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Questões de Brasil e relações com organismos intercontinentais e globais


ID
31630
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No período pós-Guerra Fria, observa-se crescente ativismo da ONU no tocante às operações de paz. Com relação à participação do Brasil nessas operações, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  •  O Brasil participa de operações de paz desde os anos 1930, sob a égide da Liga das Nações, e, no âmbito da ONU, desde 1957, quando foi enviada a UNEF I, no Sinai e na Faixa de Gaza, ocorrida em função da Guerra de Suez.
    A participação brasileira em operações de paz da ONU pode ser dividida em três fases:
    1. Entre 1957 e 1967: Operações de manutenção de paz “Clássicas” (ou “de primeira geração”), caracterizadas pelo emprego unicamente de forças militares. Destaque para a UNEF I no Sinai e Faixa de Gaza;
    2. Entre 1967 e 1987: Período caracterizado por afastamento brasileiro desse tipo de operação;
    3. De 1989 em diante: Operações de manutenção de paz “multidisciplinares” (ou “de segunda geração”), caracterizadas pelo emprego, além de forças armadas, de outros setores empenhados em reconstruir instituições comprometidas pelo efeito das situações de conflito. Destaque para a UNAVEM III em Angola e a MINUSTAH no Haiti.

  • E o erro do item "b" seria...

  • O erro na B, seria "prevenção de genocídio". Normalmente o Brasil e as outras forças de paz atuaram em países onde efetivamente já ocorreu esta situação.
    Ou seja o Brasil, atualmente não atua no Peace enforcement mas sim, preferencialmente, no Peace Building.
  • Qual seria o erro da C?

  • O erro do item C está em "comando político". A parte "política" da missão costuma ser liderada por representante especial do Secretário-Geral, como de fato ocorreu no caso do Haiti.


ID
31690
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nos últimos anos, a reforma da ONU ganhou lugar de destaque na agenda global, mobilizando esforços diplomáticos de toda a
comunidade internacional. No que concerne a esse processo de reforma, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Com a eleição e a posse do novo Secretário-Geral da ONU, reabriram-se automaticamente as negociações relativas à reforma do Conselho de Segurança, que haviam sido suspensas com o término do mandato de Koffi Annan.

Alternativas
Comentários
  • A reabertura não foi automática.
  • Não haviam sido suspensas, pois Annan pressionou para uma reforma eficiente. Assim, apresentou sua própria proposta, “In Larger Freedom”, dividida em 02 planos

    Plano A defende a criação de seis novos membros permanentes e três novos membros não-permanentes, totalizando 24 membros no Conselho.

    Plano B defende a criação de oito novos membros em uma nova classe de membresia, com mandato de quatro anos e sujeitos à renovação, totalizando 24 membros no Conselho.

    ERRADA


ID
36817
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens seguintes, considerando as posições
assumidas pelo Governo brasileiro em relação ao desarmamento
e à não-proliferação de armas.

Durante o período da Guerra Fria, embora distanciado dos principais focos de tensão e da corrida armamentista, o Brasil prestou importante contribuição, no plano conceitual, à discussão multilateral sobre desarmamento no contexto da Comissão de Desarmamento das Nações Unidas, tendo também atuado ativamente em tal matéria no contexto do Conselho de Segurança, nas ocasiões em que o integrou na condição de membro não-permanente.

Alternativas
Comentários

  • Correto.

    Desde o Comitê de Desarmento das 18 Nações (1962-1968) o Brasil tem realizado grandes contriubições.

    A questão foi formulada especialmente no âmbito da nomeação do diplomata brasileiro Sérgio de Queiroz Duarte para Alto Representante do Secretário-Geral das Nações Unidas para Desarmamento em 2007

    Fonte:
    http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/2007/02/nomeacao-do-embaixador-sergio-de-queiroz-duarte
  • Gabarito: CERTO

    "Durante o período da Guerra Fria, embora distanciado dos principais focos de tensão e da corrida armamentista, o Brasil prestou importante contribuição, no plano conceitual, à discussão multilateral sobre desarmamento no contexto da Comissão de Desarmamento das Nações Unidas..." pode ser citado, como exemplo, o discurso dos 3Ds proferido pelo chanceler brasileiro, Araújo Castro, na abertura da Assembleia Geral da ONU, em 1963.


ID
83740
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É a partir de 1968 (II U n c t ad ) q u e o Brasil passou a expressar
apoio mais denso aos foros multilaterais, movido pela convicção
de ser essa atitude o " meio de neutralizar ou reduzir o
considerável p o d er de coerção das superpotências e grandes
poderes nas relações i n t ernacionais", como assinalou Antonio
Augusto Cançado Trindade. Já para Clodoaldo Bueno, a
continuidade seria o elemento definidor da política multilateral
brasileira, a expressar o reconhecido grau de profissi onalismo do
I t amaraty. Para ele, a diplomacia brasileira teve tradicionalmente
na ONU uma participação constante e cooperativa, fazendo do
tema do desenvolvimento uma de suas preocupações cen trais.
A par t i r dessas informações, julgue os itens que se seguem,
relativos à inserção internacional do Brasil.

A criação da Comunidade dos P aíses de Língua Portuguesa, que contou com ativa participação d o Brasil, ocorreu em um co n t exto histórico amplamente favorável. Com efeito, é na décad a d e 90 do século XX que a política brasileira para a África mais se robustece, com o sensível incremento das relações comerciais, diplomáticas e estratégicas en t r e o Brasil e os Estados africanos.

Alternativas
Comentários
  • Esta questão está errada porque a política externa brasileira para a África MAIS SE ROBUSTECE no Governo Lula, ou seja, só a partir 2003.
  • A chamada “política africana” que marcou as relações exteriores do Brasil na década de 70 deram lugar ao distanciamento Brasil-África dos anos 80 e 90, o qual teve início com a crise dos anos 80 e a concomitante reformulação da postura econômico-comercial brasileira em que se privilegiou o contato com os países do norte.


    Aproximações pontuais como no caso da criação da CPLP não retiram o caráter de distanciamento nas relações deste período.


    Apenas ao fim do governo Cardoso é que se evidencia um processo de reaproximação para com a África – processo intensificado na gestão Lula da Silva.

  • Não dá para afirmar, como fez o colega acima, que o erro está em "mais se robustece" por conta da maior aproximação do Governo Lula, já que esta questão é de 2004. Mas é claro que, na década de 90, o Brasil focava nas relações com as potências hegemônicas, tanto que Amado Cervo enquadra esse período no paradigma do  "Estado Normal".
  • A afirmação "mais se robustece" é desmentida pela política externa brasileira praticada nos anos 1970, quando houve, sim, uma política externa vigorosa para o continente africano. Nos anos 1980 e 1990, como dito pelos colegas, houve um distanciamento, principalmente nas administrações Collor e FHC. Portanto, para responder à questão não é necessário incluir o primeiro ano do governo Lula.
  • Batata podre: "é na década de 90 do século XX que a política brasileira para a África mais se robustece"
  • ERRADO.

    É justamente nos anos da década de 1990 há um retrocesso evolutivo na relação com a África.

    As exportações brasileiras para os países da África subsaariana pouco cresceram na década de 1990, tendo passado de US$ +1,01 bilhão em 1990, para US$ +1,33 bilhão em 1999. Em 1983, por exemplo, o comércio foi de US$ +3 bilhões.

    A exportação (dados de 1989 em diante) brasileira foi crescente até 2008 (+10,16bi) , em 2009 , por conta da crise econômica mundial reduziu para +8,62bi. Em 2011 alcançou +12.24bi e 2012 leve redução para +12.21bi.

    Atenção, resultado da Balança Comercial é deficitário desde 1996 (exceto pelo ano de 2009). Atualmente, até junho deste ano (2013) está em - 2,61bi podendo ultrapassar o recorde do déficit de 2009 que alcançou - 5,59 bi.

    FONTE: MDIC
  • Só para complementar a excelente resposta do Atualidades Revisão, um dos grandes fatores para a balança comercial ser deficitária é a importação de petróleo.
  • Parei de ler no "amplamente favorável"


ID
83746
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É a partir de 1968 (II U n c t ad ) q u e o Brasil passou a expressar
apoio mais denso aos foros multilaterais, movido pela convicção
de ser essa atitude o " meio de neutralizar ou reduzir o
considerável p o d er de coerção das superpotências e grandes
poderes nas relações i n t ernacionais", como assinalou Antonio
Augusto Cançado Trindade. Já para Clodoaldo Bueno, a
continuidade seria o elemento definidor da política multilateral
brasileira, a expressar o reconhecido grau de profissi onalismo do
I t amaraty. Para ele, a diplomacia brasileira teve tradicionalmente
na ONU uma participação constante e cooperativa, fazendo do
tema do desenvolvimento uma de suas preocupações cen trais.
A par t i r dessas informações, julgue os itens que se seguem,
relativos à inserção internacional do Brasil.

Retraída no combate às práticas protecionistas dos países e blocos economicamente mais fortes, a atuação brasileira na OMC é dura na oposição às medidas unilaterais. Já no âmbito da ONU, defende um Conselho de Segurança mais democrático, embora ainda não demonstre desconforto quanto à forma pela qual ele foi organizado, quando da criação das Nações Unidas, refletindo a realp o litik do sistema bipolar.

Alternativas
Comentários
  • Importante lembrar também que o Brasil não tem também uma posiçao retraída diante do combate ao protecionismo no âmbito da OMC. O Brasil, relativamente a sua participação no mercado global, é um dos países que mais utiliza o Órgão de Solução de Controvérsias da OMC para combater subsídios ilegais, políticas anti-dumpings e outros mecanismos que ferem a política do "fair trade".
  • Entendi que a questão tem uma casca de banana quando informa que

    "Já no âmbito da ONU, defende um Conselho de Segurança mais democrático, embora ainda não demonstre desconforto quanto à forma pela qual ele foi organizado, quando da criação das Nações Unidas, refletindo a realpolitik do sistema bipolar."

    A ONU não foi organizada refletindo a realpolitik do sistema bipolar.


ID
86821
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em contraste com a crise do multilateralismo dos anos 80,
a última década do século XX constituiu um período de intensa
mobilização dos foros diplomáticos parlamentares, fosse para
enfrentar ameaças iminentes e localizadas à paz, fosse para
apontar soluções para problemas de longo prazo que se vinham
agravando no mundo desde o início da Idade Moderna. Uma das
vertentes dessa mobilização, de escopo amplo e caráter
não-imediatista, foi impulsionado pelo fortalecimento das
sociedades civis e produziu uma série de grandes conferências
sob os auspícios da Organização das Nações Unidas (ONU) no
campo social. Com características inéditas, essas conferências
multilaterais legitimaram a presença na agenda internacional dos
temas globais, antes reputadas matérias da alçada exclusiva das
jurisdições nacionais.

Em 1990, os temas globais ainda eram chamados de novos
temas na agenda internacional. A expressão se aplicava a algumas
questões que não eram novas, mas vinham recebendo atenção
renovada desde o início da distensão Leste-Oeste, na segunda
metade dos anos 80, como o controle de armamentos, o
narcotráfico, o meio ambiente e os direitos humanos. Envolvia,
por outro lado, assuntos de definição imprecisa, como a
democracia e o terrorismo, ou de natureza polêmica, como a
prestação de auxílio humanitário externo às vítimas de conflitos
civis contra a vontade do governo dominante.

José Augusto Lindgren Alves. Relações Internacionais e temas sociais: a
década das conferências. Brasília: IBRI, 2001, p. 31 e 43 (com adaptações).

Tendo como referência inicial o texto anterior, de José Augusto
Lindgren Alves, e levando em conta as novas configurações do
cenário mundial, julgue os itens que se seguem.

Em aparente rota de colisão com a Carta de 1988, reconhecidamente voltada para a defesa dos direitos e das garantias individuais e coletivas, o Estado brasileiro tomou duas atitudes que foram alvo de protestos no país e no exterior. A primeira, menos de um ano após a promulgação da nova Constituição, foi não reconhecer a jurisdição da Corte Interamericana de Direitos Humanos relativamente a atos praticados por brasileiros. A segunda, mais recente, foi a extinção da Secretaria de Estado de Direitos Humanos.

Alternativas
Comentários
  • Isto ta muito desatualizado, mas deve ter acontecido mesmo, mas não recentemente.
  • Olá, pessoal!

