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Prova Instituto Consulplan - 2020 - Câmara de Amparo - SP - Assessor de Comunicação


ID
5413714
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Consumo e felicidade

      Patrick Terrien, chef francês e diretor da escola de culinária Le Cordon Bleu, declarou à coluna “As últimas 10 coisas que comprei”, do caderno Vitrine, da Folha, ter comprado champanhe, flores, foie gras, laranjas, cogumelos selvagens, água, jornal, pão, um CD e entradas para o cinema.
      O que uma pessoa compra dá uma boa noção de como ela vive. No caso do chef, tudo o que ele comprou foi para o consumo em família, para presentear um amigo e sair com a mulher.
       Comprou coisas que não duram nem podem ser exibidas, mas podem tornar a relação entre as pessoas próximas a ele mais agradável e apetitosa.
       [...]
       Mas, na sociedade de consumo, vivemos para sermos felizes por meio do que adquirimos. Paradoxalmente, por meio daquilo que descartamos.
    A aquisição de mercadorias satisfaz nossos desejos e providencia nossa felicidade. Mas os desejos são inesgotáveis. Brotam de todo contato que temos com o que existe no mundo. Um dá lugar a outro, e satisfazê-los é tarefa impossível.
    Como as mercadorias são produzidas com a finalidade primeira de serem compradas, a sociedade de consumo precisa permanentemente provocar nossa insatisfação com o que temos e atiçar nosso desejo pelo que ainda não temos. Toda propaganda de alguma mercadoria sugere, subliminarmente, que aquela que temos está ultrapassada e não pode nos oferecer o que a nova poderá. Não comprá-la é ficar em falta com nós mesmos e não pertencer ao círculo especial dos que já a adquiriram.
  Enredados nesse modo-contínuo de insatisfação/ descarte/consumo, compreendemos a máxima da vida: sempre seremos felizes por pouco tempo.
     Toda suposta felicidade antecipa uma infelicidade. E, enquanto saltamos de uma infelicidade a outra, a almejada felicidade passa a ser um breve intervalo, sempre imperceptível.
        A felicidade, substituída pela satisfação de desejos nunca aplacáveis, jamais é experimentada. O que nos resta é a ansiedade da felicidade.
    As compras do chef francês sugerem que ele se desvia dessa sedução consumista. Fruir, mais do que ter. E não apenas o sabor do foie gras ou dos cogumelos, mas o prazer de repartir com amigos e familiares pequenos prazeres. Celebração e simplicidade.

(DULCE CRITELLI, terapeuta existencial e professora de filosofia da PUC-SP, é autora de “Educação e Dominação Cultural” e “Analítica de Sentido” e coordenadora do Existentia – Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana dulcecritelli@existentia.com.br Cristiane Segatto. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1211200901.htm. Acesso em: 01/2020. DULCE CRITELLI/FOLHAPRESS. Adaptado.)

De acordo com o exposto, pode-se identificar corretamente no texto:

Alternativas

ID
5413717
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Consumo e felicidade

      Patrick Terrien, chef francês e diretor da escola de culinária Le Cordon Bleu, declarou à coluna “As últimas 10 coisas que comprei”, do caderno Vitrine, da Folha, ter comprado champanhe, flores, foie gras, laranjas, cogumelos selvagens, água, jornal, pão, um CD e entradas para o cinema.
      O que uma pessoa compra dá uma boa noção de como ela vive. No caso do chef, tudo o que ele comprou foi para o consumo em família, para presentear um amigo e sair com a mulher.
       Comprou coisas que não duram nem podem ser exibidas, mas podem tornar a relação entre as pessoas próximas a ele mais agradável e apetitosa.
       [...]
       Mas, na sociedade de consumo, vivemos para sermos felizes por meio do que adquirimos. Paradoxalmente, por meio daquilo que descartamos.
    A aquisição de mercadorias satisfaz nossos desejos e providencia nossa felicidade. Mas os desejos são inesgotáveis. Brotam de todo contato que temos com o que existe no mundo. Um dá lugar a outro, e satisfazê-los é tarefa impossível.
    Como as mercadorias são produzidas com a finalidade primeira de serem compradas, a sociedade de consumo precisa permanentemente provocar nossa insatisfação com o que temos e atiçar nosso desejo pelo que ainda não temos. Toda propaganda de alguma mercadoria sugere, subliminarmente, que aquela que temos está ultrapassada e não pode nos oferecer o que a nova poderá. Não comprá-la é ficar em falta com nós mesmos e não pertencer ao círculo especial dos que já a adquiriram.
  Enredados nesse modo-contínuo de insatisfação/ descarte/consumo, compreendemos a máxima da vida: sempre seremos felizes por pouco tempo.
     Toda suposta felicidade antecipa uma infelicidade. E, enquanto saltamos de uma infelicidade a outra, a almejada felicidade passa a ser um breve intervalo, sempre imperceptível.
        A felicidade, substituída pela satisfação de desejos nunca aplacáveis, jamais é experimentada. O que nos resta é a ansiedade da felicidade.
    As compras do chef francês sugerem que ele se desvia dessa sedução consumista. Fruir, mais do que ter. E não apenas o sabor do foie gras ou dos cogumelos, mas o prazer de repartir com amigos e familiares pequenos prazeres. Celebração e simplicidade.

(DULCE CRITELLI, terapeuta existencial e professora de filosofia da PUC-SP, é autora de “Educação e Dominação Cultural” e “Analítica de Sentido” e coordenadora do Existentia – Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana dulcecritelli@existentia.com.br Cristiane Segatto. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1211200901.htm. Acesso em: 01/2020. DULCE CRITELLI/FOLHAPRESS. Adaptado.)

Após a leitura do texto, conclui-se corretamente que o título apresentado expressa:

Alternativas

ID
5413720
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Consumo e felicidade

      Patrick Terrien, chef francês e diretor da escola de culinária Le Cordon Bleu, declarou à coluna “As últimas 10 coisas que comprei”, do caderno Vitrine, da Folha, ter comprado champanhe, flores, foie gras, laranjas, cogumelos selvagens, água, jornal, pão, um CD e entradas para o cinema.
      O que uma pessoa compra dá uma boa noção de como ela vive. No caso do chef, tudo o que ele comprou foi para o consumo em família, para presentear um amigo e sair com a mulher.
       Comprou coisas que não duram nem podem ser exibidas, mas podem tornar a relação entre as pessoas próximas a ele mais agradável e apetitosa.
       [...]
       Mas, na sociedade de consumo, vivemos para sermos felizes por meio do que adquirimos. Paradoxalmente, por meio daquilo que descartamos.
    A aquisição de mercadorias satisfaz nossos desejos e providencia nossa felicidade. Mas os desejos são inesgotáveis. Brotam de todo contato que temos com o que existe no mundo. Um dá lugar a outro, e satisfazê-los é tarefa impossível.
    Como as mercadorias são produzidas com a finalidade primeira de serem compradas, a sociedade de consumo precisa permanentemente provocar nossa insatisfação com o que temos e atiçar nosso desejo pelo que ainda não temos. Toda propaganda de alguma mercadoria sugere, subliminarmente, que aquela que temos está ultrapassada e não pode nos oferecer o que a nova poderá. Não comprá-la é ficar em falta com nós mesmos e não pertencer ao círculo especial dos que já a adquiriram.
  Enredados nesse modo-contínuo de insatisfação/ descarte/consumo, compreendemos a máxima da vida: sempre seremos felizes por pouco tempo.
     Toda suposta felicidade antecipa uma infelicidade. E, enquanto saltamos de uma infelicidade a outra, a almejada felicidade passa a ser um breve intervalo, sempre imperceptível.
        A felicidade, substituída pela satisfação de desejos nunca aplacáveis, jamais é experimentada. O que nos resta é a ansiedade da felicidade.
    As compras do chef francês sugerem que ele se desvia dessa sedução consumista. Fruir, mais do que ter. E não apenas o sabor do foie gras ou dos cogumelos, mas o prazer de repartir com amigos e familiares pequenos prazeres. Celebração e simplicidade.

