Bento Rodrigues tem cor de tragédia e cheiro de morte
O cheiro de morte cerca Bento Rodrigues inteiro. É o cheiro da decomposição dos animais que a avalanche de lama
soterrou no começo de novembro, após o rompimento da barragem do Fundão. E tem a cor da tragédia: o marrom das
casas, das árvores e dos pássaros que mergulham nas poças de água cheias de rejeitos de minério. Um vazio marrom
domina todo o centro do extinto distrito de Mariana. As casas que não foram levadas viraram escombros.
Dentro e em volta delas, os rastros do caos: roupas, panelas, sofás, brinquedos e documentos espalhados, motos
soterradas, carros destruídos, cachorros e galinhas abandonadas. É clichê, mas é real: o lugar virou cenário de filme
pós‐apocalíptico. Com direito até a um cartão postal: a imagem do carro carregado pela lama e colocado caprichosamente
sobre o muro de uma casa. Só algumas poucas casas e um ginásio permaneceram quase intactos – e foi ali onde centenas
de pessoas se abrigaram à espera do resgate.
A lama que saiu da barragem da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo‐australiana BHP Billiton,
devastou também outras áreas próximas de Mariana. A pequena cidade de Barra Longa perdeu casas e a praça principal
– os bancos e as árvores deram lugar aos caminhões de limpeza. Mas ainda não se compara visualmente ao estrago de
Bento Rodrigues. A lama varreu de vez o distrito, tirou o ponto do mapa. Por ali nunca mais vão existir casas, bairros ou
a famosa fábrica artesanal de geleia de pimenta? A Samarco, responsável pela destruição, pretende reconstruir Bento
em outro lugar. Ali talvez vire até outra barragem (os moradores contam que a mineradora já cobiçava comprar as casas
e o terreno de Bento Rodrigues há algum tempo).
Por ora, 356 pessoas que viviam por lá estão hospedadas em hotéis de Mariana. Há 22 dias, essas pessoas vivem
sob as regras do hotel, com horário pré‐determinado para comer, sem espaço para as crianças brincarem. Perderam
não só a casa e o bairro. Perderam a vida que levavam. Boa parte agora deles passa o dia em frente aos hotéis. E volta e
meia os funcionários da Samarco aparecem para perguntar por uma ou outra pessoa para falar sobre indenização ou
oferecer uma casa alugada.
Mas nem depois dessa tragédia toda, do maior desastre ambiental da história do Brasil, a Samarco perde poder ou
moral em Mariana. Pouca gente se atreve a falar mal da mineradora – e muitos ainda a defendem. “Não fala mal da
Samarco por aí que o pessoal fica bravo", avisou um morador. Toda a história da cidade está ligada à mineração. Se
antes o ouro guiava a economia da região, hoje é o minério de ferro. 80% da economia local é ligada direta
ou indiretamente à atividade. É daí que vem todo o poder das mineradoras: a maior parte da população trabalha lá e
tem medo de perder a única fonte de renda. Mas enquanto a Samarco fatura milhões com a exploração de minérios, a
cidade segue pobre e corrupta (foram 7 prefeitos em 5 anos).
E essa “mãezona" abandonou as crias no momento da tragédia. Ou melhor: expôs todos eles ao perigo. Passou
anos sem colocar em ação um programa emergencial, mesmo a barragem do Fundão sendo classificada de alto risco, e
ainda aumentou a produção de rejeitos no último ano. Foi por isso que as pessoas de Bento Rodrigues não receberam
alarmes, foi a comunicação dos funcionários pelo rádio que salvou a vida de dezenas de pessoas. Agora a Samarco
trabalha para tentar reparar os irreparáveis danos causados às vítimas (sem qualquer questionamento do governo
municipal ou estadual: o acompanhamento psicossocial, por exemplo, é feito por funcionários da mineradora). Até lá,
espera‐se que a barragem de Germano, muito maior que a do Fundão, não tenha o mesmo fim que a outra. (Carol Castro, Felipe Floresti. Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/bento‐rodrigues‐tem‐cor‐de‐tragedia‐e‐cheiro‐de‐morte.
Acesso em: 01/12/2015.)
Bento Rodrigues tem cor de tragédia e cheiro de morte
O cheiro de morte cerca Bento Rodrigues inteiro. É o cheiro da decomposição dos animais que a avalanche de lama
soterrou no começo de novembro, após o rompimento da barragem do Fundão. E tem a cor da tragédia: o marrom das
casas, das árvores e dos pássaros que mergulham nas poças de água cheias de rejeitos de minério. Um vazio marrom
domina todo o centro do extinto distrito de Mariana. As casas que não foram levadas viraram escombros.
Dentro e em volta delas, os rastros do caos: roupas, panelas, sofás, brinquedos e documentos espalhados, motos
soterradas, carros destruídos, cachorros e galinhas abandonadas. É clichê, mas é real: o lugar virou cenário de filme
pós‐apocalíptico. Com direito até a um cartão postal: a imagem do carro carregado pela lama e colocado caprichosamente
sobre o muro de uma casa. Só algumas poucas casas e um ginásio permaneceram quase intactos – e foi ali onde centenas
de pessoas se abrigaram à espera do resgate.
A lama que saiu da barragem da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo‐australiana BHP Billiton,
devastou também outras áreas próximas de Mariana. A pequena cidade de Barra Longa perdeu casas e a praça principal
– os bancos e as árvores deram lugar aos caminhões de limpeza. Mas ainda não se compara visualmente ao estrago de
Bento Rodrigues. A lama varreu de vez o distrito, tirou o ponto do mapa. Por ali nunca mais vão existir casas, bairros ou
a famosa fábrica artesanal de geleia de pimenta? A Samarco, responsável pela destruição, pretende reconstruir Bento
em outro lugar. Ali talvez vire até outra barragem (os moradores contam que a mineradora já cobiçava comprar as casas
e o terreno de Bento Rodrigues há algum tempo).
Por ora, 356 pessoas que viviam por lá estão hospedadas em hotéis de Mariana. Há 22 dias, essas pessoas vivem
sob as regras do hotel, com horário pré‐determinado para comer, sem espaço para as crianças brincarem. Perderam
não só a casa e o bairro. Perderam a vida que levavam. Boa parte agora deles passa o dia em frente aos hotéis. E volta e
meia os funcionários da Samarco aparecem para perguntar por uma ou outra pessoa para falar sobre indenização ou
oferecer uma casa alugada.
Mas nem depois dessa tragédia toda, do maior desastre ambiental da história do Brasil, a Samarco perde poder ou
moral em Mariana. Pouca gente se atreve a falar mal da mineradora – e muitos ainda a defendem. “Não fala mal da
Samarco por aí que o pessoal fica bravo", avisou um morador. Toda a história da cidade está ligada à mineração. Se
antes o ouro guiava a economia da região, hoje é o minério de ferro. 80% da economia local é ligada direta
ou indiretamente à atividade. É daí que vem todo o poder das mineradoras: a maior parte da população trabalha lá e
tem medo de perder a única fonte de renda. Mas enquanto a Samarco fatura milhões com a exploração de minérios, a
cidade segue pobre e corrupta (foram 7 prefeitos em 5 anos).
E essa “mãezona" abandonou as crias no momento da tragédia. Ou melhor: expôs todos eles ao perigo. Passou
anos sem colocar em ação um programa emergencial, mesmo a barragem do Fundão sendo classificada de alto risco, e
ainda aumentou a produção de rejeitos no último ano. Foi por isso que as pessoas de Bento Rodrigues não receberam
alarmes, foi a comunicação dos funcionários pelo rádio que salvou a vida de dezenas de pessoas. Agora a Samarco
trabalha para tentar reparar os irreparáveis danos causados às vítimas (sem qualquer questionamento do governo
municipal ou estadual: o acompanhamento psicossocial, por exemplo, é feito por funcionários da mineradora). Até lá,
espera‐se que a barragem de Germano, muito maior que a do Fundão, não tenha o mesmo fim que a outra. (Carol Castro, Felipe Floresti. Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/bento‐rodrigues‐tem‐cor‐de‐tragedia‐e‐cheiro‐de‐morte.
Acesso em: 01/12/2015.)
“A lama que saiu da barragem da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo‐australiana BHP Billiton, devastou também outras áreas próximas de Mariana." O trecho anteriormente sublinhado é classificado, de acordo
com o contexto, como:
Bento Rodrigues tem cor de tragédia e cheiro de morte
O cheiro de morte cerca Bento Rodrigues inteiro. É o cheiro da decomposição dos animais que a avalanche de lama
soterrou no começo de novembro, após o rompimento da barragem do Fundão. E tem a cor da tragédia: o marrom das
casas, das árvores e dos pássaros que mergulham nas poças de água cheias de rejeitos de minério. Um vazio marrom
domina todo o centro do extinto distrito de Mariana. As casas que não foram levadas viraram escombros.
Dentro e em volta delas, os rastros do caos: roupas, panelas, sofás, brinquedos e documentos espalhados, motos
soterradas, carros destruídos, cachorros e galinhas abandonadas. É clichê, mas é real: o lugar virou cenário de filme
pós‐apocalíptico. Com direito até a um cartão postal: a imagem do carro carregado pela lama e colocado caprichosamente
sobre o muro de uma casa. Só algumas poucas casas e um ginásio permaneceram quase intactos – e foi ali onde centenas
de pessoas se abrigaram à espera do resgate.
A lama que saiu da barragem da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo‐australiana BHP Billiton,
devastou também outras áreas próximas de Mariana. A pequena cidade de Barra Longa perdeu casas e a praça principal
– os bancos e as árvores deram lugar aos caminhões de limpeza. Mas ainda não se compara visualmente ao estrago de
Bento Rodrigues. A lama varreu de vez o distrito, tirou o ponto do mapa. Por ali nunca mais vão existir casas, bairros ou
a famosa fábrica artesanal de geleia de pimenta? A Samarco, responsável pela destruição, pretende reconstruir Bento
em outro lugar. Ali talvez vire até outra barragem (os moradores contam que a mineradora já cobiçava comprar as casas
e o terreno de Bento Rodrigues há algum tempo).
Por ora, 356 pessoas que viviam por lá estão hospedadas em hotéis de Mariana. Há 22 dias, essas pessoas vivem
sob as regras do hotel, com horário pré‐determinado para comer, sem espaço para as crianças brincarem. Perderam
não só a casa e o bairro. Perderam a vida que levavam. Boa parte agora deles passa o dia em frente aos hotéis. E volta e
meia os funcionários da Samarco aparecem para perguntar por uma ou outra pessoa para falar sobre indenização ou
oferecer uma casa alugada.
Mas nem depois dessa tragédia toda, do maior desastre ambiental da história do Brasil, a Samarco perde poder ou
moral em Mariana. Pouca gente se atreve a falar mal da mineradora – e muitos ainda a defendem. “Não fala mal da
Samarco por aí que o pessoal fica bravo", avisou um morador. Toda a história da cidade está ligada à mineração. Se
antes o ouro guiava a economia da região, hoje é o minério de ferro. 80% da economia local é ligada direta
ou indiretamente à atividade. É daí que vem todo o poder das mineradoras: a maior parte da população trabalha lá e
tem medo de perder a única fonte de renda. Mas enquanto a Samarco fatura milhões com a exploração de minérios, a
cidade segue pobre e corrupta (foram 7 prefeitos em 5 anos).
E essa “mãezona" abandonou as crias no momento da tragédia. Ou melhor: expôs todos eles ao perigo. Passou
anos sem colocar em ação um programa emergencial, mesmo a barragem do Fundão sendo classificada de alto risco, e
ainda aumentou a produção de rejeitos no último ano. Foi por isso que as pessoas de Bento Rodrigues não receberam
alarmes, foi a comunicação dos funcionários pelo rádio que salvou a vida de dezenas de pessoas. Agora a Samarco
trabalha para tentar reparar os irreparáveis danos causados às vítimas (sem qualquer questionamento do governo
municipal ou estadual: o acompanhamento psicossocial, por exemplo, é feito por funcionários da mineradora). Até lá,
espera‐se que a barragem de Germano, muito maior que a do Fundão, não tenha o mesmo fim que a outra. (Carol Castro, Felipe Floresti. Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/bento‐rodrigues‐tem‐cor‐de‐tragedia‐e‐cheiro‐de‐morte.
Acesso em: 01/12/2015.)
Em “É clichê, mas é real: o lugar virou cenário de filme pós‐apocalíptico.” (2º§), o termo sublinhado NÃO remete ao
trecho anterior o significado de:
Bento Rodrigues tem cor de tragédia e cheiro de morte
O cheiro de morte cerca Bento Rodrigues inteiro. É o cheiro da decomposição dos animais que a avalanche de lama
soterrou no começo de novembro, após o rompimento da barragem do Fundão. E tem a cor da tragédia: o marrom das
casas, das árvores e dos pássaros que mergulham nas poças de água cheias de rejeitos de minério. Um vazio marrom
domina todo o centro do extinto distrito de Mariana. As casas que não foram levadas viraram escombros.
Dentro e em volta delas, os rastros do caos: roupas, panelas, sofás, brinquedos e documentos espalhados, motos
soterradas, carros destruídos, cachorros e galinhas abandonadas. É clichê, mas é real: o lugar virou cenário de filme
pós‐apocalíptico. Com direito até a um cartão postal: a imagem do carro carregado pela lama e colocado caprichosamente
sobre o muro de uma casa. Só algumas poucas casas e um ginásio permaneceram quase intactos – e foi ali onde centenas
de pessoas se abrigaram à espera do resgate.
A lama que saiu da barragem da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo‐australiana BHP Billiton,
devastou também outras áreas próximas de Mariana. A pequena cidade de Barra Longa perdeu casas e a praça principal
– os bancos e as árvores deram lugar aos caminhões de limpeza. Mas ainda não se compara visualmente ao estrago de
Bento Rodrigues. A lama varreu de vez o distrito, tirou o ponto do mapa. Por ali nunca mais vão existir casas, bairros ou
a famosa fábrica artesanal de geleia de pimenta? A Samarco, responsável pela destruição, pretende reconstruir Bento
em outro lugar. Ali talvez vire até outra barragem (os moradores contam que a mineradora já cobiçava comprar as casas
e o terreno de Bento Rodrigues há algum tempo).
Por ora, 356 pessoas que viviam por lá estão hospedadas em hotéis de Mariana. Há 22 dias, essas pessoas vivem
sob as regras do hotel, com horário pré‐determinado para comer, sem espaço para as crianças brincarem. Perderam
não só a casa e o bairro. Perderam a vida que levavam. Boa parte agora deles passa o dia em frente aos hotéis. E volta e
meia os funcionários da Samarco aparecem para perguntar por uma ou outra pessoa para falar sobre indenização ou
oferecer uma casa alugada.
Mas nem depois dessa tragédia toda, do maior desastre ambiental da história do Brasil, a Samarco perde poder ou
moral em Mariana. Pouca gente se atreve a falar mal da mineradora – e muitos ainda a defendem. “Não fala mal da
Samarco por aí que o pessoal fica bravo", avisou um morador. Toda a história da cidade está ligada à mineração. Se
antes o ouro guiava a economia da região, hoje é o minério de ferro. 80% da economia local é ligada direta
ou indiretamente à atividade. É daí que vem todo o poder das mineradoras: a maior parte da população trabalha lá e
tem medo de perder a única fonte de renda. Mas enquanto a Samarco fatura milhões com a exploração de minérios, a
cidade segue pobre e corrupta (foram 7 prefeitos em 5 anos).
E essa “mãezona" abandonou as crias no momento da tragédia. Ou melhor: expôs todos eles ao perigo. Passou
anos sem colocar em ação um programa emergencial, mesmo a barragem do Fundão sendo classificada de alto risco, e
ainda aumentou a produção de rejeitos no último ano. Foi por isso que as pessoas de Bento Rodrigues não receberam
alarmes, foi a comunicação dos funcionários pelo rádio que salvou a vida de dezenas de pessoas. Agora a Samarco
trabalha para tentar reparar os irreparáveis danos causados às vítimas (sem qualquer questionamento do governo
municipal ou estadual: o acompanhamento psicossocial, por exemplo, é feito por funcionários da mineradora). Até lá,
espera‐se que a barragem de Germano, muito maior que a do Fundão, não tenha o mesmo fim que a outra. (Carol Castro, Felipe Floresti. Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/bento‐rodrigues‐tem‐cor‐de‐tragedia‐e‐cheiro‐de‐morte.
Acesso em: 01/12/2015.)
“Pouca gente se atreve a falar mal da mineradora – e muitos ainda a defendem. ‘Não fala mal da Samarco por aí que
o pessoal fica bravo’, avisou um morador. Toda a história da cidade está ligada à mineração. Se antes o ouro guiava a
economia da região, hoje é o minério de ferro. 80% da economia local é ligada direta ou indiretamente à atividade.”
(5º §) De acordo com o trecho anterior, analise as afirmativas a seguir.
I. Muitos dos atingidos pelo desastre ambiental não se opõem publicamente contra a mineradora por temerem
represálias por parte desta.
II. Apesar de todas as perdas sofridas, a maior parte da população se abstém de qualquer comentário por temer a
perda de sua fonte de renda.
III.A mineradora é defendida por muitos dos atingidos porque trouxe prosperidade financeira às famílias local.
Bento Rodrigues tem cor de tragédia e cheiro de morte
O cheiro de morte cerca Bento Rodrigues inteiro. É o cheiro da decomposição dos animais que a avalanche de lama
soterrou no começo de novembro, após o rompimento da barragem do Fundão. E tem a cor da tragédia: o marrom das
casas, das árvores e dos pássaros que mergulham nas poças de água cheias de rejeitos de minério. Um vazio marrom
domina todo o centro do extinto distrito de Mariana. As casas que não foram levadas viraram escombros.
Dentro e em volta delas, os rastros do caos: roupas, panelas, sofás, brinquedos e documentos espalhados, motos
soterradas, carros destruídos, cachorros e galinhas abandonadas. É clichê, mas é real: o lugar virou cenário de filme
pós‐apocalíptico. Com direito até a um cartão postal: a imagem do carro carregado pela lama e colocado caprichosamente
sobre o muro de uma casa. Só algumas poucas casas e um ginásio permaneceram quase intactos – e foi ali onde centenas
de pessoas se abrigaram à espera do resgate.
A lama que saiu da barragem da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo‐australiana BHP Billiton,
devastou também outras áreas próximas de Mariana. A pequena cidade de Barra Longa perdeu casas e a praça principal
– os bancos e as árvores deram lugar aos caminhões de limpeza. Mas ainda não se compara visualmente ao estrago de
Bento Rodrigues. A lama varreu de vez o distrito, tirou o ponto do mapa. Por ali nunca mais vão existir casas, bairros ou
a famosa fábrica artesanal de geleia de pimenta? A Samarco, responsável pela destruição, pretende reconstruir Bento
em outro lugar. Ali talvez vire até outra barragem (os moradores contam que a mineradora já cobiçava comprar as casas
e o terreno de Bento Rodrigues há algum tempo).
Por ora, 356 pessoas que viviam por lá estão hospedadas em hotéis de Mariana. Há 22 dias, essas pessoas vivem
sob as regras do hotel, com horário pré‐determinado para comer, sem espaço para as crianças brincarem. Perderam
não só a casa e o bairro. Perderam a vida que levavam. Boa parte agora deles passa o dia em frente aos hotéis. E volta e
meia os funcionários da Samarco aparecem para perguntar por uma ou outra pessoa para falar sobre indenização ou
oferecer uma casa alugada.
Mas nem depois dessa tragédia toda, do maior desastre ambiental da história do Brasil, a Samarco perde poder ou
moral em Mariana. Pouca gente se atreve a falar mal da mineradora – e muitos ainda a defendem. “Não fala mal da
Samarco por aí que o pessoal fica bravo", avisou um morador. Toda a história da cidade está ligada à mineração. Se
antes o ouro guiava a economia da região, hoje é o minério de ferro. 80% da economia local é ligada direta
ou indiretamente à atividade. É daí que vem todo o poder das mineradoras: a maior parte da população trabalha lá e
tem medo de perder a única fonte de renda. Mas enquanto a Samarco fatura milhões com a exploração de minérios, a
cidade segue pobre e corrupta (foram 7 prefeitos em 5 anos).
E essa “mãezona" abandonou as crias no momento da tragédia. Ou melhor: expôs todos eles ao perigo. Passou
anos sem colocar em ação um programa emergencial, mesmo a barragem do Fundão sendo classificada de alto risco, e
ainda aumentou a produção de rejeitos no último ano. Foi por isso que as pessoas de Bento Rodrigues não receberam
alarmes, foi a comunicação dos funcionários pelo rádio que salvou a vida de dezenas de pessoas. Agora a Samarco
trabalha para tentar reparar os irreparáveis danos causados às vítimas (sem qualquer questionamento do governo
municipal ou estadual: o acompanhamento psicossocial, por exemplo, é feito por funcionários da mineradora). Até lá,
espera‐se que a barragem de Germano, muito maior que a do Fundão, não tenha o mesmo fim que a outra. (Carol Castro, Felipe Floresti. Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/bento‐rodrigues‐tem‐cor‐de‐tragedia‐e‐cheiro‐de‐morte.
Acesso em: 01/12/2015.)
“Só algumas poucas casas e um ginásio permaneceram quase intactos – e foi ali onde centenas de pessoas se
abrigaram à espera do resgate.” (2º§) No trecho anterior, “onde” está corretamente empregado. Assinale a
alternativa em que o seu uso está INCORRETO.
Bento Rodrigues tem cor de tragédia e cheiro de morte
O cheiro de morte cerca Bento Rodrigues inteiro. É o cheiro da decomposição dos animais que a avalanche de lama
soterrou no começo de novembro, após o rompimento da barragem do Fundão. E tem a cor da tragédia: o marrom das
casas, das árvores e dos pássaros que mergulham nas poças de água cheias de rejeitos de minério. Um vazio marrom
domina todo o centro do extinto distrito de Mariana. As casas que não foram levadas viraram escombros.
Dentro e em volta delas, os rastros do caos: roupas, panelas, sofás, brinquedos e documentos espalhados, motos
soterradas, carros destruídos, cachorros e galinhas abandonadas. É clichê, mas é real: o lugar virou cenário de filme
pós‐apocalíptico. Com direito até a um cartão postal: a imagem do carro carregado pela lama e colocado caprichosamente
sobre o muro de uma casa. Só algumas poucas casas e um ginásio permaneceram quase intactos – e foi ali onde centenas
de pessoas se abrigaram à espera do resgate.
A lama que saiu da barragem da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo‐australiana BHP Billiton,
devastou também outras áreas próximas de Mariana. A pequena cidade de Barra Longa perdeu casas e a praça principal
– os bancos e as árvores deram lugar aos caminhões de limpeza. Mas ainda não se compara visualmente ao estrago de
Bento Rodrigues. A lama varreu de vez o distrito, tirou o ponto do mapa. Por ali nunca mais vão existir casas, bairros ou
a famosa fábrica artesanal de geleia de pimenta? A Samarco, responsável pela destruição, pretende reconstruir Bento
em outro lugar. Ali talvez vire até outra barragem (os moradores contam que a mineradora já cobiçava comprar as casas
e o terreno de Bento Rodrigues há algum tempo).
Por ora, 356 pessoas que viviam por lá estão hospedadas em hotéis de Mariana. Há 22 dias, essas pessoas vivem
sob as regras do hotel, com horário pré‐determinado para comer, sem espaço para as crianças brincarem. Perderam
não só a casa e o bairro. Perderam a vida que levavam. Boa parte agora deles passa o dia em frente aos hotéis. E volta e
meia os funcionários da Samarco aparecem para perguntar por uma ou outra pessoa para falar sobre indenização ou
oferecer uma casa alugada.
Mas nem depois dessa tragédia toda, do maior desastre ambiental da história do Brasil, a Samarco perde poder ou
moral em Mariana. Pouca gente se atreve a falar mal da mineradora – e muitos ainda a defendem. “Não fala mal da
Samarco por aí que o pessoal fica bravo", avisou um morador. Toda a história da cidade está ligada à mineração. Se
antes o ouro guiava a economia da região, hoje é o minério de ferro. 80% da economia local é ligada direta
ou indiretamente à atividade. É daí que vem todo o poder das mineradoras: a maior parte da população trabalha lá e
tem medo de perder a única fonte de renda. Mas enquanto a Samarco fatura milhões com a exploração de minérios, a
cidade segue pobre e corrupta (foram 7 prefeitos em 5 anos).
E essa “mãezona" abandonou as crias no momento da tragédia. Ou melhor: expôs todos eles ao perigo. Passou
anos sem colocar em ação um programa emergencial, mesmo a barragem do Fundão sendo classificada de alto risco, e
ainda aumentou a produção de rejeitos no último ano. Foi por isso que as pessoas de Bento Rodrigues não receberam
alarmes, foi a comunicação dos funcionários pelo rádio que salvou a vida de dezenas de pessoas. Agora a Samarco
trabalha para tentar reparar os irreparáveis danos causados às vítimas (sem qualquer questionamento do governo
municipal ou estadual: o acompanhamento psicossocial, por exemplo, é feito por funcionários da mineradora). Até lá,
espera‐se que a barragem de Germano, muito maior que a do Fundão, não tenha o mesmo fim que a outra. (Carol Castro, Felipe Floresti. Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/bento‐rodrigues‐tem‐cor‐de‐tragedia‐e‐cheiro‐de‐morte.
Acesso em: 01/12/2015.)
“Por ora, 356 pessoas que viviam por lá estão hospedadas em hotéis de Mariana.” (4º§) A expressão sublinhada, de
acordo com o contexto, é classificada como:
Bento Rodrigues tem cor de tragédia e cheiro de morte
O cheiro de morte cerca Bento Rodrigues inteiro. É o cheiro da decomposição dos animais que a avalanche de lama
soterrou no começo de novembro, após o rompimento da barragem do Fundão. E tem a cor da tragédia: o marrom das
casas, das árvores e dos pássaros que mergulham nas poças de água cheias de rejeitos de minério. Um vazio marrom
domina todo o centro do extinto distrito de Mariana. As casas que não foram levadas viraram escombros.
Dentro e em volta delas, os rastros do caos: roupas, panelas, sofás, brinquedos e documentos espalhados, motos
soterradas, carros destruídos, cachorros e galinhas abandonadas. É clichê, mas é real: o lugar virou cenário de filme
pós‐apocalíptico. Com direito até a um cartão postal: a imagem do carro carregado pela lama e colocado caprichosamente
sobre o muro de uma casa. Só algumas poucas casas e um ginásio permaneceram quase intactos – e foi ali onde centenas
de pessoas se abrigaram à espera do resgate.
A lama que saiu da barragem da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo‐australiana BHP Billiton,
devastou também outras áreas próximas de Mariana. A pequena cidade de Barra Longa perdeu casas e a praça principal
– os bancos e as árvores deram lugar aos caminhões de limpeza. Mas ainda não se compara visualmente ao estrago de
Bento Rodrigues. A lama varreu de vez o distrito, tirou o ponto do mapa. Por ali nunca mais vão existir casas, bairros ou
a famosa fábrica artesanal de geleia de pimenta? A Samarco, responsável pela destruição, pretende reconstruir Bento
em outro lugar. Ali talvez vire até outra barragem (os moradores contam que a mineradora já cobiçava comprar as casas
e o terreno de Bento Rodrigues há algum tempo).
Por ora, 356 pessoas que viviam por lá estão hospedadas em hotéis de Mariana. Há 22 dias, essas pessoas vivem
sob as regras do hotel, com horário pré‐determinado para comer, sem espaço para as crianças brincarem. Perderam
não só a casa e o bairro. Perderam a vida que levavam. Boa parte agora deles passa o dia em frente aos hotéis. E volta e
meia os funcionários da Samarco aparecem para perguntar por uma ou outra pessoa para falar sobre indenização ou
oferecer uma casa alugada.
Mas nem depois dessa tragédia toda, do maior desastre ambiental da história do Brasil, a Samarco perde poder ou
moral em Mariana. Pouca gente se atreve a falar mal da mineradora – e muitos ainda a defendem. “Não fala mal da
Samarco por aí que o pessoal fica bravo", avisou um morador. Toda a história da cidade está ligada à mineração. Se
antes o ouro guiava a economia da região, hoje é o minério de ferro. 80% da economia local é ligada direta
ou indiretamente à atividade. É daí que vem todo o poder das mineradoras: a maior parte da população trabalha lá e
tem medo de perder a única fonte de renda. Mas enquanto a Samarco fatura milhões com a exploração de minérios, a
cidade segue pobre e corrupta (foram 7 prefeitos em 5 anos).
E essa “mãezona" abandonou as crias no momento da tragédia. Ou melhor: expôs todos eles ao perigo. Passou
anos sem colocar em ação um programa emergencial, mesmo a barragem do Fundão sendo classificada de alto risco, e
ainda aumentou a produção de rejeitos no último ano. Foi por isso que as pessoas de Bento Rodrigues não receberam
alarmes, foi a comunicação dos funcionários pelo rádio que salvou a vida de dezenas de pessoas. Agora a Samarco
trabalha para tentar reparar os irreparáveis danos causados às vítimas (sem qualquer questionamento do governo
municipal ou estadual: o acompanhamento psicossocial, por exemplo, é feito por funcionários da mineradora). Até lá,
espera‐se que a barragem de Germano, muito maior que a do Fundão, não tenha o mesmo fim que a outra. (Carol Castro, Felipe Floresti. Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/bento‐rodrigues‐tem‐cor‐de‐tragedia‐e‐cheiro‐de‐morte.
Acesso em: 01/12/2015.)
Assinale a alternativa em que o uso de dois pontos ( : ) se DIFERENCIA dos demais.
Bento Rodrigues tem cor de tragédia e cheiro de morte
O cheiro de morte cerca Bento Rodrigues inteiro. É o cheiro da decomposição dos animais que a avalanche de lama
soterrou no começo de novembro, após o rompimento da barragem do Fundão. E tem a cor da tragédia: o marrom das
casas, das árvores e dos pássaros que mergulham nas poças de água cheias de rejeitos de minério. Um vazio marrom
domina todo o centro do extinto distrito de Mariana. As casas que não foram levadas viraram escombros.
Dentro e em volta delas, os rastros do caos: roupas, panelas, sofás, brinquedos e documentos espalhados, motos
soterradas, carros destruídos, cachorros e galinhas abandonadas. É clichê, mas é real: o lugar virou cenário de filme
pós‐apocalíptico. Com direito até a um cartão postal: a imagem do carro carregado pela lama e colocado caprichosamente
sobre o muro de uma casa. Só algumas poucas casas e um ginásio permaneceram quase intactos – e foi ali onde centenas
de pessoas se abrigaram à espera do resgate.
A lama que saiu da barragem da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo‐australiana BHP Billiton,
devastou também outras áreas próximas de Mariana. A pequena cidade de Barra Longa perdeu casas e a praça principal
– os bancos e as árvores deram lugar aos caminhões de limpeza. Mas ainda não se compara visualmente ao estrago de
Bento Rodrigues. A lama varreu de vez o distrito, tirou o ponto do mapa. Por ali nunca mais vão existir casas, bairros ou
a famosa fábrica artesanal de geleia de pimenta? A Samarco, responsável pela destruição, pretende reconstruir Bento
em outro lugar. Ali talvez vire até outra barragem (os moradores contam que a mineradora já cobiçava comprar as casas
e o terreno de Bento Rodrigues há algum tempo).
Por ora, 356 pessoas que viviam por lá estão hospedadas em hotéis de Mariana. Há 22 dias, essas pessoas vivem
sob as regras do hotel, com horário pré‐determinado para comer, sem espaço para as crianças brincarem. Perderam
não só a casa e o bairro. Perderam a vida que levavam. Boa parte agora deles passa o dia em frente aos hotéis. E volta e
meia os funcionários da Samarco aparecem para perguntar por uma ou outra pessoa para falar sobre indenização ou
oferecer uma casa alugada.
Mas nem depois dessa tragédia toda, do maior desastre ambiental da história do Brasil, a Samarco perde poder ou
moral em Mariana. Pouca gente se atreve a falar mal da mineradora – e muitos ainda a defendem. “Não fala mal da
Samarco por aí que o pessoal fica bravo", avisou um morador. Toda a história da cidade está ligada à mineração. Se
antes o ouro guiava a economia da região, hoje é o minério de ferro. 80% da economia local é ligada direta
ou indiretamente à atividade. É daí que vem todo o poder das mineradoras: a maior parte da população trabalha lá e
tem medo de perder a única fonte de renda. Mas enquanto a Samarco fatura milhões com a exploração de minérios, a
cidade segue pobre e corrupta (foram 7 prefeitos em 5 anos).
E essa “mãezona" abandonou as crias no momento da tragédia. Ou melhor: expôs todos eles ao perigo. Passou
anos sem colocar em ação um programa emergencial, mesmo a barragem do Fundão sendo classificada de alto risco, e
ainda aumentou a produção de rejeitos no último ano. Foi por isso que as pessoas de Bento Rodrigues não receberam
alarmes, foi a comunicação dos funcionários pelo rádio que salvou a vida de dezenas de pessoas. Agora a Samarco
trabalha para tentar reparar os irreparáveis danos causados às vítimas (sem qualquer questionamento do governo
municipal ou estadual: o acompanhamento psicossocial, por exemplo, é feito por funcionários da mineradora). Até lá,
espera‐se que a barragem de Germano, muito maior que a do Fundão, não tenha o mesmo fim que a outra. (Carol Castro, Felipe Floresti. Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/bento‐rodrigues‐tem‐cor‐de‐tragedia‐e‐cheiro‐de‐morte.
Acesso em: 01/12/2015.)
Assinale a alternativa cujo termo sublinhado apresenta função sintática DIFERENTE dos demais.
Bento Rodrigues tem cor de tragédia e cheiro de morte
O cheiro de morte cerca Bento Rodrigues inteiro. É o cheiro da decomposição dos animais que a avalanche de lama
soterrou no começo de novembro, após o rompimento da barragem do Fundão. E tem a cor da tragédia: o marrom das
casas, das árvores e dos pássaros que mergulham nas poças de água cheias de rejeitos de minério. Um vazio marrom
domina todo o centro do extinto distrito de Mariana. As casas que não foram levadas viraram escombros.
Dentro e em volta delas, os rastros do caos: roupas, panelas, sofás, brinquedos e documentos espalhados, motos
soterradas, carros destruídos, cachorros e galinhas abandonadas. É clichê, mas é real: o lugar virou cenário de filme
pós‐apocalíptico. Com direito até a um cartão postal: a imagem do carro carregado pela lama e colocado caprichosamente
sobre o muro de uma casa. Só algumas poucas casas e um ginásio permaneceram quase intactos – e foi ali onde centenas
de pessoas se abrigaram à espera do resgate.
A lama que saiu da barragem da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo‐australiana BHP Billiton,
devastou também outras áreas próximas de Mariana. A pequena cidade de Barra Longa perdeu casas e a praça principal
– os bancos e as árvores deram lugar aos caminhões de limpeza. Mas ainda não se compara visualmente ao estrago de
Bento Rodrigues. A lama varreu de vez o distrito, tirou o ponto do mapa. Por ali nunca mais vão existir casas, bairros ou
a famosa fábrica artesanal de geleia de pimenta? A Samarco, responsável pela destruição, pretende reconstruir Bento
em outro lugar. Ali talvez vire até outra barragem (os moradores contam que a mineradora já cobiçava comprar as casas
e o terreno de Bento Rodrigues há algum tempo).
Por ora, 356 pessoas que viviam por lá estão hospedadas em hotéis de Mariana. Há 22 dias, essas pessoas vivem
sob as regras do hotel, com horário pré‐determinado para comer, sem espaço para as crianças brincarem. Perderam
não só a casa e o bairro. Perderam a vida que levavam. Boa parte agora deles passa o dia em frente aos hotéis. E volta e
meia os funcionários da Samarco aparecem para perguntar por uma ou outra pessoa para falar sobre indenização ou
oferecer uma casa alugada.
Mas nem depois dessa tragédia toda, do maior desastre ambiental da história do Brasil, a Samarco perde poder ou
moral em Mariana. Pouca gente se atreve a falar mal da mineradora – e muitos ainda a defendem. “Não fala mal da
Samarco por aí que o pessoal fica bravo", avisou um morador. Toda a história da cidade está ligada à mineração. Se
antes o ouro guiava a economia da região, hoje é o minério de ferro. 80% da economia local é ligada direta
ou indiretamente à atividade. É daí que vem todo o poder das mineradoras: a maior parte da população trabalha lá e
tem medo de perder a única fonte de renda. Mas enquanto a Samarco fatura milhões com a exploração de minérios, a
cidade segue pobre e corrupta (foram 7 prefeitos em 5 anos).
E essa “mãezona" abandonou as crias no momento da tragédia. Ou melhor: expôs todos eles ao perigo. Passou
anos sem colocar em ação um programa emergencial, mesmo a barragem do Fundão sendo classificada de alto risco, e
ainda aumentou a produção de rejeitos no último ano. Foi por isso que as pessoas de Bento Rodrigues não receberam
alarmes, foi a comunicação dos funcionários pelo rádio que salvou a vida de dezenas de pessoas. Agora a Samarco
trabalha para tentar reparar os irreparáveis danos causados às vítimas (sem qualquer questionamento do governo
municipal ou estadual: o acompanhamento psicossocial, por exemplo, é feito por funcionários da mineradora). Até lá,
espera‐se que a barragem de Germano, muito maior que a do Fundão, não tenha o mesmo fim que a outra. (Carol Castro, Felipe Floresti. Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/bento‐rodrigues‐tem‐cor‐de‐tragedia‐e‐cheiro‐de‐morte.
Acesso em: 01/12/2015.)
Assinale a alternativa cujo tempo verbal se DIFERENCIA dos demais.
Bento Rodrigues tem cor de tragédia e cheiro de morte
O cheiro de morte cerca Bento Rodrigues inteiro. É o cheiro da decomposição dos animais que a avalanche de lama
soterrou no começo de novembro, após o rompimento da barragem do Fundão. E tem a cor da tragédia: o marrom das
casas, das árvores e dos pássaros que mergulham nas poças de água cheias de rejeitos de minério. Um vazio marrom
domina todo o centro do extinto distrito de Mariana. As casas que não foram levadas viraram escombros.
Dentro e em volta delas, os rastros do caos: roupas, panelas, sofás, brinquedos e documentos espalhados, motos
soterradas, carros destruídos, cachorros e galinhas abandonadas. É clichê, mas é real: o lugar virou cenário de filme
pós‐apocalíptico. Com direito até a um cartão postal: a imagem do carro carregado pela lama e colocado caprichosamente
sobre o muro de uma casa. Só algumas poucas casas e um ginásio permaneceram quase intactos – e foi ali onde centenas
de pessoas se abrigaram à espera do resgate.
A lama que saiu da barragem da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo‐australiana BHP Billiton,
devastou também outras áreas próximas de Mariana. A pequena cidade de Barra Longa perdeu casas e a praça principal
– os bancos e as árvores deram lugar aos caminhões de limpeza. Mas ainda não se compara visualmente ao estrago de
Bento Rodrigues. A lama varreu de vez o distrito, tirou o ponto do mapa. Por ali nunca mais vão existir casas, bairros ou
a famosa fábrica artesanal de geleia de pimenta? A Samarco, responsável pela destruição, pretende reconstruir Bento
em outro lugar. Ali talvez vire até outra barragem (os moradores contam que a mineradora já cobiçava comprar as casas
e o terreno de Bento Rodrigues há algum tempo).
Por ora, 356 pessoas que viviam por lá estão hospedadas em hotéis de Mariana. Há 22 dias, essas pessoas vivem
sob as regras do hotel, com horário pré‐determinado para comer, sem espaço para as crianças brincarem. Perderam
não só a casa e o bairro. Perderam a vida que levavam. Boa parte agora deles passa o dia em frente aos hotéis. E volta e
meia os funcionários da Samarco aparecem para perguntar por uma ou outra pessoa para falar sobre indenização ou
oferecer uma casa alugada.
Mas nem depois dessa tragédia toda, do maior desastre ambiental da história do Brasil, a Samarco perde poder ou
moral em Mariana. Pouca gente se atreve a falar mal da mineradora – e muitos ainda a defendem. “Não fala mal da
Samarco por aí que o pessoal fica bravo", avisou um morador. Toda a história da cidade está ligada à mineração. Se
antes o ouro guiava a economia da região, hoje é o minério de ferro. 80% da economia local é ligada direta
ou indiretamente à atividade. É daí que vem todo o poder das mineradoras: a maior parte da população trabalha lá e
tem medo de perder a única fonte de renda. Mas enquanto a Samarco fatura milhões com a exploração de minérios, a
cidade segue pobre e corrupta (foram 7 prefeitos em 5 anos).
E essa “mãezona" abandonou as crias no momento da tragédia. Ou melhor: expôs todos eles ao perigo. Passou
anos sem colocar em ação um programa emergencial, mesmo a barragem do Fundão sendo classificada de alto risco, e
ainda aumentou a produção de rejeitos no último ano. Foi por isso que as pessoas de Bento Rodrigues não receberam
alarmes, foi a comunicação dos funcionários pelo rádio que salvou a vida de dezenas de pessoas. Agora a Samarco
trabalha para tentar reparar os irreparáveis danos causados às vítimas (sem qualquer questionamento do governo
municipal ou estadual: o acompanhamento psicossocial, por exemplo, é feito por funcionários da mineradora). Até lá,
espera‐se que a barragem de Germano, muito maior que a do Fundão, não tenha o mesmo fim que a outra. (Carol Castro, Felipe Floresti. Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/bento‐rodrigues‐tem‐cor‐de‐tragedia‐e‐cheiro‐de‐morte.
Acesso em: 01/12/2015.)
Em “Toda a história da cidade está ligada à mineração.”, o acento grave indicador de crase está corretamente
empregado. Assinale a alternativa em que o referido acento está INCORRETAMENTE empregado.
Um motoboy autônomo, A, cobra, pelos seus serviços, uma taxa fixa de R$ 15,00, acrescido de R$ 0,20 por quilômetro
percorrido. Outro motoboy autônomo, B, não cobra taxa fixa, mas tão somente R$ 0,45 por quilômetro percorrido.
Assim, para que o serviço prestado pelo motoboy A seja mais econômico que B, a distância a ser percorrida, em km,
deverá ser, no mínimo, superior a:
Em uma escola, todos os 264 alunos participam de alguma dentre as três atividades extracurriculares disponíveis:
projetos de pesquisa, projetos de extensão ou programas de estágio. Sabe‐se que 128 alunos participam de projetos
de pesquisa, 120 de projetos de extensão e 96 tanto de projetos de pesquisa quanto de extensão. Assim,
considerando que não há aluno que participe das três atividades simultaneamente, o número de alunos que
participam somente de programas de estágio é:
Estudando de segunda a sábado, oito horas por dia, um concurseiro gasta seis semanas para concluir seus estudos
para determinado concurso público. Se, ao invés, estudar apenas de segunda a sexta‐feira, seis horas por dia, porém
com aproveitamento do tempo de estudo 20% maior, o número de semanas que gastará para concluir seus estudos
A soma dos dez termos de uma progressão aritmética formada por número inteiros é 165. Considerando que o sexto
termo é 19, pode‐se afirmar acerca da razão r, com r ∈ R, que:
“Utilizando um computador com o Sistema Operacional Windows 7 (configuração padrão), um usuário pressionou uma
tecla em seu teclado que capturou a imagem da tela atual a qual estava utilizando.” É correto afirmar que trata‐se da
tecla:
No Sistema Operacional Microsoft Windows 7 (configuração padrão), o procedimento para criar uma nova pasta na
área de trabalho do computador é clicar com o botão
Está em vigor no Brasil mais um ano de horário de verão, envolvendo dez estados mais o Distrito Federal. Este horário
especial irá durar até o dia 21 de fevereiro de 2016 e o Governo Federal estima que irá economizar cerca de R$ 7
bilhões com a adoção deste horário nos estados das regiões:
“Um levantamento da Controladoria‐Geral da União (CGU) divulgado no final de 2015 revelou que apenas 29
municípios tiveram nota máxima em transparência, em uma escala de 0 a 10, o que equivale a menos de 2% do total
de cidades avaliadas (1.587). Conforme a pesquisa, 822 cidades obtiveram notas entre zero e 0,99 por não terem
regulamentado a legislação pertinente que é a _______________________ ou pela inexistência de canais para
fornecer informações à sociedade. Os dados fazem parte da segunda edição da Escala Brasil Transparente (EBT). O
indicador mede o grau de transparência em estados e municípios e o cumprimento da legislação. Foram avaliados
1.613 entes federativos, incluindo todos os estados e capitais. Alguns municípios foram selecionados por
amostragem. Para tanto, são avaliadas as informações disponibilizadas e pedidos de dados nas áreas de saúde,
educação e __________________.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa
anterior.
Analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) O ofício é uma forma de correspondência oficial trocada entre chefes ou dirigentes de hierarquia equivalente ou
enviada a alguém de hierarquia superior à daquele que assina.
( ) Sua finalidade é informar com o máximo de clareza e precisão, utilizando o padrão coloquial da língua portuguesa.
( ) Como todos os documentos oficiais, caracteriza‐se impessoalidade, clareza e concisão.