § 1º No caso em que o profissional tiver de exercer temporariamente, à medicina em outra jurisdição, apresentará sua carteira para ser visada pelo Presidente do Conselho Regional desta jurisdição.

  • Lembrem-se:

    >> Lei 3.268 /57 .

    *Até 90 dias: § 1º No caso em que o profissional tiver de exercer temporariamente, à medicina em outra jurisdição, apresentará sua carteira para ser visada pelo Presidente do Conselho Regional desta jurisdição.

    *Mais de 90 dias: § 2º Se o médico inscrito no Conselho Regional de um Estado passar a exercer, de modo permanente, atividade em outra região, assim se entendendo o exercício da profissão por mais de 90 (noventa) dias, na nova jurisdição, ficará obrigado a requerer inscrição secundária no quadro respectivo, ou para ele se transferir, sujeito, em ambos os casos, à jurisdição do Conselho local pelos atos praticados em qualquer jurisdição.

  • Art. 18.

    § 1º No caso em que o profissional tiver de exercer temporariamente, à medicina em outra jurisdição, apresentará sua carteira para ser visada pelo Presidente do Conselho Regional desta jurisdição.

    Letra B ✅

  • Cremec malvadão


ID
5219947
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Não definido

A lei que dispõe sobre o exercício da Medicina prevê as atividades que só podem ser exercidas por médico, razão por que é também conhecida como “Lei do Ato Médico”.

Considere as seguintes atividades relativas à saúde:

I. Indicação de internação e alta médica nos serviços de saúde;
II. Atendimento de pessoa sob risco de morte;
III. Execução de sedação profunda, bloqueios anestésicos e anestesia geral.

Segundo o que prevê a referida lei, é(são) atividade(s) privativa(s) de médico

Alternativas

ID
5219950
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Considere a seguinte hipótese:


Lúcio é conselheiro efetivo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais.


Segundo o que dispõe o Regimento Interno do referido Conselho, é incorreto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • CAPÍTULO III - Da Composição do CRMMG

    Art. 5º O CRMMG é composto de 21 (vinte e um) Conselheiros efetivos e igual número de

    suplentes.

    § 1º Dos membros efetivos e suplentes, 20 (vinte) de cada categoria serão eleitos por escrutínio

    secreto, na forma estabelecida pelo CFM, sendo o membro efetivo e o suplente restantes, indicados pela Associação Médica de Minas Gerais, de conformidade com o art. 13, da Lei 3.268, de 30 de setembro de 1957.

    § 3º Será exigida a condição de brasileiro aos candidatos a membros do CRMMG.

    § 4º O mandato dos Conselheiros do CRMMG terá duração de 5 (cinco) anos, nos termos do art. 41 do Regulamento aprovado pelo Decreto 44.045/58.

  • Lúcio foi necessariamente eleito, em escrutínio secreto, pela Assembleia-Geral.

    Art. 5º O CRMMG é composto de 21 (vinte e um) Conselheiros efetivos e igual número de

    suplentes.

    § 1º Dos membros efetivos e suplentes, 20 (vinte) de cada categoria serão eleitos por escrutínio

    secreto, na forma estabelecida pelo CFM, sendo o membro efetivo e o suplente restantes, indicados pela Associação Médica de Minas Gerais, de conformidade com o art. 13, da Lei 3.268, de 30 de setembro de 1957.


ID
5219953
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Estatística
Assuntos

Considere que um investigador está interessado na relação entre o consumo de peixe e a incidência de doenças coronarianas. Na linha de base do estudo, foram obtidos dois grupos de pacientes com características similares, com um grupo tendo alto consumo de peixe e o outro grupo baixo consumo de peixe. Esses grupos foram acompanhados durante um período para avaliar se aqueles que consomem mais peixe têm menor número de doenças coronarianas.

O delineamento usado nesse estudo foi

Alternativas
Comentários
  • O estudo de coorte é um estudo observacional no qual os indivíduos são classificados (ou selecionados) segundo o status de exposição (expostos e não expostos), sendo seguidos para avaliar a incidência da doença em determinado período de tempo.


