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Prova CRS - PMMG - 2010 - PM-MG - Soldado - Técnico em Segurança Pública


ID
1974886
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura desbotada 

Daniel Piza

Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda. Mesmo artistas, escritores e professores têm lacunas tremendas na formação cultural. Como se via na seção “Antologia pessoal” que este caderno mantinha, eles não leram muitos clássicos, dominam mal os conceitos filosóficos e científicos e se interessam pouco por história. Penso em diretores de cinema como Bergman e Fellini, no conhecimento amoroso que tinham de literatura, teatro, pintura e música, e comparo com os atuais, dos quais tenho conhecido alguns. A diferença de repertório é abissal e, mais importante, se manifesta nos filmes, hoje tão mais vazios.

Ou então leio Assunto Encerrado, de Ítalo Calvino, livro de 1980 que acaba de sair aqui (Companhia das Letras), e não consigo escapar da pergunta: não se faz mais gente assim? Calvino conversa com o leitor de modo erudito e sedutor ao mesmo tempo, sobre os mais diversos assuntos, e sempre com algo próprio a dizer. Ele critica, por exemplo, os que não entenderam a lição de Flaubert, pois a tomaram por um exercício linguístico em vez da experiência vital, e diz que isso resultou em “romances desbotados, como a água da lavagem dos pratos, em que nada a gordura de sentimentos requentados”. Como se vê, Calvino, que critica o formalismo de Barthes, o escapismo dos beatniks e elogia o cientista Galileu como um dos maiores prosadores da língua italiana, não é o pós-modernista que muitos de seus fãs querem nos fazer crer. Por sinal, gosto muito de sua ficção em O visconde partido ao meio e As cidades invisíveis, embora ele mesmo confesse uma opção pelos personagens “sem introspecção”; mas o ensaísta de Seis propostas para o próximo milênio e Por que ler os Clássicos merece ser mais lido do que nunca. São livros perfeitos para que se entenda que ter cultura não é acumular referências, e sim um processo orgânico no qual o prazer é fundamental, desde que não seja visto como mera reação emocional a estímulos de superfície. No Brasil é comum que pseudointelectuais torçam a vista para a palavra “prazer” aplicada a obras de arte e pensamento que eles julgam sacrossantas porque, na verdade, sua inteligência – ou de seus orientadores universitários – não as alcança.

Inteligência, claro, também parece tão fora de moda quanto usar chapéus. Programas de TV e revistas falam o tempo todo em “tipos de inteligência” ou em “inteligência emocional”, mas não conseguem disfarçar o sabor de vingança que sentem com esse desprestígio do raciocínio articulado, formado por leituras atentas. E desvincular inteligência e cultura é outra tática que só serve ao conservadorismo dos nossos tempos, ao consumismo sentimental que emana da mídia sem parar. Sim, há pessoas que leram muito e continuam burras, mas isso porque leem burramente... O difícil é querer que as pessoas realmente inteligentes não sejam curiosas por natureza, atraídas pelo conhecimento porque sabem que sem ele não há equipamento mental que se aprimore.

Essa overdose audiovisual, adversária da concentração sem a qual não existe formação – e toda formação exige alto grau de autodidatismo –, é apenas uma das causas do crescente desbotamento cultural da humanidade. A visão do intelectual como um sujeito ou insensível ou desajeitado, ainda que muitos intelectuais a confirmem, tem outras motivações históricas. Pode reparar que nos filmes de ação, sobretudo americanos, os vilões são sempre mais “sofisticados” que os heróis; se estes triunfam, é porque têm bom coração. Em parte isso tem a ver com os estereótipos sobre o nazismo, que provocam a pergunta banal sobre “como alguém que escuta Schubert pode matar milhões de pessoas” (escutar Schubert não é atestado moral); mas, na verdade, os antecede, como na cultura rousseauniana que as Américas adotaram.

Já passa da hora de entender que a aproximação a uma cultura mais voltairiana, “europeia” no melhor sentido (não dessa Europa deprimida e deprimente de Berlusconis e Sarkozys), faria bem ao mundo. Nesse extraordinário livro com os textos para a rádio BBC, Ouvintes Alemães (Zahar), Thomas Mann – outro exemplo de artista-intelectual em extinção – critica a mutilação da noção de Europa pelos nazistas: “Ela era o contrário da estreiteza provinciana, do egoísmo ilimitado, da brutalidade nacionalista e da falta de educação; significava liberdade, amplitude, espírito e bondade. ‘Europa’, isso era um patamar, um padrão cultural.” Mann demonstra ainda o que é cosmopolitismo ao criticar seu próprio país: “O nazismo é uma caricatura terrível de todas as fraquezas e loucuras da essência alemã, a ponto de corrermos o perigo de esquecer suas virtudes.” Não existem povos eleitos.

Aqui chegamos a outro motivo da desvalorização da “cultura geral”: a campanha contra o tal eurocentrismo, contra a civilização ocidental que, com seus “machos brancos” ou seus recalques vitorianos, teria calado as demais – campanha que, ironicamente, começou nas academias da Europa. Mas o Renascimento e o Iluminismo, assim como a arte moderna, são criações europeias que evidentemente a distinguem de outras civilizações – como a islâmica ou a chinesa, que tinham estado à sua frente em séculos anteriores. Familiarizar-se com todas elas é o caminho, mas ele implica não renegar a importância cultural da história polifônica que vai de Dante a Picasso e de Galileu a Einstein.

Há também a questão do trabalho cada vez mais especializado, que compartimenta os saberes em jargões e pretensões. Mas o melhor especialista é o que se beneficia do contato com outras áreas, e hoje felizmente se começa a ver que um olhar transversal ou multidisciplinar é indispensável. E uma cultura não vive apenas de especialistas. Basta lembrar jornalistas como Otto Lara Resende, Antonio Callado, Paulo Francis: todos liam muito sobre história e tinham a liberdade de se interessar por diversos temas. O grande inimigo, porém, é a noção de que vivemos num eterno presente, como se o reexame da tradição não fosse fundamental para as ideias e as artes. E tome uma “elite” cada vez mais antenada e cada vez mais inculta.

 

Segundo o 1º parágrafo do texto, a noção de que ter “cultura geral” é hoje, na Era da Informação:

Alternativas
Comentários
  • Nobres, 

     

    GABARITO B

     

    Pela simplicidade da questão, acredito que não demanda maiores comentários.

     

    Avante!

  • GABRITO - B

    >>> Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda.

    Parabéns! Você acertou!


ID
1974889
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura desbotada 

Daniel Piza

Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda. Mesmo artistas, escritores e professores têm lacunas tremendas na formação cultural. Como se via na seção “Antologia pessoal” que este caderno mantinha, eles não leram muitos clássicos, dominam mal os conceitos filosóficos e científicos e se interessam pouco por história. Penso em diretores de cinema como Bergman e Fellini, no conhecimento amoroso que tinham de literatura, teatro, pintura e música, e comparo com os atuais, dos quais tenho conhecido alguns. A diferença de repertório é abissal e, mais importante, se manifesta nos filmes, hoje tão mais vazios.

Ou então leio Assunto Encerrado, de Ítalo Calvino, livro de 1980 que acaba de sair aqui (Companhia das Letras), e não consigo escapar da pergunta: não se faz mais gente assim? Calvino conversa com o leitor de modo erudito e sedutor ao mesmo tempo, sobre os mais diversos assuntos, e sempre com algo próprio a dizer. Ele critica, por exemplo, os que não entenderam a lição de Flaubert, pois a tomaram por um exercício linguístico em vez da experiência vital, e diz que isso resultou em “romances desbotados, como a água da lavagem dos pratos, em que nada a gordura de sentimentos requentados”. Como se vê, Calvino, que critica o formalismo de Barthes, o escapismo dos beatniks e elogia o cientista Galileu como um dos maiores prosadores da língua italiana, não é o pós-modernista que muitos de seus fãs querem nos fazer crer. Por sinal, gosto muito de sua ficção em O visconde partido ao meio e As cidades invisíveis, embora ele mesmo confesse uma opção pelos personagens “sem introspecção”; mas o ensaísta de Seis propostas para o próximo milênio e Por que ler os Clássicos merece ser mais lido do que nunca. São livros perfeitos para que se entenda que ter cultura não é acumular referências, e sim um processo orgânico no qual o prazer é fundamental, desde que não seja visto como mera reação emocional a estímulos de superfície. No Brasil é comum que pseudointelectuais torçam a vista para a palavra “prazer” aplicada a obras de arte e pensamento que eles julgam sacrossantas porque, na verdade, sua inteligência – ou de seus orientadores universitários – não as alcança.

Inteligência, claro, também parece tão fora de moda quanto usar chapéus. Programas de TV e revistas falam o tempo todo em “tipos de inteligência” ou em “inteligência emocional”, mas não conseguem disfarçar o sabor de vingança que sentem com esse desprestígio do raciocínio articulado, formado por leituras atentas. E desvincular inteligência e cultura é outra tática que só serve ao conservadorismo dos nossos tempos, ao consumismo sentimental que emana da mídia sem parar. Sim, há pessoas que leram muito e continuam burras, mas isso porque leem burramente... O difícil é querer que as pessoas realmente inteligentes não sejam curiosas por natureza, atraídas pelo conhecimento porque sabem que sem ele não há equipamento mental que se aprimore.

Essa overdose audiovisual, adversária da concentração sem a qual não existe formação – e toda formação exige alto grau de autodidatismo –, é apenas uma das causas do crescente desbotamento cultural da humanidade. A visão do intelectual como um sujeito ou insensível ou desajeitado, ainda que muitos intelectuais a confirmem, tem outras motivações históricas. Pode reparar que nos filmes de ação, sobretudo americanos, os vilões são sempre mais “sofisticados” que os heróis; se estes triunfam, é porque têm bom coração. Em parte isso tem a ver com os estereótipos sobre o nazismo, que provocam a pergunta banal sobre “como alguém que escuta Schubert pode matar milhões de pessoas” (escutar Schubert não é atestado moral); mas, na verdade, os antecede, como na cultura rousseauniana que as Américas adotaram.

Já passa da hora de entender que a aproximação a uma cultura mais voltairiana, “europeia” no melhor sentido (não dessa Europa deprimida e deprimente de Berlusconis e Sarkozys), faria bem ao mundo. Nesse extraordinário livro com os textos para a rádio BBC, Ouvintes Alemães (Zahar), Thomas Mann – outro exemplo de artista-intelectual em extinção – critica a mutilação da noção de Europa pelos nazistas: “Ela era o contrário da estreiteza provinciana, do egoísmo ilimitado, da brutalidade nacionalista e da falta de educação; significava liberdade, amplitude, espírito e bondade. ‘Europa’, isso era um patamar, um padrão cultural.” Mann demonstra ainda o que é cosmopolitismo ao criticar seu próprio país: “O nazismo é uma caricatura terrível de todas as fraquezas e loucuras da essência alemã, a ponto de corrermos o perigo de esquecer suas virtudes.” Não existem povos eleitos.

Aqui chegamos a outro motivo da desvalorização da “cultura geral”: a campanha contra o tal eurocentrismo, contra a civilização ocidental que, com seus “machos brancos” ou seus recalques vitorianos, teria calado as demais – campanha que, ironicamente, começou nas academias da Europa. Mas o Renascimento e o Iluminismo, assim como a arte moderna, são criações europeias que evidentemente a distinguem de outras civilizações – como a islâmica ou a chinesa, que tinham estado à sua frente em séculos anteriores. Familiarizar-se com todas elas é o caminho, mas ele implica não renegar a importância cultural da história polifônica que vai de Dante a Picasso e de Galileu a Einstein.

Há também a questão do trabalho cada vez mais especializado, que compartimenta os saberes em jargões e pretensões. Mas o melhor especialista é o que se beneficia do contato com outras áreas, e hoje felizmente se começa a ver que um olhar transversal ou multidisciplinar é indispensável. E uma cultura não vive apenas de especialistas. Basta lembrar jornalistas como Otto Lara Resende, Antonio Callado, Paulo Francis: todos liam muito sobre história e tinham a liberdade de se interessar por diversos temas. O grande inimigo, porém, é a noção de que vivemos num eterno presente, como se o reexame da tradição não fosse fundamental para as ideias e as artes. E tome uma “elite” cada vez mais antenada e cada vez mais inculta.

 

Assinale a alternativa cuja palavra destacada possa ser substituída pela que está entre parênteses, sem que haja perda de sentido e procedendo às modificações necessárias:

Alternativas
Comentários
  • Nobres, 

     

    Questão fácil, desde que se faça por eliminação.

     

    Sinceramente não percebi em que ponto "disseminada" se aproxima de "vogada".

     

    http://www.dicionarioinformal.com.br/disseminado/

     

    http://www.dicionarioinformal.com.br/vogada/

     

    Se algum colega tiver mais informações.

     

    Avante!

  • Talvez o VOGADA seja no sentido de "estar em voga".

    VOGA: Moda; mania passageira; que está em destaque: música em voga.

    www. dicio.com.br/voga/


ID
1974892
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura desbotada 

Daniel Piza

Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda. Mesmo artistas, escritores e professores têm lacunas tremendas na formação cultural. Como se via na seção “Antologia pessoal” que este caderno mantinha, eles não leram muitos clássicos, dominam mal os conceitos filosóficos e científicos e se interessam pouco por história. Penso em diretores de cinema como Bergman e Fellini, no conhecimento amoroso que tinham de literatura, teatro, pintura e música, e comparo com os atuais, dos quais tenho conhecido alguns. A diferença de repertório é abissal e, mais importante, se manifesta nos filmes, hoje tão mais vazios.

Ou então leio Assunto Encerrado, de Ítalo Calvino, livro de 1980 que acaba de sair aqui (Companhia das Letras), e não consigo escapar da pergunta: não se faz mais gente assim? Calvino conversa com o leitor de modo erudito e sedutor ao mesmo tempo, sobre os mais diversos assuntos, e sempre com algo próprio a dizer. Ele critica, por exemplo, os que não entenderam a lição de Flaubert, pois a tomaram por um exercício linguístico em vez da experiência vital, e diz que isso resultou em “romances desbotados, como a água da lavagem dos pratos, em que nada a gordura de sentimentos requentados”. Como se vê, Calvino, que critica o formalismo de Barthes, o escapismo dos beatniks e elogia o cientista Galileu como um dos maiores prosadores da língua italiana, não é o pós-modernista que muitos de seus fãs querem nos fazer crer. Por sinal, gosto muito de sua ficção em O visconde partido ao meio e As cidades invisíveis, embora ele mesmo confesse uma opção pelos personagens “sem introspecção”; mas o ensaísta de Seis propostas para o próximo milênio e Por que ler os Clássicos merece ser mais lido do que nunca. São livros perfeitos para que se entenda que ter cultura não é acumular referências, e sim um processo orgânico no qual o prazer é fundamental, desde que não seja visto como mera reação emocional a estímulos de superfície. No Brasil é comum que pseudointelectuais torçam a vista para a palavra “prazer” aplicada a obras de arte e pensamento que eles julgam sacrossantas porque, na verdade, sua inteligência – ou de seus orientadores universitários – não as alcança.

Inteligência, claro, também parece tão fora de moda quanto usar chapéus. Programas de TV e revistas falam o tempo todo em “tipos de inteligência” ou em “inteligência emocional”, mas não conseguem disfarçar o sabor de vingança que sentem com esse desprestígio do raciocínio articulado, formado por leituras atentas. E desvincular inteligência e cultura é outra tática que só serve ao conservadorismo dos nossos tempos, ao consumismo sentimental que emana da mídia sem parar. Sim, há pessoas que leram muito e continuam burras, mas isso porque leem burramente... O difícil é querer que as pessoas realmente inteligentes não sejam curiosas por natureza, atraídas pelo conhecimento porque sabem que sem ele não há equipamento mental que se aprimore.

Essa overdose audiovisual, adversária da concentração sem a qual não existe formação – e toda formação exige alto grau de autodidatismo –, é apenas uma das causas do crescente desbotamento cultural da humanidade. A visão do intelectual como um sujeito ou insensível ou desajeitado, ainda que muitos intelectuais a confirmem, tem outras motivações históricas. Pode reparar que nos filmes de ação, sobretudo americanos, os vilões são sempre mais “sofisticados” que os heróis; se estes triunfam, é porque têm bom coração. Em parte isso tem a ver com os estereótipos sobre o nazismo, que provocam a pergunta banal sobre “como alguém que escuta Schubert pode matar milhões de pessoas” (escutar Schubert não é atestado moral); mas, na verdade, os antecede, como na cultura rousseauniana que as Américas adotaram.

Já passa da hora de entender que a aproximação a uma cultura mais voltairiana, “europeia” no melhor sentido (não dessa Europa deprimida e deprimente de Berlusconis e Sarkozys), faria bem ao mundo. Nesse extraordinário livro com os textos para a rádio BBC, Ouvintes Alemães (Zahar), Thomas Mann – outro exemplo de artista-intelectual em extinção – critica a mutilação da noção de Europa pelos nazistas: “Ela era o contrário da estreiteza provinciana, do egoísmo ilimitado, da brutalidade nacionalista e da falta de educação; significava liberdade, amplitude, espírito e bondade. ‘Europa’, isso era um patamar, um padrão cultural.” Mann demonstra ainda o que é cosmopolitismo ao criticar seu próprio país: “O nazismo é uma caricatura terrível de todas as fraquezas e loucuras da essência alemã, a ponto de corrermos o perigo de esquecer suas virtudes.” Não existem povos eleitos.

Aqui chegamos a outro motivo da desvalorização da “cultura geral”: a campanha contra o tal eurocentrismo, contra a civilização ocidental que, com seus “machos brancos” ou seus recalques vitorianos, teria calado as demais – campanha que, ironicamente, começou nas academias da Europa. Mas o Renascimento e o Iluminismo, assim como a arte moderna, são criações europeias que evidentemente a distinguem de outras civilizações – como a islâmica ou a chinesa, que tinham estado à sua frente em séculos anteriores. Familiarizar-se com todas elas é o caminho, mas ele implica não renegar a importância cultural da história polifônica que vai de Dante a Picasso e de Galileu a Einstein.

Há também a questão do trabalho cada vez mais especializado, que compartimenta os saberes em jargões e pretensões. Mas o melhor especialista é o que se beneficia do contato com outras áreas, e hoje felizmente se começa a ver que um olhar transversal ou multidisciplinar é indispensável. E uma cultura não vive apenas de especialistas. Basta lembrar jornalistas como Otto Lara Resende, Antonio Callado, Paulo Francis: todos liam muito sobre história e tinham a liberdade de se interessar por diversos temas. O grande inimigo, porém, é a noção de que vivemos num eterno presente, como se o reexame da tradição não fosse fundamental para as ideias e as artes. E tome uma “elite” cada vez mais antenada e cada vez mais inculta.

 

De acordo com o último parágrafo do texto, pode-se afirmar:

Alternativas
Comentários
  • prescindíveis= dispensáveis

  • "Mas o melhor especialista é o que se beneficia do contato com outras áreas...", ou seja outras possibilidades de conhecimento.

    GABARITO LETRA D


ID
1974895
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura desbotada 

Daniel Piza

Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda. Mesmo artistas, escritores e professores têm lacunas tremendas na formação cultural. Como se via na seção “Antologia pessoal” que este caderno mantinha, eles não leram muitos clássicos, dominam mal os conceitos filosóficos e científicos e se interessam pouco por história. Penso em diretores de cinema como Bergman e Fellini, no conhecimento amoroso que tinham de literatura, teatro, pintura e música, e comparo com os atuais, dos quais tenho conhecido alguns. A diferença de repertório é abissal e, mais importante, se manifesta nos filmes, hoje tão mais vazios.

Ou então leio Assunto Encerrado, de Ítalo Calvino, livro de 1980 que acaba de sair aqui (Companhia das Letras), e não consigo escapar da pergunta: não se faz mais gente assim? Calvino conversa com o leitor de modo erudito e sedutor ao mesmo tempo, sobre os mais diversos assuntos, e sempre com algo próprio a dizer. Ele critica, por exemplo, os que não entenderam a lição de Flaubert, pois a tomaram por um exercício linguístico em vez da experiência vital, e diz que isso resultou em “romances desbotados, como a água da lavagem dos pratos, em que nada a gordura de sentimentos requentados”. Como se vê, Calvino, que critica o formalismo de Barthes, o escapismo dos beatniks e elogia o cientista Galileu como um dos maiores prosadores da língua italiana, não é o pós-modernista que muitos de seus fãs querem nos fazer crer. Por sinal, gosto muito de sua ficção em O visconde partido ao meio e As cidades invisíveis, embora ele mesmo confesse uma opção pelos personagens “sem introspecção”; mas o ensaísta de Seis propostas para o próximo milênio e Por que ler os Clássicos merece ser mais lido do que nunca. São livros perfeitos para que se entenda que ter cultura não é acumular referências, e sim um processo orgânico no qual o prazer é fundamental, desde que não seja visto como mera reação emocional a estímulos de superfície. No Brasil é comum que pseudointelectuais torçam a vista para a palavra “prazer” aplicada a obras de arte e pensamento que eles julgam sacrossantas porque, na verdade, sua inteligência – ou de seus orientadores universitários – não as alcança.

Inteligência, claro, também parece tão fora de moda quanto usar chapéus. Programas de TV e revistas falam o tempo todo em “tipos de inteligência” ou em “inteligência emocional”, mas não conseguem disfarçar o sabor de vingança que sentem com esse desprestígio do raciocínio articulado, formado por leituras atentas. E desvincular inteligência e cultura é outra tática que só serve ao conservadorismo dos nossos tempos, ao consumismo sentimental que emana da mídia sem parar. Sim, há pessoas que leram muito e continuam burras, mas isso porque leem burramente... O difícil é querer que as pessoas realmente inteligentes não sejam curiosas por natureza, atraídas pelo conhecimento porque sabem que sem ele não há equipamento mental que se aprimore.

Essa overdose audiovisual, adversária da concentração sem a qual não existe formação – e toda formação exige alto grau de autodidatismo –, é apenas uma das causas do crescente desbotamento cultural da humanidade. A visão do intelectual como um sujeito ou insensível ou desajeitado, ainda que muitos intelectuais a confirmem, tem outras motivações históricas. Pode reparar que nos filmes de ação, sobretudo americanos, os vilões são sempre mais “sofisticados” que os heróis; se estes triunfam, é porque têm bom coração. Em parte isso tem a ver com os estereótipos sobre o nazismo, que provocam a pergunta banal sobre “como alguém que escuta Schubert pode matar milhões de pessoas” (escutar Schubert não é atestado moral); mas, na verdade, os antecede, como na cultura rousseauniana que as Américas adotaram.

Já passa da hora de entender que a aproximação a uma cultura mais voltairiana, “europeia” no melhor sentido (não dessa Europa deprimida e deprimente de Berlusconis e Sarkozys), faria bem ao mundo. Nesse extraordinário livro com os textos para a rádio BBC, Ouvintes Alemães (Zahar), Thomas Mann – outro exemplo de artista-intelectual em extinção – critica a mutilação da noção de Europa pelos nazistas: “Ela era o contrário da estreiteza provinciana, do egoísmo ilimitado, da brutalidade nacionalista e da falta de educação; significava liberdade, amplitude, espírito e bondade. ‘Europa’, isso era um patamar, um padrão cultural.” Mann demonstra ainda o que é cosmopolitismo ao criticar seu próprio país: “O nazismo é uma caricatura terrível de todas as fraquezas e loucuras da essência alemã, a ponto de corrermos o perigo de esquecer suas virtudes.” Não existem povos eleitos.

Aqui chegamos a outro motivo da desvalorização da “cultura geral”: a campanha contra o tal eurocentrismo, contra a civilização ocidental que, com seus “machos brancos” ou seus recalques vitorianos, teria calado as demais – campanha que, ironicamente, começou nas academias da Europa. Mas o Renascimento e o Iluminismo, assim como a arte moderna, são criações europeias que evidentemente a distinguem de outras civilizações – como a islâmica ou a chinesa, que tinham estado à sua frente em séculos anteriores. Familiarizar-se com todas elas é o caminho, mas ele implica não renegar a importância cultural da história polifônica que vai de Dante a Picasso e de Galileu a Einstein.

Há também a questão do trabalho cada vez mais especializado, que compartimenta os saberes em jargões e pretensões. Mas o melhor especialista é o que se beneficia do contato com outras áreas, e hoje felizmente se começa a ver que um olhar transversal ou multidisciplinar é indispensável. E uma cultura não vive apenas de especialistas. Basta lembrar jornalistas como Otto Lara Resende, Antonio Callado, Paulo Francis: todos liam muito sobre história e tinham a liberdade de se interessar por diversos temas. O grande inimigo, porém, é a noção de que vivemos num eterno presente, como se o reexame da tradição não fosse fundamental para as ideias e as artes. E tome uma “elite” cada vez mais antenada e cada vez mais inculta.

 

Na seção “Antologia pessoal”, os artistas, escritores e professores possuem vultosas lacunas na formação cultural. Isso pode ser explicado pelo (a):

Alternativas
Comentários
  • Nobres, 

     

    GABARITO B

     

    Bastaria a releitura do trecho correspondente no texto:

     

    Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda. Mesmo artistas, escritores e professores têm lacunas tremendas na formação cultural. Como se via na seção “Antologia pessoal” que este caderno mantinha, eles não leram muitos clássicos, dominam mal os conceitos filosóficos e científicos e se interessam pouco por história. Penso em diretores de cinema como Bergman e Fellini, no conhecimento amoroso que tinham de literatura, teatro, pintura e música, e comparo com os atuais, dos quais tenho conhecido alguns. A diferença de repertório é abissal e, mais importante, se manifesta nos filmes, hoje tão mais vazios.

     

    E mais:

     

    Significado de Desmesurado

    Enorme; cujas medidas ultrapassam o normal ou habitual.Excessivo; que vai além da dimensão ou forma normal.Extraordinário; que se pode notar; que se distingue; que demonstra uma grandeza superior a normal.

     

    Smj, 

     

    Avante!

     

     

  • Gabarito B

    TEXTO: "dominam mal os conceitos filosóficos e científicos..."


ID
1974898
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura desbotada 

Daniel Piza

Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda. Mesmo artistas, escritores e professores têm lacunas tremendas na formação cultural. Como se via na seção “Antologia pessoal” que este caderno mantinha, eles não leram muitos clássicos, dominam mal os conceitos filosóficos e científicos e se interessam pouco por história. Penso em diretores de cinema como Bergman e Fellini, no conhecimento amoroso que tinham de literatura, teatro, pintura e música, e comparo com os atuais, dos quais tenho conhecido alguns. A diferença de repertório é abissal e, mais importante, se manifesta nos filmes, hoje tão mais vazios.

Ou então leio Assunto Encerrado, de Ítalo Calvino, livro de 1980 que acaba de sair aqui (Companhia das Letras), e não consigo escapar da pergunta: não se faz mais gente assim? Calvino conversa com o leitor de modo erudito e sedutor ao mesmo tempo, sobre os mais diversos assuntos, e sempre com algo próprio a dizer. Ele critica, por exemplo, os que não entenderam a lição de Flaubert, pois a tomaram por um exercício linguístico em vez da experiência vital, e diz que isso resultou em “romances desbotados, como a água da lavagem dos pratos, em que nada a gordura de sentimentos requentados”. Como se vê, Calvino, que critica o formalismo de Barthes, o escapismo dos beatniks e elogia o cientista Galileu como um dos maiores prosadores da língua italiana, não é o pós-modernista que muitos de seus fãs querem nos fazer crer. Por sinal, gosto muito de sua ficção em O visconde partido ao meio e As cidades invisíveis, embora ele mesmo confesse uma opção pelos personagens “sem introspecção”; mas o ensaísta de Seis propostas para o próximo milênio e Por que ler os Clássicos merece ser mais lido do que nunca. São livros perfeitos para que se entenda que ter cultura não é acumular referências, e sim um processo orgânico no qual o prazer é fundamental, desde que não seja visto como mera reação emocional a estímulos de superfície. No Brasil é comum que pseudointelectuais torçam a vista para a palavra “prazer” aplicada a obras de arte e pensamento que eles julgam sacrossantas porque, na verdade, sua inteligência – ou de seus orientadores universitários – não as alcança.

Inteligência, claro, também parece tão fora de moda quanto usar chapéus. Programas de TV e revistas falam o tempo todo em “tipos de inteligência” ou em “inteligência emocional”, mas não conseguem disfarçar o sabor de vingança que sentem com esse desprestígio do raciocínio articulado, formado por leituras atentas. E desvincular inteligência e cultura é outra tática que só serve ao conservadorismo dos nossos tempos, ao consumismo sentimental que emana da mídia sem parar. Sim, há pessoas que leram muito e continuam burras, mas isso porque leem burramente... O difícil é querer que as pessoas realmente inteligentes não sejam curiosas por natureza, atraídas pelo conhecimento porque sabem que sem ele não há equipamento mental que se aprimore.

Essa overdose audiovisual, adversária da concentração sem a qual não existe formação – e toda formação exige alto grau de autodidatismo –, é apenas uma das causas do crescente desbotamento cultural da humanidade. A visão do intelectual como um sujeito ou insensível ou desajeitado, ainda que muitos intelectuais a confirmem, tem outras motivações históricas. Pode reparar que nos filmes de ação, sobretudo americanos, os vilões são sempre mais “sofisticados” que os heróis; se estes triunfam, é porque têm bom coração. Em parte isso tem a ver com os estereótipos sobre o nazismo, que provocam a pergunta banal sobre “como alguém que escuta Schubert pode matar milhões de pessoas” (escutar Schubert não é atestado moral); mas, na verdade, os antecede, como na cultura rousseauniana que as Américas adotaram.

Já passa da hora de entender que a aproximação a uma cultura mais voltairiana, “europeia” no melhor sentido (não dessa Europa deprimida e deprimente de Berlusconis e Sarkozys), faria bem ao mundo. Nesse extraordinário livro com os textos para a rádio BBC, Ouvintes Alemães (Zahar), Thomas Mann – outro exemplo de artista-intelectual em extinção – critica a mutilação da noção de Europa pelos nazistas: “Ela era o contrário da estreiteza provinciana, do egoísmo ilimitado, da brutalidade nacionalista e da falta de educação; significava liberdade, amplitude, espírito e bondade. ‘Europa’, isso era um patamar, um padrão cultural.” Mann demonstra ainda o que é cosmopolitismo ao criticar seu próprio país: “O nazismo é uma caricatura terrível de todas as fraquezas e loucuras da essência alemã, a ponto de corrermos o perigo de esquecer suas virtudes.” Não existem povos eleitos.

Aqui chegamos a outro motivo da desvalorização da “cultura geral”: a campanha contra o tal eurocentrismo, contra a civilização ocidental que, com seus “machos brancos” ou seus recalques vitorianos, teria calado as demais – campanha que, ironicamente, começou nas academias da Europa. Mas o Renascimento e o Iluminismo, assim como a arte moderna, são criações europeias que evidentemente a distinguem de outras civilizações – como a islâmica ou a chinesa, que tinham estado à sua frente em séculos anteriores. Familiarizar-se com todas elas é o caminho, mas ele implica não renegar a importância cultural da história polifônica que vai de Dante a Picasso e de Galileu a Einstein.

Há também a questão do trabalho cada vez mais especializado, que compartimenta os saberes em jargões e pretensões. Mas o melhor especialista é o que se beneficia do contato com outras áreas, e hoje felizmente se começa a ver que um olhar transversal ou multidisciplinar é indispensável. E uma cultura não vive apenas de especialistas. Basta lembrar jornalistas como Otto Lara Resende, Antonio Callado, Paulo Francis: todos liam muito sobre história e tinham a liberdade de se interessar por diversos temas. O grande inimigo, porém, é a noção de que vivemos num eterno presente, como se o reexame da tradição não fosse fundamental para as ideias e as artes. E tome uma “elite” cada vez mais antenada e cada vez mais inculta.

 

“A noção de que vivemos num eterno presente” é considerada, pelo autor, uma inimiga. Um motivo, segundo Daniel Piza, para tal fato está corretamente explicado na opção:

Alternativas
Comentários
  • É indispensável examinar a tradição uma outra vez e mais minuciosamente. LETRA C

  • Gab C.

    Quem nunca errou essa no simulado.

  • Gab C.

    Quem nunca errou essa no simulado.

    Sigam no instagram, Grupo Leões Militares

    • Eterno presente, por ora, poder-se-ia ser explicado como uma reiteração de condutas/tradições.
  • GABARITO - C

    O grande inimigo, porém, é a noção de que vivemos num eterno presente, como se o reexame da tradição não fosse fundamental para as ideias e as artes. 

    Parabéns! Você acertou!


ID
1974901
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura desbotada 

Daniel Piza

Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda. Mesmo artistas, escritores e professores têm lacunas tremendas na formação cultural. Como se via na seção “Antologia pessoal” que este caderno mantinha, eles não leram muitos clássicos, dominam mal os conceitos filosóficos e científicos e se interessam pouco por história. Penso em diretores de cinema como Bergman e Fellini, no conhecimento amoroso que tinham de literatura, teatro, pintura e música, e comparo com os atuais, dos quais tenho conhecido alguns. A diferença de repertório é abissal e, mais importante, se manifesta nos filmes, hoje tão mais vazios.

Ou então leio Assunto Encerrado, de Ítalo Calvino, livro de 1980 que acaba de sair aqui (Companhia das Letras), e não consigo escapar da pergunta: não se faz mais gente assim? Calvino conversa com o leitor de modo erudito e sedutor ao mesmo tempo, sobre os mais diversos assuntos, e sempre com algo próprio a dizer. Ele critica, por exemplo, os que não entenderam a lição de Flaubert, pois a tomaram por um exercício linguístico em vez da experiência vital, e diz que isso resultou em “romances desbotados, como a água da lavagem dos pratos, em que nada a gordura de sentimentos requentados”. Como se vê, Calvino, que critica o formalismo de Barthes, o escapismo dos beatniks e elogia o cientista Galileu como um dos maiores prosadores da língua italiana, não é o pós-modernista que muitos de seus fãs querem nos fazer crer. Por sinal, gosto muito de sua ficção em O visconde partido ao meio e As cidades invisíveis, embora ele mesmo confesse uma opção pelos personagens “sem introspecção”; mas o ensaísta de Seis propostas para o próximo milênio e Por que ler os Clássicos merece ser mais lido do que nunca. São livros perfeitos para que se entenda que ter cultura não é acumular referências, e sim um processo orgânico no qual o prazer é fundamental, desde que não seja visto como mera reação emocional a estímulos de superfície. No Brasil é comum que pseudointelectuais torçam a vista para a palavra “prazer” aplicada a obras de arte e pensamento que eles julgam sacrossantas porque, na verdade, sua inteligência – ou de seus orientadores universitários – não as alcança.

Inteligência, claro, também parece tão fora de moda quanto usar chapéus. Programas de TV e revistas falam o tempo todo em “tipos de inteligência” ou em “inteligência emocional”, mas não conseguem disfarçar o sabor de vingança que sentem com esse desprestígio do raciocínio articulado, formado por leituras atentas. E desvincular inteligência e cultura é outra tática que só serve ao conservadorismo dos nossos tempos, ao consumismo sentimental que emana da mídia sem parar. Sim, há pessoas que leram muito e continuam burras, mas isso porque leem burramente... O difícil é querer que as pessoas realmente inteligentes não sejam curiosas por natureza, atraídas pelo conhecimento porque sabem que sem ele não há equipamento mental que se aprimore.

Essa overdose audiovisual, adversária da concentração sem a qual não existe formação – e toda formação exige alto grau de autodidatismo –, é apenas uma das causas do crescente desbotamento cultural da humanidade. A visão do intelectual como um sujeito ou insensível ou desajeitado, ainda que muitos intelectuais a confirmem, tem outras motivações históricas. Pode reparar que nos filmes de ação, sobretudo americanos, os vilões são sempre mais “sofisticados” que os heróis; se estes triunfam, é porque têm bom coração. Em parte isso tem a ver com os estereótipos sobre o nazismo, que provocam a pergunta banal sobre “como alguém que escuta Schubert pode matar milhões de pessoas” (escutar Schubert não é atestado moral); mas, na verdade, os antecede, como na cultura rousseauniana que as Américas adotaram.

Já passa da hora de entender que a aproximação a uma cultura mais voltairiana, “europeia” no melhor sentido (não dessa Europa deprimida e deprimente de Berlusconis e Sarkozys), faria bem ao mundo. Nesse extraordinário livro com os textos para a rádio BBC, Ouvintes Alemães (Zahar), Thomas Mann – outro exemplo de artista-intelectual em extinção – critica a mutilação da noção de Europa pelos nazistas: “Ela era o contrário da estreiteza provinciana, do egoísmo ilimitado, da brutalidade nacionalista e da falta de educação; significava liberdade, amplitude, espírito e bondade. ‘Europa’, isso era um patamar, um padrão cultural.” Mann demonstra ainda o que é cosmopolitismo ao criticar seu próprio país: “O nazismo é uma caricatura terrível de todas as fraquezas e loucuras da essência alemã, a ponto de corrermos o perigo de esquecer suas virtudes.” Não existem povos eleitos.

Aqui chegamos a outro motivo da desvalorização da “cultura geral”: a campanha contra o tal eurocentrismo, contra a civilização ocidental que, com seus “machos brancos” ou seus recalques vitorianos, teria calado as demais – campanha que, ironicamente, começou nas academias da Europa. Mas o Renascimento e o Iluminismo, assim como a arte moderna, são criações europeias que evidentemente a distinguem de outras civilizações – como a islâmica ou a chinesa, que tinham estado à sua frente em séculos anteriores. Familiarizar-se com todas elas é o caminho, mas ele implica não renegar a importância cultural da história polifônica que vai de Dante a Picasso e de Galileu a Einstein.

Há também a questão do trabalho cada vez mais especializado, que compartimenta os saberes em jargões e pretensões. Mas o melhor especialista é o que se beneficia do contato com outras áreas, e hoje felizmente se começa a ver que um olhar transversal ou multidisciplinar é indispensável. E uma cultura não vive apenas de especialistas. Basta lembrar jornalistas como Otto Lara Resende, Antonio Callado, Paulo Francis: todos liam muito sobre história e tinham a liberdade de se interessar por diversos temas. O grande inimigo, porém, é a noção de que vivemos num eterno presente, como se o reexame da tradição não fosse fundamental para as ideias e as artes. E tome uma “elite” cada vez mais antenada e cada vez mais inculta.

 

Essa overdose audiovisual, adversária da concentração sem a qual não existe formação – e toda formação exige alto grau de autodidatismo –, é apenas uma das causas do crescente desbotamento cultural da humanidade. A visão do intelectual como um sujeito ou insensível ou desajeitado, ainda que muitos intelectuais a confirmem, tem outras motivações históricas. Pode reparar que nos filmes de ação, sobretudo americanos, os vilões são sempre mais ‘sofisticados’ que os heróis; se estes triunfam, é porque têm bom coração. (...)”.

Sobre o trecho acima, marque a opção CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Nobres,

     

    Sobre o trecho acima, marque a opção CORRETA:

     

     a)Os estímulos audiovisuais nímios atrapalham a concentração e promovem o desbotamento cultural da humanidade. GABARITO

    O uso da palavra NÍMIOS, sinônimo de exagerado, demasiado, demais, em nada altera o sentido da frase original.

     

     b)Nos filmes de ação os “mocinhos” vencem por causa de sentimentos ignóbeis.

    O uso da palavra IGNÓBEIS muda totalmente o sentido do texto, vez que significa algo repulsivo, repugnante, o contrário de nobre, sendo que o texto fala justamente que os heróis, quando vencem, é por que têm bom coração.

     

     c)Toda formação demanda um parco grau de autodidatismo, mesmo que haja overdose audiovisual. 

    Parco denota escassez, algo pouco, minguado. Porém, no texto, o autor defende que é preciso alto grau de autodidatismo.

     

     d)A visão do intelectual como suscetível tem fundamentos históricos.

    Não é a visão como suscetível, que poderia indicar alguém ou algo com propensão a algo, mas sim a visão de um sujeito ou insensível ou desajeitado, o que parece (e realmente se percebe pelo gabarito) não ter relação com o termo suscetível.

     

    SMJ, 

     

    Avante!

     

  • Nímio= Adj. = Demasiado !

    Gabarito: Letra A

    Observo que na interpretação a PM gosta de colocar palavras incomuns( pelo menos pra mim) então comecei a anotá-las junto a seus significados para ampliar o vocabulário.


    Adiante Guerreiros!

  • To resolvendo questão de diplomata

  • Pra que palavras tão difíceis assim pra um cargo de soldado, véi? Pqp!

  • CRS e essas palavras difíceis.


ID
1974904
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura desbotada 

Daniel Piza

Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda. Mesmo artistas, escritores e professores têm lacunas tremendas na formação cultural. Como se via na seção “Antologia pessoal” que este caderno mantinha, eles não leram muitos clássicos, dominam mal os conceitos filosóficos e científicos e se interessam pouco por história. Penso em diretores de cinema como Bergman e Fellini, no conhecimento amoroso que tinham de literatura, teatro, pintura e música, e comparo com os atuais, dos quais tenho conhecido alguns. A diferença de repertório é abissal e, mais importante, se manifesta nos filmes, hoje tão mais vazios.

Ou então leio Assunto Encerrado, de Ítalo Calvino, livro de 1980 que acaba de sair aqui (Companhia das Letras), e não consigo escapar da pergunta: não se faz mais gente assim? Calvino conversa com o leitor de modo erudito e sedutor ao mesmo tempo, sobre os mais diversos assuntos, e sempre com algo próprio a dizer. Ele critica, por exemplo, os que não entenderam a lição de Flaubert, pois a tomaram por um exercício linguístico em vez da experiência vital, e diz que isso resultou em “romances desbotados, como a água da lavagem dos pratos, em que nada a gordura de sentimentos requentados”. Como se vê, Calvino, que critica o formalismo de Barthes, o escapismo dos beatniks e elogia o cientista Galileu como um dos maiores prosadores da língua italiana, não é o pós-modernista que muitos de seus fãs querem nos fazer crer. Por sinal, gosto muito de sua ficção em O visconde partido ao meio e As cidades invisíveis, embora ele mesmo confesse uma opção pelos personagens “sem introspecção”; mas o ensaísta de Seis propostas para o próximo milênio e Por que ler os Clássicos merece ser mais lido do que nunca. São livros perfeitos para que se entenda que ter cultura não é acumular referências, e sim um processo orgânico no qual o prazer é fundamental, desde que não seja visto como mera reação emocional a estímulos de superfície. No Brasil é comum que pseudointelectuais torçam a vista para a palavra “prazer” aplicada a obras de arte e pensamento que eles julgam sacrossantas porque, na verdade, sua inteligência – ou de seus orientadores universitários – não as alcança.

Inteligência, claro, também parece tão fora de moda quanto usar chapéus. Programas de TV e revistas falam o tempo todo em “tipos de inteligência” ou em “inteligência emocional”, mas não conseguem disfarçar o sabor de vingança que sentem com esse desprestígio do raciocínio articulado, formado por leituras atentas. E desvincular inteligência e cultura é outra tática que só serve ao conservadorismo dos nossos tempos, ao consumismo sentimental que emana da mídia sem parar. Sim, há pessoas que leram muito e continuam burras, mas isso porque leem burramente... O difícil é querer que as pessoas realmente inteligentes não sejam curiosas por natureza, atraídas pelo conhecimento porque sabem que sem ele não há equipamento mental que se aprimore.

Essa overdose audiovisual, adversária da concentração sem a qual não existe formação – e toda formação exige alto grau de autodidatismo –, é apenas uma das causas do crescente desbotamento cultural da humanidade. A visão do intelectual como um sujeito ou insensível ou desajeitado, ainda que muitos intelectuais a confirmem, tem outras motivações históricas. Pode reparar que nos filmes de ação, sobretudo americanos, os vilões são sempre mais “sofisticados” que os heróis; se estes triunfam, é porque têm bom coração. Em parte isso tem a ver com os estereótipos sobre o nazismo, que provocam a pergunta banal sobre “como alguém que escuta Schubert pode matar milhões de pessoas” (escutar Schubert não é atestado moral); mas, na verdade, os antecede, como na cultura rousseauniana que as Américas adotaram.

Já passa da hora de entender que a aproximação a uma cultura mais voltairiana, “europeia” no melhor sentido (não dessa Europa deprimida e deprimente de Berlusconis e Sarkozys), faria bem ao mundo. Nesse extraordinário livro com os textos para a rádio BBC, Ouvintes Alemães (Zahar), Thomas Mann – outro exemplo de artista-intelectual em extinção – critica a mutilação da noção de Europa pelos nazistas: “Ela era o contrário da estreiteza provinciana, do egoísmo ilimitado, da brutalidade nacionalista e da falta de educação; significava liberdade, amplitude, espírito e bondade. ‘Europa’, isso era um patamar, um padrão cultural.” Mann demonstra ainda o que é cosmopolitismo ao criticar seu próprio país: “O nazismo é uma caricatura terrível de todas as fraquezas e loucuras da essência alemã, a ponto de corrermos o perigo de esquecer suas virtudes.” Não existem povos eleitos.

Aqui chegamos a outro motivo da desvalorização da “cultura geral”: a campanha contra o tal eurocentrismo, contra a civilização ocidental que, com seus “machos brancos” ou seus recalques vitorianos, teria calado as demais – campanha que, ironicamente, começou nas academias da Europa. Mas o Renascimento e o Iluminismo, assim como a arte moderna, são criações europeias que evidentemente a distinguem de outras civilizações – como a islâmica ou a chinesa, que tinham estado à sua frente em séculos anteriores. Familiarizar-se com todas elas é o caminho, mas ele implica não renegar a importância cultural da história polifônica que vai de Dante a Picasso e de Galileu a Einstein.

Há também a questão do trabalho cada vez mais especializado, que compartimenta os saberes em jargões e pretensões. Mas o melhor especialista é o que se beneficia do contato com outras áreas, e hoje felizmente se começa a ver que um olhar transversal ou multidisciplinar é indispensável. E uma cultura não vive apenas de especialistas. Basta lembrar jornalistas como Otto Lara Resende, Antonio Callado, Paulo Francis: todos liam muito sobre história e tinham a liberdade de se interessar por diversos temas. O grande inimigo, porém, é a noção de que vivemos num eterno presente, como se o reexame da tradição não fosse fundamental para as ideias e as artes. E tome uma “elite” cada vez mais antenada e cada vez mais inculta.

 

Quanto ao emprego das classes de palavras e concordância, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Nobres,

     

    GABARITO D, ok!

     

    Mas uma dúvida, "As milhares" estaria incorreto? E logo, "Os milhares" está certo mesmo?

     

    Avante!

     

     

  • Milhar e milhão são palavras do gênero masculino e não admitem concordância no feminino: Foi vaiado pelos milhares de pessoas presentes; Eram textos cujos milhões de palavras nada diziam; A campanha propunha-se a combater a fome dos milhões de crianças subnutridas daquele país.

    Foi vaiado pelas milhares de pessoas presentes - O Bom ...

    www.curso-objetivo.br › bom_portugues

  • Vamos entender?


    a) não se preposiciona o sujeito.

    b)Não existe a expressão cujo o/ cuja a. O correto seria: cujo diretor

    c)Não se fala "um mil", mas apenas "mil"

    d)Milhares é substantivo masculino que não flexiona em gênero para o feminino.

  • Alguém pode me responder o erro da A?

  • Queria saber o erra da alternativa A

  • Milhares = masculino. Não sendo possível usar "As Milhares", sendo obrigatório o uso de "Os milhares".

  • Não há artigo indefinido antes do numeral mil.

    Já milhares é substantivo masculino.

  • Acredito que o erro da letra A é dizer "com vós" pois não há referente. O certo seria convosco.

    Com vós deverá ser utilizado sempre que houver uma referência às pessoas abrangidas pelo pronome vós:

    Ex: com vós todos, com vós cinco,…

    O pronome convosco deverá ser utilizado quando não houver essa referência.

  • A) Com vós isso não acontece.

    O pronome de 2ª pessoa exige verbo conjugado também na 2ª pessoa.

    B) As escolas, cujo o diretor é incompetente, estão depredadas.

    Cujo não aceita o artigo posposto.

    C) Dei a Alice um mil e seiscentos reais, para que pagasse suas dívidas.

    o verbo dar é VTDI. Alice é OI e um mil e seiscentos reais OD. O correto seria dei à Alice.

    D) Os milhares de pessoas que foram ao evento acharam-no chato. (CORRETA)

  • A está com a 2º pessoa do plural sendo o correto a 2º pessoa do singular.

    Com você isso não acontece (Tu, Te , Ti , Contigo )

  • Caiu uma questão bem parecida no DEPEN 2021


ID
1974907
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura desbotada 

Daniel Piza

Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda. Mesmo artistas, escritores e professores têm lacunas tremendas na formação cultural. Como se via na seção “Antologia pessoal” que este caderno mantinha, eles não leram muitos clássicos, dominam mal os conceitos filosóficos e científicos e se interessam pouco por história. Penso em diretores de cinema como Bergman e Fellini, no conhecimento amoroso que tinham de literatura, teatro, pintura e música, e comparo com os atuais, dos quais tenho conhecido alguns. A diferença de repertório é abissal e, mais importante, se manifesta nos filmes, hoje tão mais vazios.

Ou então leio Assunto Encerrado, de Ítalo Calvino, livro de 1980 que acaba de sair aqui (Companhia das Letras), e não consigo escapar da pergunta: não se faz mais gente assim? Calvino conversa com o leitor de modo erudito e sedutor ao mesmo tempo, sobre os mais diversos assuntos, e sempre com algo próprio a dizer. Ele critica, por exemplo, os que não entenderam a lição de Flaubert, pois a tomaram por um exercício linguístico em vez da experiência vital, e diz que isso resultou em “romances desbotados, como a água da lavagem dos pratos, em que nada a gordura de sentimentos requentados”. Como se vê, Calvino, que critica o formalismo de Barthes, o escapismo dos beatniks e elogia o cientista Galileu como um dos maiores prosadores da língua italiana, não é o pós-modernista que muitos de seus fãs querem nos fazer crer. Por sinal, gosto muito de sua ficção em O visconde partido ao meio e As cidades invisíveis, embora ele mesmo confesse uma opção pelos personagens “sem introspecção”; mas o ensaísta de Seis propostas para o próximo milênio e Por que ler os Clássicos merece ser mais lido do que nunca. São livros perfeitos para que se entenda que ter cultura não é acumular referências, e sim um processo orgânico no qual o prazer é fundamental, desde que não seja visto como mera reação emocional a estímulos de superfície. No Brasil é comum que pseudointelectuais torçam a vista para a palavra “prazer” aplicada a obras de arte e pensamento que eles julgam sacrossantas porque, na verdade, sua inteligência – ou de seus orientadores universitários – não as alcança.

Inteligência, claro, também parece tão fora de moda quanto usar chapéus. Programas de TV e revistas falam o tempo todo em “tipos de inteligência” ou em “inteligência emocional”, mas não conseguem disfarçar o sabor de vingança que sentem com esse desprestígio do raciocínio articulado, formado por leituras atentas. E desvincular inteligência e cultura é outra tática que só serve ao conservadorismo dos nossos tempos, ao consumismo sentimental que emana da mídia sem parar. Sim, há pessoas que leram muito e continuam burras, mas isso porque leem burramente... O difícil é querer que as pessoas realmente inteligentes não sejam curiosas por natureza, atraídas pelo conhecimento porque sabem que sem ele não há equipamento mental que se aprimore.

Essa overdose audiovisual, adversária da concentração sem a qual não existe formação – e toda formação exige alto grau de autodidatismo –, é apenas uma das causas do crescente desbotamento cultural da humanidade. A visão do intelectual como um sujeito ou insensível ou desajeitado, ainda que muitos intelectuais a confirmem, tem outras motivações históricas. Pode reparar que nos filmes de ação, sobretudo americanos, os vilões são sempre mais “sofisticados” que os heróis; se estes triunfam, é porque têm bom coração. Em parte isso tem a ver com os estereótipos sobre o nazismo, que provocam a pergunta banal sobre “como alguém que escuta Schubert pode matar milhões de pessoas” (escutar Schubert não é atestado moral); mas, na verdade, os antecede, como na cultura rousseauniana que as Américas adotaram.

Já passa da hora de entender que a aproximação a uma cultura mais voltairiana, “europeia” no melhor sentido (não dessa Europa deprimida e deprimente de Berlusconis e Sarkozys), faria bem ao mundo. Nesse extraordinário livro com os textos para a rádio BBC, Ouvintes Alemães (Zahar), Thomas Mann – outro exemplo de artista-intelectual em extinção – critica a mutilação da noção de Europa pelos nazistas: “Ela era o contrário da estreiteza provinciana, do egoísmo ilimitado, da brutalidade nacionalista e da falta de educação; significava liberdade, amplitude, espírito e bondade. ‘Europa’, isso era um patamar, um padrão cultural.” Mann demonstra ainda o que é cosmopolitismo ao criticar seu próprio país: “O nazismo é uma caricatura terrível de todas as fraquezas e loucuras da essência alemã, a ponto de corrermos o perigo de esquecer suas virtudes.” Não existem povos eleitos.

Aqui chegamos a outro motivo da desvalorização da “cultura geral”: a campanha contra o tal eurocentrismo, contra a civilização ocidental que, com seus “machos brancos” ou seus recalques vitorianos, teria calado as demais – campanha que, ironicamente, começou nas academias da Europa. Mas o Renascimento e o Iluminismo, assim como a arte moderna, são criações europeias que evidentemente a distinguem de outras civilizações – como a islâmica ou a chinesa, que tinham estado à sua frente em séculos anteriores. Familiarizar-se com todas elas é o caminho, mas ele implica não renegar a importância cultural da história polifônica que vai de Dante a Picasso e de Galileu a Einstein.

Há também a questão do trabalho cada vez mais especializado, que compartimenta os saberes em jargões e pretensões. Mas o melhor especialista é o que se beneficia do contato com outras áreas, e hoje felizmente se começa a ver que um olhar transversal ou multidisciplinar é indispensável. E uma cultura não vive apenas de especialistas. Basta lembrar jornalistas como Otto Lara Resende, Antonio Callado, Paulo Francis: todos liam muito sobre história e tinham a liberdade de se interessar por diversos temas. O grande inimigo, porém, é a noção de que vivemos num eterno presente, como se o reexame da tradição não fosse fundamental para as ideias e as artes. E tome uma “elite” cada vez mais antenada e cada vez mais inculta.

 

Marque a alternativa CORRETA, quanto às palavras destacadas:

Alternativas
Comentários
  • GABA: C

    Não há coisa alguma

    Há coisa nenhuma

    Nenhuma coisa há

  • Quando posposto ao substantivo, o pronome indefinido coisa tem sentido negativo. Vale a volta.

    Alternativa C).

  • Quando colocado antesposto ao substantivo, o pronome indefinido "algumas" tem valor positivo, Se ao contrário seria se a sentença fosse, por exemplo, "Coisa alguma é difícil de entender". Percebam que neste caso, o pronome indefinido está posposto ao substantivo, indicando que não há absolutamente nada que seja difícil de ser entendido. A significação, neste caso, é negativa.

  • no meu entender, para D ser correta deveria ser: pronome possessivo substantivado, devido ao "dos" que antecede o "seus"


ID
1974910
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura desbotada 

Daniel Piza

Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda. Mesmo artistas, escritores e professores têm lacunas tremendas na formação cultural. Como se via na seção “Antologia pessoal” que este caderno mantinha, eles não leram muitos clássicos, dominam mal os conceitos filosóficos e científicos e se interessam pouco por história. Penso em diretores de cinema como Bergman e Fellini, no conhecimento amoroso que tinham de literatura, teatro, pintura e música, e comparo com os atuais, dos quais tenho conhecido alguns. A diferença de repertório é abissal e, mais importante, se manifesta nos filmes, hoje tão mais vazios.

Ou então leio Assunto Encerrado, de Ítalo Calvino, livro de 1980 que acaba de sair aqui (Companhia das Letras), e não consigo escapar da pergunta: não se faz mais gente assim? Calvino conversa com o leitor de modo erudito e sedutor ao mesmo tempo, sobre os mais diversos assuntos, e sempre com algo próprio a dizer. Ele critica, por exemplo, os que não entenderam a lição de Flaubert, pois a tomaram por um exercício linguístico em vez da experiência vital, e diz que isso resultou em “romances desbotados, como a água da lavagem dos pratos, em que nada a gordura de sentimentos requentados”. Como se vê, Calvino, que critica o formalismo de Barthes, o escapismo dos beatniks e elogia o cientista Galileu como um dos maiores prosadores da língua italiana, não é o pós-modernista que muitos de seus fãs querem nos fazer crer. Por sinal, gosto muito de sua ficção em O visconde partido ao meio e As cidades invisíveis, embora ele mesmo confesse uma opção pelos personagens “sem introspecção”; mas o ensaísta de Seis propostas para o próximo milênio e Por que ler os Clássicos merece ser mais lido do que nunca. São livros perfeitos para que se entenda que ter cultura não é acumular referências, e sim um processo orgânico no qual o prazer é fundamental, desde que não seja visto como mera reação emocional a estímulos de superfície. No Brasil é comum que pseudointelectuais torçam a vista para a palavra “prazer” aplicada a obras de arte e pensamento que eles julgam sacrossantas porque, na verdade, sua inteligência – ou de seus orientadores universitários – não as alcança.

Inteligência, claro, também parece tão fora de moda quanto usar chapéus. Programas de TV e revistas falam o tempo todo em “tipos de inteligência” ou em “inteligência emocional”, mas não conseguem disfarçar o sabor de vingança que sentem com esse desprestígio do raciocínio articulado, formado por leituras atentas. E desvincular inteligência e cultura é outra tática que só serve ao conservadorismo dos nossos tempos, ao consumismo sentimental que emana da mídia sem parar. Sim, há pessoas que leram muito e continuam burras, mas isso porque leem burramente... O difícil é querer que as pessoas realmente inteligentes não sejam curiosas por natureza, atraídas pelo conhecimento porque sabem que sem ele não há equipamento mental que se aprimore.

Essa overdose audiovisual, adversária da concentração sem a qual não existe formação – e toda formação exige alto grau de autodidatismo –, é apenas uma das causas do crescente desbotamento cultural da humanidade. A visão do intelectual como um sujeito ou insensível ou desajeitado, ainda que muitos intelectuais a confirmem, tem outras motivações históricas. Pode reparar que nos filmes de ação, sobretudo americanos, os vilões são sempre mais “sofisticados” que os heróis; se estes triunfam, é porque têm bom coração. Em parte isso tem a ver com os estereótipos sobre o nazismo, que provocam a pergunta banal sobre “como alguém que escuta Schubert pode matar milhões de pessoas” (escutar Schubert não é atestado moral); mas, na verdade, os antecede, como na cultura rousseauniana que as Américas adotaram.

Já passa da hora de entender que a aproximação a uma cultura mais voltairiana, “europeia” no melhor sentido (não dessa Europa deprimida e deprimente de Berlusconis e Sarkozys), faria bem ao mundo. Nesse extraordinário livro com os textos para a rádio BBC, Ouvintes Alemães (Zahar), Thomas Mann – outro exemplo de artista-intelectual em extinção – critica a mutilação da noção de Europa pelos nazistas: “Ela era o contrário da estreiteza provinciana, do egoísmo ilimitado, da brutalidade nacionalista e da falta de educação; significava liberdade, amplitude, espírito e bondade. ‘Europa’, isso era um patamar, um padrão cultural.” Mann demonstra ainda o que é cosmopolitismo ao criticar seu próprio país: “O nazismo é uma caricatura terrível de todas as fraquezas e loucuras da essência alemã, a ponto de corrermos o perigo de esquecer suas virtudes.” Não existem povos eleitos.

Aqui chegamos a outro motivo da desvalorização da “cultura geral”: a campanha contra o tal eurocentrismo, contra a civilização ocidental que, com seus “machos brancos” ou seus recalques vitorianos, teria calado as demais – campanha que, ironicamente, começou nas academias da Europa. Mas o Renascimento e o Iluminismo, assim como a arte moderna, são criações europeias que evidentemente a distinguem de outras civilizações – como a islâmica ou a chinesa, que tinham estado à sua frente em séculos anteriores. Familiarizar-se com todas elas é o caminho, mas ele implica não renegar a importância cultural da história polifônica que vai de Dante a Picasso e de Galileu a Einstein.

Há também a questão do trabalho cada vez mais especializado, que compartimenta os saberes em jargões e pretensões. Mas o melhor especialista é o que se beneficia do contato com outras áreas, e hoje felizmente se começa a ver que um olhar transversal ou multidisciplinar é indispensável. E uma cultura não vive apenas de especialistas. Basta lembrar jornalistas como Otto Lara Resende, Antonio Callado, Paulo Francis: todos liam muito sobre história e tinham a liberdade de se interessar por diversos temas. O grande inimigo, porém, é a noção de que vivemos num eterno presente, como se o reexame da tradição não fosse fundamental para as ideias e as artes. E tome uma “elite” cada vez mais antenada e cada vez mais inculta.

 

Assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Em 23/08/2018, às 13:26:11, você respondeu a opção C. Errada!

    Em 09/07/2018, às 17:50:14, você respondeu a opção C.Errada!

    Em 30/08/2018, às 14:26:24, você respondeu a opção C. Errada!

  • Dúvida: Se "Jamais" não é advérbio de negação o que é então?

    Obrigado!

     

    Edit.:

    Galera fiz a pergunta acima e hoje estudei um pouco mais e logo encontrei a resposta:

    Jamais é advérbio de tempo e não de negação.

  • Obs: Os advérbios Nunca e Jamais são advérbios de tempo e não de negação!

  • Nego é chato demais!

    ninguém quer saber quantas vezes erraram na questão. Guarde o desempenho para vocês!

  • a) palavra destacada é um advérbio

    c) jamais é advérbio de tempo

    d) palavra destacada esta no grau superlativo absoluto analítico

    alternativa correta é a letra B

  • Caro Luan Carvalho,

    você está certo em partes.

    "Jamais" pode ser tanto advérbio de negação, quanto de tempo.

  • Questão passível de anulação, JAMAIS pode ser tanto advérbio de negação como advérbio de tempo

  • A letra A pode ser uma resposta,pois a assertiva não está dizendo que o "Esplendidamente" é um substantivo,mas é derivado de um,ou seja,é formado pelo junção Esplendido + Sufixo adverbial de modo "Mente".Acho que a questão deveria ser anulada!

  • C) 'Os advérbios 'NUNCA' e 'JAMAIS' pertencem, agora, aos advérbios de tempo.'

    D) O grau superlativo absoluto sintético, diferentemente do que acontece com o superlativo absoluto analítico, é expresso por meio de uma só palavra, que será formada pelo adjetivo acrescido de um sufixo.

  • 'sempre, nunca e jamais.' são advérbios de tempo.

    nunca e jamais são palavras negativas diferente de ser adv. negação

    Passível de recurso

    -------------------------Meu bizu:-----------------------

    Analítico Advérbio -------------- Sintético sufixo

  • Advérbios de Negação: Não, de modo algum, de jeito nenhum, de forma alguma...

    Advérbios de TEMPO: Nunca, jamais, logo, sempre, outrora, agora, ainda....

    Palavras ou locuções DENOTATIVAS devem ser analisadas de acordo com a ideia que indicam.


ID
1974913
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura desbotada 

Daniel Piza

Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda. Mesmo artistas, escritores e professores têm lacunas tremendas na formação cultural. Como se via na seção “Antologia pessoal” que este caderno mantinha, eles não leram muitos clássicos, dominam mal os conceitos filosóficos e científicos e se interessam pouco por história. Penso em diretores de cinema como Bergman e Fellini, no conhecimento amoroso que tinham de literatura, teatro, pintura e música, e comparo com os atuais, dos quais tenho conhecido alguns. A diferença de repertório é abissal e, mais importante, se manifesta nos filmes, hoje tão mais vazios.

Ou então leio Assunto Encerrado, de Ítalo Calvino, livro de 1980 que acaba de sair aqui (Companhia das Letras), e não consigo escapar da pergunta: não se faz mais gente assim? Calvino conversa com o leitor de modo erudito e sedutor ao mesmo tempo, sobre os mais diversos assuntos, e sempre com algo próprio a dizer. Ele critica, por exemplo, os que não entenderam a lição de Flaubert, pois a tomaram por um exercício linguístico em vez da experiência vital, e diz que isso resultou em “romances desbotados, como a água da lavagem dos pratos, em que nada a gordura de sentimentos requentados”. Como se vê, Calvino, que critica o formalismo de Barthes, o escapismo dos beatniks e elogia o cientista Galileu como um dos maiores prosadores da língua italiana, não é o pós-modernista que muitos de seus fãs querem nos fazer crer. Por sinal, gosto muito de sua ficção em O visconde partido ao meio e As cidades invisíveis, embora ele mesmo confesse uma opção pelos personagens “sem introspecção”; mas o ensaísta de Seis propostas para o próximo milênio e Por que ler os Clássicos merece ser mais lido do que nunca. São livros perfeitos para que se entenda que ter cultura não é acumular referências, e sim um processo orgânico no qual o prazer é fundamental, desde que não seja visto como mera reação emocional a estímulos de superfície. No Brasil é comum que pseudointelectuais torçam a vista para a palavra “prazer” aplicada a obras de arte e pensamento que eles julgam sacrossantas porque, na verdade, sua inteligência – ou de seus orientadores universitários – não as alcança.

Inteligência, claro, também parece tão fora de moda quanto usar chapéus. Programas de TV e revistas falam o tempo todo em “tipos de inteligência” ou em “inteligência emocional”, mas não conseguem disfarçar o sabor de vingança que sentem com esse desprestígio do raciocínio articulado, formado por leituras atentas. E desvincular inteligência e cultura é outra tática que só serve ao conservadorismo dos nossos tempos, ao consumismo sentimental que emana da mídia sem parar. Sim, há pessoas que leram muito e continuam burras, mas isso porque leem burramente... O difícil é querer que as pessoas realmente inteligentes não sejam curiosas por natureza, atraídas pelo conhecimento porque sabem que sem ele não há equipamento mental que se aprimore.

Essa overdose audiovisual, adversária da concentração sem a qual não existe formação – e toda formação exige alto grau de autodidatismo –, é apenas uma das causas do crescente desbotamento cultural da humanidade. A visão do intelectual como um sujeito ou insensível ou desajeitado, ainda que muitos intelectuais a confirmem, tem outras motivações históricas. Pode reparar que nos filmes de ação, sobretudo americanos, os vilões são sempre mais “sofisticados” que os heróis; se estes triunfam, é porque têm bom coração. Em parte isso tem a ver com os estereótipos sobre o nazismo, que provocam a pergunta banal sobre “como alguém que escuta Schubert pode matar milhões de pessoas” (escutar Schubert não é atestado moral); mas, na verdade, os antecede, como na cultura rousseauniana que as Américas adotaram.

Já passa da hora de entender que a aproximação a uma cultura mais voltairiana, “europeia” no melhor sentido (não dessa Europa deprimida e deprimente de Berlusconis e Sarkozys), faria bem ao mundo. Nesse extraordinário livro com os textos para a rádio BBC, Ouvintes Alemães (Zahar), Thomas Mann – outro exemplo de artista-intelectual em extinção – critica a mutilação da noção de Europa pelos nazistas: “Ela era o contrário da estreiteza provinciana, do egoísmo ilimitado, da brutalidade nacionalista e da falta de educação; significava liberdade, amplitude, espírito e bondade. ‘Europa’, isso era um patamar, um padrão cultural.” Mann demonstra ainda o que é cosmopolitismo ao criticar seu próprio país: “O nazismo é uma caricatura terrível de todas as fraquezas e loucuras da essência alemã, a ponto de corrermos o perigo de esquecer suas virtudes.” Não existem povos eleitos.

Aqui chegamos a outro motivo da desvalorização da “cultura geral”: a campanha contra o tal eurocentrismo, contra a civilização ocidental que, com seus “machos brancos” ou seus recalques vitorianos, teria calado as demais – campanha que, ironicamente, começou nas academias da Europa. Mas o Renascimento e o Iluminismo, assim como a arte moderna, são criações europeias que evidentemente a distinguem de outras civilizações – como a islâmica ou a chinesa, que tinham estado à sua frente em séculos anteriores. Familiarizar-se com todas elas é o caminho, mas ele implica não renegar a importância cultural da história polifônica que vai de Dante a Picasso e de Galileu a Einstein.

Há também a questão do trabalho cada vez mais especializado, que compartimenta os saberes em jargões e pretensões. Mas o melhor especialista é o que se beneficia do contato com outras áreas, e hoje felizmente se começa a ver que um olhar transversal ou multidisciplinar é indispensável. E uma cultura não vive apenas de especialistas. Basta lembrar jornalistas como Otto Lara Resende, Antonio Callado, Paulo Francis: todos liam muito sobre história e tinham a liberdade de se interessar por diversos temas. O grande inimigo, porém, é a noção de que vivemos num eterno presente, como se o reexame da tradição não fosse fundamental para as ideias e as artes. E tome uma “elite” cada vez mais antenada e cada vez mais inculta.

 

Observe as orações abaixo:

I. O soldado ficou muito satisfeito com a vitória.

II. Uma juíza declarou o réu culpado.

III. O motorista chamou o mecânico competente.

IV. A secretária ofereceu uma flor a um colega.

Quanto ao tipo de predicado, marque a opção CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • b) I. Nominal, II. Verbo-Nominal, III. Verbo-Nominal, IV. Verbal

     

     

     

    Predicado nominal - seu núcleo significativo é um nome (substantivo, adjetivo, pronome), ligado ao sujeito por um verbo de ligação.

     

    I. O soldado ficou muito satisfeito com a vitória. (verbo de ligação "ficou"  e predicativo do sujeito "satisfeito").

     

     

    Predicado verbo-nominal - tem dois núcleos significativos: um verbo e um nome.

     

    II. Uma juíza declarou o réu culpado. (verbo de ação "declarar" e predicativo do objeto"culpado").

     

    III. O motorista chamou o mecânico competente. (verbo de ação "chamar" e predicativo do objeto "competente").

     

     

    Predicado verbal - seu núcleo é um verbo, seguido, ou não, de complemento(s) ou termos acessórios.

     

    IV. A secretária ofereceu uma flor a um colega.  (verbo de ação "oferecer").

  • Predicado Nominal

    Suj+VL+PS

    Predicado Verbal:

    Vi

    VTD+OD

    VTi+Oi

    VTDi+OD+Oi

    Predicado Verbo Nominal:

    Vi+Predicado

    VTD+OD+Predicado

    VTi+Oi+Predicado

    VTDi+OD+Oi+Predicado


ID
1974916
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura desbotada 

Daniel Piza

Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda. Mesmo artistas, escritores e professores têm lacunas tremendas na formação cultural. Como se via na seção “Antologia pessoal” que este caderno mantinha, eles não leram muitos clássicos, dominam mal os conceitos filosóficos e científicos e se interessam pouco por história. Penso em diretores de cinema como Bergman e Fellini, no conhecimento amoroso que tinham de literatura, teatro, pintura e música, e comparo com os atuais, dos quais tenho conhecido alguns. A diferença de repertório é abissal e, mais importante, se manifesta nos filmes, hoje tão mais vazios.

Ou então leio Assunto Encerrado, de Ítalo Calvino, livro de 1980 que acaba de sair aqui (Companhia das Letras), e não consigo escapar da pergunta: não se faz mais gente assim? Calvino conversa com o leitor de modo erudito e sedutor ao mesmo tempo, sobre os mais diversos assuntos, e sempre com algo próprio a dizer. Ele critica, por exemplo, os que não entenderam a lição de Flaubert, pois a tomaram por um exercício linguístico em vez da experiência vital, e diz que isso resultou em “romances desbotados, como a água da lavagem dos pratos, em que nada a gordura de sentimentos requentados”. Como se vê, Calvino, que critica o formalismo de Barthes, o escapismo dos beatniks e elogia o cientista Galileu como um dos maiores prosadores da língua italiana, não é o pós-modernista que muitos de seus fãs querem nos fazer crer. Por sinal, gosto muito de sua ficção em O visconde partido ao meio e As cidades invisíveis, embora ele mesmo confesse uma opção pelos personagens “sem introspecção”; mas o ensaísta de Seis propostas para o próximo milênio e Por que ler os Clássicos merece ser mais lido do que nunca. São livros perfeitos para que se entenda que ter cultura não é acumular referências, e sim um processo orgânico no qual o prazer é fundamental, desde que não seja visto como mera reação emocional a estímulos de superfície. No Brasil é comum que pseudointelectuais torçam a vista para a palavra “prazer” aplicada a obras de arte e pensamento que eles julgam sacrossantas porque, na verdade, sua inteligência – ou de seus orientadores universitários – não as alcança.

Inteligência, claro, também parece tão fora de moda quanto usar chapéus. Programas de TV e revistas falam o tempo todo em “tipos de inteligência” ou em “inteligência emocional”, mas não conseguem disfarçar o sabor de vingança que sentem com esse desprestígio do raciocínio articulado, formado por leituras atentas. E desvincular inteligência e cultura é outra tática que só serve ao conservadorismo dos nossos tempos, ao consumismo sentimental que emana da mídia sem parar. Sim, há pessoas que leram muito e continuam burras, mas isso porque leem burramente... O difícil é querer que as pessoas realmente inteligentes não sejam curiosas por natureza, atraídas pelo conhecimento porque sabem que sem ele não há equipamento mental que se aprimore.

Essa overdose audiovisual, adversária da concentração sem a qual não existe formação – e toda formação exige alto grau de autodidatismo –, é apenas uma das causas do crescente desbotamento cultural da humanidade. A visão do intelectual como um sujeito ou insensível ou desajeitado, ainda que muitos intelectuais a confirmem, tem outras motivações históricas. Pode reparar que nos filmes de ação, sobretudo americanos, os vilões são sempre mais “sofisticados” que os heróis; se estes triunfam, é porque têm bom coração. Em parte isso tem a ver com os estereótipos sobre o nazismo, que provocam a pergunta banal sobre “como alguém que escuta Schubert pode matar milhões de pessoas” (escutar Schubert não é atestado moral); mas, na verdade, os antecede, como na cultura rousseauniana que as Américas adotaram.

Já passa da hora de entender que a aproximação a uma cultura mais voltairiana, “europeia” no melhor sentido (não dessa Europa deprimida e deprimente de Berlusconis e Sarkozys), faria bem ao mundo. Nesse extraordinário livro com os textos para a rádio BBC, Ouvintes Alemães (Zahar), Thomas Mann – outro exemplo de artista-intelectual em extinção – critica a mutilação da noção de Europa pelos nazistas: “Ela era o contrário da estreiteza provinciana, do egoísmo ilimitado, da brutalidade nacionalista e da falta de educação; significava liberdade, amplitude, espírito e bondade. ‘Europa’, isso era um patamar, um padrão cultural.” Mann demonstra ainda o que é cosmopolitismo ao criticar seu próprio país: “O nazismo é uma caricatura terrível de todas as fraquezas e loucuras da essência alemã, a ponto de corrermos o perigo de esquecer suas virtudes.” Não existem povos eleitos.

Aqui chegamos a outro motivo da desvalorização da “cultura geral”: a campanha contra o tal eurocentrismo, contra a civilização ocidental que, com seus “machos brancos” ou seus recalques vitorianos, teria calado as demais – campanha que, ironicamente, começou nas academias da Europa. Mas o Renascimento e o Iluminismo, assim como a arte moderna, são criações europeias que evidentemente a distinguem de outras civilizações – como a islâmica ou a chinesa, que tinham estado à sua frente em séculos anteriores. Familiarizar-se com todas elas é o caminho, mas ele implica não renegar a importância cultural da história polifônica que vai de Dante a Picasso e de Galileu a Einstein.

Há também a questão do trabalho cada vez mais especializado, que compartimenta os saberes em jargões e pretensões. Mas o melhor especialista é o que se beneficia do contato com outras áreas, e hoje felizmente se começa a ver que um olhar transversal ou multidisciplinar é indispensável. E uma cultura não vive apenas de especialistas. Basta lembrar jornalistas como Otto Lara Resende, Antonio Callado, Paulo Francis: todos liam muito sobre história e tinham a liberdade de se interessar por diversos temas. O grande inimigo, porém, é a noção de que vivemos num eterno presente, como se o reexame da tradição não fosse fundamental para as ideias e as artes. E tome uma “elite” cada vez mais antenada e cada vez mais inculta.

 

A respeito da estrutura das palavras, assinale a alternativa que esteja em desacordo com as normas gramaticais:

Alternativas
Comentários
  • alguem poderia comentar essa questão.

     

  •  a)Em “garotos” e “garota” há desinências nominais que indicam flexão de número apenas na segunda palavra.

     

    (FALSO) Pois, há flexão de número apenas na primeira palavra e não na segunda como afirma a questão, logo está em desacordo com a norma gramatical.

     

    GAB: LETRA (A)

    FONTE: CONHECIMENTO PRÓPRIO

  • O enunciado pede o que está em "desacordo com as normas gramaticais".

  • pegadinha no enunciado

  • Desinências são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras.

    Existem dois tipos de desinências: nominais e verbais.

    Desinências Nominais

    Indicam as flexões de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural) dos nomes. Exemplos:

    alun-o aluno-salun-a aluna-s

    Observação: só podemos falar em desinências nominais de gêneros e de números em palavras que admitem tais flexões, como nos exemplos acima. Em palavras como mesatribotelefonema, por exemplo, não temos desinência nominal de gênero. Já em pireslápisônibus não temos desinência nominal de número.

    Desinências Verbais

    Indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos. Exemplos:

    compr-o

    compra-s

    compra-mos

    compra-is

    compra-m

    compra-va

    compra-va-s

    A desinência "-o", presente em "am-o", é uma desinência número-pessoal, pois indica que o verbo está na primeira pessoa do singular; "-va", de "ama-va", é desinência modo-temporal: caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na 1ª conjugação.

    FONTE: soportugues

  • a) Em “garotos” e “garota” há desinências nominais que indicam flexão de número apenas na segunda palavra.

    está errado pois somente a primeira palavra está flexionada no plural

    b) As palavras “cafeteria” e “gaseificado” apresentam, respectivamente, consoante de ligação e vogais de ligação.

    a palavra cafeteria tem cafe como radical, o t é uma consoante de ligação

    a palavra gaseificado tem gas como radical, o e e o i são vogais de ligação

    c) Nas palavras “campo” e “inútil” o radical coincide com a raiz.(não entendi muito bem)

    a palavra campo tem como radical a palavra camp

    a palavra inútil tem como radical a palavra útil

    d) O tema das palavras “fingidor” e “imperdoável” é, respectivamente, “FINGI” e “-PERDOÁ-”

    o radical da palavra fingidor é fing, adiciona-se a vogal temática fica fingi

    o radical da palavra imperdoável é perd, adiciona-se as vogais temáticas fica perdoá

    se estiver errado me avisem por favor

  • No automático de escolher a certa errei a questão


ID
1974919
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cultura desbotada 

Daniel Piza

Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda. Mesmo artistas, escritores e professores têm lacunas tremendas na formação cultural. Como se via na seção “Antologia pessoal” que este caderno mantinha, eles não leram muitos clássicos, dominam mal os conceitos filosóficos e científicos e se interessam pouco por história. Penso em diretores de cinema como Bergman e Fellini, no conhecimento amoroso que tinham de literatura, teatro, pintura e música, e comparo com os atuais, dos quais tenho conhecido alguns. A diferença de repertório é abissal e, mais importante, se manifesta nos filmes, hoje tão mais vazios.

Ou então leio Assunto Encerrado, de Ítalo Calvino, livro de 1980 que acaba de sair aqui (Companhia das Letras), e não consigo escapar da pergunta: não se faz mais gente assim? Calvino conversa com o leitor de modo erudito e sedutor ao mesmo tempo, sobre os mais diversos assuntos, e sempre com algo próprio a dizer. Ele critica, por exemplo, os que não entenderam a lição de Flaubert, pois a tomaram por um exercício linguístico em vez da experiência vital, e diz que isso resultou em “romances desbotados, como a água da lavagem dos pratos, em que nada a gordura de sentimentos requentados”. Como se vê, Calvino, que critica o formalismo de Barthes, o escapismo dos beatniks e elogia o cientista Galileu como um dos maiores prosadores da língua italiana, não é o pós-modernista que muitos de seus fãs querem nos fazer crer. Por sinal, gosto muito de sua ficção em O visconde partido ao meio e As cidades invisíveis, embora ele mesmo confesse uma opção pelos personagens “sem introspecção”; mas o ensaísta de Seis propostas para o próximo milênio e Por que ler os Clássicos merece ser mais lido do que nunca. São livros perfeitos para que se entenda que ter cultura não é acumular referências, e sim um processo orgânico no qual o prazer é fundamental, desde que não seja visto como mera reação emocional a estímulos de superfície. No Brasil é comum que pseudointelectuais torçam a vista para a palavra “prazer” aplicada a obras de arte e pensamento que eles julgam sacrossantas porque, na verdade, sua inteligência – ou de seus orientadores universitários – não as alcança.

Inteligência, claro, também parece tão fora de moda quanto usar chapéus. Programas de TV e revistas falam o tempo todo em “tipos de inteligência” ou em “inteligência emocional”, mas não conseguem disfarçar o sabor de vingança que sentem com esse desprestígio do raciocínio articulado, formado por leituras atentas. E desvincular inteligência e cultura é outra tática que só serve ao conservadorismo dos nossos tempos, ao consumismo sentimental que emana da mídia sem parar. Sim, há pessoas que leram muito e continuam burras, mas isso porque leem burramente... O difícil é querer que as pessoas realmente inteligentes não sejam curiosas por natureza, atraídas pelo conhecimento porque sabem que sem ele não há equipamento mental que se aprimore.

Essa overdose audiovisual, adversária da concentração sem a qual não existe formação – e toda formação exige alto grau de autodidatismo –, é apenas uma das causas do crescente desbotamento cultural da humanidade. A visão do intelectual como um sujeito ou insensível ou desajeitado, ainda que muitos intelectuais a confirmem, tem outras motivações históricas. Pode reparar que nos filmes de ação, sobretudo americanos, os vilões são sempre mais “sofisticados” que os heróis; se estes triunfam, é porque têm bom coração. Em parte isso tem a ver com os estereótipos sobre o nazismo, que provocam a pergunta banal sobre “como alguém que escuta Schubert pode matar milhões de pessoas” (escutar Schubert não é atestado moral); mas, na verdade, os antecede, como na cultura rousseauniana que as Américas adotaram.

Já passa da hora de entender que a aproximação a uma cultura mais voltairiana, “europeia” no melhor sentido (não dessa Europa deprimida e deprimente de Berlusconis e Sarkozys), faria bem ao mundo. Nesse extraordinário livro com os textos para a rádio BBC, Ouvintes Alemães (Zahar), Thomas Mann – outro exemplo de artista-intelectual em extinção – critica a mutilação da noção de Europa pelos nazistas: “Ela era o contrário da estreiteza provinciana, do egoísmo ilimitado, da brutalidade nacionalista e da falta de educação; significava liberdade, amplitude, espírito e bondade. ‘Europa’, isso era um patamar, um padrão cultural.” Mann demonstra ainda o que é cosmopolitismo ao criticar seu próprio país: “O nazismo é uma caricatura terrível de todas as fraquezas e loucuras da essência alemã, a ponto de corrermos o perigo de esquecer suas virtudes.” Não existem povos eleitos.

Aqui chegamos a outro motivo da desvalorização da “cultura geral”: a campanha contra o tal eurocentrismo, contra a civilização ocidental que, com seus “machos brancos” ou seus recalques vitorianos, teria calado as demais – campanha que, ironicamente, começou nas academias da Europa. Mas o Renascimento e o Iluminismo, assim como a arte moderna, são criações europeias que evidentemente a distinguem de outras civilizações – como a islâmica ou a chinesa, que tinham estado à sua frente em séculos anteriores. Familiarizar-se com todas elas é o caminho, mas ele implica não renegar a importância cultural da história polifônica que vai de Dante a Picasso e de Galileu a Einstein.

Há também a questão do trabalho cada vez mais especializado, que compartimenta os saberes em jargões e pretensões. Mas o melhor especialista é o que se beneficia do contato com outras áreas, e hoje felizmente se começa a ver que um olhar transversal ou multidisciplinar é indispensável. E uma cultura não vive apenas de especialistas. Basta lembrar jornalistas como Otto Lara Resende, Antonio Callado, Paulo Francis: todos liam muito sobre história e tinham a liberdade de se interessar por diversos temas. O grande inimigo, porém, é a noção de que vivemos num eterno presente, como se o reexame da tradição não fosse fundamental para as ideias e as artes. E tome uma “elite” cada vez mais antenada e cada vez mais inculta.

 

Assinale a opção CORRETA quanto às palavras sublinhadas:

Alternativas
Comentários
  • Fui por eliminação não consegui achar a justificativa para a letra "A" ser incorreta, fui na que achei mais certa e consequentemente acertei.

    B) Durante a reunião, falou-se de mil e uma sugestões ”. O termo destacado na linguagem afetiva e hiperbólica é esvaziado de seu sentido próprio para exprimir número determinado. (E)
    A linguagem hiperbolica se dá pelo exagero e não tem intenção de expressar número determinado

    C) “O primeiro resultado foi incorretamente divulgado”. Ao flexionar a oração em número, o numeral permanecerá invariável. (E)
    Os primeiros resultados ....
    D) O septuagésimo maratonista feriu-se na prova”. O numeral destacado apresenta mais de uma forma (C)
    septuagésimo primeiro
    septuagésimo segundo
    septuagésimo terceiro ...

  • septuagésimo e setuagésimo

  •  D) Formas: septuagésimo ou setuagésimo

  • "Os sêxtuplos", nessa oração, equivale a "Os bebês"

    Ou seja, está sendo representado como substantivo.

    Então a letra "A" está errada.

  • REGRA: Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas:

    Por exemplo: Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção.

    Logo, na letra A "os sêxtuplos ainda estão na maternidade." O numeral multiplicativo "sêxtuplo" esta sendo usado de modo errado, pois segundo a regra ele deveria ser invariável. Assim nesse caso ele não poderia ser usado como substantivo.

    CORRIGAM-ME SE EU ESTIVER ERRADO

    FONTE: ALFACON

  • CRS SÓ GOSTA DE PALAVRAS DIFICEIS, COMIGO ELA SE DEU MAL, POIS SÓ RESPONDEREI NAS PALAVRAS MAIS DIFICEIS, HAHHAHAHA


ID
1974922
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que apresenta todas as palavras grafadas CORRETAMENTE:

Alternativas
Comentários
  • A) alforge, rabugice, pretensioso, sucessivo

    B) ressuscitar, reboliço, apressar, gorjeta

    C)CORRETA!

    D) umedecer, repulsão, florescer, abstenção

  • Então essa questão tem duas respostas, pois "apresar" também está correto.

    Significado de Apresar: Capturar, tomar como presa

  • Cabe rescurso

  • xampú nao é da xuxa. recurso

  • GABARITO: D

    a) alforge, rabugice, pretensioso, sucessivo

    b) ressuscitar, reboliço, apressar, gorjeta

    c) CORRETA

    d) umedecer, repulsão, florescer, abstenção

  • Xampu?

  • Em Inglês: shampoo.

    Em Português: xampu.

  • Em Inglês: shampoo. Em Português: xampu. Como o nosso idioma oficial é o Português, o adequado é optar por “xampu

  • ate o português é uma piada no brasil !

  • Marquei B, pq APRESAR tem significado, e esta correto a forma em que foi escrita(?)

  • UMIDECER = ERRADO

    UMEDECER=CERTO

  • GAB C

  • óbolo, quer dizer também esmola.

    umidecer, errado.

    CORRETO = UMEDECER.


ID
1974931
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Qual o valor de m para que a equação m + 3x + 4 – x² = 5 + (m² - 1)x + 3x² tenha raízes reais e simétricas?

Alternativas
Comentários
  • Pra quem ta afim de uma resposta rápida por conta do tempo de prova, vale muito a pena você testar as respostas

    lembrando: simétrico = valor igual com sinal trocado

    ex: simétrico de 2 é -2

    fazendo uso disso e substituindo M por 2, encontramos as raízes 1/4 e -1/4

  • Para quem quiser a resolução inteira é esta aqui:

    1º) Para que obter a raiz de um polinômio a igualdade deve ser zero. Então, temos que passar todos os valores para um lado só, ficando assim:

    3x² + x² + (m²-1)x - 3x +5 -4 = 0 --> 4x² + (m²-1-3) x +1 = 0 --> 4x² + (m² - 4)x + 1 = 0

    2º) Tendo a equação 4x² + (m² - 4)x + 1 = 0, para resolvê-la devemos usar o método da "Soma e Produto" já que pelo meio convencional não seria possível com duas variáveis.

    Soma e Produto:

    • A soma das raízes deve ser igual ao coeficiente do termo x. Assim temos para o exercício: x(1) + x(2) = m²-4.

    • O produto das raízes deve ser igual ao termo independente, e neste caso teremos para o exercício a equação:

    x(1) . x(2) = 1

    3º) Ainda só com isso não temos a resolução, mas o exercício da mais uma informação que é: as raízes devem ser REAIS E SIMETRICAS. Isso quer dizer que as raízes serão o mesmo número mas com o sinal oposto, por exemplo, 10 e -10 são podem ser raízes reais e simétricas.

    Então para o exercício teremos que x(1) e x(2) são o mesmo número mas com sinais opostos, ficando: x(2) = -x(1) ou x(1)= -x(2).

    • para a resolução usarei x(2) = -x(1).

    4º) Então podemos substituir x(2) da Soma pela informação do tópico 3, que é x(2) = -x(1), ficando:

    x(1) + x(2) = m² - 4 --> x(1) - x(1) = m² - 4 --> 0 = m² - 4 --> 4 = m² --> (raiz) 4 = m --> m = + ou - 2

    Fazendo a substituição de m pelos valores 2 e -2, encontramos raízes reais e simétricas.

    Resposta: O valor de m para que as raízes sejam reais e simétricas deve ser 2,-2.


ID
1974934
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Os números 21, 48 e A são proporcionais aos números 14, B e 18, nessa ordem. Qual o valor de ( A – B )² ?

Alternativas
Comentários
  •  21   =   48  =   A 

     14     B    18

     21   =   48  ⇒ 21B = 672 ⇒ B = 32

     14     B 

     48  =   A   ⇒32A = 864 ⇒ A = 27

     32    18  

  • (A - B)² = 27² - 2.27.32 + 32² = 729 - 1728 + 1024 = 25 <---- D  


ID
1974937
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Qual a área da figura formada pela ligação entre os pontos de intercessão das retas y = 5/3 x + 5 e y = 7/5 x – 7 com os eixos x e y no plano cartesiano?

Alternativas

ID
1974940
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Para o revestimento do piso de um terraço, de 16 metros de comprimento por 10 metros de largura, a orientação é que os ladrilhos usados sejam quadrados, iguais, e que tenham a maior área possível. Mantendo a mesma orientação, se as dimensões do comprimento fossem aumentadas em 75% e as da largura em 60%, o número de ladrilhos a serem utilizados:

Alternativas

ID
1974943
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma companhia possui 3 sócios-gerentes, A, B e C, com participações de 40%, 35% e 25%, respectivamente. Um quarto sócio entrou para companhia, adquirindo 35% da participação de A, 25% da participação de B e 4% da participação de C. Com esta nova distribuição, qual deles será o sócio majoritário?

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    VAMOS LA RESPONDER ESSA QUESTAO MALIGNA

    A tem 40%

    B tem 35%

    C tem 25%

    Logo então

    D pegou

    30% dos 40 de A

    25% dos 35 de B

    4% dos 25 de C

    Conta do A

    40 ------ 100%

    X --------- 35%

    100X = 1400

    X=1400

    100

    X=14

    Logo então D pegou 14% dos 40% de A

    logo A ficou com 26% e D com 14% do total de 40%

    Conta do B

    35 ------ 100%

    X --------- 25%

    100X = 875

    X=875

    100

    X=8,75

    Logo então D pegou 8,75% dos 35% de B

    logo B ficou com 26,25% e D com 8,75% do total de 35%

    Conta do C

    25 ------ 100%

    X --------- 4%

    100X = 75

    X=75

    100

    X=0,75

    Logo então D pegou 0,75% dos 25% de C

    logo C ficou com 24,25% e D com 0,75% do total de 25%

    Finalizando

    A ficou com 26%

    B ficou com 26,25%

    C ficou com 24,25%

    D ficou com 14+8,75+0,75 (% DE A+B+C) = 23,5%

    Logo B ficou com a maior porcentagem da empresa sendo no total de 26,25%

    Bons estudos a todos!!!!

    Rumo a lenda do concurso PMGO!!!


ID
1974946
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma cervejaria tem uma produção diária, em um turno de 8 horas de trabalho, com um quadro de 120 funcionários. Um novo acordo sindical reduziu a jornada diária em duas horas. O mercado passa a exigir um aumento na demanda de cervejas de 30%. O que a empresa deverá fazer para se adequar ao novo cenário?

Alternativas
Comentários
  • Resolvo essa questão aqui nesse vídeo

    https://youtu.be/HPIqA2RI4Qg

    Ou procure por "Professor em Casa - Felipe Cardoso" no YouTube =D


ID
1974949
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA:

“... é, portanto, um conjunto de mudanças que estão ocorrendo na esfera econômica, financeira, comercial, social e cultural, intensificando a relação entre os países, os povos e os sistemas produtivos. Trata-se de um processo em curso, uma nova fase do capitalismo e do imperialismo, comandado pelas grandes empresas transnacionais, que procuram abrir novos mercados.

Alternativas
Comentários
  • Essa questão está como raciocinio logico ( conjuntos ) ??

  • essa questão é de Geografia!


ID
1974952
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA:

Já vimos que, após o fim da Guerra Fria os EUA firmaram-se como única superpotência, fortalecendo sua liderança mundial, calcada cada vez mais em ações unilaterais. Desde a década de 1990, os EUA vêm intensificando suas ações militares, com intervenções na Guerra do Golfo (1991), na Somália (1992-1994), no Haiti (1994 e 2004), na Iugoslávia (1995), no Sudão (1998), em Kosovo (1999), no Afeganistão (1998 e 2001) e no Iraque (2003). Após os ataques sofridos em setembro de 2001, como já vimos, os EUA invadiram o Afeganistão, adotando uma postura unilateral e dispensando o apoio de outros países e de organizações como a ONU. Como se chama a doutrina desenvolvida pelos americanos?

Alternativas
Comentários
  • Podemos chamar de Doutrina Bush o conjunto de princípios e métodos adotados pelo presidente norte-americano George W. Bush (2001 a 2009) em sua política doméstica e exterior. Eleito pelo partido republicano, o mais conservador dentre os dois mais importantes dos EUA, era de se esperar que o seu governo tivesse um perfil semelhante.De fato, seus principais colaboradores eram o que se chamava no meio político de “falcões neo-conservadores”, pessoas como Karl Rowe, Donald Rumsfeld, a secretária de estado Condoleeza Rice ou o então vice-presidente Dick Cheney. Influenciados pela religião, altos preceitos morais e sociais, e um patriotismo beirando a xenofobia, Bush e os falcões acabaram por levar os Estados Unidos a posições isolacionistas perante a opinião pública internacional.

    http://www.infoescola.com/politica/doutrina-bush/

  • Doutrina Bush -> Guerra Preventiva e combate ao terror


ID
1974955
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA:

É um conjunto espacial de grandes dimensões caracterizado por uma interação coerente entre as feições do relevo, os tipos de solos, as condições de clima e hidrologia e as formas de vegetação. Os diversos elementos que formam esse conjunto influenciam uns aos outros, gerando equilíbrios ecológicos próprios. O geógrafo Aziz Ab’Sáber utilizou qual o nome para esse conceito?

Alternativas
Comentários
  • a) Domínio morfoclimático.

     

     

    Entendemos Domínio morfoclimático um conjunto espacial de certa ordem de grandeza territorial de centenas de milhares a milhões de quilômetros quadrados de área, onde haja um esquema coerente de feições de relevo, tipos de solos, formas de vegetação e condições climático-hidrológicas. Apresentam feições paisagísticas e ecológicas integradas, ocorrem em uma espécie de área principal, de certa dimensão e arranjo em que as condições fisiográficas e biogeográficas formam um complexo relativamente homogêneo e extensivo.

     

     

    Ab´Saber, Aziz Nacib. Os domínios da natureza no Brasil

  • Os domínios Morfoclimáticos do Brasil e suas características:

    Domínio AmazônicoLocalização: estados do Amazonas, Pará, Acre e áreas do norte dos estados de Rondônia e Mato Grosso, além da região oeste do Maranhão.Características principais: floresta equatorial; clima úmido e quente; presença da planície amazônica, além de planaltos e depressões nas áreas de borda; presença da Bacia Amazônica com grande quantidade de rios e elevado volume de água.

    Domínio do CerradoLocalização: região central do Brasil. Estados de Tocantins, Goiás, Mato Grosso (área central), Mato Grosso do Sul (áreascentral e nordeste). Minas Gerais (faixa centro-oeste), Maranhão (sul) e Rondônia (faixa centro-sudeste).Características principais: clima tropical; vegetação de cerrado; solos pouco férteis em grande parte do domínio; presença de depressões e planaltos. A Chapada dos Guimarães é um dos destaques do relevo deste domínio.Domínio Roraima-GuianenseLocalização: toda área central do estado de Roraima.Características principais: clima equatorial semiúmido; vegetação de campos e cerrados; presença de depressões e planaltos; dependendo da área, a fertilidade do solo varia de baixa para alta.

    Domínio da CaatingaLocalização: área central da região Nordeste. Quase todo território do Ceará (exceto faixa litorânea); regiões centro-oeste dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe; grade parte da região centro-oeste da Bahia; sudeste do Piauí.Características principais: clima semiárido; vegetação típica da caatinga, presença de depressões, solos secos e de baixa profundidade.

    Domínio das AraucáriasLocalização: região sul do Brasil. Presente nas áreas centrais dos estados do Paraná Santa Catarina, além da área norte do Rio Grande do Sul.Características principais: clima subtropical; vegetação subtropical (Mata de Araucária); presença de rios perenes.

    Domínio das PradariasLocalização: presente na área meridional do estado do Rio Grande do Sul.Características principais: clima subtropical; vegetação composta basicamente por gramíneas e herbáceas; relevo de planalto com presença de leves ondulações.

    Domínio de Mares de MorrosLocalização: quase todo território do estado de São Paulo (exceto áreas ao norte e sul); noroeste e faixa litorânea do Paraná; áreas litorâneas dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul; faixa leste de Minas Gerais, todo território do Rio de Janeiro e Espírito Santo; faixa litorânea da região Nordeste.Características principais: clima úmido, relevo com presença de serras (exemplos: Serra do Mar, Mantiqueira e Espinhaço); solo que sofre com a erosão provocada pelo alto índice pluviométrico (chuvas); grande parte deste domínio está ocupada por vegetação da Mata Atlântica.

     


ID
1974958
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA:

São estruturas territoriais especiais, formadas pelas principais cidades do país e pelas aglomerações a elas conurbadas. Tais estruturas configuram unidades de planejamento integrado do desenvolvimento urbano. Por definição legal, estas estruturas devem representar densidades demográficas superiores a 60 hab/km2 e possuir pelo menos 65% da população ativa empregada em atividades urbanas. Estamos falando:

Alternativas
Comentários
  •  

    Região metropolitana é o conjunto de diferentes municípios próximos e interligados entre si, normalmente construída ao redor de uma metrópole, uma cidade central e mais desenvolvida.As regiões metropolitanas são formadas através do fenômeno da conurbação, quando as cidades próximas crescem até unirem-se uma às outras, dando a impressão de constante continuidade. Normalmente, os municípios que estão próximos ao município-sede são chamados de cidades-satélites.

  • Nunca nem vi essas "regras"

  • que eu saiba, é necessário mais de 1 milhão de habitantes, essa outras características são novidades...

  • Lembre-se quando citar lei é uma região metropolitana, uma região só pode se denominar como região metropolitana mediante a uma lei.

  • Região metropolitana = é uma área formada por vários municípios que apresentam uma estrutura ou aglomeração urbana interligada entre si ou em torno de uma cidade principal, geralmente uma metrópole. Assim, uma região metropolitana costuma ter um município-sede e as demais localidades sendo suas cidades-satélites ou área metropolitana.


ID
1974961
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA:

A dinâmica regional brasileira expressa as grandes tendências econômicas e demográficas de apropriação e valorização do território. O processo de integração nacional, impulsionado pela modernização industrial do Sudeste, não encontra a tradução precisa da divisão regional oficial. Essa lacuna foi preenchida pela proposta de divisão regional do país em três complexos regionais. A proposta, elaborada em 1967, pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger, assentou-se em critérios diferentes daqueles que haviam orientado os técnicos do IBGE na delimitação das macroregiões oficiais. O geógrafo Pedro Pinchas Geiger baseou-se no:

Alternativas
Comentários
  • Questão mal escrita.

  • Em 1967, o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger propôs uma divisão regional do país, em três Regiões Geoeconômicas ou Complexos Regionais.

    Esta proposta se baseia no processo histórico de formação do território brasileiro, levando em conta, especialmente, os efeitos da industrialização. Dessa forma, ela busca refletir a realidade do país e compreender seus mais profundos contrastes. De acordo com Geiger, são três as regiões geoeconômicas: Amazônia, Centro-Sul e Nordeste.

    Essa organização regional favorece a compreensão das relações sociais e políticas do país, pois associa os espaços de acordo com suas semelhanças econômicas, históricas e culturais.

    Diferentemente da divisão proposta pelo IBGE, os complexos regionais não se limitam apenas às fronteiras entre os Estados. Nessa regionalização, o norte de Minas Gerais, por exemplo, encontra-se no Nordeste, enquanto o restante do território mineiro está localizado no Centro-Sul.

    Essa organização regional é muito útil para a geografia, pois oferece uma nova maneira de entender a história da produção do espaço nacional.

  • Divisão de Pedro Geiger:

    Amazônia

    Nordeste

    Centro-sul

  • *A PRIMEIRA REGIONALIZAÇÃO DO BRASIL FOI FEITA EM 1916 E FOI SE MODIFICANDO, para ser utilizada no ensino de geografia. Os critérios utilizados para esse processo foram apenas aspectos físicos – clima, vegetação e relevo. Dividia o país em cinco regiões: Setentrional, Central, Norte Oriental, Oriental, Meridional.

    A PRIMEIRA REGIONALIZAÇÃO DO IBGE FOI EM 1940, levou em consideração os aspectos socioeconômicos, além dos físicos, era dividido em NORTE, CENTRO, NORDESTE, ESTE, SUL.

    em 1970, uma nova divisão oficial definiu o norte, nordeste, centro-oeste, sudeste e sul, que se configura até hoje.

    - 1988 - IBGE - ATÉ OS DIAS ATUAIS - 5 regiões e NENHUM território (adequações da divisão de 1970)

    Critérios: Naturais e Socioeconômicos;

    Norte- sul – nordeste- centro oeste e sudeste.

    *Respeita os limites dos estados.

    Os limites das regiões sempre coincidem com os limites estaduais – não há estados em mais de uma região.

    Pedro Pinchas Geiger - 3 Regiões( 1967)

    Complexos Regionais sócios-econômicos.

    1.       Critérios: Econômicos, históricos e sociais.

    (1)    Amazônia, (2)Nordeste e (3)Centro Sul.

    *Não respeita os limites dos estados.

                   

    Milton Santos - 4 Regiões ( 1999)

    1.       Critérios: Técnicos, científicos e informacionais

    Região Amazônica, Região Nordeste, Região Centro-Oeste e Região Concentrada.

    -Não respeita o limite dos estados e regiões.


ID
1974964
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA:

Segundo o perfil demográfico brasileiro atual os dados do último censo demográfico, fornecidos pelo IBGE em 2000, indicam que o Brasil continua realizando a sua transição demográfica, ou seja, saindo da segunda fase e entrando no terceiro período de evolução. Cite a principal característica que comprova essa transição demográfica que o Brasil vem passando.

Alternativas
Comentários
  • taxa de fecundidade é uma estimativa do número de filhos que uma mulher tem ao longo da vida. ... Vários fatores contribuem para a queda da fecundidade, principalmente a expansão da urbanização, pois no meio rural as famílias tinham a ideia de que era necessário ter muitos filhos para ajudar nos trabalhos do campo

  • Gabarito: C

    Terceira fase é caracterizada pela ocorrência de baixas taxas de natalidade e de mortalidade, resultando em baixíssimo crescimento e até mesmo em estagnação do crescimento populacional. E consequente, baixa taxa de fecundidade.


ID
1974967
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

A Era Vargas foi marcada pela rivalidade ideológica entre dois grupos: os Integralistas e os Aliancistas. Sobre tais grupos é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO= A

    A Aliança Nacional Libertadora constituiu-se em uma frente política anti-fascista e reunia comunistas, socialistas e tenentes e era vista com simpatia pelos progressistas.

    ANL= COMUNISTA (ESQUERDA). LÍDER PLINIO SALGADO.

    AIB= CAPITALISTA (DIREITA)

  • Uma correção ao comentário do Ueslei:

    Plínio Salgado era líder da Ação Integralista Brasileira (AIB)!

  • Questão de historia em geo!


ID
1974970
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No final dos anos 40, a sociedade brasileira estava mobilizada para a escolha de um novo presidente da república. Os partidos começaram a apresentar seus candidatos num cenário político bastante conturbado, onde ainda não surgira nenhum candidato expressivo. Sobre o contexto eleitoral da época assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • O ITEM CORRETO ESTÁ EM NEGRITO, DÁ UMA CORRIGIDA, QC !!!


ID
1974973
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Analise as mensagens a seguir:

I. ( ) “Cinquenta anos de progresso em cinco de governo: 50 em 5”.

II. ( ) “Ninguém mais segura este país”.

III. ( ) “Ontem, hoje, sempre, Brasil”.

IV. ( ) “Fome Zero: O Brasil que come ajudando o Brasil que tem fome”.

V. ( ) “Brasil: ame-o ou deixe-o”.

São mensagens usadas durante a Era dos Militares (1964/85) no Brasil como propaganda exaltando o período:

Alternativas
Comentários
  • Essa deu de graça

  • é ? ( B )

    |

    |

    \./

  • movimento eufanista

  • I "Cinquenta anos de progresso em cinco de governo: 50 em 5". (JK)

    II “Ninguém mais segura este país”.(Emílio Garrastazu Médici) 

    III “Ontem, hoje, sempre, Brasil”.(Emílio Garrastazu Médici) 

    IV “Fome Zero: O Brasil que come ajudando o Brasil que tem fome”.( Luís Inácio Lula da Silva )

    V “Brasil: ame-o ou deixe-o”. (Emílio Garrastazu Médici) 


ID
1974976
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Após a ditadura militar no Brasil, ficava a cargo do 1º presidente civil recolher o entulho deixado pelo antigo regime. Para conter a corrida inflacionária e retomar o crescimento econômico foram estabelecidos pacotes e planos econômicos. Sobre os planos econômicos do governo Sarney é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • O Plano Bresser foi um plano de estabilização da economia brasileira instituído em 12 de junho de 1987, através dos Decretos-Lei nº 2335/87, nº 2336/87 e nº 2337/87 durante o governo José Sarney, quando Luiz Carlos Bresser-Pereira era o Ministro da Fazenda.

  • Erro letra (C) Moratória criada no Plano Cruzado e não no segundo plano Cruzado.

  • GABARITO - D

    O Plano Bresser congelou os preços por dois meses, aumentou as tarifas públicas e os impostos e extinguiu o abono salarial. As negociações com o FMI foram retomadas, suspendendo à moratória.


ID
1974979
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante seu governo foram realizadas várias privatizações como a Companhia Siderúrgica Nacional de Volta Redonda, a Açominas e a Cosipa. Também autorizou a diminuição de tarifas alfandegárias facilitando as importações. O maior sucesso de seu governo foi o controle da inflação e o lançamento do Plano Real.

O texto acima faz referência ao presidente:

Alternativas
Comentários
  • Por quê a assertiva B está em negrito? Está entregando o gabarito da questão!

  • se não tiver cuidado, marca a letra "A"

  • Itamar Franco,Fernando Henrique foi seu ministro e eleborou o plano real.

  • FHC - Com a ajuda do sucesso do plano, foi eleito Presidente da República no primeiro turno da eleição de 1994. Foi empossado presidente em 1.º de janeiro de 1995.

  • GABARITO - LETRA B

    Itamar Franco que governou o Brasil após o impeachment de Fernando Collor.


ID
1974982
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O presidente Luís Inácio Lula da Silva assumiu o país após vencer as eleições de 2002 numa situação pouco confortável. As expectativas do mercado e dos investidores com relação ao resultado das eleições presidenciais agravaram a situação da economia brasileira. Várias medidas de caráter emergencial foram tomadas como o ajuste cambial e da taxa de juros. No plano social o governo lançou um programa de combate a fome e a miséria, numa tentativa de unificar os programas sociais. Tal programa pode ser identificado como:

Alternativas
Comentários
  • C

  • Obs: Lula LADRÃO!

  • A propaganda passava na GROBO todos minutos, era mais ou menos um garfo e um prato

  • Fome zero, bolsa-escola e bolsa-família.


ID
1974985
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Processual Penal
Assuntos

Sobre a Lei nº 9.807, de 13 de julho de 1999, que estabelece normas para a organização e a manutenção de programas especiais de proteção a vítimas e a testemunhas ameaçadas, institui o programa federal de assistência a vítimas e a testemunhas ameaçadas e dispõe sobre a proteção de acusados ou condenados que tenham voluntariamente prestado efetiva colaboração à investigação policial e ao processo criminal, assinale a única afirmativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A) GAB

    B) Errado 

    Art. 2o A proteção concedida pelos programas e as medidas dela decorrentes levarão em conta a gravidade da coação ou da ameaça à integridade física ou psicológica, a dificuldade de preveni-las ou reprimi-las pelos meios convencionais e a sua importância para a produção da prova.

    § 1o A proteção poderá ser dirigida ou estendida ao cônjuge ou companheiro, ascendentes, descendentes e dependentes que tenham convivência habitual com a vítima ou testemunha, conforme o especificamente necessário em cada caso.

    C) Incorreta

    § 3o O ingresso no programa, as restrições de segurança e demais medidas por ele adotadas terão sempre a anuência da pessoa protegida, ou de seu representante legal.

    D) Incorreta 

    Art. 5o A solicitação objetivando ingresso no programa poderá ser encaminhada ao órgão executor:

    I - pelo interessado;

    II - por representante do Ministério Público;

    III - pela autoridade policial que conduz a investigação criminal;

    IV - pelo juiz competente para a instrução do processo criminal;

    V - por órgãos públicos e entidades com atribuições de defesa dos direitos humanos.

  • Lei de proteção as vítimas e testemunhas

    Extensão da proteção

    Art. 2 § 1 A proteção poderá ser dirigida ou estendida ao cônjuge ou companheiro, ascendentes, descendentes e dependentes que tenham convivência habitual com a vítima ou testemunha, conforme o especificamente necessário em cada caso.

    Anuência da pessoa protegida

    § 3  O ingresso no programa, as restrições de segurança e demais medidas por ele adotadas terão sempre a anuência da pessoa protegida, ou de seu representante legal.

    Solicitação objetivando o ingresso no programa

    Art. 5 A solicitação objetivando ingresso no programa poderá ser encaminhada ao órgão executor:

    I - pelo interessado

    II - por representante do Ministério Público

    III - pela autoridade policial que conduz a investigação criminal

    IV - pelo juiz competente para a instrução do processo criminal

    V - por órgãos públicos e entidades com atribuições de defesa dos direitos humanos

    Custódia de órgão policial

    § 3  Em caso de urgência e levando em consideração a procedência, gravidade e a iminência da coação ou ameaça, a vítima ou testemunha poderá ser colocada provisoriamente sob a custódia de órgão policial, pelo órgão executor, no aguardo de decisão do conselho deliberativo, com comunicação imediata a seus membros e ao Ministério Público.

  • GABARITO A

    a) Art.5º, § 3º Em caso de urgência e levando em consideração a procedência, gravidade e a iminência da coação ou ameaça, a vítima ou testemunha poderá ser colocada provisoriamente sob a custódia de órgão policial, pelo órgão executor, no aguardo de decisão do conselho deliberativo, com comunicação imediata a seus membros e ao Ministério Público.

    b) Art. 2º, § 1º A proteção poderá ser dirigida ou estendida ao cônjuge ou companheiro, ascendentes, descendentes e dependentes que tenham convivência habitual com a vítima ou testemunha, conforme o especificamente necessário em cada caso

    c) Art. 2º, § 3º O ingresso no programa, as restrições de segurança e demais medidas por ele adotadas terão sempre a anuência da pessoa protegida, ou de seu representante legal. 

    d) Art. 5º, A solicitação objetivando ingresso no programa poderá ser encaminhada ao órgão executor: I - pelo interessado; II - por representante do Ministério Público; III - pela autoridade policial que conduz a investigação criminal; IV - pelo juiz competente para a instrução do processo criminal; V - por órgãos públicos e entidades com atribuições de defesa dos direitos humanos

  • GAB-A

    anuência

    substantivo feminino

    1. ação ou efeito de anuir; anuição, aprovação, consentimento.

    Art. 5º A solicitação objetivando ingresso no programa poderá ser encaminhada ao órgão executor:

    É JAIRO

    Juiz competente

    autoridade policial

    interessado;

    representante do Ministério Público;

    órgãos públicos e entidades com atribuições de defesa dos direitos humanos.


ID
1974988
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um dos documentos básicos das Nações Unidas e foi assinada em 1948. Nela, são enumerados os direitos que todos os seres humanos possuem.Assinale a única afirmativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A) Errada

    DUDH Artigo 8
    Todo o homem tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.

  • E pq a resposta da questão está em negrito?

  • ALLINE SALES,

    PROVAVELMENTE UM PONTO DE "GRAÇA" PARA OS CANDIDATOS! RSRS

  • Já solicitei a correção e foi feita. 

  • Gab: C
    Art 18. DUDH

  • A-Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos que lhe sejam reconhecidos apenas pela constituição federal.  INCORRETA

    Artigo 8

    Todo o homem tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.


    B-O homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido culpado até que a sua inocência tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias a sua defesa. INCORRETA


    Artigo 11

    I) Todo o homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias a sua defesa.

    II) Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituiam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.


    C-Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou em particular. CORRETA


    Artigo 18

    Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observâcia, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.


    D-A escravidão e o tráfico de escravos estão proibidos em todas as suas formas, salvo nos casos de guerras declaradas. INCORRETA


    Artigo 4

    Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos estão proibidos em todas as suas formas.

  • RUMO AO OFICIALATO PMMG

    "VERAS QUE UM FLHO TEU NÃO FOGE A LUTA"

  • seria engraçado alguém erra essa questão.

  • DUDH

    Artigo 8

    Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.

    Artigo 11

    Princípio da presunção de inocência ou não-culpabilidade

    I) Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias a sua defesa.

    Artigo 18

    Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

    Artigo 4

    Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos estão proibidos em todas as suas formas.

  • Questão nível rumo a num sei onde.

  • A questão refere-se aos direitos assegurados na DUDH.

    c) CORRETA – De fato, nos termos do artigo 18 da DUDH, todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião, o qual inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou em particular.

    Artigo 18 -Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou em particular.

    Fonte: Reta Final do Direito Simples e Objetivo.

  • Artigo 18

    Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou em particular.

    Artigo 8

    Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.


ID
1974991
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Não definido

Os aplicativos instalados no sistema operacional Windows podem ser executados através do (a):

Alternativas

ID
1974994
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Analise as seguintes afirmativas:

I. ( ) O CD-ROM é hoje uma das principais mídias para distribuição de software e armazena até 700 MB

por disco.

II. ( ) Shareware são os aplicativos fornecidos gratuitamente a qualquer usuário.

III. ( ) As planilhas eletrônicas são compostas de linhas e colunas e podem exibir gráficos.

IV. ( ) O Windows é um aplicativo que pode ser instalado no Sistema Operacional.

Indique a opção que contenha todas as afirmações verdadeiras.


Alternativas
Comentários
  • I. ( V ) O CD-ROM é hoje uma das principais mídias para distribuição de software e armazena até 700 MB

    por disco. (QUANDO COMPRAMOS UMA NOVA VEERSÃO DO WINDOWS, POR EXEMPLO ELA IRÁ VIR EM UM CDROM!)

    II. ( F ) Shareware são os aplicativos fornecidos gratuitamente a qualquer usuário. Shareware é um programa de computador disponibilizado gratuitamente, porém com algum tipo de limitação.

    III. ( V ) As planilhas eletrônicas são compostas de linhas e colunas e podem exibir gráficos. Além das planilhas eletronicas serem para criação de tabelas elas comportas o uso de gráficos e alguns tipos de SmartArt.

    IV. ( F ) O Windows é um aplicativo que pode ser instalado no Sistema Operacional. O Windows já é um Sistema Operacional propriamente dito! assim como o Linux e o Android.

    Indique a opção que contenha todas as afirmações verdadeiras.

  • Com a resposta em negrito fica mais fácil. kk


ID
1974997
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Numere a segunda coluna de acordo com a primeira:

1 – Editor de textos                                            
2 – Planilha eletrônica                                       
3 – Gerenciador de e-mail  
4 – Navegador (browser)                                                               

( ) Mozilla Firefox
( ) Excel
( ) Word
( ) Navegador (browser) 
( ) Microsoft Outlook


Assinale a alternativa que apresenta a seqüência CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Um pouco difícil de entender a sequência, mas a questão é fácil !

  • que questao mau feita

    e facil

  • A)

    DIFÍCIL FOI COMPREENDER A SEQUENCIA.

  • muito ruim essa formataçao....

  • Complicado foi identificar a sequência.

  • essa a banca deu kkk, sabendo qual é o gerenciador de email(microsoft outlook) ja acha a resposta

    gab A

  • Sabendo o que é o Mozila já mata a questão

  • Época boa para fazer concurso, hoje é um tropelo até para conseguir uma vaga no municipal.

  • Gabarito: A

    ( 4 ) Mozilla Firefox

    ( 2 ) Excel

    ( 1 ) Word

    ( 3 ) Microsoft Outlook

    #LulaPreso #LulaVagabundo


ID
1975000
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

  • O aplicativo Word, distribuído no pacote de escritório Office, nos permite a criação de tabelas contendo fórmulas complexas.

    Claro que nos permite, agora se tem outro programa especifico com essa finalidade é outros 500.

    Banca deu como resposta a alternativa C, porém não concordo, passível de anulação.

  • Para mim essa questão tem 2 respostas corretas item A e C porem respondi a letra C.

  • No Word da pra se produzir tabelas. Mas quanto a criação de fórmulas complexas é exclusividade do Excel.