- ID
- 5451544
- Banca
- Instituto UniFil
- Órgão
- Prefeitura de Itambaracá - PR
- Ano
- 2021
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
E se a 2ª Guerra Mundial não tivesse acontecido?
Sem a fundação da ONU e a invenção da bomba atômica para
evitar a eclosão de um conflito entre potências, o mundo seria
um lugar mais violento
Por Fábio Marton
Para que a 2ª Guerra não tivesse acontecido, bastaria
uma traição. E nem seria a primeira: embora França e Reino
Unido fossem aliados da Tchecoslováquia no papel, não
reagiram quando Hitler começou a ocupação do país, em 1938.
O estopim do conflito veio só em setembro de 1939, quando as
duas potências fizeram valer sua aliança com a Polônia e
declararam guerra à Alemanha – mas não à União Soviética,
que fechou com o Führer para invadir seu quinhão de território
polonês pelo outro lado.
Hitler não tinha muito interesse em avançar rumo ao
Oeste: considerava os britânicos colegas arianos, possíveis
aliados. E não faltavam fãs de Hitler entre os anglo-saxões: o
parlamentar Edward Mosley, na Inglaterra, criou a União
Nacional dos Fascistas, e o herói nacional Charles Lindenberg,
nos EUA, usou sua fama como primeiro aviador a cruzar o
Atlântico para defender pautas de extrema direita.
Ficaríamos, então, com uma guerra entre alemães e
soviéticos em 1941, quando Hitler rasgou o acordo Molotov-Ribbentrop, de 1939, que permitiu a divisão da Polônia. Quem
venceria? Na vida real, a URSS aniquilou a Alemanha pelo
front leste e foi a principal responsável pela vitória aliada.
A questão é que os soviéticos não teriam conseguido
sozinhos. Eles tiveram acesso a material bélico americano e
britânico, e os nazistas perderam força quando foram obrigados
a lutar em frentes múltiplas após a invasão da Itália, em 1943,
e o Dia D, em 1944. Além disso, os japoneses deixaram os
alemães em desvantagem sem querer quando dedicaram todas
as suas atenções ao conflito contra os EUA no Pacífico em vez
de invadir a URSS pela Sibéria.
O ataque a Pearl Harbor é considerado pela maioria dos
historiadores um erro estratégico crasso – ao contrário do que
os líderes japoneses cogitaram, os EUA não pretendiam atacar
o Japão. A opinião pública americana se opunha à guerra, e se
oporia ainda mais caso França e Reino Unido tivessem
permanecido neutros.
Outro erro estratégico foi a Alemanha apoiar o Japão
contra os EUA. Ela não era obrigada a fazê-lo, porque sua
aliança com o Japão era defensiva – se os japoneses
começassem a briga, era problema deles. Assim, a guerra no
Pacífico poderia ter se limitado a Japão vs. China e URSS.
Vamos supor, então, que esse conflito terminasse com a
Alemanha dominando o Leste Europeu, e o Japão no comando
de um amplo império na costa leste da Ásia (mas sem tomar
colônias britânicas, francesas, americanas e holandesas, como
fez na vida real). A URSS sobreviveria – pequena e abalada,
mas de pé.
[...]
Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/e-se-a-2a-guerra-mundial-nao-tivesse-acontecido-2/
No quarto parágrafo, o pronome sublinhado retoma