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Prova VUNESP - 2015 - UNESP - Vestibular - Segundo Semestre


ID
2448364
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Protestos a Arminda

    Conheço muitas pastoras
Que beleza e graça têm,
Mas é uma só que eu amo
Só Arminda e mais ninguém.

    Revolvam meu coração
Procurem meu peito bem,
Verão estar dentro dele
Só Arminda e mais ninguém.

    De tantas, quantas belezas
Os meus ternos olhos veem,
Nenhuma outra me agrada
Só Arminda e mais ninguém.

    Estes suspiros que eu solto
Vão buscar meu doce bem,
É causa dos meus suspiros
Só Arminda e mais ninguém.

Os segredos de meu peito
Guardá-los nele convém,
Guardá-los aonde os veja
Só Arminda e mais ninguém.

    Não cuidem que a mim me importa
Parecer às outras bem,
Basta que de mim se agrade
Só Arminda e mais ninguém.

    Não me alegra, ou me desgosta
Doutra o mimo, ou o desdém,
Satisfaz-me e me contenta
Só Arminda e mais ninguém.

    Cantem os outros pastores
Outras pastoras também,
Que eu canto e cantarei sempre
Só Arminda e mais ninguém.

(Viola de Lereno, 1980.)

Além de outras características, a presença de dois vocábulos contribui para identificar o aspecto neoclássico desta modinha, a saber:

Alternativas
Comentários
  • Bucolismo é o termo utilizado para designar uma espécie de poesia pastoral que descreve a qualidade ou o caráter dos costumes rurais, exaltando as belezas da vida campestre e da natureza, característica do arcadismo. A base material do progresso consubstanciava-se nas cidades. 

    Os vocábulos pastores e pastoras remetem à temática

    bucólica, campestre, típica da poesia neoclássica do

    século XVIII. A poesia árcade tem, geralmente, como

    cenário a natureza amena, onde ocorrem idílios de

    pastores com pastoras.

    campestre pertence ao campo


ID
2448367
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Protestos a Arminda

    Conheço muitas pastoras
Que beleza e graça têm,
Mas é uma só que eu amo
Só Arminda e mais ninguém.

    Revolvam meu coração
Procurem meu peito bem,
Verão estar dentro dele
Só Arminda e mais ninguém.

    De tantas, quantas belezas
Os meus ternos olhos veem,
Nenhuma outra me agrada
Só Arminda e mais ninguém.

    Estes suspiros que eu solto
Vão buscar meu doce bem,
É causa dos meus suspiros
Só Arminda e mais ninguém.

Os segredos de meu peito
Guardá-los nele convém,
Guardá-los aonde os veja
Só Arminda e mais ninguém.

    Não cuidem que a mim me importa
Parecer às outras bem,
Basta que de mim se agrade
Só Arminda e mais ninguém.

    Não me alegra, ou me desgosta
Doutra o mimo, ou o desdém,
Satisfaz-me e me contenta
Só Arminda e mais ninguém.

    Cantem os outros pastores
Outras pastoras também,
Que eu canto e cantarei sempre
Só Arminda e mais ninguém.

(Viola de Lereno, 1980.)

Na segunda estrofe, o eu lírico explora, seguindo a tradição poética, uma concepção sobre a sede dos sentimentos humanos. Segundo tal concepção, o amor

Alternativas

ID
2448370
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Protestos a Arminda

    Conheço muitas pastoras
Que beleza e graça têm,
Mas é uma só que eu amo
Só Arminda e mais ninguém.

    Revolvam meu coração
Procurem meu peito bem,
Verão estar dentro dele
Só Arminda e mais ninguém.

    De tantas, quantas belezas
Os meus ternos olhos veem,
Nenhuma outra me agrada
Só Arminda e mais ninguém.

    Estes suspiros que eu solto
Vão buscar meu doce bem,
É causa dos meus suspiros
Só Arminda e mais ninguém.

Os segredos de meu peito
Guardá-los nele convém,
Guardá-los aonde os veja
Só Arminda e mais ninguém.

    Não cuidem que a mim me importa
Parecer às outras bem,
Basta que de mim se agrade
Só Arminda e mais ninguém.

    Não me alegra, ou me desgosta
Doutra o mimo, ou o desdém,
Satisfaz-me e me contenta
Só Arminda e mais ninguém.

    Cantem os outros pastores
Outras pastoras também,
Que eu canto e cantarei sempre
Só Arminda e mais ninguém.

(Viola de Lereno, 1980.)

Assinale a alternativa que indica duas estrofes em que o termo “Arminda” surge como paciente da ação expressa pelo verbo da oração de que faz parte.

Alternativas
Comentários
  • Na primeira estrofe Arminda sofre a ação do verbo Amar.


    Na oitava oitava estrofe Arminda sofre a ação do verbo Cantar.

  • Resolução

    Na primeira estrofe, Arminda é objeto direto do verbo

    amar, portanto paciente da ação desse verbo: “eu amo

    / Só Arminda”. Na oitava estrofe, Arminda é objeto

    direto do verbo cantar: “eu canto e canterei sempre /

    Só Arminda”.

    Resposta: C


ID
2448373
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Protestos a Arminda

    Conheço muitas pastoras
Que beleza e graça têm,
Mas é uma só que eu amo
Só Arminda e mais ninguém.

    Revolvam meu coração
Procurem meu peito bem,
Verão estar dentro dele
Só Arminda e mais ninguém.

    De tantas, quantas belezas
Os meus ternos olhos veem,
Nenhuma outra me agrada
Só Arminda e mais ninguém.

    Estes suspiros que eu solto
Vão buscar meu doce bem,
É causa dos meus suspiros
Só Arminda e mais ninguém.

Os segredos de meu peito
Guardá-los nele convém,
Guardá-los aonde os veja
Só Arminda e mais ninguém.

    Não cuidem que a mim me importa
Parecer às outras bem,
Basta que de mim se agrade
Só Arminda e mais ninguém.

    Não me alegra, ou me desgosta
Doutra o mimo, ou o desdém,
Satisfaz-me e me contenta
Só Arminda e mais ninguém.

    Cantem os outros pastores
Outras pastoras também,
Que eu canto e cantarei sempre
Só Arminda e mais ninguém.

(Viola de Lereno, 1980.)

Levando em consideração o contexto da estrofe, assinale a alternativa em que a forma verbal surge no modo imperativo.

Alternativas
Comentários
  • Resolução

    O verbo procurar está no imperativo afirmativo, na 3.a

    pessoa do plural, que se origina do presente do

    subjuntivo

    Resposta: E


ID
2448376
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Protestos a Arminda

    Conheço muitas pastoras
Que beleza e graça têm,
Mas é uma só que eu amo
Só Arminda e mais ninguém.

    Revolvam meu coração
Procurem meu peito bem,
Verão estar dentro dele
Só Arminda e mais ninguém.

    De tantas, quantas belezas
Os meus ternos olhos veem,
Nenhuma outra me agrada
Só Arminda e mais ninguém.

    Estes suspiros que eu solto
Vão buscar meu doce bem,
É causa dos meus suspiros
Só Arminda e mais ninguém.

Os segredos de meu peito
Guardá-los nele convém,
Guardá-los aonde os veja
Só Arminda e mais ninguém.

    Não cuidem que a mim me importa
Parecer às outras bem,
Basta que de mim se agrade
Só Arminda e mais ninguém.

    Não me alegra, ou me desgosta
Doutra o mimo, ou o desdém,
Satisfaz-me e me contenta
Só Arminda e mais ninguém.

    Cantem os outros pastores
Outras pastoras também,
Que eu canto e cantarei sempre
Só Arminda e mais ninguém.

(Viola de Lereno, 1980.)

Sob o ponto de vista expressivo, a repetição do último verso de todas as estrofes tem a função de

Alternativas
Comentários
  • Resolução

    O refrão ou estribilho, “Só Arminda e mais ninguém”,

    reforça o amor que o eu lírico tem por Arminda.

    Resposta: A


ID
2448379
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para chegar ao soberbo resultado de transformar a banha em fibra, aí vem o futebol.
Mas por que o futebol?
Não seria, porventura, melhor exercitar-se a mocidade em jogos nacionais, sem mescla de estrangeirismo, o murro, o cacete, a faca de ponta, por exemplo?
Não é que me repugne a introdução de coisas exóticas entre nós. Mas gosto de indagar se elas serão assimiláveis ou não.
No caso afirmativo, seja muito bem-vinda a instituição alheia, fecundemo-la, arranjemos nela um filho híbrido que possa viver cá em casa. De outro modo, resignemo-nos às broncas tradições dos sertanejos e dos matutos. Ora, parece- -me que o futebol não se adapta a estas boas paragens do cangaço. É roupa de empréstimo, que não nos serve.
Para que um costume intruso possa estabelecer-se definitivamente em um país é necessário, não só que se harmonize com a índole do povo que o vai receber, mas que o lugar a ocupar não esteja tomado por outro mais antigo, de cunho indígena. É preciso, pois, que vá preencher uma lacuna, como diz o chavão.
O do futebol não preenche coisa nenhuma, pois já temos a muito conhecida bola de palha de milho, que nossos amadores mambembes1 jogam com uma perícia que deixaria o mais experimentado sportman britânico de queixo caído.
Os campeões brasileiros não teriam feito a figura triste que fizeram em Antuérpia se a bola figurasse nos programas das Olimpíadas e estivessem a disputá-la quatro sujeitos de pulso. Apenas um representante nosso conseguiu ali distinguir-se, no tiro de revólver, o que é pouco lisonjeiro para a vaidade de um país em que se fala tanto. Aqui seria muito mais fácil o indivíduo salientar-se no tiro de espingarda umbiguda, emboscado atrás de um pau.
Temos esportes em quantidade. Para que metermos o bedelho em coisas estrangeiras?
O futebol não pega, tenham a certeza. Não vale o argumento de que ele tem ganho terreno nas capitais de importância. Não confundamos.
As grandes cidades estão no litoral; isto aqui é diferente, é sertão.
As cidades regurgitam de gente de outras raças ou que pretende ser de outras raças; nós somos mais ou menos botocudos, com laivos de sangue cabinda e galego.
Nas cidades os viciados elegantes absorvem o ópio, a cocaína, a morfina; por aqui há pessoas que ainda fumam liamba².
1 mambembe: medíocre, reles, de baixa condição.
2 liamba: cânhamo, maconha.
(Linhas tortas, 1971.)

No fragmento da crônica, publicada pela primeira vez em 1921, o cronista considerava que:

Alternativas
Comentários
  • A pergunta retórica, presente no terceiro parágrafo,

    evidencia a postura de Graciliano Ramos em relação

    ao futebol. É um esporte estranho aos praticados pelos

    sertanejos: “Não seria, porventura, melhor exercitarse a mocidade em jogos nacionais, sem mescla de

    estrangeirismo, o murro, o cacete, a faca de ponta, por

    exemplo.”

    Resposta: B

    VAMOS LA BIXARADAAAAAAAAAAAAAAA

    VOCES CONSEGUEM

    BIRLLLLLLLLLLLLL FORÇA E FOCO ME METE O DEDO NO LIKE AQUI


ID
2448382
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para chegar ao soberbo resultado de transformar a banha em fibra, aí vem o futebol.
Mas por que o futebol?
Não seria, porventura, melhor exercitar-se a mocidade em jogos nacionais, sem mescla de estrangeirismo, o murro, o cacete, a faca de ponta, por exemplo?
Não é que me repugne a introdução de coisas exóticas entre nós. Mas gosto de indagar se elas serão assimiláveis ou não.
No caso afirmativo, seja muito bem-vinda a instituição alheia, fecundemo-la, arranjemos nela um filho híbrido que possa viver cá em casa. De outro modo, resignemo-nos às broncas tradições dos sertanejos e dos matutos. Ora, parece- -me que o futebol não se adapta a estas boas paragens do cangaço. É roupa de empréstimo, que não nos serve.
Para que um costume intruso possa estabelecer-se definitivamente em um país é necessário, não só que se harmonize com a índole do povo que o vai receber, mas que o lugar a ocupar não esteja tomado por outro mais antigo, de cunho indígena. É preciso, pois, que vá preencher uma lacuna, como diz o chavão.
O do futebol não preenche coisa nenhuma, pois já temos a muito conhecida bola de palha de milho, que nossos amadores mambembes1 jogam com uma perícia que deixaria o mais experimentado sportman britânico de queixo caído.
Os campeões brasileiros não teriam feito a figura triste que fizeram em Antuérpia se a bola figurasse nos programas das Olimpíadas e estivessem a disputá-la quatro sujeitos de pulso. Apenas um representante nosso conseguiu ali distinguir-se, no tiro de revólver, o que é pouco lisonjeiro para a vaidade de um país em que se fala tanto. Aqui seria muito mais fácil o indivíduo salientar-se no tiro de espingarda umbiguda, emboscado atrás de um pau.
Temos esportes em quantidade. Para que metermos o bedelho em coisas estrangeiras?
O futebol não pega, tenham a certeza. Não vale o argumento de que ele tem ganho terreno nas capitais de importância. Não confundamos.
As grandes cidades estão no litoral; isto aqui é diferente, é sertão.
As cidades regurgitam de gente de outras raças ou que pretende ser de outras raças; nós somos mais ou menos botocudos, com laivos de sangue cabinda e galego.
Nas cidades os viciados elegantes absorvem o ópio, a cocaína, a morfina; por aqui há pessoas que ainda fumam liamba².
1 mambembe: medíocre, reles, de baixa condição.
2 liamba: cânhamo, maconha.
(Linhas tortas, 1971.)

No contexto da crônica, “transformar a banha em fibra” significa converter

Alternativas
Comentários
  • “Banha” tem como palavra equivalente gordura;

    “fibra” tem como palavra semelhante o vocábulo

    músculo.


ID
2448385
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para chegar ao soberbo resultado de transformar a banha em fibra, aí vem o futebol.
Mas por que o futebol?
Não seria, porventura, melhor exercitar-se a mocidade em jogos nacionais, sem mescla de estrangeirismo, o murro, o cacete, a faca de ponta, por exemplo?
Não é que me repugne a introdução de coisas exóticas entre nós. Mas gosto de indagar se elas serão assimiláveis ou não.
No caso afirmativo, seja muito bem-vinda a instituição alheia, fecundemo-la, arranjemos nela um filho híbrido que possa viver cá em casa. De outro modo, resignemo-nos às broncas tradições dos sertanejos e dos matutos. Ora, parece- -me que o futebol não se adapta a estas boas paragens do cangaço. É roupa de empréstimo, que não nos serve.
Para que um costume intruso possa estabelecer-se definitivamente em um país é necessário, não só que se harmonize com a índole do povo que o vai receber, mas que o lugar a ocupar não esteja tomado por outro mais antigo, de cunho indígena. É preciso, pois, que vá preencher uma lacuna, como diz o chavão.
O do futebol não preenche coisa nenhuma, pois já temos a muito conhecida bola de palha de milho, que nossos amadores mambembes1 jogam com uma perícia que deixaria o mais experimentado sportman britânico de queixo caído.
Os campeões brasileiros não teriam feito a figura triste que fizeram em Antuérpia se a bola figurasse nos programas das Olimpíadas e estivessem a disputá-la quatro sujeitos de pulso. Apenas um representante nosso conseguiu ali distinguir-se, no tiro de revólver, o que é pouco lisonjeiro para a vaidade de um país em que se fala tanto. Aqui seria muito mais fácil o indivíduo salientar-se no tiro de espingarda umbiguda, emboscado atrás de um pau.
Temos esportes em quantidade. Para que metermos o bedelho em coisas estrangeiras?
O futebol não pega, tenham a certeza. Não vale o argumento de que ele tem ganho terreno nas capitais de importância. Não confundamos.
As grandes cidades estão no litoral; isto aqui é diferente, é sertão.
As cidades regurgitam de gente de outras raças ou que pretende ser de outras raças; nós somos mais ou menos botocudos, com laivos de sangue cabinda e galego.
Nas cidades os viciados elegantes absorvem o ópio, a cocaína, a morfina; por aqui há pessoas que ainda fumam liamba².
1 mambembe: medíocre, reles, de baixa condição.
2 liamba: cânhamo, maconha.
(Linhas tortas, 1971.)

Indique a expressão empregada pelo cronista que ilustra seu argumento sobre a adoção do futebol no sertão:

Alternativas
Comentários
  • questão com tendência ao erro

    A expressão “roupa de empréstimo” conota o

    exotismo do futebol, visto por Graciliano Ramos,

    como algo estranho aos hábitos sertanejos.


ID
2448388
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para chegar ao soberbo resultado de transformar a banha em fibra, aí vem o futebol.
Mas por que o futebol?
Não seria, porventura, melhor exercitar-se a mocidade em jogos nacionais, sem mescla de estrangeirismo, o murro, o cacete, a faca de ponta, por exemplo?
Não é que me repugne a introdução de coisas exóticas entre nós. Mas gosto de indagar se elas serão assimiláveis ou não.
No caso afirmativo, seja muito bem-vinda a instituição alheia, fecundemo-la, arranjemos nela um filho híbrido que possa viver cá em casa. De outro modo, resignemo-nos às broncas tradições dos sertanejos e dos matutos. Ora, parece- -me que o futebol não se adapta a estas boas paragens do cangaço. É roupa de empréstimo, que não nos serve.
Para que um costume intruso possa estabelecer-se definitivamente em um país é necessário, não só que se harmonize com a índole do povo que o vai receber, mas que o lugar a ocupar não esteja tomado por outro mais antigo, de cunho indígena. É preciso, pois, que vá preencher uma lacuna, como diz o chavão.
O do futebol não preenche coisa nenhuma, pois já temos a muito conhecida bola de palha de milho, que nossos amadores mambembes1 jogam com uma perícia que deixaria o mais experimentado sportman britânico de queixo caído.
Os campeões brasileiros não teriam feito a figura triste que fizeram em Antuérpia se a bola figurasse nos programas das Olimpíadas e estivessem a disputá-la quatro sujeitos de pulso. Apenas um representante nosso conseguiu ali distinguir-se, no tiro de revólver, o que é pouco lisonjeiro para a vaidade de um país em que se fala tanto. Aqui seria muito mais fácil o indivíduo salientar-se no tiro de espingarda umbiguda, emboscado atrás de um pau.
Temos esportes em quantidade. Para que metermos o bedelho em coisas estrangeiras?
O futebol não pega, tenham a certeza. Não vale o argumento de que ele tem ganho terreno nas capitais de importância. Não confundamos.
As grandes cidades estão no litoral; isto aqui é diferente, é sertão.
As cidades regurgitam de gente de outras raças ou que pretende ser de outras raças; nós somos mais ou menos botocudos, com laivos de sangue cabinda e galego.
Nas cidades os viciados elegantes absorvem o ópio, a cocaína, a morfina; por aqui há pessoas que ainda fumam liamba².
1 mambembe: medíocre, reles, de baixa condição.
2 liamba: cânhamo, maconha.
(Linhas tortas, 1971.)

A argumentação construída ao longo da crônica estabelece uma oposição entre

Alternativas

ID
2448391
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para chegar ao soberbo resultado de transformar a banha em fibra, aí vem o futebol.
Mas por que o futebol?
Não seria, porventura, melhor exercitar-se a mocidade em jogos nacionais, sem mescla de estrangeirismo, o murro, o cacete, a faca de ponta, por exemplo?
Não é que me repugne a introdução de coisas exóticas entre nós. Mas gosto de indagar se elas serão assimiláveis ou não.
No caso afirmativo, seja muito bem-vinda a instituição alheia, fecundemo-la, arranjemos nela um filho híbrido que possa viver cá em casa. De outro modo, resignemo-nos às broncas tradições dos sertanejos e dos matutos. Ora, parece- -me que o futebol não se adapta a estas boas paragens do cangaço. É roupa de empréstimo, que não nos serve.
Para que um costume intruso possa estabelecer-se definitivamente em um país é necessário, não só que se harmonize com a índole do povo que o vai receber, mas que o lugar a ocupar não esteja tomado por outro mais antigo, de cunho indígena. É preciso, pois, que vá preencher uma lacuna, como diz o chavão.
O do futebol não preenche coisa nenhuma, pois já temos a muito conhecida bola de palha de milho, que nossos amadores mambembes1 jogam com uma perícia que deixaria o mais experimentado sportman britânico de queixo caído.
Os campeões brasileiros não teriam feito a figura triste que fizeram em Antuérpia se a bola figurasse nos programas das Olimpíadas e estivessem a disputá-la quatro sujeitos de pulso. Apenas um representante nosso conseguiu ali distinguir-se, no tiro de revólver, o que é pouco lisonjeiro para a vaidade de um país em que se fala tanto. Aqui seria muito mais fácil o indivíduo salientar-se no tiro de espingarda umbiguda, emboscado atrás de um pau.
Temos esportes em quantidade. Para que metermos o bedelho em coisas estrangeiras?
O futebol não pega, tenham a certeza. Não vale o argumento de que ele tem ganho terreno nas capitais de importância. Não confundamos.
As grandes cidades estão no litoral; isto aqui é diferente, é sertão.
As cidades regurgitam de gente de outras raças ou que pretende ser de outras raças; nós somos mais ou menos botocudos, com laivos de sangue cabinda e galego.
Nas cidades os viciados elegantes absorvem o ópio, a cocaína, a morfina; por aqui há pessoas que ainda fumam liamba².
1 mambembe: medíocre, reles, de baixa condição.
2 liamba: cânhamo, maconha.
(Linhas tortas, 1971.)

Na oração “O do futebol não preenche coisa nenhuma” (7o parágrafo) é omitida, por elipse, uma palavra empregada anteriormente:

Alternativas

ID
2448409
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cena V – JORGE, MADALENA E MARIA
JORGE – Ora seja Deus nesta casa!
(Maria beija-lhe o escapulário1 e depois a mão; Madalena somente o escapulário.)
MADALENA – Sejais bem-vindo, meu irmão!
MARIA – Boas tardes, tio Jorge!
JORGE – Minha senhora mana! A bênção de Deus te cubra, filha! Também estou desassossegado como vós, mana Madalena: mas não vos aflijais, espero que não há de ser nada. É certo que tive umas notícias de Lisboa...
MADALENA (assustada) – Pois que é, que foi?
JORGE – Nada, não vos assusteis; mas é bom que estejais prevenida, por isso vo-lo digo. Os governadores querem sair da cidade... é um capricho verdadeiro... Depois de aturarem metidos ali dentro toda a força da peste, agora que ela está, se pode dizer, acabada, que são raríssimos os casos, é que por força querem mudar de ares.
MADALENA – Pois coitados!...
MARIA – Coitado do povo! Que mais valem as vidas deles? Em pestes e desgraças assim, eu entendia, se governasse, que o serviço de Deus e do rei me mandava ficar, até a última, onde a miséria fosse mais e o perigo maior, para atender com remédio e amparo aos necessitados. Pois, rei não quer dizer pai comum de todos?
JORGE – A minha donzela Teodora! Assim é, filha, mas o mundo é doutro modo: que lhe faremos?
MARIA – Emendá-lo.
JORGE (para Madalena, baixo) – Sabeis que mais? Tenho medo desta criança.
MADALENA (do mesmo modo) – Também eu.
JORGE (alto) – Mas enfim, resolveram sair: e sabereis mais que, para corte e “buen retiro” dos nossos cinco reis, os senhores governadores de Portugal por D. Filipe de Castela, que Deus guarde, foi escolhida esta nossa boa vila de Almada, que o deveu à fama de suas águas sadias, ares lavados e graciosa vista.
MADALENA – Deixá-los vir.
JORGE – Assim é: que remédio! Mas ouvi o resto. O nosso pobre Convento de São Paulo tem de hospedar o senhor arcebispo D. Miguel de Castro, presidente do governo. Bom prelado é ele; e, se não fosse que nos tira do humilde sossego de nossa vida, por vir como senhor e príncipe secular... o mais, paciência. Pior é o vosso caso...
MADALENA – O meu!
JORGE – O vosso e de Manuel de Sousa: porque os outros quatro governadores – e aqui está o que me mandaram dizer em muito segredo de Lisboa – dizem que querem vir para esta casa, e pôr aqui aposentadoria2 .
MARIA (com vivacidade) – Fechamos-lhes as portas. Metemos a nossa gente dentro – o terço3 de meu pai tem mais de seiscentos homens – e defendemo-nos. Pois não é uma tirania?... E há de ser bonito!... Tomara eu ver seja o que for que se pareça com uma batalha! 
JORGE – Louquinha!
MADALENA – Mas que mal fizemos nós ao conde de Sabugal e aos outros governadores, para nos fazerem esse desacato? Não há por aí outras casas; e eles não sabem que nesta há senhoras, uma família... e que estou eu aqui?... (Teatro, vol. 3, 1844.)
1 escapulário: faixa de tecido que frades e freiras de certas ordens religiosas cristãs usam pendente sobre o peito.
2 pôr aposentadoria: ficar, morar.
3 terço: corpo de tropas dos exércitos português e espanhol dos séculos XVI e XVII.

Ao contradizer a mãe, após ouvir esta dizer “Pois coitados!...”, a personagem Maria manifesta

Alternativas

ID
2448412
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cena V – JORGE, MADALENA E MARIA
JORGE – Ora seja Deus nesta casa!
(Maria beija-lhe o escapulário1 e depois a mão; Madalena somente o escapulário.)
MADALENA – Sejais bem-vindo, meu irmão!
MARIA – Boas tardes, tio Jorge!
JORGE – Minha senhora mana! A bênção de Deus te cubra, filha! Também estou desassossegado como vós, mana Madalena: mas não vos aflijais, espero que não há de ser nada. É certo que tive umas notícias de Lisboa...
MADALENA (assustada) – Pois que é, que foi?
JORGE – Nada, não vos assusteis; mas é bom que estejais prevenida, por isso vo-lo digo. Os governadores querem sair da cidade... é um capricho verdadeiro... Depois de aturarem metidos ali dentro toda a força da peste, agora que ela está, se pode dizer, acabada, que são raríssimos os casos, é que por força querem mudar de ares.
MADALENA – Pois coitados!...
MARIA – Coitado do povo! Que mais valem as vidas deles? Em pestes e desgraças assim, eu entendia, se governasse, que o serviço de Deus e do rei me mandava ficar, até a última, onde a miséria fosse mais e o perigo maior, para atender com remédio e amparo aos necessitados. Pois, rei não quer dizer pai comum de todos?
JORGE – A minha donzela Teodora! Assim é, filha, mas o mundo é doutro modo: que lhe faremos?
MARIA – Emendá-lo.
JORGE (para Madalena, baixo) – Sabeis que mais? Tenho medo desta criança.
MADALENA (do mesmo modo) – Também eu.
JORGE (alto) – Mas enfim, resolveram sair: e sabereis mais que, para corte e “buen retiro” dos nossos cinco reis, os senhores governadores de Portugal por D. Filipe de Castela, que Deus guarde, foi escolhida esta nossa boa vila de Almada, que o deveu à fama de suas águas sadias, ares lavados e graciosa vista.
MADALENA – Deixá-los vir.
JORGE – Assim é: que remédio! Mas ouvi o resto. O nosso pobre Convento de São Paulo tem de hospedar o senhor arcebispo D. Miguel de Castro, presidente do governo. Bom prelado é ele; e, se não fosse que nos tira do humilde sossego de nossa vida, por vir como senhor e príncipe secular... o mais, paciência. Pior é o vosso caso...
MADALENA – O meu!
JORGE – O vosso e de Manuel de Sousa: porque os outros quatro governadores – e aqui está o que me mandaram dizer em muito segredo de Lisboa – dizem que querem vir para esta casa, e pôr aqui aposentadoria2 .
MARIA (com vivacidade) – Fechamos-lhes as portas. Metemos a nossa gente dentro – o terço3 de meu pai tem mais de seiscentos homens – e defendemo-nos. Pois não é uma tirania?... E há de ser bonito!... Tomara eu ver seja o que for que se pareça com uma batalha! 
JORGE – Louquinha!
MADALENA – Mas que mal fizemos nós ao conde de Sabugal e aos outros governadores, para nos fazerem esse desacato? Não há por aí outras casas; e eles não sabem que nesta há senhoras, uma família... e que estou eu aqui?... (Teatro, vol. 3, 1844.)
1 escapulário: faixa de tecido que frades e freiras de certas ordens religiosas cristãs usam pendente sobre o peito.
2 pôr aposentadoria: ficar, morar.
3 terço: corpo de tropas dos exércitos português e espanhol dos séculos XVI e XVII.

Focalizando eventos do final do século XVI e início do século XVII português, a passagem procura destacar

Alternativas
Comentários
  • Pode-se depreender que, no contexto em que se

    desenvolve a peça teatral Frei Luís de Sousa, com

    Portugal submetido ao domínio espanhol, a aristo -

    cracia exercia o poder de forma abusiva, deixando o

    povo ao desamparo, submetido à miséria. Nas fala de

    Maria, pode-se inferir essa opressão


ID
2448415
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cena V – JORGE, MADALENA E MARIA
JORGE – Ora seja Deus nesta casa!
(Maria beija-lhe o escapulário1 e depois a mão; Madalena somente o escapulário.)
MADALENA – Sejais bem-vindo, meu irmão!
MARIA – Boas tardes, tio Jorge!
JORGE – Minha senhora mana! A bênção de Deus te cubra, filha! Também estou desassossegado como vós, mana Madalena: mas não vos aflijais, espero que não há de ser nada. É certo que tive umas notícias de Lisboa...
MADALENA (assustada) – Pois que é, que foi?
JORGE – Nada, não vos assusteis; mas é bom que estejais prevenida, por isso vo-lo digo. Os governadores querem sair da cidade... é um capricho verdadeiro... Depois de aturarem metidos ali dentro toda a força da peste, agora que ela está, se pode dizer, acabada, que são raríssimos os casos, é que por força querem mudar de ares.
MADALENA – Pois coitados!...
MARIA – Coitado do povo! Que mais valem as vidas deles? Em pestes e desgraças assim, eu entendia, se governasse, que o serviço de Deus e do rei me mandava ficar, até a última, onde a miséria fosse mais e o perigo maior, para atender com remédio e amparo aos necessitados. Pois, rei não quer dizer pai comum de todos?
JORGE – A minha donzela Teodora! Assim é, filha, mas o mundo é doutro modo: que lhe faremos?
MARIA – Emendá-lo.
JORGE (para Madalena, baixo) – Sabeis que mais? Tenho medo desta criança.
MADALENA (do mesmo modo) – Também eu.
JORGE (alto) – Mas enfim, resolveram sair: e sabereis mais que, para corte e “buen retiro” dos nossos cinco reis, os senhores governadores de Portugal por D. Filipe de Castela, que Deus guarde, foi escolhida esta nossa boa vila de Almada, que o deveu à fama de suas águas sadias, ares lavados e graciosa vista.
MADALENA – Deixá-los vir.
JORGE – Assim é: que remédio! Mas ouvi o resto. O nosso pobre Convento de São Paulo tem de hospedar o senhor arcebispo D. Miguel de Castro, presidente do governo. Bom prelado é ele; e, se não fosse que nos tira do humilde sossego de nossa vida, por vir como senhor e príncipe secular... o mais, paciência. Pior é o vosso caso...
MADALENA – O meu!
JORGE – O vosso e de Manuel de Sousa: porque os outros quatro governadores – e aqui está o que me mandaram dizer em muito segredo de Lisboa – dizem que querem vir para esta casa, e pôr aqui aposentadoria2 .
MARIA (com vivacidade) – Fechamos-lhes as portas. Metemos a nossa gente dentro – o terço3 de meu pai tem mais de seiscentos homens – e defendemo-nos. Pois não é uma tirania?... E há de ser bonito!... Tomara eu ver seja o que for que se pareça com uma batalha! 
JORGE – Louquinha!
MADALENA – Mas que mal fizemos nós ao conde de Sabugal e aos outros governadores, para nos fazerem esse desacato? Não há por aí outras casas; e eles não sabem que nesta há senhoras, uma família... e que estou eu aqui?... (Teatro, vol. 3, 1844.)
1 escapulário: faixa de tecido que frades e freiras de certas ordens religiosas cristãs usam pendente sobre o peito.
2 pôr aposentadoria: ficar, morar.
3 terço: corpo de tropas dos exércitos português e espanhol dos séculos XVI e XVII.

Assinale a alternativa em que a forma de tratamento se enquadra na segunda pessoa do singular.

Alternativas
Comentários
  • Na letra D está implícitu um ''Tu'', então estaria correta?

  • Não, está relacionado ao ''vós'', vós sabeis

    tu sabes

    vós sabeis

  • A segunda pessoa, também chamada de interlocutor , receptor ou ouvinte, é a pessoa com quem se fala, que recebe, ouve o discurso. Em língua portuguesa, a segunda pessoa é representada, no singular, pelos pronomes tu, te', ti, tigo e, no plural, pelos pronomes vós, vos, vosco..

  • ,filha

    significa que ela está ouvindo


ID
2448418
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cena V – JORGE, MADALENA E MARIA
JORGE – Ora seja Deus nesta casa!
(Maria beija-lhe o escapulário1 e depois a mão; Madalena somente o escapulário.)
MADALENA – Sejais bem-vindo, meu irmão!
MARIA – Boas tardes, tio Jorge!
JORGE – Minha senhora mana! A bênção de Deus te cubra, filha! Também estou desassossegado como vós, mana Madalena: mas não vos aflijais, espero que não há de ser nada. É certo que tive umas notícias de Lisboa...
MADALENA (assustada) – Pois que é, que foi?
JORGE – Nada, não vos assusteis; mas é bom que estejais prevenida, por isso vo-lo digo. Os governadores querem sair da cidade... é um capricho verdadeiro... Depois de aturarem metidos ali dentro toda a força da peste, agora que ela está, se pode dizer, acabada, que são raríssimos os casos, é que por força querem mudar de ares.
MADALENA – Pois coitados!...
MARIA – Coitado do povo! Que mais valem as vidas deles? Em pestes e desgraças assim, eu entendia, se governasse, que o serviço de Deus e do rei me mandava ficar, até a última, onde a miséria fosse mais e o perigo maior, para atender com remédio e amparo aos necessitados. Pois, rei não quer dizer pai comum de todos?
JORGE – A minha donzela Teodora! Assim é, filha, mas o mundo é doutro modo: que lhe faremos?
MARIA – Emendá-lo.
JORGE (para Madalena, baixo) – Sabeis que mais? Tenho medo desta criança.
MADALENA (do mesmo modo) – Também eu.
JORGE (alto) – Mas enfim, resolveram sair: e sabereis mais que, para corte e “buen retiro” dos nossos cinco reis, os senhores governadores de Portugal por D. Filipe de Castela, que Deus guarde, foi escolhida esta nossa boa vila de Almada, que o deveu à fama de suas águas sadias, ares lavados e graciosa vista.
MADALENA – Deixá-los vir.
JORGE – Assim é: que remédio! Mas ouvi o resto. O nosso pobre Convento de São Paulo tem de hospedar o senhor arcebispo D. Miguel de Castro, presidente do governo. Bom prelado é ele; e, se não fosse que nos tira do humilde sossego de nossa vida, por vir como senhor e príncipe secular... o mais, paciência. Pior é o vosso caso...
MADALENA – O meu!
JORGE – O vosso e de Manuel de Sousa: porque os outros quatro governadores – e aqui está o que me mandaram dizer em muito segredo de Lisboa – dizem que querem vir para esta casa, e pôr aqui aposentadoria2 .
MARIA (com vivacidade) – Fechamos-lhes as portas. Metemos a nossa gente dentro – o terço3 de meu pai tem mais de seiscentos homens – e defendemo-nos. Pois não é uma tirania?... E há de ser bonito!... Tomara eu ver seja o que for que se pareça com uma batalha! 
JORGE – Louquinha!
MADALENA – Mas que mal fizemos nós ao conde de Sabugal e aos outros governadores, para nos fazerem esse desacato? Não há por aí outras casas; e eles não sabem que nesta há senhoras, uma família... e que estou eu aqui?... (Teatro, vol. 3, 1844.)
1 escapulário: faixa de tecido que frades e freiras de certas ordens religiosas cristãs usam pendente sobre o peito.
2 pôr aposentadoria: ficar, morar.
3 terço: corpo de tropas dos exércitos português e espanhol dos séculos XVI e XVII.

Ao dizer, em voz baixa, para Madalena, “Tenho medo desta criança”, Jorge sugere que

Alternativas

ID
2448421
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cena V – JORGE, MADALENA E MARIA
JORGE – Ora seja Deus nesta casa!
(Maria beija-lhe o escapulário1 e depois a mão; Madalena somente o escapulário.)
MADALENA – Sejais bem-vindo, meu irmão!
MARIA – Boas tardes, tio Jorge!
JORGE – Minha senhora mana! A bênção de Deus te cubra, filha! Também estou desassossegado como vós, mana Madalena: mas não vos aflijais, espero que não há de ser nada. É certo que tive umas notícias de Lisboa...
MADALENA (assustada) – Pois que é, que foi?
JORGE – Nada, não vos assusteis; mas é bom que estejais prevenida, por isso vo-lo digo. Os governadores querem sair da cidade... é um capricho verdadeiro... Depois de aturarem metidos ali dentro toda a força da peste, agora que ela está, se pode dizer, acabada, que são raríssimos os casos, é que por força querem mudar de ares.
MADALENA – Pois coitados!...
MARIA – Coitado do povo! Que mais valem as vidas deles? Em pestes e desgraças assim, eu entendia, se governasse, que o serviço de Deus e do rei me mandava ficar, até a última, onde a miséria fosse mais e o perigo maior, para atender com remédio e amparo aos necessitados. Pois, rei não quer dizer pai comum de todos?
JORGE – A minha donzela Teodora! Assim é, filha, mas o mundo é doutro modo: que lhe faremos?
MARIA – Emendá-lo.
JORGE (para Madalena, baixo) – Sabeis que mais? Tenho medo desta criança.
MADALENA (do mesmo modo) – Também eu.
JORGE (alto) – Mas enfim, resolveram sair: e sabereis mais que, para corte e “buen retiro” dos nossos cinco reis, os senhores governadores de Portugal por D. Filipe de Castela, que Deus guarde, foi escolhida esta nossa boa vila de Almada, que o deveu à fama de suas águas sadias, ares lavados e graciosa vista.
MADALENA – Deixá-los vir.
JORGE – Assim é: que remédio! Mas ouvi o resto. O nosso pobre Convento de São Paulo tem de hospedar o senhor arcebispo D. Miguel de Castro, presidente do governo. Bom prelado é ele; e, se não fosse que nos tira do humilde sossego de nossa vida, por vir como senhor e príncipe secular... o mais, paciência. Pior é o vosso caso...
MADALENA – O meu!
JORGE – O vosso e de Manuel de Sousa: porque os outros quatro governadores – e aqui está o que me mandaram dizer em muito segredo de Lisboa – dizem que querem vir para esta casa, e pôr aqui aposentadoria2 .
MARIA (com vivacidade) – Fechamos-lhes as portas. Metemos a nossa gente dentro – o terço3 de meu pai tem mais de seiscentos homens – e defendemo-nos. Pois não é uma tirania?... E há de ser bonito!... Tomara eu ver seja o que for que se pareça com uma batalha! 
JORGE – Louquinha!
MADALENA – Mas que mal fizemos nós ao conde de Sabugal e aos outros governadores, para nos fazerem esse desacato? Não há por aí outras casas; e eles não sabem que nesta há senhoras, uma família... e que estou eu aqui?... (Teatro, vol. 3, 1844.)
1 escapulário: faixa de tecido que frades e freiras de certas ordens religiosas cristãs usam pendente sobre o peito.
2 pôr aposentadoria: ficar, morar.
3 terço: corpo de tropas dos exércitos português e espanhol dos séculos XVI e XVII.

“Nada, não vos assusteis; mas é bom que estejais prevenida, por isso vo-lo digo.”
Em relação à forma verbal “digo”, os pronomes oblíquos átonos “vo-lo” atuam, respectivamente, como

Alternativas
Comentários
  • vo-lo digo

    digo isso à vocês

    vo>á vocês> OI

    lo> isso> OD

  • Os pronomes oblíquos vo-lo (que, lidos separadamente, correspondem a vos e o) correspondem, respectivamente,

    a um objeto indireto e um objeto direto, dado que o verbo digo é um verbo bitransitivo necessitando de ambos os

    objetos: diz-se alguma coisa (OD) a alguém (OI).


ID
2448454
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A maior parte das regiões vizinhas [da antiga Mesopotâmia] caracteriza-se pela aridez e pela falta de água, o que desestimulou o povoamento e fez com que fosse ocupada por populações organizadas em pequenos grupos que circulavam pelo deserto. Já a Mesopotâmia apresenta uma grande diferença: embora marcada pela paisagem desértica, possui uma planície cortada por dois grandes rios e diversos afluentes e córregos.

(Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.)

A partir do texto, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • MESOPOTÂMIA: LOCALIZAÇÃO, ECONOMIA E SOCIEDADE

    Aspectos geográficos

     Oriente Médio

     E entre os rios Tigre e Eufrates

     Crescente Fértil

     Entre o Planalto do Irã e o Deserto da Arábia

    Economia

     Modo de produção asiático: propriedade estatal da terra, agricultura de regado e servidão coletiva

     Sociedade hidráulica

     Deposição de matéria orgânica (húmus) nas margens dos rios Tigre e Eufrates

     Pastoreio

     Produção de tecidos

     Construção naval

     Babilônia = importante entreposto comercial do Oriente

    Sociedade

     Sociedade estamental (posição social determinada por critério de nascimento e hereditariedade)

     Estrutura social: 1 + militares + sacerdotes + ricos mercadores 2 Artesãos + camponeses 3 Escravos

  • MESOPOTÂMIA: LOCALIZAÇÃO, ECONOMIA E SOCIEDADE

    Aspectos geográficos

     Oriente Médio

     E entre os rios Tigre e Eufrates

     Crescente Fértil

     Entre o Planalto do Irã e o Deserto da Arábia

    Economia

     Modo de produção asiático: propriedade estatal da terra, agricultura de regado e servidão coletiva

     Sociedade hidráulica

     Deposição de matéria orgânica (húmus) nas margens dos rios Tigre e Eufrates

     Pastoreio

     Produção de tecidos

     Construção naval

     Babilônia = importante entreposto comercial do Oriente

    Sociedade

     Sociedade estamental (posição social determinada por critério de nascimento e hereditariedade)

     Estrutura social: 1 + militares + sacerdotes + ricos mercadores 2 Artesãos + camponeses 3 Escravos


ID
2448457
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Os homens da Idade Média estavam persuadidos de que a terra era o centro do Universo e que Deus tinha criado apenas um homem e uma mulher, Adão e Eva, e seus descendentes. Não imaginavam que existissem outros espaços habitados. O que viam no céu, o movimento regular da maioria dos astros, era a imagem do que havia de mais próximo no plano divino de organização.
(Georges Duby. Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos, 1998. Adaptado.)
O texto revela, em relação à Idade Média ocidental,

Alternativas
Comentários
  • Resposta: A

    "Os homens da Idade Média estavam persuadidos de que a terra era o centro do Universo e que Deus tinha criado apenas um homem e uma mulher, Adão e Eva, e seus descendentes."

    No período da Idade Média, a Igreja Católica pregava dogmas religiosos e conseguiam controlar, moldar o pensamento da época;

  • RESOLUÇÃO:

    A sociedade medieval foi fortemente influenciada pela Igreja (única instituição remanescente após a queda do Império Romano do Ocidente) e que foi beneficiada pelo grande retrocesso cultural após as invasões bárbaras. Dessa forma, a religiosidade e o teocentrismo predominaram nos povos medievais.

    Resp.: A

    Fonte: https://www.blogdovestibular.com/questoes/questao-comentada-idade-media-unesp.html


ID
2448463
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A casa-grande, residência do senhor de engenho, é uma vasta e sólida mansão térrea ou em sobrado; distingue-se pelo seu estilo arquitetônico sóbrio, mas imponente, que ainda hoje empresta majestade à paisagem rural, nas velhas fazendas de açúcar que a preservaram. Constituía o centro de irradiação de toda a atividade econômica e social da propriedade. A casa-grande completava-se com a capela, onde se realizavam os ofícios e as cerimônias religiosas [...]. Pró- ximo se erguia a senzala, habitação dos escravos, os quais, nos grandes engenhos, podiam alcançar algumas centenas de “peças”. Pouco além serpenteava o rio, traçando através da floresta uma via de comunicação vital. O rio e o mar se mantiveram, no período colonial, como elementos constantes de preferência para a escolha da situação da grande lavoura. Ambos constituíam as artérias vivificantes: por meio delas o engenho fazia escoar suas safras de açúcar e, por elas, singravam os barcos que conduziam as toras de madeira abatidas na floresta, que alimentavam as fornalhas do engenho, ou a variedade e a multiplicidade de gêneros e artigos manufaturados que o engenho adquiria alhures [...].
(Alice Canabrava apud Déa Ribeiro Fenelon (org.). 50 textos de história do Brasil,1986.)

Quanto à organização da vida e do trabalho no engenho colonial, o texto

Alternativas
Comentários
  • Já caiu uma bem parecida no Enem.

  • Resposta: B

    "A casa-grande, residência do senhor de engenho, é uma vasta e sólida mansão térrea ou em sobrado; distingue-se pelo seu estilo arquitetônico sóbrio, mas imponente, que ainda hoje empresta majestade à paisagem rural, nas velhas fazendas de açúcar que a preservaram."

    " Pró- ximo se erguia a senzala, habitação dos escravos, os quais, nos grandes engenhos, podiam alcançar algumas centenas de “peças”. Pouco além serpenteava o rio, traçando através da floresta uma via de comunicação vital."


ID
2448466
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A casa-grande, residência do senhor de engenho, é uma vasta e sólida mansão térrea ou em sobrado; distingue-se pelo seu estilo arquitetônico sóbrio, mas imponente, que ainda hoje empresta majestade à paisagem rural, nas velhas fazendas de açúcar que a preservaram. Constituía o centro de irradiação de toda a atividade econômica e social da propriedade. A casa-grande completava-se com a capela, onde se realizavam os ofícios e as cerimônias religiosas [...]. Pró- ximo se erguia a senzala, habitação dos escravos, os quais, nos grandes engenhos, podiam alcançar algumas centenas de “peças”. Pouco além serpenteava o rio, traçando através da floresta uma via de comunicação vital. O rio e o mar se mantiveram, no período colonial, como elementos constantes de preferência para a escolha da situação da grande lavoura. Ambos constituíam as artérias vivificantes: por meio delas o engenho fazia escoar suas safras de açúcar e, por elas, singravam os barcos que conduziam as toras de madeira abatidas na floresta, que alimentavam as fornalhas do engenho, ou a variedade e a multiplicidade de gêneros e artigos manufaturados que o engenho adquiria alhures [...].
(Alice Canabrava apud Déa Ribeiro Fenelon (org.). 50 textos de história do Brasil,1986.)

Quanto à relação do engenho colonial com as áreas externas a ele, o texto

Alternativas
Comentários
  • Resposta: D

    "Constituía o centro de irradiação de toda a atividade econômica e social da propriedade."

    "Ambos constituíam as artérias vivificantes: por meio delas o engenho fazia escoar suas safras de açúcar e, por elas, singravam os barcos que conduziam as toras de madeira abatidas na floresta, que alimentavam as fornalhas do engenho, ou a variedade e a multiplicidade de gêneros e artigos manufaturados que o engenho adquiria alhures [...]."


ID
2448469
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O pensamento iluminista, baseado no racionalismo, individualismo e liberdade absoluta do homem, ao criticar todos os fundamentos em que se assentava o Antigo Regime, revelava as suas contradições e as tornava transparentes aos olhos de um número cada vez maior de pessoas.
(Modesto Florenzano. As revoluções burguesas, 1982. Adaptado.)
Entre as críticas ao Antigo Regime, mencionadas no texto, podemos citar a rejeição iluminista do

Alternativas
Comentários
  • Resposta: E

    "...ao criticar todos os fundamentos em que se assentava o Antigo Regime, revelava as suas contradições e as tornava transparentes aos olhos de um número cada vez maior de pessoas."

    O Antigo Regime é caracterizado pela concentração do poder, em geral, no Rei (absolutismo monárquico);


ID
2448472
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Não há dúvida de que os republicanos de São Paulo e do Rio de Janeiro representavam preocupações totalmente distintas. Enquanto os republicanos da capital, ou melhor, os que assinaram o Manifesto de 1870, refletiam as preocupa- ções de intelectuais e profissionais liberais urbanos, os paulistas refletiam preocupações de setores cafeicultores de sua província. [...] A principal preocupação dos paulistas não era o governo representativo ou direitos individuais, mas simplesmente a federação, isto é, a autonomia estadual.
(José Murilo de Carvalho. A construção da ordem, 1980.)
As diferenças entre os republicanos de São Paulo e do Rio de Janeiro, nas décadas de 1870 e 1880, podem ser explicadas, entre outros fatores,

Alternativas
Comentários
  • A questão exigia do candidato duas habilidades: a de interpretação de texto e o de conhecer o conceito de federalismo. O texto afirma existir uma posição divergente entre fluminenses e paulistas em relação ao projeto republicano. Os fluminenses refletiam os anseios dos setores liberais urbanos, enquanto os paulistas defendiam as preocupações dos cafeicultores, que almejavam maior autonomia estadual. Com essa autonomia estadual, típica do projeto federalista, São Paulo pretendia reduzir a influência do governo central e ter mais autonomia para gerir os lucros das exportações de seu principal produto: o café.

  • pelo interesse dos paulistas em reduzir a interferência do governo central nos seus assuntos econômicos e em concentrar, na própria província, a maior parte dos recursos obtidos com exportação.


ID
2448475
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A África só começou a ser ocupada pelas potências europeias exatamente quando a América se tornou independente, quando o antigo sistema colonial ruiu, dando lugar a outras formas de enriquecimento e desenvolvimento das economias mais dinâmicas, que se industrializavam e ampliavam seus mercados consumidores. Nesse momento foi criado um novo tipo de colonialismo, implantado na África a partir do final do século XIX [...].
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)

O “novo tipo de colonialismo”, mencionado no texto, tem, entre suas características

Alternativas
Comentários
  • A. a busca de fontes de energia e de matérias-primas pelas potências europeias, associada à realização de expedi- ções científicas de exploração do continente africano.

  • Não entendi!


ID
2448478
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A África só começou a ser ocupada pelas potências europeias exatamente quando a América se tornou independente, quando o antigo sistema colonial ruiu, dando lugar a outras formas de enriquecimento e desenvolvimento das economias mais dinâmicas, que se industrializavam e ampliavam seus mercados consumidores. Nesse momento foi criado um novo tipo de colonialismo, implantado na África a partir do final do século XIX [...].
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)

A partilha da África entre os países europeus, no final do século XIX,

Alternativas
Comentários
  • (A) buscou conciliar os interesses de colonizadores e colonizados, valorizando o diálogo e a negociação política.

    Falso. Os interesses discutidos eram os dos países europeus.

    (B) respeitou as divisões políticas e as diferenças étnicas então existentes no continente africano.

    Falso. Não se respeitou nenhum tipo de divisão pré-existente na África.

    (C) ignorou os laços comerciais, políticos e culturais até então existentes no continente africano.

    Correto. Não houve respeito às estruturas já instituídas na África.

    (D) privilegiou, com a atribuição de maiores áreas coloniais, os países que haviam perdido colônias em outras partes do mundo.

    Falso. Não houve este tipo de pensamento, e isso fica claro quando se observa o caso de Portugal, que obteve poucas terras.

    (E) afetou apenas as áreas litorâneas, sem interferir no Centro e no Sul do continente africano.

    Falso. Com exceção da Etiópia e da Libéria, todos os países africanos foram dominados.

    https://brainly.com.br/tarefa/13397205#readmore

  • GABARITO - C

    Os europeus não se preocuparam com as diferentes religiões e costumes dos diferentes povos africanos, eles simplemesmente dividiram o território da maneira deles, o que resultou em diversos conflitos físicos entre os africanos.

    Caveira!

  • A) Incorreta. A partilha da África foi realizada considerando somente os interesses econômicos e geopolíticos dos países colonizadores, cujos povos colonizados foram subjugados.

    B) Incorreta. Os europeus dividiram o continente africano de forma arbitrária, como lhe convinham. Muitas fronteiras foram criadas sem levar em conta os aspectos políticos e as diferentes etnias.

    C) Correta. A partilha do continente africano, que foi realizada entre os países europeus: Inglaterra, Alemanha, França, Bélgica, Itália, Portugal e Espanha, no final do século XIX, desintegrou a estrutura dos países africanos, provocando a ocidentalização desses países. Os europeus impuseram seu domínio político e econômico, desarticulando relações políticas, econômicas e sociais tradicionais. Geraram violência e incentivaram rivalidades entre grupos para que se enfraquecessem.

    D) Incorreta. As colônias na África foram conquistadas pelos países europeus através de novos domínios territoriais e permanências de possessões anteriores. A Conferencia de Berlim foi realizada para regulamentar a divisão do território e tentar resolver os problemas advindos da partilha, cujas fronteiras foram delineadas através de uma corrida dos países pela conquista dos territórios. Os países que tinham sua industrialização consolidada, Inglaterra e França, lideraram a partilha.

    E) Incorreta. Os europeus partilharam 90% do território africano, ou seja, praticamente todas as áreas do continente foram afetadas pelo neocolonialismo europeu.

    Gabarito: C

    Estratégia Concursos


ID
2448481
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre os fatores que contribuíram para o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), podemos citar

Alternativas
Comentários
  • Corrida espacial ocorreu no período da Guerra Fria

    Não teve confronto entre Austria e Hungria, pois existia o Império Austro-Húngaro

    A invasão da Polônia pela Alemanha foi um motivo para a Segunda Guerra

  • A eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, decorreu do contexto de disputa comercial e industrial entre as principais potências européias no período denominado de Paz Armada (1871-1914). Após a unificação alemã, em 1871, o rápido crescimento industrial deste país passou a ameaçar a hegemonia econômica britânica, não apenas na Europa, mas também em outros mercados. Associada a outros fatores de ordem político-histórica, tal rivalidade econômica se constituiu em um dos principais motivos que empurrou várias potências a se enfrentarem na Primeira Guerra Mundial.

  • Vários fatores contribuíram para o inicio da 1 guerra mundial , o que deixou a Europa no chamado "barril de pólvora" antes de começar a 1 primeira guerra mundial. Uma das 'tretas" da época era a disputa entre a Inglaterra e Alemanha pela economia, de um lado a Inglaterra com varias colônias em todo o mundo e do outro lado a Alemanha , a maior potencia econômica da época.

  • GABARITO - D

    O motivo principal da eclosão da 1° Guerra Mundial foi a falta de uma hegemonia mundial, ou seja, não havia um único país que comandava o mundo, e por isso eles iniciaram esse conflito com o mesmo objetivo: A conquista da hegemonia mundial.

    CAVEIRA!


ID
2448484
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Brasília simbolizou na ideologia nacional-desenvolvimentista o “futuro do Brasil”, o arremate e a obra monumental da nação a ser construída pela industrialização coordenada pelo Estado planificador, pela ação das “forças do progresso” (aquelas voltadas para o desenvolvimento do “capitalismo nacional”), que paulatinamente iriam derrotar as “forças do atraso” (o imperialismo, o latifúndio e a política tradicional, demagógica e “populista”).
(José William Vesentini. A capital da geopolítica, 1986.)
Segundo o texto, a construção de Brasília deve ser entendida

Alternativas
Comentários
  • D. dentro de um amplo projeto de redimensionamento da economia e da política brasileiras, que pretendia modernizar o país.


  • (A) como uma tentativa de limitar a migração para o Centro do país e de reforçar o contingente de mão de obra rural.

    Falso. A ideia era também promover a imigração para o centro, e não limitá-la.

    (B) dentro de um conjunto de iniciativas de caráter liberal, que buscava eliminar a interferência do Estado nos assuntos econômico-financeiros.

    Falso. Brasília não tem um caráter liberal em seu cerne, dado que é o símbolo da centralização.

     (C) dentro do rearranjo político do pós-Segunda Guerra Mundial, que se caracterizava pelo clima de paz nas relações internacionais.

    Falso. Não havia sequer clima de paz no pós Segunda Guerra Mundial.

    (D) dentro de um amplo projeto de redimensionamento da economia e da política brasileiras, que pretendia modernizar o país.

    Correto. Havia o interesse, por parte de JK, de efetivar uma transformação modernizadora no país.

    (E) como um esforço de internacionalização da economia brasileira, que provocaria aumento significativo da exportação agrícola.

    Falso. O foco não era o aumento da exportação agrícola, mas como já citado, a modernização.


ID
2448487
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre outros desdobramentos provocados pela chamada Primavera Árabe, iniciada no final de 2010, podemos citar

Alternativas
Comentários
  • GAB A

    Os resultados hoje em dia da primavera árabe não deram certo, foram fogo de palha.


ID
2448490
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Geografia

Analise o trecho da canção “Tempo rei”, de Gilberto Gil.
Não me iludo
Tudo permanecerá do jeito que tem sido
Transcorrendo
Transformando
Tempo e espaço navegando todos os sentidos
Pães de Açúcar
Corcovados
Fustigados pela chuva e pelo eterno vento
Água mole
Pedra dura
Tanto bate que não restará nem pensamento

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
(www.gilbertogil.com.br)
O trecho faz alusão direta a dois processos geomorfológicos:

Alternativas
Comentários
  • O texto fala em modificação , o que nos leva a crer que se refira a formas de modificação do relevo terrestre.


ID
2448499
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

No território brasileiro, petróleo e gás são mais extraídos em áreas de

Alternativas
Comentários
  • GAB: D

    #PMBA

    SUA VAGA É MINHA !

  • O petróleo e o gás natural são extraídos nas bacias sedimentares, uma vez que a formação se deve ao depósito orgânico que ficou soterrado por milhões de anos. 

    LETRA D

  • Em escudos cristalinos encontram-se recursos minerais . Já em bacias sedimentares, recursos energéticos.


ID
2448508
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

O episódio de espionagem internacional protagonizado pelo governo estadunidense e denunciado pelo ex-agente do serviço secreto americano, Edward Snowden, permite que se constatem duas situações intrínsecas à atual ordem mundial, quais sejam:

Alternativas

ID
2448511
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

A incorporação de grande parcela da população ao sistema bancário, a difusão generalizada das operações de crédito individual, a dispersão de agências bancárias e pontos de autoatendimento em escala nacional e a difusão de formas de compra por meio de cartão de crédito são expressões de um fenômeno que pode ser denominado de “financeirização da sociedade e do território brasileiro”. A forma como este processo ocorreu no Brasil esteve associada

Alternativas
Comentários
  • Se formulada hoje, essa questão estaria errada.

    Em 2015 não haviam esse monte de aplicativos de bancos, picpay e recarga pay da vida. Então o sistema ainda era centralizado.

    Em 2019 vc consegue ter um cartão de crédito sem nem ter conta corrente ou ter de ir à uma agência fisica, as maquinas aceitam cartões de qualquer bandeira, hoje está bem menos centralizado.

    Da pra chamar de totalemnte descentralizado? posso até concordar que não, mas comparado a 5 anos atras, está sim


ID
2448514
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Se, até a década de 1980, o conjunto da agropecuária nordestina permaneceu quase inalterado, a partir de então se vislumbra a ocupação de novas fronteiras pelo agronegócio globalizado, tomando alguns lugares específicos dessa região, que passam a receber vultosos investimentos de algumas importantes empresas do setor, difundindo-se a agricultura científica e o agronegócio. Existe hoje no Nordeste, assim como de resto em todo o país, uma dicotomia entre uma agricultura tradicional e uma agricultura científica, apresentando-se esta em algumas partes bem delimitadas do território nordestino, constituindo verdadeiros pontos luminosos.
(Denise Elias. “Globalização e fragmentação do espaço agrícola do Brasil”. Scripta Nova, agosto de 2006. Adaptado.)
É exemplo de espaço nordestino “luminoso”, incorporado aos circuitos produtivos globalizados do agronegócio, a região produtora de

Alternativas
Comentários
  • Vou comentar até onde eu entendo kkkk

    A soja é cultivada no Oeste Baiano (região do MAPITOBA)

    O cacau é cultivado na região sul, próximo ao Espírito Santo (vale lembrar que a empresa Garoto de chocolate é do ES)

    A cana-de-açúcar é tradicionalmente cultivada na Zona da Mata (herança colonial / agreste fornece mão de obra sazonal)

    A fruticultura irrigada no vale do São Francisco, entre Juazeiro e Petrolina, uma opção frente ao clima semiárido e penoso para a agricultura.

    Sigam firmes. Brasil!


ID
2448517
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sociologia

Surgimos da confluência, do entrechoque e do caldeamento do invasor português com índios silvícolas e campineiros e com negros africanos, uns e outros aliciados como escravos. Nessa confluência, que se dá sob a regência dos portugueses, matrizes raciais díspares, tradições culturais distintas, formações sociais defasadas se enfrentam e se fundem para dar lugar a um povo novo. Novo porque surge como uma etnia nacional, que se vê a si mesma e é vista como uma gente nova, diferenciada culturalmente de suas matrizes formadoras. Velho, porém, porque se viabiliza como um proletariado externo, como um implante ultramarino da expansão europeia que não existe para si mesmo, mas para gerar lucros exportáveis pelo exercício da função de provedor colonial de bens para o mercado mundial, através do desgaste da população. Sua unidade étnica básica não significa, porém, nenhuma uniformidade, mesmo porque atuaram sobre ela forças diversificadoras: a ecológica, a econômica e a migração. Por essas vias se plasmaram historicamente diversos modos rústicos de ser dos brasileiros: os sertanejos, os caboclos, os crioulos, os caipiras e os gaúchos. Todos eles muito mais marcados pelo que têm de comum como brasileiros, do que pelas diferenças devidas a adaptações regionais ou funcionais, ou de miscigenação e aculturação que emprestam fisionomia própria a uma ou outra parcela da população.
(Darcy Ribeiro. O povo brasileiro, 1995. Adaptado.)

De acordo com o excerto, a gênese do povo brasileiro está associada

Alternativas
Comentários
  • FIZ COMO UMA QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO.  rsrsrsrsr

     

    Surgimos da confluência, do entrechoque e do caldeamento do invasor português com índios silvícolas e campineiros e com negros africanos, uns e outros aliciados como escravos. Nessa confluência, que se dá sob a regência dos portugueses (COLONIZAÇÃO PORTUGUESA), matrizes raciais díspares, tradições culturais distintas, formações sociais defasadas se enfrentam e se fundem para dar lugar a um povo novo. Novo porque surge como uma etnia nacional, que se vê a si mesma e é vista como uma gente nova, diferenciada culturalmente de suas matrizes formadoras. Velho, porém, porque se viabiliza como um proletariado externo, como um implante ultramarino da expansão europeia que não existe para si mesmo, mas para gerar lucros exportáveis pelo exercício da função de provedor colonial de bens para o mercado mundial (à implantação de um empreendimento mercantil, voltado a atender às demandas do mercado externo), através do desgaste da população. Sua unidade étnica básica não significa, porém, nenhuma uniformidade, mesmo porque atuaram sobre ela forças diversificadoras: a ecológica, a econômica e a migração. Por essas vias se plasmaram historicamente diversos modos rústicos de ser dos brasileiros: os sertanejos, os caboclos, os crioulos, os caipiras e os gaúchos. Todos eles muito mais marcados pelo que têm de comum como brasileiros, do que pelas diferenças devidas a adaptações regionais ou funcionais, ou de miscigenação e aculturação que emprestam fisionomia própria a uma ou outra parcela da população.

    (A) NÃO FOI COLÔNIA DE POVOAMENTO, MAS SIM DE EXPLORAÇÃO

    (B)  E (C) ABSURDAS (na moral, vai!)

    (E) NADA DE AUTONOMIA NO INÍCIO POR AQUI

     

     

     


ID
2448520
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sociologia

Surgimos da confluência, do entrechoque e do caldeamento do invasor português com índios silvícolas e campineiros e com negros africanos, uns e outros aliciados como escravos. Nessa confluência, que se dá sob a regência dos portugueses, matrizes raciais díspares, tradições culturais distintas, formações sociais defasadas se enfrentam e se fundem para dar lugar a um povo novo. Novo porque surge como uma etnia nacional, que se vê a si mesma e é vista como uma gente nova, diferenciada culturalmente de suas matrizes formadoras. Velho, porém, porque se viabiliza como um proletariado externo, como um implante ultramarino da expansão europeia que não existe para si mesmo, mas para gerar lucros exportáveis pelo exercício da função de provedor colonial de bens para o mercado mundial, através do desgaste da população. Sua unidade étnica básica não significa, porém, nenhuma uniformidade, mesmo porque atuaram sobre ela forças diversificadoras: a ecológica, a econômica e a migração. Por essas vias se plasmaram historicamente diversos modos rústicos de ser dos brasileiros: os sertanejos, os caboclos, os crioulos, os caipiras e os gaúchos. Todos eles muito mais marcados pelo que têm de comum como brasileiros, do que pelas diferenças devidas a adaptações regionais ou funcionais, ou de miscigenação e aculturação que emprestam fisionomia própria a uma ou outra parcela da população.
(Darcy Ribeiro. O povo brasileiro, 1995. Adaptado.)

De acordo com Darcy Ribeiro, dois movimentos caminharam concomitantemente ao longo do processo de formação do povo brasileiro:

Alternativas
Comentários
  • Fiz como uma questão de interpretação de texto. rsrsrsr

    Surgimos da confluência, do entrechoque e do caldeamento do invasor português com índios silvícolas e campineiros e com negros africanos, uns e outros aliciados como escravos. Nessa confluência, que se dá sob a regência dos portugueses, matrizes raciais díspares, tradições culturais distintas, formações sociais defasadas se enfrentam e se fundem para dar lugar a um povo novo. Novo porque surge como UMA etnia nacional (a produção de uma unidade étnica nacional), que se vê a si mesma e é vista como uma gente nova, diferenciada culturalmente de suas matrizes formadoras. Velho, porém, porque se viabiliza como um proletariado externo, como um implante ultramarino da expansão europeia que não existe para si mesmo, mas para gerar lucros exportáveis pelo exercício da função de provedor colonial de bens para o mercado mundial, através do desgaste da população. Sua unidade étnica básica não significa, porém, nenhuma uniformidade, mesmo porque atuaram sobre ela forças diversificadoras: a ecológica, a econômica e a migração. Por essas vias se plasmaram historicamente diversos modos rústicos de ser dos brasileiros: os sertanejos, os caboclos, os crioulos, os caipiras e os gaúchos (conformação de diversidades socioculturais regionais). Todos eles muito mais marcados pelo que têm de comum como brasileiros, do que pelas diferenças devidas a adaptações regionais ou funcionais, ou de miscigenação e aculturação que emprestam fisionomia própria a uma ou outra parcela da população.

     

    TODAS AS ALTERNATIVAS QUE FALAM EM MULTIETINIA PODEM SER ELIMINADAS.

    PORÉM, RESTARÁ AS ALTERNATIVAS "A" E "D", EM QUE PODERÁ SER ELIMINADA A LETRA"A", HAJA VISTA QUE O TEXTO DEFENDE QUE A CULTURA NACIONAL BRASILEIRA É HETEROGÊNEA (SERTANEJOS, CABLOCOS, CRIOLOS, CAIPIRAS E OS GAÚCHOS).

    RESTANTANDO, POR FIM, APENAS A ALTERNATIVA "D" QUE TEM TUDO A VER COM O TEXTO DO BRILHANTE SOCIÓLOGO.

     


ID
2448526
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sociologia

– Qual o pecado mais evidente dos médicos atualmente?
– Os médicos estão muito arrogantes, impondo seu ponto de vista a todo custo. Parte da culpa é das subespecializações médicas, um fenômeno recente na medicina. Os médicos atualmente só sabem falar de questões referentes às suas subespecialidades. Não do paciente. Quando o paciente procura ajuda médica, ele é um indivíduo, não uma mé- dia – é único. Parece chavão, mas pensar assim faz uma diferença brutal.
(Marco Bobbio. “Entrevista”. Veja, 03.12.2014. Adaptado.)
Na entrevista, a medicina atual é criticada em virtude de priorizar aspectos

Alternativas

ID
2448529
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sociologia

A crise de abastecimento de água em São Paulo se agravou significativamente a partir de 2002, quando a empresa pública Sabesp passou a priorizar a obtenção de lucro. Com essa alteração, a água deixou de ser considerada bem público e recurso essencial para a sociedade, abandonando-se o foco na universalização dos serviços de saneamento básico. Nesse mesmo caminho, seguiu uma diretriz estratégica de atender à expansão econômica, beneficiando-se com a lucratividade do aumento do consumo, ignorando a suficiência de água para atender a essa crescente demanda. Do ponto de vista neoliberal, a crise hídrica oferece “grandes e novas oportunidades” de negócios, tanto para obras como para serviços, especialmente no setor de gestão das águas, uma vez que se trata de um bem essencial de que todos são obrigados a dispor a qualquer preço e custo.
(Delmar Matter et al. “As obras e a crise de abastecimento”. www.diplomatique.org.br, 06.02.2015. Adaptado.)
No texto, o problema do abastecimento de água em São Paulo é abordado sob o ponto de vista

Alternativas

ID
2448532
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sociologia

A decisão de uma prefeitura nos arredores de Paris de distribuir mochilas escolares azuis para os meninos e rosa para meninas provocou polêmica na França. Nas bolsas distribuídas pela prefeitura de Puteaux, há também um kit para construir robôs, para os meninos, e miçangas para fazer bijuterias, para as meninas. A distinção causou polêmica no momento em que o governo implementa na rede educacional um programa para promover a igualdade entre homens e mulheres e lutar contra os estereótipos.
(“Distribuição de mochilas escolares azuis e rosas causa polêmica na França”. www.bbc.co.uk. Adaptado.)
A polêmica citada pela reportagem envolve pressupostos sobre a sexualidade que podem ser definidos pela oposição entre fatores

Alternativas

ID
2448535
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A fonte do conceito de autonomia da arte é o pensamento estético de Kant. Praticamente tudo o que fazemos na vida é o oposto da apreciação estética, pois praticamente tudo o que fazemos serve para alguma coisa, ainda que apenas para satisfazer um desejo. Enquanto objeto de apreciação estética, uma coisa não obedece a essa razão instrumental: enquanto tal, ela não serve para nada, ela vale por si. As hierarquias que entram em jogo nas coisas que obedecem à razão instrumental, isto é, nas coisas de que nos servimos, não entram em jogo nas obras de arte tomadas enquanto tais. Sendo assim, a luta contra a autonomia da arte tem por fim submeter também a arte à razão instrumental, isto é, tem por fim recusar também à arte a dimensão em virtude da qual, sem servir para nada, ela vale por si. Trata-se, em suma, da luta pelo empobrecimento do mundo.
(Antonio Cícero. “A autonomia da arte”. Folha de S.Paulo, 13.12.2008. Adaptado.)
De acordo com a análise do autor,

Alternativas
Comentários
  • Com base no enunciado acima, podemos compreender que: 

    A alternativa que melhor se aplica como correta é a letra B. Um mundo empobrecido seria aquele em que ocorre o esvaziamento do campo estético de suas qualidades intrínsecas.

    Partindo deste ponto, é interessante observar que, seguindo essa linha de pensamento, esse esvaziamento estético está ligado a critérios exteriores do homem, e não podem ser submetidos aos mesmos critérios da razão. 

    Deste modo, o entendimento da razão e do mundo ao nosso redor, serve para tornar o homem mais consciente de si e promover sua independência racional, criando assim, condições para agir de forma direcionada e intencional.

  • Sendo assim, a luta contra a autonomia da arte tem por fim submeter também a arte à razão instrumental, isto é, tem por fim recusar também à arte a dimensão em virtude da qual, sem servir para nada, ela vale por si. Trata-se, em suma, da luta pelo empobrecimento do mundo. 

    O trecho supracitado responde a questão. Letra B


ID
2448538
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia

Para o teórico Boaventura de Sousa Santos, o direito se submeteu à racionalidade cognitivo-instrumental da ciência moderna e tornou-se ele próprio científico. Existe a necessidade de repensarmos os direitos humanos. Boaventura nos instiga a pensar que eles possuem um caráter racional e regulador da vida humana. Esses direitos não colaboram para eliminar as assimetrias políticas, culturais, sociais e econômicas existentes, especialmente nos países periféricos. Os direitos humanos, num plano universalista e aberto a todos, não modificam as estruturas desiguais, mas ratificam a ordenação normativa para comandar uma sociedade.
(Adriano São João e João Henrique da Silva. “A historicidade dos direitos humanos”. Filosofia, ciência e vida, dezembro de 2014. Adaptado.)
De acordo com o texto, os direitos humanos são passíveis de crítica porque

Alternativas
Comentários
  • "Os direitos humanos, num plano universalista e aberto a todos, não modificam as estruturas desiguais" Ou seja, são direitos presentes apenas no papel. GABARITO A


ID
2448541
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia

“A revista Vogue trouxe um ensaio na sua edição kids com meninas extremamente jovens em poses sensuais. Eu digo que, enquanto a gente continuar a tratar nossas crianças dessa maneira, pedofilia não será um problema individual de um ‘tarado’ hipotético, e sim um problema coletivo, de uma sociedade que comercializa sem pudor o corpo de nossas meninas e meninos”, afirmou a roteirista Renata Corrêa. Para a jornalista Vivi Whiteman, a moda não é exatamente o mais ético dos mundos e não tem pudores com nenhum tipo de sensualidade. “A questão é que, num ensaio de moda feito para vender produtos e comportamento, não há espaço para teoria, nem para discussão, nem para aprofundar nada. Não é questão de demonizar a revista, mas de fato é o caso de ampliar o debate sobre essa questão”.
(Maíra Kubík Mano. “Vogue Kids faz ensaio com crianças em poses sensuais e pode ser acionada pelo MP”. CartaCapital, 11.09.2014. Adaptado.)
No texto, a pedofilia é abordada

Alternativas

ID
2448544
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Estudo confirma que meteorito causou extinção dos dinossauros
Um estudo publicado na revista Science de 08.02.13 pretende pôr um ponto final na discussão sobre qual foi o evento que levou à extinção dos dinossauros. Os novos dados obtidos pelos pesquisadores são os mais precisos até agora e mostram que o meteorito atingiu a Terra há 66.038.000 anos, pouco antes da extinção.
(http://veja. abril.com.br. Adaptado.)
Um fato ainda pouco divulgado pela mídia é que, nesse mesmo período, cerca de 2/3 das espécies que viviam na Terra também foram extintas, configurando um grande evento de extinção em massa.
Dentre os fatores decisivos para essa extinção em massa, é correto inferir que

Alternativas
Comentários
  • alguem sabe dizer como funcionava a teia alimentar dos dinossauros? alguém eram herbívoros ou eles eram topo de cadeida?
  • Aaaaaaaaaaaaa. Fiquei entre a letra A e a letra C mas acabei indo de A. Soava mais coeso. Rodei.


ID
2448550
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

Um químico e um biólogo discutiam sobre a melhor forma de representar a equação da fotossíntese. Segundo o químico, a equação deveria indicar um balanço entre a quantidade de moléculas e átomos no início e ao final do processo. Para o biólogo, a equação deveria apresentar as moléculas que, no início do processo, fornecem os átomos para as moléculas do final do processo.
As equações propostas pelo químico e pelo biólogo são, respectivamente,

Alternativas

ID
2448553
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Ação implacável
Pesquisadores descobrem no solo antibiótico natural capaz de matar bactérias resistentes causadoras de doenças graves, como infecções hospitalares e tuberculose.
(http://cienciahoje.uol.com.br)
O novo antibiótico, a teixobactina, impede a síntese da parede celular de alguns tipos de bactérias por se ligar a substâncias precursoras de lipídios dessa parede. Além de presente nas bactérias, a parede celular também é encontrada

Alternativas
Comentários
  • Qutina é carboidrato, não lipídeo

    Celulose é polissacarídeo, logo, não seria afetada pelo antibiótco

  • so possui parede celular procariotos ( bacterias) , fungos entre os eucariontes e vegetais.

    não pode ser letra C pq a quitina que forma a parede do fungo é carboidratos.


ID
2448556
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Fátima tem uma má formação de útero, o que a impede de ter uma gestação normal. Em razão disso, procurou por uma clínica de reprodução assistida, na qual foi submetida a tratamento hormonal para estimular a ovulação. Vários óvulos foram colhidos e fertilizados in vitro com os espermatozoides de seu marido. Dois zigotos se formaram e foram implantados, cada um deles, no útero de duas mulheres diferentes (“barrigas de aluguel”). Terminadas as gestações, duas meninas nasceram no mesmo dia.
Com relação ao parentesco biológico e ao compartilhamento de material genético entre elas, é correto afirmar que as meninas são

Alternativas
Comentários
  • Para resolvermos essa questão basta prestarmos atenção no enunciado, sendo que ele nos diz que, por conta de Fátima ter má formação no útero ela não poderia gestar o bebe, sendo assim foi contratada uma barriga de aluguel, onde foram implantados os embriões, repare que os embriões são dela e do marido ou seja, a criança tem a genética do casal, só está implantada em uma barriga diferente mas não tem nada a ver com a mulher que a carrega na barriga.

    Sendo assim com essas informações podemos concluir que a alternativa A é a correta!

  • não é a C, pois como as irmãs são filhas dos mesmos pais, elas possuem ou compartilham do mesmo material genético.


ID
2448571
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

O ácido etanoico, popularmente chamado de ácido acético, é um ácido fraco e um dos componentes do vinagre, sendo o responsável por seu sabor azedo. Dada a constante de ionização, Ka, igual a 1,8×10–5 , assinale a alternativa que apresenta a concentração em mol·L–1 de H+ em uma solução deste ácido de concentração 2,0×10–2 mol·L–1.

Alternativas

ID
2448631
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

As urnas 1, 2 e 3 contêm, respectivamente, apenas as letras das palavras OURO, PRATA e BRONZE. Uma a uma são retiradas letras dessas urnas, ordenadamente e de forma cíclica, ou seja, a primeira letra retirada é da urna 1, a segunda é da urna 2, a terceira é da urna 3, a quarta volta a ser da urna 1, a quinta volta a ser da urna 2, e assim sucessivamente. O número mínimo de letras retiradas das urnas dessa maneira até que seja possível formar, com elas, a palavra PRAZER é igual a

Alternativas
Comentários
  • Começamos pela urna 1. A única letra de interesse é R. Assim, temos: pRazer.

    Na urna 2, temos interesse na letra P, pois não tem em outra urna. Desse modo, fica: PRazer.

    Na urna 3, temos interesse na letra Z, pois não tem em outra urna. Dessa maneira, fica: PRaZer.

    Voltando a primeira urna, não temos mais letras de interesse, mas somos obrigados a retirar uma. Então, se mantém: PRaZer.

    Na urna 2, temos interessa na letra A, que não tem em outra urna. Logo, ficamos com: PRAZer.

    Na urna 3, temos interesse na letra E, que não faz parte de outras urnas. Então, ficamos com: PRAZEr.

    Voltamos a urna 1, e novamente somos obrigados a tirar uma letra que não precisamos. Mantém-se: PRAZEr.

    Por fim, na urna 2, podemos pegar a última letra, R. Assim, fechamos a palavra PRAZER.

    Portanto, são necessários no mínimo 8 tentativas para formar a palavra prazer.

    Fonte: