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Prova IDECAN - 2016 - Prefeitura de Leopoldina - MG - Professor de Educação Básica III - Língua Portuguesa


ID
3344821
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Paciência de Jó

Nesses tempos modernos, andamos muito impacientes.

    Durante os anos que passei fora do Brasil, comunicava-me por cartas. Toda noite, sentava na minha escrivaninha e colocava a correspondência em dia. Ia até altas horas respondendo uma a uma, aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.

     Depois de colocada no correio, uma carta levava de sete a dez dias pra chegar ao Brasil. Se a pessoa respondesse na hora, eram mais sete a dez dias pra chegar até Paris. E eu esperava, pacientemente.

     Todo dia, acordava de madrugada para ir trabalhar. Meu trabalho era preparar o café da manhã para um batalhão de estudantes num restaurante universitário. Quando voltava pra casa, a primeira coisa que fazia era bater os olhos na caixa de cartas que ficava na portaria do meu prédio. Ela tinha quatro furos na parte inferior e, de longe, já dava pra enxergar se haviam chegado envelopes verde-amarelos.

      Era um tempo em que não havia internet, não havia Skype, não havia WhatsApp, e-mail e um telefonema DDD custava os olhos da cara.

       Lembro-me bem que quando o meu primeiro filho nasceu, poucas horas depois dei a primeira clicada no seu rostinho com uma Pentax Trip 33. Levei o filme pra revelar numa loja que ficava na Rue Soufflot e esperei cinco dias úteis para que as fotos ficassem prontas.

      Fotografias na mão, coloquei dentro de um envelope pardo e despachei, pelo correio, pros meus pais, em Belo Horizonte. Quando eles abriram e viram o Julião pela primeira vez, o menino já tinha mais de vinte dias. Eles esperaram pacientemente a hora de ver a carinha do neto francês, uma grande novidade na família.

       O meu pai vivia dizendo que, para levar a vida, era preciso ter uma paciência de Jó. Um dia, fui lá na Bíblia da minha mãe saber quem era o tal Jó.

       Fiquei sabendo que, além de ser o mais paciente da turma, Jó tinha sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de boi e quinhentas jumentas. Imagine que só pra contar essa bicharada, é preciso mesmo ter uma paciência de Jó.

       Ninguém tem mais paciência pra nada nesses tempos modernos. Se nos anos 70 eu esperava vinte dias a resposta de uma carta, hoje, se alguém não me responde um e-mail em segundos, já começo a perder a paciência.

       Aqui em casa, a nossa empregada coloca qualquer coisa 30 segundos no micro-ondas, e fica lá com a mão na porta, impaciente, contando nos dedos a hora de apitar. No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes.

      Sem contar o carro de trás que sempre buzina assim que o sinal fica verde, o motorista que começa a acelerar quando percebe que já passaram os minutos e que o sinal já vai sair do vermelho e aquele que passa na sua frente e enfia o carro na vaga do shopping porque não tem paciência de ficar procurando um lugar pra estacionar.

        Isso, sem contar que, no restaurante, quando alguém pede uma coca ao garçom e ele demora mais de um minuto, a gente sempre ouve um... “acho que ele esqueceu!”

       Sinto que muitas pessoas não têm mais paciência pra ler um texto com mais de cinco linhas. Se você chegou até aqui, considero uma vitória!

        Já percebeu que ninguém tem mais paciência de sentar-se na poltrona para ouvir música, pra procurar as três Marias no céu, pra plantar um grão de feijão no algodão e esperar ele crescer. Ninguém tem saco nem mesmo pra jogar paciência.

       Já se foi o tempo em que tínhamos paciência até para decorar latim. Quem não se lembra do famoso Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia mostra? Que, em bom português, quer dizer Até quando abusarás, Catilina, da nossa paciência?

(Alberto Villas. Carta Capital, 24 de abril de 2016.)

Dentre os recursos coesivos utilizados no texto está a retomada de elementos já mencionados, nas alternativas a seguir apresentam-se elementos destacados que são exemplos de tal estratégia, com EXCEÇÃO de:

Alternativas
Comentários
  • D)“[...] quando percebe que já passaram os minutos e que o sinal já vai sair do vermelho [...]” (12º§)

    A conjunção quando não está retomando nenhum elemento, apenas está introduzindo uma oração subordinada adverbial temporal.

    GABARITO. D

  • GABARITO: LETRA D

    ? ?[...] quando percebe que já passaram os minutos e que o sinal já vai sair do vermelho [...]? (12º§)

    ? Temos uma conjunção subordinativa temporal, ela não faz retomada a nenhum termo mencionado anteriormente.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A questão é sobre coesão textual e quer saber qual das palavras destacadas abaixo NÃO retoma um elemento já mencionado. Vejamos: 

     .

    A) “[...] eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes.” (11º§)

    Certo. "Eles" retoma "moradores": "No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes".

     .

    B) “Sem contar o carro de trás que sempre buzina assim que o sinal fica verde, [...]” (12º§)

    Certo. "Que", nesse caso, é pronome relativo, retoma "carro de trás" e equivale a "o qual".

     .

    C) “Imagine que só pra contar essa bicharada, é preciso mesmo ter uma paciência de Jó.” (8º§)

    Certo. "Essa bicharada" retoma os animais citados: "Fiquei sabendo que, além de ser o mais paciente da turma, Jó tinha sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de boi e quinhentas jumentas. Imagine que só pra contar essa bicharada, é preciso mesmo ter uma paciência de Jó".

     .

    D) “[...] quando percebe que já passaram os minutos e que o sinal já vai sair do vermelho [...]” (12º§)

    Errado. "Quando" não retoma nada; é apenas uma conjunção subordinativa adverbial temporal e liga as orações.

     .

    Gabarito: Letra D

  • Acrescentando:

    O que = Pronome relativo

    retoma o que foi expresso anteriormente, já expressado(s), ou seja, o(s) antecedente(s).

    Para identificá-lo: Troque o " que" por " qual (Ais )".

    Bons estudos!


ID
3344824
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Paciência de Jó

Nesses tempos modernos, andamos muito impacientes.

    Durante os anos que passei fora do Brasil, comunicava-me por cartas. Toda noite, sentava na minha escrivaninha e colocava a correspondência em dia. Ia até altas horas respondendo uma a uma, aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.

     Depois de colocada no correio, uma carta levava de sete a dez dias pra chegar ao Brasil. Se a pessoa respondesse na hora, eram mais sete a dez dias pra chegar até Paris. E eu esperava, pacientemente.

     Todo dia, acordava de madrugada para ir trabalhar. Meu trabalho era preparar o café da manhã para um batalhão de estudantes num restaurante universitário. Quando voltava pra casa, a primeira coisa que fazia era bater os olhos na caixa de cartas que ficava na portaria do meu prédio. Ela tinha quatro furos na parte inferior e, de longe, já dava pra enxergar se haviam chegado envelopes verde-amarelos.

      Era um tempo em que não havia internet, não havia Skype, não havia WhatsApp, e-mail e um telefonema DDD custava os olhos da cara.

       Lembro-me bem que quando o meu primeiro filho nasceu, poucas horas depois dei a primeira clicada no seu rostinho com uma Pentax Trip 33. Levei o filme pra revelar numa loja que ficava na Rue Soufflot e esperei cinco dias úteis para que as fotos ficassem prontas.

      Fotografias na mão, coloquei dentro de um envelope pardo e despachei, pelo correio, pros meus pais, em Belo Horizonte. Quando eles abriram e viram o Julião pela primeira vez, o menino já tinha mais de vinte dias. Eles esperaram pacientemente a hora de ver a carinha do neto francês, uma grande novidade na família.

       O meu pai vivia dizendo que, para levar a vida, era preciso ter uma paciência de Jó. Um dia, fui lá na Bíblia da minha mãe saber quem era o tal Jó.

       Fiquei sabendo que, além de ser o mais paciente da turma, Jó tinha sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de boi e quinhentas jumentas. Imagine que só pra contar essa bicharada, é preciso mesmo ter uma paciência de Jó.

       Ninguém tem mais paciência pra nada nesses tempos modernos. Se nos anos 70 eu esperava vinte dias a resposta de uma carta, hoje, se alguém não me responde um e-mail em segundos, já começo a perder a paciência.

       Aqui em casa, a nossa empregada coloca qualquer coisa 30 segundos no micro-ondas, e fica lá com a mão na porta, impaciente, contando nos dedos a hora de apitar. No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes.

      Sem contar o carro de trás que sempre buzina assim que o sinal fica verde, o motorista que começa a acelerar quando percebe que já passaram os minutos e que o sinal já vai sair do vermelho e aquele que passa na sua frente e enfia o carro na vaga do shopping porque não tem paciência de ficar procurando um lugar pra estacionar.

        Isso, sem contar que, no restaurante, quando alguém pede uma coca ao garçom e ele demora mais de um minuto, a gente sempre ouve um... “acho que ele esqueceu!”

       Sinto que muitas pessoas não têm mais paciência pra ler um texto com mais de cinco linhas. Se você chegou até aqui, considero uma vitória!

        Já percebeu que ninguém tem mais paciência de sentar-se na poltrona para ouvir música, pra procurar as três Marias no céu, pra plantar um grão de feijão no algodão e esperar ele crescer. Ninguém tem saco nem mesmo pra jogar paciência.

       Já se foi o tempo em que tínhamos paciência até para decorar latim. Quem não se lembra do famoso Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia mostra? Que, em bom português, quer dizer Até quando abusarás, Catilina, da nossa paciência?

(Alberto Villas. Carta Capital, 24 de abril de 2016.)

De acordo com as ideias e informações trazidas ao texto, pode-se afirmar que o autor, principalmente:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Apresenta fatos do cotidiano a partir de um ponto de vista particular com a intenção de propiciar ao leitor reflexão acerca da questão apresentada.

    ? Fatos do cotidiano: No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes; Sem contar o carro de trás que sempre buzina assim que o sinal fica verde, o motorista que começa a acelerar quando percebe que já passaram os minutos e que o sinal já vai sair do vermelho e aquele que passa na sua frente e enfia o carro na vaga do shopping porque não tem paciência de ficar procurando um lugar pra estacionar.

    ? Reflexão proposta, momento em que o autor nos convida a pensar, a refletir: Já percebeu que ninguém tem mais paciência de sentar-se na poltrona para ouvir música, pra procurar as três Marias no céu, pra plantar um grão de feijão no algodão e esperar ele crescer. Ninguém tem saco nem mesmo pra jogar paciência.

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ID
3344827
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Paciência de Jó

Nesses tempos modernos, andamos muito impacientes.

    Durante os anos que passei fora do Brasil, comunicava-me por cartas. Toda noite, sentava na minha escrivaninha e colocava a correspondência em dia. Ia até altas horas respondendo uma a uma, aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.

     Depois de colocada no correio, uma carta levava de sete a dez dias pra chegar ao Brasil. Se a pessoa respondesse na hora, eram mais sete a dez dias pra chegar até Paris. E eu esperava, pacientemente.

     Todo dia, acordava de madrugada para ir trabalhar. Meu trabalho era preparar o café da manhã para um batalhão de estudantes num restaurante universitário. Quando voltava pra casa, a primeira coisa que fazia era bater os olhos na caixa de cartas que ficava na portaria do meu prédio. Ela tinha quatro furos na parte inferior e, de longe, já dava pra enxergar se haviam chegado envelopes verde-amarelos.

      Era um tempo em que não havia internet, não havia Skype, não havia WhatsApp, e-mail e um telefonema DDD custava os olhos da cara.

       Lembro-me bem que quando o meu primeiro filho nasceu, poucas horas depois dei a primeira clicada no seu rostinho com uma Pentax Trip 33. Levei o filme pra revelar numa loja que ficava na Rue Soufflot e esperei cinco dias úteis para que as fotos ficassem prontas.

      Fotografias na mão, coloquei dentro de um envelope pardo e despachei, pelo correio, pros meus pais, em Belo Horizonte. Quando eles abriram e viram o Julião pela primeira vez, o menino já tinha mais de vinte dias. Eles esperaram pacientemente a hora de ver a carinha do neto francês, uma grande novidade na família.

       O meu pai vivia dizendo que, para levar a vida, era preciso ter uma paciência de Jó. Um dia, fui lá na Bíblia da minha mãe saber quem era o tal Jó.

       Fiquei sabendo que, além de ser o mais paciente da turma, Jó tinha sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de boi e quinhentas jumentas. Imagine que só pra contar essa bicharada, é preciso mesmo ter uma paciência de Jó.

       Ninguém tem mais paciência pra nada nesses tempos modernos. Se nos anos 70 eu esperava vinte dias a resposta de uma carta, hoje, se alguém não me responde um e-mail em segundos, já começo a perder a paciência.

       Aqui em casa, a nossa empregada coloca qualquer coisa 30 segundos no micro-ondas, e fica lá com a mão na porta, impaciente, contando nos dedos a hora de apitar. No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes.

      Sem contar o carro de trás que sempre buzina assim que o sinal fica verde, o motorista que começa a acelerar quando percebe que já passaram os minutos e que o sinal já vai sair do vermelho e aquele que passa na sua frente e enfia o carro na vaga do shopping porque não tem paciência de ficar procurando um lugar pra estacionar.

        Isso, sem contar que, no restaurante, quando alguém pede uma coca ao garçom e ele demora mais de um minuto, a gente sempre ouve um... “acho que ele esqueceu!”

       Sinto que muitas pessoas não têm mais paciência pra ler um texto com mais de cinco linhas. Se você chegou até aqui, considero uma vitória!

        Já percebeu que ninguém tem mais paciência de sentar-se na poltrona para ouvir música, pra procurar as três Marias no céu, pra plantar um grão de feijão no algodão e esperar ele crescer. Ninguém tem saco nem mesmo pra jogar paciência.

       Já se foi o tempo em que tínhamos paciência até para decorar latim. Quem não se lembra do famoso Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia mostra? Que, em bom português, quer dizer Até quando abusarás, Catilina, da nossa paciência?

(Alberto Villas. Carta Capital, 24 de abril de 2016.)

Considerando o predomínio do uso da norma padrão da língua no texto, considere os comentários referentes ao 1º§ do texto “Durante os anos que passei fora do Brasil, comunicava-me por cartas. Toda noite, sentava na minha escrivaninha e colocava a correspondência em dia. Ia até altas horas respondendo uma a uma, aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.” e assinale o verdadeiro.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? O adjetivo composto ?verde-amarelo? faz o plural com a mesma variação vista em ?castanho-escuro? e ?amarelo-esverdeado?.

     o primeiro adjetivo mantém-se invariável. Só o segundo varia em gênero e número:

    calção verde-amarelo/castanho-escuro/amarelo-esverdeado;

    calções verde-amarelos/castanho-escuros/amarelo-esverdeados;

    blusa verde-amarela/castanho-escura/amarelo-esverdeada;

    ? blusas verde-amarelas/castanho-escuras/amarelo-esverdeadas.

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  • analisando as outras , rapaz!

    "Durante os anos que passei fora do Brasil, comunicava-me por cartas. Toda noite, sentava na minha escrivaninha e colocava a correspondência em dia. Ia até altas horas respondendo uma a uma, aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.” e assinale o verdadeiro."

    A)

    Perceba o seguinte...

    ☛o que chegavam? aquelas cartas..

    o "que" retoma = aquelas cartas ...o nosso "que" está exercendo a função de sujeito...retomando aquelas cartas, logo fica incorreta a substituição pela forma verbal "chegava" Não esqueça que o "que" quando pronome relativo sempre retorna a um termo anterior e também é analisado do ponto de vista sintatico.