(DULCE CRITELLI, terapeuta existencial e professora de filosofia da PUC-SP, é autora de “Educação e Dominação Cultural” e “Analítica de Sentido” e coordenadora do Existentia – Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana dulcecritelli@existentia.com.br Cristiane Segatto. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1211200901.htm. Acesso em: 01/2020. DULCE CRITELLI/FOLHAPRESS. Adaptado.)

NÃO evidencia corretamente o significado dos termos destacados de acordo com o contexto em que são apresentados:

Alternativas
Comentários
  • Subliminar: Diz-se do que não está explícito, mas pode ser entendido pelas entrelinhas; que está subentendido. 

    Fugaz: Que apresenta excesso de velocidade; que expressa ou possui rapidez; rápido: é preciso aproveitar porque a vida é fugaz.


ID
5413723
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Consumo e felicidade

      Patrick Terrien, chef francês e diretor da escola de culinária Le Cordon Bleu, declarou à coluna “As últimas 10 coisas que comprei”, do caderno Vitrine, da Folha, ter comprado champanhe, flores, foie gras, laranjas, cogumelos selvagens, água, jornal, pão, um CD e entradas para o cinema.
      O que uma pessoa compra dá uma boa noção de como ela vive. No caso do chef, tudo o que ele comprou foi para o consumo em família, para presentear um amigo e sair com a mulher.
       Comprou coisas que não duram nem podem ser exibidas, mas podem tornar a relação entre as pessoas próximas a ele mais agradável e apetitosa.
       [...]
       Mas, na sociedade de consumo, vivemos para sermos felizes por meio do que adquirimos. Paradoxalmente, por meio daquilo que descartamos.
    A aquisição de mercadorias satisfaz nossos desejos e providencia nossa felicidade. Mas os desejos são inesgotáveis. Brotam de todo contato que temos com o que existe no mundo. Um dá lugar a outro, e satisfazê-los é tarefa impossível.
    Como as mercadorias são produzidas com a finalidade primeira de serem compradas, a sociedade de consumo precisa permanentemente provocar nossa insatisfação com o que temos e atiçar nosso desejo pelo que ainda não temos. Toda propaganda de alguma mercadoria sugere, subliminarmente, que aquela que temos está ultrapassada e não pode nos oferecer o que a nova poderá. Não comprá-la é ficar em falta com nós mesmos e não pertencer ao círculo especial dos que já a adquiriram.
  Enredados nesse modo-contínuo de insatisfação/ descarte/consumo, compreendemos a máxima da vida: sempre seremos felizes por pouco tempo.
     Toda suposta felicidade antecipa uma infelicidade. E, enquanto saltamos de uma infelicidade a outra, a almejada felicidade passa a ser um breve intervalo, sempre imperceptível.
        A felicidade, substituída pela satisfação de desejos nunca aplacáveis, jamais é experimentada. O que nos resta é a ansiedade da felicidade.
    As compras do chef francês sugerem que ele se desvia dessa sedução consumista. Fruir, mais do que ter. E não apenas o sabor do foie gras ou dos cogumelos, mas o prazer de repartir com amigos e familiares pequenos prazeres. Celebração e simplicidade.

(DULCE CRITELLI, terapeuta existencial e professora de filosofia da PUC-SP, é autora de “Educação e Dominação Cultural” e “Analítica de Sentido” e coordenadora do Existentia – Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana dulcecritelli@existentia.com.br Cristiane Segatto. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1211200901.htm. Acesso em: 01/2020. DULCE CRITELLI/FOLHAPRESS. Adaptado.)

No período “Comprou coisas que não duram nem podem ser exibidas, mas podem tornar a relação entre as pessoas próximas a ele mais agradável e apetitosa.” (3º§), o vocábulo “que”:

Alternativas
Comentários
  • Que se refere a "coisas" que seria o sujeito. Acho que por isso a resposta seria que o "que" faz papel de sujeito.

  • C

  • Pessoal, o pronome possessivo sempre cumpre função na oração adjetiva, diferente das conjunções.

    Pensem sempre que temos duas orações que se ligam pelo pronome, que substitui, na oração adjetiva, um termo que já está na oração principal.

    Comprou coisas (oração principal).

    Coisas não duram e nem poder ser exibidas (oração adjetiva).

    Comprou coisas. Coisas (substituir o termo pelo pronome que) não duram nem podem ser exibidas.

    Comprou coisas que não duram nem podem ser exibidas,.

  • O que é que não duram? R: As coisas

    Logo, "que" exerce função de sujeito do verbo "durar"

    GAB.: C


ID
5413726
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Consumo e felicidade

      Patrick Terrien, chef francês e diretor da escola de culinária Le Cordon Bleu, declarou à coluna “As últimas 10 coisas que comprei”, do caderno Vitrine, da Folha, ter comprado champanhe, flores, foie gras, laranjas, cogumelos selvagens, água, jornal, pão, um CD e entradas para o cinema.
      O que uma pessoa compra dá uma boa noção de como ela vive. No caso do chef, tudo o que ele comprou foi para o consumo em família, para presentear um amigo e sair com a mulher.
       Comprou coisas que não duram nem podem ser exibidas, mas podem tornar a relação entre as pessoas próximas a ele mais agradável e apetitosa.
       [...]
       Mas, na sociedade de consumo, vivemos para sermos felizes por meio do que adquirimos. Paradoxalmente, por meio daquilo que descartamos.
    A aquisição de mercadorias satisfaz nossos desejos e providencia nossa felicidade. Mas os desejos são inesgotáveis. Brotam de todo contato que temos com o que existe no mundo. Um dá lugar a outro, e satisfazê-los é tarefa impossível.
    Como as mercadorias são produzidas com a finalidade primeira de serem compradas, a sociedade de consumo precisa permanentemente provocar nossa insatisfação com o que temos e atiçar nosso desejo pelo que ainda não temos. Toda propaganda de alguma mercadoria sugere, subliminarmente, que aquela que temos está ultrapassada e não pode nos oferecer o que a nova poderá. Não comprá-la é ficar em falta com nós mesmos e não pertencer ao círculo especial dos que já a adquiriram.
  Enredados nesse modo-contínuo de insatisfação/ descarte/consumo, compreendemos a máxima da vida: sempre seremos felizes por pouco tempo.
     Toda suposta felicidade antecipa uma infelicidade. E, enquanto saltamos de uma infelicidade a outra, a almejada felicidade passa a ser um breve intervalo, sempre imperceptível.
        A felicidade, substituída pela satisfação de desejos nunca aplacáveis, jamais é experimentada. O que nos resta é a ansiedade da felicidade.
    As compras do chef francês sugerem que ele se desvia dessa sedução consumista. Fruir, mais do que ter. E não apenas o sabor do foie gras ou dos cogumelos, mas o prazer de repartir com amigos e familiares pequenos prazeres. Celebração e simplicidade.

(DULCE CRITELLI, terapeuta existencial e professora de filosofia da PUC-SP, é autora de “Educação e Dominação Cultural” e “Analítica de Sentido” e coordenadora do Existentia – Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana dulcecritelli@existentia.com.br Cristiane Segatto. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1211200901.htm. Acesso em: 01/2020. DULCE CRITELLI/FOLHAPRESS. Adaptado.)

