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Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2018 - Prefeitura de Santa Bárbara - MG - Engenheiro Ambiental


ID
3297220
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ao vencedor as batatas – uma reflexão sobre a

lógica da guerra

A filosofia clássica já nos informava que “lógica” é o método empregado pelo Homem para separar as ideias válidas e morais das ideias inválidas e imorais. Por conta disso, uma das grandes perguntas da humanidade é qual a lógica da guerra. Considerando que o Homo sapiens construiu sua história através de guerras, é bem possível que ele consiga enxergar a lógica.

E a lógica acaba sendo sempre explicada, o que não quer dizer que ela seja sempre entendida. Até porque a história final é sempre contada pelos vencedores, e “ai dos vencidos…”. Esta guerra que estamos para presenciar (de casa, confortáveis, comendo pipocas) deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la. Que bom se pudéssemos entendê-la! Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a lógica é a ameaça do poder de destruição em massa do arsenal iraquiano, mas os peritos da ONU não encontram esse arsenal, então não é lógica, é presunção.

Diz então a superpotência que o ditador é sanguinário e tortura criancinhas, mas que se ele se desarmar será deixado em paz, então o interesse não está ligado às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia. Diz então a superpotência que o ditador apoia os terroristas fundamentalistas, porém nenhuma evidência de ligação com os mesmos foi jamais encontrada, então isso não é lógica, é querer desviar atenção de um inimigo invisível, para um visível, sendo, portanto, ilusionismo.

Parece então que a lógica desta guerra está sendo construída a partir de presunção, hipocrisia e ilusionismo, porém sabemos que esses não podem ser aceitos como pressupostos da lógica. Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica. Ou a lógica tem que ser explicada a partir de outros argumentos. Por qual motivo, então, não usar os argumentos certos? Não se deveria começar de baixo, bem de baixo, mas tão de baixo que podemos chamar esse lugar de subsolo? Afinal o subsolo pode sim oferecer um argumento lógico para uma guerra, como já fez outras vezes. Isso não significa, é claro, que essa lógica seja aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos. Falando no subsolo e em suas riquezas, prefiro a ironia da lógica machadiana que, pelo menos, tem estilo:

“A guerra tem um caráter benéfico e conservador. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição.

A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido o ódio ou a compaixão, ao vencedor, as batatas.” (Trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, 1891).

MUSSAK, Eugenio. Eugenio Mussak. Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2018 (Adaptação).

Nesse texto, o autor, principalmente, busca

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    3a Paragrafo: Diz então a superpotência que o ditador é sanguinário e tortura criancinhas, mas que se ele se desarmar será deixado em paz, então o interesse não está ligado às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia. Diz então a superpotência que o ditador apoia os terroristas fundamentalistas, porém nenhuma evidência de ligação com os mesmos foi jamais encontrada, então isso não é lógica, é querer desviar atenção de um inimigo invisível, para um visível, sendo, portanto, ilusionismo.

    ⇢ Os argumentos que tem por objetivo desconstruir a argumentação do autor.

  • GABARITO: LETRA B

    ? Segundo o 4º parágrafo e o 5º parágrafo: Parece então que a lógica desta guerra está sendo construída a partir de presunção, hipocrisia e ilusionismo, porém sabemos que esses não podem ser aceitos como pressupostos da lógica. Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica. Ou a lógica tem que ser explicada a partir de outros argumentos. Por qual motivo, então, não usar os argumentos certos? Não se deveria começar de baixo, bem de baixo, mas tão de baixo que podemos chamar esse lugar de subsolo? Afinal o subsolo pode sim oferecer um argumento lógico para uma guerra, como já fez outras vezes. Isso não significa, é claro, que essa lógica seja aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos. Falando no subsolo e em suas riquezas, prefiro a ironia da lógica machadiana que, pelo menos, tem estilo: ?A guerra tem um caráter benéfico e conservador. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição.

    ? Ou seja, o objetivo do autor é fazer essa desconstrução do porquê das guerras.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3297223
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ao vencedor as batatas – uma reflexão sobre a

lógica da guerra

A filosofia clássica já nos informava que “lógica” é o método empregado pelo Homem para separar as ideias válidas e morais das ideias inválidas e imorais. Por conta disso, uma das grandes perguntas da humanidade é qual a lógica da guerra. Considerando que o Homo sapiens construiu sua história através de guerras, é bem possível que ele consiga enxergar a lógica.

E a lógica acaba sendo sempre explicada, o que não quer dizer que ela seja sempre entendida. Até porque a história final é sempre contada pelos vencedores, e “ai dos vencidos…”. Esta guerra que estamos para presenciar (de casa, confortáveis, comendo pipocas) deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la. Que bom se pudéssemos entendê-la! Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a lógica é a ameaça do poder de destruição em massa do arsenal iraquiano, mas os peritos da ONU não encontram esse arsenal, então não é lógica, é presunção.

Diz então a superpotência que o ditador é sanguinário e tortura criancinhas, mas que se ele se desarmar será deixado em paz, então o interesse não está ligado às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia. Diz então a superpotência que o ditador apoia os terroristas fundamentalistas, porém nenhuma evidência de ligação com os mesmos foi jamais encontrada, então isso não é lógica, é querer desviar atenção de um inimigo invisível, para um visível, sendo, portanto, ilusionismo.

Parece então que a lógica desta guerra está sendo construída a partir de presunção, hipocrisia e ilusionismo, porém sabemos que esses não podem ser aceitos como pressupostos da lógica. Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica. Ou a lógica tem que ser explicada a partir de outros argumentos. Por qual motivo, então, não usar os argumentos certos? Não se deveria começar de baixo, bem de baixo, mas tão de baixo que podemos chamar esse lugar de subsolo? Afinal o subsolo pode sim oferecer um argumento lógico para uma guerra, como já fez outras vezes. Isso não significa, é claro, que essa lógica seja aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos. Falando no subsolo e em suas riquezas, prefiro a ironia da lógica machadiana que, pelo menos, tem estilo:

“A guerra tem um caráter benéfico e conservador. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição.

A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido o ódio ou a compaixão, ao vencedor, as batatas.” (Trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, 1891).

MUSSAK, Eugenio. Eugenio Mussak. Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2018 (Adaptação).

Releia o trecho a seguir.

“Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica.”

Com esse trecho, o autor busca

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    Concluir é a única alternativa que faz relação a conjunção conclusiva.

  • GABARITO: LETRA C

    ? ?Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica.?

    ? Temos a conjunção coordenativa conclusiva "portanto" denunciando a ideia de conclusão acerca do que foi apresentado anteriormente.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3297226
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ao vencedor as batatas – uma reflexão sobre a

lógica da guerra

A filosofia clássica já nos informava que “lógica” é o método empregado pelo Homem para separar as ideias válidas e morais das ideias inválidas e imorais. Por conta disso, uma das grandes perguntas da humanidade é qual a lógica da guerra. Considerando que o Homo sapiens construiu sua história através de guerras, é bem possível que ele consiga enxergar a lógica.

E a lógica acaba sendo sempre explicada, o que não quer dizer que ela seja sempre entendida. Até porque a história final é sempre contada pelos vencedores, e “ai dos vencidos…”. Esta guerra que estamos para presenciar (de casa, confortáveis, comendo pipocas) deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la. Que bom se pudéssemos entendê-la! Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a lógica é a ameaça do poder de destruição em massa do arsenal iraquiano, mas os peritos da ONU não encontram esse arsenal, então não é lógica, é presunção.

Diz então a superpotência que o ditador é sanguinário e tortura criancinhas, mas que se ele se desarmar será deixado em paz, então o interesse não está ligado às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia. Diz então a superpotência que o ditador apoia os terroristas fundamentalistas, porém nenhuma evidência de ligação com os mesmos foi jamais encontrada, então isso não é lógica, é querer desviar atenção de um inimigo invisível, para um visível, sendo, portanto, ilusionismo.

Parece então que a lógica desta guerra está sendo construída a partir de presunção, hipocrisia e ilusionismo, porém sabemos que esses não podem ser aceitos como pressupostos da lógica. Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica. Ou a lógica tem que ser explicada a partir de outros argumentos. Por qual motivo, então, não usar os argumentos certos? Não se deveria começar de baixo, bem de baixo, mas tão de baixo que podemos chamar esse lugar de subsolo? Afinal o subsolo pode sim oferecer um argumento lógico para uma guerra, como já fez outras vezes. Isso não significa, é claro, que essa lógica seja aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos. Falando no subsolo e em suas riquezas, prefiro a ironia da lógica machadiana que, pelo menos, tem estilo:

“A guerra tem um caráter benéfico e conservador. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição.

A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido o ódio ou a compaixão, ao vencedor, as batatas.” (Trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, 1891).

MUSSAK, Eugenio. Eugenio Mussak. Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2018 (Adaptação).

A comparação do texto machadiano com o restante do texto visa

Alternativas

ID
3297229
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ao vencedor as batatas – uma reflexão sobre a

lógica da guerra

A filosofia clássica já nos informava que “lógica” é o método empregado pelo Homem para separar as ideias válidas e morais das ideias inválidas e imorais. Por conta disso, uma das grandes perguntas da humanidade é qual a lógica da guerra. Considerando que o Homo sapiens construiu sua história através de guerras, é bem possível que ele consiga enxergar a lógica.

E a lógica acaba sendo sempre explicada, o que não quer dizer que ela seja sempre entendida. Até porque a história final é sempre contada pelos vencedores, e “ai dos vencidos…”. Esta guerra que estamos para presenciar (de casa, confortáveis, comendo pipocas) deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la. Que bom se pudéssemos entendê-la! Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a lógica é a ameaça do poder de destruição em massa do arsenal iraquiano, mas os peritos da ONU não encontram esse arsenal, então não é lógica, é presunção.

Diz então a superpotência que o ditador é sanguinário e tortura criancinhas, mas que se ele se desarmar será deixado em paz, então o interesse não está ligado às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia. Diz então a superpotência que o ditador apoia os terroristas fundamentalistas, porém nenhuma evidência de ligação com os mesmos foi jamais encontrada, então isso não é lógica, é querer desviar atenção de um inimigo invisível, para um visível, sendo, portanto, ilusionismo.

Parece então que a lógica desta guerra está sendo construída a partir de presunção, hipocrisia e ilusionismo, porém sabemos que esses não podem ser aceitos como pressupostos da lógica. Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica. Ou a lógica tem que ser explicada a partir de outros argumentos. Por qual motivo, então, não usar os argumentos certos? Não se deveria começar de baixo, bem de baixo, mas tão de baixo que podemos chamar esse lugar de subsolo? Afinal o subsolo pode sim oferecer um argumento lógico para uma guerra, como já fez outras vezes. Isso não significa, é claro, que essa lógica seja aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos. Falando no subsolo e em suas riquezas, prefiro a ironia da lógica machadiana que, pelo menos, tem estilo:

“A guerra tem um caráter benéfico e conservador. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição.

A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido o ódio ou a compaixão, ao vencedor, as batatas.” (Trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, 1891).

MUSSAK, Eugenio. Eugenio Mussak. Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2018 (Adaptação).

A utilização de um texto em outro, de forma indireta ou direta, como ocorre nesse texto, é conhecida como

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    A intertextualidade, nada mais é, do que a influência ou relação entre dois ou mais textos, analisando as referências existentes entre eles.

    ⇢ Ela pode gerar um novo texto utilizando comparações diretas ou indiretas.

  • GABARITO: LETRA C

    ? A intertextualidade é a conversa entre textos, a intertextualidade é um recurso argumentativo muito bom quando o intuito é a defesa de uma tese. No entanto, se mal usada, além de nada acrescentar, pode provocar incoerência.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3297232
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ao vencedor as batatas – uma reflexão sobre a

lógica da guerra

A filosofia clássica já nos informava que “lógica” é o método empregado pelo Homem para separar as ideias válidas e morais das ideias inválidas e imorais. Por conta disso, uma das grandes perguntas da humanidade é qual a lógica da guerra. Considerando que o Homo sapiens construiu sua história através de guerras, é bem possível que ele consiga enxergar a lógica.

E a lógica acaba sendo sempre explicada, o que não quer dizer que ela seja sempre entendida. Até porque a história final é sempre contada pelos vencedores, e “ai dos vencidos…”. Esta guerra que estamos para presenciar (de casa, confortáveis, comendo pipocas) deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la. Que bom se pudéssemos entendê-la! Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a lógica é a ameaça do poder de destruição em massa do arsenal iraquiano, mas os peritos da ONU não encontram esse arsenal, então não é lógica, é presunção.

Diz então a superpotência que o ditador é sanguinário e tortura criancinhas, mas que se ele se desarmar será deixado em paz, então o interesse não está ligado às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia. Diz então a superpotência que o ditador apoia os terroristas fundamentalistas, porém nenhuma evidência de ligação com os mesmos foi jamais encontrada, então isso não é lógica, é querer desviar atenção de um inimigo invisível, para um visível, sendo, portanto, ilusionismo.

Parece então que a lógica desta guerra está sendo construída a partir de presunção, hipocrisia e ilusionismo, porém sabemos que esses não podem ser aceitos como pressupostos da lógica. Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica. Ou a lógica tem que ser explicada a partir de outros argumentos. Por qual motivo, então, não usar os argumentos certos? Não se deveria começar de baixo, bem de baixo, mas tão de baixo que podemos chamar esse lugar de subsolo? Afinal o subsolo pode sim oferecer um argumento lógico para uma guerra, como já fez outras vezes. Isso não significa, é claro, que essa lógica seja aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos. Falando no subsolo e em suas riquezas, prefiro a ironia da lógica machadiana que, pelo menos, tem estilo:

“A guerra tem um caráter benéfico e conservador. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição.

A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido o ódio ou a compaixão, ao vencedor, as batatas.” (Trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, 1891).

MUSSAK, Eugenio. Eugenio Mussak. Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2018 (Adaptação).

Releia o trecho a seguir.

“Isso não significa, é claro, que essa lógica seja aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos.”

De acordo com a norma-padrão, em relação a esse trecho, pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    A) os verbos desse trecho estão, sem exceção, conjugados no presente ? correto, significa (=presente do indicativo); é (=presente do indicativo); seja aceita (=locução verbal na voz passiva no presente do subjuntivo).

    B) os adjetivos presentes no trecho não estão flexionados ? não vejo adjetivos no trecho.

    C) o uso da locução ?é claro? depois do advérbio ?não? deixa o trecho contraditório ? incorreto, não traz valor contraditório e sim de afirmação.

    D) a conjunção desse trecho é adversativa e se presta a contradizer o que foi enunciado anteriormente ? incorreto, não há contradição e sim uma ideia que contrasta com o que foi exposto anteriormente.

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  • QUESTÃO SEM GABARITO

    A alternativa A (Gabarito) está incorreta. Destaquemos todos os verbos:

    “Isso não significa, é claro, que essa lógica seja aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos.”

    Note: "significa" e "é" estão ambos conjugados no presente do indicativo e "seja" está conjugado no presente do subjuntivo, mas "aceita" está conjugado no particípio passado, formando locução verbal com o verbo "seja" e sendo seguido por "por todos", o que indica a voz passiva "não significa que essa lógica seja aceita por todos = não significa que todos aceitam essa lógica". Não há outra interpretação possível, "aceita" não pode ser aqui interpretado como adjetivo participial.


ID
3297235
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

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lógica da guerra

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E a lógica acaba sendo sempre explicada, o que não quer dizer que ela seja sempre entendida. Até porque a história final é sempre contada pelos vencedores, e “ai dos vencidos…”. Esta guerra que estamos para presenciar (de casa, confortáveis, comendo pipocas) deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la. Que bom se pudéssemos entendê-la! Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a lógica é a ameaça do poder de destruição em massa do arsenal iraquiano, mas os peritos da ONU não encontram esse arsenal, então não é lógica, é presunção.

Diz então a superpotência que o ditador é sanguinário e tortura criancinhas, mas que se ele se desarmar será deixado em paz, então o interesse não está ligado às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia. Diz então a superpotência que o ditador apoia os terroristas fundamentalistas, porém nenhuma evidência de ligação com os mesmos foi jamais encontrada, então isso não é lógica, é querer desviar atenção de um inimigo invisível, para um visível, sendo, portanto, ilusionismo.

Parece então que a lógica desta guerra está sendo construída a partir de presunção, hipocrisia e ilusionismo, porém sabemos que esses não podem ser aceitos como pressupostos da lógica. Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica. Ou a lógica tem que ser explicada a partir de outros argumentos. Por qual motivo, então, não usar os argumentos certos? Não se deveria começar de baixo, bem de baixo, mas tão de baixo que podemos chamar esse lugar de subsolo? Afinal o subsolo pode sim oferecer um argumento lógico para uma guerra, como já fez outras vezes. Isso não significa, é claro, que essa lógica seja aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos. Falando no subsolo e em suas riquezas, prefiro a ironia da lógica machadiana que, pelo menos, tem estilo:

“A guerra tem um caráter benéfico e conservador. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição.

A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido o ódio ou a compaixão, ao vencedor, as batatas.” (Trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, 1891).

MUSSAK, Eugenio. Eugenio Mussak. Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2018 (Adaptação).

O principal objetivo do gênero textual predominante nesse texto é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    O texto é um artigo de opinião. Uma de suas características é de persuadir o leitor.

  • GABARITO: LETRA A

    ? Temos um artigo de opinião, é um texto argumentativo que tem como objetivo o convencimento do leitor acerca do ponto de vista do autor.

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  • Ao vencedor, as batatas.


ID
3297238
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2018
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Português
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Ao vencedor as batatas – uma reflexão sobre a

lógica da guerra

A filosofia clássica já nos informava que “lógica” é o método empregado pelo Homem para separar as ideias válidas e morais das ideias inválidas e imorais. Por conta disso, uma das grandes perguntas da humanidade é qual a lógica da guerra. Considerando que o Homo sapiens construiu sua história através de guerras, é bem possível que ele consiga enxergar a lógica.

E a lógica acaba sendo sempre explicada, o que não quer dizer que ela seja sempre entendida. Até porque a história final é sempre contada pelos vencedores, e “ai dos vencidos…”. Esta guerra que estamos para presenciar (de casa, confortáveis, comendo pipocas) deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la. Que bom se pudéssemos entendê-la! Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a lógica é a ameaça do poder de destruição em massa do arsenal iraquiano, mas os peritos da ONU não encontram esse arsenal, então não é lógica, é presunção.

Diz então a superpotência que o ditador é sanguinário e tortura criancinhas, mas que se ele se desarmar será deixado em paz, então o interesse não está ligado às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia. Diz então a superpotência que o ditador apoia os terroristas fundamentalistas, porém nenhuma evidência de ligação com os mesmos foi jamais encontrada, então isso não é lógica, é querer desviar atenção de um inimigo invisível, para um visível, sendo, portanto, ilusionismo.

Parece então que a lógica desta guerra está sendo construída a partir de presunção, hipocrisia e ilusionismo, porém sabemos que esses não podem ser aceitos como pressupostos da lógica. Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica. Ou a lógica tem que ser explicada a partir de outros argumentos. Por qual motivo, então, não usar os argumentos certos? Não se deveria começar de baixo, bem de baixo, mas tão de baixo que podemos chamar esse lugar de subsolo? Afinal o subsolo pode sim oferecer um argumento lógico para uma guerra, como já fez outras vezes. Isso não significa, é claro, que essa lógica seja aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos. Falando no subsolo e em suas riquezas, prefiro a ironia da lógica machadiana que, pelo menos, tem estilo:

“A guerra tem um caráter benéfico e conservador. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição.

A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido o ódio ou a compaixão, ao vencedor, as batatas.” (Trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, 1891).

MUSSAK, Eugenio. Eugenio Mussak. Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2018 (Adaptação).

Releia o trecho a seguir.

“[...] deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la.”

A reescrita desse trecho que está de acordo com a norma-padrão é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    “[...] deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la.”

    O “pois” antes do verbo tem sentido de explicação.

  • GABARITO: LETRA B

    ? ?[...] deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la.? ? temos uma conjunção coordenativa explicativa (=antes do verbo) e equivale a "porque" (=junto e sem acento).

    Por que (=por qual motivo, não vem antes de pontuação);

    Por quê (=por qual motivo, antes de pontuação);

    Porquê (=motivo, é o "porquê" substantivado).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A questão é sobre o uso dos porquês e quer saber qual a substituição correta para "pois" em "[...] deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la.". Vejamos:

     .

    A) Deve ter uma lógica, por que os protagonistas se esforçam em justificá-la.

    Errado. O certo seria "porque".

    Por que: equivale a “por qual razão/motivo” ou “pelo qual” (e variações). Ex.: Por que você não resolve mais questões? / A rua por que passamos estava cheia de buracos.

     .

    B) Deve ter uma lógica, porque os protagonistas se esforçam em justificá-la.

    Certo. "Porque" = "pois"

    Porque: conjunção com valor de “pois”, “uma vez que”... É utilizado em respostas. Ex.: Não fiz a prova porque não me senti preparada.

     .

    C) Deve ter uma lógica, por quê os protagonistas se esforçam em justificá-la.

    Errado. O certo seria "porque".

    Por quê: vem antes de um ponto (final, interrogativo, exclamação) e continua com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”. É utilizado em perguntas no fim das frases Ex.: Vocês não se inscreveram por quê?

     .

    D) Deve ter uma lógica, porquê os protagonistas se esforçam em justificá-la.

    Errado. O certo seria "porque".

    Porquê: substantivo com significado de “motivo”, “razão”. Vem acompanhado de determinante: artigo, pronome, adjetivo ou numeral. Ex.: Gostaria de saber o porquê dessa resposta.

     .

    Gabarito: Letra B


ID
3297241
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ao vencedor as batatas – uma reflexão sobre a

lógica da guerra

A filosofia clássica já nos informava que “lógica” é o método empregado pelo Homem para separar as ideias válidas e morais das ideias inválidas e imorais. Por conta disso, uma das grandes perguntas da humanidade é qual a lógica da guerra. Considerando que o Homo sapiens construiu sua história através de guerras, é bem possível que ele consiga enxergar a lógica.

E a lógica acaba sendo sempre explicada, o que não quer dizer que ela seja sempre entendida. Até porque a história final é sempre contada pelos vencedores, e “ai dos vencidos…”. Esta guerra que estamos para presenciar (de casa, confortáveis, comendo pipocas) deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la. Que bom se pudéssemos entendê-la! Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a lógica é a ameaça do poder de destruição em massa do arsenal iraquiano, mas os peritos da ONU não encontram esse arsenal, então não é lógica, é presunção.

Diz então a superpotência que o ditador é sanguinário e tortura criancinhas, mas que se ele se desarmar será deixado em paz, então o interesse não está ligado às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia. Diz então a superpotência que o ditador apoia os terroristas fundamentalistas, porém nenhuma evidência de ligação com os mesmos foi jamais encontrada, então isso não é lógica, é querer desviar atenção de um inimigo invisível, para um visível, sendo, portanto, ilusionismo.

Parece então que a lógica desta guerra está sendo construída a partir de presunção, hipocrisia e ilusionismo, porém sabemos que esses não podem ser aceitos como pressupostos da lógica. Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica. Ou a lógica tem que ser explicada a partir de outros argumentos. Por qual motivo, então, não usar os argumentos certos? Não se deveria começar de baixo, bem de baixo, mas tão de baixo que podemos chamar esse lugar de subsolo? Afinal o subsolo pode sim oferecer um argumento lógico para uma guerra, como já fez outras vezes. Isso não significa, é claro, que essa lógica seja aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos. Falando no subsolo e em suas riquezas, prefiro a ironia da lógica machadiana que, pelo menos, tem estilo:

“A guerra tem um caráter benéfico e conservador. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição.

A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido o ódio ou a compaixão, ao vencedor, as batatas.” (Trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, 1891).

MUSSAK, Eugenio. Eugenio Mussak. Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2018 (Adaptação).

Releia o trecho a seguir.

“[...] uma das grandes perguntas da humanidade é qual a lógica da guerra.”

As palavras destacadas a seguir são acentuadas pelo mesmo motivo daquela desse trecho, exceto em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    “[...] uma das grandes perguntas da humanidade é qual a lógica da guerra.”

    lógica ⇢ proparoxítona

    método ⇢ proparoxítona

    clássica ⇢ proparoxítona

    vitória ⇢ paroxítona terminada em ditongo crescente Gabarito letra C

    bélicas ⇢ proparoxítona 

  • GABARITO: LETRA C

    ? ?[...] uma das grandes perguntas da humanidade é qual a lógica da guerra.? ? temos uma proparoxítona, antepenúltima sílaba tônica.

    A) ?[...] método empregado pelo Homem para separar as ideias [...]? ? correto, temos uma proparoxítona.

    B) ?A filosofia clássica já nos informava que [...]? ? temos uma proparoxítona.

    C) ?Daí a alegria da vitória [...]? ? temos uma paroxítona terminada em ditongo crescente (semivogal+vogal).

    D) ?[...] todos os demais efeitos das ações bélicas ? temos uma proparoxítona.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • GABARITO: LETRA C

    COMPLEMENTANDO:

    Regra de Acentuação para Monossílabas Tônicas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s).

    Ex.: má(s), trás, pé(s), mês, só(s), pôs…

    Regra de Acentuação para Oxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: sofá(s), axé(s), bongô(s), vintém(éns)...

    Regra de Acentuação para Paroxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou decrescente (seguido ou não de s), -ão(s) e -ã(s), tritongo e qualquer outra terminação (l, n, um, r, ns, x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: história, cáries, jóquei(s); órgão(s), órfã, ímãs; águam; fácil, glúten, fórum, caráter, prótons, tórax, júri, lápis, vírus, fórceps.

    Regra de Acentuação para Proparoxítonas:

    Todas são acentuadas .Ex.: álcool, réquiem, máscara, zênite, álibi, plêiade, náufrago, duúnviro, seriíssimo...

    FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 3ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA.

  • MALDITO EXCETO


ID
3297244
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português

Ao vencedor as batatas – uma reflexão sobre a

lógica da guerra

A filosofia clássica já nos informava que “lógica” é o método empregado pelo Homem para separar as ideias válidas e morais das ideias inválidas e imorais. Por conta disso, uma das grandes perguntas da humanidade é qual a lógica da guerra. Considerando que o Homo sapiens construiu sua história através de guerras, é bem possível que ele consiga enxergar a lógica.

E a lógica acaba sendo sempre explicada, o que não quer dizer que ela seja sempre entendida. Até porque a história final é sempre contada pelos vencedores, e “ai dos vencidos…”. Esta guerra que estamos para presenciar (de casa, confortáveis, comendo pipocas) deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la. Que bom se pudéssemos entendê-la! Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a lógica é a ameaça do poder de destruição em massa do arsenal iraquiano, mas os peritos da ONU não encontram esse arsenal, então não é lógica, é presunção.

Diz então a superpotência que o ditador é sanguinário e tortura criancinhas, mas que se ele se desarmar será deixado em paz, então o interesse não está ligado às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia. Diz então a superpotência que o ditador apoia os terroristas fundamentalistas, porém nenhuma evidência de ligação com os mesmos foi jamais encontrada, então isso não é lógica, é querer desviar atenção de um inimigo invisível, para um visível, sendo, portanto, ilusionismo.

Parece então que a lógica desta guerra está sendo construída a partir de presunção, hipocrisia e ilusionismo, porém sabemos que esses não podem ser aceitos como pressupostos da lógica. Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica. Ou a lógica tem que ser explicada a partir de outros argumentos. Por qual motivo, então, não usar os argumentos certos? Não se deveria começar de baixo, bem de baixo, mas tão de baixo que podemos chamar esse lugar de subsolo? Afinal o subsolo pode sim oferecer um argumento lógico para uma guerra, como já fez outras vezes. Isso não significa, é claro, que essa lógica seja aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos. Falando no subsolo e em suas riquezas, prefiro a ironia da lógica machadiana que, pelo menos, tem estilo:

“A guerra tem um caráter benéfico e conservador. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição.

A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido o ódio ou a compaixão, ao vencedor, as batatas.” (Trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, 1891).

MUSSAK, Eugenio. Eugenio Mussak. Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2018 (Adaptação).

Releia o trecho a seguir.

“Diz então a superpotência que o ditador é sanguinário e tortura criancinhas, mas que se ele se desarmar será deixado em paz, então o interesse não está ligado às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia.”

As conjunções presentes nesse trecho indicam, respectivamente, ideias

Alternativas

ID
3297247
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ao vencedor as batatas – uma reflexão sobre a

lógica da guerra

A filosofia clássica já nos informava que “lógica” é o método empregado pelo Homem para separar as ideias válidas e morais das ideias inválidas e imorais. Por conta disso, uma das grandes perguntas da humanidade é qual a lógica da guerra. Considerando que o Homo sapiens construiu sua história através de guerras, é bem possível que ele consiga enxergar a lógica.

E a lógica acaba sendo sempre explicada, o que não quer dizer que ela seja sempre entendida. Até porque a história final é sempre contada pelos vencedores, e “ai dos vencidos…”. Esta guerra que estamos para presenciar (de casa, confortáveis, comendo pipocas) deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la. Que bom se pudéssemos entendê-la! Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a lógica é a ameaça do poder de destruição em massa do arsenal iraquiano, mas os peritos da ONU não encontram esse arsenal, então não é lógica, é presunção.

Diz então a superpotência que o ditador é sanguinário e tortura criancinhas, mas que se ele se desarmar será deixado em paz, então o interesse não está ligado às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia. Diz então a superpotência que o ditador apoia os terroristas fundamentalistas, porém nenhuma evidência de ligação com os mesmos foi jamais encontrada, então isso não é lógica, é querer desviar atenção de um inimigo invisível, para um visível, sendo, portanto, ilusionismo.

Parece então que a lógica desta guerra está sendo construída a partir de presunção, hipocrisia e ilusionismo, porém sabemos que esses não podem ser aceitos como pressupostos da lógica. Portanto, sem os pré-requisitos da lógica, não há lógica. Ou a lógica tem que ser explicada a partir de outros argumentos. Por qual motivo, então, não usar os argumentos certos? Não se deveria começar de baixo, bem de baixo, mas tão de baixo que podemos chamar esse lugar de subsolo? Afinal o subsolo pode sim oferecer um argumento lógico para uma guerra, como já fez outras vezes. Isso não significa, é claro, que essa lógica seja aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos. Falando no subsolo e em suas riquezas, prefiro a ironia da lógica machadiana que, pelo menos, tem estilo:

“A guerra tem um caráter benéfico e conservador. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição.

A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido o ódio ou a compaixão, ao vencedor, as batatas.” (Trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, 1891).

MUSSAK, Eugenio. Eugenio Mussak. Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2018 (Adaptação).

Releia o trecho a seguir. “Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a lógica é a ameaça do poder de destruição em massa [...]” Analise as afirmativas a seguir em relação ao excerto destacado.

I. Trata-se de um aposto.

II. Obrigatoriamente, deve ser isolado do trecho por vírgulas ou outra pontuação que desempenhe essa mesma função.

III. Faz parte dos chamados “termos essenciais da oração”.

Estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

     “Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a lógica é a ameaça do poder de destruição em massa [...]”

    O termo destacado trata-se de um aposto explicativo, e é obrigatoriamente isolado por virgulas.

  • GABARITO: LETRA A

     ?Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a lógica é a ameaça do poder de destruição em massa [...]?

    I. Trata-se de um aposto ? correto, temos um aposto explicativo.

    II. Obrigatoriamente, deve ser isolado do trecho por vírgulas ou outra pontuação que desempenhe essa mesma função ? correto, é obrigatório que esteja isolado por vírgulas.

    III. Faz parte dos chamados ?termos essenciais da oração? ? incorreto, aposto é um termo acessório da oração.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • ESTAMOS DIANTE DE UM APOSTO EXPLICATIVO, SENDO PORTANTO UM TERMO ACESSÓRIO E NÃO ESSENCIAL DA ORAÇÃO.

    LEMBRANDO QUE O APOSTO PODE SER ENTRE VÍRGULAS, PARÊNTESES OU TRAVESSÕES.

  • Termo Essenciais da oração: Sujeito e Predicado (apenas esses 2)


ID
3297250
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Os vícios do ato administrativo podem atingir qualquer um de seus elementos.

Na hipótese em que a matéria de fato ou de direito em que se fundamenta o ato é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido, fica caracterizado(a)

Alternativas
Comentários
  • O vício de motivo, por sua vez, surge quando um ato é praticado com base em um motivo que é ilegítimo para dar causa àquele ato, ou ainda quando o motivo alegado é inexistente. Por exemplo, um servidor é demitido sob alegação de inassiduidade habitual; porém, comprova-se que o servidor nunca faltou ao expediente - assim, o motivo (inassiduidade habitual) é inexistente. Ou o servidor sofre a sanção de demissão, por ter cometido uma infração que, na legislação aplicável, não enseja tal penalidade - assim, o motivo é ilegítimo.

    Fonte:Estratégia concursos

    (Q965642) Tanto a inexistência da matéria de fato quanto a sua inadequação jurídica podem configurar o vício de motivo de um ato administrativo.

  • GABARITO: C

    De acordo com a teoria dos motivos determinantes, os motivos que determinaram a vontade do agente, isto é, os fatos que serviram de suporte à sua decisão, integram a validade do ato. Sendo assim, a invocação dos “motivos de fato” falso, inexistentes ou incorretamente qualificados vicia o ato mesmo quando, conforme já se disse, a lei não haja estabelecido, antecipadamente, os motivos que ensejariam a prática do ato. Uma vez enunciados pelo agente os motivos em que se calçou, ainda quando a lei não haja expressamente imposto essa obrigação de enunciá-los, o ato será válido se estes realmente ocorreram e o justificavam.

  • Não confundir Motivo x Motivação

    esta são as exposições/ fundamentações das razões de fato e de direito ao melhor entendedor; o ato escrito.

    Já o motivo são as razão de fato ( dia, horário, local) e de direito ( Implicação jurídica )

    exemplo: Um servidor regido pela lei xyz descumpre o o art.10 que prevê sanção de demissão.

    o motivo: no dia tal servidor descumpre o art.10

    Motivação: O ato escrito e fundamentado da demissão.

    Equívocos? mande msg..

    Sucesso!

  • gabarito letra=C

    complementando

    Motivo=

    <<<---- O motivo é uma causa que gera uma consequência. É uma situação de fato e de direito que autoriza a prática de um ato. Sendo assim, será ele baseado em dois pressupostos. Vejamos: Pressuposto de direito: existência de uma norma. Pressuposto de fato: ocorrência concreta da previsão normativa.

    Vamos imaginar a seguinte situação: Maria, servidora pública federal, após regular processo administrativo disciplinar, recebeu a punição de demissão por ter ficado comprovado que ela praticava atos de corrupção juntamente com empresas do setor privado, punição esta baseada na Lei 8.112/1990:

    ATO ------ MOTIVO Maria foi demitida (ato:demitir) POR QUÊ? ? Estava aceitando propina

    obs;

    Matheus, servidor público do Estado Ceará, foi removido por ordem de seu superior hierárquico para uma cidade bem distante daquela em que exercia as suas funções sob a alegação de necessidade de servidores. Entretanto, ao chegar a seu novo local de trabalho, João constatou que na verdade existiam excessos de servidores. Analisando o caso acima, temos o seguinte:

    Ato: remoção.

    Motivo que determinou a prática do ato de remoção: necessidade de servidores no interior do Estado.

    Constatação: existia, na verdade, excesso de servidores.

    Conclusão: a causa que determinou a prática do ato de remoção era falsa. Portanto, a remoção será considerada inválida por possuir vício de motivo e ofender a teoria dos motivos determinantes.

  • Os antecedentes de fato e de direito que conduzem à prática do ato, justificando sua edição, vêm a corresponder ao elemento motivo. Assim sendo, quanto o fato invocado pela Administração para legitimar o ato for inexistente, ou ainda quando, mesmo que existente, se revele inadequado para justificar sua edição, está-se diante de vício no elemento motivo.

    Vejamos, sucintamente, os demais referidos pela Banca:

    a) excesso de poder: trata-se de vício que recai sobre o elemento competência. O agente extrapola os limites de sua esfera de atribuições legais.

    b) usurpação de função: novamente, a hipótese é de vício de competência, com o agravante de que, neste caso, quem pratica o ato sequer foi investido de função pública. Cuida-se, inclusive, de conduta tipificada como crime (CP, art. 328)

    c) Certo, conforme fundamentos expostos.

    d) desvio de finalidade: cuida-se de vício que recai sobre o elemento finalidade. Opera-se sempre que o ato é praticado visando a um fim diverso daquele previsto em lei.


    Gabarito do professor: C

  • GAB: C

    Na hipótese em que a matéria de fato ou de direito em que se fundamenta o ato é materialmente INEXISTENTE ou juridicamente INADEQUADA ao resultado obtido, fica caracterizado VÍCIO EM RELAÇÃO AO MOTIVO.


ID
3297253
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Uma lei do Distrito Federal de 2003 incluía no calendário de eventos oficiais daquele ente da Federação um festival de música de caráter particular. A lei, que ainda determinava que o poder público distrital destinasse recursos necessários à montagem e à realização do evento, foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.

Sustentando o caráter privado do evento, o relator do processo e os demais ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) entenderam que o destaque e o apoio financeiro garantidos pela lei ao evento realizado por uma sociedade empresarial com fins lucrativos constituía um favorecimento a determinado segmento social, incompatível com o interesse público.

Diante dessa fundamentação, o Tribunal considerou que a lei feria diretamente os seguintes princípios constitucionais expressos da administração pública:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B

    A lei não poderia determinar algo particular, pois fere o interesse público, no caso em tela, o princípio da IMPESSOALIDADE. Além disso, não respeitou o princípio da MORALIDADE, no momento em que beneficiou um festival particular, desrespeitando os princípios éticos.

  • "um festival de música de caráter particular."

    O conteúdo essencial do princípio reside em impedir que algum sujeito receba tratamento mais vantajoso ou prejudicial do que o reservado para o conjunto da população. Ninguém pode ser dispensado de encargo ou receber vantagens em virtude de haver conquistado a simpatia ou ser destinatário da antipatia do agente estatal. (227).

    Justen Filho, Marçal, Curso de direito administrativo, 2016.

    Quando se fere a impessoalidade, atingi-se também a moralidade..Isso inclusive já caiu em prova..

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • ESSA lei é eficiente até demais kkkk

    Gabarito B

    IMPESSOALIDADE : Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas (MELLO)

  • Da leitura do enunciado da questão, extrai-se que a lei em tela favorecia um determinado segmento social, sem atendimento do interesse público, mas sim de anseios particulares. Ora, o postulado em vista do qual vedam-se tanto perseguições quanto benefícios odiosos a pessoas determinadas vem a ser o princípio da impessoalidade. Por meio dele, exige-se que todos os atos do Poder Público sejam voltados à satisfação do interesse coletivo, da finalidade pública.

    Ademais, não há como deixar de reconhecer que a conduta em questão, de favorecer uma dada sociedade empresarial, com finalidade lucrativa, destinando recursos públicos para fins particulares, atenta contra os valores de honestidade, ética, lealdade às instituições, probidade administrativa etc. Neste sentido, há clara violação, ainda, ao princípio da moralidade administrativa, que impõe a observância dos aludidos valores pelos agentes públicos.

    De tal forma, conclui-se que os postulados que seriam malferidos correspondem aos princípios da impessoalidade e da moralidade.


    Gabarito do professor: B

ID
3297256
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considere o caso hipotético a seguir.

Fiscal sanitário do município X, Afonso lavra auto de infração durante inspeção em um açougue em razão de condições inapropriadas de estocagem de produtos alimentícios.

O ato é praticado pelo fiscal no uso do poder administrativo

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    Poder de Policia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em beneficio da coletividade ou do próprio Estado.

  • Muito cuidado para não confundir com a sanção do PODER DISCIPLINAR:

    - Pode ser aplicada sanção a PARTICULAR COM VÍNCULO (relação contratual/vínculo jurídico específico)

    A SANÇÃO de que trata a questão é uma das 4 fases do poder de polícia, que trata da aplicação de penalidades, caso alguém descumpra as ordens e tem caráter repressivo.

  • Poder de polícia - Autoexecutariedade

  • A questão exige do candidato conhecimento sobre o tema de poderes administrativos, pedindo ao candidato que assinale a alternativa correta para o problema trazido.

    O tema "poderes-deveres" é a prerrogativa que a Administração Pública possui para o cumprimento de suas competências. "Poderes-deveres" é gênero, dos quais são espécies:

    a. Poder Vinculado: A Lei determina tudo o que dever ser feito, sem margem de liberdade.

    b. Poder Discricionário: Aqui, o agente público possui uma margem de liberdade para optar dentre várias alternativas previstas em lei aquela que se mostra como mais adequada, diante do caso em concreto. Palavras-chaves: oportunidade e conveniência.

    c. Poder Disciplinar: É o poder-dever que a Administração possui para sancionar os agentes públicos que cometeram infrações funcionais, bem como às demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa.

    d. Poder Hierárquico: É a competência que possui o Poder Executivo para ordenar e coordenar as funções de seus órgãos e de seus agentes públicos.

    e. Poder Regulamentar: Resultado do poder hierárquico, é a competência que os chefes do Poder Executivo possuem para editarem atos administrativos, com o intuito de dar execução à lei.

    f. Poder de Polícia: Com fundamento na lei e na supremacia do interesse público, a Administração Publica limita à liberdade e propriedade de particulares, quer controlando a prática do ato, quer impedindo de fato.

    Analisemos as alternativas:

    a) de polícia.

    Correto e, portanto, gabarito da questão. O Poder de polícia consiste no poder-dever que a Administração possui para limitar a propriedade de particulares, tal qual é o caso de quando o agente público lavra auto de infração durante inspeção em um açougue em razão de condições inapropriadas de estocagem de produtos alimentícios.

    b) disciplinar.

    Errado. O Poder Disciplinar é o poder-dever de punir os agentes públicos que tenham cometido infração disciplinar.

    c) hierárquico.

    Errado. O Poder Hierárquico é o poder-dever de escalonar seus órgãos e agentes púlicos.

    d) regulamentar.

    Errado. O Poder Regulamentar é a competência para edição de atos administrativos, a fim de dar fiel execução à lei.

    Gabarito: A

  • GABARITO: LETRA A

    COMPLEMENTANDO:

    Hely Lopes Meirelles: “poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado”.

    Celso Antônio Bandeira de Mello: “a atividade da Administração Pública, expressa em atos normativos ou concretos, de condicionar, com fundamento em sua supremacia geral e na forma da lei, a liberdade e propriedade dos indivíduos, mediante ação ora fiscalizadora, ora preventiva, ora repressiva, impondo coercitivamente aos particulares um dever de abstenção a fim de conformar-​lhes os comportamentos aos interesses sociais consagrados no sistema normativo”.

    Maria Sylvia Zanella Di Pietro: “atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público”.

    José dos Santos Carvalho Filho: “prerrogativa de direito público que, calcada na lei, autoriza a Administração Pública a restringir o uso e o gozo da liberdade e da propriedade em favor do interesse da coletividade”.

    O art. 78 do Código Tributário Nacional apre​senta a seguinte conceituação: “Considera​-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos”.

    FONTE: Manual de Direito Administrativo (2019) - Alexandre Mazza.  


ID
3297259
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Considere as seguintes definições contidas na lei que institui o plano de cargos, carreiras, vencimentos e salários dos servidores públicos da administração direta da prefeitura do município de Santa Bárbara:

1. conjunto de atribuições, cometidas a servidor público, submetido ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho;

2. conjunto de cargos públicos idênticos;

3. conjunto de cargos efetivos, empregos públicos e de cargos de confiança de provimento em comissão, da estrutura da Prefeitura.

Conforme o que dispõe a referida lei, as definições 1, 2 e 3 correspondem, respectivamente, a

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA B

    CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) ------> Emprego público

    Conjunto de cargos públicos idênticos -----------> Classe


ID
3297262
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Plínio, servidor efetivo e estável da administração direta do Poder Executivo do município de Santa Bárbara, faltou ao serviço, nos últimos 12 meses, sem justificativa e alternadamente, por um total de 15 dias. Plínio pretende tirar férias relativas ao período aquisitivo dos últimos 12 meses.

Na hipótese, considerando o que dispõe a legislação aplicável, Plínio

Alternativas

ID
3297265
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

“O resgate do queijo na Serra do Caraça começou no ano de 2014, em conjunto com a Emater. O que era apenas a intenção de retornar o processo natural, foi logo atestado (por) especialista em queijo artesanal da Emater. Ele visualizou o potencial da região e mobilizou os produtores e o [...] diretor administrativo do Caraça.”

Disponível em: <http://atilalemos.com.br/2017/11/

queijo-minas-artesanal-volta-a-ser-produzido-no-entreserras/>. Acesso em: 20 mar. 2018 (Fragmento adaptado).

O resgate do queijo artesanal produzido no “Roteiro Entre Serras: da Piedade ao Caraça”, está diretamente relacionado ao

Alternativas

ID
3297268
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

A Estrada Real é um empreendimento turístico fundado sobre os antigos caminhos oficializados pela Coroa Portuguesa para regular o trânsito de riquezas minerais das minas até o porto do Rio de Janeiro.

Ela é composta de quatro roteiros, sendo que a cidade de Santa Bárbara, considerando sua constituição histórica, se localiza no

Alternativas

ID
3297271
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Não definido

Até pelo menos metade do ano de 2017, a Prefeitura Municipal de Santa Bárbara se colocava como um dos empecilhos à retomada das atividades da mineradora Samarco.

Esse impedimento se relaciona

Alternativas

ID
3297274
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A partir do acompanhamento do Fórum Mundial das Águas, ocorrido em Brasília entre os dias 17 e 23 de março de 2018, leia o excerto a seguir.

“[...] Um levantamento realizado pela organização SOS Mata Atlântica em 230 cursos d’água, divulgado no início de 2018, mostrou que apenas 4,1% das amostras avaliadas têm água de boa qualidade, enquanto 75,5% foram considerados em situação apenas regular em termos de contaminação. Além disso, 20,4% dos pontos de coleta estão com qualidade da água ruim ou péssima.

A pesquisa foi feita em 102 municípios de 17 estados e no Distrito Federal, onde prevalece o bioma Mata Atlântica. [...].

O médico Eugênio Scanavino, [...] que atua no oeste do Pará, conta [...]: ‘Quando chegava no trabalho pela manhã, ia fazendo a separação na fila, a maior parte dos casos era de diarreia, doença causada pelo consumo de água contaminada’. [...]”

MARCONDES, Dal. Capital pelo esgoto. Especial diálogos

capitais. Revista Carta Capital, N. 999, 18 abr. 2018.

São Paulo: Confiança. p. 38 (Adaptação).

Considerando as informações a respeito das águas no Brasil, é correto afirmar que

Alternativas

ID
3320245
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia Ambiental e Sanitária
Assuntos

A outorga de direito de uso das águas é um importante instrumento da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), estabelecida pela Lei Nº 9.433/97.

São usos sujeitos à outorga pelo Poder Público, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra A.

    PNRH

    Art. 12. Estão sujeitos a outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes usos de recursos hídricos:

    I - derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo final, inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo; LETRA D.

    II - extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo;

    III - lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final; LETRA C.

    IV - aproveitamento dos potenciais hidrelétricos; LETRA B.

    V - outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo de água.


ID
3320248
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia Ambiental e Sanitária
Assuntos

O sistema de lodos ativados convencional é usado em vários países do mundo para o tratamento de esgotos sanitários e industriais.
Em relação a essa tecnologia de tratamento, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A) o tempo de retenção de sólidos nesse sistema, também denominado idade do lodo, é da ordem de vários anos, garantindo elevada eficiência dessa tecnologia de tratamento na conversão da matéria orgânica.

    A idade do lodo corresponde ao tempo de permanência da biomassa dentro do sistema.

    Devido a recirculação do lodo neste sistema, o tempo de detenção hidráulica é pequeno.

    B) o tempo de detenção do líquido (tempo de detenção hidráulica) é baixo, sendo da ordem de 6 a 8 horas, implicando na necessidade de tanques com menores volumes e, portanto, em custos menores de implantação.

    O sistema de lodos ativados convencional é constítuido por reator e decantadores primário e secundário. Este sistema possui decantador primário para que a matéria orgânica em suspensão sedimentável seja retirada ante do tanque de aeração gerando assim uma economia no consumo de energia. O tempo de detenção hidráulico é bem baixo, da ordem de 6 a 8 horas e a idade do lodo em torno de 4 a 10 dias. Como o lodo retirado ainda é jovem e possui grande quantidade de matéria orgânica em suas células, há necessidade de uma etapa de estabilização do lodo.(SPERLING,1997).

    c) consiste em um reator de mistura completa, onde ocorrem todos os ciclos normais de tratamento do efluente líquido, quais sejam: enchimento, reação, sedimentação, esvaziamento e repouso.

    Esse conceito refere-se ao sistema de lodos ativados de fluxo intermitente (Batelada), onde todas as etapas de tratamento ocorre dentro do reator.

    E) possui elevada eficiência na remoção de sólidos, matéria orgânica e patogênicos, mas tem como desvantagem o elevado gasto energético dos aeradores e do sistema de recirculação do lodo excedente.

    Além da matéria orgânica carbonácea, o sistema de lodos ativados pode remover também nitrogênio e fosfóro, porém a remoção de coliformes é geralmente baixa devido ao pequeno tempo de detenção hidráulico e normalmente insuficiente para o lançamento no corpo receptor.

    FONTE: http://www.fec.unicamp.br/~bdta/esgoto/lodosativados.html#:~:text=SISTEMA%20DE%20LODOS%20ATIVADOS%20CONVENCIONAL,-O%20sistema%20de&text=O%20tempo%20de%20deten%C3%A7%C3%A3o%20hidr%C3%A1ulico%20%C3%A9%20bem%20baixo%2C%20da%20ordem,etapa%20de%20estabiliza%C3%A7%C3%A3o%20do%20lodo.


ID
3320251
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia Ambiental e Sanitária
Assuntos

Considere que um sistema de tratamento de esgotos constituído por fossa séptica, filtro anaeróbio e sumidouro foi projetado para receber a vazão de 0,8 m³/d. Foi adotada a forma cilíndrica para o sumidouro, com diâmetro igual a 1,5 m.
Sabendo que o coeficiente de infiltração do terreno onde o sistema foi implantado é de 75 L/m² d, a profundidade do sumidouro, cujo fundo foi considerado impermeável, é aproximadamente igual a

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    Resolução

    A área da parede do sumidouro é igual a vazão dividida pelo coeficiente de infiltração => A = V/C

    Usando os dados do problema, temos então que a área da parede é de

    A = (0,8 m^3/d)/(75 L/m^2.d)

    Precisa deixar tudo na mesma unidade para fazer o cálculo:

    A = 0,8/75.(m^3.d/0,001 m^3/m^2.d)

    A = 10,667 m^2

    A área do cilindro é de 2πrh ou 2πd/2h.

    Logo, usando o diâmetro fornecido, temos:

    Área = 10,667 = 2πd/2.h

    Logo:

    Altura = 10,667/(2πd/2) => 10,667/(2.3,14.0,725)

    Altura = 2,34 metros

    Em resumo, você usa essas duas fórmulas:

    Área da parede = vazão dos dejetos / coeficiente de infiltração

    Depois de descobrir a área da parede, você sabe que é um cilindro, então usa a fórmula da área lateral do cilindro e calcula a altura necessária, sabendo o diâmetro, que foi informado na questão.

    No cálculo que fiz, eu calculei o valor de 0,8/75, mas na prova é mais fácil deixar como fração e fazer o cálculo apenas no final.


ID
3320254
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia Ambiental e Sanitária
Assuntos

Os processos a seguir são utilizados para higienização de lodos gerados em unidades de tratamento de esgotos, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Caleação: Processo de higienização que consiste na mistura de cal virgem (CaO) ao lodo em proporções que variam de 30% a 50% em função do peso seco do lodo. A cal em contato com a água do lodo resulta em uma reação exotérmica. A calagem inviabiliza os ovos de helmintos sendo que os ovos remanescentes não apresentam viabilidade biológica, minimiza odores gerados por lodos de esgoto e promove uma maior estabilização dos processos biológicos.

    Fonte:https://www.jorcyaguiar.com/2011/06/lodo-de-esgoto-x-uso-agricola.html

  • Centrifugação é para desaguar o lodo


ID
3320257
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia Ambiental e Sanitária
Assuntos

Considere que um município lança seus esgotos sanitários no Rio das Velhas, após submetê-lo ao tratamento por reator anaeróbio de manta de lodo. O monitoramento do esgoto tratado resultou na vazão média de 0,1 m³ /s e na concentração média de coliformes termotolerantes de 5 x 107 org/100 mL.
Considerando que no ponto de lançamento dos esgotos a vazão do Rio das Velhas é de 600 L/s e a concentração de coliformes termotolerantes é igual a 10 org/100 mL, a concentração de coliformes termotolerantes, imediatamente após a mistura do esgoto com o Rio, é de aproximadamente

Alternativas
Comentários
  • Utiliza-se a formula: Cf = (C1xQ1 + C2xQ2)/Qf, para calcular a concentração final, sendo:

    C1 = 5 x 107 org/100 mL

    Q1 = 0,1 m³ /s = 100 L/s

    C2 = 10 org/100 mL

    Q2 = 600 L/s 

    Qf = Q1 + Q2 = 700 L/s

    Resposta: Letra B

  • É burrice minha, mas estou apanhando para fazer o cálculo. Alguém poderia mostrar como faz ele a mão (sem calculadora)?


ID
3320260
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia Ambiental e Sanitária
Assuntos

Em relação aos prazos de validade das licenças ambientais, estabelecidos no âmbito nacional, é correto afirmar que o prazo de validade da

Alternativas
Comentários
  • licença prévia  máximo de 05 anos.

    licença de instalação máxima de 06 anos.

    licença de operação prazo mínimo de 04 anos e máximo de 10 anos.


ID
3320263
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia Ambiental e Sanitária
Assuntos

A ISO 14.001 tem como principal objetivo a melhoria do desempenho ambiental das organizações.
Com relação a essa normativa, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Aspectos ambientais:

    O objetivo desse item da norma é fazer com que a empresa identifique todos os impactos ambientais significativos, reais e potenciais, relacionados com suas atividades, produtos e serviços, para que possa controlar os aspectos sob sua responsabilidade (Meystre, 2003). Reis & Queiroz (2002) esclarecem que segundo esta norma, aspecto ambiental significa a causa de danos ambientais e impacto ambiental significa os seus efeitos ambientais, adversos ou benéficos.

    Fonte: Sistema de Gestão Ambiental: aspectos teóricos e análise de um conjunto de empresas da região de Campinas, SP. EMBRAPA. ISSN 1516-4691. Agosto, 2004.

  • qual o erro da c?


ID
3320266
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia Ambiental e Sanitária
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir em relação à compostagem dos resíduos sólidos orgânicos.

I. O teor de umidade deve situar-se entre 50 e 60%. Se for muito alta, a atividade biológica fica comprometida e, se for muito baixa, a oxigenação é prejudicada.
II. É um processo biológico, anaeróbio e controlado, no qual a matéria orgânica é convertida em um composto orgânico, que pode ser usado como adubo.
III. Temperaturas superiores a 65 ºC devem ser evitadas por causarem a eliminação dos organismos responsáveis pela degradação dos resíduos orgânicos.

Estão incorretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • I - teor de umidade: Valo Máx. = 40%, tolerância até 44%

    II - A compostagem é um processo biológico AERÓBIO.

    Errei pq não li a questão completa, e não notei que está pedindo os itens INCORRETOS

  • O erro do item I não está no percentual de umidade, sendo a ótima igual a 55%, mas sim na segunda parte da frase: 'Se for muito alta, a atividade biológica fica comprometida e, se for muito baixa, a oxigenação é prejudicada'. Seria o inverso: teores elevados de água na composteira dificultam a circulação de ar; enquanto que a baixa umidade diminui a ação dos microorganismos.


ID
3320269
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia Ambiental e Sanitária
Assuntos

Analise as seguintes afirmativas sobre a classificação dos corpos de água doce e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.

( ) As águas doces estaduais classificadas como classe 4 podem ser destinadas à navegação, à harmonia paisagística e aos usos menos exigentes.
( ) Alguns dos padrões estabelecidos para as águas de classe 1 são: DBO5 20°C de 3 mg/L, OD superior a 6 mg/L e sólidos em suspensão totais de 50 mg/L.
( ) As águas doces estaduais classificadas como classe 4 podem ser destinadas ao abastecimento para consumo humano, à irrigação e à pesca amadora.
( ) Alguns dos padrões estabelecidos para as águas de classe 4 são: fenóis totais de até 0,5 mg/L de C6 H5 OH, OD superior a 2,0 mg/L e pH de 6,0 a 9,0.

Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra C.

    Conama 357/2005. Resolução válida para todo o país, portanto a norma estadual estará alinhada.

    ( V ) As águas doces estaduais classificadas como classe 4 podem ser destinadas à navegação, à harmonia paisagística e aos usos menos exigentes. CERTO. Art. 4º As águas doces são classificadas em: V - classe 4: águas que podem ser destinadas: a) à navegação; e b) à harmonia paisagística.

    ( V ) Alguns dos padrões estabelecidos para as águas de classe 1 são: DBO5 20°C de 3 mg/L, OD superior a 6 mg/L e sólidos em suspensão totais de 50 mg/L. CERTO. Art. 14. As águas doces de classe 1 observarão as seguintes condições e padrões: I - condições de qualidade de água: h) DBO 5 dias a 20°C até 3 mg/L O2; i) OD, em qualquer amostra, não inferior a 6 mg/L O2; 

    ( F ) As águas doces estaduais classificadas como classe 4 podem ser destinadas ao abastecimento para consumo humano, à irrigação e à pesca amadora. ERRADO. Art. 4º IV - classe 3: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; c) à pesca amadora;

    ( V ) Alguns dos padrões estabelecidos para as águas de classe 4 são: fenóis totais de até 0,5 mg/L de C6 H5 OH, OD superior a 2,0 mg/L e pH de 6,0 a 9,0. CERTO. Art. 17. As águas doces de classe 4 observarão as seguintes condições e padrões: VI - OD, superior a 2,0 mg/L O2 em qualquer amostra; e, VII - pH: 6,0 a 9,0.


ID
3320272
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia Ambiental e Sanitária
Assuntos

O modelo de Streeter-Phelps fornece o perfil de OD (oxigênio dissolvido) em um curso d´água.
Sobre esse modelo, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • O modelo de Streeter-Phelps foi desenvolvido em 1925 e, por causa de sua simplicidade conceitual, é até hoje o mais utilizado para a modelagem de DBO e OD, além de servir como base para modelos mais avançados disponíveis atualmente.

    O cálculo do perfil do oxigênio dissolvido em função do tempo, para a obtenção da curva de depleção do oxigênio dissolvido segundo o modelo de Streeter-Phelps, considera a desoxigenação e a reaeração atmosférica no balanço do OD.

    A) No balanço de oxigênio dissolvido, é considerada apenas a desoxigenação, decorrente da decomposição da matéria orgânica pelos organismos aeróbios, que resulta na redução dos teores de OD ao longo do tempo.

    Como dito, no balanço de OD é considerada a desoxinenação e reaeração atmosférica.

    -A desoxigenação é o processo que ocorre naturalmente no corpo d’água, pelo qual o oxigênio é consumido para estabilização da matéria orgânica.

    -A oxigenação é um importante fenômeno integrante no balanço de oxigênio em um corpo d’água, que representa a troca de gases entre o meio líquido e a atmosfera.

    B) A cinética da reação da matéria orgânica remanescente (DBO remanescente) se processa segundo uma reação de segunda ordem, na qual a taxa de mudança da concentração é proporcional à segunda potência da concentração.

    A cinética de reação da matéria orgânica se dá segundo uma reação de primeira ordem. A taxa de oxidação da matéria orgânica é tanto maior, quanto maior for a matéria orgânica disponível.

    C) O coeficiente de remoção da DBO efetiva no rio, sobretudo em rios rasos recebendo esgotos brutos, é inferior ao coeficiente de desoxigenação (K1) obtido no laboratório, pois há sedimentação e remoção de DBO pelo lodo de fundo.

    O coeficiente de decomposição da DBO no rio, Kd, incorpora os efeitos na decomposição da matéria orgânica pela biomassa suspensa na massa líquida e pela biomassa no lodo de fundo. Os valores de Kd para oxidação da DBO no rio são superiores a valores de K1 obtidos em laboratório. Isto se explica pelo fato da biomassa que cresce aderida a um meio suporte, como, por exemplo, o lodo de fundo, ser mais efetiva na decomposição de matérias orgânicas que a biomassa dispersa na massa líquida (Chapra, 1997, apud von Sperling)