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Prova CIEE - 2019 - SPTrans - Estagiário - Ensino Médio


ID
3221800
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crise de sensatez

    É possível que o que vou dizer nesta crônica espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha que tal pensamento me ocorresse um dia, a sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser louco que sensato, como sou.
    Refiro-me ao louco de fato, não estou usando de metáfora, como quando se diz “Fulano é loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes e acredita que o porteiro do prédio sequestra meninas, mata-as, cozinha-as em grandes panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando de internações e remédios. Doido varrido.
    Mas por que isso, por que achar que ser doido é melhor do que ser normal? Simplesmente porque o doido inventa a existência como lhe apraz, sem dar bola para o que nós outros chamamos de realidade.
    Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade. A razão mesmo é que a visão dita normal não explica a realidade, irredutível a ela.
    Por exemplo, alguém é capaz de dizer por que existe o mundo em vez de nada? Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve um tempo em que nada existia, antes de haver o universo? É impossível imaginar um tempo em que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica a existência e muito menos a não existência.
    Veja bem, essas perguntas são feitas por gente sensata, ou seja, quem as formula é quem pretende reduzir a existência do mundo a explicações objetivas e compreensíveis. Quem não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem algumas perguntas, são outras, insensatas, e as respostas que encontram são mais loucas ainda.
    Não consigo impedir que certas perguntas me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais próximo da Terra está a uma distância de 4,3 anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais algum habitante da Terra poderá chegar àquele sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil quilômetros por hora, levaria séculos para chegar lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe apenas para ser contemplado por nós, de longe.
    Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso sistema solar, com todos os planetas que o constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer, não é das maiores.
    Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis e, no universo, há bilhões de galáxias infinitamente maiores que a Via Láctea, com bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso? Pode alguém achar que a mente humana é capaz de explicar um troço como esse, que excede toda e qualquer possibilidade de abranger e compreender? Não resta dúvida de que o universo, por suas incomensuráveis dimensões, está para além da compreensão humana. Concorda comigo ou não? Claro que concorda. Se não concorda, o doido é você.
    Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me explica a existência desta pequenina aranha que surgiu presa ao filtro de parede na minha cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia existe porque a aranha não poderia estar suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
    A aranha não é igual à barata nem ao rato, já que, além do mais, são maiores que ela, têm outra forma e não produzem teia, que, quase invisível, é uma armadilha mortal para os insetos. Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não me diga que foi Deus, porque essa é a resposta que facilmente explica tudo.
    A verdade é que não dá para entender, a existência não tem explicação, e o que não tem explicação é absurdo. Absurdo para quem, sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a existência é a existência, não precisa de lógica. E é, por isso mesmo, maravilhosa.

(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)

O texto “Crise de sensatez” trata como assunto principal:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? O tema/assunto principal é anunciado no primeiro parágrafo:

    ? É possível que o que vou dizer nesta crônica espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha que tal pensamento me ocorresse um dia, a sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser louco que sensato, como sou.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3221803
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crise de sensatez

    É possível que o que vou dizer nesta crônica espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha que tal pensamento me ocorresse um dia, a sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser louco que sensato, como sou.
    Refiro-me ao louco de fato, não estou usando de metáfora, como quando se diz “Fulano é loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes e acredita que o porteiro do prédio sequestra meninas, mata-as, cozinha-as em grandes panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando de internações e remédios. Doido varrido.
    Mas por que isso, por que achar que ser doido é melhor do que ser normal? Simplesmente porque o doido inventa a existência como lhe apraz, sem dar bola para o que nós outros chamamos de realidade.
    Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade. A razão mesmo é que a visão dita normal não explica a realidade, irredutível a ela.
    Por exemplo, alguém é capaz de dizer por que existe o mundo em vez de nada? Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve um tempo em que nada existia, antes de haver o universo? É impossível imaginar um tempo em que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica a existência e muito menos a não existência.
    Veja bem, essas perguntas são feitas por gente sensata, ou seja, quem as formula é quem pretende reduzir a existência do mundo a explicações objetivas e compreensíveis. Quem não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem algumas perguntas, são outras, insensatas, e as respostas que encontram são mais loucas ainda.
    Não consigo impedir que certas perguntas me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais próximo da Terra está a uma distância de 4,3 anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais algum habitante da Terra poderá chegar àquele sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil quilômetros por hora, levaria séculos para chegar lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe apenas para ser contemplado por nós, de longe.
    Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso sistema solar, com todos os planetas que o constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer, não é das maiores.
    Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis e, no universo, há bilhões de galáxias infinitamente maiores que a Via Láctea, com bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso? Pode alguém achar que a mente humana é capaz de explicar um troço como esse, que excede toda e qualquer possibilidade de abranger e compreender? Não resta dúvida de que o universo, por suas incomensuráveis dimensões, está para além da compreensão humana. Concorda comigo ou não? Claro que concorda. Se não concorda, o doido é você.
    Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me explica a existência desta pequenina aranha que surgiu presa ao filtro de parede na minha cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia existe porque a aranha não poderia estar suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
    A aranha não é igual à barata nem ao rato, já que, além do mais, são maiores que ela, têm outra forma e não produzem teia, que, quase invisível, é uma armadilha mortal para os insetos. Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não me diga que foi Deus, porque essa é a resposta que facilmente explica tudo.
    A verdade é que não dá para entender, a existência não tem explicação, e o que não tem explicação é absurdo. Absurdo para quem, sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a existência é a existência, não precisa de lógica. E é, por isso mesmo, maravilhosa.

(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)

Assinale, a seguir, uma premissa utilizada pelo narrador para justificar sua predileção pela loucura.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? De acordo com o último parágrafo do texto:

    ? A verdade é que não dá para entender, a existência não tem explicação, e o que não tem explicação é absurdo. Absurdo para quem, sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a existência é a existência, não precisa de lógica. E é, por isso mesmo, maravilhosa.

    ? Ou seja, a preferência pela loucura decorre do fato de não ter como explicar logicamente a existência do universo, o louco simplesmente inventa uma explicação (=para o autor é algo admirável).

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  • Com certeza, é uma das melhores crônicas que já li.


ID
3221806
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crise de sensatez

    É possível que o que vou dizer nesta crônica espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha que tal pensamento me ocorresse um dia, a sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser louco que sensato, como sou.
    Refiro-me ao louco de fato, não estou usando de metáfora, como quando se diz “Fulano é loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes e acredita que o porteiro do prédio sequestra meninas, mata-as, cozinha-as em grandes panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando de internações e remédios. Doido varrido.
    Mas por que isso, por que achar que ser doido é melhor do que ser normal? Simplesmente porque o doido inventa a existência como lhe apraz, sem dar bola para o que nós outros chamamos de realidade.
    Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade. A razão mesmo é que a visão dita normal não explica a realidade, irredutível a ela.
    Por exemplo, alguém é capaz de dizer por que existe o mundo em vez de nada? Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve um tempo em que nada existia, antes de haver o universo? É impossível imaginar um tempo em que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica a existência e muito menos a não existência.
    Veja bem, essas perguntas são feitas por gente sensata, ou seja, quem as formula é quem pretende reduzir a existência do mundo a explicações objetivas e compreensíveis. Quem não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem algumas perguntas, são outras, insensatas, e as respostas que encontram são mais loucas ainda.
    Não consigo impedir que certas perguntas me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais próximo da Terra está a uma distância de 4,3 anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais algum habitante da Terra poderá chegar àquele sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil quilômetros por hora, levaria séculos para chegar lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe apenas para ser contemplado por nós, de longe.
    Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso sistema solar, com todos os planetas que o constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer, não é das maiores.
    Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis e, no universo, há bilhões de galáxias infinitamente maiores que a Via Láctea, com bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso? Pode alguém achar que a mente humana é capaz de explicar um troço como esse, que excede toda e qualquer possibilidade de abranger e compreender? Não resta dúvida de que o universo, por suas incomensuráveis dimensões, está para além da compreensão humana. Concorda comigo ou não? Claro que concorda. Se não concorda, o doido é você.
    Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me explica a existência desta pequenina aranha que surgiu presa ao filtro de parede na minha cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia existe porque a aranha não poderia estar suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
    A aranha não é igual à barata nem ao rato, já que, além do mais, são maiores que ela, têm outra forma e não produzem teia, que, quase invisível, é uma armadilha mortal para os insetos. Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não me diga que foi Deus, porque essa é a resposta que facilmente explica tudo.
    A verdade é que não dá para entender, a existência não tem explicação, e o que não tem explicação é absurdo. Absurdo para quem, sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a existência é a existência, não precisa de lógica. E é, por isso mesmo, maravilhosa.

(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)

No trecho “É impossível imaginar um tempo em que nada existia.” (5º§), a expressão “impossível” pode ser substituída, sem alteração de sentido, por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?É impossível imaginar um tempo em que nada existia.?

    ? O adjetivo em destaque marca a ideia de algo irreal, não pode ocorrer, algo que é uma ilusão, ou seja, é ilusório, irreal).

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ID
3221809
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crise de sensatez

    É possível que o que vou dizer nesta crônica espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha que tal pensamento me ocorresse um dia, a sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser louco que sensato, como sou.
    Refiro-me ao louco de fato, não estou usando de metáfora, como quando se diz “Fulano é loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes e acredita que o porteiro do prédio sequestra meninas, mata-as, cozinha-as em grandes panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando de internações e remédios. Doido varrido.
    Mas por que isso, por que achar que ser doido é melhor do que ser normal? Simplesmente porque o doido inventa a existência como lhe apraz, sem dar bola para o que nós outros chamamos de realidade.
    Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade. A razão mesmo é que a visão dita normal não explica a realidade, irredutível a ela.
    Por exemplo, alguém é capaz de dizer por que existe o mundo em vez de nada? Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve um tempo em que nada existia, antes de haver o universo? É impossível imaginar um tempo em que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica a existência e muito menos a não existência.
    Veja bem, essas perguntas são feitas por gente sensata, ou seja, quem as formula é quem pretende reduzir a existência do mundo a explicações objetivas e compreensíveis. Quem não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem algumas perguntas, são outras, insensatas, e as respostas que encontram são mais loucas ainda.
    Não consigo impedir que certas perguntas me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais próximo da Terra está a uma distância de 4,3 anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais algum habitante da Terra poderá chegar àquele sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil quilômetros por hora, levaria séculos para chegar lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe apenas para ser contemplado por nós, de longe.
    Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso sistema solar, com todos os planetas que o constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer, não é das maiores.
    Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis e, no universo, há bilhões de galáxias infinitamente maiores que a Via Láctea, com bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso? Pode alguém achar que a mente humana é capaz de explicar um troço como esse, que excede toda e qualquer possibilidade de abranger e compreender? Não resta dúvida de que o universo, por suas incomensuráveis dimensões, está para além da compreensão humana. Concorda comigo ou não? Claro que concorda. Se não concorda, o doido é você.
    Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me explica a existência desta pequenina aranha que surgiu presa ao filtro de parede na minha cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia existe porque a aranha não poderia estar suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
    A aranha não é igual à barata nem ao rato, já que, além do mais, são maiores que ela, têm outra forma e não produzem teia, que, quase invisível, é uma armadilha mortal para os insetos. Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não me diga que foi Deus, porque essa é a resposta que facilmente explica tudo.
    A verdade é que não dá para entender, a existência não tem explicação, e o que não tem explicação é absurdo. Absurdo para quem, sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a existência é a existência, não precisa de lógica. E é, por isso mesmo, maravilhosa.

(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)

Considerando o segmento “Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo.” (12º§), é possível inferir que o narrador expressa uma ideia de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ?  ?Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo.? 

    ? "tão... quanto" (=conjunção subordinativa comparativa, compara a elucidação dos loucos com o próprio universo).

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ID
3221812
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crise de sensatez

    É possível que o que vou dizer nesta crônica espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha que tal pensamento me ocorresse um dia, a sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser louco que sensato, como sou.
    Refiro-me ao louco de fato, não estou usando de metáfora, como quando se diz “Fulano é loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes e acredita que o porteiro do prédio sequestra meninas, mata-as, cozinha-as em grandes panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando de internações e remédios. Doido varrido.
    Mas por que isso, por que achar que ser doido é melhor do que ser normal? Simplesmente porque o doido inventa a existência como lhe apraz, sem dar bola para o que nós outros chamamos de realidade.
    Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade. A razão mesmo é que a visão dita normal não explica a realidade, irredutível a ela.
    Por exemplo, alguém é capaz de dizer por que existe o mundo em vez de nada? Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve um tempo em que nada existia, antes de haver o universo? É impossível imaginar um tempo em que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica a existência e muito menos a não existência.
    Veja bem, essas perguntas são feitas por gente sensata, ou seja, quem as formula é quem pretende reduzir a existência do mundo a explicações objetivas e compreensíveis. Quem não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem algumas perguntas, são outras, insensatas, e as respostas que encontram são mais loucas ainda.
    Não consigo impedir que certas perguntas me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais próximo da Terra está a uma distância de 4,3 anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais algum habitante da Terra poderá chegar àquele sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil quilômetros por hora, levaria séculos para chegar lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe apenas para ser contemplado por nós, de longe.
    Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso sistema solar, com todos os planetas que o constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer, não é das maiores.
    Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis e, no universo, há bilhões de galáxias infinitamente maiores que a Via Láctea, com bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso? Pode alguém achar que a mente humana é capaz de explicar um troço como esse, que excede toda e qualquer possibilidade de abranger e compreender? Não resta dúvida de que o universo, por suas incomensuráveis dimensões, está para além da compreensão humana. Concorda comigo ou não? Claro que concorda. Se não concorda, o doido é você.
    Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me explica a existência desta pequenina aranha que surgiu presa ao filtro de parede na minha cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia existe porque a aranha não poderia estar suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
    A aranha não é igual à barata nem ao rato, já que, além do mais, são maiores que ela, têm outra forma e não produzem teia, que, quase invisível, é uma armadilha mortal para os insetos. Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não me diga que foi Deus, porque essa é a resposta que facilmente explica tudo.
    A verdade é que não dá para entender, a existência não tem explicação, e o que não tem explicação é absurdo. Absurdo para quem, sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a existência é a existência, não precisa de lógica. E é, por isso mesmo, maravilhosa.

(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)

Em “Não consigo impedir que certas perguntas me perturbem.” (7º§), o termo que apresenta o significado contrário ao assinalado anteriormente é:

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  • GABARITO - D

    Ele deseja o sentido contrário / Antônimo:

    ajudar, facilitar, possibilitar, propiciar, facultar, proporcionar, auxiliar, alhanar.


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Banca
CIEE
Órgão
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Ano
2019
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Disciplina
Português
Assuntos

Crise de sensatez

    É possível que o que vou dizer nesta crônica espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha que tal pensamento me ocorresse um dia, a sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser louco que sensato, como sou.
    Refiro-me ao louco de fato, não estou usando de metáfora, como quando se diz “Fulano é loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes e acredita que o porteiro do prédio sequestra meninas, mata-as, cozinha-as em grandes panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando de internações e remédios. Doido varrido.
    Mas por que isso, por que achar que ser doido é melhor do que ser normal? Simplesmente porque o doido inventa a existência como lhe apraz, sem dar bola para o que nós outros chamamos de realidade.
    Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade. A razão mesmo é que a visão dita normal não explica a realidade, irredutível a ela.
    Por exemplo, alguém é capaz de dizer por que existe o mundo em vez de nada? Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve um tempo em que nada existia, antes de haver o universo? É impossível imaginar um tempo em que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica a existência e muito menos a não existência.
    Veja bem, essas perguntas são feitas por gente sensata, ou seja, quem as formula é quem pretende reduzir a existência do mundo a explicações objetivas e compreensíveis. Quem não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem algumas perguntas, são outras, insensatas, e as respostas que encontram são mais loucas ainda.
    Não consigo impedir que certas perguntas me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais próximo da Terra está a uma distância de 4,3 anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais algum habitante da Terra poderá chegar àquele sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil quilômetros por hora, levaria séculos para chegar lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe apenas para ser contemplado por nós, de longe.
    Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso sistema solar, com todos os planetas que o constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer, não é das maiores.
    Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis e, no universo, há bilhões de galáxias infinitamente maiores que a Via Láctea, com bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso? Pode alguém achar que a mente humana é capaz de explicar um troço como esse, que excede toda e qualquer possibilidade de abranger e compreender? Não resta dúvida de que o universo, por suas incomensuráveis dimensões, está para além da compreensão humana. Concorda comigo ou não? Claro que concorda. Se não concorda, o doido é você.
    Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me explica a existência desta pequenina aranha que surgiu presa ao filtro de parede na minha cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia existe porque a aranha não poderia estar suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
    A aranha não é igual à barata nem ao rato, já que, além do mais, são maiores que ela, têm outra forma e não produzem teia, que, quase invisível, é uma armadilha mortal para os insetos. Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não me diga que foi Deus, porque essa é a resposta que facilmente explica tudo.
    A verdade é que não dá para entender, a existência não tem explicação, e o que não tem explicação é absurdo. Absurdo para quem, sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a existência é a existência, não precisa de lógica. E é, por isso mesmo, maravilhosa.

(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)

No segmento “Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade.” (4º§), a expressão destacada pode ser substituída, sem prejuízo semântico, por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade.?

    ? Temos uma conjunção coordenativa adversativa, a conjunção "contudo" tem a mesma classificação, outras com esse mesmo valor e classificação: mas, entretanto, todavia, no entanto, ainda assim, não obstante (seguido de verbo no indicativo), entre outras.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Posso estar errado, mas notei um sentido de causa e consequência entre os dois parágrafos e o "porém" com valor conclusivo, sendo possível a troca pela conjunção " contudo" São períodos coordenados por isso não caberia as conjunções causais ou consecutivas.

  • Gabarito: B

    Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, não obstante.

  • Por que não poderia ser o gabarito B?

  • A Aliás.

    É um conectivo que indica explicitação e exemplificação, assim como isto é, ou seja, quer dizer, a saber, aliás, como se pode ver, por exemplo, a exemplo de, quer isto dizer, por outras palavras...

    B Contudo.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva ...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

    C Exatamente.

    Significa "de modo exato" e equivale a diretamente, precisamente, bem, formalmente, justamente, mesmo, nem mais nem menos, pontualmente, propriamente, rigorosamente.

    D Apesar de que.

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: (muito) embora, ainda que, se bem que, mesmo que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Embora discordasse, aceitei sua explicação.

    .

    Em relação à questão, porém pode ser substituído, sem prejuízo semântico, por CONTUDO.

    Gabarito: Letra B


ID
3221818
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crise de sensatez

    É possível que o que vou dizer nesta crônica espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha que tal pensamento me ocorresse um dia, a sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser louco que sensato, como sou.
    Refiro-me ao louco de fato, não estou usando de metáfora, como quando se diz “Fulano é loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes e acredita que o porteiro do prédio sequestra meninas, mata-as, cozinha-as em grandes panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando de internações e remédios. Doido varrido.
    Mas por que isso, por que achar que ser doido é melhor do que ser normal? Simplesmente porque o doido inventa a existência como lhe apraz, sem dar bola para o que nós outros chamamos de realidade.
    Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade. A razão mesmo é que a visão dita normal não explica a realidade, irredutível a ela.
    Por exemplo, alguém é capaz de dizer por que existe o mundo em vez de nada? Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve um tempo em que nada existia, antes de haver o universo? É impossível imaginar um tempo em que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica a existência e muito menos a não existência.
    Veja bem, essas perguntas são feitas por gente sensata, ou seja, quem as formula é quem pretende reduzir a existência do mundo a explicações objetivas e compreensíveis. Quem não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem algumas perguntas, são outras, insensatas, e as respostas que encontram são mais loucas ainda.
    Não consigo impedir que certas perguntas me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais próximo da Terra está a uma distância de 4,3 anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais algum habitante da Terra poderá chegar àquele sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil quilômetros por hora, levaria séculos para chegar lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe apenas para ser contemplado por nós, de longe.
    Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso sistema solar, com todos os planetas que o constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer, não é das maiores.
    Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis e, no universo, há bilhões de galáxias infinitamente maiores que a Via Láctea, com bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso? Pode alguém achar que a mente humana é capaz de explicar um troço como esse, que excede toda e qualquer possibilidade de abranger e compreender? Não resta dúvida de que o universo, por suas incomensuráveis dimensões, está para além da compreensão humana. Concorda comigo ou não? Claro que concorda. Se não concorda, o doido é você.
    Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me explica a existência desta pequenina aranha que surgiu presa ao filtro de parede na minha cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia existe porque a aranha não poderia estar suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
    A aranha não é igual à barata nem ao rato, já que, além do mais, são maiores que ela, têm outra forma e não produzem teia, que, quase invisível, é uma armadilha mortal para os insetos. Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não me diga que foi Deus, porque essa é a resposta que facilmente explica tudo.
    A verdade é que não dá para entender, a existência não tem explicação, e o que não tem explicação é absurdo. Absurdo para quem, sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a existência é a existência, não precisa de lógica. E é, por isso mesmo, maravilhosa.

(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)

Levando em consideração que o pronome tem a função de relacionar o substantivo a uma das três pessoas do discurso (quem fala, com quem se fala e de quem se fala), podendo, ainda, indicar a posse de um objeto ou sua localização, assinale a associação INDEVIDA.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    D) ?Não resta dúvida de que o universo, por suas incomensuráveis dimensões, está para além da compreensão humana.? (9º§) ? pronome demonstrativo.

    ? Temos um pronome possessivo, são eles: sua(s), seu(s); nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossas(s), teu(s), tua(s).

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  • POSSESSIVOS

    MEU(S), MINHA(S)

    TEU(S), TUA(S)

    SEU(S), SUA(S)

    NOSSO(S), NOSSA(S)

    VOSSO(S), VOSSA(S)

    SEU(S),SUA(S)

  • Complemento..

    A) Pronome indefinido= Exercendo a função de sujeito..

    São também indefinidos: ninguém, nada, alguém, algo..

    B)

    Cuidado! Os pronomes pessoais do caso reto não exercem a função de sujeito somente de OD.

    chama ele (errado)

    chame-o

    C) Oblíquos átonos= acompanham verbos

    Tônicos= precedidos de preposição.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Letra D

    Pronomes possessivos: sua(s), seu(s); nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossas(s), teu(s), tua(s).


ID
3221821
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crise de sensatez

    É possível que o que vou dizer nesta crônica espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha que tal pensamento me ocorresse um dia, a sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser louco que sensato, como sou.
    Refiro-me ao louco de fato, não estou usando de metáfora, como quando se diz “Fulano é loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes e acredita que o porteiro do prédio sequestra meninas, mata-as, cozinha-as em grandes panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando de internações e remédios. Doido varrido.
    Mas por que isso, por que achar que ser doido é melhor do que ser normal? Simplesmente porque o doido inventa a existência como lhe apraz, sem dar bola para o que nós outros chamamos de realidade.
    Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade. A razão mesmo é que a visão dita normal não explica a realidade, irredutível a ela.
    Por exemplo, alguém é capaz de dizer por que existe o mundo em vez de nada? Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve um tempo em que nada existia, antes de haver o universo? É impossível imaginar um tempo em que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica a existência e muito menos a não existência.
    Veja bem, essas perguntas são feitas por gente sensata, ou seja, quem as formula é quem pretende reduzir a existência do mundo a explicações objetivas e compreensíveis. Quem não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem algumas perguntas, são outras, insensatas, e as respostas que encontram são mais loucas ainda.
    Não consigo impedir que certas perguntas me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais próximo da Terra está a uma distância de 4,3 anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais algum habitante da Terra poderá chegar àquele sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil quilômetros por hora, levaria séculos para chegar lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe apenas para ser contemplado por nós, de longe.
    Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso sistema solar, com todos os planetas que o constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer, não é das maiores.
    Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis e, no universo, há bilhões de galáxias infinitamente maiores que a Via Láctea, com bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso? Pode alguém achar que a mente humana é capaz de explicar um troço como esse, que excede toda e qualquer possibilidade de abranger e compreender? Não resta dúvida de que o universo, por suas incomensuráveis dimensões, está para além da compreensão humana. Concorda comigo ou não? Claro que concorda. Se não concorda, o doido é você.
    Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me explica a existência desta pequenina aranha que surgiu presa ao filtro de parede na minha cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia existe porque a aranha não poderia estar suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
    A aranha não é igual à barata nem ao rato, já que, além do mais, são maiores que ela, têm outra forma e não produzem teia, que, quase invisível, é uma armadilha mortal para os insetos. Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não me diga que foi Deus, porque essa é a resposta que facilmente explica tudo.
    A verdade é que não dá para entender, a existência não tem explicação, e o que não tem explicação é absurdo. Absurdo para quem, sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a existência é a existência, não precisa de lógica. E é, por isso mesmo, maravilhosa.

(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)

Das afirmativas transcritas do texto, assinale a que se encontra no sentido figurado.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Nada disso, falo do cara que ouve vozes e acredita que o porteiro do prédio sequestra meninas, mata-as, cozinha-as em grandes panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando de internações e remédios. Doi-do varrido.

    ? Varrido neste contexto parece vir de varrido de juízo: como se o juízo se tivesse varrido da cabeça, tal como se diz que se nos varreu algo da memória. Este é o entendimento do dicionarista Raphael Bluteau já há quase trezentos anos; marca uma expressão figurada, conotativa.

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ID
3221824
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crise de sensatez

    É possível que o que vou dizer nesta crônica espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha que tal pensamento me ocorresse um dia, a sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser louco que sensato, como sou.
    Refiro-me ao louco de fato, não estou usando de metáfora, como quando se diz “Fulano é loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes e acredita que o porteiro do prédio sequestra meninas, mata-as, cozinha-as em grandes panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando de internações e remédios. Doido varrido.
    Mas por que isso, por que achar que ser doido é melhor do que ser normal? Simplesmente porque o doido inventa a existência como lhe apraz, sem dar bola para o que nós outros chamamos de realidade.
    Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade. A razão mesmo é que a visão dita normal não explica a realidade, irredutível a ela.
    Por exemplo, alguém é capaz de dizer por que existe o mundo em vez de nada? Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve um tempo em que nada existia, antes de haver o universo? É impossível imaginar um tempo em que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica a existência e muito menos a não existência.
    Veja bem, essas perguntas são feitas por gente sensata, ou seja, quem as formula é quem pretende reduzir a existência do mundo a explicações objetivas e compreensíveis. Quem não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem algumas perguntas, são outras, insensatas, e as respostas que encontram são mais loucas ainda.
    Não consigo impedir que certas perguntas me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais próximo da Terra está a uma distância de 4,3 anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais algum habitante da Terra poderá chegar àquele sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil quilômetros por hora, levaria séculos para chegar lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe apenas para ser contemplado por nós, de longe.
    Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso sistema solar, com todos os planetas que o constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer, não é das maiores.
    Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis e, no universo, há bilhões de galáxias infinitamente maiores que a Via Láctea, com bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso? Pode alguém achar que a mente humana é capaz de explicar um troço como esse, que excede toda e qualquer possibilidade de abranger e compreender? Não resta dúvida de que o universo, por suas incomensuráveis dimensões, está para além da compreensão humana. Concorda comigo ou não? Claro que concorda. Se não concorda, o doido é você.
    Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me explica a existência desta pequenina aranha que surgiu presa ao filtro de parede na minha cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia existe porque a aranha não poderia estar suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
    A aranha não é igual à barata nem ao rato, já que, além do mais, são maiores que ela, têm outra forma e não produzem teia, que, quase invisível, é uma armadilha mortal para os insetos. Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não me diga que foi Deus, porque essa é a resposta que facilmente explica tudo.
    A verdade é que não dá para entender, a existência não tem explicação, e o que não tem explicação é absurdo. Absurdo para quem, sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a existência é a existência, não precisa de lógica. E é, por isso mesmo, maravilhosa.

(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)

Em “Dá para entender isso? Pode alguém achar que a mente humana é capaz de explicar um troço como esse, que excede toda e qualquer possibilidade de abranger e compreender? (...) Concorda comigo ou não?” (9º§), o ponto de interrogação tem como finalidade:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ?  ?Dá para entender isso? Pode alguém achar que a mente humana é capaz de explicar um troço como esse, que excede toda e qualquer possibilidade de abranger e compreender? (...) Concorda comigo ou não?

    ? Sempre quando há uma indagação, um questionamento, há um ponto de interrogação (?).

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ID
3221827
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crise de sensatez

    É possível que o que vou dizer nesta crônica espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha que tal pensamento me ocorresse um dia, a sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser louco que sensato, como sou.
    Refiro-me ao louco de fato, não estou usando de metáfora, como quando se diz “Fulano é loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes e acredita que o porteiro do prédio sequestra meninas, mata-as, cozinha-as em grandes panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando de internações e remédios. Doido varrido.
    Mas por que isso, por que achar que ser doido é melhor do que ser normal? Simplesmente porque o doido inventa a existência como lhe apraz, sem dar bola para o que nós outros chamamos de realidade.
    Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade. A razão mesmo é que a visão dita normal não explica a realidade, irredutível a ela.
    Por exemplo, alguém é capaz de dizer por que existe o mundo em vez de nada? Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve um tempo em que nada existia, antes de haver o universo? É impossível imaginar um tempo em que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica a existência e muito menos a não existência.
    Veja bem, essas perguntas são feitas por gente sensata, ou seja, quem as formula é quem pretende reduzir a existência do mundo a explicações objetivas e compreensíveis. Quem não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem algumas perguntas, são outras, insensatas, e as respostas que encontram são mais loucas ainda.
    Não consigo impedir que certas perguntas me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais próximo da Terra está a uma distância de 4,3 anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais algum habitante da Terra poderá chegar àquele sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil quilômetros por hora, levaria séculos para chegar lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe apenas para ser contemplado por nós, de longe.
    Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso sistema solar, com todos os planetas que o constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer, não é das maiores.
    Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis e, no universo, há bilhões de galáxias infinitamente maiores que a Via Láctea, com bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso? Pode alguém achar que a mente humana é capaz de explicar um troço como esse, que excede toda e qualquer possibilidade de abranger e compreender? Não resta dúvida de que o universo, por suas incomensuráveis dimensões, está para além da compreensão humana. Concorda comigo ou não? Claro que concorda. Se não concorda, o doido é você.
    Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me explica a existência desta pequenina aranha que surgiu presa ao filtro de parede na minha cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia existe porque a aranha não poderia estar suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
    A aranha não é igual à barata nem ao rato, já que, além do mais, são maiores que ela, têm outra forma e não produzem teia, que, quase invisível, é uma armadilha mortal para os insetos. Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não me diga que foi Deus, porque essa é a resposta que facilmente explica tudo.
    A verdade é que não dá para entender, a existência não tem explicação, e o que não tem explicação é absurdo. Absurdo para quem, sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a existência é a existência, não precisa de lógica. E é, por isso mesmo, maravilhosa.

(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)

No trecho “Pensa só nisto: o nosso sistema solar, com todos os planetas que o constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer, não é das maiores.” (8º§), os dois-pontos foram empregados para:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?Pensa só nisto: o nosso sistema solar, com todos os planetas que o constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer, não é das maiores.? 

    ? Os dois-pontos dão início a um explicação, a um esclarecimento acerca do que deve ser pensado, do que seria o "nisto" (=pronome demonstrativo catafórico).

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  • súplica = pedido insistente e humilde

  • São usos clássicos de dois pontos:

    I) Introduzir citações.

    Como disse Jesus: "..."

    II) Enunciar uma enumeração.

    Tinha dois amigos : José e pedro...

    III) Enunciar um esclarecimento ou explicação.

    Não é um rapaz inteligente: É apenas muito esperto.

    IV) Enunciar fala de personagem.

    E o pai perguntou : -Aonde Vai , Garoto?


ID
3221830
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crise de sensatez

    É possível que o que vou dizer nesta crônica espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha que tal pensamento me ocorresse um dia, a sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser louco que sensato, como sou.
    Refiro-me ao louco de fato, não estou usando de metáfora, como quando se diz “Fulano é loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes e acredita que o porteiro do prédio sequestra meninas, mata-as, cozinha-as em grandes panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando de internações e remédios. Doido varrido.
    Mas por que isso, por que achar que ser doido é melhor do que ser normal? Simplesmente porque o doido inventa a existência como lhe apraz, sem dar bola para o que nós outros chamamos de realidade.
    Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade. A razão mesmo é que a visão dita normal não explica a realidade, irredutível a ela.
    Por exemplo, alguém é capaz de dizer por que existe o mundo em vez de nada? Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve um tempo em que nada existia, antes de haver o universo? É impossível imaginar um tempo em que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica a existência e muito menos a não existência.
    Veja bem, essas perguntas são feitas por gente sensata, ou seja, quem as formula é quem pretende reduzir a existência do mundo a explicações objetivas e compreensíveis. Quem não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem algumas perguntas, são outras, insensatas, e as respostas que encontram são mais loucas ainda.
    Não consigo impedir que certas perguntas me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais próximo da Terra está a uma distância de 4,3 anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais algum habitante da Terra poderá chegar àquele sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil quilômetros por hora, levaria séculos para chegar lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe apenas para ser contemplado por nós, de longe.
    Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso sistema solar, com todos os planetas que o constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer, não é das maiores.
    Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis e, no universo, há bilhões de galáxias infinitamente maiores que a Via Láctea, com bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso? Pode alguém achar que a mente humana é capaz de explicar um troço como esse, que excede toda e qualquer possibilidade de abranger e compreender? Não resta dúvida de que o universo, por suas incomensuráveis dimensões, está para além da compreensão humana. Concorda comigo ou não? Claro que concorda. Se não concorda, o doido é você.
    Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me explica a existência desta pequenina aranha que surgiu presa ao filtro de parede na minha cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia existe porque a aranha não poderia estar suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
    A aranha não é igual à barata nem ao rato, já que, além do mais, são maiores que ela, têm outra forma e não produzem teia, que, quase invisível, é uma armadilha mortal para os insetos. Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não me diga que foi Deus, porque essa é a resposta que facilmente explica tudo.
    A verdade é que não dá para entender, a existência não tem explicação, e o que não tem explicação é absurdo. Absurdo para quem, sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a existência é a existência, não precisa de lógica. E é, por isso mesmo, maravilhosa.

(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)

Assinale a alternativa INADEQUADA quanto à classificação morfológica das palavras destacadas.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    A) ?Se não concorda, o doi-do é você.? (9º§) ? conjunção ? correto, conjunção subordinativa condicional.

    B) ?Não consigo impedir que certas perguntas me perturbem.? (7º§) ? adjetivo ? incorreto, temos um pronome indefinido ligado ao substantivo "perguntas".

    C) ?É que nunca o pensara antes, nem supunha que tal pensamento me ocorresse um dia, a sério.? (1º§) ? advérbio ? correto, advérbio de negação.

    D) ?(...) quem as formula é quem pretende reduzir a existência do mundo a explicações objetivas e compreensíveis.? (6º§) ? pronome ? correto, pronome oblíquo átono.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • MACETE

    As palavras "BASTANTE" e "CERTA" se vierem ANTES do substantivo serão PRONOMES INDEFINIDOS.

    Se vierem DEPOIS do substantivo serão abjetivos.

    Fonte: estratégia concursos.

  • Só retificando o comentário de Arthur Carvalho, NUNCA, embora seja uma palavra negativa, é advérbio de tempo.


ID
3221833
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crise de sensatez

    É possível que o que vou dizer nesta crônica espante o leitor como espantou a mim, ao pensá-lo. É que nunca o pensara antes, nem supunha que tal pensamento me ocorresse um dia, a sério. Foi o seguinte: pensei que é melhor ser louco que sensato, como sou.
    Refiro-me ao louco de fato, não estou usando de metáfora, como quando se diz “Fulano é loucão”. Nada disso, falo do cara que ouve vozes e acredita que o porteiro do prédio sequestra meninas, mata-as, cozinha-as em grandes panelas que tem em sua casa e as come. Refiro-me ao sujeito que é pirado mesmo, necessitando de internações e remédios. Doido varrido.
    Mas por que isso, por que achar que ser doido é melhor do que ser normal? Simplesmente porque o doido inventa a existência como lhe apraz, sem dar bola para o que nós outros chamamos de realidade.
    Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade. A razão mesmo é que a visão dita normal não explica a realidade, irredutível a ela.
    Por exemplo, alguém é capaz de dizer por que existe o mundo em vez de nada? Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. E outra: houve um tempo em que nada existia, antes de haver o universo? É impossível imaginar um tempo em que nada existia. Ou seja, a sensatez não explica a existência e muito menos a não existência.
    Veja bem, essas perguntas são feitas por gente sensata, ou seja, quem as formula é quem pretende reduzir a existência do mundo a explicações objetivas e compreensíveis. Quem não quer entender, não faz perguntas. Isto é, só os sensatos as fazem; os loucos, não. Se fazem algumas perguntas, são outras, insensatas, e as respostas que encontram são mais loucas ainda.
    Não consigo impedir que certas perguntas me perturbem. Por exemplo, o sistema solar mais próximo da Terra está a uma distância de 4,3 anos-luz, ou seja, a distância que a luz percorre à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. Como nenhuma nave pode viajar à velocidade da luz, porque se desintegraria, viraria luz, jamais algum habitante da Terra poderá chegar àquele sistema solar. Mesmo que viajasse a 300 mil quilômetros por hora, levaria séculos para chegar lá. O que dizer dos sóis que estão a 1 milhão ou 2 milhões de anos-luz? Ou seja, o universo existe apenas para ser contemplado por nós, de longe.
    Mas é o de menos. Pensa só nisto: o nosso sistema solar, com todos os planetas que o constituem, e os satélites e tudo o mais, equivale a 2% da massa total do Sol, que é uma estrela de quinta grandeza; quer dizer, não é das maiores.
    Só na Via Láctea, há bilhões de outros sóis e, no universo, há bilhões de galáxias infinitamente maiores que a Via Láctea, com bilhões e bilhões de sóis. Dá para entender isso? Pode alguém achar que a mente humana é capaz de explicar um troço como esse, que excede toda e qualquer possibilidade de abranger e compreender? Não resta dúvida de que o universo, por suas incomensuráveis dimensões, está para além da compreensão humana. Concorda comigo ou não? Claro que concorda. Se não concorda, o doido é você.
    Mas, tudo bem, esqueça as galáxias e me explica a existência desta pequenina aranha que surgiu presa ao filtro de parede na minha cozinha. Ela é minúscula e sua teia tão tênue que nem sequer consigo vê-la. Só sei que a teia existe porque a aranha não poderia estar suspensa no ar sem nada em que se apoiasse.
    A aranha não é igual à barata nem ao rato, já que, além do mais, são maiores que ela, têm outra forma e não produzem teia, que, quase invisível, é uma armadilha mortal para os insetos. Foi a aranha quem bolou essa armadilha, quem a inventou? Se não foi ela, quem foi então? Não me diga que foi Deus, porque essa é a resposta que facilmente explica tudo.
    A verdade é que não dá para entender, a existência não tem explicação, e o que não tem explicação é absurdo. Absurdo para quem, sensato como eu, quer entendê-la. Já o louco não busca explicações sensatas. Inventa alguma tão absurda quanto o próprio universo. Enfim, a existência é a existência, não precisa de lógica. E é, por isso mesmo, maravilhosa.

(Ferreira Goulart. Caderno Ilustrado do Jornal Folha de São Paulo. Julho de 2013.)

Em “Não é só isso, porém, ou melhor, isso não é o principal motivo de minha opção preferindo a loucura à normalidade.” (4º§), o acento indicativo foi devidamente aplicado. Tal fato NÃO ocorre em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    A) Disse à ela que houve um tempo em que nada existia ? disse algo a alguém (somente a preposição é correta antes do pronome pessoal "ela" ? a ela).

    B) À noite o universo pode ser contemplado com mais detalhes ? adjunto adverbial de tempo com base feminina, uso da crase correto.

    C) Não gosto de ficar próximo às pessoas incrédulas e irredutíveis ? ficar próximo a alguém (preposição "a") + artigo definido "as" que acompanha o substantivo feminino "pessoas" (=crase ? às pessoas).

    D) Fui até à janela observar o sol: nossa estrela de quinta grandeza ? fui até algum lugar ou a algum lugar (uso de crase facultativo após a preposição "até").

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Antes de pronome pessoal do caso reto e oblíquo não se usa crase.

  • Consegui assim: troquei o "à" pelo "para". Se for possível, não há crase, pois é só uma preposição.

  • "ela" é um dos pronomes que repelem a crase.

    Gab A

  • Diante de Pronome pessoal não há crase.

  • A questão exige conhecimento do assunto crase e quer que encontremos a única opção que o emprego aconteceu incorretamente.

    a) Em "Disse à ela...", não ocorre crase diante de pronome pessoal do caso reto. INCORRETA. 

    b) Em "À noite o universo", ocorre a crase antes de locução adverbial. CORRETA.

    c) Em "próximo às pessoas", temos a regência nominal + o artigo que acompanha a palavra PESSOAS, logo temos crase. CORRETA.

    c) Em "Fui até à janela", o verbo IR rege a preposição "a" e o nome JANELA aceita o artigo "a", assim ocasiona a crase. CORRETA.

    GABARITO A

  • CUIDADO

    Há comentários sobre a alternativa D que podem causar confusão.

    Na língua portuguesa temos três casos de facultatividade no uso de crase.

    Primeiro, quando temos nomes próprios femininos.

    Ex: Entreguei o presente a/à Joana.

    Segundo, quando temos pronome possessivo feminino e singular.

    Ex: Entreguei o presente a/à minha namorada.

    Terceiro, quando temos a preposição até seguida de substantivo feminino.

    Ex: Fui até a/à janela observar as estrelas. - é o caso da assertiva D.

    Não há incorreções na questão.


ID
3221836
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em um torneio de futsal, se uma equipe vencer todas as partidas disputadas, ela somará 130 pontos. No fim do torneio a equipe “Alfa” acumulou 95 pontos. Qual foi o percentual de aproveitamento da equipe neste torneio?

Alternativas
Comentários
  • Vamos lá para a resolução:

    130 equivale a 100%, isto é, o valor total;

    95 equivale a quantidade de pontos feita pela equipe "Alfa";

    Logo, tem- se:

    130 - 100%

    95 - X %

    Então,

    130 x X% = 95 x 100%

    130 X = 9500

    X = 9500/ 130

    X = 73,1 %

    Resposta: Letra C- 73,1 %


ID
3221839
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em uma escola trabalham 28 professores. Entre tais professores, 25% sabem jogar xadrez. Qual é o número de professores desta escola que NÃO sabem jogar xadrez?

Alternativas
Comentários
  • total - sabem jogar = não sabem jogar = 100%-25%=75%

    (75/100)*28=

    2100/100=

    21 não sabem jogar

  • Vamos lá:

    28 professores equivalem a 100%;

    25% destes 28 profissionais sabem jogar;

    Logo,

    28 - 100%

    X - 25%

    100% x X = 28 x 25%

    100 X = 700

    X= 700/ 100

    X= 7 Isto é, 7 professores sabem jogar xadrez, portanto:

    28 - 7 = 21

    A quantidade de professores que não sabem jogar xadrez é igual a "21".

    Alternativa correta, letra "D".


ID
3221842
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Se a soma de dois números é 266, e a diferença entre o maior e o menor é 42, qual é o maior destes números?

Alternativas
Comentários
  • Vou copiar o enunciado aqui em baixo para facilitar.

    ''Se a soma de dois números é 266, e a diferença entre o maior e o menor é 42, qual é o maior destes números?''

    1o como não sei quais são os números, atribuo x e y.

    2o x + y = 266

    x - y = 42

    3o Cortei o ''y'' de cima e o de baixo.

    SOBROU: 2x = 308 ( somei os de baixo com os de cima)

    X= 308 / 2

    x: 154

    4o Como já sei o ''x'', basta substituir.

    154 - y = 42

    154- 42 = y

    y= 112

    Logo, gabarito C

    pS. Qualquer equívoco, mandem-me na mensagem com o código da questão. Contem comigo..

  • Vamos para a resolução:

    Para simplificar podemos representar em uma equação,

    A soma de dois números é igual a 266: X + Y = 266

    A diferença entre o maior e o menor número é igual a 42: X - Y = 42

    Portanto,

    X + Y = 266

    X - Y = 42

    Transforma- se em uma soma e subtração:

    X + Y = 266

    + X - Y = 42

    -----------------------

    2X (anulo os dois Y por terem sinais distintos, portanto o resultado de + Y com -Y é igual a 0) = 266+ 42 --> 308

    Logo,

    2X = 308

    X = 308/ 2

    X= 154

    Para a tirar a prova e encontrar o valor de Y:

    X + Y = 266

    Substituindo o valor de X, tem- se:

    154 + Y = 266

    Y = 266- 154

    Y = 112

    154 + 112 = 266

    e

    154 - 112 = 42

    Maior número = 154 (resposta, alternativa C);

    Menor número = 112.


ID
3221845
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em uma fábrica de brinquedos, 16 operários produzem 320 brinquedos por dia. Quantos operários com a mesma qualificação dos primeiros, são necessários para produzir 780 brinquedos por dia?

Alternativas
Comentários
  • 16operários-320brinquedos

    x-780 brinquedos

    mais brinquedos precisam ser fabricados por mais pessoas = diretamente proporcional

    x=(780*16)/32=

    x=12480/32

    x=39

  • Para resolver essa questão podemos utilizar a regra de três:

    16 funcionários fabricam 320 brinquedos;

    X funcionários fabricam 780 brinquedos;

    Portanto,

    16 - 320

    X - 780

    320 x X = 780 x 16

    320 X = 12480

    X = 12480/ 320 ---------------> corta- se os dois zeros do 12480 virando este "1248" e do 320, virando este "32".

    X = 39.

    Logo, são necessários 39 operários para fabricarem 780 brinquedos.

    Alternativa C- 39 operários.


ID
3221848
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A média dos salários de doze funcionários de uma loja de R$ 1.680,00. Se forem contratados mais três funcionários, com salários de R$ 1.300,00; R$ 1430,00; e, R$1.500,00, qual será a nova média salarial da loja?

Alternativas
Comentários
  • Se a média dos 12 funcionários é: 1680, então o total é 1680*12 = 20160

    Agora teremos mais 3 funcionários com salários:

    1300 + 1430 +1500 = 4230.

    Assim:

    20160 + 4230 = 24390/15 = 1626,00

  • Vamos lá:

    Média salarial inicial dos 12 funcionários = $1680,00

    + 3 novos funcionários com salários de, $1300,00 ; $1430,00 e $1500,00

    Nova Média salarial = ?

    1º Passo: 1680 x 12 = 20160

    Portanto, o total do salário dos 12 funcionários juntos equivale a $20160,00

    2º Passo: 1300 + 1430 + 1500 = $4230,00

    Isto é, a soma dos salários dos três novos funcionários.

    3º Passo: Para encontrar a nova soma dos salários faz- se -----> 20160 + 4230 = $24390,00

    4º Passo: a nova média salarial é----> 24390/ 15

    (12 funcionários + 3 novos funcionários = 15)

    Para encontrar a nova média, deve- se dividir o valor total dos salários dos 15 funcionários e dividir pela quantidade de funcionários (15).

    Assim,

    24390/ 15 = $1626,00

    Alternativa correta, letra D ---> $1626,00


ID
3221851
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Camila foi em uma agência bancária e constatou que a atendente leva, em média, 8 minutos para atender 3 clientes. Quanto tempo esta atendente levará para atender os 36 clientes que estão na fila?

Alternativas

ID
3221857
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Júlia realizou um conjunto de avaliações em um processo seletivo para ingresso em uma empresa, obtendo os resultados apresentados na tabela a seguir:

          Avaliação                     Nota
       Prova Escrita                    6,4
       Redação                           7,0
       Prova prática                    8,1
       Prova de Títulos               7,3

Considerando que a nota final nesse processo seletivo consiste na média das notas conseguidas em cada avaliação, qual foi a nota final de Júlia?

Alternativas
Comentários
  • 6,4+7,0+8,1+7,3= 28,8 / 4 ( quantidade de notas descritas)= 7,2


ID
3221860
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Joaquim está construindo um muro retangular com 16 metros de comprimento por 6 metros altura. Para isso, ele gastará um total de 240 tijolos. Qual será a quantidade destes tijolos necessários para que Joaquim construa um muro retangular com 144 m² de área?

Alternativas
Comentários
  • M² = COMPRIMENTO x LARGURA

  • 96m² ----- 240 Tijolos

    144m² --- X Tijolos

    96X = 144x240

    96X = 34.560

    X = 34.560 / 96

    X = 360.


ID
3221863
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Com a velocidade de 80 km/h uma pessoa vai de carro da cidade A até a cidade B em 40 minutos. Se o percurso de volta for feito em 32 minutos, qual será a velocidade média na volta?

Alternativas
Comentários
  • 80km/h-40min

    x-32min

    menos tempo, mais rápido=inversamente proporcional

    x=(80*40)/32

    x=3200/32

    x=100km/h


ID
3221866
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Quantos números inteiros existem entre √5 e √35?

Alternativas
Comentários
  • (3, 4 e 5) = 3

    Letra B

  • Sabemos que √5>2 e que √35<6 então entre o 2 e o 6 temos = 3 números
  • Basta lembrar as raízes de 4 e 36

    Como √4=2, logo √5 é (aproximadamente 2,236...) do mesmo do √36=6, logo √35 é (aproximadamente 5,916). Portanto, entre (2,236...3...4...5...5,916) temos 3 números inteiros (3,4,5).

  • A raiz de 5 (2,25) não inclui, porque já começa a contar de um número quebrado. Ex.: 2,25; 3; 4; 5; 5,61 (raiz de 35). Assim, somente 3, 4, 5 são números inteiros entre os intervalos.


ID
3221869
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um triângulo isósceles possui área de 10 cm². Qual é o valor da hipotenusa deste triângulo?

Alternativas

ID
3221872
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O Iêmen, um dos países mais pobres do mundo, está há três anos em guerra civil. Os combates deixaram o país à beira de uma crise de fome que poderia afetar até 14 milhões de pessoas. O Iémen ou Iêmen é um país árabe que ocupa a extremidade sudoeste da Península da

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    O Iémen ou Iêmen é um país árabe que ocupa a extremidade sudoeste da Península da Arábia.

    Por conta de sua localização, é um país de grande importância estratégica, pois está situado em uma importante rota comercial de , de modo que os navios petroleiros da região precisam passar por ele. Além disso, é vizinho dos principais produtores de petróleo do oriente médio: Arábia Saudita, Oman e Irã. 

    Fonte: Politize


ID
3221875
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Em novembro de 2018, a NASA enviou a sonda InSight, carregando um robô, responsável por fazer uma análise inédita do solo do planeta. Essa foi a primeira missão dedicada à exploração do interior do planeta, em que o robô anda pelas dunas, a fim de registrar os sons e ruídos do solo para identificar como é o seu núcleo e também a sua profundeza. O trecho citado anteriormente refere-se ao planeta

Alternativas
Comentários
  • gabarito A

  • Em novembro de 2018, a NASA enviou a sonda InSight, carregando um robô, responsável por fazer uma análise inédita do solo do planeta planeta vermelho, marte.

    Gabarito A)


ID
3221878
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

No ano em que o Museu Nacional comemorava 200 anos de existência foi consumido por um incêndio de grandes proporções, sendo considerada a maior tragédia museológica do Brasil. O museu é a instituição científica mais antiga do país e uma das mais importantes do mundo. Foi fundado pelo rei

Alternativas
Comentários
  • D

    D. João VI.

  • A reconstrução do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, zona norte da cidade, entrou hoje (31/08/2019) em uma nova fase. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) assinou junto à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Fundação Vale, um protocolo de intenções para estabelecer um novo modelo de governança para o projeto Museu Nacional Vive, de reconstrução do espaço cultural, que antes do incêndio no dia 2 de setembro de 2018, era um dos maiores museus de história natural e antropologia das Américas.

  • Brasil teve 1 Rei e 2 Imperadores... Rei = João e Imperadores = Os Pedros

  • Essa é a típica questão:

    Quem descobriu o Brasil foi Pedro Alvares Ca.

    a) bral

    b) brel

    c) bril

    d) brol

    Avaliação do candidato zero! Decoreba 10.


ID
3221881
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte ____________, deram as mãos em uma inédita reunião, em Singapura. É a primeira vez na história que líderes dos dois países se encontraram pessoalmente.” Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE afirmativa anterior.

Alternativas
Comentários
  • Kim Jong-un é um político norte-coreano que serve como Líder Supremo do seu país desde 2011 e Presidente do Partido dos Trabalhadores da Coreia desde 2012. É o terceiro e mais jovem filho de Kim Jong-il com sua última esposa Ko Young-hee. Ele é neto de Kim Il-sung, o primeiro líder da Coreia do Norte de 1948 a 1994. (Wikipédia)

  • Xi jinping kkkkkkkkkkkkk

  • Xi jinping kkkkkkkkkkkkk

  • A questão quer simplesmente saber quem é o líder da Coreia do Norte. A resposta correta é Kim Jong-um, que está à frente do país desde 2016.

    Resposta: B

  • Narendra Damodardas Modi é um político indiano e atual 14º primeiro-ministro do seu país

    Nicos Anastasiades é um político cipriota, atual presidente do seu país (Chipre) desde 2013.

  • Xi jinping é o secretário geral do partido comunista chinês

  • KING JONG- UN


ID
3221884
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“Dois artefatos voadores, tipo drone” foram usados no “ataque” ao presidente Nicolas Maduro, enquanto ele discursava, de acordo com a versão oficial. Entretanto, não foi possível ver qualquer drone nas imagens do evento e testemunhas que estavam presentes disseram à imprensa que não viram esses “artefatos voadores”.
(Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/mundo. Publicado em: 05/08/2018.)

É CORRETO afirmar que Nicolas Maduro é presidente

Alternativas
Comentários
  • Nicolás Maduro Moros (Caracas, 23 de novembro de 1962) é um político venezuelano, atual presidente de facto da República Bolivariana da Venezuela. Como vice-presidente, assumiu interinamente a presidência da República em 2012, logo após a vitória eleitoral de Hugo Chávez, em razão da grave enfermidade do presidente eleito. Chávez faleceu em 5 de março de 2013, e novas eleições foram convocadas. Em 14 de abril de 2013, Maduro foi eleito 57º presidente da Venezuela, para cumprir um mandato integral. Acabou reeleito em 2018, num pleito controverso e não reconhecido pela oposição e pela comunidade internacional, com muitos países e órgãos supranacionais não admitindo mais sua legitimidade como presidente.[1] Maduro havia servido anteriormente como Ministro dos Negócios Estrangeiros de 2006 a 2013. (Wikipédia)

  • A questão e quer simplesmente saber de qual país Nicolas Maduro é presidente. A resposta correta é Venezuela.

    Resposta: D

  • VENEZUELAAAAAAAAAAAAAA KKKK

  • "Presidente" kkkkk


ID
3221887
Banca
CIEE
Órgão
SPTrans
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Nascida em Conceição de Macabu, no Rio de Janeiro, começou a carreira de cantora aos 19 anos, em 1947. Gravou dezenas de sucessos e ganhou o título de Rainha do Rádio, graças à eleição na edição de 1954 do tradicional concurso criado pela Associação Brasileira de Rádio. A cantora _______________ morreu em setembro de 2018, aos 89 anos, em São Paulo. Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.

Alternativas
Comentários
  • quem deveria responder essa questão era meu avô!

    Ângela Maria... ninguém tem obrigação de saber quem ela é não. isso não mede o conhecimento de ABSOLUTAMENTE NINGUÉM.

  • Angela Maria, nome artístico de Abelim Maria da Cunha (Macaé, 13 de maio de 1929 – São Paulo, 29 de setembro de 2018),[1] foi uma cantora, compositora e atriz brasileira, expoente da Era do Rádio, considerada dona de uma das melhores vozes da MPB e eleita a Rainha do Rádio em 1954.[2] Também é uma das cantoras brasileiras que mais venderam discos, cerca de 60 milhões de discos.[3] Angela Maria é conhecida pelos grandes críticos da música nacional e internacional como a maior voz do Brasil. (Wikipédia)

  • não mede conhecimento, mas mediu bom senso.

  • Caso o cargo fosse para integrante da Jovem Guarda, ficaria calado!

    Cada tipo de questão que o examinador nos proporciona !