ID
5219956
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Estatística
Assuntos

Considere que um estudo foi conduzido para investigar a associação de quedas entre idosos e uso do medicamento X. Foi selecionado um grupo com pessoas com mais de 60 anos de idade, internadas por fratura decorrente de queda em seis hospitais de um determinado município e, para efeito de comparação, foi selecionado um outro grupo de pacientes dos mesmos hospitais internados por outras causas. Os dados obtidos com o levantamento da história clínica de todos os pacientes selecionados sugerem um maior risco de quedas e fraturas entre os idosos que fazem uso do medicamento.

O delineamento usado nesse estudo foi

Alternativas
Comentários

ID
5219959
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Estatística
Assuntos

Considere que certo professor preparou uma prova para ser aplicada em duas turmas (A e B) com 40 e 20 alunos, respectivamente. A média aritmética dos tempos que os alunos da turma A levaram para terminar a prova supera a da turma B em 30 minutos e que os desvios-padrão das duas turmas são iguais.

Sabendo-se que os coeficientes de variação das turmas A e B são, respectivamente, 15% e 24%, pode-se concluir que a média aritmética do tempo dos alunos das duas turmas, em conjunto, é igual a

Alternativas
Comentários
  • A= 40 B= 20 | média (A)= média (B) + 30 | desvio-padrão (A) = desvio-padrão (B) | CV(A)= 15 CV(B)= 24 | Comecei utilizando a fórmula do Coeficiente de variação: CV= Desvio-padrão/média | CV. Turma A 15=desvio-padrão (A)/média(B)+ 30=> desvio-padrão (A)= 15×média(B) + 450 | CV. Turma B 24= desvio-padrão (B)/ média (A) - 30=> desvio-padrão (B)= 24×média (B) - 720 | Então tendo os dois desvios-padrões, simplesmente os igualei, já que são iguais: 15 média (B) + 450 = 24 média (A) - 720 | logo isolei a média (B): média (B)= 8×média (A) - 90 / 5 | e substitui a média (B): média (A) - 30 = 8×média (A) - 90 / 5 média (A)= -20 | deu um valor negativo, mas continuei... e substitui, na fórmula inicial igualando as médias: -20= média (B) +30 média (B)= -50 | A questão quer a soma da média de A e B: (-20)+(-50)= -70 | obs: deu um valor negativo, não sei como mudar, mas acertei a questão. | obs2: sou meio burrinho daí as vezes resolvo pelo caminho mais difícil, se alguém conhecer outro meio desde já agradeço. | PCPA PCCE PCAL
  • Gravei um vídeo comentando esta questão, segue o link:

    https://youtu.be/iCiaoc8S02E

  • Se o tempo da turma A supera o da turma B em 30 minutos, então o tempo de A é Tempo_B + 30.

    Não tem como essa questão ter resultado 70.

  • Segue abaixo resolução, galera:

    CVa = 0,15

    CVb = 0,24

    DPa = DPb

    Xa = Xb + 30

    Assim:

    CVa = DP / Xa

    0,15 . Xb + 30 = DP

    DP = 0,15Xb + 4,5

    Agora, galera, jogue o DP na fórmula do CVb, pois DPa = DPb:

    CVb = DP / Xb

    0,24 = 0,15Xb + 4,5 / Xb

    0,24Xb = 015Xb + 4,5

    0,09Xb = 4,5

    Xb = 50

    Como Xa = Xb + 30 => Xa = 50 + 30 = 80

    Agora, a média de A e B:

    Xab = A + B / 40 + 20

    Xab = (80 x 40) + (50 x 20) / 60

    Xab = 3200 + 1000 / 60

    Xab = 4200 / 60

    Xab = 70

    Letra C.


ID
5219965
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Estatística
Assuntos

Considere que cada funcionário de uma empresa teve aumento de 44% no valor do seu plano de saúde.

Com relação às medidas de tendência central e de dispersão, os novos valores dos planos de saúde, após o reajuste, terão:

Alternativas
Comentários
  • Gab. D. Não mudaria o coeficiente de variação. Todos receberam o mesmo aumento, portanto, se o aumento foi, de forma uniforme, distribuído, não tem porque se falar em alteração do coeficiente de variação entre os dados.

  • Propriedades:

    Soma/Subtração: A variancia e o DP nao se alteram, portanto o CV tbm nao se altera sabendo que CV= DP / Média

    Multiplicação/divisão: Variancia será multiplicada pelo valor do aumento ao quadrado e desvio padrao sera multiplicada pelo aumento.

  • Pessoal, gravei um vídeo comentando esta questão:

    https://youtu.be/uK1XXybw25I

  • GABARITO: Letra D

    a) ERRADO. A variância será afetada ao quadrado. Ou seja, será afetada 1,44².

    b) ERRADO. O desvio padrão é afetado em 1,44, na mesma proporção.

    c) ERRADO. A média será multiplicada em 1,44.

    d) CERTO. Coeficiente de correlação não é afetado por multiplicações e divisões, mas é afetado por somas e subtrações.

  • No estudo da Estatística, dispomos de algumas estratégias para verificar se os valores apresentados em um conjunto de dados estão dispersos ou não e o quão distantes um do outro eles podem estar. As ferramentas empregadas para que isso seja possível são classificadas como medidas de dispersão e denominadas de variância e desvio padrão. Vejamos o que representa cada uma delas:

    Variância:

    Dado um conjunto de dados, a variância é uma medida de dispersão que mostra o quão distante cada valor desse conjunto está do valor central (médio).

    Quanto menor é a variância, mais próximos os valores estão da média; mas quanto maior ela é, mais os valores estão distantes da média.

    O desvio padrão é capaz de identificar o “erro” em um conjunto de dados, caso quiséssemos substituir um dos valores coletados pela média aritmética.

    O desvio padrão aparece junto à média aritmética, informando o quão “confiável” é esse valor. Ele é apresentado da seguinte forma:

    média aritmética (x) ± desvio padrão (dp)

    O cálculo do desvio padrão é feito a partir da raiz quadrada positiva da variância. Portanto:

    dp = √var

    símbolo σ (sigma) é frequentemente usado para representar o desvio padrão de uma população, enquanto s é usado para representar o desvio padrão de uma amostra.

    Como o desvio padrão é expresso na mesma unidade dos dados observados em estudo, comparar duas ou mais séries de valores que estão em unidades de medida diferentes torna-se impossível. Para sanar essas dificuldades, podemos analisar a dispersão em termos relativos a seu valor médio, utilizando o coeficiente de variação de Pearson.

    O coeficiente de variação é dado pela fórmula:

    CV=100*S/X

    Onde,

    CV → é o coeficiente de variação

    s → é o desvio padrão

    X ̅ → é a média dos dados

    O coeficiente de variação é dado em %, por isso a fórmula é multiplicada por 100.

    Observações:

    O coeficiente de variação fornece a variação dos dados obtidos em relação à média. Quanto menor for o seu valor, mais homogêneos serão os dados. O coeficiente de variação é considerado baixo (apontando um conjunto de dados bem homogêneos) quando for menor ou igual a 25%. O fato de o coeficiente de variação ser dado em valor relativo nos permite comparar séries de valores que apresentam unidades de medida distintas.

    https://brasilescola.uol.com.br/matematica/medidas-dispersao-variancia-desvio-padrao.htm

    https://brasilescola.uol.com.br/matematica/coeficiente-variacao.htm

    OBS

    desvio padrao e variancia sao diretamente proporcionais


ID
5219968
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Estatística
Assuntos

A seguir tem-se o tempo, em dias, de espera para uma amostra aleatória de sete pacientes que agendaram suas consultas em um posto de saúde local. O X representa o tempo de espera do último paciente.

12   8   25   15   2    3     X

Sabendo-se que a média aritmética do tempo de espera foi de 10 dias, pode-se concluir que a mediana do tempo de espera desses pacientes foi igual a

Alternativas
Comentários
  • Gab. A.

    A partir do valor da média = 10, podemos obter o valor de X:

    • Média => 10 = 12 + 8 + 25 + 15 + 2 + 3 + x / 7, ou seja, soma os elementos e divide pelo total de elementos.
    • Média => 65 + x = 7 * 10 = 5.

    Com o valor de x, fica fácil achar a mediana:

    • 1º coloque os dados em ordem crescente.
    • 2, 3, 5, 8, 12, 15, 25.
    • Como o total é impar, o valor do meio, 8, é a mediana.
    • Vc poderia achar a posição da mediana pela fórmula: n +1/2, que daria posição 4 que é o 8.

