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Prova BIO-RIO - 2011 - ETAM - Curso de Formação de Técnicos - 1º Semestre


ID
2230654
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Uma distância de duzentos e quarenta mil metros, em linguagem do dia a dia, corresponde à seguinte quantidade em notação científica:

Alternativas
Comentários
  • 2,40 x10.5


    240000


    Se contar da direita para a esquerda, são cinco casas que ficarão atrás da virgula. Portanto se eleva a quinta potência.


ID
2230657
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

A unidade de peso no Sistema Internacional de Unidades é:

Alternativas
Comentários
  • massa é quilograma

    peso é newton


ID
2230660
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Multiplicando-se uma massa de 20kg por uma aceleração de 30m/s2 obtém-se:

Alternativas
Comentários
  • Questão relativamente simples:

    Fr= m *a

    Fr= 20 * 30

    Fr= 6 * 10² N


ID
2230663
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Uma bolinha de chumbo é solta com velocidade nula de uma altura de 0,80m do chão em um local em que a aceleração da gravidade é 10m/s2 e a resistência do ar é desprezível. O tempo de queda da bolinha é:

Alternativas
Comentários
  • g=10m/s^2

    H=0, 8m

    t=??

    H=g x t^2/2

    0,8=10 x t^2/2

    0,8=5 x t^2

    0,8/5 =t^2

    0,16=t^2

    √0, 16=t

    0,4=t

  • O tempo de queda livre pode ser dado por:

    h= g *t²

    0,8= 10*t²/2

    t²= 0,16

    t= 0,4 s


ID
2230666
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Uma fragata mantém uma velocidade constante de 30km/h em linha reta durante 10 minutos. Nesse tempo ela percorre uma distância de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra C

    Δt (tempo gasto) = 10min (Transformando minuto para hora:Δt = 1/6h)

    Vm = 30 km/h

    ΔS (distância percorrida) = ?

    Vm (velocidade média) = ΔS / Δt

    ΔS=Vm (velocidade média)*Δt

    ΔS=30*1/6

    ΔS=5 km


ID
2230672
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

A pressão p da água a uma distância vertical d abaixo da superfície livre da água de um lago em equilíbrio hidrostático é dada pela fórmula p = p0 + qd, na qual p0 = 1,0 x 105 N/m2 e q = 1,0 x 104 N/m3 . De acordo com essa fórmula, a 15m abaixo do nível da água a pressão é: 

Alternativas

ID
2230675
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

O módulo do momento de um binário cujas forças têm módulo 10N e estão aplicadas ao longo de retas paralelas separadas de 0,50m é

Alternativas

ID
2230678
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Avalie as seguintes afirmações:

I - Força é uma grandeza vetorial.

II - O peso de um objeto é uma força.

III - Em um referencial inercial, a aceleração de uma partícula é proporcional à força resultante sobre ela.

IV -Em um bloco em repouso sobre o solo, o peso do bloco e a força do solo sobre ele formam um par de ação e reação de acordo com a terceira lei de Newton.

Estão corretas as afirmações:

Alternativas
Comentários
  • I - Força é uma grandeza vetorial. CERTO

    II - O peso de um objeto é uma força. CERTO, é a chamada força peso. Com direção vertical e sentido para baixo.

    III - Em um referencial inercial, a aceleração de uma partícula é proporcional à força resultante sobre ela. CERTO, As Leis de Newton só funcionam para referenciais inerciais, referenciais em movimento já entraria na física moderna

    IV -Em um bloco em repouso sobre o solo, o peso do bloco e a força do solo sobre ele formam um par de ação e reação de acordo com a terceira lei de Newton. ERRADO Força Peso e Normal NUNCA formam um par ação e reação, pois são forças que atuam no MESMO CORPO. A ação e reação, descrita por Newton em sua 3ª Lei, só se aplica em corpos diferentes, por isso NUNCA SE ANULAM.


ID
2230684
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Sabendo que uma onda eletromagnética tem velocidade de 3,0 x 108 m/s e frequência de 2,0 x 1011 Hz, concluímos que o seu comprimento de onda é:

Alternativas
Comentários
  • velocidade =lâmbida x frequência

ID
2230690
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

 Sabendo que o calor latente de liquefação da água é 540cal/(gºC) , podemos afirmar que 2g de água a 100ºC ao se transformarem em 20g de vapor d’água a 100ºC absorvem: 

Alternativas

ID
2230693
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Uma esfera homogênea de peso igual a 20N flutua, em repouso, na água contida em um recipiente, com metade de seu volume submerso e sem tocar em nenhuma das paredes do recipiente.
Nesse caso é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • P = Epx

    Epx = 20N

    Se a esfera está com metade do volume submerso, sua densidade é igual a metade da densidade do líquido.

    GABARITO: LETRA B


ID
2230696
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Uma lâmpada é ligada aos terminais de uma bateria ideal e, nessa situação, a potência dissipada no circuito vale 100W. Se uma segunda lâmpada, idêntica à primeira, for incluída no circuito e ligada em série com ela, a nova potência dissipada no circuito será:

Alternativas
Comentários
  • P= U^2/r== se a resistência vai ser aumentada em 2 vezes, então a potência vai diminuída em 2 vezes.


ID
2230705
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Uma esfera metálica neutra isolada é aproximada de um bastão de vidro com carga positiva sem contudo encostar no bastão. Após atingir o equilíbrio eletrostático, e ainda próxima do bastão, a esfera é aterrada. A esfera é então desaterrada e afastada do bastão. Nessa situação final é correto afirmar que a carga da esfera é:

Alternativas

ID
2230714
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Dois terços de um sexto é igual a:

Alternativas

ID
2230717
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O número 10−5 pode ser escrito como:

Alternativas

ID
2230720
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Se 3 − 2x = − 9 então x é igual a:

Alternativas
Comentários
  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Matemática e o assunto inerente à equação.

    Tal questão apresenta a seguinte equação, desejando que seja encontrado o valor de "x" desta:

    3 − 2x = − 9.

    Resolvendo a questão

    Resolvendo a equação acima, tem-se o seguinte:

    3 - 2x = -9

    -2x = -9 - 3

    -2x = -12 (multiplicando-se tudo por "-1")

    2x = 12

    x = 12/2

    x = 6.

    Gabarito: letra "d".


ID
2230723
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Antônio é 5 anos mais moço do que Bernardo. Há 20 anos a idade de Bernardo era o dobro da idade de Antônio. A soma das idades atuais de Antônio e Bernardo é igual a:

Alternativas
Comentários
  • Antônio é 5 anos mais moço do que Bernardo:

    A = B - 5 => Equação 1

     

    Há 20 anos a idade de Bernardo era o dobro da idade de Antônio:

    B - 20 = 2 . (A - 20) => Equação 2 - (vamos usar a primeira equação e substituir nessa segunda equação)

    B - 20 = 2  . (B - 5 - 20)

    B - 20 = 2B - 10 - 40

    B - 2B = - 10 - 40 + 20

    -B = - 30 .(-1)

    B = 30 => Idade de Bernardo

     

    Para achar a idade de Antônio basta utilizar a Equação 1 e substituir com o que já sabemos que é a idade de Bernardo:

    A = B - 5

    A = 30 - 5

    A = 25 => Idade de Antônio

     

    A soma das idades atuais de Antônio e Bernardo é igual a: 

    A + B = ?

    25 + 30 = 55

    GABARITO C


ID
2230726
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Se 1 é raiz da equação 3x2 – 12x + m = 0, em que m é uma constante, então a outra raiz é igual a:

Alternativas

ID
2230729
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O professor diz: “Cada um de vocês pense em um número. Vamos chamar esse número de x. Multiplique-o por 2, some 10 ao resultado e depois divida o novo resultado por 4. Chame de y ao número obtido ao final.”
Se o resultado y for anunciado por um aluno qualquer, então o número x por ele pensado inicialmente pode ser calculado pela equação: 

Alternativas

ID
2230735
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O professor lança o seguinte desafio: “Se você escolher um número x qualquer, elevá-lo ao quadrado, em seguida elevar o resultado obtido ao quadrado e, depois, elevar esse último resultado novamente ao quadrado, sempre obterá 4x, x3 , x6 ou x8 ”? Acertou a solução quem respondeu:

Alternativas

ID
2230738
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

 O resultado da subtração 13.210.0002 – 13.209.9992 é: 

Alternativas

ID
2230741
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Se A e B são os conjuntos

A = {0, 1, 2}, B = {1, 2}

então o produto cartesiano de A por B é o conjunto:

Alternativas
Comentários
  • Basicamente você tem que montar um tabuleiro de guerra naval. E os elementos de A vem primeiro em relação aos de B

  • A = {0, 1, 2}, B = {1, 2}

    {(0A 1B), (0A 2B), (1A 1B) (1A 2B), (2A 1B), (2A 2B)}

    {(0, 1), (0, 2), (1, 1), (1, 2), (2, 1), (2, 2)};

  • Produto Cartesiano:

    AxB ---> onde A (o conjunto que vem primeiro) é o eixo X e o B (conjunto que vem depois) é o eixo Y.

    Logo,

    A = {0, 1, 2}

    B = {1, 2}

    {(0, 1), (0, 2), (1, 1), (1, 2), (2, 1), (2, 2)};

    Gabarito letra C


ID
2230744
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A distância do ponto (−1, −1) ao ponto (1, 1) é igual a:

Alternativas
Comentários
  • Questão simples para quem está em G.A.

    D²= (1- (-1))² + (1-(-1))²

    D²= raiz de 8

    d= 2 Raiz de 2


ID
2230756
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

As caixas de sapato de um certo modelo têm a forma aproximada de um paralelepípedo com dimensões 40cm, 25cm e 18cm. Uma pilha com cinco dessas caixas ocupa um volume, em m3 , aproximadamente igual a:

Alternativas

ID
2230762
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      TEXTO 1:

                                   O Fim do Mundo (Cecília Meireles)

   A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

   Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

   Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.

  Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste — mas que importância tem a tristeza das crianças?

   Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.       

  Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.

   O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos voto de pobreza ou assaltamos os cofres públicos — além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais do que cabe enumerar numa crônica.

   Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.

   Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus — dono de todos os mundos — que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos — segundo leio — que, na Índia, lançam flores ao fogo, num rito de adoração. 

  Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos — insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.

    Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...

   Texto extraído do livro "Quatro Vozes", Distribuidora Record de Serviços de Imprensa - Rio de Janeiro, 1998, pág. 73.


Vocabulário:

Estremunhar – despertar ou fazer despertar (alguém) subitamente.

Peculiar – inerente, próprio, respectivo.

Judicioso – que demonstra sensatez; acertado.

Enigma – mistério.

Arrogar – tomar como seu, atribuir a (alguém ou si próprio) direito a (um privilégio, poder etc.). 

O texto acima pode ser resumido pela seguinte frase:

Alternativas

ID
2230765
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      TEXTO 1:

                                   O Fim do Mundo (Cecília Meireles)

   A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

   Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

   Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.

  Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste — mas que importância tem a tristeza das crianças?

   Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.       

  Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.

   O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos voto de pobreza ou assaltamos os cofres públicos — além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais do que cabe enumerar numa crônica.

   Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.

   Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus — dono de todos os mundos — que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos — segundo leio — que, na Índia, lançam flores ao fogo, num rito de adoração. 

  Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos — insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.

    Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...

   Texto extraído do livro "Quatro Vozes", Distribuidora Record de Serviços de Imprensa - Rio de Janeiro, 1998, pág. 73.


Vocabulário:

Estremunhar – despertar ou fazer despertar (alguém) subitamente.

Peculiar – inerente, próprio, respectivo.

Judicioso – que demonstra sensatez; acertado.

Enigma – mistério.

Arrogar – tomar como seu, atribuir a (alguém ou si próprio) direito a (um privilégio, poder etc.). 

Da leitura do penúltimo parágrafo do texto 1, podemos concluir que:

Alternativas

ID
2230768
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      TEXTO 1:

                                   O Fim do Mundo (Cecília Meireles)

   A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

   Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

   Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.

  Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste — mas que importância tem a tristeza das crianças?

   Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.       

  Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.

   O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos voto de pobreza ou assaltamos os cofres públicos — além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais do que cabe enumerar numa crônica.

   Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.

   Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus — dono de todos os mundos — que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos — segundo leio — que, na Índia, lançam flores ao fogo, num rito de adoração. 

  Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos — insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.

    Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...

   Texto extraído do livro "Quatro Vozes", Distribuidora Record de Serviços de Imprensa - Rio de Janeiro, 1998, pág. 73.


Vocabulário:

Estremunhar – despertar ou fazer despertar (alguém) subitamente.

Peculiar – inerente, próprio, respectivo.

Judicioso – que demonstra sensatez; acertado.

Enigma – mistério.

Arrogar – tomar como seu, atribuir a (alguém ou si próprio) direito a (um privilégio, poder etc.). 

Em “Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.”, o verbo grifado na primeira oração encontra-se no modo:

Alternativas
Comentários
  • futuro do subjuntivo do verbo ir (quando eu) FOR. 

  • Possibilidade, hipótese.


ID
2230771
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      TEXTO 1:

                                   O Fim do Mundo (Cecília Meireles)

   A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

   Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

   Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.

  Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste — mas que importância tem a tristeza das crianças?

   Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.       

  Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.

   O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos voto de pobreza ou assaltamos os cofres públicos — além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais do que cabe enumerar numa crônica.

   Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.

   Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus — dono de todos os mundos — que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos — segundo leio — que, na Índia, lançam flores ao fogo, num rito de adoração. 

  Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos — insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.

    Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...

   Texto extraído do livro "Quatro Vozes", Distribuidora Record de Serviços de Imprensa - Rio de Janeiro, 1998, pág. 73.


Vocabulário:

Estremunhar – despertar ou fazer despertar (alguém) subitamente.

Peculiar – inerente, próprio, respectivo.

Judicioso – que demonstra sensatez; acertado.

Enigma – mistério.

Arrogar – tomar como seu, atribuir a (alguém ou si próprio) direito a (um privilégio, poder etc.). 

 Em “Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas...”(segundo parágrafo), a palavra grifada refere-se a: 

Alternativas

ID
2230774
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      TEXTO 1:

                                   O Fim do Mundo (Cecília Meireles)

   A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

   Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

   Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.

  Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste — mas que importância tem a tristeza das crianças?

   Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.       

  Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.

   O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos voto de pobreza ou assaltamos os cofres públicos — além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais do que cabe enumerar numa crônica.

   Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.

   Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus — dono de todos os mundos — que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos — segundo leio — que, na Índia, lançam flores ao fogo, num rito de adoração. 

  Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos — insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.

    Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...

   Texto extraído do livro "Quatro Vozes", Distribuidora Record de Serviços de Imprensa - Rio de Janeiro, 1998, pág. 73.


Vocabulário:

Estremunhar – despertar ou fazer despertar (alguém) subitamente.

Peculiar – inerente, próprio, respectivo.

Judicioso – que demonstra sensatez; acertado.

Enigma – mistério.

Arrogar – tomar como seu, atribuir a (alguém ou si próprio) direito a (um privilégio, poder etc.). 

O fragmento do texto em que foi assinalada uma preposição é o seguinte:

Alternativas
Comentários
  • B) A mim não me causava medo nenhum. (CORRETA)

    Os pronomes oblíquos tônicos vem sempre precedidos de preposição.


ID
2230777
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      TEXTO 1:

                                   O Fim do Mundo (Cecília Meireles)

   A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

   Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

   Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.

  Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste — mas que importância tem a tristeza das crianças?

   Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.       

  Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.

   O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos voto de pobreza ou assaltamos os cofres públicos — além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais do que cabe enumerar numa crônica.

   Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.

   Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus — dono de todos os mundos — que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos — segundo leio — que, na Índia, lançam flores ao fogo, num rito de adoração. 

  Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos — insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.

    Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...

   Texto extraído do livro "Quatro Vozes", Distribuidora Record de Serviços de Imprensa - Rio de Janeiro, 1998, pág. 73.


Vocabulário:

Estremunhar – despertar ou fazer despertar (alguém) subitamente.

Peculiar – inerente, próprio, respectivo.

Judicioso – que demonstra sensatez; acertado.

Enigma – mistério.

Arrogar – tomar como seu, atribuir a (alguém ou si próprio) direito a (um privilégio, poder etc.). 

Na palavra “vagamente”, o elemento mórfico assinalado é

Alternativas
Comentários
  • D

  • GABARITO: D

    • “vagamente

    Sufixo = Elemento que vem depois do radical.


ID
2230780
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      TEXTO 1:

                                   O Fim do Mundo (Cecília Meireles)

   A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

   Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

   Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.

  Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste — mas que importância tem a tristeza das crianças?

   Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.       

  Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.

   O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos voto de pobreza ou assaltamos os cofres públicos — além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais do que cabe enumerar numa crônica.

   Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.

   Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus — dono de todos os mundos — que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos — segundo leio — que, na Índia, lançam flores ao fogo, num rito de adoração. 

  Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos — insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.

    Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...

   Texto extraído do livro "Quatro Vozes", Distribuidora Record de Serviços de Imprensa - Rio de Janeiro, 1998, pág. 73.


Vocabulário:

Estremunhar – despertar ou fazer despertar (alguém) subitamente.

Peculiar – inerente, próprio, respectivo.

Judicioso – que demonstra sensatez; acertado.

Enigma – mistério.

Arrogar – tomar como seu, atribuir a (alguém ou si próprio) direito a (um privilégio, poder etc.). 

Assinale o item em que se indica corretamente a função sintática do termo grifado em “Aprendi muitas coisas...”:

Alternativas

ID
2230783
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      TEXTO 1:

                                   O Fim do Mundo (Cecília Meireles)

   A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

   Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

   Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.

  Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste — mas que importância tem a tristeza das crianças?

   Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.       

  Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.

   O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos voto de pobreza ou assaltamos os cofres públicos — além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais do que cabe enumerar numa crônica.

   Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.

   Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus — dono de todos os mundos — que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos — segundo leio — que, na Índia, lançam flores ao fogo, num rito de adoração. 

  Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos — insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.

    Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...

   Texto extraído do livro "Quatro Vozes", Distribuidora Record de Serviços de Imprensa - Rio de Janeiro, 1998, pág. 73.


Vocabulário:

Estremunhar – despertar ou fazer despertar (alguém) subitamente.

Peculiar – inerente, próprio, respectivo.

Judicioso – que demonstra sensatez; acertado.

Enigma – mistério.

Arrogar – tomar como seu, atribuir a (alguém ou si próprio) direito a (um privilégio, poder etc.). 

Na metade do 3º parágrafo foram utilizados os pontos de interrogação para indicar uma:

Alternativas

ID
2230786
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          TEXTO 2:

                                                   Coisas da Magia

   O fascínio que os cometas exercem decorre certamente de sua forma inusitada, de suas aparições rápidas e de suas prolongadas ausências. Um astro, que arrasta atrás de si uma cauda luminosa, surge voando em direção ao Sol e desaparece do céu para tornar a aparecer anos mais tarde só poderia fascinar a mente humana. Não é de admirar ter sido a cauda a primeira parte do cometa a merecer atenção. O próprio nome cometa, que deriva do grego, quer dizer “estrela de cabelo”, uma evidente associação com a cauda; e as palavras chinesa e japonesa para cometa significam “estrela de vassoura” — de novo a alusão à cauda. (Talvez seja essa origem, aliás, a responsável pela confusão que a certa altura se fez entre cauda e cabeleira, o invólucro do núcleo do cometa.)

   Assim também as ausências, mesmo curtas, causaram perplexidade entre os antigos observadores, gerando não só polêmicas, mas explicações que hoje fazem rir. Em 1680, por exemplo, Isaac Newton avistou o cometa que tomou seu nome. O Newton sumiu em novembro para reaparecer em meados de dezembro. E foi uma luta para o astrônomo inglês convencer os seus contemporâneos de que o cometa simplesmente dera a volta por trás do Sol. Para eles, um primeiro cometa se chocara contra o astro e posteriormente outro surgira do lado oposto.

   Nem o século XX escapou a explicações estapafúrdias. Antes e durante a visita do cometa Halley, em 1910, multiplicaram-se reações que variaram do pitoresco ao dramático. Toda uma aldeia húngara, convencida de que o cometa se chocaria com a Terra, fazendo-a em pedaços, acendeu uma grande fogueira na praça e se atirou a uma orgia místico-gastronômica. Ao som das orações e imprecações, todo o estoque de comida e de bebida foi sendo consumido até que a ressaca e o pasmo se instalaram. Além da colisão, anunciada por astrólogos, temia-se o envenenamento por gases da cauda do cometa (a qual, conforme as previsões, a Terra cruzaria a 21 de maio). Muita gente vedou portas e janelas e se trancou a sete chaves, e não faltou quem amealhasse gordas somas vendendo máscaras contra gases. Segundo um boato jamais confirmado ou desmentido, no estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, uma virgem quase foi sacrificada por religiosos fanáticos ansiosos para aplacar o cometa; teria sido salva por policiais, no bom estilo dos romances de aventuras. Em vários lugares houve casos de suicídio.

   Claro, não ocorreu colisão nem envenenamento. (a possibilidade de colisão existe, mas, segundo os astrônomos, é de apenas uma em um milhão). E cruzar os gases na cauda de um cometa não é mais perigoso do que se expor à poluição de uma área industrial durante algumas horas. Mas o Halley, portador de uma antiga fama como assassino de monarcas, em 1910 a confirmou: faleceu Eduardo VII da Grã-Bretanha e Irlanda. Para muita gente, foi o cometa que matou o rei, embora ele já estivesse doente e até pensando em abdicar. 

   Por um lado, como se vê, os homens buscam os cometas como um deslumbrante espetáculo celeste. Por outro, atribuem-lhes mortes e todo tipo de desastres. Até o dilúvio universal já foi atribuído a um deles. No ano 11 a.C., a aparição de um cometa teria anunciado a morte de Marco Agripa, poderoso general e estadista romano. No ano 48 a.C., quando César e Pompeu entraram em guerra, Plínio o Velho, famoso naturalista romano, pontificou: o conflito seria “um exemplo dos terríveis efeitos que se seguem à aparição de um cometa”. No ano 60 de nossa era, Nero, verificando que os deuses se punham a enviar cometas contra Roma, e temendo que os patrícios romanos o sacrificassem a fim de apaziguá- los, houve por bem tomar a iniciativa; ato contínuo, vários patrícios foram passados pelo fio da espada. Atribuíram-se igualmente a cometas a destruição de Jerusalém, no ano 66; a morte do imperador romano Macrino, em 218; a derrota de Átila, rei dos hunos, em 451; e a morte de Haroldo II, rei dos anglo-saxões. Haroldo II morreu em 1066, ano de visita do cometa Halley, em luta contra Guilherme I o Conquistador, duque da Normandia e depois rei da Inglaterra. Tanto a aparição do Halley quanto a conquista normanda da Inglaterra estão retratados no célebre bordado conhecido como tapeçaria de Bayeux (por ter sido trabalhado nesse famoso centro tapeceiro) e também como tapete da rainha Matilde (por ser atribuído a Matilde, esposa de Guilherme). Responsabilizados por tantas desgraças, os cometas sofreram revides. Afonso VI de Portugal entrincheirou-se numa ameia de seu palácio e recebeu o Halley a tiros de pistola.         Mas se a associação entre os cometas e a desgraça é predominante, pelo menos não é única. Giotto de Bondone, considerado o maior pintor do século XIV, viu o Halley em 1301 e, dois anos depois, o incluiu no afresco “Adoração dos magos”, do ciclo de Pádua, em que retratou a história sacra. Vem daí a confusão entre o Halley e a estrela de Belém. Na verdade, não consta que esse cometa tenha aparecido no ano do nascimento de Jesus Cristo.

(http://www.idealdicas.com/o-cometa-halley/)

Vocabulário:

Estapafúrdio – excêntrico, bizarro, singular.

Pitoresco – que diverte; recreativo.

Imprecação – pedido de favor ou graça; rogo, súplica.

Amealhar – acumular, juntar, enriquecer.

Ameia – parte alta ou superior de alguma coisa. 

No texto 2, há o predomínio da seguinte função de linguagem:

Alternativas
Comentários
  • a) referencial;

     

     

    Referencial - Evidencia o assunto, o objeto, os fatos, os juízos. É a linguagem da comunicação.

     

    Fática - Ênfase  no canal para checar sua recepção ou para manter a conexão entre os falantes.

     

    Poética -  Voltada para o processo de estruturação da mensagem e para seus próprios constituintes, tendo em vista produzir um efeito estético.

     

    Emotiva - Ênfase no emissor (lª pessoa) e na expressão direta de suas emoções e atitudes.

     

     

    FONTE: http://mundoedu.com.br/uploads/pdf/55075afb5e838.pdf

  • Medo de errar a questão...kkkk Fiquei em dúvida entre as funções referencial e emotiva, mas refletindo percebi que apesar de ter umas poucas marcas de opinião do autor, há a predominância de objetividade, portanto a linguagem é referencial.

  • Função Referencial: linguagem objetivaimpessoal e verbos na 3ª pessoa, no sentido denotativa. É centralizada no referente. Utilizado em textos jornalísticos e científicos. (Dissertação usaa função referencial) – referências = texto.


ID
2230789
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          TEXTO 2:

                                                   Coisas da Magia

   O fascínio que os cometas exercem decorre certamente de sua forma inusitada, de suas aparições rápidas e de suas prolongadas ausências. Um astro, que arrasta atrás de si uma cauda luminosa, surge voando em direção ao Sol e desaparece do céu para tornar a aparecer anos mais tarde só poderia fascinar a mente humana. Não é de admirar ter sido a cauda a primeira parte do cometa a merecer atenção. O próprio nome cometa, que deriva do grego, quer dizer “estrela de cabelo”, uma evidente associação com a cauda; e as palavras chinesa e japonesa para cometa significam “estrela de vassoura” — de novo a alusão à cauda. (Talvez seja essa origem, aliás, a responsável pela confusão que a certa altura se fez entre cauda e cabeleira, o invólucro do núcleo do cometa.)

   Assim também as ausências, mesmo curtas, causaram perplexidade entre os antigos observadores, gerando não só polêmicas, mas explicações que hoje fazem rir. Em 1680, por exemplo, Isaac Newton avistou o cometa que tomou seu nome. O Newton sumiu em novembro para reaparecer em meados de dezembro. E foi uma luta para o astrônomo inglês convencer os seus contemporâneos de que o cometa simplesmente dera a volta por trás do Sol. Para eles, um primeiro cometa se chocara contra o astro e posteriormente outro surgira do lado oposto.

   Nem o século XX escapou a explicações estapafúrdias. Antes e durante a visita do cometa Halley, em 1910, multiplicaram-se reações que variaram do pitoresco ao dramático. Toda uma aldeia húngara, convencida de que o cometa se chocaria com a Terra, fazendo-a em pedaços, acendeu uma grande fogueira na praça e se atirou a uma orgia místico-gastronômica. Ao som das orações e imprecações, todo o estoque de comida e de bebida foi sendo consumido até que a ressaca e o pasmo se instalaram. Além da colisão, anunciada por astrólogos, temia-se o envenenamento por gases da cauda do cometa (a qual, conforme as previsões, a Terra cruzaria a 21 de maio). Muita gente vedou portas e janelas e se trancou a sete chaves, e não faltou quem amealhasse gordas somas vendendo máscaras contra gases. Segundo um boato jamais confirmado ou desmentido, no estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, uma virgem quase foi sacrificada por religiosos fanáticos ansiosos para aplacar o cometa; teria sido salva por policiais, no bom estilo dos romances de aventuras. Em vários lugares houve casos de suicídio.

   Claro, não ocorreu colisão nem envenenamento. (a possibilidade de colisão existe, mas, segundo os astrônomos, é de apenas uma em um milhão). E cruzar os gases na cauda de um cometa não é mais perigoso do que se expor à poluição de uma área industrial durante algumas horas. Mas o Halley, portador de uma antiga fama como assassino de monarcas, em 1910 a confirmou: faleceu Eduardo VII da Grã-Bretanha e Irlanda. Para muita gente, foi o cometa que matou o rei, embora ele já estivesse doente e até pensando em abdicar. 

   Por um lado, como se vê, os homens buscam os cometas como um deslumbrante espetáculo celeste. Por outro, atribuem-lhes mortes e todo tipo de desastres. Até o dilúvio universal já foi atribuído a um deles. No ano 11 a.C., a aparição de um cometa teria anunciado a morte de Marco Agripa, poderoso general e estadista romano. No ano 48 a.C., quando César e Pompeu entraram em guerra, Plínio o Velho, famoso naturalista romano, pontificou: o conflito seria “um exemplo dos terríveis efeitos que se seguem à aparição de um cometa”. No ano 60 de nossa era, Nero, verificando que os deuses se punham a enviar cometas contra Roma, e temendo que os patrícios romanos o sacrificassem a fim de apaziguá- los, houve por bem tomar a iniciativa; ato contínuo, vários patrícios foram passados pelo fio da espada. Atribuíram-se igualmente a cometas a destruição de Jerusalém, no ano 66; a morte do imperador romano Macrino, em 218; a derrota de Átila, rei dos hunos, em 451; e a morte de Haroldo II, rei dos anglo-saxões. Haroldo II morreu em 1066, ano de visita do cometa Halley, em luta contra Guilherme I o Conquistador, duque da Normandia e depois rei da Inglaterra. Tanto a aparição do Halley quanto a conquista normanda da Inglaterra estão retratados no célebre bordado conhecido como tapeçaria de Bayeux (por ter sido trabalhado nesse famoso centro tapeceiro) e também como tapete da rainha Matilde (por ser atribuído a Matilde, esposa de Guilherme). Responsabilizados por tantas desgraças, os cometas sofreram revides. Afonso VI de Portugal entrincheirou-se numa ameia de seu palácio e recebeu o Halley a tiros de pistola.         Mas se a associação entre os cometas e a desgraça é predominante, pelo menos não é única. Giotto de Bondone, considerado o maior pintor do século XIV, viu o Halley em 1301 e, dois anos depois, o incluiu no afresco “Adoração dos magos”, do ciclo de Pádua, em que retratou a história sacra. Vem daí a confusão entre o Halley e a estrela de Belém. Na verdade, não consta que esse cometa tenha aparecido no ano do nascimento de Jesus Cristo.

(http://www.idealdicas.com/o-cometa-halley/)

Vocabulário:

Estapafúrdio – excêntrico, bizarro, singular.

Pitoresco – que diverte; recreativo.

Imprecação – pedido de favor ou graça; rogo, súplica.

Amealhar – acumular, juntar, enriquecer.

Ameia – parte alta ou superior de alguma coisa. 

Os vocábulos só, é, vê, já recebem acento gráfico obrigatoriamente por serem todos:

Alternativas
Comentários
  • Letra D.


    1. MONOSSÍLABO (definição)

    Monossílabo é palavra de uma só sílaba. Pode ser átono ou tônico.

    a) Átono – É o monossílabo pronunciado tão fracamente na frase que a sua intensidade equivale à de uma sílaba átona. Por isso, não tem autonomia fonética e jamais leva acento gráfico.

    Exemplos: de, um, uns, sob, em, sem, dum.

    b) Tônico – É o monossílabo cuja intensidade se equipara à de uma sílaba tônica, pois é pronunciado fortemente. Nem todos são acentuados graficamente.

    Exemplos: pá, pé, pó, pós, cós, dá-lo, pô-lo, só, sós, nó, nós, trem, bem.

    2. MONOSSÍLABOS TÔNICOS ACENTUADOS

    Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em:

    a) a, as – Pá, pás, Brás, já, lá, má, más; fá-lo-ás, fá-lo-ei, fá-lo-emos, trá-lo-ei, trá-lo-íamos;

    b) e, es – Pé, pés, crê, crês, dê, dês, vês, mês; fê-lo, fê-la;

    c) o, os – Pó, pós, nó, nós, cós, só, sós, dó, pôs; pô-lo-ás, pô-lo-ei, pô-la-íamos, pô-lo, pô-la.

  • Oxítona: sílaba tônica é a última.

    Paroxítona: sílaba tônica é a penúltima.

    Proparoxítona: sílaba tônica é a antepenúltima.

    Monossílabo tônico: 1 vogal, 1 sílaba, terminado em a, e, o + s ou éi, éu, ói + s.


ID
2230792
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          TEXTO 2:

                                                   Coisas da Magia

   O fascínio que os cometas exercem decorre certamente de sua forma inusitada, de suas aparições rápidas e de suas prolongadas ausências. Um astro, que arrasta atrás de si uma cauda luminosa, surge voando em direção ao Sol e desaparece do céu para tornar a aparecer anos mais tarde só poderia fascinar a mente humana. Não é de admirar ter sido a cauda a primeira parte do cometa a merecer atenção. O próprio nome cometa, que deriva do grego, quer dizer “estrela de cabelo”, uma evidente associação com a cauda; e as palavras chinesa e japonesa para cometa significam “estrela de vassoura” — de novo a alusão à cauda. (Talvez seja essa origem, aliás, a responsável pela confusão que a certa altura se fez entre cauda e cabeleira, o invólucro do núcleo do cometa.)

   Assim também as ausências, mesmo curtas, causaram perplexidade entre os antigos observadores, gerando não só polêmicas, mas explicações que hoje fazem rir. Em 1680, por exemplo, Isaac Newton avistou o cometa que tomou seu nome. O Newton sumiu em novembro para reaparecer em meados de dezembro. E foi uma luta para o astrônomo inglês convencer os seus contemporâneos de que o cometa simplesmente dera a volta por trás do Sol. Para eles, um primeiro cometa se chocara contra o astro e posteriormente outro surgira do lado oposto.

   Nem o século XX escapou a explicações estapafúrdias. Antes e durante a visita do cometa Halley, em 1910, multiplicaram-se reações que variaram do pitoresco ao dramático. Toda uma aldeia húngara, convencida de que o cometa se chocaria com a Terra, fazendo-a em pedaços, acendeu uma grande fogueira na praça e se atirou a uma orgia místico-gastronômica. Ao som das orações e imprecações, todo o estoque de comida e de bebida foi sendo consumido até que a ressaca e o pasmo se instalaram. Além da colisão, anunciada por astrólogos, temia-se o envenenamento por gases da cauda do cometa (a qual, conforme as previsões, a Terra cruzaria a 21 de maio). Muita gente vedou portas e janelas e se trancou a sete chaves, e não faltou quem amealhasse gordas somas vendendo máscaras contra gases. Segundo um boato jamais confirmado ou desmentido, no estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, uma virgem quase foi sacrificada por religiosos fanáticos ansiosos para aplacar o cometa; teria sido salva por policiais, no bom estilo dos romances de aventuras. Em vários lugares houve casos de suicídio.

   Claro, não ocorreu colisão nem envenenamento. (a possibilidade de colisão existe, mas, segundo os astrônomos, é de apenas uma em um milhão). E cruzar os gases na cauda de um cometa não é mais perigoso do que se expor à poluição de uma área industrial durante algumas horas. Mas o Halley, portador de uma antiga fama como assassino de monarcas, em 1910 a confirmou: faleceu Eduardo VII da Grã-Bretanha e Irlanda. Para muita gente, foi o cometa que matou o rei, embora ele já estivesse doente e até pensando em abdicar. 

   Por um lado, como se vê, os homens buscam os cometas como um deslumbrante espetáculo celeste. Por outro, atribuem-lhes mortes e todo tipo de desastres. Até o dilúvio universal já foi atribuído a um deles. No ano 11 a.C., a aparição de um cometa teria anunciado a morte de Marco Agripa, poderoso general e estadista romano. No ano 48 a.C., quando César e Pompeu entraram em guerra, Plínio o Velho, famoso naturalista romano, pontificou: o conflito seria “um exemplo dos terríveis efeitos que se seguem à aparição de um cometa”. No ano 60 de nossa era, Nero, verificando que os deuses se punham a enviar cometas contra Roma, e temendo que os patrícios romanos o sacrificassem a fim de apaziguá- los, houve por bem tomar a iniciativa; ato contínuo, vários patrícios foram passados pelo fio da espada. Atribuíram-se igualmente a cometas a destruição de Jerusalém, no ano 66; a morte do imperador romano Macrino, em 218; a derrota de Átila, rei dos hunos, em 451; e a morte de Haroldo II, rei dos anglo-saxões. Haroldo II morreu em 1066, ano de visita do cometa Halley, em luta contra Guilherme I o Conquistador, duque da Normandia e depois rei da Inglaterra. Tanto a aparição do Halley quanto a conquista normanda da Inglaterra estão retratados no célebre bordado conhecido como tapeçaria de Bayeux (por ter sido trabalhado nesse famoso centro tapeceiro) e também como tapete da rainha Matilde (por ser atribuído a Matilde, esposa de Guilherme). Responsabilizados por tantas desgraças, os cometas sofreram revides. Afonso VI de Portugal entrincheirou-se numa ameia de seu palácio e recebeu o Halley a tiros de pistola.         Mas se a associação entre os cometas e a desgraça é predominante, pelo menos não é única. Giotto de Bondone, considerado o maior pintor do século XIV, viu o Halley em 1301 e, dois anos depois, o incluiu no afresco “Adoração dos magos”, do ciclo de Pádua, em que retratou a história sacra. Vem daí a confusão entre o Halley e a estrela de Belém. Na verdade, não consta que esse cometa tenha aparecido no ano do nascimento de Jesus Cristo.

(http://www.idealdicas.com/o-cometa-halley/)

Vocabulário:

Estapafúrdio – excêntrico, bizarro, singular.

Pitoresco – que diverte; recreativo.

Imprecação – pedido de favor ou graça; rogo, súplica.

Amealhar – acumular, juntar, enriquecer.

Ameia – parte alta ou superior de alguma coisa. 

A palavra aplacar em “uma virgem quase foi sacrificada por religiosos fanáticos ansiosos para aplacar o cometa” poderia ser substituída pelo seguinte sinônimo sem qualquer prejuízo do sentido original da frase: 

Alternativas

ID
2230795
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          TEXTO 2:

                                                   Coisas da Magia

   O fascínio que os cometas exercem decorre certamente de sua forma inusitada, de suas aparições rápidas e de suas prolongadas ausências. Um astro, que arrasta atrás de si uma cauda luminosa, surge voando em direção ao Sol e desaparece do céu para tornar a aparecer anos mais tarde só poderia fascinar a mente humana. Não é de admirar ter sido a cauda a primeira parte do cometa a merecer atenção. O próprio nome cometa, que deriva do grego, quer dizer “estrela de cabelo”, uma evidente associação com a cauda; e as palavras chinesa e japonesa para cometa significam “estrela de vassoura” — de novo a alusão à cauda. (Talvez seja essa origem, aliás, a responsável pela confusão que a certa altura se fez entre cauda e cabeleira, o invólucro do núcleo do cometa.)

   Assim também as ausências, mesmo curtas, causaram perplexidade entre os antigos observadores, gerando não só polêmicas, mas explicações que hoje fazem rir. Em 1680, por exemplo, Isaac Newton avistou o cometa que tomou seu nome. O Newton sumiu em novembro para reaparecer em meados de dezembro. E foi uma luta para o astrônomo inglês convencer os seus contemporâneos de que o cometa simplesmente dera a volta por trás do Sol. Para eles, um primeiro cometa se chocara contra o astro e posteriormente outro surgira do lado oposto.

   Nem o século XX escapou a explicações estapafúrdias. Antes e durante a visita do cometa Halley, em 1910, multiplicaram-se reações que variaram do pitoresco ao dramático. Toda uma aldeia húngara, convencida de que o cometa se chocaria com a Terra, fazendo-a em pedaços, acendeu uma grande fogueira na praça e se atirou a uma orgia místico-gastronômica. Ao som das orações e imprecações, todo o estoque de comida e de bebida foi sendo consumido até que a ressaca e o pasmo se instalaram. Além da colisão, anunciada por astrólogos, temia-se o envenenamento por gases da cauda do cometa (a qual, conforme as previsões, a Terra cruzaria a 21 de maio). Muita gente vedou portas e janelas e se trancou a sete chaves, e não faltou quem amealhasse gordas somas vendendo máscaras contra gases. Segundo um boato jamais confirmado ou desmentido, no estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, uma virgem quase foi sacrificada por religiosos fanáticos ansiosos para aplacar o cometa; teria sido salva por policiais, no bom estilo dos romances de aventuras. Em vários lugares houve casos de suicídio.

   Claro, não ocorreu colisão nem envenenamento. (a possibilidade de colisão existe, mas, segundo os astrônomos, é de apenas uma em um milhão). E cruzar os gases na cauda de um cometa não é mais perigoso do que se expor à poluição de uma área industrial durante algumas horas. Mas o Halley, portador de uma antiga fama como assassino de monarcas, em 1910 a confirmou: faleceu Eduardo VII da Grã-Bretanha e Irlanda. Para muita gente, foi o cometa que matou o rei, embora ele já estivesse doente e até pensando em abdicar. 

   Por um lado, como se vê, os homens buscam os cometas como um deslumbrante espetáculo celeste. Por outro, atribuem-lhes mortes e todo tipo de desastres. Até o dilúvio universal já foi atribuído a um deles. No ano 11 a.C., a aparição de um cometa teria anunciado a morte de Marco Agripa, poderoso general e estadista romano. No ano 48 a.C., quando César e Pompeu entraram em guerra, Plínio o Velho, famoso naturalista romano, pontificou: o conflito seria “um exemplo dos terríveis efeitos que se seguem à aparição de um cometa”. No ano 60 de nossa era, Nero, verificando que os deuses se punham a enviar cometas contra Roma, e temendo que os patrícios romanos o sacrificassem a fim de apaziguá- los, houve por bem tomar a iniciativa; ato contínuo, vários patrícios foram passados pelo fio da espada. Atribuíram-se igualmente a cometas a destruição de Jerusalém, no ano 66; a morte do imperador romano Macrino, em 218; a derrota de Átila, rei dos hunos, em 451; e a morte de Haroldo II, rei dos anglo-saxões. Haroldo II morreu em 1066, ano de visita do cometa Halley, em luta contra Guilherme I o Conquistador, duque da Normandia e depois rei da Inglaterra. Tanto a aparição do Halley quanto a conquista normanda da Inglaterra estão retratados no célebre bordado conhecido como tapeçaria de Bayeux (por ter sido trabalhado nesse famoso centro tapeceiro) e também como tapete da rainha Matilde (por ser atribuído a Matilde, esposa de Guilherme). Responsabilizados por tantas desgraças, os cometas sofreram revides. Afonso VI de Portugal entrincheirou-se numa ameia de seu palácio e recebeu o Halley a tiros de pistola.         Mas se a associação entre os cometas e a desgraça é predominante, pelo menos não é única. Giotto de Bondone, considerado o maior pintor do século XIV, viu o Halley em 1301 e, dois anos depois, o incluiu no afresco “Adoração dos magos”, do ciclo de Pádua, em que retratou a história sacra. Vem daí a confusão entre o Halley e a estrela de Belém. Na verdade, não consta que esse cometa tenha aparecido no ano do nascimento de Jesus Cristo.

(http://www.idealdicas.com/o-cometa-halley/)

Vocabulário:

Estapafúrdio – excêntrico, bizarro, singular.

Pitoresco – que diverte; recreativo.

Imprecação – pedido de favor ou graça; rogo, súplica.

Amealhar – acumular, juntar, enriquecer.

Ameia – parte alta ou superior de alguma coisa. 

Na frase “Na verdade, não consta que esse cometa tenha aparecido no ano do nascimento de Jesus Cristo.”, é possível utilizar a seguinte pontuação sem qualquer prejuízo sintático e/ou semântico em relação à frase original:

Alternativas

ID
2230798
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          TEXTO 2:

                                                   Coisas da Magia

   O fascínio que os cometas exercem decorre certamente de sua forma inusitada, de suas aparições rápidas e de suas prolongadas ausências. Um astro, que arrasta atrás de si uma cauda luminosa, surge voando em direção ao Sol e desaparece do céu para tornar a aparecer anos mais tarde só poderia fascinar a mente humana. Não é de admirar ter sido a cauda a primeira parte do cometa a merecer atenção. O próprio nome cometa, que deriva do grego, quer dizer “estrela de cabelo”, uma evidente associação com a cauda; e as palavras chinesa e japonesa para cometa significam “estrela de vassoura” — de novo a alusão à cauda. (Talvez seja essa origem, aliás, a responsável pela confusão que a certa altura se fez entre cauda e cabeleira, o invólucro do núcleo do cometa.)

   Assim também as ausências, mesmo curtas, causaram perplexidade entre os antigos observadores, gerando não só polêmicas, mas explicações que hoje fazem rir. Em 1680, por exemplo, Isaac Newton avistou o cometa que tomou seu nome. O Newton sumiu em novembro para reaparecer em meados de dezembro. E foi uma luta para o astrônomo inglês convencer os seus contemporâneos de que o cometa simplesmente dera a volta por trás do Sol. Para eles, um primeiro cometa se chocara contra o astro e posteriormente outro surgira do lado oposto.

   Nem o século XX escapou a explicações estapafúrdias. Antes e durante a visita do cometa Halley, em 1910, multiplicaram-se reações que variaram do pitoresco ao dramático. Toda uma aldeia húngara, convencida de que o cometa se chocaria com a Terra, fazendo-a em pedaços, acendeu uma grande fogueira na praça e se atirou a uma orgia místico-gastronômica. Ao som das orações e imprecações, todo o estoque de comida e de bebida foi sendo consumido até que a ressaca e o pasmo se instalaram. Além da colisão, anunciada por astrólogos, temia-se o envenenamento por gases da cauda do cometa (a qual, conforme as previsões, a Terra cruzaria a 21 de maio). Muita gente vedou portas e janelas e se trancou a sete chaves, e não faltou quem amealhasse gordas somas vendendo máscaras contra gases. Segundo um boato jamais confirmado ou desmentido, no estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, uma virgem quase foi sacrificada por religiosos fanáticos ansiosos para aplacar o cometa; teria sido salva por policiais, no bom estilo dos romances de aventuras. Em vários lugares houve casos de suicídio.

   Claro, não ocorreu colisão nem envenenamento. (a possibilidade de colisão existe, mas, segundo os astrônomos, é de apenas uma em um milhão). E cruzar os gases na cauda de um cometa não é mais perigoso do que se expor à poluição de uma área industrial durante algumas horas. Mas o Halley, portador de uma antiga fama como assassino de monarcas, em 1910 a confirmou: faleceu Eduardo VII da Grã-Bretanha e Irlanda. Para muita gente, foi o cometa que matou o rei, embora ele já estivesse doente e até pensando em abdicar. 

   Por um lado, como se vê, os homens buscam os cometas como um deslumbrante espetáculo celeste. Por outro, atribuem-lhes mortes e todo tipo de desastres. Até o dilúvio universal já foi atribuído a um deles. No ano 11 a.C., a aparição de um cometa teria anunciado a morte de Marco Agripa, poderoso general e estadista romano. No ano 48 a.C., quando César e Pompeu entraram em guerra, Plínio o Velho, famoso naturalista romano, pontificou: o conflito seria “um exemplo dos terríveis efeitos que se seguem à aparição de um cometa”. No ano 60 de nossa era, Nero, verificando que os deuses se punham a enviar cometas contra Roma, e temendo que os patrícios romanos o sacrificassem a fim de apaziguá- los, houve por bem tomar a iniciativa; ato contínuo, vários patrícios foram passados pelo fio da espada. Atribuíram-se igualmente a cometas a destruição de Jerusalém, no ano 66; a morte do imperador romano Macrino, em 218; a derrota de Átila, rei dos hunos, em 451; e a morte de Haroldo II, rei dos anglo-saxões. Haroldo II morreu em 1066, ano de visita do cometa Halley, em luta contra Guilherme I o Conquistador, duque da Normandia e depois rei da Inglaterra. Tanto a aparição do Halley quanto a conquista normanda da Inglaterra estão retratados no célebre bordado conhecido como tapeçaria de Bayeux (por ter sido trabalhado nesse famoso centro tapeceiro) e também como tapete da rainha Matilde (por ser atribuído a Matilde, esposa de Guilherme). Responsabilizados por tantas desgraças, os cometas sofreram revides. Afonso VI de Portugal entrincheirou-se numa ameia de seu palácio e recebeu o Halley a tiros de pistola.         Mas se a associação entre os cometas e a desgraça é predominante, pelo menos não é única. Giotto de Bondone, considerado o maior pintor do século XIV, viu o Halley em 1301 e, dois anos depois, o incluiu no afresco “Adoração dos magos”, do ciclo de Pádua, em que retratou a história sacra. Vem daí a confusão entre o Halley e a estrela de Belém. Na verdade, não consta que esse cometa tenha aparecido no ano do nascimento de Jesus Cristo.

(http://www.idealdicas.com/o-cometa-halley/)

Vocabulário:

Estapafúrdio – excêntrico, bizarro, singular.

Pitoresco – que diverte; recreativo.

Imprecação – pedido de favor ou graça; rogo, súplica.

Amealhar – acumular, juntar, enriquecer.

Ameia – parte alta ou superior de alguma coisa. 

No período “E foi uma luta para o astrônomo inglês convencer os seus contemporâneos de que o cometa simplesmente dera a volta por trás do Sol.”, a oração de que o cometa simplesmente dera a volta por trás do Sol possui um valor equivalente ao de um:

Alternativas
Comentários
  • Nesta oração o "que" é uma conjunção integrante:

    E foi uma luta para o astrônomo inglês convencer os seus contemporâneos DISSO.

    Conjunção integrante introduz orações que equivalem a substantivos.

  • Esta oração é uma oração substantiva exercida através da conjunção integrante ''QUE", precisamente é uma oração subordinada substantiva objetiva indireta, essas que são equivalentes a um substantivo

    LETRA C

    APMBB


ID
2230801
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                 TEXTO 1:

                              O Fim do Mundo (Cecília Meireles)

   A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

   Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

   Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.

  Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste — mas que importância tem a tristeza das crianças?

   Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.

  Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.

   O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos voto de pobreza ou assaltamos os cofres públicos — além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais do que cabe enumerar numa crônica.

   Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.

   Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus — dono de todos os mundos — que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos — segundo leio — que, na Índia, lançam flores ao fogo, num rito de adoração. 

  Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos — insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.

  Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...

Texto extraído do livro "Quatro Vozes", Distribuidora Record de Serviços de Imprensa - Rio de Janeiro, 1998, pág. 73.

Vocabulário:

Estremunhar – despertar ou fazer despertar (alguém) subitamente.

Peculiar – inerente, próprio, respectivo.

Judicioso – que demonstra sensatez; acertado.

Enigma – mistério.

Arrogar – tomar como seu, atribuir a (alguém ou si próprio) direito a (um privilégio, poder etc.). 


                                                   TEXTO 2:

                                            Coisas da Magia

   O fascínio que os cometas exercem decorre certamente de sua forma inusitada, de suas aparições rápidas e de suas prolongadas ausências. Um astro, que arrasta atrás de si uma cauda luminosa, surge voando em direção ao Sol e desaparece do céu para tornar a aparecer anos mais tarde só poderia fascinar a mente humana. Não é de admirar ter sido a cauda a primeira parte do cometa a merecer atenção. O próprio nome cometa, que deriva do grego, quer dizer “estrela de cabelo”, uma evidente associação com a cauda; e as palavras chinesa e japonesa para cometa significam “estrela de vassoura” — de novo a alusão à cauda. (Talvez seja essa origem, aliás, a responsável pela confusão que a certa altura se fez entre cauda e cabeleira, o invólucro do núcleo do cometa.)

   Assim também as ausências, mesmo curtas, causaram perplexidade entre os antigos observadores, gerando não só polêmicas, mas explicações que hoje fazem rir. Em 1680, por exemplo, Isaac Newton avistou o cometa que tomou seu nome. O Newton sumiu em novembro para reaparecer em meados de dezembro. E foi uma luta para o astrônomo inglês convencer os seus contemporâneos de que o cometa simplesmente dera a volta por trás do Sol. Para eles, um primeiro cometa se chocara contra o astro e posteriormente outro surgira do lado oposto.

   Nem o século XX escapou a explicações estapafúrdias. Antes e durante a visita do cometa Halley, em 1910, multiplicaram-se reações que variaram do pitoresco ao dramático. Toda uma aldeia húngara, convencida de que o cometa se chocaria com a Terra, fazendo-a em pedaços, acendeu uma grande fogueira na praça e se atirou a uma orgia místico-gastronômica. Ao som das orações e imprecações, todo o estoque de comida e de bebida foi sendo consumido até que a ressaca e o pasmo se instalaram. Além da colisão, anunciada por astrólogos, temia-se o envenenamento por gases da cauda do cometa (a qual, conforme as previsões, a Terra cruzaria a 21 de maio). Muita gente vedou portas e janelas e se trancou a sete chaves, e não faltou quem amealhasse gordas somas vendendo máscaras contra gases. Segundo um boato jamais confirmado ou desmentido, no estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, uma virgem quase foi sacrificada por religiosos fanáticos ansiosos para aplacar o cometa; teria sido salva por policiais, no bom estilo dos romances de aventuras. Em vários lugares houve casos de suicídio.

   Claro, não ocorreu colisão nem envenenamento. (a possibilidade de colisão existe, mas, segundo os astrônomos, é de apenas uma em um milhão). E cruzar os gases na cauda de um cometa não é mais perigoso do que se expor à poluição de uma área industrial durante algumas horas. Mas o Halley, portador de uma antiga fama como assassino de monarcas, em 1910 a confirmou: faleceu Eduardo VII da Grã-Bretanha e Irlanda. Para muita gente, foi o cometa que matou o rei, embora ele já estivesse doente e até pensando em abdicar. 

    Por um lado, como se vê, os homens buscam os cometas como um deslumbrante espetáculo celeste. Por outro, atribuem-lhes mortes e todo tipo de desastres. Até o dilúvio universal já foi atribuído a um deles. No ano 11 a.C., a aparição de um cometa teria anunciado a morte de Marco Agripa, poderoso general e estadista romano. No ano 48 a.C., quando César e Pompeu entraram em guerra, Plínio o Velho, famoso naturalista romano, pontificou: o conflito seria “um exemplo dos terríveis efeitos que se seguem à aparição de um cometa”. No ano 60 de nossa era, Nero, verificando que os deuses se punham a enviar cometas contra Roma, e temendo que os patrícios romanos o sacrificassem a fim de apaziguá- los, houve por bem tomar a iniciativa; ato contínuo, vários patrícios foram passados pelo fio da espada. Atribuíram-se igualmente a cometas a destruição de Jerusalém, no ano 66; a morte do imperador romano Macrino, em 218; a derrota de Átila, rei dos hunos, em 451; e a morte de Haroldo II, rei dos anglo-saxões. Haroldo II morreu em 1066, ano de visita do cometa Halley, em luta contra Guilherme I o Conquistador, duque da Normandia e depois rei da Inglaterra. Tanto a aparição do Halley quanto a conquista normanda da Inglaterra estão retratados no célebre bordado conhecido como tapeçaria de Bayeux (por ter sido trabalhado nesse famoso centro tapeceiro) e também como tapete da rainha Matilde (por ser atribuído a Matilde, esposa de Guilherme). Responsabilizados por tantas desgraças, os cometas sofreram revides. Afonso VI de Portugal entrincheirou-se numa ameia de seu palácio e recebeu o Halley a tiros de pistola.

    Mas se a associação entre os cometas e a desgraça é predominante, pelo menos não é única. Giotto de Bondone, considerado o maior pintor do século XIV, viu o Halley em 1301 e, dois anos depois, o incluiu no afresco “Adoração dos magos”, do ciclo de Pádua, em que retratou a história sacra. Vem daí a confusão entre o Halley e a estrela de Belém. Na verdade, não consta que esse cometa tenha aparecido no ano do nascimento de Jesus Cristo.

(http://www.idealdicas.com/o-cometa-halley/)

Vocabulário:

Estapafúrdio – excêntrico, bizarro, singular.

Pitoresco – que diverte; recreativo.

Imprecação – pedido de favor ou graça; rogo, súplica.

Amealhar – acumular, juntar, enriquecer.

Ameia – parte alta ou superior de alguma coisa. 

O texto 2 (Coisas da Magia) estabelece uma espécie de diálogo com o texto 1 (O Fim do Mundo) na medida em que os dois textos tratam:

Alternativas

ID
2230804
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      TEXTO 1:

                                   O Fim do Mundo (Cecília Meireles)

   A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

   Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

   Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.

  Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste — mas que importância tem a tristeza das crianças?

   Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.       

  Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.

   O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos voto de pobreza ou assaltamos os cofres públicos — além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais do que cabe enumerar numa crônica.

   Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.

   Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus — dono de todos os mundos — que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos — segundo leio — que, na Índia, lançam flores ao fogo, num rito de adoração. 

  Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos — insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.

    Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...

   Texto extraído do livro "Quatro Vozes", Distribuidora Record de Serviços de Imprensa - Rio de Janeiro, 1998, pág. 73.


Vocabulário:

Estremunhar – despertar ou fazer despertar (alguém) subitamente.

Peculiar – inerente, próprio, respectivo.

Judicioso – que demonstra sensatez; acertado.

Enigma – mistério.

Arrogar – tomar como seu, atribuir a (alguém ou si próprio) direito a (um privilégio, poder etc.). 

Em Mas se a associação entre os cometas e a desgraça é predominante, pelo menos não é única.”, é possível substituir, sem alterar o sentido original do texto, a conjunção mas pela palavra

Alternativas
Comentários
  • OPOSIÇÃO/CONTRASTE : MAS, Porém, todavia, contudo, no entanto...GAB: A

ID
2230825
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                                                            TEXT II

                                                  Why Join the Navy?

The Navy experience can shape your future through outstanding financial benefits, unparalleled career potential, and the lifestyle of freedom and personal growth that you’ve been waiting for.

(from http://www.navy.com/navy/) 

The aim of the paragraph is to:

Alternativas

ID
2230828
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                                                            TEXT II

                                                  Why Join the Navy?

The Navy experience can shape your future through outstanding financial benefits, unparalleled career potential, and the lifestyle of freedom and personal growth that you’ve been waiting for.

(from http://www.navy.com/navy/) 

 The underlined word in “The Navy experience can shape your future” indicates a(n):

Alternativas
Comentários
  • (B)

    "The Navy experience can shape your future"

    Ou seja capacidade de mudar o futuro do interessado.


ID
2230831
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                                                            TEXT II

                                                  Why Join the Navy?

The Navy experience can shape your future through outstanding financial benefits, unparalleled career potential, and the lifestyle of freedom and personal growth that you’ve been waiting for.

(from http://www.navy.com/navy/) 

The word “benefit” in “outstanding financial benefits” means something:

Alternativas