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Prova FGV - 2016 - FGV - Vestibular - Administração Pública


ID
2241760
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma loja reajustou em 20% o preço de certo modelo de televisão. Todavia, diante da queda nas vendas, a loja pretende dar um desconto sobre o preço reajustado de modo a voltar ao preço inicial. Expresso em porcentagem, esse desconto é igual a

Alternativas
Comentários
  • Valor inicial: 120

    Valor final: 100

    120 - 100 = 20

    x%.120=20

    120x=2000

    x=16,67


ID
2241763
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma empresa fabrica x unidades de uma peça de automóvel a um custo total mensal dado por C(x)= 10000 + α.x , em que 10 000 é o custo fixo e a é o custo variável por unidade. 

Em janeiro foram fabricadas e vendidas 1 000 peças a um custo médio de R$60,00. 

Se, em fevereiro, o preço de venda de cada peça for R$75,00, qual a quantidade mínima a ser fabricada e vendida para a empresa não ter prejuízo?

Nota: o custo médio é igual ao custo total dividido pela quantidade produzida. 

Alternativas
Comentários
  • C(x) = 10000 + ax

    C(m) = C(x) / (quantidade fabricada)

    60 = (10000 + 1000a) / 1000

    a = 50

    lucro = receita - custo

    L(x) = R(x) - C(x)

    R(x) = C(x)

    75x = 10000 + 50x

    x = 400


ID
2241766
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um capital aplicado a juros compostos a uma certa taxa anual de juros dobra a cada 7 anos.

Se, hoje, o montante é R$250 000,00, o capital aplicado há 28 anos é um valor cuja soma dos algarismos vale

Alternativas
Comentários
  • Após um capital x ser aplicado inicialmente, o investimento irá dobrar após 7 anos, ou seja, 2x.

    Após 14 anos (mais 7 anos), vamos ter o dobro do valor anterior, ou seja, 4x.

    Após 21 anos (mais 7 anos), o montante irá dobrar novamente, ou seja, 8x.

    Por fim, após 28 anos (mais 7 anos), o montante irá ter dobrado novamente, ou seja, 16x.

    Uma vez que o montante final foi fornecido, vamos igualar ao valor final para determinar o valor x aplicado inicialmente:

    16x = 250000

    x = 15625

    Portanto, o valor aplicado inicialmente foi de R$15.625,00.

    A soma dos algarismos é: 1 + 5 + 6 + 2 + 5 = 19.

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ID
2241769
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Assinale a sentença verdadeira:

Alternativas
Comentários
  • Assertiva 1-- FALSA, pois os lados 3 e 4 precisam necessariamente serem os catetos do triângulo retângulo

    Assertiva 2-VERDADEIRA-A área de um polígono regular é Ap=semiperímetro . apótema

    Assertiva 3 -FALSA- não determina apenas um único plano

    Assertiva 4 FALSA- O diâmetro desse círculo vale 20

    Assertiva 5- FALSA - Basta formar um triângulo retângulo.


ID
2241772
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

No plano cartesiano, a reta de equação 3x +4y =17 tangencia uma circunferência de centro no ponto (1,1).

A equação dessa circunferência é:

Alternativas
Comentários
  • A DISTÂNCIA ENTRE UM PONTO (CENTRO) E UMA RETA (DADA NA QUESTÃO) VAI NOS DAR O RAIO (QUE É NECESSÁRIO PARA CHEGARMOS À EQUAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA). CHAMANDO A RETA DE "r": 3x + 4y -17 = 0 (a = 3; b = 4; c = -17) 

    Dp,r = |a * Xp  +  b * Yp  +  c|   ---> Dp,r = R = 10/5 = 2
                sqrt a² + b²

    Logo: R² = (x - xc) + (y - yc) ---> 4 = (x-1)² + (y-1)² ---> x² + y² - 2x - 2y - 2 = 0


ID
2241775
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

No plano cartesiano, os pontos (x,y) que satisfazem a equação x² - 5x + 4 = 0  são representados por

Alternativas
Comentários
  • x^2 -5x +4 = 0
    DELTA = 9
    x' = 4   e  x'' = 1

    y
    |
    |       x''                      x'
    |       |                        |
    |       |                        |
    ---------------------------------- x
    |                             |
    |       |                        |
     

    GAB A


ID
2241778
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em 2013, uma empresa exportou 600 mil dólares e, em 2014, exportou 650 mil dólares de um certo produto.

Suponha que o gráfico das exportações y ( em milhares de dólares) em função do ano x seja formado por pontos colineares.

Desta forma, a exportação triplicará em relação à de 2013 no ano de

Alternativas
Comentários
  • Resolvi por regra de três simples, vejamos 

    2013 - 600 mil 

    2014 - 650 mil 


    A cada 1 ano cresce 50 mil (visto que são pontos colineares), portanto é possível pensar da seguinte forma: 


    se 1 ano aumenta 50 mil 
    em quantos anos vamos chegar no TRIPLO de 2013? 

    2013 - 600 mil, 

    triplo de 2013 = 600 x 3 = 1800. 

    De 600 até 1800 é necessário acrescentar quantos mil reais? 

    1800 - 600 = 1200, ou seja, após 1200 chegaremos no 1800 (eixo y)

    Se 1 ano - 50 mil
    em x anos - 1200

    x = 1200 / 50
    x = 120 / 5 
    x = 24 

    ou seja, contando-se a partir de 2013, levará 24 anos para chegar no 1800. 

    2013 + 24 = 2037

    Gabarito D

  • f(x) = ax + b

    a=variação de y / variação de x

    a=650-600/2014-2013

    a=50

    pegando (2013,600)

    f(x) = ax + b

    600 = 50.2013 + b

    b= -100050

    f(x) = ax + b

    1800 = 50x -100050 (1800 é 600.3("Desta forma, a exportação triplicará em relação à de 2013 no ano de"))

    x=2037

  • Resolvi por função de primeiro grau: f(x)=ax+b

    Considerando que Y (valor) está em função de X (anos).

    Perceba que no ano de 2013 o rendimento foi de 600k, enquanto que no ano seguinte foi de 650k, ou seja, todo o ano aumenta 50k. Portanto, 600k é nosso valor fixo (b) enquanto a variável em função de X (anos) é 50k. Então:

    f(x)=50x+600

    Perceba que a questão pede o ano em que o rendimento triplicará o do ano de 2013, que foi de 600k, ou seja, em que ano o rendimento será de 1800k. Só colocar na equação:

    1800=50x+600

    1200/50=x

    x=24

    Temos que 24 é o número de anos após 2013, ou seja,

    2013+24=2037

    Letra D

  • Resolvi por PA An=A1+R(n-1)

    A1= 600

    R=600-650=50

    An=600x3=1800

    1800=600+50(n-1) ... n=25 mas a pegadinha é: de 1a25 existem 24anos, logo 2013+24=2037

  • x= tempo em anos.

    x= 0>> 600mil

    x= 1>> 650mil

    ax+b=y

    a.( 0 )+b= 600mil., logo b=600

    a.(1)+600= 650

    a=50mil.

    Função da questão.

    50x+600= y

    triplo de 2013 = 1.800

    50x+600=1.800

    50x= 1.200

    x= 24 anos

    2013+24 = 2037.

    LETRA D

    APMBB


ID
2241784
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma progressão aritmética (PA) é constituída de 15 números inteiros com razão igual a 2.

Sabendo que a média aritmética dos quinze números é 46, podemos concluir que o maior deles é

Alternativas
Comentários
  • Se a média aritmética dos quinze números é 46, temos que a soma dos 15 termos será 690.

     

    S15/15=46

    S15 = 46 x 15

    S15 = 690

     

    Fórmula da Soma de uma PA finita

    S15 = (a1 + a15) . n/2

    690 = (a1 + (a1+14r)) . 15/2

    690 = (a1 + (a1 + 28)) . 7,5

    690 = (2a1 + 28) . 7,5

    690 = 15a1 + 210

    15a1 = 480

    a1 = 32

     

    O maior deles é o a15:

    a15 = a1+14r

    a15 = 32 + 28

    a15 = 60

    Letra A

     

     

  • Fiz por conceito.

    Se o número da PA for ímpar, existirá um termo central que será a Média aritmética dos extremos desta P.A

    • Neste caso, a8= 46, pois é o termo central.

    46= a1+7r

    46=a1+14

    a1=32

    >>>> o maior será, indubitavelmente o a15.

    a15=a1+14r

    a15=32+28

    a15= 60.

    LETRA A

    APMBB


ID
2241790
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um cinema cobra R$30,00 por ingresso. Estudantes e idosos pagam meia entrada, isto é, R$15,00 por ingresso.

Para uma sessão, foram vendidos 300 ingressos e a receita correspondente foi R$7 200,00.

Sabendo que o número de estudantes é 40% superior ao de idosos, podemos concluir que o número de frequentadores idosos é

Alternativas
Comentários
  • Imagine que o valor do ingresso fosse único.  300 . 30,00 - 7.200,00 = 1.800,00

    1.800,00 : 15,00 (diferença de valor) = 120 (estudantes + idosos)

    idosos: 100%,    estudantes: 140%        120 : 2,4 = 50 idosos (opção c).

  • (1,4x).15+x.15=7200

    21x+15x=7200

    x=7200/36

    x=200(múltiplo de 10)

    opção C

     


ID
2241793
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em uma urna, há 4 bolas vermelhas e 5 bolas brancas. Sorteando-se sucessivamente 3 bolas sem reposição, qual a probabilidade de observarmos bolas de cores diferentes?

Alternativas
Comentários
  • Como a ordem não importa e não há reposição, o total de possibilidades é dado por 9*8*7=504.

    As possibilidades para cores diferentes são:

    V-V-B (4*3*5=60)

    V-B-V (4*5*3=60)

    B-V-V (5*4*3=60)

    B-B-V (5*4*4=80)

    B-V-B (5*4*4=80)

    V-B-B (4*5*4=80)

    São 420 possibilidades de cores diferentes num universo de 504 possibilidades:  420/504=5/6.

  • faz o seguinte:

    P(cores diferentes) = P(total) - P(cores iguais)

    P(cores vermelhas iguais): 4/9 * 3/8 * 2/7 = 1/21

    P(cores brancas iguais): 5/9 * 4/8 * 3/7 = 5/42

    P(cores diferentes) = P(total) - P(cores iguais)

    P(cores diferentes) = 1 - 1/21 - 5/42

    P(cores diferentes): 5/6


ID
2241799
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um dos fatores do polinômio P(x) = x³ + 2x² - 5x - 6 é (x+3). Outrofator desse polinômio é

Alternativas

ID
2241802
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um investidor brasileiro analisa duas opções de aplicação de seu capital em reais por um ano:  

1ª opção: Aplicar o capital em reais no Brasil ganhando 15% ao ano.

2ª opção: Converter seu capital de reais para dólares, aplicar o valor obtido nos EUA por um ano à taxa de 2% ao ano e, em seguida, trocar os dólares por reais.  


Considerando os dados abaixo: 

· 1 dólar na data de aplicação vale A reais,

· 1 dólar na data do recebimento do montante vale B reais,  


para que as duas aplicações resultem em um mesmo montante em reais devemos ter:  

Alternativas
Comentários
  • Montante 1 = Montante 2

    A (1+0,15) = B (1+0,02)

    1,02B = 1,15A

    B = 1,15A/1,02

    LETRA C


ID
2241805
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Geração Z desafia mercado 

   Eles já nasceram plugados e não conhecem a vida off-line. São generalistas, não gostam de hierarquia e querem fazer o próprio horário. Diferentes dos profissionais das gerações X e Y, valorizam mais a qualidade de vida ao poder aquisitivo. Empresas têm grande desafio para se adaptar e reter essa mão de obra.

  Esse é o perfil dos jovens que nasceram depois de 1995 e começam a entrar agora no mercado de trabalho.

Destak. 22.02.2016. Adaptado

Considere as seguintes afirmações sobre o texto:

I Ocorre oposição de sentido entre as expressões “plugados” e “off-line” bem como entre as palavras “generalistas” e “hierarquia”.

II A ordem alfabética de que se vale o texto corresponde à ordem cronológica.

III Para caracterizar sociologicamente a geração Y, o redator se vale de um subentendido.


Está totalmente correto apenas o que se afirma em

Alternativas

ID
2241808
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Geração Z desafia mercado 

   Eles já nasceram plugados e não conhecem a vida off-line. São generalistas, não gostam de hierarquia e querem fazer o próprio horário. Diferentes dos profissionais das gerações X e Y, valorizam mais a qualidade de vida ao poder aquisitivo. Empresas têm grande desafio para se adaptar e reter essa mão de obra.

  Esse é o perfil dos jovens que nasceram depois de 1995 e começam a entrar agora no mercado de trabalho.

Destak. 22.02.2016. Adaptado

Pode-se corrigir o erro gramatical presente na frase “valorizam mais a qualidade de vida ao poder aquisitivo”, substituindo o verbo “valorizar” por “preferir” e fazendo as adaptações necessárias, como ocorre em:

Alternativas

ID
2241811
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

  Por que o senhor não escreve coisas poéticas, soltas, gostosas? As crônicas, antigamente, nos deixavam mais leves, de bem com a vida e o mundo. Agora, tudo o que a gente lê nos leva para baixo. Está difícil de suportar. Escrevo na manhã de um domingo. Sete horas. Aquele sol que nos tem castigado, começava a dar sinais de ardência profunda. Olhei pela porta de vidro do terraço e descobri, maravilhado e feliz, que a pitangueira plantada em vaso, que chegou há dois anos, estava repleta de frutos vermelhos, reluzentes, envernizados. Os primeiros. Fiquei admirado. Os pássaros não tinham descoberto? Aquelas frutinhas tinham se salvado? Chupei uma, duas três, queria todas, mas precisava guardar para a família, afinal, eram as primeiras. Pitanga, coisa de infância, do interior. Uma das frutas mais sofisticadas do Brasil, a meu ver. Antigamente, quando viajávamos pela Varig, ao sair do Recife, recebíamos um copo de suco fresco de pitanga, perfumado. Dia desses, Maria Eduarda, amiga pernambucana, me disse: “Você está chegando aqui, sabemos que gosta de vinhos. Que vinho prefere?”. E eu: “Nenhum! Quero suco de pitanga”. Maria Eduarda: “Pois vai tomar das pitangas do pomar de meu pai, Cornélio”. Foi uma celebração! 

  Esta é a pitada de poesia que encontrei neste momento. Mas ficaram em minha mente essas perguntas cotidianas que todos estão fazendo. Ouço no dia a dia, pela manhã ao comprar o pão e o leite, no supermercado, no bar, numa escola, na livraria, ao entrar no cinema. Ouvi agora, ao percorrer cinco cidades do litoral (...). Jovens e mais velhos, acreditando que o escritor tem as respostas, me olhavam: “O senhor acha que a gente sai dessa?”. Só consegui dizer: “Não sei e acho que ninguém sabe”. 

Ignácio de Loyola Brandão, O Estado de S. Paulo, 02/10/2015. 

Está de acordo com o texto a seguinte afirmação:

Alternativas

ID
2241814
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

  Por que o senhor não escreve coisas poéticas, soltas, gostosas? As crônicas, antigamente, nos deixavam mais leves, de bem com a vida e o mundo. Agora, tudo o que a gente lê nos leva para baixo. Está difícil de suportar. Escrevo na manhã de um domingo. Sete horas. Aquele sol que nos tem castigado, começava a dar sinais de ardência profunda. Olhei pela porta de vidro do terraço e descobri, maravilhado e feliz, que a pitangueira plantada em vaso, que chegou há dois anos, estava repleta de frutos vermelhos, reluzentes, envernizados. Os primeiros. Fiquei admirado. Os pássaros não tinham descoberto? Aquelas frutinhas tinham se salvado? Chupei uma, duas três, queria todas, mas precisava guardar para a família, afinal, eram as primeiras. Pitanga, coisa de infância, do interior. Uma das frutas mais sofisticadas do Brasil, a meu ver. Antigamente, quando viajávamos pela Varig, ao sair do Recife, recebíamos um copo de suco fresco de pitanga, perfumado. Dia desses, Maria Eduarda, amiga pernambucana, me disse: “Você está chegando aqui, sabemos que gosta de vinhos. Que vinho prefere?”. E eu: “Nenhum! Quero suco de pitanga”. Maria Eduarda: “Pois vai tomar das pitangas do pomar de meu pai, Cornélio”. Foi uma celebração! 

  Esta é a pitada de poesia que encontrei neste momento. Mas ficaram em minha mente essas perguntas cotidianas que todos estão fazendo. Ouço no dia a dia, pela manhã ao comprar o pão e o leite, no supermercado, no bar, numa escola, na livraria, ao entrar no cinema. Ouvi agora, ao percorrer cinco cidades do litoral (...). Jovens e mais velhos, acreditando que o escritor tem as respostas, me olhavam: “O senhor acha que a gente sai dessa?”. Só consegui dizer: “Não sei e acho que ninguém sabe”. 

Ignácio de Loyola Brandão, O Estado de S. Paulo, 02/10/2015. 

Sobre os procedimentos do autor quanto aos recursos de construção, a única afirmação que NÃO está correta é:

Alternativas

ID
2241817
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

  Por que o senhor não escreve coisas poéticas, soltas, gostosas? As crônicas, antigamente, nos deixavam mais leves, de bem com a vida e o mundo. Agora, tudo o que a gente lê nos leva para baixo. Está difícil de suportar. Escrevo na manhã de um domingo. Sete horas. Aquele sol que nos tem castigado, começava a dar sinais de ardência profunda. Olhei pela porta de vidro do terraço e descobri, maravilhado e feliz, que a pitangueira plantada em vaso, que chegou há dois anos, estava repleta de frutos vermelhos, reluzentes, envernizados. Os primeiros. Fiquei admirado. Os pássaros não tinham descoberto? Aquelas frutinhas tinham se salvado? Chupei uma, duas três, queria todas, mas precisava guardar para a família, afinal, eram as primeiras. Pitanga, coisa de infância, do interior. Uma das frutas mais sofisticadas do Brasil, a meu ver. Antigamente, quando viajávamos pela Varig, ao sair do Recife, recebíamos um copo de suco fresco de pitanga, perfumado. Dia desses, Maria Eduarda, amiga pernambucana, me disse: “Você está chegando aqui, sabemos que gosta de vinhos. Que vinho prefere?”. E eu: “Nenhum! Quero suco de pitanga”. Maria Eduarda: “Pois vai tomar das pitangas do pomar de meu pai, Cornélio”. Foi uma celebração! 

  Esta é a pitada de poesia que encontrei neste momento. Mas ficaram em minha mente essas perguntas cotidianas que todos estão fazendo. Ouço no dia a dia, pela manhã ao comprar o pão e o leite, no supermercado, no bar, numa escola, na livraria, ao entrar no cinema. Ouvi agora, ao percorrer cinco cidades do litoral (...). Jovens e mais velhos, acreditando que o escritor tem as respostas, me olhavam: “O senhor acha que a gente sai dessa?”. Só consegui dizer: “Não sei e acho que ninguém sabe”. 

Ignácio de Loyola Brandão, O Estado de S. Paulo, 02/10/2015. 

O trecho em que se pode apontar a elipse de um substantivo anteriormente mencionado é:

Alternativas
Comentários
  • Pois vai tomar o suco das pitangas do pomar de meu pai.

    Gabarito: E


ID
2241820
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

  Por que o senhor não escreve coisas poéticas, soltas, gostosas? As crônicas, antigamente, nos deixavam mais leves, de bem com a vida e o mundo. Agora, tudo o que a gente lê nos leva para baixo. Está difícil de suportar. Escrevo na manhã de um domingo. Sete horas. Aquele sol que nos tem castigado, começava a dar sinais de ardência profunda. Olhei pela porta de vidro do terraço e descobri, maravilhado e feliz, que a pitangueira plantada em vaso, que chegou há dois anos, estava repleta de frutos vermelhos, reluzentes, envernizados. Os primeiros. Fiquei admirado. Os pássaros não tinham descoberto? Aquelas frutinhas tinham se salvado? Chupei uma, duas três, queria todas, mas precisava guardar para a família, afinal, eram as primeiras. Pitanga, coisa de infância, do interior. Uma das frutas mais sofisticadas do Brasil, a meu ver. Antigamente, quando viajávamos pela Varig, ao sair do Recife, recebíamos um copo de suco fresco de pitanga, perfumado. Dia desses, Maria Eduarda, amiga pernambucana, me disse: “Você está chegando aqui, sabemos que gosta de vinhos. Que vinho prefere?”. E eu: “Nenhum! Quero suco de pitanga”. Maria Eduarda: “Pois vai tomar das pitangas do pomar de meu pai, Cornélio”. Foi uma celebração! 

  Esta é a pitada de poesia que encontrei neste momento. Mas ficaram em minha mente essas perguntas cotidianas que todos estão fazendo. Ouço no dia a dia, pela manhã ao comprar o pão e o leite, no supermercado, no bar, numa escola, na livraria, ao entrar no cinema. Ouvi agora, ao percorrer cinco cidades do litoral (...). Jovens e mais velhos, acreditando que o escritor tem as respostas, me olhavam: “O senhor acha que a gente sai dessa?”. Só consegui dizer: “Não sei e acho que ninguém sabe”. 

Ignácio de Loyola Brandão, O Estado de S. Paulo, 02/10/2015. 

Na frase “Aquele sol que nos tem castigado”, o pronome “que” exerce função de sujeito, da mesma forma que em:

Alternativas
Comentários
  • Letra C é o gabarito.

    Na letra A, “Que" é pronome relativo. Temos que substitui-lo na segunda oração pelo termo retomado por ele (tudo). Assim:

    "A gente lê [tudo]" - objeto direto

    Na letra B, “Que" é conjunção de integrante, pois introduz oração subordinada substantiva. 

    Na letra C, “Que" é pronome relativo. Temos que substitui-lo na segunda oração pelo termo retomado por ele (alguém). Assim:

    "[Alguém] chegou há dois anos" - sujeito 

    Na letra D, “Que" é conjunção de integrante, pois introduz oração subordinada substantiva. 

    Na letra E, "Que" é pronome interrogativo.


ID
2241823
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

    - A excelentíssima, declarou Seu Ribeiro, entende de escrituração.   

    Seu Ribeiro morava aqui, trabalhava comigo, mas não gostava de mim. Creio que não gostava de ninguém. Tudo nele se voltava para o lugarejo que se transformou em cidade e que tinha, há meio século, bolandeira, terços, candeias de azeite e adivinhações em noites de São João. Com mais de setenta anos, andava a pé, de preferência pelas veredas. E só falava ao telefone constrangido. Odiava a época em que vivia, mas tirava-se de dificuldades empregando uns modos cerimoniosos e expressões que hoje não se usam. O reduzido calor que ainda guardava servia para aquecer aqueles livros grossos, de cantos e lombadas de couro. Escrevia neles com amor lançamentos complicados, e gastava quinze minutos para abrir um título, em letras grandes e curvas, um pouco trêmulas, as iniciais cheias de enfeites. 

  - Entende muito, continuou. E embora eu não concorde integralmente com o método que preconiza, reconheço que poderá, querendo, encarregar-se da escrita.

  - Obrigada.

  - Não há de quê. A excelentíssima conhece a matéria e tem caligrafia. Eu sou uma ruína. Qualquer dia destes ... 

Graciliano Ramos, São Bernardo. 

As informações contidas no texto, consideradas no contexto de São Bernardo, indicam como importante coordenada histórico-social dessa obra o processo de

Alternativas

ID
2241826
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

    - A excelentíssima, declarou Seu Ribeiro, entende de escrituração.   

    Seu Ribeiro morava aqui, trabalhava comigo, mas não gostava de mim. Creio que não gostava de ninguém. Tudo nele se voltava para o lugarejo que se transformou em cidade e que tinha, há meio século, bolandeira, terços, candeias de azeite e adivinhações em noites de São João. Com mais de setenta anos, andava a pé, de preferência pelas veredas. E só falava ao telefone constrangido. Odiava a época em que vivia, mas tirava-se de dificuldades empregando uns modos cerimoniosos e expressões que hoje não se usam. O reduzido calor que ainda guardava servia para aquecer aqueles livros grossos, de cantos e lombadas de couro. Escrevia neles com amor lançamentos complicados, e gastava quinze minutos para abrir um título, em letras grandes e curvas, um pouco trêmulas, as iniciais cheias de enfeites. 

  - Entende muito, continuou. E embora eu não concorde integralmente com o método que preconiza, reconheço que poderá, querendo, encarregar-se da escrita.

  - Obrigada.

  - Não há de quê. A excelentíssima conhece a matéria e tem caligrafia. Eu sou uma ruína. Qualquer dia destes ... 

Graciliano Ramos, São Bernardo. 

Considere as seguintes comparações:

A personagem seu Ribeiro, tal como aparece no texto, e a célebre personagem José Dias, de Dom Casmurro, de Machado de Assis,

I têm, ambas, a mania do superlativo, que empregam como modo de compensar imaginariamente a condição subalterna e a dificuldade para formar juízo autônomo;

II diferenciam-se, na medida em que seu Ribeiro é um empregado assalariado, ao passo que José Dias é um agregado e, como tal, inteiramente dependente do favor dos proprietários;

III valem-se igualmente da bajulação ou do elogio desprovido de fundamento real e de sinceridade, como meio de alcançar as boas graças dos proprietários.


Está correto o que se afirma em

Alternativas

ID
2241829
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

    - A excelentíssima, declarou Seu Ribeiro, entende de escrituração.   

    Seu Ribeiro morava aqui, trabalhava comigo, mas não gostava de mim. Creio que não gostava de ninguém. Tudo nele se voltava para o lugarejo que se transformou em cidade e que tinha, há meio século, bolandeira, terços, candeias de azeite e adivinhações em noites de São João. Com mais de setenta anos, andava a pé, de preferência pelas veredas. E só falava ao telefone constrangido. Odiava a época em que vivia, mas tirava-se de dificuldades empregando uns modos cerimoniosos e expressões que hoje não se usam. O reduzido calor que ainda guardava servia para aquecer aqueles livros grossos, de cantos e lombadas de couro. Escrevia neles com amor lançamentos complicados, e gastava quinze minutos para abrir um título, em letras grandes e curvas, um pouco trêmulas, as iniciais cheias de enfeites. 

  - Entende muito, continuou. E embora eu não concorde integralmente com o método que preconiza, reconheço que poderá, querendo, encarregar-se da escrita.

  - Obrigada.

  - Não há de quê. A excelentíssima conhece a matéria e tem caligrafia. Eu sou uma ruína. Qualquer dia destes ... 

Graciliano Ramos, São Bernardo. 

Dado que a narrativa presente no texto de São Bernardo é de tipo realista (no sentido de que tem como ponto de partida a figuração e a análise de realidades observáveis, da esfera do real), a modalidade narrativa que a ela se contrapõe mais frontalmente é a dominante em

Alternativas

ID
2241832
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

    - A excelentíssima, declarou Seu Ribeiro, entende de escrituração.   

    Seu Ribeiro morava aqui, trabalhava comigo, mas não gostava de mim. Creio que não gostava de ninguém. Tudo nele se voltava para o lugarejo que se transformou em cidade e que tinha, há meio século, bolandeira, terços, candeias de azeite e adivinhações em noites de São João. Com mais de setenta anos, andava a pé, de preferência pelas veredas. E só falava ao telefone constrangido. Odiava a época em que vivia, mas tirava-se de dificuldades empregando uns modos cerimoniosos e expressões que hoje não se usam. O reduzido calor que ainda guardava servia para aquecer aqueles livros grossos, de cantos e lombadas de couro. Escrevia neles com amor lançamentos complicados, e gastava quinze minutos para abrir um título, em letras grandes e curvas, um pouco trêmulas, as iniciais cheias de enfeites. 

  - Entende muito, continuou. E embora eu não concorde integralmente com o método que preconiza, reconheço que poderá, querendo, encarregar-se da escrita.

  - Obrigada.

  - Não há de quê. A excelentíssima conhece a matéria e tem caligrafia. Eu sou uma ruína. Qualquer dia destes ... 

Graciliano Ramos, São Bernardo. 

Na frase “E embora eu não concorde integralmente com o método que preconiza”, os termos sublinhados podem ser substituídos, sem alteração de sentido, por: 

Alternativas

ID
2241835
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

  Em uma outra casinha do cortiço acabava de estalar uma nova sobremesa, engrossando o barulho geral: era o jantar de um grupo de italianos mascates, onde o Delporto, o Pompeo, o Francesco e o Andrea representavam as principais figuras. Todos eles cantavam em coro, mais afinados que nas outras duas casas; quase, porém, que se lhes não podia ouvir as vozes, tantas e tão estrondosas eram as pragas que soltavam ao mesmo tempo. De quando em quando, de entre o grosso e macho vozear dos homens, esguichava um falsete feminino, tão estridente que provocava réplica aos papagaios e aos perus da vizinhança. E, daqui e dali, iam rebentando novas algazarras em grupos formados cá e lá pela estalagem. Havia nos operários e nos trabalhadores decidida disposição para pandegar, para aproveitar bem, até ao fim, aquele dia de folga. A casa de pasto fermentava revolucionada, como um estômago de bêbado depois de grande bródio, e arrotava sobre o pátio uma baforada quente e ruidosa que entontecia. 

Aluísio Azevedo, O cortiço.

Bastante notável no texto, a grande quantidade de anotações oriundas da percepção dos sentidos (no caso, sobretudo o da audição), constitui

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Comentários
  • No naturalismo, tem-se que o homem é um produto da sua raça, natureza e de suas interações. Numa época onde a ciência se contrapunha ao achismo, usando da observação como instrumento para chegar ao conhecimento científico , o naturalismo se baseava em conhecimentos empíricos voltado para o positivismo de Augusto Comte.

    Em suma, a observação do homem , revelava o lado animalesco do mesmo e não o lado idealizado e subjetivo do romantismo.

    LETRA D


ID
2241838
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

  Em uma outra casinha do cortiço acabava de estalar uma nova sobremesa, engrossando o barulho geral: era o jantar de um grupo de italianos mascates, onde o Delporto, o Pompeo, o Francesco e o Andrea representavam as principais figuras. Todos eles cantavam em coro, mais afinados que nas outras duas casas; quase, porém, que se lhes não podia ouvir as vozes, tantas e tão estrondosas eram as pragas que soltavam ao mesmo tempo. De quando em quando, de entre o grosso e macho vozear dos homens, esguichava um falsete feminino, tão estridente que provocava réplica aos papagaios e aos perus da vizinhança. E, daqui e dali, iam rebentando novas algazarras em grupos formados cá e lá pela estalagem. Havia nos operários e nos trabalhadores decidida disposição para pandegar, para aproveitar bem, até ao fim, aquele dia de folga. A casa de pasto fermentava revolucionada, como um estômago de bêbado depois de grande bródio, e arrotava sobre o pátio uma baforada quente e ruidosa que entontecia. 

Aluísio Azevedo, O cortiço.

A crítica literária costuma observar que, em O cortiço, considerado como um todo, ocorre uma espécie de ampla personificação, na medida em que, convertido em um único ente, o próprio cortiço figurado na obra seria sua personagem principal. Esse mesmo processo de personificação ocorre, em escala menor, no seguinte trecho do texto: 

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Comentários
  • LETRA e) “A casa de pasto fermentava revolucionada, como um estômago de bêbado depois de grande bródio, e arrotava sobre o pátio uma baforada quente e ruidosa que entontecia.”

    Há uma personificação da casa, nesse trecho, a casa é como se fosse um personagem com características próprias, como por exemplo : "fermentava revolucionada"> o verbo nos da a idéia que a casa tem vida própria


ID
2241841
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

  Em uma outra casinha do cortiço acabava de estalar uma nova sobremesa, engrossando o barulho geral: era o jantar de um grupo de italianos mascates, onde o Delporto, o Pompeo, o Francesco e o Andrea representavam as principais figuras. Todos eles cantavam em coro, mais afinados que nas outras duas casas; quase, porém, que se lhes não podia ouvir as vozes, tantas e tão estrondosas eram as pragas que soltavam ao mesmo tempo. De quando em quando, de entre o grosso e macho vozear dos homens, esguichava um falsete feminino, tão estridente que provocava réplica aos papagaios e aos perus da vizinhança. E, daqui e dali, iam rebentando novas algazarras em grupos formados cá e lá pela estalagem. Havia nos operários e nos trabalhadores decidida disposição para pandegar, para aproveitar bem, até ao fim, aquele dia de folga. A casa de pasto fermentava revolucionada, como um estômago de bêbado depois de grande bródio, e arrotava sobre o pátio uma baforada quente e ruidosa que entontecia. 

Aluísio Azevedo, O cortiço.

Para dar ideia, de maneira mais precisa, da agitação da cena descrita, o narrador se vale do uso reiterado de verbos que expressam ______________________ da ação e de adjetivos de significação ____________________.

As lacunas dessa frase podem ser corretamente preenchidas pelas palavras

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ID
2241844
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Nova canção do exílio


Um sabiá

na palmeira, longe.

Estas aves cantam

um outro canto.


O céu cintila

sobre flores úmidas.

Vozes na mata,

e o maior amor.


Só, na noite,

seria feliz:

um sabiá,

na palmeira, longe.


Onde é tudo belo

e fantástico,

só, na noite,

seria feliz.

(Um sabiá,

na palmeira, longe.)


Ainda um grito de vida e

voltar

para onde é tudo belo

e fantástico:

palmeira, o sabiá,

o longe. 


Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo.

O sentido do poema depende, em boa medida, do reconhecimento de que, em sua composição, o autor se vale de uma relação intertextual com a “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias. O que viabiliza a escolha do poema gonçalvino como referência intertextual é, em primeiro lugar, o fato de ele ser

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Comentários
  • GABARITO - B) UM DOS TEXTOS MAIS AMPLAMENTE CONHECIDOS DA LITERATURA BRASILEIRA.

  • Não há duvidas que a Canção do Exílio é um dos textos mais conhecidos da nossa literatura, uma vez que o mesmo se encontra parafraseado no Hino Nacional e remete o caráter ufanista do primeiro movimento propriamente patriótico/ nacional .

    LETRA B

    APMBB


ID
2241847
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Nova canção do exílio


Um sabiá

na palmeira, longe.

Estas aves cantam

um outro canto.


O céu cintila

sobre flores úmidas.

Vozes na mata,

e o maior amor.


Só, na noite,

seria feliz:

um sabiá,

na palmeira, longe.


Onde é tudo belo

e fantástico,

só, na noite,

seria feliz.

(Um sabiá,

na palmeira, longe.)


Ainda um grito de vida e

voltar

para onde é tudo belo

e fantástico:

palmeira, o sabiá,

o longe. 


Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo.

Da “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias, o poema de Drummond conserva, sobretudo,

Alternativas

ID
2241895
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Sem dúvida, podemos afirmar que após uma fase A de crescimento econômico (1200-1316) a Europa Ocidental entrou numa fase B depressiva, que se estenderia até fins do século XV no sul e princípios do XVI no centro e no norte.

FRANCO JÚNIOR, H. A Idade Média. Nascimento do Ocidente. 2a ed., São Paulo: Brasiliense, 2001, p. 46.


A respeito da situação de retração econômica apontada pelo autor, é correto afirmar que

Alternativas

ID
2241898
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

  Cresce entre muitos o erro perniciosíssimo de que o valor da Escritura decorre da vontade da Igreja, como se dependesse do arbítrio humano a eternal e inviolável verdade de Deus, pois, com grande desprezo pelo Espírito Santo, perguntam: quem nos fará crer que provém de Deus? Como nos certificamos de que chegou salva e intacta aos nossos dias? Quem pode nos persuadir de que este livro deve ser recebido com reverência e outro expurgado? Exceto que, acerca disso, a regra seja prescrita pela Igreja? 

CALVINO, J. A instituição da religião cristã. Trad.: Editora Unesp, São Paulo:2007, tomo I, p. 71. 


O texto acima refere-se 

Alternativas
Comentários
  • Calvino no texto critica o fato da igreja ter total "monopolio" do conhecimento da Biblia, pois essa era em latim antes de ser traduzida

  • O texto em nenhum momento fala de livre arbitrio. Mas fala, sim, do monopólio da Igreja.

  • Um dos fundamentos da reforma protestante era que a autoridade suprema que deveria conduzir as pessoas seriam as Escrituras, ao contrário da encíclica papal e as tradições católicas. Além disso, a reforma trás a ideia de livre exame ou livre interpretação, ou seja, qualquer pessoa poderia ler e interpretar as Escrituras.
  • De acordo com a doutrina criada por João Calvino, a salvação só seria possível se houvesse fé. Esse era um dos pontos mais contrários aos da igreja católica, que por sua vez defendia o princípio de que era possível comprar o lugar no céu ajudando a doutrina financeiramente.

  • Nesse texto, temos a igreja detentora de todo monopólio sacro e ela mesma sendo a responsável pela difusão do conhecimento das escrituras. Nessa época, as escrituras eram todas em latim e uma pequena parcela da elite tinha acesso a ela, tal elite religiosa poderia difundir aquilo que quisesse- como as indulgências-.

    LETRA D

    APMBB


ID
2241904
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

  A Revolução de 1930 põe fim à hegemonia da burguesia do café, desenlace inscrito na própria forma de inserção do Brasil no sistema capitalista internacional. Sem ser um produto mecânico da dependência externa, o episódio revolucionário expressa a necessidade de reajustar a estrutura do país, cujo funcionamento, voltado essencialmente para um único gênero de exportação, se torna cada vez mais precário.

FAUSTO, B. A Revolução de 1930. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 112.

A respeito da Revolução de 1930, é correto afirmar que ela 

Alternativas
Comentários
  • Brasil era grande exportador de café. Com a crise de 29, houve o enfraquecimento da economia paulista. Tudo isso num contexto de rompimento da política do Café com Leite, com a indicação, por Washington Luís, de Júlio Prestes à presidência, ao invés de Antônio Carlos de Andrada "governador" de MG.

  • Resposta correta : "A"

  • ocorreu devido à divisão das oligarquias brasileiras num contexto de enfraquecimento da economia paulista.


ID
2241907
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Nas eleições de 1982, ocorreu um grave escândalo envolvendo a apuração dos votos e a divulgação dos resultados. Esse acontecimento

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  • GABARITO E


ID
2241910
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Nos últimos dois anos, a decisão da OPEP (liderada pela Arábia Saudita) de aumentar a produção de petróleo, fez com que as cotações dessa commodity desabassem de 110 para 30 dólares por barril, aproximadamente.

Sobre as consequências desse fato, assinale V para a afirmação verdadeira e F para a falsa.  

( ) Os novos produtores, como o Brasil, são penalizados, porque a queda dos preços inviabiliza a extração em novas áreas com custos de exploração mais elevados que o preço médio internacional.

( ) As economias dependentes da venda de petróleo como Rússia e Venezuela, aumentam seus lucros, porque os preços baixos estimulam o consumo.

( ) Os países que estão realizando a transição para a energia renovável, como a Alemanha, têm vantagens, porque os preços das fontes alternativas tornam-se competitivos.


As afirmações são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • GAB A

    Sempre que aparecer que a Alemanha e países europeus estão fazendo transição para algo renovável ou sendo a favor do meio ambiente, podem acreditar que está errado. A Europa desmatou tudo. Só agora que eles estão voltando a se importar com isso minimamente porque os partidos "verdes" estão tomando espaço lá. É o caso das brigas de Bolsonaro e Macron, por exemplo.


ID
2241919
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

  No continente europeu, a lógica das economias nacionais presidiu a implantação da atividade industrial. Ao longo do século XIX, grandes aglomerações industriais se desenvolveram, na maioria das vezes, polarizadas pela presença de complexos siderúrgicos. 

(...)

  A integração econômica definida pelo Tratado de Maastricht promoveu uma profunda reestruturação espacial da indústria europeia.

(Adaptado de TERRA, Lygiae outros. Conexões. Ed. Moderna. São Paulo. 2010). 

Sobre as mudanças observadas na organização espacial da indústria europeia, analise as afirmações a seguir.

I Os complexos siderúrgicos tendem a se deslocar para as áreas que enfrentam um processo de desindustrialização, com o objetivo de valorizar seus fatores internos.

II As empresas tendem a traçar novas estratégias locacionais, visando a atender às necessidades de um mercado consumidor multinacional.

III As empresas de capital intensivo surgidas nas últimas décadas tendem a renovar as bacias carboníferas, graças às possibilidades de geração de energia renovável.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

     


ID
2241922
Banca
FGV
Órgão
FGV
Ano
2016
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Em um debate sobre a expansão do agronegócio na Região Centro-Oeste, um agricultor afirmou: - Eu não compro terra; eu compro clima!
Considerando-se a frase em destaque, é correto afirmar que o agricultor

Alternativas
Comentários
  • A ação antrópica modifica a natureza de acordo com a necessidade do homem ( neste caso, regulagem do solo), mas há certas coisas denominadas fenômenos naturais: como o clima, que ele não têm o controle, embora possa interferir poluindo.

    LETRA C

    APMBB

  • A) depende de condições estáveis, como a qualidade dos solos, mas não tem como interferir nas condições ambientais constantes, como a chuva e a temperatura. - A qualidade dos solos não é estável, tendo em vista que pode ser alterada de diversas maneiras como lixiviação ou fertilização.

    B) pode atuar sobre os fatores que definem as condições climáticas, como, por exemplo, alterar os efeitos da latitude, mas não tem como modificar as propriedades dos solos. - O homem não pode alterar tais coisas, o que ele pode fazer é escolher um local que tenha altitude adequada ao que ele quer.

    C) pode modificar as propriedades do solo mediante o emprego de insumos químicos, mas é dependente das condições climáticas, como, por exemplo, do regime de chuvas.

    D) não tem como mudar a influência do relevo e do solo sobre a atividade agrícola, mas pode alterar a influência da altitude sobre o ciclo de crescimento das plantas. - O homem pode alterar o relevo e também o solo.

    E) pode interferir nas condições naturais, tanto adequando o clima às necessidades do cultivo quanto ajustando a fertilidade do solo às exigências de nutrientes da planta. - A parte 2 está correta pois o homem pode ajustar a fertilidade de alguns tipos de solo, pois os solos mais brancos (são inférteis) e os solos salinos também. O homem também não pode adequar o clima, ele pode se adequar ao clima.