SóProvas



Prova CONTEMAX - 2019 - Prefeitura de Orobó - PE - Professor de Inglês


ID
4868740
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Uma galinha



       Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.
      Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.
      Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto voo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro voo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta hesitante e trêmula escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.
       Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.
      Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.
      Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por um asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos.
      Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração tão pequeno num prato solevava e abaixava as penas enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento despregou-se do chão e saiu aos gritos:
        — Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! Ela quer o nosso bem!
      Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer.
       Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:  
     — Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!
     — Eu também!, jurou a menina com ardor.
      A mãe, cansada, deu de ombros.
     Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: ―E dizer que a obriguei a correr naquele estado!‖ A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.
      Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.
        Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado a fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.
        Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.



Fonte: Os Cem Melhores Contos do Século.

Em relação ao elemento textual “galinha”, no primeiro parágrafo, fica implícito que ela estava:

Alternativas
Comentários
  • Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.

    Eminência= superioridade moral e/ou intelectual; excelência.

    Iminência= qualidade, condição ou característica do que está iminente; ameaça, aproximação, urgência.

    Logo, gabarito letra A.


ID
4868743
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Uma galinha



       Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.
      Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.
      Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto voo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro voo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta hesitante e trêmula escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.
       Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.
      Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.
      Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por um asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos.
      Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração tão pequeno num prato solevava e abaixava as penas enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento despregou-se do chão e saiu aos gritos:
        — Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! Ela quer o nosso bem!
      Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer.
       Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:  
     — Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!
     — Eu também!, jurou a menina com ardor.
      A mãe, cansada, deu de ombros.
     Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: ―E dizer que a obriguei a correr naquele estado!‖ A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.
      Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.
        Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado a fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.
        Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.



Fonte: Os Cem Melhores Contos do Século.

De acordo com a organização interna do texto, pode-se afirmar que ele se constitui de uma sequência de:

Alternativas
Comentários
  • Vários fatos ocorreram em sequencia durante o texto. Desde a fuga inesperada da galinha, quanto a reação da família ao resgatá-la.

    Nada pode lhe parar!!


ID
4868746
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Uma galinha



       Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.
      Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.
      Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto voo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro voo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta hesitante e trêmula escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.
       Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.
      Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.
      Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por um asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos.
      Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração tão pequeno num prato solevava e abaixava as penas enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento despregou-se do chão e saiu aos gritos:
        — Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! Ela quer o nosso bem!
      Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer.
       Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:  
     — Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!
     — Eu também!, jurou a menina com ardor.
      A mãe, cansada, deu de ombros.
     Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: ―E dizer que a obriguei a correr naquele estado!‖ A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.
      Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.
        Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado a fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.
        Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.



Fonte: Os Cem Melhores Contos do Século.

A atitude da galinha, que aparentava calma, foi, para a família:

Alternativas
Comentários
  •   Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família.

    Inesperado, imprevisível.

    Gabarito Letra E.


ID
4868749
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Uma galinha



       Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.
      Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.
      Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto voo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro voo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta hesitante e trêmula escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.
       Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.
      Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.
      Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por um asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos.
      Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração tão pequeno num prato solevava e abaixava as penas enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento despregou-se do chão e saiu aos gritos:
        — Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! Ela quer o nosso bem!
      Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer.
       Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:  
     — Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!
     — Eu também!, jurou a menina com ardor.
      A mãe, cansada, deu de ombros.
     Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: ―E dizer que a obriguei a correr naquele estado!‖ A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.
      Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.
        Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado a fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.
        Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.



Fonte: Os Cem Melhores Contos do Século.

O texto apresenta em vários momentos uma humanização da galinha; assinale a alternativa que indica o parágrafo em que isso fica mais evidente:

Alternativas
Comentários
  • 4° Paragrafo: Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.

    Neste trecho vemos várias caracteristicas humanas utilizadas para a galinha. EX: Sozinha no mundo, sme pai nem mãe, muda, concentrada e etc.

    Desistir jamais !!!


ID
4868752
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Uma galinha



       Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.
      Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.
      Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto voo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro voo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta hesitante e trêmula escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.
       Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.
      Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.
      Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por um asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos.
      Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração tão pequeno num prato solevava e abaixava as penas enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento despregou-se do chão e saiu aos gritos:
        — Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! Ela quer o nosso bem!
      Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer.
       Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:  
     — Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!
     — Eu também!, jurou a menina com ardor.
      A mãe, cansada, deu de ombros.
     Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: ―E dizer que a obriguei a correr naquele estado!‖ A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.
      Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.
        Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado a fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.
        Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.



Fonte: Os Cem Melhores Contos do Século.

O pronome destacado na passagem "Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida." (7º parágrafo) faz referência a um acontecimento no texto. Quanto a seu papel coesivo, ele apresenta uma função:

Alternativas
Comentários
  • "Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida." (7º parágrafo) 

    O termo anafórico retoma um termo anterior, total ou parcialmente, de modo que, para compreendê-lo dependemos do termo antecedente.

    Deus é Pai !!


ID
4868755
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Uma galinha



       Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.
      Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.
      Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto voo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro voo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta hesitante e trêmula escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.
       Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.
      Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.
      Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por um asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos.
      Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração tão pequeno num prato solevava e abaixava as penas enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento despregou-se do chão e saiu aos gritos:
        — Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! Ela quer o nosso bem!
      Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer.
       Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:  
     — Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!
     — Eu também!, jurou a menina com ardor.
      A mãe, cansada, deu de ombros.
     Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: ―E dizer que a obriguei a correr naquele estado!‖ A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.
      Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.
        Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado a fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.
        Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.



Fonte: Os Cem Melhores Contos do Século.

Na passagem "O dono da casa lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte (...)" (3º parágrafo), o advérbio em destaque indica uma circunstância de:

Alternativas
Comentários
  • alternativa d: circunstancia de tempo.
  • GABARITO LETRA D

    Esporadicamente é um advérbio que se refere ao que ocorre poucas vezes, raramente ou de modo aleatório, entre um longo espaço de tempo.

    sinônimos de esporadicamente : ocasionalmente, pontualmente, raramente, raro, isoladamente, circunstancialmente, eventualmente, casualmente, fortuitamente, espaçadamente, espalhadamente, dispersamente, esparsamente.

  • Quando ele vai fazer? Esporadicamente.

    Tempo.


ID
4868758
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Uma galinha



       Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.
      Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.
      Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto voo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro voo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta hesitante e trêmula escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.
       Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.
      Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.
      Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por um asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos.
      Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração tão pequeno num prato solevava e abaixava as penas enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento despregou-se do chão e saiu aos gritos:
        — Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! Ela quer o nosso bem!
      Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer.
       Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:  
     — Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!
     — Eu também!, jurou a menina com ardor.
      A mãe, cansada, deu de ombros.
     Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: ―E dizer que a obriguei a correr naquele estado!‖ A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.
      Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.
        Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado a fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.
        Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.



Fonte: Os Cem Melhores Contos do Século.

Todas as palavras abaixo retiradas do texto apresentam ditongo; a EXCEÇÃO encontra-se na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • letra A- A-in-da - divisão silábica A é hiato- correto.

    B- Ninguém, ditongo decrescente nasal, como em porém e também ( eim)

    C-pei-to

    D-dois monossílabo átono

    E- enquanto ( ua)

  • LETRA A

    Tritongo é 3 vogais na mesma sílaba = paraguai, uruguai

    ditongo = 2 vogais na mesma sílaba

    "A-in-da"=hiato

    "nin-guém"= gu=é dígrafo pq n pronuncia, fica só o ém= ditongo

    "pei-to"= ditongo

    "dois"= n separa

    "en-quan-to"= qu pronuncia, por isso é ditongo crescente

    :)

  • GABARITO: LETRA A

    ____________________________________________________________________________________________________________________

    MONOSSÍLABA = palavras compostas por 1 sílaba. Ex: Sol, Lá, Pá;

    DISSÍLABA = palavras compostas por 2 sílabas. Ex: Blusa, Casa, Creme;

    TRISSÍLABA = palavras compostas por 3 sílabas. Ex: Sorvete, Caneta, Banana;

    POLISSÍLABA = palavras compostas por mais de 3 sílabas. Ex: Bicicleta, Televisão, Mundialmente.

    ____________________________________________________________________________________________________________________

    SEPARAÇÃO SILÁBICA

    A) NÃO SE SEPARAM OS DITONGOS E TRITONGOS:

    AU-LAS = ditongo decrescente oral.

    GUAR-DA = ditongo crescente oral.

    A-GUEI = tritongo ora

    B) SEPARAM-SE AS VOGAIS DOS HIATOS:

    PI-A-DA (i/a)

    CA-IR (a/i)

    C) NÃO SE SEPARAM OS DÌGRAFOS CH, LH, NH, QU, GU:

    CHO-CA-LHO / CH, LH = dígrafos inseparáveis.

    QUI-NHÃO / QU, NH = dígrafos inseparáveis.

    GUI-SA-DO / GU = dígrafo inseparável.

    D) SEPARAM-SE OS DÍGRAFOS RR, SS, SC, SÇ, XC E XS:

    EX-CES-SO / XC, SS = dígrafos separáveis.

    FLO-RES-CER / SC = dígrafo separável.

    CAR-RO-ÇA / RR = dígrafo separável.

    DES-ÇO / SÇ = dígrafo separável.

    E) A CONSOANTE INICIAL NÃO SEGUIDA DE VOGAL PERMANECE NA SÍLABA QUE A SEGUE:

    CNI-DO-SE | DZE-TA | GNO-MA | MNE-MÙ-NI-CO | PNEU-M·-TI-CO

    F) NO INTERIOR DO VOCÁBULO, SEMPRE SE CONSERVA NA SÍLABA QUE A PRECEDE A CONSOANTE NÃO SEGUIDA DE VOGAL:

    AB-DI-CAR | AC-NE | BET-SA-MI-TA DAF-NE DRAC-MA | ÈT-NI-CO | NUP-CI-AL OB-FIR-MAR

    G) O “S” FORMA SÍLABA COM O PREFIXO ANTECEDENTE QUE PRECEDE CONSOANTES (O “S” NÃO FAZ PARTE DO PREFIXO):

    ABS-TRA-IR | ADS-CRE-VER | INS-CRI-ÇÃO | INS-PE-TOR | INS-TRU-IR | IN-TERS-TÍ-CIO 

    H) PREFIXOS TERMINADOS EM CONSOANTE:

    1) Ligados a palavras iniciadas por consoante, cada uma fica em sílabas diferentes.

    BIS-NE-TO | CIS-PLA-TI-NO | DES-LI-GAR | DIS-TRA-ÇÃO | TRANS-POR-TAR

    2) Ligados a palavras iniciadas por vogal, a consoante do prefixo se liga à vogal da palavra.

    BI-SA-VÔ | CI-SAN-DI-NO | DE-SES-PE-RAR | DI-SEN-TÈ-RI-CO | TRAN-SA-TLÂN-TI-CO

    MEUS RESUMOS DAS AULAS DO PROF. DÉCIO TERROR.

  • NINGUÉM NÃO É TRITONGO? SE O EM É DITONGO NASAL, A LETRA M É UMA SEMIVOGAL!

    NIN GUÉM??

    U>>> SEMIVOGAL

    E>>>VOGAL

    M>>>>SEMIVOGAL

    SÓ EU APRENDI ASSIM?


ID
4868761
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Uma galinha



       Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.
      Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.
      Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto voo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro voo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta hesitante e trêmula escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.
       Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.
      Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.
      Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por um asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos.
      Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração tão pequeno num prato solevava e abaixava as penas enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento despregou-se do chão e saiu aos gritos:
        — Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! Ela quer o nosso bem!
      Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer.
       Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:  
     — Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!
     — Eu também!, jurou a menina com ardor.
      A mãe, cansada, deu de ombros.
     Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: ―E dizer que a obriguei a correr naquele estado!‖ A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.
      Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.
        Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado a fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.
        Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.



Fonte: Os Cem Melhores Contos do Século.

Em todas as alternativas abaixo estão destacados pronomes, EXCETO na opção:

Alternativas
Comentários
  • B) "E dizer que a obriguei a correr naquele estado!" (13º parágrafo)

    → O que é uma conjunção subordinativa integrante.

    GABARITO. B

  • Gab. ''B''

    Trata-se de uma conjunção integrante e não pronome.

    *E dizer ISSO (''que a obriguei a correr naquele estado!")

    Neste período temos uma oração subordinada substantiva subjetiva.

  • GABARITO B

    Quando trocamos o "que" por "isso" conjunção integrante.

    "E dizer que ( Isso )  a obriguei a correr naquele estado!" (13º parágrafo

  • alguém poderia comentar a letra D? não entendi

  • Me, te , se , nos, vos= Pronome oblíquo átono

    Na letra ''d''

    "Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido. QUEM TEM TEM ALGO OU ALGUMA , o pronome oblíquo átono ''LA'' está na frase como objeto direto , espero ter ajudado Juliana Cordeiro.


ID
4868764
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II


Por não estarem distraídos


     Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria e peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos!

      Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos. 


(LISPECTOR, Clarice. Para não esquecer. São Paulo: Siciliano, 1992.)

O título do texto – Por não estarem distraídos – expressa a causa do insucesso da relação amorosa apresentada pelo narrador. A passagem do texto que funciona como uma consequência dessa causa contida no título está presente na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Segundo a banca GAB. D.

    Achei a E certa também.

    Alguém saberia explicar?


ID
4868767
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II


Por não estarem distraídos


     Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria e peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos!

      Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos. 


(LISPECTOR, Clarice. Para não esquecer. São Paulo: Siciliano, 1992.)

As relações semânticas podem ser estabelecidas entre orações, períodos e parágrafos em um texto. Nesse sentido, o texto clariceano é estrategicamente estruturado em apenas dois parágrafos, que estabelecem entre si uma determinada relação semântica fundamental, a qual está corretamente apontada no item:

Alternativas
Comentários
  • GAB:B

    CONTRAPOSIÇÃO OU A FAMOSA ADVERSIDADE !

    ISSO É VISTO EM ALGUNS TRECHOS DO TEXTO: "...no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. ".

  • Entendi a questão dessa forma: no começo estava tudo bem ( primeiro parágrafo), no segundo parágrafo, brigas. Ideias opostas que não se atraem, oposição, adversidade, ressalva, contraposição, todos esses nomes são sinônimos que podem cair na prova.


ID
4868770
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II


Por não estarem distraídos


     Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria e peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos!

      Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos. 


(LISPECTOR, Clarice. Para não esquecer. São Paulo: Siciliano, 1992.)

Sobre o emprego dos travessões na passagem

"Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração." (1º parágrafo), assinale a opção INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • travessão [ — ] é um sinal de pontuação usado, maioritariamente, no início das falas no discurso direto. É também usado para substituir a vírgula ou os parênteses em orações intercaladas ou no destaque de alguma parte da frase.

  • GABARITO C

    Segundo a gramatica , Um dos usos de travessões é para isolar orações intercaladas ou inferentes

    ( Elas existem, sim, no sentido de fazer uma advertência, inserir uma opinião, observação ou ressalva )

    É possível a permuta entre travessões , vírgulas , parênteses. Uso não facultativo.

    "Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração."

    ou

    "Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque ( a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras ) e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração."

    ou

    "Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque , a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras , e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração."

    As fontes consultadas foram:

    F. Pestana

    José Maria, pontuação.

    Gramática Normativa, FTD.

    https://www.portugues.com.br/gramatica/oracoes-intercaladas-ou-interferentes.html#:~:text=Demarcada%20tamb%C3%A9m%20pelo%20travess%C3%

    A3o%2C%20a,que%20precisava%20mudar%20de%20opini%C3%A3o.

    ______________________________________________________________-

    Eventuais equívocos ou discussões sobre a questão... comunique-me!

    Bons estudos!!!!

  • Assertiva C INCORRETA:

    foram empregados meramente por questões estilísticas;

  • PS:

    Escorreita é o mesmo que: apurada, perfeita, correta, límpida.


ID
4868773
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II


Por não estarem distraídos


     Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria e peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos!

      Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos. 


(LISPECTOR, Clarice. Para não esquecer. São Paulo: Siciliano, 1992.)

Das orações destacadas nas passagens abaixo retiradas do texto, a única com função adjetiva encontra-se na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Na literal definição de Domingos P. Cegalla, eduzida de sua Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, p.390, as orações subordinadas adjetivas são as que exercem, como os adjetivos, a função de adjunto adnominal.

    Na mais das vezes, são introduzidas por pronomes relativos (que, quanto, quem, cujo, etc.) e se subdividem em dois tipos:

    Restritivas: não apresentam, na escrita, a marcação da pausa e referem-se a um termo antecedente, que pode ser um pronome ou um substantivo. Exs.:

    I – “Era fatal a dor que respondia na cacunda.” (Monteiro Lobato);

    II – É teu tudo quanto aqui existe;

    III – “Foi o cavalo de Mauro que boleou, isto é, caiu para trás.” (Fernando Sabino)

    Explicativas: normalmente, apresentam, na escrita, a marcação da pausa e explicam ou esclarecem o termo antecedente, conferindo-lhes uma característica ou trazendo uma informação. Exs.:

    I – “Olhou a caatinga, que o poente amarelava.” (Graciliano Ramos)

    II – “Vicente, que também rira com Mariinha, notou que a moça tinha uns lindos olhos e uma curiosa graça no riso.” (Raquel de Queirós)

    III – “Mariana sentou-se no catre, ao lado do qual estava o baú de roupas.” (Ana Miranda)

    Inspecionemos os itens:

    a) "(...) eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, (...)" (1º parágrafo)

    Correto. Trata-se de uma oração subordinada adjetiva restritiva, consoante se verifica na explicação acima;

    b) "Andavam por ruas e ruas falando e rindo, (...)" (1º parágrafo)

    Incorreto. Trata-se duas orações subordinadas adverbiais conformativas reduzidas de gerúndio. Desenvolvendo-as, ou seja, inserindo uma conjunção do bloco verbal "falando e rindo", origina-se esta redação: "Andavam por ruas e ruas conforme falavam e riam";

    c) "Como eles admiravam estarem juntos!" (1º parágrafo)

    Incorreto. Trata-se de uma oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Desenvolvendo-a, resulta-se esta redação: "Como eles admiravam que estivessem juntos!";

    d) "Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles." (2º parágrafo)

    Incorreto. A oração destacada é subordinada adverbial temporal, ou seja, de advérbio de tempo;

    e) "(...) e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso." (2º parágrafo)

    Incorreto. A oração destacada é subordinada adverbial proporcional, ou seja, confere à estrutura noção de proporcionalidade.

    Letra A

  • Resposta: A -

    Recebe o nome de adjetiva porque exerce função sintática tipicamente exercida por adjetivos.

  • O '' QUE'' na frase, eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, O ar o qual estava a frente, quando o ''que '' puder ser substituído por o qual e flexão se torna um pronome relativo = PR, ganhando OSA= PROSA= Pronome Relativo Oração Subordinada Adjetiva Restritiva, pois não tem vírgulas.

    RESPOSTA A.


ID
4868782
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Cinco alunos leem 10 livros em 3 semanas. Quantos livros 10 alunos leem em 6 semanas?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

    5 A----------------- 10 l ---------------------3 sem

    10 A---------------- X -----------------------6 sem

    ____________________________________

    = 10 X 6 X 10

    -----------------------

    3 X 5

    ________________________

    600

    ------

    15

    600/ 15 = 40

    _________________________

    Bons estudos!


ID
4868788
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia a notícia jornalística a seguir, publicada em outubro deste ano, e marque a opção que preenche corretamente a lacuna.

“A atual onda de protestos violentos que atinge o ________ ganhou contornos mais dramáticos neste domingo, quando dois incêndios na capital deixaram ao menos sete mortos. A onda de manifestações e confrontos já se espalhou por diversas partes do país, mesmo após o presidente Sebastián Piñera ter cancelado o aumento nas tarifas de metrô, estopim para a crise atual”.


(Fonte: Folha de São Paulo, 20/10/2019, com adaptações).

Alternativas
Comentários
  • Presidentes:

    a) Brasil - Jair Bolsonaro

    b) Chile - Sebastián Piñera

    c) Mexico - Andrés Manuel López Obrador

    d) Uruguai- Luis Lacalle Pou

    e) Paraguai - Mario Abdo Benítez

    gab: B

  • GAB-B

    CHILE


ID
4868791
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Em setembro deste ano, o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, sancionou a chamada Lei da Liberdade Econômica. Marque a alternativa que NÃO apresenta uma das medidas propostas nessa lei.

Alternativas
Comentários
  • O objetivo dessa lei é a redução da burocracia nas atividades econômicas e incentivar a criação de novos empregos. Sabendo disso ja daria pra ir por eliminação.

    Pra quem quer ler os pontos principais, segue o link da matéria:

    https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/09/20/entenda-o-que-muda-com-a-lei-da-liberdade-economica.ghtml

    gabarito C

  • Que legal..


ID
4868794
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Considere a descrição a seguir, a respeito de uma importante personalidade da literatura brasileira, e assinale a alternativa que indica de quem se trata.

“Foi um dos mais importantes escritores brasileiros do século XX. Teve vários livros adaptados ao cinema e à televisão, alguns mais de uma vez, como „Gabriela‟, ' Dona Flor e Seus Dois Maridos' e „Tieta do Agreste‟. Natural da Bahia, testemunhou desde jovem a injustiça social, bem como o folclore da região”.

(Fonte: Correio da Manhã, 16/08/2019, com adaptações).

Alternativas
Comentários
  • Pode-se dizer que Jorge Amado é o escritor com mais adaptações pro cinema, televisão. A globo, por exemplo, adora as obras dele.

    gabarito C

  • Gabarito: B

  • "Jorge Leal Amado de Faria (1912-2001) foi o mais importante escritor brasileiro do século XX. Teve vários livros adaptados ao cinema e à televisão, alguns mais de uma vez, como ‘Gabriela’, ‘Dona Flor e Seus Dois Maridos’, ‘Tereza Batista Cansada de Guerra’ ou ‘Tieta do Agreste’. Natural da Baía, testemunhou desde jovem a injustiça social, bem como o folclore da região. Em 1935 formou-se em Direito na Universidade do Rio de Janeiro, onde também aderiu ao comunismo, que propagandeou em livros como ‘Capitães de Areia’, ‘Os Subterrâneos da Liberdade’ e ‘O Cavaleiro da Esperança’, biografia romanceada do histórico líder comunista brasileiro Luiz Carlos Prestes."

    Fonte: Correio da Manhã - Jorge Amado: do comunismo ao erotismo <https://www.cmjornal.pt/mais-cm/domingo/detalhe/jorge-amado-do-comunismo-ao-erotismo>

    GABARITO: ALTERNATIVA "B"


ID
4868797
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Em relação ao conceito de "desenvolvimento sustentável ", assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas

ID
4951240
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com o que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional os conteúdos curriculares da educação básica observarão as seguintes diretrizes abaixo listadas, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • mais questão de interpretação mesmo. Com as palavras ''desrespeito ao bem incomum" dá para matar a questão.

  • A questão exige o conhecimento sobre a LEI Nº 9.349/96 - Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDBEN), em especial sobre Os conteúdos curriculares da educação básica. Indicaremos qual alternativa está incorreta conforme o artigo 27 dessa lei. Vejamos:

    Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes:

    I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

    II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;

    III - orientação para o trabalho;

    IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais.

    Após lermos o artigo, iremos analisar cada alternativa. Analisemos:

    a) a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

    Correta. Conforme o inciso I do artigo 27.

    b) consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;

    Correta. Conforme o inciso II do artigo 27

    c) orientação para o trabalho;

    Correta. Conforme o inciso III do artigo 27

    d) promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais;

    Correta. Conforme o inciso IV do artigo 27

    e) a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, desrespeito ao bem incomum e à ordem democrática;

    Incorreta. O inciso I fala ...desrespeito ao bem COMUM.... Esse foi o erro da alternativa.

    GABARITO: E

  • Uma questão dessas não cai em uma prova minha KKKK

  • Essa é o tipo de questão que é só pro que não estudou nada não zerar kkk

  • Deu mole quando fala em "desrespeito aí bem incomum"


ID
5126575
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Text

CrashDetech: The app that could save your life in a car crash

    (CNN) It's the killer that, by some measures, takes more young lives each year than conflict or some forms of cancer. Every 30 seconds a person is killed in a road crash, according to figures from the Global Road Safety Partnership. That's more than 3,400 people per day and 1.25 million people per year. Perhaps even more arresting is World Health Organization (WHO) analysis which says that 90% of all road based fatalities occur in low to middle income countries, despite such nations having only half of the world's vehicles. It's a tragedy that even takes a toll on development costing some nations up to 5% of GDP, according to the International Road Assessment Programme (iRAP). The problem is so pressing that the U.N. declared the years between 2011 and 2020 as the "Decade of Action for Road Safety," with over 100 countries pledging to reduce killer car accidents. Some of the highest rates of road deaths can be found in Africa. According to the WHO's 2015 Global Status on Road safety report, Libya is at the top of the table (73 deaths per 100,000 people), followed by Thailand (36) and Malawi (35). Automatic detection
    Yet one South African company has designed a system that it believes can help cut Africa's dismal rate of road fatalities. CrashDetech is a smartphone application designed by Johannesburg- based entrepreneur Jaco Gerrits. It operates while a user is driving and detects the sudden motion and G-forces of a car crash. The app then pinpoints the location of the accident and automatically calls an emergency response center, which will dispatch the nearest medical emergency team. CrashDetechs also sends personal medical information, such as allergies and blood type, to enable doctors and paramedics to offer more effective treatment. The aim is to reduce waiting times, and in doing so, save lives. Race against time
    In South Africa, the WHO estimate that roughly 38 people are killed in road accidents each day. "It's a major global public health problem," Gerrits told CNN. "They [the WHO] have identified that how quickly you respond to a crash and how effectively obviously can make a massive difference‖. Let's say in a rural area you're involved in a crash and you're off the road. There's a good chance that nobody might even notice the crash. You can't speak for yourself, and those patients will probably never get the right kind of treatment to them in time." According to Dr Pieter Venter of the Global Road Safety partnership, mobile technology start-up's like CrashDetech have exciting potential. "A number of providers of such services have launched both here in South Africa and right around the world, and there is a growing body of anecdotal evidence which supports the position that this technology can play a key role in helping to save lives," Venter said. But Venter also states that changing attitudes to the wearing of seatbelts and highlighting the dangers of drink-driving are also important factors in reducing road fatalities in the likes of South Africa.
    One of the app's key advantages is it has grouped together 113 different private emergency medical providers in South Africa, meaning its customers have a greater chance of accessing an ambulance that's near. "You might be familiar with one specific [ambulance] number, for example ER24, [but] there's a good chance they're half an hour away. Whereas let's say Netcare 911 might be 5 minutes away," Gerrits continued "If you've got medical aid [insurance], it normally has a relationship with one of the private companies. They'll typically try and dispatch the company's resources that they have a relationship with," said Gerrits.


Adaptado de (http://edition.cnn.com/2016/08/08/africa/crashdetech-appcar-crash/index.html)

The main idea exposed by the text is:

Alternativas
Comentários
  • c-

    The app then pinpoints the location of the accident and automatically calls an emergency response center, which will dispatch the nearest medical emergency team.


ID
5126578
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Text

CrashDetech: The app that could save your life in a car crash

    (CNN) It's the killer that, by some measures, takes more young lives each year than conflict or some forms of cancer. Every 30 seconds a person is killed in a road crash, according to figures from the Global Road Safety Partnership. That's more than 3,400 people per day and 1.25 million people per year. Perhaps even more arresting is World Health Organization (WHO) analysis which says that 90% of all road based fatalities occur in low to middle income countries, despite such nations having only half of the world's vehicles. It's a tragedy that even takes a toll on development costing some nations up to 5% of GDP, according to the International Road Assessment Programme (iRAP). The problem is so pressing that the U.N. declared the years between 2011 and 2020 as the "Decade of Action for Road Safety," with over 100 countries pledging to reduce killer car accidents. Some of the highest rates of road deaths can be found in Africa. According to the WHO's 2015 Global Status on Road safety report, Libya is at the top of the table (73 deaths per 100,000 people), followed by Thailand (36) and Malawi (35). Automatic detection
    Yet one South African company has designed a system that it believes can help cut Africa's dismal rate of road fatalities. CrashDetech is a smartphone application designed by Johannesburg- based entrepreneur Jaco Gerrits. It operates while a user is driving and detects the sudden motion and G-forces of a car crash. The app then pinpoints the location of the accident and automatically calls an emergency response center, which will dispatch the nearest medical emergency team. CrashDetechs also sends personal medical information, such as allergies and blood type, to enable doctors and paramedics to offer more effective treatment. The aim is to reduce waiting times, and in doing so, save lives. Race against time
    In South Africa, the WHO estimate that roughly 38 people are killed in road accidents each day. "It's a major global public health problem," Gerrits told CNN. "They [the WHO] have identified that how quickly you respond to a crash and how effectively obviously can make a massive difference‖. Let's say in a rural area you're involved in a crash and you're off the road. There's a good chance that nobody might even notice the crash. You can't speak for yourself, and those patients will probably never get the right kind of treatment to them in time." According to Dr Pieter Venter of the Global Road Safety partnership, mobile technology start-up's like CrashDetech have exciting potential. "A number of providers of such services have launched both here in South Africa and right around the world, and there is a growing body of anecdotal evidence which supports the position that this technology can play a key role in helping to save lives," Venter said. But Venter also states that changing attitudes to the wearing of seatbelts and highlighting the dangers of drink-driving are also important factors in reducing road fatalities in the likes of South Africa.
    One of the app's key advantages is it has grouped together 113 different private emergency medical providers in South Africa, meaning its customers have a greater chance of accessing an ambulance that's near. "You might be familiar with one specific [ambulance] number, for example ER24, [but] there's a good chance they're half an hour away. Whereas let's say Netcare 911 might be 5 minutes away," Gerrits continued "If you've got medical aid [insurance], it normally has a relationship with one of the private companies. They'll typically try and dispatch the company's resources that they have a relationship with," said Gerrits.


Adaptado de (http://edition.cnn.com/2016/08/08/africa/crashdetech-appcar-crash/index.html)

According to the text:

Alternativas
Comentários
  • d-

    It operates while a user is driving and detects the sudden motion and G-forces of a car crash.


ID
5126581
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Text

CrashDetech: The app that could save your life in a car crash

    (CNN) It's the killer that, by some measures, takes more young lives each year than conflict or some forms of cancer. Every 30 seconds a person is killed in a road crash, according to figures from the Global Road Safety Partnership. That's more than 3,400 people per day and 1.25 million people per year. Perhaps even more arresting is World Health Organization (WHO) analysis which says that 90% of all road based fatalities occur in low to middle income countries, despite such nations having only half of the world's vehicles. It's a tragedy that even takes a toll on development costing some nations up to 5% of GDP, according to the International Road Assessment Programme (iRAP). The problem is so pressing that the U.N. declared the years between 2011 and 2020 as the "Decade of Action for Road Safety," with over 100 countries pledging to reduce killer car accidents. Some of the highest rates of road deaths can be found in Africa. According to the WHO's 2015 Global Status on Road safety report, Libya is at the top of the table (73 deaths per 100,000 people), followed by Thailand (36) and Malawi (35). Automatic detection
    Yet one South African company has designed a system that it believes can help cut Africa's dismal rate of road fatalities. CrashDetech is a smartphone application designed by Johannesburg- based entrepreneur Jaco Gerrits. It operates while a user is driving and detects the sudden motion and G-forces of a car crash. The app then pinpoints the location of the accident and automatically calls an emergency response center, which will dispatch the nearest medical emergency team. CrashDetechs also sends personal medical information, such as allergies and blood type, to enable doctors and paramedics to offer more effective treatment. The aim is to reduce waiting times, and in doing so, save lives. Race against time
    In South Africa, the WHO estimate that roughly 38 people are killed in road accidents each day. "It's a major global public health problem," Gerrits told CNN. "They [the WHO] have identified that how quickly you respond to a crash and how effectively obviously can make a massive difference‖. Let's say in a rural area you're involved in a crash and you're off the road. There's a good chance that nobody might even notice the crash. You can't speak for yourself, and those patients will probably never get the right kind of treatment to them in time." According to Dr Pieter Venter of the Global Road Safety partnership, mobile technology start-up's like CrashDetech have exciting potential. "A number of providers of such services have launched both here in South Africa and right around the world, and there is a growing body of anecdotal evidence which supports the position that this technology can play a key role in helping to save lives," Venter said. But Venter also states that changing attitudes to the wearing of seatbelts and highlighting the dangers of drink-driving are also important factors in reducing road fatalities in the likes of South Africa.
    One of the app's key advantages is it has grouped together 113 different private emergency medical providers in South Africa, meaning its customers have a greater chance of accessing an ambulance that's near. "You might be familiar with one specific [ambulance] number, for example ER24, [but] there's a good chance they're half an hour away. Whereas let's say Netcare 911 might be 5 minutes away," Gerrits continued "If you've got medical aid [insurance], it normally has a relationship with one of the private companies. They'll typically try and dispatch the company's resources that they have a relationship with," said Gerrits.


Adaptado de (http://edition.cnn.com/2016/08/08/africa/crashdetech-appcar-crash/index.html)

piece from the text: ―In South Africa, the WHO estimate that roughly 38 people are killed in road accidents each day.‖

Alternativas
Comentários
  • d-

    roughly - around, approximately, about


ID
5126584
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Text

CrashDetech: The app that could save your life in a car crash

    (CNN) It's the killer that, by some measures, takes more young lives each year than conflict or some forms of cancer. Every 30 seconds a person is killed in a road crash, according to figures from the Global Road Safety Partnership. That's more than 3,400 people per day and 1.25 million people per year. Perhaps even more arresting is World Health Organization (WHO) analysis which says that 90% of all road based fatalities occur in low to middle income countries, despite such nations having only half of the world's vehicles. It's a tragedy that even takes a toll on development costing some nations up to 5% of GDP, according to the International Road Assessment Programme (iRAP). The problem is so pressing that the U.N. declared the years between 2011 and 2020 as the "Decade of Action for Road Safety," with over 100 countries pledging to reduce killer car accidents. Some of the highest rates of road deaths can be found in Africa. According to the WHO's 2015 Global Status on Road safety report, Libya is at the top of the table (73 deaths per 100,000 people), followed by Thailand (36) and Malawi (35). Automatic detection
    Yet one South African company has designed a system that it believes can help cut Africa's dismal rate of road fatalities. CrashDetech is a smartphone application designed by Johannesburg- based entrepreneur Jaco Gerrits. It operates while a user is driving and detects the sudden motion and G-forces of a car crash. The app then pinpoints the location of the accident and automatically calls an emergency response center, which will dispatch the nearest medical emergency team. CrashDetechs also sends personal medical information, such as allergies and blood type, to enable doctors and paramedics to offer more effective treatment. The aim is to reduce waiting times, and in doing so, save lives. Race against time
    In South Africa, the WHO estimate that roughly 38 people are killed in road accidents each day. "It's a major global public health problem," Gerrits told CNN. "They [the WHO] have identified that how quickly you respond to a crash and how effectively obviously can make a massive difference‖. Let's say in a rural area you're involved in a crash and you're off the road. There's a good chance that nobody might even notice the crash. You can't speak for yourself, and those patients will probably never get the right kind of treatment to them in time." According to Dr Pieter Venter of the Global Road Safety partnership, mobile technology start-up's like CrashDetech have exciting potential. "A number of providers of such services have launched both here in South Africa and right around the world, and there is a growing body of anecdotal evidence which supports the position that this technology can play a key role in helping to save lives," Venter said. But Venter also states that changing attitudes to the wearing of seatbelts and highlighting the dangers of drink-driving are also important factors in reducing road fatalities in the likes of South Africa.
    One of the app's key advantages is it has grouped together 113 different private emergency medical providers in South Africa, meaning its customers have a greater chance of accessing an ambulance that's near. "You might be familiar with one specific [ambulance] number, for example ER24, [but] there's a good chance they're half an hour away. Whereas let's say Netcare 911 might be 5 minutes away," Gerrits continued "If you've got medical aid [insurance], it normally has a relationship with one of the private companies. They'll typically try and dispatch the company's resources that they have a relationship with," said Gerrits.


Adaptado de (http://edition.cnn.com/2016/08/08/africa/crashdetech-appcar-crash/index.html)

In this piece from the text: ―The aim is to reduce waiting times, and in doing so, save lives.‖

Alternativas
Comentários
  • c-

    aim - goal, intent, expectation, objective


ID
5126587
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Text

CrashDetech: The app that could save your life in a car crash

    (CNN) It's the killer that, by some measures, takes more young lives each year than conflict or some forms of cancer. Every 30 seconds a person is killed in a road crash, according to figures from the Global Road Safety Partnership. That's more than 3,400 people per day and 1.25 million people per year. Perhaps even more arresting is World Health Organization (WHO) analysis which says that 90% of all road based fatalities occur in low to middle income countries, despite such nations having only half of the world's vehicles. It's a tragedy that even takes a toll on development costing some nations up to 5% of GDP, according to the International Road Assessment Programme (iRAP). The problem is so pressing that the U.N. declared the years between 2011 and 2020 as the "Decade of Action for Road Safety," with over 100 countries pledging to reduce killer car accidents. Some of the highest rates of road deaths can be found in Africa. According to the WHO's 2015 Global Status on Road safety report, Libya is at the top of the table (73 deaths per 100,000 people), followed by Thailand (36) and Malawi (35). Automatic detection
    Yet one South African company has designed a system that it believes can help cut Africa's dismal rate of road fatalities. CrashDetech is a smartphone application designed by Johannesburg- based entrepreneur Jaco Gerrits. It operates while a user is driving and detects the sudden motion and G-forces of a car crash. The app then pinpoints the location of the accident and automatically calls an emergency response center, which will dispatch the nearest medical emergency team. CrashDetechs also sends personal medical information, such as allergies and blood type, to enable doctors and paramedics to offer more effective treatment. The aim is to reduce waiting times, and in doing so, save lives. Race against time
    In South Africa, the WHO estimate that roughly 38 people are killed in road accidents each day. "It's a major global public health problem," Gerrits told CNN. "They [the WHO] have identified that how quickly you respond to a crash and how effectively obviously can make a massive difference‖. Let's say in a rural area you're involved in a crash and you're off the road. There's a good chance that nobody might even notice the crash. You can't speak for yourself, and those patients will probably never get the right kind of treatment to them in time." According to Dr Pieter Venter of the Global Road Safety partnership, mobile technology start-up's like CrashDetech have exciting potential. "A number of providers of such services have launched both here in South Africa and right around the world, and there is a growing body of anecdotal evidence which supports the position that this technology can play a key role in helping to save lives," Venter said. But Venter also states that changing attitudes to the wearing of seatbelts and highlighting the dangers of drink-driving are also important factors in reducing road fatalities in the likes of South Africa.
    One of the app's key advantages is it has grouped together 113 different private emergency medical providers in South Africa, meaning its customers have a greater chance of accessing an ambulance that's near. "You might be familiar with one specific [ambulance] number, for example ER24, [but] there's a good chance they're half an hour away. Whereas let's say Netcare 911 might be 5 minutes away," Gerrits continued "If you've got medical aid [insurance], it normally has a relationship with one of the private companies. They'll typically try and dispatch the company's resources that they have a relationship with," said Gerrits.


Adaptado de (http://edition.cnn.com/2016/08/08/africa/crashdetech-appcar-crash/index.html)

In the passage: ―Let’s say in a rural area you're involved in a crash and you're off the road.‖ The word ―rural” can be replaced by:

Alternativas
Comentários
  • d-

    rural - hinterland, backwoods, outback, out in the sticks, countryside


ID
5126590
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Text

CrashDetech: The app that could save your life in a car crash

    (CNN) It's the killer that, by some measures, takes more young lives each year than conflict or some forms of cancer. Every 30 seconds a person is killed in a road crash, according to figures from the Global Road Safety Partnership. That's more than 3,400 people per day and 1.25 million people per year. Perhaps even more arresting is World Health Organization (WHO) analysis which says that 90% of all road based fatalities occur in low to middle income countries, despite such nations having only half of the world's vehicles. It's a tragedy that even takes a toll on development costing some nations up to 5% of GDP, according to the International Road Assessment Programme (iRAP). The problem is so pressing that the U.N. declared the years between 2011 and 2020 as the "Decade of Action for Road Safety," with over 100 countries pledging to reduce killer car accidents. Some of the highest rates of road deaths can be found in Africa. According to the WHO's 2015 Global Status on Road safety report, Libya is at the top of the table (73 deaths per 100,000 people), followed by Thailand (36) and Malawi (35). Automatic detection
    Yet one South African company has designed a system that it believes can help cut Africa's dismal rate of road fatalities. CrashDetech is a smartphone application designed by Johannesburg- based entrepreneur Jaco Gerrits. It operates while a user is driving and detects the sudden motion and G-forces of a car crash. The app then pinpoints the location of the accident and automatically calls an emergency response center, which will dispatch the nearest medical emergency team. CrashDetechs also sends personal medical information, such as allergies and blood type, to enable doctors and paramedics to offer more effective treatment. The aim is to reduce waiting times, and in doing so, save lives. Race against time
    In South Africa, the WHO estimate that roughly 38 people are killed in road accidents each day. "It's a major global public health problem," Gerrits told CNN. "They [the WHO] have identified that how quickly you respond to a crash and how effectively obviously can make a massive difference‖. Let's say in a rural area you're involved in a crash and you're off the road. There's a good chance that nobody might even notice the crash. You can't speak for yourself, and those patients will probably never get the right kind of treatment to them in time." According to Dr Pieter Venter of the Global Road Safety partnership, mobile technology start-up's like CrashDetech have exciting potential. "A number of providers of such services have launched both here in South Africa and right around the world, and there is a growing body of anecdotal evidence which supports the position that this technology can play a key role in helping to save lives," Venter said. But Venter also states that changing attitudes to the wearing of seatbelts and highlighting the dangers of drink-driving are also important factors in reducing road fatalities in the likes of South Africa.
    One of the app's key advantages is it has grouped together 113 different private emergency medical providers in South Africa, meaning its customers have a greater chance of accessing an ambulance that's near. "You might be familiar with one specific [ambulance] number, for example ER24, [but] there's a good chance they're half an hour away. Whereas let's say Netcare 911 might be 5 minutes away," Gerrits continued "If you've got medical aid [insurance], it normally has a relationship with one of the private companies. They'll typically try and dispatch the company's resources that they have a relationship with," said Gerrits.


Adaptado de (http://edition.cnn.com/2016/08/08/africa/crashdetech-appcar-crash/index.html)

In the statement from the text: ―There's a good chance that nobody might even notice the crash.‖

Alternativas
Comentários
  • b-

    notice - observe, peceive, realise, verify. note, figure out (not a synomyn, more like an implied connotation)


ID
5126593
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Based on your knowledge about English expressions, analyze the following statement.

Technology has turned people into couch potatoes.

The expression ―couch potatoes” means:

Alternativas
Comentários
  • e-

    a couch potato is a person given to a life dedicated to spending a lot of time sitting or lying down, often watching television, eating snacks or drinking alcohol. syn: idler

    translations:

    french: pantouflard. télézard (Quebec)

    german: Stubenhocker


ID
5126596
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Don´t worry, this decision will be duck soup for him.


The expression ―duck soup” means:

Alternativas
Comentários
  • duck soup - something which is achieved very easily. piece of cake, breeze, cakewalk, cinch, walkover, without a hitch

  • Questão de interpretação de texto e conhecimento de vocabulário, que se consegue entrando em contato com a língua estrangeira.

    A questão traz uma expressão em inglês bastante utilizada, também usada no português, por isso a importância de prestar atenção às expressões usadas em filmes por exemplo.

    A expressão duck soup é usada para dizer que algo é alcançado muito facilmente, e apesar de não ser tão conhecida, poderia também ser inferida pelo contexto, pois há a expressão Don't worry (Não se preocupe), o que mostra que o que vem a seguir seria algo fácil.

    Segue tradução:

    Não se preocupe, essa decisão será "canja de pato" para ele. (No português usamos canja de galinha)

    A expressão “sopa de pato” significa:

    A) Correta - Muito fácil.

    B) Incorreta - Maravilhoso.

    C) Incorreta - Alimentar um pato com sopa.

    D) Incorreta - Muito difícil.

    E) Incorreta - Muito útil.

    Gabarito: A


ID
5126599
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Frank gets on well with his new roommates. The phrasal verb “get on with” means:

Alternativas
Comentários
  • e-

    get on well - get along well with, get on like a house on fire, be on good terms with, Dar-se bem com.

  • A questão aborda os Phrasal verbs, que são verbos que vêm acompanhados por preposições ou advérbios, e podem modificar completamente o sentido do verbo original.

    Muitas vezes, para saber o significado, é preciso decorar ou deduzir pelo contexto.

    Exemplo: give up = desistir, sendo que o verbo give é traduzido como dar.

    Segue tradução do enunciado:

    Frank se dá bem com seus novos colegas de quarto. O verbo frasal "get on with" significa:

    A) Incorreta - Continuar fazendo alguma coisa.

    B) Incorreta - Entregar.

    C) Incorreta - Espalhar segredos.

    D) Incorreta - Dar-se mal com.

    E) Correta - Dar-se bem com.

    Gabarito: E


ID
5126602
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Based on your grammar knowledge, choose the correct alternative

Alternativas
Comentários
  • A - one fourth of the teachers are from abroad

    B- When I opened the beer, my friends showed up. In the sentence, the actions "opened" and "showed up" are short actions. According to grammar, when there's a short action right after another one, you use the past simple for both.

    C- The man may be late, as happened yesterday. (gab).*

    D- Bill has a lot of money.

    E - Most of (the) people go with me.

    ________________________________________________________________________________________________

    * The second clause is dependent on the first, which completes its meaning. the man might be late as he was yesterday. Adding the dummy pronoun 'it' changes the overall meaning of the sentence. it portends that the man may have been late due to something which took place the day before.


ID
5126605
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Based on the English Grammar, we use the simple past tense to talk about:

Alternativas
Comentários
  • a-

    The simple past is a verb tense for talking about things that happened before the present time. Unlike the past continuous tense, which is used to talk about past events that happened over a period of time, the simple past tense stresses out that the action is finished.


ID
5126608
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

My old sister is very stubborn. Nesse contexto, a palavra em inglês stubborn significa:

Alternativas
Comentários
  • b-

    stubborn - strong-headed, mule-headed, obstinate, obdurate, stiff-necked, dogged, Teimoso.


ID
5126611
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Talking about money, don’t count on Pedro. He is such a deadbeat. 

In this context, the word deadbeat means:

Alternativas
Comentários
  • a-

    deadbeat - defaulter, someone who is perpetually in arrears with his debts or outright refuses to pay them

    deadbeat dad - a father who willfully fails to meet his obligation to provide financial support for his offspring

  • Falando em dinheiro, não conte com Pedro. Ele é um inadimplente.

    Neste contexto, a palavra deadbeat significa:

    Sabendo que o significado de deadbeat é: inadimplente, alguém que está perpetuamente em atraso com suas dívidas ou se recusa a pagá-las

    Sendo assim,

    Gabarito: A


ID
5126614
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Talking about money, don’t count on Pedro. He is such a deadbeat. 

Qual o tempo verbal da sentença: ―Don’t count on Pedro”?

Alternativas
Comentários
  • e-

    The simple present is a verb tense mainly used either when an action is happening at the moment that the speaker describes it or when it happens regularly, like something that takes place nonstop or a fact, which always holds true.


ID
5126617
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Talking about money, don’t count on Pedro. He is such a deadbeat. 

Count on means:

Alternativas
Comentários
  • b-

    count on - rely on, depend on


ID
5126620
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

São competências gerais da educação básica, EXCETO:

Alternativas

ID
5126623
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O Plano Nacional de Educação (PNE) LEI nº 13.005/2014 composto por 20 metas são acompanhadas de um delineamento de prazos específicos para cada uma delas. No que se refere a PNE marque a alterna INCORRETA

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

    A) dimensão cronológica envolve o estabelecimento de etapas bianuais para o acompanhamento do Plano como um todo, nas quais deverão ser publicados, a partir de junho de 2016; (CORRETO)

    B) os estudos mais aprofundados acerca da trajetória dos indicadores das metas, considerando os três níveis federativos e os grupos sociais prioritários para o Plano; (CORRETO)

    C) Tem em conta essa Linha de Base para o diagnóstico dos aspectos circunscritos no PNE acerca da educação brasileira; (CORRETO)

    D) o processo de monitoramento do Plano será contínuo e contará com um cronograma para o desenvolvimento e a publicação bienal dos estudos que devem ser feitos pelo Inep; (CORRETO)

    E) Tem em conta essa Linha de Base para o diagnóstico dos aspectos territoriais e biológicos inscritos no PNE acerca da educação regional. (INCORRETO)


ID
5126629
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

. A Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro, publicada pelo Ministério da Educação, conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), expressa a política e o planejamento educacional do país. Essas diretrizes são fundamentadas em relação à Constituição Federal, cujo Art. 206 define que o ensino será ministrado com base nos princípios abaixo listado, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Para responder a esta questão, exige-se conhecimento sobre os princípios sobre a educação conforme a Constituição Federal de 1988. O candidato deve indicar a assertiva incorreta. Vejamos:

    a) Correta.

    "Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

    I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

    II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; (...)"

    b) Incorreta.

    O erro foi ter falado singularismo de ideia, quando o correto é pluralismo

    "Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: (...) III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; (...)"

    c) *Correta.

    "Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

    IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

    V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (...)"

    Em 2016 foi mudado o texto acrescentando a exigência de ser "aos das redes públicas" como destaquei na redação acima. Portanto, considero esta assertiva errada, mas a banca examinadora não ver dessa forma.

    d) Correta.

    "Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:(...) VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (...)"

    e) Correta.

    "Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: (...) VII - garantia de padrão de qualidade."

    Gabarito: B

    Gabarito do monitor: Nulo por haver duas respostas.


ID
5126632
Banca
CONTEMAX
Órgão
Prefeitura de Orobó - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA diante da afirmação ―A demanda cognitiva das atividades de leitura deve aumentar progressivamente desde os anos iniciais do Ensino Fundamental até o Ensino Médio‖. Esta complexidade se expressa pela articulação:

Alternativas