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A perspectiva histórico-crítica enfoca o trabalho e o modo de produção capitalista, como o berço da profissão, a profissão é entendida como subproduto da síntese dos projetos político-econômicos, e está situada na sociedade capitalista como um elemento que participa da reprodução das relações de classe e da contradição nelas existente. Dentre seus principais defensores destacamos: José Paulo Netto e Marilda Vilela Iamamoto, Vicente de Paula Faleiros, Maria Lucia Martinelli, Manuel Manrique Castro, entre outros.
Segundo Netto, o surgimento do Serviço Social como profissão, está vinculado à emergência da “questão social”, esta é conceituada por Netto como o conjunto de problemas políticos, sociais e econômicos que reclamados pela classe operária no curso da consolidação do capitalismo; portanto a “questão social” está atrelada aos conflitos da relação capital/trabalho (Netto, 1992, p.13). Segundo o autor, sem esse entendimento histórico-social contextualizado, a gênese do Serviço Social, enquanto profissão pode ser falsamente identificada como resultado do status “sócio-ocupacional das condutas filantrópicas e assistencialistas que convencionalmente se consideram as suas protoformas” (Netto, 1992, p.14).
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É nos marcos do capitalismo dos monopólios, na última metade do século XIX, quando o Estado passa a responder as sequelas da questão social através de políticas sociais, que se constituem as condições histórico-sociais para a profissionalização do Serviço Social. No Brasil, é a partir da década de 1930, num contexto marcado pelo processo de urbanização e industrialização do país, que surgem as condições para a profissionalização do Serviço Social. Com o crescimento da população urbana, devido ao forte êxodo rural e da industrialização que necessitava de força-de-trabalho, que os instrumentos de controle social e de disciplinamento da classe trabalhadora passam a ser mais reforçados e sistematicamente aplicados. As instituições assistenciais do período passam a cumprir papel essencial na manutenção da ordem vigente, disseminando uma ideologia favorável à política e à economia capitalista. Tais instituições passam a responder as demandas da classe trabalhadora através de benefícios indiretos concedidos pelo Estado, atuando como agência política de enquadramento e controle das lutas sociais. É nesse contexto que são gestadas as condições para a profissionalização do Serviço Social, devido a necessidade de um profissional qualificado que interviesse a favor do Estado e do capital nas contradições inerentes ao capitalismo por meio das políticas sociais. Em vista disso, o Serviço Social é uma profissão que foi demandada pelo capital e pelo Estado para controlar e enquadrar a classe trabalhadora.
RESPOSTA: B
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Foi no cenário capitalista que a profissão ganhou notoriedade para as intervenções dentro desse contexto, o Estado por sua vez foi o primeiro a se utilizar da profissão na déc de 30.
Gabarito: B
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A letra E está errada porque a perspectiva teórica-metodológica corresponde aos valores e principios da profissão. (teoria social crítica e no materialismo histórico dialético.
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Letra B - O serviço social surge como uma demanda do capital
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Comentário da professora do qconcursos:
"É nos marcos do capitalismo dos monopólios, na última metade do século XIX, quando o Estado passa a responder as sequelas da questão social através de políticas sociais, que se constituem as condições histórico-sociais para a profissionalização do Serviço Social. No Brasil, é a partir da década de 1930, num contexto marcado pelo processo de urbanização e industrialização do país, que surgem as condições para a profissionalização do Serviço Social. Com o crescimento da população urbana, devido ao forte êxodo rural e da industrialização que necessitava de força-de-trabalho, que os instrumentos de controle social e de disciplinamento da classe trabalhadora passam a ser mais reforçados e sistematicamente aplicados. As instituições assistenciais do período passam a cumprir papel essencial na manutenção da ordem vigente, disseminando uma ideologia favorável à política e à economia capitalista. Tais instituições passam a responder as demandas da classe trabalhadora através de benefícios indiretos concedidos pelo Estado, atuando como agência política de enquadramento e controle das lutas sociais. É nesse contexto que são gestadas as condições para a profissionalização do Serviço Social, devido a necessidade de um profissional qualificado que interviesse a favor do Estado e do capital nas contradições inerentes ao capitalismo por meio das políticas sociais. Em vista disso, o Serviço Social é uma profissão que foi demandada pelo capital e pelo Estado para controlar e enquadrar a classe trabalhadora.
RESPOSTA: B"
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A) Um dos fundamentos da vertente modernizadora, oriunda do movimento de reconceituação do serviço social, corresponde à necessidade de tomada de consciência por parte do profissional de serviço social acerca de seu papel na sociedade de classes.
Errada.
A vertente modernizadora corresponde a tematização do serviço social, busca a fundamentação para legitimar o papel e os procedimentos profissionais.
c) De acordo com a totalidade dos estudiosos do serviço social, a gênese dessa área de atuação na América Latina relaciona-se a iniciativas individuais de filantropos.
Errada. A gênese desta área de atuação está ligada ao sistema capitalista
d)O processo de profissionalização do serviço social dissocia-se das atividades de implementação de políticas sociais.
R: Não se dissaciossia
e)O projeto ético-político do serviço social defendido atualmente pelas entidades organizativas da profissão fundamenta-se na perspectiva teórico-metodológica, que compreende a prática institucionalizada do assistente social como o conjunto de ações voltadas a indivíduos com desajustes familiares e sociais.
R: Não é voltada atualmente com o PEP para o ajustamento familiar e social.
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É nos marcos do capitalismo monopolista, quando o Estado passa a responder as sequelas da questão social através de políticas sociais, que se constituem as condições histórico-sociais para a profissionalização do Serviço Social. No Brasil, é a partir da década de 1930, num contexto marcado pelo processo de urbanização e industrialização do país. Com o crescimento da população urbana, devido ao forte êxodo rural e da industrialização que necessitava de força-de-trabalho, que os instrumentos de controle social e de disciplinamento da classe trabalhadora passam a ser mais reforçados e sistematicamente aplicados. As instituições assistenciais do período passam a cumprir papel essencial na manutenção da ordem vigente, disseminando uma ideologia favorável à política e à economia capitalista. Tais instituições passam a responder as demandas da classe trabalhadora através de benefícios indiretos concedidos pelo Estado, atuando como agência política de enquadramento e controle das lutas sociais. É nesse contexto que são gestadas as condições para a profissionalização do Serviço Social, devido a necessidade de um profissional qualificado que interviesse a favor do Estado e do capital nas contradições inerentes ao capitalismo por meio das políticas sociais. Em vista disso, o Serviço Social é uma profissão que foi demandada pelo capital e pelo Estado para controlar e enquadrar a classe trabalhadora.
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RESPOSTA: B
Netto(2011) reafirma que “é somente na ordem societária comandada pelo
monopólio que se gestam as condições histórico-sociais para que, na divisão social (e
técnica) do trabalho constitua-se um espaço em que se possam mover práticas profissionais
como as do assistente social.”(p.73), dessa forma podemos compreender que o Serviço
Social emerge com uma função definida que é o de buscar legitimar a sociabilidade
burguesa por meio de suas intervenções nas refrações da questão social, como bem
expressa Martinelli (1993) “a origem do Serviço Social como profissão tem, pois, a marca
profunda do capitalismo e do conjunto de variáveis que a ele estão subjacentes – alienação,
contradição, antagonismo - , pois foi nesse vasto caudal que ele foi engendrado e
desenvolvido” (p.66).
MARTINELLI, Maria Lucia. SERVIÇO SOCIAL IDENTIDADE E ALIENAÇÃO. Ed. São
Paulo: Cortez, 1993.
NETTO, José Paulo. CAPITALISMO MONOPOLISTA E SERVIÇO SOCIAL. São Paulo: Ed. Cortez, 2011.