    O gabarito foi corrigido para "E"

    Bons estudos!
  • Incorreta.
    Brasil ratificou a Convenção Interamericana de Direitos Humanos em 1992 e reconheceu a competência da Corte Interamericana em 1998   A Secretaria de Estado de Direitos Humanos foi criada em 1977 dentro do Ministério da Justiça, foi alçada ao status de ministério em 2003. Em 2010 recebeu o nome de: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR)

ID
86836
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A adesão da China à Organização Mundial do Comércio
(OMC) em 2001 consolida a crescente abertura do país de maior
população do mundo. Tal fato foi marcado por vários anos de
difíceis negociações com os principais parceiros internacionais,
EUA e União Européia, com os quais teve que concluir prévios
acordos sobre as modalidades concretas da mútua abertura das
economias. Foi celebrada, portanto, mesmo que de maneira
superficial, como uma forma de triunfo final da economia de
mercado. Os pragmáticos chineses parecem nutrir a idéia básica
que permitiu no passado os êxitos do Japão e dos tigres asiáticos:
integrar-se ao mundo ainda dominado pelo Ocidente de maneira
dinâmica, mas prudente, negociada e não imposta, sem deixar-se
dominar.

Viktor Sukup. A China frente à globalização: desafios e oportunidades. In: Revista
Brasileira de Política Internacional. Brasília, ano 45, n.o 2, 2002, p. 82 (com adaptações).

Julgue os itens subseqüentes, com relação ao tema focalizado no
texto acima.

O Brasil teve destacada atuação na última grande reunião da OMC, realizada em Cancún, no México. Para muitos, ao chegar ao fim de seus trabalhos, tendo cumprido a extensa agenda previamente acertada, a reunião de Cancún, em vez de ter sido o fracasso que alguns apregoaram, foi plenamente proveitosa por ter levado às últimas conseqüências o debate em torno dos subsídios agrícolas que os países mais ricos teimam em continuar praticando.

Alternativas
Comentários
  • Questão bem simples, um relativo conhecimento sobre atualidades seria suficiente para respondê-la. Ademais: "...ter levado às últimas conseqüências o debate..." a reunião foi um fracasso...
  • CASCA DE BANANA: "ter levado às últimas consequências o debate"
  • ERRADO.

    Nesta 5ª Ministerial houve grande discussões acerca das áreas-chve tais como; comércio de serviços e subsídios à exportações de produtos agrícolas (PAC da UE). Na ocasião, o Brasil articula o G20 COMERCIAL  que é composto por países periférios que busca a democratização das negociações agrícolas. Agora é um grupo mais robusto contra o denominado QUAD (UE, Japão, EUA, Canadá).

  • "ter levado até as últimas consequências" quase uma chamada de Sessão da Tarde


ID
103006
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca da atual crise econômica internacional, julgue C ou E.

Apesar de discordar da resistência de países ricos em realizar reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e o Banco Mundial, o Brasil comprou títulos emitidos pelo Fundo em 2009.

Alternativas
Comentários
  • Complementando: O Brasil tem apresentado propostas para reformas nos organismos multilaterais, inclusive não podemos esquecer da formação do G4 que demonstra que tais  organizações fundadas no  pós 2º guerra estão anacrônicas.

  • Brasil quitou a dívida com o FMI em 2005.

    Frase emblemática do ex-Presidente Lula que mostrou o grande otimismo brasileiro na época.

    "Você não acha chique emprestar dinheiro ao FMI" ?   http://www.youtube.com/watch?v=mc1bwA7aNac

     A partir de 1:45
  • Questão complicada para responder fora de seu contexto.

    A reforma foi feita em abril de 2010 (a prova é de fevereiro de 2010), portanto não há mais resistência de países ricos em realizá-las. A reforma, no entanto, apenas foi implementada em 2016, após o Congresso americano aprovar, no final de 2015, o rearranjo das cotas do FMI.

     

  • Aos não assinantes,

    GABARITO: CERTO


ID
103018
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito de temas importantes para o Brasil no que se refere a
relações internacionais, julgue C ou E.

O Brasil e outros países em desenvolvimento pleiteiam ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. A esse respeito, há, entre os países, amplo consenso de que os candidatos naturais a representantes da América Latina, África e Ásia são, respectivamente, Brasil, Nigéria, Japão e Índia.

Alternativas
Comentários
  • O G-4 (grupo de países que apresentou uma proposta comum de reforma do CSNU) é composto por: BRASIL, ÍNDIA, JAPÃO e ALEMANHA.

    O projeto de resolução apresentado pelo Grupo à Assembléia Geral da ONU no último dia 11 de julho propõe a expansão do Conselho de Segurança de quinze para 25 membros, com a inclusão de seis novos membros permanentes (dois da África, dois da Ásia, um da América Latina e do Caribe e outro da Europa Ocidental e outros) e quatro não-permanentes (um para a África, um para a Ásia, um para a América Latina e Caribe e um para a Europa Oriental). Os entendimentos mantidos no final de julho com países africanos indicaram que a inclusão de um assento não-permanente adicional, a ser ocupado alternadamente pelas regiões do mundo em desenvolvimento, permitiria alcançar a maioria necessária. A visão básica dos africanos, que fizeram grandes esforços para buscar uma posição regional, apresentava muitos pontos em comum com a proposta do G-4, tornando possível a busca de tal convergência. 

    Fonte: Artigo do Embaixador Celso Amorim, Ministro das Relações Exteriores, publicado na "Revista Política Externa", vol. 14


    * O G-4 foi formado em 2004 e a referida proposta foi apresentada em 2005.
  • Quanto a um possível assento no CSONU destinado a uma nação latino-americana, Argentina e México concorrem com o Brasil.
  • Não há amplo consenso. Muito oelo contrário, na África, por exemplo, Egito e Tunísia já se manifestaram interesse na vaga, assim como a África do Sul. De outro norte, o G4 (Brasil, Índia, Alemanha e Japão) pleiteia a criação de 6 novas vagas, sem contudo adentrar na questão do veto por falta de consenso. Dentro do BRICS também há divergência, tanto pela posição ambígua da China, quanto pela África do Sul que ainda não assumiu de fato seu interesse, temendo divergências os demais candidatos africanos.
  • ERRADA.

    Em relação ao candidato da África, pelo documento Consenso de Ezulwini (União Africana) reivindica ao menos dois assenstos permanentes com direito a veto no CSNU, cujo ocupantes deverão ser escolhidos pela própria UA.

ID
103072
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com base em razões históricas conhecidas, pode-se dizer que o
perfil diplomático brasileiro apresenta características próprias.
Entre essas características, inclui-se

desconfiança precoce dos foros multilaterais, demonstrada pela retirada da Liga das Nações em 1926.

Alternativas
Comentários
  • O Assunto da questão é tratado na "bíblia vermelha" - Amadeu Cervo - Historia da Política Externa - pp 224-225

  • A retirada da LdN se deu por questões políticas do governo de Arthur Bernardes, em flagrante descompasso com a representação brasileira junto ao órgão do embaixador Afrânio de Melo Franco. Arthur pressionou além da medida o órgão por um assento permanente no Conselho - verdadeira obsessão do presidente e de seu chanceler, Félix Pacheco (e que parece continuar sendo objetivo cego do Brasil até os dias de hoje, em especial durante a recente chancelaria de Celso Amorim) -, alegando ser o único representante político das Américas na Liga após a saída dos EUA da organização... após o ingresso da Alemanha na LdN e sua imediata escolha para assento permanente, o Brasil veta o ingresso do país, é ignorado, sai batendo a porta a fim de evitar mais humilhações... contudo, seguiu participando financeiramente e comparecendo a eventos da organização

  • Aos não assinantes,

    GABARITO: ERRADO

  • ERRADO

    O fato do Brasil ter se retirado da Liga das Nações não se deve a uma característica própria nacional relacionada à desconfiança precoce dos foros multilaterais. Ao contrário, o país possui uma forte tradição de aposta no multilateralismo e nas Organizações Internacionais.

    Sobre a saída do Brasil da Liga, vale lembrar que o Brasil foi um dos membros fundadores da Liga em 1919. Como bem observou o Ministro Eugênio Vargas Garcia em seu artigo Retirada do Brasil da Liga das Nações, "as origens da questão remontam à Conferência da Paz de Paris, que levou à assinatura do Tratado de Versalhes. O chefe da delegação brasileira, o então senador pela Paraíba Epitácio Pessoa, participou da comissão encarregada de redigir o texto do Pacto da Liga, aprovado por decisão unânime da Conferência. Com o apoio decisivo do presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, o Brasil foi designado pelo artigo 4 do Pacto como um dos membros não permanentes do Conselho, juntamente com Bélgica, Espanha e Grécia, aos quais deveriam somar-se as principais potências aliadas e associadas (EUA, Grã-Bretanha, França, Itália e Japão) como membros permanentes."

    Como os EUA no final não aderiram à Liga, o Brasil acabou ficando como único representante das Américas na organização, fato este que o motivou a pleitear com o passar dos anos um assento permanente no conselho. Como a colega Renata comentou, o presidente Arthur Bernardes transformou este pleito em meta, apesar da rejeição das potências europeias de ceder à pressão brasileira, considerando outros pleitos de países como Polônia e Espanha.

    Eugênio Vargas Garcia ressalta que os assuntos discutidos na Liga eram de pouco interesse para o Brasil. Mesmo assim, a saída do país da Liga não seria bem vista. Porém a governo brasileiro não parecia estar muito interessado em manter-se como Membro não permanente, especialmente depois do anúncio da assinatura dos acordos de Locarno em 1925, "que buscavam reintegrar a Alemanha no conjunto europeu e, ao mesmo tempo, fortalecer o sistema da Liga das Nações com o ingresso alemão no Conselho como membro permanente".

    Em 1926, comunicando que vetaria a entrada da Alemanha no conselho (um dos problemas vistos na Liga era justamente a necessidade de unanimidade entre os membros permanentes e não permanentes nas decisões do Conselho), a Liga, com seus membros permanentes visivelmente irritados com a obstrução brasileira, buscou eleger novos membros não permanentes e retirar o assento do Brasil naquele ano. Não necessitou, o Brasil solicitou sua saída sob a alegação de que a Liga havia abandonados seus ideais americanos iniciais.

    O tema é bem interessante, e vale a pena ler o artigo citado, que apresenta mais detalhes deste importante episódio de nossa política externa.

  • Errado.

    O Brasil tem apreço pelos foros multilaterais desde o surgimento desses. Exemplo notório é a participação de Rui Barbosa na II Conferência de Haia, em 1907, na qual o Brasil defendeu o principio de igualdade soberana dos Estados. A preferência por entidades multilaterais advém do caráter inclusivo dessas instituições, o que garante representativa extraordinária e, portanto, legitimidade maior às decisões tomadas. Membro fundador da Ligas das Nações, o desligamento do Brasil, em 1926, é exceção na longa tradição multilateralista do Brasil. O arrefecimento da participação nos foros multilaterais, nos anos 1920, está mais vinculado à preferência pela busca de alternativas ao poder dos Estados centrais do que ao menoscabo pelo conceito de multilateralismo;

    fonte : 7000 questões do cespe


ID
226456
Banca
FCC
Órgão
AL-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em 1989, no bojo do reaganismo e do tatcherismo, diversos economistas latino-americanos de perfil liberal, funcionários de agências financeiras internacionais e representantes do governo norte-americano reuniram-se em Washington para avaliar as reformas econômicas em curso na América Latina. As conclusões do encontro, resumidas em dez regras gerais, ficaram conhecidas como Consenso de Washington. Embora tivessem, em princípio, caráter acadêmico, as conclusões do Consenso converteram- se em receituário imposto por agências internacionais para concessão de créditos: os países que quisessem empréstimos do FMI, por exemplo, deveriam adequar suas economias às novas regras.

(Adaptado de João José Negrão. Para conhecer o Neoliberalismo. Publisher Brasil, 1998)

Indique a alternativa que expõe corretamente algumas das regras do Consenso de Washington:

Alternativas
Comentários
  • As dez regras básicas

    * Disciplina fiscal
    * Redução dos gastos públicos
    * Reforma tributária
    * Juros de mercado
    * Câmbio de mercado
    * Abertura comercial
    * Investimento estrangeiro direto, com eliminação de restrições
    * Privatização das estatais
    * Desregulamentação (afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas)
    * Direito à propriedade intelectual
     

  • Comentário Adicional.

    Regras sugeridas exatamente para aumentar o Produto Nacional Bruto de empresas multinacionais com sede em países de desenvolvimento superior.


ID
284260
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A oferta de cooperação internacional desponta, no presente, como
importante vertente da política externa brasileira. Considerando
as prioridades, os objetivos e as ações da cooperação
internacional brasileira, julgue os itens que se seguem.

Considerando sua crescente projeção no contexto internacional, cujo propósito é melhorar os níveis de cooperação com os principais países ofertantes, o Brasil tem aproximado sua política de cooperação aos parâmetros e às diretivas emanadas de instâncias internacionais, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a OCDE.

Alternativas
Comentários
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_para_a_Coopera%C3%A7%C3%A3o_e_Desenvolvimento_Econ%C3%B3mico
  • O BR não faz parte da OCDE, mas participa de praticamente todos os programas da mesma. COmo isto não é cooperar?
    ???

  • Creio que o erro esteja em " cujo propósito é melhorar os níveis de cooperação com os principais países ofertantes" e não na menção à OECD.

  • Alguém saberia dizer, ao certo, qual seria o erro da questão? 

    Também estou na dúvida. Já procurei em tudo que é canto a resposta e não encontro! 

  • A Dezembro de 2012, a OCDE tem 25 estados não-membros com o estatuto de observadores ou participantes de pleno direito nas suas Comissões. Cerca de 50 não-membros participam nos grupos de trabalho, regimes ou programas. A OCDE mantém um dialogo político com o propósito de partilhar as opiniões sobre quais são as melhores práticas a seguir. Entretanto, em 16 de Maio de 2007, o Conselho Ministerial da OCDE decidiu iniciar negociações de adesão do Chile, Estónia, Israel, Rússia e Eslovénia. Nesse mesmo conselho, decidiu-se reforçar a cooperação com o Brasil, a China, a Índia, a Indonésia e a África do Sul.

    FINALMENTE, em 30 de Maio de 2017, o governo do Brasil formalizou a solicitação de entrada na organização. No entanto, o BRASIL ainda não é oficialmente membro da OCDE, pelo menos até a data de hoje, quando escrevo nesse comentário, sexta-feira de carnaval de 2018.

  • Gente, temos que pensar no ano que a questão foi feita, porque houve uma mudança por parte do Brasil com relação a OCDE.

     

    Durante o governo Lula, o Brasil não priorizava a OCDE, pois alegava que isso o afastaria da posição de lider dos países em desenvolvimento. 

    Hoje, temos uma posição diferente. Queremos ser membros da Organização e, com isso,  afastar a ideia de emergente.

     

    ''o Brasil tem aproximado sua política de cooperação aos parâmetros e às diretivas emanadas de instâncias internacionais''

    Erro: colocar a OCDE como uma dessas instâncias. O Brasil não aproximava sua política aos parâmetros da OCDE em 2009, hoje, essa questão estaria certa. 

     

    Espero ter ajudado

  • Questão desatualizada


ID
291829
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A política exterior do Brasil tem características de permanências
e de modificações no tempo. A respeito desse tema, julgue os
itens a seguir.

A reforma das Nações Unidas, uma necessidade conceitual e prática do momento atual, é área de pouco interesse da política externa brasileira.

Alternativas

ID
567550
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens subsequentes, relativos ao papel e à importância das coalizões internacionais no marco da política externa brasileira.

O IBAS é mecanismo privilegiado para o incremento da cooperação sul-sul e para a construção de posições comuns aos três países-membros no que concerne à reforma de organismos internacionais, tais como o Fundo Monetário Internacional e o Conselho de Segurança da ONU.

Alternativas
Comentários
  • ERRADA


    Em síntese, o andamento das atividades pode ser dividido em quatro trilhos:

    I. Coordenação Política (Porém não há coordenação política absoluta na reforma do CSNU, a África do Sul está mais direcionado pela UA no Consenso de Ezulwini)
    II. Cooperação Setorial, por meio de 16 Grupos de Trabalho;
    III. Fundo de Combate à Fome e à Pobreza;
    IV. Iniciativas Gerais de Disseminação do Fórum para além da esfera do Executivo, por meio do envolvimento, por exemplo, de parlamentares, empresários, setores da sociedade civil e formadores de opinião





     

  • fórum privilegiado que dizer fórum exclusivo, portanto o IBAS não o é. O Brasil utiliza outros fóruns para tratar dos temas expostos no enunciado.
  • Além disso, ressalto que a África do Sul não faz parte do G4 para reforma do CS/ONU, já que faz parte da União Africana e volta junta a ela.
  • Acredito que um dos erros da questão está em afirmar que, no IBAS, há construção de posições comuns quanto à reforma do Conselho de Segurança da ONU.

    Como já foi dito aqui, a Africa do Sul está na União Africana, grupo que tem uma proposta diferente da defendida pelo G-4 (no qual estão India e Brasil, além de Alemanha e Japão).

    Proposta do G-4 para a reforma do Conselho de Segurança da ONU: mais 6 países permanentes com poder de veto e mais 4 rotativos. Assim, o órgão teria, no total, 25 membros.
    Os seis permanentes seriam Brasil, India, Alemanha e Japão (ou seja, o G-4) e dois países africanos.
    Cabe ressaltar, no entanto, que os novos permanentes não usariam o poder de veto por quinze anos.

    Proposta da UA para a reforma do Conselho de Segurança da ONU: o órgão passaria a ter 26 membros no total. Defende aumento no número de membros nas duas categorias, sendo que a África teria dois permanentes e cinco não permanentes.
  • Acredito que esta questão está desatualizada. Na Declaração de Tshwane, da V Cúpula do Ibas, realizada em novembro de 2011, os líderes dos países citaram expressamente a necessidade de reforma do Conselho de Segurança da ONU, com expansão tanto dos membros permanentes como dos não-permanentes, com participação ampliada dos países em desenvolvimento. Ora, é evidente que essa declaração reflete a construção de uma posição comum. Na mesma declaração, os países fazem referência às reformas necessárias no FMI. Acho que essa questão é anterior à V Cúpula do Ibas.

  • IBAS (Índia, Brasil e Africa do Sul) ≠ G4 (Brasil, Japão, Alemanha e Índia)

  • Coordenação política

    Desde sua criação, o IBAS consolidou amplo repertório de posições conjuntas em temas como democracia, direitos humanos, inclusão social e desenvolvimento sustentável. Os países do IBAS são atores fundamentais nas discussões sobre a reforma das estruturas de governança global, especialmente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e na discussão sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

    Tirado da pagina do IBAS do Itamaraty

    http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/mecanismos-inter-regionais/3673-forum-de-dialogo-india-brasil-e-africa-do-sul-ibas

  • Fórum Ibas pede reforma do Conselho de Segurança da ONU e do FMI

    Os líderes dos três países defendem a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Indianos, brasileiros e sul-africanos querem ter direito a ocupar um espaço fixo nesses órgãos. Também são contrários às soluções militares para encerrar impasses como o da Líbia, no qual os Estados Unidos e a União Europeia aprovaram a adoção da área de exclusão aérea na região, sob comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

     

    http://www.brasil.gov.br/governo/2011/10/forum-ibas-pede-reforma-do-conselho-de-seguranca-da-onu-e-do-fmi

  • O IBAS é mecanismo privilegiado para o incremento da cooperação sul-sul e para a construção de posições comuns aos três países-membros no que concerne à reforma de organismos internacionais, tais como o Fundo Monetário Internacional e o Conselho de Segurança da ONU.

     

    mecanismo privilegiado (Errado: é um fórum de diálogo. "O Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul (IBAS) congrega as três grandes democracias multiétnicas do mundo em desenvolvimento.")

     

    incremento da cooperação sul-sul (Certo: o IBAS é uma forma de cooperação entre os 3 países do hemisfério sul (também conhecida como cooperação horizontal) e é bem complexa. "O IBAS atua em três vertentes: coordenação política, cooperação setorial e cooperação com terceiros países, implementada pelo Fundo IBAS." "O IBAS ganhou o prêmio o prêmio “Parceria Sul-Sul para Aliança Sul-Sul” da PNUD, em 2006, por uma série projetos desenvolvidos em outros países de menor desenvolvimento relativo ou egressos de conflitos.")

     

    à reforma de organismos internacionais, tais como o Fundo Monetário Internacional e o Conselho de Segurança da ONU (Errado: o IBAS não tem posições comuns apenas sobre esses dois temas. "O IBAS consolidou amplo repertório de posições conjuntas em temas como democracia, direitos humanos, inclusão social e desenvolvimento sustentável. Os países do IBAS são atores fundamentais nas discussões sobre a reforma das estruturas de governança global, especialmente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e na discussão sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.")

    ---

    Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/mecanismos-inter-regionais/3673-forum-de-dialogo-india-brasil-e-africa-do-sul-ibas


ID
567574
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando as questões de segurança e sua presença na agenda da política externa brasileira, além de aspectos relacionados ao terrorismo no plano global, julgue (C ou E) os itens a seguir.

A participação brasileira na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, a Estratégia Nacional de Defesa e a criação do Conselho de Defesa Sul-Americano atestam a articulação entre a política externa e a política de defesa alcançada, no Brasil, na última década.

Alternativas
Comentários
  • DECRETO Nº 6.703/2008 - ESTRATÉGIA DE DEFESA NACIONAL

    18.Estimular a integração da América do Sul. 

    Essa integração não somente contribuirá para a defesa do Brasil, como possibilitará fomentar a cooperação militar regional e a integração das bases industriais de defesa. Afastará a sombra de conflitos dentro da região. Com todos os países avança-se rumo à construção da unidade sul-americana. O Conselho de Defesa Sul-Americano, em debate na região, criará mecanismo consultivo que permitirá prevenir conflitos e fomentar a cooperação militar regional e a integração das bases industriais de defesa, sem que dele participe país alheio à região.  

  • Galera que já viu a resposta ou é premium: vamos facilitar a vida dos coleguinhas colocando gabarito nos comentários? 

    GAB: CERTO


ID
567577
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando as questões de segurança e sua presença na agenda da política externa brasileira, além de aspectos relacionados ao terrorismo no plano global, julgue (C ou E) os itens a seguir.

A ênfase atribuída pela diplomacia brasileira ao desarmamento e ao controle de armas no âmbito das Nações Unidas foi atenuada em razão da necessidade de modernização e reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras e do desenvolvimento de tecnologias de uso dual.

Alternativas
Comentários
  • Alguém consegue me explicar essa questão? Não consegui encontrar base para a resposta...
  • IMO
    No que diz respeito o desarmamento como medida preventiva pelas Nações Unidas, engloba armas de destruição em massa, e desarmamento de insurgentes em ações de peace keeping, peace building. Não o desarmamento completo e sucateamento das FFAA, que são um instrumento de soberania, dissuasão, controle de fronteiras e de controle em ações de paz.
  • Complementando o comentário da colega acima:

    "Estes esforços têm o apoio de uma série de instrumentos-chave da ONU. O Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), o mais universal de todos os tratados multilaterais sobre desarmamento, entrou em vigor em 1970. A Convenção sobre Armas Químicas entrou em vigor em 1997, e a Convenção sobre Armas Biológicas, em 1975. O Tratado Abrangente de Proibição de Testes Nucleares foi adotado em 1996. A Convenção sobre Proibição de Minas entrou em vigor em 1999".

    Fonte:
    http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-o-desarmamento/
  • Tecnologias de uso dual - Tecnologias de uso na indústria bélica e na indústria civil

    A ênfase atribuída pela diplomacia brasileira ao desarmamento e ao controle de armas no âmbito das Nações Unidas foi atenuada em razão da necessidade de modernização e reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras e do desenvolvimento de tecnologias de uso dual.

    Seria como se o Brasil quisesse lutar pelo desarmamento e pelo controle de armas, e isso fosse levado como fator de atenuação devido as suas forças armadas serem obsoletetas e necessitem desenvolver ainda tecnologias de uso dual.

    Acredito que seja justamente o contrário, devido a ser pouco desenvolvido no setor de armamento, isso seria um fator de necessidade de política de desarmamento e controle de armas no âmbito das Nações Unidas.
  • Na boa, quando se trata de questões ligadas a armamentos, pode ter certeza que a resposta correta sempre será aquela em que a arma é totalmente "endemonizada", bem como naquelas em que os agentes públicos sempre estarão concordando em não proliferar mais armas, como no caso explícito desta questão.
  • A postura do MRE não se atenua por esse motivo. Na verdade ela é bem clara e condiz com a política nacional para as Forças Armadas.

    Desarmamento e controle de armas

    (...) É nesse contexto mais amplo que se insere o compromisso do Brasil com a eliminação das armas de destruição em massa (como as armas nucleares, químicas e biológicas), a proibição ou regulação de armamentos excessivamente danosos e a prevenção de uma corrida armamentista no espaço, dentre outras ações relacionadas ao desarmamento e ao controle de armas. (...)

    http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais/145-desarmamento-e-controle-de-armas


ID
838930
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANAC
Ano
2012
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca da ordem mundial e da atuação do Brasil no cenário internacional, julgue os itens que se seguem.


