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Prova PUC-MINAS - 2021 - PUC-MINAS - Vestibular Medicina - Caderno 1


ID
5390044
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1 / Parte 1 
A importância do ato de ler1
Paulo Freire 

Rara tem sido a vez, ao longo de tantos anos de prática pedagógica, por isso política, em que me tenho permitido a tarefa de abrir, de inaugurar ou de encerrar encontros ou congressos. Aceitei fazê-la agora, da maneira, porém, menos formal possível. Aceitei vir aqui para falar um pouco da importância do ato de ler. 

Me parece indispensável, ao procurar falar de tal importância, dizer algo do momento mesmo em que me preparava para aqui estar hoje; dizer algo do processo em que me inseri enquanto ia escrevendo este texto que agora leio, processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. Ao ensaiar escrever sobre a importância do ato de ler, eu me senti levado - e até gostosamente - a "reler" momentos fundamentais de minha prática, guardados na memória, desde as experiências mais remotas de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo. 

Ao ir escrevendo este texto, ia "tomando distância” dos diferentes momentos em que o ato de ler se veio dando na minha experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo, do pequeno mundo em que me movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo de minha escolarização, foi a leitura da “palavramundo”. 

A retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de “ler” o mundo particular em que me movia - e até onde não sou traído pela memória -, me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, re-crio, e revivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. Me vejo então na casa mediana em que nasci, no Recife, rodeada de árvores, algumas delas como se fossem gente, tal a intimidade entre nós - à sua sombra brincava e em seus galhos mais dóceis à minha altura eu me experimentava em riscos menores que me preparavam para riscos e aventuras maiores.

A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço - o sítio das avencas de minha mãe -, o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi o meu primeiro mundo. [...] Os "textos", as "palavras”, as "letras” daquele contexto - em cuja percepção experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber - se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles nas minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais. 

Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam no canto dos pássaros - o do sanhaçu, o do olha-pro-caminho-quem-vem, o do bem-te-vi, o do sabiá; na dança das copas das árvores sopradas por fortes ventanias que anunciavam tempestades, trovões, relâmpagos; as águas da chuva brincando de geografia: inventando lagos, ilhas, rios, riachos. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam também no assobio do vento, nas nuvens do céu, nas suas cores, nos seus movimentos; na cor das folhagens, na forma das folhas, no cheiro das flores - das rosas, dos jasmins -, no corpo das árvores, na casca dos frutos. Na tonalidade diferente de cores de um mesmo fruto em momentos distintos.
[...] 

Daquele contexto faziam parte igualmente os animais: os gatos da família, a sua maneira manhosa de enroscar-se nas pernas da gente, o seu miado, de súplica ou de raiva; Joli, o velho cachorro negro de meu pai, o seu mau humor toda vez que um dos gatos incautamente se aproximava demasiado do lugar em que se achava comendo [...]. 

Daquele contexto - o do meu mundo imediato - fazia parte, por outro lado, o universo da linguagem dos mais velhos, expressando as suas crenças, os seus gostos, os seus receios, os seus valores. Tudo isso ligado a contextos mais amplos que o do meu mundo imediato e de cuja existência eu não podia sequer suspeitar. No esforço de re-tomar a infância distante, a que já me referi, buscando a compreensão do meu ato de ler o mundo particular em que me movia, permitam-me repetir, re-crio, re-vivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. E algo que me parece importante, no contexto geral de que venho falando, emerge agora insinuando a sua presença no corpo destas reflexões. [...] 

Mas, é importante dizer, a “leitura” do meu mundo, que me foi sempre fundamental, não fez de mim um menino antecipado em homem, um racionalista de calças curtas. A curiosidade do menino não iria distorcer-se pelo simples fato de ser exercida, no que fui mais ajudado do que desajudado por meus pais. E foi com eles, precisamente, em certo momento dessa rica experiência de compreensão do meu mundo imediato, sem que tal compreensão tivesse significado malquerenças ao que ele tinha de encantadoramente misterioso, que eu comecei a ser introduzido na leitura da palavra. 

A decifração da palavra fluía naturalmente da “leitura” do mundo particular. Não era algo que se estivesse dando superpostamente a ele. Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus pais. O chão foi o meu quadro-negro; gravetos, o meu giz. Por isso é que, ao chegar à escolinha particular de Eunice Vasconcelos [...] já estava alfabetizado. Eunice continuou e aprofundou o trabalho de meus pais. Com ela, a leitura da palavra, da frase, da sentença, jamais significou uma ruptura com a "leitura" do mundo. Com ela, a leitura da palavra foi a leitura da “palavramundo”. 

Sobre o texto de Paulo Freire, em destaque, é CORRETO afirmar:

Alternativas

ID
5390047
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1 / Parte 1 
A importância do ato de ler1
Paulo Freire 

Rara tem sido a vez, ao longo de tantos anos de prática pedagógica, por isso política, em que me tenho permitido a tarefa de abrir, de inaugurar ou de encerrar encontros ou congressos. Aceitei fazê-la agora, da maneira, porém, menos formal possível. Aceitei vir aqui para falar um pouco da importância do ato de ler. 

Me parece indispensável, ao procurar falar de tal importância, dizer algo do momento mesmo em que me preparava para aqui estar hoje; dizer algo do processo em que me inseri enquanto ia escrevendo este texto que agora leio, processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. Ao ensaiar escrever sobre a importância do ato de ler, eu me senti levado - e até gostosamente - a "reler" momentos fundamentais de minha prática, guardados na memória, desde as experiências mais remotas de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo. 

Ao ir escrevendo este texto, ia "tomando distância” dos diferentes momentos em que o ato de ler se veio dando na minha experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo, do pequeno mundo em que me movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo de minha escolarização, foi a leitura da “palavramundo”. 

A retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de “ler” o mundo particular em que me movia - e até onde não sou traído pela memória -, me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, re-crio, e revivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. Me vejo então na casa mediana em que nasci, no Recife, rodeada de árvores, algumas delas como se fossem gente, tal a intimidade entre nós - à sua sombra brincava e em seus galhos mais dóceis à minha altura eu me experimentava em riscos menores que me preparavam para riscos e aventuras maiores.

A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço - o sítio das avencas de minha mãe -, o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi o meu primeiro mundo. [...] Os "textos", as "palavras”, as "letras” daquele contexto - em cuja percepção experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber - se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles nas minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais. 

Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam no canto dos pássaros - o do sanhaçu, o do olha-pro-caminho-quem-vem, o do bem-te-vi, o do sabiá; na dança das copas das árvores sopradas por fortes ventanias que anunciavam tempestades, trovões, relâmpagos; as águas da chuva brincando de geografia: inventando lagos, ilhas, rios, riachos. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam também no assobio do vento, nas nuvens do céu, nas suas cores, nos seus movimentos; na cor das folhagens, na forma das folhas, no cheiro das flores - das rosas, dos jasmins -, no corpo das árvores, na casca dos frutos. Na tonalidade diferente de cores de um mesmo fruto em momentos distintos.
[...] 

Daquele contexto faziam parte igualmente os animais: os gatos da família, a sua maneira manhosa de enroscar-se nas pernas da gente, o seu miado, de súplica ou de raiva; Joli, o velho cachorro negro de meu pai, o seu mau humor toda vez que um dos gatos incautamente se aproximava demasiado do lugar em que se achava comendo [...]. 

Daquele contexto - o do meu mundo imediato - fazia parte, por outro lado, o universo da linguagem dos mais velhos, expressando as suas crenças, os seus gostos, os seus receios, os seus valores. Tudo isso ligado a contextos mais amplos que o do meu mundo imediato e de cuja existência eu não podia sequer suspeitar. No esforço de re-tomar a infância distante, a que já me referi, buscando a compreensão do meu ato de ler o mundo particular em que me movia, permitam-me repetir, re-crio, re-vivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. E algo que me parece importante, no contexto geral de que venho falando, emerge agora insinuando a sua presença no corpo destas reflexões. [...] 

Mas, é importante dizer, a “leitura” do meu mundo, que me foi sempre fundamental, não fez de mim um menino antecipado em homem, um racionalista de calças curtas. A curiosidade do menino não iria distorcer-se pelo simples fato de ser exercida, no que fui mais ajudado do que desajudado por meus pais. E foi com eles, precisamente, em certo momento dessa rica experiência de compreensão do meu mundo imediato, sem que tal compreensão tivesse significado malquerenças ao que ele tinha de encantadoramente misterioso, que eu comecei a ser introduzido na leitura da palavra. 

A decifração da palavra fluía naturalmente da “leitura” do mundo particular. Não era algo que se estivesse dando superpostamente a ele. Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus pais. O chão foi o meu quadro-negro; gravetos, o meu giz. Por isso é que, ao chegar à escolinha particular de Eunice Vasconcelos [...] já estava alfabetizado. Eunice continuou e aprofundou o trabalho de meus pais. Com ela, a leitura da palavra, da frase, da sentença, jamais significou uma ruptura com a "leitura" do mundo. Com ela, a leitura da palavra foi a leitura da “palavramundo”. 

Atente para o excerto (2º parágrafo):

“Me parece indispensável, ao procurar falar de tal importância, dizer algo do momento mesmo em que me preparava para aqui estar hoje; dizer algo do processo em que me inseri enquanto ia escrevendo este texto que agora leio, processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo.


Atente para o verbete “inteligência”:


Significado de Inteligência

substantivo feminino
1. Faculdade de conhecer, de compreender; intelecto: a inteligência distingue o homem do animal.
2. Conhecimento profundo em; destreza, habilidade: ter inteligência para os negócios; cumprir com inteligência uma missão.
3. Habilidade para entender e solucionar adversidades ou problemas, adaptando-se a circunstâncias novas.
4. Função psíquica que contribui para que uma pessoa consiga entender o mundo, as coisas e situações, a essência dos fatos.
5. Boa convivência; união de sentimentos: viver em perfeita inteligência com alguém.
6. Relações secretas; ajuste, conluio: ter inteligência com o inimigo. Etimologia (origem da palavra inteligência). Do latim intelligentia.ae, "entendimento".

(Disponível em: https://www.dicio.com.br/inteligencia/. Acesso em: 06 maio 2021)

Os sinônimos mais apropriados para a acepção dada por Paulo Freire, em seu texto, figuram em:

Alternativas

ID
5390050
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1 / Parte 1 
A importância do ato de ler1
Paulo Freire 

Rara tem sido a vez, ao longo de tantos anos de prática pedagógica, por isso política, em que me tenho permitido a tarefa de abrir, de inaugurar ou de encerrar encontros ou congressos. Aceitei fazê-la agora, da maneira, porém, menos formal possível. Aceitei vir aqui para falar um pouco da importância do ato de ler. 

Me parece indispensável, ao procurar falar de tal importância, dizer algo do momento mesmo em que me preparava para aqui estar hoje; dizer algo do processo em que me inseri enquanto ia escrevendo este texto que agora leio, processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. Ao ensaiar escrever sobre a importância do ato de ler, eu me senti levado - e até gostosamente - a "reler" momentos fundamentais de minha prática, guardados na memória, desde as experiências mais remotas de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo. 

Ao ir escrevendo este texto, ia "tomando distância” dos diferentes momentos em que o ato de ler se veio dando na minha experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo, do pequeno mundo em que me movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo de minha escolarização, foi a leitura da “palavramundo”. 

A retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de “ler” o mundo particular em que me movia - e até onde não sou traído pela memória -, me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, re-crio, e revivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. Me vejo então na casa mediana em que nasci, no Recife, rodeada de árvores, algumas delas como se fossem gente, tal a intimidade entre nós - à sua sombra brincava e em seus galhos mais dóceis à minha altura eu me experimentava em riscos menores que me preparavam para riscos e aventuras maiores.

A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço - o sítio das avencas de minha mãe -, o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi o meu primeiro mundo. [...] Os "textos", as "palavras”, as "letras” daquele contexto - em cuja percepção experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber - se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles nas minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais. 

Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam no canto dos pássaros - o do sanhaçu, o do olha-pro-caminho-quem-vem, o do bem-te-vi, o do sabiá; na dança das copas das árvores sopradas por fortes ventanias que anunciavam tempestades, trovões, relâmpagos; as águas da chuva brincando de geografia: inventando lagos, ilhas, rios, riachos. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam também no assobio do vento, nas nuvens do céu, nas suas cores, nos seus movimentos; na cor das folhagens, na forma das folhas, no cheiro das flores - das rosas, dos jasmins -, no corpo das árvores, na casca dos frutos. Na tonalidade diferente de cores de um mesmo fruto em momentos distintos.
[...] 

Daquele contexto faziam parte igualmente os animais: os gatos da família, a sua maneira manhosa de enroscar-se nas pernas da gente, o seu miado, de súplica ou de raiva; Joli, o velho cachorro negro de meu pai, o seu mau humor toda vez que um dos gatos incautamente se aproximava demasiado do lugar em que se achava comendo [...]. 

Daquele contexto - o do meu mundo imediato - fazia parte, por outro lado, o universo da linguagem dos mais velhos, expressando as suas crenças, os seus gostos, os seus receios, os seus valores. Tudo isso ligado a contextos mais amplos que o do meu mundo imediato e de cuja existência eu não podia sequer suspeitar. No esforço de re-tomar a infância distante, a que já me referi, buscando a compreensão do meu ato de ler o mundo particular em que me movia, permitam-me repetir, re-crio, re-vivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. E algo que me parece importante, no contexto geral de que venho falando, emerge agora insinuando a sua presença no corpo destas reflexões. [...] 

Mas, é importante dizer, a “leitura” do meu mundo, que me foi sempre fundamental, não fez de mim um menino antecipado em homem, um racionalista de calças curtas. A curiosidade do menino não iria distorcer-se pelo simples fato de ser exercida, no que fui mais ajudado do que desajudado por meus pais. E foi com eles, precisamente, em certo momento dessa rica experiência de compreensão do meu mundo imediato, sem que tal compreensão tivesse significado malquerenças ao que ele tinha de encantadoramente misterioso, que eu comecei a ser introduzido na leitura da palavra. 

A decifração da palavra fluía naturalmente da “leitura” do mundo particular. Não era algo que se estivesse dando superpostamente a ele. Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus pais. O chão foi o meu quadro-negro; gravetos, o meu giz. Por isso é que, ao chegar à escolinha particular de Eunice Vasconcelos [...] já estava alfabetizado. Eunice continuou e aprofundou o trabalho de meus pais. Com ela, a leitura da palavra, da frase, da sentença, jamais significou uma ruptura com a "leitura" do mundo. Com ela, a leitura da palavra foi a leitura da “palavramundo”. 

Me parece indispensável, ao procurar falar de tal importância, dizer algo do momento mesmo em que me preparava para aqui estar hoje; dizer algo do processo em que me inseri enquanto ia escrevendo este texto que agora leio, processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele.

Sobre o excerto, é CORRETO afirmar:

Alternativas

ID
5390053
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1 / Parte 1 
A importância do ato de ler1
Paulo Freire 

Rara tem sido a vez, ao longo de tantos anos de prática pedagógica, por isso política, em que me tenho permitido a tarefa de abrir, de inaugurar ou de encerrar encontros ou congressos. Aceitei fazê-la agora, da maneira, porém, menos formal possível. Aceitei vir aqui para falar um pouco da importância do ato de ler. 

Me parece indispensável, ao procurar falar de tal importância, dizer algo do momento mesmo em que me preparava para aqui estar hoje; dizer algo do processo em que me inseri enquanto ia escrevendo este texto que agora leio, processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. Ao ensaiar escrever sobre a importância do ato de ler, eu me senti levado - e até gostosamente - a "reler" momentos fundamentais de minha prática, guardados na memória, desde as experiências mais remotas de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo. 

Ao ir escrevendo este texto, ia "tomando distância” dos diferentes momentos em que o ato de ler se veio dando na minha experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo, do pequeno mundo em que me movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo de minha escolarização, foi a leitura da “palavramundo”. 

A retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de “ler” o mundo particular em que me movia - e até onde não sou traído pela memória -, me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, re-crio, e revivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. Me vejo então na casa mediana em que nasci, no Recife, rodeada de árvores, algumas delas como se fossem gente, tal a intimidade entre nós - à sua sombra brincava e em seus galhos mais dóceis à minha altura eu me experimentava em riscos menores que me preparavam para riscos e aventuras maiores.

A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço - o sítio das avencas de minha mãe -, o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi o meu primeiro mundo. [...] Os "textos", as "palavras”, as "letras” daquele contexto - em cuja percepção experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber - se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles nas minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais. 

Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam no canto dos pássaros - o do sanhaçu, o do olha-pro-caminho-quem-vem, o do bem-te-vi, o do sabiá; na dança das copas das árvores sopradas por fortes ventanias que anunciavam tempestades, trovões, relâmpagos; as águas da chuva brincando de geografia: inventando lagos, ilhas, rios, riachos. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam também no assobio do vento, nas nuvens do céu, nas suas cores, nos seus movimentos; na cor das folhagens, na forma das folhas, no cheiro das flores - das rosas, dos jasmins -, no corpo das árvores, na casca dos frutos. Na tonalidade diferente de cores de um mesmo fruto em momentos distintos.
[...] 

Daquele contexto faziam parte igualmente os animais: os gatos da família, a sua maneira manhosa de enroscar-se nas pernas da gente, o seu miado, de súplica ou de raiva; Joli, o velho cachorro negro de meu pai, o seu mau humor toda vez que um dos gatos incautamente se aproximava demasiado do lugar em que se achava comendo [...]. 

Daquele contexto - o do meu mundo imediato - fazia parte, por outro lado, o universo da linguagem dos mais velhos, expressando as suas crenças, os seus gostos, os seus receios, os seus valores. Tudo isso ligado a contextos mais amplos que o do meu mundo imediato e de cuja existência eu não podia sequer suspeitar. No esforço de re-tomar a infância distante, a que já me referi, buscando a compreensão do meu ato de ler o mundo particular em que me movia, permitam-me repetir, re-crio, re-vivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. E algo que me parece importante, no contexto geral de que venho falando, emerge agora insinuando a sua presença no corpo destas reflexões. [...] 

Mas, é importante dizer, a “leitura” do meu mundo, que me foi sempre fundamental, não fez de mim um menino antecipado em homem, um racionalista de calças curtas. A curiosidade do menino não iria distorcer-se pelo simples fato de ser exercida, no que fui mais ajudado do que desajudado por meus pais. E foi com eles, precisamente, em certo momento dessa rica experiência de compreensão do meu mundo imediato, sem que tal compreensão tivesse significado malquerenças ao que ele tinha de encantadoramente misterioso, que eu comecei a ser introduzido na leitura da palavra. 

A decifração da palavra fluía naturalmente da “leitura” do mundo particular. Não era algo que se estivesse dando superpostamente a ele. Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus pais. O chão foi o meu quadro-negro; gravetos, o meu giz. Por isso é que, ao chegar à escolinha particular de Eunice Vasconcelos [...] já estava alfabetizado. Eunice continuou e aprofundou o trabalho de meus pais. Com ela, a leitura da palavra, da frase, da sentença, jamais significou uma ruptura com a "leitura" do mundo. Com ela, a leitura da palavra foi a leitura da “palavramundo”. 

Atente para o excerto:

Rara tem sido a vez, ao longo de tantos anos de prática pedagógica, por isso política, em que me tenho permitido a tarefa de abrir, de inaugurar ou de encerrar encontros ou congressos. Aceitei fazê-la agora, da maneira, porém, menos formal possível. Aceitei vir aqui para falar um pouco da importância do ato de ler.

Sobre ele, a afirmação CORRETA encontra-se na opção:

Alternativas
Comentários
  • A

    A)

    Com o uso do conectivo “porém”, o autor pretende instaurar ideia de adversidade, oposição ao explicitado antes.

    O PORÉM vem para contradizer algo que é senso comum, a formalidade de falar em um congresso

    B

    O conectivo “por isso” poderia ser substituído, sem alteração semântica, por “já que” ou “uma vez que”.

    ???

    C

    O pronome pessoal oblíquo “a”, na forma “fazê-la”, retoma o constituinte “prática pedagógica, por isso política”.

    "abrir, de inaugurar ou de encerrar encontros ou congressos"

    D

    O sintagma nominal “rara” ocupa papel sintático de sujeito, por isso veio topicalizado, introduzindo o enunciado.

    rara é sujeito. A frase está escrita ao contrário

    "Rara tem sido a vez, ao longo de tantos anos de prática pedagógica, por isso política, em que me tenho permitido a tarefa de abrir, de inaugurar ou de encerrar encontros ou congressos"

    o jeito correto seria

    " a vez, ao longo de tantos anos de prática pedagógica, por isso política, em que me tenho permitido a tarefa de abrir, de inaugurar ou de encerrar encontros ou congressos tem sido Rara"


ID
5390056
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As aspas e outras marcações da escrita obedecem a um código convencionado e, portanto, a um sistema de regras. Vejamos em que circunstâncias se usam as aspas (duplas) com maior frequência:

1) Antes e depois de uma citação textual ou para assinalar transcrições textuais, ou seja, indicar no texto que você está escrevendo, uma palavra ou expressão que foi usada pelo autor citado ou que costuma ser associada a ele;

2) Quando no trecho citado entre aspas existem palavras aspeadas, você deve destacá-las com aspas simples. Em resumo, usam-se aspas simples dentro de aspas duplas. Além desses casos, elas são também usadas para:

3) Marcar apelidos, nomes e títulos (de livros, revistas, obras de arte etc.);

4) Ressaltar gírias, neologismos, estrangeirismos ou quaisquer palavras estranhas ao contexto vernáculo;

5) Destacar as alíneas nas citações de textos legais;

6) Realçar palavras e expressões a que se quer dar um sentido particular ou figurado.

É neste último caso que as aspas simples indicam o emprego de palavras em sentido diverso do que lhe é habitual.

Fonte:
MARTINO, Agnaldo; LENZA, Pedro (coord.). Português esquematizado: gramática, interpretação de texto,
redação oficial, redação discursiva. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 241. Adaptado.


Atente para os excertos e justificativas e assinale a correlação CORRETA:

Alternativas

ID
5390059
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço - o sítio das avencas de minha mãe -, o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi o meu primeiro mundo. (...) Os "textos", as "palavras”, as "letras” daquele contexto - em cuja percepção experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber - se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles nas minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais.

Sobre elementos de coesão presentes no excerto, avalie as afirmativas:

I. “... o quintal amplo em que se achava....” “em que”, relativo, pode ser substituído por “no qual” ou “onde”, sem alteração do sentido.
II. “.... daquele contexto – em cuja percepção...” “em cuja” poderia ser substituído por “em que”, sem alteração funcional ou de sentido.
III. “... tudo isso foi o meu primeiro mundo” os pronomes “tudo isso” retomam, de forma resumitiva, uma série de elementos enumerados.
IV. “experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava...” o conectivo usado empresta um sentido de consequência aos fatos indicados.

Estão corretas as afirmativas presentes apenas em:

Alternativas
Comentários
  • Nesta questão o candidato deve demonstrar que sabe utilizar corretamente elementos coesivos . A coesão textual é um elemento fundamental, pois é por meio dela que os textos ganham harmonia , com as ideias sendo cuidadosamente amarradas para que o todo faça sentido. A partir da utilização de mecanismos linguísticos que garantem a ligação entre as partes, o texto ganha em fluidez .

    Após ler o texto associado à questão o concurseiro terá de dizer qual (quais) afirmativa (afirmativas) está (estão) correta (corretas).

    I. “... o quintal amplo em que se achava...."   “em que", relativo, pode ser substituído por “no qual" ou “onde", sem alteração do sentido.

    Correta. O referente é “quintal amplo" e foi retomado pelo pronome relativo “em que", que poderia ser substituído por “no qual " e por “onde". Aqui, o uso de “onde" se justificaria pelo fato de o referente ser um lugar (“quintal") Vale lembrar que o pronome relativo “onde" só deve ser usado para se referir a lugar .

    II. “.... daquele contexto – em cuja percepção..."  “em cuja" poderia ser substituído por “em que", sem alteração funcional ou de sentido.

    Incorreta. É comum as pessoas utilizarem o pronome relativo cujo(a) de forma equivocada e isso causa prejuízos em termos de sentido . Em primeiro lugar, esse pronome une dois elementos numa oração. Só que uma das particularidades desse pronome é que ele estabelece uma relação de posse (há uma noção de propriedade entre elemento que vem antes do pronome e o elemento que vem depois ). Ex.: “A denúncia atingiu o deputado, cujo mandato poderá ser cassado". Notem que o “cujo" nos diz quem é o dono (posse) do mandato: o deputado. No caso da afirmação II, o “em cuja" estabelece que a “percepção" pertence (posse) ao fragmento “daquele contexto". O “em que" não expressa essa noção, razão pela qual não poderia ser utilizado.

     III. “... tudo isso foi o meu primeiro mundo"   os pronomes “tudo isso" retomam, de forma resumitiva, uma série de elementos enumerados.

     Correta. A expressão “tudo isso" retoma anaforicamente elementos do texto , isto é, se refere a coisas que já haviam sido ditas.

     IV. “experimentava e, quanto mais o fazia,  mais aumentava..."  o conectivo usado empresta um sentido de consequência aos fatos indicados.

     Incorreta. A conjunção “quanto mais" não expressa ideia de consequência, mas sim, de proporção .


    Quais afirmativas estão corretas? I e III.
    Logo, nossa resposta é a alternativa A.

     
    Gabarito do professor: Letra A.

ID
5390062
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 / Parte 2
A importância do ato de ler2
Paulo Freire

Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa. Não eram, porém, aqueles momentos puros exercícios de que resultasse um simples dar-nos conta de uma página escrita diante de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida. Não eram aqueles momentos “lições de leitura”, no sentido tradicional desta expressão. Eram momentos em que os textos se ofereciam à nossa inquieta procura, incluindo a do então jovem professor José Pessoa.

Algum tempo depois, como professor também de português, nos meus vinte anos, vivi intensamente a importância de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do então chamado curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala. 

Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler. Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais “devoradas" do que realmente lidas ou estudadas. [...] 

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, tem apenas duas páginas e meia... 

Parece importante, contudo, para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando, sublinhar que a minha crítica à magicização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco responsável de minha parte com relação à necessidade que temos, educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos, de criar uma disciplina intelectual, sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e estudantes. 

Para Paulo Freire, um processo de aprendizagem da leitura pressupõe:

I. acesso a um grande e variado conjunto de textos para leitura e memorização dos preceitos e informações ali contidos.
II. aprendizagem de aspectos como concordância, regência verbal e nominal, uso da crase, enfim, conhecimentos linguísticos aplicados à compreensão textual.
III. acesso a textos autorais dos próprios professores e alunos, cuja interpretação se dá, de forma viva e dinâmica, para detecção dos expedientes utilizados para construção textual.
IV. compreensão de textos de qualidade, usualmente, aqueles de maior extensão e complexidade, por pressuporem pesquisa e análise.

Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas

ID
5390065
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 / Parte 2
A importância do ato de ler2
Paulo Freire

Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa. Não eram, porém, aqueles momentos puros exercícios de que resultasse um simples dar-nos conta de uma página escrita diante de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida. Não eram aqueles momentos “lições de leitura”, no sentido tradicional desta expressão. Eram momentos em que os textos se ofereciam à nossa inquieta procura, incluindo a do então jovem professor José Pessoa.

Algum tempo depois, como professor também de português, nos meus vinte anos, vivi intensamente a importância de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do então chamado curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala. 

Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler. Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais “devoradas" do que realmente lidas ou estudadas. [...] 

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, tem apenas duas páginas e meia... 

Parece importante, contudo, para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando, sublinhar que a minha crítica à magicização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco responsável de minha parte com relação à necessidade que temos, educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos, de criar uma disciplina intelectual, sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e estudantes. 

Atente para os sinônimos indicados. Assinale a opção em que a correlação esteja INCORRETA:

Alternativas

ID
5390068
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 / Parte 2
A importância do ato de ler2
Paulo Freire

Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa. Não eram, porém, aqueles momentos puros exercícios de que resultasse um simples dar-nos conta de uma página escrita diante de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida. Não eram aqueles momentos “lições de leitura”, no sentido tradicional desta expressão. Eram momentos em que os textos se ofereciam à nossa inquieta procura, incluindo a do então jovem professor José Pessoa.

Algum tempo depois, como professor também de português, nos meus vinte anos, vivi intensamente a importância de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do então chamado curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala. 

Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler. Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais “devoradas" do que realmente lidas ou estudadas. [...] 

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, tem apenas duas páginas e meia... 

Parece importante, contudo, para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando, sublinhar que a minha crítica à magicização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco responsável de minha parte com relação à necessidade que temos, educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos, de criar uma disciplina intelectual, sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e estudantes. 

Atente para o excerto:

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, têm apenas duas páginas e meia...

Observe os conectivos destacados no excerto e a semântica a eles atribuída. A correlação está INCORRETA em:

Alternativas

ID
5390071
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 / Parte 2
A importância do ato de ler2
Paulo Freire

Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa. Não eram, porém, aqueles momentos puros exercícios de que resultasse um simples dar-nos conta de uma página escrita diante de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida. Não eram aqueles momentos “lições de leitura”, no sentido tradicional desta expressão. Eram momentos em que os textos se ofereciam à nossa inquieta procura, incluindo a do então jovem professor José Pessoa.

Algum tempo depois, como professor também de português, nos meus vinte anos, vivi intensamente a importância de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do então chamado curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala. 

Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler. Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais “devoradas" do que realmente lidas ou estudadas. [...] 

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, tem apenas duas páginas e meia... 

Parece importante, contudo, para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando, sublinhar que a minha crítica à magicização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco responsável de minha parte com relação à necessidade que temos, educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos, de criar uma disciplina intelectual, sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e estudantes. 

Atente para o excerto dado:

A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda.

Nesse trecho destacado, vemos o emprego da vírgula – importante sinal de pontuação – com as funções indicadas a seguir, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • A

    evidenciar termo ou expressão intercalado(a) ou topicalizado(a).

    "Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade"

    B

    explicitar uma enumeração de elementos de mesma natureza.

    "A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era.."

    C)

    indicar uma alternância ou introduzir uma oração adversativa.

    "Ora de autores que estudávamos, ora deles próprios"

    D) GABARITO

    separar adjunto adnominal sob forma de oração adjetiva restritiva

    oração adjetiva restritiva não fica entre vírgulas, mas sim a adjetiva explicativa


ID
5390074
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 / Parte 2
A importância do ato de ler2
Paulo Freire

Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa. Não eram, porém, aqueles momentos puros exercícios de que resultasse um simples dar-nos conta de uma página escrita diante de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida. Não eram aqueles momentos “lições de leitura”, no sentido tradicional desta expressão. Eram momentos em que os textos se ofereciam à nossa inquieta procura, incluindo a do então jovem professor José Pessoa.

Algum tempo depois, como professor também de português, nos meus vinte anos, vivi intensamente a importância de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do então chamado curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala. 

Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler. Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais “devoradas" do que realmente lidas ou estudadas. [...] 

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, tem apenas duas páginas e meia... 

Parece importante, contudo, para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando, sublinhar que a minha crítica à magicização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco responsável de minha parte com relação à necessidade que temos, educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos, de criar uma disciplina intelectual, sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e estudantes. 

Atente para o excerto dado:

Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala.

Se observarmos as prescrições da gramática normativa, é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Esta questão avalia se o candidato conhece os mecanismos de coesão. A coesão textual é um elemento fundamental, pois é por meio dela que os textos ganham harmonia, com as ideias sendo cuidadosamente amarradas para que o todo faça sentido. A partir da utilização de mecanismos linguísticos (pronomes, advérbios, etc.) que garantem a ligação entre as partes, o texto ganha em fluidez.

     

    Após a leitura do texto associado, o enunciado seleciona um fragmento e nos pede para apontarmos qual afirmativa está correta. Analisemos caso a caso:

     

    A) Em “não se constitui" há uma facultatividade na colocação pronominal – estaria igualmente correta a forma “não constitui-se".

     

    Incorreta. Aqui, a coesão é garantida a partir da correta colocação pronominal. Em relação a ela, temos a próclise (pronome antes do verbo), a ênclise (pronome depois do verbo) e a mesóclise (pronome no meio do verbo). Vejamos alguns exemplos:

     

    • Não me diga que o Evandro viajou (próclise);
    • Gostaria de dizer-te algo (ênclise)
    • Dar-te-ei aquela fazenda (mesóclise).

     

    Segundo as regras de colocação gramatical, a próclise é obrigatória em sentenças negativas. Logo, como “não se constitui" é uma sentença negativa, o pronome não pode ser colocado depois do verbo.

     

    B) Em “objeto de que o texto fala", o item lexical “que" é um pronome demonstrativo e retoma, anaforicamente, o sintagma “o objeto".

     

    Incorreta. O pronome “que" até retoma anaforicamente (se refere a algo já dito anteriormente) a palavra “objeto". Porém, o “que" é um pronome relativo e não um pronome demonstrativo. “Isso", “isto", “esta", “este“, “essa", “esse" são alguns exemplos de pronomes demonstrativos.

     

    C) m “por isso, de memorizá-la" há um desvio, pois a preposição “de" atrai o oblíquo e demanda próclise – deveria ser “de a memorizar".

     

    Incorreta. De acordo com as regras gramaticais a ênclise (pronome depois do verbo) é obrigatória em verbos no infinitivo impessoal, como é o caso de “memorizar".

     

    D) Em “Só apreendendo-a" deveria haver próclise, pois o advérbio (palavra que denota exclusão) atrai o oblíquo.

     

    Correta. Segundo as regras gramaticais o advérbio sempre atrai a próclise. Nesse caso, o “só" não é adjetivo, como na frase “Ele está só" (sozinho). Aqui, “só" é sinônimo de “somente", ou seja, é um advérbio de modo.

     



    Gabarito do professor: Letra D.


ID
5390077
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 / Parte 2
A importância do ato de ler2
Paulo Freire

Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa. Não eram, porém, aqueles momentos puros exercícios de que resultasse um simples dar-nos conta de uma página escrita diante de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida. Não eram aqueles momentos “lições de leitura”, no sentido tradicional desta expressão. Eram momentos em que os textos se ofereciam à nossa inquieta procura, incluindo a do então jovem professor José Pessoa.

Algum tempo depois, como professor também de português, nos meus vinte anos, vivi intensamente a importância de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do então chamado curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala. 

Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler. Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais “devoradas" do que realmente lidas ou estudadas. [...] 

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, tem apenas duas páginas e meia... 

Parece importante, contudo, para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando, sublinhar que a minha crítica à magicização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco responsável de minha parte com relação à necessidade que temos, educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos, de criar uma disciplina intelectual, sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e estudantes. 

Analise o excerto dado e os itens lexicais nele destacados:

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas.

Sobre esse fragmento, é INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Esta questão avalia conhecimentos múltiplos, tais como emprego de pronomes, coesão textual, concordância e interpretação de texto .

    Após a leitura do trecho do texto associado, nossa tarefa é assinalar qual afirmação está incorreta em relação às regras gramaticais.


    É importante ter atenção para evitar que erros sejam cometidos. Dito isto, vejamos as afirmações:


    A) A palavra “outro", pronome indefinido, refere-se ao substantivo “ângulo", com ele concordando em gênero e número.


    A afirmação está correta . No fragmento “outro ângulo" o pronome indefinido “outro", de fato se refere ao substantivo “ângulo" e, de acordo com as regras de concordância nominal, os modificadores do substantivo (artigo, numeral, pronome, adjetivo) concordam em gênero e número com o nome . Como temos de assinalar a alternativa incorreta, devemos descartar a letra A.


    B) O item “mesmo" (e flexões), segundo a gramática normativa, não deve substituir pronome pessoal – o correto seria “Ela, ainda que..."

    A afirmação está correta . O pronome “mesmo" (e suas flexões) é um pronome demonstrativo e jamais deve substituir um pronome pessoal . Como temos de assinalar a alternativa incorreta, devemos descartar a letra B. C) O item lexical “que", nas duas ocorrências destacadas, é pronome relativo e retoma o termo “visão".

    Esta é a afirmação incorreta e, sendo assim, a resposta da questão . Na primeira ocorrência (“Visão que urge se superada") o “que" é pronome relativo. Já no segundo caso (“ainda que encarnada"), o “que" integra a conjunção concessiva “ainda que ", não sendo, portanto, um pronome relativo.

    D) O pronome possessivo “seu" concorda com o substantivo a que antecede, porém retoma outro pronome, “quem", sujeito do verbo “escrever ".


    A afirmação está correta . No trecho do texto associado, o pronome possessivo “seu" (masculino) concorda com o substantivo “trabalho" (masculino). Porém, ele retoma “quem", que exerce a função de sujeito do verbo “escrever" . Como temos de assinalar a alternativa incorreta, devemos descartar a letra D.

    Gabarito do Professor: Letra C .

ID
5390080
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2 / Parte 2
A importância do ato de ler2
Paulo Freire

Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa. Não eram, porém, aqueles momentos puros exercícios de que resultasse um simples dar-nos conta de uma página escrita diante de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida. Não eram aqueles momentos “lições de leitura”, no sentido tradicional desta expressão. Eram momentos em que os textos se ofereciam à nossa inquieta procura, incluindo a do então jovem professor José Pessoa.

Algum tempo depois, como professor também de português, nos meus vinte anos, vivi intensamente a importância de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do então chamado curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala. 

Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler. Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais “devoradas" do que realmente lidas ou estudadas. [...] 

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, tem apenas duas páginas e meia... 

Parece importante, contudo, para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando, sublinhar que a minha crítica à magicização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco responsável de minha parte com relação à necessidade que temos, educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos, de criar uma disciplina intelectual, sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e estudantes. 

Observe o fragmento destacado e as assertivas feitas sobre ele:

Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa.

Assim como os verbos transitivos demandam complementos, há os substantivos (abstratos) que demandam complementos (termos simples ou orações). Observe as afirmações feitas e verifique essas relações no excerto sob análise:

I. O substantivo “compreensão” tem como complemento nominal o sintagma “da importância do ato de ler”.
II. O substantivo “esforço” tem por complemento “de reler momentos fundamentais de experiências”.
III. O substantivo “percepção” é complementado pelo constituinte “dos textos que lia em classe”.
IV. O substantivo “colaboração” tem por complemento o sintagma “até hoje recordada”.

Verifica-se que estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas

ID
5390083
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3 


O educador espanhol Jorge Larrosa Bondia, em ensaio nomeado “Notas sobre a experiência e o saber da experiência”3 discute a falta de oportunidades, contemporaneamente, para que as pessoas tenham experiências significativas. Segue um excerto desse ensaio, em que Larrosa Bondia fala sobre a natureza humana e sobre o que seria, efetivamente, uma experiência:


“As palavras determinam nosso pensamento porque não pensamos com pensamentos, mas com palavras, não pensamos a partir de uma suposta genialidade ou inteligência, mas a partir de nossas palavras. E pensar não é somente “raciocinar” ou “calcular” ou “argumentar”, como nos tem sido ensinado algumas vezes, mas é sobretudo dar sentido ao que somos e ao que nos acontece. E isto, o sentido ou o sem-sentido, é algo que tem a ver com as palavras. E, portanto, também tem a ver com as palavras o modo como nos colocamos diante de nós mesmos, diante dos outros e diante do mundo em que vivemos. E o modo como agimos em relação a tudo isso. Todo mundo sabe que Aristóteles definiu o homem como zôon lógon échon. A tradução desta expressão, porém, é muito mais “vivente dotado de palavra” do que “animal dotado de razão” ou “animal racional”. Se há uma tradução que realmente trai, no pior sentido da palavra, é justamente essa de traduzir logos por ratio. E a transformação de zôon, vivente, em animal. O homem é um vivente com palavra. E isto não significa que o homem tenha a palavra ou a linguagem como uma coisa, ou uma faculdade, ou uma ferramenta, mas que o homem é palavra, que o homem é enquanto palavra, que todo humano tem a ver com a palavra, se dá em palavra, está tecido de palavras, que o modo de viver próprio desse vivente, que é o homem, se dá na palavra e como palavra. (BONDIA, 2002, p. 21). 


3BONDIA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro , n. 19, p. 20-28, Abr. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 24782002000100003&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 30 abr.2021.

Conforme a argumentação do educador espanhol, é CORRETO afirmar:

Alternativas

ID
5390086
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3 


O educador espanhol Jorge Larrosa Bondia, em ensaio nomeado “Notas sobre a experiência e o saber da experiência”3 discute a falta de oportunidades, contemporaneamente, para que as pessoas tenham experiências significativas. Segue um excerto desse ensaio, em que Larrosa Bondia fala sobre a natureza humana e sobre o que seria, efetivamente, uma experiência:


“As palavras determinam nosso pensamento porque não pensamos com pensamentos, mas com palavras, não pensamos a partir de uma suposta genialidade ou inteligência, mas a partir de nossas palavras. E pensar não é somente “raciocinar” ou “calcular” ou “argumentar”, como nos tem sido ensinado algumas vezes, mas é sobretudo dar sentido ao que somos e ao que nos acontece. E isto, o sentido ou o sem-sentido, é algo que tem a ver com as palavras. E, portanto, também tem a ver com as palavras o modo como nos colocamos diante de nós mesmos, diante dos outros e diante do mundo em que vivemos. E o modo como agimos em relação a tudo isso. Todo mundo sabe que Aristóteles definiu o homem como zôon lógon échon. A tradução desta expressão, porém, é muito mais “vivente dotado de palavra” do que “animal dotado de razão” ou “animal racional”. Se há uma tradução que realmente trai, no pior sentido da palavra, é justamente essa de traduzir logos por ratio. E a transformação de zôon, vivente, em animal. O homem é um vivente com palavra. E isto não significa que o homem tenha a palavra ou a linguagem como uma coisa, ou uma faculdade, ou uma ferramenta, mas que o homem é palavra, que o homem é enquanto palavra, que todo humano tem a ver com a palavra, se dá em palavra, está tecido de palavras, que o modo de viver próprio desse vivente, que é o homem, se dá na palavra e como palavra. (BONDIA, 2002, p. 21). 


3BONDIA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro , n. 19, p. 20-28, Abr. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 24782002000100003&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 30 abr.2021.

Larrosa salienta que Aristóteles definiu o homem como zôon lógon échon – esses são radicais gregos, que, ao lado de um grande número de prefixos e radicais latinos, também estão presentes em um conjunto de itens lexicais da língua portuguesa – em especial, figuram no jargão da Medicina.

Atente para as opções e assinale a afirmativa INCORRETA:

Alternativas

ID
5390092
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Mendel não sabia sobre as características moleculares do material genético, mas, com seus experimentos sobre hereditariedade em ervilhas, ele revela a segregação independente de fatores hereditários, além do estabelecimento dos conceitos de dominância e recessividade, confirmadas com a definição de genes alelos, de cromossomos homólogos e gametogênese de organismos diploides. A herança ligada ao sexo foi um aspecto não observado por Mendel em seus estudos com as ervilhas, mas hoje sabemos que pode haver diferentes conjuntos de alelos entre cromossomos parcialmente homólogos e estruturalmente diferentes, como os cromossomos X e Y de mamíferos.

Com base nas informações acima e em outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • não entendi em qual ponto a letra B está incorreta, tendo em vista a definição no site infoescola:

    A autofecundação produz linhagens puras, priorizando as características que se pretende evidenciar. Linhagens puras são organismos que tenderão sempre a apresentar as mesmas características após a autofecundação, isto é, as características não irão variar ao longo das gerações.

    fonte: https://www.infoescola.com/biologia/autofecundacao/


ID
5390098
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

As atuais taxas de crescimento demográfico humano atrelada ao aumento da exploração de recursos naturais, ao aumento na produção industrial e agrícola, ao padrão de consumo e à má destinação dos descartes têm representado uma enorme pressão sobre a capacidade de suporte da Terra, afetando aspectos físicos, químicos e biológicos de ecossistemas, que se somam produzindo alterações globais.

A este respeito, é INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • AA degradação de ecossistemas naturais, como a floresta amazônica, representa não apenas risco de extinção de várias espécies, podendo também afetar o clima e o regime de chuvas.- as árvores e seu processo de evapotranspiração tem relação com massas de ar que levam umidade para diversos locais e com o desmatamento esse processo é reduzido, geralmente levando massas mais secas.

    BO aumento das temperaturas médias globais nas últimas décadas representa não apenas risco de alterações atmosféricas, mas também marinhas, e pode acarretar extinção de várias espécies.- tem relação com a subida do nível do mar, algumas cidades ja estão sob o risco de serem engolidas pelo mar.

    CO uso excessivo de defensivos agrícolas e a má destinação de rejeitos humanos e industriais podem afetar a qualidade da água de lençóis freáticos e aquíferos.- sim, algumas massas d'água encontram-se poluídas por conta da eutrofização

    DO efeito estufa, pela presença de CO2 na atmosfera, provoca aumento do buraco na camada de ozônio, e não tem qualquer efeito benéfico para a manutenção da vida na superfície terrestre. - o que aumenta o "buraco" da camada é o lançamento de gases CFC's e outros, que clivam a molécula de O3 gerando O2 e deixando um radical livre. O efeito estufa é um fenômeno natural, mas por conta das ações humanas como a pecuária extensiva, desmatamento, queimadas se tornou nocivo, pq aumenta a temperatura do globo.


ID
5390104
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

A pandemia de Covid-19 invadiu todas as mídias, mostrando a evolução e os desdobramentos da epidemia no Brasil e em outros países, com acompanhamentos epidemiológicos, análises e esclarecimentos feitos por cientistas e profissionais da saúde, falando também da produção e do uso de diferentes vacinas e estratégias vacinais e suas diferentes efetividades profiláticas. Muitas dessas informações objetivavam, e ainda objetivam, contribuir para a aquisição de conhecimentos e mudanças comportamentais necessários para o controle da Pandemia.

Explorando informações veiculadas pelos órgãos de comunicação, com base nos conhecimentos científicos atuais, é INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Mas o Item D não está errado ? o corpo na verdade produz ANTICORPOS com os antígenos presentes na vacina

  • A (B) está errada porque empreende uma visão lamarckista da seleção natural.

  • gab B

    ache a resposta que mais extrapola

  • Nunca ouvi falar que o organismo produz antígenos e sim ANTICORPOS.


ID
5390110
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Define-se como RELAÇÕES ECOLÓGICAS as interações que acontecem entre os seres vivos de uma mesma espécie (intraespecíficas) ou entre indivíduos de espécies diferentes (interespecíficas) em uma comunidade. Com base nos efeitos que os organismos têm uns sobre o outros, são também classificadas como harmônicas ou desarmônicas.

Todas as interações descritas abaixo estão corretamente classificadas e justificadas, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • A Amensalismo é uma relação interespecífica desarmônica que ocorre quando um organismo libera substâncias tóxicas que inibem o crescimento ou a reprodução de outros organismos.- CORRETA

    • O amensalismo (+,-) ocorre tbm c a penicilina, fungo contra bactéria ecom os os eucaliptos a chamada alelopatia

    B Canibalismo ou predatismo são interações desarmônicas que ocorrem apenas entre espécies diferentes e a competição, também desarmônica, é sempre intraespecífica.

    • canibalismo ocorre tbm dentro da mesma espécie, a exemplo da aranha viúva negra que se alimenta do macho após a cópula
    • competição pode ser intra ou inter

    C Com benefícios mútuos, portanto harmônicas, são intraespecíficas as sociedades de alguns grupos de insetos, como as abelhas.- correta

    • relações intraespecíficas harmônicas: sociedade e e colônia

    D O comensalismo se dá entre Indivíduos de espécies diferentes e é considerado harmônica, pois apenas um deles é beneficiado com a interação, mas sem causar prejuízo ao outro.- correto

    • comensalismo é +,0
    • rêmora e o tubarão, o peixinho come os restos alimentares
    • mas, o comensalismo ñ é só relacionado a restos alimentares, pode ser em relação a fecundação cruzada, relação que foi até cobrada na prova do ENEM.

ID
5390164
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Física

Certo laboratório enviou 108 encomendas para as farmácias A, B e C. Sabe-se que o número de encomendas enviadas para a farmácia B foi o dobro do total de encomendas enviadas para as duas outras farmácias. Além disso, para a farmácia C foram despachadas três encomendas a mais que a metade da quantidade despachada para a farmácia A.

Com base nessas informações, é CORRETO afirmar que o total de encomendas enviadas para as farmácias B e C foi

Alternativas

ID
5390170
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Física

Pequenas caixas cúbicas, cada uma contendo quatro ampolas de certa vacina, devem ser acondicionadas em uma caixa de isopor com o formato de um paralelepípedo retângulo de medidas internas 18 cm, 24 cm e 60 cm. Se as caixas com as ampolas devem preencher completamente a caixa de isopor, é CORRETO afirmar que o menor número de ampolas acondicionadas em cada caixa de isopor é igual a

Alternativas
Comentários
  • mdc (18,24,60) = 2×3=6; 24÷6=4; 60÷6=10; 18÷6=3; 4×10×3=120 caixas; 120 × 4 ampolas/caixa = 480 ampolas

ID
5390176
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Física

As instruções de uso de um cilindro de oxigênio indicam que, a cada hora de uso, são consumidos 10% do volume que ainda resta no cilindro. Para que o volume de oxigênio seja reduzido a 30% de seu volume inicial, é necessário que transcorram, aproximadamente,
(Use log 3 = 0,48)

Alternativas
Comentários
  • Alguém para ajudar ?

  • Trate-se de uma PG de razão = 0,9 pq a cada hora o volume é reduzido em 10%

    Volume final q o enunciado quer é de 30% ou seja 0,3

    Substituindo na formula da PG fica:

    0,3 = 0,9^t

    Aplicando o logaritmo:

    log_0,9(0,3) = t (lê-se log de 0,3 na base 0,9)

    aplicando as propriedades de logaritmos:

    log (0,3) / log (0,9) = t (propriedade de mudança de base)

    [log (3) - log (10)] / [log (3^2) - log (10)] = t (propriedade do quociente)

    [0,48 - 1] / 2 * 0,48 - 1] = t

    -0,52 / -0,04 =t

    t = 13h

    Alternativa A


ID
5390179
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

READ THE FOLLOWING TEXT AND CHOOSE THE OPTION WHICH BEST COMPLETES EACH QUESTION ACCORDING TO THE TEXT: 

Why do we buy into the 'cult' of overwork?


By Bryan Lufkin, 9th May 2021


Although many of us associate overly ambitious workaholism with the 1980s and the finance industry, the tendency to devote ourselves to work and glamourize long-hours culture remains as pervasive as ever. In fact, it is expanding into more sectors and professions, in slightly different packaging. Overwork isn't a phenomenon exclusive to Silicon Valley or Wall Street. People work long hours all over the world, for many different reasons.  


In Japan, a culture of overwork can be traced back to the 1950s, when the government pushed hard for the country to be rebuilt quickly after World War Two. In Arab League countries, burnout is high among medical professionals, possibly because its 22 members are developing nations with overburdened healthcare systems, studies suggest. Reasons for overwork also depend on industry. Some of the earliest researchers on burnout in the 1970s asserted that many people in jobs geared toward helping others, like employees in clinics or crisis-intervention centers, tended to work long hours that led to emotional and physical exhaustion – a trend which is shown up in the pandemic, too. But millions of us overwork because somehow, we think it’s exciting – a status symbol that puts us on the path to success, whether we define that by wealth or an Instagram post that makes it seem like we're living a dream life with a dream job. Romanticization of work seems to be an especially common practice among "knowledge workers" in the middle and upper classes. In 2014, the New Yorker called this devotion to overwork "a cult". 


According to Anat Lechner, clinical associate professor of management at New York University. "We glorify the lifestyle, and the lifestyle is: you breathe something, you sleep with something, you wake up and work on it all day long, then you go to sleep. Again, and again and again."

Adapted from: Home - BBC Worklife

What does the text imply about this tendency we have to devote ourselves to work and romanticize long-hours culture?

Alternativas
Comentários
  • What does the text imply about this tendency we have to devote ourselves to work and romanticize long-hours culture?( O que o texto sugere sobre essa tendência de nos dedicarmos ao trabalho e romantizar a cultura das longas horas?)

    a) That is common particularly in Silicon Valley or Wall Street. ( Isso é comum principalmente no Vale do Silício ou em Wall Street.)

    Errada, ele fala que é comum por todo mundo

    b) That it is being questioned all over the world(Que está sendo questionado em todo o mundo)

    Errada, já está se espalhando

    c) That it is decreasing gradually in many countries(Que está diminuindo gradualmente em muitos países)

    Errada, na verdade tá aumentando em muitos países

    d) That it is still widespread in several parts of the world ( Que ainda é difundido em várias partes do mundo)

    Correta

    @maurofilho87


ID
5390182
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

READ THE FOLLOWING TEXT AND CHOOSE THE OPTION WHICH BEST COMPLETES EACH QUESTION ACCORDING TO THE TEXT: 

Why do we buy into the 'cult' of overwork?


By Bryan Lufkin, 9th May 2021


Although many of us associate overly ambitious workaholism with the 1980s and the finance industry, the tendency to devote ourselves to work and glamourize long-hours culture remains as pervasive as ever. In fact, it is expanding into more sectors and professions, in slightly different packaging. Overwork isn't a phenomenon exclusive to Silicon Valley or Wall Street. People work long hours all over the world, for many different reasons.  


In Japan, a culture of overwork can be traced back to the 1950s, when the government pushed hard for the country to be rebuilt quickly after World War Two. In Arab League countries, burnout is high among medical professionals, possibly because its 22 members are developing nations with overburdened healthcare systems, studies suggest. Reasons for overwork also depend on industry. Some of the earliest researchers on burnout in the 1970s asserted that many people in jobs geared toward helping others, like employees in clinics or crisis-intervention centers, tended to work long hours that led to emotional and physical exhaustion – a trend which is shown up in the pandemic, too. But millions of us overwork because somehow, we think it’s exciting – a status symbol that puts us on the path to success, whether we define that by wealth or an Instagram post that makes it seem like we're living a dream life with a dream job. Romanticization of work seems to be an especially common practice among "knowledge workers" in the middle and upper classes. In 2014, the New Yorker called this devotion to overwork "a cult". 


According to Anat Lechner, clinical associate professor of management at New York University. "We glorify the lifestyle, and the lifestyle is: you breathe something, you sleep with something, you wake up and work on it all day long, then you go to sleep. Again, and again and again."

Adapted from: Home - BBC Worklife

What does the word “for” in “for many different reasonsindicate?

Alternativas
Comentários
  • for many different reasons ---> Por muitas diferentes razões

    B) Cause

    Letra B, porque seria a mesma coisa que eu dizer Por causa de diferentes razões

    @maurofilho87


ID
5390185
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

READ THE FOLLOWING TEXT AND CHOOSE THE OPTION WHICH BEST COMPLETES EACH QUESTION ACCORDING TO THE TEXT: 

Why do we buy into the 'cult' of overwork?


By Bryan Lufkin, 9th May 2021


Although many of us associate overly ambitious workaholism with the 1980s and the finance industry, the tendency to devote ourselves to work and glamourize long-hours culture remains as pervasive as ever. In fact, it is expanding into more sectors and professions, in slightly different packaging. Overwork isn't a phenomenon exclusive to Silicon Valley or Wall Street. People work long hours all over the world, for many different reasons.  


In Japan, a culture of overwork can be traced back to the 1950s, when the government pushed hard for the country to be rebuilt quickly after World War Two. In Arab League countries, burnout is high among medical professionals, possibly because its 22 members are developing nations with overburdened healthcare systems, studies suggest. Reasons for overwork also depend on industry. Some of the earliest researchers on burnout in the 1970s asserted that many people in jobs geared toward helping others, like employees in clinics or crisis-intervention centers, tended to work long hours that led to emotional and physical exhaustion – a trend which is shown up in the pandemic, too. But millions of us overwork because somehow, we think it’s exciting – a status symbol that puts us on the path to success, whether we define that by wealth or an Instagram post that makes it seem like we're living a dream life with a dream job. Romanticization of work seems to be an especially common practice among "knowledge workers" in the middle and upper classes. In 2014, the New Yorker called this devotion to overwork "a cult". 


According to Anat Lechner, clinical associate professor of management at New York University. "We glorify the lifestyle, and the lifestyle is: you breathe something, you sleep with something, you wake up and work on it all day long, then you go to sleep. Again, and again and again."

Adapted from: Home - BBC Worklife

The word “can” in “a culture of overwork can be traced back to the 1950sconveys an idea of

Alternativas
Comentários
  • Lembrando que o Can pode indicar: Permissão, Habilidade, Capacidade ou Possibilidade

    OBS: Sabendo disso cai fora A e B

    • Concluímos que só pode ser letra D, pois perceba na tradução "In Japan, a culture of overwork can be traced back to the 1950s," ( No Japão, uma cultura de excesso de trabalho pode ser rastreada até a década de 1950,)

    OBS: Não dá ideia de permissão, com isso concluímos que se trata da letra D

    @maurofilho87


ID
5390188
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

READ THE FOLLOWING TEXT AND CHOOSE THE OPTION WHICH BEST COMPLETES EACH QUESTION ACCORDING TO THE TEXT: 

Why do we buy into the 'cult' of overwork?


By Bryan Lufkin, 9th May 2021


Although many of us associate overly ambitious workaholism with the 1980s and the finance industry, the tendency to devote ourselves to work and glamourize long-hours culture remains as pervasive as ever. In fact, it is expanding into more sectors and professions, in slightly different packaging. Overwork isn't a phenomenon exclusive to Silicon Valley or Wall Street. People work long hours all over the world, for many different reasons.  


In Japan, a culture of overwork can be traced back to the 1950s, when the government pushed hard for the country to be rebuilt quickly after World War Two. In Arab League countries, burnout is high among medical professionals, possibly because its 22 members are developing nations with overburdened healthcare systems, studies suggest. Reasons for overwork also depend on industry. Some of the earliest researchers on burnout in the 1970s asserted that many people in jobs geared toward helping others, like employees in clinics or crisis-intervention centers, tended to work long hours that led to emotional and physical exhaustion – a trend which is shown up in the pandemic, too. But millions of us overwork because somehow, we think it’s exciting – a status symbol that puts us on the path to success, whether we define that by wealth or an Instagram post that makes it seem like we're living a dream life with a dream job. Romanticization of work seems to be an especially common practice among "knowledge workers" in the middle and upper classes. In 2014, the New Yorker called this devotion to overwork "a cult". 


According to Anat Lechner, clinical associate professor of management at New York University. "We glorify the lifestyle, and the lifestyle is: you breathe something, you sleep with something, you wake up and work on it all day long, then you go to sleep. Again, and again and again."

Adapted from: Home - BBC Worklife

The word which in “which is shown up in the pandemic toorefers to

Alternativas
Comentários
  • which is shown up in the pandemic too(que também aparece na pandemia)

    Se pergunte quem também aparece na pandemia automaticamente você irá responder physical exhaustion(exaustão física), com isso gab D

    @maurofiho87


ID
5390191
Banca
PUC-MINAS
Órgão
PUC-MINAS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

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Why do we buy into the 'cult' of overwork?


By Bryan Lufkin, 9th May 2021


Although many of us associate overly ambitious workaholism with the 1980s and the finance industry, the tendency to devote ourselves to work and glamourize long-hours culture remains as pervasive as ever. In fact, it is expanding into more sectors and professions, in slightly different packaging. Overwork isn't a phenomenon exclusive to Silicon Valley or Wall Street. People work long hours all over the world, for many different reasons.  


In Japan, a culture of overwork can be traced back to the 1950s, when the government pushed hard for the country to be rebuilt quickly after World War Two. In Arab League countries, burnout is high among medical professionals, possibly because its 22 members are developing nations with overburdened healthcare systems, studies suggest. Reasons for overwork also depend on industry. Some of the earliest researchers on burnout in the 1970s asserted that many people in jobs geared toward helping others, like employees in clinics or crisis-intervention centers, tended to work long hours that led to emotional and physical exhaustion – a trend which is shown up in the pandemic, too. But millions of us overwork because somehow, we think it’s exciting – a status symbol that puts us on the path to success, whether we define that by wealth or an Instagram post that makes it seem like we're living a dream life with a dream job. Romanticization of work seems to be an especially common practice among "knowledge workers" in the middle and upper classes. In 2014, the New Yorker called this devotion to overwork "a cult". 


According to Anat Lechner, clinical associate professor of management at New York University. "We glorify the lifestyle, and the lifestyle is: you breathe something, you sleep with something, you wake up and work on it all day long, then you go to sleep. Again, and again and again."

Adapted from: Home - BBC Worklife

Which of the following sentences is CORRECT, according to the text?

Alternativas
Comentários
  • a) Some Instagram posts are extremely important if we want to expand opportunities in our careers.( Algumas postagens no Instagram são extremamente importantes se quisermos expandir as oportunidades em nossas carreiras)

    Errada, ele não fala exatamente isso no instagram

    b) Studies suggest that the culture of burnout has become a status symbol in Japan and in the Arab League.(Estudos sugerem que a cultura do burnout se tornou um símbolo de status no Japão e na Liga Árabe.)

    Errada, nos países de liga árabes se tornou mais comum ele fala entre os médicos " In Arab League countrieburnout is high among medical professionals"

    c) The glamorization of overworking is more frequently observed in the middle and upper classes.(A glamorização do excesso de trabalho é observada com mais frequência nas classes média e alta.)

    Correta, podemos observar isso principalmente quando ele fala dos médicos

    d) This tendency to work long hours started in the 1970s in clinics and crisis-intervention centers.(Essa tendência de trabalhar muitas horas começou na década de 1970 em clínicas e centros de intervenção em crise.)

    Errada, ele fala que começou em 1950

    @maurofilho87