No texto, a autora menciona que há um paradoxo referente à vida na sociedade de consumo, tal paradoxo pode ser indicado pelas expressões:

Alternativas
Comentários
  • Gab D. Paradoxo foge à lógica, tem sentidos opostos na mesma função sintática

  • Mas, na sociedade de consumo, vivemos para sermos felizes por meio do que adquirimos. Paradoxalmente, por meio daquilo que descartamos.

  • PARADOXO:

    Uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos.

    Exemplo: Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom.

  • A questão é sobre figuras de linguagem e quer que identifiquemos o paradoxo referente à vida na sociedade de consumo. Vejamos:

     .

    Paradoxo: consiste essa figura, também chamada oxímoro, em usar, intencionalmente, um contrassenso.

    Ex.: Valentia covarde assaltar e matar pessoas indefesas!

     .

    A) “compra e consumo”.

    Errado. "Comprar" e "consumir" não são ideias contrárias.

     .

    B) “consumo e felicidade”.

    Errado. "Consumir" e "ser feliz" não são ideias contrárias.

     .

    C) “vivemos e adquirimos”.

    Errado. "Viver" e "adquirir" não são ideias contrárias.

     .

    D) “adquirimos e descartamos”.

    Certo. "Adquirir, comprar" e "descartar, jogar fora" são ideias contrárias. Vale lembrar que uma sociedade de consumo é moldada para que as pessoas sejam estimuladas a consumir coisas o tempo todo, mesmo quando não precisam dos itens consumidos. Além disso, a indústria se vale desta necessidade adotando como estratégia o encurtamento da vida útil dos produtos, de modo a estimular a roda da sociedade de consumo, e com isso há a expansão da produção de lixo.

     .

    Gabarito: Letra D 


ID
5413732
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Consumo e felicidade

      Patrick Terrien, chef francês e diretor da escola de culinária Le Cordon Bleu, declarou à coluna “As últimas 10 coisas que comprei”, do caderno Vitrine, da Folha, ter comprado champanhe, flores, foie gras, laranjas, cogumelos selvagens, água, jornal, pão, um CD e entradas para o cinema.
      O que uma pessoa compra dá uma boa noção de como ela vive. No caso do chef, tudo o que ele comprou foi para o consumo em família, para presentear um amigo e sair com a mulher.
       Comprou coisas que não duram nem podem ser exibidas, mas podem tornar a relação entre as pessoas próximas a ele mais agradável e apetitosa.
       [...]
       Mas, na sociedade de consumo, vivemos para sermos felizes por meio do que adquirimos. Paradoxalmente, por meio daquilo que descartamos.
    A aquisição de mercadorias satisfaz nossos desejos e providencia nossa felicidade. Mas os desejos são inesgotáveis. Brotam de todo contato que temos com o que existe no mundo. Um dá lugar a outro, e satisfazê-los é tarefa impossível.
    Como as mercadorias são produzidas com a finalidade primeira de serem compradas, a sociedade de consumo precisa permanentemente provocar nossa insatisfação com o que temos e atiçar nosso desejo pelo que ainda não temos. Toda propaganda de alguma mercadoria sugere, subliminarmente, que aquela que temos está ultrapassada e não pode nos oferecer o que a nova poderá. Não comprá-la é ficar em falta com nós mesmos e não pertencer ao círculo especial dos que já a adquiriram.
  Enredados nesse modo-contínuo de insatisfação/ descarte/consumo, compreendemos a máxima da vida: sempre seremos felizes por pouco tempo.
     Toda suposta felicidade antecipa uma infelicidade. E, enquanto saltamos de uma infelicidade a outra, a almejada felicidade passa a ser um breve intervalo, sempre imperceptível.
        A felicidade, substituída pela satisfação de desejos nunca aplacáveis, jamais é experimentada. O que nos resta é a ansiedade da felicidade.
    As compras do chef francês sugerem que ele se desvia dessa sedução consumista. Fruir, mais do que ter. E não apenas o sabor do foie gras ou dos cogumelos, mas o prazer de repartir com amigos e familiares pequenos prazeres. Celebração e simplicidade.

(DULCE CRITELLI, terapeuta existencial e professora de filosofia da PUC-SP, é autora de “Educação e Dominação Cultural” e “Analítica de Sentido” e coordenadora do Existentia – Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana dulcecritelli@existentia.com.br Cristiane Segatto. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1211200901.htm. Acesso em: 01/2020. DULCE CRITELLI/FOLHAPRESS. Adaptado.)

De acordo com o contexto, a coerência e a correção da norma padrão da língua, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Qual o erro da alternativa "A" ? se alguém puder ajudar, agradeço.

    Porque o pronome obliquo LHE substitui o objeto indireto, que é o caso da construção referida e o verbo "DECLARAR" é bitransitivo: Patrick Terrien [...] declarou à coluna “As últimas 10 coisas que comprei”...

    Ou seja, Ele declarou algo a alguém, "declarou-lhe isso"

    Por isso não entendi a razão de terem-na considerado errada.

    BONS ESTUDOS!!!

  • Patrick Terrien, chef francês e diretor da escola de culinária Le Cordon Bleu, declarou à coluna “As últimas 10 coisas que comprei”.

    A alternativa A está incorreta porque o pronome lhe serve para retomar um complemento, evitando a repetição. Nesse caso, se à coluna fosse substituida por lhe ficaria sem coesão o texto. Ele não estaria retomando nada. Imagino que seja por isso.

  • Pessoal, concordo com a visão de que a A está certa. Bancas são ruins mesmo. A questão é que a D está muito na cara. Entre uma questão que está muito na cara e uma que depende de uma interpretação maior, vá na primeira.

    Vale lembrar:

    Declarou à coluna “As últimas 10 coisas que comprei”.

    Declarou-o à coluna. O pronome o substitui o objeto direto.

    Declarou-lhe “As últimas 10 coisas que comprei”. O pronome lhe substitui o objeto indireto, embora também possa substituir ou cumprir o papel de possessivo: Cortou-lhe o cabelo: Cortou seu cabelo.

  • Gabarito na alterativa D

    Solicita-se indicação da assertiva correta:

    A) É adequada a substituição de “declarou à coluna” (1º§) por “declarou-lhe”.

    Incorreta. O clítico "lhe" é elemento coesivo que substitui termo com valor de complemento indireto. A impossibilidade de substituição decorre do fato de não haver referência anterior ao termo substituído, de modo que se perderia o referente.

    Reitero que, em outras condições, já tendo o termo em questão sido citado anteriormente, não haveria quaisquer óbices à substituição.

    B) Em “Comprou coisas que não duram” (3º§) pode-se identificar o mesmo complemento verbal para “comprou” e “coisas”.

    Incorreta. O termo "coisas" não é forma verbal.

    C) Em “mas podem tornar relação entre as pessoas próximas ele” (3º§), os termos destacados possuem a mesma função na frase.

    Incorreta. O primeiro termo é artigo definido em função de adjunto adnominal, o segundo é preposição que introduz termo com valor de complemento nominal.

    D) Outra opção de reescrita para “e não pertencer ao círculo especial dos que já a adquiriram.” (7º§) seria “e não pertencer à roda especial dos que já a adquiriram”.

    Correta. No contexto, os termos substituídos podem possuir o mesmo sentido.

  • PARA CONFIRMAR SE A QUESTÃO A está errada, temos que ir no texto.

    Patrick Terrien, chef francês e diretor da escola de culinária Le Cordon Bleu, declarou à coluna “As últimas 10 coisas que comprei”,

    Agora substituindo as expressões...

