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Prova FACET Concursos - 2016 - Prefeitura de Sobrado - PB - Auxiliar Administrativo


ID
4169125
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Judia, fingi ser antissemita para fugir do Holocausto


    Já era noite quando os soldados alemães chegaram ao Gueto de Varsóvia, uma espécie de fortaleza, ou prisão, onde ficavam as famílias de judeus poloneses durante a Segunda Guerra Mundial. Do lado de fora dos muros, estavam os poloneses cristãos. Ao oficial que ficava na entrada do Gueto, os soldados nazistas deram o nome de uma família. Alguém fizera uma denúncia. E os soldados não precisavam de uma razão para matar judeus. O oficial abriu o livro de registros, encontrou o endereço e repassou aos soldados. Os soldados levaram aquela família inteira para uma ponte. Mataram todos. O sobrenome daquela família era muito parecido com o nosso. Não sabíamos se os soldados procuravam por aquela família ou se o oficial da entrada do Gueto entendeu o nome errado e os mandou para outro endereço. Os mortos poderíamos ser nós.

     A notícia chegou na manhã seguinte. Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto. Naquele dia de 1942, meu avô, um polonês muito culto, recebeu uma carta de anistia dos alemães. A mensagem dizia que seríamos perdoados – com direito até a vale-alimentação -, caso saíssemos do Gueto. Meu avô depositou um longo olhar naquele pedaço de papel antes de falar com minha avó. Fingi estar brincado, mas prestei atenção em cada palavra. Meu avô aceitou a proposta dos nazistas. Retornaria à cidade onde nasci, Sokolov. Minha avó, chorando, disse que era uma armadilha preparada pelos alemães. Tinha certeza de que seriam mortos no regresso. Vovô respondeu que já estavam velhos, e não era justo dificultar a fuga dos filhos. Era melhor que partissem. Minha mãe, a filha mais velha e viúva (meu pai faleceu em decorrência de uma pneumonia), decidiu acompanhá-los. Impôs aos irmãos uma única condição: que me mantivessem viva. Abracei minha mãe e implorei para que ela ficasse. Minha última lembrança é ver minha mãe empurrando, sutilmente, a maleta dela para baixo da mesa de centro. Ninguém percebeu, só eu. Minha mãe sabia que ia morrer. Quando minha tia avistou a maleta, disse: “Sua mãe só sabe chorar, olha o que ela esqueceu.”

     Não tínhamos outra escolha senão fugir. Como era fácil desconfiarem de uma família dizimada como a nossa, meus tios se encarregaram de providenciar um novo passado para nós quatro – eu, minha tia solteira, meu tio viúvo e o filho dele. Meus tios, que eram irmãos, fingiriam ser um casal. Na história, a esposa do meu tio faleceu em decorrência de pneumonia – o que aconteceu na vida real. Diante da morte da esposa, meu tio se casou com a irmã mais nova da falecida. Eu era a filha do primeiro casamento. Meu primo, do segundo. Por muito dinheiro, meu tio comprou documentos falsos, com nomes de poloneses mortos, para ele e minha tia. Depois, pediu ajuda a um fazendeiro conhecido nosso – e respeitado pelos poloneses cristãos – para fugir. Antes de partir, soubemos por um rapaz que conseguiu escapar de um campo de concentração que meus avós e minha mãe tinham sido exterminados na cidade de Treblinkla. (...)

    Desembarquei no Brasil com 17 ou 18 anos. Desde então, moro na cidade de São Paulo. Casei com Francisco Gotthilf, um polonês conhecido como o apresentador do programa Mosaico na TV. Idealizado por Francisco, o programa, destinado à comunidade judaica, foi ao ar em 1961. Entrou para o Guinness, o livro dos recordes, como o programa mais antigo da televisão brasileira (está no ar hoje pela TV Aberta São Paulo).

    Tenho 85 anos, três filhos, sete netos e dois bisnetos. Francisco faleceu há quatro anos. Ele nem imaginava que eu seria capaz de contar minha história sem chorar. Para voltar à Polônia e visitar à casa de meu avô, que deu a vida por mim, amealhei coragem por 30 anos. Já se passaram sete décadas, e eu ainda preciso me proteger dessas lembranças, mas não posso levá-las guardadas comigo. O mundo precisa saber o que aconteceu. Nós, sobreviventes, precisamos encontrar uma maneira de romper o silêncio que nos impusemos. Minha estratégia, que estou estreando com você, é contar como se estivesse narrando a trajetória de uma vizinha. De outra maneira, essa conversa não seria possível. 

Artigo escrito por Rachela Gotthilf, na Revista Época, edição de 25 de janeiro de 2016, n 919, São Paulo, Capital.  

Qual o foco narrativo do texto?

Alternativas
Comentários
  • Foco narrativo designa aquele que narra em uma história (narrador ou eu-lírico). ... Quando o narrador é uma das personagens, dizemos que o foco narrativo é em primeira pessoa; quando não é uma das personagens, estando, portanto, fora da história, dizemos que o foco narrativo é em terceira pessoa.

  • Cara... Que texto!

  • Qual o foco narrativo do texto?

    Alternativas

    A

    primeira pessoa do plural

    B

    primeira pessoa do singular

    Foco narrativo designa aquele que narra em uma história (narrador ou eu-lírico). ... Quando o narrador é uma das personagens, dizemos que o foco narrativo é em primeira pessoa; quando não é uma das personagens, estando, portanto, fora da história, dizemos que o foco narrativo é em terceira pessoa.

    C

    terceira pessoa do singular

    D

    terceira pessoa do plural

    E

    segunda pessoa do singular


ID
4169128
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Judia, fingi ser antissemita para fugir do Holocausto


    Já era noite quando os soldados alemães chegaram ao Gueto de Varsóvia, uma espécie de fortaleza, ou prisão, onde ficavam as famílias de judeus poloneses durante a Segunda Guerra Mundial. Do lado de fora dos muros, estavam os poloneses cristãos. Ao oficial que ficava na entrada do Gueto, os soldados nazistas deram o nome de uma família. Alguém fizera uma denúncia. E os soldados não precisavam de uma razão para matar judeus. O oficial abriu o livro de registros, encontrou o endereço e repassou aos soldados. Os soldados levaram aquela família inteira para uma ponte. Mataram todos. O sobrenome daquela família era muito parecido com o nosso. Não sabíamos se os soldados procuravam por aquela família ou se o oficial da entrada do Gueto entendeu o nome errado e os mandou para outro endereço. Os mortos poderíamos ser nós.

     A notícia chegou na manhã seguinte. Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto. Naquele dia de 1942, meu avô, um polonês muito culto, recebeu uma carta de anistia dos alemães. A mensagem dizia que seríamos perdoados – com direito até a vale-alimentação -, caso saíssemos do Gueto. Meu avô depositou um longo olhar naquele pedaço de papel antes de falar com minha avó. Fingi estar brincado, mas prestei atenção em cada palavra. Meu avô aceitou a proposta dos nazistas. Retornaria à cidade onde nasci, Sokolov. Minha avó, chorando, disse que era uma armadilha preparada pelos alemães. Tinha certeza de que seriam mortos no regresso. Vovô respondeu que já estavam velhos, e não era justo dificultar a fuga dos filhos. Era melhor que partissem. Minha mãe, a filha mais velha e viúva (meu pai faleceu em decorrência de uma pneumonia), decidiu acompanhá-los. Impôs aos irmãos uma única condição: que me mantivessem viva. Abracei minha mãe e implorei para que ela ficasse. Minha última lembrança é ver minha mãe empurrando, sutilmente, a maleta dela para baixo da mesa de centro. Ninguém percebeu, só eu. Minha mãe sabia que ia morrer. Quando minha tia avistou a maleta, disse: “Sua mãe só sabe chorar, olha o que ela esqueceu.”

     Não tínhamos outra escolha senão fugir. Como era fácil desconfiarem de uma família dizimada como a nossa, meus tios se encarregaram de providenciar um novo passado para nós quatro – eu, minha tia solteira, meu tio viúvo e o filho dele. Meus tios, que eram irmãos, fingiriam ser um casal. Na história, a esposa do meu tio faleceu em decorrência de pneumonia – o que aconteceu na vida real. Diante da morte da esposa, meu tio se casou com a irmã mais nova da falecida. Eu era a filha do primeiro casamento. Meu primo, do segundo. Por muito dinheiro, meu tio comprou documentos falsos, com nomes de poloneses mortos, para ele e minha tia. Depois, pediu ajuda a um fazendeiro conhecido nosso – e respeitado pelos poloneses cristãos – para fugir. Antes de partir, soubemos por um rapaz que conseguiu escapar de um campo de concentração que meus avós e minha mãe tinham sido exterminados na cidade de Treblinkla. (...)

    Desembarquei no Brasil com 17 ou 18 anos. Desde então, moro na cidade de São Paulo. Casei com Francisco Gotthilf, um polonês conhecido como o apresentador do programa Mosaico na TV. Idealizado por Francisco, o programa, destinado à comunidade judaica, foi ao ar em 1961. Entrou para o Guinness, o livro dos recordes, como o programa mais antigo da televisão brasileira (está no ar hoje pela TV Aberta São Paulo).

    Tenho 85 anos, três filhos, sete netos e dois bisnetos. Francisco faleceu há quatro anos. Ele nem imaginava que eu seria capaz de contar minha história sem chorar. Para voltar à Polônia e visitar à casa de meu avô, que deu a vida por mim, amealhei coragem por 30 anos. Já se passaram sete décadas, e eu ainda preciso me proteger dessas lembranças, mas não posso levá-las guardadas comigo. O mundo precisa saber o que aconteceu. Nós, sobreviventes, precisamos encontrar uma maneira de romper o silêncio que nos impusemos. Minha estratégia, que estou estreando com você, é contar como se estivesse narrando a trajetória de uma vizinha. De outra maneira, essa conversa não seria possível. 

Artigo escrito por Rachela Gotthilf, na Revista Época, edição de 25 de janeiro de 2016, n 919, São Paulo, Capital.  

Qual a temática central focalizada pelo texto?

Alternativas
Comentários
  •  Já era noite quando os soldados alemães chegaram ao Gueto de Varsóvia, uma espécie de fortaleza, ou prisão, onde ficavam as famílias de judeus poloneses durante a Segunda Guerra Mundial.

    1° linha.

  • Qual a temática central focalizada pelo texto?

    Alternativas

    A

    A perseguição imposta aos judeus poloneses pelos nazistas, na Segunda Guerra Mundial.

    B

    A rotina dos prisioneiros judeus nos campos de concentração nazista.

    C

    A execução sumária de prisioneiros judeus nos campos de concentração nazista.

    D

    Os horrores da Segunda Guerra Mundial, expressos na suposta superioridade da raça ariana.

    E

    As negociações de Adolf Hitler para o cessar-fogo com as nações aliadas, na Segunda Guerra Mundial.


ID
4169131
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Judia, fingi ser antissemita para fugir do Holocausto


    Já era noite quando os soldados alemães chegaram ao Gueto de Varsóvia, uma espécie de fortaleza, ou prisão, onde ficavam as famílias de judeus poloneses durante a Segunda Guerra Mundial. Do lado de fora dos muros, estavam os poloneses cristãos. Ao oficial que ficava na entrada do Gueto, os soldados nazistas deram o nome de uma família. Alguém fizera uma denúncia. E os soldados não precisavam de uma razão para matar judeus. O oficial abriu o livro de registros, encontrou o endereço e repassou aos soldados. Os soldados levaram aquela família inteira para uma ponte. Mataram todos. O sobrenome daquela família era muito parecido com o nosso. Não sabíamos se os soldados procuravam por aquela família ou se o oficial da entrada do Gueto entendeu o nome errado e os mandou para outro endereço. Os mortos poderíamos ser nós.

     A notícia chegou na manhã seguinte. Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto. Naquele dia de 1942, meu avô, um polonês muito culto, recebeu uma carta de anistia dos alemães. A mensagem dizia que seríamos perdoados – com direito até a vale-alimentação -, caso saíssemos do Gueto. Meu avô depositou um longo olhar naquele pedaço de papel antes de falar com minha avó. Fingi estar brincado, mas prestei atenção em cada palavra. Meu avô aceitou a proposta dos nazistas. Retornaria à cidade onde nasci, Sokolov. Minha avó, chorando, disse que era uma armadilha preparada pelos alemães. Tinha certeza de que seriam mortos no regresso. Vovô respondeu que já estavam velhos, e não era justo dificultar a fuga dos filhos. Era melhor que partissem. Minha mãe, a filha mais velha e viúva (meu pai faleceu em decorrência de uma pneumonia), decidiu acompanhá-los. Impôs aos irmãos uma única condição: que me mantivessem viva. Abracei minha mãe e implorei para que ela ficasse. Minha última lembrança é ver minha mãe empurrando, sutilmente, a maleta dela para baixo da mesa de centro. Ninguém percebeu, só eu. Minha mãe sabia que ia morrer. Quando minha tia avistou a maleta, disse: “Sua mãe só sabe chorar, olha o que ela esqueceu.”

     Não tínhamos outra escolha senão fugir. Como era fácil desconfiarem de uma família dizimada como a nossa, meus tios se encarregaram de providenciar um novo passado para nós quatro – eu, minha tia solteira, meu tio viúvo e o filho dele. Meus tios, que eram irmãos, fingiriam ser um casal. Na história, a esposa do meu tio faleceu em decorrência de pneumonia – o que aconteceu na vida real. Diante da morte da esposa, meu tio se casou com a irmã mais nova da falecida. Eu era a filha do primeiro casamento. Meu primo, do segundo. Por muito dinheiro, meu tio comprou documentos falsos, com nomes de poloneses mortos, para ele e minha tia. Depois, pediu ajuda a um fazendeiro conhecido nosso – e respeitado pelos poloneses cristãos – para fugir. Antes de partir, soubemos por um rapaz que conseguiu escapar de um campo de concentração que meus avós e minha mãe tinham sido exterminados na cidade de Treblinkla. (...)

    Desembarquei no Brasil com 17 ou 18 anos. Desde então, moro na cidade de São Paulo. Casei com Francisco Gotthilf, um polonês conhecido como o apresentador do programa Mosaico na TV. Idealizado por Francisco, o programa, destinado à comunidade judaica, foi ao ar em 1961. Entrou para o Guinness, o livro dos recordes, como o programa mais antigo da televisão brasileira (está no ar hoje pela TV Aberta São Paulo).

    Tenho 85 anos, três filhos, sete netos e dois bisnetos. Francisco faleceu há quatro anos. Ele nem imaginava que eu seria capaz de contar minha história sem chorar. Para voltar à Polônia e visitar à casa de meu avô, que deu a vida por mim, amealhei coragem por 30 anos. Já se passaram sete décadas, e eu ainda preciso me proteger dessas lembranças, mas não posso levá-las guardadas comigo. O mundo precisa saber o que aconteceu. Nós, sobreviventes, precisamos encontrar uma maneira de romper o silêncio que nos impusemos. Minha estratégia, que estou estreando com você, é contar como se estivesse narrando a trajetória de uma vizinha. De outra maneira, essa conversa não seria possível. 

Artigo escrito por Rachela Gotthilf, na Revista Época, edição de 25 de janeiro de 2016, n 919, São Paulo, Capital.  

Assinale a opção CORRETA, de acordo com o texto:

Alternativas
Comentários
  • Assinale a opção CORRETA, de acordo com o texto:

    Alternativas

    A

    Antissemita, a narradora lamentou profundamente o extermínio de sua família.

    B

    Aliado dos nazistas, o avô da narradora conseguiu uma carta de anistia dos alemães.

    C

    Os alemães cumpriram a promessa de honrar os termos da carta de anistia para com a família da narradora.

    D

    A narradora, judia e perseguida pelos nazistas, conseguiu sobreviver ao Holocausto.

    E

    Os judeus eram fortes aliados dos nazistas na Segunda Guerra Mundial.


ID
4169134
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Judia, fingi ser antissemita para fugir do Holocausto


    Já era noite quando os soldados alemães chegaram ao Gueto de Varsóvia, uma espécie de fortaleza, ou prisão, onde ficavam as famílias de judeus poloneses durante a Segunda Guerra Mundial. Do lado de fora dos muros, estavam os poloneses cristãos. Ao oficial que ficava na entrada do Gueto, os soldados nazistas deram o nome de uma família. Alguém fizera uma denúncia. E os soldados não precisavam de uma razão para matar judeus. O oficial abriu o livro de registros, encontrou o endereço e repassou aos soldados. Os soldados levaram aquela família inteira para uma ponte. Mataram todos. O sobrenome daquela família era muito parecido com o nosso. Não sabíamos se os soldados procuravam por aquela família ou se o oficial da entrada do Gueto entendeu o nome errado e os mandou para outro endereço. Os mortos poderíamos ser nós.

     A notícia chegou na manhã seguinte. Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto. Naquele dia de 1942, meu avô, um polonês muito culto, recebeu uma carta de anistia dos alemães. A mensagem dizia que seríamos perdoados – com direito até a vale-alimentação -, caso saíssemos do Gueto. Meu avô depositou um longo olhar naquele pedaço de papel antes de falar com minha avó. Fingi estar brincado, mas prestei atenção em cada palavra. Meu avô aceitou a proposta dos nazistas. Retornaria à cidade onde nasci, Sokolov. Minha avó, chorando, disse que era uma armadilha preparada pelos alemães. Tinha certeza de que seriam mortos no regresso. Vovô respondeu que já estavam velhos, e não era justo dificultar a fuga dos filhos. Era melhor que partissem. Minha mãe, a filha mais velha e viúva (meu pai faleceu em decorrência de uma pneumonia), decidiu acompanhá-los. Impôs aos irmãos uma única condição: que me mantivessem viva. Abracei minha mãe e implorei para que ela ficasse. Minha última lembrança é ver minha mãe empurrando, sutilmente, a maleta dela para baixo da mesa de centro. Ninguém percebeu, só eu. Minha mãe sabia que ia morrer. Quando minha tia avistou a maleta, disse: “Sua mãe só sabe chorar, olha o que ela esqueceu.”

     Não tínhamos outra escolha senão fugir. Como era fácil desconfiarem de uma família dizimada como a nossa, meus tios se encarregaram de providenciar um novo passado para nós quatro – eu, minha tia solteira, meu tio viúvo e o filho dele. Meus tios, que eram irmãos, fingiriam ser um casal. Na história, a esposa do meu tio faleceu em decorrência de pneumonia – o que aconteceu na vida real. Diante da morte da esposa, meu tio se casou com a irmã mais nova da falecida. Eu era a filha do primeiro casamento. Meu primo, do segundo. Por muito dinheiro, meu tio comprou documentos falsos, com nomes de poloneses mortos, para ele e minha tia. Depois, pediu ajuda a um fazendeiro conhecido nosso – e respeitado pelos poloneses cristãos – para fugir. Antes de partir, soubemos por um rapaz que conseguiu escapar de um campo de concentração que meus avós e minha mãe tinham sido exterminados na cidade de Treblinkla. (...)

    Desembarquei no Brasil com 17 ou 18 anos. Desde então, moro na cidade de São Paulo. Casei com Francisco Gotthilf, um polonês conhecido como o apresentador do programa Mosaico na TV. Idealizado por Francisco, o programa, destinado à comunidade judaica, foi ao ar em 1961. Entrou para o Guinness, o livro dos recordes, como o programa mais antigo da televisão brasileira (está no ar hoje pela TV Aberta São Paulo).

    Tenho 85 anos, três filhos, sete netos e dois bisnetos. Francisco faleceu há quatro anos. Ele nem imaginava que eu seria capaz de contar minha história sem chorar. Para voltar à Polônia e visitar à casa de meu avô, que deu a vida por mim, amealhei coragem por 30 anos. Já se passaram sete décadas, e eu ainda preciso me proteger dessas lembranças, mas não posso levá-las guardadas comigo. O mundo precisa saber o que aconteceu. Nós, sobreviventes, precisamos encontrar uma maneira de romper o silêncio que nos impusemos. Minha estratégia, que estou estreando com você, é contar como se estivesse narrando a trajetória de uma vizinha. De outra maneira, essa conversa não seria possível. 

Artigo escrito por Rachela Gotthilf, na Revista Época, edição de 25 de janeiro de 2016, n 919, São Paulo, Capital.  

Qual a palavra que melhor pode sugerir o tom predominante do texto?

Alternativas
Comentários
  • O texto dramático pode ter apenas função literária, mas seu principal objetivo é ser encenado. É dessa maneira que o gênero se mantém “vivo e atual”, pois cada nova encenação pode trazer algo diferente, tendo em vista quem atua, quem dirige e quem vai assistir a apresentação. Justamente porque as pessoas vão ao teatro para "assistir" alguma coisa, o texto dramático conta com muitos elementos visuais, descritos em marcas cênicas (também conhecidas como “didascálias” ou “). Essas marcas podem orientar quanto a ambientação, cenário, iluminação, roupas, gestos, vozes dos personagens, entre outros... Em geral esse é um texto sem narrador e é comum que a obra seja, em sua maior parte, dialogada. Outra característica do gênero é a “concentração no conflito” ou no “drama” como o próprio nome anuncia, para isso o antagonismo na construção dos personagens é importante, bem como a expectativa gerada com o desenlace do conflito. O drama também tem por objetivo “presentificar o instinto de jogo da condição humana” ou seja o lúdico, as regras, o esforço e a colaboração para a encenação estão presentes nas peças e nos “jogos teatrais”. Por último, vale lembrar que o “teatro é teatro” e que as emoções e encenações são representações da realidade, sugerindo um exercício reflexão, posicionamento e de ampliação do universo cultural e social dos alunos. (adaptado do texto "Encenar e ensinar – o texto dramático na escola" de Rosemari Calzavara)

  • Qual a palavra que melhor pode sugerir o tom predominante do texto?

    Alternativas

    A

    melancolia

    B

    nostalgia

    C

    lirismo

    D

    poeticidade

    E

    dramaticidade


ID
4169137
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Judia, fingi ser antissemita para fugir do Holocausto


    Já era noite quando os soldados alemães chegaram ao Gueto de Varsóvia, uma espécie de fortaleza, ou prisão, onde ficavam as famílias de judeus poloneses durante a Segunda Guerra Mundial. Do lado de fora dos muros, estavam os poloneses cristãos. Ao oficial que ficava na entrada do Gueto, os soldados nazistas deram o nome de uma família. Alguém fizera uma denúncia. E os soldados não precisavam de uma razão para matar judeus. O oficial abriu o livro de registros, encontrou o endereço e repassou aos soldados. Os soldados levaram aquela família inteira para uma ponte. Mataram todos. O sobrenome daquela família era muito parecido com o nosso. Não sabíamos se os soldados procuravam por aquela família ou se o oficial da entrada do Gueto entendeu o nome errado e os mandou para outro endereço. Os mortos poderíamos ser nós.

     A notícia chegou na manhã seguinte. Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto. Naquele dia de 1942, meu avô, um polonês muito culto, recebeu uma carta de anistia dos alemães. A mensagem dizia que seríamos perdoados – com direito até a vale-alimentação -, caso saíssemos do Gueto. Meu avô depositou um longo olhar naquele pedaço de papel antes de falar com minha avó. Fingi estar brincado, mas prestei atenção em cada palavra. Meu avô aceitou a proposta dos nazistas. Retornaria à cidade onde nasci, Sokolov. Minha avó, chorando, disse que era uma armadilha preparada pelos alemães. Tinha certeza de que seriam mortos no regresso. Vovô respondeu que já estavam velhos, e não era justo dificultar a fuga dos filhos. Era melhor que partissem. Minha mãe, a filha mais velha e viúva (meu pai faleceu em decorrência de uma pneumonia), decidiu acompanhá-los. Impôs aos irmãos uma única condição: que me mantivessem viva. Abracei minha mãe e implorei para que ela ficasse. Minha última lembrança é ver minha mãe empurrando, sutilmente, a maleta dela para baixo da mesa de centro. Ninguém percebeu, só eu. Minha mãe sabia que ia morrer. Quando minha tia avistou a maleta, disse: “Sua mãe só sabe chorar, olha o que ela esqueceu.”

     Não tínhamos outra escolha senão fugir. Como era fácil desconfiarem de uma família dizimada como a nossa, meus tios se encarregaram de providenciar um novo passado para nós quatro – eu, minha tia solteira, meu tio viúvo e o filho dele. Meus tios, que eram irmãos, fingiriam ser um casal. Na história, a esposa do meu tio faleceu em decorrência de pneumonia – o que aconteceu na vida real. Diante da morte da esposa, meu tio se casou com a irmã mais nova da falecida. Eu era a filha do primeiro casamento. Meu primo, do segundo. Por muito dinheiro, meu tio comprou documentos falsos, com nomes de poloneses mortos, para ele e minha tia. Depois, pediu ajuda a um fazendeiro conhecido nosso – e respeitado pelos poloneses cristãos – para fugir. Antes de partir, soubemos por um rapaz que conseguiu escapar de um campo de concentração que meus avós e minha mãe tinham sido exterminados na cidade de Treblinkla. (...)

    Desembarquei no Brasil com 17 ou 18 anos. Desde então, moro na cidade de São Paulo. Casei com Francisco Gotthilf, um polonês conhecido como o apresentador do programa Mosaico na TV. Idealizado por Francisco, o programa, destinado à comunidade judaica, foi ao ar em 1961. Entrou para o Guinness, o livro dos recordes, como o programa mais antigo da televisão brasileira (está no ar hoje pela TV Aberta São Paulo).

    Tenho 85 anos, três filhos, sete netos e dois bisnetos. Francisco faleceu há quatro anos. Ele nem imaginava que eu seria capaz de contar minha história sem chorar. Para voltar à Polônia e visitar à casa de meu avô, que deu a vida por mim, amealhei coragem por 30 anos. Já se passaram sete décadas, e eu ainda preciso me proteger dessas lembranças, mas não posso levá-las guardadas comigo. O mundo precisa saber o que aconteceu. Nós, sobreviventes, precisamos encontrar uma maneira de romper o silêncio que nos impusemos. Minha estratégia, que estou estreando com você, é contar como se estivesse narrando a trajetória de uma vizinha. De outra maneira, essa conversa não seria possível. 

Artigo escrito por Rachela Gotthilf, na Revista Época, edição de 25 de janeiro de 2016, n 919, São Paulo, Capital.  

Marque a alternativa CORRETA, de acordo com o texto:

Alternativas
Comentários
  • Marque a alternativa CORRETA, de acordo com o texto:

    Alternativas

    A

    Foi preciso ocorrer a Segunda Guerra Mundial para que o mundo conhecesse melhor as teses nazistas.

    B

    As atrocidades nazistas estão presentes, oficialmente, em todas as partes do mundo moderno.

    C

    O Holocausto promoveu barbáries humanas que dizimaram famílias e expuseram ao mundo a chaga da discriminação entre os seres humanos.

    D

    As conspirações políticas de Hitler, em associação com os franceses, instauraram o ódio às raças humanas supostamente inferiores.

    E

    Os poloneses eram perseguidos pelas polícias nazistas por serem cristãos.


ID
4169140
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto.” 

Nessa sentença, há a demarcação assinalada pela vírgula, separando a primeira construção do restante da estrutura. Que papel sintático é operado pela conjunção inicial, SE, na construção introdução da sentença?

Alternativas
Comentários
  • Fui por eliminação (marcar a menos errada)

    Contudo, creio que não seja o sentido de condicionalidade, mas sim de causa..

    "Já que minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto."

    É tal que o verbo embaralhar está conjugado no presente do indicativo, e não no subjuntivo

  • interessante observar que uma banca mais renomada, como CESPE, FCC ou ESAF, jamais consideraria esse SE como uma conjunção condicional, pois , para essas bancas, o contexto frasal em que o SE figura permite encaixá-lo em outras categorias, CAUSA e TEMPO, por exemplo. No entanto, bancas menores, por mais que a ideia de condição não mereça ser considerada, sempre usará o SE como condicional, ou seja, elas usam essa anomalia semântica do SE como método para derrubar candidatos. Foi exatamente o que ocorreu nessa questão:

    “Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto.” 

    Perceba que é inconcebível , semanticamente, pensar na ideia de CONDIÇÃO, a condição para NÃO HAVER SOMBRAS (obscuridade) SOBRE OS MOMENTOS MARCANTES VIVIDOS NO HOLOCAUSTO é A MEMÓRIA EMBARALHAR A SEQUÊNCIA DE ACONTECIMENTOS?????? Raciocine um pouco e chegará à conclusão de que NÃO. Não há ideia - e sequer a intenção por parte do autor - de estabelecer condição entre os fatos. Então QUAL A REAL INTENÇÃO SEMÂNTICA DO AUTOR??? É de, PASMEM, concessão:

    "EMBORA minha memória embaralhe a sequência de acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no holocausto", perceba que o autor que dizer que PODE NÃO SE LEMBRAR DA SEQUÊNCIA EXATA EM QUE OS FATOS SUCEDERAM, PORÉM SE LEMBRA PERFEITAMENTE DELES. Podem ter certeza de que, se essa questão fosse de uma banca de mais prestígio, o gabarito NÃO seria condição, mas sim concessão.

  • A questão é sobre conjunções e quer saber qual o papel sintático da conjunção "se" em Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto.”. Vejamos:

     . 

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e faz que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     . 

    A) de finalidade

    Errado.

    Conjunções subordinativas finais: têm valor semântico de finalidade, objetivo, intenção, intuito...

    São elas: a fim de que, para que, que e porque (= para que)

    Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas provas.

     . 

    B) temporal

    Errado.

    Conjunções subordinativas temporais: têm valor semântico de tempo, relação cronológica...

    São elas: logo que, quando, enquanto, até que, antes que, depois que, desde que, desde quando, assim que, sempre que...

    Ex.: Enquanto todos saíam, eu estudava.

     . 

    C) condicional

    Certo. "Se", nesse caso, é conjunção subordinativa condicional, já que traz uma circunstância necessária para que ocorra determinado fato ou situação: não haverá sombras (vestígios) sobre os momentos marcantes que essa pessoa viveu no Holocausto, desde que / a menos que sua memória embaralhe a sequência dos acontecimentos.

    Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...

    São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que, dado que...

    Ex.: Se você estudar muito, passará no concurso.

     . 

    D) de negação

    Errado.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

     . 

    E) concessivo

    Errado.

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, nem que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Embora discordasse, aceitei sua explicação.

     . 

    Referência: CEGALLA, Domingos Pascoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, 48.ª edição, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.

     . 

    Gabarito: Letra C

  • o gabarito deveria ter sido anulado, está claro a ideia de CONCESSÃO!!!! Vc não consegue reescrever o trecho com conjunções condicionais que fique coerente com a oração e o tempo do verbo embaralhar em sequencia.

  • Oi, pessoal.

    Um resumo sobre o "SE":

    • "SE" como PIS, PIV ou PARTÍCULA DE REALCE:

    1º) Quando o verbo for VTI, VL ou VI + SE, será PIS (pronome indeterminador do sujeito) se for SUJEITO INDETERMINADO. Ex.: Discorda-se de tudo. -> o verbo é VTI +SE e não se sabe quem discorda de tudo. Então, o "se", neste caso, é PIS.

    2º) Quando o verbo for VTI, VL ou VI + SE e não for caso de PIS, veja se o "SE" pode ser PIV. Será PIV se NÃO DER PARA TIRAR O "SE" DA FRASE. Ex.: Ela se arrependeu de tudo. -> o verbo é VTI +SE, há sujeito e o "se" não dá pra tirar, pois ficaria estranha a frase. Então, é PIV.

    3º) Quando o verbo for VTI, VL ou VI +SE, não for o caso de PIS, veja se DÁ PARA TIRAR O "SE" DA FRASE E ELA AINDA FAZER SENTIDO. Se der para tirar, o "se" será PARTÍCULA DE REALCE. Ex.: Joana foi-se embora. -> caso falarmos "Joana foi embora", a frase tem sentido e tá tudo bem tirar o "se". Então, ele será PARTÍCULA DE REALCE.

    • "SE" como PA (partícula apassivadora):

    Quando o verbo for VTD/VTDI + SE, o "se" será PA e o OD (objeto direto) vira SUJEITO. Ex.: Enviou-se o ofício. -> o verbo é VTD, "o ofício" é OD e o "SE" é PA. Então, nesse caso, o OD ("o ofício") vira SUJEITO. No caso de PA, dá para passar para voz passiva. -> O ofício foi enviado.

    • "SE" como CONJUNÇÃO INTEGRANTE (CI):

    conjunção introduz orações subordinadas substantivas. Ex: Quero saber se ela virá à festa. TROQUE O "SE" POR "ISSO" -> Quero saber ISSO.

    • "SE" como conjunção CONDICIONAL e CAUSAL:

    SE (conjunção condicional) - troca por "caso". Traz uma ideia de HIPÓTESE. Ex.: Se vier, avise-me.

    SE (conjunção causal) - troca por "já que". Ex.: Se está com frio, deve colocar o casaco.

    • "SE" como PRONOME REFLEXIVO E RECÍPROCO:

    Ex.: Ela se criticou = a ideia do "se" é criticar a si mesmo. O "se" é reflexivo.

    Ex.: Eles se beijaram = a ideia do "se" é de beijar um ao outro. Reciprocidade.

    XOXO,

    Concurseira de Aquário (:

  • Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto.” 

    Nessa sentença, há a demarcação assinalada pela vírgula, separando a primeira construção do restante da estrutura. Que papel sintático é operado pela conjunção inicial, SE, na construção introdução da sentença?

    Alternativas

    A

    de finalidade

    B

    temporal

    C

    condicional

    interessante observar que uma banca mais renomada, como CESPE, FCC ou ESAF, jamais consideraria esse SE como uma conjunção condicional, pois , para essas bancas, o contexto frasal em que o SE figura permite encaixá-lo em outras categorias, CAUSA e TEMPO, por exemplo. No entanto, bancas menores, por mais que a ideia de condição não mereça ser considerada, sempre usará o SE como condicional, ou seja, elas usam essa anomalia semântica do SE como método para derrubar candidatos. Foi exatamente o que ocorreu nessa questão:

    D

    de negação

    E

    concessivo

    “Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto.” 

    Perceba que é inconcebível , semanticamente, pensar na ideia de CONDIÇÃO, a condição para NÃO HAVER SOMBRAS (obscuridade) SOBRE OS MOMENTOS MARCANTES VIVIDOS NO HOLOCAUSTO é A MEMÓRIA EMBARALHAR A SEQUÊNCIA DE ACONTECIMENTOS?????? Raciocine um pouco e chegará à conclusão de que NÃO. Não há ideia - e sequer a intenção por parte do autor - de estabelecer condição entre os fatos. Então QUAL A REAL INTENÇÃO SEMÂNTICA DO AUTOR??? É de, PASMEM, concessão:

    "EMBORA minha memória embaralhe a sequência de acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no holocausto", perceba que o autor que dizer que PODE NÃO SE LEMBRAR DA SEQUÊNCIA EXATA EM QUE OS FATOS SUCEDERAM, PORÉM SE LEMBRA PERFEITAMENTE DELES. Podem ter certeza de que, se essa questão fosse de uma banca de mais prestígio, o gabarito NÃO seria condição, mas sim concessão.


ID
4169143
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto.” 

Justifique o registro do acento gráfico no vocábulo memória:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

    Ditongo decrescente: ocorre quando a vogal vem antes da semivogal.

    Ditongo crescente: ocorre quando a semivogal vem antes da vogal.

  • GABARITO: LETRA E

    Oxítonas ↳ Última sílaba tônica.

    Paroxítonas ↳ Penúltima sílaba tônica.

    Proparoxítonas ↳ Antepenúltima sílaba tônica.

    Monossílabos ↳ Acentuam-se monossílabos tônicos terminados em "A, E, O com ou sem S".

    Oxítonas ↳ Acentuam-se as oxítonas terminadas em "A, E, EM, ENS e DITONGO".

    Ditongos abertos  ÉU, ÉI, ÓI.

    a) Monossilábicos: véu, rói, dói, réis.

    b)Oxítonos: caracóis, pincéis, troféus.

    *

    Paroxítonas ↳ Acentuam-se as paroxítonas terminadas em "L, I(s), N, US, PS, Ã, R, UM, UNS, ON, X, ÃO e

    DITONGO".

    OBS: Não se acentua prefixos terminados em Iou R”: Semi |Super.

    Ditongos abertos paroxítonos não são mais acentuados. Ex: Ideia, boia, jiboia, assembleia.

    EE / OO paroxítonos (não são mais acentuados) Veem, leem, creem. | Voo, enjoo, perdoo.

    Não há mais trema em palavras da língua portuguesa.

    *

    Proparoxítonas ↳ Todas as paroxítonas são acentuadas.

    Hiatos ↳ Acentuam-se o "I e o U", quando são a segunda vogal tônica de hiato, quando essas letras aparecem sozinhas (ou seguidas de s) numa sílaba.

    OBS ↳ Se junto ao I” e U” vier qualquer outra letra (na mesma sílaba), não haverá acento.

    Se o I for seguido de NH”, não haverá acento.

    Paroxítonos antecedidos de ditongo: Feiura / Bocaiuva.

    Também não haverá acento se a vogal se repetir, como, por exemplo, em xiita.

    ____________________________________________________________________________________________________________________

    Formas Verbais com Hífen ↳ Deve-se tratar cada forma como se fosse uma palavra distinta.

    Ex: Contar-lhe; Sabê-la; Convidá-la-íamos.

    Verbos “Ter” e “Vir” ↳ Se empregados na terceira pessoa do singular (Presente do Indicativo): sem acento.

    Ex: O homem tem / o homem vem.

    Se empregados na terceira pessoa do plural (Presente do Indicativo): com acento circunflexo.

    Ex.: Os homens têm / os homens vêm.

    Verbos derivados de “Ter” e “Vir” ↳ Se empregados na terceira pessoa do singular (Presente do Indicativo): com acento agudo.

    Ex: João mantém / o frasco contém.

    Se empregados na terceira pessoa do plural (Presente do Indicativo): com acento circunflexo.

    Ex.: Os homens mantêm / os frascos contêm.

    Pôr (verbo) / Por (preposição) | Pôde (pretérito perfeito) / Pode (presente) | Fôrma (substantivo – recipiente) / Forma (verbo “formar” / substantivo)

    MEUS RESUMOS DE AULAS ASSISTIDAS.

  • Justifique o registro do acento gráfico no vocábulo memória:

    Alternativas

    A

    polifônico átono

    B

    polissílabo

    C

    proparoxítono

    D

    paroxítono terminado em ditongo decrescente

    E

    paroxítono terminado em ditongo crescente


ID
4169146
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Judia, fingi ser antissemita para fugir do Holocausto


    Já era noite quando os soldados alemães chegaram ao Gueto de Varsóvia, uma espécie de fortaleza, ou prisão, onde ficavam as famílias de judeus poloneses durante a Segunda Guerra Mundial. Do lado de fora dos muros, estavam os poloneses cristãos. Ao oficial que ficava na entrada do Gueto, os soldados nazistas deram o nome de uma família. Alguém fizera uma denúncia. E os soldados não precisavam de uma razão para matar judeus. O oficial abriu o livro de registros, encontrou o endereço e repassou aos soldados. Os soldados levaram aquela família inteira para uma ponte. Mataram todos. O sobrenome daquela família era muito parecido com o nosso. Não sabíamos se os soldados procuravam por aquela família ou se o oficial da entrada do Gueto entendeu o nome errado e os mandou para outro endereço. Os mortos poderíamos ser nós.

     A notícia chegou na manhã seguinte. Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto. Naquele dia de 1942, meu avô, um polonês muito culto, recebeu uma carta de anistia dos alemães. A mensagem dizia que seríamos perdoados – com direito até a vale-alimentação -, caso saíssemos do Gueto. Meu avô depositou um longo olhar naquele pedaço de papel antes de falar com minha avó. Fingi estar brincado, mas prestei atenção em cada palavra. Meu avô aceitou a proposta dos nazistas. Retornaria à cidade onde nasci, Sokolov. Minha avó, chorando, disse que era uma armadilha preparada pelos alemães. Tinha certeza de que seriam mortos no regresso. Vovô respondeu que já estavam velhos, e não era justo dificultar a fuga dos filhos. Era melhor que partissem. Minha mãe, a filha mais velha e viúva (meu pai faleceu em decorrência de uma pneumonia), decidiu acompanhá-los. Impôs aos irmãos uma única condição: que me mantivessem viva. Abracei minha mãe e implorei para que ela ficasse. Minha última lembrança é ver minha mãe empurrando, sutilmente, a maleta dela para baixo da mesa de centro. Ninguém percebeu, só eu. Minha mãe sabia que ia morrer. Quando minha tia avistou a maleta, disse: “Sua mãe só sabe chorar, olha o que ela esqueceu.”

     Não tínhamos outra escolha senão fugir. Como era fácil desconfiarem de uma família dizimada como a nossa, meus tios se encarregaram de providenciar um novo passado para nós quatro – eu, minha tia solteira, meu tio viúvo e o filho dele. Meus tios, que eram irmãos, fingiriam ser um casal. Na história, a esposa do meu tio faleceu em decorrência de pneumonia – o que aconteceu na vida real. Diante da morte da esposa, meu tio se casou com a irmã mais nova da falecida. Eu era a filha do primeiro casamento. Meu primo, do segundo. Por muito dinheiro, meu tio comprou documentos falsos, com nomes de poloneses mortos, para ele e minha tia. Depois, pediu ajuda a um fazendeiro conhecido nosso – e respeitado pelos poloneses cristãos – para fugir. Antes de partir, soubemos por um rapaz que conseguiu escapar de um campo de concentração que meus avós e minha mãe tinham sido exterminados na cidade de Treblinkla. (...)

    Desembarquei no Brasil com 17 ou 18 anos. Desde então, moro na cidade de São Paulo. Casei com Francisco Gotthilf, um polonês conhecido como o apresentador do programa Mosaico na TV. Idealizado por Francisco, o programa, destinado à comunidade judaica, foi ao ar em 1961. Entrou para o Guinness, o livro dos recordes, como o programa mais antigo da televisão brasileira (está no ar hoje pela TV Aberta São Paulo).

    Tenho 85 anos, três filhos, sete netos e dois bisnetos. Francisco faleceu há quatro anos. Ele nem imaginava que eu seria capaz de contar minha história sem chorar. Para voltar à Polônia e visitar à casa de meu avô, que deu a vida por mim, amealhei coragem por 30 anos. Já se passaram sete décadas, e eu ainda preciso me proteger dessas lembranças, mas não posso levá-las guardadas comigo. O mundo precisa saber o que aconteceu. Nós, sobreviventes, precisamos encontrar uma maneira de romper o silêncio que nos impusemos. Minha estratégia, que estou estreando com você, é contar como se estivesse narrando a trajetória de uma vizinha. De outra maneira, essa conversa não seria possível. 

Artigo escrito por Rachela Gotthilf, na Revista Época, edição de 25 de janeiro de 2016, n 919, São Paulo, Capital.  

“Minha avó, chorando, disse que era uma armadilha preparada pelos alemães.”


De acordo com as normas vigentes no sistema ortográfico da língua portuguesa, a palavra grifada, armadilha, apresenta:

Alternativas
Comentários
  • armadinha - dígrafo

  • Dígrafo é quando duas letras emitem um único som.

    Testem os dígrafos dessas palavras: assar, banho, arroz, querido. ... Então, quando isso ocorre, chamamos de dígrafo, o qual compreende o seguinte grupo de letras: lh, nh, ch, rr, ss, qu e gu (seguidos de e ou i), sc, sç, xc, xs.

    Fonte: brasilescola

  • CH = /X/

    NH = /NH/

    LH = /LH/

    RR = /R/

    SS = /S/

    SC= /S/

    XC = /S/

    QU = /K/

    GU = /G/

  • a) Hiato: encontro de duas vogais em sílabas distintas. Exemplo: SA. Ú. DE. Note que ambas são pronunciadas;

    b) Ditongo: encontro de duas vogais na mesma sílaba. Exemplo: SAU. DA. DE;

    c) Tritongo: encontro de semivogal + vogal + semivogal. Exemplo: PA. RA. GUAI. Além de todas as vogais serem pronunciadas e ficarem alocadas em uma única sílaba, não existe mais de uma vogal na mesma sílaba (Fonte desse detalhe, Profa. Flávia Rita;

    PS.: Polifonia eu acabei de conhecer, então vou ficar devendo. Bons estudos

  • Se tivesse posto um Encontro consonantal e um Dígrafo, teria sido mais emocionante. armadilha.

  • “Minha avó, chorando, disse que era uma armadilha preparada pelos alemães.”

    De acordo com as normas vigentes no sistema ortográfico da língua portuguesa, a palavra grifada, armadilha, apresenta:

    Alternativas

    A

    hiato

    B

    ditongo

    C

    tritongo

    D

    dígrafo

    Dígrafo é quando duas letras emitem um único som.

    Testem os dígrafos dessas palavras: assar, banho, arroz, querido. ... Então, quando isso ocorre, chamamos de dígrafo, o qual compreende o seguinte grupo de letras: lh, nh, ch, rr, ss, qu e gu (seguidos de e ou i), sc, sç, xc, xs.

    E

    polifonia

    a) Hiato: encontro de duas vogais em sílabas distintas. Exemplo: SA. Ú. DE. Note que ambas são pronunciadas;

    b) Ditongo: encontro de duas vogais na mesma sílaba. Exemplo: SAU. DA. DE;

    c) Tritongo: encontro de semivogal + vogal + semivogal. Exemplo: PA. RA. GUAI. Além de todas as vogais serem pronunciadas e ficarem alocadas em uma única sílaba, não existe mais de uma vogal na mesma sílaba (Fonte desse detalhe, Profa. Flávia Rita;

    PS.: Polifonia eu acabei de conhecer, então vou ficar devendo. Bons estudos

  • A questão é de fonologia e quer que classifiquemos, de acordo com as normas vigentes no sistema ortográfico da língua portuguesa, a palavra grifada armadilha. Vejamos:

     . 

    A) hiato

    Errado.

    Hiato é o encontro entre duas vogais que pertencem a sílabas diferentes. Devemos acentuar as vogais "i" e "u" tônicas dos hiatos, quando aparecem sozinhas na sílaba ou acompanhadas por "s". Ex.: sa-í-da, pa-ís, sa-ú-de, ba-ús.

     .

    B) ditongo

    Errado.

    Ditongo: é a combinação de uma vogal + uma semivogal (V + SV), ou vice-versa (SV + V), na mesma sílaba. Ex.: pai, rei, sou, pão, fui, herói, sério, quando.

    Ditongo crescente: (semivogal + vogal): gênio, pátria, série, quatro, aguentar, quantia, tênue, vácuo etc.

    Ditongo decrescente: (vogal + semivogal): pauta, meu, riu, constitui, dói, ouro, jeito etc.

     .

    C) tritongo

    Errado.

    Tritongo: é conjunto semivogal + vogal + semivogal, formando uma só sílaba. O tritongo pode ser: a) oral: iguais, averiguei, averiguou, delinquiu, sequoia, Uruguai. b) nasal: quão, saguão, saguões, mínguam (mínguão).

     .

    D) dígrafo

    Certo. Há o dígrafo consonantal "lh" em "ar-ma-di-lha".

    Dígrafo é o grupo de duas letras representando um só fonema. Na palavra "chave", por exemplo, que se pronuncia "xávi", ocorre o dígrafo "ch". 

    Dígrafos consonantais: (dígrafos que representam consoantes) lh, ch, nh, rr, ss, qu, gu, sc, sç, xc, xs. 

    Dígrafos vocálicos: (dígrafos que representam vogais nasais) am, em, im, om, um, an, en, in, on, un.

     .

    E) polifonia

    Errado. Polifonia significa a execução harmônica de vários sons simultaneamente.

     .

    Gabarito: Letra D


ID
4169149
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Judia, fingi ser antissemita para fugir do Holocausto


    Já era noite quando os soldados alemães chegaram ao Gueto de Varsóvia, uma espécie de fortaleza, ou prisão, onde ficavam as famílias de judeus poloneses durante a Segunda Guerra Mundial. Do lado de fora dos muros, estavam os poloneses cristãos. Ao oficial que ficava na entrada do Gueto, os soldados nazistas deram o nome de uma família. Alguém fizera uma denúncia. E os soldados não precisavam de uma razão para matar judeus. O oficial abriu o livro de registros, encontrou o endereço e repassou aos soldados. Os soldados levaram aquela família inteira para uma ponte. Mataram todos. O sobrenome daquela família era muito parecido com o nosso. Não sabíamos se os soldados procuravam por aquela família ou se o oficial da entrada do Gueto entendeu o nome errado e os mandou para outro endereço. Os mortos poderíamos ser nós.

     A notícia chegou na manhã seguinte. Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto. Naquele dia de 1942, meu avô, um polonês muito culto, recebeu uma carta de anistia dos alemães. A mensagem dizia que seríamos perdoados – com direito até a vale-alimentação -, caso saíssemos do Gueto. Meu avô depositou um longo olhar naquele pedaço de papel antes de falar com minha avó. Fingi estar brincado, mas prestei atenção em cada palavra. Meu avô aceitou a proposta dos nazistas. Retornaria à cidade onde nasci, Sokolov. Minha avó, chorando, disse que era uma armadilha preparada pelos alemães. Tinha certeza de que seriam mortos no regresso. Vovô respondeu que já estavam velhos, e não era justo dificultar a fuga dos filhos. Era melhor que partissem. Minha mãe, a filha mais velha e viúva (meu pai faleceu em decorrência de uma pneumonia), decidiu acompanhá-los. Impôs aos irmãos uma única condição: que me mantivessem viva. Abracei minha mãe e implorei para que ela ficasse. Minha última lembrança é ver minha mãe empurrando, sutilmente, a maleta dela para baixo da mesa de centro. Ninguém percebeu, só eu. Minha mãe sabia que ia morrer. Quando minha tia avistou a maleta, disse: “Sua mãe só sabe chorar, olha o que ela esqueceu.”

     Não tínhamos outra escolha senão fugir. Como era fácil desconfiarem de uma família dizimada como a nossa, meus tios se encarregaram de providenciar um novo passado para nós quatro – eu, minha tia solteira, meu tio viúvo e o filho dele. Meus tios, que eram irmãos, fingiriam ser um casal. Na história, a esposa do meu tio faleceu em decorrência de pneumonia – o que aconteceu na vida real. Diante da morte da esposa, meu tio se casou com a irmã mais nova da falecida. Eu era a filha do primeiro casamento. Meu primo, do segundo. Por muito dinheiro, meu tio comprou documentos falsos, com nomes de poloneses mortos, para ele e minha tia. Depois, pediu ajuda a um fazendeiro conhecido nosso – e respeitado pelos poloneses cristãos – para fugir. Antes de partir, soubemos por um rapaz que conseguiu escapar de um campo de concentração que meus avós e minha mãe tinham sido exterminados na cidade de Treblinkla. (...)

    Desembarquei no Brasil com 17 ou 18 anos. Desde então, moro na cidade de São Paulo. Casei com Francisco Gotthilf, um polonês conhecido como o apresentador do programa Mosaico na TV. Idealizado por Francisco, o programa, destinado à comunidade judaica, foi ao ar em 1961. Entrou para o Guinness, o livro dos recordes, como o programa mais antigo da televisão brasileira (está no ar hoje pela TV Aberta São Paulo).

    Tenho 85 anos, três filhos, sete netos e dois bisnetos. Francisco faleceu há quatro anos. Ele nem imaginava que eu seria capaz de contar minha história sem chorar. Para voltar à Polônia e visitar à casa de meu avô, que deu a vida por mim, amealhei coragem por 30 anos. Já se passaram sete décadas, e eu ainda preciso me proteger dessas lembranças, mas não posso levá-las guardadas comigo. O mundo precisa saber o que aconteceu. Nós, sobreviventes, precisamos encontrar uma maneira de romper o silêncio que nos impusemos. Minha estratégia, que estou estreando com você, é contar como se estivesse narrando a trajetória de uma vizinha. De outra maneira, essa conversa não seria possível. 

Artigo escrito por Rachela Gotthilf, na Revista Época, edição de 25 de janeiro de 2016, n 919, São Paulo, Capital.  

“Minha avó, chorando, disse que era uma armadilha preparada pelos alemães.”


Em forma nominal se encontra o verbo chorar, nessa construção?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - B

    Lembre- se lá da tia " Teteca"...

    ( Formas nominais do verbo )

    Infinitivo - Terminação " ar, er ou ir "

    Correr / dançar / caminhar ...

    Gerúndio - Terminação ( NDO)

    Correndo/ Dançando / Caminhando ....

    Particípio - Terminação ( ADO / IDO )

  • “Minha avó, chorando, disse que era uma armadilha preparada pelos alemães.”

    Em forma nominal se encontra o verbo chorar, nessa construção?

    Alternativas

    A

    particípio

    B

    gerúndio

    ( Formas nominais do verbo )

    Infinitivo - Terminação " ar, er ou ir "

    Correr / dançar / caminhar ...

    Gerúndio - Terminação ( NDO)

    Correndo/ Dançando / Caminhando ....

    Particípio - Terminação ( ADO / IDO )

    C

    infinitivo

    D

    próclise

    E

    ênclise

    Particípio = "Particípado" "Participido"

    Gerúndio = " Gerúndo" "Gerando" "Gerindo"

  • “Minha avó, chorando, disse que era uma armadilha preparada pelos alemães.”

    Em forma nominal se encontra o verbo chorar, nessa construção?

    Alternativas

    B

    gerúndio

    Particípio = "Particípado" "Participido"

    Gerúndio = " Gerúndo" "Gerando" "Gerindo"


ID
4169152
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Judia, fingi ser antissemita para fugir do Holocausto


    Já era noite quando os soldados alemães chegaram ao Gueto de Varsóvia, uma espécie de fortaleza, ou prisão, onde ficavam as famílias de judeus poloneses durante a Segunda Guerra Mundial. Do lado de fora dos muros, estavam os poloneses cristãos. Ao oficial que ficava na entrada do Gueto, os soldados nazistas deram o nome de uma família. Alguém fizera uma denúncia. E os soldados não precisavam de uma razão para matar judeus. O oficial abriu o livro de registros, encontrou o endereço e repassou aos soldados. Os soldados levaram aquela família inteira para uma ponte. Mataram todos. O sobrenome daquela família era muito parecido com o nosso. Não sabíamos se os soldados procuravam por aquela família ou se o oficial da entrada do Gueto entendeu o nome errado e os mandou para outro endereço. Os mortos poderíamos ser nós.

     A notícia chegou na manhã seguinte. Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto. Naquele dia de 1942, meu avô, um polonês muito culto, recebeu uma carta de anistia dos alemães. A mensagem dizia que seríamos perdoados – com direito até a vale-alimentação -, caso saíssemos do Gueto. Meu avô depositou um longo olhar naquele pedaço de papel antes de falar com minha avó. Fingi estar brincado, mas prestei atenção em cada palavra. Meu avô aceitou a proposta dos nazistas. Retornaria à cidade onde nasci, Sokolov. Minha avó, chorando, disse que era uma armadilha preparada pelos alemães. Tinha certeza de que seriam mortos no regresso. Vovô respondeu que já estavam velhos, e não era justo dificultar a fuga dos filhos. Era melhor que partissem. Minha mãe, a filha mais velha e viúva (meu pai faleceu em decorrência de uma pneumonia), decidiu acompanhá-los. Impôs aos irmãos uma única condição: que me mantivessem viva. Abracei minha mãe e implorei para que ela ficasse. Minha última lembrança é ver minha mãe empurrando, sutilmente, a maleta dela para baixo da mesa de centro. Ninguém percebeu, só eu. Minha mãe sabia que ia morrer. Quando minha tia avistou a maleta, disse: “Sua mãe só sabe chorar, olha o que ela esqueceu.”

     Não tínhamos outra escolha senão fugir. Como era fácil desconfiarem de uma família dizimada como a nossa, meus tios se encarregaram de providenciar um novo passado para nós quatro – eu, minha tia solteira, meu tio viúvo e o filho dele. Meus tios, que eram irmãos, fingiriam ser um casal. Na história, a esposa do meu tio faleceu em decorrência de pneumonia – o que aconteceu na vida real. Diante da morte da esposa, meu tio se casou com a irmã mais nova da falecida. Eu era a filha do primeiro casamento. Meu primo, do segundo. Por muito dinheiro, meu tio comprou documentos falsos, com nomes de poloneses mortos, para ele e minha tia. Depois, pediu ajuda a um fazendeiro conhecido nosso – e respeitado pelos poloneses cristãos – para fugir. Antes de partir, soubemos por um rapaz que conseguiu escapar de um campo de concentração que meus avós e minha mãe tinham sido exterminados na cidade de Treblinkla. (...)

    Desembarquei no Brasil com 17 ou 18 anos. Desde então, moro na cidade de São Paulo. Casei com Francisco Gotthilf, um polonês conhecido como o apresentador do programa Mosaico na TV. Idealizado por Francisco, o programa, destinado à comunidade judaica, foi ao ar em 1961. Entrou para o Guinness, o livro dos recordes, como o programa mais antigo da televisão brasileira (está no ar hoje pela TV Aberta São Paulo).

    Tenho 85 anos, três filhos, sete netos e dois bisnetos. Francisco faleceu há quatro anos. Ele nem imaginava que eu seria capaz de contar minha história sem chorar. Para voltar à Polônia e visitar à casa de meu avô, que deu a vida por mim, amealhei coragem por 30 anos. Já se passaram sete décadas, e eu ainda preciso me proteger dessas lembranças, mas não posso levá-las guardadas comigo. O mundo precisa saber o que aconteceu. Nós, sobreviventes, precisamos encontrar uma maneira de romper o silêncio que nos impusemos. Minha estratégia, que estou estreando com você, é contar como se estivesse narrando a trajetória de uma vizinha. De outra maneira, essa conversa não seria possível. 

Artigo escrito por Rachela Gotthilf, na Revista Época, edição de 25 de janeiro de 2016, n 919, São Paulo, Capital.  

Releia o trecho e, em seguida, responda: “Naquele dia de 1942, meu avô, um polonês muito culto, recebeu uma carta de anistia dos alemães.” Qual a função sintática da expressão sublinhada?

Alternativas
Comentários
  • LETRA A

    Naquele dia de 1942, meu avô, um polonês muito culto, recebeu uma carta de anistia dos alemães

    O termo explica quem é meu avô. Por tanto, é um APOSTO EXPLICATIVO.

  • Uma expressão apositiva é aquela que aparece em uma oração se referindo a uma oração anterior e explicando-na.

    Exemplo:

    A amiga deu-me um conselho: que desistisse da ex namorada.

    No trecho acima, a segunda oração é uma oração apositiva.

    Fonte: DicionárioInformal.

  • Releia o trecho e, em seguida, responda: “Naquele dia de 1942, meu avô, um polonês muito culto, recebeu uma carta de anistia dos alemães.” Qual a função sintática da expressão sublinhada?

    Alternativas

    A

    apositiva

    O termo explica quem é meu avô. Por tanto, é um APOSTO EXPLICATIVO.

    Uma expressão apositiva é aquela que aparece em uma oração se referindo a uma oração anterior e explicando-na.

    B

    conjuntiva

    C

    subjetiva

    D

    adverbial

    E

    substantiva


ID
4169155
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Paula depositou em sua conta bancária a quantia de R$ 200,00. Ao conferir o saldo de sua conta notou que possuía um valor negativo de - R$ 50,00. Quanto Paula devia ao banco?

Alternativas

ID
4169158
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um trem com quatro vagões transporta 720 pessoas. Para transportar 1260 pessoas , quantos vagões seriam necessários?

Alternativas
Comentários
  • 720/ 4 =180

    1260/180 = 7

    RESPOSTA LETRA E

  • Com regra de 3 fica bem simples.


ID
4169161
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em uma população de 250 ratos, temos que 16% são brancos. Qual é o número de ratos brancos dessa população?

Alternativas
Comentários
  • REGRA DE 3 SIMPLES

    250 ----- 100%

    X ------ 16%

    4000= 100X ( SIMPLIFICANDO CORTA OS ZEROS)

    X= 40/ 1

    X = 40

    RESPOSTA LETRA D


ID
4169164
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Dois números somados totalizam 510. Sabe-se que um deles está para 8, assim como o outro está para 9. Quais são os dois números?

Alternativas
Comentários
  • RESPONDI PELAS QUESTÕES

    240/8 = 30

    270/9 = 30

    RESPOSTA LETRA A

  • Usei a regra da proporção

    Um dos números está para 8= x/8

    E o outro está para 9= y/9

    E x + y = 510

    Uma das regras da proporção diz, que a soma dos termos superiores, sobre a soma dos termos posteriores é igual a uma das frações representadas, ou seja:

    x/8 = y/9

    x+y/ 8+9= x/8 (como também poderíamos usar o y/9, podemos usar uma das duas)

    Substituindo:

    510/17= x/8

    Segue regra de três inversamente proporcioanal:

    17x= 510 . 8

    x= 240, já mata a questão - LETRA A

    Coloquem no papel conforme o passo a passo, facilitará o entendimento!


ID
4169167
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Dos 8 irmãos que tenho, apenas 12,5% são mulheres. Quantas irmãs eu tenho?

Alternativas
Comentários
  • REGRA DE 3 SIMPLES

    8 ------- 100

    X ------ 12, 5

    100X = 100

    X = 1

    RESPOSTA LETRA B

  • 12% de 8 = 0,96

    0,5% de 8 = 0,04

    x = 1


ID
4169170
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A oferta a seguir, “GRANDE OFERTA R$ 646,00 à vista ou 5 prestações de R$ 257,00” estava em uma loja. Qual é a diferença entre os preços do plano à vista e do plano a prazo?

Alternativas
Comentários
  • oloco

    ta compensando paga na moeda

  • 257 X 5 = 1285

    1285-646= 639,00

    RESPOSTA: LETRA D


ID
4169173
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um comerciante colocou 385 litros de óleo em latas de 15 litros cada uma. Mas observou-se que houve alguma lata incompleta. nesse caso, quantos litros continha essa lata?

Alternativas
Comentários
  • 385 / 15 = 25

    Resto = 10

    Gabanelas: A) 10


ID
4169176
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Trinta alunos realizaram uma prova de Química. Deles, 2/5 tiraram a nota acima de oito, 1/3 tirou entre cinco e oito e o restante tirou abaixo de cinco. Calcule a quantidade de alunos que tirou a nota da prova abaixo de cinco.

Alternativas
Comentários
  • GAB D

    30 É o total

    2/5 = 12

    1/3 = 10

    12+10 = 22

    30-22 = 8

  • 30 é o total

    2/5 de 30 = 30:5 que é igual a 6; 6x2 é igual a 12

    1/3 de 30= 30:3 que é igual a 10; 10x1 é igual a 10

    soma 12+10=22

    e tira a diferença 30 - 22 = 8

    RESPOSTA: (LETRA D)


ID
4169182
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

João recebeu um aumento de 10% e com isso seu salário chegou a R$ 1320,00. O salário de João antes do aumento era igual a?

Alternativas
Comentários
  • Regra de 3 simples:

    1320 ----------->110

    x------------------>100

    110x = 132000

    x= 132000/110 = 1200


ID
4169191
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia notícia a seguir e responda a seguir:


Países afetados por zika devem legalizar aborto, diz Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU

O Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra'ad Al Hussein, declarou nesta sexta-feira (05/02) que países que sofrem com o surto do vírus zika devem assegurar os direitos reprodutivos das mulheres, oferecendo aconselhamento, acesso a contracepção e permitindo a interrupção da gravidez.

(...)

“Leis e políticas que restringem o acesso [das mulheres] a estes serviços devem ser urgentemente revistos de acordo com as obrigações para com os direitos humanos com o objetivo de assegurar o direito à saúde para todas as pessoas”, disse Hussein.

A relação do vírus zika com a incidência de microcefalia em bebês ainda não foi comprovada mas é cogitada pela OMS (Organização Mundial de Saúde). O Ministério da Saúde brasileiro afirmou em novembro do ano passado que a infecção pelo vírus está relacionada à ocorrência da má-formação fetal, em que bebês nascem com o cérebro menor do que o tamanho considerado normal.

(...)

(Opera Mundi, 2016)


Sobre o aborto no Brasil é correto afirmar:

Alternativas

ID
4169194
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia a seguir:

Desde 2008, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de consumo de agrotóxicos. Enquanto nos últimos dez anos o mercado mundial desse setor cresceu 93%, no Brasil, esse crescimento foi de 190%, de acordo com dados divulgados pela Anvisa. (El País, 2015)


Sobre os agrotóxicos é correto afirmar:

Alternativas

ID
4169197
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia o texto a seguir:

Entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21,0% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios femininos diários. Diversos estados evidenciaram pesado crescimento na década, como Roraima, onde as taxas mais que quadruplicaram (343,9%), ou Paraíba, onde mais que triplicaram (229,2%). (Mapa da Violência, Homicídio de mulheres no Brasil, 2015)


O texto acima nos mostra que a morte de mulheres na Paraíba aumentou em 343% em um período de 10 anos. Podemos considerar que esta violência é fruto de uma sociedade:

Alternativas

ID
4169200
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Qual das opções abaixo protege o computador de acessos maliciosos?

Alternativas
Comentários
  • Gab : A

    lembrando que firewall não é antivirus.

  • GABARITO-A

    Use a analogia: Um Firewall é como um porteiro ou segurança: Ele controla o fluxo do que entra e do que sai.

    Um firewall é um dispositivo de segurança da rede que monitora o tráfego de rede de entrada e saída e decide permitir ou bloquear tráfegos específicos de acordo com um conjunto definido de regras de segurança.

    Bons estudos!

  • FIREWALL

    Filtro de conexões.

    Permite ou bloqueia o tráfego das portas TCP do computador.

    É utilizado para bloquear acessos a determinados sítios ou endereços.

    Controla os pacotes que entram em uma rede privada, e

    Controla aqueles que saem da rede para a Internet.

    Protege ou restringe o acesso aos dados armazenados em um PC.

    Utiliza filtro de endereçamento.

    Utiliza criptografia e autenticação.

    Pode ser instalado tanto como software e hardware.

    Como um software --> habilitado em cada computador da rede.

    Como um hardware --> Instalado na conexão da rede com a internet.

    Ou seja, ele é uma combinação de hardware e software.

    Mas é dispensável o uso de equipamento de hardware na máquina.

    Impede a passagem de vírus, worms ou cookies oriundos da internet.

    Capaz de proteger o computador de ataques de crackers.

    Aprova pacotes de dados que atenda as exigências e bloqueia os demais.

    _____________

    Bons Estudos.


ID
4169203
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No Windows, o que indica as extensões nos nomes dos arquivos?

Alternativas
Comentários
  • Podemos ter vários tipos de arquivos indicados por suas extensões. Alguns deles:

    Texto: txt, doc, docx, odt, rtf.

    Áudio: mp3 etc.

    Vídeo: mp4; avi etc.

    Arquivos executáveis: exe, com, bat etc.

  • GABARITO - C

    As extensões de arquivos referem-se a sufixos usados para estabelecer e definir o formato e a função desempenhada pelos arquivos de um computador. Desta forma, o sistema operacional Windows é constituído por uma infinidade de arquivos dos mais variadas extensões.

    https://www.cursosdeinformaticabasica.com.br/o-que-e-extensao-de-arquivo-e-para-que-serve/

    Bons estudos!

  • GAB. C)

    Qual o tipo do arquivo


ID
4169206
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Qual a função do Windows Explorer?

Alternativas
Comentários
  • Navegar na internet - browsers, como: google, mozila, microsoft edge, opera etc;

    Editar textos - word, word pad, writer, bloco de notas etc;

    Editar planilhas - excel, calc;

    Ler e enviar e-mails - outlook, gmail etc.

  • Windows Explorer é um gerenciador de arquivos e pastas do sistema Windows. Ou seja, é utilizado para a cópia, exclusão, organização, movimentação e todas as atividades de gerenciamento de arquivos. Seu ícone é uma pasta amarela e o nome de seu arquivo é Explorer.exe, o qual normalmente se encontra em C:\Windows.

    Gab: D

  • detalhe:

    I) Atalho W + E

  • Isso sim é noções de informática.

  • Windows Explorer significa literalmente "Explorador do Windows", é um gerenciador de arquivos e pastas do Windows. Ou seja, é utilizado para a cópiaexclusãoorganizaçãomovimentação e todas as atividades de gerenciamento de arquivos.

    Atalho para o Windows ExplorerWIN + E (basta lembrar do nome "Explorer")

  • Explorador de arquivos

  • A questão aborda conhecimentos acerca da funcionalidade dos recursos presentes no sistema operacional Windows, mais especificamente quanto à função do Windows Explorer.  

      

    A) Incorreta – Os softwares utilizados para realizar a navegação na internet são os navegadores web, cuja função é acessar os sites da internet, através do processamento de linguagens, como, por exemplo, a HTML. 

    B) Incorreta – Os softwares utilizados para realizar edições de textos são os programas de processamento de texto, como, por exemplo, o Word, Writer, Bloco de notas etc.  

    C) Incorreta – Os softwares utilizados para realizar edições de planilhas são os programas de processamento de planilhas, como, por exemplo, o Excel e Calc. 

    D) Correta – O Windows Explorer é um recurso do sistema operacional Windows que tem como função realizar o gerenciamento de pastas e arquivos no computador. Através desse recurso o usuário poderá criar, acessar ou pesquisar pastas e subpastas presentes no computador.  

    E) Incorreta – Os softwares utilizados para realizar a leitura e envio de e-mails são os correios eletrônicos, como, por exemplo, o Outlook e o Thunderbird.  

      

    Gabarito – Alternativa D. 


ID
4169209
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Qual a menor unidade de informação que pode ser armazenada ou transmitida por um computador?

Alternativas
Comentários
  • Este código de caracteres é formado pela união de 8 "zeros" e "uns". Cada 0 e 1 é chamado de BIT, e o conjunto de oito deles é chamado BYTE. Um BYTE consegue armazenar apenas um CARACTERE (letras, números, símbolos, pontuação, espaço em branco e outros caracteres especiais). www.algosobre.com.br › bits-e-...
  • 1 bit – representa a menor unidade de medida de informação (1 para ligado, ou 0 para desligado);

    ►1 Byte (B) – conjunto de 8 bits;

    ►1 Kilobyte (KB) – 1024 bytes; K de 1024.

    ►1 Megabytes (MB) – 1024 kilobytes;

    ►1 Gigabytes (GB) – 1024 megabytes;

    ►1 TERABYTE (TB) – 1024 gigabytes;

  • Assertiva C

    Qual a menor unidade de informação que pode ser armazenada 

    1 Bit

  • a questão fala "que pode ser armazenada", 1 bit pode ser armazenado?

  • 1 bit – representa a menor unidade de medida de informação (1 para ligado, ou 0 para desligado);

    ►1 Byte (B) – conjunto de 8 bits;

    ►1 Kilobyte (KB) – 1024 bytes; K de 1024.

    ►1 Megabytes (MB) – 1024 kilobytes;

    ►1 Gigabytes (GB) – 1024 megabytes;

    ►1 TERABYTE (TB) – 1024 gigabytes.

    GAB: C

  • o correto seria bit, não Bit

  • 1 bit 


ID
4169212
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Qual é o protocolo utilizado para transferência de hipertextos na camada de aplicação segundo o modelo OSI?

Alternativas
Comentários
  • Gab: E

    HTTP é um protocolo de transferência que possibilita que as pessoas que inserem a URL do seu site na Web possam ver os conteúdos e dados que nele existem. A sigla vem do inglês Hypertext Transfer Protoco

  • GABARITO -E

    A) Eu conheço o FTP

    Protocolo de Transferência de Arquivos.

    Ele é basicamente um tipo de conexão que permite a troca de arquivos entre dois computadores conectados à internet.

    --------------------------------------------

    B) TCP/IP

    o TCP/IP é o principal protocolo de envio e recebimento de dados MS internet. 

    TCP/IP é um conjunto de protocolos. Esse grupo é dividido em quatro camadas: aplicação, transporte, rede e interface.

    -----------------------------------------

    C) Proxy

    proxy serve como um intermediário entre os PCs de uma rede e a Internet. Um servidor proxy pode ser usado com basicamente três objetivos: 1- Compartilhar a conexão com a Internet quando existe apenas um IP disponível (o proxy é o único realmente conectado à Web, os outros PCs acessam através dele)

    ------------------------------------------

    D) DHCP

    protocolo de serviço TCP/IP que oferece configuração dinâmica de terminais, com concessão de endereços IP de host, máscara de sub-rede, default gateway, número IP de um ou mais servidores DNS, sufixos de pesquisa do DNS e número IP de um ou mais servidores WINS

    ---------------------------------------

    E) HTTP

     protocolo de transferência que possibilita que as pessoas que inserem a URL do seu site na Web possam ver os conteúdos e dados que nele existem.

    --------------------------------------

    Pra cima deles!

  • Assertiva E

    transferência de hipertextos = HTTP

  • transferência de hipertextos = HTTP

  • GAB [E] AOS NÃO ASSINANTES.

    #ESTABILIDADESIM.

    #NÃOÀREFORMAADMINISTRATIVA.

    ''O serviço público continua depois que você morrer. Trabalhe para que ele seja cada vez melhor.''

  • Vamos avançar! DEUS É MAIOR!

  • Gabarito: E 

    O Hypertext Transfer Protocol, sigla HTTP é um protocolo de comunicação utilizado para sistemas de informação de hipermídia, distribuídos e colaborativos. Ele é a base para a comunicação de dados da World Wide Web. Hipertexto é o texto estruturado que utiliza ligações lógicas entre nós contendo texto.

    Bons estudos!

    ==============

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    Organize seus estudos: www.xadrezforte.com.br/planilha

  • Avante PMPR #Pertenceremos!

  • GAB.E)

    HTTP