    X = 5 e Mediana = 8.

  • Consegui usando a fórmula do somátorio da média . E= média. n E= 10.7 E=70

    70 - 65 = 5 ( 65 é a soma dos valores menos o X )

    Logo, X é igual a 5.

    Colocando os dados em rol : 2, 3, 5,8, 12, 15 , 25

    Portanto , MEDIANA IGUAL A 8 !

    • Descobrindo o X.
    • 12 + 8 + 25 + 15 + 2 + 3 + X = 10*7 (10= Média * o numero de termos 7.)
    • 65 + x = 10*7
    • x = 70 - 65
    • x = 5

    • Me = 2, 3, 5, 8, 12, 15, 25. (Termo central 8, logo a mediano é 8 dias.)
    • Mo= amodal. (não tem termos se repetindo.)
    • Ma= 10 (como dito no enunciado.)

    Resposta letra A) 8 dias.

  • Pessoal, gravei um vídeo comentando esta questão, segue o link:

    https://youtu.be/3ysnwDmU6ok

  • Como achar a mediana?

    1-Colocar em ordem crescente

    2-mediana será o termo central, quando impar(caso da questão)

    3-mediana será a soma dos centrais divido por dois, quando par.

    Exemplos: 8+12=20/2=10

    X 2 3 8 12 15 25

    Força,guerreiro!

  • PESSOAL, é mais simples do que imaginam. Vejam que ele pede apenas a mediana. Portanto, temos que dispensar descobrir o X - afinal fazer contas desnecessárias na hora da prova atrapalha - e focar em achar a mediana. Como?

    COLOCAR EM ORDEM CRESCENTE, junto com o X, pois a questão afirma que é um número.

    VER O TERMO CENTRAL - e responder a questão.

    Força, tmj na luta.


ID
5219974
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Estatística
Assuntos

A testagem em pool é uma técnica em que amostras de diferentes pessoas são misturadas e testadas como se fossem uma só para detectar determinada doença. Se o teste der negativo, significa que nenhuma das pessoas está doente, sendo desnecessário testar todas elas. Se o resultado der positivo, significa que uma ou mais pessoas estão infectadas, então, neste caso, o teste deve ser repetido em cada uma das pessoas individualmente, para identificar quem está infectado.

Supondo que a testagem pool foi realizada com um grupo de quatro pessoas para identificar certa doença, que tem uma prevalência de 10% na população, a probabilidade de que seja necessário testar cada uma das pessoas é

Alternativas
Comentários

ID
5219983
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Estatística
Assuntos

Considere que um estudo foi realizado no ambulatório de um hospital com vários testes de triagem para detecção de certa doença. A sensibilidade e a especificidade do teste são 0,80 e 0,90, respectivamente.

Sabendo-se que a probabilidade de uma pessoa ter a doença é 0,40 na população de interesse, analise as afirmativas a seguir.


I. A probabilidade de ocorrer um falso positivo no próximo teste é 0,10.

II. A probabilidade de o próximo teste apresentar resultado negativo é 0,60.

III. A probabilidade de uma pessoa ter a doença, se seu teste apresentou resultado positivo, é 16/19.

IV. A probabilidade de uma pessoa não ter a doença, se seu teste apresentou resultado negativo, é 27/31.


Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Letra D.

    Sensibilidade: Corresponde ao percentual de resultados positivos dentre as pessoas que tem uma determinada doença ou condição clínica.

    Especificidade: Capacidade do mesmo teste ser negativo nos indivíduos que não apresentam a doença que está sendo investigada.

    Falso Negativo [FN]: corresponde ao percentual de resultados NEGATIVOS dentre as pessoas que TEM uma determinada doença ou condição clínica.

    Falso Positivo [FP]: E corresponde ao percentual de resultados POSITIVOS dentre as pessoas que NÃO TEM uma determinada doença ou condição clínica.

    Criando uma Arvore para facilitar o entendimento:

        Positivo (0,8)=== P(dP) = 0,4*0,8 = 0,32

    Doente (0,4)

        Negativo [NF] (0,2)===p(dn)= 0,4*0,2= 0,08

       Positivo [FP] (0,1)===p(sp)=0,6*0,1= 0,06

    Sádio (0,6)

        Negativo (0,9)===p(sn)= 0,6*0,9 = 0,54

    A probabilidade de ocorrer um falso positivo no próximo teste é 0,10. correta;

    A probabilidade de o próximo teste apresentar resultado negativo é 0,60. Errada;

    p(dn) + p(sn) = 0,08+0,54 = 0,62

    A probabilidade de uma pessoa ter a doença, se seu teste apresentou resultado positivo, é 16/19. Correta;

    P(dP)/P(dP)+p(sp) = 0,32/0,32+0,06 = 0,32/0,38 = 16/19; Resultado depois da simplificação.

    A probabilidade de uma pessoa não ter a doença, se seu teste apresentou resultado negativo, é 27/31

    p(sn)/p(dn)+p(sn) = 0,54/0,08+0,54 = 0,54/0,62 = 27/31; Resultado depois da simplificação.

    bons Estudos.

  • Meus amigos, a quem se interessarm eu gravei um vídeo comentando esta questão, link abaixo:

    https://youtu.be/Qgwe87oHN1E


ID
5219992
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Estatística
Assuntos

Considere que para a população de pacientes dos hospitais de certa região, o nível de hemoglobina no sangue segue uma distribuição normal com média M g/dL e desvio-padrão 2,6 g/dL.
Sabendo-se que 15,9% dos pacientes têm nível de hemoglobina acima de 16,6 g/dL, a probabilidade de um paciente escolhido ao acaso nessa população ter nível de hemoglobina no intervalo de 11,4 a 19,2 g/dL é aproximadamente igual a
Dados: P(0 < Z < 1) = 0,341; P(0 < Z < 2) = 0,477; P(0 < Z < 3) = 0,499

Alternativas
Comentários
  • Questão bacana. Vamos usar a fórmula da normal padrão Z .

    • Z = (X - M)/σ

    σ = 2,6

    M = ?

    • Descobrindo o valor de M:

    Sabendo-se que 15,9% dos pacientes têm nível de hemoglobina acima de 16,6 g/dL

    P(0 < Z < 1) = 0,341

    Lembrando que: < 0 = 0,5 (Metade dos valores ficam abaixo do Zero).

    0,5 + 0,341 = 0,841

    Então, até o 1 ele acumula 0,841. Acima disso são os 15,9%. Isso significa que o 16,6 padronizado vira o número 1.

    Basta jogar esse valor na fórmula e com isso descobrir o valor da média

    Z = (X - M)/σ

    1 = (16,6 - M)/2,6

    2,6 = 16,6 - M

    M = 14,0

    • Pronto, agora que temos o valor de M, conseguimos descobrir o que a questão nos pediu: intervalo de 11,4 a 19,2 g/dL

    Vamos usar a fórmula Z novamente

    Z = (11,4 - 14)/2,6

    Z = -2,6/2,6

    Z = -1

    Z = (19,2 - 14)/2,6

    Z = 5,2/2,6

    Z = 2

    • Ok, agora é descobrir o quanto ele acumula do ponto -1 até o 2.

    Temos que: P(0 < Z < 1) = 0,341

    Como a probabilidade da normal padrão é espelhada. Do -1 até o 0 também vamos ter 0,341.

    P(0 < Z < 2) = 0,477

    0,477+0,341 = 0,818

    Como o valor é aproximado. A resposta é a letra D!


ID
5220004
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CRM - MG
Ano
2021
Provas
Disciplina
Estatística
Assuntos

Considere que um estudo foi realizado com o objetivo de avaliar se a variável dependente (Y) está relacionada linearmente com a variável independente (X).A partir dos dados de uma amostra de 10 pares de medidas (xi, yi) com i = 1, 2, ..., 10, foi obtido o coeficiente de correlação de Pearson r = 0,9.

Levando em consideração o texto anterior e sabendo que V = 3X + 5 e W = cY + d, onde c e d são números reais positivos, analise as afirmativas a seguir.

I. O modelo de regressão ajustado Y = a.bX explica aproximadamente 90% da variação total em Y.
II. O coeficiente de correlação de Pearson entre X e V é 1.
III. O coeficiente de correlação de Pearson entre X e W é 0,9c + d. IV. O coeficiente de correlação de Pearson entre V e W é 0,9.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários