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Prova IBGP - 2019 - Prefeitura de Andrelândia - MG - Enfermeiro Hospital


ID
4076056
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 

ADOLESCENTES QUE ENGRAVIDAM SOFREM MAIOR RISCO DE PROBLEMAS FÍSICOS, PSICOLÓGICOS E SOCIAIS

Taxa de filhos de mães adolescentes no Brasil é maior que a média mundial. Adolescentes que engravidam têm alto risco de uma série de danos, e as mulheres mais pobres são as mais atingidas


    Os índices de gravidez na adolescência no Brasil servem para nos lembrar de que ainda temos muitas dificuldades a enfrentar nessa área. Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) mostram que, dos quase 3 milhões de nascidos em 2016, 480 mil eram filhos de mães entre 15 e 19 anos, compondo uma taxa de 16% de todos os nascimentos. Apesar de ter havido uma queda de aproximadamente 20% nesse número em dez anos, ainda temos 68 bebês de mães adolescentes para cada mil meninas entre 15 e 19 anos, enquanto a taxa mundial é estimada em 46 para cada mil meninas dessa faixa etária.

    Explicar os motivos que levam a esse cenário não é tão simples, mas os especialistas consultados para esta reportagem foram unânimes em duas hipóteses: independentemente da classe social, os adolescentes estão transando cada vez mais cedo. Ao mesmo tempo, falta educação sexual. A preocupação com o uso de método contraceptivo sempre recai sobre a mulher, e geralmente elas têm conhecimento sobre a importância de se prevenir. “A grande maioria das gestantes adolescentes tem noção da necessidade de usar métodos contraceptivos. Sabe que existe camisinha, pílula ou DIU. Mas entre saber e usar, há um abismo”, afirma a dra. Fernanda Surita, ginecologista do Hospital da Mulher de Campinas-SP. Os profissionais apontam, ainda, para um fenômeno chamado “pensamento mágico”. O casal dificilmente acredita que a gravidez vá de fato acontecer com eles. Muitos pensam que “é só uma vez, então não vai acontecer nada”.

    A ginecologista dra. Beatriz Barbosa trabalha no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoerinha, na zona norte de São Paulo, desde 2003. Às quartas-feiras ela atende no ambulatório somente gestantes, muitas delas adolescentes. A médica expressa seu desânimo com a situação, dizendo que muitas vezes se sente como se “enxugasse gelo”. Apesar do esforço que toda equipe faz para aconselhar as pacientes, principalmente no pós-parto, ela conta que o risco de atender uma grávida reincidente é alto. Ela se recorda de um episódio de uma menina que engravidou 10 meses após o primeiro parto. Conta que levou um susto quando viu a ficha dela em cima da mesa e achou que era um erro. “Mas não era. Foi muito rápido. Mal tinha dado tempo de ela se recuperar e já ia enfrentar tudo de novo.” 

    No breve tempo em que fiquei aguardando para entrevistar a médica, encontrei duas garotas que não deviam ter mais que 15 anos. Tentei conversar com uma delas, que estava acompanhada da mãe, mas sem sucesso. “Aqui é assim praticamente toda semana. Atendo uma média de 20 pacientes, a grande maioria adolescentes. Já cheguei a atender uma de 12 anos. Apesar dos índices do Ministério apontarem para uma queda nos índices de gravidez precoce, na prática clínica não é isso que notamos”, comenta Beatriz. 

    Muitos ginecologistas acreditam que é preciso reforçar a orientação sobre a necessidade de usar métodos contraceptivos, principalmente os de longa duração. Isso ajudaria bastante nos casos em que a jovem se esquece de tomar a pílula. “O SUS oferece o DIU de cobre, mas a adesão é muito baixa e o produto chega até a vencer nas unidades de saúde”, comenta César Eduardo Fernandes, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).


ADOLESCENTES GRÁVIDAS SOFREM COM FALTA DE ESTRUTURA


    Ser mãe adolescente, sem nenhum tipo de planejamento nem apoio familiar, ocasiona diversos problemas na vida da gestante e perpetua um ciclo de pobreza e exclusão social difícil de ser quebrado. Adolescentes pobres têm cinco vezes mais risco de engravidar que as mais ricas. Com filhos, dificilmente elas conseguirão conciliar os estudos, entrar no mercado de trabalho e ter independência financeira.

    Muitas atrasam o pré-natal (momento extremamente importante para garantir a integridade física do bebê) porque não se sentem preparadas para contar para a família que estão grávidas. Dessa maneira, a janela para identificar e resolver algum problema de saúde potencialmente grave, como sífilis, fica limitada, o que aumenta ainda mais o risco de instabilidade dali em diante. Ao mesmo tempo, elas ainda são muito jovens, então elas demonstram preocupações quase infantis. “Elas chegam assustadas e com algumas dúvidas que não condizem com a situação. Perguntam ‘mas como esse bebê vai sair daqui?’”, afirma Beatriz Barbosa. 

    Tanto o Hospital Cachoeirinha, em São Paulo, como o Hospital da Mulher, em Campinas, promovem atendimento especializado multidisciplinar para dar suporte a essas gestantes. As áreas de nutrição (a maioria chega abaixo do peso e desnutrida), de assistência social e de psicologia são as mais acionadas. Apesar de cada uma abordar uma vertente, todas procuram identificar se a garota não foi vítima de violência sexual. “Estabelecemos um acolhimento para entender, primeiramente, a dinâmica familiar em que a jovem está inserida. Depois disso, tentamos inseri-la em políticas públicas como bolsa família, cesta básica emergencial, cursos para gestante etc.”, explica Dalva Rossi, assistente social do Hospital da Mulher de Campinas.


GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E POUCO DIÁLOGO EM CASA 


    Nem todos os adolescentes que têm filhos muito cedo apresentam histórico de desestruturação familiar, mas é muito comum serem prole de gerações que também tiveram filhos antes dos 20 anos. A falta de conversa sobre sexo em casa também costuma ser tradição nessas famílias. 

    Eles não conversam sobre o assunto em casa e, provavelmente, nem na escola. Na verdade, o ensino sobre os temas sexualidade e prevenção da gravidez sofreu grande retrocesso no país em meados de 2011, quando se instaurou uma polêmica envolvendo o material educativo Escola sem Homofobia (que ficou tachado de “kit gay”). Na época, todo o suporte didático que era distribuído desde 2003 para crianças a partir dos 12 anos foi recolhido sob a justificativa de que “incentivavam o homossexualismo (sic) e a promiscuidade”. “Falta espaço para discutir sexualidade porque ainda a encaramos como tabu. Os pais acham que se falarem com os filhos sobre o assunto vão estimular a relação sexual precoce, o que é um mito”, afirma Rossi.


RISCOS DE UMA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 


    Além do aspecto social, a gravidez na adolescência está associada a uma série de riscos à saúde da mulher e do bebê. Elevação da pressão arterial (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) com risco de crises convulsivas são alguns dos problemas que podem acometer a grávida muito jovem com maior frequência que em outras faixas etárias.

    Entre os agravos mais comuns no bebê, estão a prematuridade e o baixo peso ao nascer. “O índice de mortalidade entre filhos de mães adolescentes é muito alto. Cerca de 20% da mortalidade infantil no Brasil decorrem do óbito precoce de bebês nascidos de mães entre os 15 e 19 anos”, destaca a dra. Evelyn Eisenstein, membro do Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

    Qualquer pessoa consegue imaginar a desorganização que ter filhos de forma não planejada pode provocar na vida. No caso específico de mulheres jovens, cada uma dessas condições é um agravante com alto impacto no futuro de famílias que provavelmente já se encontram em situação vulnerável. Como acontece na maioria das vezes quando tratamos questões envolvendo pessoas socialmente mais vulneráveis, o mais eficaz é concentrar os esforços em políticas públicas na prevenção.

Sobre o autor: Juliana Conte é jornalista, repórter do Portal Dráuzio Varella desde 2012. Interessa-se por questões relacionadas a manejo de dores, atividade física e alimentação saudável.

Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/reportagens/adolescentes-que-engravidam-sofrem-maior-risco-de-problemas-fisicos-psicologicos-e-sociais/ Acesso em: 21 de maio 2019. 

Sobre o Texto , é CORRETO afirmar que: 

Alternativas
Comentários
  • Que texto pequeno...gab D


ID
4076059
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 

ADOLESCENTES QUE ENGRAVIDAM SOFREM MAIOR RISCO DE PROBLEMAS FÍSICOS, PSICOLÓGICOS E SOCIAIS

Taxa de filhos de mães adolescentes no Brasil é maior que a média mundial. Adolescentes que engravidam têm alto risco de uma série de danos, e as mulheres mais pobres são as mais atingidas


    Os índices de gravidez na adolescência no Brasil servem para nos lembrar de que ainda temos muitas dificuldades a enfrentar nessa área. Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) mostram que, dos quase 3 milhões de nascidos em 2016, 480 mil eram filhos de mães entre 15 e 19 anos, compondo uma taxa de 16% de todos os nascimentos. Apesar de ter havido uma queda de aproximadamente 20% nesse número em dez anos, ainda temos 68 bebês de mães adolescentes para cada mil meninas entre 15 e 19 anos, enquanto a taxa mundial é estimada em 46 para cada mil meninas dessa faixa etária.

    Explicar os motivos que levam a esse cenário não é tão simples, mas os especialistas consultados para esta reportagem foram unânimes em duas hipóteses: independentemente da classe social, os adolescentes estão transando cada vez mais cedo. Ao mesmo tempo, falta educação sexual. A preocupação com o uso de método contraceptivo sempre recai sobre a mulher, e geralmente elas têm conhecimento sobre a importância de se prevenir. “A grande maioria das gestantes adolescentes tem noção da necessidade de usar métodos contraceptivos. Sabe que existe camisinha, pílula ou DIU. Mas entre saber e usar, há um abismo”, afirma a dra. Fernanda Surita, ginecologista do Hospital da Mulher de Campinas-SP. Os profissionais apontam, ainda, para um fenômeno chamado “pensamento mágico”. O casal dificilmente acredita que a gravidez vá de fato acontecer com eles. Muitos pensam que “é só uma vez, então não vai acontecer nada”.

    A ginecologista dra. Beatriz Barbosa trabalha no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoerinha, na zona norte de São Paulo, desde 2003. Às quartas-feiras ela atende no ambulatório somente gestantes, muitas delas adolescentes. A médica expressa seu desânimo com a situação, dizendo que muitas vezes se sente como se “enxugasse gelo”. Apesar do esforço que toda equipe faz para aconselhar as pacientes, principalmente no pós-parto, ela conta que o risco de atender uma grávida reincidente é alto. Ela se recorda de um episódio de uma menina que engravidou 10 meses após o primeiro parto. Conta que levou um susto quando viu a ficha dela em cima da mesa e achou que era um erro. “Mas não era. Foi muito rápido. Mal tinha dado tempo de ela se recuperar e já ia enfrentar tudo de novo.” 

    No breve tempo em que fiquei aguardando para entrevistar a médica, encontrei duas garotas que não deviam ter mais que 15 anos. Tentei conversar com uma delas, que estava acompanhada da mãe, mas sem sucesso. “Aqui é assim praticamente toda semana. Atendo uma média de 20 pacientes, a grande maioria adolescentes. Já cheguei a atender uma de 12 anos. Apesar dos índices do Ministério apontarem para uma queda nos índices de gravidez precoce, na prática clínica não é isso que notamos”, comenta Beatriz. 

    Muitos ginecologistas acreditam que é preciso reforçar a orientação sobre a necessidade de usar métodos contraceptivos, principalmente os de longa duração. Isso ajudaria bastante nos casos em que a jovem se esquece de tomar a pílula. “O SUS oferece o DIU de cobre, mas a adesão é muito baixa e o produto chega até a vencer nas unidades de saúde”, comenta César Eduardo Fernandes, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).


ADOLESCENTES GRÁVIDAS SOFREM COM FALTA DE ESTRUTURA


    Ser mãe adolescente, sem nenhum tipo de planejamento nem apoio familiar, ocasiona diversos problemas na vida da gestante e perpetua um ciclo de pobreza e exclusão social difícil de ser quebrado. Adolescentes pobres têm cinco vezes mais risco de engravidar que as mais ricas. Com filhos, dificilmente elas conseguirão conciliar os estudos, entrar no mercado de trabalho e ter independência financeira.

    Muitas atrasam o pré-natal (momento extremamente importante para garantir a integridade física do bebê) porque não se sentem preparadas para contar para a família que estão grávidas. Dessa maneira, a janela para identificar e resolver algum problema de saúde potencialmente grave, como sífilis, fica limitada, o que aumenta ainda mais o risco de instabilidade dali em diante. Ao mesmo tempo, elas ainda são muito jovens, então elas demonstram preocupações quase infantis. “Elas chegam assustadas e com algumas dúvidas que não condizem com a situação. Perguntam ‘mas como esse bebê vai sair daqui?’”, afirma Beatriz Barbosa. 

    Tanto o Hospital Cachoeirinha, em São Paulo, como o Hospital da Mulher, em Campinas, promovem atendimento especializado multidisciplinar para dar suporte a essas gestantes. As áreas de nutrição (a maioria chega abaixo do peso e desnutrida), de assistência social e de psicologia são as mais acionadas. Apesar de cada uma abordar uma vertente, todas procuram identificar se a garota não foi vítima de violência sexual. “Estabelecemos um acolhimento para entender, primeiramente, a dinâmica familiar em que a jovem está inserida. Depois disso, tentamos inseri-la em políticas públicas como bolsa família, cesta básica emergencial, cursos para gestante etc.”, explica Dalva Rossi, assistente social do Hospital da Mulher de Campinas.


GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E POUCO DIÁLOGO EM CASA 


    Nem todos os adolescentes que têm filhos muito cedo apresentam histórico de desestruturação familiar, mas é muito comum serem prole de gerações que também tiveram filhos antes dos 20 anos. A falta de conversa sobre sexo em casa também costuma ser tradição nessas famílias. 

    Eles não conversam sobre o assunto em casa e, provavelmente, nem na escola. Na verdade, o ensino sobre os temas sexualidade e prevenção da gravidez sofreu grande retrocesso no país em meados de 2011, quando se instaurou uma polêmica envolvendo o material educativo Escola sem Homofobia (que ficou tachado de “kit gay”). Na época, todo o suporte didático que era distribuído desde 2003 para crianças a partir dos 12 anos foi recolhido sob a justificativa de que “incentivavam o homossexualismo (sic) e a promiscuidade”. “Falta espaço para discutir sexualidade porque ainda a encaramos como tabu. Os pais acham que se falarem com os filhos sobre o assunto vão estimular a relação sexual precoce, o que é um mito”, afirma Rossi.


RISCOS DE UMA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 


    Além do aspecto social, a gravidez na adolescência está associada a uma série de riscos à saúde da mulher e do bebê. Elevação da pressão arterial (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) com risco de crises convulsivas são alguns dos problemas que podem acometer a grávida muito jovem com maior frequência que em outras faixas etárias.

    Entre os agravos mais comuns no bebê, estão a prematuridade e o baixo peso ao nascer. “O índice de mortalidade entre filhos de mães adolescentes é muito alto. Cerca de 20% da mortalidade infantil no Brasil decorrem do óbito precoce de bebês nascidos de mães entre os 15 e 19 anos”, destaca a dra. Evelyn Eisenstein, membro do Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

    Qualquer pessoa consegue imaginar a desorganização que ter filhos de forma não planejada pode provocar na vida. No caso específico de mulheres jovens, cada uma dessas condições é um agravante com alto impacto no futuro de famílias que provavelmente já se encontram em situação vulnerável. Como acontece na maioria das vezes quando tratamos questões envolvendo pessoas socialmente mais vulneráveis, o mais eficaz é concentrar os esforços em políticas públicas na prevenção.

Sobre o autor: Juliana Conte é jornalista, repórter do Portal Dráuzio Varella desde 2012. Interessa-se por questões relacionadas a manejo de dores, atividade física e alimentação saudável.

Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/reportagens/adolescentes-que-engravidam-sofrem-maior-risco-de-problemas-fisicos-psicologicos-e-sociais/ Acesso em: 21 de maio 2019. 

Segundo o Texto , as taxas de gravidez na adolescência têm crescido no Brasil e os pesquisadores levantam duas hipóteses principais para explicar o fenômeno. Seriam elas: 

Alternativas
Comentários
  • Nem precisa ler o texto para acertar as Questões, gabarito C


ID
4076065
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 

ADOLESCENTES QUE ENGRAVIDAM SOFREM MAIOR RISCO DE PROBLEMAS FÍSICOS, PSICOLÓGICOS E SOCIAIS

Taxa de filhos de mães adolescentes no Brasil é maior que a média mundial. Adolescentes que engravidam têm alto risco de uma série de danos, e as mulheres mais pobres são as mais atingidas


    Os índices de gravidez na adolescência no Brasil servem para nos lembrar de que ainda temos muitas dificuldades a enfrentar nessa área. Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) mostram que, dos quase 3 milhões de nascidos em 2016, 480 mil eram filhos de mães entre 15 e 19 anos, compondo uma taxa de 16% de todos os nascimentos. Apesar de ter havido uma queda de aproximadamente 20% nesse número em dez anos, ainda temos 68 bebês de mães adolescentes para cada mil meninas entre 15 e 19 anos, enquanto a taxa mundial é estimada em 46 para cada mil meninas dessa faixa etária.

    Explicar os motivos que levam a esse cenário não é tão simples, mas os especialistas consultados para esta reportagem foram unânimes em duas hipóteses: independentemente da classe social, os adolescentes estão transando cada vez mais cedo. Ao mesmo tempo, falta educação sexual. A preocupação com o uso de método contraceptivo sempre recai sobre a mulher, e geralmente elas têm conhecimento sobre a importância de se prevenir. “A grande maioria das gestantes adolescentes tem noção da necessidade de usar métodos contraceptivos. Sabe que existe camisinha, pílula ou DIU. Mas entre saber e usar, há um abismo”, afirma a dra. Fernanda Surita, ginecologista do Hospital da Mulher de Campinas-SP. Os profissionais apontam, ainda, para um fenômeno chamado “pensamento mágico”. O casal dificilmente acredita que a gravidez vá de fato acontecer com eles. Muitos pensam que “é só uma vez, então não vai acontecer nada”.

    A ginecologista dra. Beatriz Barbosa trabalha no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoerinha, na zona norte de São Paulo, desde 2003. Às quartas-feiras ela atende no ambulatório somente gestantes, muitas delas adolescentes. A médica expressa seu desânimo com a situação, dizendo que muitas vezes se sente como se “enxugasse gelo”. Apesar do esforço que toda equipe faz para aconselhar as pacientes, principalmente no pós-parto, ela conta que o risco de atender uma grávida reincidente é alto. Ela se recorda de um episódio de uma menina que engravidou 10 meses após o primeiro parto. Conta que levou um susto quando viu a ficha dela em cima da mesa e achou que era um erro. “Mas não era. Foi muito rápido. Mal tinha dado tempo de ela se recuperar e já ia enfrentar tudo de novo.” 

    No breve tempo em que fiquei aguardando para entrevistar a médica, encontrei duas garotas que não deviam ter mais que 15 anos. Tentei conversar com uma delas, que estava acompanhada da mãe, mas sem sucesso. “Aqui é assim praticamente toda semana. Atendo uma média de 20 pacientes, a grande maioria adolescentes. Já cheguei a atender uma de 12 anos. Apesar dos índices do Ministério apontarem para uma queda nos índices de gravidez precoce, na prática clínica não é isso que notamos”, comenta Beatriz. 

    Muitos ginecologistas acreditam que é preciso reforçar a orientação sobre a necessidade de usar métodos contraceptivos, principalmente os de longa duração. Isso ajudaria bastante nos casos em que a jovem se esquece de tomar a pílula. “O SUS oferece o DIU de cobre, mas a adesão é muito baixa e o produto chega até a vencer nas unidades de saúde”, comenta César Eduardo Fernandes, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).


ADOLESCENTES GRÁVIDAS SOFREM COM FALTA DE ESTRUTURA


    Ser mãe adolescente, sem nenhum tipo de planejamento nem apoio familiar, ocasiona diversos problemas na vida da gestante e perpetua um ciclo de pobreza e exclusão social difícil de ser quebrado. Adolescentes pobres têm cinco vezes mais risco de engravidar que as mais ricas. Com filhos, dificilmente elas conseguirão conciliar os estudos, entrar no mercado de trabalho e ter independência financeira.

    Muitas atrasam o pré-natal (momento extremamente importante para garantir a integridade física do bebê) porque não se sentem preparadas para contar para a família que estão grávidas. Dessa maneira, a janela para identificar e resolver algum problema de saúde potencialmente grave, como sífilis, fica limitada, o que aumenta ainda mais o risco de instabilidade dali em diante. Ao mesmo tempo, elas ainda são muito jovens, então elas demonstram preocupações quase infantis. “Elas chegam assustadas e com algumas dúvidas que não condizem com a situação. Perguntam ‘mas como esse bebê vai sair daqui?’”, afirma Beatriz Barbosa. 

    Tanto o Hospital Cachoeirinha, em São Paulo, como o Hospital da Mulher, em Campinas, promovem atendimento especializado multidisciplinar para dar suporte a essas gestantes. As áreas de nutrição (a maioria chega abaixo do peso e desnutrida), de assistência social e de psicologia são as mais acionadas. Apesar de cada uma abordar uma vertente, todas procuram identificar se a garota não foi vítima de violência sexual. “Estabelecemos um acolhimento para entender, primeiramente, a dinâmica familiar em que a jovem está inserida. Depois disso, tentamos inseri-la em políticas públicas como bolsa família, cesta básica emergencial, cursos para gestante etc.”, explica Dalva Rossi, assistente social do Hospital da Mulher de Campinas.


GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E POUCO DIÁLOGO EM CASA 


    Nem todos os adolescentes que têm filhos muito cedo apresentam histórico de desestruturação familiar, mas é muito comum serem prole de gerações que também tiveram filhos antes dos 20 anos. A falta de conversa sobre sexo em casa também costuma ser tradição nessas famílias. 

    Eles não conversam sobre o assunto em casa e, provavelmente, nem na escola. Na verdade, o ensino sobre os temas sexualidade e prevenção da gravidez sofreu grande retrocesso no país em meados de 2011, quando se instaurou uma polêmica envolvendo o material educativo Escola sem Homofobia (que ficou tachado de “kit gay”). Na época, todo o suporte didático que era distribuído desde 2003 para crianças a partir dos 12 anos foi recolhido sob a justificativa de que “incentivavam o homossexualismo (sic) e a promiscuidade”. “Falta espaço para discutir sexualidade porque ainda a encaramos como tabu. Os pais acham que se falarem com os filhos sobre o assunto vão estimular a relação sexual precoce, o que é um mito”, afirma Rossi.


RISCOS DE UMA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 


    Além do aspecto social, a gravidez na adolescência está associada a uma série de riscos à saúde da mulher e do bebê. Elevação da pressão arterial (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) com risco de crises convulsivas são alguns dos problemas que podem acometer a grávida muito jovem com maior frequência que em outras faixas etárias.

    Entre os agravos mais comuns no bebê, estão a prematuridade e o baixo peso ao nascer. “O índice de mortalidade entre filhos de mães adolescentes é muito alto. Cerca de 20% da mortalidade infantil no Brasil decorrem do óbito precoce de bebês nascidos de mães entre os 15 e 19 anos”, destaca a dra. Evelyn Eisenstein, membro do Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

    Qualquer pessoa consegue imaginar a desorganização que ter filhos de forma não planejada pode provocar na vida. No caso específico de mulheres jovens, cada uma dessas condições é um agravante com alto impacto no futuro de famílias que provavelmente já se encontram em situação vulnerável. Como acontece na maioria das vezes quando tratamos questões envolvendo pessoas socialmente mais vulneráveis, o mais eficaz é concentrar os esforços em políticas públicas na prevenção.

Sobre o autor: Juliana Conte é jornalista, repórter do Portal Dráuzio Varella desde 2012. Interessa-se por questões relacionadas a manejo de dores, atividade física e alimentação saudável.

Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/reportagens/adolescentes-que-engravidam-sofrem-maior-risco-de-problemas-fisicos-psicologicos-e-sociais/ Acesso em: 21 de maio 2019. 

A classificação das orações em destaque foi corretamente identificada em:

Alternativas
Comentários
  • gabarito =D

    nada de enfeitar o pavão

    bem simples

    (a)Os índices de gravidez na adolescência no Brasil servem para nos lembrar de que ainda temos muitas dificuldades a enfrentar nessa área. [Oração subordinada substantiva objetiva direta] errado

    quem lembra lembra de algo pede um objeto indireto

    Oração subordinada substantiva objetiva indireta

    (B)O casal dificilmente acredita que a gravidez vá de fato acontecer com eles. [Oração subordinada adjetiva restritiva]. errado

    temos uma Oração subordinada substantiva objetiva direta

    verbo+ conjunção integrante

    (C)Ela se recorda de um episódio de uma menina que engravidou 10 meses após o primeiro parto. [Oração subordinada adverbial temporal]. errado

    Oração subordinada adjetivas

    restritivas sem virgulas

    explicativas com virgulas

    (D)[...] foi recolhido sob a justificativa de que “incentivavam o homossexualismo (sic) e a promiscuidade”[Oração subordinada substantiva completiva nominal].gabarito

    completa um nome

  • GABARITO - D

    A)

    nos lembrar  ( DISSO ) de que ainda temos muitas dificuldades 

    Oração subordinada substantiva objetiva indireta.

    -------------------------------------------------------------------------

    B) O casal dificilmente acredita que a gravidez vá de fato acontecer com eles. 

    Acredita / Nisso

    Oração subordinada substantiva objetiva direta

    -------------------------------------------------------------------------

    C) Ela se recorda de um episódio de uma menina que engravidou 10 meses após o primeiro parto. 

    Trocando o que por " qual (ais) = Oração adjetiva.

    Sem vírgulas - restritiva

    Com vírgulas - explicativa

    --------------------------------------------------------------------------

    D) a justificativa de que “incentivavam o homossexualismo (sic) e a promiscuidade”

    Justificava solicita o complemento e não é verbo = Complemento nominal,

  • Acho estranho essa transitividade do verbo acreditar... Pq ela não seria verbo transitivo indireto? Quem acredita acredita EM algo ou EM alguma coisa, não? Ninguém fala "Eu acredito vida após a morte" sem o EM. Alguém pra me esclarecer aí.

  • Acho estranho essa transitividade do verbo acreditar... Pq ela não seria verbo transitivo indireto? Quem acredita acredita EM algo ou EM alguma coisa, não? Ninguém fala "Eu acredito vida após a morte" sem o EM. Alguém pra me esclarecer aí.


ID
4076068
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 

ADOLESCENTES QUE ENGRAVIDAM SOFREM MAIOR RISCO DE PROBLEMAS FÍSICOS, PSICOLÓGICOS E SOCIAIS

Taxa de filhos de mães adolescentes no Brasil é maior que a média mundial. Adolescentes que engravidam têm alto risco de uma série de danos, e as mulheres mais pobres são as mais atingidas


    Os índices de gravidez na adolescência no Brasil servem para nos lembrar de que ainda temos muitas dificuldades a enfrentar nessa área. Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) mostram que, dos quase 3 milhões de nascidos em 2016, 480 mil eram filhos de mães entre 15 e 19 anos, compondo uma taxa de 16% de todos os nascimentos. Apesar de ter havido uma queda de aproximadamente 20% nesse número em dez anos, ainda temos 68 bebês de mães adolescentes para cada mil meninas entre 15 e 19 anos, enquanto a taxa mundial é estimada em 46 para cada mil meninas dessa faixa etária.

    Explicar os motivos que levam a esse cenário não é tão simples, mas os especialistas consultados para esta reportagem foram unânimes em duas hipóteses: independentemente da classe social, os adolescentes estão transando cada vez mais cedo. Ao mesmo tempo, falta educação sexual. A preocupação com o uso de método contraceptivo sempre recai sobre a mulher, e geralmente elas têm conhecimento sobre a importância de se prevenir. “A grande maioria das gestantes adolescentes tem noção da necessidade de usar métodos contraceptivos. Sabe que existe camisinha, pílula ou DIU. Mas entre saber e usar, há um abismo”, afirma a dra. Fernanda Surita, ginecologista do Hospital da Mulher de Campinas-SP. Os profissionais apontam, ainda, para um fenômeno chamado “pensamento mágico”. O casal dificilmente acredita que a gravidez vá de fato acontecer com eles. Muitos pensam que “é só uma vez, então não vai acontecer nada”.

    A ginecologista dra. Beatriz Barbosa trabalha no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoerinha, na zona norte de São Paulo, desde 2003. Às quartas-feiras ela atende no ambulatório somente gestantes, muitas delas adolescentes. A médica expressa seu desânimo com a situação, dizendo que muitas vezes se sente como se “enxugasse gelo”. Apesar do esforço que toda equipe faz para aconselhar as pacientes, principalmente no pós-parto, ela conta que o risco de atender uma grávida reincidente é alto. Ela se recorda de um episódio de uma menina que engravidou 10 meses após o primeiro parto. Conta que levou um susto quando viu a ficha dela em cima da mesa e achou que era um erro. “Mas não era. Foi muito rápido. Mal tinha dado tempo de ela se recuperar e já ia enfrentar tudo de novo.” 

    No breve tempo em que fiquei aguardando para entrevistar a médica, encontrei duas garotas que não deviam ter mais que 15 anos. Tentei conversar com uma delas, que estava acompanhada da mãe, mas sem sucesso. “Aqui é assim praticamente toda semana. Atendo uma média de 20 pacientes, a grande maioria adolescentes. Já cheguei a atender uma de 12 anos. Apesar dos índices do Ministério apontarem para uma queda nos índices de gravidez precoce, na prática clínica não é isso que notamos”, comenta Beatriz. 

    Muitos ginecologistas acreditam que é preciso reforçar a orientação sobre a necessidade de usar métodos contraceptivos, principalmente os de longa duração. Isso ajudaria bastante nos casos em que a jovem se esquece de tomar a pílula. “O SUS oferece o DIU de cobre, mas a adesão é muito baixa e o produto chega até a vencer nas unidades de saúde”, comenta César Eduardo Fernandes, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).


ADOLESCENTES GRÁVIDAS SOFREM COM FALTA DE ESTRUTURA


    Ser mãe adolescente, sem nenhum tipo de planejamento nem apoio familiar, ocasiona diversos problemas na vida da gestante e perpetua um ciclo de pobreza e exclusão social difícil de ser quebrado. Adolescentes pobres têm cinco vezes mais risco de engravidar que as mais ricas. Com filhos, dificilmente elas conseguirão conciliar os estudos, entrar no mercado de trabalho e ter independência financeira.

    Muitas atrasam o pré-natal (momento extremamente importante para garantir a integridade física do bebê) porque não se sentem preparadas para contar para a família que estão grávidas. Dessa maneira, a janela para identificar e resolver algum problema de saúde potencialmente grave, como sífilis, fica limitada, o que aumenta ainda mais o risco de instabilidade dali em diante. Ao mesmo tempo, elas ainda são muito jovens, então elas demonstram preocupações quase infantis. “Elas chegam assustadas e com algumas dúvidas que não condizem com a situação. Perguntam ‘mas como esse bebê vai sair daqui?’”, afirma Beatriz Barbosa. 

    Tanto o Hospital Cachoeirinha, em São Paulo, como o Hospital da Mulher, em Campinas, promovem atendimento especializado multidisciplinar para dar suporte a essas gestantes. As áreas de nutrição (a maioria chega abaixo do peso e desnutrida), de assistência social e de psicologia são as mais acionadas. Apesar de cada uma abordar uma vertente, todas procuram identificar se a garota não foi vítima de violência sexual. “Estabelecemos um acolhimento para entender, primeiramente, a dinâmica familiar em que a jovem está inserida. Depois disso, tentamos inseri-la em políticas públicas como bolsa família, cesta básica emergencial, cursos para gestante etc.”, explica Dalva Rossi, assistente social do Hospital da Mulher de Campinas.


GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E POUCO DIÁLOGO EM CASA 


    Nem todos os adolescentes que têm filhos muito cedo apresentam histórico de desestruturação familiar, mas é muito comum serem prole de gerações que também tiveram filhos antes dos 20 anos. A falta de conversa sobre sexo em casa também costuma ser tradição nessas famílias. 

    Eles não conversam sobre o assunto em casa e, provavelmente, nem na escola. Na verdade, o ensino sobre os temas sexualidade e prevenção da gravidez sofreu grande retrocesso no país em meados de 2011, quando se instaurou uma polêmica envolvendo o material educativo Escola sem Homofobia (que ficou tachado de “kit gay”). Na época, todo o suporte didático que era distribuído desde 2003 para crianças a partir dos 12 anos foi recolhido sob a justificativa de que “incentivavam o homossexualismo (sic) e a promiscuidade”. “Falta espaço para discutir sexualidade porque ainda a encaramos como tabu. Os pais acham que se falarem com os filhos sobre o assunto vão estimular a relação sexual precoce, o que é um mito”, afirma Rossi.


RISCOS DE UMA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 


    Além do aspecto social, a gravidez na adolescência está associada a uma série de riscos à saúde da mulher e do bebê. Elevação da pressão arterial (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) com risco de crises convulsivas são alguns dos problemas que podem acometer a grávida muito jovem com maior frequência que em outras faixas etárias.

    Entre os agravos mais comuns no bebê, estão a prematuridade e o baixo peso ao nascer. “O índice de mortalidade entre filhos de mães adolescentes é muito alto. Cerca de 20% da mortalidade infantil no Brasil decorrem do óbito precoce de bebês nascidos de mães entre os 15 e 19 anos”, destaca a dra. Evelyn Eisenstein, membro do Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

    Qualquer pessoa consegue imaginar a desorganização que ter filhos de forma não planejada pode provocar na vida. No caso específico de mulheres jovens, cada uma dessas condições é um agravante com alto impacto no futuro de famílias que provavelmente já se encontram em situação vulnerável. Como acontece na maioria das vezes quando tratamos questões envolvendo pessoas socialmente mais vulneráveis, o mais eficaz é concentrar os esforços em políticas públicas na prevenção.

Sobre o autor: Juliana Conte é jornalista, repórter do Portal Dráuzio Varella desde 2012. Interessa-se por questões relacionadas a manejo de dores, atividade física e alimentação saudável.

Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/reportagens/adolescentes-que-engravidam-sofrem-maior-risco-de-problemas-fisicos-psicologicos-e-sociais/ Acesso em: 21 de maio 2019. 

Em relação à construção da argumentação no Texto , leia as afirmações a seguir:


I- O uso de argumentos ad personam, que desqualificaria as adolescentes grávidas, não foi uma estratégia usada na reportagem.

II- As informações apresentadas no 1º parágrafo do texto são um exemplo de uso da argumentação probabilística.

III- Uma das estratégias usadas pela jornalista para conferir credibilidade à reportagem foi usar o argumento de autoridade.

IV- O uso de argumentos causais é fundamental para explicar a gravidez na adolescência.


Estão CORRETAS as afirmativas: 

Alternativas
Comentários
  •  ARGUMENTO AD PERSONAM: A argumentação ad personam consiste em desvalorizar e mesmo desautorizar o discurso do outro através de ataques que incidem sobre a sua pessoa, o seu carácter ou os seus atos

  • Aos não assinantes, Gabarito: A)


ID
4076071
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 

ADOLESCENTES QUE ENGRAVIDAM SOFREM MAIOR RISCO DE PROBLEMAS FÍSICOS, PSICOLÓGICOS E SOCIAIS

Taxa de filhos de mães adolescentes no Brasil é maior que a média mundial. Adolescentes que engravidam têm alto risco de uma série de danos, e as mulheres mais pobres são as mais atingidas


    Os índices de gravidez na adolescência no Brasil servem para nos lembrar de que ainda temos muitas dificuldades a enfrentar nessa área. Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) mostram que, dos quase 3 milhões de nascidos em 2016, 480 mil eram filhos de mães entre 15 e 19 anos, compondo uma taxa de 16% de todos os nascimentos. Apesar de ter havido uma queda de aproximadamente 20% nesse número em dez anos, ainda temos 68 bebês de mães adolescentes para cada mil meninas entre 15 e 19 anos, enquanto a taxa mundial é estimada em 46 para cada mil meninas dessa faixa etária.

    Explicar os motivos que levam a esse cenário não é tão simples, mas os especialistas consultados para esta reportagem foram unânimes em duas hipóteses: independentemente da classe social, os adolescentes estão transando cada vez mais cedo. Ao mesmo tempo, falta educação sexual. A preocupação com o uso de método contraceptivo sempre recai sobre a mulher, e geralmente elas têm conhecimento sobre a importância de se prevenir. “A grande maioria das gestantes adolescentes tem noção da necessidade de usar métodos contraceptivos. Sabe que existe camisinha, pílula ou DIU. Mas entre saber e usar, há um abismo”, afirma a dra. Fernanda Surita, ginecologista do Hospital da Mulher de Campinas-SP. Os profissionais apontam, ainda, para um fenômeno chamado “pensamento mágico”. O casal dificilmente acredita que a gravidez vá de fato acontecer com eles. Muitos pensam que “é só uma vez, então não vai acontecer nada”.

    A ginecologista dra. Beatriz Barbosa trabalha no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoerinha, na zona norte de São Paulo, desde 2003. Às quartas-feiras ela atende no ambulatório somente gestantes, muitas delas adolescentes. A médica expressa seu desânimo com a situação, dizendo que muitas vezes se sente como se “enxugasse gelo”. Apesar do esforço que toda equipe faz para aconselhar as pacientes, principalmente no pós-parto, ela conta que o risco de atender uma grávida reincidente é alto. Ela se recorda de um episódio de uma menina que engravidou 10 meses após o primeiro parto. Conta que levou um susto quando viu a ficha dela em cima da mesa e achou que era um erro. “Mas não era. Foi muito rápido. Mal tinha dado tempo de ela se recuperar e já ia enfrentar tudo de novo.” 

    No breve tempo em que fiquei aguardando para entrevistar a médica, encontrei duas garotas que não deviam ter mais que 15 anos. Tentei conversar com uma delas, que estava acompanhada da mãe, mas sem sucesso. “Aqui é assim praticamente toda semana. Atendo uma média de 20 pacientes, a grande maioria adolescentes. Já cheguei a atender uma de 12 anos. Apesar dos índices do Ministério apontarem para uma queda nos índices de gravidez precoce, na prática clínica não é isso que notamos”, comenta Beatriz. 

    Muitos ginecologistas acreditam que é preciso reforçar a orientação sobre a necessidade de usar métodos contraceptivos, principalmente os de longa duração. Isso ajudaria bastante nos casos em que a jovem se esquece de tomar a pílula. “O SUS oferece o DIU de cobre, mas a adesão é muito baixa e o produto chega até a vencer nas unidades de saúde”, comenta César Eduardo Fernandes, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).


ADOLESCENTES GRÁVIDAS SOFREM COM FALTA DE ESTRUTURA


    Ser mãe adolescente, sem nenhum tipo de planejamento nem apoio familiar, ocasiona diversos problemas na vida da gestante e perpetua um ciclo de pobreza e exclusão social difícil de ser quebrado. Adolescentes pobres têm cinco vezes mais risco de engravidar que as mais ricas. Com filhos, dificilmente elas conseguirão conciliar os estudos, entrar no mercado de trabalho e ter independência financeira.

    Muitas atrasam o pré-natal (momento extremamente importante para garantir a integridade física do bebê) porque não se sentem preparadas para contar para a família que estão grávidas. Dessa maneira, a janela para identificar e resolver algum problema de saúde potencialmente grave, como sífilis, fica limitada, o que aumenta ainda mais o risco de instabilidade dali em diante. Ao mesmo tempo, elas ainda são muito jovens, então elas demonstram preocupações quase infantis. “Elas chegam assustadas e com algumas dúvidas que não condizem com a situação. Perguntam ‘mas como esse bebê vai sair daqui?’”, afirma Beatriz Barbosa. 

    Tanto o Hospital Cachoeirinha, em São Paulo, como o Hospital da Mulher, em Campinas, promovem atendimento especializado multidisciplinar para dar suporte a essas gestantes. As áreas de nutrição (a maioria chega abaixo do peso e desnutrida), de assistência social e de psicologia são as mais acionadas. Apesar de cada uma abordar uma vertente, todas procuram identificar se a garota não foi vítima de violência sexual. “Estabelecemos um acolhimento para entender, primeiramente, a dinâmica familiar em que a jovem está inserida. Depois disso, tentamos inseri-la em políticas públicas como bolsa família, cesta básica emergencial, cursos para gestante etc.”, explica Dalva Rossi, assistente social do Hospital da Mulher de Campinas.


GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E POUCO DIÁLOGO EM CASA 


    Nem todos os adolescentes que têm filhos muito cedo apresentam histórico de desestruturação familiar, mas é muito comum serem prole de gerações que também tiveram filhos antes dos 20 anos. A falta de conversa sobre sexo em casa também costuma ser tradição nessas famílias. 

    Eles não conversam sobre o assunto em casa e, provavelmente, nem na escola. Na verdade, o ensino sobre os temas sexualidade e prevenção da gravidez sofreu grande retrocesso no país em meados de 2011, quando se instaurou uma polêmica envolvendo o material educativo Escola sem Homofobia (que ficou tachado de “kit gay”). Na época, todo o suporte didático que era distribuído desde 2003 para crianças a partir dos 12 anos foi recolhido sob a justificativa de que “incentivavam o homossexualismo (sic) e a promiscuidade”. “Falta espaço para discutir sexualidade porque ainda a encaramos como tabu. Os pais acham que se falarem com os filhos sobre o assunto vão estimular a relação sexual precoce, o que é um mito”, afirma Rossi.


RISCOS DE UMA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 


    Além do aspecto social, a gravidez na adolescência está associada a uma série de riscos à saúde da mulher e do bebê. Elevação da pressão arterial (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) com risco de crises convulsivas são alguns dos problemas que podem acometer a grávida muito jovem com maior frequência que em outras faixas etárias.

    Entre os agravos mais comuns no bebê, estão a prematuridade e o baixo peso ao nascer. “O índice de mortalidade entre filhos de mães adolescentes é muito alto. Cerca de 20% da mortalidade infantil no Brasil decorrem do óbito precoce de bebês nascidos de mães entre os 15 e 19 anos”, destaca a dra. Evelyn Eisenstein, membro do Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

    Qualquer pessoa consegue imaginar a desorganização que ter filhos de forma não planejada pode provocar na vida. No caso específico de mulheres jovens, cada uma dessas condições é um agravante com alto impacto no futuro de famílias que provavelmente já se encontram em situação vulnerável. Como acontece na maioria das vezes quando tratamos questões envolvendo pessoas socialmente mais vulneráveis, o mais eficaz é concentrar os esforços em políticas públicas na prevenção.

Sobre o autor: Juliana Conte é jornalista, repórter do Portal Dráuzio Varella desde 2012. Interessa-se por questões relacionadas a manejo de dores, atividade física e alimentação saudável.

Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/reportagens/adolescentes-que-engravidam-sofrem-maior-risco-de-problemas-fisicos-psicologicos-e-sociais/ Acesso em: 21 de maio 2019. 

Segundo o Texto , a campanha contra o material de educação sexual “Escola sem Homofobia”, que ficou pejorativamente conhecido como “kit gay”, contribuiu para a/o: 

Alternativas
Comentários
  • Retrocesso quanto à implementação de políticas públicas de acesso à informação.


ID
4076074
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 

ADOLESCENTES QUE ENGRAVIDAM SOFREM MAIOR RISCO DE PROBLEMAS FÍSICOS, PSICOLÓGICOS E SOCIAIS

Taxa de filhos de mães adolescentes no Brasil é maior que a média mundial. Adolescentes que engravidam têm alto risco de uma série de danos, e as mulheres mais pobres são as mais atingidas


    Os índices de gravidez na adolescência no Brasil servem para nos lembrar de que ainda temos muitas dificuldades a enfrentar nessa área. Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) mostram que, dos quase 3 milhões de nascidos em 2016, 480 mil eram filhos de mães entre 15 e 19 anos, compondo uma taxa de 16% de todos os nascimentos. Apesar de ter havido uma queda de aproximadamente 20% nesse número em dez anos, ainda temos 68 bebês de mães adolescentes para cada mil meninas entre 15 e 19 anos, enquanto a taxa mundial é estimada em 46 para cada mil meninas dessa faixa etária.

    Explicar os motivos que levam a esse cenário não é tão simples, mas os especialistas consultados para esta reportagem foram unânimes em duas hipóteses: independentemente da classe social, os adolescentes estão transando cada vez mais cedo. Ao mesmo tempo, falta educação sexual. A preocupação com o uso de método contraceptivo sempre recai sobre a mulher, e geralmente elas têm conhecimento sobre a importância de se prevenir. “A grande maioria das gestantes adolescentes tem noção da necessidade de usar métodos contraceptivos. Sabe que existe camisinha, pílula ou DIU. Mas entre saber e usar, há um abismo”, afirma a dra. Fernanda Surita, ginecologista do Hospital da Mulher de Campinas-SP. Os profissionais apontam, ainda, para um fenômeno chamado “pensamento mágico”. O casal dificilmente acredita que a gravidez vá de fato acontecer com eles. Muitos pensam que “é só uma vez, então não vai acontecer nada”.

    A ginecologista dra. Beatriz Barbosa trabalha no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoerinha, na zona norte de São Paulo, desde 2003. Às quartas-feiras ela atende no ambulatório somente gestantes, muitas delas adolescentes. A médica expressa seu desânimo com a situação, dizendo que muitas vezes se sente como se “enxugasse gelo”. Apesar do esforço que toda equipe faz para aconselhar as pacientes, principalmente no pós-parto, ela conta que o risco de atender uma grávida reincidente é alto. Ela se recorda de um episódio de uma menina que engravidou 10 meses após o primeiro parto. Conta que levou um susto quando viu a ficha dela em cima da mesa e achou que era um erro. “Mas não era. Foi muito rápido. Mal tinha dado tempo de ela se recuperar e já ia enfrentar tudo de novo.” 

    No breve tempo em que fiquei aguardando para entrevistar a médica, encontrei duas garotas que não deviam ter mais que 15 anos. Tentei conversar com uma delas, que estava acompanhada da mãe, mas sem sucesso. “Aqui é assim praticamente toda semana. Atendo uma média de 20 pacientes, a grande maioria adolescentes. Já cheguei a atender uma de 12 anos. Apesar dos índices do Ministério apontarem para uma queda nos índices de gravidez precoce, na prática clínica não é isso que notamos”, comenta Beatriz. 

    Muitos ginecologistas acreditam que é preciso reforçar a orientação sobre a necessidade de usar métodos contraceptivos, principalmente os de longa duração. Isso ajudaria bastante nos casos em que a jovem se esquece de tomar a pílula. “O SUS oferece o DIU de cobre, mas a adesão é muito baixa e o produto chega até a vencer nas unidades de saúde”, comenta César Eduardo Fernandes, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).


ADOLESCENTES GRÁVIDAS SOFREM COM FALTA DE ESTRUTURA


    Ser mãe adolescente, sem nenhum tipo de planejamento nem apoio familiar, ocasiona diversos problemas na vida da gestante e perpetua um ciclo de pobreza e exclusão social difícil de ser quebrado. Adolescentes pobres têm cinco vezes mais risco de engravidar que as mais ricas. Com filhos, dificilmente elas conseguirão conciliar os estudos, entrar no mercado de trabalho e ter independência financeira.

    Muitas atrasam o pré-natal (momento extremamente importante para garantir a integridade física do bebê) porque não se sentem preparadas para contar para a família que estão grávidas. Dessa maneira, a janela para identificar e resolver algum problema de saúde potencialmente grave, como sífilis, fica limitada, o que aumenta ainda mais o risco de instabilidade dali em diante. Ao mesmo tempo, elas ainda são muito jovens, então elas demonstram preocupações quase infantis. “Elas chegam assustadas e com algumas dúvidas que não condizem com a situação. Perguntam ‘mas como esse bebê vai sair daqui?’”, afirma Beatriz Barbosa. 

    Tanto o Hospital Cachoeirinha, em São Paulo, como o Hospital da Mulher, em Campinas, promovem atendimento especializado multidisciplinar para dar suporte a essas gestantes. As áreas de nutrição (a maioria chega abaixo do peso e desnutrida), de assistência social e de psicologia são as mais acionadas. Apesar de cada uma abordar uma vertente, todas procuram identificar se a garota não foi vítima de violência sexual. “Estabelecemos um acolhimento para entender, primeiramente, a dinâmica familiar em que a jovem está inserida. Depois disso, tentamos inseri-la em políticas públicas como bolsa família, cesta básica emergencial, cursos para gestante etc.”, explica Dalva Rossi, assistente social do Hospital da Mulher de Campinas.


GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E POUCO DIÁLOGO EM CASA 


    Nem todos os adolescentes que têm filhos muito cedo apresentam histórico de desestruturação familiar, mas é muito comum serem prole de gerações que também tiveram filhos antes dos 20 anos. A falta de conversa sobre sexo em casa também costuma ser tradição nessas famílias. 

    Eles não conversam sobre o assunto em casa e, provavelmente, nem na escola. Na verdade, o ensino sobre os temas sexualidade e prevenção da gravidez sofreu grande retrocesso no país em meados de 2011, quando se instaurou uma polêmica envolvendo o material educativo Escola sem Homofobia (que ficou tachado de “kit gay”). Na época, todo o suporte didático que era distribuído desde 2003 para crianças a partir dos 12 anos foi recolhido sob a justificativa de que “incentivavam o homossexualismo (sic) e a promiscuidade”. “Falta espaço para discutir sexualidade porque ainda a encaramos como tabu. Os pais acham que se falarem com os filhos sobre o assunto vão estimular a relação sexual precoce, o que é um mito”, afirma Rossi.


RISCOS DE UMA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 


    Além do aspecto social, a gravidez na adolescência está associada a uma série de riscos à saúde da mulher e do bebê. Elevação da pressão arterial (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) com risco de crises convulsivas são alguns dos problemas que podem acometer a grávida muito jovem com maior frequência que em outras faixas etárias.

    Entre os agravos mais comuns no bebê, estão a prematuridade e o baixo peso ao nascer. “O índice de mortalidade entre filhos de mães adolescentes é muito alto. Cerca de 20% da mortalidade infantil no Brasil decorrem do óbito precoce de bebês nascidos de mães entre os 15 e 19 anos”, destaca a dra. Evelyn Eisenstein, membro do Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

    Qualquer pessoa consegue imaginar a desorganização que ter filhos de forma não planejada pode provocar na vida. No caso específico de mulheres jovens, cada uma dessas condições é um agravante com alto impacto no futuro de famílias que provavelmente já se encontram em situação vulnerável. Como acontece na maioria das vezes quando tratamos questões envolvendo pessoas socialmente mais vulneráveis, o mais eficaz é concentrar os esforços em políticas públicas na prevenção.

Sobre o autor: Juliana Conte é jornalista, repórter do Portal Dráuzio Varella desde 2012. Interessa-se por questões relacionadas a manejo de dores, atividade física e alimentação saudável.

Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/reportagens/adolescentes-que-engravidam-sofrem-maior-risco-de-problemas-fisicos-psicologicos-e-sociais/ Acesso em: 21 de maio 2019. 

Assinale a alternativa que enumera, respectiva e corretamente, uma causa e uma consequência da gravidez na adolescência, conforme o Texto

Alternativas
Comentários
  • Letra C. Falta de apoio e estrutura familiar e manutenção do ciclo de pobreza.

  • "Ser mãe adolescente, sem nenhum tipo de planejamento nem apoio familiar, ocasiona diversos problemas na vida da gestante e perpetua um ciclo de pobreza e exclusão social difícil de ser quebrado. Adolescentes pobres têm cinco vezes mais risco de engravidar que as mais ricas. Com filhos, dificilmente elas conseguirão conciliar os estudos, entrar no mercado de trabalho e ter independência financeira."


ID
4076077
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 

ADOLESCENTES QUE ENGRAVIDAM SOFREM MAIOR RISCO DE PROBLEMAS FÍSICOS, PSICOLÓGICOS E SOCIAIS

Taxa de filhos de mães adolescentes no Brasil é maior que a média mundial. Adolescentes que engravidam têm alto risco de uma série de danos, e as mulheres mais pobres são as mais atingidas


    Os índices de gravidez na adolescência no Brasil servem para nos lembrar de que ainda temos muitas dificuldades a enfrentar nessa área. Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) mostram que, dos quase 3 milhões de nascidos em 2016, 480 mil eram filhos de mães entre 15 e 19 anos, compondo uma taxa de 16% de todos os nascimentos. Apesar de ter havido uma queda de aproximadamente 20% nesse número em dez anos, ainda temos 68 bebês de mães adolescentes para cada mil meninas entre 15 e 19 anos, enquanto a taxa mundial é estimada em 46 para cada mil meninas dessa faixa etária.

    Explicar os motivos que levam a esse cenário não é tão simples, mas os especialistas consultados para esta reportagem foram unânimes em duas hipóteses: independentemente da classe social, os adolescentes estão transando cada vez mais cedo. Ao mesmo tempo, falta educação sexual. A preocupação com o uso de método contraceptivo sempre recai sobre a mulher, e geralmente elas têm conhecimento sobre a importância de se prevenir. “A grande maioria das gestantes adolescentes tem noção da necessidade de usar métodos contraceptivos. Sabe que existe camisinha, pílula ou DIU. Mas entre saber e usar, há um abismo”, afirma a dra. Fernanda Surita, ginecologista do Hospital da Mulher de Campinas-SP. Os profissionais apontam, ainda, para um fenômeno chamado “pensamento mágico”. O casal dificilmente acredita que a gravidez vá de fato acontecer com eles. Muitos pensam que “é só uma vez, então não vai acontecer nada”.

    A ginecologista dra. Beatriz Barbosa trabalha no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoerinha, na zona norte de São Paulo, desde 2003. Às quartas-feiras ela atende no ambulatório somente gestantes, muitas delas adolescentes. A médica expressa seu desânimo com a situação, dizendo que muitas vezes se sente como se “enxugasse gelo”. Apesar do esforço que toda equipe faz para aconselhar as pacientes, principalmente no pós-parto, ela conta que o risco de atender uma grávida reincidente é alto. Ela se recorda de um episódio de uma menina que engravidou 10 meses após o primeiro parto. Conta que levou um susto quando viu a ficha dela em cima da mesa e achou que era um erro. “Mas não era. Foi muito rápido. Mal tinha dado tempo de ela se recuperar e já ia enfrentar tudo de novo.” 

    No breve tempo em que fiquei aguardando para entrevistar a médica, encontrei duas garotas que não deviam ter mais que 15 anos. Tentei conversar com uma delas, que estava acompanhada da mãe, mas sem sucesso. “Aqui é assim praticamente toda semana. Atendo uma média de 20 pacientes, a grande maioria adolescentes. Já cheguei a atender uma de 12 anos. Apesar dos índices do Ministério apontarem para uma queda nos índices de gravidez precoce, na prática clínica não é isso que notamos”, comenta Beatriz. 

    Muitos ginecologistas acreditam que é preciso reforçar a orientação sobre a necessidade de usar métodos contraceptivos, principalmente os de longa duração. Isso ajudaria bastante nos casos em que a jovem se esquece de tomar a pílula. “O SUS oferece o DIU de cobre, mas a adesão é muito baixa e o produto chega até a vencer nas unidades de saúde”, comenta César Eduardo Fernandes, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).


ADOLESCENTES GRÁVIDAS SOFREM COM FALTA DE ESTRUTURA


    Ser mãe adolescente, sem nenhum tipo de planejamento nem apoio familiar, ocasiona diversos problemas na vida da gestante e perpetua um ciclo de pobreza e exclusão social difícil de ser quebrado. Adolescentes pobres têm cinco vezes mais risco de engravidar que as mais ricas. Com filhos, dificilmente elas conseguirão conciliar os estudos, entrar no mercado de trabalho e ter independência financeira.

    Muitas atrasam o pré-natal (momento extremamente importante para garantir a integridade física do bebê) porque não se sentem preparadas para contar para a família que estão grávidas. Dessa maneira, a janela para identificar e resolver algum problema de saúde potencialmente grave, como sífilis, fica limitada, o que aumenta ainda mais o risco de instabilidade dali em diante. Ao mesmo tempo, elas ainda são muito jovens, então elas demonstram preocupações quase infantis. “Elas chegam assustadas e com algumas dúvidas que não condizem com a situação. Perguntam ‘mas como esse bebê vai sair daqui?’”, afirma Beatriz Barbosa. 

    Tanto o Hospital Cachoeirinha, em São Paulo, como o Hospital da Mulher, em Campinas, promovem atendimento especializado multidisciplinar para dar suporte a essas gestantes. As áreas de nutrição (a maioria chega abaixo do peso e desnutrida), de assistência social e de psicologia são as mais acionadas. Apesar de cada uma abordar uma vertente, todas procuram identificar se a garota não foi vítima de violência sexual. “Estabelecemos um acolhimento para entender, primeiramente, a dinâmica familiar em que a jovem está inserida. Depois disso, tentamos inseri-la em políticas públicas como bolsa família, cesta básica emergencial, cursos para gestante etc.”, explica Dalva Rossi, assistente social do Hospital da Mulher de Campinas.


GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E POUCO DIÁLOGO EM CASA 


    Nem todos os adolescentes que têm filhos muito cedo apresentam histórico de desestruturação familiar, mas é muito comum serem prole de gerações que também tiveram filhos antes dos 20 anos. A falta de conversa sobre sexo em casa também costuma ser tradição nessas famílias. 

    Eles não conversam sobre o assunto em casa e, provavelmente, nem na escola. Na verdade, o ensino sobre os temas sexualidade e prevenção da gravidez sofreu grande retrocesso no país em meados de 2011, quando se instaurou uma polêmica envolvendo o material educativo Escola sem Homofobia (que ficou tachado de “kit gay”). Na época, todo o suporte didático que era distribuído desde 2003 para crianças a partir dos 12 anos foi recolhido sob a justificativa de que “incentivavam o homossexualismo (sic) e a promiscuidade”. “Falta espaço para discutir sexualidade porque ainda a encaramos como tabu. Os pais acham que se falarem com os filhos sobre o assunto vão estimular a relação sexual precoce, o que é um mito”, afirma Rossi.


RISCOS DE UMA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 


    Além do aspecto social, a gravidez na adolescência está associada a uma série de riscos à saúde da mulher e do bebê. Elevação da pressão arterial (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) com risco de crises convulsivas são alguns dos problemas que podem acometer a grávida muito jovem com maior frequência que em outras faixas etárias.

    Entre os agravos mais comuns no bebê, estão a prematuridade e o baixo peso ao nascer. “O índice de mortalidade entre filhos de mães adolescentes é muito alto. Cerca de 20% da mortalidade infantil no Brasil decorrem do óbito precoce de bebês nascidos de mães entre os 15 e 19 anos”, destaca a dra. Evelyn Eisenstein, membro do Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

    Qualquer pessoa consegue imaginar a desorganização que ter filhos de forma não planejada pode provocar na vida. No caso específico de mulheres jovens, cada uma dessas condições é um agravante com alto impacto no futuro de famílias que provavelmente já se encontram em situação vulnerável. Como acontece na maioria das vezes quando tratamos questões envolvendo pessoas socialmente mais vulneráveis, o mais eficaz é concentrar os esforços em políticas públicas na prevenção.

Sobre o autor: Juliana Conte é jornalista, repórter do Portal Dráuzio Varella desde 2012. Interessa-se por questões relacionadas a manejo de dores, atividade física e alimentação saudável.

Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/reportagens/adolescentes-que-engravidam-sofrem-maior-risco-de-problemas-fisicos-psicologicos-e-sociais/ Acesso em: 21 de maio 2019. 

Leia uma das regras de concordância verbal recomendada pela Gramática Tradicional. 


[...]

6) Sujeito representado por expressão como a maioria dos homens

Se o sujeito é representado por expressões do tipo de a maioria de, a maior parte de, grande parte de, parte de e um nome no plural, o verbo irá para o singular ou plural:

[...] 

BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. Atualizada pelo Novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009, p.557.


O ÚNICO trecho que se encaixa na regra de concordância verbal descrita é: 

Alternativas
Comentários
  • Gab: A

    "A grande maioria das gestantes adolescentes tem noção da necessidade de usar métodos contraceptivos." (verbo no singular concordando com "maioria").

    "A grande maioria das gestantes adolescentes têm noção da necessidade de usar métodos contraceptivos." (verbo no plural concordando com gestantes adolescentes).

  • Sujeito representado pelas expressões A MAIORIA DE, GRANDE PARTE DE, GRANDE NÚMERO DE, A MAIOR PARTE DE, UM POR CENTO DE, VINTE POR CENTO DE... + termo preposicionado, o verbo concorda com o núcleo do sujeito (maioria, parte, um, vinte...) ou com o termo que se segue. Se a porcentagem vier determinado, o verbo condordará com o determinante.

    Na letra a) o núcleo maioria está concordando com o verbo TEM na terceira pessoa do singular.

    Fonte: Curso de Português Completo da Prof Adriana Figueiredo.


ID
4076080
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 

ADOLESCENTES QUE ENGRAVIDAM SOFREM MAIOR RISCO DE PROBLEMAS FÍSICOS, PSICOLÓGICOS E SOCIAIS

Taxa de filhos de mães adolescentes no Brasil é maior que a média mundial. Adolescentes que engravidam têm alto risco de uma série de danos, e as mulheres mais pobres são as mais atingidas


    Os índices de gravidez na adolescência no Brasil servem para nos lembrar de que ainda temos muitas dificuldades a enfrentar nessa área. Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) mostram que, dos quase 3 milhões de nascidos em 2016, 480 mil eram filhos de mães entre 15 e 19 anos, compondo uma taxa de 16% de todos os nascimentos. Apesar de ter havido uma queda de aproximadamente 20% nesse número em dez anos, ainda temos 68 bebês de mães adolescentes para cada mil meninas entre 15 e 19 anos, enquanto a taxa mundial é estimada em 46 para cada mil meninas dessa faixa etária.

    Explicar os motivos que levam a esse cenário não é tão simples, mas os especialistas consultados para esta reportagem foram unânimes em duas hipóteses: independentemente da classe social, os adolescentes estão transando cada vez mais cedo. Ao mesmo tempo, falta educação sexual. A preocupação com o uso de método contraceptivo sempre recai sobre a mulher, e geralmente elas têm conhecimento sobre a importância de se prevenir. “A grande maioria das gestantes adolescentes tem noção da necessidade de usar métodos contraceptivos. Sabe que existe camisinha, pílula ou DIU. Mas entre saber e usar, há um abismo”, afirma a dra. Fernanda Surita, ginecologista do Hospital da Mulher de Campinas-SP. Os profissionais apontam, ainda, para um fenômeno chamado “pensamento mágico”. O casal dificilmente acredita que a gravidez vá de fato acontecer com eles. Muitos pensam que “é só uma vez, então não vai acontecer nada”.

    A ginecologista dra. Beatriz Barbosa trabalha no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoerinha, na zona norte de São Paulo, desde 2003. Às quartas-feiras ela atende no ambulatório somente gestantes, muitas delas adolescentes. A médica expressa seu desânimo com a situação, dizendo que muitas vezes se sente como se “enxugasse gelo”. Apesar do esforço que toda equipe faz para aconselhar as pacientes, principalmente no pós-parto, ela conta que o risco de atender uma grávida reincidente é alto. Ela se recorda de um episódio de uma menina que engravidou 10 meses após o primeiro parto. Conta que levou um susto quando viu a ficha dela em cima da mesa e achou que era um erro. “Mas não era. Foi muito rápido. Mal tinha dado tempo de ela se recuperar e já ia enfrentar tudo de novo.” 

    No breve tempo em que fiquei aguardando para entrevistar a médica, encontrei duas garotas que não deviam ter mais que 15 anos. Tentei conversar com uma delas, que estava acompanhada da mãe, mas sem sucesso. “Aqui é assim praticamente toda semana. Atendo uma média de 20 pacientes, a grande maioria adolescentes. Já cheguei a atender uma de 12 anos. Apesar dos índices do Ministério apontarem para uma queda nos índices de gravidez precoce, na prática clínica não é isso que notamos”, comenta Beatriz. 

    Muitos ginecologistas acreditam que é preciso reforçar a orientação sobre a necessidade de usar métodos contraceptivos, principalmente os de longa duração. Isso ajudaria bastante nos casos em que a jovem se esquece de tomar a pílula. “O SUS oferece o DIU de cobre, mas a adesão é muito baixa e o produto chega até a vencer nas unidades de saúde”, comenta César Eduardo Fernandes, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).


ADOLESCENTES GRÁVIDAS SOFREM COM FALTA DE ESTRUTURA


    Ser mãe adolescente, sem nenhum tipo de planejamento nem apoio familiar, ocasiona diversos problemas na vida da gestante e perpetua um ciclo de pobreza e exclusão social difícil de ser quebrado. Adolescentes pobres têm cinco vezes mais risco de engravidar que as mais ricas. Com filhos, dificilmente elas conseguirão conciliar os estudos, entrar no mercado de trabalho e ter independência financeira.

    Muitas atrasam o pré-natal (momento extremamente importante para garantir a integridade física do bebê) porque não se sentem preparadas para contar para a família que estão grávidas. Dessa maneira, a janela para identificar e resolver algum problema de saúde potencialmente grave, como sífilis, fica limitada, o que aumenta ainda mais o risco de instabilidade dali em diante. Ao mesmo tempo, elas ainda são muito jovens, então elas demonstram preocupações quase infantis. “Elas chegam assustadas e com algumas dúvidas que não condizem com a situação. Perguntam ‘mas como esse bebê vai sair daqui?’”, afirma Beatriz Barbosa. 

    Tanto o Hospital Cachoeirinha, em São Paulo, como o Hospital da Mulher, em Campinas, promovem atendimento especializado multidisciplinar para dar suporte a essas gestantes. As áreas de nutrição (a maioria chega abaixo do peso e desnutrida), de assistência social e de psicologia são as mais acionadas. Apesar de cada uma abordar uma vertente, todas procuram identificar se a garota não foi vítima de violência sexual. “Estabelecemos um acolhimento para entender, primeiramente, a dinâmica familiar em que a jovem está inserida. Depois disso, tentamos inseri-la em políticas públicas como bolsa família, cesta básica emergencial, cursos para gestante etc.”, explica Dalva Rossi, assistente social do Hospital da Mulher de Campinas.


GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E POUCO DIÁLOGO EM CASA 


    Nem todos os adolescentes que têm filhos muito cedo apresentam histórico de desestruturação familiar, mas é muito comum serem prole de gerações que também tiveram filhos antes dos 20 anos. A falta de conversa sobre sexo em casa também costuma ser tradição nessas famílias. 

    Eles não conversam sobre o assunto em casa e, provavelmente, nem na escola. Na verdade, o ensino sobre os temas sexualidade e prevenção da gravidez sofreu grande retrocesso no país em meados de 2011, quando se instaurou uma polêmica envolvendo o material educativo Escola sem Homofobia (que ficou tachado de “kit gay”). Na época, todo o suporte didático que era distribuído desde 2003 para crianças a partir dos 12 anos foi recolhido sob a justificativa de que “incentivavam o homossexualismo (sic) e a promiscuidade”. “Falta espaço para discutir sexualidade porque ainda a encaramos como tabu. Os pais acham que se falarem com os filhos sobre o assunto vão estimular a relação sexual precoce, o que é um mito”, afirma Rossi.


RISCOS DE UMA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 


    Além do aspecto social, a gravidez na adolescência está associada a uma série de riscos à saúde da mulher e do bebê. Elevação da pressão arterial (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) com risco de crises convulsivas são alguns dos problemas que podem acometer a grávida muito jovem com maior frequência que em outras faixas etárias.

    Entre os agravos mais comuns no bebê, estão a prematuridade e o baixo peso ao nascer. “O índice de mortalidade entre filhos de mães adolescentes é muito alto. Cerca de 20% da mortalidade infantil no Brasil decorrem do óbito precoce de bebês nascidos de mães entre os 15 e 19 anos”, destaca a dra. Evelyn Eisenstein, membro do Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

    Qualquer pessoa consegue imaginar a desorganização que ter filhos de forma não planejada pode provocar na vida. No caso específico de mulheres jovens, cada uma dessas condições é um agravante com alto impacto no futuro de famílias que provavelmente já se encontram em situação vulnerável. Como acontece na maioria das vezes quando tratamos questões envolvendo pessoas socialmente mais vulneráveis, o mais eficaz é concentrar os esforços em políticas públicas na prevenção.

Sobre o autor: Juliana Conte é jornalista, repórter do Portal Dráuzio Varella desde 2012. Interessa-se por questões relacionadas a manejo de dores, atividade física e alimentação saudável.

Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/reportagens/adolescentes-que-engravidam-sofrem-maior-risco-de-problemas-fisicos-psicologicos-e-sociais/ Acesso em: 21 de maio 2019. 

A justificativa para o uso de aspas nos trechos a seguir é a mesma, EXCETO em:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta letra A

  • Alternativas B, C e D indicam citações.

  • Peguei de um comentário aqui do QC:

    Citação direta é aquela que transcreve parte de uma obra, com as palavras do autor. Quando usamos esse tipo de citação devemos colocar entre parênteses o sobrenome do autor, o ano da publicação da obra e o número da página (tudo separado por vírgulas).

    Além da citação direta, há mais dois tipos de citação:

    Citação indireta: é aquela que se baseia em uma obra, com as nossas palavras. Neste caso, indicamos o sobrenome do autor e o ano da publicação da obra (o número da página é opcional).

    Citação de citação: é aquela sem que tenhamos tido acesso ao texto original. Um exemplo utilizamos a expressão latina apud, que significa “citado por".

  • tendi foi nada

  • O uso das aspas na alternativa A pode estar associada ao uso da ironia, pois tal forma de pensar seria totalmente distante da realidade, mas ainda assim, muito comum. Enquanto os demais usos descrevem falas de terceiros.


ID
4076083
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 

ADOLESCENTES QUE ENGRAVIDAM SOFREM MAIOR RISCO DE PROBLEMAS FÍSICOS, PSICOLÓGICOS E SOCIAIS

Taxa de filhos de mães adolescentes no Brasil é maior que a média mundial. Adolescentes que engravidam têm alto risco de uma série de danos, e as mulheres mais pobres são as mais atingidas


    Os índices de gravidez na adolescência no Brasil servem para nos lembrar de que ainda temos muitas dificuldades a enfrentar nessa área. Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) mostram que, dos quase 3 milhões de nascidos em 2016, 480 mil eram filhos de mães entre 15 e 19 anos, compondo uma taxa de 16% de todos os nascimentos. Apesar de ter havido uma queda de aproximadamente 20% nesse número em dez anos, ainda temos 68 bebês de mães adolescentes para cada mil meninas entre 15 e 19 anos, enquanto a taxa mundial é estimada em 46 para cada mil meninas dessa faixa etária.

    Explicar os motivos que levam a esse cenário não é tão simples, mas os especialistas consultados para esta reportagem foram unânimes em duas hipóteses: independentemente da classe social, os adolescentes estão transando cada vez mais cedo. Ao mesmo tempo, falta educação sexual. A preocupação com o uso de método contraceptivo sempre recai sobre a mulher, e geralmente elas têm conhecimento sobre a importância de se prevenir. “A grande maioria das gestantes adolescentes tem noção da necessidade de usar métodos contraceptivos. Sabe que existe camisinha, pílula ou DIU. Mas entre saber e usar, há um abismo”, afirma a dra. Fernanda Surita, ginecologista do Hospital da Mulher de Campinas-SP. Os profissionais apontam, ainda, para um fenômeno chamado “pensamento mágico”. O casal dificilmente acredita que a gravidez vá de fato acontecer com eles. Muitos pensam que “é só uma vez, então não vai acontecer nada”.

    A ginecologista dra. Beatriz Barbosa trabalha no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoerinha, na zona norte de São Paulo, desde 2003. Às quartas-feiras ela atende no ambulatório somente gestantes, muitas delas adolescentes. A médica expressa seu desânimo com a situação, dizendo que muitas vezes se sente como se “enxugasse gelo”. Apesar do esforço que toda equipe faz para aconselhar as pacientes, principalmente no pós-parto, ela conta que o risco de atender uma grávida reincidente é alto. Ela se recorda de um episódio de uma menina que engravidou 10 meses após o primeiro parto. Conta que levou um susto quando viu a ficha dela em cima da mesa e achou que era um erro. “Mas não era. Foi muito rápido. Mal tinha dado tempo de ela se recuperar e já ia enfrentar tudo de novo.” 

    No breve tempo em que fiquei aguardando para entrevistar a médica, encontrei duas garotas que não deviam ter mais que 15 anos. Tentei conversar com uma delas, que estava acompanhada da mãe, mas sem sucesso. “Aqui é assim praticamente toda semana. Atendo uma média de 20 pacientes, a grande maioria adolescentes. Já cheguei a atender uma de 12 anos. Apesar dos índices do Ministério apontarem para uma queda nos índices de gravidez precoce, na prática clínica não é isso que notamos”, comenta Beatriz. 

    Muitos ginecologistas acreditam que é preciso reforçar a orientação sobre a necessidade de usar métodos contraceptivos, principalmente os de longa duração. Isso ajudaria bastante nos casos em que a jovem se esquece de tomar a pílula. “O SUS oferece o DIU de cobre, mas a adesão é muito baixa e o produto chega até a vencer nas unidades de saúde”, comenta César Eduardo Fernandes, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).


ADOLESCENTES GRÁVIDAS SOFREM COM FALTA DE ESTRUTURA


    Ser mãe adolescente, sem nenhum tipo de planejamento nem apoio familiar, ocasiona diversos problemas na vida da gestante e perpetua um ciclo de pobreza e exclusão social difícil de ser quebrado. Adolescentes pobres têm cinco vezes mais risco de engravidar que as mais ricas. Com filhos, dificilmente elas conseguirão conciliar os estudos, entrar no mercado de trabalho e ter independência financeira.

    Muitas atrasam o pré-natal (momento extremamente importante para garantir a integridade física do bebê) porque não se sentem preparadas para contar para a família que estão grávidas. Dessa maneira, a janela para identificar e resolver algum problema de saúde potencialmente grave, como sífilis, fica limitada, o que aumenta ainda mais o risco de instabilidade dali em diante. Ao mesmo tempo, elas ainda são muito jovens, então elas demonstram preocupações quase infantis. “Elas chegam assustadas e com algumas dúvidas que não condizem com a situação. Perguntam ‘mas como esse bebê vai sair daqui?’”, afirma Beatriz Barbosa. 

    Tanto o Hospital Cachoeirinha, em São Paulo, como o Hospital da Mulher, em Campinas, promovem atendimento especializado multidisciplinar para dar suporte a essas gestantes. As áreas de nutrição (a maioria chega abaixo do peso e desnutrida), de assistência social e de psicologia são as mais acionadas. Apesar de cada uma abordar uma vertente, todas procuram identificar se a garota não foi vítima de violência sexual. “Estabelecemos um acolhimento para entender, primeiramente, a dinâmica familiar em que a jovem está inserida. Depois disso, tentamos inseri-la em políticas públicas como bolsa família, cesta básica emergencial, cursos para gestante etc.”, explica Dalva Rossi, assistente social do Hospital da Mulher de Campinas.


GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E POUCO DIÁLOGO EM CASA 


    Nem todos os adolescentes que têm filhos muito cedo apresentam histórico de desestruturação familiar, mas é muito comum serem prole de gerações que também tiveram filhos antes dos 20 anos. A falta de conversa sobre sexo em casa também costuma ser tradição nessas famílias. 

    Eles não conversam sobre o assunto em casa e, provavelmente, nem na escola. Na verdade, o ensino sobre os temas sexualidade e prevenção da gravidez sofreu grande retrocesso no país em meados de 2011, quando se instaurou uma polêmica envolvendo o material educativo Escola sem Homofobia (que ficou tachado de “kit gay”). Na época, todo o suporte didático que era distribuído desde 2003 para crianças a partir dos 12 anos foi recolhido sob a justificativa de que “incentivavam o homossexualismo (sic) e a promiscuidade”. “Falta espaço para discutir sexualidade porque ainda a encaramos como tabu. Os pais acham que se falarem com os filhos sobre o assunto vão estimular a relação sexual precoce, o que é um mito”, afirma Rossi.


RISCOS DE UMA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 


    Além do aspecto social, a gravidez na adolescência está associada a uma série de riscos à saúde da mulher e do bebê. Elevação da pressão arterial (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) com risco de crises convulsivas são alguns dos problemas que podem acometer a grávida muito jovem com maior frequência que em outras faixas etárias.

    Entre os agravos mais comuns no bebê, estão a prematuridade e o baixo peso ao nascer. “O índice de mortalidade entre filhos de mães adolescentes é muito alto. Cerca de 20% da mortalidade infantil no Brasil decorrem do óbito precoce de bebês nascidos de mães entre os 15 e 19 anos”, destaca a dra. Evelyn Eisenstein, membro do Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

    Qualquer pessoa consegue imaginar a desorganização que ter filhos de forma não planejada pode provocar na vida. No caso específico de mulheres jovens, cada uma dessas condições é um agravante com alto impacto no futuro de famílias que provavelmente já se encontram em situação vulnerável. Como acontece na maioria das vezes quando tratamos questões envolvendo pessoas socialmente mais vulneráveis, o mais eficaz é concentrar os esforços em políticas públicas na prevenção.

Sobre o autor: Juliana Conte é jornalista, repórter do Portal Dráuzio Varella desde 2012. Interessa-se por questões relacionadas a manejo de dores, atividade física e alimentação saudável.

Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/reportagens/adolescentes-que-engravidam-sofrem-maior-risco-de-problemas-fisicos-psicologicos-e-sociais/ Acesso em: 21 de maio 2019. 

Releia.


Explicar os motivos que levam a esse cenário não é tão simples, mas os especialistas consultados para esta reportagem foram unânimes em duas hipóteses: independentemente da classe social, os adolescentes estão transando cada vez mais cedo.


Sobre esse trecho, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) A oração “que levam a esse cenário”, introduzida por um pronome relativo, funciona sintaticamente como um adjunto adnominal.

( ) A conjunção “mas” funciona como um elemento conectivo que, além de exercer função sintática, também estabelece relação semântica entre as orações conectadas.

( ) O sujeito do predicado “não é tão simples” pode ser classificado como simples, cujo núcleo é o sintagma nominal “os motivos”.

( ) O vocábulo “unânimes” funciona morfologicamente como adjetivo e sintaticamente como predicativo do sujeito.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    ( V ) A oração “que levam a esse cenário”, introduzida por um pronome relativo, funciona sintaticamente como um adjunto adnominal.

    Trocando o que por qual (ais ) = Pronome relativo. Os pronomes relativos introduzem orações adjetivas.

    As orações adjetivas funcionam como adjuntos adnominais.

    https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint35.php

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------

    ( V ) A conjunção “mas” funciona como um elemento conectivo que, além de exercer função sintática, também estabelece relação semântica entre as orações conectadas.

    Mas está a atuar como conjunção adversativa.

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    (F) O sujeito do predicado “não é tão simples” pode ser classificado como simples, cujo núcleo é o sintagma nominal “os motivos”.

    Explicar os motivos que levam a esse cenário não é tão simples

    Não é simples.

    A estrutura de um simples: Eu serei você

    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------

    ( V ) O vocábulo “unânimes” funciona morfologicamente como adjetivo e sintaticamente como predicativo do sujeito.

    os especialistas consultados para esta reportagem foram unânimes 

    Unânimes refere-se aos especialistas. Nesse caso, predicativo do sujeito.

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Fonte: José Maria, Módulo específico

    https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint35.php

  • O sujeito do predicado “não é tão simples” pode ser classificado como sujeito oracional, cujo núcleo é o sintagma nominal “os motivos”.

    " Explicar os motivos que levam a esse cenário não é tão simples"

    oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.

  • Questão desprovida de gabarito!

  • A conjunção “mas” funciona como um elemento conectivo que, além de exercer função sintática, também estabelece relação semântica entre as orações conectadas

    conjunção Não possui função sintática. alguém pode me explicar pq o item foi considerado correto?

  • “mas” funciona como um elemento conectivo que, além de exercer função sintática, também estabelece relação semântica entre as orações conectadas

    Como isso tá certo se conjunção não exerce função sintática? Alguém sabe pq está certa?

  • Pelo que entendi, a conjunção, neste contexto, exerce função sintática de sujeito. Isoladamente ela teria apenas função morfológica, mas no contexto assume função sintática
  • Se tivesse a alternativa VVFF eu teria marcado


ID
4076086
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Quatro amigos vão prestar vestibular no ano de 2019. Eles se chamam Júlia, Carlos, Gustavo e Rose. Cada um deles irá fazer um curso diferente. Nesse contexto, analise as afirmativas a seguir:


• Júlia não vai fazer Direito e tampouco Medicina;

• Carlos não quer fazer Direito;

• Rose quer fazer Gastronomia.


Com base nas afirmativas assinale o nome de quem quer ser médico. 

Alternativas
Comentários
  • http://sketchtoy.com/69436578

  • Os cursos são diferentes: DIREITO, MEDICINA, GASTRONOMIA E UM OUTRO QUE NÃO FOI CITADO. Suponhamos que seja engenharia (ou qualquer outro que você queira, é só um exemplo).

    Vejamos a afirmações:

    • Júlia não vai fazer Direito e tampouco Medicina;

    • Carlos não quer fazer Direito;

    • Rose quer fazer Gastronomia.

    Observe Júlia: ela não fará direito, não fará medicina, nem fará gastronomia (Rose fará). Logo, ela fica com o curso não citado (engenharia, no nosso exemplo).

    Rose: fará gastronomia.

    Carlos: para ele sobrou medicina ou direito. Contudo, afirma-se que ele não fará direito. Logo, é ele quem fará medicina.

    Gabarito A.

  • Gravei um vídeo (YouTube) enquanto revisava essa e outras questões similares da banca IBGP. Só pesquisar no Youtube pela questão...

  • Júlia não vai fazer Direito e tampouco Medicina = não pode ser médica

    Carlos não quer fazer Direito = logo quer ser médico

    Gustavo = não quer nada

    Rose quer fazer gastronomia = logo não será médica 

    Gabarito letra A

  • Gustavo quer nada da vida ou filosofia (p v q) kkkk

  • RESOLUÇÃO EM VÍDEO +100 QUESTÕES RESOLVIDAS

    https://youtu.be/NpkEKeafvbc

    CANAL PROFESSOR TIAGO GOMES


ID
4076089
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Um marceneiro precisa cortar três madeiras em tamanhos iguais, ele precisa que esses tamanhos sejam os maiores possíveis. O primeiro pedaço possui 15 metros, o segundo 9 metros e o terceiro 6 metros.


Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE o tamanho que essas madeiras deverão ser cortadas.

Alternativas
Comentários
  • Em outras palavras, a questão perguntou qual é o maior divisor comum.

    Logo, 15,9,6 { 3

    5,3, 2

    Gab letra D.

    Se a pergunta fosse quantos pedaços iguais ele poderia fazer? 10 porque é a soma das sobras.

  • 5 pedaços de 3 metros; 3 de 3; 2 de 3. Só que há um erro interpretativo nessa questão, vou acrescentar em vermelho o que deveria constar pra sanar esse erro:

    "Um marceneiro precisa cortar três madeiras em tamanhos iguais sem desperdiçar madeira, ele precisa que esses tamanhos sejam os maiores possíveis. O primeiro pedaço possui 15 metros, o segundo 9 metros e o terceiro 6 metros."

  • Já vi muitas questões desse tipo no qual algo não é especificado, como o que disse o Rafael Soares Mosso. Noutra questão faltou o termo "somente" no comando. Então temos que ficar ligados nesses "erros" do enunciado ou comando da questão.


ID
4076092
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Para incentivar Janaína a estudar matemática, o pai dela falou que vai dar uma mesada no valor do mínimo múltiplo comum entre os números 120 e 160, mas somente se ela acertar o resultado. Assinale a alternativa que apresenta o valor que Janaína irá receber.

Alternativas
Comentários
  • Só fazer o MMC de 180 E 120 que fica = 2x2x2x2x2 = 36x3 = 96x5 = 480.00 - letra D

  • Segundo meus cálculos, Janaína não irá receber mesada. =/

  • O BOM DESSA QUESTÃO É QUE DEIXA CLARO QUE É PRECISO CALCULAR O MMC.

    120 , 160 |2

    60 , 80 |2

    30, 40 |2

    15, 20 |2

    15, 10 |2

    15, 5 |3

    5, 5 |5 ___

    1, 1 AGORA É SÓ MULTIPLICAR:

    2x2x2x2x2x3x5 = 480

  • GAB-D

    480

    120 , 160 |2

    60 , 80 |2

    30, 40 |2

    15, 20 |2

    15, 10 |2

    15, 5 |3

    5, 5 |5

    2*2*2*2*2*3*5=480

    MMC

    VAI ATÉ O TALO, ATÉ O FINAL.


ID
4076095
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

O professor de matemática perguntou na sala de aula o valor absoluto do algarismo 9 no número 987.608.765 e ninguém soube responder. Sendo assim, assinale a resposta para a pergunta feita pelo professor.

Alternativas
Comentários
  • Os números são formados por algarismos. Eles possuem valor absoluto e valor relativo. O valor absoluto de um número não depende da posição em que o número se encontra, representa um valor sozinho. Por exemplo: O valor absoluto do algarismo 9 no número 986 é 9. O valor relativo de um número depende da ordem em que o algarismo se encontra. Por exemplo, o algarismo 9 no número 986 ocupa a 3º ordem, isto é, a casa das centenas. Assim, seu valor relativo é 900. 

  • kkkkkkk essa questão quis pegar os desavisados. kkkk se houvesse a opção 900.000.000 , muita gente ia cair.

  • GAB. A

    valor absoluto de um número não depende da posição em que o número se encontra, representa um valor sozinho.

    valor relativo de um número depende da ordem em que o algarismo se encontra. Por exemplo, o algarismo 8 no número 846 ocupa a 3º ordem, isto é, a casa das centenas. Assim, seu valor relativo é 800.

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!


ID
4076098
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Rômulo está ensinando a filha sobre os números primos e a menina perguntou ao pai qual seria a soma entre os números primos compreendidos de 1 a 15.


Assinale a alternativa que responde CORRETAMENTE ao questionamento da filha de Rômulo.

Alternativas
Comentários
  • 1 não é primo.

  • 2+3+5+7+11+13= 41 que também e primo

  • fiz de cabeça

  • Gravei um vídeo (YouTube) enquanto revisava essa e outras questões similares da banca IBGP. Só pesquisar no Youtube pela questão...

  • NUMERO PRIMO: E O NUMERO QUE DIVIDI POR UM OU POR ELE MESMO , 2,3,5,7,11,13....


ID
4076101
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um usuário utilizando um computador com Sistema Operacional Windows 10, padrão português, irá encontrar disponível em Ferramentas Administrativas a seguinte opção:

Alternativas
Comentários
  • O caminho para se chegar a Ferramentas Administrativas:

    Painel de Controle > Sistema e Segurança > Ferramentas Administrativas.

    Alternativa A.

    As outras opções são todas relacionadas aos acessórios facilitadores do Windows 10.

  • Ferramentas Administrativas é uma pasta no Painel de Controle que contém ferramentas para os administradores do sistema e usuários avançados.

    Serviços de componentes

    Gerenciamento do computador

    Desfragmentar e Otimizar Unidades

    Limpeza de Disco

    Visualizador de Eventos

    Iniciador iSCSI

    Política de segurança local

    Fontes de Dados ODBC

    Monitor de Desempenho

    Gerenciamento de impressão

    Unidade de recuperação

    Editor do registro

    Monitor de Recursos

    Serviços

    Configuração do sistema

    Informações do sistema

    Agendador de Tarefas

    Firewall do Windows com Segurança Avançada

    Diagnóstico de Memória do Windows

    FONTE:microsoft.com

    GABARITO A

  • qual seria o nivel de dificuldade desta questão? e a relevancia?

  • qual seria o nivel de dificuldade desta questão? e a relevancia?


ID
4076104
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Para ativar a caixa Pesquisar Documento no Painel de Navegação, no MS-Word 2010, usa-se o atalho:

Alternativas
Comentários
  • PESQUISAR:

    WORD = CTRL + L

    NAVEGADOR = CTRL + F

  • Gabarito incorreto. Navegação no Word 2010 é CTRL + L.

  • CTRL + F, "F" de find

  • Alô você, gabarito errado

    Ctrl + F ---> Writter

    Ctrl + L ----> Word

    GABARITO CORRETO A

  • Ctrl+L -> localizar

    Ctrl+U -> substituir

    Ctrl+W -> fecha o documento

    Ctrl+F faz algo no WORD de vocês? aqui não fez absolutamente nada.

    Acredito que o gabarito seja A.

  • A questão pediu no painel de navegador (CTRL+F) Eu também errei kkk

  • A questão aborda conhecimentos acerca do uso dos atalhos e suas funções no Word 2010, mais especificamente quanto ao atalho responsável por exibir a caixa “Pesquisar” do painel de navegação.

    A)     Correta – O atalho CTRL + L aciona o comando “Localizar”, utilizado para localizar termos no documento, consequentemente, abrindo o “Painel de Navegação”.

    B)     Incorreta – O atalho CTRL + U aciona o comando “Substituir”, que tem como função substituir um termo por outro, na caixa de diálogo “Localizar e Substituir”.

    C)     Incorreta – O atalho CTRL + W tem como função fechar o documento.

    D)     Incorreta – O atalho CTRL + F aplica o espaçamento entre linhas de 1,15.

    Gabarito do monitor – Alternativa A.

    Gabarito da banca – Alternativa D.

  • Quando estiverem com dúvidas nesses atalhos, tentem lembrar de palávras básicas do Inglês.

    CTRL + F = Find(procurar)

  • No meu ctrl + f não aparece nada


ID
4076107
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Cavalo de troia, trojan ou trojan-horse, são programas que, além de executar as funções para as quais foram aparentemente projetados, também executam outras funções, normalmente maliciosas, e sem o conhecimento do usuário. Há diferentes tipos de trojans, classificados, de acordo com as ações maliciosas que costumam executar ao infectar um computador.

Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE o tipo que redireciona a navegação do usuário para sites específicos, com o objetivo de aumentar a quantidade de acessos a estes sites ou apresentar propagandas.

Alternativas
Comentários
  • Gab- B

    Trojan Dropper : Instala outros códigos maliciosos, embutidos no próprio código do trojan.

    Trojan clicker: Redireciona a navegação do usuário para sites específicos, com o objetivo de aumentar a quantidade de acessos a estes sites ou apresentar propagandas.

  • Acertei pelo inglês !

  • GABARITO LETRA B;

    Trecho da questão:

    o tipo que redireciona a navegação do usuário para sites específicos, com o objetivo de aumentar a quantidade de acessos a estes sites ou apresentar propagandas.

    Lembrei de cliques, quanto mais cliques acaba se recebendo mais acessos, logo, Trojan Clicker (cliques).

  • Trojan Backdoor: inclui backdoors, possibilitando o acesso remoto do atacante ao computador.

    Trojan DoS: instala ferramentas de negação de serviço e as utiliza para desferir ataques.

    Trojan Destrutivo: altera/apaga arquivos e diretórios, formata o disco rígido e pode deixar o

    computador fora de operação.

    Trojan Clicker: redireciona a navegação do usuário para sites específicos, com o objetivo de aumentar a quantidade de acessos a estes sites ou apresentar propagandas.

    Trojan Proxy: instala um servidor de proxy, possibilitando que o computador seja utilizado para navegação anônima e para envio de spam.

    Trojan Spy: instala programas spyware e os utiliza para coletar informações sensíveis, como senhas e números de cartão de crédito, e enviá-las ao atacante.

    Trojan Banker ou Bancos: coleta dados bancários do usuário, através da instalação de programas spyware que são ativados quando sites de Internet Banking são acessados. É similar ao Trojan Spy porém com objetivos mais específicos.

    fonte;cartilha de segurança

  • Assertiva b

    com o objetivo de aumentar a quantidade de acessos a estes sites ou apresentar propagandas. Trojan clicker.


ID
4076110
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Assinale a alternativa apresenta CORRETAMENTE a equivalência para 16 megabytes:

Alternativas
Comentários
  • Pra subir divida por 1000 (GB,TB, etc), para descer (KB,Bytes, etc) multiplique por 1000, portanto, 16/1000 = 0,016.

  • matemática básica.

  • Gabarito: B

    B----- K----- M ----G ----T --- P

    >>>>> % 1.000

    <<<<< X 1.000

    16 MB = 16.000 KB

    16 MB = 16.000.000 BYTES

    16 MB = 0,016 GB

    16 MB = 0,000016 TB

    Obs: nesse caso foi utilizado como padrão o valor que equivale ao bits.

  • Nenhum é correto. A conversão se faz por 1024..

  • Fazendo o cálculo pelo padrão decimal (1000) em vez do binário (1024):

    1GB-----------1000MB

    X---------------16MB

    1000x = 16

    x = 16/1000

    x = 0,016GB

  • 16 Megabyte -------- X Gigabyte

    1024 Megabyte -----1 Gigabyte

    X=0,0156 Gigabyte

    1024 Bytes = 1 kilobyte (Mil)

    1024 Kilobyte = 1 Megabyte (Milhão)

    1024 Megabyte = 1 Gigabyte (Bilhão)


ID
4076113
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE a função, do MS-Excel, que remove os espaços de uma cadeia de texto, com exceção dos espaços simples entre palavras:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Com a função ARRUMAR no Excel você pode apagar os espaços duplos, triplos que ficam entre as palavras.

    Fonte: https://ninjadoexcel.com.br/funcao-arrumar-no-excel/

  • Assertiva A

    remove os espaços de uma cadeia de texto = ARRUMAR()

  • Sobre remoção de espaços, uma dica:

    1. Arrumar - Não retira os espaços simples entre palavras; muito útil para textos copiados de outros locais, como páginas da intert.
    2. Tirar - Tira tudo! Remove inclusive os espaços simples entre palavras!
  • A questão aborda conhecimentos acerca das funcionalidades das funções do Excel, mais especificamente quanto à função responsável por remover os espaços de um texto, salvo os espaços simples.

    A)     Correta – A função “ARRUMAR” é utilizada para remover o excesso de espaços de um texto, como, por exemplo, espaços duplos. Vale destacar que os espaços simples não são removidos.

    B)     Incorreta – Não há uma função chamada “REMOVE” no Excel.

    C)     Incorreta – Não há uma função chamada “ESP.NUM” no Excel.

    D)     Incorreta – Não há uma função chamada “ALTERAR” no Excel.

    Gabarito – Alternativa A. 


ID
4898077
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

A Constituição Brasileira de 1988 define a saúde como direito de todos e dever do Estado, devendo ser garantido por políticas sociais e econômicas.
São avanços históricos obtidos pela saúde no Brasil após a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Letra b R: "Saúde como ausência de doença." (Faz parte do conceito de saúde estabelecido na 1º Conferência Internacional de saúde de cuidados primários/Conferência de Alma-Ata - 1978)

  • Com a CF/88 A saúde passa a ser pensada como direito de todos e dever do Estado, e não como ausência de doença.


ID
4898080
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário

O campo de atuação do Sistema Único de Saúde vai além das ações de promoção, proteção e recuperação da saúde individuais, sendo de responsabilidade do SUS a execução de ações de, EXCETO:

Alternativas

ID
4898083
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário

A família do paciente H.M.G, 81 anos, procurou o centro de saúde para ver a possibilidade de atendimento domiciliar. Desde que teve uma queda, o idoso fica restrito ao leito e tem apresentado feridas nas regiões dos calcanhares. A enfermeira colheu informações a respeito do caso, para agendar, durante reunião de equipe, uma visita domiciliar ainda na mesma semana. A conduta da enfermeira vai de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde.

Assinale a alternativa que MELHOR caracteriza o atendimento conforme descrito.

Alternativas

ID
4972303
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

São fundamentos e diretrizes da atenção básica, EXCETO:

Alternativas

ID
4972306
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O senhor F.G.M, 62 anos, procura o centro de saúde, pois deseja participar de discussões para melhoria e formulação de estratégias da política de saúde. Foi orientado pelo seu colega que há algumas reuniões periódicas, no próprio distrito em que moram, das quais ele poderia participar.


Assinale a alternativa que apresenta a instância que MELHOR se enquadra na situação descrita:

Alternativas
Comentários
  • gabarito: C

    De quatro em quatro anos deve acontecer a Conferência Nacional de Saúde, após a realização das Conferências estaduais e municipais, onde são apontados os rumos para aperfeiçoamento do SUS.

    Os Conselhos de Saúde são os órgãos de controle do SUS pela sociedade nos níveis municipal, estadual e federal.

  • Conselho de Saúde:

    • Paritário
    • Permanente e deliberativo
    • Chefe do Poder de Cada Esfera
    • 50% representantes de governo, prestadores de serviço, ou profissionais de saúde
    • 50% Usuários

ID
4972309
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

Em 2006, os gestores do SUS assumiram o compromisso público da construção do Pacto pela Saúde que define prioridades articuladas e integradas em três componentes: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS.


As prioridades do Pacto pela vida são, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GAB A

     As prioridades são:

     

    - Saúde do idoso: Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral.

     

    - câncer de colo de útero e mama; Contribuir para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama.

     

    mortalidade infantil e materna: Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença diarréica e por pneumonias.

     

    - doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza: Fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e endemias.

     

    - promoção da saúde e atenção básica: Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte da população brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade individual da prática de atividade física regular alimentação saudável e combate ao tabagismo.

     

    - Atenção básica à saúde: Consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Família como modelo de atenção básica à saúde e como centro ordenador das redes de atenção à saúde do SUS.


ID
4972312
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

Sobre a vigilância em saúde, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
4972315
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

O prefeito da cidade de Andrelândia deseja que sua cidade e os municípios vizinhos sejam instituídos como uma Região de Saúde. Para isso, estes devem conter, no mínimo, ações e serviços de, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Art. 5º Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços de: I - atenção primária; II - urgência e emergência; III - atenção psicossocial; IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e V - vigilância em saúde. Parágrafo único. A instituição das Regiões de Saúde observará cronograma pactuado nas Comissões Intergestores.

ID
4972318
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

H.J.T, 45 anos, procura o centro de saúde desejando encaminhamentos para o otorrinolaringologista, devido à redução auditiva, e endocrinologista, pois temia diabetes, já que sua alimentação estava inadequada. A enfermeira da equipe orientou o paciente a passar em uma consulta com o seu médico de referência.

O médico, durante a consulta, identificou excesso de cera em seus ouvidos, realizou uma lavagem, com melhora das queixas auditivas, e solicitou exames adequados para a idade e situação de saúde do paciente, além de orientar mudanças no estilo de vida, pactuado um retorno para aprofundar a discussão sobre alimentação.


São funções da atenção básica cumpridas no atendimento ao paciente descrito, EXCETO:

Alternativas

ID
4972321
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

A vigilância em saúde se caracteriza por ações que abrangem: vigilância epidemiológica, promoção da saúde, vigilância da situação de saúde, vigilância em saúde ambiental, vigilância da saúde do trabalhador e vigilância sanitária.

Nesse contexto, correlacione a COLUNA I ao conceito adequado da COLUNA II:


COLUNA I


1 - Vigilância em saúde ambiental.
2 - Vigilância em saúde do trabalhador.
3 - Vigilância sanitária.
4 - Vigilância epidemiológica.


COLUNA II


( ) Integração de ações que intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos.


( ) Identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde.


( ) Vigilância e controle das doenças transmissíveis, não transmissíveis e agravos.


( ) Controle de bens de consumo, que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde.



Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

Alternativas

ID
4972324
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Sobre o débito cardíaco, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • PAM=PAD+[(PAS - PAD) ÷ 3]


ID
4972327
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A reanimação cardiopulmonar deve ser aplicada tão logo seja identificado o colapso no paciente. Para isso são aplicadas técnicas específicas, uma delas refere-se ao local correto das compressões torácicas.


Sobre essa afirmativa, é CORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
4972330
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Segundo resolução COFEN nº 543, de 18 de abril de 2017, o dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem deve basear-se em características relativas.


Nesse contexto, as características relativas ao serviço de saúde são, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Art. 2º O dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem deve basear-se em características relativas:

    I – ao serviço de saúde: missão, visão, porte, política de pessoal, recursos materiais e financeiros; estrutura organizacional e física; tipos de serviços e/ou programas; tecnologia e complexidade dos serviços e/ou programas; atribuições e competências, específicas e colaborativas, dos integrantes dos diferentes serviços e programas e requisitos mínimos estabelecidos pelo Ministério da Saúde;

    II – ao serviço de enfermagem: aspectos técnico-científicos e administrativos: dinâmica de funcionamento das unidades nos diferentes turnos; modelo gerencial; modelo assistencial; métodos de trabalho; jornada de trabalho; carga horária semanal; padrões de desempenho dos profissionais; índice de segurança técnica (IST); proporção de profissionais de enfermagem de nível superior e de nível médio e indicadores de qualidade gerencial e assistencial;

    III – ao paciente: grau de dependência em relação a equipe de enfermagem (sistema de classificação de pacientes – SCP) e realidade sociocultural.

  • Art. 2º O dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem deve basear-se em características relativas:

    I – ao serviço de saúde: missão, visão, porte, política de pessoal, recursos materiais e financeiros; estrutura organizacional e física; tipos de serviços e/ou programas; tecnologia e complexidade dos serviços e/ou programas; atribuições e competências, específicas e colaborativas, dos integrantes dos diferentes serviços e programas e requisitos mínimos estabelecidos pelo Ministério da Saúde;

    II – ao serviço de enfermagem: aspectos técnico-científicos e administrativos: dinâmica de funcionamento das unidades nos diferentes turnos; modelo gerencial; modelo assistencial; métodos de trabalho; jornada de trabalho; carga horária semanal; padrões de desempenho dos profissionais; índice de segurança técnica (IST); proporção de profissionais de enfermagem de nível superior e de nível médio e indicadores de qualidade gerencial e assistencial;

    III – ao paciente: grau de dependência em relação a equipe de enfermagem (sistema de classificação de pacientes – SCP) e realidade sociocultural.

  • Art. 2º O dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem deve basear-se em características relativas:

    I – ao serviço de saúde: missão, visão, porte, política de pessoal, recursos materiais e financeiros; estrutura organizacional e física; tipos de serviços e/ou programas; tecnologia e complexidade dos serviços e/ou programas; atribuições e competências, específicas e colaborativas, dos integrantes dos diferentes serviços e programas e requisitos mínimos estabelecidos pelo Ministério da Saúde;

    II – ao serviço de enfermagem: aspectos técnico-científicos e administrativos: dinâmica de funcionamento das unidades nos diferentes turnos; modelo gerencial; modelo assistencial; métodos de trabalho; jornada de trabalho; carga horária semanal; padrões de desempenho dos profissionais; índice de segurança técnica (IST); proporção de profissionais de enfermagem de nível superior e de nível médio e indicadores de qualidade gerencial e assistencial;

    III – ao paciente: grau de dependência em relação a equipe de enfermagem (sistema de classificação de pacientes – SCP) e realidade sociocultural.

    REFERÊNCIA: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-5432017_51440.html


ID
4972333
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Consta no Código de Ética de Enfermagem, art. 118, as penalidades a serem impostas pelos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem, que são, EXCETO:

Alternativas

ID
4972336
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O processo de exame físico por parte da enfermagem, é uma atividade sistemática que consiste em quantificar sinais vitais e distingui-los dos normais e anormais, como também suas variações. Para isso o enfermeiro lança mão de diversas técnicas.


Sobre o exame físico realizado pelo enfermeiro na criança, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas

ID
4972339
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A sondagem gástrica muitas vezes é utilizada na prática assistencial e principalmente nos cuidados da criança hospitalizada.


De acordo com seus conhecimentos, assinale a alternativa que NÃO é indicada como objetivo da sondagem gástrica na criança.

Alternativas

ID
4972342
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

É CORRETO afirmar que o hipoclorito de sódio está indicado nos processamentos de artigos para:

Alternativas
Comentários
  • Desinfecção de nível intermediário de superfícies, produtos de lactário e inaloterapia (precisam de enxágue abundante - irritantes de mucosa)

    Destrói maioria das bactérias em 10min com solução a 0,5%.


ID
4972345
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O cérebro de um bebê se desenvolve de modo considerável. Seu volume vai de 25% a 60% em apenas 12 meses, em relação ao volume que ocupa uma pessoa adulta, demonstrando o seu rápido crescimento e a importância da medição regular, sobretudo no primeiro ano de vida.


Baseado nessa informação, assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE a estimativa do perímetro craniano de uma criança de 12 meses de vida.

Alternativas
Comentários
  • A OMS – Organização Mundial da Saúde recomenda como medida padrão mínima para a cabeça de recém-nascidos 32 (trinta e dois) centímetros

  • Nos bebês nascidos a partir da 37ª semana gestacional, o perímetro cefálico pode variar de 33 a 35 cm. Só passa a ser estatisticamente anormal se ultrapassar 36 cm nas meninas e 37 cm nos meninos. ainda fiquei sem saber qual resposta a banca quer afssssss

ID
4972348
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A esterilização por meios físicos é a mais utilizada em ambientes hospitalares, como a realizada pelos equipamentos de autoclaves.


Sobre a esterilização utilizando as autoclaves, é CORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
4972351
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Andrelândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) é um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares.


Com relação a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Apenas profissionais de ensino superior.

    GAB - A

  • As Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) foram instituídas por lei a partir de 1998 com a Portaria nº 2.616 do Ministério da Saúde, juntamente com a criação do Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) que consiste em um conjunto de ações desenvolvidas com vistas a reduzir ao máximo possível a incidência e a gravidade das infecções hospitalares.

    Cabe à CCIH a execução das ações do PCIH, sendo esta comissão um órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição, e a ela diretamente subordinada.

    A CCIH é composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designados e nomeados pela Direção do hospital. Os componentes da CCIH agrupam-se em dois tipos: membros consultores e membros executores.

    O presidente da CCIH poderá ser qualquer um de seus membros, indicado pela Direção.

    Os membros consultores deverão incluir representantes dos seguintes serviços: médico, enfermagem, farmácia, laboratório de microbiologia e administração. Em instituições com número igual ou menor que 70 leitos, a CCIH pode ser composta apenas por 01 (um) médico e 01 (um) enfermeiro.

    Os membros executores representam o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e são eles os responsáveis diretos pela execução das ações do PCIH. É recomendável que pelo menos 01 (um) membro executor seja um profissional de enfermagem.

    (FIOCRUZ, 2021) - Disponível em: https://www.ini.fiocruz.br/ccih