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Prova Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - 2019 - Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - Terapeuta Ocupacional


ID
2981134
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

“Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca.”(1º parágrafo). A expressão figurinha carimbada pode ser entendida, no contexto, como:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    “Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca.”

    ===> ele é bastante CONHECIDO no circuito de triagem clínica de enxaqueca.

    Força, guerreiros(as)!!

  • PORTUGUÊS pra mim e complicado demais pois tem muita regra. Mas tô tentando responder e aprender.

    Força foco e fé na missão


ID
2981137
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

Está empregada no sentido conotativo a palavra em destaque no seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    “...representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca...”

    >>> Foi usado no sentido figurado (conotativo), quis dizer que ele estava aprisionado, era um REFÉM da dor da enxaqueca.

    Lembrando: CONotativo - CONto de fadas (figurado)

    DEnotativo - DIcionário (próprio)

    Força, guerreiros(As)!!

  • GABARITO: LETRA C

    “...representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca...”

    >>> Foi usado no sentido figurado (conotativo), quis dizer que ele estava aprisionado, era um REFÉM da dor da enxaqueca.

    Lembrando: CONotativo - CONto de fadas (figurado)

    DEnotativo - DIcionário (próprio)

  • Gostei do Mnemônico

  • gb c

    pmgoooo

  • gb c

    pmgoooo

  • GABARITO: LETRA C

    Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham um novo significado em situações e contextos particulares de uso. O sentido conotativo modifica o sentido denotativo (literal) das palavras e expressões.

    FONTE: WWW.PORTUGUÊS.COM.BR


ID
2981140
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

No trecho “...todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca...” (3º parágrafo), o termo em destaque pode ser substituído, sem prejuízo do sentido, por:

Alternativas
Comentários
  • "Acometidos" também não serviria?

  • tém que se liga na concordançia da palavra apos a palavra investidos, "NA".

    no caso "empregados" concorda com na.

  • Empregados serveria ,sim.

  • O sentido que se pede na questão é de usar um novo medicamento (remédio) para tratar enxaqueca, ou o emprego do medicamento para tratar enxaqueca.


ID
2981143
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

Há dois termos que se contrapõem pelo sentido, formando uma antítese, no seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    “...afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes.”

    ===> antítese consiste no uso de termos com o sentido contrário, LIMITADOS (escasso, que não é abundante); ABUNDANTES (contrário de "limitado", aquilo que sobra, que é ilimitado).

    Força, guerreiros(As)!!

  • Antítese: palavras/expressões sentidos opostos. 

    Ex: Era cedo para alguns e tarde para outros.

  • Antítese: Contraste entre duas palavras; Expressões que provocam uma relação de oposição.

    EXs:

    Metade de mim te adora, a outra metade te odeia.

    Não há vida sem alagrias e sobressaltos.

    Transformou sua vida de água a vinho.

    Bons estudos!!

  • Antítese

    É o contraste entre duas palavras (antônimas) expressões ou pensamentos, provocando uma relação de oposição.

    Ex: Transformou sua vida de água a vinho.

    gab. C

  • GABARITO: LETRA C

    Antítese: é o emprego de palavras ou expressões de significados opostos.

    Os jardins têm vida e morte.

    FONTE: WWW.INFOESCOLA.COM


ID
2981146
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

No trecho “...e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem...” (4º parágrafo), a palavra mal tem a mesma classe gramatical que apresenta na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    “...e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem...”

    ===> significado de DOENÇA, sendo um SUBSTANTIVO, precisamos achar outro substantivo:

    A) Mal sentia a primeira fisgada, corria para a cama. ===> significado de NEM , sendo um advérbio de negação.

    B) Ao ser atendido, o paciente mal conseguia falar. ===> o paciente NEM/NÃO conseguia falar ===> advérbio de negação.

    C) Mesmo medicada, ainda está mal. ===> ADJETIVO, equivalente a RUIM.

    D) Não há mal que sempre dure. ===> não há DOENÇA, ENFERMIDADE, TRISTEZA, sendo um SUBSTANTIVO.

    Força, guerreiros(As)!!

  • Arthur, ótima explicação. Só discordo da justificativa para a alternativa A. Acredito que o "mal" seja uma conjunção subordinativa adverbial temporal. "Quando sentia a primeira fisgada, corria para a cama", "Assim que sentia a primeira fisgada, corria para a cama."

  • Gab: A

    > Neste caso estamos procurando o "mal" que tenha função de substantivo;

    A) Conjunção adverbial temporal;

    B) Advérbio de negação;

    C) Adjetivo;

    D) Substantivo.


ID
2981149
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

Está destacado um pronome relativo no seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • “...relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.”

    o que retoma pacientes hipertensos, como ele retoma o sujeito da oração ele é um pronome relativo

  • GABARITO: LETRA B

    “...relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.”

    ===> pronome relativo, retomando: dores de cabeça, o quê eles sofriam? dores de cabeça; sofriam DE alguma coisa, temos então a justifica da preposição "de."

    Força, guerreiros(As)!!

  • Gabarito: Letra B

     

    Funções do QUE como Conjunção Integrante ou como Pronome Relativo.

     

    O roteiro abaixo ajuda a identificar os casos:

     

       É possível substituir o QUE por ISSO?

     

       SIM

      * Então é CONJUNÇÃO INTEGRANTE

      * É ANTECEDIDO POR VERBOS

      * Se trata de uma ORAÇÃO SUBORDINADA subjetiva, apositiva, predicativa, objetiva ou completiva

     

        NÃO

      * Sendo substituível por O(A) QUAL/OS(AS) QUAIS é PRONOME RELATIVO

      * É ANTECEDIDO POR NOMES

      * Se trata de uma ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA explicativa ou restritiva

      * Resta saber se é do tipo explicativa ou restritiva, logo pergunta-se:

     

           Vem separado por vírgulas ?

     

             SIM

          * Então é ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA

     

           NÃO

          * Então é ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA

    instagram: @concursos_em_mapas_mentais

  • dores de cabeça de que(da qual) sofriam...

  • Gab: B

    > Quando "que" puder ser substituído por "o(s) qual(is)" ou "a(s) qual(is)" será pronome relativo;

    > Quando puder ser substituído por "isso" será conjunção integrante;

    "“...relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que (com as quais) sofriam."

  • O pronome "que" é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído por "o qual", "a qual", "os quais", "as quais" quando seu antecedente for um substantivo.

  • Ótimo comentário, Godim!

  • sofrer de algo

  • Pronome relativo que pode ser substituído por o qual/os quais e retoma termo anteriormente mencionado.
  • GABARITO? B

  • Alguém pode explicar a alternativa "a)", por favor?


ID
2981152
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

No trecho “...fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.” (9º parágrafo), o por que está grafado corretamente. É, porém, INCORRETO esse uso na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    A) Gostaria de saber o motivo por que o procedimento não foi realizado. ===> correto, com significado de: pelo qual.

    B) O palestrante explicou por que é importante investir em pesquisa. ===> correto, com significado de: por qual motivo.

    C) Por que estou tão apreensiva, justamente agora que há chance de cura? ===> correto, com significado de: por qual motivo.

    D) Adotaremos novas estratégias por que todos os usuários sejam atendidos. ===> o correto seria: por QUAIS ou pelas QUAIS.

    Força, guerreiros(As)!!

  • D) Adotaremos novas estratégias por que todos os usuários sejam atendidos. ===> o correto seria: PARA QUE

  • Complementando a letra D

    Por que pode ser substituído por pela qual

    porém não pode ser substituir pelas quais

  • Gabarito''D''.

     o por que está grafado corretamente. É, porém, INCORRETO esse uso na seguinte frase:

    Adotaremos novas estratégias porque todos os usuários sejam atendidos.(Correto).

    O porque junto forma uma conjunção causal ou explicativa, que tem um valor próximo de expressões e palavras como “pois”, “para que” e “uma vez que”. Nesse sentido, o porque pode ser usado em frases que relacionam motivo, utilizado até mesmo como ferramenta adverbial. Um exemplo: “Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova de amanhã.”

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • Somando aos colegas:

    Porque tem valor de conjunção; geralmente aparece na frase com valor causal ou explicativo.

    Uma dica prática para identificação do por que é a troca por pelo qual(ais)

    Gostaria de saber o motivo pelo qual o procedimento não foi realizado.

    Sucesso, bons estudos, não desista!

  • BIZÚ: (Substituir)
    POR QUE = Por qual razão, pelo qual, pelas quais.
    POR QUÊ = Final de frase, final de oração.
    PORQUE = Pois.
    PORQUÊ = Motivo.

  • GABARITO: D

    Por que: como pronome interrogativo. Ex.: Por que todos odeiam português?

    Por que: no meio da oração, pode ser substituído por "o motivo pelo qual", "a razão pela qual", "pelo(a) qual". Ex.: Não sei por que ela se foi (motivo pelo qual).

    Por quê: perto de pontuação. A pontuação deve vir logo após o termo. Exemplos.: Não responderam como nem por quê. Não se sabe por quê, mas a aula atrasou. Por quê?

    Porque: justificativa (mas pode aparecer em frases interrogativas).

    Porquê: substantivado, precedido por termos determinantes (adjetivos, artigos, pronomes, numerais).

    "Não pare até que tenha terminado aquilo que começou". - Baltasar Gracián.

    Bons estudos!

  • GABARITO D

    RESUMO

    PORQUE - Já que, visto que, uma vez que

    PORQUÊ - substantivo, o motivo, a razão.

    POR QUÊ - seguido de pontuação.

    POR QUE - por que motivo/razão, pelos quais, pela qual

    bons estudos

  • GABARITO LETRA D

    porque----> causa/efeito, une orações

    porquê---> substantivo, sempre vem precedido de determinantes

    por quê---> usado em final de frase interrogativa direta ou indireta

    por que---> 1° pode ser usada no inicio ou no meio de frase interrogativa direta ou indireta

           2° pode ser loc ( pela qual, pelo qual)

  • D) Adotaremos novas estratégias por que todos os usuários sejam atendidos. ===> o correto seria: por QUAIS ou pelas QUAIS.

  • A questão é sobre o uso dos porquês e quer que assinalemos a alternativa em que o uso do "porque" está INCORRETO. Vejamos:

     .

    A) Gostaria de saber o motivo por que o procedimento não foi realizado.

    Certo. POR QUE = pelo qual

     .

    B) O palestrante explicou por que é importante investir em pesquisa.

    Certo. POR QUE = por qual razão / motivo

     .

    C) Por que estou tão apreensiva, justamente agora que há chance de cura?

    Certo. POR QUE = por qual razão / motivo

     .

    D) Adotaremos novas estratégias por que todos os usuários sejam atendidos.

    Errado. O certo seria "PORQUE" = para que (= a fim de que), conjunção subordinativa final.

    Conjunções subordinativas finais: têm valor semântico de finalidade, objetivo, intenção, intuito...

    São elas: a fim de que, para que, que e porque (= para que)

    Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas provas.

     .

    Gabarito: Letra D

  • Somente o nosso colega Professor explicou de fato a questão. Há de se salientar que essa regra seria, por assim dizer, a mais fora da curva do uso dos "porquês", haja vista que trata-se de "porque", o qual tem equivalência com a conjunção de finalidade "para que". Por isso o erro da letra "D", que deveria ser "porque".


ID
2981155
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

Conforme a norma padrão da língua, é considerada INCORRETA a seguinte construção:

Alternativas
Comentários
  • Se esse for o preço para acabar com a dor, pagarei-o.

    A forma correta é pagarei-lhe.

    Quem paga, paga a (preposição) a (artigo) alguém.

    Se há preposição mais artigo o objeto e indireto, portanto aplica-se o "lhe" e não o "o" .

  • A forma correta de colocação pronominal do verbo PAGAR no futuro do presente é: Pagá-lo-ei.

  • A forma correta da conjugação no futuro do presente com pronome oblíquo átono é : eu pagá-lo-ei.

    https://www.conjugacao.com.br/verbo-pagar

  • Pessoal, lembrem-se de como o antigo presidente Michel Temer falava..

    Ele sempre usava a mesóclise nas suas falas.

    Eu Convidar-te-ei para um jantar no Jaburu.

  • Na alternativa D, não deveria ser:  fez COM que eu desenvolvesse algumas qualidades.

    Fiquei entre a D e A por esse quesito.

  • Melissa, o "se", nesse caso, é uma conjunção condicional. Assim, pode estar no começo da frase.

  • a mais bela forma de falar português: pagá-lo-ei :)

  • Não há ênclise em Futuro do Indicativo.

    Gab.: A

  • Ao meu ver, a C também está incorreta por possuir verbo principal no particípio e não haver fator atrativo de próclise, logo o pronome teria que estar após o verbo auxiliar.


ID
2981158
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

“A possibilidade do surgimento de um remédio ‘prodígio’ gera emoções conflitantes por várias razões.” (9º parágrafo) Nesta frase, a palavra em destaque é marcada com aspas com o objetivo de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ===> um dos valores significativo das aspas é para acentuar o valor significativo de uma palavra;

    ===> PRODÍGIO ===> algo maravilhoso, extraordinário, um milagre.

    Força, guerreiros(As)!!

  • você é fera mano,é professor ?


ID
2981161
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

Está destacado um termo característico do registro informal no seguinte fragmento:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    O famoso e entediante "tipo", usado informalmente por inúmeras pessoas:

    “...por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência.”

    ====> tipo viajar, tipo malhar, tipo estudar.

    Força, guerreiros(as)!!

  • GAB: LETRA C

    Trata-se de linguagem coloquial, informal, natural ou popular. É uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a atenção total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação oral. Na linguagem informal usam-se muitas gírias e palavras que na linguagem formal não estão registadas ou têm outro significado.

    Como exemplo: "tipo", "você tem que se tocar", "tô", "pô", "caô", "se liga"...


ID
2981164
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com a Constituição Federal de 1988, uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS é a integralidade, que implica em:

Alternativas
Comentários
  • II - integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.

  • Letra A - A 'integralidade' é um dos princípios doutrinários da política do Estado brasileiro para a saúde – o Sistema Único de Saúde (SUS) –, que se destina a conjugar as ações direcionadas à materialização da saúde como direito e como serviço. Implica em atividades preventivas e curativas, em todos os níveis de complexidade do sistema.

  • Ver Art. 198 CF/88, II


ID
2981167
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Segundo as diretrizes da Constituição Federal de 1988, compete ao SUS:

Alternativas
Comentários
  • Art. 200 CF/88

    VIII - Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

  • GABARITO: LETRA C

    Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica

     

    Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

            I - soberania nacional;

            II - propriedade privada;

            III - função social da propriedade;

            IV - livre concorrência;

            V - defesa do consumidor;

            VI - defesa do meio ambiente;

            VII - redução das desigualdades regionais e sociais;

            VIII - busca do pleno emprego;

            IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte.

     

    Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

  • Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:

            I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

            II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;

            III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

            IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;

            V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação;

            VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;

            VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

            VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.


ID
2981170
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Conforme a legislação sanitária, os recursos do Fundo Nacional de Saúde serão alocados como despesas de custeio e investimentos previstos em lei orçamentária. Esses recursos deverão ser:

Alternativas
Comentários
  • A. Errada. Destinados, até 50%, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados. (70%)

    B. Correta (Art. 3º Lei 8142/90)

    C. Errada. (Recursos do Orçamento da Seguridade Social?)

    D. Errada. (Ver Art.38 Lei 8080/90)

  • Legislação sanitária : os recursos do Fundo Nacional de Saúde serão alocados como despesas de custeio e investimentos previstos em lei orçamentária. Esses recursos deverão ser :

    GABARITO B ) :

    Repassados de forma regular e automática à : Municípios, Estados e Distrito Federal .

  • A letra (A) seria 70%.

  • GABARITO: LETRA B

    Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990.

    Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como:

    I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração

    direta e indireta;

    II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo

    Congresso Nacional;

    III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério da Saúde;

    IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e

    Distrito Federal.

    Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-ão a investimentos na rede

    de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde.

    LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990.

  • GABARITO: LETRA B

    Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990.

    FONTE: LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990.


ID
2981173
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Na sua dimensão Pacto em Defesa do SUS, o Pacto pela Saúde tem como diretriz a:

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a portaria 399/GM, o trabalho dos atores envolvidos dentro deste Pacto deve considerar as seguintes diretrizes:

    - “Expressar os compromissos entre os gestores do SUS com a consolidação da Reforma Sanitária Brasileira, explicitada na defesa dos princípios do Sistema Único de Saúde estabelecidos na Constituição Federal”.

    - “Desenvolver e articular ações, no seu âmbito de competência e em conjunto com os demais gestores, que visem qualificar e assegurar o Sistema Único de Saúde como política pública”.


ID
2981176
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com a Portaria nº 2436/2017, que revê as diretrizes para a organização da Atenção Básica, é atribuição comum a todas as esferas de governo:

Alternativas
Comentários
  • LETRA C - Participação Popular e Controle Social fazem parte das Diretrizes do SUS.

  • PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017

    Art. 7º São responsabilidades comuns a todas as esferas de governo:

    XV - estimular a participação popular e o controle social;

  • A,B e D:

    Compete às Secretarias Municipais de Saúde 

    C: CORRETA

    São responsabilidades comuns a todas as esferas de governo

  • Letra A: compete às Secretarias Estaduais

    Letra B e D: compete às Secretarias Municipais

    Letra C: atribuições comuns

  • 1.2 - Diretrizes

     

               IX - Participação da comunidade: estimular a participação das pessoas, a orientação comunitária das ações de saúde na Atenção Básica e a competência cultural no cuidado, como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território. Considerando ainda o enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, através de articulação e integração das ações intersetoriais na organização e orientação dos serviços de saúde, a partir de lógicas mais centradas nas pessoas e no exercício do controle social.

    Entendendo que as diretrizes da Atenção Básica abrangem todo o SUS, pode-se inferir que essa diretriz atingirá todas as esferas de governo conforme alude a questão.

    Alternativa correta: Letra C, as demais ou são específicas de municípios ou estados ou ainda não mencionadas no capítulo 1.2 das Diretrizes.

    Fonte: Portaria 2.436/2017


ID
2981179
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com a Lei nº 8080/90, é atribuição exclusiva da União a:

Alternativas
Comentários
  • Questão lei 8080 Art 16,17,18

    União

    Definir e Coordenar

    Estado

    Coordenar e Executar ações e serviços.

    Municípios

    Gerir, Executar ações e serviços.

    Fonte: planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm

  • Segundo a lei 8080 Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde - SUS compete: VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios. Para responder a questão precisamos focar na parte que diz: " podendo a execução ser complementada"... O estabelecimento de normas, nesse caso, é atribuição exclusiva da união
  • GABARITO: LETRA A

    Seção II

    Da Competência

    VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;

    LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

  • GABARITO: LETRA A

    Seção II

    Da Competência

    Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete:

    VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;

    FONTE: LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

  • Alternativa B também está correta:

    XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores de morbidade e mortalidade no âmbito da unidade federada.

    Cabe recurso!


ID
2981182
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

É atribuição comum a todos os membros que atuam na Atenção Básica:

Alternativas
Comentários
  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Quanto MAIOR forem os seus estudos, MENORES são as chances de cair no fracasso.


ID
2981185
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

A Portaria nº 2436/2017 descreve os princípios e diretrizes orientadores da Atenção Básica. Nesse âmbito, a oferta do cuidado, reconhecendo as diferenças nas condições de vida e saúde e de acordo com as necessidades das pessoas, é a definição do princípio da:

Alternativas
Comentários
  • Olá!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -Quem ESTUDA tem em suas mãos o poder de TRANSFORMAR não só a própria vida, como também das pessoas que lhe cercam.


ID
2981188
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

As Redes de Atenção à Saúde (RAS) estarão compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde ou várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C - nas Comissões Intergestores

  • DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011.

    Art. 7º As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde, ou de várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas nas Comissões Intergestores 


ID
2981191
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Uma novidade da Portaria nº 399/2006, que divulga o Pacto pela Saúde, diz respeito à metodologia de alocação de recursos, tendo sido definidos blocos de financiamento. Em relação ao bloco de financiamento da Assistência Farmacêutica, a sua parte variável é calculada com base per capita para o programa de:

Alternativas
Comentários
  • Essa questáo tem duas respostas, segundo consulta a portaria 399.

    no capítulo 3,1, inciso d, do bloco de financiamento para a a Assistência Farmacêutica, aponta dois programas financiados pela parte fixa. Sao eles:

    PRograma de DST/AIDS(anti-retrovirais) e

    PRograma Nacional do Sangue e Hemoderivados

    além dos outros dois componentes:

    Imunobiógicos e Insulina


ID
3002662
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

O antebraço é um segmento do membro superior, sobre o qual pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • flexão 0 - 145

    extensão 0

    pronação e supinação 0 - 90

    abdução e adução- não fazem


ID
3002665
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

Existe um reflexo postural de grande importância para o desenvolvimento do conhecimento corporal e sua situação no espaço. Trata-se de reflexo, desencadeado por mudanças na posição da cabeça em relação ao tronco, em que a resposta motora que fecha o arco reflexo determina a extensão dos membros para os quais se orienta a face, membros mandibulares e a flexão dos opostos, membros nucais, que se denomina:

Alternativas
Comentários
  • REFLEXO TÔNICO CERVICAL ASSIMÉTRICO (RTCA)

    É desencadeado por rotação da cabeça enquanto a outra mão do examinador estabiliza o tronco do RN. Observa-se extensão do membro superior ipsilateral à rotação e flexão do membro superior contralateral. A resposta dos membros inferiores obedece ao mesmo padrão, mas é mais sutil.

    REFLEXO DE BUSCA

    É desencadeado por estimulação da face ao redor da boca. Observa-se rotação da cabeça na tentativa de “buscar” o objeto, seguido de sucção reflexa do mesmo.

    REFLEXO TÔNICO CERVICAL SIMÉTRICO (RTCS)

    Também é uma resposta proprioceptiva dos músculos do pescoço, por um movimento ativo ou passivo. A elevação da cabeça produz um aumento do tônus extensor nos membros superiores e aumento do tônus flexor nos membros inferiores. Abaixando-se a cabeça ocorre a situação inversa. Geralmente surge no 2º mês e integra-se por volta do sexto mês.

     

    REFLEXO DE LANDAU

    Este reflexo é uma combinação dos reflexos de endireitamento e reflexos tônicos. Suspende-se a criança em decúbito ventral e a criança faz uma extensão da cabeça, tronco, quadril e membros (1a fase) e, se flexionarmos a cabeça da criança, ela fará uma flexão do tronco e das extremidades (2a fase). É esboçada aos quatro meses de vida, aos seis meses está presente nas duas fases e aos dez meses está mais forte, desaparecendo em torno de um ano. O Landau precede a marcha. 

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Todo progresso acontece fora da zona de conforto. – Michael John Bobak


ID
3002668
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

A lesão conhecida por “boutonnière” ou dedo em botoeira, é caracterizada por:

Alternativas
Comentários
  • Conhecida também como dedo em botoeira, esta doença é uma deformidade característica do dedo, na qual a articulação interfalângica proximal do dedo (sua sigla é IFP), se flexiona para baixo e a articulação interfalângica distal (sua sigla é IFD) se hiperextende. Letra. A
  • Olá!

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Você nunca sai perdendo quando ganha CONHECIMENTO!


ID
3002671
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

A capacidade do individuo para identificar objetos através das associações táteis, cinestésicas e proprioceptivas e manipulação ativa, é denominada:

Alternativas
Comentários
  • Sensibilidade Profunda ou Proprioceptiva - propriocepção consciente, vibração, tato epicrítico e estereognosia.

    A estereognosia consiste na capacidade de reconhecer objetos em sua forma e tamanho pelo tato, assim os objetos oferecidos ao paciente devem ser simples como chaves, moedas ou uma caneta, por exemplo.


ID
3002674
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

Como exemplo de atividades que objetivam a estimulação para crianças surdas, o terapeuta ocupacional pode fazer uso dos seguintes recursos:

Alternativas

ID
3002677
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

De acordo com a Lei nº 6.316/75, que cria o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, é correto afirmar que é atribuição desse Conselho:

Alternativas
Comentários
  • B

    exercer a função normativa no que concerne a ambas as profissões

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -As pessoas costumam dizer que a motivação não dura sempre. Bem, nem o efeito do banho, por isso recomenda-se diariamente. – Zig Ziglar


ID
3002680
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

Oficinas são programas de atenção à pessoa com deficiência mental. Como tais, são classificadas como:

Alternativas

ID
3002683
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

Denominam-se AVD algumas atividades relacionadas ao indivíduo, dentre as quais se inclui:

Alternativas
Comentários
  • C

    alimentação, autocuidado pessoal, locomoção


ID
3002686
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

Em uma atividade lúdica, cujo objetivo é estimulação vestibular, o terapeuta ocupacional pode usar alguns recursos/objetos, dentre os quais é correto citar:

Alternativas

ID
3002689
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

De acordo com Ferland (2006), quando o terapeuta ocupacional propõe o brincar para a criança e utiliza como recurso terapêutico um chocalho colorido, o objetivo principal dessa atividade corresponde à estimulação:

Alternativas
Comentários
  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Você nunca sai perdendo quando ganha CONHECIMENTO!


ID
3002692
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

No processo de avaliação física, a terapia ocupacional utiliza instrumentos que irão auxiliá-la a traçar planos e objetivos terapêuticos ocupacionais. Dentre esses instrumentos, incluem-se os seguintes:

Alternativas
Comentários
  • Oi!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -Todo progresso acontece fora da zona de conforto. – Michael John Bobak


ID
3002695
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

De acordo com De Carlo (2001), a terapia ocupacional surge basicamente de dois processos, assim descritos corretamente:

Alternativas
Comentários
  • Olá!

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Se você não está disposto a arriscar, esteja disposto a uma vida comum. – Jim Rohn


ID
3002698
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

A artrite reumatoide é uma doença sistêmica inflamatória que leva a deformidades articulares, em especial nas mãos. A deformidade que comumente afeta pacientes com essa doença é a:

Alternativas
Comentários
  • Dentre os achados tardios da Artrite Reumatoide e que levam à incapacidade física para as atividades do dia a dia, podemos citar diversas alterações em diferentes articulações:Desvio ulnar dos dedos ou “dedos em ventaniaResultado de múltiplos fatores como o deslocamento dos tendões extensores dos dedos, subluxações das metacarpofalangeanas)

  • Na Artrite Reumatóide , as deformidades são decorrentes de três processos:

    degradação da cartilagem,

    a expansão da membrana sinoval da articulação devido a inflamação (que pode levar a erosão óssea),

    frouxidão ou rompimento dos ligamentos. 

    Pessoas com AR desenvolvem deformação do punho. No desvio ulnar do punho, os ossos metacarpianos se desviam para o lado radial enquanto os dedos se desviam para o lado ulnar. Essa deformidade, também chamada de mão de vela ou mão de ventania, agrava o desvio ulnar dos dedos .

    Mão em Gota: Embora o nervo radial não inerve  na mão, sua lesão no braço pode causar grave incapacidade na mão. A limitação característica é a incapacidade de estender o punho em razão da paralisia dos músculos extensores do antebraço, todos os quais são invervados  nervo radial. A mão é fletida no punho e fica flácida. O sinal clínico característico da lesão do nervo radial é a queda do punho – incapacidade de estender o punho e os dedos nas articulações metacarpofalângicas.

    Mão em Garra: Resultante de uma lesão distal do nervo ulnar. A deformidade resulta da atrofia dos músculos interósseos da mão supridos pelo nervo ulnar. A garra é produzida pela ação sem oposição dos extensores e do músculo flexor profundo dos dedos.  

    Mão Simiesca deformidade na qual os movimentos do polegar são limitados à flexão e à extensão do polegar no plano da palma. Esse distúrbio é causado pela incapacidade de oposição e pela abdução limitada do polegar. O ramo recorrente do nervo mediano para os músculos tenares situa-se na tela subcutânea e pode ser seccionado por lacerações relativamente pequenas da eminência tenar. A secção desse nervo paralisa os músculos tenares e o polegar perde grande parte de sua utilidade.

  • Podemos ter como características da AR dedos em ventania, botoeira, em martelo e pescoço de cisne.

  • 1)   A artrite reumatoide é uma doença sistêmica inflamatória que leva a deformidades articulares, em especial nas mãos. A deformidade que comumente afeta pacientes com essa doença é a:

    a) mão em gota, dedos em pescoço de cisne, em abotoadura ou em martelo em desvio ulnar;

    b) mão em garra, dedos em pescoço de cisne, em abotoadura ou em martelo em desvio ulnar;

    c) mão em garra, dedos em pescoço de cisne, em abotoadura ou em martelo em desvio radial;

    d) mão em gota, dedos em pescoço de cisne, em abotoadura ou em martelo em desvio radial;

    e) N. D. A.

    QUAL DELAS REPRESENTA " DEDOS EM VENTANIA?


ID
3002701
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

A dificuldade em realizar adução/abdução dos dedos longos está presente na lesão da seguinte estrutura, afetada comumente na hanseníase:

Alternativas
Comentários
  • Na hanseníase a lesão do nervo ulnar leva à alteração da sensibilidade, principalmente, na palma da mão(lado do 5º dedo) e dos movimentos de abdução e adução dos dedos, adução do polegar e posição intrínseca da mão (4º e 5º dedos).

    Na avaliação deve-se observar as principais queixas:

    Dor na região do ulnar (principalmente no cotovelo).

    Dificuldade de abrir e/ou fechar o dedo mínimo.

    Dormência no 4o e 5o dedos e região hipotenar.

    Diminuição da massa muscular do 1° espaço interósseo (região entre polegar e indicador).


ID
3002704
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

“São respostas automáticas que mantêm a posição normal da cabeça no espaço e o alinhamento normal da cabeça, pescoço com o tronco e tronco com os membros.” Essa definição relaciona-se a reações de:

Alternativas
Comentários
  • As reações de retificação existem para coordenar o corpo. São movimentos harmoniosos e controlados para reagir a força da gravidade. Permitem ajustamentos dos segmentos do corpo. Exemplos de reações de retificação:

    Reação Labiríntica

    Reação Cervical de Retificação

    Reação Óptica de Retificação

    Reação do Elevador

    Reação protetora dos braços


ID
3002707
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

O paciente hemiplégico à esquerda necessita de treinamento para vestir uma blusa com independência. Neste caso, o treinamento oferecido pelo terapeuta ocupacional seguirá a seguinte sequência:

Alternativas
Comentários
  • Primeiro o plégico

ID
3002710
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

O déficit para realizar extensão do punho, extensão das metacarpofalângeas (MF) e extensão do polegar, conhecido como “mão em gota”, está presente na seguinte situação:

Alternativas
Comentários
  • As lesões mais comuns do nervo radial são relacionada à compressão. O diagnostico da lesão do nervo radial baseando-se no sinal da mão caída (mão em gota), com déficit motor na mão (extensores dos dedos e punho), perda de sensibilidade no dorso da mão e mais raramente dor.

  • GABARITO : C

    Mão em Gota/ pêndula: lesão do nervo radial

    nervo radial é o mais importante ramo terminal do plexo braquial, sendo responsável pela inervação sensitiva da mão e motora do braço e antebraço (extensão e supinação). É um nervo do corpo humano que abastece a parte posterior da extremidade superior, incluindo extensores dos dedos e punhos

    COMPLEMENTANDO:

    Mão em garra: lesão do nervo ulnar

    Mão simiesca: lesão do nervo mediano

  • o nervo radial inervado o dorso da mão consequentemente os extensores


ID
3002713
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

Os modelos/correntes filosóficas de processo de terapia ocupacional descritos por Francisco (1988) são:

Alternativas
Comentários
  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Tentar não significa conseguir, mas quem conseguiu, com certeza tentou. E muito.


ID
3002716
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

Em relação ao ato de lavar o rosto, os movimentos realizados pelos membros superiores são, respectivamente:

Alternativas

ID
3002719
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

O Tratamento Moral foi um dos primeiros métodos de tratamento proposto para pessoas com doenças mentais. Dentre seus proponentes, pode-se citar:

Alternativas

ID
3002722
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

Sinais do Mal de Alzheimer são, dentre outros:

Alternativas

ID
3002725
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

As abordagens para um paciente amputado merecem atenção especial para uma possível protetização. Em relação ao tratamento do coto, a sequência correta de ações a serem realizadas é:

Alternativas
Comentários
  • Olá!

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Se você não está disposto a arriscar, esteja disposto a uma vida comum. – Jim Rohn


ID
3002728
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

Na atenção ao paciente queimado, dentro do Centro de Tratamento de Queimados, os objetivos do terapeuta ocupacional consistem em:

Alternativas

ID
3002731
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

Dentre os componentes cognitivos do brincar da criança, incluem-se:

Alternativas
Comentários
  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Os únicos limites da sua mente são aqueles que você acreditar ter!


