- ID
- 345535
- Banca
- CONSULPLAN
- Órgão
- Prefeitura de Santa Maria Madalena - RJ
- Ano
- 2010
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
O sentido da palavra destacada está devidamente traduzido em:
O sentido da palavra destacada está devidamente traduzido em:
Explícita ou implicitamente, as ideias a seguir estão presentes no texto, EXCETO:
Em “...saibamos ensinar aos alunos o mais elementar,...” (3º§), o verbo destacado é:
Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:
( ) Em “... enquanto professores recebem salários escrachadamente humilhantes,...” (1º§), a expressão destacada indica tempo.
( ) Em “Dizem que nossa economia floresce,...” (8º§), a autora faz uso da linguagem conotativa.
( ) Em “só terão valor se o aluno souber raciocinar, avaliar, escolher e se comunicar dentro dos limites de sua idade.” (4º§), os termos destacados indicam condição.
( ) A eliminação das vírgulas altera o sentido do trecho: “No segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico superior, o leque de conhecimentos deve aumentar.” (5º§)
( ) Em “... mas a cultura, senhores, que inclui a educação...” (8º§), o uso da vírgula é facultativo.
A sequência está correta em:
Analise as afirmativas:
I. Em “... desde que, muito mais e acima disso, saibamos ensinar aos alunos o mais elementar,...” (3º§), a expressão destacada indica condição.
II. A coerência, o sentido original do texto e a correção gramatical serão mantidos caso se substitua “... portanto incapazes de assimilar e discutir teorias.” (7º§) por “portanto incapazes de assimilar teorias e discuti-las.”
III. A forma verbal “queira” (1º§) foi empregada no presente do indicativo, porque a forma verbal anterior a ela também está no presente.
IV. O trecho “... como se preparam crianças e adolescentes...” (2º§) equivale a “... como crianças e adolescentes são preparados...”
Está(ão) correta(s) apenas a(s) alternativa(s):
De acordo com a Lei Orgânica do município de Santa Maria Madalena, analise:
I. Os cargos de natureza técnica só poderão ser ocupados pelos profissionais legalmente habilitados e de comprovada atuação na área.
II. Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
III. Os atos de improbidade administrativa importarão a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):
De acordo com a Lei Orgânica do município de Santa Maria Madalena, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:
( ) A convocação do aprovado em concurso far-se-á mediante publicação oficial, e por correspondência pessoal.
( ) A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, em suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.
( ) Somente por lei específica poderão ser criadas empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias ou fundações políticas.
A sequência está correta em:
“O Brasil produz, atualmente, cerca de 228,4 mil toneladas de lixo por dia, segundo a última pesquisa de saneamento básico consolidada pelo IBGE, em 2000. O chamado lixo domiciliar equivale a pouco mais da metade desse volume, ou 125 mil toneladas diárias. Do total de resíduos descartados em residências e indústrias, apenas 4.300 toneladas, ou aproximadamente 2% do total, são destinadas à coleta seletiva. Quase 50 mil toneladas de resíduos são despejados todos os dias em lixões a céu aberto, o que representa um risco à saúde e ao ambiente.”
Dos resíduos apresentados, marque o que demora mais tempo para se decompor na natureza:
Cerca de um mês após a liberação pelo governo (maio de 2010) da retomada do garimpo em Serra Pelada, a mineradora canadense Colossus Minerals anunciou a descoberta de novas reservas de ouro, platina e paládio no local, que já foi considerado na década de 1980, como o maior garimpo a céu aberto do mundo. Após dezoito anos de suspensão da exploração, as atividades retomaram com sucesso nessa famosa região do seguinte estado:
Ainda persiste uma última reserva de Mata Atlântica no norte fluminense do estado do Rio de Janeiro. Esta reserva que abrange também o município de Santa Maria Madalena, denomina-se:
Problemas decorrentes de chuvas fortes ou secas prolongadas vêm causando grandes prejuízos à população das áreas atingidas com perdas extremas, como moradias e todos os pertences. Um exemplo ocorreu em junho deste ano, com as enchentes em Alagoas e Pernambuco. Nestes casos, tem se tornado uma prática constante a liberação do seguinte benefício para as vítimas:
Após a cúpula do G-20 em Toronto, Canadá, os líderes mundiais se comprometeram em cortar à metade os déficits até 2013, e estabilizar a relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB), até 2016. O compromisso assumido pelas principais economias do mundo gerou:
Analise a justificativa apresentada no site da empresa de pesquisas britânica ECA para o fato de uma cidade brasileira ter sido apontada como a mais cara para turistas do continente americano: “Com a recessão se amenizando em muitas partes do mundo, a demanda por ‘commodities’ aumentou, fortalecendo, consequentemente, o valor do real. Essa situação, combinada com a alta dos preços, levou localizações brasileiras de volta à lista das mais caras da América do Sul.” ECA (Empresa de Pesquisas Britânica)
A cidade em questão chama-se:
Na história de Santa Maria Madalena existem algumas peculiaridades que reportam à história do Brasil, no que se refere à política e economia. Sobre esses fatores, é correto afirmar:
Há uma semana, um grupo de dez dançarinos brasileiros desembarcou em São Paulo após 41 dias durante os quais se apresentaram na Turquia sem receber nada pelo trabalho. O contrato, feito com uma empresa turca via e-mail, previa uma série de apresentações em hotéis e um salário de US$10 mil mensais (cerca de R$17,7 mil) durante um semestre. “Fomos lesados financeiramente, torturados psicologicamente na condição de reclamantes pela própria polícia local, por influência da máfia”, desabafa o produtor cultural carioca, Paulo Franco, que fechou o contrato em nome do grupo após pesquisar na internet e não achar “nada que maculasse” o nome da empresa. (Amauri Arrais Do G1, em São Paulo)
O fato parece se encaixar no perfil de uma prática criminosa que não é novidade na história da humanidade, inclusive na do Brasil, mas que passou a ser combatida internacionalmente de forma mais organizada a partir de 2000, após uma convenção das Nações Unidas sobre o tema em Palermo, na Itália. Trata-se:
Segundo a Lei Orgânica do município de Santa Maria Madalena NÃO é vedado ao município:
No que tange os direitos assegurados aos servidores públicos do município de Santa Maria Madalena, conforme a Lei Orgânica, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:
( ) A irredutibilidade do salário, garantia de salário nunca inferior ao mínimo aos que recebem remuneração variável, além do décimo terceiro salário integral são benefícios assegurados nesta Lei.
( ) São garantidas remunerações superiores ao diurno para o trabalho noturno, assim como pagamento dobrado para serviços extraordinários.
( ) Atividades penosas, insalubres ou perigosas são exercidas com a mesma carga horária das demais atividades, acrescida apenas de gratificação especial relativa aos riscos.
( ) É facultado ao servidor folga remunerada por ocasião do aniversário natalício, sem prévia comunicação.
( ) Os servidores nomeados em virtude de concurso público tornam-se estáveis após dois anos de efetivo exercício.
A sequência está correta em:
“Universitários, portanto, incapazes de ter um pensamento independente e de aprender qualquer matéria, sem
sequer saber se conduzir. Profissionais competindo por trabalho, inseguros e atordoados, logo, frustrados.” (6º§)
De acordo com os termos destacados anteriormente, assinale a alternativa correta:
A educação possível
A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e escolas é mais nociva do que
uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos.
Educação é algo bem mais amplo do que escola. Começa em casa, onde precisam ser dadas as primeiras informações
sobre o mundo (com criança também se conversa!), noções de postura e compostura, respeito, limites. Continua na vida
pública, nem sempre um espetáculo muito edificante, na qual vemos políticos concedendo-se um bom aumento em cima
dos seus já polpudos ganhos, enquanto professores recebem salários escrachadamente humilhantes, e artistas fazendo
propaganda de bebida num momento em que médicos, pais e responsáveis lutam com a dependência química de milhares
de jovens. Quem é público, mesmo que não queira, é modelo: artistas, líderes, autoridades. Não precisa ser hipócrita nem
bancar o santarrão, mas precisa ter consciência de que seus atos repercutem, e muito.
Mas vamos à educação nas escolas: o que é educar? Como deveria ser uma boa escola? Como se forma e se mantém
um professor eficiente, como se preparam crianças e adolescentes para este mundo competitivo onde todos têm direito de
construir sua vida e desenvolver sua personalidade?
É bem mais simples do que todas as teorias confusas e projetos inúteis que se nos apresentam. Não sou contra
colocarem um computador em cada sala de aula neste reino das utopias, desde que, muito mais e acima disso, saibamos
ensinar aos alunos o mais elementar, que independe de computadores: nasce dos professores, seus métodos, sua
autoridade, seu entusiasmo e seus objetivos claros. A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e
escolas prejudica mais do que uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos. Estudar não é brincar, é
trabalho. Para brincar temos o pátio e o bar da escola, a casa.
Sair do primeiro grau tendo alguma consciência de si, dos outros, da comunidade onde se vive, conseguindo contar,
ler, escrever e falar bem (não dá para esquecer isso, gente!) e com naturalidade, para se informar e expor seu pensamento,
é um objetivo fantástico. As outras matérias, incluindo as artísticas, só terão valor se o aluno souber raciocinar, avaliar,
escolher e se comunicar dentro dos limites de sua idade.
No segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico superior, o leque de
conhecimentos deve aumentar. Mas não adianta saber história ou geografia americana, africana ou chinesa sem conhecer
bem a nossa, nem falar vários idiomas se nem sequer dominamos o nosso. Quer dizer, não conseguimos nem nos colocar
como indivíduos em nosso grupo nem saber o que acontece, nem argumentar, aceitar ou recusar em nosso próprio
benefício, realizando todas as coisas que constituem o termo tão em voga e tão mal aplicado: “cidadania”.
O chamado terceiro grau, a universidade, incluindo conhecimentos especializados, tem seu fundamento eficaz nos
dois primeiros. Ou tudo acabará no que vemos: universitários que não sabem ler e compreender um texto simples, muito
menos escrever de forma coerente. Universitários, portanto, incapazes de ter um pensamento independente e de aprender
qualquer matéria, sem sequer saber se conduzir. Profissionais competindo por trabalho, inseguros e atordoados, logo,
frustrados.
Sou de uma família de professores universitários. Fui por dez anos titular de linguística em uma faculdade particular.
Meu desgosto pela profissão – que depois abandonei, embora gostasse do contato com os alunos – deveu-se em parte à
minha dificuldade de me enquadrar (ah, as chatíssimas e inócuas reuniões de departamento, o caderno de chamada, o
currículo, as notas...) e em parte ao desalento. Já nos anos 70 recebíamos na universidade jovens que mal conseguiam
articular frases coerentes, muito menos escrevê-las. Jovens que não sabiam raciocinar nem argumentar, portanto
incapazes de assimilar e discutir teorias. Não tinham cultura nem base alguma, e ainda assim faziam a faculdade, alguns
com sacrifício, deixando-me culpada quando os tinha de reprovar.
Em tudo isso, estamos melancolicamente atrasados. Dizem que nossa economia floresce, mas a cultura, senhores, que
inclui a educação (ou vice-versa, como queiram...), anda mirrada e murcha. Mais uma vez, corrigir isso pode ser muito
simples. Basta vontade real. Infelizmente, isso depende dos políticos, depende dos governos. Depende de cada um de nós,
que os escolhemos e sustentamos.
(Lya Luft. Veja. 23 de maio de 2007. Adaptado)
NÃO seria mantido o sentido original do texto se substituíssemos “Meu desgosto pela profissão – que depois abandonei, embora gostasse do contato com os alunos – deveu-se em parte à minha dificuldade de me enquadrar...” (7º§) por:
A educação possível
A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e escolas é mais nociva do que
uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos.
Educação é algo bem mais amplo do que escola. Começa em casa, onde precisam ser dadas as primeiras informações
sobre o mundo (com criança também se conversa!), noções de postura e compostura, respeito, limites. Continua na vida
pública, nem sempre um espetáculo muito edificante, na qual vemos políticos concedendo-se um bom aumento em cima
dos seus já polpudos ganhos, enquanto professores recebem salários escrachadamente humilhantes, e artistas fazendo
propaganda de bebida num momento em que médicos, pais e responsáveis lutam com a dependência química de milhares
de jovens. Quem é público, mesmo que não queira, é modelo: artistas, líderes, autoridades. Não precisa ser hipócrita nem
bancar o santarrão, mas precisa ter consciência de que seus atos repercutem, e muito.
Mas vamos à educação nas escolas: o que é educar? Como deveria ser uma boa escola? Como se forma e se mantém
um professor eficiente, como se preparam crianças e adolescentes para este mundo competitivo onde todos têm direito de
construir sua vida e desenvolver sua personalidade?
É bem mais simples do que todas as teorias confusas e projetos inúteis que se nos apresentam. Não sou contra
colocarem um computador em cada sala de aula neste reino das utopias, desde que, muito mais e acima disso, saibamos
ensinar aos alunos o mais elementar, que independe de computadores: nasce dos professores, seus métodos, sua
autoridade, seu entusiasmo e seus objetivos claros. A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e
escolas prejudica mais do que uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos. Estudar não é brincar, é
trabalho. Para brincar temos o pátio e o bar da escola, a casa.
Sair do primeiro grau tendo alguma consciência de si, dos outros, da comunidade onde se vive, conseguindo contar,
ler, escrever e falar bem (não dá para esquecer isso, gente!) e com naturalidade, para se informar e expor seu pensamento,
é um objetivo fantástico. As outras matérias, incluindo as artísticas, só terão valor se o aluno souber raciocinar, avaliar,
escolher e se comunicar dentro dos limites de sua idade.
No segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico superior, o leque de
conhecimentos deve aumentar. Mas não adianta saber história ou geografia americana, africana ou chinesa sem conhecer
bem a nossa, nem falar vários idiomas se nem sequer dominamos o nosso. Quer dizer, não conseguimos nem nos colocar
como indivíduos em nosso grupo nem saber o que acontece, nem argumentar, aceitar ou recusar em nosso próprio
benefício, realizando todas as coisas que constituem o termo tão em voga e tão mal aplicado: “cidadania”.
O chamado terceiro grau, a universidade, incluindo conhecimentos especializados, tem seu fundamento eficaz nos
dois primeiros. Ou tudo acabará no que vemos: universitários que não sabem ler e compreender um texto simples, muito
menos escrever de forma coerente. Universitários, portanto, incapazes de ter um pensamento independente e de aprender
qualquer matéria, sem sequer saber se conduzir. Profissionais competindo por trabalho, inseguros e atordoados, logo,
frustrados.
Sou de uma família de professores universitários. Fui por dez anos titular de linguística em uma faculdade particular.
Meu desgosto pela profissão – que depois abandonei, embora gostasse do contato com os alunos – deveu-se em parte à
minha dificuldade de me enquadrar (ah, as chatíssimas e inócuas reuniões de departamento, o caderno de chamada, o
currículo, as notas...) e em parte ao desalento. Já nos anos 70 recebíamos na universidade jovens que mal conseguiam
articular frases coerentes, muito menos escrevê-las. Jovens que não sabiam raciocinar nem argumentar, portanto
incapazes de assimilar e discutir teorias. Não tinham cultura nem base alguma, e ainda assim faziam a faculdade, alguns
com sacrifício, deixando-me culpada quando os tinha de reprovar.
Em tudo isso, estamos melancolicamente atrasados. Dizem que nossa economia floresce, mas a cultura, senhores, que
inclui a educação (ou vice-versa, como queiram...), anda mirrada e murcha. Mais uma vez, corrigir isso pode ser muito
simples. Basta vontade real. Infelizmente, isso depende dos políticos, depende dos governos. Depende de cada um de nós,
que os escolhemos e sustentamos.
(Lya Luft. Veja. 23 de maio de 2007. Adaptado)
Os termos destacados a seguir constituem elementos coesivos por retomarem termos ou ideias anteriormente registrados, EXCETO:
A educação possível
A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e escolas é mais nociva do que
uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos.
Educação é algo bem mais amplo do que escola. Começa em casa, onde precisam ser dadas as primeiras informações
sobre o mundo (com criança também se conversa!), noções de postura e compostura, respeito, limites. Continua na vida
pública, nem sempre um espetáculo muito edificante, na qual vemos políticos concedendo-se um bom aumento em cima
dos seus já polpudos ganhos, enquanto professores recebem salários escrachadamente humilhantes, e artistas fazendo
propaganda de bebida num momento em que médicos, pais e responsáveis lutam com a dependência química de milhares
de jovens. Quem é público, mesmo que não queira, é modelo: artistas, líderes, autoridades. Não precisa ser hipócrita nem
bancar o santarrão, mas precisa ter consciência de que seus atos repercutem, e muito.
Mas vamos à educação nas escolas: o que é educar? Como deveria ser uma boa escola? Como se forma e se mantém
um professor eficiente, como se preparam crianças e adolescentes para este mundo competitivo onde todos têm direito de
construir sua vida e desenvolver sua personalidade?
É bem mais simples do que todas as teorias confusas e projetos inúteis que se nos apresentam. Não sou contra
colocarem um computador em cada sala de aula neste reino das utopias, desde que, muito mais e acima disso, saibamos
ensinar aos alunos o mais elementar, que independe de computadores: nasce dos professores, seus métodos, sua
autoridade, seu entusiasmo e seus objetivos claros. A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e
escolas prejudica mais do que uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos. Estudar não é brincar, é
trabalho. Para brincar temos o pátio e o bar da escola, a casa.
Sair do primeiro grau tendo alguma consciência de si, dos outros, da comunidade onde se vive, conseguindo contar,
ler, escrever e falar bem (não dá para esquecer isso, gente!) e com naturalidade, para se informar e expor seu pensamento,
é um objetivo fantástico. As outras matérias, incluindo as artísticas, só terão valor se o aluno souber raciocinar, avaliar,
escolher e se comunicar dentro dos limites de sua idade.
No segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico superior, o leque de
conhecimentos deve aumentar. Mas não adianta saber história ou geografia americana, africana ou chinesa sem conhecer
bem a nossa, nem falar vários idiomas se nem sequer dominamos o nosso. Quer dizer, não conseguimos nem nos colocar
como indivíduos em nosso grupo nem saber o que acontece, nem argumentar, aceitar ou recusar em nosso próprio
benefício, realizando todas as coisas que constituem o termo tão em voga e tão mal aplicado: “cidadania”.
O chamado terceiro grau, a universidade, incluindo conhecimentos especializados, tem seu fundamento eficaz nos
dois primeiros. Ou tudo acabará no que vemos: universitários que não sabem ler e compreender um texto simples, muito
menos escrever de forma coerente. Universitários, portanto, incapazes de ter um pensamento independente e de aprender
qualquer matéria, sem sequer saber se conduzir. Profissionais competindo por trabalho, inseguros e atordoados, logo,
frustrados.
Sou de uma família de professores universitários. Fui por dez anos titular de linguística em uma faculdade particular.
Meu desgosto pela profissão – que depois abandonei, embora gostasse do contato com os alunos – deveu-se em parte à
minha dificuldade de me enquadrar (ah, as chatíssimas e inócuas reuniões de departamento, o caderno de chamada, o
currículo, as notas...) e em parte ao desalento. Já nos anos 70 recebíamos na universidade jovens que mal conseguiam
articular frases coerentes, muito menos escrevê-las. Jovens que não sabiam raciocinar nem argumentar, portanto
incapazes de assimilar e discutir teorias. Não tinham cultura nem base alguma, e ainda assim faziam a faculdade, alguns
com sacrifício, deixando-me culpada quando os tinha de reprovar.
Em tudo isso, estamos melancolicamente atrasados. Dizem que nossa economia floresce, mas a cultura, senhores, que
inclui a educação (ou vice-versa, como queiram...), anda mirrada e murcha. Mais uma vez, corrigir isso pode ser muito
simples. Basta vontade real. Infelizmente, isso depende dos políticos, depende dos governos. Depende de cada um de nós,
que os escolhemos e sustentamos.
(Lya Luft. Veja. 23 de maio de 2007. Adaptado)
A análise dos elementos destacados está INCORRETA em:
A educação possível
A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e escolas é mais nociva do que
uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos.
Educação é algo bem mais amplo do que escola. Começa em casa, onde precisam ser dadas as primeiras informações
sobre o mundo (com criança também se conversa!), noções de postura e compostura, respeito, limites. Continua na vida
pública, nem sempre um espetáculo muito edificante, na qual vemos políticos concedendo-se um bom aumento em cima
dos seus já polpudos ganhos, enquanto professores recebem salários escrachadamente humilhantes, e artistas fazendo
propaganda de bebida num momento em que médicos, pais e responsáveis lutam com a dependência química de milhares
de jovens. Quem é público, mesmo que não queira, é modelo: artistas, líderes, autoridades. Não precisa ser hipócrita nem
bancar o santarrão, mas precisa ter consciência de que seus atos repercutem, e muito.
Mas vamos à educação nas escolas: o que é educar? Como deveria ser uma boa escola? Como se forma e se mantém
um professor eficiente, como se preparam crianças e adolescentes para este mundo competitivo onde todos têm direito de
construir sua vida e desenvolver sua personalidade?
É bem mais simples do que todas as teorias confusas e projetos inúteis que se nos apresentam. Não sou contra
colocarem um computador em cada sala de aula neste reino das utopias, desde que, muito mais e acima disso, saibamos
ensinar aos alunos o mais elementar, que independe de computadores: nasce dos professores, seus métodos, sua
autoridade, seu entusiasmo e seus objetivos claros. A educação benevolente e frouxa que hoje predomina nas casas e
escolas prejudica mais do que uma sala de aula com teto e chão furados e livros aos frangalhos. Estudar não é brincar, é
trabalho. Para brincar temos o pátio e o bar da escola, a casa.
Sair do primeiro grau tendo alguma consciência de si, dos outros, da comunidade onde se vive, conseguindo contar,
ler, escrever e falar bem (não dá para esquecer isso, gente!) e com naturalidade, para se informar e expor seu pensamento,
é um objetivo fantástico. As outras matérias, incluindo as artísticas, só terão valor se o aluno souber raciocinar, avaliar,
escolher e se comunicar dentro dos limites de sua idade.
No segundo grau, que encaminha para a universidade ou para algum curso técnico superior, o leque de
conhecimentos deve aumentar. Mas não adianta saber história ou geografia americana, africana ou chinesa sem conhecer
bem a nossa, nem falar vários idiomas se nem sequer dominamos o nosso. Quer dizer, não conseguimos nem nos colocar
como indivíduos em nosso grupo nem saber o que acontece, nem argumentar, aceitar ou recusar em nosso próprio
benefício, realizando todas as coisas que constituem o termo tão em voga e tão mal aplicado: “cidadania”.
O chamado terceiro grau, a universidade, incluindo conhecimentos especializados, tem seu fundamento eficaz nos
dois primeiros. Ou tudo acabará no que vemos: universitários que não sabem ler e compreender um texto simples, muito
menos escrever de forma coerente. Universitários, portanto, incapazes de ter um pensamento independente e de aprender
qualquer matéria, sem sequer saber se conduzir. Profissionais competindo por trabalho, inseguros e atordoados, logo,
frustrados.
Sou de uma família de professores universitários. Fui por dez anos titular de linguística em uma faculdade particular.
Meu desgosto pela profissão – que depois abandonei, embora gostasse do contato com os alunos – deveu-se em parte à
minha dificuldade de me enquadrar (ah, as chatíssimas e inócuas reuniões de departamento, o caderno de chamada, o
currículo, as notas...) e em parte ao desalento. Já nos anos 70 recebíamos na universidade jovens que mal conseguiam
articular frases coerentes, muito menos escrevê-las. Jovens que não sabiam raciocinar nem argumentar, portanto
incapazes de assimilar e discutir teorias. Não tinham cultura nem base alguma, e ainda assim faziam a faculdade, alguns
com sacrifício, deixando-me culpada quando os tinha de reprovar.
Em tudo isso, estamos melancolicamente atrasados. Dizem que nossa economia floresce, mas a cultura, senhores, que
inclui a educação (ou vice-versa, como queiram...), anda mirrada e murcha. Mais uma vez, corrigir isso pode ser muito
simples. Basta vontade real. Infelizmente, isso depende dos políticos, depende dos governos. Depende de cada um de nós,
que os escolhemos e sustentamos.
(Lya Luft. Veja. 23 de maio de 2007. Adaptado)
No trecho “... que independe de computadores:” (3º§), a expressão em destaque exerce a mesma função sintática que a expressão sublinhada em:
Conforme estabelece a Lei Federal nº. 8080/1990, existem critérios que deverão ser utilizados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, para que sejam estabelecidos os valores que serão aplicados em programas e projetos. Dos diversos critérios citados na Lei, após análise técnica, identifique o INCORRETO:
A Lei Federal nº. 8080/1990 estabelece os objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS); nas alternativas abaixo, marque V para as verdadeiras e F para as falsas:
( ) A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes de saúde.
( ) A formulação de políticas de saúde destinadas a promover, nos campos econômico e social a observância do dever do Estado.
( ) A assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realidade integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
( ) As normas complementares das ações no âmbito global sem enfoque de atuação imediata.
A sequência está correta em:
As disposições legais sobre Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde estabelecem que suas organizações e normas de funcionamento deverão ser definidas através de: (Lei Federal nº. 8142/1990)
Sobre a identificação dos perfis e fatores de risco utilizados através da epidemiologia nos serviços de saúde, analise:
I. Desenvolvem programas de saúde eficientes que permitem maior impacto das ações implementadas, voltadas a assistência integral à saúde.
II. Identificam fatores de risco em grupos de população mais vulnerável a certos agravos à saúde.
III. Buscam avaliações mais pertinentes capazes de responder a desafios que permeiam os condicionantes do processo saúde/doença.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) alternativa(s):
A Carta do Direitos dos Usuários de Saúde em seu princípio V confirma: “Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça de forma adequada.” Considerando este princípio, marque o INCORRETO:
A Lei Federal nº. 8080/1990 determina que as ações e serviços de saúde, executados pelo SUS, de forma direta ou com a complementariedade da iniciativa privada, serão organizados:
Considerando a Política Nacional de Humanização e a construção de uma política de qualificação do SUS, é correto afirmar que:
Considerando a caracterização de uma epidemia pela variável tempo, analise as alternativas:
1. A distribuição dos casos no tempo já tenha permitido identificar o período provável de exposição.
2. A distribuição dos casos for apresentada segundo a data do início dos sintomas.
3. Quando a curva epidêmica estiver elaborada de forma a permitir a tipificação pela transmissão propagada ou por fonte comum ou pela combinação destas duas formas.
No sentido da conclusão da caracterização citada, é correto afirmar que:
O reservatório ou habitat de um agente infeccioso, cresce e multiplica, onde ele vive. São considerados como reservatórios (fontes de infecção):
A participação da comunidade na gestão do SUS está estabelecida em legislação federal específica e deverá acontecer através do(a):
O profissional de Enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais. Tendo em vista o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, marque a alternativa que NÃO corresponde com a verdade:
“O contato da criança com o serviço de saúde, independente do fato ou queixa que o motivou, deve ser tido como uma oportunidade para a análise integrada e preditiva de sua saúde e de realização de promoção da saúde. O acompanhamento sistemático do crescimento da criança constitui o eixo central desse atendimento.” De acordo com o Calendário Mínimo de Consultas para Assistência à Criança, proposto pelo Ministério da Saúde para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, o número mínimo de consultas que uma criança deve passar no seu 1º ano de vida (dos 0 aos 12 meses) é de:
São doenças que podem ser transmitidas através da relação sexual, EXCETO:
O registro das atividades de vacinação é feito em impressos específicos, padronizados nas diversas instâncias, com o objetivo principal de acompanhar e analisar o trabalho desenvolvido, bem como seus resultados e impactos. Dos impressos padronizados em instância nacional, o documento que é de uso interno do serviço de saúde, no qual são registradas informações sobre vacinação contidas no cartão da criança, sendo útil para o acompanhamento e controle da vacinação da clientela, pois serve como referência na busca de faltosos e, também, para organizar o arquivo pendente de vacinação é:
“O iodo é um micronutriente essencial para o homem e outros animais. Existe apenas uma única função conhecida do iodo no organismo humano: ele é utilizado na síntese dos homônios tireoidianos, a triiodotironina (T4) e a tiroxina (T3).” São exemplos comuns de Distúrbios por Deficiência de Iodo – DDI, EXCETO:
Um paciente com um tempo de protrombina ou um tempo de tromboplastina parcial ativado maior do que o normal encontra-se em risco pós-operatório de:
O foco do cuidado de emergência é preservar a vida e evitar a deterioração antes que o tratamento definitivo possa ser fornecido. Quando o cuidado é fornecido para um paciente em uma situação de emergência, devem ser tomadas muitas decisões vitais. A primeira prioridade no tratamento de qualquer paciente com uma condição de emergência é:
Os capotes ou aventais devem ser sempre usados pelo profissional de saúde quando: