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Prova Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - 2019 - Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - Enfermeiro


ID
2954401
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: A verdade sobre os antibióticos

            De um lapso de memória nasceu uma das mais poderosas armas da medicina contra infecções bacterianas. É assim que pode ser descrita, em poucas palavras, a descoberta da penicilina em 1928, pelo bacteriologista inglês Alexander Fleming. O cientista trabalhava no Hospital St. Mary, na Inglaterra, onde observava o comportamento de uma cultura de Staphylococcus aureus, a temível bactéria que causa infecção generalizada. Um dia, Fleming saiu de férias e esqueceu em cima da mesa do laboratório uma de suas placas de cultura, com amostras de estafilococo. Ao voltar, ele notou que o mofo parecia ter produzido uma substância que conseguira atacar a bactéria. Logo, concluiu que essa mesma substância poderia ser utilizada para impedir o desenvolvimento de outras bactérias. Como o fungo chamava-se Penicillium notatum, Fleming batizou a tal substância de penicilina.

            O cientista ainda descobriu que, por não ser tóxica para o corpo humano, a penicilina também poderia ser usada como remédio. “Antes da descoberta da penicilina, os cientistas tentaram de tudo: de sais de ouro a bismuto. As bactérias eram combinadas quase que por seleção natural”, observa o toxicologista Sérgio Graff (SP). “Há 70 anos, qualquer pessoa podia morrer de meningite ou pneumonia. Hoje, embora essas doenças continuem matando, conseguimos curar grande parte delas. E isso se deve, principalmente, ao uso dos antibióticos”, afirma o infectologista Marcelo Simão Ferreira, do Hospital de Clínicas de Uberlândia, da Universidade Federal de Uberlândia (MG). “Claro que a cura de uma infecção não depende só do antibiótico certo empregado, depende também do sistema de defesa do hospedeiro. Em pessoas com câncer, por exemplo, os antibióticos atuam muito menos”, ressalva.

O problema das infecções

            Alexander Fleming inaugurou uma nova era dentro da medicina: a dos antibióticos. Graças a ele, milhões de soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial foram salvos. O termo antibiótico vem do grego e significa “contra a vida” – nesse caso a dos micro-organismos, vamos deixar claro. Hoje, alguns especialistas já refutam o termo e preferem “antimicrobiano” a “antibiótico”. 

            “Os antimicrobianos são comumente usados no tratamento de doenças causadas por agentes microbianos, que podem ser tanto uma bactéria (pneumonia, por exemplo) como um fungo (candidíase) ou vírus (AIDS). Essas doenças são todas chamadas de infecções e cada tipo, de acordo com o agente que a provocou, tem um tratamento específico”, detalha a farmacêutica Emília Vitória da Silva, da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (DF).

            Em linhas gerais, os antibióticos podem ser divididos em sistêmicos e tópicos. Segundo Emília, os sistêmicos são aqueles que precisam atingir a corrente sanguínea para exercer sua ação terapêutica. Podem ser administradas por via oral (boca), intramuscular (injeção no músculo), intravenosa (injeção na veia) e aerossol, entre outros. “Quando você administra um antimicrobiano por via oral, a substância atinge o estômago e passa, através da mucosa estomacal, para o sangue. Por este é levada até o seu local de ação, que geralmente é um órgão interno, como garganta ou pulmão”, detalha a farmacêutica Emília.

            Já o uso tópico de antibióticos acontece quando esses agentes são aplicados diretamente na pele ou mucosas, principalmente em infecções dermatológicas (na pele), oftalmológicas (nos olhos), otológicas (nas orelhas) e ginecológicas (na vagina). “Antimicrobianos tópicos têm ação localizada e pouca, às vezes nenhuma, quantidade do medicamento atinge o sangue”, afirma a farmacêutica.

Perigo à vista

            Se Alexander Fleming estivesse vivo, reprovaria o uso indiscriminado de antibióticos. Segundo estimativas de Janaína Sallas, consultora técnica no Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, 40% dos remédios consumidos hoje no Brasil são antibióticos. “A descoberta da penicilina trouxe indiscutíveis benefícios para a medicina, como elevado índice de cura e a redução no número de sequelas. Mas, por outro lado, quando tomados de maneira abusiva e sem prescrição médica, os antibióticos podem causar reações adversas e, principalmente, resistência microbiana”, alerta a especialista em saúde coletiva. 

Resistência microbiana

            O maior risco oferecido pelo uso indiscriminado de antibióticos, porém, é a chamada “resistência microbiana”, que piora o quadro infeccioso do paciente e reduz a eficácia do tratamento. “Quando você utiliza um antimicrobiano de maneira inadequada, os microorganismos desenvolvem uma mutação e se tornam resistentes ao agente antibiótico”, explica a farmacêutica Emília Vitória.

            O toxicologista Sérgio Graff chama a atenção para outro aspecto do uso abusivo do medicamento. Ele explica que o corpo humano é colonizado por “bactérias do bem”, que reforçam o sistema de defesa do organismo em lugares estratégicos como a pele e a boca, por exemplo. Entre outras incumbências, as “bactérias do bem” são encarregadas de impedir a proliferação de “bactérias do mal”. “Quando você toma um antibiótico sem a devida prescrição médica, elimina não só as bactérias ruins do seu organismo como as boas também”, alerta o toxicologista. Entre bactérias mortas e feridas, explica ele, salvam-se as mutantes. “A partir do momento em que dizimei todas as bactérias, as mutantes começam a se multiplicar. E a produzir infecções resistentes a antibióticos”, completa.

Vírus: inimigo invencível

            Embora a origem grega do termo signifique “contra a vida”, os antibióticos não conseguem agir sobre todos os micro-organismos. Na grande maioria das vezes, são eficazes contra bactérias e, em alguns casos, fungos e parasitas. “Em doenças virais, por exemplo, eles não têm eficácia alguma”, assegura Marília. Por isso mesmo a receita médica é imprescindível no ato da compra de antibióticos. Só o médico tem condições de avaliar se uma infecção é bacteriana ou viral. “O paciente não tem como distinguir uma da outra apenas pelos sintomas apresentados. Para você ter uma ideia, tanto infecções virais quanto bacterianas provocam febre no paciente”, diz a conselheira do Cremerj. 

André Bernardo

Revista VivaSaúde. São Paulo: Escala, edição 189, 2019.

(adaptado)

“Hoje, alguns especialistas já refutam o termo e preferem “antimicrobiano” a “antibiótico”. (3º parágrafo). Nesta frase, a palavra em destaque pode ser substituída, sem prejuízo do sentido, por:

Alternativas
Comentários
  • Gab:D

    Significado de Refutar:

    1 - Destruir com razões de peso o que outrem estabeleceu.

    2 - Rebater, destruir.

    3 - Não estar de acordo com; negar; contestar.

     

    Fonte:https://dicionariodoaurelio.com/refutar

  • GABARITO: LETRA D

    “Hoje, alguns especialistas já refutam o termo e preferem “antimicrobiano” a “antibiótico”. (3º parágrafo). Nesta frase, a palavra em destaque pode ser substituída, sem prejuízo do sentido, por:

    >>> refutar = negar, rejeitar >>> Hoje, alguns especialistas já refutam (negam, rejeitam)

    Força, guerreiros(As)!!


ID
2954404
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: A verdade sobre os antibióticos

            De um lapso de memória nasceu uma das mais poderosas armas da medicina contra infecções bacterianas. É assim que pode ser descrita, em poucas palavras, a descoberta da penicilina em 1928, pelo bacteriologista inglês Alexander Fleming. O cientista trabalhava no Hospital St. Mary, na Inglaterra, onde observava o comportamento de uma cultura de Staphylococcus aureus, a temível bactéria que causa infecção generalizada. Um dia, Fleming saiu de férias e esqueceu em cima da mesa do laboratório uma de suas placas de cultura, com amostras de estafilococo. Ao voltar, ele notou que o mofo parecia ter produzido uma substância que conseguira atacar a bactéria. Logo, concluiu que essa mesma substância poderia ser utilizada para impedir o desenvolvimento de outras bactérias. Como o fungo chamava-se Penicillium notatum, Fleming batizou a tal substância de penicilina.

            O cientista ainda descobriu que, por não ser tóxica para o corpo humano, a penicilina também poderia ser usada como remédio. “Antes da descoberta da penicilina, os cientistas tentaram de tudo: de sais de ouro a bismuto. As bactérias eram combinadas quase que por seleção natural”, observa o toxicologista Sérgio Graff (SP). “Há 70 anos, qualquer pessoa podia morrer de meningite ou pneumonia. Hoje, embora essas doenças continuem matando, conseguimos curar grande parte delas. E isso se deve, principalmente, ao uso dos antibióticos”, afirma o infectologista Marcelo Simão Ferreira, do Hospital de Clínicas de Uberlândia, da Universidade Federal de Uberlândia (MG). “Claro que a cura de uma infecção não depende só do antibiótico certo empregado, depende também do sistema de defesa do hospedeiro. Em pessoas com câncer, por exemplo, os antibióticos atuam muito menos”, ressalva.

O problema das infecções

            Alexander Fleming inaugurou uma nova era dentro da medicina: a dos antibióticos. Graças a ele, milhões de soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial foram salvos. O termo antibiótico vem do grego e significa “contra a vida” – nesse caso a dos micro-organismos, vamos deixar claro. Hoje, alguns especialistas já refutam o termo e preferem “antimicrobiano” a “antibiótico”. 

            “Os antimicrobianos são comumente usados no tratamento de doenças causadas por agentes microbianos, que podem ser tanto uma bactéria (pneumonia, por exemplo) como um fungo (candidíase) ou vírus (AIDS). Essas doenças são todas chamadas de infecções e cada tipo, de acordo com o agente que a provocou, tem um tratamento específico”, detalha a farmacêutica Emília Vitória da Silva, da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (DF).

            Em linhas gerais, os antibióticos podem ser divididos em sistêmicos e tópicos. Segundo Emília, os sistêmicos são aqueles que precisam atingir a corrente sanguínea para exercer sua ação terapêutica. Podem ser administradas por via oral (boca), intramuscular (injeção no músculo), intravenosa (injeção na veia) e aerossol, entre outros. “Quando você administra um antimicrobiano por via oral, a substância atinge o estômago e passa, através da mucosa estomacal, para o sangue. Por este é levada até o seu local de ação, que geralmente é um órgão interno, como garganta ou pulmão”, detalha a farmacêutica Emília.

            Já o uso tópico de antibióticos acontece quando esses agentes são aplicados diretamente na pele ou mucosas, principalmente em infecções dermatológicas (na pele), oftalmológicas (nos olhos), otológicas (nas orelhas) e ginecológicas (na vagina). “Antimicrobianos tópicos têm ação localizada e pouca, às vezes nenhuma, quantidade do medicamento atinge o sangue”, afirma a farmacêutica.

Perigo à vista

            Se Alexander Fleming estivesse vivo, reprovaria o uso indiscriminado de antibióticos. Segundo estimativas de Janaína Sallas, consultora técnica no Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, 40% dos remédios consumidos hoje no Brasil são antibióticos. “A descoberta da penicilina trouxe indiscutíveis benefícios para a medicina, como elevado índice de cura e a redução no número de sequelas. Mas, por outro lado, quando tomados de maneira abusiva e sem prescrição médica, os antibióticos podem causar reações adversas e, principalmente, resistência microbiana”, alerta a especialista em saúde coletiva. 

Resistência microbiana

            O maior risco oferecido pelo uso indiscriminado de antibióticos, porém, é a chamada “resistência microbiana”, que piora o quadro infeccioso do paciente e reduz a eficácia do tratamento. “Quando você utiliza um antimicrobiano de maneira inadequada, os microorganismos desenvolvem uma mutação e se tornam resistentes ao agente antibiótico”, explica a farmacêutica Emília Vitória.

            O toxicologista Sérgio Graff chama a atenção para outro aspecto do uso abusivo do medicamento. Ele explica que o corpo humano é colonizado por “bactérias do bem”, que reforçam o sistema de defesa do organismo em lugares estratégicos como a pele e a boca, por exemplo. Entre outras incumbências, as “bactérias do bem” são encarregadas de impedir a proliferação de “bactérias do mal”. “Quando você toma um antibiótico sem a devida prescrição médica, elimina não só as bactérias ruins do seu organismo como as boas também”, alerta o toxicologista. Entre bactérias mortas e feridas, explica ele, salvam-se as mutantes. “A partir do momento em que dizimei todas as bactérias, as mutantes começam a se multiplicar. E a produzir infecções resistentes a antibióticos”, completa.

Vírus: inimigo invencível

            Embora a origem grega do termo signifique “contra a vida”, os antibióticos não conseguem agir sobre todos os micro-organismos. Na grande maioria das vezes, são eficazes contra bactérias e, em alguns casos, fungos e parasitas. “Em doenças virais, por exemplo, eles não têm eficácia alguma”, assegura Marília. Por isso mesmo a receita médica é imprescindível no ato da compra de antibióticos. Só o médico tem condições de avaliar se uma infecção é bacteriana ou viral. “O paciente não tem como distinguir uma da outra apenas pelos sintomas apresentados. Para você ter uma ideia, tanto infecções virais quanto bacterianas provocam febre no paciente”, diz a conselheira do Cremerj. 

André Bernardo

Revista VivaSaúde. São Paulo: Escala, edição 189, 2019.

(adaptado)

Em “...o corpo humano é colonizado por ‘bactérias do bem’, que reforçam o sistema de defesa do organismo...” (9º parágrafo), o termo em destaque pode ser substituído, sem prejuízo do sentido, por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    .o corpo humano é colonizado por ‘bactérias do bem’ >>> o corpo humano é habitado.

    >>> vamos trocar o contexto: O Brasil é colonizado por várias raças (ele é habitado por várias raças).

    Força, guerreiros(as)!!

  • to nem crendo que li o texto todinho pra responder isso que dava pra responder sem ler, o bom é que o texto é interessante e bem explicativo haha.

  • Gab: Letra B;

    Para responder essa questão, se faz necessário ler o texto, pois a palavra COLONIZADO possui diversos significativos, vejamos abaixo:

    Colonizado-Explorado;

    Brasil foi colonizado pelos Portugues por um bom tempo, ou seja ele foi explorado.

    Colonizado vem do verbo colonizar. O mesmo que: propagado, alastrado, invadido.

    Fazer com que seja transformado em colônia; desenvolver colônia(s): Portugal colonizou o Brasil durante séculos.

    Modo de habitação de colono: algumas civilizações seguem colonizando a África.

    [Figurado] Tomar conta de; propagar-se; invadir: algumas plantas colonizam o jardim inteiro.

    Colonizado é sinônimo de: , , 

    Deus no comando sempre!!!

  • GABARITO: LETRA B

    Significado de colonizar:

    Tomar conta de; propagar-se; invadir: algumas plantas colonizam o jardim inteiro.

    FONTE: https://www.dicio.com.br/colonizado/


ID
2954407
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: A verdade sobre os antibióticos

            De um lapso de memória nasceu uma das mais poderosas armas da medicina contra infecções bacterianas. É assim que pode ser descrita, em poucas palavras, a descoberta da penicilina em 1928, pelo bacteriologista inglês Alexander Fleming. O cientista trabalhava no Hospital St. Mary, na Inglaterra, onde observava o comportamento de uma cultura de Staphylococcus aureus, a temível bactéria que causa infecção generalizada. Um dia, Fleming saiu de férias e esqueceu em cima da mesa do laboratório uma de suas placas de cultura, com amostras de estafilococo. Ao voltar, ele notou que o mofo parecia ter produzido uma substância que conseguira atacar a bactéria. Logo, concluiu que essa mesma substância poderia ser utilizada para impedir o desenvolvimento de outras bactérias. Como o fungo chamava-se Penicillium notatum, Fleming batizou a tal substância de penicilina.

            O cientista ainda descobriu que, por não ser tóxica para o corpo humano, a penicilina também poderia ser usada como remédio. “Antes da descoberta da penicilina, os cientistas tentaram de tudo: de sais de ouro a bismuto. As bactérias eram combinadas quase que por seleção natural”, observa o toxicologista Sérgio Graff (SP). “Há 70 anos, qualquer pessoa podia morrer de meningite ou pneumonia. Hoje, embora essas doenças continuem matando, conseguimos curar grande parte delas. E isso se deve, principalmente, ao uso dos antibióticos”, afirma o infectologista Marcelo Simão Ferreira, do Hospital de Clínicas de Uberlândia, da Universidade Federal de Uberlândia (MG). “Claro que a cura de uma infecção não depende só do antibiótico certo empregado, depende também do sistema de defesa do hospedeiro. Em pessoas com câncer, por exemplo, os antibióticos atuam muito menos”, ressalva.

O problema das infecções

            Alexander Fleming inaugurou uma nova era dentro da medicina: a dos antibióticos. Graças a ele, milhões de soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial foram salvos. O termo antibiótico vem do grego e significa “contra a vida” – nesse caso a dos micro-organismos, vamos deixar claro. Hoje, alguns especialistas já refutam o termo e preferem “antimicrobiano” a “antibiótico”. 

            “Os antimicrobianos são comumente usados no tratamento de doenças causadas por agentes microbianos, que podem ser tanto uma bactéria (pneumonia, por exemplo) como um fungo (candidíase) ou vírus (AIDS). Essas doenças são todas chamadas de infecções e cada tipo, de acordo com o agente que a provocou, tem um tratamento específico”, detalha a farmacêutica Emília Vitória da Silva, da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (DF).

            Em linhas gerais, os antibióticos podem ser divididos em sistêmicos e tópicos. Segundo Emília, os sistêmicos são aqueles que precisam atingir a corrente sanguínea para exercer sua ação terapêutica. Podem ser administradas por via oral (boca), intramuscular (injeção no músculo), intravenosa (injeção na veia) e aerossol, entre outros. “Quando você administra um antimicrobiano por via oral, a substância atinge o estômago e passa, através da mucosa estomacal, para o sangue. Por este é levada até o seu local de ação, que geralmente é um órgão interno, como garganta ou pulmão”, detalha a farmacêutica Emília.

            Já o uso tópico de antibióticos acontece quando esses agentes são aplicados diretamente na pele ou mucosas, principalmente em infecções dermatológicas (na pele), oftalmológicas (nos olhos), otológicas (nas orelhas) e ginecológicas (na vagina). “Antimicrobianos tópicos têm ação localizada e pouca, às vezes nenhuma, quantidade do medicamento atinge o sangue”, afirma a farmacêutica.

Perigo à vista

            Se Alexander Fleming estivesse vivo, reprovaria o uso indiscriminado de antibióticos. Segundo estimativas de Janaína Sallas, consultora técnica no Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, 40% dos remédios consumidos hoje no Brasil são antibióticos. “A descoberta da penicilina trouxe indiscutíveis benefícios para a medicina, como elevado índice de cura e a redução no número de sequelas. Mas, por outro lado, quando tomados de maneira abusiva e sem prescrição médica, os antibióticos podem causar reações adversas e, principalmente, resistência microbiana”, alerta a especialista em saúde coletiva. 

Resistência microbiana

            O maior risco oferecido pelo uso indiscriminado de antibióticos, porém, é a chamada “resistência microbiana”, que piora o quadro infeccioso do paciente e reduz a eficácia do tratamento. “Quando você utiliza um antimicrobiano de maneira inadequada, os microorganismos desenvolvem uma mutação e se tornam resistentes ao agente antibiótico”, explica a farmacêutica Emília Vitória.

            O toxicologista Sérgio Graff chama a atenção para outro aspecto do uso abusivo do medicamento. Ele explica que o corpo humano é colonizado por “bactérias do bem”, que reforçam o sistema de defesa do organismo em lugares estratégicos como a pele e a boca, por exemplo. Entre outras incumbências, as “bactérias do bem” são encarregadas de impedir a proliferação de “bactérias do mal”. “Quando você toma um antibiótico sem a devida prescrição médica, elimina não só as bactérias ruins do seu organismo como as boas também”, alerta o toxicologista. Entre bactérias mortas e feridas, explica ele, salvam-se as mutantes. “A partir do momento em que dizimei todas as bactérias, as mutantes começam a se multiplicar. E a produzir infecções resistentes a antibióticos”, completa.

Vírus: inimigo invencível

            Embora a origem grega do termo signifique “contra a vida”, os antibióticos não conseguem agir sobre todos os micro-organismos. Na grande maioria das vezes, são eficazes contra bactérias e, em alguns casos, fungos e parasitas. “Em doenças virais, por exemplo, eles não têm eficácia alguma”, assegura Marília. Por isso mesmo a receita médica é imprescindível no ato da compra de antibióticos. Só o médico tem condições de avaliar se uma infecção é bacteriana ou viral. “O paciente não tem como distinguir uma da outra apenas pelos sintomas apresentados. Para você ter uma ideia, tanto infecções virais quanto bacterianas provocam febre no paciente”, diz a conselheira do Cremerj. 

André Bernardo

Revista VivaSaúde. São Paulo: Escala, edição 189, 2019.

(adaptado)

Em “...detalha a farmacêutica Emília...” (5º parágrafo), a palavra em destaque pode ser substituída por:

Alternativas
Comentários
  • Gab:D

    Significado de Detalha

    1 - Ato ou efeito de detalhar.

    2 - Pormenorizar.

    3 - detalhar o serviço:  distribuir os contingentes para cada serviço.

     

    Fonte:https://dicionariodoaurelio.com/detalha

  • GABARITO: LETRA D

    “Quando você administra um antimicrobiano por via oral, a substância atinge o estômago e passa, através da mucosa estomacal, para o sangue. Por este é levada até o seu local de ação, que geralmente é um órgão interno, como garganta ou pulmão”, detalha a farmacêutica Emília.

    >>> está explicando algo com detalhes.

    Força, guerreiros(As)!!

  • GABARITO: LETRA D

    Detalha vem do verbo detalhar. O mesmo que: circunstancia, esmiúça, pormenoriza, particulariza, delineia, especifica.

    FONTE: WWW.DICIO.COM.BR


ID
2954410
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: A verdade sobre os antibióticos

            De um lapso de memória nasceu uma das mais poderosas armas da medicina contra infecções bacterianas. É assim que pode ser descrita, em poucas palavras, a descoberta da penicilina em 1928, pelo bacteriologista inglês Alexander Fleming. O cientista trabalhava no Hospital St. Mary, na Inglaterra, onde observava o comportamento de uma cultura de Staphylococcus aureus, a temível bactéria que causa infecção generalizada. Um dia, Fleming saiu de férias e esqueceu em cima da mesa do laboratório uma de suas placas de cultura, com amostras de estafilococo. Ao voltar, ele notou que o mofo parecia ter produzido uma substância que conseguira atacar a bactéria. Logo, concluiu que essa mesma substância poderia ser utilizada para impedir o desenvolvimento de outras bactérias. Como o fungo chamava-se Penicillium notatum, Fleming batizou a tal substância de penicilina.

            O cientista ainda descobriu que, por não ser tóxica para o corpo humano, a penicilina também poderia ser usada como remédio. “Antes da descoberta da penicilina, os cientistas tentaram de tudo: de sais de ouro a bismuto. As bactérias eram combinadas quase que por seleção natural”, observa o toxicologista Sérgio Graff (SP). “Há 70 anos, qualquer pessoa podia morrer de meningite ou pneumonia. Hoje, embora essas doenças continuem matando, conseguimos curar grande parte delas. E isso se deve, principalmente, ao uso dos antibióticos”, afirma o infectologista Marcelo Simão Ferreira, do Hospital de Clínicas de Uberlândia, da Universidade Federal de Uberlândia (MG). “Claro que a cura de uma infecção não depende só do antibiótico certo empregado, depende também do sistema de defesa do hospedeiro. Em pessoas com câncer, por exemplo, os antibióticos atuam muito menos”, ressalva.

O problema das infecções

            Alexander Fleming inaugurou uma nova era dentro da medicina: a dos antibióticos. Graças a ele, milhões de soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial foram salvos. O termo antibiótico vem do grego e significa “contra a vida” – nesse caso a dos micro-organismos, vamos deixar claro. Hoje, alguns especialistas já refutam o termo e preferem “antimicrobiano” a “antibiótico”. 

            “Os antimicrobianos são comumente usados no tratamento de doenças causadas por agentes microbianos, que podem ser tanto uma bactéria (pneumonia, por exemplo) como um fungo (candidíase) ou vírus (AIDS). Essas doenças são todas chamadas de infecções e cada tipo, de acordo com o agente que a provocou, tem um tratamento específico”, detalha a farmacêutica Emília Vitória da Silva, da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (DF).

            Em linhas gerais, os antibióticos podem ser divididos em sistêmicos e tópicos. Segundo Emília, os sistêmicos são aqueles que precisam atingir a corrente sanguínea para exercer sua ação terapêutica. Podem ser administradas por via oral (boca), intramuscular (injeção no músculo), intravenosa (injeção na veia) e aerossol, entre outros. “Quando você administra um antimicrobiano por via oral, a substância atinge o estômago e passa, através da mucosa estomacal, para o sangue. Por este é levada até o seu local de ação, que geralmente é um órgão interno, como garganta ou pulmão”, detalha a farmacêutica Emília.

            Já o uso tópico de antibióticos acontece quando esses agentes são aplicados diretamente na pele ou mucosas, principalmente em infecções dermatológicas (na pele), oftalmológicas (nos olhos), otológicas (nas orelhas) e ginecológicas (na vagina). “Antimicrobianos tópicos têm ação localizada e pouca, às vezes nenhuma, quantidade do medicamento atinge o sangue”, afirma a farmacêutica.

Perigo à vista

            Se Alexander Fleming estivesse vivo, reprovaria o uso indiscriminado de antibióticos. Segundo estimativas de Janaína Sallas, consultora técnica no Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, 40% dos remédios consumidos hoje no Brasil são antibióticos. “A descoberta da penicilina trouxe indiscutíveis benefícios para a medicina, como elevado índice de cura e a redução no número de sequelas. Mas, por outro lado, quando tomados de maneira abusiva e sem prescrição médica, os antibióticos podem causar reações adversas e, principalmente, resistência microbiana”, alerta a especialista em saúde coletiva. 

Resistência microbiana

            O maior risco oferecido pelo uso indiscriminado de antibióticos, porém, é a chamada “resistência microbiana”, que piora o quadro infeccioso do paciente e reduz a eficácia do tratamento. “Quando você utiliza um antimicrobiano de maneira inadequada, os microorganismos desenvolvem uma mutação e se tornam resistentes ao agente antibiótico”, explica a farmacêutica Emília Vitória.

            O toxicologista Sérgio Graff chama a atenção para outro aspecto do uso abusivo do medicamento. Ele explica que o corpo humano é colonizado por “bactérias do bem”, que reforçam o sistema de defesa do organismo em lugares estratégicos como a pele e a boca, por exemplo. Entre outras incumbências, as “bactérias do bem” são encarregadas de impedir a proliferação de “bactérias do mal”. “Quando você toma um antibiótico sem a devida prescrição médica, elimina não só as bactérias ruins do seu organismo como as boas também”, alerta o toxicologista. Entre bactérias mortas e feridas, explica ele, salvam-se as mutantes. “A partir do momento em que dizimei todas as bactérias, as mutantes começam a se multiplicar. E a produzir infecções resistentes a antibióticos”, completa.

Vírus: inimigo invencível

            Embora a origem grega do termo signifique “contra a vida”, os antibióticos não conseguem agir sobre todos os micro-organismos. Na grande maioria das vezes, são eficazes contra bactérias e, em alguns casos, fungos e parasitas. “Em doenças virais, por exemplo, eles não têm eficácia alguma”, assegura Marília. Por isso mesmo a receita médica é imprescindível no ato da compra de antibióticos. Só o médico tem condições de avaliar se uma infecção é bacteriana ou viral. “O paciente não tem como distinguir uma da outra apenas pelos sintomas apresentados. Para você ter uma ideia, tanto infecções virais quanto bacterianas provocam febre no paciente”, diz a conselheira do Cremerj. 

André Bernardo

Revista VivaSaúde. São Paulo: Escala, edição 189, 2019.

(adaptado)

Em “...os antibióticos podem causar reações adversas e, principalmente, resistência microbiana...” (7º parágrafo), o termo em destaque está empregado no sentido de:

Alternativas
Comentários
  • resistência microbiana= O micróbio resiste à ação do medicamento.

  • Oi!

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Você nunca sai perdendo quando ganha CONHECIMENTO!


ID
2954413
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: A verdade sobre os antibióticos

            De um lapso de memória nasceu uma das mais poderosas armas da medicina contra infecções bacterianas. É assim que pode ser descrita, em poucas palavras, a descoberta da penicilina em 1928, pelo bacteriologista inglês Alexander Fleming. O cientista trabalhava no Hospital St. Mary, na Inglaterra, onde observava o comportamento de uma cultura de Staphylococcus aureus, a temível bactéria que causa infecção generalizada. Um dia, Fleming saiu de férias e esqueceu em cima da mesa do laboratório uma de suas placas de cultura, com amostras de estafilococo. Ao voltar, ele notou que o mofo parecia ter produzido uma substância que conseguira atacar a bactéria. Logo, concluiu que essa mesma substância poderia ser utilizada para impedir o desenvolvimento de outras bactérias. Como o fungo chamava-se Penicillium notatum, Fleming batizou a tal substância de penicilina.

            O cientista ainda descobriu que, por não ser tóxica para o corpo humano, a penicilina também poderia ser usada como remédio. “Antes da descoberta da penicilina, os cientistas tentaram de tudo: de sais de ouro a bismuto. As bactérias eram combinadas quase que por seleção natural”, observa o toxicologista Sérgio Graff (SP). “Há 70 anos, qualquer pessoa podia morrer de meningite ou pneumonia. Hoje, embora essas doenças continuem matando, conseguimos curar grande parte delas. E isso se deve, principalmente, ao uso dos antibióticos”, afirma o infectologista Marcelo Simão Ferreira, do Hospital de Clínicas de Uberlândia, da Universidade Federal de Uberlândia (MG). “Claro que a cura de uma infecção não depende só do antibiótico certo empregado, depende também do sistema de defesa do hospedeiro. Em pessoas com câncer, por exemplo, os antibióticos atuam muito menos”, ressalva.

O problema das infecções

            Alexander Fleming inaugurou uma nova era dentro da medicina: a dos antibióticos. Graças a ele, milhões de soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial foram salvos. O termo antibiótico vem do grego e significa “contra a vida” – nesse caso a dos micro-organismos, vamos deixar claro. Hoje, alguns especialistas já refutam o termo e preferem “antimicrobiano” a “antibiótico”. 

            “Os antimicrobianos são comumente usados no tratamento de doenças causadas por agentes microbianos, que podem ser tanto uma bactéria (pneumonia, por exemplo) como um fungo (candidíase) ou vírus (AIDS). Essas doenças são todas chamadas de infecções e cada tipo, de acordo com o agente que a provocou, tem um tratamento específico”, detalha a farmacêutica Emília Vitória da Silva, da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (DF).

            Em linhas gerais, os antibióticos podem ser divididos em sistêmicos e tópicos. Segundo Emília, os sistêmicos são aqueles que precisam atingir a corrente sanguínea para exercer sua ação terapêutica. Podem ser administradas por via oral (boca), intramuscular (injeção no músculo), intravenosa (injeção na veia) e aerossol, entre outros. “Quando você administra um antimicrobiano por via oral, a substância atinge o estômago e passa, através da mucosa estomacal, para o sangue. Por este é levada até o seu local de ação, que geralmente é um órgão interno, como garganta ou pulmão”, detalha a farmacêutica Emília.

            Já o uso tópico de antibióticos acontece quando esses agentes são aplicados diretamente na pele ou mucosas, principalmente em infecções dermatológicas (na pele), oftalmológicas (nos olhos), otológicas (nas orelhas) e ginecológicas (na vagina). “Antimicrobianos tópicos têm ação localizada e pouca, às vezes nenhuma, quantidade do medicamento atinge o sangue”, afirma a farmacêutica.

Perigo à vista

            Se Alexander Fleming estivesse vivo, reprovaria o uso indiscriminado de antibióticos. Segundo estimativas de Janaína Sallas, consultora técnica no Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, 40% dos remédios consumidos hoje no Brasil são antibióticos. “A descoberta da penicilina trouxe indiscutíveis benefícios para a medicina, como elevado índice de cura e a redução no número de sequelas. Mas, por outro lado, quando tomados de maneira abusiva e sem prescrição médica, os antibióticos podem causar reações adversas e, principalmente, resistência microbiana”, alerta a especialista em saúde coletiva. 

Resistência microbiana

            O maior risco oferecido pelo uso indiscriminado de antibióticos, porém, é a chamada “resistência microbiana”, que piora o quadro infeccioso do paciente e reduz a eficácia do tratamento. “Quando você utiliza um antimicrobiano de maneira inadequada, os microorganismos desenvolvem uma mutação e se tornam resistentes ao agente antibiótico”, explica a farmacêutica Emília Vitória.

            O toxicologista Sérgio Graff chama a atenção para outro aspecto do uso abusivo do medicamento. Ele explica que o corpo humano é colonizado por “bactérias do bem”, que reforçam o sistema de defesa do organismo em lugares estratégicos como a pele e a boca, por exemplo. Entre outras incumbências, as “bactérias do bem” são encarregadas de impedir a proliferação de “bactérias do mal”. “Quando você toma um antibiótico sem a devida prescrição médica, elimina não só as bactérias ruins do seu organismo como as boas também”, alerta o toxicologista. Entre bactérias mortas e feridas, explica ele, salvam-se as mutantes. “A partir do momento em que dizimei todas as bactérias, as mutantes começam a se multiplicar. E a produzir infecções resistentes a antibióticos”, completa.

Vírus: inimigo invencível

            Embora a origem grega do termo signifique “contra a vida”, os antibióticos não conseguem agir sobre todos os micro-organismos. Na grande maioria das vezes, são eficazes contra bactérias e, em alguns casos, fungos e parasitas. “Em doenças virais, por exemplo, eles não têm eficácia alguma”, assegura Marília. Por isso mesmo a receita médica é imprescindível no ato da compra de antibióticos. Só o médico tem condições de avaliar se uma infecção é bacteriana ou viral. “O paciente não tem como distinguir uma da outra apenas pelos sintomas apresentados. Para você ter uma ideia, tanto infecções virais quanto bacterianas provocam febre no paciente”, diz a conselheira do Cremerj. 

André Bernardo

Revista VivaSaúde. São Paulo: Escala, edição 189, 2019.

(adaptado)

“Ao voltar, ele notou que o mofo parecia ter produzido uma substância que conseguira atacar a bactéria.” (1º parágrafo). Nesta frase, a forma verbal em destaque pode ser substituída por:

Alternativas
Comentários
  • HAVER\TER(NO PRETÉRITO IMPERFEITO) + VERBO NO PARTICÍPIO = PRETÉRITO + QUE PERFEITO

    HAVIA CONSEGUIDO= CONSEGUIRA

    TINHA CONSEGUIDO= CONSEGUIRA

  • Olá!

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Os únicos limites da sua mente são aqueles que você acreditar ter!


ID
2954416
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: A verdade sobre os antibióticos

            De um lapso de memória nasceu uma das mais poderosas armas da medicina contra infecções bacterianas. É assim que pode ser descrita, em poucas palavras, a descoberta da penicilina em 1928, pelo bacteriologista inglês Alexander Fleming. O cientista trabalhava no Hospital St. Mary, na Inglaterra, onde observava o comportamento de uma cultura de Staphylococcus aureus, a temível bactéria que causa infecção generalizada. Um dia, Fleming saiu de férias e esqueceu em cima da mesa do laboratório uma de suas placas de cultura, com amostras de estafilococo. Ao voltar, ele notou que o mofo parecia ter produzido uma substância que conseguira atacar a bactéria. Logo, concluiu que essa mesma substância poderia ser utilizada para impedir o desenvolvimento de outras bactérias. Como o fungo chamava-se Penicillium notatum, Fleming batizou a tal substância de penicilina.

            O cientista ainda descobriu que, por não ser tóxica para o corpo humano, a penicilina também poderia ser usada como remédio. “Antes da descoberta da penicilina, os cientistas tentaram de tudo: de sais de ouro a bismuto. As bactérias eram combinadas quase que por seleção natural”, observa o toxicologista Sérgio Graff (SP). “Há 70 anos, qualquer pessoa podia morrer de meningite ou pneumonia. Hoje, embora essas doenças continuem matando, conseguimos curar grande parte delas. E isso se deve, principalmente, ao uso dos antibióticos”, afirma o infectologista Marcelo Simão Ferreira, do Hospital de Clínicas de Uberlândia, da Universidade Federal de Uberlândia (MG). “Claro que a cura de uma infecção não depende só do antibiótico certo empregado, depende também do sistema de defesa do hospedeiro. Em pessoas com câncer, por exemplo, os antibióticos atuam muito menos”, ressalva.

O problema das infecções

            Alexander Fleming inaugurou uma nova era dentro da medicina: a dos antibióticos. Graças a ele, milhões de soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial foram salvos. O termo antibiótico vem do grego e significa “contra a vida” – nesse caso a dos micro-organismos, vamos deixar claro. Hoje, alguns especialistas já refutam o termo e preferem “antimicrobiano” a “antibiótico”. 

            “Os antimicrobianos são comumente usados no tratamento de doenças causadas por agentes microbianos, que podem ser tanto uma bactéria (pneumonia, por exemplo) como um fungo (candidíase) ou vírus (AIDS). Essas doenças são todas chamadas de infecções e cada tipo, de acordo com o agente que a provocou, tem um tratamento específico”, detalha a farmacêutica Emília Vitória da Silva, da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (DF).

            Em linhas gerais, os antibióticos podem ser divididos em sistêmicos e tópicos. Segundo Emília, os sistêmicos são aqueles que precisam atingir a corrente sanguínea para exercer sua ação terapêutica. Podem ser administradas por via oral (boca), intramuscular (injeção no músculo), intravenosa (injeção na veia) e aerossol, entre outros. “Quando você administra um antimicrobiano por via oral, a substância atinge o estômago e passa, através da mucosa estomacal, para o sangue. Por este é levada até o seu local de ação, que geralmente é um órgão interno, como garganta ou pulmão”, detalha a farmacêutica Emília.

            Já o uso tópico de antibióticos acontece quando esses agentes são aplicados diretamente na pele ou mucosas, principalmente em infecções dermatológicas (na pele), oftalmológicas (nos olhos), otológicas (nas orelhas) e ginecológicas (na vagina). “Antimicrobianos tópicos têm ação localizada e pouca, às vezes nenhuma, quantidade do medicamento atinge o sangue”, afirma a farmacêutica.

Perigo à vista

            Se Alexander Fleming estivesse vivo, reprovaria o uso indiscriminado de antibióticos. Segundo estimativas de Janaína Sallas, consultora técnica no Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, 40% dos remédios consumidos hoje no Brasil são antibióticos. “A descoberta da penicilina trouxe indiscutíveis benefícios para a medicina, como elevado índice de cura e a redução no número de sequelas. Mas, por outro lado, quando tomados de maneira abusiva e sem prescrição médica, os antibióticos podem causar reações adversas e, principalmente, resistência microbiana”, alerta a especialista em saúde coletiva. 

Resistência microbiana

            O maior risco oferecido pelo uso indiscriminado de antibióticos, porém, é a chamada “resistência microbiana”, que piora o quadro infeccioso do paciente e reduz a eficácia do tratamento. “Quando você utiliza um antimicrobiano de maneira inadequada, os microorganismos desenvolvem uma mutação e se tornam resistentes ao agente antibiótico”, explica a farmacêutica Emília Vitória.

            O toxicologista Sérgio Graff chama a atenção para outro aspecto do uso abusivo do medicamento. Ele explica que o corpo humano é colonizado por “bactérias do bem”, que reforçam o sistema de defesa do organismo em lugares estratégicos como a pele e a boca, por exemplo. Entre outras incumbências, as “bactérias do bem” são encarregadas de impedir a proliferação de “bactérias do mal”. “Quando você toma um antibiótico sem a devida prescrição médica, elimina não só as bactérias ruins do seu organismo como as boas também”, alerta o toxicologista. Entre bactérias mortas e feridas, explica ele, salvam-se as mutantes. “A partir do momento em que dizimei todas as bactérias, as mutantes começam a se multiplicar. E a produzir infecções resistentes a antibióticos”, completa.

Vírus: inimigo invencível

            Embora a origem grega do termo signifique “contra a vida”, os antibióticos não conseguem agir sobre todos os micro-organismos. Na grande maioria das vezes, são eficazes contra bactérias e, em alguns casos, fungos e parasitas. “Em doenças virais, por exemplo, eles não têm eficácia alguma”, assegura Marília. Por isso mesmo a receita médica é imprescindível no ato da compra de antibióticos. Só o médico tem condições de avaliar se uma infecção é bacteriana ou viral. “O paciente não tem como distinguir uma da outra apenas pelos sintomas apresentados. Para você ter uma ideia, tanto infecções virais quanto bacterianas provocam febre no paciente”, diz a conselheira do Cremerj. 

André Bernardo

Revista VivaSaúde. São Paulo: Escala, edição 189, 2019.

(adaptado)

“O cientista ainda descobriu que, por não ser tóxica para o corpo humano, a penicilina também poderia ser usada como remédio.” (2º parágrafo). A oração em destaque traz a noção de:

Alternativas
Comentários
  • relação de causa/consequência é estabelecida por: O FATO DE ... FAZ COM QUE ... 

     

    O FATO DE não ser tóxica para o corpo humano FAZ COM QUE a penicilina seja usada como remédio

                                              CAUSA                                                          CONSEQUÊNCIA

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: B

  • GABARITO: LETRA B

    “O cientista ainda descobriu que, por não ser tóxica para o corpo humano, a penicilina também poderia ser usada como remédio.”

    >>> conjunção subordinativa causal (já que): Já que não era tóxica para o corpo humano, a penicilina poderia ser usada como remédio. --- logo temos uma expressão com semântica causal.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Causal – introduzem uma oração que é a causa da ocorrência da oração principal.

    São elas : porque, que , como (=porque) , pois que , uma vez que , visto que , já que , etc ...

     

    Ex1 : Ele não fez a pesquisa / porque não dispunha de meios

                  Efeito                                 Causa

     

    Ex2 : Como não se interessa por arte, / desistiu do curso.

                      Causa                                             Efeito

  • “O cientista ainda descobriu que, por não ser tóxica para o corpo humano, a penicilina também poderia ser usada como remédio.”

    1.Para melhorar a compreensão dos elementos, reordene a frase:

    "O cientista ainda descobriu que a penicilina também poderia ser usada como remédio, por não ser tóxica para o corpo humano."

    2.Agora acrescente o PORQUE (motivo, razão, causa):

    "O cientista ainda descobriu que a penicilina também poderia ser usada como remédio, POR QUE não ser (É) tóxica para o corpo humano."

  • Não ser tóxica para o corpo humano é o motivo/causa/razão de a penicilina também poder ser usada como remédio.

    "por não ser tóxica para o corpo humano" : Oração subordinada adverbial causal

    Foco,Força e Fé!

  • Ao +infinitivo= tempo

    A +infinitivo= condição

    Por +infinitivo=causa

    Para +infinitivo=finalidade

    Apesar de  +infinitivo= concessão

  • "BIZUUUUU"

     

    PRINCIPALMENTE PARA QUEM VAI FAZER PROVAS DA FGV.

     

     

    Ao +infinitivo= tempo

    A +infinitivo= condição

    Por +infinitivo=causa

    Para +infinitivo=finalidade

    Apesar de  +infinitivo= concessão

     

     

    AGORA É POR EM PRÁTICA. 

  • Gabarito: B

    Causal: já que, uma vez que, visto que.


ID
2954419
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: A verdade sobre os antibióticos

            De um lapso de memória nasceu uma das mais poderosas armas da medicina contra infecções bacterianas. É assim que pode ser descrita, em poucas palavras, a descoberta da penicilina em 1928, pelo bacteriologista inglês Alexander Fleming. O cientista trabalhava no Hospital St. Mary, na Inglaterra, onde observava o comportamento de uma cultura de Staphylococcus aureus, a temível bactéria que causa infecção generalizada. Um dia, Fleming saiu de férias e esqueceu em cima da mesa do laboratório uma de suas placas de cultura, com amostras de estafilococo. Ao voltar, ele notou que o mofo parecia ter produzido uma substância que conseguira atacar a bactéria. Logo, concluiu que essa mesma substância poderia ser utilizada para impedir o desenvolvimento de outras bactérias. Como o fungo chamava-se Penicillium notatum, Fleming batizou a tal substância de penicilina.

            O cientista ainda descobriu que, por não ser tóxica para o corpo humano, a penicilina também poderia ser usada como remédio. “Antes da descoberta da penicilina, os cientistas tentaram de tudo: de sais de ouro a bismuto. As bactérias eram combinadas quase que por seleção natural”, observa o toxicologista Sérgio Graff (SP). “Há 70 anos, qualquer pessoa podia morrer de meningite ou pneumonia. Hoje, embora essas doenças continuem matando, conseguimos curar grande parte delas. E isso se deve, principalmente, ao uso dos antibióticos”, afirma o infectologista Marcelo Simão Ferreira, do Hospital de Clínicas de Uberlândia, da Universidade Federal de Uberlândia (MG). “Claro que a cura de uma infecção não depende só do antibiótico certo empregado, depende também do sistema de defesa do hospedeiro. Em pessoas com câncer, por exemplo, os antibióticos atuam muito menos”, ressalva.

O problema das infecções

            Alexander Fleming inaugurou uma nova era dentro da medicina: a dos antibióticos. Graças a ele, milhões de soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial foram salvos. O termo antibiótico vem do grego e significa “contra a vida” – nesse caso a dos micro-organismos, vamos deixar claro. Hoje, alguns especialistas já refutam o termo e preferem “antimicrobiano” a “antibiótico”. 

            “Os antimicrobianos são comumente usados no tratamento de doenças causadas por agentes microbianos, que podem ser tanto uma bactéria (pneumonia, por exemplo) como um fungo (candidíase) ou vírus (AIDS). Essas doenças são todas chamadas de infecções e cada tipo, de acordo com o agente que a provocou, tem um tratamento específico”, detalha a farmacêutica Emília Vitória da Silva, da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (DF).

            Em linhas gerais, os antibióticos podem ser divididos em sistêmicos e tópicos. Segundo Emília, os sistêmicos são aqueles que precisam atingir a corrente sanguínea para exercer sua ação terapêutica. Podem ser administradas por via oral (boca), intramuscular (injeção no músculo), intravenosa (injeção na veia) e aerossol, entre outros. “Quando você administra um antimicrobiano por via oral, a substância atinge o estômago e passa, através da mucosa estomacal, para o sangue. Por este é levada até o seu local de ação, que geralmente é um órgão interno, como garganta ou pulmão”, detalha a farmacêutica Emília.

            Já o uso tópico de antibióticos acontece quando esses agentes são aplicados diretamente na pele ou mucosas, principalmente em infecções dermatológicas (na pele), oftalmológicas (nos olhos), otológicas (nas orelhas) e ginecológicas (na vagina). “Antimicrobianos tópicos têm ação localizada e pouca, às vezes nenhuma, quantidade do medicamento atinge o sangue”, afirma a farmacêutica.

Perigo à vista

            Se Alexander Fleming estivesse vivo, reprovaria o uso indiscriminado de antibióticos. Segundo estimativas de Janaína Sallas, consultora técnica no Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, 40% dos remédios consumidos hoje no Brasil são antibióticos. “A descoberta da penicilina trouxe indiscutíveis benefícios para a medicina, como elevado índice de cura e a redução no número de sequelas. Mas, por outro lado, quando tomados de maneira abusiva e sem prescrição médica, os antibióticos podem causar reações adversas e, principalmente, resistência microbiana”, alerta a especialista em saúde coletiva. 

Resistência microbiana

            O maior risco oferecido pelo uso indiscriminado de antibióticos, porém, é a chamada “resistência microbiana”, que piora o quadro infeccioso do paciente e reduz a eficácia do tratamento. “Quando você utiliza um antimicrobiano de maneira inadequada, os microorganismos desenvolvem uma mutação e se tornam resistentes ao agente antibiótico”, explica a farmacêutica Emília Vitória.

            O toxicologista Sérgio Graff chama a atenção para outro aspecto do uso abusivo do medicamento. Ele explica que o corpo humano é colonizado por “bactérias do bem”, que reforçam o sistema de defesa do organismo em lugares estratégicos como a pele e a boca, por exemplo. Entre outras incumbências, as “bactérias do bem” são encarregadas de impedir a proliferação de “bactérias do mal”. “Quando você toma um antibiótico sem a devida prescrição médica, elimina não só as bactérias ruins do seu organismo como as boas também”, alerta o toxicologista. Entre bactérias mortas e feridas, explica ele, salvam-se as mutantes. “A partir do momento em que dizimei todas as bactérias, as mutantes começam a se multiplicar. E a produzir infecções resistentes a antibióticos”, completa.

Vírus: inimigo invencível

            Embora a origem grega do termo signifique “contra a vida”, os antibióticos não conseguem agir sobre todos os micro-organismos. Na grande maioria das vezes, são eficazes contra bactérias e, em alguns casos, fungos e parasitas. “Em doenças virais, por exemplo, eles não têm eficácia alguma”, assegura Marília. Por isso mesmo a receita médica é imprescindível no ato da compra de antibióticos. Só o médico tem condições de avaliar se uma infecção é bacteriana ou viral. “O paciente não tem como distinguir uma da outra apenas pelos sintomas apresentados. Para você ter uma ideia, tanto infecções virais quanto bacterianas provocam febre no paciente”, diz a conselheira do Cremerj. 

André Bernardo

Revista VivaSaúde. São Paulo: Escala, edição 189, 2019.

(adaptado)

No trecho “Claro que a cura de uma infecção não depende só do antibiótico certo empregado...” (2º parágrafo), a palavra em destaque, se estivesse anteposta ao substantivo a que se refere, teria outro sentido. O mesmo se verifica com a palavra destacada em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    A questão pede uma alternativa em que a mudança substantivo/adjetivo irá causar mudança de sentido:

    a) Estou lendo um livro grande sobre este assunto. >>> livro grande (muitas páginas ou um tamanho grande) --- grande livro (um livro sensacional, imensurável)

    b) A penicilina é uma arma poderosa contra as infecções. >>> arma poderosa/ poderosa arma (não causou mudança de sentido).

    c) O cientista estudava uma bactéria temível. >>> bactéria temível/ temível bactéria (não causou mudança de sentido).

    d) A descoberta deveu-se a um esquecimento abençoado. >>> esquecimento abençoado/ abençoado esquecimento (não causou mudança de sentido).

    Força, guerreiros(As)!!

  • Olá!

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Quem ESTUDA tem em suas mãos o poder de TRANSFORMAR não só a própria vida, como também das pessoas que lhe cercam.


ID
2954422
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: A verdade sobre os antibióticos

            De um lapso de memória nasceu uma das mais poderosas armas da medicina contra infecções bacterianas. É assim que pode ser descrita, em poucas palavras, a descoberta da penicilina em 1928, pelo bacteriologista inglês Alexander Fleming. O cientista trabalhava no Hospital St. Mary, na Inglaterra, onde observava o comportamento de uma cultura de Staphylococcus aureus, a temível bactéria que causa infecção generalizada. Um dia, Fleming saiu de férias e esqueceu em cima da mesa do laboratório uma de suas placas de cultura, com amostras de estafilococo. Ao voltar, ele notou que o mofo parecia ter produzido uma substância que conseguira atacar a bactéria. Logo, concluiu que essa mesma substância poderia ser utilizada para impedir o desenvolvimento de outras bactérias. Como o fungo chamava-se Penicillium notatum, Fleming batizou a tal substância de penicilina.

            O cientista ainda descobriu que, por não ser tóxica para o corpo humano, a penicilina também poderia ser usada como remédio. “Antes da descoberta da penicilina, os cientistas tentaram de tudo: de sais de ouro a bismuto. As bactérias eram combinadas quase que por seleção natural”, observa o toxicologista Sérgio Graff (SP). “Há 70 anos, qualquer pessoa podia morrer de meningite ou pneumonia. Hoje, embora essas doenças continuem matando, conseguimos curar grande parte delas. E isso se deve, principalmente, ao uso dos antibióticos”, afirma o infectologista Marcelo Simão Ferreira, do Hospital de Clínicas de Uberlândia, da Universidade Federal de Uberlândia (MG). “Claro que a cura de uma infecção não depende só do antibiótico certo empregado, depende também do sistema de defesa do hospedeiro. Em pessoas com câncer, por exemplo, os antibióticos atuam muito menos”, ressalva.

O problema das infecções

            Alexander Fleming inaugurou uma nova era dentro da medicina: a dos antibióticos. Graças a ele, milhões de soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial foram salvos. O termo antibiótico vem do grego e significa “contra a vida” – nesse caso a dos micro-organismos, vamos deixar claro. Hoje, alguns especialistas já refutam o termo e preferem “antimicrobiano” a “antibiótico”. 

            “Os antimicrobianos são comumente usados no tratamento de doenças causadas por agentes microbianos, que podem ser tanto uma bactéria (pneumonia, por exemplo) como um fungo (candidíase) ou vírus (AIDS). Essas doenças são todas chamadas de infecções e cada tipo, de acordo com o agente que a provocou, tem um tratamento específico”, detalha a farmacêutica Emília Vitória da Silva, da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (DF).

            Em linhas gerais, os antibióticos podem ser divididos em sistêmicos e tópicos. Segundo Emília, os sistêmicos são aqueles que precisam atingir a corrente sanguínea para exercer sua ação terapêutica. Podem ser administradas por via oral (boca), intramuscular (injeção no músculo), intravenosa (injeção na veia) e aerossol, entre outros. “Quando você administra um antimicrobiano por via oral, a substância atinge o estômago e passa, através da mucosa estomacal, para o sangue. Por este é levada até o seu local de ação, que geralmente é um órgão interno, como garganta ou pulmão”, detalha a farmacêutica Emília.

            Já o uso tópico de antibióticos acontece quando esses agentes são aplicados diretamente na pele ou mucosas, principalmente em infecções dermatológicas (na pele), oftalmológicas (nos olhos), otológicas (nas orelhas) e ginecológicas (na vagina). “Antimicrobianos tópicos têm ação localizada e pouca, às vezes nenhuma, quantidade do medicamento atinge o sangue”, afirma a farmacêutica.

Perigo à vista

            Se Alexander Fleming estivesse vivo, reprovaria o uso indiscriminado de antibióticos. Segundo estimativas de Janaína Sallas, consultora técnica no Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, 40% dos remédios consumidos hoje no Brasil são antibióticos. “A descoberta da penicilina trouxe indiscutíveis benefícios para a medicina, como elevado índice de cura e a redução no número de sequelas. Mas, por outro lado, quando tomados de maneira abusiva e sem prescrição médica, os antibióticos podem causar reações adversas e, principalmente, resistência microbiana”, alerta a especialista em saúde coletiva. 

Resistência microbiana

            O maior risco oferecido pelo uso indiscriminado de antibióticos, porém, é a chamada “resistência microbiana”, que piora o quadro infeccioso do paciente e reduz a eficácia do tratamento. “Quando você utiliza um antimicrobiano de maneira inadequada, os microorganismos desenvolvem uma mutação e se tornam resistentes ao agente antibiótico”, explica a farmacêutica Emília Vitória.

            O toxicologista Sérgio Graff chama a atenção para outro aspecto do uso abusivo do medicamento. Ele explica que o corpo humano é colonizado por “bactérias do bem”, que reforçam o sistema de defesa do organismo em lugares estratégicos como a pele e a boca, por exemplo. Entre outras incumbências, as “bactérias do bem” são encarregadas de impedir a proliferação de “bactérias do mal”. “Quando você toma um antibiótico sem a devida prescrição médica, elimina não só as bactérias ruins do seu organismo como as boas também”, alerta o toxicologista. Entre bactérias mortas e feridas, explica ele, salvam-se as mutantes. “A partir do momento em que dizimei todas as bactérias, as mutantes começam a se multiplicar. E a produzir infecções resistentes a antibióticos”, completa.

Vírus: inimigo invencível

            Embora a origem grega do termo signifique “contra a vida”, os antibióticos não conseguem agir sobre todos os micro-organismos. Na grande maioria das vezes, são eficazes contra bactérias e, em alguns casos, fungos e parasitas. “Em doenças virais, por exemplo, eles não têm eficácia alguma”, assegura Marília. Por isso mesmo a receita médica é imprescindível no ato da compra de antibióticos. Só o médico tem condições de avaliar se uma infecção é bacteriana ou viral. “O paciente não tem como distinguir uma da outra apenas pelos sintomas apresentados. Para você ter uma ideia, tanto infecções virais quanto bacterianas provocam febre no paciente”, diz a conselheira do Cremerj. 

André Bernardo

Revista VivaSaúde. São Paulo: Escala, edição 189, 2019.

(adaptado)

A vírgula é empregada para isolar um aposto no seguinte fragmento do texto:

Alternativas
Comentários
  • Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.

    Por Exemplo:

    Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça.

  • GABARITO: LETRA D

    A) “Como o fungo chamava-se Penicillium notatum, Fleming batizou a tal substância de penicilina.” >>> temos em destaque uma oração subordinada adverbial causal (conjunção "como = já que").

    B) “Em pessoas com câncer, por exemplo, os antibióticos atuam muito menos...” >>> expressão explicativa entre vírgulas.

    C) “Segundo Emília, os sistêmicos são aqueles que precisam atingir a corrente sanguínea...” >>> temos em destaque uma oração subordinada adverbial conformativa (conjunção "segundo").

    D) “...onde observava o comportamento de uma cultura de Staphylococcus aureus, a temível bactéria que causa infecção generalizada.” >>> temos em destaque um aposto explicativo.

    Força, guerreiros(as)!!

  • D) “...onde observava o comportamento de uma cultura de Staphylococcus aureus, a temível bactéria que causa infecção generalizada.” >>> temos em destaque um aposto explicativo.

  • Se X=Y, então é aposto. Lendário Prof Elias Santana.

  • Gabarito: LETRA D

    a) separa uma oração adverbial causal

    b) separam a expressão explicativa “por exemplo”

    c) separa expressão adverbial conformativa

  • ACRESCENTANDO:

    USO DA VÍRGULA

    Vírgula – indica uma pequena pausa na sentença.

    Não se emprega vírgula entre:

    • Sujeito e verbo.

    • Verbo e objeto (na ordem direta da sentença).

    Para facilitar a memorização dos casos de emprego da vírgula, lembre-se de que:

    A vírgula:

    Desloca

    Enumera

    Explica

    Enfatiza

    Isola

    Separa

    Emprego da vírgula:

    a) separar termos que possuem mesma função sintática no período:

    - João, Mariano, César e Pedro farão a prova.

    - Li Goethe, Nietzsche, Montesquieu, Rousseau e Merleau-Ponty.

    b) isolar o vocativo:

    - Força, guerreiro!

    c) isolar o aposto explicativo:

    - José de Alencar, o autor de Lucíola, foi um romancista brasileiro.

    d) mobilidade sintática:

    - Temeroso, Amadeu não ficou no salão.

    - Na semana anterior, ele foi convocado a depor.

    - Por amar, ele cometeu crimes.

    e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos:

    - Isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.

    f) separar os nomes dos locais de datas:

    - Cascavel, 10 de março de 2012.

    g) isolar orações adjetivas explicativas:

    - O Brasil, que busca uma equidade social, ainda sofre com a desigualdade.

    h) separar termos enumerativos:

    - O palestrante falou sobre fome, tristeza, desemprego e depressão.

    i) omitir um termo:

    - Pedro estudava pela manhã; Mariana, à tarde.

    j) separar algumas orações coordenadas

    - Júlio usou suas estratégias, mas não venceu o desafio.

    Vírgula + E

    1)Para separar orações coordenadas com sujeitos distintos:

    Minha professora entrou na sala, e os colegas começaram a rir.

    2) Polissíndeto:

    Luta, e luta, e luta, e luta, e luta: é um filho da pátria.

    3) Conectivo “e” com o valor semântico de “mas”:

    Os alunos não estudaram, e passaram na prova.

    4) Para enfatizar o elemento posterior:

    A menina lhe deu um fora, e ainda o ofendeu.

    FONTE: RITA SILVA


ID
2954425
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: A verdade sobre os antibióticos

            De um lapso de memória nasceu uma das mais poderosas armas da medicina contra infecções bacterianas. É assim que pode ser descrita, em poucas palavras, a descoberta da penicilina em 1928, pelo bacteriologista inglês Alexander Fleming. O cientista trabalhava no Hospital St. Mary, na Inglaterra, onde observava o comportamento de uma cultura de Staphylococcus aureus, a temível bactéria que causa infecção generalizada. Um dia, Fleming saiu de férias e esqueceu em cima da mesa do laboratório uma de suas placas de cultura, com amostras de estafilococo. Ao voltar, ele notou que o mofo parecia ter produzido uma substância que conseguira atacar a bactéria. Logo, concluiu que essa mesma substância poderia ser utilizada para impedir o desenvolvimento de outras bactérias. Como o fungo chamava-se Penicillium notatum, Fleming batizou a tal substância de penicilina.

            O cientista ainda descobriu que, por não ser tóxica para o corpo humano, a penicilina também poderia ser usada como remédio. “Antes da descoberta da penicilina, os cientistas tentaram de tudo: de sais de ouro a bismuto. As bactérias eram combinadas quase que por seleção natural”, observa o toxicologista Sérgio Graff (SP). “Há 70 anos, qualquer pessoa podia morrer de meningite ou pneumonia. Hoje, embora essas doenças continuem matando, conseguimos curar grande parte delas. E isso se deve, principalmente, ao uso dos antibióticos”, afirma o infectologista Marcelo Simão Ferreira, do Hospital de Clínicas de Uberlândia, da Universidade Federal de Uberlândia (MG). “Claro que a cura de uma infecção não depende só do antibiótico certo empregado, depende também do sistema de defesa do hospedeiro. Em pessoas com câncer, por exemplo, os antibióticos atuam muito menos”, ressalva.

O problema das infecções

            Alexander Fleming inaugurou uma nova era dentro da medicina: a dos antibióticos. Graças a ele, milhões de soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial foram salvos. O termo antibiótico vem do grego e significa “contra a vida” – nesse caso a dos micro-organismos, vamos deixar claro. Hoje, alguns especialistas já refutam o termo e preferem “antimicrobiano” a “antibiótico”. 

            “Os antimicrobianos são comumente usados no tratamento de doenças causadas por agentes microbianos, que podem ser tanto uma bactéria (pneumonia, por exemplo) como um fungo (candidíase) ou vírus (AIDS). Essas doenças são todas chamadas de infecções e cada tipo, de acordo com o agente que a provocou, tem um tratamento específico”, detalha a farmacêutica Emília Vitória da Silva, da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (DF).

            Em linhas gerais, os antibióticos podem ser divididos em sistêmicos e tópicos. Segundo Emília, os sistêmicos são aqueles que precisam atingir a corrente sanguínea para exercer sua ação terapêutica. Podem ser administradas por via oral (boca), intramuscular (injeção no músculo), intravenosa (injeção na veia) e aerossol, entre outros. “Quando você administra um antimicrobiano por via oral, a substância atinge o estômago e passa, através da mucosa estomacal, para o sangue. Por este é levada até o seu local de ação, que geralmente é um órgão interno, como garganta ou pulmão”, detalha a farmacêutica Emília.

            Já o uso tópico de antibióticos acontece quando esses agentes são aplicados diretamente na pele ou mucosas, principalmente em infecções dermatológicas (na pele), oftalmológicas (nos olhos), otológicas (nas orelhas) e ginecológicas (na vagina). “Antimicrobianos tópicos têm ação localizada e pouca, às vezes nenhuma, quantidade do medicamento atinge o sangue”, afirma a farmacêutica.

Perigo à vista

            Se Alexander Fleming estivesse vivo, reprovaria o uso indiscriminado de antibióticos. Segundo estimativas de Janaína Sallas, consultora técnica no Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, 40% dos remédios consumidos hoje no Brasil são antibióticos. “A descoberta da penicilina trouxe indiscutíveis benefícios para a medicina, como elevado índice de cura e a redução no número de sequelas. Mas, por outro lado, quando tomados de maneira abusiva e sem prescrição médica, os antibióticos podem causar reações adversas e, principalmente, resistência microbiana”, alerta a especialista em saúde coletiva. 

Resistência microbiana

            O maior risco oferecido pelo uso indiscriminado de antibióticos, porém, é a chamada “resistência microbiana”, que piora o quadro infeccioso do paciente e reduz a eficácia do tratamento. “Quando você utiliza um antimicrobiano de maneira inadequada, os microorganismos desenvolvem uma mutação e se tornam resistentes ao agente antibiótico”, explica a farmacêutica Emília Vitória.

            O toxicologista Sérgio Graff chama a atenção para outro aspecto do uso abusivo do medicamento. Ele explica que o corpo humano é colonizado por “bactérias do bem”, que reforçam o sistema de defesa do organismo em lugares estratégicos como a pele e a boca, por exemplo. Entre outras incumbências, as “bactérias do bem” são encarregadas de impedir a proliferação de “bactérias do mal”. “Quando você toma um antibiótico sem a devida prescrição médica, elimina não só as bactérias ruins do seu organismo como as boas também”, alerta o toxicologista. Entre bactérias mortas e feridas, explica ele, salvam-se as mutantes. “A partir do momento em que dizimei todas as bactérias, as mutantes começam a se multiplicar. E a produzir infecções resistentes a antibióticos”, completa.

Vírus: inimigo invencível

            Embora a origem grega do termo signifique “contra a vida”, os antibióticos não conseguem agir sobre todos os micro-organismos. Na grande maioria das vezes, são eficazes contra bactérias e, em alguns casos, fungos e parasitas. “Em doenças virais, por exemplo, eles não têm eficácia alguma”, assegura Marília. Por isso mesmo a receita médica é imprescindível no ato da compra de antibióticos. Só o médico tem condições de avaliar se uma infecção é bacteriana ou viral. “O paciente não tem como distinguir uma da outra apenas pelos sintomas apresentados. Para você ter uma ideia, tanto infecções virais quanto bacterianas provocam febre no paciente”, diz a conselheira do Cremerj. 

André Bernardo

Revista VivaSaúde. São Paulo: Escala, edição 189, 2019.

(adaptado)

“Hoje, embora essas doenças continuem matando, conseguimos curar grande parte delas.” (2º parágrafo). Neste período, a palavra em destaque introduz a ideia de:

Alternativas
Comentários
  • A semâtica trazida é a de que apesar das doenças continuarem matando, muitas delas também já estão sendo curadas. É uma ideia que traz um fato subordinado e contrário ao da ação principal de uma oração, mas incapaz de impedir que tal ação venha a ocorrer, ou seja, o fato de algumas doenças matarem, não impede que outras sejam curadas.

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: D

  • Vale destacar:

    *Concessivo: indica concessão, contrariedade, ressalva.

    principais nexos- embora (+ cai), ainda que, se bem que, por mais que, conquanto, posto que, apesar de que, em que pese, malgrado, a despeito de que, não obstante;

    Bons estudos

  • EMBORA na maioria das vezes é vista como concessão!

  • A ideia que a concessão nos passa, é aquela na qual "mesmo que ocorrer o evento 'a', não vou deixar de realizar o evento 'b'".  

    Conjunções concessivas: embora; conquanto; se bem que; ainda que; mesmo que. 

    Espero que tenha ajudado.

    Bons estudos!

  • Concessivas: embora, malgrado, conquanto, ainda que, mesmo que, apesar de que, se bem que, nem que, posto que.

  • A questão é sobre a conjunção "embora" e seu valor semântico.

    A condição

    Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...

    São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que...

    Ex.: Se você estudar muito, passará no concurso.

    B consequência

    Conjunções subordinativas consecutivas: têm valor semântico de consequência, resultado, produto...

    São elas: que (precedido de tão, tal, tanto, tamanho), sem que, de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que...

    Ex.: Estudou tanto que passou na prova.

    C causa

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que, na medida em que...

    Ex.: Já que você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

    D concessão

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: (muito) embora, ainda que, se bem que, mesmo que, nem que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Embora discordasse, aceitei sua explicação.

    Gabarito: Letra D


ID
2954428
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: A verdade sobre os antibióticos

            De um lapso de memória nasceu uma das mais poderosas armas da medicina contra infecções bacterianas. É assim que pode ser descrita, em poucas palavras, a descoberta da penicilina em 1928, pelo bacteriologista inglês Alexander Fleming. O cientista trabalhava no Hospital St. Mary, na Inglaterra, onde observava o comportamento de uma cultura de Staphylococcus aureus, a temível bactéria que causa infecção generalizada. Um dia, Fleming saiu de férias e esqueceu em cima da mesa do laboratório uma de suas placas de cultura, com amostras de estafilococo. Ao voltar, ele notou que o mofo parecia ter produzido uma substância que conseguira atacar a bactéria. Logo, concluiu que essa mesma substância poderia ser utilizada para impedir o desenvolvimento de outras bactérias. Como o fungo chamava-se Penicillium notatum, Fleming batizou a tal substância de penicilina.

            O cientista ainda descobriu que, por não ser tóxica para o corpo humano, a penicilina também poderia ser usada como remédio. “Antes da descoberta da penicilina, os cientistas tentaram de tudo: de sais de ouro a bismuto. As bactérias eram combinadas quase que por seleção natural”, observa o toxicologista Sérgio Graff (SP). “Há 70 anos, qualquer pessoa podia morrer de meningite ou pneumonia. Hoje, embora essas doenças continuem matando, conseguimos curar grande parte delas. E isso se deve, principalmente, ao uso dos antibióticos”, afirma o infectologista Marcelo Simão Ferreira, do Hospital de Clínicas de Uberlândia, da Universidade Federal de Uberlândia (MG). “Claro que a cura de uma infecção não depende só do antibiótico certo empregado, depende também do sistema de defesa do hospedeiro. Em pessoas com câncer, por exemplo, os antibióticos atuam muito menos”, ressalva.

O problema das infecções

            Alexander Fleming inaugurou uma nova era dentro da medicina: a dos antibióticos. Graças a ele, milhões de soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial foram salvos. O termo antibiótico vem do grego e significa “contra a vida” – nesse caso a dos micro-organismos, vamos deixar claro. Hoje, alguns especialistas já refutam o termo e preferem “antimicrobiano” a “antibiótico”. 

            “Os antimicrobianos são comumente usados no tratamento de doenças causadas por agentes microbianos, que podem ser tanto uma bactéria (pneumonia, por exemplo) como um fungo (candidíase) ou vírus (AIDS). Essas doenças são todas chamadas de infecções e cada tipo, de acordo com o agente que a provocou, tem um tratamento específico”, detalha a farmacêutica Emília Vitória da Silva, da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (DF).

            Em linhas gerais, os antibióticos podem ser divididos em sistêmicos e tópicos. Segundo Emília, os sistêmicos são aqueles que precisam atingir a corrente sanguínea para exercer sua ação terapêutica. Podem ser administradas por via oral (boca), intramuscular (injeção no músculo), intravenosa (injeção na veia) e aerossol, entre outros. “Quando você administra um antimicrobiano por via oral, a substância atinge o estômago e passa, através da mucosa estomacal, para o sangue. Por este é levada até o seu local de ação, que geralmente é um órgão interno, como garganta ou pulmão”, detalha a farmacêutica Emília.

            Já o uso tópico de antibióticos acontece quando esses agentes são aplicados diretamente na pele ou mucosas, principalmente em infecções dermatológicas (na pele), oftalmológicas (nos olhos), otológicas (nas orelhas) e ginecológicas (na vagina). “Antimicrobianos tópicos têm ação localizada e pouca, às vezes nenhuma, quantidade do medicamento atinge o sangue”, afirma a farmacêutica.

Perigo à vista

            Se Alexander Fleming estivesse vivo, reprovaria o uso indiscriminado de antibióticos. Segundo estimativas de Janaína Sallas, consultora técnica no Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, 40% dos remédios consumidos hoje no Brasil são antibióticos. “A descoberta da penicilina trouxe indiscutíveis benefícios para a medicina, como elevado índice de cura e a redução no número de sequelas. Mas, por outro lado, quando tomados de maneira abusiva e sem prescrição médica, os antibióticos podem causar reações adversas e, principalmente, resistência microbiana”, alerta a especialista em saúde coletiva. 

Resistência microbiana

            O maior risco oferecido pelo uso indiscriminado de antibióticos, porém, é a chamada “resistência microbiana”, que piora o quadro infeccioso do paciente e reduz a eficácia do tratamento. “Quando você utiliza um antimicrobiano de maneira inadequada, os microorganismos desenvolvem uma mutação e se tornam resistentes ao agente antibiótico”, explica a farmacêutica Emília Vitória.

            O toxicologista Sérgio Graff chama a atenção para outro aspecto do uso abusivo do medicamento. Ele explica que o corpo humano é colonizado por “bactérias do bem”, que reforçam o sistema de defesa do organismo em lugares estratégicos como a pele e a boca, por exemplo. Entre outras incumbências, as “bactérias do bem” são encarregadas de impedir a proliferação de “bactérias do mal”. “Quando você toma um antibiótico sem a devida prescrição médica, elimina não só as bactérias ruins do seu organismo como as boas também”, alerta o toxicologista. Entre bactérias mortas e feridas, explica ele, salvam-se as mutantes. “A partir do momento em que dizimei todas as bactérias, as mutantes começam a se multiplicar. E a produzir infecções resistentes a antibióticos”, completa.

Vírus: inimigo invencível

            Embora a origem grega do termo signifique “contra a vida”, os antibióticos não conseguem agir sobre todos os micro-organismos. Na grande maioria das vezes, são eficazes contra bactérias e, em alguns casos, fungos e parasitas. “Em doenças virais, por exemplo, eles não têm eficácia alguma”, assegura Marília. Por isso mesmo a receita médica é imprescindível no ato da compra de antibióticos. Só o médico tem condições de avaliar se uma infecção é bacteriana ou viral. “O paciente não tem como distinguir uma da outra apenas pelos sintomas apresentados. Para você ter uma ideia, tanto infecções virais quanto bacterianas provocam febre no paciente”, diz a conselheira do Cremerj. 

André Bernardo

Revista VivaSaúde. São Paulo: Escala, edição 189, 2019.

(adaptado)

“Hoje, alguns especialistas já refutam o termo e preferem “antimicrobiano” a “antibiótico”. (3º parágrafo). Em ambos os vocábulos destacados nesta frase, o prefixo se junta ao radical sem o auxílio do hífen. O mesmo se verifica no seguinte caso:

Alternativas
Comentários
  • Regra geral: Prefixos terminados em vogal pedem hífen quando a outra palavra começar com H (d: supra-hepático) ou com a mesma vogal (a: anti-inflamatório, b:auto-observação). Com essa regra e por eliminação se chega ao gabarito da questão, C.

    obs: caso a próxima palavra comece com R ou S, é dobrado (RR, SS), ex: microrregião e contrassenso.

    bons estudos!

  • Gab. C

     

    Uma dica meio "homofóbica" nos dias de hoje que ajuda muito para matar algumas questões com hífen.

     

    Os opostos se atraem e os iguais se repelem. 

     

    É apenas uma dica. Pelo amor de Deus, hein!

    kkkk

  • Quanto ao "R" e ao "S", se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá ser dobrada: suprarrenal (supra+renal), ultrassonografia (ultra+sonografia), antisséptico, contrarregra, megassaia.

    Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito nenhum. Sub-reino, ab-rogar, sob-roda

    https://www.infoescola.com/portugues/uso-do-hifen-descomplicado/

    Parece que a alternativa correta é uma exceção e tanto.

  •  a)anti + inflamatório  = anti - inflamatório  

     b) auto + observação  =  auto - observação

     c)hiper + sarcose  = hipersarcose

     d)supra + hepático  = supra - hepático

  • GABARITO C

    Resumão da regra geral do hífen:

    1. A letra "H" atrai hífen. Ex.: pré-histórico; anti-higiênico; super-homem, etc.; 

    2. Letras diferentes não tem hífen e são juntas. Ex.: neoliberalismo; extraoficial, etc.;

    3. Letras iguais = hífen. Ex.:  Anti-inflamatório; Arqui-inimigo, sub-bibliotecário, etc.; ATENÇÃO!!!!! "R" e "S" continuam seguindo a regra geral: super-realista;

    4. "R" e "S" terminada em vogal: usa-se a consoante de forma dobrada. Ex.: antisséptico; ultrassonografia, etc.;

    5.  Se o prefixo terminar em consoantenão se unem de jeito nenhum. Ex.: Sub-reino; ab-rogar, etc.;

    6. Os termos "pré" e "pró" (COM ACENTO), "pós", "ex" (esse quem tá com dor de cotovelo sabe rsrsr), TÊM HÍFEN. Ex.: pré-treino; ex-namorada; etc.;

    7. Os termos "pre", "re" e "co" NÃO POSSUEM HÍFEN. Ex.: preexistir; reescrever; cooperar;

    8. Usa-se o hífen nas palavras formadas com o prefixos inter-, hiper- e super-, desde que seguidos de palavras iniciadas por h ou r. Caso contrário, não. Ex.: super-homem; superpopulação.  

    bons estudos

  • inter, hiper e super + R ou H= hífen

  • vogais iguais e palavras começadas com h recebem hífen

  • Nas formações com prefixos dissílabos (ANTE, ANTI, ARQUI, AUTO, CIRCUM, CONTRA, ENTRE, EXTRA, HIPER, INFRA, INTER, INTRA, SEMI, SOBRE, SUB, SUPER, SUPRA, ULTRA…) e falsos prefixos (AERO, FOTO, MACRO, MAXI, MEGA, MICRO, MINI, PROTO, PSEUDO, RETRO, TELE…) , só se usa hífen se a última letra do prefixo for idêntica à primeira da palavra, ou se a palavra iniciar-se por H. Confira a lista abaixo:

    auto-hipnose, auto-observação; contra-almirante, contra-ataque; extra-hepático; infra-assinado, infra-hepático; intra-abdominal, intra-hepático; neo-hamburguês; proto-história, proto-orgânico; semi-inconsciência, semi-interno; supra-anal, supra-hepático; ultra-aquecido, ultra-hiperbólico.

    Lembre-se disto: para prefixos dissílabos e AERO, só haverá hífen com “letras idênticas ou H”. Caso assim não seja, não haverá hífen nem espaço:

    autoadesivo, autoanálise, autobiografia, autoconfiança, autocontrole, autocrítica; contrabaixo, contracheque; extraconjugal, extraoficial; infraestrutura, infravermelho; intracelular, intravenoso; protocolar, protofonia; pseudoartista, pseudoparalisia; semiaberto, semifinal, seminovo, semiúmido; supracitado, suprapartidário; ultracansado, ultraelevado, ultravírus.

    No entanto, com tais prefixos, se a palavra principal iniciar-se por R ou S, estas letras dobram-se (e não haverá uso de hífen):

    autorretrato, autossuficiente; contrassenso, contrarreforma; infrarrenal, infrassom; pseudorrainha, pseudorrepresentação, pseudossábio; semisselvagem; ultrarromântico, ultrassensível; ultrassom.

    Quando o prefixo for monossilábico, caro leitor, procure sempre fazer uma consulta no VOLP (Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras) ou em um bom dicionário. Com o prefixo SUB, por exemplo, só haverá hífen se a palavra seguinte começar por “B, H ou R”:

    sub-base, sub-humano, sub-raça, sub-reitor

    subaquático, subchefe, subdiretor, subemprego, submundo, suboficial, subprefeito etc.

    Em suma, com os prefixos dissílabos, é possível ter uma visão ortográfica mais padronizada.

    Um grande abraço, até a próxima e siga-me pelo Twitter!

  • SÓ OBSERVAR ATERMINAÇÃO DA PRIMEIRA PALAVRA E O INICIO DA OUTRA KKK QUE FICA FACIL LEMBRAR A TEORIA DO ASSUNTO

  • Vogais iguais usa hífen

    Palavras começando com H, usa hífen

    #PMMINAS

  • Lembrei de Hipertensão, fui pela lógica e deu certo.


ID
2954431
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (2012), é atribuição específica do enfermeiro dentro da equipe de saúde da família:

Alternativas

ID
2954434
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

De acordo com a Lei nº 2.436/2017, compete às Secretarias Municipais de Saúde a coordenação do componente municipal da Atenção Básica, sendo responsabilidade dos Municípios e do Distrito Federal:

Alternativas
Comentários
  • a) Responsabilidade dos Estados e Distrito Federal;

    b) Resposabilidade da União.

    c) Responsabilidade da União.

  • Art. 10 Compete às Secretarias Municipais de Saúde a coordenação do componente municipal da Atenção Básica, no âmbito de seus limites territoriais, de acordo com a política, diretrizes e prioridades estabelecidas, sendo responsabilidades dos Municípios e do Distrito Federal:

    XVI - garantir acesso ao apoio diagnóstico e laboratorial necessário ao cuidado resolutivo da população;


ID
2954437
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

São definidas como portas de entrada os serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse âmbito, são portas de entrada às ações e serviços de saúde os serviços de:

Alternativas
Comentários
  • Decreto 7508/11:

    Art. 9o São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde os serviços:

    I - de atenção primária;

    II - de atenção de urgência e emergência;

    III - de atenção psicossocial; e

    IV - especiais de acesso aberto.

  • Olá!

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Todo progresso acontece fora da zona de conforto. – Michael John Bobak


ID
2954440
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Comissões Intergestores são instâncias de pactuação consensual entre os entes federativos, e podem ser Tripartite (CIT), Bipartite (CIB) e Regional (CER). É competência exclusiva da CIT a pactuação:

Alternativas
Comentários
  • Correta: Letra B.

  • Parágrafo único. Serão de competência exclusiva da CIT a pactuação:

    I - das diretrizes gerais para a composição da RENASES;

    II - dos critérios para o planejamento integrado das ações e serviços de saúde da Região de Saúde, em razão do compartilhamento da gestão; e

    III - das diretrizes nacionais, do financiamento e das questões operacionais das Regiões de Saúde situadas em fronteiras com outros países, respeitadas, em todos os casos, as normas que regem as relações internacionais.

    Fonte: Portaria Nº 2.686, de 16 de novembro de 2011


ID
2954443
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A identificação das necessidades de saúde locais e regionais, a oferta de ações e serviços de vigilância em saúde, a definição de critérios de avaliação dos resultados e forma de monitoramento permanente são disposições que caracterizam:

Alternativas
Comentários
  • DECRETO 7.508/11:

    Art. 36. O Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde conterá as seguintes disposições essenciais:

    I - identificação das necessidades de saúde locais e regionais;

    II - oferta de ações e serviços de vigilância em saúde, promoção, proteção e recuperação da saúde em âmbito

    regional e inter-regional;

    III - responsabilidades assumidas pelos entes federativos perante a população no processo de regionalização, as quais

    serão estabelecidas de forma individualizada, de acordo com o perfil, a organização e a capacidade de prestação das ações e

    dos serviços de cada ente federativo da Região de Saúde;

    IV - indicadores e metas de saúde;

    V - estratégias para a melhoria das ações e serviços de saúde;

    VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de monitoramento permanente;

    VII - adequação das ações e dos serviços dos entes federativos em relação às atualizações realizadas na

    RENASES;

    VIII - investimentos na rede de serviços e as respectivas responsabilidades; e

    IX - recursos financeiros que serão disponibilizados por cada um dos partícipes para sua execução.

  • O COAP visou melhor organizar a grave questão da integração das ações e serviços de saúde que nunca conseguiu alcançar a virtuosidade necessária ante a falta de elementos jurídico-sanitários que pudessem integrar serviços de modo responsável e mediante negociação federativa, ínsita ao SUS.

    O COAP, um acordo de colaboração, visa organizar e integrar as ações e serviços de saúde dos entes federativos em uma região de saúde, locus da garantia da integralidade da atenção à saúde.

    A sua grande virtuosidade é ser um espaço qualitativo, responsável, equilibrado de negociação e consenso das responsabilidades sanitárias dos entes federativos na região de saúde: municípios, estado e União.


ID
2954446
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A Constituição Federal de 1988 e a Lei nº 8.080/90 definem as formas de participação dos serviços privados de saúde no SUS. Nesse âmbito, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Item correto deve ser revisto

  • a assistência à saúde é livre à iniciativa privada

  • cf 88, art 199

  • prescindir: Dispensavel

  • gab c

    *não é em qualquer caso

    *maneira complementar

    *não é indispensável o contrato ou convênio

  • A iniciativa privada participará do SUS de forma COMPLEMENTAR, e não suplementar.


ID
2954449
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Ampliar a abrangência das ações da Atenção Básica, contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS, ampliar a capacidade de intervenção coletiva são ações:

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    Do Núcleo de Apoio à Saúde da Família


ID
2954452
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O SUS conta, em cada esfera de governo, com a seguinte instância colegiada:

Alternativas
Comentários
  • LETRA D

    LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990

    Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS} e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.

    Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:

     

    I - a Conferência de Saúde; e

    II - o Conselho de Saúde.

    § 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.


ID
2954455
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

De acordo com o artigo 35 da Lei nº 8.080/90, para o estabelecimento dos valores a serem transferidos a Estados, Municípios e Distrito Federal, será utilizado, entre outros, o seguinte critério:

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990

    CAPÍTULO II

    Da Gestão Financeira

    Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas e projetos:

    I - perfil demográfico da região;

    II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;

    III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;

    IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;

    V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;

    VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede;

    VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo.

  • Parágrafo único. Na distribuição dos recursos financeiros da Seguridade Social será observada a mesma proporção da despesa prevista de cada área, no Orçamento da Seguridade Social.

    Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas e projetos:

    I - perfil demográfico da região;

    II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;

    III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;

    IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;

    V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;

    VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede;

    VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo.

  • Da Gestão Financeira

    Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas e projetos:

    I - perfil demográfico da região;

    II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;

    III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;

    IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;

    V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;

    VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede;

    VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo.


ID
2954458
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A expressão “a saúde é direito de todos e dever do Estado”, constante no artigo 196 da Constituição Federal de 1988, descreve o princípio da:

Alternativas
Comentários
  • Universalidade é um dos princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS) e determina que todos os cidadãos brasileiros, sem qualquer tipo de discriminação, têm direito ao acesso às ações e serviços de saúde.

    A adoção desse princípio fundamental, a partir da Constituição Federal de 1988, representou uma grande conquista democrática, que transformou a saúde em direito de todos e dever do Estado. 

    Fonte: https://pensesus.fiocruz.br/universalidade

  • Gabarito letra ''A''

  • Universalidade


ID
2954461
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A enfermagem é uma ciência e uma arte, tendo o objetivo de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo independente dessa assistência, quando possível, pelo ensino do auto cuidado; de recuperar, manter e promover a saúde em colaboração com outros profissionais. Essa Teoria de Enfermagem foi apresentada por

Alternativas
Comentários
  • Wanda Horta. Pq a questão foi anulada?

  • Virginia Handerson / Teoria das 14 Necessidades Básicas= ajudar o paciente a ganhar independência.

    Wanda Horta / Teoria das Necessidades Humanas Básicas= desenvolvimento da Teoria de Maslow (Lei do equilíbrio).

  • Virginia Handerson / Teoria das 14 Necessidades Básicas

    Wanda Horta / Teoria das Necessidades Humanas Básica

    Martha Rogers: Teoria do ser humano unitário, campo de energia.

    Florence Nightingale: teoria ambientalista

    A QUESTÃO SE REFERIU A AUTOCUIDADO E A PRIMEIRA TEORISTA QUE ABORDOU SOBRE O AUTOCUIDO FOI DOROTHEA OREM


ID
2954464
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A inspeção é um processo de observação, no qual olhos e nariz são utilizados na obtenção de dados do paciente. Durante a semiotécnica, a inspeção pode ser:

Alternativas
Comentários
  • o correto n seria letra d?

    inspeção (dinâmica e indireta) refere-se ao ver ( observar/ visualizar)

    A expressão estática refere- se ao toque ao termo palpacao.

  • Uma das técnicas propedêuticas para a realização do exame físico é a inspeção. Esta, por sua vez, caracteriza-se pela visualização do corpo que pode ocorrer de forma estática ou dinâmica.


ID
2954467
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A inspeção é um processo contínuo. Durante a palpação, a percussão e a ausculta, deve-se continuar inspecionando o paciente. Existem duas maneiras para se fazer a inspeção:

Alternativas
Comentários
  • Existem duas maneiras fundamentais para se fazer a inspeção:

    Inspeção FrontalOlhando-se frontalmente a região a ser examinada.

    Inspeção TangencialObservando-se a região tangencialmente. Esta é a maneira correta para se pesquisar movimentos mínimos na superfície corporal, tais como pulsações ou ondulações e pequenos abaulamentos ou depressões.

    http://enfermagemesaude.com.br/guia-enfermagem/4310/tecnicas-instrumentais-para-o-exame-fisico#ixzz5s2ZnLRAI

  • C

  • Existem duas maneiras de se fazer a inspeção:

    - Inspeção frontal: é como se designa a técnica de olhar de frente a região a ser

    examinada. É considerada o modelo-padrão do procedimento.

    -Inspeção tangencial: nessa técnica, observa-se a região tangencialmente. É

    mais indicada para pesquisar movimentos mínimos na superfície corporal,

    como, por exemplo, pulsações, abaulamentos, retrações, ondulações.

    Alba Lucia Bottura Leite de Barros. - 3. ed.


ID
2954470
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O enfermeiro, ao realizar o exame físico, avalia lesões primárias na pele do paciente, onde se observa área superficial ligeiramente irregular e relativamente transitória de edema cutâneo localizado. Essa lesão é do tipo:

Alternativas
Comentários
  • vergão

  • Pq é Vergão?

  • vergão


ID
2954473
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Entre os principais distúrbios das funções cerebrais superiores, encontram-se os da linguagem. A afasia, incapacidade de expressão da linguagem, possui diversas formas clínicas. A conhecida como afasia de Wernicke, que é caracterizada por dificuldade leve ou extrema de compreensão, consiste em:

Alternativas
Comentários
  • A área de Wernicke, situada no lobo temporal, é um processador de sons que os reconhece para que sejam interpretados como palavras e sejam utilizados, posteriormente, para evocar conceitos. Em outras palavras, é a área de compreensão da linguagem, já que não é um selecionador de palavras, mas parte do sistema necessário para implementar os sons na forma de representações internas auditivas e sinestésicas que dão apoio às vocalizações. Por esse motivo, a área de Broca trabalha em associação estreita com o centro de Wernicke.

  • Afasia receptiva ou sensorial: conhecida como afasia de Wernicke, é caracterizada por dificuldade leve ou extrema de compreensão da linguagem, decorrente do comprometimento do giro superior esquerdo do lobo temporal esquerdo.


ID
2954476
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O tremor é um movimento involuntário e oscilatório em torno de um eixo fixo, decorrente de alterações do sistema nervoso, quando apresenta movimentos rápidos, de amplitude variável, que ocorrem nos segmentos distais e são semelhantes ao bater de asas de uma ave. Para pesquisá-lo, deve-se pedir ao paciente que segure um objeto. Esse tremor é denominado:

Alternativas
Comentários
  • QUESTÃO : TREMOR :

    Movimento involuntário e oscilatório em torno de um eixo fixo :

    ALTERAÇÕES do SISTEMA NERVOSO, quando apresenta movimentos rápidos, de amplitude variável .

    Esse tremor é denominado :

    GABARITO B ) :

    FLApping : lembrar : FLAsh ( tremor semelhante a asas de ave .. rs ) .

    Outras alternativas :

    A ) M ioclonia : Contração, tremor ou espasmo involuntário do M úsculo .

    C ) B alismo :

    Hemi / balismo ou balismo :

    Distúrbio neuromotor Bilateral (

    movimentos involuntários abruptos e violentos ) .

    Envolve mais a musculatura PROXIMAL ( superiores ) do que distal.

    D ) ATETOse :

    O movimento ATÉTIco é lento e sinuoso, e afeta principalmente os braços, pernas, mãos e pés .


ID
2954479
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Os desequilíbrios hidroeletrolíticos afetam potencialmente qualquer cliente. O resultado da perda severa de ácidos pelo corpo ou de um aumento nos níveis de bicarbonato é definida como:

Alternativas
Comentários
  • alcalose metabólica

  • alcalose é uma excessiva alcalinidade sanguínea provocada por um excesso de bicarbonato no sangue ou pela perda de ácido no sangue (alcalose metabólica) ou por um baixo nível de dióxido de carbono no sangue decorrente de respiração rápida ou profunda (alcalose respiratória).


ID
2954482
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A avaliação da capacidade funcional dos cardiopatas toma como referência a dispneia. Os pacientes são classificados em quatro classes. Pacientes com doença cardíaca que apresentam acentuada limitação nas atividades físicas e que se sentem bem em repouso, pois pequenos esforços provocam dispneia, fadiga, palpitação ou angina do peito. Esses indivíduos apresentam cardiopatia de:

Alternativas
Comentários
  • SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA

    a) GRAU I: pacientes portadores de doença cardíaca sem limitação da atividade física. A atividade física normal não provoca sintomas de fadiga acentuada, nem palpitações, nem dispnéias, nem angina de peito, nem sinais e sintomas de baixo fluxo cerebral;

    b) GRAU II: pacientes portadores de doenças cardíacas com leve limitação da atividade física. Estes pacientes sentem-se bem em repouso, porém os grandes esforços provocam fadiga, dispnéia, palpitações ou angina de peito;

    c) GRAU III: pacientes portadores de doença cardíaca com nítida limitação da atividade física. Estes pacientes sentem-se bem em repouso, embora acusem fadiga, dispnéia, palpitações ou angina de peito, quando efetuam pequenos esforços;

    d) GRAU IV: pacientes portadores de doença cardíaca que os impossibilita de qualquer atividade física. Estes pacientes, mesmo em repouso, apresentam dispnéia, palpitações, fadiga ou angina de peito.


ID
2954485
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O enfermeiro, no exame físico, solicita ao paciente que caminhe normalmente, depois, pé ante pé. A princípio, em marcha normal; depois nas pontas dos pés e enfim nos calcanhares, andar rapidamente, voltar rapidamente, ir para frente e para trás. Essa última manobra deve ser usada em caso de suspeita de lesão vestibular, para verificação da formação da estrela de:

Alternativas
Comentários
  • Teste de Babinski-Weil (Prova de Marcha às Cegas) O paciente deve caminhar, de olhos fechados, para frente e para trás num percurso aproximadamente de 1,5m. Espera-se em indivíduos saudáveis que não ocorra desvio da marcha. No caso de lesão vestibular unilateral, o tônus muscular será assimétrico, provocando desvio da marcha para o lado lesado, descrevendo uma marcha em estrela. Pode-se encontrar uma alternância de desvio (passo para frente desviado para um lado e passo para trás desviado para outro), que reflete a látero-pulsão do déficit vestibular. Quadros acentuados de Neuronite Vestibular, por exemplo, por exemplo podem apresentar perfil de estrela muito alterado.

  • Sinal de Lasègue: é um sinal clínico que descreve a existência de dor na parte posterior da perna quando a perna é estendida. 

    Sinal de Brudzinski: o levantamento involuntário das pernas em irritação meníngea quando levantada a cabeça do paciente

    sinal de Romberg: Sinal indicativo de lesão vestibulocerebelosa ou de lesão dos cordões posteriores da medula. Consiste na perda de equilíbrio quando o indivíduo está de pé com os olhos fechados e os pés juntos.

    Teste de Babinski-Weil (Prova de Marcha às Cegas): O paciente deve caminhar, de olhos fechados, para frente e para trás num percurso aproximadamente de 1,5m. Espera-se em indivíduos saudáveis que não ocorra desvio da marcha. No caso de lesão vestibular unilateral, o tônus muscular será assimétrico, provocando desvio da marcha para o lado lesado, descrevendo uma marcha em estrela

  • QUESTÃO :

    Caso de SUSPEITA de LESÃO vestibular, para verificação da formação da estrela de :

    ARGUMENTAÇÃO :

    LESÃO : perda de função de uma parte do corpo ( FICA MOLE : BAMBO .rs ) : VERIFICAR :

    GABARITO :

    D ) BABIN ski ( BAMBINHO , MOLE ..rs ) : REFLEXO PLANTAR .

    Outras alternativas :

    A ) La S ègue : S inal clínico de dor da perna da égua ( rs ) .

    B ) Sinal de BRU d zinzki : Sinal BRU sco na NUCA do zezinho ( rs ) , utilizado para detectar meningite .

    C ) ROSEm berg : muiiitoo Cuidado de enfermagem com a ROSE ( CLIENTE CRÍTICO ) .

    Escala de Ansiedade e Autoestima de Rosemberg .


ID
2954488
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Durante o exame físico, o enfermeiro observa na palpação dos pulsos do paciente uma pulsação normal seguida de uma contração prematura. A amplitude da pulsação da contração prematura é menor do que a da pulsação normal, nesse caso considerada um distúrbio do ritmo chamado de pulso:

Alternativas

ID
2954491
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Na parada cardiorrespiratória (PCR), segundo os Destaques da Atualização das Diretrizes da AHA 2015 para RCP (reanimação cardiopulmonar), para adultos e adolescentes, a relação compressão-ventilação sem via aérea avançada e quando houver um ou dois socorristas é de:

Alternativas
Comentários
  • 30 compressões para 2 ventilações

  • Oi!

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Quem ESTUDA tem em suas mãos o poder de TRANSFORMAR não só a própria vida, como também das pessoas que lhe cercam.


ID
2954494
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Para fins de aplicação da Nr 32, os agentes biológicos são classificados em quatro classes de risco. O risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a coletividade, podendo causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento define a classe de:

Alternativas
Comentários
  • Risco 1 - Agente não oferece risco para o manipulador nem para a comunidade.

    Risco 2 - Agente com risco moderado para o manipulador e fraco para a comunidade. Existe tratamento preventivo.

    Risco 3 - Agente com risco grave para o manipulador e moderado para a comunidade. Lesões e sinais clínicos graves, nem sempre há tratamento.

    Risco 4 - Agente com risco grave para o manipulador e para a comunidade. Não há tratamento e os riscos são muito graves em caso de propagação.

  • Os agentes biológicos são classificados em:

    Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa probabilidade de causar doença ao ser humano.

    Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.

    Classe de risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.

    Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de disseminação para a coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem causar doenças graves ao ser humano, para as quais não existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.


ID
2954497
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Segundo o Decreto nº 94.406/87, que regulamenta a Lei nº 7.498/86, que dispõe sobre o exercício da enfermagem e dá providências, ao enfermeiro, incumbe privativamente:

Alternativas
Comentários
  • Decreto 94.406/87

    Art. 8º – Ao enfermeiro incumbe:

    I – privativamente:

    c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de Enfermagem;

    Reposta: letra B

  • Ao ENFERMEIRO, incumbe PRIVATIVAMENTE :exclusivamente :

    DE FORMA DIRETA :

    GABARITO : B ) :

    Planejar , organizar , coordenar executar e avaliar os serviços da assistência de enfermagem :

    Ao ENFERMEIRO incumbe INTEGRANTE ( ajudar a equipe ) :

    DE FORMA INDIRETA :

    A ) PARTICIPAÇÃO no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde .

    C ) PRESCRIÇÃO de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina já aprovada pela instituição de saúde .

    D ) PREVENÇÃO e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive COMO MEMBRO DAS RESPECTIVAS COMISSÕES ( ADMINISTRAÇÃO DE ENFERMAGEM).


ID
2954500
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Segundo o Decreto nº 94.406/87, que regulamenta a Lei nº 7.498/86, que dispõe sobre o exercício da enfermagem e dá providências, ao enfermeiro, incumbe como integrante da equipe de saúde:

Alternativas
Comentários
  • Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e dá outras providências

    II – como integrante da equipe de saúde:

    g) participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos programas de vigilância epidemiológica;

  • Segundo o Decreto nº 94.406/87, que regulamenta a Lei nº 7.498/86, que dispõe sobre o exercício da enfermagem e dá providências, ao ENFERMEIRO, incumbe como INTEGRANTE ( inteirar / integrar ) atividades da equipe de saúde :

    GABARITO D ) :

    Participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos programas de vigilância epidemiológica .

    Outras alternativas : ATIVIDADES PRIVATIVAS ( EXCLUSIVAS ) DO ENFERMEIRO :

    A ) CUIDADOS DIRETOS de enfermagem a pacientes graves com risco de vida

    B ) CONSULTORIA, AUDITORIA e emissão de PARECER sobre matéria de enfermagem .

    C ) ORGANIZAÇÃO e DIREÇÃO dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços .


ID
2954503
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Durante o exame físico, na avaliação da acuidade visual, o comprometimento da visão de curta distância em adultos de meia idade ou mais velhos, causada pela perda de elasticidade das lentes e associada ao processo de envelhecimento é chamado:

Alternativas
Comentários
  • Presbiopia: Distúrbio da visão, que ocorre aproximadamente aos 45 anos, em que, por perda da elasticidade e do poder de acomodação do cristalino, o indivíduo não percebe mais com nitidez os objetos próximos; vista cansada, presbiopsia, presbitia, presbitismo.

  • RESPOSTA: C

    A retinopatia diabética (RD)

    É uma doença que afeta os pequenos vasos da retina, região do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro. O aparecimento da retinopatia diabética está relacionado principalmente ao tempo de duração do diabetes e ao descontrole da glicemia. Quando o diabetes não está controlado, a hiperglicemia desencadeia várias alterações no organismo que, entre outros danos, levam à disfunção dos vasos da retina.

    MIOPIA

    Problema: Dificuldade de enxergar de longe. O olho do míope é longo e a imagem se forma antes da retina

    Solução: Usar as chamadas lentes côncavas negativas, que fazem os raios convergirem mais para trás, sobre a retina

    Presbiopia

    Ocorre em um processo natural de envelhecimento do corpo. O cristalino é uma estrutura semelhante a uma lente, que muda sua forma para melhorar a focalização das imagens, principalmente ao enxergar algo próximo. Para isso, ele é movido pelos músculos ciliares. Mas com o tempo esses músculos passam a não funcionar tão bem e o cristalino não se adaptada mais da melhor forma à focalização da imagem. Como resultado, a visão de perto acaba sendo prejudicada.

    Hiperopia/HIPERMETROPIA

    Problema: Dificuldade de enxergar de perto. O olho é pequeno e a imagem se forma depois da retina

    Solução: Usar as chamadas lentes convexas positivas, que fazem os raios convergirem à frente de novo, na retina


ID
2954506
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O abdome é a região do tronco compreendida entre o diafragma, o músculo que o separa do tórax e a pelve. Para um exame sistematizado do abdome, utilizam-se técnicas instrumentais, obedecendo à sequência:

Alternativas
Comentários
  • inspeção, ausculta, percussão e palpação

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Estude como se a prova fosse amanhã.


ID
2954509
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Entre as arritmias supraventriculares, encontra-se a que ocorre devido a numerosas deflexões atriais ectópicas, gerando uma linha de base irregular e uma atividade atrial caótica. É caracterizada por uma frequência atrial entre:

Alternativas
Comentários
  • Essa alta frequência não é registrada no pulso ou ECG porque quando ela passa pelo nó atrioventricular ele diminui,haja vista que uma de suas funções é diminuir a intensidade do estímulo que vem do nó sinusal.

  • 400 e 600 batimentos/minuto


ID
2954512
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O diagnóstico de enfermagem que tem por definição “padrão de troca de informações e conceito com outras pessoas que é suficiente para atender às necessidades e às metas de vida do indivíduo, mas pode ser melhorado” é:

Alternativas
Comentários
  • disposição para comunicação aumentada


ID
2954515
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A deterioração irreversível, prolongada e/ou progressiva da função intelectual e da personalidade, evidenciada por redução da capacidade de interpretar os estímulos ambientais; e por embotamento dos processos mentais e intelectuais, evidenciado por distúrbios da memória, da orientação e do comportamento, é classificado, segundo Doenges (2015), na Taxonomia II: percepção/cognição, como:

Alternativas
Comentários
  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Você nunca sai perdendo quando ganha CONHECIMENTO!


ID
2954518
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Segundo Doenges (2015), na Taxonomia II: eliminação e troca, o diagnóstico de enfermagem definido como eliminação involuntária de urina associada a distensão excessiva da bexiga indica incontinência urinária:

Alternativas
Comentários
  • passiva

  • C

  •  incontinência urinária de esforço: o sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri, faz exercício, movimenta-se;

    - incontinência urinaria de urgência: mais grave do que a de esforço, caracteriza-se pela vontade súbita de urinar que ocorre em meio as atividades diárias e a pessoa perde urina antes de chegar ao banheiro


ID
2954521
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Nas principais arboviroses de importância em saúde pública, a transmissão pode acontecer no momento do parto de gestantes virêmicas, muitas vezes provocando infeção neonatal grave. A transmissão vertical pode ocasionar aborto ou gerar malformações e diferentes manifestações clínicas no feto, nas infecções por:

Alternativas
Comentários
  • Existem três formas principais de transmissão do Zika Vírus:

    No caso do feto ser infectado durante a gestação, este pode desenvolver lesões cerebrais irreversíveis e ter comprometida, definitivamente, toda a sua estrutura em formação. As doenças neurológicas, especialmente nas crianças com a doença congênita (infectados no útero materno), têm sequelas de intensidade variável, conforme cada caso.

    O comprometimento nesses casos é tão importante que algumas crianças, ao nascerem, têm , uma deformação dos ossos do cabeça, sinal do não crescimento adequado do encéfalo (cérebro).

    DEUS ESTÁ MORTO.

  • Oi!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia.


ID
2954524
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Bactéria gram-negativa classificada em seis sorotipos, encontrada nas vias respiratórias de forma saprófita e que pode causar infecções assintomáticas ou doenças não invasivas, tais como bronquite, sinusite e otite, tanto em crianças quanto em adultos. É um dos principais agentes bacterianos causadores de meningites. Essa definição refere-se ao seguinte agente etiológico:

Alternativas
Comentários
  • Fui pela vacina rsrsr
  • Gabarito:

    D) Haemophilus influenzae

  • Streptococcus pneumoniae ou informalmente Pneumococo é uma espécie de bactérias Gram-positivas, pertencentes ao género Streptococcus, com forma de cocos que são uma das principais causas de pneumonia e meningite em adultos, e causam outras doenças no ser humano.

    Neisseria meningitidis ou meningococo são bactérias coccus Gram-negativo (CGN), imóveis e aeróbias que se agrupam aos pares, formando diplococos. São de grande importância clínica pois causam meningite meningocócica

    Klebsiella Pneumoniae faz parte de um grupo de enterobactérias produtora da enzima carbapenemase (associou-se o nome da enzima ao microrganismo de onde foi isolada pela primeira vez e onde há maior prevalência), que inativam os carbapenêmicos Pode causar pneumonia embora seja mais comum a sua implicação em infecções hospitalares (aparelho urinário e feridas), em particular em doente imunologicamente deprimidos.


ID
2954527
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Alguns imunobiológicos são utilizados a partir de indicação médica em situações especiais e para grupos específicos, estando disponíveis nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). Dentre estes imunobiológicos, pode-se citar a vacina:

Alternativas
Comentários
  • Haemophilus influenzae b (conjugada) – Hib

  • menos 1

  • siga assim welton

    .

    menos 1. hahahahaha

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -Estude como se a prova fosse amanhã.


ID
2954530
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Febre por mais de 3 dias, após o aparecimento do exantema, é um sinal de alerta e pode indicar o surgimento de complicações, como infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e neurológicas. Essas complicações estão relacionadas à seguinte doença:

Alternativas
Comentários
  • sarampo

  • O sarampo é uma doença que compromete a resistência do hospedeiro, facilitando a ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana.

    Cerca de 30% dos casos de sarampo podem cursar com uma ou mais complicações. Elas são frequentes principalmente nas crianças menores de 5 anos de idade e adultos maiores de 20 anos, pessoas desnutridas ou com algum grau de imunossupressão.

    A continuidade da febre por 3 dias ou mais após o aparecimento do exantema é um sinal de alerta, podendo indicar a presença de complicações. As mais comuns são: infecções respiratórias; desnutrição, doenças diarreicas e complicações neurológicas.

    As pneumonias em crianças com sarampo são complicações frequentes e de significativa morbidade e mortalidade, assim como a otite média. Podem ser causadas pelo vírus ou por infecções secundárias, causadas por outros agentes virais (especialmente herpes simples e adenovírus) ou bacterianos.

    A desnutrição pode ser mais grave quando outros fatores estão presentes como: inapetência (falta de apetite), ulcerações na mucosa bucal, necessidades metabólicas aumentadas na presença da febre, desmame precoce, bem como orientação incorreta para diminuir ou suprimir a alimentação durante a fase aguda da doença. Ressalte-se, ainda, que a ocorrência do sarampo em pessoas com deficiência de vitamina A pode levar à ceratite e até à cegueira.

    CID 10: B05


ID
2954533
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Paciente com quadro discreto de febre moderada, de início súbito, que dura de 2 a 3 dias, e sintomas generalizados inespecíficos (mal-estar, adinamia, anorexia, cefaleia e outros), além de erupção cutânea pápulo-vesicular, que se inicia na face, couro cabeludo ou tronco (distribuição centrípeta cabeça e tronco). Diante desse quadro clínico, o enfermeiro identifica um caso suspeito de:

Alternativas
Comentários
  • varicela

  • Período prodrômico – inicia-se com febre baixa, cefaleia, anorexia e vômito, podendo durar de horas até três dias. Na infância, esses pródromos não costumam ocorrer, sendo o exantema o primeiro sinal da doença. Em crianças imunocompetentes, a varicela geralmente é benigna, com início repentino, apresentando febre moderada durante dois a três dias, sintomas generalizados inespecíficos e erupção cutânea pápulovesicular que se inicia na face, couro cabeludo ou tronco (distribuição centrípeta).

    Período exantemático – as lesões comumente aparecem em surtos sucessivos de máculas que evoluem para pápulas, vesículas, pústulas e crostas. Tendem a surgir mais nas partes cobertas do corpo, podendo aparecer no couro cabeludo, na parte superior das axilas e nas membranas mucosas da boca e das vias aéreas superiores.

    Fonte: Guia de vigilância em saúde(2014)

    '' A dor é passageira,mas a glória é eterna ''

    AVANTE GUERREIROS !


ID
2954536
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Na confirmação laboratorial e no acompanhamento do tratamento dos casos de hepatite viral B, o exame específico utilizado é denominado:

Alternativas
Comentários
  • Letra A

    HBV-DNA ---> confirmação laboratorial e no acompanhamento do tratamento dos casos de hepatite viral B;

    HBsAg ---> Antígeno de superfície da hepatite B;

    HBeAg ---> Antígeno e da hepatite B;

    Anti-HBs ---> Anticorpos contra o HBsAg.

  • A

  • • Hepatite B (Quadros 3 e 4)

    - HBsAg (antígeno de superfície do HBV) – pode ser detectado por meio de testes rápidos ou

    laboratoriais na grande maioria dos indivíduos com hepatite B crônica ou aguda. Juntamente

    com o HBV-DNA, é um dos primeiros marcadores da infecção, detectável em torno de 30 a 45

    dias após a infecção, e pode permanecer detectável por até 120 dias nos casos de hepatite aguda.

    Ao persistir além de 6 meses, caracteriza a infecção crônica.

    - Anti-HBc IgM (anticorpos da classe IgM contra o antígeno do capsídeo do HBV) – é um

    marcador de infecção recente, que geralmente surge 30 dias após o aparecimento do HBsAg e é

    encontrado no soro por até 32 semanas após a infecção.

    - Anti-HBc Total – anticorpos contra o vírus da hepatite B das classes IgM e IgG simultaneamente.

    - Anti-HBs (anticorpos contra o antígeno de superfície do HBV) – quando presente nos

    títulos adequados (pelo menos 10UI/mL), este marcador confere imunidade ao HBV. O seu

    surgimento, normalmente, está associado ao desaparecimento do HBsAg, funcionando como

    um indicador de cura e imunidade. Está presente isoladamente em pessoas que tomaram a

    vacina contra o HBV.

    - HBV-DNA (DNA do HBV) – é o material genético do vírus. Sua quantificação corresponde à

    carga viral circulante no indivíduo. Por ser um indicador direto da presença do vírus, pode ser

    usado como teste complementar no diagnóstico da infecção pelo HBV. Também é usado no

    monitoramento do paciente e no acompanhamento da terapia antiviral.

     - HBeAg – antígeno da partícula “e” do vírus da hepatite B, marcador de replicação viral.

    - Anti-HBe – anticorpo específico contra o antígeno “e” do vírus da hepatite B


ID
2954539
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A madarose superciliar e ciliar é uma característica clínica observada em alguns pacientes acometidos pela hanseníase do tipo:

Alternativas
Comentários
  • Virchowiana

  • Forma indeterminada:

    Forma inicial

    Cor clara

    Lesão única

    Disturbio de sensibilidade

    Forma tuberculoide:

    Poucas lesões ou única

    Forma mais benigna

    Lesões nodulosas, papulosas sem sesibilidade

    Comprometimento simétrico de troncos nervosos

    Levando dor, fraqueza, atrofia muscular

    Forma Dimorfa:

    Forma intermediária

    Acometimento extenso de nervos

    Podendo ocorrer neurite aguda

    Lesões com placas e nódulos eritema-acastanhado

    Lesões mais características pré-foveolares ou foveolares.

    Forma Virchowiana:

    Forma mais grave

    Alto comprometimento de troncos nervosos

    Lesões infiltradas e nódulos

    Hansenomas

    Infiltração facial com madarose ciliar

    Hansenomas nos pavilhões auriculares

    Fonte: Rômullo Passos.


ID
2954542
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A contraindicação é entendida como uma condição do cliente a ser vacinado que aumenta, em muito, o risco de um evento adverso grave ou faz com que o risco de complicações da vacina seja maior do que o risco da doença contra a qual se deseja proteger. Constitui contraindicação comum a todo imunobiológico:

Alternativas
Comentários
  • Para todo imunobiológico, consideram-se como contraindicações:

     

    A ocorrência de hipersensibilidade (reação anafilática) confirmada após o recebimento de dose anterior; e

    História de hipersensibilidade a qualquer componente dos imunobiológicos.

    A ocorrência de febre acima de 38,5ºC, após a administração de uma vacina, não constitui contraindicação à dose subsequente;

    Quando ocorrer febre, administre antitérmico de acordo com a prescrição médica.

    Não indique o uso de paracetamol antes ou imediatamente após a vacinação para não interferir na imunogenicidade da vacina.

    Fonte: https://www.pontodosconcursos.com.br/artigo/14590/natale-souza/vacinacao-contraindicacoes-e-situacoes-especiais

  • Oi!

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia.


ID
2954545
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

No diagnóstico diferencial da febre amarela, as formas graves, com quadro clínico clássico ou fulminante, devem ser diferenciadas de outras doenças, tais como:

Alternativas
Comentários
  • Diagnóstico diferencial - As formas leves e moderadas se confundem com outras viroses, por isso são de difícil diagnóstico, necessitando-se da história epidemiológica. As formas graves clássicas ou fulminantes devem ser diferenciadas das hepatites graves fulminantes, leptospirose, malária por Plasmodium falciparum, febre hemorrágica do dengue e septicemias. 

  • SÃO BEM PARECIDOS OS SINAIS E SINTOMAS DA: MALÁRIA, FEBRE AMARELA, AMARELÃO.

    POIS TODAS ELAS AFETAM O FÍGADO, POR APRESENTAR AMARELÃO DA PELE.

  • Bizu de prova:

    Malária diferencia da Febre Amarela de cara pelo fato da Malária apresentar eventos de CALAFRIOS PAROXISTICOS (EXTREMOS)


ID
2954548
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A vacinação simultânea consiste na administração de duas ou mais vacinas no mesmo momento em diferentes regiões anatômicas e vias de administração. São exemplos de vacinas que não devem ser administradas simultaneamente, mas respeitando-se um intervalo de 30 dias entre uma dose e outra:

Alternativas
Comentários
  • A vacina febre amarela (atenuada) tem sido aplicada simultaneamente ou combinada com as vacinas contra hepatite B, hepatite A, difteria-tétano-pertussis, febre tifoide, BCG e meningocócica AC, sem interferências na imunização ou na segurança das vacinas. A aplicação simultânea com a vacina tríplice viral resulta em interferência na resposta imune, com menor resposta à vacina contra febre amarela. Se a vacina febre amarela (atenuada) não for administrada simultaneamente com as vacinas injetáveis de vírus vivo, estas deverão ser aplicadas guardando um intervalo desejável de 30 dias, ou no mínimo 15 dias.

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -As pessoas costumam dizer que a motivação não dura sempre. Bem, nem o efeito do banho, por isso recomenda-se diariamente. – Zig Ziglar


ID
2954551
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, hipotensão postural, derrame pleural, sangramento de mucosa e aumento progressivo do hematócrito são sinais de alarme identificados no período de defervescência da febre em pacientes acometidos por:

Alternativas
Comentários
  • dengue

  • São sinais de alarme da dengue

    • dor abdominal intensa e contínua, ou dor à palpação do abdome;

    • vômitos persistentes;

    • acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, derrame pericárdico);

    • sangramento de mucosa ou outra hemorragia;

    • hipotensão postural e/ou lipotímia;

    • hepatomegalia maior do que 2cm;

    • aumento progressivo do hematócrito;

    • queda abrupta das plaquetas. 

    Fonte: Guia de vigilância em saúde (2014)

    '' A dor é passageira,mas a glória é eterna''

    AVANTE GUERREIROS!

  • acontece o aumento progressivo do hematócrito(aumento da produção das hemácias) e queda abrupta das plaquetas plaquetopenia)

  • SINAIS DE ALARME:

    dor abdominal intensa

    vômitos persistentes

    acúmulo de líquidos

    hipotensão postural/lipotimia

    hepatomegalia > 2 cm

    sangramento de mucosa

    letargia e irritabilidade

    aumento progressivo do hematócrito


ID
2954554
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Meningoencefalite, encefalopatia e síndrome de Guillain-Barré são algumas das formas atípicas apresentadas pela seguinte doença viral:

Alternativas
Comentários
  • chikungunya

  • Formas atípicas da febre de Chikungunya

    Sistema Nervoso: Meningoencefalite, encefalopatia, convulsão, Síndrome de Guillain-Barré, Síndrome cerebelar, paresias, paralisias e neuropatias 


ID
2954557
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia, hepatoesplenomegalia e anemia, dentre outros sinais e sintomas. Quando não tratada, pode evoluir para o óbito em mais de 90% dos casos. Essa definição refere-se à seguinte doença:

Alternativas
Comentários
  • leishmaniose visceral

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Quanto MAIOR forem os seus estudos, MENORES são as chances de cair no fracasso.


ID
2954560
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

No diagnóstico laboratorial da malária, o método considerado padrão ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e amplamente utilizado no Brasil é conhecido como:

Alternativas
Comentários
  • É o método oficialmente utilizado no Brasil para o diagnóstico da malária. O exame da gota espessa de sangue continua sendo um método simples, eficaz, de baixo custo e de fácil realização. Sua técnica baseia-se na visualização do parasito através de microscopia ótica, após coloração com corante vital (azul de metileno e Giemsa), permitindo a diferenciação específica dos parasitos a partir da análise da sua morfologia, e pelos estágios de desenvolvimento do parasito encontrados no sangue periférico. A determinação da densidade parasitária, útil para a avaliação prognóstica, deve ser realizada em todo paciente com malária, especialmente nos portadores de P. falciparum.

  • O diagnóstico correto da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente

    Gota espessa – é o método amplamente adotado no Brasil para o diagnóstico da malária. Mesmo após o avanço de técnicas diagnósticas, este exame continua sendo um método simples, eficaz, de baixo custo e de fácil realização. Quando executado adequadamente, é considerado padrão ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Esfregaço delgado – possui baixa sensibilidade (estima-se que a gota espessa é cerca de 30 vezes mais eficaz na detecção da infecção malárica). Porém, este método permite, com mais facilidade, a diferenciação específica dos parasitos


ID
2954563
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Hipertensão pulmonar e portal, ascite, bem como ruptura de varizes do esôfago, são algumas das manifestações clínicas tardias da:

Alternativas
Comentários
  • esquistossomose

  • Esquistossomose fase tardia

    • Formas crônicas – iniciam-se a partir dos 6 meses após a infecção e podem durar vários anos. Podem surgir os sinais de progressão da doença para diversos órgãos, chegando a atingir graus extremos de severidade, como hipertensão pulmonar e portal, ascite, ruptura de varizes do esôfago. As manifestações clínicas variam de acordo com a localização e intensidade do parasitismo, da capacidade de resposta do indivíduo ou do tratamento instituído.

    Fonte: Guia de Vigilância em Saúde : volume único MS, 2019


ID
2954566
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A leptospirose é uma doença endêmica no Brasil. Entretanto, torna-se epidêmica durante períodos chuvosos, em locais com condições inadequadas de saneamento e alta infestação de roedores infectados. Suas manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas e subclínicas, até quadros clínicos graves, associados a manifestações fulminantes. O agente etiológico é uma bactéria do gênero Leptospira, cujos sorovares relacionados aos casos mais graves dessa doença, em nosso país, são respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Icterohaemorrhagiae e Copenhageni

  • Agente etiológico

    Bactéria helicoidal (espiroqueta) aeróbica obrigatória do gênero Leptospira, do qual se conhecem 14

    espécies patogênicas, sendo a mais importante a L. interrogans.

    No Brasil, os sorovares Icterohaemorrhagiae e Copenhageni estão relacionados aos casos mais graves.

    Guia Vigilância Epidemiológica 2019


ID
2954569
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Na classificação de risco gestacional, constitui fator de risco que permite a realização de pré-natal pela equipe de atenção básica a seguinte situação:

Alternativas
Comentários
  • Fatores relacionados às características individuais e às condições sociodemográficas desfavoráveis: o� Idade menor do que 15 e maior do que 35 anos; o� Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse; o� Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, principalmente em se tratando de adolescente;o� Situação conjugal insegura; o� Baixa escolaridade (menor do que cinco anos de estudo regular); o� Condições ambientais desfavoráveis; o� Altura menor do que 1,45m; o� IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade. Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: o� Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado; o� Macrossomia fetal; o� Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas; o� Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que cinco anos; o� Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos); o� Cirurgia uterina anterior; o� Três ou mais cesarianas. Fatores relacionados à gravidez atual: o� Ganho ponderal inadequado; o� Infecção urinária; o� Anemia.

    Fonte:Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica, n° 32) 

  • *Características individuais e às condições sociodemográficas desfavoráveis:

    • Idade menor do que 15 e maior do que 35 anos;

    • Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse;

    • Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, principalmente em se tratando de adolescente;

    • Situação conjugal insegura;

    • Baixa escolaridade (menor do que cinco anos de estudo regular);

    • Condições ambientais desfavoráveis;

    • Altura menor do que 1,45m;

    • IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade.

    *Fatores relacionados à história reprodutiva anterior:

    • Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado;

    • Macrossomia fetal;

    Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas;

    • Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que cinco anos;

    • Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos);

    • Cirurgia uterina anterior;

    • Três ou mais cesarianas.

    *Fatores relacionados à gravidez atual:

    • Ganho ponderal inadequado;

    • Infecção urinária;

    • Anemia.

  • 5.2.1 Fatores de risco que permitem a realização do pré-natal pela equipe de atenção básica

    Fatores relacionados às características individuais e às condições sociodemográficas desfavoráveis:

    • Idade menor do que 15 e maior do que 35 anos;

    • Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse;

    • Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, principalmente em se tratando de adolescente;

    • Situação conjugal insegura;

    • Baixa escolaridade (menor do que cinco anos de estudo regular);

    • Condições ambientais desfavoráveis;

    • Altura menor do que 1,45m;

    • IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade. 

    Fatores relacionados à história reprodutiva anterior:

    • Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado;

    • Macrossomia fetal;

    • Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas;

    • Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que cinco anos;

    • Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos);

    • Cirurgia uterina anterior; 

    • Três ou mais cesarianas.

    Fatores relacionados à gravidez atual:

    • Ganho ponderal inadequado;

    • Infecção urinária;

    • Anemia.

  • Fatores de risco que podem indicar encaminhamento ao pré-natal de alto risco

    Fatores relacionados às condições prévias:

    Cardiopatias;

    Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica);

    Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de transplantados);

    Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo);

    Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia);

    Hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente que faça uso de anti-hipertensivo (PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de idade gestacional – IG);

    Doenças neurológicas (como epilepsia);

    Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, depressão grave etc.);

    Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses);

    Alterações genéticas maternas;

    Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar;

    Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais e outras);

    Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma);

    Hanseníase;

    Tuberculose;

    Dependência de drogas lícitas ou ilícitas;

    Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado

    Fatores relacionados à história reprodutiva anterior:

    Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de causa desconhecida;

    História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal (interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome Hellp, eclâmpsia, internação da mãe em UTI);

    Abortamento habitual;

    Esterilidade/infertilidade.

    Fatores relacionados à gravidez atual:

    Restrição do crescimento intrauterino;

    Polidrâmnio ou oligoidrâmnio;

    Gemelaridade;

    Malformações fetais ou arritmia fetal;

    Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão gestacional ou transitória);

    Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite (toda gestante com pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao hospital de referência, para avaliação);

    Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso;

    Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma);

    Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual;

    Evidência laboratorial de proteinúria;

    Diabetes mellitus gestacional;

    Desnutrição materna severa;

    Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante para avaliação nutricional);

    NIC III (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista);

    Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-rads III ou mais (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista);

    Adolescentes com fatores de risco psicossocial.

    FONTE: CAB-32 Pg 58


ID
2954572
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A maior frequência de visitas no final da gestação visa à avaliação do risco perinatal e das intercorrências clínico-obstétricas mais comuns nesse trimestre, como por exemplo:

Alternativas
Comentários
  • trabalho de parto prematuro

  • Da 36ª até a 41ª semana

    A maior frequência de visitas no final da gestação visa à avaliação do risco perinatal e

    das intercorrências clínico-obstétricas mais comuns nesse trimestre, como trabalho de parto

    prematuro, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, amniorrexe prematura e óbito fetal.

    Oligoidrâmnio Caracteriza-se pela acentuada diminuição do volume do líquido amniótico, diagnosticado

    quando o volume se apresenta inferior a 250ml, entre a 21ª e a 42ª semanas gestacionais

    CADERNO 32


ID
2954575
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Dentre as intercorrências clínicas e obstétricas mais frequentes, uma das mais importantes situações hemorrágicas na gravidez, que pode ocorrer na primeira metade da gestação, é:

Alternativas
Comentários
  • Letra B

    Hemorragias da primeira metade da gravidez

    Abortamento

    Ameaça de abortamento

    Abortamento completo

    Abortamento inevitável/incompleto

    Abortamento retido

    Abortamento infectado

    Abortamento habitual

    Gravidez ectópica

    Mola hidatiforme (neoplasia trofoblástica gestacional benigna)

    Descolamento corioamniótico

    Hemorragias da segunda metade da gestação

    Placenta prévia

    Descolamento prematuro de placenta

    Rotura uterina

    Vasa prévia

  • Placenta prévia é a implantação da placenta no útero, mas sobre o orifício interno do colo do útero ou próximo dele. Os sintomas incluem hemorragia no segundo trimestre de gravidez.

    Complementando o comentário de Yasmine, a mola hidatiforme é uma doença infrequente e ocorre em duas ou três de cada 1000 gestações.

    Também chamada de placenta abrupta, o descolamento prematuro da placenta (DPP) é uma complicação grave, mas incomum da gravidez. Pode provocar sangramento claro ou escuro exteriorizado pela cérvice (hemorragia externa). O sangue pode também permanecer atrás da placenta (hemorragia oculta). O descolamento prematuro da placenta pode envolver qualquer grau de separação placentária, desde poucos milímetros até o completo rompimento. A separação pode ser aguda ou crônica. Resulta em sangramento para a decídua basal, atrás da placenta (retroplacentário). Na maioria das vezes, a etiologia é desconhecida.

    É chamado de amniorrexe quando ocorre o rompimento das membranas ovulares e amnióticas durante o trabalho de parto. As membranas ovulares são compostas de dois folhetos, um interno, em contato com o líquido amniótico, denominado âmnio, e outro externo, denominado cório.

  • Acho que o gabarito está errado. Alguém também acha?


ID
2954578
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Quando o cliente já recebeu profilaxia e se encontra em situação de reexposição ao vírus da raiva, as doses anteriores devem ser consideradas. Nesse caso, diante de paciente com esquema profilático completo até 90 dias, quando o animal agressor foi cão ou gato, a conduta do enfermeiro deve ser:

Alternativas
Comentários
  • CASOS DE REEXPOSIÇÃO

    Esquema completo:

    Até 90 dias: não tratar o cliente

    Após 90 dias: prescrever duas doses de vacina, uma no dia zero e outra no dia 3

    Esquema incompleto:

    Até 90 dias: completa o número de doses

    Após 90 dias: faz um novo esquema de acordo com o caso

  • Reesposição:

    -Esquema completo: até 90 dias, não trate;

    após 90 dias duas dose, 0 e no 3º dia

    -Esquema incompleto: até 90 dias, completar o esquema;

    após 90 dias, seguir o esquema de pós-exposição, segundo situação da exposição.