ID
3002734
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

A Federação Mundial de Terapeutas Ocupacionais (WFOT) define a terapia ocupacional como uma profissão:

Alternativas

ID
3002737
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

Com o objetivo terapêutico ocupacional para trabalhar esquema corporal, no caso de um paciente hemiplégico à direita, é correto indicar:

Alternativas
Comentários
  • Olá!

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -É praticando que se aprende e a prática leva á aprovação.


ID
3002740
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

São consideradas avaliações qualitativas e procedimentos de coleta de dados, no âmbito das ações do terapeuta ocupacional:

Alternativas
Comentários
  • Oi!

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Quanto MAIOR forem os seus estudos, MENORES são as chances de cair no fracasso.


ID
3002743
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

O uso da pinça é essencial para a realização de atividades finas. Os tipos de pinças classificados por Cavalcante e Galvão (2007) são:

Alternativas
Comentários
  • Oi!

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Tentar não significa conseguir, mas quem conseguiu, com certeza tentou. E muito.


ID
3002746
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

Os instrumentos utilizados para medir a força de preensão manual e a força de pinça são, respectivamente:

Alternativas

ID
3002749
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

O parkinsonismo é uma desordem crônica e progressiva do sistema nervoso central (SNC), que acomete os núcleos da base, tendo como características:

Alternativas
Comentários
  • Olá!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -Quem ESTUDA tem em suas mãos o poder de TRANSFORMAR não só a própria vida, como também das pessoas que lhe cercam.


ID
3002752
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

O período em que a criança traz a mão à linha média ao corpo corresponde ao seguinte tempo de vida:

Alternativas

ID
3002755
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

A Resolução COFFITO nº 491/2017, regulamenta o uso pelo terapeuta ocupacional das Práticas Integrativas e Complementares de Saúde. Conforme essa resolução, são práticas permitidas ao terapeuta ocupacional:

Alternativas
Comentários
  • Olá!

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Todo progresso acontece fora da zona de conforto. – Michael John Bobak


ID
3002758
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

O ombro é a articulação do corpo humano com maior mobilidade. De acordo com os movimentos, os planos e eixos, podese afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • O complexo do ombro possui quatro grupos de movimento, no plano sagital: flexão, extensão e hiperextensão; no plano frontal: abdução e adução; e no plano transverso: rotação medial e rotação lateral; abdução horizontal e adução horizontal e circundação (LIPPERT, 2003; HAMILL & KNETZEN, 2008).


ID
3002761
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

A descrição da reação de anfíbio, que permite o desenvolvimento do arrastar e do engatinhar, sendo normal a partir do sexto mês, é:

Alternativas
Comentários
  • Reação de Anfíbio

    Esta prova é realizada estando o lactante em decúbito ventral. O teste é realizado levantando-se um lado do quadril, sob a virilha.O examinador vira a pelve do lactante, afastando-a um pouco da mesa de exame. Resposta: O membro inferior deste lado flexiona e abduz, enquanto que o membro do lado oposto entra em extensão.Este reflexo aparece no 6º mês.

  • Reação de Anfíbio

    Idade normal de aparecimento: a partir do sexto mês em diante.

    Estímulo: em DV, o teste é realizado levantando-se um lado do quadril do lactente sob a virilha.

    Resposta: o membro inferior ipsilateral flexiona e abduz, enquanto que o membro contralateral entra em extensão.


ID
3002764
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

Em relação a atividades para orientação e mobilidade para deficiente visual, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Olá!

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Quem ESTUDA tem em suas mãos o poder de TRANSFORMAR não só a própria vida, como também das pessoas que lhe cercam.


ID
3002767
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

Para paciente vítima de lesão medular nível C7, a abordagem do terapeuta ocupacional consiste em:

Alternativas

ID
3002770
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

O reflexo primitivo de Moro precede a um sobressalto, reação tônica brusca, consecutiva a um estímulo nociceptivo. A correta descrição de tal reflexo é:

Alternativas

ID
3002773
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

O terapeuta ocupacional, ao avaliar uma criança com paralisia obstétrica do tipo Erb-Duchenne, verifica que ela apresenta as seguintes características do membro afetado:

Alternativas

ID
3002776
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

A aplicação de normas demograficamente corretas tem implicações diretas para o diagnóstico e o planejamento do tratamento do estado cognitivo, especialmente diante de complicações cerebrais, tais como as doenças psiquiátricas. Fazem parte dos sistemas funcionais cognitivos:

Alternativas

ID
3002779
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Terapia Ocupacional
Assuntos

A sensibilidade pode apresentar variação de grau, sendo esta de extrema importância na avaliação pelo terapeuta ocupacional. O instrumento utilizado para determinar o limiar de toque e pressão profunda é:

Alternativas