    Patrick Terrien, chef francês e diretor da escola de culinária Le Cordon Bleu, declarou-lhe “As últimas 10 coisas que comprei”,

    Percebe-se que na segunda opção fica a entender que Patrick declarou a alguém que não foi previamente mencionado, ou seja, não faz sentido usar o pronome para não repetição de palavras.

    Por isso, a alternativa A está errada.

  • Por isso é importante ler o texto, p evitar errar a questão de bobeira e evitar falar besteiras como falou um cara aí em baixo; o termo COLUNA não foi mencionado anteriormente, portanto não pode ser retomado pelo pronome LHE, mas o cara instiste em dizer q está correto.


ID
5413735
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Consumo e felicidade

      Patrick Terrien, chef francês e diretor da escola de culinária Le Cordon Bleu, declarou à coluna “As últimas 10 coisas que comprei”, do caderno Vitrine, da Folha, ter comprado champanhe, flores, foie gras, laranjas, cogumelos selvagens, água, jornal, pão, um CD e entradas para o cinema.
      O que uma pessoa compra dá uma boa noção de como ela vive. No caso do chef, tudo o que ele comprou foi para o consumo em família, para presentear um amigo e sair com a mulher.
       Comprou coisas que não duram nem podem ser exibidas, mas podem tornar a relação entre as pessoas próximas a ele mais agradável e apetitosa.
       [...]
       Mas, na sociedade de consumo, vivemos para sermos felizes por meio do que adquirimos. Paradoxalmente, por meio daquilo que descartamos.
    A aquisição de mercadorias satisfaz nossos desejos e providencia nossa felicidade. Mas os desejos são inesgotáveis. Brotam de todo contato que temos com o que existe no mundo. Um dá lugar a outro, e satisfazê-los é tarefa impossível.
    Como as mercadorias são produzidas com a finalidade primeira de serem compradas, a sociedade de consumo precisa permanentemente provocar nossa insatisfação com o que temos e atiçar nosso desejo pelo que ainda não temos. Toda propaganda de alguma mercadoria sugere, subliminarmente, que aquela que temos está ultrapassada e não pode nos oferecer o que a nova poderá. Não comprá-la é ficar em falta com nós mesmos e não pertencer ao círculo especial dos que já a adquiriram.
  Enredados nesse modo-contínuo de insatisfação/ descarte/consumo, compreendemos a máxima da vida: sempre seremos felizes por pouco tempo.
     Toda suposta felicidade antecipa uma infelicidade. E, enquanto saltamos de uma infelicidade a outra, a almejada felicidade passa a ser um breve intervalo, sempre imperceptível.
        A felicidade, substituída pela satisfação de desejos nunca aplacáveis, jamais é experimentada. O que nos resta é a ansiedade da felicidade.
    As compras do chef francês sugerem que ele se desvia dessa sedução consumista. Fruir, mais do que ter. E não apenas o sabor do foie gras ou dos cogumelos, mas o prazer de repartir com amigos e familiares pequenos prazeres. Celebração e simplicidade.

(DULCE CRITELLI, terapeuta existencial e professora de filosofia da PUC-SP, é autora de “Educação e Dominação Cultural” e “Analítica de Sentido” e coordenadora do Existentia – Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana dulcecritelli@existentia.com.br Cristiane Segatto. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1211200901.htm. Acesso em: 01/2020. DULCE CRITELLI/FOLHAPRESS. Adaptado.)

Em “enquanto saltamos de uma infelicidade a outra” (8º§), é possível observar que o emprego do termo destacado no enunciado demonstra um novo significado que lhe é atribuído em um contexto particular de uso por meio de um recurso estilístico da linguagem. Observe a seguir o emprego da linguagem considerando o mencionado anteriormente.

O adolescente

Adolescente, olha! A vida é nova...
A vida é nova e anda nua
– vestida apenas com o teu desejo!

(QUINTANA, Mario. O livro de haicais. São Paulo: Globo, 2009.)

Pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • C

  • C:

    Extrapola o usual cotidiano, ou seja, que usamos no dia a dia, nesse caso usa um tom mais poético.


ID
5413738
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Consumo e felicidade

      Patrick Terrien, chef francês e diretor da escola de culinária Le Cordon Bleu, declarou à coluna “As últimas 10 coisas que comprei”, do caderno Vitrine, da Folha, ter comprado champanhe, flores, foie gras, laranjas, cogumelos selvagens, água, jornal, pão, um CD e entradas para o cinema.
      O que uma pessoa compra dá uma boa noção de como ela vive. No caso do chef, tudo o que ele comprou foi para o consumo em família, para presentear um amigo e sair com a mulher.
       Comprou coisas que não duram nem podem ser exibidas, mas podem tornar a relação entre as pessoas próximas a ele mais agradável e apetitosa.
       [...]
       Mas, na sociedade de consumo, vivemos para sermos felizes por meio do que adquirimos. Paradoxalmente, por meio daquilo que descartamos.
    A aquisição de mercadorias satisfaz nossos desejos e providencia nossa felicidade. Mas os desejos são inesgotáveis. Brotam de todo contato que temos com o que existe no mundo. Um dá lugar a outro, e satisfazê-los é tarefa impossível.
    Como as mercadorias são produzidas com a finalidade primeira de serem compradas, a sociedade de consumo precisa permanentemente provocar nossa insatisfação com o que temos e atiçar nosso desejo pelo que ainda não temos. Toda propaganda de alguma mercadoria sugere, subliminarmente, que aquela que temos está ultrapassada e não pode nos oferecer o que a nova poderá. Não comprá-la é ficar em falta com nós mesmos e não pertencer ao círculo especial dos que já a adquiriram.
  Enredados nesse modo-contínuo de insatisfação/ descarte/consumo, compreendemos a máxima da vida: sempre seremos felizes por pouco tempo.
     Toda suposta felicidade antecipa uma infelicidade. E, enquanto saltamos de uma infelicidade a outra, a almejada felicidade passa a ser um breve intervalo, sempre imperceptível.
        A felicidade, substituída pela satisfação de desejos nunca aplacáveis, jamais é experimentada. O que nos resta é a ansiedade da felicidade.
    As compras do chef francês sugerem que ele se desvia dessa sedução consumista. Fruir, mais do que ter. E não apenas o sabor do foie gras ou dos cogumelos, mas o prazer de repartir com amigos e familiares pequenos prazeres. Celebração e simplicidade.

(DULCE CRITELLI, terapeuta existencial e professora de filosofia da PUC-SP, é autora de “Educação e Dominação Cultural” e “Analítica de Sentido” e coordenadora do Existentia – Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana dulcecritelli@existentia.com.br Cristiane Segatto. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1211200901.htm. Acesso em: 01/2020. DULCE CRITELLI/FOLHAPRESS. Adaptado.)

Em “Patrick Terrien, chef francês e diretor da escola de culinária Le Cordon Bleu, declarou à coluna [...]” (1º§), pode-se afirmar que o emprego de vírgulas:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    É um aposto explicativo,está explicando quem é Patrick Terrien ----- é um chef francês e diretor de escola de gastronomia.

    essa explicação vem entre vírgulas necessariamente.


ID
5413741
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Consumo e felicidade

      Patrick Terrien, chef francês e diretor da escola de culinária Le Cordon Bleu, declarou à coluna “As últimas 10 coisas que comprei”, do caderno Vitrine, da Folha, ter comprado champanhe, flores, foie gras, laranjas, cogumelos selvagens, água, jornal, pão, um CD e entradas para o cinema.
      O que uma pessoa compra dá uma boa noção de como ela vive. No caso do chef, tudo o que ele comprou foi para o consumo em família, para presentear um amigo e sair com a mulher.
       Comprou coisas que não duram nem podem ser exibidas, mas podem tornar a relação entre as pessoas próximas a ele mais agradável e apetitosa.
       [...]
       Mas, na sociedade de consumo, vivemos para sermos felizes por meio do que adquirimos. Paradoxalmente, por meio daquilo que descartamos.
    A aquisição de mercadorias satisfaz nossos desejos e providencia nossa felicidade. Mas os desejos são inesgotáveis. Brotam de todo contato que temos com o que existe no mundo. Um dá lugar a outro, e satisfazê-los é tarefa impossível.
    Como as mercadorias são produzidas com a finalidade primeira de serem compradas, a sociedade de consumo precisa permanentemente provocar nossa insatisfação com o que temos e atiçar nosso desejo pelo que ainda não temos. Toda propaganda de alguma mercadoria sugere, subliminarmente, que aquela que temos está ultrapassada e não pode nos oferecer o que a nova poderá. Não comprá-la é ficar em falta com nós mesmos e não pertencer ao círculo especial dos que já a adquiriram.
  Enredados nesse modo-contínuo de insatisfação/ descarte/consumo, compreendemos a máxima da vida: sempre seremos felizes por pouco tempo.
     Toda suposta felicidade antecipa uma infelicidade. E, enquanto saltamos de uma infelicidade a outra, a almejada felicidade passa a ser um breve intervalo, sempre imperceptível.
        A felicidade, substituída pela satisfação de desejos nunca aplacáveis, jamais é experimentada. O que nos resta é a ansiedade da felicidade.
    As compras do chef francês sugerem que ele se desvia dessa sedução consumista. Fruir, mais do que ter. E não apenas o sabor do foie gras ou dos cogumelos, mas o prazer de repartir com amigos e familiares pequenos prazeres. Celebração e simplicidade.

(DULCE CRITELLI, terapeuta existencial e professora de filosofia da PUC-SP, é autora de “Educação e Dominação Cultural” e “Analítica de Sentido” e coordenadora do Existentia – Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana dulcecritelli@existentia.com.br Cristiane Segatto. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1211200901.htm. Acesso em: 01/2020. DULCE CRITELLI/FOLHAPRESS. Adaptado.)

Considerando o último parágrafo do texto, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
5413744
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Eu sei, mas não devia

       Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
     A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz. E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
      A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá pra almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
     A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos. E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
     A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
       A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer filas para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.
       A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes. A abrir as revistas e a ver anúncios. A ligar a televisão e a ver comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
     A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
       A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
       A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(COLASANTI, Marina. A casa das palavras e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2002.)

Considerando os sentidos do texto anterior, infere-se que:

Alternativas

ID
5413747
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Eu sei, mas não devia

       Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
     A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz. E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
      A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá pra almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
     A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos. E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
     A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
       A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer filas para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.
       A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes. A abrir as revistas e a ver anúncios. A ligar a televisão e a ver comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
     A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
       A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
       A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(COLASANTI, Marina. A casa das palavras e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2002.)

Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, indique a reescrita possível para o período “E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração”. (4º§)

Alternativas

ID
5413750
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Eu sei, mas não devia

       Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
     A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz. E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
      A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá pra almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
     A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos. E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
     A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
       A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer filas para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.
       A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes. A abrir as revistas e a ver anúncios. A ligar a televisão e a ver comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
     A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
       A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
       A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(COLASANTI, Marina. A casa das palavras e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2002.)

De acordo com os elementos e ideias apresentados, pode-se reconhecer por meio da sustentação do ponto de vista da autora no decorrer do texto que a expressão “Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.” (1º§) indica:

Alternativas

ID
5413753
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Eu sei, mas não devia

       Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
     A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz. E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
      A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá pra almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
     A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos. E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
     A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
       A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer filas para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.
       A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes. A abrir as revistas e a ver anúncios. A ligar a televisão e a ver comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
     A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
       A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
       A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(COLASANTI, Marina. A casa das palavras e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2002.)

No texto, ocorre o emprego de recursos estilísticos – prática comum em textos com características literárias – como a repetição de estruturas linguísticas, cujo objetivo textual está corretamente indicado em:

Alternativas

ID
5413756
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

Eu sei, mas não devia

       Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
     A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz. E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
      A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá pra almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
     A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos. E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
     A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
       A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer filas para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.
       A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes. A abrir as revistas e a ver anúncios. A ligar a televisão e a ver comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
     A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
       A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
       A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(COLASANTI, Marina. A casa das palavras e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2002.)

Em “A sair do trabalho porque já é noite.” (3º§), a expressão destacada poderia ser substituída, mantendo-se o sentido original, por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    Conjunção causal: porque,já que,haja vista,visto que...

  • A única alternativa em que há uma conjunção causal, é a letra B -GABARITO. Nas demais, todas são conjunções concessivas.


ID
5413759
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Esse Sistema Operacional é utilizado para controlar máquinas e instrumentos, sendo entregue embarcado, ou seja, geralmente vem instalado com os dispositivos, e não possuem uma interface muito amigável. Assinale, a seguir, esse Sistema Operacional.

Alternativas
Comentários
  • Sistemas operacionais de tempo real ou RTOS (Real Time Operating Systems) são uma categoria especial de sistemas operacionais. Eles são voltados para aplicações onde é essencial a confiabilidade e a execução de tarefas em prazos compatíveis com a ocorrência de eventos externos.

    Por exemplo, se num paciente de UTI ocorrer uma variação importante nos batimentos cardíacos, o monitor cardíaco desse paciente deve ativar um alarme em poucos segundos.


ID
5413762
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Os sistemas Windows, da Microsoft, sempre tiveram muitos atalhos que facilitam, em muito, a vida de quem trabalha com computadores. Em sua última versão, o Windows 10, Configuração Local, Idioma Português-Brasil, alguns novos atalhos foram introduzidos. São considerados alguns desses novos atalhos, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • A tecla Win+L serve para travar o computador. fazer seu bloqueio de tela , sendo assim vc precisa colocar senha novamente se quiser usar aquele computador de novo.
  • Win + A = Menu de Notificações.

    Win + C = Cortana.

    Win + S = Pesquisar.

  • Qual delas é a novidade? A cortana?

  • Tecla Win + L não é uma novidade, pois já existia no Windows 7. As demais assertivas são novidades do Win 10.

  • [Tecla Win + A] -> Chama a Central de Ações

    [Tecla Win + C] ->  Ativa a assistente virtual Cortana por voz

    [Tecla Win + L] -> Bloqueia o Computador ou Troca o usuário (já existia anteriormente)

    [Tecla Win + S] -> Abrir pesquisa

  • GAB-C

    WIN+L---------BLOQUEIA O PC, E OUTRA OBSERVAÇÃO, NÃO É UMA COMBINAÇÃO NOVA NÃO, JÁ EXISTIA DESDE A GUERRA DO VIETNÃ

    O CONCURSEIRO RAIZ É ALOPRADO COM QUETÕES MAL FEITAS.

  • Além de saber quais são tem que saber quando começaram a ser....


ID
5413765
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Em comunicação de dados, a Camada de Aplicação, do modelo TCP/IP, é utilizada pela maioria dos programas para comunicação em rede. Vários protocolos operam nesta camada. Assinale-os.

Alternativas
Comentários
  • Modelo OSI (7 camadas)  | Modelo TCP/IP (4 camadas) | Modelo TCP/IP (híbrido) (5 camadas)

    7 - Aplicação                     |    4 – Aplicação                        |   5 - Aplicação

    6 - Apresentação             |   4 – Aplicação                         |   4 - Transporte

    5 - Sessão                          |    4 – Aplicação                        |    3 - Rede

    4 - Transporte                  |    3 – Transporte                     |    2 - Enlace

    3 - Rede                              |   2 – Internet                           |    1 - Física

    2 - Enlace                           |   1 – Rede                                 |

    1 - Física                             |   1 - Rede                                 |

     -------------------------------------------------------------------------------------

    Aplicação: WWW, HTTP, SMTP, Telnet, FTP, SSH, NNTP, RDP, IRC, SNMP, POP3, IMAP, SIP, DNS, PING;

    Transporte: TCP, UDP, RTP, DCCP, SCTP;

    Rede: IPv4, IPv6, IPsec, ICMP;

    Física: Ethernet, Modem, PPP, FDDi.

     -------------------------------------------------------------------------------------

    OBS: alguns autores criaram variações do modelo TCP/IP reconhecendo a camada de enlace, criando uma espécie de “modelo híbrido”, com 5 camadas.

    (CESPE - PF / 2021) A pilha de protocolos TCP/IP de cinco camadas e a pilha do modelo de referência OSI têm, em comum, as camadas física, de enlace, de rede, de transporte e de aplicação. CERTO

    (CESPE - TRE-PI / 2016 Técnico Judiciário) Considerando que o conjunto de protocolos TCP/IP é constituído das cinco camadas: física, enlace de dados, rede, transporte e aplicação. Assinale a opção correspondente à combinação correta entre camada e seus protocolos.

    B) camada de rede: IP, ICMP e ARP CERTO

  • Protocolos: HTTP, HTTPS, SMTP, FTP, SSH, RTP, RIP, TELNET, SIP, IRC, SNMP, IMAP, NNTP, POP3, IMP, BitTorrent, DNS, Ping, Web Application Firewall, Antivírus, Gateway.

  • GABARITO - D

    Camada de Aplicação

    DHCP, SMTP DNS FTP HTTP IMAP POP Poutros...

    Camada de Transporte

    TCP UDP RTP .....

    Camada de Rede

    IPv4 IPv6 ICMP ...


ID
5413768
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O modelo TCP/IP, também chamado, por vezes, de modelo de internet, possui cinco camadas, sendo que cada camada conversa com a sua camada imediatamente superior e inferior. Em cada camada há um grupo de protocolos que são responsáveis por vários serviços da rede, com as suas respectivas aplicações. São consideradas algumas camadas desse modelo, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • As cinco camadas são: Física; Enlace; Rede; Transporte; e Aplicação.

  • (C)

    Modelo OSI (7 camadas)  | Modelo TCP/IP (4 camadas) | Modelo TCP/IP (híbrido) (5 camadas)

    7 - Aplicação                     |    4 – Aplicação                        |   5 - Transporte

    6 - Apresentação             |   4 – Aplicação                         |   4 - Aplicação

    5 - Sessão                          |    4 – Aplicação                        |    3 - Rede

    4 - Transporte                  |    3 – Transporte                      |    2 - Enlace

    3 - Rede                              |   2 – Internet                            |    1 - Física

    2 - Enlace                           |   1 – Rede                                 |

    1 - Física                             |   1 - Rede                                  |

  • GABARITO - C

    Complemento..

    MODELO OSI: Física,Enlace, Rede,Transporte,Sessão,Apresentação,Aplicação (7 camadas)

    MODELO TCP/IP : Aplicação,Transporte,Internet,Rede. (4 camadas)

    --------------------------------

    RITA(De trás pra frente)

    Aplicação

    Transporte

    Iinternet

    Rede

  • GAB-C

    Física;

    Enlace

    Rede

    Transporte;

    Aplicação.

    O CONCURSEIRO NÃO PERDE TEMPO EM CINEMAS OU NETFLIX. ELE FAZ PIPOCA E COLOCA OS FILMES DE SUA PLATAFORMA DE ESTUDO.


ID
5413771
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No Windows 10, Configuração Local, Idioma Português- -Brasil, o navegador de internet padrão é o Edge. Neste navegador existe um lugar onde se tem acesso aos Favoritos, Lista de Leitura, Histórico e Downloads. Assinale-o.

Alternativas
Comentários
  • Gab : A

    Hub é mais um novo recurso presente no Microsoft Edge. Ele reúne, em um único espaço, todos os sites marcados como favoritos, os textos que estão na sua lista de leitura, o seu histórico e os downloads recentes.

  •  Para acessá-lo, clique no quarto botão da direita para a esquerda na barra de ferramentas, representado por três linhas.

  • Painel Hub.

    GAB-A

    EDGE ESTA SEMPRE EN ATUALIZAÇÃO.

  • Recursos não disponíveis atualmente no novo Microsoft Edge:

    O hub que acomodava favoritos, lista de leituras, downloads e histórico

    https://support.microsoft.com/pt-br/microsoft-edge/recursos-n%C3%A3o-dispon%C3%ADveis-atualmente-no-novo-microsoft-edge-4307f116-8184-0c59-dcb4-3c55e00f70bf

  • GA: A

    Hub é uma ferramenta que a Microsoft incluiu no Edge para deixar o navegador mais organizado. Ele concentra todos os seus favoritos, a sua lista de downloads e também o histórico de navegação recente.

  • Fala meu aluno(a)!

    Gabarito: LETRA A.

    O QUE É Painel Hub?

    R. é uma ferramenta que a Microsoft incluiu no Edge para deixar o navegador mais organizado. Ele concentra todos os seus favoritos, a sua lista de downloads e também o histórico de navegação recente.

    Rumo à aprovação meu aluno(a)!

    Bons Estudos!


ID
5413777
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Se –2 é uma das raízes da equação − x2 −k/5x + 8 = 0, então o valor de K é:

Alternativas

ID
5413780
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Jean e Décio são os únicos homens que trabalham em uma loja com 8 funcionários. O número de comissões de 3 funcionários que poderão ser formadas com esses 8 funcionários, de maneira que Jean e Décio não estejam juntos, é igual a:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C.

    - O que não pode? Ter Jean e Décio juntos, portanto, vamos primeiro achar essa combinação dos dois juntos. Se os dois estão juntos na comissão, significa que eu já defini 2 dos 3 membros, portanto, só falta 1. Logo, fica uma combinação de 6 eu escolher 1 (C 6,1). Então para os dois juntos eu tenho a C 6,1 = 6.

    - Fazer a combinação total, utilizando todos os funcionários para formar a comissão. Isso dá uma combinação de 8 eu escolher 3 (C 8,3). Logo, C 8,3 = 56.

    - Retirar do total o que eu não quero, que é ter Jean e Décio juntos. Já sabemos o valor deles juntos (C 6,1 = 6). O total é C 8,3 = 56. Logo => 56 - 6 = 50.


ID
5413783
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em um triângulo retângulo com hipotenusa medindo 7 cm, o seno de um de seus ângulos agudos é 0,8. Dessa forma, pode-se afirmar que o perímetro desse triângulo é igual a:

Alternativas

ID
5413786
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Se em uma progressão geométrica a soma dos seus termos é expressa por Sn = 22n – 1, então a razão dessa PG é:

Alternativas
Comentários
  • Sn = 2^(2n) - 1

    S1 = 2^(2.1) - 1

    S1 = 4 - 1 = 3

    a1 = 3

    S2 = 2^(2.2) - 1

    S2 = 16 - 1 = 15

    a1 + a2 = 15

    3 + a2 = 15

    a2 = 12

    a1.q = a2

    3.q = 12

    q = 4

    GABARITO: LETRA C

    MEU ↯ CANAL ↯ NO YOUTUBE COM VÁRIAS QUESTÕES RESOLVIDAS

    https://www.youtube.com/c/ConcurseirodeElite


ID
5413789
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Gomes, Presidente da Câmara do Município de Órion, celebrou uma parceria com a entidade privada Zeta, sem observar as formalidades legais aplicáveis à espécie. Nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, sobre o caso hipotético é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • LEI 8429 - IMPROBIDADE

    Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

    (...) XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;   

    (...) II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

    Dessa forma, percebe-se que a alternativa D está correta, pois a pena de 3 anos está aquém do previsto em lei.

  • Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

    XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

  • GABARITO: D

    ➥ Antes de olhar as alternativas, você deve classificar a conduta de Gomes na LIA. Qual foi a modalidade de improbidade que ele cometeu? Lendo o artigo 10, XVIII percebemos que a conduta dele se enquadra dentro dos Atos de Improbidade que Causam Prejuízo ao Erário

    Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

          XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 

    Obs.: Sempre que falar "sem a observância das formalidades legais", você liga o alerta para "lesão ao erário".

     

    Sabendo disso, vamos à questão:

    a) A multa civil, eventualmente aplicada a Gomes na ação de improbidade, será fixada em três vezes o dano patrimonial. → Errado. Será de duas vezes.

    • Veja esta tabelinha para você não errar mais os prazos se cair na sua prova: youtube.com/watch?v=63hxjw5CwMI (aula do mestre Tanaka). Aqui tem um macete para você guardar os números rsrs

     

    b) Se a ação de improbidade for movida pelo município de Órion, o Ministério Público não poderá atuar como fiscal da lei. → Errado. Ou o MP é fiscal ou é parte.

    Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

        § 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

     

    c) Se ocorrer o falecimento de Gomes, após a condenação por improbidade, a pena de ressarcimento ao erário será extinta. → Errado. Pode ser cominada ao sucessor até o limite do valor da herança.

    Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

    Lembre-se também do prazo prescricional:

    Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:

         I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;

         II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

         III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1 desta Lei.

     

    d) A condenação de Gomes a três anos de suspensão de direitos políticos está aquém da penalidade prevista na Lei nº 8.429/92. → Correto. A suspensão deve ser de 5 a 8 anos. (olhe na tabelinha). Se for condenado a 3 anos, ela estará aquém, abaixo do que prescreve a LIA.

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos! :)

  • Antes de mais nada, a questão exige que vc saiba qual foi a modalida de IA que o agente cometeu. Pega a visão!

    Dica de um colega do QC:

    O proveito é para mim? = enriquecimento ilícito.

    O proveito é para terceiros? = prejuízo ao erário

    Não é nem pra mim nem para terceiros? = Atenta contra os princípios.

  • A questão exigiu conhecimento acerca da Lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa) e deseja obter a alternativa correta:

    Na situação hipotética do enunciado, Gomes cometeu improbidade administrativa:

    Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: [...] XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie.”

    A- Incorreta. Art. 12 da Lei 8.429/92: “Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:  [...] II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos.”

    B- Incorreta. Art. 17, § 4º da Lei 8.429/92: “O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

    C- Incorreta. Art. 8° da Lei 8.429/92: “O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

    D- Correta. Art. 12 da Lei 8.429/92: “Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:  [...] II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos.”

    GABARITO DA MONITORA: “D”

  • Sanções:

    Enriquecimento ilícito:

    • Perda da função pública
    • Suspenção dos direitos políticos: 8-10 anos
    • Indisponibilidade e perda dos bens acrescidos ilicitamente
    • Ressarcimento ao erário
    • Multa: Até 3x o que acrescentou ilicitamente.
    • Impossibilidade de contratar com o serviço público e receber benefícios fiscais: até 10 anos

    Dano ao erário.

    • Perda da função pública
    • Suspenção dos direitos políticos: 5-8 anos
    • Indisponibilidade e perda dos bens acrescidos ilicitamente
    • Ressarcimento ao erário
    • Multa: Até 2x o valor do dano
    • Impossibilidade de contratar com o serviço público e receber benefícios fiscais: até 5 anos

    Atentar contra princípios da administração pública

    • Perda da função pública
    • Suspenção dos direitos políticos: 3-5 anos
    • Ressarcimento ao erário
    • Multa: Até 100x a remuneração do servidor.
    • Impossibilidade de contratar com o serviço público e receber benefícios fiscais: até 3 anos

    Caso o agente público não seja remunerado e atente contra princípios da administração pública a multa será de até 100x o salário mínimo.

    Perceba que José causou dano ao erário, conforme o texto da lei:

    Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

          XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 

    Logo, a suspensão dos direitos políticos deveria ser de 5-8 anos.

    Gabarito: D

  • GABARITO: Letra (D).

    Constitui ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie (art. 10, XVIII, da Lei nº 8.429/1992). 

    Letra (A) - ERRADO - A multa civil aplicada será correspondente a duas vezes o valor do prejuízo causado ao erário.

    Letra (B) - ERRADO - Quando o Ministério Público não for parte da ação de improbidade administrativa, deve, obrigatoriamente, funcionar como fiscal da lei, sob pena de nulidade do feito (art. 17, §4º, da Lei nº 8.429/1992).

    Letra (C) - ERRADO - Ocorrendo o falecimento de Gomes, seus herdeiros responderão pelo dano causado ao erário até o limite de sua herança (art. 8º, da Lei nº 8.429/1992).

    Letra (D) - CERTO – Em caso de ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário será possível a penalização de Gomes com a suspensão de seus direitos políticos pelo prazo de 5 a 8 anos. Assim, a suspensão de seus direitos políticos por 3 anos é condenação aquém daquela prevista em lei.

  • De início, convém pontuar que o ato de improbidade, em tese, praticado pela autoridade pública seria aquele previsto no art. 10, XVIII, da Lei 8.429/92, que ora transcrevo:

    "Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

    (...)

    XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;"

    Firmada esta premissa básica, analisemos as opções:

    a) Errado:

    As sanções aplicáveis, no caso de atos de improbidade causadores de danos ao erário, como seria a hipótese, são aquelas vazadas no art. 12, II, da Lei 8.429/92, que assim preconiza:

    "Art. 12.  Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:     

    (...)

    II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;"

    Logo, o valor da multa civil somente pode alcançar até duas vezes o valor do dano, e não três vezes, tal como mencionado pela Banca.

    b) Errado:

    Pelo contrário, nesse caso, o Ministério Público deve atuar como fiscal da lei, nos termos do art. 17, §4º, da Lei 8.429/92, sob pena de nulidade. No ponto, confira-se:

    "Art. 17 (...)
    § 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade."

    c) Errado:

    Na realidade, a penalidade de ressarcimento ao erário, em vista de seu caráter patrimonial, é passível de ser transmitida aos herdeiros, até o limite da herança, como impõe o art. 8º da Lei 8.429/92:

    "Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança."

    d) Certo:

    No caso dos atos de improbidade versados no art. 10, a pena de suspensão dos direitos políticos é prevista de 5 a 8 anos, como se vê do art. 12, II, acima colacionado. Assim sendo, está correto aduzir que a sanção referida, se imposta em 3 anos, estará aquém do estabelecido na lei.


    Gabarito do professor: D

  • Em complementação aos comentários anteriores; apesar das alterações sofridas pela LIA no ano de 2021, a questão não está desatualizada. Vejamos:

    Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:    

    II - na hipótese do art. 10 desta Lei [lesão ao erário], perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 12 (DOZE) ANOS, pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (DOZE) ANOS;  

    A suspensão dos direitos políticos, anteriormente de cinco a oito anos para os casos de lesão ao erário, passou para a previsão de até 12 anos.


ID
5413792
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

As regras deontológicas previstas no Decreto Federal nº 1.171/94 traduzem preceitos éticos que devem nortear a conduta dos agentes públicos. Com base nesses preceitos, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • A) O servidor público deve preservar o elemento ético de sua conduta. Assim, não poderá decidir entre o conveniente e o inconveniente. (ERRADO)

    II - O servidor público não poderá jamais desprezar o

    elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que

    decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o

    injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o

    inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o

    desonesto, consoante as regras contidas no art. 37,

    caput, e § 4°, da Constituição Federal.

    B) O trabalho do servidor público é em prol da comunidade. Assim, deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar como cidadão. (CERTO)

    V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público

    perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo

    ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante

    da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado

    como seu maior patrimônio.

    C) A moralidade da Administração Pública limita-se à distinção entre o bem e o mal. Assim, prescinde (DISPENSA) da ideia de que o fim é sempre o bem comum. (ERRADO)

    II - A moralidade da Administração Pública não se

    limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser

    acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O

    equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do

    servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do

    ato administrativo.

    D) A função pública deve ser tida como exercício profissional. Assim, os fatos verificados na vida privada do servidor não afetam o seu conceito na vida funcional. (ERRADO)

    VI - A função pública deve ser tida como exercício

    profissional e, portanto, se integra na vida particular de

    cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados

    na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão

    acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida

    funcional

  • letra b fonte: aula de um professor

ID
5413795
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

Considerando o Regimento Interno da Câmara Municipal de Amparo, a Mesa da Câmara:

Alternativas

ID
5413798
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Compete ao município de Amparo/SP, no exercício de sua autonomia, legislar privativamente sobre assuntos de interesse local, em especial:

Alternativas

ID
5413801
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Regimento Interno
Assuntos

Em relação ao Regimento Interno da Câmara Municipal de Amparo, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • a - fiscaliza TUDO. Não se limita a orçamento.

    b - medida provisória é o Poder Executivo que elabora.

    c - A função de FISCALIZAÇÃO E CONTROLE possui caráter político-adm. sobre prefeito, vice-prefeito, secretários, diretores de departamento, etc. GABARITO

    d - não se restringe a discricionariedade, abrange a legalidade.


ID
5413804
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

As chamadas para TV em externas são realizadas, normalmente, em um dos planos mais utilizados pelo telejornalismo ao enquadrar o repórter — o plano americano. Podemos afirmar que o corte está entre:

Alternativas
Comentários
  • Plano Americano:

    Diz-se que este plano, também conhecido como Três Quartos, surgiu dos retratos do velho oeste, onde era importante que as armas colocadas na cintura aparecessem no enquadramento.

    Este tipo de plano de retrato corta o protagonista aproximadamente pela altura do joelho ou da coxa. Dependendo se o protagonista está sentado ou deitado, há uma tolerância, passando um pouco abaixo do joelho. Este é um ótimo enquadramento para mostrar pessoas a interagir.

    Fonte: https://www.fnac.pt/Retrato-7-tipos-de-planos-fotograficos-que-deves-conhecer/cp1092/w-4


ID
5413807
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

"Resultado dos esforços dos trabalhos de relações públicas e assessoria de comunicação faz com que uma marca, instituição ou personalidade ganhe espaço na mídia sem que haja um pagamento direto.” A afirmativa se refere à mídia:

Alternativas

ID
5413810
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

De acordo com o Título VII da Constituição Federal, Capítulo V, que aborda sobre a comunicação social no Brasil, em seu Art. 221, a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão deverão atender aos seguintes princípios:

I. Preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas.
II. Promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação.
III. Universalização da produção cultural, artística e jornalística, inserindo a cultura global na regional.
IV. Respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre comunicação social.

    I- Correta. É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 221: "A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; (...)".

    II- Correta. É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 221: "A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: (...) II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação; (...)".

    III- Incorreta. A Constituição dispõe sobre o princípio da regionalização, não da universalização. Art. 221, CRFB/88: "A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: (...) III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei; (...)".

    IV- Correta. É o que dispõe a CRFB/88 em seu art. 221: "A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: (...) IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família".

    O gabarito da questão, de acordo com a banca, é a alternativa C (itens I, II e IV estão corretos).


ID
5413813
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

Em um planejamento editorial correto tem-se, além do texto, fotos e/ou ilustrações, o uso dos títulos que fica na primeira página ou no início de uma matéria ou artigo; mas, além desse título principal, é possível utilizar títulos menores de artigos que são subdivididos de acordo com sua posição e utilização. Relacione adequadamente os títulos menores à sua função e posicionamento no texto.

1. Olho.
2. Intertítulo.
3. Subtítulo.
4. Antetítulo.

( ) Acima do título principal, complementando a informação do título e instiga a leitura do texto.
( ) Meio da massa de texto, entre colunas, para ressaltar trechos e substituir quebras; muito utilizados em entrevistas.
( ) Abaixo do título principal, complementa a informação do título e instigam à leitura do texto.
( ) Meio do texto, para dividi-lo em seções e facilitar a leitura.

A sequência está correta em

Alternativas

ID
5413816
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

No telejornalismo, a técnica de quando o apresentador introduz o assunto da matéria que vem logo em seguida denomina-se:

Alternativas

ID
5413819
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

Atualmente, são inúmeras as possibilidades de mídias. Apesar de vários tipos de mídia conversarem entre si, podemos classificá-las basicamente como eletrônica, impressa, alternativa e digital. Considerando as suas vantagens e desvantagens, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) As mídias alternativas são consideradas plataformas inusitadas que estão fora dos meios tradicionais.
( ) A mídia impressa tem uma vida útil limitada; o seu valor diminui depois da data de publicação.
( ) O rádio é a mídia mais rápida e prática que existe para se dar uma notícia.
( ) A internet é a mídia mais confiável e mais segura por ser facilmente controlada.

A sequência está correta em

Alternativas

ID
5413822
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

Sobre a ética jornalística, aprovada pelo Congresso Nacional dos Jornalistas Profissionais da ABI, analise as afirmativas a seguir.

I. O acesso à informação pública é um direito inerente à condição de vida em sociedade, que não pode ser impedido por nenhum tipo de interesse.
II. A obstrução direta ou indireta à livre divulgação da informação e a aplicação de censura ou autocensura são um delito contra a sociedade.
III.O exercício da profissão de jornalista é uma atividade de natureza social e de finalidade pessoal e opinativa, não devendo ficar subordinado a nenhuma instituição pública ou privada.
IV.A informação divulgada pelos meios de comunicação pública se pautará pelo interesse das empresas de mídia, já que elas são responsáveis pela publicação e venda do espaço publicitário.
V. Sempre que considerar correto e necessário, o jornalista resguardará a origem e a identidade de suas fontes de informação.

Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas

ID
5413825
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

São consideradas cores primárias para impressão gráfica e cores primárias para visualização digital, respectivamente:

Alternativas

ID
5413828
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

Para que uma pesquisa eleitoral tenha validade, é necessário:

Alternativas

ID
5413831
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Câmara de Amparo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Não definido

Considere os conceitos de propaganda e publicidade.

1. Propaganda.
2. Publicidade.

( ) Comunicação utilizada por organizações ou pessoas para disseminar pensamentos e doutrinas, geralmente religiosas, ideológicas ou políticas.
( ) Atrai o consumidor com a esperança de venda ou contrato de bens e serviços.
( ) Comunicação realizada por uma empresa ou organização para promover produtos, serviços e ideias, de modo a persuadir um público a desejar e comprar seus produtos.
( ) Busca adesão a uma ideologia ou mudança de atitude.

A sequência está correta em

Alternativas