- ID
- 5300029
- Banca
- SELECON
- Órgão
- EMGEPRON
- Ano
- 2021
- Provas
-
- SELECON - 2021 - EMGEPRON - Técnico Assistente Administrativo (Administração)
- SELECON - 2021 - EMGEPRON - Técnico Assistente Administrativo (Licitações)
- SELECON - 2021 - EMGEPRON - Técnico de Informática (Rede de Computadores)
- SELECON - 2021 - EMGEPRON - Técnico de Informática (Suporte Técnico)
- SELECON - 2021 - EMGEPRON - Técnico de Segurança do Trabalho
- SELECON - 2021 - EMGEPRON - Técnico Eletrônica
- SELECON - 2021 - EMGEPRON - Técnico Eletrotécnica
- SELECON - 2021 - EMGEPRON - Técnico Eletrotécnica (Naval)
- SELECON - 2021 - EMGEPRON - Técnico Industrial Estruturas
- SELECON - 2021 - EMGEPRON - Técnico Laboratório
- SELECON - 2021 - EMGEPRON - Técnico Mecânica (Fabricação e Montagem)
- SELECON - 2021 - EMGEPRON - Técnico Mecânica (Naval)
- SELECON - 2021 - EMGEPRON - Técnico Química (Fábrica de Munições)
- SELECON - 2021 - EMGEPRON - Técnico Química (Laboratório Farmacêutico)
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Texto (para a questão)
Água e saneamento na pandemia da COVID-19
O enfrentamento da crise do Covid-19 impõe
desafios sem precedentes e coloca administradores
públicos e privados em mares ainda não navegados.
Os governos têm sido obrigados a tomar decisões e
dar respostas em velocidade muito alta e com
informações muito limitadas. As primeiras medidas
são no campo da saúde, para desacelerar o
espalhamento e contaminação. Assim se pode
ganhar tempo para desenvolver protocolos de
tratamento e prevenção. Em seguida, os choques de
oferta e de demanda produzidos pelas medidas de
distanciamento social e isolamento exigem respostas
rápidas para mitigar impactos econômicos. Nos
países em desenvolvimento e economias
emergentes, esses problemas são agravados pela
falta de espaço fiscal. Em consequência, as
respostas podem ser mais lentas, contribuindo para
maior transmissão e maior letalidade, já agravadas
pela menor capacidade de tratamento do sistema de
saúde.
Menos despesas com saúde e menor efetividade
dos gastos produziram um quadro conhecido de
sucateamento do sistema de saúde, menor volume
de leitos hospitalares, escassez de médicos e – não
menos importante – menor acesso a água,
saneamento e higiene – em inglês, WASH (water,
sanitation and hygiene). O Brasil se enquadra
obviamente nessa descrição. Apesar do
reconhecimento da prioridade do tema – desde 2016
se desenha e trabalha para aprovar um novo marco
legal para o saneamento – os avanços tardam. Mas a
crise não. E nos pega despreparados.
Para além do tratamento, a prevenção é medida
essencial para conter a disseminação do vírus. Nesse
sentido, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
destaca que a melhor forma é manter bons hábitos de
higiene, dentre eles lavar as mãos com água e sabão
frequentemente. Nesse cenário de pandemia, fica
ainda mais evidente como o setor WASH é de
extrema importância para toda a população.
Uma importante lição é que a comunicação deve
ser definida pensando no público-alvo da mensagem.
Apesar de vivermos em uma era digital, o que facilita
a disseminação de informações, muitos ainda
carecem de acesso à internet. Como exemplo de
estratégias para garantir a efetividade da
comunicação, no Camboja e na Costa do Marfim os
governos elaboraram folders com histórias para as
crianças e carros de som que veiculam mensagens
para as áreas mais afastadas com informações sobre
sintomas e formas de prevenção da doença.
Encontrar coordenação é difícil. Temos visto isso
no Brasil com casos de prefeitos e governadores
determinando a suspensão das contas de energia
elétrica, ou mesmo o fechamento de aeroportos, que
são, por lei, competências da União. A coordenação e
alinhamento de ações dos governos em suas
diversas esferas é necessária em qualquer momento.
E vital para uma tomada de decisão rápida, eficaz e
eficiente em uma crise como a que vivemos.
Joisa Dutra e Juliana Smiderle
(Adaptado de: ceri.fgv.br/)
De acordo com as autoras, as ações
apresentadas no primeiro parágrafo devem ter, além
do propósito de desacelerar a contaminação, o
objetivo de: