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Prova PUC-PR - 2010 - COPEL - Profissional de Comunicação Júnior


ID
165133
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Comunicação Social
Assuntos

Em cerimônias oficiais do governo, são necessárias diversas providências, a exemplo de hasteamento de bandeira, execução do hino nacional e conferência da ordem de precedência. Dentre outras, tais atividades são de responsabilidade do cerimonial, cujas funções são relacionadas nas seguintes sentenças:

I. Organizar solenidades, definindo a ordem de precedência e a formação da mesa, observando as normas protocolares.

II. Observar a legislação, as regras, os costumes e os preceitos, promovendo um comportamento padrão da cerimônia.

III. Definir e assegurar as honrarias, homenagens e privilégios de convidados e autoridades.

IV. Redigir o cerimonial conforme a legislação vigente e as normas de protocolo nacionais e internacionais, quer em empresas públicas ou privadas.

V. Promover festas e eventos, cuidar da publicidade e das promoções, atendendo, principalmente, a imprensa e os convidados importantes.

Alternativas
Comentários
  • I-Organizar solenidades, definindo a ordem de precedência e a formação da mesa, observando as normas protocolares.

    II. Observar a legislação, as regras, os costumes e os preceitos, promovendo um comportamento padrão da cerimônia. 

    III. Definir e assegurar as honrarias, homenagens e privilégios de convidados e autoridades. 

    IV. Redigir o cerimonial conforme a legislação vigente e as normas de protocolo nacionais e internacionais, quer em empresas públicas ou privadas. 


    letra B



ID
165136
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

"O impensável aconteceu. Diante de 35 mil torcedores, o Coritiba não teve competência para vencer o Fluminense e com um empate em 1 a 1, deu o pior desfecho possível no ano em que completou 100 anos de existência. (...) Torcida invade o gramado e protagoniza cenas lamentáveis Alguns torcedores do Coritiba, que fizeram uma festa linda no começo do jogo, transformaram o gramado num campo de batalha ao final da partida. Alguns invadiram o campo e partiram para cima do trio de arbitragem e dos jogadores e integrantes da comissão técnica do Fluminense. As agressões foram bárbaras e a polícia não conseguiu conter a torcida. Torcedores e policiais foram feridos por cadeiras arremessadas no gramado. Após alguns minutos, a tropa de choque da polícia chegou e houve um confronto em campo. Balas de borracha foram usadas para conter destemperados torcedores Coxas insatisfeitos com o rebaixamento". Gazeta do Povo, 06.12.2009.

O episódio que gerou prejuízos financeiros e feriu a imagem do clube, inclusive internacionalmente, chama a atenção para um fenômeno de massa. Do ponto de vista da comunicação, a análise dos agrupamentos humanos permite que se afirme que:

I. São características da multidão: irracionalidade, agrupamento inesperado e espontâneo, ausência de individualidade e impulsividade.

II. Público pode ser definido como um grupo de pessoas com objetivos comuns, alta racionalidade, pouco sugestionável, cuja formação prescinde da presença física e que produz seus próprios meios de informação.

III. Opinião pública é expressa pela opinião da maioria.

IV. Massa se caracteriza por alta racionalidade, baixa influência dos meios de comunicação e alta individualidade.

V. Opinião do público se refere a expressão da opinião de um pequeno grupo de pessoas, reunidas em forma de massa ou multidão.

Alternativas
Comentários
  • Considerar a dois correta está esquisito. Seria bom rever a formução dessa proposição.

  • A II realmente está escrita de maneira confusa

  • Apito amigo para o Fluminense nesse jogo.


ID
165139
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Você foi contratado como assessor de comunicação de uma indústria de alimentos para resolver a seguinte situação: um boato se espalhou pela internet difamando um lote de refeições infantis em pote. O boato tomou grandes proporções e, a princípio, a reação da empresa foi bastante negativa, rebatendo duramente as acusações e ignorando as investidas da imprensa em obter informações. Amostras dos produtos analisadas pelo Ministério da Saúde não apontaram qualquer problema ou risco para a saúde. Agora, a empresa deseja resgatar a credibilidade do produto e melhorar a imagem de sua marca junto ao mercado.

Das alternativas abaixo, quais representam um raciocínio CORRETO para um planejamento de comunicação?

I. Convocar uma coletiva de imprensa, apresentar o laudo do Ministério da Saúde e estar disponível para atender todas as solicitações dos responsáveis pelos veículos de comunicação.

II. Fazer uma campanha publicitária de valorização da marca e do produto alvo da difamação.

III. Publicar um comunicado nos principais veículos de comunicação, responsabilizando a imprensa e os órgãos oficiais pela disseminação do boato.

IV. Realizar uma pesquisa de satisfação com o público infantil a respeito dos produtos.

V. Realizar uma campanha de Responsabilidade Social associada ao produto.

Alternativas

ID
165142
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Dentre as teorias da comunicação de massa, destaca-se a escola funcionalista. Conforme os estudos dessa corrente, as articulações internas dos meios de comunicação de massa estabelecem a distinção entre gêneros e meios específicos, o que acentua as funções exercidas por esse sistema. Assim, do conjunto de suas características, é correto afirmar que:

I. O professor de psicologia Harold D. Laswell representa um importante nome da escola, tendo defendido, dentre outras idéias, que a mídia afeta o público com seu conteúdo e que os conteúdos da mídia se inserem a partir dos contextos social, cultural e ideológico.

II. A escola surge na primeira metade do século XX, abordando estudos da publicidade e da propaganda política e questões de jornalismo e opinião pública, na busca por tornar a linguagem política e publicitária mais eficaz

III. O estudo científico do processo comunicativo tende se a concentrar em algumas das seguintes interrogações: Quem? Diz o quê? Através de que canal? Com que efeito?

IV. A conclusão dos estudos dessa teoria aponta que as pessoas não buscam conteúdos que tenham a ver com o que pensam.

V. A idéia central da teoria funcionalista configura-se na construção analítica dos fenômenos que investiga.

Alternativas
Comentários
  • Conhecida também como Mass communication Research, a teoria funcionalista prevalece hegemonicamente entre os anos 20 e 60 do século XX.

    Fou um estudo de comunicação entendido pela ótica do mercado.
  • A Teoria Funcionalista aborda globalmente os meios de comunicação de massa no seu conjunto. "(…) A questão de fundo já não são os efeitos, mas as funções exercidas pela comunicação de massa na sociedade" (WOLF, 2009, p. 25), o que a distancia das teorias precedentes. Consiste, resumidamente, em definir a problemática dos mass media a partir do ponto de vista do funcionamento da sociedade e da contribuição que os mass media dão a esse funcionamento. Dessa forma, "(…) a Teoria funcionalista representa uma importante etapa na crescente e progressiva orientação sociológica da 'communication research.'(WOLF, 2009, p. 26)

  • GABARITO: Letra E


ID
165145
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Comunicação Social
Assuntos

"As investigações sobre as causas do apagão que deixou cerca de 90 milhões de pessoas sem luz em 18 estados brasileiros estão apenas começando, e os especialistas que trabalharam nas investigações anteriores estimam que ainda vai demorar alguns meses para que se saiba exatamente o que aconteceu no dia de 10 de novembro. Mas, no governo, em questão de dias, já se produziram pelo menos duas explicações para o episódio. Ambas atribuem a responsabilidade a intempéries climáticas. Na primeira hipótese, um raio teria provocado um curto-circuito que interrompeu o fornecimento de energia em três linhas de transmissão ao mesmo tempo - um evento tão improvável que não se discute, nem na academia nem nas empresas do setor, procedimentos para evitá-lo. Outra possibilidade é que chuvas fortes tenham danificado o isolador de tensão numa subestação de Furnas". EXAME 02.12.2009 p.43.

Diante do caso, ocorreu um inevitável prejuízo sobre a imagem e credibilidade da empresa fornecedora de energia elétrica. O excesso de informações e a falta de precisão dos motivos que levaram ao apagão requer uma atuação especializada no relacionamento com a imprensa. Dessa forma, das assertivas abaixo, quais fazem parte da política da assessoria de imprensa?

I. Restabelecer as relações com a imprensa, promovendo canais sólidos e confiáveis, tornando-se fonte de informação respeitada e solícita.

II. Monitorar as informações divulgadas pela mídia, gerando informações do ponto de vista da empresa fornecedora de energia.

III. Analisar as informações divulgadas, visando ao planejamento de um programa de assessoria de imprensa, em conformidade com o planejamento estratégico da organização, prevendo ações futuras para retomada da credibilidade da prestação de serviços juntos aos públicos.

IV. Contratar uma agência de publicidade para implementar uma campanha junto aos órgãos do governo.

V. Orientar os líderes acerca de entrevistas e posicionamento junto aos meios de comunicação.

Alternativas
Comentários
  • A assessoria de imprensa é quem vai contratar uma agência de publicidade para corrigir problemas de relacionamento e eficiência com a imprensa? Um despropósito, já que isso contraria suas atribuições e missão profissional.


ID
165148
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

No mercado, as atividades de comunicação são realizadas por bacharéis em Comunicação Social e outros profissionais das mais diferentes áreas, tais como Administração, Direito, Marketing e Economia. No entanto, para uma prática segura, transparente e ética a formação em comunicação habilita e qualifica o exercício especializado e diferenciado para cada necessidade das organizações e para cada público, democratizando o acesso às informações e promovendo a cidadania. Conforme a legislação vigente, os profissionais habilitados para exercer a comunicação devem atender a alguma das seguintes áreas de formação:

I. Profissionais de qualquer área, desde que portadores do título de especialista, podem obter registro no Ministério do Trabalho para exercer as funções de relações públicas, publicidade e propaganda ou jornalismo.

II. Jornalista. Profissional graduado em comunicação social ou outras áreas, com registro no Ministério do Trabalho, com exigência do diploma, pelo Supremo Tribunal Federal, desde o dia 17 de junho de 2009.

III. Relações públicas. Profissional graduado em comunicação social. Habilitação regulamentada conforme a lei 5377, de 11.12.1967, sendo obrigatório o registro profissional.

IV. Publicidade e propaganda. Profissão não regulamentada, que, no entanto, deve ser exercida com o registro do Ministério do Trabalho.

V. Jornalista. Profissional graduado em comunicação social ou outras áreas, com registro no Ministério do Trabalho, sem exigência do diploma, pelo Supremo Tribunal Federal, desde o dia 17 de junho de 2009.

Alternativas

ID
165151
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Marketing
Assuntos

Desde a eleição do ex-presidente Collor de Melo, em 1989, após o período militar, as
eleições no Brasil, em todos os níveis, acontecem mediante o uso bastante intenso de técnicas de marketing político, desenvolvido por agências publicitárias, relações públicas, assessorias de imprensa e profissionais liberais de todas as áreas. Com base nessa força, a máquina eleitoral é capaz de construir ou destruir um candidato, influenciando o público eleitor, criando mitos e influenciando o resultado de uma eleição. Considerando esta afirmativa:

I. Pode-se dizer que marketing político e propaganda eleitoral têm as mesmas funções no que se refere à defesa das idéias de um candidato.

II. Dentre os recursos disponíveis para investimento na campanha de um candidato - revertendo em sua ascensão - é possível receber doações, correspondentes a até 30% do faturamento de empresas públicas ou privadas.

III. No processo de reeleição, a legislação permite que o candidato utilize recursos do horário de propaganda eleitoral gratuito, ampliando seu espaço no programa.

IV. A imagem que o diferencia dos demais candidatos é fator irrelevante para a determinação do grau de memorização do eleitorado no decorrer da campanha.

V. Marketing político pode ser definido como um conjunto de técnicas e procedimentos que tem por objetivo adequar um candidato ao seu eleitorado potencial, diferenciandoo de seus adversários por características melhores e marcantes e construindo imagem favorável a determinado modelo social.

Alternativas

ID
165154
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Comunicação Social
Assuntos

A comunicação interna representa um dos maiores desafios para empresas de todos os segmentos. Uma política bem estruturada, voltada para a valorização dos funcionários e para o acesso e qualidade da informação, é crucial inclusive para a comunicação com públicos externos, tais como clientes, fornecedores, órgãos do governo, comunidade e concorrência. Para a organização de tal política (comunicação interna), as empresas contam com diversos instrumentos. A respeito dos instrumentos de comunicação interna é correto afirmar que:

I. Uma política de comunicação interna tem por objetivo promover o equilíbrio do clima interno por meio de análise e monitoração do ambiente.

II. O planejamento de comunicação interna prevê a utilização de técnicas combinadas, dirigidas e estruturadas a partir do planejamento estratégico da empresa e das atividades que se voltam à disseminação de informações da organização (livre fluxo) e à valorização dos indivíduos.

III. O mascote - instrumento bastante utilizado em campanhas internas, pode ser entendido como personagem (objeto ou ser) escolhido para representar visual e positivamente um conceito ou uma idéia e deve fixar positivamente a imagem da empresa, de seus produtos ou serviços, junto aos públicos, visando à formação de uma opinião favorável.

IV. Como técnica, as homenagens são prova de reconhecimento, gratidão, importância, admiração ou outro sentimento intenso e positivo produzidas para determinada pessoa por meio de variadas formas de celebração, eventos ou registros. Têm como objetivo fortalecer o relacionamento da empresa com os públicos por meio de reconhecimento público a determinada pessoa, à qual se confere destaque por razões valorizadas.

V. A técnica de datas comemorativas visa ao registro e à comemoração de datas de grande importância para determinado público da organização, tendo como objetivo utilizar datas comemorativas e de grande significado para o público, objetivando retorno de imagem para a empresa.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A (texto mal escrito pra caramba, meudeus!)


ID
165157
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

"Que imagem do mundo fornecem os noticiários televisivos? Como se associa essa imagem às exigências quotidianas da produção de notícias, nos organismos radiotelevisivos?" (Golding - Elliot, 1979)

Essas perguntas expõem os problemas de que se ocupa a abordagem do newsmaking. Em função disso, podem-se considerar funções da imprensa:

I. Na seleção de acontecimentos a serem transformados em notícia, os critérios de relevância independem das combinações que se estabelecem entre diferentes valores/notícias, que indicam a seleção de um fato.

II. A notícia é produto de um processo organizado que representa a divulgação de acontecimentos. A escolha dos fatos noticiáveis envolve relações estreitas e privilegiadas nos órgãos de informação.

III. Organizar temporal e espacialmente o trabalho, de modo que os acontecimentos noticiáveis possam fluir, atendendo a um critério lógico e ordenado.

IV. Exige-se do jornalista rotinizar a tarefa de informar, de forma que a relação valor/notícia permita que a seleção do material seja executada com rapidez, de modo quase automático - e que essa seleção se caracterize por certo grau de flexibilidade e de comparação.

V. Um dos critérios de importância e noticiabilidade é ser possível o reconhecimento de um fato desconhecido como acontecimento comum.

Alternativas

ID
165160
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Estrategicamente, no contexto da comunicação organizacional, a principal atuação do profissional de relações públicas deve ser:

I. Organizar festas e encontros com os principais atores envolvidos no processo de comunicação, tais como jornalistas e formadores de opinião.

II. Assessorar o corpo dirigente na implementação de políticas internas e externas, voltadas para a construção da identidade e da imagem da organização.

III. Coordenar equipes de editoração e jornalistas, na concepção de house-organs e na divulgação da organização junto à imprensa.

IV. Elaborar pesquisas de mercado, mapeando o interesse dos públicos-alvo da empresa e desenvolvendo inovações que atendam às prováveis demandas.

V. Promover eventos internos e externos, com o objetivo de congregar os funcionários com o meio social, fortalecendo a imagem da organização.

Alternativas
Comentários
  • Pessoal,
    No gabarito, tanto a resposta A, quanto a D , estão correctas.
    att,
    RafaelCinalli
    EquipeQC 
  • Questão mal elaborada!


ID
165163
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

DA DIFICULDADE DE TRADUZIR O TÍTULO DO FILME
HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES

Jorge Furtado

Não conheço filme sem título, uma prática
comum nas artes plásticas. Eu mesmo escolhi os títulos
dos meus filmes. Meu primeiro filme de longa metragem
se chama Houve uma vez dois verões. A tradução literal
para o inglês seria: Once Upon a Time Two Summers,
mas os distribuidores sabiamente optaram pela versão
mais curta, Two Summers.
Em português, "houve uma vez" é uma abertura
clássica de narrativas, uma forma um pouco mais arcaica
que o "era uma vez..." . Googlei "era uma vez" (dia 10 de
janeiro de 2008) e encontrei 622 mil entradas, de todo
tipo: nomes de sites, coleções de livros infantis etc. As 10
primeiras entradas eram de 10 sites diferentes.
Googlei "houve uma vez" e apareceram 230 mil
entradas. As primeiras 51 entradas eram referência ao
meu filme. A entrada 52 era sobre a expressão "houve
uma vez um verão", um convite para uma festa. "Houve
uma vez dois verões", na verdade, é um trocadilho sobre
o título brasileiro de um grande sucesso do cinema,
Summer of 42, filme de 1971 dirigido por Robert Mulligan,
que no Brasil se chamou "Houve uma vez um verão".
Acontece que, em português, este "um" antes da
palavra "verão" pode ser numeral ou artigo indefinido,
pode ser "a summer" ou "one summer". Já a palavra
"dois" só pode ser numeral. O eco distorcido do título do
filme de Mulligan (também uma história de iniciação
sexual, também com dois amigos numa temporada de
verão numa praia quase deserta, também seduzidos por
uma mulher mais velha) sugere claramente que aqui se
trata de uma comédia.
E mais: é um erro muito frequente, em português,
conjugar o verbo "haver" no plural, "houveram dois
verões", quando o certo é "houve dois verões". Ou seja: o
título em português tem também uma função didática, na
medida em que, como costumam fazer os títulos,
cristaliza uma expressão, informação ou grafia em
formato rememorável.
Estes são apenas alguns dos problemas em
traduzir para o inglês o título do filme. Certamente há
problemas que eu desconheço por não dominar o inglês.
Talvez a expressão "two summers" tenha conotações que
eu ignore, talvez seja o nome de uma conhecida casa
noturna de Cambridge ou talvez a marca de um
bronzeador.
Adaptado de texto postado em 21 de março de 2009 no blog pessoal do cineasta
(http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/jorge-furtado/). Acesso: 10/12/09.

Com relação ao texto, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Sobre a alternativa a):

    Segundo o autor, não se pode afirmar que o exercício de tradução demanda conhecimento de mundo e experiência linguística.

    Este texto diz que o autor atesta que para fazer-se a tradução não é necessário ter conhecimento externos ao texto.

    Ou experiência Linguística.

    Duas inverdades que constitui a alternativa incorreta.

  • ALTERNATIVA D - CORRETA!

    JUSTIFICATIVA:

    O autor criou um nome ao seu filme, o qual havia o termo "um verão", e a palavra "um" gerou dificuldade de tradução para o inglês, segundo o autor. Isto se justifica na parte em que o autor disse:

    "Acontece que, em português, este "um" antes da

    palavra "verão" pode ser numeral ou artigo indefinido (a ou one - traduzido para o inglês),

    pode ser "a summer" ou "one summer". Já a palavra

    "dois" só pode ser numeral."

    Como o responsável pela tradução do título não sabia se o termo "um", se referia a numeral ou artigo, subentende-se que, basicamente, houve alguns desafios que surgiram quando da tradução do título original (português) para a língua inglesa.


ID
165166
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

DA DIFICULDADE DE TRADUZIR O TÍTULO DO FILME
HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES

Jorge Furtado

Não conheço filme sem título, uma prática
comum nas artes plásticas. Eu mesmo escolhi os títulos
dos meus filmes. Meu primeiro filme de longa metragem
se chama Houve uma vez dois verões. A tradução literal
para o inglês seria: Once Upon a Time Two Summers,
mas os distribuidores sabiamente optaram pela versão
mais curta, Two Summers.
Em português, "houve uma vez" é uma abertura
clássica de narrativas, uma forma um pouco mais arcaica
que o "era uma vez..." . Googlei "era uma vez" (dia 10 de
janeiro de 2008) e encontrei 622 mil entradas, de todo
tipo: nomes de sites, coleções de livros infantis etc. As 10
primeiras entradas eram de 10 sites diferentes.
Googlei "houve uma vez" e apareceram 230 mil
entradas. As primeiras 51 entradas eram referência ao
meu filme. A entrada 52 era sobre a expressão "houve
uma vez um verão", um convite para uma festa. "Houve
uma vez dois verões", na verdade, é um trocadilho sobre
o título brasileiro de um grande sucesso do cinema,
Summer of 42, filme de 1971 dirigido por Robert Mulligan,
que no Brasil se chamou "Houve uma vez um verão".
Acontece que, em português, este "um" antes da
palavra "verão" pode ser numeral ou artigo indefinido,
pode ser "a summer" ou "one summer". Já a palavra
"dois" só pode ser numeral. O eco distorcido do título do
filme de Mulligan (também uma história de iniciação
sexual, também com dois amigos numa temporada de
verão numa praia quase deserta, também seduzidos por
uma mulher mais velha) sugere claramente que aqui se
trata de uma comédia.
E mais: é um erro muito frequente, em português,
conjugar o verbo "haver" no plural, "houveram dois
verões", quando o certo é "houve dois verões". Ou seja: o
título em português tem também uma função didática, na
medida em que, como costumam fazer os títulos,
cristaliza uma expressão, informação ou grafia em
formato rememorável.
Estes são apenas alguns dos problemas em
traduzir para o inglês o título do filme. Certamente há
problemas que eu desconheço por não dominar o inglês.
Talvez a expressão "two summers" tenha conotações que
eu ignore, talvez seja o nome de uma conhecida casa
noturna de Cambridge ou talvez a marca de um
bronzeador.
Adaptado de texto postado em 21 de março de 2009 no blog pessoal do cineasta
(http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/jorge-furtado/). Acesso: 10/12/09.

Assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Letra A errada, pois a afirmativa da questão diz exatamente sobre a importância do conhecimento de mundo e o conhecimento linguístico no momento de se fazer uma tradução.

ID
165169
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

DA DIFICULDADE DE TRADUZIR O TÍTULO DO FILME
HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES

Jorge Furtado

Não conheço filme sem título, uma prática
comum nas artes plásticas. Eu mesmo escolhi os títulos
dos meus filmes. Meu primeiro filme de longa metragem
se chama Houve uma vez dois verões. A tradução literal
para o inglês seria: Once Upon a Time Two Summers,
mas os distribuidores sabiamente optaram pela versão
mais curta, Two Summers.
Em português, "houve uma vez" é uma abertura
clássica de narrativas, uma forma um pouco mais arcaica
que o "era uma vez..." . Googlei "era uma vez" (dia 10 de
janeiro de 2008) e encontrei 622 mil entradas, de todo
tipo: nomes de sites, coleções de livros infantis etc. As 10
primeiras entradas eram de 10 sites diferentes.
Googlei "houve uma vez" e apareceram 230 mil
entradas. As primeiras 51 entradas eram referência ao
meu filme. A entrada 52 era sobre a expressão "houve
uma vez um verão", um convite para uma festa. "Houve
uma vez dois verões", na verdade, é um trocadilho sobre
o título brasileiro de um grande sucesso do cinema,
Summer of 42, filme de 1971 dirigido por Robert Mulligan,
que no Brasil se chamou "Houve uma vez um verão".
Acontece que, em português, este "um" antes da
palavra "verão" pode ser numeral ou artigo indefinido,
pode ser "a summer" ou "one summer". Já a palavra
"dois" só pode ser numeral. O eco distorcido do título do
filme de Mulligan (também uma história de iniciação
sexual, também com dois amigos numa temporada de
verão numa praia quase deserta, também seduzidos por
uma mulher mais velha) sugere claramente que aqui se
trata de uma comédia.
E mais: é um erro muito frequente, em português,
conjugar o verbo "haver" no plural, "houveram dois
verões", quando o certo é "houve dois verões". Ou seja: o
título em português tem também uma função didática, na
medida em que, como costumam fazer os títulos,
cristaliza uma expressão, informação ou grafia em
formato rememorável.
Estes são apenas alguns dos problemas em
traduzir para o inglês o título do filme. Certamente há
problemas que eu desconheço por não dominar o inglês.
Talvez a expressão "two summers" tenha conotações que
eu ignore, talvez seja o nome de uma conhecida casa
noturna de Cambridge ou talvez a marca de um
bronzeador.
Adaptado de texto postado em 21 de março de 2009 no blog pessoal do cineasta
(http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/jorge-furtado/). Acesso: 10/12/09.

Com relação ao texto, pode-se AFIRMAR que:

Alternativas
Comentários
  • Resposta certa: D
    O autor disse que " O eco distorcido do título do filme de Mulligan" faz referência ao título Houve uma vez dois verões. No Brasil a tradução errado do título do filme foi "Houve uma vez um verão".

    Ficando a letra D como resposta correta.
  • Sobre a alternativa a) (Incorreta)

    O autor nunca disse que não pode existir uma obra de arte sem título.

    Ele afirma que é comum nas artes plásticas o ato da não nomeação da obra.

    Diferente dos filmes que necessariamente precisam de um título.

  • GAB D


ID
165172
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O QUE FALTA PARA SERMOS LÍDERES

Apesar das conquistas, o país enfrenta
obstáculos na infraestrutura, na educação e no papel do
Estado.

Paulo Moreira Leite

Para uma nação que, desde 1500, é descrita
como aquela "onde se plantando tudo dá", nas palavras
do escrivão Pero Vaz de Caminha, a visão de país do
futuro já é motivo de desconfiança, ironia e até irritação.
A verdade é que, entre observadores de prestígio e
analistas conceituados, cresce a convicção de que o
Brasil é um país que pode sair bem da crise atual do
capitalismo - e chegar mais à frente numa condição
melhor do que exibia no início, num processo semelhante
ao que viveu nos anos 30, após o colapso da Bolsa de
1929.
Arquiteto e engenheiro da prosperidade do
"milagre econômico", o ex-ministro Antonio Delfim Netto
está convencido de que "o Brasil tem pela frente uma
possibilidade de crescimento seguro, sem risco, por pelo
menos uma geração". Para o empresário e economista
Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das
Comunicações no governo de Fernando Henrique
Cardoso, insuspeito de simpatias pelo governo Lula, "não
há dúvida de que o mundo vai oferecer muitas
oportunidades estratégicas ao Brasil, nos próximos anos.
A única dúvida é saber se saberemos aproveitá-las".
Hoje, apenas 7,6% da humanidade pode ser
enquadrada numa categoria social vagamente definida
como "classe média". Para as próximas décadas, essa
condição pode atingir 16% da população mundial, ou 1,2
bilhão de pessoas. No século XVIII, quando a Europa
aquecia os fornos a carvão da Revolução Industrial, que
moldaria a civilização mundial de hoje, a China produzia
perto de 30% da riqueza do planeta, e a Índia 15%. Após
dois séculos de declínio, esses povos retomam seu lugar
- e é esse processo em curso, nos próximos anos, que
definirá oportunidades e necessidades de todo o planeta,
inclusive no Brasil.
"O Brasil tem tudo para ser protagonista do
século XXI", diz Delfim Netto, numa frase que tem lá seu
parentesco com o otimismo do escrivão Caminha. Mas
há algum sentido. A urbanização acelerada do planeta
elevará em até 50% a demanda por alimentos importados
- num mercado garantido para o crescimento das
exportações brasileiras. No terreno da energia, os
laboratórios de todo o mundo buscam uma alternativa ao
petróleo e aos demais combustíveis fósseis. Até agora,
nenhuma opção deixou a fase do experimentalismo e não
se sabe quando isso vai ocorrer. Mesmo o etanol, que
funciona tão bem no Brasil, não é uma saída definitiva no
plano mundial, pois exigiria canaviais para mover
indústrias, armamentos, computadores, foguetes, navios
- além de carros de passeio.
Como ninguém deixará de acender a luz nem de
andar de automóvel até que se chegue a uma nova
matriz energética, por várias décadas a humanidade
seguirá movendo-se a petróleo - abundante nas costas
brasileiras do pré-sal, a ponto de já colocar o país na
condição de exportador mundial.
Para realizar o futuro prometido, o Brasil terá de
reformar o Estado. "Vamos ter de modernizar o governo",
diz Delfim Netto. Esse trabalho inclui rever as diferenças
de renda, segurança e estabilidade entre funcionários
públicos e privados, além de uma reforma na
Previdência. Hoje, por causa de distorções como essas,
o Estado brasileiro custa caro, funciona mal e trabalha na
direção errada. Sem uma intervenção rápida e decisiva
por parte dos governantes, o país do futuro talvez
demore outros 509 anos a chegar.

Adaptado da revista Época, n° 575.

Com relação ao conteúdo do texto, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas

ID
165175
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O QUE FALTA PARA SERMOS LÍDERES

Apesar das conquistas, o país enfrenta
obstáculos na infraestrutura, na educação e no papel do
Estado.

Paulo Moreira Leite

Para uma nação que, desde 1500, é descrita
como aquela "onde se plantando tudo dá", nas palavras
do escrivão Pero Vaz de Caminha, a visão de país do
futuro já é motivo de desconfiança, ironia e até irritação.
A verdade é que, entre observadores de prestígio e
analistas conceituados, cresce a convicção de que o
Brasil é um país que pode sair bem da crise atual do
capitalismo - e chegar mais à frente numa condição
melhor do que exibia no início, num processo semelhante
ao que viveu nos anos 30, após o colapso da Bolsa de
1929.
Arquiteto e engenheiro da prosperidade do
"milagre econômico", o ex-ministro Antonio Delfim Netto
está convencido de que "o Brasil tem pela frente uma
possibilidade de crescimento seguro, sem risco, por pelo
menos uma geração". Para o empresário e economista
Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das
Comunicações no governo de Fernando Henrique
Cardoso, insuspeito de simpatias pelo governo Lula, "não
há dúvida de que o mundo vai oferecer muitas
oportunidades estratégicas ao Brasil, nos próximos anos.
A única dúvida é saber se saberemos aproveitá-las".
Hoje, apenas 7,6% da humanidade pode ser
enquadrada numa categoria social vagamente definida
como "classe média". Para as próximas décadas, essa
condição pode atingir 16% da população mundial, ou 1,2
bilhão de pessoas. No século XVIII, quando a Europa
aquecia os fornos a carvão da Revolução Industrial, que
moldaria a civilização mundial de hoje, a China produzia
perto de 30% da riqueza do planeta, e a Índia 15%. Após
dois séculos de declínio, esses povos retomam seu lugar
- e é esse processo em curso, nos próximos anos, que
definirá oportunidades e necessidades de todo o planeta,
inclusive no Brasil.
"O Brasil tem tudo para ser protagonista do
século XXI", diz Delfim Netto, numa frase que tem lá seu
parentesco com o otimismo do escrivão Caminha. Mas
há algum sentido. A urbanização acelerada do planeta
elevará em até 50% a demanda por alimentos importados
- num mercado garantido para o crescimento das
exportações brasileiras. No terreno da energia, os
laboratórios de todo o mundo buscam uma alternativa ao
petróleo e aos demais combustíveis fósseis. Até agora,
nenhuma opção deixou a fase do experimentalismo e não
se sabe quando isso vai ocorrer. Mesmo o etanol, que
funciona tão bem no Brasil, não é uma saída definitiva no
plano mundial, pois exigiria canaviais para mover
indústrias, armamentos, computadores, foguetes, navios
- além de carros de passeio.
Como ninguém deixará de acender a luz nem de
andar de automóvel até que se chegue a uma nova
matriz energética, por várias décadas a humanidade
seguirá movendo-se a petróleo - abundante nas costas
brasileiras do pré-sal, a ponto de já colocar o país na
condição de exportador mundial.
Para realizar o futuro prometido, o Brasil terá de
reformar o Estado. "Vamos ter de modernizar o governo",
diz Delfim Netto. Esse trabalho inclui rever as diferenças
de renda, segurança e estabilidade entre funcionários
públicos e privados, além de uma reforma na
Previdência. Hoje, por causa de distorções como essas,
o Estado brasileiro custa caro, funciona mal e trabalha na
direção errada. Sem uma intervenção rápida e decisiva
por parte dos governantes, o país do futuro talvez
demore outros 509 anos a chegar.

Adaptado da revista Época, n° 575.

Observe as proposições abaixo e assinale a alternativa CORRETA:

I. Segundo o texto, Brasil, China e Índia estão num mesmo patamar de desenvolvimento, sendo que o primeiro tende a ser o único país a despontar, nas próximas décadas, como nação desenvolvida.

II. De acordo com informações presentes no texto, menos de 10% da população mundial pode ser considerada como pertencente à "classe média", um conceito que, segundo o autor, não é definido de forma absoluta.

III. Segundo o autor, num futuro próximo o Brasil terá lugar garantido no campo das importações de alimentos.

IV. No campo energético, afirma Moreira Leite, o Brasil tende a enfrentar problemas, uma vez que o etanol não é a melhor solução para todas as demandas. Além disso, o petróleo do pré-sal será destinado à exportação, tão somente.

Alternativas
Comentários
  • Letra B.Pois: I. O erro está em afirma que somente o Brasil poderá figurar como não desenvolvida. II e III. corretos IV. O erro está em afirmar que o petróleo do pré-sal será destinado apenas a exportação.
  •  

    Resposta correta: b) Apenas II e III são verdadeiras Item I China produzia perto de 30% da riqueza do planeta, e a Índia 15% logo não pode estar em um mesmo patamar de desenvolvimento. Em momento algum o autor afirma que o Brasil será o único país a despontar, nas próximas décadas, como nação desenvolvida. Item II Hoje, apenas 7,6% da humanidade pode ser enquadrada numa categoria social vagamente definida como "classe média". Quando o autor cita a palavra vagamente e o mesmos que dizer: não é definido de forma absoluta Absoluto - Sem restrição, completo: necessidade absoluta.... Item III A urbanização acelerada do planeta elevará em até 50% a demanda por alimentos importados--num mercado garantido para o crescimento das exportações brasileiras. Item IV I - Em momento algum e falado que o etanol não é a melhor solução para todas as demandas. E sim que o etanol não é uma saída definitiva no plano mundial, pois exigiria canaviais para mover indústrias, armamentos, computadores, foguetes, navios - além de carros de passeio. II- No texto relata que a exportação do petróleo do pré-sal será destinado à exportação mundial; e não à exportação, tão somente. Somente: adv (só+mente) Apenas; unicamente....

ID
165178
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O QUE FALTA PARA SERMOS LÍDERES

Apesar das conquistas, o país enfrenta
obstáculos na infraestrutura, na educação e no papel do
Estado.

Paulo Moreira Leite

Para uma nação que, desde 1500, é descrita
como aquela "onde se plantando tudo dá", nas palavras
do escrivão Pero Vaz de Caminha, a visão de país do
futuro já é motivo de desconfiança, ironia e até irritação.
A verdade é que, entre observadores de prestígio e
analistas conceituados, cresce a convicção de que o
Brasil é um país que pode sair bem da crise atual do
capitalismo - e chegar mais à frente numa condição
melhor do que exibia no início, num processo semelhante
ao que viveu nos anos 30, após o colapso da Bolsa de
1929.
Arquiteto e engenheiro da prosperidade do
"milagre econômico", o ex-ministro Antonio Delfim Netto
está convencido de que "o Brasil tem pela frente uma
possibilidade de crescimento seguro, sem risco, por pelo
menos uma geração". Para o empresário e economista
Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das
Comunicações no governo de Fernando Henrique
Cardoso, insuspeito de simpatias pelo governo Lula, "não
há dúvida de que o mundo vai oferecer muitas
oportunidades estratégicas ao Brasil, nos próximos anos.
A única dúvida é saber se saberemos aproveitá-las".
Hoje, apenas 7,6% da humanidade pode ser
enquadrada numa categoria social vagamente definida
como "classe média". Para as próximas décadas, essa
condição pode atingir 16% da população mundial, ou 1,2
bilhão de pessoas. No século XVIII, quando a Europa
aquecia os fornos a carvão da Revolução Industrial, que
moldaria a civilização mundial de hoje, a China produzia
perto de 30% da riqueza do planeta, e a Índia 15%. Após
dois séculos de declínio, esses povos retomam seu lugar
- e é esse processo em curso, nos próximos anos, que
definirá oportunidades e necessidades de todo o planeta,
inclusive no Brasil.
"O Brasil tem tudo para ser protagonista do
século XXI", diz Delfim Netto, numa frase que tem lá seu
parentesco com o otimismo do escrivão Caminha. Mas
há algum sentido. A urbanização acelerada do planeta
elevará em até 50% a demanda por alimentos importados
- num mercado garantido para o crescimento das
exportações brasileiras. No terreno da energia, os
laboratórios de todo o mundo buscam uma alternativa ao
petróleo e aos demais combustíveis fósseis. Até agora,
nenhuma opção deixou a fase do experimentalismo e não
se sabe quando isso vai ocorrer. Mesmo o etanol, que
funciona tão bem no Brasil, não é uma saída definitiva no
plano mundial, pois exigiria canaviais para mover
indústrias, armamentos, computadores, foguetes, navios
- além de carros de passeio.
Como ninguém deixará de acender a luz nem de
andar de automóvel até que se chegue a uma nova
matriz energética, por várias décadas a humanidade
seguirá movendo-se a petróleo - abundante nas costas
brasileiras do pré-sal, a ponto de já colocar o país na
condição de exportador mundial.
Para realizar o futuro prometido, o Brasil terá de
reformar o Estado. "Vamos ter de modernizar o governo",
diz Delfim Netto. Esse trabalho inclui rever as diferenças
de renda, segurança e estabilidade entre funcionários
públicos e privados, além de uma reforma na
Previdência. Hoje, por causa de distorções como essas,
o Estado brasileiro custa caro, funciona mal e trabalha na
direção errada. Sem uma intervenção rápida e decisiva
por parte dos governantes, o país do futuro talvez
demore outros 509 anos a chegar.

Adaptado da revista Época, n° 575.

Observe o seguinte período e assinale a alternativa CORRETA:

"Após dois séculos de declínio, esses povos retomam seu lugar - e é esse processo em curso, nos próximos anos, que definirá oportunidades e necessidades de todo o planeta, inclusive no Brasil".

Alternativas
Comentários
  • a)FALSO, não faz referência ao Brasil.
    b)FALSO, "retomar" é verbo transitivo direto.
    c)FALSO, a expressão pode ser deslocada sem prejuízo.
    d)VERDADEIRO.
    e)FALSO, o sentido mudaria já no começo: "após dois séculos de declínio" é diferente de "dois séculos depois do declínio".

ID
165181
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O QUE FALTA PARA SERMOS LÍDERES

Apesar das conquistas, o país enfrenta
obstáculos na infraestrutura, na educação e no papel do
Estado.

Paulo Moreira Leite

Para uma nação que, desde 1500, é descrita
como aquela "onde se plantando tudo dá", nas palavras
do escrivão Pero Vaz de Caminha, a visão de país do
futuro já é motivo de desconfiança, ironia e até irritação.
A verdade é que, entre observadores de prestígio e
analistas conceituados, cresce a convicção de que o
Brasil é um país que pode sair bem da crise atual do
capitalismo - e chegar mais à frente numa condição
melhor do que exibia no início, num processo semelhante
ao que viveu nos anos 30, após o colapso da Bolsa de
1929.
Arquiteto e engenheiro da prosperidade do
"milagre econômico", o ex-ministro Antonio Delfim Netto
está convencido de que "o Brasil tem pela frente uma
possibilidade de crescimento seguro, sem risco, por pelo
menos uma geração". Para o empresário e economista
Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das
Comunicações no governo de Fernando Henrique
Cardoso, insuspeito de simpatias pelo governo Lula, "não
há dúvida de que o mundo vai oferecer muitas
oportunidades estratégicas ao Brasil, nos próximos anos.
A única dúvida é saber se saberemos aproveitá-las".
Hoje, apenas 7,6% da humanidade pode ser
enquadrada numa categoria social vagamente definida
como "classe média". Para as próximas décadas, essa
condição pode atingir 16% da população mundial, ou 1,2
bilhão de pessoas. No século XVIII, quando a Europa
aquecia os fornos a carvão da Revolução Industrial, que
moldaria a civilização mundial de hoje, a China produzia
perto de 30% da riqueza do planeta, e a Índia 15%. Após
dois séculos de declínio, esses povos retomam seu lugar
- e é esse processo em curso, nos próximos anos, que
definirá oportunidades e necessidades de todo o planeta,
inclusive no Brasil.
"O Brasil tem tudo para ser protagonista do
século XXI", diz Delfim Netto, numa frase que tem lá seu
parentesco com o otimismo do escrivão Caminha. Mas
há algum sentido. A urbanização acelerada do planeta
elevará em até 50% a demanda por alimentos importados
- num mercado garantido para o crescimento das
exportações brasileiras. No terreno da energia, os
laboratórios de todo o mundo buscam uma alternativa ao
petróleo e aos demais combustíveis fósseis. Até agora,
nenhuma opção deixou a fase do experimentalismo e não
se sabe quando isso vai ocorrer. Mesmo o etanol, que
funciona tão bem no Brasil, não é uma saída definitiva no
plano mundial, pois exigiria canaviais para mover
indústrias, armamentos, computadores, foguetes, navios
- além de carros de passeio.
Como ninguém deixará de acender a luz nem de
andar de automóvel até que se chegue a uma nova
matriz energética, por várias décadas a humanidade
seguirá movendo-se a petróleo - abundante nas costas
brasileiras do pré-sal, a ponto de já colocar o país na
condição de exportador mundial.
Para realizar o futuro prometido, o Brasil terá de
reformar o Estado. "Vamos ter de modernizar o governo",
diz Delfim Netto. Esse trabalho inclui rever as diferenças
de renda, segurança e estabilidade entre funcionários
públicos e privados, além de uma reforma na
Previdência. Hoje, por causa de distorções como essas,
o Estado brasileiro custa caro, funciona mal e trabalha na
direção errada. Sem uma intervenção rápida e decisiva
por parte dos governantes, o país do futuro talvez
demore outros 509 anos a chegar.

Adaptado da revista Época, n° 575.

Assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Gab A.

    Se a palavra "até" for retirada do trecho "a visão de país do futuro já é motivo de desconfiança, ironia e até irritação", haverá problema de paralelismo sintático.

    Não hevrá problema de paralelismo sintárico pois a retirada do 'até' não muda a classe da palavra irritação.

    Seria um problema de paralelismo sintático se a frase fosse reescrita: "a visão de país do futuro já é motivo de desconfiança, ironia e irritaria algumas pessoas "

  • Na letra B, me parece que com a retirada da palavra "até", fica uma impressão de exatidão (exatos 50%), do que era antes, uma aproximação,(aproximadamente 50%).

  • Para quem ficou na dúvida na alternativa B.

    -"Elevará em 50%"- expressa diferença de 50% entre o valor inicial e final da demanda dos produtos importados;

    "Elevará em até 50%" - expressa o limite máximo da demanda dos produtos importados.

    Mediante a análise realizada, nota-se que a retirada da palavra "até" altera o sentido original do texto.

    Na alternativa A, a palavra "até" é classificada como palavra denotativa de inclusão e a retirada destas palavras numa oração não prejudica o sentido original do texto e não produz problema de paralelismo sintático, ou seja, não muda a função sintática de uma determinada palavra, oração ou período.

    Gabarito: A

    "Desistir nunca; retroceder jamais. Foco no objetivo sempre."


ID
165184
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O QUE FALTA PARA SERMOS LÍDERES

Apesar das conquistas, o país enfrenta
obstáculos na infraestrutura, na educação e no papel do
Estado.

Paulo Moreira Leite

Para uma nação que, desde 1500, é descrita
como aquela "onde se plantando tudo dá", nas palavras
do escrivão Pero Vaz de Caminha, a visão de país do
futuro já é motivo de desconfiança, ironia e até irritação.
A verdade é que, entre observadores de prestígio e
analistas conceituados, cresce a convicção de que o
Brasil é um país que pode sair bem da crise atual do
capitalismo - e chegar mais à frente numa condição
melhor do que exibia no início, num processo semelhante
ao que viveu nos anos 30, após o colapso da Bolsa de
1929.
Arquiteto e engenheiro da prosperidade do
"milagre econômico", o ex-ministro Antonio Delfim Netto
está convencido de que "o Brasil tem pela frente uma
possibilidade de crescimento seguro, sem risco, por pelo
menos uma geração". Para o empresário e economista
Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das
Comunicações no governo de Fernando Henrique
Cardoso, insuspeito de simpatias pelo governo Lula, "não
há dúvida de que o mundo vai oferecer muitas
oportunidades estratégicas ao Brasil, nos próximos anos.
A única dúvida é saber se saberemos aproveitá-las".
Hoje, apenas 7,6% da humanidade pode ser
enquadrada numa categoria social vagamente definida
como "classe média". Para as próximas décadas, essa
condição pode atingir 16% da população mundial, ou 1,2
bilhão de pessoas. No século XVIII, quando a Europa
aquecia os fornos a carvão da Revolução Industrial, que
moldaria a civilização mundial de hoje, a China produzia
perto de 30% da riqueza do planeta, e a Índia 15%. Após
dois séculos de declínio, esses povos retomam seu lugar
- e é esse processo em curso, nos próximos anos, que
definirá oportunidades e necessidades de todo o planeta,
inclusive no Brasil.
"O Brasil tem tudo para ser protagonista do
século XXI", diz Delfim Netto, numa frase que tem lá seu
parentesco com o otimismo do escrivão Caminha. Mas
há algum sentido. A urbanização acelerada do planeta
elevará em até 50% a demanda por alimentos importados
- num mercado garantido para o crescimento das
exportações brasileiras. No terreno da energia, os
laboratórios de todo o mundo buscam uma alternativa ao
petróleo e aos demais combustíveis fósseis. Até agora,
nenhuma opção deixou a fase do experimentalismo e não
se sabe quando isso vai ocorrer. Mesmo o etanol, que
funciona tão bem no Brasil, não é uma saída definitiva no
plano mundial, pois exigiria canaviais para mover
indústrias, armamentos, computadores, foguetes, navios
- além de carros de passeio.
Como ninguém deixará de acender a luz nem de
andar de automóvel até que se chegue a uma nova
matriz energética, por várias décadas a humanidade
seguirá movendo-se a petróleo - abundante nas costas
brasileiras do pré-sal, a ponto de já colocar o país na
condição de exportador mundial.
Para realizar o futuro prometido, o Brasil terá de
reformar o Estado. "Vamos ter de modernizar o governo",
diz Delfim Netto. Esse trabalho inclui rever as diferenças
de renda, segurança e estabilidade entre funcionários
públicos e privados, além de uma reforma na
Previdência. Hoje, por causa de distorções como essas,
o Estado brasileiro custa caro, funciona mal e trabalha na
direção errada. Sem uma intervenção rápida e decisiva
por parte dos governantes, o país do futuro talvez
demore outros 509 anos a chegar.

Adaptado da revista Época, n° 575.

Assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: c) Aposto é um termo que funciona como uma explicação ou especificação. Vem separado do restante da oração por vírgula (travessão ou dois pontos).

    Erros das demais:

    a) O termo sublinhado é, na verdade, um aposto, e não um vocativo.

    b) Tal vírgula jamais poderia ser substituída por ponto-e-vírgula.  Uso de ponto-e-vírgula: 1) para separar itens de uma enumeração; 2) separar orações coordenadas assindéticas ou sindéticas adversativas e conclusivas. Ex: Comprei laranjas, maçãs e peras; no entanto, não encontrei bananas.   

    d) O sentido seria, sem dúvida, alterado. Tal oração, com vírgulas, é do tipo subordinada adjetiva explicatica e tem o sentido diferente da sem vírgulas que é subordinada adjetiva restritiva. A explicativa generaliza. A restritiva singulariza. Vejamos um exemplo bem simples para exemplificar:
    -Os meninos, organizados, estão com boas notas. (Aqui é perceptível que todos os meninos são organizados e todos têm boas notas) - oração subordinada adjetiva explicativa. Essa vem com vírgulas!
    -Os meninos organizados estão com boas notas. (Aqui está claro que o sentido mudou. Somente os meninos que são organizados têm boas notas. ) - oração subordinada adjetiva restritiva. Sem vírgulas.

    e) Tirar a expressão "pelo menos", sem dúvidas, mudaria o sentido. Afinal, o termo não seria usado se não se desejasse realçar alguma idéia. "Pelo menos uma" é muito diferente de "uma".
  • Resposta Correta letra C.aposto é uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo.Exemplo: Foram eles, os meninos, que jogaram a bola no seu quintal ontem. Mais uma vez temos um trecho (aposto) "os meninos" explicando um termo anterior: Foram eles... Eles quem? Os meninos. Vocativo: é a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante para se dirigir ao interlocutor por meio do próprio nome, de um substantivo, adjetivo (característica) ou apelido.Exemplo:1. Amigos, vamos ao cinema hoje? 2. Lindos, nada de bagunça no refeitório! Os termos "amigos" e "lindos" são vocativos, usados para se dirigir a quem escuta de formas ou intenções diferentes, como nos períodos anteriores: a utilização de um substantivo na primeira frase e de um adjetivo na segunda.
  • a letra a é aposto; na letra b o adverbio deslocado nao deve se usar ponto e virgula, somente para pausas maiores;na letra d nao é possivel retirar a virgula sem mudar o sentido pois de explicativa a oracao passa a ser restritiva; na letra e modifica o sentido original a retirada do termo.

ID
165187
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Leia o fragmento de texto a seguir, extraído do
Manual de Redação da Presidência da República,
Parte I, cap. I, 2002, e responda às questões 19 e 20.

"O QUE É REDAÇÃO OFICIAL


Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a
maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos
e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista
do Poder Executivo.
A redação oficial deve caracterizar-se pela
impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem,
clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
Fundamentalmente esses atributos decorrem da
Constituição, que dispõe, no artigo 37: "A administração
pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
(...)". Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios
fundamentais de toda administração pública, claro está
que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e
comunicações oficiais.
Não se concebe que um ato normativo de qualquer
natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou
impossibilite sua compreensão. A transparência do
sentido dos atos normativos, bem como sua
inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de
Direito: é inaceitável que um texto legal não seja
entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois,
necessariamente, clareza e concisão."

Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm. Acesso:
10/11/09.

Segundo o texto:

Alternativas
Comentários
  • A questao nao definiu o que assinalar se falsa ou verdadeira
  • LETRA A!

    A redação oficial é caracterizada pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Esses mesmos princípios aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem.                  
     IMPESSOALIDADE
    Evitar impressões subjetivas
    Evitar expressões individualizantes
    CLAREZA
    Evitar ambigüidades e imcompreenssões