O G-20, um grupo informal de países em desenvolvimento, foi formado em Genebra durante os estágios finais da preparação para Cancún e representa parcela substancial do comércio agrícola mundial.

Alternativas
Comentários
  • Assertiva incompleta: existem dois G-20 (comercial e financeiro). O financeiro tem a participação de países desenvolvidos.
  • G-20 Comercial

    Criado em 20 de agosto de 2003, às vésperas da Reunião Ministerial de Cancún, o G-20 é atualmente um dos grupos mais influentes da negociação agrícola da OMC

    Panorama internacional

    Composto por 23 países de três continentes (África do Sul, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, China, Cuba, Egito, Equador, Filipinas, Guatemala, México, Nigéria, Paquistão, Peru, Paraguai, Tailândia, Tanzânia, Uruguai, Venezuela e Zimbábue), o agrupamento representa 60% da população rural, 21% da produção agrícola, 26% das exportações e das 18% importações mundiais. O G-20 atua como coalizão de países em desenvolvimento que defendem o cumprimento, de forma ambiciosa, dos três pilares do mandato agrícola da Rodada Doha, quais sejam, acesso a mercados (redução de tarifas), eliminação dos subsídios à exportação e redução dos subsídios de apoio interno (mormente à produção).

    Apesar de a formação de coalizões de países em desenvolvimento não ser algo propriamente novo nas negociações comerciais multilaterais, o G-20 apresenta-se como ator propositivo e central nas tratativas.

    http://www.itamaraty.gov.br/temas/temas-multilaterais/copy_of_desenvolvimento-comercio-e-financas/organizacao-mundial-do-comercio/g-20-comercial


ID
853474
Banca
ESAF
Órgão
MDIC
Ano
2012
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As questões relacionadas à governança econômica global têm assumido crescente relevância na agenda internacional. Nesse contexto, o G-20 financeiro desponta como principal referente para o tratamento de questões relacionadas à situação da economia global e à reforma das instituições econômicas internacionais. Considerando a atuação do G-20 nesse contexto, assinale a opção correta.

Alternativas

ID
925528
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2013
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O papel dos chamados países emergentes (BRICs = Brasil + Rússia + Índia + China) na economia mundial tem aumentado nos últimos 15 anos.
Nesse período, as economias dos BRICs apresentaram características marcantes comuns, dentre as quais um(a)

Alternativas
Comentários
  • a) FALSO. O Gini reduziu nesses país nos últimos 15 anos (quanto menor, melhor), apesar de ter reduzido pouco.

    b) FALSO. Nunca que a taxa média de cresc. é de 6%. É só ver o Brasil que pena pra crescer 1%

    c) FALSO. No Brasil, por exemplo, não passa de 20%.

    d) CORRETO. 

    e) FALSO. Em alguns países sim, mas nem todos. 


ID
1075681
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação ao posicionamento do Brasil a respeito de temas relevantes na agenda internacional contemporânea, julgue os itens subsecutivos.

O G-4, constituído por Brasil, Índia, África do Sul e Alemanha por ocasião da Cúpula Mundial de 2005, defende transformações no Conselho de Segurança das Nações Unidas, com vistas a torná-lo mais representativo dos interesses das potências emergentes e, por conseguinte, mais legítimo e eficaz.

Alternativas
Comentários
  • G4: Brasil, Índia, Japão e Alemanha

    http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/2008/05/14/plano-de-acao-da-parceria-estrategica-brasil/?searchterm=G4
  • O G4 defende a ampliação de 15 para 25 membros no CSNU, sendo 6 permanentes e 4 não permanentes. Além de Brasil, Índia, Japão e Alemanha, haveria ainda mais 2 países representantes permanentes do continente africano. Ainda não foi definido quais seriam os procuradores da África no CSNU, sendo provável arriscar África do Sul, Nigéria ou Egito, por exemplo.


ID
1075693
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação ao posicionamento do Brasil a respeito de temas relevantes na agenda internacional contemporânea, julgue os itens subsecutivos.

A crise econômica de 2008 criou condições para reformas nas organizações internacionais que atuam no âmbito da governança global, como, por exemplo, no FMI, tendo o Brasil impulsionado a ampliação de quotas e a redistribuição acionária dessa instituição ao apresentar propostas concretas para sua reforma e ao aumentar o volume financeiro de sua contribuição.

Alternativas
Comentários
  • Uma  vez  contextualizada  a  transição  de  poder  pela  qual  passa  o  sistema  internacional  desde  o  final  da  Guerra Fria,  cumpre  analisar  alguns  acontecimentos  recentes  selecionados  que  apresentam  potencial  para  influenciar a  definição  do  curso  dessas  mudanças  sistêmicas  na  década  que  se  inicia.  Merecem  destaque:  i)  o  recrudescimento  da  crise  financeira  internacional  desde  o  final  de  2010  (com  núcleo  na  crise  da  dívida  de  alguns  países da  zona  do  euro);  ii)  a  antecipação  da  conquista  chinesa  do  segundo  lugar  entre  as  economias  do  mundo;  iii) a  assim  chamada  Primavera  Árabe;  e  iv)    a  aparente  inflexão  da  abordagem  adotada  pelos  Estados  Unidos  em sua  política  para  o  Oriente  Médio,  representada  principalmente  pela  captura  e  execução  do  terrorista  Osama Bin Laden e pela retirada de suas tropas do Iraque.

     

    (...)

    Do ponto  de  vista  da  política  internacional,  esses  eventos  provocaram  uma  inversão  de  papéis  entre  países desenvolvidos  e  em  desenvolvimento  como  centros  dinâmicos  da  economia  internacional,  situação  que  abriu espaço  para  os  emergentes  galgarem  maior  peso  e  participação  em  importantes  instituições  da  governança global  econômica  como  o  FMI  e  o  Banco  Mundial.  É  provável  que  se  observe,  portanto,  a  redistribuição  de poder  ser  formalizada  em  foros  nucleares  do  multilateralismo  que  havia  sido  promovido  pelo  Ocidente  em Bretton  Woods.  A  substituição  do  G-8  pelo  G-20  como  foro  de  concertação  para  o  enfrentamento  de  questões  econômicas  globais  desde  a  crise  de  2008  apresenta-se  como  mais  um  acontecimento  que  materializa  a transição gradual de poder em favor dos emergentes.

     

    Boletim de Economia  e Política Internacional IPEA n.12 /2012

     

     


ID
1418182
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando as ações da política externa brasileira a partir do início do século XXI, julgue o  item  seguinte. 

Nações Unidas (ONU), a discussão sobre a responsabilidade que a comunidade internacional tem quanto à proteção de civis, o Brasil reiterou seu apoio incondicional ao direito da comunidade internacional de intervir, inclusive por meio da aplicação da força, em Estados fracassados, como recurso necessário e legítimo para prevenir crimes de guerra, genocídios, limpeza étnica e crimes contra a humanidade, desde que tal ação seja autorizada e conduzida pelo Conselho de Segurança da ONU.

Alternativas
Comentários
  • Um dos princípios constitucionais da República brasileira é a não-intervenção.

  • ERRADA. Sugiro a leitura do artigo abaixo, no qual é ressaltada a postura crítica do Brasil na dita Responsabilidade de Proteger, preconizando a Reponsabilidade ao Proteger, assentada em crítérios legítimos. Portanto, não podemos dizer em apoio incondicional.

     

    Declarações oficiais do Brasil evidenciam sua postura crítica sobre a Responsabilidade de Proteger. O país preconiza a prevalência do segundo pilar desse conceito, relacionado com a provisão de assistência e o desenvolvimento das capacidades dos Estados pela comunidade internacional. Além disso, reforça o caráter subsidiário e de último recurso do terceiro pilar, consistente no uso de forças militares. O uso da força, com base na R2P, demanda o esgotamento prévio de todos os meios pacíficos para resolver a contenda e a autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU).

    [...]

    Apesar do comprometimento com a promoção dos direitos humanos e a prevenção de atrocidades em massa, o Brasil, que na ocasião era membro não permanente do CSNU, não apoiou a resolução 1973. Ao lado de outros membros do Brics (Índia e os membros permanentes do CSNU — China e Rússia) e da Alemanha, o país absteve-se na votação dessa resolução, pois temia que a autorização plena de ações militares consagrada no texto pudesse se desviar de seu objetivo inicial de proteger os civis, tornando-se, assim, um instrumento de pretexto para a derrubada do governo de Muammar Gaddafi.

    [..]

    Contudo, levando-se em consideração sua natureza de último recurso, a força não deve ser usada indiscriminadamente, sendo seu uso precedido pelo esgotamento de todas as medidas diplomáticas disponíveis para lidar com a disputa em questão. Após concluir que a força militar deve ser utilizada, todos os passos necessários devem ser tomados com o objetivo de impedir que os conflitos se agravem e que causem mais sofrimento humano do que a intervenção militar visava a evitar, especialmente entre a população civil. 

    ------

    https://guiadefontes.msf.org.br/doutrina-da-responsabilidade-ao-proteger-rwp/


ID
1626775
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca da política externa norte-americana e das relações entre EUA e Brasil, julgue (C ou E) os seguinte item.

Devido ao apoio explícito dos EUA ao seu pleito por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil vem reconhecendo publicamente os avanços do país norte-americano em suas negociações diretas com a Federação Russa em favor do desarmamento nuclear.

Alternativas
Comentários
  • Não existe ainda esse apoio explícito e um dos temas da viagem que a Presidenta faria aos EUA em 2013 era justamente isso e uma reclamação do apoio que Obama deu explicitamente à Índia (possuidora de armamento nuclear) em sua viagem a esse país em 2010. 

  • Como se pode pleitear uma coisa que já é sua?

  • Acredito que o erro esteja em "Devido ao apoio explícito dos EUA ao seu pleito [do Brasil] por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU". De acordo com o site do Senado, declara-se que "muitos países apoiam oficialmente o pleito brasileiro, dentro de uma proposta de reforma acertada conjuntamente com Alemanha, Japão e Índia (grupo conhecido como G4)". Em contrapartida, aponta-se "como maior dificuldade para que a reforma do Conselho seja efetivada num curto prazo, [...] a posição 'confortável' dos atuais membros permanentes (EUA, Rússia, China, Reino Unido e França), interessados em manter o "monopólio" que cada um possui de vetar qualquer resolução da qual discordem".

    Fonte: http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/08/10/brasil-pode-ter-assento-permanente-no-conselho-de-seguranca-da-onu-acredita-vieira 

  • Os EUA a partir de Bush filho têm somente uma simpatia pelo pleito brasileiro ao CS, mas NÃO HÁ UM APOIO EXPLÍCITO. Outro erro da questão é falar em avanço das negociações sobre desarmamento nuclear entre EUA e Rússia. As negociações para um sucessor do START II têm sido adiadas pelas tensões entre os dois países, principalemente pelas sanções americanas à Rússia por causa da Crimeia.  

  • Somente França e Reino Unidos apoiam o Brasil:

     

    ...

    há descontentamento entre os membros permanentes atuais quanto à inclusão de nações controversas ou países não apoiados por eles. Por exemplo, a República Popular da China é contra a entrada do Japão e a Alemanha não recebe apoio dos EUA.

    A França e o Reino Unido anunciaram que apoiam as reivindicações do G4, principalmente o ingresso da Alemanha e do Brasil. Uma questão importante são os países vizinhos (com chances menores de ingressar) aos que propõem a entrada que frequentemente são contra os esforços do G4: o Paquistão é contra a entrada da Índia; a Coreia do Sul e a China são contra o Japão; a Argentina e o México são contra o Brasil e a Itália é contra a Alemanha; formando um grupo que ficou conhecido como Coffee Club, contra a expansão do Conselho por aqueles que a propõem.

     

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_G4

  • Errado.

    Nao há apoio explícito dos EUA ao pleito brasileiro por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

  • Acho que a questão quis confundir os candidatos que viram as declarações do presidente Obama à época, uma vez que ele explicitamente falar sobre isso.

    É o que diz a nota 119.2011: “O presidente Obama manifestou seu apreço à aspiração do Brasil de tornar-se membro permanente do Conselho de segurança e reconheceu as responsabilidades globais assumidas pelo Brasil”

    Bush já havia falado sobre ser favorável a mudança no CSNU, mas em nenhum momento houve apoio explícito à entrada do Brasil.


ID
1626901
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Sabendo que a Constituição Federal de 1988 determina a prevalência dos direitos humanos como um dos princípios que devem reger as relações internacionais do Brasil, além de abrir a possibilidade de que direitos reconhecidos em tratados internacionais se somem aos direitos e garantias fundamentais já consagrados no texto constitucional, julgue (C ou E) o seguinte item.

O Brasil conta com juiz na Corte Interamericana de Direitos Humanos e integra a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, tendo Brasília sediado sessão extraordinária da Corte Interamericana em novembro de 2013.

Alternativas
Comentários
  • Justificativa: C

    O Brasil exerce, entre 2013 e 2015, seu terceiro mandato no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (CDH), tendo sido eleito com a expressiva votação de 184 sufrágios do total de 193 países com direito a voto, o que representou o reconhecimento da comunidade internacional pelo empenho brasileiro na promoção e na proteção dos direitos humanos. 

  • A CIDH é um órgão principal e autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA) encarregado da promoção e proteção dos direitos humanos no continente americano. É integrada por sete membros independentes que atuam de forma pessoal e tem sua sede em Washington, D.C. Foi criada pela OEA em 1959 e, juntamente com a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CorteIDH), instalada em 1979, é uma instituição do Sistema Interamericano de proteção dos direitos humanos (SIDH).

    Em 1969 foi aprovada a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, que entrou em vigor em 1978 e que foi ratificada, até Janeiro de 2012, por 24 países, inclusive pelo Brasil.

    O juiz Roberto de Figueiredo Caldas, que tomou posse em fevereiro de 2013 e atualmente é vice-presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, é o segundo brasileiro a ocupar assento na Corte. Antes, o jurista Antônio Augusto Cançado Trindade, atualmente juiz da Corte Internacional de Justiça, foi o representante do Brasil de 1995 a 2006, tendo ocupado a presidência por duas vezes (1999-2001 e 2002-2003).

     

     

  • Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (United Nations Human Rights Council - UNHRC) é o sucessor da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos (United Nations Commission on Human Rights - UNCHR) e é parte do corpo de apoio à Assembleia Geral das Nações Unidas. Baseada em Genebra, sua principal finalidade é aconselhar a Assembleia Geral sobre situações em que os direitos humanos são violados.[1] À Assembléia Geral, por sua vez, compete fazer recomendações ao Conselho de Segurança.

    Corte Interamericana de Direitos Humanos é um órgão judicial autônomo, cujo propósito é aplicar e interpretar a Convenção Americana de Direitos Humanos e outros tratados de Direitos Humanos. É composta por sete juízes, naturais dos Estados-membros da OEA, eleitos a título pessoal entre juristas da mais elevada autoridade moral, de reconhecida competência em matéria de Direitos Humanos, que reúnam as condições requeridas para o exercício das mais elevadas funções judiciais conforme da lei do país do qual seja nacional ou do Estado que lhe proponha a candidatura. Não pode haver mais de um juiz da mesma nacionalidade. Os juízes da Corte são eleitos para um mandato de seis anos e somente podem ser reeleitos uma vez. O juiz eleito para substituir a outro, cujo mandato não tenha ainda expirado, completa tal mandato. O juiz Roberto de Figueiredo Caldas, que tomou posse em fevereiro de 2013 e atualmente é Presidente da Corte IDH, é o segundo brasileiro a ocupar assento na Corte. Antes, o jurista Antônio Augusto Cançado Trindade, foi o representante do Brasil de 1995 a 2006, tendo ocupado a presidência por duas vezes (1999-2001 e 2002-2003).

    Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) é um órgão independente da OEA, criado para promover a observância e defesa dos Direitos Humanos, além de servir como instância consultiva da Organização nesta matéria. É composta por sete juristas eleitos por mérito e títulos pessoais, e não como representantes de nenhum governo, mas representam aos países membros da Organização dos Estados Americanos (OEA).

  • Atualização: Apesar de ter eleito o juiz brasileiro Roberto Caldas para a Corte,em 2012, recentemente, houve confirmação da renúncia do juiz em 2018, de modo que, atualmente, o Brasil não conta mais com jurista brasileiro na Corte.


    O Brasil tem representante brasileira na Comissão de Direito Humanos(Flávia Piovesan)


ID
1662931
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPOG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que diz respeito à cooperação técnica internacional, julgue o item.

Os acordos de cooperação técnica que impliquem a transferência de recursos públicos e que sejam celebrados, no âmbito da administração pública federal, com organismos internacionais têm como parte seus órgãos e entidades que estejam gerindo recursos dos orçamentos fiscal ou da seguridade social e objetivam a execução de programa de trabalho, atividade/projeto ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação.

Alternativas

ID
2017504
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nos governos de Gaspar Dutra (1946-1951) e de Getúlio Vargas (1951-1954), o Brasil teve de se posicionar em relação à nova realidade mundial determinada pela Guerra Fria. No que se refere à política externa brasileira no período mencionado, julgue (C ou E) o item seguinte.

O Brasil absteve-se na votação da resolução da ONU que, em 1950, declarou ser a República Popular da China culpada pela agressão da Coreia do Norte à Coreia do Sul.

Alternativas
Comentários
  • Em 25 de junho de 1950, a Coreia do Norte invade a Coreia do Sul, dando início à Guerra da Coreia. Por sua parte, a União Soviética e a China decidiram apoiar a Coreia do Norte, enviando efetivos militares e provisões para as tropas norte-coreanas. A guerra acabaria com baixas maciças de civis norte e sul-coreanos.

    Em 25 de junho de 1950, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, por unanimidade, a Resolução 82, condenando a invasão da Coreia do Norte contra seu vizinho do sul. Dois dias depois, foi aprovado a Resolução 83 que autorizava uma intervenção militar para por fim no conflito. 

  • Um passarinho me contou que o Brasel apoiou só de falar, neah? Pq tropas não enviou nem uma viva alma...Ah, e o chanceler era o Raul(zito)  Fernandes. Não fala que fui eu que te contei.

  • E quando essa resolução foi votada, o Brasil não tinha assento no CS.

  • O Brasil não se absteve, ou mesmo participou da votação, pois não era parte do CS neste momento. Abstenção indicaria que o Brasil de fato poderia ter votado, o que não seria possível nesse contexto.

  • Pensei assim: a questão fala de resolução da ONU (AGNU) e não do Conselho de segurança (CSNU).

    A resolução da ONU (RES AGNU 498/1951 que trata desse assunto de China e as Coreias) o Brasil não se absteve. Votou a favor e foi em 1951 (a questão fala de um ano antes, em 1950).

    Resoluções do CSNU tiveram quatro ou cinco sobre o assunto; RES 82 ate 85 (todas em 1950) e RES 90 em 1951.

    Agora RES da AGNU teve esta 498 e outras.

    Ajuda do wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/United_Nations_General_Assembly_Resolution_498

    Bons estudos.

  • O Brasil votou favoravelmente à Resolução 498 (V), proposta por Washington na Assembleia Geral da ONU e adotada em fevereiro de 1951, que responsabilizava a República Popular da China pela agressão na península coreana. Vale lembrar que a resolução foi aprovada na Assembleia Geral no contexto da Resolução 377 (V), conhecida como Uniting for Peace, que previa a transferência de competências para a plenária geral da organização sempre que o Conselho de Segurança, devido à falta de unanimidade, fosse incapaz de exercer sua responsabilidade de manter a paz e segurança internacionais.


ID
2513158
Banca
FCC
Órgão
PM-AP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Os membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas − ONU, são China, Rússia, França, Reino Unido e

Alternativas
Comentários
  •  

    O Conselho de Segurança tem ainda cinco membros permanentes, que são os países que têm o direito de veto durante as votações:

    China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia.  

    ------>    C. EU   F. RU. R  


ID
2790160
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando que as relações com os países do continente americano representam importante vertente da política externa brasileira, e que elas envolvem um amplo espectro de interesses políticos, econômicos e de segurança, tratados bilateral e multilateralmente em condições diversas, conforme seu alcance e densidade, julgue (C ou E) o item que se segue. 


A participação do Brasil no sistema interamericano a partir do final da Guerra Fria se expressa de forma heterogênea no que se refere ao seu posicionamento diante de propostas e iniciativas emanadas desse sistema, como, por exemplo, o decidido apoio prestado ao fortalecimento da institucionalidade democrática no continente, a reticência frente à agenda de segurança hemisférica na última década do século passado e o posicionamento crítico adotado no início desta década em relação ao Sistema Interamericano de Direitos Humanos.

Alternativas
Comentários
  • CERTO

     

    Gabarito preliminar alterado de E para C (justificativa do CESPE): De fato, a redação do item exemplifica corretamente a heterogeneidade de posições brasileiras no marco do Sistema Interamericano.

     

    -----

     

    Quanto ao "fortalecimento da institucionalidade democrática", o Brasil tem sido ativo defensor e promotor do tema no âmbito da OEA (como consubstanciado no Compromisso de Santiago e na Carta Democrática Interamericana, por exemplo).

     

    A respeito da “agenda de segurança hemisférica” na década de 1990, o Brasil não concordava com a linha de ação promovida por EUA, Canadá e Argentina de inclusão de medidas de caráter militar na questão da salvaguarda da democracia e opôs-se à proposta de promover uma reunião de ministros da Defesa do continente americano. O Brasil adotou posicionamento baseado nos seguintes elementos: (i) não existe ameaça ao continente americano que justifique a criação de novos esquemas hemisférios de defesa ou a adoção de novas medidas de segurança continentais; (ii) a assimetria de poder na região inviabilizava o estabelecimento de critérios ou normas de segurança comuns.

     

    Com relação ao sistema interamericano de direitos humanos, o Brasil criticou, no episódio de Belo Monte (2011), a atuação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, retirou seu embaixador junto à OEA em protesto e passou a trabalhar em prol da reforma do sistema interamericano de direitos humanos.

     

    (Prof. Bruno Rezende)

  • Oi Daniel. tenho visto várias justificativas excelentes suas. Quando você cita o Bruno Rezende a informação veio do curso ou ele tem algum material comentando as questões?

    Forte abraço e agradeço novamente!


ID
2790175
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando que a inserção internacional do Brasil tem na atuação em foros multilaterais instrumento privilegiado para o tratamento dos principais temas da agenda global nas mais diferentes áreas, julgue (C ou E) o item subsequente, relativos a esse tema.


O estancamento da Rodada de Doha paralisou as negociações sobre temas comerciais no âmbito da Organização Mundial do Comércio, arrefecendo a implementação de decisões alcançadas nas últimas conferências ministeriais e a atividade do Órgão de Solução de Controvérsias. Em razão disso, fortalecem-se negociações bilaterais e regionais, incorporando disciplinas comerciais não alcançadas pela normativa multilateral, tendência da qual o Brasil está dissociado.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    Ainda que a Rodada Doha permaneça em situação de impasse, é incorreto afirmar que as negociações sobre temas comerciais na OMC estejam paralisadas e/ou que a implementação de decisões alcançadas nas últimas conferências ministeriais tenham arrefecido. O Acordo de Facilitação de Comércio, por exemplo, entrou em vigor em 2017.

     

    As atividades do Órgão de Solução de Controvérsias têm sido prejudicadas não pelo estancamento das negociações da Rodada Doha, mas pelo fato de os EUA estarem barrando a escolha de novos juízes para o Órgão de Apelação.

     

    As negociações bilaterais e regionais paralelas têm, sim, sido fortalecidas, incluindo disciplinas “OMC-plus” e “OMC-extra”. Diferentemente do que afirma o item, o Brasil tem, recentemente, buscado ampliar seu engajamento nessa matéria por meio de iniciativas como a negociação de acordos do MERCOSUL com diversos países e blocos econômicos regionais (UE, EFTA, Canadá, Coreia do Sul, Singapura etc.), a aproximação entre o MERCOSUL e a Aliança do Pacífico, a negociação de um acordo de livre comércio Brasil-Chile, entre outras.

     

    (Prof. Bruno Rezende)

  • Questões semelhantes feitas pelo CESPE:

    CACD 2009 (Q12263):

    A eclosão da crise financeira em setembro de 2008 e o seu aprofundamento, que resultaram no estancamento do comércio internacional e na suspensão das negociações da Rodada de Doha, geraram condições para o recrudescimento do protecionismo em escala global. [ERRADO]

    Analista Legislativo de 2014 (Q472706 e Q472707):

    Considerando os desafios que ora enfrenta a Organização Mundial do Comércio (OMC) em sua condição de pilar do sistema multilateral de comércio, julgue os itens:  

    A despeito das dificuldades enfrentadas pela OMC no plano das negociações comerciais multilaterais, ela contribuiu de modo efetivo para inibir impulsos protecionistas no período imediatamente posterior à crise econômica de 2008. [CERTO]

    O estancamento da Rodada de Doha, ao pôr em questão a efetividade da normativa multilateral, teve como consequência direta a perda de relevância do Órgão de Solução de Controvérsias da OMC. [ERRADO]


ID
2790214
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No discurso de abertura do Debate Geral da 66.ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a presidenta Dilma Rousseff afirmou: “apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política em seu entorno regional”. Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, a respeito da questão árabe-israelense.


Os Acordos de Oslo criaram uma Autoridade Palestina, mas não alteraram o status de Jerusalém.

Alternativas
Comentários
  • Qual era exatamente o plano da ONU de 1947 para Jerusalém?

    Na resolução 181, a ONU decidiu dividir a Palestina em um Estado judeu e outro árabe. No entanto, Jerusalém não deveria pertencer a nenhuma das partes, mas ser desmilitarizada e colocada sob controle internacional. Após dez anos, os moradores da cidade deveriam votar em um referendo sobre um novo acordo.

    Por que esse plano não foi implementado?

    Havia opositores ao plano tanto do lado judeu quanto do árabe. Após o anúncio da decisão da ONU, a violência de grupos judeus e árabes na Palestina aumentou. Após a declaração de independência de Israel, em 14 de maio de 1948, os Exércitos de Jordânia, Egito, Síria, Iraque e Líbano atacaram o recém-proclamado Estado. Como resultado da guerra, Jerusalém foi dividida em uma parte oriental (controlada pela Jordânia) e outra ocidental (controlada por Israel).

  • CERTO.

     

    Essa assertiva é ambígua e difícil. Por um lado, os Acordos de Oslo não alteraram o status de Jerusalém (cuja definição ficou para depois, nas chamadas "negociações do status permanente"), assim como não tocaram em outros assuntos sensíveis, como refugiados, assentamentos, definição de fronteiras, arranjos de segurança e relações com os vizinhos.

    A questão da Autoridade Palestina, por outro lado, é mais complexa. Oficialmente, o primeiro Acordo de Oslo (também conhecido como Oslo I ou "Declaration of Principles on Interim Self-Government Arrangements"), assinado em 13 de setembro de 1993, não cria uma Autoridade Palestina.

     

    Entretanto, a banca considerou que o processo de negociações dos Acordos de Oslo (que se estende entre 1993 e 1995 e inclui o acordo de Gaza e Jericó) deu, de fato, origem à Autoridade Palestina, corroborando a leitura feita por autores como os dipomatas Gustavo Fávero e Lucas Frota Verri Pinheiro, no texto "As relações entre o Brasil e a Palestina e o reconhecimento do Estado palestino pelo Brasil", publicado no Cadernos de Política Exterior (vol. 3, 2016), onde se lê:

    "Com os Acordos de Oslo (1993-1995), foi criada a Autoridade Nacional Palestina (ANP), como órgão sui generis interino e autônomo de autogoverno na Cisjordânia e Gaza, e Israel e a OLP passaram a reconhecer-se politicamente. Em julho de 1994, Israel e Jordânia encerram o estado de beligerância, e, em outubro, estabelecem a paz. Foi a fase áurea do processo de paz árabe-israelense" (p. 70).

     

    (Prof. Guilherme Casarões - com adaptações).

  • - Acordo de Camp David (1978): Carter -> Egito e Israel; em 1979, Egito reconhece Israel, firmam a paz e Israel devolve o Sinai para os egípcios.

    - Acordos de Oslo (1993-95): Palestina (OLP, Arafat) e Israel (Rabin)-> mediação de Bill Clinton; começa na Conf. de Madri (1991), secretamente, resultando em:

    • Oslo I (93): esforços em prol da paz entre Palestina e Israel; criaria um governo palestino (ANP) e organizava o território em 3 zonas (totalmente controlado pela ANP; controle civil da ANP + controle militar israelense; controle total de Israel).
    • Acordo Gaza-Jericó (44): cria a AUTORIDADE PALESTINA
    • Protocolo de Paris: controle alfandegário da Palestina por Israel
    • Oslo II (95): assinado no Egito, complementava Oslo I

    *Não foram cumpridos integralmente!

    - Acordo de Paz Jordânia-Israel (1994): Jordânia reconhece Israel; em 1988, o país havia renunciado ao pleito sobre a Cisjordânia (ocupado desde 1967 por Israel) e reconhecido OLP como representante palestino.

    - Acordos de Abraão (2020): através de articulação dos EUA (final do governo Trump), outros países árabes reconheceram Israel e estabeleceram relações diplomáticas:

    • Emirados Árabes Unidos
    • Bahrein
    • Marrocos
    • Sudão

ID
2790220
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No discurso de abertura do Debate Geral da 66.ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a presidenta Dilma Rousseff afirmou: “apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política em seu entorno regional”. Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, a respeito da questão árabe-israelense.


O brasileiro Osvaldo Aranha foi o presidente da Assembleia-Geral da ONU em 1947, que aprovou a resolução sobre o Plano de Partição da Palestina, com a chamada “solução de dois Estados”

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    No próprio site do MRE, na cronologia das relações bilaterais com Israel consta:

     

    "Com voto favorável do Brasil e sob a presidência do brasileiro Oswaldo Aranha, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprova a divisão da Palestina Mandatária em dois Estados, por meio da sua Resolução 181 (II), de 29 de novembro de 1947".

     

    Vale lembrar que o diplomata brasileiro é lembrado com carinho entre os israelenses, graças a seu papel na viabilização diplomática do Estado de Israel.

     

    (Prof. Guilherme Casarões).

  • GABARITO: CERTO

    Oswaldo Aranha foi um dos maiores diplomatas brasileiros, tendo sido peça importante para a diplomacia do país durante quase 3 décadas, principalmente durante a Era Vargas. Além da sua intensa participação na aproximação entre Brasil e EUA durante a Segunda Guerra Mundial, Aranha é também muito conhecido por ter exercido a presidência da Assembleia-Geral da ONU de 1947 que aprovou a criação de um Estado judeu em convivência com outro palestino na região da Palestina. A partilha acabou em guerra pouco depois, porém ficou marcada a participação de Aranha na viabilização diplomática da criação de Israel.


ID
2790253
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito do tema refugiados, apátridas e migrantes, julgue (C ou E) o item a seguir.


O Brasil é parte da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas de 1954 e da Convenção para a Redução dos Casos de Apatridia de 1961, tendo reconhecido pela primeira vez, em 2018, duas pessoas como apátridas.

Alternativas
Comentários
  • A Lei da Migração de 2017 prevê o reconhecimento da condição de apátrida, que é disciplinado por portaria do Ministério da Justiça.

    Maha Maho e Souad Mamo foram as primeiras apátridas reconhecidas a partir desta legislação, em 2018.

  • CERTO.

     

    O Brasil ratificou a Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas em 1996 e acedeu à Convenção para a Redução dos Casos de Apatridia em 2007.

     

    Em junho de 2018, o Brasil reconheceu duas pessoas como apátridas pela primeira vez:

     

    "O Brasil reconheceu, pela primeira vez, a condição de apátrida (sem nacionalidade) de duas pessoas. Nesta segunda-feira (25), as irmãs Maha e Souad Mamo foram identificadas como apátridas durante a Semana do Refugiado do Ministério da Justiça. As irmãs, que moram no Brasil desde 2014 como refugiadas, agora poderão obter a naturalização simplificada, específica para apátridas. Em vigor desde novembro de 2017, a nova Lei de Migração incluiu o reconhecimento de apatridia na legislação nacional. Segundo a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), há cerca de 10 milhões de pessoas sem nacionalidade no mundo, sem certidão de nascimento ou outros documentos de identidade, o que as impede de frequentar a escola, ter acesso ao sistema de saúde ou bancário ou até mesmo ter uma casa."

    (Fonte: http://www.brasil.gov.br/noticias/cidadania-e-inclusao/2018/06/brasil-reconhece-duas-pessoas-como-apatridas-pela-primeira-vez)

     

    (Prof. Bruno Rezende).

  • Update: a concessão da nacionalidade para as irmãs Mamo foi realizada em outubro de 2018, à margem da 69ª sessão do Comitê Executivo do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), em Genebra.

    http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/notas-a-imprensa/19600-concessao-da-nacionalidade-brasileira-as-irmas-maha-mamo-e-souad-mamo

  • As irmãs foram entrevistadas no programa Conversa com Bial. Não lembro se foram as duas, mas uma delas estava.

     

    Gab. C

  • Abaixo o link da reportagem sobre as irmãs apátridas e a razão (absurda) de o país delas não ter reconhecido às suas nacionalidades:

     

    https://www.redetv.uol.com.br/jornalismo/redetvnews/videos/cidades/brasil-reconhece-apatridas-pela-primeira-vez-na-historia

     

    Na reportagem, observa-se que o país de origem das irmãs claramente fere o art. 2º da Declaração Universal de Direitos Humanos.

     

    Artigo 2º

    1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

     


ID
2790259
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As operações de paz sempre tiveram importância no âmbito da atuação da ONU e, a partir do fim da Guerra Fria, seu número cresceu significativamente. O Brasil participou de várias operações de paz da ONU, sendo essa participação coerente com a importância que historicamente a política externa brasileira tem atribuído às instâncias multilaterais, notadamente no campo da paz e da segurança internacionais. A esse respeito, julgue (C ou E) o item seguinte.


A primeira operação de manutenção da paz foi criada pela ONU em 1956 para monitorar o cessar-fogo entre Egito e Israel na Crise do Suez. O Brasil participou dessa operação de paz, que se restringiu ao componente militar.

Alternativas
Comentários
  • A missão em questão representou a primeira força de paz armada. A primeira missão de manutenção da paz da ONU ocorreu em 1948. Mas Cespe é Cespe, né..

     

    Do site da ONU

    "A primeira operação de paz das Nações Unidas foi estabelecida em 1948, quando o Conselho de Segurança autorizou a preparação e o envio de militares da ONU para o Oriente Médio para monitorar o Acordo de Armistício entre Israel e seus vizinhos árabes."

  • A mudança oficial de observação da paz para a manutenção demorou muitos anos para acontecer. A primeira operação de manutenção de paz, a Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF I) foi realizada no Oriente Médio, em 1956, para acabar com a Crise de Suez. Data em que as tropas também adotaram o capacete azul.


    https://nacoesunidas.org/onu-conta-a-historia-missoes-de-manutencao-de-paz-que-completa-68-anos-de-existencia/



    "O primeiro envio de tropas (BRASILEIRAS) a um país estrangeiro teve início em 1956, com a participação na Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF), criada para evitar conflitos entre egípcios e israelenses e pôr fim à Crise de Suez."


    https://www.defesa.gov.br/relacoes-internacionais/missoes-de-paz

  • Creio eu que o gabarito deveria ser alterado, pois a questão não especificou o fato de se tratar de uma operação armada:

    Embora não previstas na Carta da ONU, as peaceekeping operations tomaram vida a partir de 1948, quando as Nações Unidas desdobraram sua primeira operação de manutenção da paz no Oriente Médio para tratar de um conflito interestatal. A situação na região era complexa e opunha palestinos e judeus no tocante à criação de um Estado árabe e um Estado judeu, proposta pela AGNU a partir da divisão da Palestina.

    Já a primeira operação de manutenção da paz armada empreendida pelas Nações Unidas foi a United Nations Emergency Force I (UNEF I), desdobrada de forma bem-sucedida em 1956 para tratar do conflito de Suez. A crise de Suez foi um marco na história das operações de manutenção da paz da ONU, pois promoveu uma mudança fundamental no papel e nos mecanismos da Organização destinados a lidar com ameaças à paz e à segurança internacionais.

    FAGANELLO, Priscila Liane Fett. Operações de manutenção da paz da ONU: de que forma os direitos humanos revolucionaram a principal ferramenta internacional da paz. Brasília: FUNAG, 2013.

  • A questão é discutível.

    Oficialmente, a primeira Operação de Paz da ONU foi a Organização para Supervisão da Trégua das Nações Unidas (UNTSO), estabelecida em 1948 para supervisionar uma trégua entre Israel e seus vizinhos. Contudo, o marco que efetivamente deu início à dinâmica de Operações de Paz foi o estabelecimento, em 1956, da UNEF I, desdobrada no Egito após a guerra entre árabes e israelenses naquele ano.

    Fonte: Relações Internacionais do Brasil: Temas e Agendas, volume 2.


ID
2790262
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As operações de paz sempre tiveram importância no âmbito da atuação da ONU e, a partir do fim da Guerra Fria, seu número cresceu significativamente. O Brasil participou de várias operações de paz da ONU, sendo essa participação coerente com a importância que historicamente a política externa brasileira tem atribuído às instâncias multilaterais, notadamente no campo da paz e da segurança internacionais. A esse respeito, julgue (C ou E) o item seguinte.


A Missão das Nações Unidas de Estabilização no Haiti (MINUSTAH) encerrou-se em 2017 e sua composição contou com uma notável maioria de países latino-americanos. O Brasil dividiu o comando do componente militar da missão com a Argentina e o Chile.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    A MINUSTAH encerrou-se, de fato, em 2017, e diversos países latino-americanos foram contribuintes de tropas. O erro do item está em afirmar que o comando do componente militar teria sido compartilhado, pois o Brasil exerceu o comando militar da missão de maneira ininterrupta.

     

    (Prof. Bruno Rezende).

  • "A MINUSTAH constitui marco da participação brasileira em operações de manutenção da paz. Entre as principais características que lastreiam o engajamento do Brasil na MINUSTAH, destacam-se o exercício ininterrupto do comando brasileiro da missão, fato sem precedentes em outras operações de manutenção da paz da ONU; o maior desdobramento de tropas nacionais desde a Segunda Guerra Mundial; a participação mais longa do Brasil em seu histórico de contribuição para operações de manutenção da paz; e a presença de países sul-americanos como maiores contribuintes de efetivos para a MINUSTAH."


    http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais/142-minustah

  • De fato, o contingente mais expressivo da MINUSTAH era composto por latino-americanos e o Brasil manteve o posto de liderança por um prazo maior. A única interrupção na liderança brasileira foi o comando temporário exercido pelo general chileno Eduardo Aldunate Hermann, após a morte misteriosa do general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar em 2006. Portanto, não houve liderança argentina.

  • ERRADO. A MINUSTAH foi comandada exclusivamente por generais brasileiros, com exceção de dois generais chilenos que comandaram a missão interinamente em 2006 e 2015.


ID
2790265
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As operações de paz sempre tiveram importância no âmbito da atuação da ONU e, a partir do fim da Guerra Fria, seu número cresceu significativamente. O Brasil participou de várias operações de paz da ONU, sendo essa participação coerente com a importância que historicamente a política externa brasileira tem atribuído às instâncias multilaterais, notadamente no campo da paz e da segurança internacionais. A esse respeito, julgue (C ou E) o item seguinte.

O Brasil participa da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL). A Marinha do Brasil comanda a força-tarefa marítima que atua na costa libanesa.

Alternativas
Comentários
  • As Forças Armadas brasileiras estão desde 2011 no comando da missão de paz da Força-Tarefa Marítima (FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano(UNIFIL). A Marinha do Brasil mantém um navio e uma aeronave orgânica na costa libanesa com o objetivo de impedir a entrada de armas ilegais e contrabandos naquele país, além de contribuir para o treinamento da Marinha libanesa, de modo que a mesma possa conduzir suas atribuições de forma autônoma.

  • CERTO.

     

    O Brasil assumiu o comando da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) em 2011.

     

    (Prof. Bruno Rezende).

  • CERTO. O Brasil comanda a Força-Tarefa Marítima da UNIFIL desde 2011. Nosso país cedeu uma fragata e alguns efetivos militares para a missão.

  • Desde 2011, a Marinha brasileira comanda a Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-UNIFIL). O Brasil lidera as operações que contam com a participação de aproximadamente mil oficiais, entre eles nacionais e não nacionais oriundos de Bangladesh, Alemanha, Grécia, Indonésia e Turquia.

    Cerca de 250 militares brasileiros da Marinha integram a Força-Tarefa Marítima, a primeira do tipo a participar de uma operação de paz das Nações Unidas. Operante desde 2006, a Força-Tarefa presta apoio à Marinha libanesa no monitoramento de suas águas territoriais, garantindo a segurança da costa e impedindo a entrada não autorizada de armamento ou material semelhante por mar.

    Fonte:

  • Brasil saiu da unifil

ID
2790268
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As operações de paz sempre tiveram importância no âmbito da atuação da ONU e, a partir do fim da Guerra Fria, seu número cresceu significativamente. O Brasil participou de várias operações de paz da ONU, sendo essa participação coerente com a importância que historicamente a política externa brasileira tem atribuído às instâncias multilaterais, notadamente no campo da paz e da segurança internacionais. A esse respeito, julgue (C ou E) o item seguinte.[

No final da década de 80 e na década de 90 do século passado, operações de paz realizadas em Angola e Moçambique objetivaram monitorar a implementação de acordos de paz que buscaram colocar fim a guerras civis nesses dois grandes países africanos. O Brasil participou dessas operações de paz multidimensionais, ou seja, que não se restringiram a tarefas tipicamente militares.

Alternativas
Comentários
  • A MONUA (Angola) foi estabelecida em 30 de junho de 1997 para ajudar as partes em conflito a consolidar a paz e a reconciliação nacional. Seu mandato previa, ainda, o estabelecimento de condições para garantir uma estabilidade duradoura, um desenvolvimento democrático e a reconstrução do País.

    O Brasil contribuiu, durante todo o mandato da Missão(de julho de 1997 a fevereiro de 1999) com uma média de quatro Observadores Militares, aproximadamente 20 Observadores Policiais e dois oficiais que atuaram no Estado-Maior da missão. Em março de 1999, o Brasil passou a ceder uma unidade médica, composta por 15 militares do Exército, para prestar apoio ao pessoal das Nações Unidas em Luanda durante o período de encerramento da MONUA.

    A ONUMOZ fou estabelecida para implementar o Acordo Geral de Paz, assinado em outubro de 1992 pelo Presidente da República de Moçambique o Presidente da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). O mandato incluía o monitoramento do cessar-fogo, a retirada de tropas estrangeiras, a segurança dos corredores de transporte e a verificação do processo eleitoral. De janeiro de 1993 a dezembro de 1994, o Brasil contribuiu para a missão com um total de 26 observadores militares, 67 observadores policiais, uma unidade médica e uma companhia de infantaria, composta de 170 militares. O General de Divisão Lélio Gonçalves Rodrigues da Silva exerceu o comando da ONUMOZ de fevereiro de 1993 a fevereiro de 1994.

  • CERTO. Nos dois casos o Brasil instalou unidades médicas, por exemplo.

  • A missão na Angola não teria sido a UNAVEM?

  • GABARITO: CORRETO

    As independências de Angola e Moçambique foram seguidas de sangrentos confrontos internos que duraram mais de uma década (15 anos a guerra civil moçambicana e 27 anos a angolana). Confrontos esses que estavam inseridos em contextos de disputas regionais e internacionais. O interesse da África do Sul governada pelo apartheid em exercer o domínio econômico na África Austral levou o país a intervir militarmente de forma direta ou indireta, ora invadindo o território desses dois países, ora patrocinando alguma das facções que lutavam no confronto. Além disso é impossível não levar em consideração os interesses das potências da Guerra Fria (EUA e URSS) na região; é válido lembrar que o território angolano é rico em minérios e petróleo, além da posição física privilegiada na África, o que levou as potências a intervirem para defenderem o que lhes convinham no momento: fincar bandeira em importantes partes do continente africano pós-descolonização. Cuba desempenhou papel importantíssimo nessa história pelo lado soviético, chegando a manter .50.000 soldados em Angola.

    No inicio dos anos 90 a Guerra Fria havia chegado ao seu fim e o regime do apartheid na África do Sul também caminhava para o término, mudando a configuração da forma como a comunidade internacional interferiria nos assuntos angolanos e moçambicanos. A ONU passa a ser a organização chave para a resolução dos conflitos, realizando uma série de operações de paz com objetivos diversos: fiscalização da retirada de tropas cubanas em Angola, atenuação das tensões militares em Moçambique, aquartelamento de tropas combatentes nos dois países, ''confisco'' de armamento, transição das facções combatentes em partidos políticos institucionais, promoção e fiscalização de novas eleições, etc.

    O Brasil participou de forma multidimensional, fornecendo militares, policiais e observadores civis para as operações de paz em Angola e Moçambique, o que posteriormente se transformaria em dezenas de acordos bilaterais, principalmente durante os governos Lula (2003-2010). A participação brasileira pode ser explicada pela necessidade do Brasil em continuar a sua política para a África (que viveu altos e baixos durante décadas), em estabelecer vínculos com os países lusófonos na África, além do fato de que seria muito estranho se o país não participasse, colocando em xeque a sua posição como membro importante da comunidade internacional que se preocupa com a promoção da paz e desenvolvimento, principalmente entre os países do Sul.


ID
3377188
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O multilateralismo consolidou-se no cenário internacional pós-Segunda Guerra Mundial, favorecendo o desenvolvimento de normas e instituições que contribuem para a solução pacífica de controvérsias e a gestão relativamente concertada dos processos políticos globais. A esse respeito, julgue o item a seguir.


O Brasil propôs à ONU o conceito de responsabilidade ao proteger, que permite ampliar o espectro das intervenções internacionais autorizadas pela Assembleia Geral da ONU e estende aos crimes contra a humanidade a possibilidade de atuação amparada no conceito de R2P.

Alternativas
Comentários
  • O erro está no objetivo destacado no item. O conceito de Responsabilidade ao Proteger (RWP) não tem em sua proposta o anseio de ampliar o espectro de intervenções internacionais. A proposta brasileira com o RWP vem da crítica que a Responsabilidade de Proteger (R2P) é um cheque em branco, já que propõe socorro internacional caso um país não consiga garantir a sua responsabilidade primária de proteção, mas não define os meandros desse socorro (accountability, parâmetros claros, objetivos, metas etc).
  • Tanguy Baghdadi professor

    Errada

    A Responsabilidade ao Proteger não amplia o espectro das intervenções humanitárias,

    mas tenta criar critérios mais claros para o uso da força. Além disso, a R2P já abarcava os

    crimes contra a humanidade como casos passíveis de uso da força por parte da

    comunidade internacional.

  • O Brasil propôs o RWP (responsibility while protecting), que tinha como principal baliza a limitação do uso da força (que deveria ser usada como último recurso). O objetivo era limitar as formas de intervenções.

  • Inicialmente é preciso relembrar que a Organização das Nações Unidas não é um organismo internacional supraestatal. Isto é, não está acima dos Estados que a compõem e, não tem poder de sanção sobre eles.

    A maior autoridade sobre cada Estado é ele próprio. A soberania de cada Estado é garantida e deve ser respeitada. A Assembleia Geral da ONU e o Conselho de Segurança, assim como o Secretariado, fazem recomendações e advertências que poderão ser aceitas, ou não, pelos Estados soberanos que compõem a organização.

    A não intervenção encontra-se entre os princípios norteadores da ONU. O princípio da 'responsabilidade de proteger' – ou R2P – é do Estado. Ele deve proteger a sua população do genocídio, crimes de guerra, limpeza étnica e todos os outros crimes contra a humanidade. Caso esta obrigação não seja cumprida este Estado necessita da intervenção da comunidade internacional.

    Em 2011 a delegação brasileira apresentou ao Conselho de Segurança da ONU uma proposta conceitual considerada pela nossa diplomacia como um fundamental adendo à R2P. 
    A ideia é fazer da Responsabilidade de proteger verdadeiramente um mecanismo para manter povos a salvo de violações de direitos humanos, associando-a a responsabilidade ao proteger. 
    O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio de Aguiar Patriota, mencionou os princípios que devem balizar a responsabilidade ao proteger, que se referem mais do que tudo ao uso da violência. Não há menção específica a crimes contra a humanidade na medida em que já há sua menção na R2P
    A proposta brasileira visa acrescentar e não modificar a R2P. Por conseguinte, a articulação de políticas públicas objetivando a proteção de gentes e povos continua sendo de cada Estado soberano. A afirmativa então apresenta dados incorretos.

    RESPOSTA : ERRADO

ID
3377233
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A propósito do sistema interamericano e de coalizões internacionais de que o Brasil participa ou com os quais se relaciona, julgue (C ou E) o item a seguir.


A cooperação triangular é um tipo de cooperação técnica entre países em desenvolvimento no Sul Global, que envolve três atores distintos nessas sociedades: um governo, que coordena e dirige os trabalhos; uma organização internacional, que fornece a assistência técnica em um tópico específico; e um agente do setor privado ou do terceiro setor, que colabora no financiamento e (ou) no desenvolvimento dos trabalhos.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    A Cooperação Triangular é realizada entre países e/ou organizações internacionais. Ela não é realizada entre países em desenvolvimento mas em benefício deles.

    O Ministério das Relações Exteriores, assim o define:

    O Brasil mantém atualmente diversos programas e projetos de cooperação técnica triangular com países ou com organismos internacionais em benefício de países em desenvolvimento. 

    Fonte: http://www.abc.gov.br/Projetos/CooperacaoSulSul/CooperacaoTriangular - acesso em 26/04/2020

  • Bruno Rezende professor

    Errado.

    Como menciona a página do Itamaraty, a cooperação técnica trilateral envolve:

    três países em desenvolvimento (PEDs), ou dois PEDs e um país desenvolvido, ou dois

    PEDs e uma organização internacional (Fontes: http://www.itamaraty.gov.br... e

    http://www.abc.gov.br/Gesta....

  • O estranhamento ocorreu com o setor privado financiando isso... a troco de que?

    Creio que essa parte é atribuída aos governos.

  • Tanto a cooperação sul-sul, quanto a sul-sul triangular nasceram com esta designação em setembro de 1978, na Argentina, sendo adotada por 138 Estados membros da ONU. Mas, a proposta de cooperação entre regiões subdesenvolvidas – hoje conhecidas como Sul Global – tem origens mais antigas.
     É possível vincular a proposta de cooperação à luta das colônias asiáticas e africanas contra o domínio europeu após a segunda guerra mundial. Tradicionalmente esta luta é conhecida pela designação de Descolonização Afro- asiática. Assim sendo, a Conferência de Bandung de 1955 pode ser entendida como o marco inicial da cooperação Sul- Sul. Neste momento foi também definida a posição de não- alinhamento automático com as então grandes potências (EUA e URSS) na lógica da Guerra Fria. Seria o grupo do Terceiro Mundo, o grupo dos Não-Alinhados, formado pelos Estados estabelecidos no processo de libertação. 
    Atualmente entende-se a cooperação Sul-Sul triangular (CSST) como aquela que envolve dois ou mais países em desenvolvimento, com o apoio de um país desenvolvido ou de uma organização multilateral.
    O objetivo da cooperação é a promoção do desenvolvimento, através de intercâmbios financeiros e de caráter não financeiro entre as partes engajadas na cooperação. Estados, organizações internacionais, acadêmicos, sociedade civil e setor privado colaboram e compartilham conhecimento, habilidades e iniciativas de sucesso em áreas específicas, como desenvolvimento agrícola, direitos humanos, urbanização, saúde, mudança climática, entre outros temas pertinentes à promoção do desenvolvimento sustentável.
    Pelo que foi desenvolvido acima  é possível entender que a segunda parte da afirmativa apresentada na questão está incorreta:“ Envolve três atores distintos nessas sociedades: um governo, que coordena e dirige os trabalhos; uma organização internacional, que fornece a assistência técnica em um tópico específico; e um agente do setor privado ou do terceiro setor, que colabora no financiamento e (ou) no desenvolvimento dos trabalhos" 
    Não são apenas estes os atores possíveis na proposta de cooperação. 
    Ademais, a hierarquia organizacional a ser estabelecida durante o trabalho desenvolvido depende do tipo de cooperação que se está estruturando. 
    RESPOSTA: ERRADO
  • A cooperação triangular ocorre entre 3 países ou 2 países e uma OI.

    Segundo ABC, a cooperação bilateral é prioritária, mas "o Governo brasileiro avalia que parcerias triangulares constituem uma soma de esforços que agrega valor específico e complementar às iniciativas empreendidas pelos canais bilaterais de Cooperação Sul-Sul (CSS)". A triangulação é entendida, portanto, como uma modalidade da cooperação Sul-Sul brasileira, ou seja, como um arranjo alternativo e complementar aos esforços bilaterais brasileiros. 

    No tema, é importante lembrar que:

    • ABC foi criada em 1987; em 2016, incorporou a coop. humanitária.
    • A cooperação internacional brasileira obedece aos princípios de: 1) demand-driven, 2) sem condicionalidades, 3) benefício mútuo, 4) cooperação estruturante.
    • O Brasil prioriza cooperação com AL e Caribe e PALOPs, sendo Moçambique o principal recipiendário atualmente, com destaque para saúde (combate a HIV).
    • Internacionalmente, os marcos são a Conferência de Buenos Aires de 1978 (aprovação do PABA, Plano de Ação de Buenos Aires) + Conferência de Alto Nível sobre CSS de Nairóbi (2009) + Conferência PABA + 40 (2019, Buenos Aires).


ID
5324644
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Tratado da Antártica completou mais de 60 anos em 2019, com uma história de avanços e de impasses que resultou tanto no incremento da cooperação internacional quanto em reivindicações territoriais por parte de alguns países. Ao longo dessa história, o Brasil demonstrou interesse na região por meio da implementação de iniciativas e ações específicas, como, por exemplo, o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Acerca desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.

O Brasil é um dos 12 membros signatários originais que ratificaram o Tratado da Antártica em 1961, data em que o documento entrou em vigor, ainda que o governo brasileiro tenha estabelecido sua primeira estação na região, a Estação Antártica Comandante Ferraz, apenas nos anos de 1980.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: ERRADO.

    O Brasil aderiu ao Tratado da Antártida em 1975, não sendo, portanto, signatário original da avença. O país realizou, em 1982, sua primeira expedição ao continente e inaugurou, dois meses depois, sua base fixa no continente, a Estação Comandante Ferraz. O sucesso desta levou à aceitação do Brasil como Parte Consultiva da avença, o que permite sua participação no processo decisório do regime, inclusive havendo sediado em 2014 a XXXVII Reunião Consultiva do Sistema. Atualmente, o PROANTAR é o instrumento de execução da Política Nacional para Assuntos Antárticos, que possui três vieses: científico, logístico e ambiental; o Brasil já é parte do Comitê Científico de Pesquisa Antártica. 

  • Gabarito Errado

    O Tratado da Antártica foi assinado em dezembro de 1959 e entrou em vigor apenas em junho de 1961, após a ratificação pelos doze países signatários. A Estação Brasileira Comandante Ferraz (EACF) foi implantada no âmbito da Operação Antártica II, em fevereiro de 1984.

    Bons Estudos!


ID
5324659
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A diplomacia brasileira confere tratamento multilateral para lidar com as chamadas novas ameaças, como o crime organizado e o terrorismo, entre outras. Com relação a esse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.

No âmbito dos BRICS, como consta na Declaração de Brasília da cúpula de 2019, o Brasil compromete-se a combater o uso ilícito das tecnologias da informação e da comunicação, bem como a estabelecer marcos legais para a cooperação entre os países do grupo e garantir a segurança da informação e da comunicação.

Alternativas
Comentários
  • Exemplo:

    Brasília, 11/08/2020 - Foi publicado, nesta terça (11), o Decreto nº 10.452, que promulga o texto do Acordo Quadro de Cooperação entre os Estados Partes do Mercosul e Estados Associados para a Criação de Equipes Conjuntas de Investigação. O acordo, firmado pela República Federativa do Brasil, em San Juan, em 2 de agosto de 2010, tem como objetivo intensificar o trabalho de cooperação entre países membros do Mercosul no combate ao crime organizado transnacional por meio do estabelecimento de investigação conjunta entre os países.

    https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/noticias/brasil-promulga-acordo-com-paises-do-mercosul-para-investigacao-conjunta-de-crimes

  • 19. Reafirmamos nosso compromisso de combater o uso indevido das tecnologias da informação e comunicação (TICs) para atividades criminosas e terroristas. Novos desafios e ameaças a esse respeito exigem cooperação internacional, inclusive por meio de discussões sobre possíveis marcos de cooperação, entre os quais um instrumento regulatório universal vinculante da ONU sobre o uso criminoso de TICs. Reconhecemos o progresso alcançado pelos países do BRICS na promoção da cooperação por meio do Grupo de Trabalho sobre Segurança no Uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (WGSICT), que aprovou seus Termos de Referência revisados, e por meio do Roteiro de Cooperação Prática do BRICS para Garantir a Segurança no uso de TICs. Tendo em conta as Cúpulas anteriores do BRICS, reafirmamos a importância de estabelecer marcos legais de cooperação entre os Estados membros do BRICS para garantir a segurança no uso das TICs e reconhecemos o trabalho do WGSICT na análise e elaboração de propostas sobre esse assunto. Tomamos nota da proposta da Rússia de um acordo intergovernamental do BRICS sobre cooperação para garantir a segurança no uso das TICs e da iniciativa brasileira de acordos bilaterais entre os países do BRICS sobre o assunto.

    https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/2019/declaracao-de-brasilia-11-cupula-do-brics


ID
5324716
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Brasil e outros atores regionais têm atuado conjuntamente em resposta às crises econômica, social, política, humanitária e de direitos humanos na Venezuela. No que se refere a essa temática, julgue (C ou E) o item a seguir.

Desde 2018, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas discute a situação dos direitos humanos na Venezuela. O Brasil, no entanto, não liderou a negociação de resoluções aprovadas relacionadas ao tema por defender, por princípio, que aquele órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) não deveria tratar da situação dos direitos humanos em países específicos.

Alternativas
Comentários
  • Para a ONU, há evidências suficientes para acreditar que o regime de Nicolás Maduro cometeu violações de tratados e convenções de direitos humanos. Além de crimes previstos no direito penal venezuelano e no direito internacional, segundo as Nações Unidas, teriam ocorrido crimes contra a humanidade, como assassinatos e o uso sistemático de tortura.

    A expectativa é de que toda a comunidade internacional trabalhe pela extinção do regime e que os países que ainda são a favor retirem o apoio prestado à ditadura venezuelana.

    https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/setembro/governo-brasileiro-recebe-relatorio-sobre-violacoes-de-direitos-humanos-na-venezuela

  • MRE - NOTA À IMPRENSA Nº 248/2019

    O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou hoje, em Genebra, resolução sobre a situação dos direitos humanos na Venezuela apresentada pelo Brasil, juntamente com parceiros do Grupo de Lima.

    A resolução expressa profunda preocupação com a situação alarmante dos direitos humanos na Venezuela, que inclui violações contra todos os direitos humanos – civis, políticos, econômicos, sociais e culturais – no contexto da corrente crise política, econômica, política, social e humanitária provocada pelo regime Maduro.

    A resolução cria uma missão internacional independente de averiguação de fatos com mandato amplo e robusto, para investigar execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias, tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes ocorridos na Venezuela desde 2014, com o objetivo de garantir a responsabilização dos violadores e justiça para as vítimas.

    O Brasil condena veementemente todas as violações e abusos dos direitos humanos praticados pelo regime de Nicolás Maduro. Reiteramos nossa convicção de que somente o pleno restabelecimento da democracia na Venezuela permitirá vencer a crise humanitária e de direitos humanos naquele país. A investigação e punição das violações de direitos humanos praticados pelo regime Maduro é passo decisivo e indispensável rumo a essa redemocratização.


ID
5324743
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Depois da entrada dos Estados Unidos da América (EUA) na Segunda Guerra (dezembro de 1941) e da aliança firmada na Declaração das Nações Unidas, a guerra foi paulatinamente pendendo em favor dos aliados e, entre eles, ficou mais clara a percepção da necessidade de se criar uma organização que preconizasse uma “trusteeship of the powerful”, ideia de Roosevelt pela qual caberia às potências vitoriosas a responsabilidade primária pela imposição da paz após a guerra, pela força se preciso. Na concepção de Roosevelt, as grandes potências seriam os “quatro policiais” ou xerifes capazes de garantir a segurança em escala mundial, dado que somente eles eram capazes de ter armas para além de rifles. Inicialmente, Roosevelt pensou em três policiais (EEUU, Grã-Bretanha e URSS), mas a eles acrescentou a China, em face de um desejo norte-americano “de reforçar a posição de seu aliado na luta contra o Japão no Pacífico”. Há que se recordar que a República da China foi membro fundador das Nações Unidas antes do final da guerra civil que dividiu o país em dois.

GARCIA, Eugênio Vargas. Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Brasília: Funag, 2013, p. 30, com adaptações.

A respeito da composição do Conselho de Segurança das Nações Unidas em suas origens, julgue (C ou E) o item a seguir.

O Brasil se destacava como possível forte aliado latino-americano dos EUA: havia lutado na guerra com contingente expressivo pró-aliados; tem dimensões continentais; já tinha liderança no contexto do subcontinente. Pode-se dizer que a inclusão do Brasil como o sexto membro permanente seria coerente com os desígnios de Roosevelt para o pós-guerra, articulando as diferentes regiões em torno de potências com peso específico em suas áreas geográficas. O Brasil era, no imediato pós-Segunda Guerra, o país latino-americano que se encontrava em situação mais propícia a funcionar como Estado-policial para a região, se uma escolha como essa viesse a ser feita. Além de poder contribuir com os EUA militarmente em termos de segurança e defesa hemisféricas, poderia configurar-se um aliado confiável dos EEUU no Conselho de Segurança.

Alternativas
Comentários
  • Não entendi. O Brasil nem é membro permanente do conselho atualmente.