    C) O que retoma = Durante os anos .. perceba que este termo exerce função sintática de adjunto adverbial , logo o"que" exerce a função de "adjunto adverbial".

    Na lógica pergunte ao verbo:

    -Quem passou?

    (eu) passei

    D)Na verdade, aqui acontece aquilo que chamamos de presente histórico ou narrativo leia-se; dá vivacidade a fatos ocorridos no passado..ele é mais identificado em fábulas, narrativas..

    ex: em 1881, Machado de Assis escreve .... Não há incorreção gramatical!

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Regra dos Compostos

    A regra geral é: varia-se apenas o ultimo elemento do adjetivo composto, concordando com o termo de valor substantivo ao qual se refere, em gênero e número

    Exemplo: As intervenções medico-cirúrgicas foram um sucesso!

    Se algum elemento do adjetivo composto for um substantivo, todo adjetivo composto fica invariável

    Exemplo: Eram blusas verde-garrafa que ele queria

    Fonte: Gramatica para concursos públicos Fernando Pestana, 3 ed

  • Analisemos letra a letra:

    Letra A - ERRADA - É necessário o emprego da forma plural para que haja concordância com o antecedente "aquelas cartas", que é retomado pelo relativo QUE.

    Letra B - CERTA - Exato! Trata-se de adjetivos compostos formados por dois adjetivos. Nesse caso, flexiona-se apenas o segundo adjetivo: "verde-amarelos", "castanho-escuros" e "amarelo-esverdeados".

    Letra C - ERRADA - O sujeito de "passei" está oculto. Trata-se da 1a pessoa do singular EU.

    Letra D - ERRADA - A forma "passei", flexionada no pretérito perfeito, faz menção a um evento concluído no passado. Não gera, assim, incoerência à construção textual.


ID
3344830
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Paciência de Jó

Nesses tempos modernos, andamos muito impacientes.

    Durante os anos que passei fora do Brasil, comunicava-me por cartas. Toda noite, sentava na minha escrivaninha e colocava a correspondência em dia. Ia até altas horas respondendo uma a uma, aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.

     Depois de colocada no correio, uma carta levava de sete a dez dias pra chegar ao Brasil. Se a pessoa respondesse na hora, eram mais sete a dez dias pra chegar até Paris. E eu esperava, pacientemente.

     Todo dia, acordava de madrugada para ir trabalhar. Meu trabalho era preparar o café da manhã para um batalhão de estudantes num restaurante universitário. Quando voltava pra casa, a primeira coisa que fazia era bater os olhos na caixa de cartas que ficava na portaria do meu prédio. Ela tinha quatro furos na parte inferior e, de longe, já dava pra enxergar se haviam chegado envelopes verde-amarelos.

      Era um tempo em que não havia internet, não havia Skype, não havia WhatsApp, e-mail e um telefonema DDD custava os olhos da cara.

       Lembro-me bem que quando o meu primeiro filho nasceu, poucas horas depois dei a primeira clicada no seu rostinho com uma Pentax Trip 33. Levei o filme pra revelar numa loja que ficava na Rue Soufflot e esperei cinco dias úteis para que as fotos ficassem prontas.

      Fotografias na mão, coloquei dentro de um envelope pardo e despachei, pelo correio, pros meus pais, em Belo Horizonte. Quando eles abriram e viram o Julião pela primeira vez, o menino já tinha mais de vinte dias. Eles esperaram pacientemente a hora de ver a carinha do neto francês, uma grande novidade na família.

       O meu pai vivia dizendo que, para levar a vida, era preciso ter uma paciência de Jó. Um dia, fui lá na Bíblia da minha mãe saber quem era o tal Jó.

       Fiquei sabendo que, além de ser o mais paciente da turma, Jó tinha sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de boi e quinhentas jumentas. Imagine que só pra contar essa bicharada, é preciso mesmo ter uma paciência de Jó.

       Ninguém tem mais paciência pra nada nesses tempos modernos. Se nos anos 70 eu esperava vinte dias a resposta de uma carta, hoje, se alguém não me responde um e-mail em segundos, já começo a perder a paciência.

       Aqui em casa, a nossa empregada coloca qualquer coisa 30 segundos no micro-ondas, e fica lá com a mão na porta, impaciente, contando nos dedos a hora de apitar. No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes.

      Sem contar o carro de trás que sempre buzina assim que o sinal fica verde, o motorista que começa a acelerar quando percebe que já passaram os minutos e que o sinal já vai sair do vermelho e aquele que passa na sua frente e enfia o carro na vaga do shopping porque não tem paciência de ficar procurando um lugar pra estacionar.

        Isso, sem contar que, no restaurante, quando alguém pede uma coca ao garçom e ele demora mais de um minuto, a gente sempre ouve um... “acho que ele esqueceu!”

       Sinto que muitas pessoas não têm mais paciência pra ler um texto com mais de cinco linhas. Se você chegou até aqui, considero uma vitória!

        Já percebeu que ninguém tem mais paciência de sentar-se na poltrona para ouvir música, pra procurar as três Marias no céu, pra plantar um grão de feijão no algodão e esperar ele crescer. Ninguém tem saco nem mesmo pra jogar paciência.

       Já se foi o tempo em que tínhamos paciência até para decorar latim. Quem não se lembra do famoso Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia mostra? Que, em bom português, quer dizer Até quando abusarás, Catilina, da nossa paciência?

(Alberto Villas. Carta Capital, 24 de abril de 2016.)

O significado atribuído às palavras pode ser diferente tendo em vista o contexto no qual estiverem inseridas. A partir de tal pressuposto, sem que haja prejuízo da coerência e sentido textuais apresentados, assinale a proposta adequada de substituição para a palavra ou expressão destacada a seguir.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?[...] um batalhão de estudantes num restaurante universitário.? (3º§) / aglomeração

    ? Lembrando que a questão não pede para que a correção gramatical e a concordância sejam mantidas; "batalhão" (=grande quantidade de coisas ou pessoas; agrupamento, aglomerado, ajuntamento, multidão).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Para quem se confundiu com a assertiva C, o sentido de DELIBERAR: "tomar uma decisão após pensar, analisar ou refletir: deliberou mudar de empresa; deliberou-se a salvar o cão"

  • Vivendo e aprendendo:

    AGLOMERAÇÃO: grande quantidade de coisas ou pessoas; agrupamento, aglomerado, ajuntamento, multidão

  • GABARITO - B

    Um batalhão de estudantes num restaurante universitário (.....)

    -Grande número de pessoas -

    Impacientes - que não se conforma em esperar.

    Irrepreensível - Que não merece censura; que não merece ser repreendido: conduta irrepreensível.


ID
3344833
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Paciência de Jó

Nesses tempos modernos, andamos muito impacientes.

    Durante os anos que passei fora do Brasil, comunicava-me por cartas. Toda noite, sentava na minha escrivaninha e colocava a correspondência em dia. Ia até altas horas respondendo uma a uma, aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.

     Depois de colocada no correio, uma carta levava de sete a dez dias pra chegar ao Brasil. Se a pessoa respondesse na hora, eram mais sete a dez dias pra chegar até Paris. E eu esperava, pacientemente.

     Todo dia, acordava de madrugada para ir trabalhar. Meu trabalho era preparar o café da manhã para um batalhão de estudantes num restaurante universitário. Quando voltava pra casa, a primeira coisa que fazia era bater os olhos na caixa de cartas que ficava na portaria do meu prédio. Ela tinha quatro furos na parte inferior e, de longe, já dava pra enxergar se haviam chegado envelopes verde-amarelos.

      Era um tempo em que não havia internet, não havia Skype, não havia WhatsApp, e-mail e um telefonema DDD custava os olhos da cara.

       Lembro-me bem que quando o meu primeiro filho nasceu, poucas horas depois dei a primeira clicada no seu rostinho com uma Pentax Trip 33. Levei o filme pra revelar numa loja que ficava na Rue Soufflot e esperei cinco dias úteis para que as fotos ficassem prontas.

      Fotografias na mão, coloquei dentro de um envelope pardo e despachei, pelo correio, pros meus pais, em Belo Horizonte. Quando eles abriram e viram o Julião pela primeira vez, o menino já tinha mais de vinte dias. Eles esperaram pacientemente a hora de ver a carinha do neto francês, uma grande novidade na família.

       O meu pai vivia dizendo que, para levar a vida, era preciso ter uma paciência de Jó. Um dia, fui lá na Bíblia da minha mãe saber quem era o tal Jó.

       Fiquei sabendo que, além de ser o mais paciente da turma, Jó tinha sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de boi e quinhentas jumentas. Imagine que só pra contar essa bicharada, é preciso mesmo ter uma paciência de Jó.

       Ninguém tem mais paciência pra nada nesses tempos modernos. Se nos anos 70 eu esperava vinte dias a resposta de uma carta, hoje, se alguém não me responde um e-mail em segundos, já começo a perder a paciência.

       Aqui em casa, a nossa empregada coloca qualquer coisa 30 segundos no micro-ondas, e fica lá com a mão na porta, impaciente, contando nos dedos a hora de apitar. No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes.

      Sem contar o carro de trás que sempre buzina assim que o sinal fica verde, o motorista que começa a acelerar quando percebe que já passaram os minutos e que o sinal já vai sair do vermelho e aquele que passa na sua frente e enfia o carro na vaga do shopping porque não tem paciência de ficar procurando um lugar pra estacionar.

        Isso, sem contar que, no restaurante, quando alguém pede uma coca ao garçom e ele demora mais de um minuto, a gente sempre ouve um... “acho que ele esqueceu!”

       Sinto que muitas pessoas não têm mais paciência pra ler um texto com mais de cinco linhas. Se você chegou até aqui, considero uma vitória!

        Já percebeu que ninguém tem mais paciência de sentar-se na poltrona para ouvir música, pra procurar as três Marias no céu, pra plantar um grão de feijão no algodão e esperar ele crescer. Ninguém tem saco nem mesmo pra jogar paciência.

       Já se foi o tempo em que tínhamos paciência até para decorar latim. Quem não se lembra do famoso Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia mostra? Que, em bom português, quer dizer Até quando abusarás, Catilina, da nossa paciência?

(Alberto Villas. Carta Capital, 24 de abril de 2016.)

Em “No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes.” (11º§) não haveria prejuízo das informações apresentadas caso fosse feita a seguinte paráfrase:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? ?No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes.?

    ? No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende e mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes ? observa-se que a conjunção coordenativa adversativa "mas" foi substituída pela conjunção "e" (=o valor de adversidade é mantido).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Na frase original percebe-se a clara ideia de adversidade. E a única alternativa que possuí essa ideia de adversidade é a alternativa da letra D.

    A) Ideia de tempo;

    B) A ideia é de que a luz acende mesmo eles apertando novamente;

    C) A ideia é de que os moradores apertam o botão novamente porque a luz acende;

    D) Mesma ideia da frase original.

  • Gabarito D ✔️

    Pessoal ,nesse caso é interessante organizar as ideias !

    1º o fato acontece no elevador do meu prédio

     os moradores apertam o botão

    a luzinha acende

    voltam lá umas três vezes e apertam de novo

    No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende e mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes.

  • Na letra D) fiquei refletindo sobre este 'e' que substituiu o 'mas', ele manteve a ideia adversativa... acho que por está junto ao 'mesmo assim' (e mesmo assim,)...

    se o 'e' tivesse sido precedido de vírgula, como ocorre com o 'mas' no enunciado (...acende e, mesmo assim, eles...) mudaria o sentido para adição e a alternativa estaria errada.


ID
3344836
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Paciência de Jó

Nesses tempos modernos, andamos muito impacientes.

    Durante os anos que passei fora do Brasil, comunicava-me por cartas. Toda noite, sentava na minha escrivaninha e colocava a correspondência em dia. Ia até altas horas respondendo uma a uma, aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.

     Depois de colocada no correio, uma carta levava de sete a dez dias pra chegar ao Brasil. Se a pessoa respondesse na hora, eram mais sete a dez dias pra chegar até Paris. E eu esperava, pacientemente.

     Todo dia, acordava de madrugada para ir trabalhar. Meu trabalho era preparar o café da manhã para um batalhão de estudantes num restaurante universitário. Quando voltava pra casa, a primeira coisa que fazia era bater os olhos na caixa de cartas que ficava na portaria do meu prédio. Ela tinha quatro furos na parte inferior e, de longe, já dava pra enxergar se haviam chegado envelopes verde-amarelos.

      Era um tempo em que não havia internet, não havia Skype, não havia WhatsApp, e-mail e um telefonema DDD custava os olhos da cara.

       Lembro-me bem que quando o meu primeiro filho nasceu, poucas horas depois dei a primeira clicada no seu rostinho com uma Pentax Trip 33. Levei o filme pra revelar numa loja que ficava na Rue Soufflot e esperei cinco dias úteis para que as fotos ficassem prontas.

      Fotografias na mão, coloquei dentro de um envelope pardo e despachei, pelo correio, pros meus pais, em Belo Horizonte. Quando eles abriram e viram o Julião pela primeira vez, o menino já tinha mais de vinte dias. Eles esperaram pacientemente a hora de ver a carinha do neto francês, uma grande novidade na família.

       O meu pai vivia dizendo que, para levar a vida, era preciso ter uma paciência de Jó. Um dia, fui lá na Bíblia da minha mãe saber quem era o tal Jó.

       Fiquei sabendo que, além de ser o mais paciente da turma, Jó tinha sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de boi e quinhentas jumentas. Imagine que só pra contar essa bicharada, é preciso mesmo ter uma paciência de Jó.

       Ninguém tem mais paciência pra nada nesses tempos modernos. Se nos anos 70 eu esperava vinte dias a resposta de uma carta, hoje, se alguém não me responde um e-mail em segundos, já começo a perder a paciência.

       Aqui em casa, a nossa empregada coloca qualquer coisa 30 segundos no micro-ondas, e fica lá com a mão na porta, impaciente, contando nos dedos a hora de apitar. No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes.

      Sem contar o carro de trás que sempre buzina assim que o sinal fica verde, o motorista que começa a acelerar quando percebe que já passaram os minutos e que o sinal já vai sair do vermelho e aquele que passa na sua frente e enfia o carro na vaga do shopping porque não tem paciência de ficar procurando um lugar pra estacionar.

        Isso, sem contar que, no restaurante, quando alguém pede uma coca ao garçom e ele demora mais de um minuto, a gente sempre ouve um... “acho que ele esqueceu!”

       Sinto que muitas pessoas não têm mais paciência pra ler um texto com mais de cinco linhas. Se você chegou até aqui, considero uma vitória!

        Já percebeu que ninguém tem mais paciência de sentar-se na poltrona para ouvir música, pra procurar as três Marias no céu, pra plantar um grão de feijão no algodão e esperar ele crescer. Ninguém tem saco nem mesmo pra jogar paciência.

       Já se foi o tempo em que tínhamos paciência até para decorar latim. Quem não se lembra do famoso Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia mostra? Que, em bom português, quer dizer Até quando abusarás, Catilina, da nossa paciência?

(Alberto Villas. Carta Capital, 24 de abril de 2016.)

Em “Se a pessoa respondesse na hora, eram mais sete a dez dias pra chegar até Paris.” (2º§), caso fosse acrescentado “a” após “até”, não haveria acento indicador de crase. O que, por ser facultativo o seu uso, poderia ser empregado em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? A questão ficou um pouco difícil de entender, mas ela quer uma alternativa em que o acento indicador de crase seja facultativo:

    ? ele disse que iria até à festa para prestar-lhe homenagem ? após a preposição "até" a crase é facultativa, pode ocorrer o acento grave ou não (=até a festa OU até à festa "preposição "a" + artigo definido "a").

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Crase facultativa : antes de pronomes possessivos femininos ,depois de até e antes de nomes próprios femininos .

  • a B também é facultativo.

  • Enunciado confuso

    Ele disse que iria até à festa para prestar-lhe homenagem - Depois de ''até'' o uso da crase é facultativo

    GAB D

  • Acertei a questão, mas achei muito mal formulada.

  • COMPLEMENTANDO...

    Olha essa frase! É importante destacar que a crase é obrigatória: “Foi levado ao internato, à cadeia, e (pasmem!) até à penitenciária, durante sua vida.”. Explicando: o até é uma palavra denotativa de inclusão, e a crase ocorre porque levado exige a preposição a + a penitenciária = à penitenciária

    SIGAM: @meto_doconcurseiro

    SONHE,LUTE,CONQUISTE!

  • Sobre a B:

    O emprego da crase é facultativo diante de pronomes possessivos femininos...  [minha(s), tua(s), sua(s), nossa(s), vossa(s)].

  • A banca deu a justificativa e deu a resposta também?

    1. Acertei a questão, pois a banca deu a resposta kkkkk

  • Queria saber o porquê da letra B também não está certa?

  • Fui seco na B, esqueci que é facultativo antes de pronome possessivo feminino.


ID
3344839
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Paciência de Jó

Nesses tempos modernos, andamos muito impacientes.

    Durante os anos que passei fora do Brasil, comunicava-me por cartas. Toda noite, sentava na minha escrivaninha e colocava a correspondência em dia. Ia até altas horas respondendo uma a uma, aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.

     Depois de colocada no correio, uma carta levava de sete a dez dias pra chegar ao Brasil. Se a pessoa respondesse na hora, eram mais sete a dez dias pra chegar até Paris. E eu esperava, pacientemente.

     Todo dia, acordava de madrugada para ir trabalhar. Meu trabalho era preparar o café da manhã para um batalhão de estudantes num restaurante universitário. Quando voltava pra casa, a primeira coisa que fazia era bater os olhos na caixa de cartas que ficava na portaria do meu prédio. Ela tinha quatro furos na parte inferior e, de longe, já dava pra enxergar se haviam chegado envelopes verde-amarelos.

      Era um tempo em que não havia internet, não havia Skype, não havia WhatsApp, e-mail e um telefonema DDD custava os olhos da cara.

       Lembro-me bem que quando o meu primeiro filho nasceu, poucas horas depois dei a primeira clicada no seu rostinho com uma Pentax Trip 33. Levei o filme pra revelar numa loja que ficava na Rue Soufflot e esperei cinco dias úteis para que as fotos ficassem prontas.

      Fotografias na mão, coloquei dentro de um envelope pardo e despachei, pelo correio, pros meus pais, em Belo Horizonte. Quando eles abriram e viram o Julião pela primeira vez, o menino já tinha mais de vinte dias. Eles esperaram pacientemente a hora de ver a carinha do neto francês, uma grande novidade na família.

       O meu pai vivia dizendo que, para levar a vida, era preciso ter uma paciência de Jó. Um dia, fui lá na Bíblia da minha mãe saber quem era o tal Jó.

       Fiquei sabendo que, além de ser o mais paciente da turma, Jó tinha sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de boi e quinhentas jumentas. Imagine que só pra contar essa bicharada, é preciso mesmo ter uma paciência de Jó.

       Ninguém tem mais paciência pra nada nesses tempos modernos. Se nos anos 70 eu esperava vinte dias a resposta de uma carta, hoje, se alguém não me responde um e-mail em segundos, já começo a perder a paciência.

       Aqui em casa, a nossa empregada coloca qualquer coisa 30 segundos no micro-ondas, e fica lá com a mão na porta, impaciente, contando nos dedos a hora de apitar. No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes.

      Sem contar o carro de trás que sempre buzina assim que o sinal fica verde, o motorista que começa a acelerar quando percebe que já passaram os minutos e que o sinal já vai sair do vermelho e aquele que passa na sua frente e enfia o carro na vaga do shopping porque não tem paciência de ficar procurando um lugar pra estacionar.

        Isso, sem contar que, no restaurante, quando alguém pede uma coca ao garçom e ele demora mais de um minuto, a gente sempre ouve um... “acho que ele esqueceu!”

       Sinto que muitas pessoas não têm mais paciência pra ler um texto com mais de cinco linhas. Se você chegou até aqui, considero uma vitória!

        Já percebeu que ninguém tem mais paciência de sentar-se na poltrona para ouvir música, pra procurar as três Marias no céu, pra plantar um grão de feijão no algodão e esperar ele crescer. Ninguém tem saco nem mesmo pra jogar paciência.

       Já se foi o tempo em que tínhamos paciência até para decorar latim. Quem não se lembra do famoso Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia mostra? Que, em bom português, quer dizer Até quando abusarás, Catilina, da nossa paciência?

(Alberto Villas. Carta Capital, 24 de abril de 2016.)

O vocábulo “que” pode apresentar classificações e funções diversas na construção de frases. Dentre as ocorrências do “que”, assinale aquela cuja função sintática pode ser identificada como sujeito da oração.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?[...] aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.? (1º§)

    ? O quê chegavam? Aquelas cartas (=o pronome relativo "que" retoma o termo "aquelas cartas" e exerce a função sintática de sujeito).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • o pronome relativo sempre exercerá a função de sujeito.

  • Alcione Rodrigues, o pronome relativo que exerce milhares de funções

  • Cuidado!

    O pronome relativo um dos termos que mais possuem funções sintáticas dentro da língua..

    A)

    (Eu) fazia alguma coisa...a primeira coisa era bater os olhos na caixa

    B) “Era um tempo em que não havia internet, não havia Skype [...]” (4º§)

    Não havia internet, Não havia Skype naquele tempo..

    Que= Não exerce função sintática de sujeito.

    C) “[...] aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.” (1º§)

    O que chegava em envelopes ?

    Aquelas cartas..

    que retoma ao termo que exerce função de sujeito= Sujeito!

    D) “Durante os anos que passei fora do Brasil, comunicava-me por cartas.” (1º§)

    comunicava-me por cartas Durante aqueles anos 

    Não exerce função sintática de sujeito.

    Equívocos? Mande-me Mensagem!

  • gab c

    comentando o item B

    “Era um tempo em que não havia internet, não havia Skype 

    verbo haver com sentido de ocorrer, existir e acontecer é impessoal sujeito inexistente.

    a nossa força vem do senhor.


ID
3344842
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Paciência de Jó

Nesses tempos modernos, andamos muito impacientes.

    Durante os anos que passei fora do Brasil, comunicava-me por cartas. Toda noite, sentava na minha escrivaninha e colocava a correspondência em dia. Ia até altas horas respondendo uma a uma, aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.

     Depois de colocada no correio, uma carta levava de sete a dez dias pra chegar ao Brasil. Se a pessoa respondesse na hora, eram mais sete a dez dias pra chegar até Paris. E eu esperava, pacientemente.

     Todo dia, acordava de madrugada para ir trabalhar. Meu trabalho era preparar o café da manhã para um batalhão de estudantes num restaurante universitário. Quando voltava pra casa, a primeira coisa que fazia era bater os olhos na caixa de cartas que ficava na portaria do meu prédio. Ela tinha quatro furos na parte inferior e, de longe, já dava pra enxergar se haviam chegado envelopes verde-amarelos.

      Era um tempo em que não havia internet, não havia Skype, não havia WhatsApp, e-mail e um telefonema DDD custava os olhos da cara.

       Lembro-me bem que quando o meu primeiro filho nasceu, poucas horas depois dei a primeira clicada no seu rostinho com uma Pentax Trip 33. Levei o filme pra revelar numa loja que ficava na Rue Soufflot e esperei cinco dias úteis para que as fotos ficassem prontas.

      Fotografias na mão, coloquei dentro de um envelope pardo e despachei, pelo correio, pros meus pais, em Belo Horizonte. Quando eles abriram e viram o Julião pela primeira vez, o menino já tinha mais de vinte dias. Eles esperaram pacientemente a hora de ver a carinha do neto francês, uma grande novidade na família.

       O meu pai vivia dizendo que, para levar a vida, era preciso ter uma paciência de Jó. Um dia, fui lá na Bíblia da minha mãe saber quem era o tal Jó.

       Fiquei sabendo que, além de ser o mais paciente da turma, Jó tinha sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de boi e quinhentas jumentas. Imagine que só pra contar essa bicharada, é preciso mesmo ter uma paciência de Jó.

       Ninguém tem mais paciência pra nada nesses tempos modernos. Se nos anos 70 eu esperava vinte dias a resposta de uma carta, hoje, se alguém não me responde um e-mail em segundos, já começo a perder a paciência.

       Aqui em casa, a nossa empregada coloca qualquer coisa 30 segundos no micro-ondas, e fica lá com a mão na porta, impaciente, contando nos dedos a hora de apitar. No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes.

      Sem contar o carro de trás que sempre buzina assim que o sinal fica verde, o motorista que começa a acelerar quando percebe que já passaram os minutos e que o sinal já vai sair do vermelho e aquele que passa na sua frente e enfia o carro na vaga do shopping porque não tem paciência de ficar procurando um lugar pra estacionar.

        Isso, sem contar que, no restaurante, quando alguém pede uma coca ao garçom e ele demora mais de um minuto, a gente sempre ouve um... “acho que ele esqueceu!”

       Sinto que muitas pessoas não têm mais paciência pra ler um texto com mais de cinco linhas. Se você chegou até aqui, considero uma vitória!

        Já percebeu que ninguém tem mais paciência de sentar-se na poltrona para ouvir música, pra procurar as três Marias no céu, pra plantar um grão de feijão no algodão e esperar ele crescer. Ninguém tem saco nem mesmo pra jogar paciência.

       Já se foi o tempo em que tínhamos paciência até para decorar latim. Quem não se lembra do famoso Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia mostra? Que, em bom português, quer dizer Até quando abusarás, Catilina, da nossa paciência?

(Alberto Villas. Carta Capital, 24 de abril de 2016.)

Diante das sequências argumentativas textuais e de acordo com o exposto é possível concluir em relação ao termo “paciência” que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Segundo o texto:  No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes. Sem contar o carro de trás que sempre buzina assim que o sinal fica verde, o motorista que começa a acelerar quando percebe que já passaram os minutos e que o sinal já vai sair do vermelho e aquele que passa na sua frente e enfia o carro na vaga do shopping porque não tem paciência de ficar procurando um lugar pra estacionar. Isso, sem contar que, no restaurante, quando alguém pede uma coca ao garçom e ele demora mais de um minuto, a gente sempre ouve um... ?acho que ele esqueceu!? Sinto que muitas pessoas não têm mais paciência pra ler um texto com mais de cinco linhas. Se você chegou até aqui, considero uma vitória!

    ? Observa-se alguns exemplos de fatos cotidianos que demonstram uma enorme falta de paciência, o autor demonstra um sentimento de pesar em relação a esses fatos cotidianos.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • GABARITO - B

    Algumas características podem ser vistas:

    "  Aqui em casa, a nossa empregada coloca qualquer coisa 30 segundos no micro-ondas, e fica lá com a mão na porta, impaciente, contando nos dedos a hora de apitar. No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes."

       " Sinto que muitas pessoas não têm mais paciência pra ler um texto com mais de cinco linhas. Se você chegou até aqui, considero uma vitória!"


ID
3344845
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Paciência de Jó

Nesses tempos modernos, andamos muito impacientes.

    Durante os anos que passei fora do Brasil, comunicava-me por cartas. Toda noite, sentava na minha escrivaninha e colocava a correspondência em dia. Ia até altas horas respondendo uma a uma, aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.

     Depois de colocada no correio, uma carta levava de sete a dez dias pra chegar ao Brasil. Se a pessoa respondesse na hora, eram mais sete a dez dias pra chegar até Paris. E eu esperava, pacientemente.

     Todo dia, acordava de madrugada para ir trabalhar. Meu trabalho era preparar o café da manhã para um batalhão de estudantes num restaurante universitário. Quando voltava pra casa, a primeira coisa que fazia era bater os olhos na caixa de cartas que ficava na portaria do meu prédio. Ela tinha quatro furos na parte inferior e, de longe, já dava pra enxergar se haviam chegado envelopes verde-amarelos.

      Era um tempo em que não havia internet, não havia Skype, não havia WhatsApp, e-mail e um telefonema DDD custava os olhos da cara.

       Lembro-me bem que quando o meu primeiro filho nasceu, poucas horas depois dei a primeira clicada no seu rostinho com uma Pentax Trip 33. Levei o filme pra revelar numa loja que ficava na Rue Soufflot e esperei cinco dias úteis para que as fotos ficassem prontas.

      Fotografias na mão, coloquei dentro de um envelope pardo e despachei, pelo correio, pros meus pais, em Belo Horizonte. Quando eles abriram e viram o Julião pela primeira vez, o menino já tinha mais de vinte dias. Eles esperaram pacientemente a hora de ver a carinha do neto francês, uma grande novidade na família.

       O meu pai vivia dizendo que, para levar a vida, era preciso ter uma paciência de Jó. Um dia, fui lá na Bíblia da minha mãe saber quem era o tal Jó.

       Fiquei sabendo que, além de ser o mais paciente da turma, Jó tinha sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de boi e quinhentas jumentas. Imagine que só pra contar essa bicharada, é preciso mesmo ter uma paciência de Jó.

       Ninguém tem mais paciência pra nada nesses tempos modernos. Se nos anos 70 eu esperava vinte dias a resposta de uma carta, hoje, se alguém não me responde um e-mail em segundos, já começo a perder a paciência.

       Aqui em casa, a nossa empregada coloca qualquer coisa 30 segundos no micro-ondas, e fica lá com a mão na porta, impaciente, contando nos dedos a hora de apitar. No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes.

      Sem contar o carro de trás que sempre buzina assim que o sinal fica verde, o motorista que começa a acelerar quando percebe que já passaram os minutos e que o sinal já vai sair do vermelho e aquele que passa na sua frente e enfia o carro na vaga do shopping porque não tem paciência de ficar procurando um lugar pra estacionar.

        Isso, sem contar que, no restaurante, quando alguém pede uma coca ao garçom e ele demora mais de um minuto, a gente sempre ouve um... “acho que ele esqueceu!”

       Sinto que muitas pessoas não têm mais paciência pra ler um texto com mais de cinco linhas. Se você chegou até aqui, considero uma vitória!

        Já percebeu que ninguém tem mais paciência de sentar-se na poltrona para ouvir música, pra procurar as três Marias no céu, pra plantar um grão de feijão no algodão e esperar ele crescer. Ninguém tem saco nem mesmo pra jogar paciência.

       Já se foi o tempo em que tínhamos paciência até para decorar latim. Quem não se lembra do famoso Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia mostra? Que, em bom português, quer dizer Até quando abusarás, Catilina, da nossa paciência?

(Alberto Villas. Carta Capital, 24 de abril de 2016.)

Em “Até quando abusarás, Catilina, da nossa paciência?” (16º§), a correção gramatical do segmento seria preservada caso

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? ?Até quando abusarás, Catilina, da nossa paciência?? (16º§)

    ? Temos o vocativo, uso das vírgulas é de caráter obrigatório, ao deslocarmos o termo para o início da frase, apenas a segunda vírgula é necessária: Catilinaaté quando abusarás da nossa paciência.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Gabarito D

    “Até quando abusarás, Catilina, da nossa paciência?”

    O termo "Catilina" é um vocativo, e pode ser deslocado para o inicio ou final da frase. Vocativo vem sempre separado por vírgula; pode se deslocar pela oração.

  • Catalina, até quando abusarás de nossa paciência ?

    pelo que entendi, o nome Catalina é um aposto, sendo portanto preservada a correção quando iniciada e colocada vìrgula após.

  • isolar o vocativo: 

    Força, guerreiro!

  • GABARITO - D

    O vocativo sempre aparece acompanhado por vírgulas.

    exemplos:

    Maria, faça meu café!

    Faça, Maria , meu Café !

    Faça meu café, Maria!

    Bons estudos!

  • Catalina, até quando abusarás de nossa paciência ? Aposto no sempre irá vir separado por virgula.


ID
3344848
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Paciência de Jó

Nesses tempos modernos, andamos muito impacientes.

    Durante os anos que passei fora do Brasil, comunicava-me por cartas. Toda noite, sentava na minha escrivaninha e colocava a correspondência em dia. Ia até altas horas respondendo uma a uma, aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.

     Depois de colocada no correio, uma carta levava de sete a dez dias pra chegar ao Brasil. Se a pessoa respondesse na hora, eram mais sete a dez dias pra chegar até Paris. E eu esperava, pacientemente.

     Todo dia, acordava de madrugada para ir trabalhar. Meu trabalho era preparar o café da manhã para um batalhão de estudantes num restaurante universitário. Quando voltava pra casa, a primeira coisa que fazia era bater os olhos na caixa de cartas que ficava na portaria do meu prédio. Ela tinha quatro furos na parte inferior e, de longe, já dava pra enxergar se haviam chegado envelopes verde-amarelos.

      Era um tempo em que não havia internet, não havia Skype, não havia WhatsApp, e-mail e um telefonema DDD custava os olhos da cara.

       Lembro-me bem que quando o meu primeiro filho nasceu, poucas horas depois dei a primeira clicada no seu rostinho com uma Pentax Trip 33. Levei o filme pra revelar numa loja que ficava na Rue Soufflot e esperei cinco dias úteis para que as fotos ficassem prontas.

      Fotografias na mão, coloquei dentro de um envelope pardo e despachei, pelo correio, pros meus pais, em Belo Horizonte. Quando eles abriram e viram o Julião pela primeira vez, o menino já tinha mais de vinte dias. Eles esperaram pacientemente a hora de ver a carinha do neto francês, uma grande novidade na família.

       O meu pai vivia dizendo que, para levar a vida, era preciso ter uma paciência de Jó. Um dia, fui lá na Bíblia da minha mãe saber quem era o tal Jó.

       Fiquei sabendo que, além de ser o mais paciente da turma, Jó tinha sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de boi e quinhentas jumentas. Imagine que só pra contar essa bicharada, é preciso mesmo ter uma paciência de Jó.

       Ninguém tem mais paciência pra nada nesses tempos modernos. Se nos anos 70 eu esperava vinte dias a resposta de uma carta, hoje, se alguém não me responde um e-mail em segundos, já começo a perder a paciência.

       Aqui em casa, a nossa empregada coloca qualquer coisa 30 segundos no micro-ondas, e fica lá com a mão na porta, impaciente, contando nos dedos a hora de apitar. No elevador do meu prédio, os moradores apertam o botão, a luzinha acende mas, mesmo assim, eles voltam lá umas três vezes e apertam de novo, impacientes.

      Sem contar o carro de trás que sempre buzina assim que o sinal fica verde, o motorista que começa a acelerar quando percebe que já passaram os minutos e que o sinal já vai sair do vermelho e aquele que passa na sua frente e enfia o carro na vaga do shopping porque não tem paciência de ficar procurando um lugar pra estacionar.

        Isso, sem contar que, no restaurante, quando alguém pede uma coca ao garçom e ele demora mais de um minuto, a gente sempre ouve um... “acho que ele esqueceu!”

       Sinto que muitas pessoas não têm mais paciência pra ler um texto com mais de cinco linhas. Se você chegou até aqui, considero uma vitória!

        Já percebeu que ninguém tem mais paciência de sentar-se na poltrona para ouvir música, pra procurar as três Marias no céu, pra plantar um grão de feijão no algodão e esperar ele crescer. Ninguém tem saco nem mesmo pra jogar paciência.

       Já se foi o tempo em que tínhamos paciência até para decorar latim. Quem não se lembra do famoso Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia mostra? Que, em bom português, quer dizer Até quando abusarás, Catilina, da nossa paciência?

(Alberto Villas. Carta Capital, 24 de abril de 2016.)

Em geral, textos com a estrutura e finalidade do texto apresentado apresentam uma linguagem em que há

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Fiquei sabendo que, além de ser o mais paciente da turma, Jó tinha sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de boi e quinhentas jumentas. Imagine que só pra contar essa bicharada, é preciso mesmo ter uma paciência de Jó.

    ? Observamos uma linguagem conotativa, uma linguagem figurada, o texto tem um caráter coloquial, apresenta uma linguagem do dia a dia e utiliza de várias formas coloquiais.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Paciência de Jó em quarentena.

  • GABARITO - A

    Fotografias na mão, coloquei dentro de um envelope pardo e despachei, pelo correio, pros meus pais, em Belo Horizonte. (....)

  • Texto muito bom!!


ID
3344851
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“Precisamos pôr na ética nossas mãos e nosso coração (...) uma ética que, tecendo-se nos confrontos e se desenhando a partir da diversidade de vida comum não abdica nunca de si mesma (...) trata-se pois de uma nova forma didática política (...) uma ética que concretiza, assim, sua ligação visceral com a educação.” (Kramer, 1993.)

Acerca da ética do professor, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Letra B incorreta

    A) Enfrentar o desafio de inserir, no segmento de ensino e aprendizagem, que é realizada em cada uma das áreas do conhecimento, uma contínua atitude crítica. Correto o professor deve se posicionar sendo a todo momento exemplo

    B) Deve visar o bem individual do educando, no seu mais amplo sentido; deve, ainda, considerar os interesses individuais sobre os interesses grupais. Ética tem o intento de privilegiar o bem individual e estabelecer princípios gerais. Errado a ética visa o bem comum em detrimento do individual deve-se prezar pelo coletivo

    C) O agir do professor deve ser coerente com o seu falar, com o seu discursar. Tal defesa está alicerçada no pressuposto de que deve haver na prática do professor uma coerência entre teoria e ação, entre o discurso e o fazer, não podendo haver contradições, sob pena de falsificar o que se pretende ensinar. Correto o professor deve ser exemplo a todo momento.

    D) É onde o reconhecimento dos limites e das possibilidades dos sujeitos configura-se em propostas de uma educação moral que proporcione aos educandos condições para o desenvolvimento de sua autonomia, dando-lhes capacidade de posicionar-se diante da realidade, fazendo escolhas, estabelecendo critérios e participando da gestão das ações coletivas realizadas. Correto a ética deve possibilitar uma contínua atitude crítica dando condições para que o aluno desenvolva sua autonomia, responsabilidade e se posicione diante da realidade.


ID
3344857
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O projeto nasce de um questionamento, de uma necessidade de saber, que pode surgir tanto do aluno quanto do professor. A chave do sucesso de um projeto está em sua base: a curiosidade, a necessidade de saber, de compreender a realidade. A propósito deste enfoque, Fernando Hernandez (1998) ressalta que convém destacar a introdução dos projetos de trabalho como uma forma de vincular a teoria à prática e a finalidade de alcançar, entre outros objetivos, o de gerar uma série de mudanças na organização dos conhecimentos escolares, tomando como ponto de partida algumas hipóteses, EXCETO:

Alternativas

ID
3344860
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Conforme as pedagogias foram se instituindo para atender as necessidades históricas dos diversos momentos da vida da humanidade, a prática pedagógica escolar, ao longo do tempo, foi ganhando conotações diferentes. Cada época, cada história, cada grupo humano, fez da escola uma instância, entre outras, de mediação de sua concepção de mundo. As relações entre os pensamentos pedagógicos e alguns de seus pressupostos estão corretas em:

Alternativas
Comentários
  • A escola renovada segundo Luckesifoi fundada no pressuposto da filosofia da existência conforme Rosseau.

    Esse é o erro da D

    D

    A pedagogia renovada é fundada nos pressupostos da filosofia da essencialista (existencia) , traduzidos pelos pensamentos de Rousseau e no pensamento pedagógico de Pestalozzi, Maria de Montessori John Dewey, entre outros.


ID
3344863
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Ao discutirmos a função social da educação e da escola, entende-se a educação no seu sentido ampliado, ou seja, enquanto prática social que se dá nas relações sociais que os homens estabelecem entre si, nas diversas instituições e movimentos sociais, sendo, portanto, constituinte e constitutiva dessas relações. No desempenho de sua função social de formadora de sujeitos históricos, a escola precisa ser um espaço de sociabilidade que possibilite

Alternativas

ID
3344866
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Organicamente articuladas, a base comum nacional e a parte diversificada são organizadas e geridas de tal modo que também as tecnologias de informação e comunicação perpassem transversalmente a proposta curricular desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, imprimindo direção aos Projetos Político-Pedagógicos (DCNs). Ambas possuem como referência geral o compromisso com saberes de dimensão planetária para que, ao cuidar e educar, seja possível à escola conseguir:

I. Ampliar a compreensão sobre as relações entre o indivíduo, o trabalho, a sociedade e a espécie humana, seus limites e suas potencialidades, em outras palavras, sua identidade terrena.

II. Adotar estratégias para que seja possível, ao longo da Educação Básica, desenvolver o letramento emocional, social e ecológico; o conhecimento científico pertinente aos diferentes tempos, espaços e sentidos; a compreensão do significado das ciências, das letras, das artes, do esporte e do lazer.

III. Viver situações práticas a partir das quais seja possível perceber que não há uma única visão de mundo, portanto, um fenômeno, um problema, uma experiência podem ser descritos e analisados segundo diferentes perspectivas e correntes de pensamento, que variam no tempo, no espaço, na intencionalidade.

IV. Compreender os efeitos da “infoera”, sabendo que estes atuam, cada vez mais, na vida das crianças, dos adolescentes e adultos, para que se reconheçam, de um lado, os estudantes, de outro, os profissionais da educação e a família, mas reconhecendo que os recursos midiáticos não necessitam permear todas as atividades de aprendizagem.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Organicamente articuladas, a base comum nacional e a parte diversificada são organizadas

    e geridas de tal modo que também as tecnologias de informação e comunicação perpassem

    transversalmente a proposta curricular desde a Educação Infantil até o Ensino Médio,

    imprimindo direção aos projetos político-pedagógicos. Ambas possuem como referência geral

    o compromisso com saberes de dimensão planetária para que, ao cuidar e educar, seja possível

    à escola conseguir:

    I – ampliar a compreensão sobre as relações entre o indivíduo, o trabalho, a sociedade e a

    espécie humana, seus limites e suas potencialidades, em outras palavras, sua identidade terrena;

    II – adotar estratégias para que seja possível, ao longo da Educação Básica, desenvolver o

    letramento emocional, social e ecológico; o conhecimento científico pertinente aos diferentes

    tempos, espaços e sentidos; a compreensão do significado das ciências, das letras, das artes, do

    esporte e do lazer;

    III – ensinar a compreender o que é ciência, qual a sua história e a quem ela se destina;

    IV – viver situações práticas a partir das quais seja possível perceber que não há uma única

    visão de mundo, portanto, um fenômeno, um problema, uma experiência podem ser descritos

    e analisados segundo diferentes perspectivas e correntes de pensamento, que variam no tempo,

    no espaço, na intencionalidade;

    V – compreender os efeitos da “infoera”, sabendo que estes atuam, cada vez mais, na vida

    das crianças, dos adolescentes e adultos, para que se reconheçam, de um lado, os estudantes, de

    outro, os profissionais da educação e a família, mas reconhecendo que os recursos midiáticos

    devem permear todas as atividades de aprendizagem.


ID
3344869
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Perrenoud (1999, p. 79) afirma que “a regulação coletiva é acompanhada de intervenções mais individualizadas, pois o professor atende particularmente alguns alunos, vigia-os de perto, auxilia-os com frequência, dá a eles explicações extras, (...). Essa diferenciação não está inteiramente investida na regulação das aprendizagens, mas é um de seus aspectos”. Para o autor, no amplo sentido proposto, é correto afirmar acerca da avaliação:

Alternativas
Comentários
  • ...como assim dispensável, IDECÃO?!


ID
3344872
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“Na avaliação inclusiva, democrática e amorosa não há exclusão, mas, sim, diagnóstico e construção. Não há submissão, mas, sim, liberdade. Não há medo, mas, sim, espontaneidade e busca. Não há chegada definitiva, mas, sim, travessia permanente em busca do melhor, sempre!”

(Luckesi.)

Segundo o autor, no que se refere às funções da avaliação da aprendizagem, é importante estar atento à sua função ontológica, que é de:

Alternativas
Comentários
  • Ontológica: questões relacionadas ao ser, sua essência.


ID
3344875
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O cognitivismo enfatiza a cognição, o ato de conhecer, ou seja, como o ser humano conhece o mundo. Os cognitivistas também investigam os processos mentais do ser humano de forma científica, tais como a percepção, o processamento de informação e a compreensão. Dentre as principais teorias cognitivistas, destacam-se:

Alternativas

ID
3344878
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Lei nº 8.069/1990, Art. 53, prevê que a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Nesse âmbito, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Queremos a alternativa incorreta:

    ? A tarefa de educar quanto aos direitos das crianças e adolescentes é da escola, cabendo ao Poder Público sua promoção, em todas as esferas (inclusive via Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente e de Educação).

    ? Incorreto, não é somente da escola, segundo o ECA (8069/90): Art. 53-A. É dever da instituição de ensino, clubes e agremiações recreativas e de estabelecimentos congêneres assegurar medidas de conscientização, prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas ilícitas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3344887
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

“Os antibióticos são usados no tratamento e no combate às bactérias, mas algumas bactérias patogênicas já se tornaram resistentes a praticamente todos eles. Elas estão sendo chamadas de superbactérias. O uso indiscriminado de antibióticos provocou uma ‘seleção natural’ dessas bactérias patogênicas; e para combatê-las é necessário o uso de antibióticos superpoderosos que podem afetar, por exemplo, ossos ou fígado da pessoa doente.”

(Disponível em: http://vestibular.brasilescola.uol.com.br/atualidades/as-superbacterias-em-questoes-vestibular.htm.)

Sobre a questão das superbactérias e dos antibióticos, analise as afirmativas a seguir.

I. Pessoas que fazem uso de antibióticos sem prescrição médica, ou que interrompem o tratamento prescrito, tornam-se verdadeiros criadouros de superbactérias.

II. O saneamento básico também está relacionado com as superbactérias, já que algumas doenças são transmitidas por bactérias em razão da falta de saneamento básico.

III. As bactérias, diferente dos outros seres vivos, não passam pelo processo de seleção natural para se tornarem superbactérias.

IV. Os alimentos orgânicos são as maiores fontes de superbactérias, devido ao uso exagerado de agrotóxicos em sua produção.

Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas

ID
3344890
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

“O documentário ‘Cinema Novo’, sobre o movimento cinematográfico nascido no Brasil que revolucionou a criação artística nos anos 1960 e 1970, ganhou neste sábado (21/05/16) o ‘Olho de Ouro’ do Festival de Cannes, anunciaram os organizadores. ‘Cinema Novo é um filme-manifesto sobre a vigência de um movimento cinematográfico quase esquecido dos anos 1960’, indicou o júri do prêmio, disputado pelos documentários apresentados em Cannes. O filme brasileiro premiado, de 90 minutos, é um ensaio poético sobre o movimento cinematográfico, e inclui trechos de filmes da época e depoimentos de seus principais expoentes.”

Disponível em: http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2016/05/filme-brasileiro-cinema-novo-ganha-premio-em-cannes.html.)

O Cinema Novo, movimento artístico de fundamental importância para o cinema nacional, tinha entre seus expoentes:

Alternativas
Comentários
  • Deus abençoe o Brasil!!! gab b


ID
3344893
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Texto I

Atentados deixaram dezenas de mortos e feridos no Aeroporto Internacional de Zaventem e na estação de metrô Maelbeek em Bruxelas, na Bélgica, na manhã desta terça-feira (22/03/16). O número de vítimas ainda não é oficial. A imprensa fala em 34 mortos e mais de 200 feridos. As explosões levaram o país a entrar em alerta máximo para atentados terroristas.”

(Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/03/aeroporto-de-bruxela-na-belgica-registra-explosoes.html.)

Texto II

Um ano após massacre do Charlie Hebdo, França se mostra dividida

“O ataque à sede do jornal ‘Charlie Hebdo’, em Paris, completa um ano nesta quinta-feira (7/01/16). Passadas as grandes manifestações de união e solidariedade por causa do atentado, o clima na França atualmente é bastante diferente: outros atentados expuseram ainda mais a divisão do país e, entre os efeitos, podem ser observados um aumento da intolerância religiosa e o fortalecimento da extrema direita.”

(Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/01/um-ano-apos-massacre-do-charlie-hebdo-franca-se-mostra-dividida.html.)

Os dois episódios em destaque nos textos têm em comum:

Alternativas

ID
3344896
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Facebook argumenta que marcação não representa a coleta de informações biométricas

“Um juiz americano recusou o pedido do Facebook para cancelar um processo em que a rede social é acusada de violar a privacidade dos usuários por meio do reconhecimento facial da ferramenta de marcação em fotos. A ação judicial, movida por três cidadãos do estado de Illinois, afirma que a empresa ‘acumulou secretamente o maior banco de dados privado com informações biométricas dos usuários’. Uma lei do estado proíbe a coleta de informações como reconhecimento facial e impressão digital sem o consentimento do usuário. De acordo com o The Verge, a rede social apresenta informações sobre a marcação na política de dados e os usuários podem escolher não ser marcados, mas não está claro se as medidas estão de acordo com a definição legal de consentimento.”

Apesar de alguns processos (muitos) e problemas, o Facebook segue como uma das redes sociais de maior repercussão e expansão no mundo. Um dos seus criadores foi:

Alternativas

ID
3344899
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“Organização Mundial da Saúde (OMS) decreta fim de emergência internacional para Ebola. A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta terça (29/03/16) que a epidemia Ebola na África Ocidental deixou de ser uma situação de emergência de saúde pública internacional. A epidemia, que surgiu em 2013 como a mais mortal de todas, foi declarada emergência internacional em agosto de 2014 e fez, até finais de 2015, mais de 11.300 mortos, a maioria na Guiné-Conacri, na Libéria e na Costa do Marfim, em cerca de 28.000 casos registrados. Segundo a diretora da OMS, Margaret Chan, esses três países continuam vulneráveis a um ressurgimento da doença como é o caso registrado na Guiné-Conacri, onde há vários casos em observação e cinco pessoas morreram.”

(Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2016-03/oms-decreta-fim-de-emergencia-internacional-para-ebola.)

A infecção Ebola causa uma febre hemorrágica, uma das doenças virais mais perigosas, frequentemente fatal, com índice de mortalidade de 50 a 90% dos casos. A Febre Hemorrágica Ebola – FHE, é uma doença infecciosa grave, porém muito rara. É uma infecção provocada por:

Alternativas
Comentários
  • virus de ebola


ID
3344905
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“As principais operadoras de internet fixa – Vivo, NET e Oi – passaram a oferecer apenas planos com limite de dados. No novo modelo, o consumidor tem direito a um limite de uso da rede durante o mês, também conhecido como franquia. Se esse limite for ultrapassado, a operadora poderá reduzir a velocidade ou mesmo cancelar a conexão até o final do mês. Um plano de internet fixa intermediário disponível no mercado gira em torno de 15 Mbps (megabits por segundo). Nesse cenário, o usuário teria direito a uma franquia mensal entre 80 GB e 100 GB, a depender do contrato. A olho nu, as quantidades podem parecer mais do que suficientes, mas em muitas situações, podem causar preocupação ao usuário.”

(Disponível em: http://tecnologia.ig.com.br/2016-05-06/facebook-enfrenta-processo-nos-eua-por-ferramenta-de-marcacao-em-fotos.html.)

Sobre as novas regras para uso da internet, analise as afirmativas a seguir.

I. Os planos de internet fixa ficam parecidos com os de internet móvel, nos quais o consumidor precisa estar sempre atento ao consumo da franquia.

II. O uso de franquias de dados é previsto pela regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) se praticado sob determinadas regras.

III. A mudança nos planos pode ser feita independente de qualquer regulamentação, já que a proposta de lei ainda não está em tramitação.

IV. As franquias de dados podem ser comparadas ao modelo de internet discada, que obrigava o consumidor a se preocupar com a quantidade de pulsos consumidos pela rede e precisava utilizar a internet na madrugada.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • valeu, eu estava confundindo, agora nao erro mais !!


ID
3344908
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

A energia nuclear após o acidente de Chernobyl

“O pior acidente nuclear da história completa 30 anos nesse ano de 2016. No dia 26 de abril de 1986, a explosão de um reator da usina de Chernobyl, na Ucrânia, lançou grandes quantidades de partículas radioativas na atmosfera. Em poucos dias, a nuvem tóxica atingiu extensas áreas da Europa Oriental. O acidente fez 31 vítimas, entre as pessoas que trabalharam para conter o incêndio na usina e ficaram expostos diretamente à radiação. Mas estimativas do Greenpeace apontam que até 100 mil pessoas possam ter morrido devido ao contato com a radiação de Chernobyl, principalmente de câncer.”

(Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/atualidades-vestibular/a-energia-nuclear-apos-o-acidente-de-chernobyl/.)

Após esse acidente, um dos mais graves desse gênero:

Alternativas

ID
3352528
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Até quando deixaremos milhões de brasileiros sem água e saneamento?

    O Brasil viveu um “apagão” no setor sanitário de pelo menos duas décadas; a falta dessa infraestrutura se tornou ainda pior nas megalópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, entre outras onde esgotos foram sistematicamente lançados em rios e no mar tomando-se ícones do despreparo. Bairros famosos foram construídos sem redes de coleta de esgoto, consequentemente também sem as estações de tratamento. Regiões muito importantes para o turismo, como o Norte e Nordeste, atualmente são as que possuem os maiores desafios. Menos de 10% da população do Norte têm coleta de esgoto. Já no Nordeste, um pouco mais de 25% da população têm coleta de esgoto.
    A falta de serviços regulares de saneamento básico, portanto, está por toda parte, dos bairros mais nobres às favelas mais carentes. Mas é certo que a maior indefinição esteja nas áreas mais pobres e nas milhares de áreas irregulares espalhadas pelas cidades do país. Apesar do crescimento econômico e da transferência de renda que vivemos nos últimos anos, os dados do Censo 2010 do IBGE mostram que no Brasil ainda temos mais de 11 milhões de pessoas morando somente nestas áreas irregulares, sendo que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Bahia e Pernambuco concentram as maiores populações nessa situação. Somente esses 5 estados respondem por quase 8 milhões dos brasileiros vivendo em aglomerados subnormais (cerca de 70% do total).
    Se olharmos a perda de água potável nos sistemas de distribuição, por motivo de fraudes no sistema, erros de leitura dos hidrômetros ou vazamentos, veremos que no Brasil está na média de 37%, então é bom ver cidades como Limeira e Campinas, em São Paulo, que sistematicamente desenvolvem ações de combate às perdas, tais como a redução da pressão nas redes, investimentos na troca de redes, automatização na detecção de vazamentos, educação da população para o uso racional.
    A realidade ainda é mais assustadora quando vemos que no Brasil há mais escolas conectadas à internet do que dotadas de sistema de coleta de esgoto. A cobertura das escolas com rede de esgoto, entre 2010 e 2014, cresceu meros 5 pontos percentuais, de 42% para 47%, enquanto o de escolas com internet saltou de 47% para 61 %. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e mostram como o saneamento está atrasado no País.
    A boa notícia é que nos últimos anos o Brasil viveu um momento mais favorável ao saneamento, especialmente após a Lei nº 11.445 de 2007, o lançamento do PAC Saneamento, a criação do Ministério das Cidades e consequentemente a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. O país voltou a ter investimentos regulares, de 2007 a 2014, e entre os 100 maiores municípios, o Brasil tem umas 20 cidades que ostentam indicadores invejáveis de saneamento e que não ficam a dever aos países do primeiro mundo. Essas cidades, em contraste com a maioria dos municípios brasileiros, inclusive capitais, estão mais próximas da universalização dos serviços.
     Os recursos do PAC Saneamento ajudaram no avanço, mas infelizmente não conseguiram gerar todo o potencial de progresso que se esperava. Levantamentos do Instituto Trata Brasil feitos de 2009 a dezembro de 2014, envolvendo 330 obras de água e esgotos em cidades acima de 500 mil habitantes, mostram que mais de 40% das obras não cumprem o cronograma por estarem atrasadas, paralisadas ou não iniciadas.
    O cenário do saneamento básico mostra que independentemente do país contar com recursos públicos ou parcerias público-privadas, é essencial que exista vontade política e planejamento para resolver o problema. Como as crises geram oportunidades, talvez esse momento de escassez hídrica, que traz sofrimento à sociedade, desperte o desafio de usar melhor a água disponível e resolver definitivamente o problema dos esgotos. O fato da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 tratar do saneamento básico mostra que os esforços da sociedade começam a se congregar em busca de soluções mais realistas; cabe agora às autoridades entrarem na mesma sintonia.

(Por Édison Carlos – Presidente do Instituto Trata Brasil (Extraído da Revista O Ouro do Terceiro Milênio – Água, Guia Mundo em Foco Extra, Capítulo 3, Riscos e Ameaças – Análise, págs. 36 e 37, OnLine Editora, Março/2016.)

Os recursos argumentativos utilizados pelo autor para expor seu ponto de vista são baseados

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Recursos argumentativos baseados em evidências, em fatos concretos e reais: [...] regiões muito importantes para o turismo, como o Norte e Nordeste, atualmente são as que possuem os maiores desafios. Menos de 10% da população do Norte têm coleta de esgoto. Já no Nordeste, um pouco mais de 25% da população têm coleta de esgoto [...] A cobertura das escolas com rede de esgoto, entre 2010 e 2014, cresceu meros 5 pontos percentuais, de 42% para 47%, enquanto o de escolas com internet saltou de 47% para 61 %. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e mostram como o saneamento está atrasado no País [...] Os recursos do PAC Saneamento ajudaram no avanço, mas infelizmente não conseguiram gerar todo o potencial de progresso que se esperava. Levantamentos do Instituto Trata Brasil feitos de 2009 a dezembro de 2014, envolvendo 330 obras de água e esgotos em cidades acima de 500 mil habitantes, mostram que mais de 40% das obras não cumprem o cronograma por estarem atrasadas, paralisadas ou não iniciadas.

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  • GABARITO - A

    Citação de Autoridade:

    A citação de autoridade pode ser compreendida como a fala de uma pessoa especialista em algum tema. Na prática, isso acontece quando vimos reportagens em que os entrevistados são pessoas especialistas em alguma determinada área.


ID
3352531
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Até quando deixaremos milhões de brasileiros sem água e saneamento?

    O Brasil viveu um “apagão” no setor sanitário de pelo menos duas décadas; a falta dessa infraestrutura se tornou ainda pior nas megalópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, entre outras onde esgotos foram sistematicamente lançados em rios e no mar tomando-se ícones do despreparo. Bairros famosos foram construídos sem redes de coleta de esgoto, consequentemente também sem as estações de tratamento. Regiões muito importantes para o turismo, como o Norte e Nordeste, atualmente são as que possuem os maiores desafios. Menos de 10% da população do Norte têm coleta de esgoto. Já no Nordeste, um pouco mais de 25% da população têm coleta de esgoto.
    A falta de serviços regulares de saneamento básico, portanto, está por toda parte, dos bairros mais nobres às favelas mais carentes. Mas é certo que a maior indefinição esteja nas áreas mais pobres e nas milhares de áreas irregulares espalhadas pelas cidades do país. Apesar do crescimento econômico e da transferência de renda que vivemos nos últimos anos, os dados do Censo 2010 do IBGE mostram que no Brasil ainda temos mais de 11 milhões de pessoas morando somente nestas áreas irregulares, sendo que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Bahia e Pernambuco concentram as maiores populações nessa situação. Somente esses 5 estados respondem por quase 8 milhões dos brasileiros vivendo em aglomerados subnormais (cerca de 70% do total).
    Se olharmos a perda de água potável nos sistemas de distribuição, por motivo de fraudes no sistema, erros de leitura dos hidrômetros ou vazamentos, veremos que no Brasil está na média de 37%, então é bom ver cidades como Limeira e Campinas, em São Paulo, que sistematicamente desenvolvem ações de combate às perdas, tais como a redução da pressão nas redes, investimentos na troca de redes, automatização na detecção de vazamentos, educação da população para o uso racional.
    A realidade ainda é mais assustadora quando vemos que no Brasil há mais escolas conectadas à internet do que dotadas de sistema de coleta de esgoto. A cobertura das escolas com rede de esgoto, entre 2010 e 2014, cresceu meros 5 pontos percentuais, de 42% para 47%, enquanto o de escolas com internet saltou de 47% para 61 %. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e mostram como o saneamento está atrasado no País.
    A boa notícia é que nos últimos anos o Brasil viveu um momento mais favorável ao saneamento, especialmente após a Lei nº 11.445 de 2007, o lançamento do PAC Saneamento, a criação do Ministério das Cidades e consequentemente a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. O país voltou a ter investimentos regulares, de 2007 a 2014, e entre os 100 maiores municípios, o Brasil tem umas 20 cidades que ostentam indicadores invejáveis de saneamento e que não ficam a dever aos países do primeiro mundo. Essas cidades, em contraste com a maioria dos municípios brasileiros, inclusive capitais, estão mais próximas da universalização dos serviços.
     Os recursos do PAC Saneamento ajudaram no avanço, mas infelizmente não conseguiram gerar todo o potencial de progresso que se esperava. Levantamentos do Instituto Trata Brasil feitos de 2009 a dezembro de 2014, envolvendo 330 obras de água e esgotos em cidades acima de 500 mil habitantes, mostram que mais de 40% das obras não cumprem o cronograma por estarem atrasadas, paralisadas ou não iniciadas.
    O cenário do saneamento básico mostra que independentemente do país contar com recursos públicos ou parcerias público-privadas, é essencial que exista vontade política e planejamento para resolver o problema. Como as crises geram oportunidades, talvez esse momento de escassez hídrica, que traz sofrimento à sociedade, desperte o desafio de usar melhor a água disponível e resolver definitivamente o problema dos esgotos. O fato da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 tratar do saneamento básico mostra que os esforços da sociedade começam a se congregar em busca de soluções mais realistas; cabe agora às autoridades entrarem na mesma sintonia.

(Por Édison Carlos – Presidente do Instituto Trata Brasil (Extraído da Revista O Ouro do Terceiro Milênio – Água, Guia Mundo em Foco Extra, Capítulo 3, Riscos e Ameaças – Análise, págs. 36 e 37, OnLine Editora, Março/2016.)

"A realidade ainda é mais assustadora quando vemos que no Brasil há mais escolas conectadas à internet do que dotadas de sistema de coleta de esgoto.” (4º§) O pressuposto presente nesse excerto é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? "A realidade ainda é mais assustadora quando vemos que no Brasil há mais escolas conectadas à internet do que dotadas de sistema de coleta de esgoto.? (4º§) 

    ? A questão pede qual é o "pressuposto", ou seja, aquilo que está subentendido, uma suposição, refere-se ao fato inaceitável de priorizar investimentos tecnológicos em prol de algo básico para a população, o saneamento básico.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Apenas a título de curiosidade, há pleonasmo na alternativa correta, porque relegar já significa pôr em plano secundário.

  • GABARITO -D

    Ao dizer: "PARADOXO" leia-se: Contradição ou oposição aparente

    "A realidade ainda é mais assustadora quando vemos que no Brasil há mais escolas conectadas à internet do que dotadas de sistema de coleta de esgoto.”

    É justamente nesse sentido que trabalha o autor ao fazer esse comparativo.

    Bons estudos!


ID
3352534
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Até quando deixaremos milhões de brasileiros sem água e saneamento?

    O Brasil viveu um “apagão” no setor sanitário de pelo menos duas décadas; a falta dessa infraestrutura se tornou ainda pior nas megalópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, entre outras onde esgotos foram sistematicamente lançados em rios e no mar tomando-se ícones do despreparo. Bairros famosos foram construídos sem redes de coleta de esgoto, consequentemente também sem as estações de tratamento. Regiões muito importantes para o turismo, como o Norte e Nordeste, atualmente são as que possuem os maiores desafios. Menos de 10% da população do Norte têm coleta de esgoto. Já no Nordeste, um pouco mais de 25% da população têm coleta de esgoto.
    A falta de serviços regulares de saneamento básico, portanto, está por toda parte, dos bairros mais nobres às favelas mais carentes. Mas é certo que a maior indefinição esteja nas áreas mais pobres e nas milhares de áreas irregulares espalhadas pelas cidades do país. Apesar do crescimento econômico e da transferência de renda que vivemos nos últimos anos, os dados do Censo 2010 do IBGE mostram que no Brasil ainda temos mais de 11 milhões de pessoas morando somente nestas áreas irregulares, sendo que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Bahia e Pernambuco concentram as maiores populações nessa situação. Somente esses 5 estados respondem por quase 8 milhões dos brasileiros vivendo em aglomerados subnormais (cerca de 70% do total).
    Se olharmos a perda de água potável nos sistemas de distribuição, por motivo de fraudes no sistema, erros de leitura dos hidrômetros ou vazamentos, veremos que no Brasil está na média de 37%, então é bom ver cidades como Limeira e Campinas, em São Paulo, que sistematicamente desenvolvem ações de combate às perdas, tais como a redução da pressão nas redes, investimentos na troca de redes, automatização na detecção de vazamentos, educação da população para o uso racional.
    A realidade ainda é mais assustadora quando vemos que no Brasil há mais escolas conectadas à internet do que dotadas de sistema de coleta de esgoto. A cobertura das escolas com rede de esgoto, entre 2010 e 2014, cresceu meros 5 pontos percentuais, de 42% para 47%, enquanto o de escolas com internet saltou de 47% para 61 %. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e mostram como o saneamento está atrasado no País.
    A boa notícia é que nos últimos anos o Brasil viveu um momento mais favorável ao saneamento, especialmente após a Lei nº 11.445 de 2007, o lançamento do PAC Saneamento, a criação do Ministério das Cidades e consequentemente a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. O país voltou a ter investimentos regulares, de 2007 a 2014, e entre os 100 maiores municípios, o Brasil tem umas 20 cidades que ostentam indicadores invejáveis de saneamento e que não ficam a dever aos países do primeiro mundo. Essas cidades, em contraste com a maioria dos municípios brasileiros, inclusive capitais, estão mais próximas da universalização dos serviços.
     Os recursos do PAC Saneamento ajudaram no avanço, mas infelizmente não conseguiram gerar todo o potencial de progresso que se esperava. Levantamentos do Instituto Trata Brasil feitos de 2009 a dezembro de 2014, envolvendo 330 obras de água e esgotos em cidades acima de 500 mil habitantes, mostram que mais de 40% das obras não cumprem o cronograma por estarem atrasadas, paralisadas ou não iniciadas.
    O cenário do saneamento básico mostra que independentemente do país contar com recursos públicos ou parcerias público-privadas, é essencial que exista vontade política e planejamento para resolver o problema. Como as crises geram oportunidades, talvez esse momento de escassez hídrica, que traz sofrimento à sociedade, desperte o desafio de usar melhor a água disponível e resolver definitivamente o problema dos esgotos. O fato da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 tratar do saneamento básico mostra que os esforços da sociedade começam a se congregar em busca de soluções mais realistas; cabe agora às autoridades entrarem na mesma sintonia.

(Por Édison Carlos – Presidente do Instituto Trata Brasil (Extraído da Revista O Ouro do Terceiro Milênio – Água, Guia Mundo em Foco Extra, Capítulo 3, Riscos e Ameaças – Análise, págs. 36 e 37, OnLine Editora, Março/2016.)

Acentuar as palavras corretamente é imprescindível para que a norma culta seja mantida na redação de um texto. A alternativa que apresenta um vocábulo que é acentuado por razão DISTINTA das demais é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    A) notícia ? temos uma paroxítona terminada em ditongo ou uma proparoxítona acidental/eventual.

    B) sanitário ? temos uma paroxítona terminada em ditongo ou uma proparoxítona acidental/eventual.

    C) construídos ? temos uma palavra acentuada devido à regra dos hiatos, temos um "i" tônico formando hiato com a vogal anterior.

    D) transferência ? temos uma paroxítona terminada em ditongo ou uma proparoxítona acidental/eventual.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • GABARITO: LETRA C

    Regra de Acentuação para os Hiatos Tônicos (I e U):

    Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos.

    Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)...

    FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 3ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA.

  • Segundo a nova ortografia, nas palavras paroxítonas, o I e o U não recebem acento depois de ditongo decrescente: feiura, bocaiuva, baiuca, Sauipe... Todavia, se o ditongo for crescente o acento é usado: Guaíra, Guaíba, Suaíli.

    FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 4ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA.

  • A palavra "construídos" é acentuada devido à regra do hiato: acentuam-se o I e o U tônicos, que formam hiato com vogal anterior, que estão sozinhos na sílaba ou acompanhados de S, sem dígrafo NH na sílaba seguinte.

    As demais palavras são paroxítonas terminadas em ditongo.

  • A questão é sobre acentuação gráfica e quer que identifiquemos a alternativa que apresenta um vocábulo que é acentuado por razão DISTINTA das demais. Vejamos: 

     .

    A) notícia.

    Errado. "No-tí-cia" é acentuada por ser uma paroxítona terminada em ditongo.

    Paroxítona: a sílaba tônica é a penúltima. Acentuam-se as paroxítonas terminadas em l, n, r, x, i(s), u(s), ps, ã(s), ão(s), ei(s), en, om, ons, um, uns, ditongo (crescente ou decrescente), seguido ou não de "s".

     .

    B) sanitário.

    Errado. "Sa-ni-tá-rio" é acentuada por ser uma paroxítona terminada em ditongo.

     .

    C) construídos.

    Certo. Em "cons-tru-í-dos" temos um hiato (u-i) e devemos acentuar as vogais "i" e "u" tônicas dos hiatos quando aparecem sozinhas ou seguidas de "s".

    Hiato é o encontro entre duas vogais que pertencem a sílabas diferentes. Devemos acentuar as vogais "i" e "u" tônicas dos hiatos, quando aparecem sozinhas na sílaba ou acompanhadas por "s". Ex.: sa·í·da, pa·ís, sa·ú·de, ba·ús

     .

    D) transferência.

    Errado. "Trans-fe-rên-cia" é acentuada por ser uma paroxítona terminada em ditongo.

     .

    Gabarito: Letra C

  • fui procurando pela última sílaba, as que se assemelham possuem ditongo crescente.


ID
3352537
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Até quando deixaremos milhões de brasileiros sem água e saneamento?

    O Brasil viveu um “apagão” no setor sanitário de pelo menos duas décadas; a falta dessa infraestrutura se tornou ainda pior nas megalópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, entre outras onde esgotos foram sistematicamente lançados em rios e no mar tomando-se ícones do despreparo. Bairros famosos foram construídos sem redes de coleta de esgoto, consequentemente também sem as estações de tratamento. Regiões muito importantes para o turismo, como o Norte e Nordeste, atualmente são as que possuem os maiores desafios. Menos de 10% da população do Norte têm coleta de esgoto. Já no Nordeste, um pouco mais de 25% da população têm coleta de esgoto.
    A falta de serviços regulares de saneamento básico, portanto, está por toda parte, dos bairros mais nobres às favelas mais carentes. Mas é certo que a maior indefinição esteja nas áreas mais pobres e nas milhares de áreas irregulares espalhadas pelas cidades do país. Apesar do crescimento econômico e da transferência de renda que vivemos nos últimos anos, os dados do Censo 2010 do IBGE mostram que no Brasil ainda temos mais de 11 milhões de pessoas morando somente nestas áreas irregulares, sendo que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Bahia e Pernambuco concentram as maiores populações nessa situação. Somente esses 5 estados respondem por quase 8 milhões dos brasileiros vivendo em aglomerados subnormais (cerca de 70% do total).
    Se olharmos a perda de água potável nos sistemas de distribuição, por motivo de fraudes no sistema, erros de leitura dos hidrômetros ou vazamentos, veremos que no Brasil está na média de 37%, então é bom ver cidades como Limeira e Campinas, em São Paulo, que sistematicamente desenvolvem ações de combate às perdas, tais como a redução da pressão nas redes, investimentos na troca de redes, automatização na detecção de vazamentos, educação da população para o uso racional.
    A realidade ainda é mais assustadora quando vemos que no Brasil há mais escolas conectadas à internet do que dotadas de sistema de coleta de esgoto. A cobertura das escolas com rede de esgoto, entre 2010 e 2014, cresceu meros 5 pontos percentuais, de 42% para 47%, enquanto o de escolas com internet saltou de 47% para 61 %. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e mostram como o saneamento está atrasado no País.
    A boa notícia é que nos últimos anos o Brasil viveu um momento mais favorável ao saneamento, especialmente após a Lei nº 11.445 de 2007, o lançamento do PAC Saneamento, a criação do Ministério das Cidades e consequentemente a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. O país voltou a ter investimentos regulares, de 2007 a 2014, e entre os 100 maiores municípios, o Brasil tem umas 20 cidades que ostentam indicadores invejáveis de saneamento e que não ficam a dever aos países do primeiro mundo. Essas cidades, em contraste com a maioria dos municípios brasileiros, inclusive capitais, estão mais próximas da universalização dos serviços.
     Os recursos do PAC Saneamento ajudaram no avanço, mas infelizmente não conseguiram gerar todo o potencial de progresso que se esperava. Levantamentos do Instituto Trata Brasil feitos de 2009 a dezembro de 2014, envolvendo 330 obras de água e esgotos em cidades acima de 500 mil habitantes, mostram que mais de 40% das obras não cumprem o cronograma por estarem atrasadas, paralisadas ou não iniciadas.
    O cenário do saneamento básico mostra que independentemente do país contar com recursos públicos ou parcerias público-privadas, é essencial que exista vontade política e planejamento para resolver o problema. Como as crises geram oportunidades, talvez esse momento de escassez hídrica, que traz sofrimento à sociedade, desperte o desafio de usar melhor a água disponível e resolver definitivamente o problema dos esgotos. O fato da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 tratar do saneamento básico mostra que os esforços da sociedade começam a se congregar em busca de soluções mais realistas; cabe agora às autoridades entrarem na mesma sintonia.

(Por Édison Carlos – Presidente do Instituto Trata Brasil (Extraído da Revista O Ouro do Terceiro Milênio – Água, Guia Mundo em Foco Extra, Capítulo 3, Riscos e Ameaças – Análise, págs. 36 e 37, OnLine Editora, Março/2016.)

O ‘se’ dos trechos ‘... a falta dessa infraestrutura se tornou...’ (1º§) e ‘Se olharmos a perda de água potável...’ (3º§), indica ______________________________.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ?... a falta dessa infraestrutura se tornou...? (1º§) ? temos uma parte integrante do verbo "tornar-se".

    ?Se olharmos a perda de água potável...? (3º§) ? temos uma conjunção subordinativa condicional, ela equivale a "caso" e expressa a condição para que algo possa vir a ocorrer.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Condição apenas no segundo emprego. -- Gabarito: C
  • GABARITO: C

    Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal.

    São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc.

    Por exemplo: Se a encontrasse novamente, não a reconheceria.

  • Parte integrante do verbo – integra verbos essencialmente pronominais, ou seja, aqueles que necessariamente trazem para junto de si o pronome oblíquo, denotando quase sempre sentimentos e atitudes próprias do sujeito.

    São eles: queixar-se, arrepender-se, vangloriar-se, submeter-se, dentre outros.

    Ex: Os garotos queixaram-se do mau atendimento.

    fonte: comentário de um amigo

  • Assertiva C

    condição apenas no segundo emprego

  • GABARITO: LETRA C

    ?... a falta dessa infraestrutura se tornou...? (1º§) ? temos uma parte integrante do verbo "tornar-se".

    ?Se olharmos a perda de água potável...? (3º§) ? temos uma conjunção subordinativa condicional, ela equivale a "caso" e expressa a condição para que algo possa vir a ocorrer.

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    RUMO A PMCE 2024 EU VOU CONSEGUIR CUSTE O QUE CUSTAR.

  • orações subordinadas Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc.

    Se precisar de minha ajuda, telefone-me.

     O "Se" tem valor condicional, e quando o "se" estiver com valor condicional, sempre, os verbos virão no modo subjuntivo.

  • o primeiro "se " da questão equivale a quê?


ID
3352540
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Até quando deixaremos milhões de brasileiros sem água e saneamento?

    O Brasil viveu um “apagão” no setor sanitário de pelo menos duas décadas; a falta dessa infraestrutura se tornou ainda pior nas megalópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, entre outras onde esgotos foram sistematicamente lançados em rios e no mar tomando-se ícones do despreparo. Bairros famosos foram construídos sem redes de coleta de esgoto, consequentemente também sem as estações de tratamento. Regiões muito importantes para o turismo, como o Norte e Nordeste, atualmente são as que possuem os maiores desafios. Menos de 10% da população do Norte têm coleta de esgoto. Já no Nordeste, um pouco mais de 25% da população têm coleta de esgoto.
    A falta de serviços regulares de saneamento básico, portanto, está por toda parte, dos bairros mais nobres às favelas mais carentes. Mas é certo que a maior indefinição esteja nas áreas mais pobres e nas milhares de áreas irregulares espalhadas pelas cidades do país. Apesar do crescimento econômico e da transferência de renda que vivemos nos últimos anos, os dados do Censo 2010 do IBGE mostram que no Brasil ainda temos mais de 11 milhões de pessoas morando somente nestas áreas irregulares, sendo que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Bahia e Pernambuco concentram as maiores populações nessa situação. Somente esses 5 estados respondem por quase 8 milhões dos brasileiros vivendo em aglomerados subnormais (cerca de 70% do total).
    Se olharmos a perda de água potável nos sistemas de distribuição, por motivo de fraudes no sistema, erros de leitura dos hidrômetros ou vazamentos, veremos que no Brasil está na média de 37%, então é bom ver cidades como Limeira e Campinas, em São Paulo, que sistematicamente desenvolvem ações de combate às perdas, tais como a redução da pressão nas redes, investimentos na troca de redes, automatização na detecção de vazamentos, educação da população para o uso racional.
    A realidade ainda é mais assustadora quando vemos que no Brasil há mais escolas conectadas à internet do que dotadas de sistema de coleta de esgoto. A cobertura das escolas com rede de esgoto, entre 2010 e 2014, cresceu meros 5 pontos percentuais, de 42% para 47%, enquanto o de escolas com internet saltou de 47% para 61 %. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e mostram como o saneamento está atrasado no País.
    A boa notícia é que nos últimos anos o Brasil viveu um momento mais favorável ao saneamento, especialmente após a Lei nº 11.445 de 2007, o lançamento do PAC Saneamento, a criação do Ministério das Cidades e consequentemente a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. O país voltou a ter investimentos regulares, de 2007 a 2014, e entre os 100 maiores municípios, o Brasil tem umas 20 cidades que ostentam indicadores invejáveis de saneamento e que não ficam a dever aos países do primeiro mundo. Essas cidades, em contraste com a maioria dos municípios brasileiros, inclusive capitais, estão mais próximas da universalização dos serviços.
     Os recursos do PAC Saneamento ajudaram no avanço, mas infelizmente não conseguiram gerar todo o potencial de progresso que se esperava. Levantamentos do Instituto Trata Brasil feitos de 2009 a dezembro de 2014, envolvendo 330 obras de água e esgotos em cidades acima de 500 mil habitantes, mostram que mais de 40% das obras não cumprem o cronograma por estarem atrasadas, paralisadas ou não iniciadas.
    O cenário do saneamento básico mostra que independentemente do país contar com recursos públicos ou parcerias público-privadas, é essencial que exista vontade política e planejamento para resolver o problema. Como as crises geram oportunidades, talvez esse momento de escassez hídrica, que traz sofrimento à sociedade, desperte o desafio de usar melhor a água disponível e resolver definitivamente o problema dos esgotos. O fato da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 tratar do saneamento básico mostra que os esforços da sociedade começam a se congregar em busca de soluções mais realistas; cabe agora às autoridades entrarem na mesma sintonia.

(Por Édison Carlos – Presidente do Instituto Trata Brasil (Extraído da Revista O Ouro do Terceiro Milênio – Água, Guia Mundo em Foco Extra, Capítulo 3, Riscos e Ameaças – Análise, págs. 36 e 37, OnLine Editora, Março/2016.)

“O Brasil viveu um ‘apagão’ no setor sanitário de pelo menos duas décadas;...” (1º§) O vocábulo sublinhado, nessa frase, é um exemplo de linguagem\

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?O Brasil viveu um ?apagão? no setor sanitário de pelo menos duas décadas;...? (1º§) 

    ? Temos um emprego de uma linguagem conotativa (=conto de fadas, uma linguagem irreal, uma linguagem figurada).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Significado de antitético: Contrário; em direção contrária, no sentido oposto. Antagônico; baseado numa oposição; em que há antítese; oposição, numa mesma frase, duas palavras ou pensamentos de sentido oposto.

    Pejorativo - adjetivo - Que pode ofender ou tem o intuito de insultar; depreciativo: comentário pejorativo. - Que expressa ou denota algo desagradável, geralmente apresentado através da palavra.

    Denotação

    • Uma palavra é usada no sentido denotativo quando apresenta seu significado original independentemente do contexto em que aparece.

     Conotação: 

    • Uma palavra é usada no sentido conotativo quando apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes interpretações, dependendo do contexto em que esteja inserida, referindo-se a sentidos, associações e ideias que vão além do sentido original da palavra, ampliando sua significação mediante a circunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbólico.

    O Brasil viveu um ‘apagão’ no setor sanitário...

    * Dica: Procure associar Denotação com Dicionário: trata-se de definição literal, quando o termo é utilizado com o sentido que consta no dicionário.


ID
3352543
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Até quando deixaremos milhões de brasileiros sem água e saneamento?

    O Brasil viveu um “apagão” no setor sanitário de pelo menos duas décadas; a falta dessa infraestrutura se tornou ainda pior nas megalópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, entre outras onde esgotos foram sistematicamente lançados em rios e no mar tomando-se ícones do despreparo. Bairros famosos foram construídos sem redes de coleta de esgoto, consequentemente também sem as estações de tratamento. Regiões muito importantes para o turismo, como o Norte e Nordeste, atualmente são as que possuem os maiores desafios. Menos de 10% da população do Norte têm coleta de esgoto. Já no Nordeste, um pouco mais de 25% da população têm coleta de esgoto.
    A falta de serviços regulares de saneamento básico, portanto, está por toda parte, dos bairros mais nobres às favelas mais carentes. Mas é certo que a maior indefinição esteja nas áreas mais pobres e nas milhares de áreas irregulares espalhadas pelas cidades do país. Apesar do crescimento econômico e da transferência de renda que vivemos nos últimos anos, os dados do Censo 2010 do IBGE mostram que no Brasil ainda temos mais de 11 milhões de pessoas morando somente nestas áreas irregulares, sendo que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Bahia e Pernambuco concentram as maiores populações nessa situação. Somente esses 5 estados respondem por quase 8 milhões dos brasileiros vivendo em aglomerados subnormais (cerca de 70% do total).
    Se olharmos a perda de água potável nos sistemas de distribuição, por motivo de fraudes no sistema, erros de leitura dos hidrômetros ou vazamentos, veremos que no Brasil está na média de 37%, então é bom ver cidades como Limeira e Campinas, em São Paulo, que sistematicamente desenvolvem ações de combate às perdas, tais como a redução da pressão nas redes, investimentos na troca de redes, automatização na detecção de vazamentos, educação da população para o uso racional.
    A realidade ainda é mais assustadora quando vemos que no Brasil há mais escolas conectadas à internet do que dotadas de sistema de coleta de esgoto. A cobertura das escolas com rede de esgoto, entre 2010 e 2014, cresceu meros 5 pontos percentuais, de 42% para 47%, enquanto o de escolas com internet saltou de 47% para 61 %. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e mostram como o saneamento está atrasado no País.
    A boa notícia é que nos últimos anos o Brasil viveu um momento mais favorável ao saneamento, especialmente após a Lei nº 11.445 de 2007, o lançamento do PAC Saneamento, a criação do Ministério das Cidades e consequentemente a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. O país voltou a ter investimentos regulares, de 2007 a 2014, e entre os 100 maiores municípios, o Brasil tem umas 20 cidades que ostentam indicadores invejáveis de saneamento e que não ficam a dever aos países do primeiro mundo. Essas cidades, em contraste com a maioria dos municípios brasileiros, inclusive capitais, estão mais próximas da universalização dos serviços.
     Os recursos do PAC Saneamento ajudaram no avanço, mas infelizmente não conseguiram gerar todo o potencial de progresso que se esperava. Levantamentos do Instituto Trata Brasil feitos de 2009 a dezembro de 2014, envolvendo 330 obras de água e esgotos em cidades acima de 500 mil habitantes, mostram que mais de 40% das obras não cumprem o cronograma por estarem atrasadas, paralisadas ou não iniciadas.
    O cenário do saneamento básico mostra que independentemente do país contar com recursos públicos ou parcerias público-privadas, é essencial que exista vontade política e planejamento para resolver o problema. Como as crises geram oportunidades, talvez esse momento de escassez hídrica, que traz sofrimento à sociedade, desperte o desafio de usar melhor a água disponível e resolver definitivamente o problema dos esgotos. O fato da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 tratar do saneamento básico mostra que os esforços da sociedade começam a se congregar em busca de soluções mais realistas; cabe agora às autoridades entrarem na mesma sintonia.

(Por Édison Carlos – Presidente do Instituto Trata Brasil (Extraído da Revista O Ouro do Terceiro Milênio – Água, Guia Mundo em Foco Extra, Capítulo 3, Riscos e Ameaças – Análise, págs. 36 e 37, OnLine Editora, Março/2016.)

Até quando deixaremos milhões de brasileiros sem água e saneamento?” O período anterior

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Até quando deixaremos milhões de brasileiros sem água e saneamento?

    ? O título traz uma antecipação daquilo que será tratado de maneira principal no texto, ele nos mostra qual será o tema de que o autor decorrerá.

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3352546
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Até quando deixaremos milhões de brasileiros sem água e saneamento?

    O Brasil viveu um “apagão” no setor sanitário de pelo menos duas décadas; a falta dessa infraestrutura se tornou ainda pior nas megalópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, entre outras onde esgotos foram sistematicamente lançados em rios e no mar tomando-se ícones do despreparo. Bairros famosos foram construídos sem redes de coleta de esgoto, consequentemente também sem as estações de tratamento. Regiões muito importantes para o turismo, como o Norte e Nordeste, atualmente são as que possuem os maiores desafios. Menos de 10% da população do Norte têm coleta de esgoto. Já no Nordeste, um pouco mais de 25% da população têm coleta de esgoto.
    A falta de serviços regulares de saneamento básico, portanto, está por toda parte, dos bairros mais nobres às favelas mais carentes. Mas é certo que a maior indefinição esteja nas áreas mais pobres e nas milhares de áreas irregulares espalhadas pelas cidades do país. Apesar do crescimento econômico e da transferência de renda que vivemos nos últimos anos, os dados do Censo 2010 do IBGE mostram que no Brasil ainda temos mais de 11 milhões de pessoas morando somente nestas áreas irregulares, sendo que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Bahia e Pernambuco concentram as maiores populações nessa situação. Somente esses 5 estados respondem por quase 8 milhões dos brasileiros vivendo em aglomerados subnormais (cerca de 70% do total).
    Se olharmos a perda de água potável nos sistemas de distribuição, por motivo de fraudes no sistema, erros de leitura dos hidrômetros ou vazamentos, veremos que no Brasil está na média de 37%, então é bom ver cidades como Limeira e Campinas, em São Paulo, que sistematicamente desenvolvem ações de combate às perdas, tais como a redução da pressão nas redes, investimentos na troca de redes, automatização na detecção de vazamentos, educação da população para o uso racional.
    A realidade ainda é mais assustadora quando vemos que no Brasil há mais escolas conectadas à internet do que dotadas de sistema de coleta de esgoto. A cobertura das escolas com rede de esgoto, entre 2010 e 2014, cresceu meros 5 pontos percentuais, de 42% para 47%, enquanto o de escolas com internet saltou de 47% para 61 %. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e mostram como o saneamento está atrasado no País.
    A boa notícia é que nos últimos anos o Brasil viveu um momento mais favorável ao saneamento, especialmente após a Lei nº 11.445 de 2007, o lançamento do PAC Saneamento, a criação do Ministério das Cidades e consequentemente a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. O país voltou a ter investimentos regulares, de 2007 a 2014, e entre os 100 maiores municípios, o Brasil tem umas 20 cidades que ostentam indicadores invejáveis de saneamento e que não ficam a dever aos países do primeiro mundo. Essas cidades, em contraste com a maioria dos municípios brasileiros, inclusive capitais, estão mais próximas da universalização dos serviços.
     Os recursos do PAC Saneamento ajudaram no avanço, mas infelizmente não conseguiram gerar todo o potencial de progresso que se esperava. Levantamentos do Instituto Trata Brasil feitos de 2009 a dezembro de 2014, envolvendo 330 obras de água e esgotos em cidades acima de 500 mil habitantes, mostram que mais de 40% das obras não cumprem o cronograma por estarem atrasadas, paralisadas ou não iniciadas.
    O cenário do saneamento básico mostra que independentemente do país contar com recursos públicos ou parcerias público-privadas, é essencial que exista vontade política e planejamento para resolver o problema. Como as crises geram oportunidades, talvez esse momento de escassez hídrica, que traz sofrimento à sociedade, desperte o desafio de usar melhor a água disponível e resolver definitivamente o problema dos esgotos. O fato da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 tratar do saneamento básico mostra que os esforços da sociedade começam a se congregar em busca de soluções mais realistas; cabe agora às autoridades entrarem na mesma sintonia.

(Por Édison Carlos – Presidente do Instituto Trata Brasil (Extraído da Revista O Ouro do Terceiro Milênio – Água, Guia Mundo em Foco Extra, Capítulo 3, Riscos e Ameaças – Análise, págs. 36 e 37, OnLine Editora, Março/2016.)

O segmento a seguir que apresenta adjetivo sem variação de grau é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Bairros famosos foram construídos sem redes de coleta de esgoto,…” (1º§)

  • Gabarito: Letra A.

    Lembrem-se que os graus do adjetivo são:

    1- comparativo (de igualdade, superioridade, inferioridade).

    2- superlativo (relativo e absoluto). O absoluto ainda apresenta uma subdivisão (analítico e sintético).

    Ao analisar as frases das alternativas, observa-se que a única que possui um adjetivo sem variação de grau é a alternativa "A".

  • Todas as alternativas, exceto a letra A, possuem adjetivos com grau superlativo relativo.

  • Não sei se estou fazendo uma prova ou lendo um livro...

  • Grau do adjetivo. Comparativo e Superlativo

    • Superlativo 

    Engrandece a qualidade de um elemento. São dois os superlativos de um adjetivo: superlativo absoluto e superlativo relativo. 

    Superlativo absoluto: divide-se em dois analítico e sintético 

    > analítico = o adjetivo é modificado por um advérbio:

    • Ex. Carla é muito inteligente

    > sintético = quando há o acréscimo de um sufixo (-issimo, -érrimo, -ilimo)

    • Ex. Carla é inteligentíssima. 

    Superlativo relativo: de superioridade e de inferioridade. 

    > de superioridade = Enaltece a qualidade do substantivo como "o mais" dentre todos os outros. Ex.:

    • Carla é a mais inteligente.

    > da inferioridade = Enaltece a qualidade do substantivo como "o menos" dentre todos os outros. Ex.:

    • Carla é a menos inteligente.

    Bairros famosos foram construídos sem redes de coleta de esgoto,…” (1º§)

    Gabarito

    “... nos últimos anos o Brasil viveu um momento mais favorável ao saneamento,...” (5º§)

    Superlativo absoluto analítico

    “… portanto, está por toda a parte, dos bairros mais nobres às favelas mais carentes.” (2º§)

    Superlativo absoluto analítico

    “... os esforços da sociedade começam a se congregar em busca de soluções mais realistas,...” (7º§)

    Superlativo absoluto analítico

  • GABARITO - A

    A Variação de grau pode acontecer por meio de Superlativo Absoluto

    Analítico. = Usamos uma palavra de Intensidade =

    Ele é extremamente inteligente

    Ele é demasiadamente estudioso.

    Bons estudos!


ID
3352549
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Até quando deixaremos milhões de brasileiros sem água e saneamento?

    O Brasil viveu um “apagão” no setor sanitário de pelo menos duas décadas; a falta dessa infraestrutura se tornou ainda pior nas megalópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, entre outras onde esgotos foram sistematicamente lançados em rios e no mar tomando-se ícones do despreparo. Bairros famosos foram construídos sem redes de coleta de esgoto, consequentemente também sem as estações de tratamento. Regiões muito importantes para o turismo, como o Norte e Nordeste, atualmente são as que possuem os maiores desafios. Menos de 10% da população do Norte têm coleta de esgoto. Já no Nordeste, um pouco mais de 25% da população têm coleta de esgoto.
    A falta de serviços regulares de saneamento básico, portanto, está por toda parte, dos bairros mais nobres às favelas mais carentes. Mas é certo que a maior indefinição esteja nas áreas mais pobres e nas milhares de áreas irregulares espalhadas pelas cidades do país. Apesar do crescimento econômico e da transferência de renda que vivemos nos últimos anos, os dados do Censo 2010 do IBGE mostram que no Brasil ainda temos mais de 11 milhões de pessoas morando somente nestas áreas irregulares, sendo que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Bahia e Pernambuco concentram as maiores populações nessa situação. Somente esses 5 estados respondem por quase 8 milhões dos brasileiros vivendo em aglomerados subnormais (cerca de 70% do total).
    Se olharmos a perda de água potável nos sistemas de distribuição, por motivo de fraudes no sistema, erros de leitura dos hidrômetros ou vazamentos, veremos que no Brasil está na média de 37%, então é bom ver cidades como Limeira e Campinas, em São Paulo, que sistematicamente desenvolvem ações de combate às perdas, tais como a redução da pressão nas redes, investimentos na troca de redes, automatização na detecção de vazamentos, educação da população para o uso racional.
    A realidade ainda é mais assustadora quando vemos que no Brasil há mais escolas conectadas à internet do que dotadas de sistema de coleta de esgoto. A cobertura das escolas com rede de esgoto, entre 2010 e 2014, cresceu meros 5 pontos percentuais, de 42% para 47%, enquanto o de escolas com internet saltou de 47% para 61 %. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e mostram como o saneamento está atrasado no País.
    A boa notícia é que nos últimos anos o Brasil viveu um momento mais favorável ao saneamento, especialmente após a Lei nº 11.445 de 2007, o lançamento do PAC Saneamento, a criação do Ministério das Cidades e consequentemente a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. O país voltou a ter investimentos regulares, de 2007 a 2014, e entre os 100 maiores municípios, o Brasil tem umas 20 cidades que ostentam indicadores invejáveis de saneamento e que não ficam a dever aos países do primeiro mundo. Essas cidades, em contraste com a maioria dos municípios brasileiros, inclusive capitais, estão mais próximas da universalização dos serviços.
     Os recursos do PAC Saneamento ajudaram no avanço, mas infelizmente não conseguiram gerar todo o potencial de progresso que se esperava. Levantamentos do Instituto Trata Brasil feitos de 2009 a dezembro de 2014, envolvendo 330 obras de água e esgotos em cidades acima de 500 mil habitantes, mostram que mais de 40% das obras não cumprem o cronograma por estarem atrasadas, paralisadas ou não iniciadas.
    O cenário do saneamento básico mostra que independentemente do país contar com recursos públicos ou parcerias público-privadas, é essencial que exista vontade política e planejamento para resolver o problema. Como as crises geram oportunidades, talvez esse momento de escassez hídrica, que traz sofrimento à sociedade, desperte o desafio de usar melhor a água disponível e resolver definitivamente o problema dos esgotos. O fato da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 tratar do saneamento básico mostra que os esforços da sociedade começam a se congregar em busca de soluções mais realistas; cabe agora às autoridades entrarem na mesma sintonia.

(Por Édison Carlos – Presidente do Instituto Trata Brasil (Extraído da Revista O Ouro do Terceiro Milênio – Água, Guia Mundo em Foco Extra, Capítulo 3, Riscos e Ameaças – Análise, págs. 36 e 37, OnLine Editora, Março/2016.)

Apesar do crescimento econômico e da transferência de renda que vivemos nos últimos anos, os dados do Censo 2010 do IBGE mostram que no Brasil ainda temos mais de 11 milhões de pessoas morando somente nestas áreas irregulares, sendo que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Bahia e Pernambuco concentram as maiores populações nessa situação.” (2º§) Os conectivos são de grande importância na construção textual, mantendo a coerência de ideias. No excerto anterior, o conectivo em destaque possui valor semântico de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?Apesar do crescimento econômico e da transferência de renda que vivemos nos últimos anos, os dados do Censo 2010 do IBGE mostram que no Brasil ainda temos mais de 11 milhões de pessoas morando somente nestas áreas irregulares, sendo que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Bahia e Pernambuco concentram as maiores populações nessa situação.? (2º§) 

    ? Temos uma locução prepositiva que expressa valor semântico de concessão, ela equivale às conjunções subordinativas concessivas.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Concessão:

    APESAR DE

    EMBORA

    CONQUANTO

    MESMO QUE

    NÃO OBSTANTE


ID
3352552
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Até quando deixaremos milhões de brasileiros sem água e saneamento?

    O Brasil viveu um “apagão” no setor sanitário de pelo menos duas décadas; a falta dessa infraestrutura se tornou ainda pior nas megalópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, entre outras onde esgotos foram sistematicamente lançados em rios e no mar tomando-se ícones do despreparo. Bairros famosos foram construídos sem redes de coleta de esgoto, consequentemente também sem as estações de tratamento. Regiões muito importantes para o turismo, como o Norte e Nordeste, atualmente são as que possuem os maiores desafios. Menos de 10% da população do Norte têm coleta de esgoto. Já no Nordeste, um pouco mais de 25% da população têm coleta de esgoto.
    A falta de serviços regulares de saneamento básico, portanto, está por toda parte, dos bairros mais nobres às favelas mais carentes. Mas é certo que a maior indefinição esteja nas áreas mais pobres e nas milhares de áreas irregulares espalhadas pelas cidades do país. Apesar do crescimento econômico e da transferência de renda que vivemos nos últimos anos, os dados do Censo 2010 do IBGE mostram que no Brasil ainda temos mais de 11 milhões de pessoas morando somente nestas áreas irregulares, sendo que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Bahia e Pernambuco concentram as maiores populações nessa situação. Somente esses 5 estados respondem por quase 8 milhões dos brasileiros vivendo em aglomerados subnormais (cerca de 70% do total).
    Se olharmos a perda de água potável nos sistemas de distribuição, por motivo de fraudes no sistema, erros de leitura dos hidrômetros ou vazamentos, veremos que no Brasil está na média de 37%, então é bom ver cidades como Limeira e Campinas, em São Paulo, que sistematicamente desenvolvem ações de combate às perdas, tais como a redução da pressão nas redes, investimentos na troca de redes, automatização na detecção de vazamentos, educação da população para o uso racional.
    A realidade ainda é mais assustadora quando vemos que no Brasil há mais escolas conectadas à internet do que dotadas de sistema de coleta de esgoto. A cobertura das escolas com rede de esgoto, entre 2010 e 2014, cresceu meros 5 pontos percentuais, de 42% para 47%, enquanto o de escolas com internet saltou de 47% para 61 %. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e mostram como o saneamento está atrasado no País.
    A boa notícia é que nos últimos anos o Brasil viveu um momento mais favorável ao saneamento, especialmente após a Lei nº 11.445 de 2007, o lançamento do PAC Saneamento, a criação do Ministério das Cidades e consequentemente a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. O país voltou a ter investimentos regulares, de 2007 a 2014, e entre os 100 maiores municípios, o Brasil tem umas 20 cidades que ostentam indicadores invejáveis de saneamento e que não ficam a dever aos países do primeiro mundo. Essas cidades, em contraste com a maioria dos municípios brasileiros, inclusive capitais, estão mais próximas da universalização dos serviços.
     Os recursos do PAC Saneamento ajudaram no avanço, mas infelizmente não conseguiram gerar todo o potencial de progresso que se esperava. Levantamentos do Instituto Trata Brasil feitos de 2009 a dezembro de 2014, envolvendo 330 obras de água e esgotos em cidades acima de 500 mil habitantes, mostram que mais de 40% das obras não cumprem o cronograma por estarem atrasadas, paralisadas ou não iniciadas.
    O cenário do saneamento básico mostra que independentemente do país contar com recursos públicos ou parcerias público-privadas, é essencial que exista vontade política e planejamento para resolver o problema. Como as crises geram oportunidades, talvez esse momento de escassez hídrica, que traz sofrimento à sociedade, desperte o desafio de usar melhor a água disponível e resolver definitivamente o problema dos esgotos. O fato da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 tratar do saneamento básico mostra que os esforços da sociedade começam a se congregar em busca de soluções mais realistas; cabe agora às autoridades entrarem na mesma sintonia.

(Por Édison Carlos – Presidente do Instituto Trata Brasil (Extraído da Revista O Ouro do Terceiro Milênio – Água, Guia Mundo em Foco Extra, Capítulo 3, Riscos e Ameaças – Análise, págs. 36 e 37, OnLine Editora, Março/2016.)

O “a” sublinhado que deverá levar o acento indicativo de crase está na seguinte alternativa:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? A população brasileira chegou a conclusão de que é necessário usar melhor a água disponível no planeta.

    ? Chegou a alguma coisa (=preposição "a") + artigo definido "a" que acompanha o substantivo feminino "conclusão" (=crase).

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  • GABARITO - C

    A população brasileira chegou à conclusão de que é necessário usar melhor a água disponível no planeta.

    Chegou ao resultado

    ______________________

    Substituindo o feminino pelo masculino.. apareceu " ao" = crase.

    Funciona na maioria dos casos!

    Bons estudos!

  • GABARITO: LETRA C


ID
3352555
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Até quando deixaremos milhões de brasileiros sem água e saneamento?

    O Brasil viveu um “apagão” no setor sanitário de pelo menos duas décadas; a falta dessa infraestrutura se tornou ainda pior nas megalópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, entre outras onde esgotos foram sistematicamente lançados em rios e no mar tomando-se ícones do despreparo. Bairros famosos foram construídos sem redes de coleta de esgoto, consequentemente também sem as estações de tratamento. Regiões muito importantes para o turismo, como o Norte e Nordeste, atualmente são as que possuem os maiores desafios. Menos de 10% da população do Norte têm coleta de esgoto. Já no Nordeste, um pouco mais de 25% da população têm coleta de esgoto.
    A falta de serviços regulares de saneamento básico, portanto, está por toda parte, dos bairros mais nobres às favelas mais carentes. Mas é certo que a maior indefinição esteja nas áreas mais pobres e nas milhares de áreas irregulares espalhadas pelas cidades do país. Apesar do crescimento econômico e da transferência de renda que vivemos nos últimos anos, os dados do Censo 2010 do IBGE mostram que no Brasil ainda temos mais de 11 milhões de pessoas morando somente nestas áreas irregulares, sendo que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Bahia e Pernambuco concentram as maiores populações nessa situação. Somente esses 5 estados respondem por quase 8 milhões dos brasileiros vivendo em aglomerados subnormais (cerca de 70% do total).
    Se olharmos a perda de água potável nos sistemas de distribuição, por motivo de fraudes no sistema, erros de leitura dos hidrômetros ou vazamentos, veremos que no Brasil está na média de 37%, então é bom ver cidades como Limeira e Campinas, em São Paulo, que sistematicamente desenvolvem ações de combate às perdas, tais como a redução da pressão nas redes, investimentos na troca de redes, automatização na detecção de vazamentos, educação da população para o uso racional.
    A realidade ainda é mais assustadora quando vemos que no Brasil há mais escolas conectadas à internet do que dotadas de sistema de coleta de esgoto. A cobertura das escolas com rede de esgoto, entre 2010 e 2014, cresceu meros 5 pontos percentuais, de 42% para 47%, enquanto o de escolas com internet saltou de 47% para 61 %. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e mostram como o saneamento está atrasado no País.
    A boa notícia é que nos últimos anos o Brasil viveu um momento mais favorável ao saneamento, especialmente após a Lei nº 11.445 de 2007, o lançamento do PAC Saneamento, a criação do Ministério das Cidades e consequentemente a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. O país voltou a ter investimentos regulares, de 2007 a 2014, e entre os 100 maiores municípios, o Brasil tem umas 20 cidades que ostentam indicadores invejáveis de saneamento e que não ficam a dever aos países do primeiro mundo. Essas cidades, em contraste com a maioria dos municípios brasileiros, inclusive capitais, estão mais próximas da universalização dos serviços.
     Os recursos do PAC Saneamento ajudaram no avanço, mas infelizmente não conseguiram gerar todo o potencial de progresso que se esperava. Levantamentos do Instituto Trata Brasil feitos de 2009 a dezembro de 2014, envolvendo 330 obras de água e esgotos em cidades acima de 500 mil habitantes, mostram que mais de 40% das obras não cumprem o cronograma por estarem atrasadas, paralisadas ou não iniciadas.
    O cenário do saneamento básico mostra que independentemente do país contar com recursos públicos ou parcerias público-privadas, é essencial que exista vontade política e planejamento para resolver o problema. Como as crises geram oportunidades, talvez esse momento de escassez hídrica, que traz sofrimento à sociedade, desperte o desafio de usar melhor a água disponível e resolver definitivamente o problema dos esgotos. O fato da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 tratar do saneamento básico mostra que os esforços da sociedade começam a se congregar em busca de soluções mais realistas; cabe agora às autoridades entrarem na mesma sintonia.

(Por Édison Carlos – Presidente do Instituto Trata Brasil (Extraído da Revista O Ouro do Terceiro Milênio – Água, Guia Mundo em Foco Extra, Capítulo 3, Riscos e Ameaças – Análise, págs. 36 e 37, OnLine Editora, Março/2016.)

Bairros famosos foram construídos sem redes de coleta de esgoto, consequentemente também sem as estações de tratamento. Regiões muito importantes para o turismo, como o Norte e Nordeste, atualmente são as que possuem os maiores desafios. Menos de 10% da população do Norte têm coleta de esgoto.” (1º§) Nesse segmento do texto, a forma verbal sublinhada que apresenta ERRO em relação à concordância é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Menos de 10% da população do Norte têm coleta de esgoto.? (1º§) 

    ? Aqui a banca adotou pensamentos gramáticos que indicam que a concordância deve ser feita com o termo especificado "da população", logo, o correto seria "tem"; essa prova é para professor de Português, para concursos normais, na maioria das vezes, a concordância é facultativa.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Arthur está em todas!kkkk

  • Realmente chegamos ao gabarito por eliminação, mas cumpre asseverar o seguinte:

    Bairros famosos foram construídos sem redes de coleta de esgoto, consequentemente também sem as estações de tratamento. Regiões muito importantes para o turismo, como o Norte e Nordeste, atualmente são as que possuem os maiores desafios. Menos de 10% da população do Norte têm coleta de esgoto.”

    A) São as regiões que possuem os maiores desafios.

    B) têm.

    Tem= Singular

    Têm= Plural

    A partir de 2% = Plural. 2% faltaram à reunião.

    A maioria da gramática entende ser válida no caso da questão dupla possibilidade=

    10% da população TÊM

    10% da população TEM

    C) foram.

    Quem foi construído sem rede de coleta (..)

    Os Bairros (..)

    D) possuem.

    As regiões que possuem os maiores (...)

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • A concordância de Coletivos é facultativo quando vier especificado.

  • Novamente questão da IDECAN cravando como errado um item certo. Inexiste erro nos termos destacados. A pergunta do ano de 2016 deva ser a razão para isso. Atualmente não há discussão sobre a concordância nominal em testilha.

  • Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo.

    Exemplo: 25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação.

    Fonte: https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint51.php

  • "Q1114987 "nessa questão não admite a possibilidade da dupla concordância... Difícil estudar para essa banca quando ela traz contradições no gabarito sobre o mesmo assunto.

  • Na questão , Q1114987 , a banca mantém entendimento diverso, admitindo-se como correto:

    I. “Segundo ela, cerca de 50% dos adultos com insônia têm problemas mentais e 90% das pessoas com depressão sofrem para dormir.” (2º§) / Caso “dos adultos” fosse substituído por “do grupo”, a concordância verbal do verbo “ter” poderia variar.