SóProvas



Questões de Sujeitos de Direito Internacional Público: O sistema das Nações Unidas . Organizações internacionais especializadas da ONU


ID
8839
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2005
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

O estado membro das Nações Unidas que viole persistentemente os princípios contidos na Carta daquele organismo internacional está sujeito à sanção, que decorre de recomendação de instância interna daquele organismo, mediante procedimento que se caracteriza, a saber:

Alternativas
Comentários
  • Artigo 6° da Carta da ONU:

    "O membro das Nações Unidas que houver violado persistentemente os princípios contidos na presente Carta poderá ser expulso da Organização pela Assembléia-Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança".
  • O membro das nações Unidas que violar persistentemente os princípios da Carta da organização está sujeito a ser expulso da ONU, o que é feito pela Assembleia Geral após recomendação do Conselho de Segurança. Isso está previsto no capítulo II, artigo 6o da Carta da Nações Unidas: "O Membro das Nações Unidas que houver violado persistentemente os Princípios contidos na presente Carta, poderá ser expulso da Organização pela Assembleia Geral mediante recomendação do Conselho de Segurança". A alternativa correta, portanto, é a letra (E). 

ID
31684
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Nos últimos anos, a reforma da ONU ganhou lugar de destaque na agenda global, mobilizando esforços diplomáticos de toda a
comunidade internacional. No que concerne a esse processo de reforma, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Tendo alcançado consenso acerca de questões políticas e institucionais, como a redefinição das competências do Secretariado Geral, do Conselho de Segurança e das agências especializadas do Sistema Nações Unidas, o processo de reforma concentra-se, no presente, no tratamento de questões administrativas, financeiras e de recursos humanos, assumindo conotação preponderantemente técnica.

Alternativas
Comentários
  • Não houve consenso acerca de questões políticas e institucionais.
  • O consenso no Conselho de Segurança é algo pouco provável.

  • Nações como Brasil, Japão e Alemanha vem constantemente defendendo uma reforma no Conselho de Segurança da ONU (CSNU) uma vez que assim seria mais justo a distribuição do "equilibiro de poder". O CSNU possui dez membros rotativos e cinco permanentes com poder de veto.

  • Afirmativa com a palavra consenso= indica erro


ID
31687
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Nos últimos anos, a reforma da ONU ganhou lugar de destaque na agenda global, mobilizando esforços diplomáticos de toda a
comunidade internacional. No que concerne a esse processo de reforma, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O dissenso a respeito da ampliação do Conselho de Segurança e o exercício do veto por parte dos membros permanentes do Conselho de Segurança têm impedido o avanço das reformas.

Alternativas
Comentários
  • Os membros permanentes do CSNU não aspiram à abolição do exercício do veto...
  • Nem todas as reformas foram obstaculizadas pelas potências com poder de veto, a dificuldade se concentra na reforma do Conselho de Segurança.
  • A criatura que elaborou a questão terá querido falar no dissenso acerca "da ampliação (...)" e DO "exercício de veto" ou o que?

    (Essa é da minha série "Onde é que eles contratam essa gente?")

  • Essa questão deveria ter sido anulada. O enunciado fala em "impedir o avanço das reformas". O exercício do poder de veto tem sido um obstáculo para a reforma do CS da ONU, obviamente que não é o único fator.

  • Até agora não entendi o gabarito dessa questão... Péssimamente formulada!
  • A questão menciona o disssenso dos cinco membros permanentes do CSNU sobre duas questões, as quais precisam ser analisadas separadamente:
       1) ampliação do número de membros no CSNU;
       2) extensão do poder de veto para novos membros permanentes;

    Sobre a primeira, todos os 5 membros permanentes do CSNU aceitam/defendem, a seu modo, alguma ampliação do CSNU. Abaixo não vou fazer uma análise completa, mas vou só citar, para cada país, alguma forma pela qual ele defende a ampliação do CSNU (seja o novo membro permanente ou não; tenha o novo membro direito de veto ou não):
  •   1) EUA: defende a inclusão da Alemanha e do Japão (desde sua proposta Quick Fix de 1990), para repartir os custos da OI;
      2) França: apoia formalmente a inclusão do Brasil como membro permanente (desde abr-2003), não necessariamente com direito a veto;
      3) Reino Unido: apoia formalmente a inclusão do Brasil como membro permanente (desde 14-jul-2003), não necessariamente com direito a veto;
      4) Rússia: apoia formalmente a inclusão do Brasil como membro permanente (desde 2002, durante visita de FHC à Rússia), não necessariamente com direito a veto;
      5) China: apoia formalmente a inclusão do Brasil como membro permanente (desde 6-nov-2003), não necessariamente com direito a veto;
      referência: todas as afirmações acima podem ser encontradas no livro Cronologia das Relações Internacionais do Brasil de Eugênio Vargas Garcia.
  • Sobre a segunda parte, não há claro posicionamento dos membros permanentes sobre a extensão do direito a veto ou não, pois alguns até acolhem propostas de novos membros semi-permanentes (sem direito a veto).

    Conclusão:
       1) ampliação do número de membros no CSNU; --> consenso (os 5 membros permanentes concordam de que alguma ampliação deve ser feita)
       2) extensão do poder de veto para novos membros permanentes; --> dissenso (cada um dos 5 membros permanentes tem um posicionamento)

    A questão está errada porque há consenso sobre a ampliação dos membros do CSNU.
  • ERRADA.
    O dissenso a respeito da ampliação do Conselho de Segurança e o exercício do veto por parte dos membros permanentes do Conselho de Segurança têm impedido o avanço das reformas.  
    Não houve reunião (exceto para a reforma em 1963) realizada que utilizou-se o exercício do veto para uma nova reforma.
  • Errei a questão, mas analisando com mais cuidado cheguei à seguinte conclusão. A locução verbal "têm impedido" está flexionada no plural, logo seu sujeito está no plural. Os núcleos do sujeito são: (a) dissenso a respeito da ampliação do Conselho de Segurança; e (b) exercício do veto. Com relação ao item "a", o item é correto, pois há dissenso com relação à expansão do CS e à atribuição do direito de veto a novos membros. Com relação ao item "b", o item está errado, porque não há notícia de que alguma proposta concreta de reforma tenha sido levada à votação e tenha sido vetada.
  • Nessas questões polêmicas nem professor ajuda... Há dissenso tanto na ampliação quanto ao poder do veto. Basta que um Estado do Conselho apoie algo diferente dos demais, sem a representação de todos, já caracterizará um dissenso. Quando não há consenso, há dissenso. Questão para ser ignorada.

  • O item está incorreto porque, apesar do dissenso a respeito da ampliação do Conselho de Segurança, em nenhum momento ocorreu uma votação no próprio Conselho para aprovar qualquer reforma, não ocorrendo o exercício do veto pela parte de nenhum membro permanente. A reforma do Conselho de Segurança tem que ser primeiramente votada na Assembleia Geral e, em seguida, aprovada pelo Conselho.

     

    Fonte: Como passar em concursos CESPE 7000 questões. página 213


ID
31693
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Nos últimos anos, a reforma da ONU ganhou lugar de destaque na agenda global, mobilizando esforços diplomáticos de toda a
comunidade internacional. No que concerne a esse processo de reforma, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O estabelecimento do Conselho de Direitos Humanos e o da Comissão de Construção da Paz representam avanços concretos no processo de reforma da ONU.

Alternativas
Comentários
  • A Criação do Conselho de DHU se deu em 2006, apesar da oposição dos EUA.  Já a Comissão de Construção da Paz foi criada em 2005.
  • Sim, do ponto de vista da intenção (da qual o inferno está cheio) até que foi um avanço, mas um Conselho em que até pouco tempo atrás contava com integrantes como Irã, Sudão, Cuba e até a antiga Líbia do finado Cel. Khadafi ser relacionado a Direitos Humanos é uma piada macabra.
  • Mesmo com empecilho dos EUA, o Conselho de Direitos Humanos foi criado com ampla aprovação da AGNU, que é um órgão democrático. Seu papel na ONU é aconselhar a própria AGNU sobre a matéria de direitos humanos que, por sua vez, faz recomendações ao CSNU.

  • Aos não assinantes,

    GABARITO: CERTO

  • O Governo brasileiro participou ativamente da criação da  das Nações Unidas, em 2005. Além da CCP, compõem a Arquitetura de Consolidação da Paz da ONU o Escritório de Apoio à Consolidação da Paz e o Fundo de Consolidação da Paz.

    Inspirada em princípios promovidos pelo Brasil desde o final da década de 1990, a CCP auxilia países recém-egressos de conflitos armados a consolidar a segurança, bem como a alcançar estabilidade política e desenvolvimento sustentável com inclusão social. Atualmente, estão na agenda da CCP a situação dos seguintes países: Burundi, Gâmbia, Guiné-Bissau, Libéria, República Centro-Africana e Serra Leoa. (Site do MRE)


ID
36775
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Entre os princípios que regem as relações internacionais do Estado brasileiro, estão a prevalência dos direitos humanos e a solução pacífica dos conflitos (art. 4.º da Constituição Federal). Com relação à tendência contemporânea de institucionalização jurídica internacional, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Corte Interamericana de Direitos Humanos é um órgão judicial autônomo que tem sede em San José (Costa Rica), cujo propósito é aplicar e interpretar a Convenção Americana de Direitos Humanos e outros tratados de Direitos Humanos. Faz parte do chamado Sistema Interamericano de Proteção aos Direitos Humanos.A Corte tem competência litigiosa para conhecer de qualquer caso relativo à interpretação e aplicação das disposições da Convenção Americana de Direitos Humanos a que lhe seja submetida apreciação, sempre os Estados signatários reconheçam esta competência, por declaração ou convenções especiais.
  • A- A Corte tem competência litigiosa para conhecer de qualquer caso relativo à interpretação e aplicação das disposições da Convenção Americana de Direitos Humanos a que lhe seja submetida apreciação, sempre os Estados signatários reconheçam esta competência, por declaração ou convenções especiais. Ou seja, os membros da Convenção Interamericana sobre Direitos Humanos não estão obrigados à jurisdição da Corte Interamericana de Direitos HumanosB- A CIJ foi fundada em 1946, após a Segunda Guerra Mundial, em substituição à Corte Permanente de Justiça Internacional, instaurada pela Sociedade das Nações, este sim o o primeiro tribunal internacional de caráter permanente estabelecido por tratado multilateral.C- Os tribunais não foram instituídos pela ONU, mas por encontros de EUA, Reino Unido e URSS em Terã, Potsdam e YaltaD- CERTOE - O Tribunal Penal Internacional (TPI) é um tribunal permanente, independente do sistema das Nações Unidas.A corte tem competência para julgar os responsáveis por crimes de guerra, genocídios e crimes contra a humanidade quando os tribunais nacionais não puderem ou não quiserem processar os criminosos, ou seja, NÃO está adstrito ao território dos Estados-parte
  •  É importante retificar, data venia, os comentários do colega Flambeau apenas no que tange aos itens B e E.

    Quanto ao item B:
    A Corte Internacional de Justiça (CIJ) e a Corte Permanente de Justiça Internacional (CPIJ) são consideradas pelos doutrinadores mais influentes (como Francisco Rezek e Celso A. Mello) e pelas bancas dos principais institutos (inclusive o CESPE) como sendo a mesma entidade. Rezek defende a ideia de que eram a mesma entidade, porém em duas fases: a primeira surgida em 1922 quando ela se chama CPJI e a segunda a partir de 1946 quando esta passa a ser denominada CIJ.
    O que inviabiliza o item é o fato de que a Corte de Justiça Centro-Americana, instituída em 1907 e de efêmera duração foi esta sim o primeiro órgão judiciário internacional permanente estabelecido por tratado multilateral.
    Vale ainda ressaltar que, apesar de não ter sido o primeiro órgão judiciário internacional, a CIJ foi o primeiro dotado de vocação universal.

    Quanto ao item E:
    A jurisdição do TPI não se restringe aos territórios dos países que ratificaram o Estatuto de Roma. Tanto é assim que, em 4 de março de 2009, o TPI emitiu mandado de prisão para a captura de Omar al-Bashir, presidente do Sudão, mesmo o Sudão não tendo ratificado o Tratado de Roma.
    Cabe acrescentar que Omar al-Bashir é o primeiro Chefe de Estado em exercício a ser alvo de um mandado internacional de captura.

  • Com relação ao TPI, cabe esclarecer que sua competência abrange:
    a) os crimes ocorridos no território de um Estado-Parte;
    b) os crimes cometidos por uma pessoa que seja nacional de um Estado-Parte.

    O item da prova está errado, porque não faz referência à hipótese da letra "b".
  • -> A letra A está incorreta. Um Estado-membro da Convenção Interamericana deve aceitar a jurisdição da Corte Interamericana para estar sujeito a ela.

    -> A letra B está incorreta. O primeiro tribunal internacional de caráter permanente estabelecido por tratado multilateral foi a Corte Centro-Americana de Justiça, que funcionou de 1907 a 1918.

    -> A letra C está incorreta. Tanto o Tribunal de Nuremberg quanto o Tribunal de Tóquio foram estabelecidos a partir de decisões tomadas nas conferências entre as potências vitoriosas ao fim da 2ª Guerra .

    -> A letra D está correta. O Anexo VI da Convenção de Montego Bay estabelece o Tribunal Internacional do Direito do Mar.

    -> A letra E está incorreta. A jurisdição do Tribunal Penal Internacional também inclui crimes cometidos por pessoa que seja nacional de um Estado-Parte ( Estatuto de Roma, art. 12, II, b)

  • Letra D- correta.

    Fundamentação:

    Convenção de Montego Bay

    ANEXO VI ESTATUTO DO TRIBUNAL INTERNACIONAL DO DIREITO DO MAR

    ARTIGO1

    Disposições gerais

    1. O Tribunal Internacional do Direito do Mar é constituído e deve funcionar de conformidade com as disposições desta Convenção e do presente Estatuto.

    2. O Tribunal terá a sua sede na Cidade Livre e Hanseática de Hamburgo na República Federal da Alemanha.

    3. O Tribunal pode reunir-se e exercer as suas funções em qualquer outro local, quando o considere desejável.

    4. A submissão de qualquer controvérsia ao Tribunal deve ser regida pelas disposições das Partes XI e XV.

  • Fonte: André Carvalho Ramos, Curso de Direitos Humanos

    A- ERRADA - Um Estado pode ter ratificado a Convenção Interamericana de Direitos Humanos, mas não ter reconhecida a jurisdição obrigatória da Corte.

     

    B- ERRADA - "Em 1920, foi aprovado o Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional (CPJI), eleito Rui Barbosa, para o mandato inicial (1921-1930). Ru Barbosa, porém, faleceu em 1923 antes de ter participado de qualquer sessão da Corte, sendo substituído por Epitácio Pessoa, eleito para completar o mandato.A CPJI foi precocemente sepultada em 1939, pela eclosão da 2a Grande Guerra, tendo sido extinta de jure em 1946. Foi sucedida pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), herdeira dos bens materiais, acervo e, com aperfeiçoamentos redacionais, de seu Estatuto."

     

    C- ERRADA - Não foram criados por resolução do conselho de segurança

    Nuremberg: Em 1937, a Liga das Nações elaborou convenção sobre a prevenção e repressão do terrorismo, que contemplava a criação de um Tribunal Penal Internacional, porém com apenas uma ratificação o tratado nunca entrou em vigor. . Em 1945, finalmente um tribunal internacional penal foi criado. Pelo Acordo celebrado em Londres em 8 de agosto de 1945 ( (Estados UnidosUnião SoviéticaGrã-Bretanha e França), foi estabelecido o Tribunal Internacional Militar, tendo como partes originais os quatro países signatários, bem como 19 Estados aderentes. Seu Anexo 2 continha o Estatuto do Tribunal Internacional Militar (TIM), que possuía sede em Berlim, realizando os julgamentos em Nuremberg (por isso, passou para a história como “Tribunal de Nuremberg”).

    Tóquio: o segundo Tribunal internacional da história do século XX foi o Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente, com sede em Tóquio, criado em 1946 por ato unilateral dos Estados Unidos, potência ocupante, por intermédio do Chefe da Ocupação, General MacArthur, que editou suas regras de funcionamento.

     

    E- ERRADA -  "No âmbito espacial, a jurisdição do TPI só pode ser exercida em quatro hipóteses, ou seja, quando o crime de jus cogens sujeito à jurisdição do Tribunal for:

    a) cometido no território de um Estado Parte;

    b) ou por um nacional do Estado Parte;

    c) ou por meio de declaração específica do Estado não contratante (caso o crime tiver ocorrido em seu território ou for cometido por seu nacional);

    d) ou, na ausência de quaisquer hipóteses anteriores, ter o Conselho de Segurança adotado resolução vinculante adjudicando o caso ao Tribunal Penal Internacional. Foi o caso de Darfur (Sudão), o primeiro no qual o Conselho de Segurança determinou o início das investigações, mesmo sem a ratificação, pelo Sudão, do Estatuto do TPI. Em 2011, houve mais uma resolução vinculante do CS, agora em relação aos crimes contra a humanidade realizados pelo Ditador Kadafi para abafar revolta popular contra sua longeva tirania (1969-2011).

     

     

     


ID
36778
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

A Organização das Nações Unidas (ONU) celebrou em 2008 os 60 anos de suas operações de manutenção de paz, que tiveram início em 1948, com o envio de observadores militares para a Palestina. Visto que a expressão manutenção da paz não é encontrada na Carta das Nações Unidas, Dag Hammarskjöld, o segundo Secretário-Geral da ONU, sugeriu que essas operações pertenceriam ao "Capítulo Seis e Meio" da Carta. Com relação à ONU, a seus órgãos e operações de paz, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Tenho uma dúvida em relação ao item D: as operações de paz do tipo 'peace enforcement' dispensam o consenso das partes... Isso não tornaria a alternativa incorreta?
  • Com relação ao item "a", o erro consiste apenas na composição do Conselho de Segurança (entre 1945 e 1965, havia 5 membros permamentes e 6 membros não permanentes; a partir de 1965, o número de membros não permanentes é ampliado de 6 para 10, permanecendo inalterados os 5 membros permanentes). A meu ver, o ano da criação do Conselho de Segurança mencionado na questão (1945) está correto, pois a Carta da ONU foi criada e entrou em vigor em 1945, já com a previsão do Conselho de Segurança, embora o Conselho só tenha começado a funcionar em 1946, quando ocorreu a primeira sessão. Mas a questão fala em ano de criação e não ano de início de funcionamento efetivo.
  • O CSONU foi criado em 12 de janeiro de 1946.

    Fonte: http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=25314 

  • a) ERRADA.  Desde sua criação, em 1945/46, o Conselho de Segurança da ONU já passou por reformas e teve o número de membros não permanentes ampliado de 6 para 10, totalizando 15 atualmente (antes era 11).

    b) ERRADA. Há previsão expressa na Carta da ONU (cap. 6º), o Brasil tem atuação destacada nas Operações de Paz e a autorização do CN é necessária quando é uma operação militar armada.

    c) ERRADA. As operações de manutenção de paz, desde sua origem até os dias de hoje, podem ser empregadas APENAS em situações de conflito entre Estados, não sendo autorizada sua adoção, pelo Conselho de Segurança, para situações de conflitos internos ou guerras civis, o que seria considerado ação intervencionista. ->Pegadinha. Essas operações não são autorizadas pelas partes e violam sua soberania, para barrar o conflito e obrigarem a negociar.

    d) CERTA. Consenso das partes, imparcialidade e proibição do uso da força - a não ser em legítima defesa e em defesa do mandato - são os três princípios básicos das operações de manutenção de paz da ONU.

    e) ERRADA. Devido ao uso recorrente do direito de veto por algum de seus membros, o Conselho de Segurança, com base no Capítulo VII da Carta da ONU (Ação relativa a ameaças à paz, ruptura da paz e atos de agressão), JAMAIS autorizou o emprego de força militar contra um país em nome da segurança coletiva. --Outra pegadinha. É só lembrar que foi autorizada pelo CSNU uma ofensiva contra o Iraque quando este anexou o Kuwait em 1991.

  • As operações de Peace Enforcement são baseadas no Cap. VII da Carta da ONU, diferentemente das operações de Peace Keeping ou Peace Building, desse modo, não são classificadas como operações de Manutenção da Paz.


ID
47362
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Considerando que a Assembleia-Geral da ONU tenha solicitado parecer consultivo à Corte Internacional de Justiça a respeito da utilização de armas químicas em conflitos internacionais, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A Corte Internacional de Justiça, principal órgão judiciário das Nações Unidas, está autorizada a emitir pareceres consultivos relativos à quaisquer questões de direito, desde que requeridas por órgão competente, autorizado pela Carta da ONU. Não se trata, entretanto, de decisões obrigatórias mas de interpretação autoritativa do Direito Internacional. O Parecer Consultivo, envolvendo a construção do muro por Israel, por exemplo, foi requerido pela Assembléia Geral, órgão representativo da ONU que conta com a participação de todos os membros da Organização.
  • questões A, B, C - ERRADAS: De acordo com o artigo 96,1, da Carta das Nações Unidas ", a ASSEMBLEIA GERAL ou CONSELHO DE SEGURANÇA poderá solicitar ao Tribunal Internacional de Justiça um PARECER CONSULTIVO sobre QUALQUER QUESTÃO JURÍDICA".. Artigo 96,2, da Carta estipula que "os outros órgãos das Nações Unidas e agências especializadas, o que pode, em qualquer época devidamente autorizados pela Assembléia Geral, poderão também solicitar pareceres consultivos da Corte sobre questões jurídicas surgidas dentro da esfera das suas actividades" .
  • questão D - CORRETA:Estatuto da corte internacional de justiça(Nações Unidas)ART.663. Qualquer Estado com DIREITO A COMPARECER frente a Corte que não tenharecebido a comunicação especial mencionada no parágrafo 2 deste Artigo,poderá expressar seu desejo de APRESENTAR uma EXPOSIÇÃO ESCRITA OU DE SER OUVIDO, sendo que a decisão será da Corte.4. Será PERMITIDO do aos ESTADOS e às organizações que tenham apresentadoEXPOSIÇÕES ESCRITAS OU ORAIS, ou de ambos os tipos, discutir as exposiçõesapresentadas por outros Estados ou organizações na forma, na extensão edentro do prazo fixado para cada caso pela Corte, ou seu Presidente se a Cortenão estiver reunida. Com esta finalidade, o Secretário comunicaráoportunamente tais exposições escritas aos Estados e organizações que tenhamapresentado as suas.
  • A Corte Internacional de Justiça (CIJ) tem dois tipos de jurisdição: consultiva e contenciosa. Apenas a segunda envolve decisões obrigatórias. Assim, quando a CIJ emite parecer consultivo, esse não tem efeito vinculante para os membros da ONU. Ressalta-se que, mesmo quando se trata da jurisdição contenciosa, somente os Estados envolvidos no caso devem respeitar a decisão da corte, pois os outros membros da ONU não se relacionam, via de regra, com a questão discutida. A alternativa (A) está incorreta.


    O artigo 96 da Carta da ONU dispõe sobre quem pode pedir parecer consultivo à CIJ: Conselho de Segurança e Assembleia Geral sobre qualquer questão jurídica e outros órgãos ou agências especializadas da ONU, quando autorizados pela Assembleia Geral e sobre questões relacionadas a seus âmbitos de atuação. A alternativa (B) está incorreta.


    Os Estados não têm competência para pedir parecer consultivo à CIJ. A alternativa (C) está incorreta.


    Seu fundamento jurídico encontra-se no artigo 66, 2 do Estatuto da CIJ: “Além disto, a todo Estado admitido a comparecer perante a Corte e a qualquer organização internacional, que, a juízo da Corte ou de seu Presidente, se a Corte não estiver reunida, forem suscetíveis de fornecer informações sobre a questão - o Escrivão fará saber, por comunicação especial e direta, que a Corte estará disposta a receber exposições escritas, dentro num prazo a ser fixado pelo Presidente, ou ouvir exposições orais, durante uma audiência pública realizada para tal fim”. A alternativa (D) está correta.


    O procedimento para Assembleia Geral e para o Conselho de Segurança é o mesmo, o que difere é o procedimento entre esses dois órgãos e os outros órgãos e agências especializadas da ONU, conforme artigo 96 da Carta da ONU. A alternativa (E) está incorreta.


  • Teia onusiana (ONU) de cooperação.

    Não precisa ser membro da ONU para submeter litígio à CIJ.

    A Palestina é membro da UNESCO e não é membro da ONU.

    Abraços

  • A) O parecer consultivo da Corte será obrigatório para todos os membros da ONU. (ERRADO)

    O PARECER CONSULTIVO NÃO É OBRIGATÓRIO.

    Tais pareceres, em princípio, não são vinculantes, embora possam vir a sê-lo, caso as partes que o solicitem o convencionem.

    #APROFUNDAMENTO

    ACCIOLY, 2012

    Por grande que seja o valor dos pareceres consultivos da Corte, existe diferença essencial entre estes e as sentenças da própria Corte: falta-lhes a força obrigatória.

    É verdade, contudo, que quando o parecer versa, não sobre simples ponto de direito, mas sobre determinado litígio, este apresenta, por assim dizer, o caráter de sentença não executória.

    De qualquer maneira, a possibilidade de a Corte emitir pareceres sobre direito internacional, independentemente de litígios que lhes sejam submetidos, faz desta eminente órgão produtor de doutrina internacional, algo inexistente nos judiciários internos - que somente se manifestam por meio de decisões contenciosas.

    B) Somente o Conselho de Segurança das Nações Unidas tem competência para solicitar parecer consultivo envolvendo conflitos internacionais. (ERRADO)

    Só podem ser solicitados pareceres pela:

    -Assembleia-Geral

    - pelo Conselho de Segurança da ONU, ou

    - por outros órgãos das Nações Unidas e entidades especializadas, que forem devidamente autorizados pela Assembleia Geral da entidade.

    #ATENÇÃO: A CARTA DA ONU E O ESTATUTO DA CIJ NÃO AUTORIZAM OS ESTADOS A SOLICITAREM PARECERES À CORTE.

    C) Parecer consultivo sobre a mesma temática pode ser solicitado diretamente por membro da ONU. (ERRADO)

    Só podem ser solicitados pareceres pela:

    -Assembleia-Geral

    - pelo Conselho de Segurança da ONU, ou

    - por outros órgãos das Nações Unidas e entidades especializadas, que forem devidamente autorizados pela Assembleia Geral da entidade.

    D) Estados podem ser admitidos a comparecer no procedimento perante a Corte e apresentar exposições escritas e orais. (CORRETO)

    CARTA DA ONU ARITIGO 66.2: Além disto, a TODO ESTADO ADMITIDO A COMPARECER PERANTE A CORTE e a qualquer organização internacional, que, a juízo da Corte ou de seu Presidente, se a Corte não estiver reunida, forem suscetíveis de FORNECER INFORMAÇÕES sobre a questão - o Escrivão fará saber, por comunicação especial e direta, que a CORTE ESTARÁ DISPOSTA A RECEBER EXPOSIÇÕES ESCRITAS, dentro num prazo a ser fixado pelo Presidente, OU OUVIR EXPOSIÇÕES ORAIS durante uma audiência pública realizada para tal fim.

    E) O procedimento para apreciação de pareceres consultivos difere caso seja solicitado pela Assembleia-Geral ou pelo Conselho de Segurança (ERRADO)

    FONTE: DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO, PORTELA 2016


ID
83869
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Presidente visita Benguela

O presidente da República in icia hoje uma viagem pelo
continente africano. Seu primeiro compromisso no exterior diz respeito à
assinatura de um tratado comercial com a Repúb lica de Benguela,
envolvendo exportação de produtos agrícolas e medicamentos, e ajuda
financeira.

A República de Benguela é país recém-criado, surgido em
decorrência do desmembramento de parte do território de um outro país.
Um governador de estado acompanha a comitiva presidencial,
pois tem interesse em um segundo tratado, pelo qual uma sociedade de
economia mista do estado-membro participaria das obras de
infra-estrutura necessárias à organização do novo país. A imprensa não foi
informada acerca de qual governador acompanhará o presidente.
O Planeta Diário, 1.º de abril de 2003 (com adaptações).

Supondo que seja verdadeira a notícia hip o tética acima transcrita,
julgue os itens seguintes.

Para que fosse aceito como país-membro da Organização das Nações Unidas (ONU), em condição de plena igualdade com os demais países-membros, a República de Benguela teria que comprovar o atendimento dos requisitos exigidos por aquela pessoa jurídica de direito público internacional para o ingresso na organização, tais como o respeito aos direitos humanos e a comprovação dos limites mínimos de população e de extensão territorial.

Alternativas
Comentários
  • Não há exigência de território mínimo para que  a ONU reconheça a existentencia de um Estado
  •  

    Cinco condições para ser membro da ONU 1)      Ser um Estado 2)      Comprometido com a paz 3)      Aceitar as obrigações da Carta da ONU 4)      Cumprir as obrigações da Carta da ONU 5)      Estar disposto a cumprir as obrigações da Carta da ONU
  • Hmm...5 condições. Favor informar a fonte. Obrigado.

  • CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS

    Artigo 4
    1. A admissão como Membro das Nações Unidas fica aberta a todos os Estados amantes da paz que aceitarem as obrigações contidas na presente Carta e que, a juízo da Organização, estiverem aptos e dispostos a cumprir tais obrigações.
    2. A admissão de qualquer desses Estados como Membros das Nações Unidas será efetuada por decisão da Assembléia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança.

    Fonte: ONU Brasil
  • SENDO ASSIM A ONU É UMA AUTARQUIA...
  • Como não vai existir uma mínima extensão territorial? País no vazio?

  • Na verdade, a Carta da ONU não menciona como requisito o respeito aos direitos humanos e a comprovação dos limites mínimos de população e de extensão territorial como fala a questão.

    Artigo 4

    1. A admissão como membro das Nações Unidas fica aberta a todos os Estados amantes da paz que aceitarem as obrigações contidas na presente Carta e que, a juízo da Organização, estiverem aptos e dispostos a cumprir tais obrigações.

    2. A admissão de qualquer desses Estados como membros das Nações Unidas será efetuada por decisão da Assembleia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança.

  • A ONU, de forma não direta (jus cogens), demanda que o estado seja estado. Bem, para ser estado, o direito internacional pondera que o ente deva possuir território, povo e governo. Havendo estes três, não importa se o país tem 1 metro quadrado ou 1.500.000.000 km quadrados. É necessário, sim, ter território físico (Terra, de fato. Chão, por assim dizer), para ser dito estado, assim como é necessário ter população (mais de uma pessoa) e também governo (instituição responsável pela gestão e representação). Sendo estado de fato, pode-se entrar na ONU atendendo a somente três requisitos: 1. ser amante da paz, 2. aceitar seguir os ditames da organização, e 3. ser aceito pela ASS GER por recomendação do CSONU. A questão de serem o vaticano e a OLP estados observadores, tem muito mais relação com questões políticas do que territoriais (apesar de a OLP, de fato, não poder se dizer posseira líquida e certa de território definido).


ID
98962
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
AGU
Ano
2009
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

No Direito Internacional, há necessidade de previsões
normativas para os períodos pacíficos e para os períodos
turbulentos de conflitos e litígios. A Carta das Nações Unidas e
outras convenções internacionais procuram tratar dos
mecanismos de resolução de conflitos, bem como disciplinam a
ética dos conflitos bélicos e a efetiva proteção dos direitos
humanos em ocasiões de conflitos externos ou internos.

Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir, relativos à
jurisdição internacional, aos conflitos internacionais e ao direito
penal internacional.

Na Carta das Nações Unidas (Carta de São Francisco), admite-se que qualquer litígio seja resolvido por meio de conflitos armados, desde que autorizado pelo Conselho de Segurança da ONU.

Alternativas
Comentários
  • O artigo 33 da Carta das Nações Unidas estabelece exatamente o contrário: 1. As partes numa controvérsia, que possa vir a constituir uma ameaça à paz e à segurança internacionais, procurarão, antes de tudo, chegar a uma solução por negociação, inquérito, mediação, conciliação, arbitragem, via judicial, recurso a organizações ou acordos regionais, ou qualquer outro meio pacífico à sua escolha. 2. O Conselho de Segurança convidará, se o julgar necessário, as referidas partes a resolver por tais meios as suas controvérsias.
  • O propósito da criação da ONU (pela Carta das Nações Unidas) é justamente o de evitar a todo custo que os litígios sejam resolvidos por meio de conflitos armados. O próprio contexto da criação da ONU - como busca de pacificação mundial após as barbáries da 2ª GM - faz considerar a assertiva errada. Não é crível que a Carta da ONU admitisse que "qualquer litígio" fosse resolvido por meio de conflitos armados.
    No próprio preâmbulo da Carta já se encontra a excepcionalidade extrema da utilização de Força Armada: "A força armada não será utilizada a não ser no interesse comum". Diversos outros dispositivos da Carta também indicam a excepcionalidade do uso da força armada.

  • O erro de mais destaque está na palavra "qualquer".
    Sem delongas, cite-se a doutrina especializada:

    Na atualidade nos termos dos dois tratados citados no paragrafo anterior (Carta das Nações Unidas e Briand-Kellog) o jus ad bellum resume-se a duas possibilidades: o direito do Estado de se defender de agressões externas e o direito da ONU tomar medidas para evitar a guerra ou restaurar a paz. Fora destas hipóteses, o recurso à força nas relações internacionais tornou-se ilícito" (Portela, 2010, p. 486)

ID
98968
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
AGU
Ano
2009
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

No Direito Internacional, há necessidade de previsões
normativas para os períodos pacíficos e para os períodos
turbulentos de conflitos e litígios. A Carta das Nações Unidas e
outras convenções internacionais procuram tratar dos
mecanismos de resolução de conflitos, bem como disciplinam a
ética dos conflitos bélicos e a efetiva proteção dos direitos
humanos em ocasiões de conflitos externos ou internos.

Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir, relativos à
jurisdição internacional, aos conflitos internacionais e ao direito
penal internacional.

A ONU deve exercer papel relevante na resolução de conflitos, podendo, inclusive, praticar ação coercitiva para a busca da paz.

Alternativas
Comentários
  • "na primeira guerra do golfo, por exemplo, o conselho de segurança da ONU permitiu a formação de uma coalizão com poderes para intervir"

    fonte: http://www.mindomo.com/mindmap/cmd-resolucao-prova-agu-3b6774fc324d43b1bf900a7174760bdd
  • sim, desde que, seja para a manutencao da paz, a ONU pode utilizar metodos coercitivos.
    Um e o Bloqueio pacifico.
  • Vale observar,segundo aponta o autor do livro "Direito Intern. Público e Privado', Paulo H.G.Portela (recomendo), q o Conselho de Segurança da ONU, inicialmente,ao determinar a existência de qualquer ameaça à paz, ruptura da paz ou ato de agressão, seguirá alguns passos seam eles:

    Primeiro fará RECOMENDAÇÕES indicando as medidas q devem ser adotadas como forma de restabelecer a segurança internacional.

    Não havendo alteração na situação de instabilidade adota-se MEDIDAS de caráter NÃO MILITAR (q poderão,entre outras medidas, incluir interrupção completa ou parcial das relações econômicas) e não havendo ainda alteração do quadro de instabilidade, o Conselho poderá levar a cabo a ação q julgar necessária, como o uso de força MILITAR, aérea, terrestre, marítima, em fim, as q forem devidas ao caso.

    Vale chamar atenção ainda p o fato de q a ONU não tem forças militares próprias, assim,conta com a colaboraração dos Estados-membros,q podem ceder força militar q atuarem representando a ONU, conforme o mandato q esta estabelecer.

    E mais, vale lembrar q é contemplado na Carta da ONU q pode haver LEGÍTIMA DEFESA por parte do país atacado, porém apenas diante de efetivo ATAQUE ARMADO, não uma legitima defesa preventiva, ou seja, diante de apenas ameaça de ataque.

    Bons estudos para  todos, e essa matéria é interessante, nada de desanimar!

ID
99634
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
AGU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

O Estado B deslocou tropas e anunciou que invadiria, com
o uso da força, o Estado C em um mês. Findo o período, o Estado
B concretizou seu anúncio e anexou o território do Estado C ao seu.
O Conselho de Segurança da ONU, em reunião extraordinária,
impôs, então, embargo econômico ao Estado B. O Estado D, por
considerar as medidas contra o Estado B ilícitas, declarou-se neutro
no conflito e decidiu romper o embargo e praticar normalmente seu
comércio exterior com B.

Com base nessa situação hipotética, julgue os itens subsequentes.

A licitude das resoluções do Conselho de Segurança somente pode ser julgada pela Corte Internacional de Justiça, órgão judicial da ONU.

Alternativas
Comentários
  • O Conselho de segurança tem atribuições políticas enquanto a CIJ atribuições jurídicas.
    Para aprofundar o conhecimento sobre a ONU, sugiro esse material composto de texto e vídeo.

    http://araoalves.blogspot.com.br/2010/11/onu-organizacao-das-nacoes-unidas-texto.html
  • O erro está na palavra "somente". As resoluções do Conselho de Segurança da ONU não estão acima do Direito, pois devem respeitar tanto a Carta da ONU como o jus cogens que se impõem a todos. O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, criado por uma resolução da ONU nº 827 de 1993, declarou, no caso “Tadic”, que é competente para examinar a exceção de incompetência no que respeita ao fundamento sobre a legalidade de sua fundação. Portanto, esse Tribunal decidiu sobre a licitude da resolução do Conselho de Segurança da ONU que o constituiu.fonte: pontodosconcursos
  • A CIJ tem competência sobre a competência. Suas resoluções são definitivas e amparadas pelo Capítulo VII da Carta da ONU
  • Errado. A Corte Internacional de Justiça (CIJ) é o único órgão da ONU que possui competência para avaliar a licitude das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Contudo, tal avaliação também poderia ser feita por órgãos que não são da ONU, como a Corte de Haia ou o Tribunal Penal Internacional (TPI). Este último, no caso Tadic, já decidiu pela licitude da resolução do Conselho de Segurança da ONU que o constituiu (Resolução n. 827/1993).

    Fonte: 
    http://concurseiradesesperada.blogspot.com.br/2011/11/deslocamento-de-tropas-e-invasao-de-um.html
  • Dentre os órgãos da ONU (Assembleia Geral, Conselho Econômico e Social, Secretariado, Conselho de Tutela, CIJ, além do próprio Conselho de Segurança – CSNU) somente a CIJ pode julga a licitude de resoluções do Conselho de Segurança. Entretanto, o Conselho de Segurança não é uma instituição acima do direito internacional público, de modo que órgãos não pertencentes à estrutura da ONU, como tribunais internacionais, podem analisar eventuais casos de licitude ou ilicitude de resoluções proferidas pelo CSNU. Esse foi o caso, por exemplo, do Tribunal Penal Internacional, que analisou resolução do CSNU no contexto do caso Tadic, a qual foi considerada lícita. 


    A questão está errada.


  • a Corte de Haia é a Corte Internacional de Justiça, L LIMA... não confunda os coleguinhas... O fato de o Tribunal Penal Internacional também estar sediado em Haia acaba provocando certa confusão, mas, a saber: a Corte de Haia, aka CIJ, é o órgão judicial da ONU e só julga Estados. O TPI, instituído em 1998 pelo Estatuto de Roma, julga indivíduos nos casos de crimes de guerra, genocído, crimes contra a humanidade e, muito em breve, crimes de agressão.


ID
99637
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
AGU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

O Estado B deslocou tropas e anunciou que invadiria, com
o uso da força, o Estado C em um mês. Findo o período, o Estado
B concretizou seu anúncio e anexou o território do Estado C ao seu.
O Conselho de Segurança da ONU, em reunião extraordinária,
impôs, então, embargo econômico ao Estado B. O Estado D, por
considerar as medidas contra o Estado B ilícitas, declarou-se neutro
no conflito e decidiu romper o embargo e praticar normalmente seu
comércio exterior com B.

Com base nessa situação hipotética, julgue os itens subsequentes.

O embargo econômico imposto pelo Conselho de Segurança classifica-se como uma contramedida.

Alternativas
Comentários
  • Embargo econômico é uma das sanções não militares aplicáveis pelo Conselho de Segurança previstas no art. 41 da Carta da ONU.Contramedida (represália), por sua vez, é uma excludente de responsabilidade internacional. É ato ilícito que, no entanto, se justifica por ser a única forma de revidar outros atos igualmente ilícitos perpetrados por outro Estado agressor.São requisitos para contramedida:(a) um ataque prévio, contrário aos direitos do Estado ofendido;(b) devem ser proporcionais ao ataque;(c) não tenha o Estado ofendido encontrado um meio lícito de combater a ilegalidade sofrida.
  • ITEM ERRADO.

    INTERVENÇÕES DO CONSELHO DE SEGURANÇA – SANÇÕES DE NATUREZA NÃO MILITAR:

    O Conselho de Segurança faz uso dessas medidas ao abrigo do artigo 41 da Carta: Artigo 41: O Conselho de Segurança decidirá sobre as medidas que, sem envolver o emprego de forças armadas, deverão ser tomadas para tornar efetivas as suas decisões e poderá instar os membros
    das Nações Unidas a aplicarem tais medidas. Estas poderão incluir a interrupção completa ou parcial das relações econômicas, dos meios de comunicação ferroviários, marítimos, aéreos, postais, telegráficos, radioelétricos, ou de outra qualquer espécie, e o rompimento das relações diplomáticas”
    [...]
    Existem ainda outras formas de pressão: o embargo econômico que significa a recusa de vender um determinado bem ou serviço; boicote econômico que consiste em recusar ou impedir a compra por agentes econômicos no Estado de determinadas mercadorias ou serviços do Estado embargado; operações monetárias; e suspensão e cancelamento de vantagens econômicas anteriormente concedidas a um Estado,
    determinando assim, que este deixe de praticar alguns atos ou medidas
    .
    (HUCK, Hermes Marcelo. Op cit. p 230-232.)
    [....]

    Contramedida (represália), por sua vez, é uma excludente de responsabilidade internacional. É ato ilícito que, no entanto, se justifica por ser a única forma de revidar outros atos igualmente ilícitos perpetrados por outro Estado agressor.

    São requisitos para contramedida:

    (a) um ataque prévio, contrário aos direitos do Estado ofendido;

    (b) devem ser proporcionais ao ataque;

    (c) não tenha o Estado ofendido encontrado um meio lícito de combater a ilegalidade sofrida.

  •  Questão: O embargo econômico imposto pelo Conselho de Segurança classifica-se como uma contramedida.

    Errado. O embargo econômico é uma sanção não militar aplicável pelo Conselho de Segurança da ONU:

    Artigo 41. O Conselho de Segurança decidirá sobre as medidas que, sem envolver o emprego de forças armadas, deverão ser tomadas para tornar efetivas suas decisões e poderá convidar os Membros das Nações Unidas a aplicarem tais medidas. Estas poderão incluir a interrupção completa ou parcial das relações econômicas, dos meios de comunicação ferroviários, marítimos, aéreos , postais, telegráficos, radiofônicos, ou de outra qualquer espécie e o rompimento das relações diplomáticas.


    Contramedida é uma excludente de ilicitude prevista no PROJETO DA COMISSÃO DE DIREITO INTERNACIONAL DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DOS ESTADOS

    EXCLUDENTES DE ILICITUDE:

    Art. 22. Contramedidas em relação a um ato internacionalmente ilícito. A ilicitude de um ato de um Estado em desacordo com uma obrigação internacional em relação a um outro Estado será excluída se e na medida em que o ato constitua uma contramedida tomada contra o último Estado em conformidade com o Capítulo II da Parte Três.

    "CONTRAMEDIDAS
    Art. 49. Objeto e limites das contramedidas
    1. Um Estado lesado somente pode adotar contra-medidas contra um Estado que seja responsável por um ato internacionalmente
    ilícito com o objetivo de induzi-lo a cumprir com suas respectivas obrigações dispostas na Parte Dois  . 2. As contramedidas são limitadas ao não cumprimento temporal de obrigações internacionais do Estado que adota as medidas em relação ao Estado responsável.
    3. As contramedidas deverão, na medida do possível, ser tomadas de tal modo a permitir a retomada d a realização das obrigações em questão
     
  • Contramedida, embora seja ilícita, é uma conduta que pode ser autorizada pelo direito internacional como forma de forçar o Estado violador a cumprir suas obrigações internacionais. Elas são muito usadas, por exemplo, no âmbito da OMC, quando o Estado perdedor não cumpre a sentença. Nesse contexto, o Estado vencedor frequentemente é autorizado a aplicar contramedidas para forçar o cumprimento da sentença. Existem algumas contramedidas que são proibidas pelo DIP, como o uso da força, a violação de normas de jus cogens, o afastamento de imunidades diplomáticas e consulares, dentre outras. Pode-se notar, portanto, que as contramedidas são aplicadas no plano horizontal, ou seja, entre Estados. Elas não têm natureza punitiva e devem ser proporcionais e reversíveis. No caso do embargo econômico imposto pelo Conselho de Segurança, trata-se de sanção. As sanções só existem quando há relações verticais, como na situação entre um tribunal e um Estado. Elas possuem natureza punitiva e podem ocorrer quando são previstas em tratados celebrados pelos Estados. No caso da ONU, previu-se a possibilidade de aplicar sanções políticas, econômicas e militares, no âmbito do capítulo VII da Carta da ONU.  


    A questão está errada.


  • Gostaria de tirar dúvidas sobre as questões de português.

  • O embargo econômico imposto pelo Conselho de Segurança classifica-se como uma contramedida. X

    O embargo econômico imposto pelo Conselho de Segurança classifica-se como uma sanção não militar aplicável pelo Conselho de Segurança.

     

    Contramedida é uma excludente de responsabilidade internacional; embora seja um ato ilícito, ela se justifica para revidar atos ilícitos praticados por outro Estado agressor. 


ID
99643
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
AGU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

O Estado B deslocou tropas e anunciou que invadiria, com
o uso da força, o Estado C em um mês. Findo o período, o Estado
B concretizou seu anúncio e anexou o território do Estado C ao seu.
O Conselho de Segurança da ONU, em reunião extraordinária,
impôs, então, embargo econômico ao Estado B. O Estado D, por
considerar as medidas contra o Estado B ilícitas, declarou-se neutro
no conflito e decidiu romper o embargo e praticar normalmente seu
comércio exterior com B.

Com base nessa situação hipotética, julgue os itens subsequentes.

O deslocamento de tropas e o anúncio da futura invasão do Estado C já constituem, por si, violação à Carta da ONU.

Alternativas
Comentários
  • CERTA.Essas situações descritas se constituem em ameaças. Segundo o § 4º do art. 2º da carta da ONU, “os membros deverão abster-se nas suas relações internacionais de recorrer à ameaça ou ao uso da força, quer seja contra a integridade territorial ou a independência política de um Estado, quer seja de qualquer outro modo incompatível com os objectivos das Nações Unidas”. Portanto, certo o item.
  • O deslocamento de tropas e o anúncio de invasão de um Estado significam a violação de duas regras da Carta da ONU: proibição do uso da força e proibição de atentar contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado. Isso está previsto no artigo 2º, § 4º da Carta da ONU, “Todos os Membros deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado, ou qualquer outra ação incompatível com os Propósitos das Nações Unidas”.


    A questão está certa.


  • O deslocamento de tropas e o anúncio da futura invasão do Estado C já constituem, por si, violação à Carta da ONU.

     

    CERTO. O art. 2.4 da Carta da Organização das Nações Unidas prevê que “Todos os Membros deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a dependência política de qualquer Estado”. Assim, só o fato de deslocar e anunciar a invasão viola a Carta da ONU, sendo uma conduta ilícita internacionalmente.

  • E o Estado "A", onde fica na história?


ID
99646
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
AGU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

No que concerne às fontes de direito internacional, julgue os itens
seguintes.

Em 2008, a Comissão de Direito Internacional da ONU finalizou seu projeto de artigos sobre reservas a tratados.

Alternativas
Comentários
  • ERRADA. Questão difícil que não está na pauta de estudos dos candidatos. Há poucos anos o CESPE tem sinalizado a tendência de cobrar acompanhamento dos projetos de artigos da Comissão de Direito Internacional da ONU. Esse projeto em questão ainda nao foi finalizado. (vide http://www.un.org/law/ilc). Neste site constam os temas de DIP cujos projetos continuam em discussão, tais como reservas a tratados, responsabilidade internacional de organizações, partilha de recursos naturais, expulsão de estrangeiros, obrigação de extradição, proteção de pessoas em desastres, imunidade de oficiais de Estado da jurisdição criminal estrangeira, tratados ao longo do tempo, e cláusula da nação mais favorecida.
  • Em 2008, a Comissão de Direito Internacional da ONU não havia finalizado seu projeto de artigos sobre reservas a tratados. Na página da ONU http://www.un.org/law/ilc/, é possível verificar os temas que estão sendo trabalhados pela comissão de direito internacional. O projeto sobre reserva de artigos não se encontra mais entre os que estão sendo trabalhados na data atual (janeiro de 2014), mas há uma série de outros assuntos sendo analisados no momento, como a expulsão de estrangeiros e a aplicação provisória de tratados.


    A questão está errada.   



ID
102940
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Com relação às fontes do direito internacional público, julgue
C ou E.

Os atos unilaterais dos Estados, como as leis e os decretos em que se determinam, observados os limites próprios, a extensão do mar territorial, da sua zona econômica exclusiva ou o regime de portos, são considerados fontes do direito internacional público, sobre as quais dispõe expressamente o Estatuto da Corte Internacional de Justiça.

Alternativas
Comentários
  • Resumidamente São fontes indiretas e não constam no Art. 38 da CIJ. Costam somente: tratado, costume e princípios gerais de direito.
  • Os atos jurídicos unilaterais podem receber a qualidade de fonte de Direito Internacional quando, voltados para o exterior, possam ser invocados por outros Estados. É o caso, por exemplo, da legislação interna que determina a extensão do mar territorial e da ZEE. São atos unilaterais internos, mas que interessam ao Direito Internacional. De todo modo, os atos unilaterais não constam do rol do art. 38 do Estatuto da CIJ.

  • O art.38 da CIJ assim preleciona: 

    Artigo 38. A Corte, cuja função seja decidir conforme o direito internacional as controvérsias que sejam submetidas, deverá aplicar:
      1. as convenções internacionais, sejam gerais ou particulares, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; 2. o costume internacional como prova de uma prática geralmente aceita como direito; 3. os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações civilizadas; 4. as decisões judiciais e as doutrinas dos publicitários de maior competência das diversas nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito, sem prejuízo do disposto no Artigo 59. 5. A presente disposição não restringe a faculdade da Corte para decidir um litígio ex aequo et bono, se convier às partes.

    Destarte, percebe-se que o Estatuto define expressamente como fontes diretas os Tratados, o Costume e os PGDs. Ressalva a doutrina e a jurisprudência como meios auxiliares. Ademais, faculta o uso da equidade se assim as partes concordarem.  No entanto, tal rol é exemplificativo visto que tanto as Decisões das OIs quanto os Atos jurídicos unilaterais também são consideradas fontes de DIP a despeito de não serem explicitamente citadas e tal artigo.


     
  • Os atos unilaterais dos Estados, como as leis e os decretos em que se determinam, observados os limites próprios, a extensão do mar territorial, da sua zona econômica exclusiva ou o regime de portos, são considerados fontes do direito internacional público, sobre as quais dispõe expressamente o Estatuto da Corte Internacional de Justiça.
    O erro da presente questão é afirmar que o Estatuto da Corte Internacional de Justiça prevê expressamente os atos unilaterais dos Estados como fontes do direito internacional público.
     Para melhor esclarecimento são fontes do Direito Internacional Público conforme previsto EXPRESSAMENTE no art.38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça:
    Fontes primárias ou diretas:
    Tratado Internacional - fonte convencional;
    Costume Internacional - fonte extraconvencional;
    Princípios gerais de Direito - fonte extraconvencional.
    Fontes secundárias, indiretas ou auxiliares:
    Doutrina;
    Jurisprudência;
    Equidade.
    Cumpre ressaltar que o rol do art.38 do ECIJ, não é taxativo, mas sim meramente EXEMPLIFICATIVO, sendo assim, é possível a existência de outras fontes além das mencionadas e que não estão previstas expressamente pelo ECIJ, vejamos:
    Outras fontes:
    Resolução de Organizações Internacionais;
    Atos Jurídicos Unilaterais (é o caso da presente questão).
    Espero ter ajudado. Bons estudos.


     
  • Os atos unilaterais dos Estados e as decisões das Organizações Internacionais podem ser fontes de DIP, dependendo da situação.

    As únicas fontes de DIP sobre as quais a CIJ dispõe expressamente são: tratados internacionais, costume internacional e princípios gerais do direito.
  • O Estatuto da CIJ não prevê expressamente que os atos unilaterais são fonte de DIP. Em seu artigo 38, estão enumeradas como fontes os tratados, costumes e princípios gerais de direito. Como meios auxiliares, estão elencadas a doutrina e a jurisprudência. Os atos unilaterais são, de fato, considerados fontes de DIP, mas não estão no Estatuto da CIJ. Eles constituem parte do que se chama Novas Fontes de DIP, as quais incluem, também, por exemplo, as decisões obrigatórias das organizações internacionais.  


    A questão está errada.


  • Conforme o art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são fontes de DIP: as convenções internacionais, o costume internacional, os princípios gerais de direito, a doutrina e as decisões judiciárias. Embora seja o ato jurídico unilateral uma fonte de DIP, não consta expressamente do rol exemplificativo do Estatuto. As resoluções de organizações internacionais, bem como os atos jurídicos unilaterais são fontes, mas não estão elencadas no Estatuto.

  • ERRADO

     

    Apesar de certos atos unilaterais, como leis ou decretos com que cada Estado determina, observados os limites próprios, a extensão de seu mar territorial ou de sua zona econômica exclusiva, o regime de seus portos, ou ainda a franquia de suas águas interiores à navegação estrangeira, o Artigo 38, do Estatuto da Corte Internacional de Justiça não fez menção expressa aos atos unilaterais como fonte do direito inernacional:

     

    A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: 


    a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;

     

    b. o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;

     

    c. os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;

     

    d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito.

     

    A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem. 

  • GABARITO ERRADO

     

    O problema da questão esta na parte final, pois alega que tal princípio encontra-se expresso no Estatuto da Corte Internacional de Justiça. Porém, este princípio não encontra-se previsto no artigo 38.1 (artigo que elenca quais são as fontes que devem ser seguidas nas resoluções de conflitos), mas há sim, dentro da doutrina, entedimento majoritário que atos unilaterais dos Estados, bem como as decisões de organismos internacionais, são considerados fontes complmentares às principais elencadas no artigo 38 de tal Estatuto. 

     

    DEUS SALVE O BRASIL.

  • GB  Errado.

    Apesar de constituírem fontes do direito internacional, os
    atos unilaterais dos Estados não constam no rol do art. 38 do
    Estatuto da Corte Internacional de Justiça, que somente
    menciona os tratados, o costume, os princípios gerais de direito, a
    jurisprudência e a doutrina e a equidade.

  • Os atos unilaterais dos Estados, embora sejam considerados fontes de DIP, não foram elencados como tal pelo art. 38 do Estatuto da CIJ. Questão errada

    Fonte Estratégia Concurso


ID
102943
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Com relação às fontes do direito internacional público, julgue
C ou E.

As decisões das organizações internacionais contemporâneas, proferidas na forma de resoluções, recomendações, declarações e diretrizes, apenas obrigam os seus membros quando adotadas por votação unânime em plenário, em qualquer hipótese.

Alternativas
Comentários
  • Basta ter em mente a seguinte premissa do direito internacional:

    Todos os Estados são soberanos a não há ninguém acima deles.

    Uma organização internacional nunca vai ter poder de obrigar um estado soberano.

  • DECISÕES DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS (DOI)

     

    -          Assim como os atos unilaterais, as DOI não são mencionadas pelo Estatuto de Haia como fonte do DIP. Um dos motivos é que na época em que o Estatuto foi lavrado (1920), apenas começava a era das Organizações Internacionais.

    -          Muitos autores não consideram as DOI como fonte de DIP alegando falta de autonomia, ou seja, a autoridade de uma decisão tomada no âmbito de qualquer organização resulta, em última análise, de seu tratado institucional.

    -          Assim, segundo tais autores, o Estado que procede na conformidade de certa diretriz obrigatória de uma OI a que pertença estaria, na verdade, obedecendo ao tratado desta Organização, em cujos termos (artigos) opera o sistema de produção e execução de diretrizes obrigatórias.

    -          Os títulos que usualmente qualificam as DOI, bem como seus efeitos, variam de acordo com a Organização em questão. Os títulos mais utilizados são: resoluções, recomendações, declarações e diretrizes.

    -          Muitas dessas normas obrigam a totalidade dos membros da organização mas, geralmente, quando se referem a decisões de importância reduzida.

    -          No que concerne às decisões importantes, estas só obrigam quando tomadas por voz unânime, e, se majoritárias, obrigam apenas os integrantes da corrente vitoriosa. Ex.: as resoluções da Assembléia Geral da ONU; 1964, no âmbito da OEA, o México rejeitou, com voto isolado, a recomendação da Organização de rompimento geral de relações diplomáticas com Cuba.

  • ERRADA.

    Está incorreto pois cada O.I têm seu tratado constitutivo. Logo cada uma delas será regida por normas diferentes, podendo uma delas não necessitar de votação unânime. A exemplo do CSNU, no âmbito da ONU, na qual foi aprovado as sanções ao governo iraniano no ano de 2010 porém Brasil e Turquia votaram contra.
  • As decisões de organizações internacionais podem ou não obrigar seus destinatários, revestindo-se ou não de caráter vinculante.

    Bons estudos!
  • Nem toda decisão adotada no seio de uma OI é juridicamente obrigatório para os Estados membros e as decisões obrigatórias não devem ser necessariamente adotadas por unanimidade. O que define a obrigatoriedade dos atos e decisões adotados por uma OI é seu instrumento constitutivo, e não a forma de adoção da decisão. Assim, nada impede que determinada OI adote medida obrigatória para seus membros por meio de votação que não inclua a participação de todos os membros e que seja feita pelo critério de maioria, ao invés de unanimidade. Para isso, basta que essas regras estejam previstas em seu instrumento constitutivo. Esse é o caso, por exemplo, do Conselho de Segurança da ONU, que tem competência para proferir decisões obrigatórias para todos os membros da ONU, embora conte com somente quinze membros, os quais decidem por maioria de, no mínimo, 9 votos afirmativos. Recomendações, declarações e diretrizes geralmente não têm caráter obrigatório. Já as resoluções, no seio do Conselho de Segurança da ONU, geralmente são obrigatórias (quando se baseiam no capítulo VII da Carta da ONU – relativo à paz e segurança).  


    A questão está errada.


  • O decorar aquela frase:

    - "Eu não sou obrigado a nada, a nada!" rs XD

  • Galera, cuidado com as decisões proferidas no âmbito da OMC que aplicam-se o single undertaking, que é exceção.


ID
115741
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
AGU
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

É o direito internacional público uma espécie de direito?
Essa natureza do direito internacional público tem sido desafiada
por dois argumentos. O primeiro afirma que não há um poder
central mundial com atividades típicas dos Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário. O segundo destaca a inexistência de uma
sociedade internacional que compartilhe efetivamente valores de
forma ampla e consensual. Apesar desses argumentos, verifica-se
que os Estados nacionais não vivem de forma isolada, eles
interagem com a comunidade internacional por meio de tratados,
da globalização das atividades laborais e econômicas, bem como
criam entes de direito supranacional, que buscam, como no
MERCOSUL, a integração e a proteção de determinados valores
compartilhados mundialmente.
Considerando o texto acima como referência inicial, cada um dos
itens subseqüentes apresenta uma situação hipotética, seguida de
uma assertiva a ser julgada de acordo com a doutrina e a
legislação pertinente.

O estado do Rio Grande do Sul, almejando ser reconhecido internacionalmente como um Estado soberano, pleiteou uma cadeira na Organização das Nações Unidas (ONU), alegando que possui um território, uma população e um governo permanente. Nessa situação, os requisitos apresentados não são suficientes para que o Rio Grande do Sul seja aceito na Assembléia-Geral da ONU.

Alternativas
Comentários
  • item CORRETO

    É preciso ainda o requisito da soberania, além de um território e uma população!
  • "Estado sujeito de Direito Internacional é aquele que reúne três elementos indispensáveis para a sua formação: população (composta de nacionais e estrangeiros), territórios (ele não precisa ser completamente definido, sendo que a ONU tem admitido Estados com questões de fronteira, como por exemplo, Israel) e governo (deve ser efetivo e estável). Todavia, o Estado pessoa internacional plena é aquele que possui soberania".
    CELSO D. ALBUQUERQUE DE MELLO, 1997, vol. I, p. 329).

  • Não dá pra acreditar que uma questão dessas caiu numa prova desse nível.
    Mas o pior de tudo, é a resposta estar correta ehehehehehe
  • Como diria o Lula, Pelotas é cidade polo...

  • Apenas complementando...

    Para a doutrina tradicional o conceito de Estado é jungido a partir de três elementos: soberania, território e população. 

    Há aqueles que ainda citam um quarto elemento: a finalidade (bem comum). 

    Mas as discussões não param por aí.

    A Convenção de Montevidéu (D. 1570/37) ainda elenca (art. 1º, IV) como requisito para reconhecimento de um Estado a "Capacidade de entrar em relações com os demais Estados."

    Pode-se dizer, portanto, que o conceito completo de Estado engloba todos estes aspectos: 1) soberania; 2) território; 3) população; 4) finalidade; 5) capacidade de entrar em relações com outros Estados. 

  • Decreto 19.841/45 - promulga a Carta das Nações Unidas

     

    Artigo 3. Os Membros originais das Nações Unidas serão os Estados que, tendo participado da Conferência das Nações Unidas sobre a Organização Internacional, realizada em São Francisco, ou, tendo assinado previamente a Declaração das Nações Unidas, de 1 de janeiro de 1942, assinarem a presente Carta, e a ratificarem, de acordo com o Artigo 110.

     

    Como alguns bem disseram, Estado é formado por população, território, governo e soberania.

     

    Assim, o Estado do Rio Grande do Sul não é soberano.

  • Eu discordo de todas as pessoas que comentaram aqui. Lembrem-se que Kosovo e outros antigos estados "não-soberanos" (como os africanos e asiáticos) não erm membros originais da ONU. A soberania é algo que se adquire automaticamente ao tornar-se um Estado-membro da ONU.

    O fato de essas condições não serem suficientes para a admissão do Rio Grande do Sul é que seria necessária uma aprovação da Assembleia Geral, mediante recomendação do órgão máximo, o CSNU para a entrada de qualquer membro, conforme o artigo 4 da Carta da ONU:

    Artigo 4. 1. A admissão como Membro das Nações Unidas fica aberta a todos os Estados amantes da paz que aceitarem as obrigações contidas na presente Carta e que, a juízo da Organização, estiverem aptos e dispostos a cumprir tais obrigações.

    2. A admissão de qualquer desses Estados como Membros das Nações Unidas será efetuada por decisão da Assembléia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança.

  • CERTO
    REQ: território + povo + governo SOBERANO

     

  • Sobre os ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DOS ESTADOS, leciona HILDEBRANDO ACCIOLY  e PAULO BORBA CASELLA:

     

    "Pode-se definir o estado como agrupamento humano, estabelecido permanentemente num território determinado3 e sob governo independente. Da análise dessa definição, constata-se que, teoricamente, são quatro os elementos constitutivos do estado, conforme estabelece a Convenção Interamericana sobre os Direitos e Deveres dos Estados, firmada em Montevidéu, em 1933, que indica os seguintes requisitos: a) população permanente; b) território determinado; c) governo; d) capacidade de entrar em relação com os demais estados.

     

    [...]

     

    O terceiro e o quarto elementos constitutivos do estado — governo e capacidade de manter relações com os demais estados — completam-se. Em outras palavras, é necessária a existência de governo soberano, isto é, de governo não subordinado a qualquer autoridade exterior, e cujos únicos compromissos sejam pautados pelo próprio direito internacional.

     

    (Manual de direito internacional público / PauloBorba Casella, Hildebrando Accioly e G. E. do Nascimentoe Silva. — 20. ed. — São Paulo: Saraiva, 2012).

     

  • Tem território, tem povo mas não tem governo SOBERANO.

  • Uma questão assim só pode ser piada contra os gaúchos... Kkkkkkkkk!


ID
135331
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Quanto ao registro e à publicidade de tratados internacionais, segundo a Carta das Nações Unidas, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Artigo 102 da Carta das Nações Unidas:
    1. Todo tratado e todo acordo internacional, concluídos por qualquer Membro das Nações Unidas depois da en?
    trada em vigor da presente Carta, deverão, dentro do mais breve prazo possível, ser registrados e publicados pelo
    Secretariado.
    2. Nenhuma parte em qualquer tratado ou acordo internacional que não tenha sido registrado de conformidade
    com as disposições do parágrafo 1 deste artigo poderá invocar tal tratado ou acordo perante qualquer órgão das
    Nações Unidas.

    Artigo 80 da Convenção de Viena sobre o direito dos Tratados de 1969:
    Registro e Publicação de Tratados
    1. Após sua entrada em vigor, os tratados serão remetidos ao Secretariado das Nações Unidas para fins de registro
    ou de classificação e catalogação, conforme o caso, bem como de publicação.
    2. A designação de um depositário constitui autorização para este praticar os atos previstos no parágrafo anterior.
  • Nenhuma das parte em qualquer tratado ou acordo internacional que não tenha sido registrado poderá invocar tal tratado ou acordo perante qualquer órgão das Nações Unidas.


    ALTERNATIVA CORRETA ( A)


  • - Letra a: Conforme o art. 102, §§ 1º e 2º diz que nenhuma parte em um tratado não registrado poderá invocar tal tratado ou acordo perante qualquer órgão das Nações Unidas, portanto, os tratados não registrados na ONU não podem ser invocados perante órgãos das Nações Unidas. - Letra b: Jus cogens significa que se sobrevier uma nova norma imperativa geral de direito internacional que conflite com norma do tratado, a norma do tratado será nula ou se for todo o tratado contra aquela nova norma o tratado será extinto. - Letra c: só após a troca ou depósito das ratificações é possível o registro perante a ONU. - Letra d: Conforme art. 102, § 1º compete ao Secretariado o registro e a Publicação do tratado. - Letra e: Não há esta regra na Carta das Nações Unidas, o art. 39 e parágrafo fala apenas que as línguas oficiais da Corte serão o francês e o inglês.
  • O importante é o registro na ONU!

    Abraços

  • Gabarito A:

    Artigo 102. 1. Todo tratado e todo acordo internacional, concluídos por qualquer Membro das Nações Unidas depois da entrada em vigor da presente Carta, deverão, dentro do mais breve prazo possível, ser registrados e publicados pelo Secretariado.

    2. Nenhuma parte em qualquer tratado ou acordo internacional que não tenha sido registrado de conformidade com as disposições do parágrafo 1 deste Artigo poderá invocar tal tratado ou acordo perante qualquer órgão das Nações Unidas.


ID
145816
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
BACEN
Ano
2009
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Acerca das regras do direito econômico internacional e regional, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA LETRA CO Banco Central Europeu (BCE) foi instituído em 1 de Junho de 1998. Goza de personalidade jurídica e de total independência face às instituições nacionais e comunitárias. O BCE assegura o bom funcionamento da União Económica e Monetária, administrando o Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC). A sua principal missão consiste em manter a estabilidade dos preços, definindo a política monetária da "zona do euro" * a fim de salvaguardar o valor da moeda única.

    •  e) Um dos cinco pilares do Novo Acordo de Capital, assinado em 2004 pelo Comitê de Basileia, é a redução da assimetria de informação (transparência) e o favorecimento da disciplina nos mercados financeiros.
    • Os Acordos de Basiléia foram criados pelo G10. O Secretariado é abrigado na sede do BIS. Não possui autoridade supranacional
    • O Acordo Basiléia II ( Revised International Capital Framework). Possui 3 pilares: 1) determinação de requisitos mínimos próprios  para a cobertura dos riscos de crédito, de mercado e operacional 2) covergência das políticas e práticas de supervisão (que podem originar a fixação de requisitos mínimos diferenciados em função dos perfis ou da solides dos sistemas de gestão e controle interno das instituições. 3) prestação de informação ao mercado e público em geral.
    • Atenção, em 2010 houve o III Acordo de Basiléia que , devido a crise financeira, os Bancos teriam que aumentar suas reservas de proteção de 2% para 7% dos seus ativos.
  • está desatualizada!
  • precisando de estimulo e muita coragem para estuda muito só tenho 2 meses pra isso
  • Existe uma tarifa externa comum (TEC) no Mercosul desde 1995. Até os dias atuais (dezembro 2014), ela conta com lista de exceções que podem ser praticadas pelos países membros do bloco, mas isso não significa que não haja uma TEC. A implementação da TEC representou o inicio da união aduaneira no Mercosul, que significa livre comércio entre os membros do bloco e a instituição de uma tarifa externa comum para o comércio dos membros do bloco com países que não fazem parte do Mercosul.

    A alternativa (B) está incorreta. Não houve instituição de uma nova ordem econômica mundial por meio de documentos aprovados pela ONU em 1974. O que houve no inicio da década de 1970 e que mudou a ordem econômica internacional instituída a partir de Bretton Woods, em 1944, foi a quebra do padrão dólar-ouro, que acabava com a paridade pré-estabelecida entre a moeda americana e o ouro. Mas isso foi feito de forma unilateral pelo governo dos Estados Unidos, e não no seio de uma organização intergovernamental.

    A alternativa (C) está correta. O sistema foi instituído em 1998 e “é constituído pelo BCE e pelos bancos centrais nacionais dos Estados-Membros da UE que participam na área do euro, isto é, que adotaram o euro como moeda”.

    A alternativa (D) está incorreta. As três principais finalidades do BIS são auxiliar os bancos centrais afiliados em seus objetivos de alcançar estabilidade econômica e financeira, fomentar a cooperação internacional na área financeira e atuar como um banco central dos bancos centrais afiliados.

    A alternativa (E) está incorreta. O acordo de Basileia II (2004) conta com três pilares, e não cinco. Os três pilares são os seguintes: requerimentos de capital; revisão pela supervisão do processo de avaliação da adequação de capital dos bancos; e disciplina de mercado.


    A alternativa (C) está correta.


  • Quanto à letra B)

    A Ordem Econômica Internacional, começou a ser estruturada em 1944, com os Acordos de Bretton Woods, que criaram as principais normas e organismos voltados a regular a economia internacional, com temas relevantes, como o equilíbrio da moeda, o desenvolvimento e o livre comércio.

     NOVA ORDEM (NOEI): Posteriormente, emergiu a chamada NOVA ORDEM ECONÔMICA INTERNACIONAL (NOEI), cujas principais premissas começaram a ser estabelecidas na 1ª Conferência da UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development – Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), em 1964, e foram consolidadas em 1974, por meio das Resoluções 2101 e 3202, da Assembleia Geral da ONU, que formaram a chamada “Carta dos Direitos e Deveres Econômicos dos Estados”.

    O principal objetivo da NOEI era lutar contra o subdesenvolvimento e proteger países subdesenvolvidos nas relações econômicas internacionais. Em síntese: atender aos países pobres e eliminar o subdesenvolvimento.

    Os princípios da NOEI incluíam:

    a)  Equidade;

    b)  Direito dos Estados de deliberar soberanamente sobre o funcionamento dos respectivos sistemas econômicos e sociais;

    c)  Cooperação para o desenvolvimento.

      ATUAL ORDEM ECONÔMICA INTERNACIONAL caracteriza-se por estar em constante evolução, na esteira de um processo de relativa liberalização da economia. Seus principais valores são: livre mercado e livre comércio, redução da interferência estatal, maior interdependência, competitividade, DESREGULAMENTAÇÃO, instabilidade da ordem, crescente participação de entes privados etc.

    Logo, a questão B está equivocada pq a DESREGULAMENTAÇÃO e a crescente participação dos entes privados são características da ATUAL ordem internacional, e não da NOVA ORDEM, que surgiu em 1974 após Bretton Woods. 

  • Pq está desatualizada?

  • Gabarito: C.


ID
180874
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 1ª REGIÃO (RJ)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Acerca da personalidade jurídica internacional, essencial para o exercício de direitos e deveres no âmbito do direito internacional público, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADA.
    Justificativa: A Anistia Internacional e o Greenpeace são ONG's, sociedades civis. Assim, apesar de sua importância como organismos de pressão, não são sujeitos de Direito Internacional Público.

    b) ERRADA.
    Justificativa: Ao MERCOSUL foi conferida personalidade jurídica de direito internacional pelo Protocolo de Ouro Preto, assinado em 17.12.1994 e internalizado no Brasil pelo DL 712, de 15.10.2003.

    c) ERRADA.
    Justificativa: A OIT, por se tratar de uma organização internacional, possui personalidade jurídica internacional própria. Trata-se de um organismo especializado que, embora vinculado às Nações Unidas, não faz parte de sua estrutura. A Carta da ONU, no art. 57, cuida dos organismos especializados.

    d) ERRADA.
    Justificativa: O Vaticano possui representantes diplomáticos denominados núncios apostólicos e, diferentemente do que afirma a questão, tem território próprio e é soberano, como qualquer outro Estado.

    e) CORRETA
  • Justificativa para a validade da alternativa "e": O caso Bernadotte teve como objeto central a possibilidade de as organizações internacionais também poderem outorgar endosso, seguindo requisitos análogos aos da proteção diplomática. Assim, no caso Bernadotte (parecer Consultivo, datado de 11.04.1949), a Corte Internacional de Justiça entendeu que a ONU tem personalidade jurídica própria para defender seu funcionário, razão pela qual, em suma, tanto o Estado patrial de um funcionário das Nações Unidas quanto a própria organização têm, em princípio, legitimidade para protegê-lo contra o Estado que lhe tenha causado dano mediante ato ilícito. Como decorrência desse entendimento, atribuiu-se personalidade jurídica à organização internacional.
    Para quem não conhece o caso, o importante é saber que em 1948 a ONU envia, a seu serviço, o diplomata sueco Conde Bernadotte como seu mediador na Palestina. Ele foi assassinado no exercício de suas funções, e a ONU por este motivo resolveu exigir as devidas reparações e indenizações, ocasião em que se questionou a capacidade jurídica da organização de formar o pedido.
    O parecer da Corte Internacional de justiça põe termo à discussão ao reconhecer a personalidade jurídica da ONU por entender que ela se constitui o tipo mais elevado de organização Internacional, e não poderia corresponder às intenções de seus fundadores caso ela fosse desprovida de personalidade jurídica.
  • Apenas um comentário sobre a letra "B", é o inverso: o Mercosul possui personalidade jurídica enquanto que a UE não possui. (apesar de a Comunidade Europeia possuir).
  • Laura, atenção neste ponto, o Tratado de Lisboa em vigor desde dezembro de 2009 confere justamente a personalidade jurídica à União Européia.
  • Comentário sobre a alternativa A:
    A Anistia Internacional e o Greenpeace são sujeitos de direito público externo sim, contudo não são órgãos internacionais e sim ONG's.
  • A assertiva citou organizações não governamentais, as quais, regra geral, não são sujeitos de direito internacional. As ONGs integram a chamada sociedade civil internacional e, por mais que algumas delas tenham influência no campo normativo de suas áreas de atuação, isso não lhes confere o status de sujeito de direito internacional. A alternativa (A) está errada.


    Tanto o MERCOSUL quanto a União Europeia têm personalidade jurídica internacional. No caso do MERCOSUL, isso está previsto no artigo 34 do Protocolo de Ouro Preto, de 1994. No caso da União Europeia, a personalidade jurídica se encontra prevista no Tratado de Lisboa, de 2009. A alternativa (B) está errada.


    A OIT, embora seja vinculada à ONU, é uma organização internacional autônoma, possuindo, portanto, personalidade jurídica internacional própria. Evidência disso é que a OIT tem autonomia para assinar e ser parte em tratados internacionais. A alternativa (C) está incorreta.


    Questiona-se, na doutrina, a condição de Estado do Vaticano, uma vez que lhe falta um dos requisitos: população permanente. Ninguém é nacional do Vaticano – todos que lá habitam têm outra nacionalidade. Entretanto, não se questiona a condição de sujeito de direito internacional do Vaticano. Além disso, o Vaticano tem território definido, sobre o qual exerce soberania como qualquer outro Estado. Quanto aos agentes diplomáticos (núncios) a questão está certa. A alternativa (D) está incorreta.


    O caso Conde Bernadotte, julgado em 1948 pela CIJ, é um marco na questão da personalidade jurídica das OIs e da responsabilidade internacional. A ONU havia enviado o Conde para mediar a questão entre árabes e judeus no recém-criado Estado de Israel e ele acabou assassinado. Como os judeus tinham se responsabilizado pela segurança do enviado da ONU, a organização cobrou a responsabilidade internacional de Israel. Entretanto, questionou-se se a ONU teria capacidade para requerer internacionalmente a responsabilidade de um Estado. Na decisão da CIJ, afirmou-se que, mesmo não havendo previsão expressa na Carta da ONU sobre sua personalidade jurídica, a organização era sujeito de DIP, o que lhe permite tanto invocar quanto ser demandada no que tange à responsabilidade internacional. Essa decisão não impede que os tratados constitutivos das OIs prevejam a personalidade jurídica internacional delas, o que ocorre, por exemplo, no MERCOSUL. A alternativa (E) está correta.


  • Flávio, você está equivocado. ONG's não são, hodiernamente, consideradas, DE JEITO NENHUM, sujeitos de Direito Internacional Público.

  • peraí, André. eu acho que você é que está equivocado.

    há questões admitindo a classificação de sujeitos FRAGMENTÁRIOS às ONGs, onde também se incluem indivíduos e empresas, como se pode observar pelos comentários às seguinte questão:

    • Q45840  

    Prova: FGV - 2008 - Senado Federal - Advogado

    Os sujeitos de Direito Internacional são:

     a) Estados, Organizações Governamentais Internacionais, Organizações Não-Governamentais, blocos regionais.

     b) Estados, Organizações Governamentais Internacionais, Organizações Não-Governamentais, pessoas jurídicas e indivíduos.

     c) Estados, Organizações Governamentais Internacionais, Organizações Não-Governamentais, pessoas jurídicas, indivíduos e blocos regionais.

     d) Estados, Organizações Governamentais Internacionais, Organizações Não-Governamentais, pessoas jurídicas e blocos regionais.

     e) Estados, Organizações Governamentais Internacionais, pessoas jurídicas, indivíduos e blocos regionais.


    o gabarito da questão foi a alternativa C


     e que, por pensar como vc, errei.

  • Gabarito E. 

    Ao meu ver, todas as questões estão erradas, na medida em que não houve qualquer julgamento no caso Bernardotte. O que realmente ocorreu foi um parecer consultivo. Assim sendo, todas as afirmativas estão erradas. A argumentação da procura pela "menos errada" é absolutamente falaciosa, já que está, como se diz, ao gosto do freguês. 

    Que a sorte sempre esteja a seu favor. 

  • Vejamos essa questão de 2015. Prova de diplomata. Considerada ERRADA pelo CESPE. 

    Ano: 2015; Banca: CESPE; Órgão: Instituto Rio Branco; Prova: Diplomata - Prova 2

    A jurisprudência tem constituído importante acervo de decisões que balizam o desenvolvimento progressivo do direito internacional, não apenas como previsão ideal, mas como efetivo aporte à prática da disciplina. Acerca da aplicação do art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, de antecedentes judiciários, de tratados e de costumes, julgue (C ou E) o seguinte item.

    Quando do julgamento do caso Bernadotte, em jurisdição conten​ciosa (AQUI ESTÁ O ERRO)  da Corte Internacional de Justiça, prolatou-se sentença pela qual se reconheceu personalidade jurídica às organizações internacionais. 

    Comentários:

    O caso Bernadotte é famoso por reconhecer personalidade jurídica às organizações internacionais. Entretanto, a decisão NÃO FOI prolatada pela CIJ no exercício de sua jurisdição CONTENCIOSA, mas SIM de sua função CONSULTIVA.

    ASsim, também acredito que não há opção correta para a questão... 

  • Acho que a palavra "julgado" prejudicou o julgamento objetivo da questão, tendo em vista que o Caso Bernadotte foi apreciado à luz da função CONSULTIVA da CIJ. 

    Esse é um dos problemas do CESPE. Ora se atrela a detalhes, ora não. Em outra prova ela poderia considerar ERRADO. Não traz segurança ao canditado cobrando questões capciosas, sem rigo técnico.

  • não consigo entender qual o erro da A. Alguém me ajuda?

    "Estados soberanos (a Santa Sé por razões singulares se equipara a Estados soberanos) e as organizações internacionais em sentido estrito são pessoas jurídicas de direito internacional PÚBLICO"

    https://olavosb.jusbrasil.com.br/artigos/450062817/a-personalidade-juridica-de-direito-internacional-afinal-sao-os-individuos-sujeitos-de-direito-internacional-publico

  • Com relação a alterativa A, segue anotação do meu resumo feito com aulas do curso damásio:

    "Para efeitos de provas de concurso, não são considerados sujeitos do Direito Internacional os seguintes atores internacionais: empresas multinacionais, ONGS internacionais (Greenpeace, Anistia Internacional etc.); entes federados (União, Estados, DF e Municípios). Podem discutir questões relevantes, mas não são sujeitos de direitos e deveres."


ID
262984
Banca
NC-UFPR
Órgão
ITAIPU BINACIONAL
Ano
2011
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

O Tratado Sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), promovido pela Organização das Nações Unidas e assinado em 1968, tem por objetivo evitar uma guerra nuclear, instaurando a cooperação internacional para a utilização civil da energia nuclear e impedindo o desenvolvimento da energia nuclear para fins militares. Em seu Preâmbulo, enfatiza que uma guerra nuclear traria devastação para toda a humanidade e afirma a necessidade de se empreenderem todos os esforços para afastar tais riscos e de se tomarem medidas para resguardar a segurança dos povos. O mesmo Preâmbulo recorda, ainda, que, de acordo com a Carta das Nações Unidas, os Estados devem abster-se, em suas relações internacionais, da ameaça ou do uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado, ou agir de qualquer outra maneira contrária aos propósitos das Nações Unidas, e que o estabelecimento e a manutenção da paz e segurança internacionais devem ser promovidos com o menor desvio possível dos recursos humanos e econômicos mundiais para armamentos. O Brasil é Estado-parte do TNP desde 1998. Com relação a esse assunto, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):

( ) Uma vez tendo ratificado o tratado, o Brasil poderá dele desvincular-se, ainda que seu objetivo seja a manutenção da paz e da segurança internacional.

( ) O Brasil está violando o tratado ao manter relações diplomáticas com Estados que desenvolvem energia nuclear para fins militares, como supostamente o Irã.

( ) Na ordem jurídica internacional, os tratados passam a vigorar a partir do momento da sua ratificação pelos Poderes Legislativos dos Estados-parte.

( ) O TNP é um tratado aberto, e enquanto tal admite reservas.

( ) O TNP está em grau hierárquico superior ao Tratado de Assunção, que deu origem ao Mercosul.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • a) VERDADEIRA. Tratando-se de tratado aprovado por quórum NÃO qualificado, não terá status de emenda constitucional (art. 5º, §3º, da CF), assim poderá ser DENUNCIADO. DENÚNCIA: Quando um Estado não almeja mais se vincular a um Tratado Internacional, a regra é que ele denuncie esse tratado, ou seja, o Estado COMUNICA aos demais pactuantes que o tratado não vale mais para si.

    Os tratados internacionais de direitos humanos que obedecem ao disposto no artigo 5º, §3º, jamais poderão ser objeto de denúncia. Para se desvincular do tratado aprovado com quórum qualificado, o Brasil deve aprovar NORMA INTERNA MAIS BENÉFICA ou ASSINAR E RATIFICAR outro Tratado Internacional de Direitos Humanos mais benéfico.


    b) FALSA: Como praxe, no Brasil, a incorporação de qualquer tratado internacional respeita quatro etapas básicas: assinatura, aprovação pelo Congresso Nacional, ratificação e promulgação.

    A assinatura do tratado é atribuição do Chefe de Estado (art. 84, VIII, da CF). Após, o Poder Executivo deve encaminhar o texto do tratado para o CONGRESSO NACIONAL, onde será apreciado pelas Duas Casas e, na hipótese de aprovação, caberá ao SENADO FEDERAL editar decreto legislativo, autorizando a ratificação (art. 49, I, CF). O Presidente da República celebra, então, definitivamente o tratado, mediante ratificação que deve ser depositada junto à autoridade incumbida pela própria convenção da custódia do ato formal de adesão dos países. Enfim, o PRESIDENTE DA REPÚBLICA, também se vinculação de prazo, procede à promulgação do conteúdo do tratado, mediante publicação de decreto, medida tida como requisito para a entrada em vigor do compromisso assumido, no plano interno. O STF consolidou entendimento da necessidade de promulgação.


  • A denúncia de um tratado, que significa a possibilidade de desvincular-se dele, é, regra geral proibida, a não ser que sua possibilidade esteja expressamente prevista ou que a situação se encaixe em uma das hipóteses de exceção do artigo 56 da Convenção de Viena sobre o direito dos tratados, de 1969. No caso do TNP, a possibilidade de denúncia é expressamente prevista, em seu artigo X, 1: "Cada Parte tem, no exercício de sua soberania nacional, o direito de denunciar o Tratado se decidir que acontecimentos extraordinários, relacionados com o assunto deste Tratado, põem em risco os interesses supremos do país. Deverá notificar essa denúncia a todas as demais Partes do Tratado e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, com 3 (três) meses de antecedência. Essa notificação deverá incluir uma declaração sobre os acontecimentos extraordinários que a seu juízo ameaçaram seus interesses supremos". Dessa forma, a assertiva I é verdadeira.
    O TNP não prevê que a manutenção de relações diplomáticas com Estados que desenvolvem energia nuclear para fins militares consista em violação ao tratado. Se assim fosse, todos os Estados signatários que mantivessem relações diplomáticas com os Estados Unidos, por exemplo, estariam violando o TNP, o que não ocorre. A assertiva II é, portanto, falsa.
    Os tratados passam a valer no plano internacional quando os Estados manifestam seu consentimento definitivo em obrigar-se. Isso pode ocorrer por meio da assinatura, ratificação, adesão, aprovação ou por qualquer outro meio aprovado. É importante ressaltar que, nos casos em que a ratificação é o meio de consentimento definitivo, ela deve ser feita por aqueles que têm competência, no plano internacional, para fazê-lo, ou seja, chefe de Estado, governo ou ministro da Relações exteriores. No caso do Brasil, quem tem competência para ratificar um tratado é o Presidente da República. É incorreto afirmar que o legislativo ratifica tratado. O Legislativo tem a função essencial de aprovar os tratados, mas, após essa etapa, cabe ao Presidente da República ratificá-lo. Dessa forma, a assertiva III é falsa.
    A assertiva IV mistura dois institutos que não se confundem. Reserva é um qualificativo do consentimento que, regra geral, pode ser feita nos tratados, a não ser que seja expressamente proibida ou que atente contra a natureza do tratado. Assunto diferente é classificar os tratados como abertos ou fechados. Os tratados abertos são aqueles que permitem adesão a Estados que não participaram das negociações ou que não assinaram e ratificaram no momento inicial, em que a maioria dos outros Estados o fizeram. Nada impede que um tratado aberto não admita reservas, por exemplo. A assertiva IV é falsa por misturar dois temas que não se relacionam.
    A assertiva V é falsa. Regra geral, os tratados têm hierarquia de lei ordinária no Brasil. Apenas excepcionalmente os tratados terão hierarquia superior à lei ordinária, podendo ter status de emenda constitucional ou caráter supralegal, que é o caso dos tratados de direitos humanos. Tanto o TNP quanto o Tratado de Assunção não se encaixam nas hipóteses de exceção, tendo a mesma hierarquia dentro do sistema legal brasileiro.


    Resposta : C
  • Obrigado pela explicação. 


ID
345646
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Santa Maria Madalena - RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Há uma semana, um grupo de dez dançarinos brasileiros desembarcou em São Paulo após 41 dias durante os quais se apresentaram na Turquia sem receber nada pelo trabalho. O contrato, feito com uma empresa turca via e-mail, previa uma série de apresentações em hotéis e um salário de US$10 mil mensais (cerca de R$17,7 mil) durante um semestre. “Fomos lesados financeiramente, torturados psicologicamente na condição de reclamantes pela própria polícia local, por influência da máfia”, desabafa o produtor cultural carioca, Paulo Franco, que fechou o contrato em nome do grupo após pesquisar na internet e não achar “nada que maculasse” o nome da empresa. (Amauri Arrais Do G1, em São Paulo)

O fato parece se encaixar no perfil de uma prática criminosa que não é novidade na história da humanidade, inclusive na do Brasil, mas que passou a ser combatida internacionalmente de forma mais organizada a partir de 2000, após uma convenção das Nações Unidas sobre o tema em Palermo, na Itália. Trata-se:

Alternativas
Comentários
  • Resposta correta Letra C, conforme o conceito de Tráfico de Pessoas estampado no Decreto 5017/04, artigo 3, a, in verbis:

     

    a) A expressão "tráfico de pessoas" significa o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração. A exploração incluirá, no mínimo, a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou práticas similares à escravatura, a servidão ou a remoção de órgãos;

  • Trata-se do tráfico de pessoas, atualmente previsto no art. 149-A, II, do CP, por meio do qual as pessoas foram recrutadas e transportadas, mediante fraude, com a finalidade de submetê-las a trabalho em condições análogas de à de escravo.

  • COLABORANDO:

    Além do Decreto 5015/2004 de que trata a Convenção de Palermo (Sicília-Itália), a ele foi incorporado mais 3 protocolos:

    * Combate ao TRÁFICO de migrantes por via terrestre, marítima e aérea,

    * Prevenção, repressão e punição do TRÁFICO de pessoas, em especial mulheres e crianças e

    * Fabricação e o TRÁFICO ilícito de armas de fogo, suas peças, componentes e munições.

    Bons estudos.


ID
456532
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRF - 5ª REGIÃO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

No que se refere aos órgãos que compõem a ONU, a OIT e a OMC, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • São três os principais órgãos da OMC: Conferência Ministerial, Conselho-Geral e Secretariado.

    A conferência ministerial é a cúpula da OMC, exercendo as principais funções, dentre as quais, decidir sobre adesão de novos membros, lançar negociações sobre novas temátias e interpretar o Acordo da OMC e acordos laterais. Se reune a cada dois anos.

    O conselho-geral funciona no interregno da conferência ministerial, atuando como órgão supremo, tendo competência para resolução de litígios, exame de políticas comerciais, interpretação de acordos e conclusão de acordos com outras OI ou ONGs. Abaixo dele, há um conselho para cada seção do anexo 1 do Acordo (GATT, GATS e TRIPS).

    O Secretariado é o corpo que exerce funções administrativas, contando com cerca de 500 funcionários.



    Artigo IV 
    Estrutura da OMC

      7 - A Conferência Ministerial estabelecerá um Comité do Comércio e Desenvolvimento, um Comité das Restrições Relacionadas com a Balança de Pagamentos e um Comité do Orçamento, Finanças e Administração, que exercerão as funções que lhes incumbem por força do presente Acordo e dos acordos comerciais multilaterais, bem como quaisquer outras funções que lhes sejam atribuídas pelo Conselho Geral, podendo estabelecer outros comités com as competências que considerarem adequadas. No âmbito das suas funções, o Comité do Comércio e Desenvolvimento examinará periodicamente as disposições especiais dos acordos comerciais multilaterais a favor dos países menos desenvolvidos Membros e apresentará relatórios ao Conselho Geral para que este tome as medidas que considerar adequadas. Poderão participar nos comités os representantes de todos os Membros. 
  • S.m.j, a alternativa "a" também está correta. O órgão máximo da OIT é chamado de Conferência ou Assembleia Geral.

    O art. 1o., alínea 3, da Constituição da OIT, dispõe que:

    3. Todo Estado-Membro das Nações Unidas, desde a criação desta instituição e todo Estado que for a ela admitido, na qualidade de Membro, de acordo com as disposições da Carta, por decisão da Assembléia Geral, podem tornar-se Membros da Organização Internacional do Trabalho, comunicando ao Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho que aceitou, integralmente as obrigações decorrentes da Constituição da Organização Internacional do Trabalho.

    A questão, portanto, deveria ter sido anulada.
  • Gabarito: C

    Jesus Abençoe! Bons estudos!

  • Alternativas A, B e E:  ERRADAS

    De acordo com a Carta, a ONU, para que pudesse atender seus múltiplos mandatos, teria seis órgãos principais, a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, a Corte Internacional de Justiça e o Secretariado.

    Alternativa C: CORRETA

    A OMC é composta por diversos órgãos, sendo os principais:

    - a Conferência Ministerial, instância máxima da organização composta pelos Ministros das Relações Exteriores ou de Comércio Exterior dos Membros;

    - o Conselho Geral, órgão composto pelos representantes permanentes dos Membros em Genebra, que ora se reúne como Órgão de Solução de Controvérsias (OSC) e ora como Órgão de Revisão de Política Comercial;

    - o Conselho para o Comércio de Bens;

    - o Conselho para o Comércio de Serviços;

    - o Conselho para os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio;

    - os diversos Comitês, entre eles os Comitês de Acesso a Mercados, Agrícola e de Subsídios,de Comércio e Desenvolvimento entre outros; e

    - o Secretariado, que tem por função apoiar as atividades da organização e é composto por cerca de 700 funcionários, dirigidos pelo Diretor-Geral da OMC.

    Alternativas D:  ERRADA

    A estrutura básica da OIT é composta por três órgãos: a Conferência Internacional do Trabalho (CIT), o Conselho de Administração e a Repartição Internacional do Trabalho (RIT), nos termos do artigo 2 da Constituição da OIT.

  • Questão mal feita. A Letra A também está correta. Conferência Internacional do Trabalho ou Assembleia Geral, na OIT, são a mesma coisa.


ID
466522
Banca
FGV
Órgão
OAB
Ano
2011
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

A Conferência de Bretton Woods (1944), realizada no ocaso da Segunda Guerra Mundial, é considerada um marco na história do Direito Internacional no século XX porque

Alternativas
Comentários
  • As conferências de Bretton Woods, definindo o Sistema Bretton Woods de gerenciamento econômico internacional, estabeleceram em julho de 1944 as regras para as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo. O sistema Bretton Woods foi o primeiro exemplo, na história mundial, de uma ordem monetária totalmente negociada, tendo como objetivo governar as relações monetárias entre Nações-Estado independentes.


    Fonte: Wikipédia
  • (A) - Correta. Derivou o BIRD (*International Bank for Reconstrction and Devolupment), o mais importante é que futuramente derivou o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional e do Acordo Geral de Tarifas Aduaneiras e Comércio. Ora, infelizmente o enunciado desta questão está esquisito, pois o evento ocorreu anterior à criação do Banco Mundial e FMI e GATT

    (B) - Errada. Esta Conferência buscou aproximar as nações do ponto de vista financeiro, partindo de uma premissa básica "se pudermos alcançar todas as nações com nossos provimentos, lucraremos!", fácil seria restabelecer-se em uma época tão dificil.
    OBS: a Corte Internacional de Justiça senhores(as), foi criada em 1946 e a Conferência já estava criada 1(um) ano antes (1944), seria um absurdo tentar extinguir algo que ainda nem foi criado (lógica jurídica).
    OBS (2): quem instituiu a Corte Intenacional de Justiça, estruturando em 1946 a Organização das Nações Unidas foi o artigo 92 do Carta das Nações Unidas.
    OBS (3): o saudoso Rui Barbosa, foi eleito para a Corte Permanente de Justiça Internacional, mas infelizmente morreu  antes mesmo de ter participado de qualquer sessão. 
    OBS (4): Antônio Augusto Cançado Trindade, é o único jurista brasileiro com mandato de 2009 até 2018, membro do Tribunal Internacional de Justiça.

    (C) - Errada. Ora, foi necessário (primeiramente) criar o sistema Bretton Woods em prol da organização financeira e não para a proteção da Política Monetária. Em suma, o Bretton Woods foi criado para proteção do sistema financeiro, em uma época pós Segunda Guerra Mundial onde a economia dos Estados Unidos da América e do Reino Unido estavam em baixa.
     
    (D) - Errada. Bem, avaliada pelo leitor conhecedor do assunto, notará que não há julgamento no Tribunal de Nuremberg, o tema é estritamente econômico, financeiro ou político, por final o que se pretendia era a paz no livre comércio, em verdade ocorreu em 1941, episódio conhecido como "Carta ao Atlântico", onde todeas as nações da determinada Conferência, poderiam ter acesso livre aos mares para transportar matéria-prima e mão de obra.

    Complemento ao tema:
    Esta Conferência teve como objetivo restabelecer duas grandes potências pós Segunda Guerra Mundial: Estados Unidos da América e Reino Unido.
  • Questão que seria passível de anulação, pois o acordo que estabeleceu e criou o GATT foi assinado em 1947 (e não em 1944, como a alternativa afirma). Evidentemente, na hora de fazer a prova, esta deveria ser marcada de qualquer forma, pois as outras são muito, muito mais erradas.
  • A alternativa (A) está correta, embora contenha algumas imprecisões. A Conferência de Bretton Woods estabeleceu, de fato, as bases do sistema econômico e financeiro do Sistema financeiro internacional. Na ocasião, criaram-se o FMI e o BIRD. O GATT, contudo, só foi criado em 1947. Em Bretton Woods, discutiu-se a criação de uma organização internacional que regulamentasse o comércio mundial, mas essa organização não foi criada nessa ocasião. Em 1947, houve uma conferência em Havana, Cuba, para finalmente se criar a Organização Internacional do Comércio (OIC). Ao final do processo, o tratado não foi ratificado pelos Estados Unidos e acabou perdendo força. Dessa forma, o GATT, que havia sido criado para regulamentar provisoriamente o comércio mundial e que era um acordo muito mais frágil do que o que criava a OIC, acabou por ser o instrumento que regulou o comércio internacional até a criação da OMC, em 1994. Como as alternativas (B), (C) e (D) tratam de assuntos que jamais estiveram na pauta de Bretton Woods, a alternativa (A) é a mais adequada, apesar de conter essa imprecisão sobre o GATT, que não foi criado na referida conferência. 
  • A alternativa correta é a letra "A", pois a conferência de Bretton Woods, realizada em 1944 nessa cidade norte-americana e prestigiada por 44 países, dentre eles o Brasil, realmente estabeleceu as bases do futuro sistema econômico e financeiro, o que ensejou a criação de alguns organismos internacionais, como o Banco Mundial e o FMI, embora possa ser questionado o fato de que o GATT, que é um Acordo Internacional, não decorreu exatamente da Conferência, mas sim do fracasso de outras tentativas de regulamentação do comércio internacional. A alternativa "B" está errada, porque a Conferência não se relacionou com a Liga da Nações ou a ONU, o que também se aplica à questão dos direitos humanos e invalida o argumento da letra "C". Por fim, também não há qualquer vínculo entre Bretton Woods e o Tribunal de Nuremberg, criado para julgar os criminosos nazistas após o término da Segunda Guerra Mundial.

  • A previsão era a criação da OIT! O Gatt somente em 1947! TOdas erradas!

  • Questão de prova de história para o ENEM, não para a OAB.

  • como matei as questões só com as datas dos ocorridos, note que a questão se refere ao ano de 1944

    • a) não sabia, acertei por eliminação

    • b) ONU foi criada em 1945

    • c) Declaração Universal de Direitos Humanos foi promulgada em 1948

    • d) Tribunal de Nuremberg foi criado em 1945

ID
470668
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
OAB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Com relação à ONU, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA LETRA C:

    a) Poderão ser admitidos como membros da ONU todos os Estados que o desejarem, independentemente de condições de natureza política ou de qualquer outro teor.

    Artigo 4

    1. A admissão como Membro das Nações Unidas fica

    aberta a todos os Estados amantes da paz que

    aceitarem as obrigações contidas na presente Carta

    e que, a juízo da Organização, estiverem aptos e

    dispostos a cumprir tais obrigações
     

    b) Principal órgão da ONU, a Assembleia Geral é composta de todos os membros da organização, tendo cada Estado-membro direito a apenas um representante e um voto.

    Artigo 9

    1. A Assembléia Geral será constituída por todos os

    Membros das Nações Unidas.

    2. Cada Membro não deverá ter mais de cinco

    representantes na Assembléia Geral.

     c) O secretário-geral da ONU, eleito pelo Conselho de Segurança mediante recomendação dos seus membros permanentes, tem o dever de atuar em todas as reuniões da Assembleia Geral, do Conselho de Segurança, do Conselho Econômico e Social e do Conselho de Tutela, além de desempenhar outras funções que lhe forem atribuídas por esses órgãos.   -> ART. 98 - CORRETA

     d) O Conselho de Segurança da ONU compõe-se de cinco membros permanentes e de dez membros não permanentes, todos indicados pelo próprio Conselho, devendo estes últimos cumprir mandato de dois anos.

    Artigo 23

    1. O Conselho de Segurança será composto de quinze

    Membros das Nações Unidas. A República da

    China, a França, a União das Repúblicas Socialistas

    Soviéticas, o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda

    do norte e os Estados unidos da América serão

    membros permanentes do Conselho de Segurança.

    A Assembléia Geral elegerá dez outros Membros

    das Nações Unidas para Membros não permanentes

    do Conselho de Segurança, tendo especialmente

    em vista, em primeiro lugar, a contribuição dos

    Membros das Nações Unidas para a manutenção

    da paz e da segurança internacionais e para os

    outros propósitos da Organização e também a

    distribuição geográfica eqüitativa.

  • Os livros de Direito Internacional Público e as aulas não são claros quanto a quem elege o secretário-geral, mas artigos na web informam que quem o elege é a assembleia-geral.
  • Para complementar a interpretação da Assertiva C,  em referência ao que disse o colega anterior, e atentando ao fato de que muitas provas apegam-se ao sentido literal das leis, observe-se que, de acordo com o art. 97 da Carta da ONU Secretário Geral será INDICADO pela Assembleia Geral, mediante RECOMENDAÇÃO do CONSELHO DE SEGURANÇA e deverá atuar em todas as reuniões da Assemblei Geral, Cons. Segurança, Cons. Econ. e Soc, Cons. Tutela, e outras funções atribuídas por estes órgãos.
  • conforme o site historianet, o Secretário-Geral é nomeado pela Assembléia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança, para um mandato de cinco anos. http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=503
    .
     
    Não consegui na doutrina afirmações sobre quem elege o secretário geral da ONU.
    Continuarei pesquisando e quando encontrar uma resposta mais robusta, passarei aos colegas!
  • CAPÍTULO XV
     
    O SECRETARIADO
     
    ARTIGO 97 - O Secretariado será composto de um Secretário-Geral e do pessoal exigido pela
    Organização. o Secretário-Geral será indicado pela Assembléia Geral mediante a recomendação
    do Conselho de Segurança. Será o principal funcionário administrativo da Organização.
     
    ARTIGO 98 - O Secretário-Geral atuará neste caráter em todas as reuniões da Assembléia
    Geral, do Conselho de Segurança, do Conselho Econômico e Social e do Conselho de Tutela e
    desempenhará outras funções que lhe forem atribuídas por estes órgãos. O Secretário-Geral fará
    um relatório anual à Assembléia Geral sobre os trabalhos da Organização. - onde diz que o secretário é eleito pelo Conselho?

    Artigo advogado Emerson Malheiros (http://emersonmalheiro.blogspot.com.br/2010/06/comentario-da-questao-11-do-exame-de.html)
     
    "Penso que a questão 11 é passível de anulação, pois na prova intitulada "Clóvis Bevilacqua":
     
    - a alternativa "c", "O secretário geral da ONU, eleito pelo Conselho de Segurança...", o secretário geral é eleito pela Assembléia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança, na forma do art. 97 da Carta da ONU (1945). Está, portanto, ERRADA;
     
    - já na alternativa "a", "Poderão ser admitidos como membros da ONU todos os Estados que o desejarem, independentemente de condições de natureza política ou de outro teor", os Estados deverão aceitar condições e mais, a admissão será efetuada por decisão da Assembléia Geral, na forma do art. 4.º, §1.º da Carta da ONU (1945). Está, portanto, ERRADA;
     
    - já a alternativa "b", "Principal órgão da ONU, a Assembléia Geral é composta de todos os membros da organização, tendo cada Estado-membro direito a apenas um representante e um voto", segundo o art. 9.º. §2.º da Carta da ONU (1945), cada membro não deverá ter mais de cinco representantes na Assembléia Geral. Ora, se não pode ter mais de cinco, é óbvio que pode ter mais de um. Está, portanto, ERRADA;
     
    - sobrou-nos a alternativa "d": "O Conselho de Segurança da ONU compõe-se de cinco membros permanentes e de dez membros não-permanentes, todos indicados pelo próprio Conselho, devendo estes últimos cumprir mandato de dois anos", o art. 23, §1.º da Carta da ONU (1945) estatui que a escolha dos integrantes é feita pela Assembléia Geral, mas nada menciona sobre a indicação, o que nos faz supor que ela se dá pelo próprio Conselho. Já o art. 23, §2.º do mesmo diploma estabelece o mandato de dois anos."
  • Gente, essa questão foi anulada pelo CESPE após os recursos. Trata-se da questão 11 da prova.
     

    COMUNICADO
    Exame de Ordem 2010.1
    Após a análise dos recursos impetrados, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UnB) comunica a anulação das questões 2, 11, 24, 31 e 33 da prova objetiva do Exame de Ordem 2010.1 da Ordem dos Advogados do Brasil.
    As justificativas dessas anulações serão disponibilizadas quando da divulgação da relação dos examinandos aprovados, após recurso, na citada prova objetiva.

     
    Seguem os links:
    http://www.cespe.unb.br/concursos/oab2010_1/OAB_SP/arquivos/COMUNICADO___OAB_2010.1_ANULAO_DE_QUESTES.PDF
    http://www.cespe.unb.br/concursos/oab2010_1/OAB_SP/
  • A alternativa (A) está incorreta, pois a admissão de novos membros nas Nações Unidas depende de decisão da Assembleia Geral (por maioria de 2/3 dos membros), após recomendação do Conselho de Segurança (artigo 4º da Carta da ONU). Visto que esses órgãos são formados por Estados, é inevitável que aspectos políticos influenciem no processo de adesão de novos membros.

    A alternativa (B) está incorreta. Embora a Assembleia Geral seja, de fato, constituída por todos os membros das Nações Unidas, os quais têm direito a um voto, o número de representantes por Estado não é de apenas um. Segundo o artigo 9º da Carta da ONU, cada membro poderá ter o máximo de cinco representantes na Assembleia Geral.

    A alternativa (C) tinha sido originalmente dada como correta, mas, como possui inconsistências, foi anulada pela banca. O Secretário-Geral da ONU, na verdade, é indicado pela Assembleia Geral após recomendação do Conselho de Segurança, a qual não se limita aos membros permanentes (artigo 97 da Carta da ONU).   


    A alternativa (D) está incorreta. O Conselho de Segurança da ONU é composto por 5 membros permanentes e 10 não permanentes, mas os últimos são escolhidos por meio de eleição na Assembleia Geral da ONU, por maioria de 2/3 dos membros. Essas informações estão na Carta da ONU em seus artigos 18 e 23. 


    Portanto, questão anulada.

  • RESPOSTA CORRETA (D)

    Órgão da ONU formado por todos os membros das Nações Unidas, sendo que cada um deles pode indicar até cinco representantes, com direito a um voto por país. As questões importantes submetidas à sua votação precisarão contar com a aprovação de um quórum qualificado de dois terços dos membros presentes e votantes


ID
596179
Banca
PGR
Órgão
PGR
Ano
2011
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

O DIREITO À LEGÍTIMA DEFESA, DE ACORDO COM O ART. 51 DA CARTA DA ONU,

Alternativas
Comentários


  • Artigo 51º

    Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou colectiva, no caso de ocorrer um ataque armado contra um membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança internacionais. As medidas tomadas pelos membros no exercício desse direito de legítima defesa serão comunicadas imediatamente ao Conselho de Segurança e não deverão, de modo algum, atingir a autoridade e a responsabilidade que a presente Carta atribui ao Conselho para levar a efeito, em qualquer momento, a acção que julgar necessária à manutenção ou ao restabelecimento da paz e da segurança internacionais.

    LETRA B.

  • Letra B correta, segundo Wiliander Salomão, uma vez que o recurso à guerra ou o uso da força, como denominado na Carta da ONU é, dentro das normas modernas do Direito Internacional, um ato ilícito.

    Mesmo sendo um direito inerente, a legítima defesa não pode ser exercida preventivamente e deve atender a requisitos de caráter imediato e temporal: o uso da força deve ser o mínimo necessário a fim de reprimir o ato e até que o Conselho de Segurança tome as medidas necessárias para cessar aquele distúrbio. Em regra este direito só pode ser usado quanto o Estado é atacado externamente e o Conselho de Segurança pode impor limitações, obrigando o Estado a respeitar a proporcionalidade e o cumprimento das regras básicas do direito internacional.

     

    Fonte: SALOMÃO, Wiliander França. O uso da força e a legítima defesa permitidos pela ONU. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 16, n. 2956, 5 ago. 2011. Disponível em: . Acesso em: 3 out. 2016.

  • A - Nem a Carta da ONU nem qualquer outro instrumento de Direito Internacional autoriza o uso da força em caráter “preventivo”.

     

    B – Cabe destacar que a legítima defesa poderá ser individual ou coletiva.

     

    C – O direito à legítima defesa é limitado pelo Conselho de Segurança, prevalecendo até que este “tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança internacionais”

     

    D – O direito à legítima defesa é objeto do Direito de Guerra, que visa a regular as possibilidades de emprego da força armada e a conduta dos Estados e das organizações internacionais durante os conflitos armados.


ID
596185
Banca
PGR
Órgão
PGR
Ano
2011
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

SEGUNDO O ESBOÇO DE ARTIGOS SOBRE RESPONSABILIDADE DE ESTADOS POR ATOS ILIGITOS INTERNACIONAIS DA COMISSÃO DE DIREITO INTERNACIONAL DA ONU ("DRAFT ARTICLES"), NA VERSÃO DE 2001,

Alternativas
Comentários
  • Nota-se, assim, que os ILC-Draft Articles não se referem exclusivamente a 
    violações de direitos humanos, mas, de modo geral, a “atos ilícitos internacionais” 
    (internationally wrongful acts), aí compreendido qualquer ato ou omissão imputável 
    ao Estado que constitui violação de uma norma do Direito Internacional Público
    41
    .
    Como o DIDH se trata de um regime jurídico especial do Direito Internacional 
    Público, constata-se, sob uma ótica sistemática, que violações de direitos humanos 
    representam uma subcategoria de atos ilícitos internacionais e que as Regras sobre 
    a Responsabilidade Internacional do Estado servem como “normas secundárias” 
    para determinar os pressupostos da responsabilidade do Estado ou as consequências 
    da infração das “normas primárias” do Direito Internacional Público
    42
    . No mais, 
    ressalve-se que os ILC-Draft Articles representam cláusulas residuais, que não se 
    aplicam se a questão da responsabilidade for regulada por lex specialis
    43
    . Muitas vezes, 
    o DIDH contém tais regras especiais, embora seja difícil determinar exatamente 
    quais. A relação entre esses dois regimes ainda é pouco elaborada. 
    Para a prática, essa circunstância é menos relevante. Quem estuda as decisões 
    tomadas pelos órgãos de proteção de direitos humanos raramente encontrará referência 
    explícita a essas regras. Contudo, caso haja dúvidas referentes à imputabilidade de 
    um determinado ato ao Estado, as regras se tornam um instrumento importante, 
    e se recomenda, antes de examinar se realmente aconteceu uma violação ao direito 
    humano, que seja feita a análise desse pressuposto
  • Correta a alternativa “C”.
     
    Todo o Estado possui a obrigação primária de respeito ao direito internacional, seja ele costumeiro ou convencional. Uma vez inatendida dita obrigação primária, desta violação poderá decorrer uma obrigação secundária de reparação. Assim, segundo Jean Combacau, a responsabilidade, lato sensu, constitui o vínculo jurídico que se estabelece entre um Estado que infringiu a legalidade internacional e os Estados interessados no respeito desta. A responsabilidade do Estado se origina no momento da violação e implica, para o Estado infrator, a obrigação de reparar as consequências do ilícito (responsabilidade stricto sensu) e de submeter-se às reações que o direito internacional eventualmente preconize para o caso concreto.
    Como consequência as obrigações secundárias se sobrepõe às primárias no sentido de que violado um direito surge a obrigação de repará-lo.
  • Não há substituição da obrigação primária pela secundária. Elas se unem, como afirma a assertiva correta.

    Seguncio o dicionário Michaelis:

    justapor 
    jus.ta.por 
    (lat juxtaponerevtd 1
     Pôr junto, pôr ao pé de; aproximar, sobrepor:Justapor pedras. "Justapondo aos rastos dos bandeirantes os trilhos de uma via-férrea" (Euclides da Cunha). vpr 2 Pôr-se em contiguidade; unir-se: "As duas peças... justapunham-se, articulando-se de um lado por uma dobradiça" (Júlio Ribeiro).

  • "Draft Articles on International Responsibility of States"- Disciplina a obrigação secundaria consistente na reparação de danos decorrentes de ilícitos internacionais. Tal Obrigação se manifesta pela Restuição; Indenização ou Satisfação. 


ID
596188
Banca
PGR
Órgão
PGR
Ano
2011
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

NA GUERRA CONTRA O TERROR,

Alternativas
Comentários
  • Artigo 51º

    Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou colectiva, no caso de ocorrer um ataque armado contra um membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança internacionais. As medidas tomadas pelos membros no exercício desse direito de legítima defesa serão comunicadas imediatamente ao Conselho de Segurança e não deverão, de modo algum, atingir a autoridade e a responsabilidade que a presente Carta atribui ao Conselho para levar a efeito, em qualquer momento, a acção que julgar necessária à manutenção ou ao restabelecimento da paz e da segurança internacionais.

    .
    .
    Diante disso, a medida imediata adotada em resposta aos ataques foi declarar a chamada “Guerra ao Terror”, com respaldo da ONU e de diversos governos ocidentais na Europa e América. No âmbito das Nações Unidas, por exemplo, a Resolução 1368, de 2001[2] , aprovada pelo Conselho de Segurança, demonstrou que a comunidade internacional condenava os ataques e reconhecia o terrorismo como uma ameaça à paz mundial e à segurança internacional. Com isso, a política de segurança interna americana e as políticas de segurança coletiva, conduzidas junto aos países integrantes da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), tiveram de ser repensadas e reformuladas por meio de diversos novos tratados e acordos internacionais com vistas a montar e executar programas de cooperação entre Estados para combater o terrorismo internacional.

  • Letra A – INCORRETAO Direito Internacional Humanitário permite que os membros das forças armadas de um Estado Parte de um conflito armado internacional e as milícias associadas que preenchem os critérios adotados como requisito possam se engajar diretamente em hostilidades. Geralmente os membros das forças armadas são considerados legais ou privilegiados, combatentes que podem não ser processados por participar das hostilidades, enquanto respeitarem o Direito Internacional Humanitário (DIH). Se forem capturados, têm direito ao status de prisioneiros de guerra.
    Se os civis se engajarem diretamente nas hostilidades, são considerados combatentes ou beligerantes “ilegais” ou “sem privilégios” (os tratados de direito humanitário não contêm expressamente esses termos). Podem ser processados de acordo com o direito doméstico do Estado que os deteve em virtude desta ação.

    Letra B –
    CORRETA O Conselho de Segurança, por meio da Resolução 1368 de 2001, admitiu a aplicação de medidas de força individual ou coletiva, em nome da legítima defesa, contra os responsáveis pelos atentados.
    O Artigo 51 da Carta das Organização das Nações Unidas estabelece: Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva no caso de ocorrer um ataque armado contra um Membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança internacionais. As medidas tomadas pêlos Membros no exercício desse direito de legítima defesa serão comunicadas imediatamente ao Conselho de Segurança e não deverão,
    de modo algum, atingir a autoridade e a responsabilidade que a presente Carta atribui ao Conselho para levar a efeito, em qualquer tempo, a ação que julgar necessária à manutenção ou ao restabelecimento da paz e da segurança internacionais.
    Via de consequência tem aplicação o artigo 51da referida Carta nos termos da Resolução 1368.
     
    Letra C –
    INCORRETADispõe a Resolução 1373 do Conselho de Segurança da ONU que agindo ao abrigo do Capítulo VII da Carta das Nações Unidas:
    1. Decide que todos os Estados:
    a) Previnam e reprimam o financiamento de atos de terrorismo;
    b) Tipifiquem como crime a prestação ou recolha voluntárias, pelos seus nacionais ou nos seus territórios, por quaisquer meios, direta ou indiretamente, de fundos com a intenção de que sejam utilizados, ou com o conhecimento de que irão ser utilizados, para a prática de atos de terrorismo.
     
    Letra D –
    INCORRETAA Terceira Convenção de Genebra é a que determina as normas para a proteção dos combatentes ilegais quando eles são capturados pelo inimigo. Seus procedimentos para a determinação do status de prisioneiro de guerra por parte de um “tribunal competente”, em caso de dúvida, são obrigatórios.
  • CORRETA LETRA C

    Atenção ao art. 51 acerca da legítima defesa: há 2 princípios que devem nortear um ataque de legítima defesa desferido por um Estado.
    1) Princípio de necessidade:é necessário a existência de uma agressão injusta atual ou iminente. Não confundir com defesa preemptiva e preventiva. A Preemptiva é o ataque iminente, já começou mas não produziu efeitos. Já a prevetiva é proibida. Ex: Preemptiva --> Guerra dos Seis Dias Preventiva --> Possível ataque e Israel ao Irã.
    2) Princípio da proporcionalidade: uso da força de legístima defesa deve ser o somente necessário para interromper/repelir o ataque injusto.

ID
649537
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Com relação à estrutura, ao funcionamento e aos princípios da ONU, estabelecidos na Carta das Nações Unidas, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra A – INCORRETA – Artigo 2, 3: Todos os Membros deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos, de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais. 4: Todos os Membros deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a dependência política de qualquer Estado, ou qualquer outra ação incompatível com os Propósitos das Nações Unidas.
     
    Letra B –
    INCORRETA – Artigo 2, 5: Todos os Membros darão às Nações toda assistência em qualquer ação a que elas recorrerem de acordo com a presente Carta e se absterão de dar auxílio a qual Estado contra o qual as Nações Unidas agirem de modo preventivo ou coercitivo.
     
    Letra C –
    CORRETA – Artigo 2, 7: Nenhum dispositivo da presente Carta autorizará as Nações Unidas a intervirem em assuntos que dependam essencialmente da jurisdição de qualquer Estado ou obrigará os Membros a submeterem tais assuntos a uma solução, nos termos da presente Carta; este princípio, porém, não prejudicará a aplicação das medidas coercitivas constantes do Capitulo VII (AÇÃO RELATIVA A AMEAÇAS À PAZ, RUPTURA DA PAZ E ATOS DE AGRESSÃO).
     
    Letra D –
    INCORRETA – Artigo 2, 6: A Organização fará com que os Estados que não são Membros das Nações Unidas ajam de acordo com esses Princípios em tudo quanto for necessário à manutenção da paz e da segurança internacionais. Vale dizer que tem a obrigação de promoção da paz e da segurança internacional.
     
    Letra E –
    INCORRETA – Artigo 2, 1: A Organização é baseada no princípio da igualdade de todos os seus Membros. Não é pressuposto a igualdade orçamentária.
     
    Os artigos são da Carta das Nações Unidas.
  • Em complemento à Letra E:

    CARTA DA ONU (promulgada pelo Dec. 19.841/1945):
    Artigo 17. 
    1. A Assembléia Geral considerará e aprovará o orçamento da organização.
    2. As despesas da Organização serão custeadas pelos Membros, segundo cotas fixadas pela Assembléia Geral.
  • Para conhecer a ONU recomendo esse material composto de texto e video.

    http://araoalves.blogspot.com.br/2010/11/onu-organizacao-das-nacoes-unidas-texto.html
  • O objetivo principal da ONU é a manutenção da paz e da segurança internacionais, o que está no artigo 1º da Carta das Nações Unidas. Nesse contexto, a organização preza pela solução pacífica de controvérsias (artigo 2º, parágrafos 3 e 4) em detrimento do uso da força, que só pode ocorrer excepcionalmente em situações expressamente previstas na Carta. A alternativa (A) está incorreta.


    A solidariedade é essencial para se alcançar a paz e a segurança internacionais. A solidariedade está prevista, por exemplo, no artigo 1º, 3, onde se afirma que um dos propósitos da organização é a cooperação internacional em diversos âmbitos, como o econômico, social, cultural e humanitário. A alternativa (B) está incorreta.


    As medidas coercitivas só podem ser tomadas no caso de ameaça à paz e à segurança internacionais prevista no capítulo VII da Carta das Nações Unidas. Para adotar essas medidas, é necessária aprovação do Conselho de Segurança da ONU. A alternativa (C) está correta.


    A obrigação de promover a paz e a seguranças internacionais é, nos dias atuais, norma imperativa de direito internacional, devendo ser respeitada por todos os países, inclusive aqueles que não sejam membros da ONU. No artigo 2º, 6 da Carta, menciona-se a questão dos países não membros da ONU e a necessidade de manutenção da paz e da segurança, mas ressalta-se que, atualmente, isso é norma de jus cogens, ou seja, válida para todos os Estados do mundo. A alternativa (D) está incorreta.


    Não existe princípio de igualdade orçamentária na ONU, uma vez que não se pode exigir a mesma contribuição financeira de países tão diferentes em termos econômicos. Isso inviabilizaria a existência da organização. No artigo 17, 2, prevê-se que os membros custearão os gastos da organização, mas que as cotas pagas serão fixadas pela Assembleia Geral.  A alternativa (E) está incorreta.


  • PRINCÍPIOS DA ONU

    Para decorar, inventei o seguinte:

    "PA TO    NÃO    SOLUÇA"

    PAz mundial

    TOlerância entre os povos

    NÃO-Intervenção

    SOLUÇão pacífica dos conflitos

  • Acertei, ja posso ser Juiz?

    GB: C

    PMPI vai que cole!


ID
712489
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Considerando as fontes de direito internacional público previstas no Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ) e as que se revelaram a posteriori, bem como a doutrina acerca das formas de expressão da disciplina jurídica, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Conforme o art. 38 do Estatuto da CIJ (Corte Internacional de Justiça): "A Corte, cuja função é decidir de acordo com o Direito Internacional os litígios que lhe sejam submetidos, aplicará:
    I - as convenções internacionais gerais ou específicas, que estabeleçam regras epressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
    II - o costume internacional, como prova de uma prática geral e aceita como Direito;
    III - os princípios gerais de Direito, reconhecidos pelas nações civilizadas; e
    IV - as decisões judiciais e a doutrina dos publicistas mais qualificados, como meio auxiliar.
    A presente disposição não restringe a faculdade da Corte para decidir um litígio ex aequo et bono, se convier às partes."
    A) INCORRETA. O art. 38 confere à Corte,  a faculdade de decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes assim convierem, de modo a possibilitar o julgamento com base na equidade, caso as circunstâncias específicas tornem necessário. A equidade, portanto, não é fonte recorrente e prevista como obrigatória na resolução judicial de contenciosos internacionais.
    B) CORRETA, nos termos do art. 38, II do Estatuto da CIJ. Destaque-se que a diferenciação existente entre o costume e o uso está justamente na convicção de obrigatoriedade da prática presente naquele e ausente neste. São elementos do costume internacional: a) material ou objetivo: consubstancia-se na repetição reiterada, uniforme e geralmente aceita de determinados atos, face a situações semelhantes; b) psicológico ou subjetivo (opinio juris et necessitatis): consiste na convicção da validade e da obrigatoriedade daquela prática geral. Costume é fonte primária de Direito Internacional.
    C) INCORRETA. Convenções internacionais são escritas. A "codificação" do Direito Internacional consiste em substituir, gradativamente, as normas de DI consuetudinário pela sua incorporação em grandes textos escritos sob a forma de convenções internacionais. A criação da ONU é o marco histórico da evolução do processo de codificação do DI,
    D) INCORRETA. As decisões judiciais estão previstas no art. 38 do Estatuto da CIJ.
    E) INCORRETA. Art. 53 da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados: é nulo o tratado que viole uma norma imperativa de Direito Internacional geral, isto é, normas do jus cogens. Ressalte-se que não é qualquer norma de Direito Internacional que é imperativa (jus cogens). Jus cogens são normas hierarquicamente superiores, pois não podem ser modificadas pela vontade dos sujeitos de DI, o que a diferencia das normas meramente obrigatórias. Não é qualquer resolução de DI, portanto, que é obrigatória. São exemplos de jus cogens: proibição do uso da força, pacta sunt servanda, igualdade soberana, não-ingerência nos assuntos internos e igualdade e dignidade da pessoa humana.
    Fonte: prof. Marcelo Pupe Braga.
  • Apenas completando a resposta da colega. Os trados ou convenções internacionais devem ser escritos, conforme a Convenção de Havana (1928) sobre tratados e a Convenção de Viena sobre direito dos tratados (1969):

    Convenção de Havana, art. 2º:

    É condição essencial nos tratados a forma escrita. [...]

    Convenção de Viena, art. 2, I:

    a) “tratado” significa um acordo internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica;

  • Letra "B"

    A formação de uma norma costumeira internacional requer dois elementos: um de caráter material e objetivo; e outro de caráter psicológico e subjetivo:
    Caráter material/objetivo: é a prática generalizada, reiterada, uniforme e constante de um ato na esfera das relações internacionais ou no âmbito interno, com reflexos externos. É a inveterata consuetudo, que constitui o conteúdo da norma costumeira;
    Caráter psicológico/subjetivo/espiritual: é a convicção de que tal pratica é juridicamente obrigatória. Trata-se da opinio juris, também denominada de opinio juris sive necessitatis, que significa a convicção do direito ou da necessidade.
     
                A ausência do segundo elemento, isto é, da opinio juris é a diferença entre um uso e um costume.
  • O costume internacional é uma fas fontes de DIP e reflete obrigações jurídicas, acarretando consequências ao seu infrator.

    Já os usos e hábitos internacionais não refletem obrigações internacionais, sendo baseados na cortesia ou em outros valores morais.
  • Ainda não consegui visualizar o erro da assertiva "E". Se alguém puder explicar melhor me mande uma msg. Obrigado
  • Saboia, acredito que a assertiva E esteja errada por causa da última parte "a par de atos de organizações internacionais, como resoluções da ONU".

    Não há dúvidas de que a as normas de jus cogens são normas imperativas do Direito Internacional, em relação às quais nenhuma derrogação é permitida - não podendo ser afastadas pela vontade particular dos Estados e só podendo ser modificadas com o advento de uma nova norma imperativa de igual caráter. Embora não haja hierarquia entre as fontes de Direito Internacional, há hierarquia entre as normas criadas pelas fontes: As normas imperativas revogam normas dispositivas (normas também obrigatórias, que podem ser afastadas pela vontade dos Estados).

    Um dos erros da assertiva está em equiparar normas emanadas de OIs, que são normas dispositivas, em geral, às normas imperativas!!

    Ademais, nem todos os atos adotados no seio de uma OI são juridicamente obrigatórios para seus Estados-membros, ou seja, nem todos os seus atos emanados são normas dispositivas. As resoluções de uma OI somente serão consideradas fontes de Direito Internacional quando o instrumento constitutivo daquela OI atribuir a determinado órgão o poder de emitir resoluções obrigatórias. No caso das Naçoes Unidas, a Carta da ONU, em seu artigo 25, combinado com seu capítulo VII, atribui ao Conselho de Segurança o poder de emitir resoluções obrigatórias em questões que afetem a paz e a segurança internacionais. Já no tocante a questões sobre o funcionamento da ONU, é a Assembleia Geral (AG) o órgão que possui poder decisório, emanando, de forma geral, recomendações para outros casos que não envolvam o funcionamento da ONU.

    Um outro erro da assertiva, portanto, está no fato de que também não são todas as resoluções da ONU que possuem caráter obrigatório, que constituem normas dispositivas.
  • O erro da E é muito mais simples do que a explicação do colega acima..

    e) Ainda que não prevista em tratado ou no Estatuto da CIJ, a invocação crescente de normas imperativas confere ao jus cogens manifesta qualidade de fonte da disciplina, a par de atos de organizações internacionais, como resoluções da ONU.


    Art. 53, Convenção de Viena.Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito Internacional Geral (jus cogens
    É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza.

    Esta previsão é expressa na Convenção de Viena

  • O jus cogens não é uma fonte de direito. Ele dá validade uma matéria acodada em uma das fontes enumeradas pelo estatuto da CIJ. Os atos de organizações internacionais não estão previstos pelo estatuto, mas têm status de fonte auxiliar.

  • Analisando a questão,

    A alternativa (A) está incorreta. Equidade é um método de raciocínio jurídico, e não uma fonte de DIP. Ela está presente no parágrafo 2o do artigo 38 do Estatuto da CIJ, por meio da expressão ex aequo et bono, e deverá ser usada apenas quando for conveniente para as partes: “A presente disposição não prejudicará a faculdade do Tribunal (*) de decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes assim convierem”. 

    A alternativa (B) está correta. O costume deve espelhar o reconhecimento generalizado, pelos sujeitos de DIP, de que determinadas práticas são obrigatórias. Ele tem dois elementos: o material, que significa que o costume deve traduzir uma prática reiterada de comportamentos; e o subjetivo ou psicológico, que é a convicção, por parte dos Estados e dos demais sujeitos de DIP, de que a prática em questão é obrigatória devido à existência de uma norma jurídica que a requer.

    A alternativa (C) está incorreta, pois tratado ou convenção é uma fonte escrita, o que está previsto no artigo 2o, 1, a da Convenção de Viena de 1969: “ “tratado” significa um acordo internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica”.

    A alternativa (D) está incorreta, pois as decisões judiciais, assim como a doutrina, estão previstas no artigo 38, 1, d, do Estatuto da CIJ, como meios auxiliares: “Com ressalva das disposições do artigo 59, as decisões judiciais e a doutrina dos publicistas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito”.

    A alternativa (E) está incorreta, pois o jus cogens não é uma fonte de DIP, mas, sim, um tipo de norma que pode se manifestar por meio das fontes de DIP, como tratados e costumes. Como ensinam Alain Pellet, Patrick Daillier e Nguyen Dinh, “... a fórmula utilizada pelo artigo 53o da Convenção de Viena não deixa qualquer dúvida sobre o fato de que o jus cogens não constitui uma nova fonte de direito internacional, mas uma ‘qualidade’ particular (imperativa) de certas normas, que podem ser de origem quer costumeira quer convencional”. Além disso, a questão está errada quando afirma que atos de organizações internacionais, em geral, são fontes de DIP. Apenas as decisões obrigatórias das OIs têm caráter de fonte, pois os demais atos não são vinculantes e, portanto, não se pode juridicamente exigir que os Estados ou outros sujeitos de DIP os respeitem. Por fim, outra fonte que não está enumerada no Estatuto da CIJ, mas que é considerada como tal são os atos unilaterais dos Estados. 



    RESPOSTA: (B)


  • Conforme o art. 38 do Estatuto da CIJ (Corte Internacional de Justiça): "A Corte, cuja função é decidir de acordo com o Direito Internacional os litígios que lhe sejam submetidos, aplicará:
    I - as convenções internacionais gerais ou específicas, que estabeleçam regras epressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
    II - o costume internacional, como prova de uma prática geral e aceita como Direito;
    III - os princípios gerais de Direito, reconhecidos pelas nações civilizadas; e
    IV - as decisões judiciais e a doutrina dos publicistas mais qualificados, como meio auxiliar.
    A presente disposição não restringe a faculdade da Corte para decidir um litígio ex aequo et bono, se convier às partes."
    A) INCORRETA. O art. 38 confere à Corte,  a faculdade de decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes assim convierem, de modo a possibilitar o julgamento com base na equidade, caso as circunstâncias específicas tornem necessário. A equidade, portanto, não é fonte recorrente e prevista como obrigatória na resolução judicial de contenciosos internacionais.
    B) CORRETA, nos termos do art. 38, II do Estatuto da CIJ. Destaque-se que a diferenciação existente entre o costume e o uso está justamente na convicção de obrigatoriedade da prática presente naquele e ausente neste. São elementos do costume internacional: a) material ou objetivo: consubstancia-se na repetição reiterada, uniforme e geralmente aceita de determinados atos, face a situações semelhantes; b) psicológico ou subjetivo (opinio juris et necessitatis): consiste na convicção da validade e da obrigatoriedade daquela prática geral. Costume é fonte primária de Direito Internacional.
    C) INCORRETA. Convenções internacionais são escritas. A "codificação" do Direito Internacional consiste em substituir, gradativamente, as normas de DI consuetudinário pela sua incorporação em grandes textos escritos sob a forma de convenções internacionais. A criação da ONU é o marco histórico da evolução do processo de codificação do DI,
    D) INCORRETA. As decisões judiciais estão expostas no art. 38 do Estatuto da CIJ.
    E) INCORRETA. Art. 53 da Convenção de Viena que nos traz o Direito dos Tratados: é nulo o tratado que viole uma norma imperativa de Direito Internacional geral, isto é, normas do jus cogens. Vale salientar, que não é qualquer norma de Direito Internacional que é categórico (jus cogens). Jus cogens são normas hierarquicamente superiores, pois não terá modificação pela vontade dos sujeitos de Direito Internacional, o que a diferencia das normas meramente obrigatórias. Não é qualquer resolução de DI, portanto, que é obrigatória. São exemplos de jus cogens: proibição do uso da força, pacta sunt servanda, igualdade soberana, não-ingerência nos assuntos internos e igualdade e dignidade da pessoa humana.
    Fonte: prof. Marcelo Pupe Braga.

  • As jus cogens estão sim previstas em tratado – art. 53 da Convenção de Viena de 1969. Além disso, não são qualificadas como fontes do direito internacional (p. 80, Portela, 2020). Na verdade, elas são NORMAS imperativas de direito internacional, que podem estar previstas em diversas fontes, como tratados, atos unilaterais, resoluções de organizações internacionais, até mesmo nos costumes


ID
750754
Banca
TRT 23R (MT)
Órgão
TRT - 23ª REGIÃO (MT)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Analisando se os itens abaixo (I a IV) contem proposições verdadeiras ou falsas, indique qual altemativa corresponde, em ordem sequencial, ao resultado de tal análise, de acordo com as normas de direito intemacional e a jurisprudencia do STF:

I. Tanto a imunidade de jurisdição e execução dos Estados estrangeiros como a das Agências Especializadas das Nações Unidas, fulcradas nos mesmos fundamentos consuetudinários e normativos, são mitigadas pelo Judiciário brasileiro em se tratando de demandas referentes a direitos trabalhistas, eis que guardam pertinencia com atos puramente negociais.

II. De acordo com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, o agente diplomático não é obrigado a prestar depoimento como testemunha e sua residência particular não poderá ser objeto de busca, requisição, embargo ou medida de execução.

III. A renúncia pelo Estado acreditante da imunidade de jurisdição dos seus agentes diplomáticos, nos termos da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, poderá ser tácita ou expressa.

IV. A renúncia pelo Estado acreditante da imunidade de jurisdição dos seus agentes diplomáticos não implica renúncia à imunidade quanto às medidas de execução da sentença, conforme estabelece a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA LETRA D

    I - FALSA: No informativo 545 de 2009 o STF afirmou que as OIs (Organizações Internacionais), como as Agências da ONU, possuem imunidade absoluta, inclusive no que ser efere ao seus atos de gestão. Já para Estados a imunidade foi relativizada, a imunidade de Atos de Imperior - Acta iure imperii permanece mas seus atos gestão não.

    II  - OK

    III - FALSA: Obrigatoriamente terá que ser expressa. Art. 32 - 2

    IV: OK, é o que diz Art. 32 - 4. Para execução de sentenção nova renúncia teria que ser apresentada.
  • CORRETA a alternativa “D”.
     
    Item I
    FALSA – EMENTA: AÇÃO RESCISÓRIA. ARTIGO 485, INCISOS II E V, DO CPC. 1) VIOLAÇÃO A LITERAL DISPOSIÇÃO DE LEI. ARTIGO 5º, § 2º, DA CF. ORGANISMOS INTERNACIONAIS. IMUNIDADE GARANTIDA POR NORMA INTERNACIONAL RATIFICADA PELO BRASIL. IMPOSSIBILIDADE DE RELATIVIZAÇÃO; 2) DECISÃO PROFERIDA POR JUIZ ABSOLUTAMENTE INCOMPETENTE. CONFIGURAÇÃO – O Legislador Constituinte de 1988 alçou ao patamar de garantia fundamental a prevalência, no âmbito interno, de normas internacionais subscritas pelo Brasil. E nessa condição encontra-se a Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Nações Unidas (Convenção de Londres), a qual, em seu art. II, Seção 2, prescreve: “A Organização das Nações Unidas, seus bens e haveres, qualquer que seja sua sede ou o seu detentor, gozarão de imunidade de jurisdição, salvo na medida em que a Organização a ela tiver renunciado em determinado caso. Fica entendido, porém, que a renúncia não pode compreender medidas executivas”. Essa Convenção restou incorporada ao ordenamento jurídico pátrio, por via do Decreto n.º 27.784, no ano de 1950. Em 1966, ratificando essa opção, o Brasil assinou o Acordo de Assistência Técnica com as Nações Unidas e suas Agências Especializadas, que reza: “O Governo, caso ainda não esteja obrigado a fazê-lo, aplicará aos Organismos, a seus bens, fundo e haveres, bem como a seus funcionários, inclusive peritos de assistência técnica: a) com respeito à Organização das Nações Unidas, a ‘Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Nações Unidas’. Inevitável, pois, distinguir as lides que envolvem Estados Estrangeiros daquelas movidas contra Organismos Internacionais protegidos por Tratados e/ou Convenções dos quais o Brasil tenha sido signatário. Configurada, portanto, a hipótese descrita no art. 485, V, do CPC, eis que violado, frontalmente, o dispositivo inserto no art. 5º, § 2º, da CF. Acórdão rescindendo que não reconhece a imunidade absoluta de jurisdição da ONU/PNUD, findando por caracterizar-se, também, por corolário, a causa de rescindibilidade contida no inciso II do pré-falado art. 485 do Código de Rito: decisão proferida por juiz absolutamente incompetente. Ação rescisória procedente (PROC. Nº TRT – 0001548-24.2010.5.06.0000 – 6ª REGIÃO/PE).
  • continuação ...

    Item II –
    VERDADEIRA – Artigo 31, 2: O agente diplomático não é obrigado a prestar depoimento como testemunha.
    3. O agente diplomático não esta sujeito a nenhuma medida de execução a não ser nos casos previstos nas alíneas " a ", " b " e " c " do parágrafo 1 deste artigo e desde que a execução possa realizar-se sem afetar a inviolabilidade de sua pessoa ou residência.
     
    Item III – FALSA – Artigo 32, 2: A renuncia será sempre expressa.
     
    Item IV – VERDADEIRA – Artigo 32, 4: A renuncia à imunidade de jurisdição no tocante às ações civis ou administrativas não implica renúncia a imunidade quanto as medidas de execução da sentença, para as quais nova renúncia é necessária.
     
    Os artigos mencionados são do Decreto 56.435/65.
  • Item I:

     

    OJ SDI 1 TST 416 - As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional.


ID
785227
Banca
PGR
Órgão
PGR
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

O DIREITO À AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS, NO DIREITO INTERNACIONAL,

Alternativas
Comentários
  • Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas (http://www.un.org/esa/socdev/unpfii/documents/DRIPS_pt.pdf)
     a) Errada. Em que pese a alternativa praticamente tenha transcrito o texto do art. 1.° do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, a Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas, em seu art. 4 traz disposição diversa: “Os povos indígenas, no exercício do seu direito à autodeterminação, têm direito à autonomia ou ao autogoverno nas questões relacionadas a seus assuntos internos e locais, assim como a disporem dos meios para financiar suas funções autônomas.”
    b) Errada. Artigo 3: “Os povos indígenas têm direito à autodeterminação. Em virtude desse direito determinam livremente sua condição política e buscam livremente seu desenvolvimento econômico, social e cultural.”. Ademais, não há dispositivo na declaração que permita inferir a citada “imunidade na justiça”.
    c) Errada. Art. 5: “Os povos indígenas têm o direito de conservar e reforçar suas próprias instituições políticas, jurídicas, econômicas, sociais e culturais, mantendo ao mesmo tempo seu direito de participar plenamente, caso o desejem, da vida política, econômica, social e cultural do Estado.”
    d) Certa. Art. 46: “Nada do disposto na presente Declaração será (...) entendido no sentido de autorizar ou de fomentar qualquer ação direcionada a desmembrar ou a reduzir, total ou parcialmente, a integridade territorial ou a unidade política de Estados soberanos e independentes.”
  • A) Art.4º, Os povos indígenas, no exercício do seu direito à autodeterminação, têm direito à autonomia ou ao autogoverno nas questões relacionadas a seus assuntos internos e locais, assim como a disporem dos meios para financiar suas funções autônomas.

    B) implica que estes determinam livremente sua ''condição politica''. na expressão do art. 3.° da Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos indígenas, incluindo o direito a ter suas próprias instituições politicas e judiciais e imunidade na justiça do estado em cujo território vivem;

    C) implica, na forma do art. 5.° da Declaração da ONU sobre Direitos dos Povos indigenas, que estes estão, de um modo geral, desvinculados das obrigações que o estado em cujo território vivem imponha indistintamente a seus cidadãos;

    Os povos indígenas têm o direito de conservar e reforçar suas próprias instituições políticas, jurídicas, econômicas, sociais e culturais, mantendo ao mesmo tempo seu direito de participar plenamente, caso o desejem, da vida política, econômica, social e cultural do Estado.

    D) Art. 46, Nada do disposto na presente Declaração será interpretado no sentido de conferir a um Estado, povo, grupo ou pessoa qualquer direito de participar de uma atividade ou de realizar um ato contrário à Carta das Nações Unidas ou será entendido no sentido de autorizar ou de fomentar qualquer ação direcionada a desmembrar ou a reduzir, total ou parcialmente, a integridade territorial ou a unidade política de Estados soberanos e independentes.


ID
785335
Banca
PGR
Órgão
PGR
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

COMO PARTE DO PROTOCOLO DE KIOTO À CONVENÇÃO-QUADRO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MUDANÇA CLIMATICA, O BRASIL SE COMPROMETE A:

Alternativas
Comentários
  • Letra "D". Por quê? É o teor do art. 10 do Protocolo de Kyoto, verbis:
    "ARTIGO 10 Todas as Partes, levando em conta suas responsabilidades comuns mas diferenciadas e suas prioridades de desenvolvimento, objetivos e circunstâncias específicos, nacionais e regionais, sem a introdução de qualquer novo compromisso para as Partes não incluídas no Anexo I, mas reafirmando os compromissos existentes no Artigo 4, parágrafo 1, da Convenção, e continuando a fazer avançar a implementação desses compromissos a fim de atingir o desenvolvimento sustentável, levando em conta o Artigo 4, parágrafos 3, 5 e 7, da Convenção, devem: (a) Formular, quando apropriado e na medida do possível, programas nacionais e, conforme o caso, regionais adequados, eficazes em relação aos custos, para melhorar a qualidade dos fatores de emissão, dados de atividade e/ou modelos locais que reflitam as condições socio econômicas de cada Parte para a preparação e atualização periódica de inventários nacionais de emissões antrópicas por fontes e remoções antrópicas por sumidouros de todos os gases de efeito estufa não controlados pelo Protocolo de Montreal, empregando metodologias comparáveis a serem acordadas pela Conferência das Partes e consistentes com as diretrizes para a preparação de comunicações nacionais adotadas pela Conferência das Partes;"
  • Protocolo de Kyoto

    QUESTÃO A e B

    ARTIGO 1. Cada Parte incluída no Anexo I, ao cumprir seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões assumidos sob o Artigo 3, a fim de promover o desenvolvimento sustentável, deve:

    (a) Implementar e/ou aprimorar políticas e medidas de acordo com suas circunstâncias nacionais, tais como:

    (i) O aumento da eficiência energética em setores relevantes da economia nacional;  (o item "a" fala em "elaborar politicas e medidas" e o texto do protocolo menciona que o signatário deverá "implementar e/ou aprimorar ...", o que torna a questão incorreta);

    (...)

    (vii) Medidas para limitar e/ou reduzir as emissões de gases de efeito estufa não controlados pelo Protocolo de Montreal no setor de transportes; (o item "b" fala em "implementar medidas para limitar ou reduzir" e o texto do protocolo menciona "limitar e/ou reduzir", o que torna a questão errada)

    QUESTÃO C

    ARTIGO 3 do Protocolo de Kyoto

    1. As Partes incluídas no Anexo I devem, individual ou conjuntamente, assegurar que suas emissões antrópicas agregadas, expressas em dióxido de carbono equivalente, dos gases de efeito estufa listados no Anexo A não excedam suas quantidades atribuídas, calculadas em conformidade com seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões descritos no Anexo B e de acordo com as disposições deste Artigo, com vistas a reduzir suas emissões totais desses gases em pelo menos 5 por cento abaixo dos níveis de 1990 no período de compromisso de 2008 a 2012. (o item "c" desconsidera a possibilidade de que as partes atuem "conjuntamente" e, ainda, descreve que  a redução deverá ser a "um nivel inferior a não menos de 5% do nivel de 1990 no periodo de compromisso compreendido entre 2008 e 2012" e o texto do protocolo menciona "pelo menos 5 por cento", o que torna a assertiva incorreta).

     


ID
889831
Banca
TRT 15R
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

A respeito da Convenção 138 da OIT, que trata da idade mínima para o trabalho,assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Letra A – INCORRETAArtigo 2º:1. Todo Membro, que ratifique a presente Convenção, deverá especificar, em uma declaração anexa à sua ratificação, a idade mínima de admissão ao emprego ou ao trabalho em seu território e nos meios de transporte registrados em seu território; à exceção do disposto nos artigos 4 e 8 da presente Convenção, nenhuma pessoa com idade menor à idade declarada, deverá ser admitida ao emprego ou trabalhar em  qualquer ocupação.
    3. A idade mínima fixada em cumprimento do disposto no parágrafo 1 do presente artigo, não deverá ser inferior à idade em que cessa a obrigação escolar, ou em todo caso, a quinze anos.

    Letra B – INCORRETA – Artigo 7º:1. A legislação nacional poderá permitir o emprego ou trabalho de pessoas de treze a quinze anos de idade, em trabalhos leves, com a condição de que estes:
    a) não sejam suscetíveis de prejudicar a saúde ou o desenvolvimento dos referidos menores; e
    b) não sejam de tal natureza que possam prejudicar sua frequência escolar, sua participação em programas de orientação ou formação profissionais, aprovados pela autoridade competente, ou o aproveitamento do ensino que recebem.
     
    Letra C – INCORRETA – Artigo 3º:1. A idade mínima de admissão a todo tipo de emprego ou trabalho, que, por sua natureza ou condições em que se realize, possa ser perigoso para a saúde, segurança ou moralidade dos menores, não deverá ser inferior a dezoito anos.
     
    Letra D – CORRETA – Artigo 8º:1. A autoridade competente poderá conceder, mediante prévia consulta às organizações interessadas de empregadores e de trabalhadores, quando tais organizações existirem, por meio de permissões individuais, exceções à proibição de ser admitido ao emprego ou de trabalhar, que prevê o artigo 2 da presente Convenção, no caso de finalidades tais como as de participar em representações artísticas.
     
    Letra E – INCORRETAA alternativa “D” é correta.
     
    Os artigos são da Convenção 138 da OIT.

ID
897925
Banca
TRT 15R
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Considerando a Convenção 138 e a Recomendação 146, ambas da OIT, sobre a idade minima de admissão a emprego, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Artigo 2º, da Convenção nº 138 da OIT.

            3. A idade mínima fixada nos termos do parágrafo 1º deste Artigo não será inferior à idade de conclusão da escolaridade obrigatória ou, em qualquer hipótese, não inferior a quinze anos.

    Gabarito: "A"

  • A) CORRETA. CONVENÇÃO 138 - Artigo 2 - 3. A idade mínima fixada em cumprimento do disposto no parágrafo 1 do presente artigo, não deverá ser inferior à idade em que cessa a obrigação escolar, ou em todo caso, a quinze anos.
    B) INCORRETA. CONVENÇÃO 138 - Artigo 3 - 1. A idade mínima de admissão a todo tipo de emprego ou trabalho, que, por sua natureza ou condições em que se realize, possa ser perigoso para a saúde, segurança ou moralidade dos menores, não deverá ser inferior a dezoito anos.
    C) INCORRETA. CONVENÇÃO 138 - Artigo 5 - 1. Se for necessário, a autoridade competente, mediante prévia consulta às organizações de empregadores e de trabalhadores interessadas, quando tais organizações existirem, poderá excluir da aplicação da presente Convenção um número limitado de categorias de emprego ou trabalho, a respeito dos quais surjam problemas especiais e importantes de aplicação.

    D) INCORRETA. CONVENÇÃO 138 - Artigo 7 - 1. A legislação nacional poderá permitir o emprego ou trabalho de pessoas de treze a quinze anos de idade, em trabalhos leves, com a condição de que estes: a) não sejam suscetíveis de prejudicar a saúde ou o desenvolvimento dos referidos menores; e b) não sejam de tal natureza que possam prejudicar sua freqüência escolar, sua articipação em programas de orientação ou formação profissionais, aprovados pela autoridade competente, ou o aproveitamento do ensino que recebem.
    E) INCORRETA. CONVENÇÃO 138 - 1. Todo Membro, cuja economia e cujos serviços administrativos não estejam suficientemente desenvolvidos, poderá, mediante prévia consulta às organizações interessadas de empregadores e de trabalhadores, quando tais organizações existirem, limitar, inicialmente, o campo de aplicação da presente Convenção. 2. Todo Membro, que se ampare no parágrafo 1 do presente artigo, deverá determinar, em uma declaração anexa à sua ratificação, os ramos de atividade econômica ou os tipos de empresa aos quais aplicará os dispositivos da presente Convenção. 3. Os dispositivos da presente Convenção deverão ser aplicáveis, pelo menos, a: minas e indústria extrativa; indústrias manufatureiras; construção civil; serviços de eletricidade, gás e água; saneamento; transportes, armazenamento e comunicação; e plantações ou outras explorações agrícolas que produzam, principalmente, para o comércio, com exclusão das empresas familiares ou de pequena dimensão, que produzam para o mercado local e que não empreguem regularmente trabalhadores assalariados.
  • Regra - não inferior a quinze anos;

    Trabalhos que podem prejudicar – não será inferior a 18 anos;

    Trabalhos leves - de 13 a 15 anos;

    Economia e condições do ensino não estiverem suficientemente desenvolvidas – 14 anos inicialmente (Art. 2, §4º) e de 12 a 14 anos em trabalhos leves (art. 7º, §4º);

  • Recomendação 146:

    II. Idade Mínima

    6. A idade mínima definida deveria ser igual para todos os setores de uma atividade econômica.


ID
927103
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STM
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    Fonte: http://www.icrc.org/por/resources/documents/misc/icrc-statutes-080503.htm

    a) sediado em Viena.
      ERRADO: ART. 3° (1)  A sede do CICV fica em Genebra

    b) apto para concluir acordos de sede com os Estados em que atua.
    CERTO: Tando pode que concluiu acordo de Sede com a Confederação Suiça, onde está sediada.

    c) membro da ONU
    ERRADO: Na ONU, o CICV é OBSERVADOR PERMANENTE, junto com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, a União Interparlamentar e a Soberana Ordem Militar de Malta
    Fonte: http://www.un.org/es/members/intergovorg.shtml

    d) uma organização internacional intergovernamental
    ERRADO: É uma Organização Não-Governamental Internacional (ONG internacional), de direito privado, submetida ao Código Civil suiço.
    Obs: O CESPE considera o CICV como a unica ONG internacional que é sujeito de direito internacional, devido à sua atuação no campo do Direito Humanitário Internacional.


    e) equiparado, do ponto de vista da personalidade internacional, a um Estado.
      
    ERRADO: a personalidade jurídica do Estado é originária. Somente o Estado tem essa característica. Ainda existe divergência doutrinária a respeito da personalidade jurídica do CICV. 
     
  • O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) é sediado em Genebra (Suíça). Ele é uma organização não governamental que atua no ramo do direito internacional humanitário (DIH), embora tenha algumas características de organização intergovernamental. A principal delas é o fato de a CICV ter um mandato da comunidade internacional para atuar no ramo do DIH. Em virtude disso, não se questiona o fato de a CICV ser considerada sujeito de direito internacional, o que possibilita, por exemplo, que a instituição celebre acordos de sede com os países nos quais atua, característica inerente às OIs, e não às ONGs. A CICV não é membro da ONU e, embora seja sujeito de DIP, tem personalidade internacional derivada, e não originária como a dos Estados, que são os sujeitos de DIP por excelência.


    A alternativa correta é a letra (B).



ID
953494
Banca
TRT 15R
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Assinale a alternativa incorreta:

Alternativas
Comentários
  • Olá colegas. Creio que o artigo segundo da OIT Sobre os Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalhos e o Anexo I da Declaração de Constituição da OIT explicam grande parte da questão:

    2. Declara que todos os Membros, ainda que não tenham ratificado as convenções aludidas, têm um compromisso derivado do fato de pertencer à Organização de respeitar, promover e tornar realidade, de boa fé e de conformidade com a Constituição, os

    princípios relativos aos direitos fundamentais que são objeto dessas convenções, isto é:

    a) a liberdade sindical e o reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva;

    b) a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou obrigatório;

    c) a abolição efetiva do trabalho infantil; e

    d) a eliminação da discriminação em matéria de emprego e ocupação.

    Já o Anexo I da Declaração de Constituição da OIT assim estabelece:

    A Conferência reafirma os princípios fundamentais sobre os quais repousa a Organização, principalmente os seguintes:

    a) o trabalho não é uma mercadoria;

    b) a liberdade de expressão e de associação é uma condição indispensável a um progresso ininterrupto;

    c) a penúria, seja onde for, constitui um perigo para a prosperidade geral;

    d) a luta contra a carência, em qualquer nação, deve ser conduzida com infatigável energia, e por um esforço internacional contínuo e conjugado, no qual os representantes dos empregadores e dos empregados discutam, em igualdade, com os dos Governos, e tomem com eles decisões de caráter democrático, visando o bem comum.

    Abraços,

    Tatiana

     

  • A "B", além de incorreta, destoa brutalmente das demais.


ID
953500
Banca
TRT 15R
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Sobre a Organização Internacional do Trabalho é incorreto dizer:

Alternativas
Comentários
  • A - ERRADA
    "a delegação de cada Estado Mémbro, no órgão máximo de deliberação da OIT, seguindo os preceitos democráticos igualitários, segue o padrão tripartite, sendo composta mediante a participação de QUATRO representantes, DOIS do Estado, um dos empregadores e um dos trabalhadores"

    Assim, a assertiva A está errada.

    Bons estudos.

  • A) INCORRETA. Constituição da OIT - Artigo 3 - 1. A Conferência geral dos representantes dos Estados-Membros realizará sessões sempre que for necessário, e, pelo menos, uma vez por ano. Será composta de quatro representantes de cada um dos Membros, dos quais dois serão Delegados do Governo e os outros dois representarão, respectivamente, os empregados e empregadores.
    B) CORRETA. Constituição da OIT - Artigo 4 -1. Cada delegado terá o direito de votar individualmente em todas as questões submetidas às deliberações da Conferência.
    C) CORRETA. Constituição da OIT - Artigo 19 - 2. Em ambos os casos, para que uma convenção ou uma recomendação seja aceita em votação final pela Conferência, são necessários dois terços dos voto presentes.
    D) CORRETA. Constituição da OIT - Artigo 7 - 4. Os representantes dos empregadores e os dos empregados serão, respectivamente, eleitos pelos delegados dos empregadores e pelos delegados dos trabalhadores à Conferência.
    E) CORRETA. Constituição da OIT - Artigo 8 - 1. A Repartição Internacional do Trabalho terá um Diretor-Geral, designado pelo Conselho de Administração, responsável, perante este, pelo bom funcionamento da Repartição e pela realização de todos os trabalhos que lhe forem confiados.

ID
953503
Banca
TRT 15R
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Preceitos ligados ao princípio da não-discriminação, com explicitação de motivações discriminatórias, notabilizando a questão pertinente à,raça, estão integrados em diversos documentos internacionais, abaixo citados, com exceção:

Alternativas
Comentários
  • Para responder a essa questão, lembrei que a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão teve por objetivo positivar direitos de 1ª Geração (preocupados com a liberdade). A preocupação do Estado com direitos de 2ª Geração (igualdade, punição de discriminação etc.) é algo mais novo.
  • b) da Declaração da Filadélfia, relativa aos fins e objetivos da OIT;

    Convencida de que a experiência demonstrou plenamente o fundamento da declaração contida na Constituição da Organização Internacional do Trabalho, e segundo a qual só se pode estabelecer uma paz duradoura com base na justiça social, a Conferência afirma que:

    a) todos os seres humanos, qualquer que seja a sua raça, a sua crença ou o seu sexo, têm o direito de efetuar o seu progresso material e o seu desenvolvimento espiritual em liberdade e com dignidade, com segurança econômica e com oportunidades iguais; 


    c) da Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem;

    Capítulo Primeiro
    Artigo II.  Todas as pessoas são iguais perante a lei e têm os direitos e deveres consagrados nesta declaração, sem distinção de raça, língua, crença, ou qualquer outra.

    d) do Pacto dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais;

    Artigo 2º2. Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a garantir que os direitos nele enunciados e exercerão em discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, situação econômica, nascimento ou qualquer outra situação.

    e) da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica).

    Artigo 1º - Obrigação de respeitar os direitos

    1. Os Estados-partes nesta Convenção comprometem-se a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma, por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social.


  • Eu já olhei a data do documento. Alguém no século 18 estaria preocupado com raça.?


ID
967945
Banca
TRT 8R
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Com base nas normas internacionais de proteção da criança e do adolescente contra a exploração econômica, assinale a resposta CERTA:

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADA: art. 2º e 3º da Convenção 132 da OIT;

    b) CORRETA: art.1º e §§1 e 3 do art. 2º  da Convenção 132 da OIT;

    c) ERRADA: art. 7º § 1º "...entre treze e quinze anos..." , a questão fala entre doze e quinze anos;

    d) ERRADA: art. 3ª alínea d "...é suscetível de prejudicar a saúde, a segurança ou a moral das crianças...", a questão acrescenta educação;

    e) ERRADA: art. 10º "...o emprego assalariado da mão-de-obra infantil...", a questão refere-se a infanto-juvenil.

  • pra q uma cavalice dessas?

  • a) ERRADA: art. 32 da Convenção dobre os Direitos da Criança; 

    b) CORRETA: art. 1° e §§ 1 e 3 da Convenção 138 da OIT;
    c) ERRADA: art. 7°, §§ 1 e 2 da Convenção 138 da OIT; 
    d) ERRADA: art. 3° da Convenção 182 da OIT 
    e) ERRADA: §3 do art. 10 do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, sociais e culturais.
  • Letra A: acredito que o erro está em estabelecer a idade mínima de 14 anos, uma vez que o artigo 32, da Convenção sobre os Direitos da Criança não estabelece. Veja:

     

    Artigo 32

    1. Os Estados Partes reconhecem o direito da criança de estar protegida contra a exploração econômica e contra o desempenho de qualquer trabalho que possa ser perigoso ou interferir em sua educação, ou que seja nocivo para sua saúde ou para seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social.

    2. Os Estados Partes adotarão medidas legislativas, administrativas, sociais e educacionais com vistas a assegurar a aplicação do presente artigo. Com tal propósito, e levando em consideração as disposições pertinentes de outros instrumentos internacionais, os Estados Partes, deverão, em particular:

    a) estabelecer uma idade ou idades mínimas para a admissão em empregos;

     

     

  • Letra B:

     

    Convenção 138:

     

    Artigo 1º:

    Todo País-Membro em que vigore esta Convenção, compromete-se a seguir uma política nacional que assegure a efetiva abolição do trabalho infantil e eleve progressivamente, a idade mínima de admissão a emprego ou a trabalho a um nível adequado ao pleno desenvolvimento físico e mental do adolescente.

     

    Artigo 2º:

            1. Todo Membro que ratificar esta Convenção especificará, em declaração anexa à ratificação, uma idade mínima para admissão a emprego ou trabalho em seu território e nos meios de transporte registrados em seu território; ressalvado o disposto nos Artigos 4º e 8º desta Convenção, nenhuma pessoa com idade inferior a essa idade será admitida a emprego ou trabalho em qualquer ocupação.

     

    3. A idade mínima fixada nos termos do parágrafo 1º deste Artigo não será inferior à idade de conclusão da escolaridade obrigatória ou, em qualquer hipótese, não inferior a quinze anos.

  • Letra C:

     

    Convenção 138 da OIT:

     

    Artigo 7º

            1. As leis ou regulamentos nacionais poderão permitir o emprego ou trabalho a pessoas entre treze (e não DOZE) e quinze anos em serviços leves que:

            a) não prejudiquem sua saúde ou desenvolvimento, e

            b) não prejudiquem sua freqüência escolar, sua participação em programas de orientação vocacional ou de treinamento aprovados pela autoridade competente ou sua capacidade de se beneficiar da instrução recebida.

     

            2. As leis ou regulamentos nacionais poderão também permitir o emprego ou trabalho a pessoas com, no mínimo, quinze anos de idade e que não tenham ainda concluído a escolarização obrigatória em trabalho que preencher os requisitos estabelecidos nas alíneas a) e b) do parágrafo 1º deste Artigo.

          

            4. Não obstante o disposto nos parágrafos 1º e 2º deste Artigo, o País-membro que se tiver servido das disposições do parágrafo 4º do Artigo 2º (" o País-membro, cuja economia e condições do ensino não estiverem suficientemente desenvolvidas ")  poderá, enquanto continuar assim procedendo, substituir as idades de treze e quinze anos pelas idades de doze e quatorze anos e a idade de quinze anos pela idade de quatorze anos dos respectivos Parágrafos 1º e 2º deste Artigo.

     

     

  • A CV138 não fala em abolição do trabalho infanto-juvenil ou estou errado?


ID
983032
Banca
MPT
Órgão
MPT
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

O fato de uma Convenção encontrar-se elencada entre as Convenções Fundamentais da OIT, contempladas na Declaração da OIT relativa aos princípios e direitos fundamentais no trabalho, acarreta para o Estado membro:

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA: "a"

    "2. Declara que todos os Membros, ainda que não tenham ratificado as convenções aludidas, têm um compromisso derivado do fato de pertencer à Organização de respeitar, promover e tornar realidade, de boa fé e de conformidade com a Constituição, os princípios relativos aos direitos fundamentais que são objeto dessas convenções, isto é:
    a) a liberdade sindical e o reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva;
    b) a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou obrigatório;
    c) a abolição efetiva do trabalho infantil; e
    d) a eliminação da discriminação em matéria de emprego e ocupação." (Declaração sobre os Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho - 1998)
  • a) CORRETA. Artigo 2º da Declaração sobre os Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho – 1998.

    b) ERRADA. A Constituição da OIT não estabeleceu quais as sanções que deveriam ser aplicadas aos Estados-membros, limitando-se a estipular no seu artigo 33 o seguinte: “Se um Estado-Membro não se conformar, no prazo prescrito, com as recomendações eventualmente contidas no relatório da Comissão de Inquérito, ou na decisão da Corte Internacional de Justiça, o Conselho de Administração poderá recomendar à Conferência a adoção de qualquer medida que lhe pareça conveniente para assegurar a execução das mesmas recomendações.” Atenção para os artigos 5 e 6 da Cartas das Nações Unidas que trata da suspensão de direitos e da expulsão somente em casos reiterados e inobservância persistente.

    c) ERRADA. Não existe o Tribunal Internacional do Trabalho. Pelo menos, não encontrei até agora nada que trate sobre esse órgão. Apenas Corte Internacional de Justiça.

    d) ERRADA. Não é recurso. O artigo 29, parágrafo 2, da Declaração da Filadélfia dispõe que: “Cada Governo interessado deverá comunicar ao Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho, dentro do prazo de 03 meses, se aceita ou não as recomendações contidas no relatório da Comissão, e, em caso contrário, se deseja que a divergência seja submetida à Corte Internacional de Justiça.

    Artigo 32 - As conclusões ou recomendações eventuais da Comissão de Inquérito poderão ser confirmadas, alteradas ou anuladas pela Corte Internacional de Justiça.

    Artigo 33 - Se um Estado-Membro não se conformar, no prazo prescrito, com as recomendações eventualmente contidas no relatório da Comissão de Inquérito, ou na decisão da Corte Internacional de Justiça, o Conselho de Administração poderá recomendar à Conferência a adoção de qualquer medida que lhe pareça conveniente para assegurar a execução das mesmas recomendações.


    Peço a gentileza de me informarem quaisquer dúvidas ou incongruências.

  • ALTERNATIVA D)

    II – Constituição da OIT.

    Artigo 37
    1. Quaisquer questões ou dificuldades relativas à interpretação da presente Constituição e das convenções  ulteriores  concluídas  pelos  Estados-Membros,  em  virtude  da  mesma,  serão submetidas à apreciação da Corte Internacional de Justiça.


ID
983035
Banca
MPT
Órgão
MPT
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Analise as assertivas sobre a Convenção das Nações Unidas contra a corrupção (Tratado de Mérida) e marque a resposta CORRETA:

I – A Convenção sugere como forma de combater a corrupção que os sistemas de convocação, contratação, retenção, promoção e aposentadoria de funcionários públicos estejam baseados em princípios de eficiência e transparência e em critérios objetivos como o mérito, a equidade e a aptidão.

II – A Convenção prevê que a adoção pelo Estado-parte de medidas legislativas que sejam necessárias para qualificar como delito, quando cometido intencionalmente, a promessa, oferecimento ou a concessão, de forma direta ou indireta de um benefício para o seu próprio proveito ou no de outra pessoa ou entidade, para que atue ou se abstenha de atuar, não alcança o funcionário público ou funcionário de organização internacional pública, em razão da soberania.

III – A República Federativa Brasileira, em conformidade com os princípios fundamentais de seu ordenamento jurídico e sem menosprezar a independência ministerial e seu papel decisivo na luta contra a corrupção, adotará medidas para reforçar a integridade e evitar toda oportunidade de corrupção entre os membros do ministério público.

IV – A República Federativa Brasileira também considerará, em conformidade com os princípios fundamentais de sua legislação interna, a possibilidade de estabelecer medidas e sistemas para facilitar que os funcionários públicos denunciem todo ato de corrupção às autoridades competentes quando tenham conhecimento deles no exercício de suas funções.

Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Somente o item II errado.

    Artigo 16

    Suborno de funcionários públicos estrangeiros e de funcionários de organizações internacionais públicas

      1. Cada Estado Parte adotará as medidas legislativas e de outras índoles que sejam necessárias para qualificar como delito, quando cometido intencionalmente, a promessa, oferecimento ou a concessão, de forma direta ou indireta, a um funcionário público estrangeiro ou a um funcionário de organização internacional pública, de um benefício indevido que redunde em seu próprio proveito ou no de outra pessoa ou entidade com o fim de que tal funcionário atue ou se abstenha de atuar no exercício de suas funções oficiais para obter ou manter alguma transação comercial ou outro benefício indevido em relação com a realização de atividades comerciais internacionais.


  • I - CORRETO

    Artigo 7 Setor Público 1. Cada Estado Parte, quando for apropriado e de conformidade com os princípios fundamentais de seu ordenamento jurídico, procurará adotar sistemas de convocação, contratação, retenção, promoção e aposentadoria de funcionários públicos e, quando proceder, de outros funcionários públicos não empossados, ou manter e fortalecer tais sistemas. Estes:

    a) Estarão baseados em princípios de eficiência e transparência e em critérios objetivos como o mérito, a eqüidade e a aptidão;  (...)

     

     

  • III - Art. 11

      2. Poderão formular-se e aplicar-se no ministério público medidas com idêntico fim às adotadas no parágrafo 1 do presente Artigo nos Estados Partes em que essa instituição não forme parte do poder judiciário mas goze de independência análoga. 

    IV - Art. 8º

    4. Cada Estado Parte também considerará, em conformidade com os princípios fundamentais de sua legislação interna, a possibilidade de estabelecer medidas e sistemas para facilitar que os funcionários públicos denunciem todo ato de corrupção às autoridade competentes quando tenham conhecimento deles no exercício de suas funções.

    I

  • I.

    Artigo 7

    Setor Público

    1. Cada Estado Parte, QUANDO for apropriado e de conformidade com os princípios fundamentais de seu ordenamento jurídico, PROCURARÁ adotar sistemas de convocação, contratação, retenção, promoção e aposentadoria de funcionários públicos e, quando proceder, de outros funcionários públicos não empossados, ou manter e fortalecer tais sistemas. Estes:       a) Estarão baseados em princípios de eficiência e transparência e em critérios objetivos como o mérito, a eqüidade e a aptidão;

    II.

    não alcança o funcionário público ou funcionário de organização internacional pública, em razão da soberania.

    ALCANÇA SIM.

    Artigo 15: SUBORNO de funcionários públicos nacionais (...)

    Artigo 16: SUBORNO de funcionários públicos estrangeiros e de funcionários de organizações internacionais públicas

    1. Cada Estado Parte ADOTARÁ as medidas legislativas e de outras índoles que sejam necessárias para qualificar como delito, QUANDO cometido intencionalmente, a PROMESSA, OFERECIMENTO ou a CONCESSÃO, de forma direta ou indireta, A UM funcionário público estrangeiro ou a um funcionário de organização internacional pública, de um benefício indevido QUE redunde em seu próprio proveito ou no de outra pessoa ou entidade com o FIM de que tal funcionário atue ou se abstenha de atuar no exercício de suas funções oficiais PARA OBTER ou MANTER alguma transação comercial ou outro benefício indevido em relação com a realização de atividades comerciais internacionais. (...)

    III.

    Artigo 11

    Medidas relativas ao poder judiciário e ao ministério público

    1. Tendo presentes a independência do poder judiciário e seu papel decisivo na luta contra a corrupção, cada Estado Parte, em conformidade com os princípios fundamentais de seu ordenamento jurídico e sem menosprezar a independência do poder judiciário, ADOTARÁ medidas para reforçar a integridade e evitar toda oportunidade de corrupção entre os membros do poder judiciárioTais medidas PODERÃO incluir normas que regulem a conduta dos membros do poder judiciário.

    2. PODERÃO formular-se e aplicar-se no ministério público medidas com idêntico fim às adotadas no parágrafo 1 do presente Artigo nos Estados Partes em que essa instituição não forme parte do poder judiciário mas goze de independência análoga.

    IV.

    Artigo 8

    Códigos de conduta para funcionários públicos

     4. Cada Estado Parte também considerará, em conformidade com os princípios fundamentais de sua legislação interna, a POSSIBILIDADE DE ESTABELECER medidas e sistemas para facilitar que os funcionários públicos denunciem todo ato de corrupção às autoridade competentes quando tenham conhecimento deles no exercício de suas funções.

  • Legal é olhar as estatísticas e perceber que 34 pessoas marcaram a letra "E".


ID
995848
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Polícia Federal
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

relativos às relações consulares, aos
tratados internacionais, ao direito do mar e às cortes internacionais.

Após o reconhecimento de pleito formulado perante a Comissão de Delimitação de Plataformas Continentais da Organização das Nações Unidas, o Brasil passou a exercer, na plataforma continental que excede as 200 milhas náuticas, até o limite de 350 milhas náuticas, competências equivalentes às exercidas no mar territorial.

Alternativas
Comentários
  • PLATAFORMA CONTINENTAL

    "A plataforma continental de um Estado costeiro compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural do seu território terrestre, até ao bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância." (CNUDM, art. 76, par. 1).

  • Segundo a Convenção de Montego Bay, o Estado costeiro deve traçar o limite exterior da sua plataforma continental, quando esta se estender além de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial. Assim, verifica-se que uma plataforma continental cuja extensão ultrapasse as 200 milhas marítimas é situação excepcional. Tendo em vista a excepcionalidade da situação, esta precisa ser reconhecida pela ONU (Organização das Nações Unidas).

    Pois bem, o Brasil realizou estudos acerca da sua plataforma continental e constatou que, em diversos pontos de nosso literal, o bordo exterior da margem continental prolonga-se além das 200 milhas marítimas. Já tendo apresentado à ONU a proposta de extensão da plataforma continental, o Brasil apenas aguarda a decisão daquela organização internacional(seu pleito ainda não foi reconhecido!). Caso a decisão seja positiva, o território marítimo brasileiro irá aumentar bastante e, com isso, as riquezas minerais sob o domínio do País. Nessa imensa área, estão as maiores reservas de petróleo e gás, fontes de energia imprescindíveis para o desenvolvimento do Brasil, além da existência de potencial pesqueiro.
  • A questão também contém um erro ao final. Se forem exercidas competências, entre 200 e 350 milhas, elas serão equivalentes

    às exercidas na Zona Econômica Exclusiva, e não às do mar territorial.

  • O Brasil não teve seu pleito reconhecido pela referida comissão da ONU. Em 2004, o Brasil formulou pleito pedindo a extensão da plataforma continental de 200 milhas marítimas para 350 milhas marítimas, o que é permitido pela Convenção de Montego Bay sobre o direito do Mar. Entretanto, em 2007, por oposição dos Estados Unidos, o pleito brasileiro foi rejeitado na ONU. Mais tarde, o Brasil reformulou o pleito e ainda aguarda resposta. Grande parte do Pré-Sal se encontra além das 200 milhas marítimas, o que explica a importância de o Brasil poder exercer soberania econômica sobre a plataforma continental estendida.

    A questão está errada.


  • Na verdade há 2 erros: primeiro não houve ainda o reconhecimento do pleito. Segundo como muito bem reconheceu a colega Bianca a CNUDM só permite o aumento da plataforma continental dentro das condições e parâmetros fixados no tratado, não existindo qualquer possibilidade de expansão do mar territorial, ZEE ou qualquer outro espaço marítimo definido pela CNUDM.

  • O comentário da Bianca é o que responde corretamente  a questão. 

  • Questão repetida.

  • Atualizando os comentários dos colegas: o pleito foi parcialmente reconhecido, com a extensão do território marítimo brasileiro em algumas áreas. Todavia, a questão está errada ao afirmar que as "competências são equivalentes às exercidas no mar territorial", uma vez que na plataforma continental  o Estado exerce sua soberania para efeitos de exploração e aproveitamento de seus recursos naturaismas não a soberania plena que exerce no mar territorial.

  • A melhor resposta é a constante no "comentários do Professor" :

    "O Brasil não teve seu pleito reconhecido pela referida comissão da ONU. Em 2004, o Brasil formulou pleito pedindo a extensão da plataforma continental de 200 milhas marítimas para 350 milhas marítimas, o que é permitido pela Convenção de Montego Bay sobre o direito do Mar. Entretanto, em 2007, por oposição dos Estados Unidos, o pleito brasileiro foi rejeitado na ONU. Mais tarde, o Brasil reformulou o pleito e ainda aguarda resposta. Grande parte do Pré-Sal se encontra além das 200 milhas marítimas, o que explica a importância de o Brasil poder exercer soberania econômica sobre a plataforma continental estendida".

  • A afirmativa está errada, pois não seria a mesma coisa. Até 200 milhas náuticas é a chamada “Amazônia Azul”, já 350 milhas náuticas se trata de uma exploração comercial, sendo um ato unilateral do governo brasileiro. 

  • Creio que hoje o Gabrito seria correto:

    Aconteceu em 2019 a ampliação dos limites da plataforma continental nacional para 350 milhas náuticas a partir da linha da costa na região Sul, autorizada pela Organização das Nações Unidas (ONU). O limite anterior era de 200 milhas náuticas. 

    seguimos!

  • HOJE O GABARITO SERIA "CORRETO", porque em 2019 o pedido do Brasil foi aceito pela ONU.

    "Um amplo trabalho de aquisição e de interpretação de dados geofísicos de toda a costa brasileira, conduzido por nossos profissionais ao longo de mais de 30 anos, contribuiu para uma grande conquista diplomática e econômica para o país: a ampliação dos limites da plataforma continental nacional para 350 milhas náuticas a partir da linha da costa na região Sul, autorizada pela Organização das Nações Unidas (ONU). O limite anterior era de 200 milhas náuticas. Para se ter ideia da importância dessa decisão, a área incorporada às águas territoriais brasileiras corresponde a 170 mil km² – o que equivale, aproximadamente, à extensão do Uruguai. A decisão trouxe ao Brasil o direito de explorar os recursos naturais nesta nova região.

    A ONU permite que os países ampliem seus limites marítimos desde que apresentem estudos técnicos e científicos que comprovem a extensão da sua plataforma continental. A regra técnica consiste em determinar, a partir da definição da profundidade do mar e a espessura de sedimento, até onde existe o prolongamento natural da massa continental que está submersa."

    Disponível em: https://petrobras.com.br/fatos-e-dados/contribuimos-para-a-ampliacao-da-plataforma-continental-brasileira.htm

  • hoje em dia está correto, teve um aumento da limitação!!!!


ID
1056589
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Considere que o Estado A tenha adentrado o espaço aéreo do Estado B sem a sua autorização e que, após tratativas diplomáticas, ele tenha reconhecido que cometera uma violação ao direito do Estado B, tendo apresentado pedido formal de desculpa pelo ocorrido. Nessa situação, de acordo com os artigos da Comissão de Direito Internacional da ONU sobre Responsabilidade Internacional dos Estados, o reconhecimento da violação e o pedido de desculpas realizado pelo Estado A caracterizam a forma de reparação denominada

Alternativas
Comentários
  • PROJETO DA COMISSÃO DE DIREITO INTERNACIONAL DAS NAÇÕES 

    UNIDAS SOBRE RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DOS ESTADOS 

    TRADUÇÃO: PROF. DR. AZIZ TUFFI SALIBA 


    Art. 37. Satisfação 

    1. O Estado responsável por um ato internacionalmente ilícito 

    tem a obrigação de dar satisfação pelo prejuízo causado por 

    aquele ato desde que ele não possa ser reparado pela 

    restituição ou indenização. 2. A satisfação pode consistir em um reconhecimento da 

    violação, uma expressão de arrependimento, uma desculpa formal 

    ou outra modalidade apropriada. 

    3. A satisfação não deverá ser desproporcional ao prejuízo e 

    não pode ser humilhante para o Estado responsável. 


  • Uma vez configurada a responsabilidade internacional, surge o dever de reparar. A reparação pode dar-se de 3 formas (cumulativas ou não):

    1) Restituição ("status quo ante");

    2) Satisfação (desculpas, promessa de não repetição, realizar investigações, etc);

    3) Indenização (abrange danos diretos ou emergentes e juros moratórios). 

  • Danos morais não constitui uma forma de reparação, mas a possível consequência de um ato ou fato ilícito. A alternativa (A) está incorreta.

    A alternativa (B) está incorreta, pois reconhecimento de responsabilidade e pedido de desculpas não implicam, necessariamente, garantia de não repetição de ato similar.

    A alternativa (C) está incorreta. Restituição (artigo 35 do Projeto de Tratado) é a melhor forma de reparação, uma vez que tenta restabelecer a situação que existia antes da ocorrência do fato ilícito internacional. Em alguns casos, como o apresentado no enunciado, não é possível praticá-la.

    A alternativa (D) está incorreta. Compensação (artigo 36) traduz-se, literalmente, em uma compensação financeira, que abrange danos emergentes e lucros cessantes.


    A alternativa (E) está correta. A satisfação (artigo 37) deve ocorrer quando a restituição e a compensação não forem adequadas para reparar o ilícito. Ela tem uma função simbólica. 

  • ARTIGOS DA CDI DA ONU SOBRE RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL

    PARTE II – O CONTEÚDO DA RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DE ESTADO

    CAPÍTULO I PRINCÍPIOS GERAIS

    Art. 30. Cessação ou não-repetição O Estado responsável pelo ato internacionalmente ilícito tem a obrigação de: a)cessar aquele ato, se ele continua; b)oferecer segurança e garantias apropriadas de não-repetição, se as circunstâncias o exigirem.

    Art. 31. Reparação 1. O Estado responsável tem obrigação de reparar integralmente o prejuízo causado pelo ato internacionalmente ilícito. 2. O prejuízo compreende qualquer dano, material ou moral, causado pelo ato internacionalmente ilícito de um Estado.

    CAPÍTULO II REPARAÇÃO PELO PREJUÍZO

    Art. 34. Formas de reparação A reparação integral do prejuízo causado pelo ato internacionalmente ilícito deverá ser em forma de restituição, indenização e satisfação, individualmente ou em combinação, de acordo com as previsões deste Capítulo.

    Art. 35. Restituição Um Estado responsável por um ato internacionalmente ilícito tem a obrigação de restituir, ou seja, de reestabelecer a situação que existia antes que o ato ilícito fosse cometido, desde que e na medida que a restituição: a)não seja materialmente impossível; b)não acarrete um ônus totalmente desproporcional com relação ao benefício que derivaria de restituição em vez dada indenização.

    Art. 36. Indenização 1. O Estado responsável por um ato internacionalmente ilícito tem obrigação de indenizar pelo dano causado por este, desde que tal dano não seja reparado pela restituição. 2. A indenização deverá cobrir qualquer dano susceptível de mensuração financeira, incluindo lucros cessantes, na medida de sua comprovação.

    Art. 37. Satisfação 1. O Estado responsável por um ato internacionalmente ilícito tem a obrigação de dar satisfação pelo prejuízo causado por aquele ato desde que ele não possa ser reparado pela restituição ou indenização. 2. A satisfação pode consistir em um reconhecimento da violação, uma expressão de arrependimento, uma desculpa formal ou outra modalidade apropriada. 3. A satisfação não deverá ser desproporcional ao prejuízo e não pode ser humilhante para o Estado responsável.

      Obs.: a palavra “compensação” não aparece no documento...


  • O relatório artigos da Comissão de Direito Internacional da ONU sobre Responsabilidade Internacional dos Estados da CDI de 2001 é um draft com o intuito de codificar o costume internacional sobre responsabilidades internacionais dos estados.
    Esse relatório ainda não foi aprovado e não existe uma versão oficial em português. Portanto, a alegação de Gustavo Baini que "a palavra “compensação” não aparece no documento..." está associada ao fato de que, na versão em português do relatório por ele utilizado, o artigo 36 foi traduzido como indenização enquanto a versão oficial em inglês é Article 36. Compensation.

  • "PROJETO DA COMISSÃO DE DIREITO INTERNACIONAL DAS NAÇÕESUNIDASSOBRE RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DOS ESTADOS"

    Cobrar algo que sequer consta do sítio do Planalto para juiz federal é uma covardia. Está parecendo aquelas provas para MP estadual em que cobram tema de monografia de um membro específico, com teorias mirabolantes, só para eliminar (ou favorecer) candidatos. Me recuso a salvar no meu computador e estudar. Perco esse ponto, mas não estudo. Absurdo! 

  • Gabarito: E

    Satisfação


ID
1057477
Banca
TRF - 4ª REGIÃO
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • I

    carta das nacoes unidas

    Artigo 18

    Cada membro da Assembleia Geral terá um voto.As decisões da Assembleia Geral sobre questões importantes serão tomadas por maioria de dois terços dos membros presentes e votantes. Essas questões compreenderão: as recomendações relativas à manutenção da paz e da segurança internacionais, a eleição dos membros não permanentes do Conselho de Segurança, a eleição dos membros do Conselho Económico e Social, a eleição dos membros do Conselho de Tutela de acordo com o n.º 1, alínea c), do artigo 86.º, a admissão de novos membros das Nações Unidas, a suspensão dos direitos e privilégios de membros, a expulsão de membros, as questões referentes ao funcionamento do regime de tutela e questões orçamentais .


  • a) No âmbito da Organização das Nações Unidas, as decisões da Assembleia Geral, em questões importantes, serão tomadas por maioria de três quintos dos membros presentes e votantes. errada

    ARTIGO 18 DA CARAT DA ONU DE 1945
    1. CADA MEMBRO da Assembléia Geral TERÁ UM VOTO.
    2. As DECISÕES DA ASSEMBLEIA GERAL, em QUESTÕES IMPORTANTES, serão tomadas por MAIORIA 2/3 DOS MEMBROS PRESENTES e VOTANTES. 

    c) São organizações internacionais com vocação universal e atuação especializada: a Organização Internacional do Trabalho, a Organização Mundial de Saúde, a Organização para a Alimentação e Agricultura, o Fundo Monetário Internacional e a Anistia Internacional. ERRADA

    A anistia internacional é uma ONG

    e) As organizações internacionais diferenciam-se das organizações não governamentais, porque estas, em geral, são regidas em sua constituição pelo direito interno do país, ou dos países, em que estão constituídas e registradas e têm suas sedes legais. certa

    As ONG’s são pessoas jurídicas de Direito Público Interno, e não de Direito Internacional e pode atuar como qualquer empresa, em diversos países, assim como o Greenpeace.

  • d) ERRADA

    Constituição da OIT

    Artigo 2

    A Organização permanente compreenderá:

    a) uma Conferência geral constituída pelos Representantes dos Estados-Membros;

    b) um Conselho de Administração composto como indicado no art. 7º;

    c) uma Repartição Internacional do Trabalho sob a direção de um Conselho de

    Administração.

    Artigo 7

    1. O Conselho de Administração será composto de 56 pessoas:

    28 representantes dos Governos,

    4 representantes dos empregadores e

    14 representantes dos empregados.

    2. Dos vinte e oito representantes dos Governos, dez serão nomeados pelos

    Estados-Membros de maior importância industrial e dezoito serão nomeados pelos

    Estados-Membros designados para esse fim pelos delegados governamentais da

    Conferência, excluídos os delegados dos dez Membros acima mencionados.

    Artigo 17

    2. As decisões serão tomadas por simples maioria dos votos presentes, exceto nos

    casos em que outra fórmula não for prescrita pela presente Constituição, por qualquer

    convenção ou instrumento que confira poderes à Conferência, ou, ainda, pelos acordos

    financeiros e orçamentários adotados em virtude do artigo 13.

    Fonte: http://www.oitbrasil.org.br/sites/default/files/topic/decent_work/doc/constituicao_oit_538.pdf


  • b) ERRADA

    Artigo 22 - Direito de circulação e de residência

    9. É proibida a expulsão coletiva de estrangeiros.


  • Gabarito: E.


ID
1078132
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Acerca de atuação de tribunais internacionais e de suas instâncias destinadas à solução de controversias, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) Errado. A Emenda Regimental nº 48 do STF possibilita aos juízes e partes de processos judiciais em andamento no Brasil o encaminhamento ao TPR de consultas a respeito da interpretação de dispositivos dos tratados que compõem o arcabouço normativo do Mercosul.

    b) Errado. Artigo 34 do Estatuto da CIJ. Só os Estados poderão ser partes em questão perante a Corte.

    c) Errado. O artigo 36 do Estatuto da CIJ, estabelece, como meio de aceitar a competência contenciosa da Corte, a aceitação da 'cláusula facultativa de jurisdição obrigatória' da CIJ, ato a partir do qual o Estado fica sujeito a ser réu em qualquer processo na Corte, independentemente de novo consentimento posterior. Portanto, não é norma de natureza consuetudinária.

    d) Errado. Por muitos anos o Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias foi instância única e última para processar e julgar demandas envolvendo sua competência. Em razão do Tratado de Nice ocorreram algumas alterações relativas a composição e competências do Tribunal de Justiça. Atualmente, juntamente com o Tribunal de Primeira Instância e o Tribunal da Função Pública ele processa e julga demandas acerca  de Direito comunitário de acordo com seus limites de competência.

    e) Certo. Está previsto no sistema de solução de controvérsias o Órgão Permanente de Apelação, competente para apreciar o inconformismo do Estado derrotado dentro de qualquer um dos mecanismos de apreciação de litígios dentro da OMS.

  • O Brasil se submete tanto à jurisdição contenciosa do TPR quanto à consultiva, e isso foi regulamentado pelo STF por meio da emenda regimental 48, artigos 354-H, I, J, K, L e M. A alternativa (A) está, portanto, errada.
    A alternativa (B) está errada. A CIJ tem funções consultiva e jurisdicional. A função consultiva só pode ser acessada pela Assembleia Geral da ONU, Conselho de Segurança e organizações internacionais do sistema ONU. Já a função jurisdicional só pode ser acessada por Estados (artigo 34 do Estatuto da CIJ), o que significa que somente Estados podem figurar como autores ou réus em ações perante à corte. Os pareceres consultivos não são obrigatórios; já as sentenças são obrigatórias.
    A alternativa (C) está incorreta. A cláusula facultativa não tem natureza de costume (consuetudinária), mas, sim, convencional, uma vez que está prevista no Estatuto da CIJ (artigo 36).
    A alternativa (D) está errada. Além do Tribunal de Justiça das comunidades europeias, existem, ainda, o Tribunal de primeira instância (também chamado de Tribunal Geral) e o Tribunal da Função Pública.
    A alternativa (E) está correta. O Órgão de solução de controvérsias da OMC funciona em duas instâncias; se a parte perdedora na primeira instância quiser, ela pode recorrer ao órgão de apelação.

    Resposta : E

  • Segue uma relacionada:

     

    QUESTÃO CERTA: A cláusula facultativa de jurisdição obrigatória aplica-se tão somente em relação à jurisdição da Corte Internacional de Justiça, não tendo aplicação no sistema de solução de controvérsias da OMC.

     

    https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questao/89448cd4-41


ID
1078135
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens seguintes, a respeito da forma, do alcance e da abrangência das decisões tomadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e de sua instância jurídica, a Corte Internacional de Justiça.

Ao tornar-se signatário da Carta de São Francisco, o Estado coobriga-se, também, à jurisdição da Corte Internacional de Justiça

Alternativas
Comentários
  • Tratado de Haia - Holanda, acredito...

  • Cláusula Raul Fernandes

  • Na verdade, a Corte Internacional de Justiça foi criada pelo próprio tratado constitutivo da ONU (Carta de São Francisco), conforme mencionado na questão. O Estatuto da CIJ é documento anexo à Carta da ONU e parte integrante desta. Não está aí o erro, como alguns mencionaram.

    A questão é bem interessante, pois todos os membros da ONU são também partes do Estatuto da CIJ, conforme dispõe o art. 93.1 transcrito abaixo:


    Carta da ONU - Artigo 93. 1. Todos os Membros das Nações Unidas são ipso facto partes do Estatuto da Corte Internacional de Justiça.


    É impossível aderir à ONU e não aderir ao Estatuto da CIJ. Ocorre que a jurisdição da CIJ, salvo manifestação expressa do Estado em sentido diverso, é voluntária e fazer parte da CIJ não implica em submeter-se a sua jurisdição, cujo reconhecimento deve ser manifestado no caso concreto (salvo se o Estado aderir à cláusula facultativa de jurisdição obrigatória - art. 36.2 do Estatuto da CIJ).


    Em síntese: todo membro da ONU é parte do estatuto da CIJ, mas não necessariamente reconhece a jurisdição automática desta.

  • A CIJ é um dos seis órgãos da ONU, mas sua jurisdição só se aplica aos Estados que a aceitarem expressamente, e não a todos os membros da ONU. Para se submeter à jurisdição da Corte, há três formas. A primeira delas é por meio da assinatura da cláusula facultativa de jurisdição obrigatória. Ao assinar essa cláusula, o Estado se submete à jurisdição da corte em condições de reciprocidade, ou seja, poderá ter um litígio seu julgado pela CIJ desde que a outra parte envolvida no contencioso também seja signatária. A segunda forma é a submissão de declaração ad hoc, ou seja, caso a caso. Nessa hipótese, Estados que não são signatários da cláusula facultativa podem submeter determinado litígio ao julgamento da corte. Essa declaração só valerá para esse caso específico. Por fim, a terceira forma de submissão é por meio de tratados gerais que contenham artigo prevendo a jurisdição da CIJ em caso de litígios. A Convenção de Viena sobre o direito dos Tratados (1969), por exemplo, tem um artigo que prevê a jurisdição da CIJ. Nesses casos, o país que deseja participar do tratado, mas que não quer se submeter jurisdição da Corte deve fazer uma reserva ao artigo que prevê a jurisdição. Esse é o caso do Brasil, que não é signatário da cláusula facultativa e fez reserva ao artigo da Convenção de Viena de 1969 que previa a jurisdição da CIJ. As decisões da CIJ são obrigatórias e irrecorríveis. A questão está errada. 


    RESPOSTA: Errado


  • ERRADO

     

    Falta à CIJ, como faltou à CPJI, a competência compulsória que obrgasse os estados a submeterem suas contendas à Corte. No fundo, os estados decidem se querem ou não se submeter ao sistema jurídico internacional.

     

    Nesse sentido de obrigatoriedade, o Estatuto da CIJ admite a possibilidade de os estados virem a delcarar a CIJ compulsoriamente competente sobre disputas que versem sobre:

     

    * interpretação de tratados;

     

    * questões de direito internacional;

     

    * disputas sobre a existência de qualquer tipo de fato que venha a significar quebra de obrigação legal; e

     

    * contestações sobre a natureza e a extensão de reparações a serem pagas devido a quebras legais.

     

    Esse mecanismo é possível por meio da chamada "cláusula opcional" de competência, que constitui declaração feita a critério de cada estado signatário, com estipulação tanto dos limites de aceitação da compulsoriedade da competência da CIJ, quanto exclusões expresas de áreas em que o estado declarante não reconhece a competência da Corte. Corresponde à chamada cláusula facultativa de jurisdição obrigatória do Estatuto da extinta Corte Permanente de Justiça Internacional.

  •  

    Carta das Nações Unidas ou Carta de São Francisco é o acordo que formou a Organização das Nações Unidas logo após a Segunda Guerra Mundial.

     

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas

  • Ao tornar-se membro da ONU integrará a CIJ porém deve reconehcer a jurisdição da corte para julgar os casos

  • Só lembrar da cláusula Raul Fernandes, cláusula facultativa de jurisdição compulsória, que existia na CPJI e, agora, na CIJ. O Brasil reconheceu a cláusula de 1947 até 1952, depois não foi renovada.

    Reservas à cláusula Raul Fernandes:

    => pode fazer para casos específicos;

    => para casos que recaiam sobre jurisdição doméstica;

    => vale reserva temporal;

    => vale reserva geográfica


ID
1078138
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens seguintes, a respeito da forma, do alcance e da abrangência das decisões tomadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e de sua instância jurídica, a Corte Internacional de Justiça.

As decisões da Assembleia Geral da ONU devem, obrigatoriamente, ser acatadas por todos os membros da comunidade internacional

Alternativas
Comentários
  • ERRADA

    As decisões da Assembléia Geral da ONU são deliberações que adotam, em regra, a forma de resolução e têm, normalmente, o caráter de meras recomendações.

    Resoluções importantes: precisam de 2/3 dos membros presentes e votantes para sua aprovação

    Demais resoluções: Basta apenas a anuência da maioria dos membros presentes e votantes.

  • Carta de São Francisco:

    Artigo 18. 1. Cada Membro da Assembléia Geral terá um voto.

    2. As decisões da Assembléia Geral, em questões importantes, serão tomadas por maioria de dois terços dos Membros presentes e votantes. Essas questões compreenderão: recomendações relativas à manutenção da paz e da segurança internacionais; à eleição dos Membros não permanentes do Conselho de Segurança; à eleição dos Membros do Conselho Econômico e Social; à eleição dos Membros dos Conselho de Tutela, de acordo como parágrafo 1 (c) do Artigo 86; à admissão de novos Membros das Nações Unidas; à suspensão dos direitos e privilégios de Membros; à expulsão dos Membros; questões referentes o funcionamento do sistema de tutela e questões orçamentárias.


    As decisões do Conselho de Segurança, por outro lado, devem ser obrigatoriamente cumpridas pelos Membros da ONU:

    Artigo 25. Os Membros das Nações Unidas concordam em aceitar e executar as decisões do Conselho de Segurança, de acordo com a presente Carta.



  • Só os membros da ONU estão sujeitos às deliberações da Assembleia Geral. Um membro da comunidade internacional não é, necessariamente, membro da ONU.

  • Regra GERAL: resoluções da AGNU não são vinculantes; decisões do CS que tratarem sobre paz e segurança internacionais são vinculantes (portanto NEM TODAS). EXCEÇÕES: resoluções da AGNU que tratarem de temas relativos ao procedimento da própria ONU são OBRIGATÓRIAS a todos os Estados-membros da ONU.Ex: orçamento. Fora da ONU não está obrigado. 

  • Lembrei agora de quando o CNU deliberou contra os EUA invadirem o Iraque e o Bush não deu a mínima. 


ID
1078141
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens seguintes, a respeito da forma, do alcance e da abrangência das decisões tomadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e de sua instância jurídica, a Corte Internacional de Justiça.

Conforme a Carta da ONU, respaldada pela jurisprudência internacional, as resoluções do Conselho de Segurança acerca de questões destinadas à manutenção da paz e ao seu restabelecimento são de caráter vinculante.

Alternativas
Comentários
  • De fato, deliberações do Conselho de Segurança, como são resoluções, não podem ser rechaçadas por parte de qualquer membro da comunidade internacional, conforme a peremptória indicação dos artigos 30 e 48 da Carta da ONU, respaldados por copiosa jurisprudência internacional, como no caso Namíbia (CIJ, 21 de junho de 1971), decisão paradigmática na matéria. Dada a gravidade de questões suscitadas em tal contexto, de nada valeriam decisões de efetividade precária, caso não fossem obrigatórias para todos os membros da comunidade internacional.

    fonte;

    http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/justica-direito/concursos/conteudo.phtml?id=1409759

  • As decisões do CS da ONU são obrigatórias e vinculam todos os membros da ONU, independentemente do consentimento. Contudo, as decisões não podem violar o Estatuto da ONU, nem normas de “jus cogens”.

     

    Fonte: Estratégia Concursos.

  • Duvida nessa questão: 

    Julgue (C ou E) os itens seguintes, a respeito da forma, do alcance e da abrangência das decisões tomadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e de sua instância jurídica, a Corte Internacional de Justiça.

    Ao tornar-se signatário da Carta de São Francisco, o Estado coobriga-se, também, à jurisdição da Corte Internacional de Justiça

     

    O gabarito da como ERRADA

    Alguem pode esclarecer por favor?

  • Gabriela, pelo o que eu entendi dessa questão que você citou é o seguinte: não é porque um país decide tornar-se signatário da Carta de São Franciso (Carta das Nações Unidas) que ele terá que automaticamente "se submeter" à jurisdição da Corte Internacional de Justiça; O país poderá, à despeito da sua aceitação em tornar-se signtário da Carta das Nações Unidas, simplesmente manifestar-se no sentido de não adotar o que a Corte Internacional de Justiça disser. É que se o país, lado outro, optar pela jurisdição da Corte, já era, bau-bau, once upon a time...c'est la vie...terá o país que acatar as decisões da Corte Internacional de Justiça. There's no turning back. 

     

    Essa questão quer dizer "uma coisa implica na outra", quando isto não é verdade. Assine a Carta de São Francisco e isso não implicará em aceitar a jurisdição da Corte Internacional de Justiça - uma coisa não tem a ver com a outra. 

  • Uma coisa eu nunca entendi: de que adiante fazer parte da C.I.J se não me submeto a sua juristição? Para que faço parte dela se a ela não me submeto???

  • Cara, tem vários tipos de cláusulas de adesão à jurisdição da CIJ, não é só a jurisdição obrigatória.


ID
1078144
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Julgue (C ou E) os itens seguintes, a respeito da forma, do alcance e da abrangência das decisões tomadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e de sua instância jurídica, a Corte Internacional de Justiça.

À Corte Internacional de Justiça faculta-se julgar casos que lhe sejam submetidos também por equidade, se as partes com isto concordarem.

Alternativas
Comentários
  • C

    Verifica-se a previsão de facultar-se à Corte da Haia julgar casos que lhe sejam submetidos também por equidade, conforme previsão do direito internacional adjetivo, nos termos do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, art. 38, com ressalva da anuência prévia e expressa das partes.

  • I.7  Analogia e Eqüidade 

    A analogia e a eqüidade, são meios para enfrentar a inexistência da norma, ou a evidente falta de préstimo para proporcionar ao caso concreto um desfecho justo.  Ainda, comporta dizer que são métodos de raciocínio jurídico.

      A seu turno, o uso da analogia, consiste em fazer valer, para determinada situação, a norma jurídica concebida para aplicar-se a uma situação semelhante, na falta de regramento que se ajuste ao exato contorno do caso posto ante o intérprete [13].

      Por sua vez, a eqüidade, pode operar tanto na hipótese de insuficiência da norma de Direito positivo aplicável quanto naquela em que a norma, embora bastante, traz ao caso concreto uma solução inaceitável pelo senso de justiça do intérprete.  Assim, decide-se à luz de normas outras que preencham o vazio eventual, ou que tomem o lugar da regra estimada iníqua ante a singularidade da espécie [14].

      Importante, a lembrança de que a Corte de Haia não poderá decidir à luz da eqüidade sem a autorização das partes.  Portanto, sendo imprópria a norma ou faltante esta para aplicar ao caso, só poderá a Corte recorrer à eqüidade com a aquiescência das partes [15]

    Art.  38.  1 –  A Corte, cuja função é decidir de acordo com o Direito Internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará:

    a)as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;

    b)o  costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;

    c)os princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações civilizadas;

    d)sob resalva da disposição ao art. 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos publicistas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito.


  • CERTO

     

    Artigo 38

    A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: 


    a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;

     

    b. o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;

     

    c. os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;

     

    d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito.

     

    A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem. 

  • 2. A presente disposição não prejudicará a faculdade da Côrte de decidir uma questão ex aeque et bonose as partes com isto concordarem.

    "Ex aequo et bono" - é expressão latina, comumente empregada na terminologia do Direito para exprimir tudo o que se faz ou se resolve, "segundo a equidade e o bem".

    Assim, decidir ou julgar ex aequo et bono, quer significar decidir ou julgar por equidade.

      A equidade consiste na aplicação de considerações de justiça a uma relação jurídica, quando não exista norma que a regule, ou quando o preceito cabível não é eficaz para solucionar, coerentemente e de maneira equânime, um conflito.

      O art. 38, parágrafo 2º, do Estatuto da CIJ consagra a equidade como ferramenta que pode levar à solução de conflitos internacionais.

      Mas atente: a equidade somente pode ser utilizada a partir da anuência expressa das partes envolvidas no litígio.


ID
1078147
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

É agência especializada da ONU.

Alternativas
Comentários
  • E - OIT

    Agências especializadas ou organismos especializados são sinônimos. São organizações internacionais, com personalidade juridica de direito internacional própria, não sendo meros departamentos da ONU.

    Exemplos:

    OIT, UNESCO, OMS, UNICEF, OMI, etc.

    Portela, 2013, págs 281/282.

  • Organização Internacional do Trabalho (OIT)

     

    A Organização Internacional do Trabalho (OIT ou ILO, do inglês International Labour Organization) é uma agência multilateral daOrganização das Nações Unidas, especializada nas questões dotrabalho, especialmente as normas internacionais do trabalho (convenções e recomendações) e o trabalho decente. É composta por 186 estados-membros, em representação tripartida de governos, organizações de empregadores e organizações de trabalhadores. Tem sede em Genebra, Suíça, além de cerca de 40 escritórios pelo mundo.

  • CRUZ VERMELHA: sujeito anômalo de DI, considerada organização humanitária de status especial.

    OMC: Organização Internacional derivada do GATT, originada dos Acordos de Bretton Woods.

    TPI: tribunal criminal para crimes internacionais, derivado do Estatuto de Roma.

    OCDE: organização internacional criada em 1948 pelos países europeus para reconstrução da Europa no pós-guerra.

  • OIT - Organização Internacional do Trabalho

    FAO - Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura

    UNESCO - Organização das Nações Unidas para Ciência, Educação, e Cultura

    OMS - Organização Mundial de Saúde

    Grupo Banco Mundial

    BIRD - Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento

    IDA - Associação Internacional para o Desenvolvimento

    CFI - Corporação Financeira Internacional 

    MIGA - Agência Multilateral para Garantir o Investimento

    ICSID - Centro Internacional para Solucionar as Disputas de Investimento

    FMI - Fundo Monetário Internacional

    ICAO - Organização da Aviação Civil Internacional

    IMO - Organização Marítima Internacional

    UIT - União Internacional de Telecomunicações

    UPU - União Postal Universal

    OMM - Organização Meteorológica Mundial 

    OMPI - Organização Mundial de Propriedade Intelectual

    FIDA - Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola

    UNIDO - Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial

    OMT - Organização Mundial do Turismo

  • Organização Internacional do Trabalho (OIT) é uma das agências especializadas das Nações Unidas que tem por missão promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter acesso a um trabalho decente e produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade. Portanto, a alternativa E é a correta e gabarito da questão.


ID
1168900
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Com relação à evolução da política externa brasileira desde 1945 e suas principais linhas de ação, julgue (C ou E) os próximos itens.


Em 2005, no marco das discussões sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU, o G-4, com o apoio de vários outros Estados, submeteu à Assembleia Geral da organização internacional proposta de alteração da composição do Conselho para inserir seis novos membros permanentes e quatro não permanentes, sem uso do veto, até a realização de conferência de revisão da reforma, quinze anos depois.

Alternativas
Comentários
  • O projeto do G-4 prevê que o Conselho de Segurança da ONU passe de seus atuais 15 membros para 25, com a criação de seis novos membros permanentes sem direito a veto e de quatro membros não-permanentes. O projeto não indica que países serão os novos membros, mas segundo os diplomatas, os seis membros permanentes seriam os componentes do G-4 e dois países africanos ainda não escolhidos.

  • CERTO

     

    Em 2005, o G-4 e outros 28 países apresentaram nas Nações Unidas o projeto de resolução A/59/L.64, que previa:

    -A ampliação do CSNU nas duas categorias de membros (total de membros seria 25);

    -A criação de 6 novos assentos permanentes, sendo: 2 para África, 2 para Ásia, 1 para América Latina e Caribe, 1 para Europa Ocidental e outros Estados;

    -A criação de 4 novos assentos não-permanentes, sendo: 1 para África, 1 para Ásia, 1 para Europa Oriental, 1 para América Latina e Caribe;

    -A reforma dos métodos de trabalho do Conselho;

    -A concessão aos novos membros permanentes de todas as responsabilidades e obrigações dos atuais membros permanentes, inclusive o direito de veto;

    -A renúncia ao exercício do veto pelos novos membros permanentes até que a questão fosse objeto de decisão no âmbito da revisão da situação criada pela reforma, a ocorrer 15 anos após sua adoção.

    ---------------------

    http://csnu.itamaraty.gov.br/glossario

  • "Qualquer reforma na estrutura do Conselho de Segurança requer a aprovação de, pelo menos, dois-terços dos Estados-membros das Nações Unidas e de todos os Estados-membros deste órgão, em voto unânime."

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_do_Conselho_de_Seguran%C3%A7a_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas 

    Se isso for verdade mesmo, sobre a unanimidade do próprio CS, esquecem essa reforma.


ID
1175584
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Embora o Estado nacional seja o sujeito de direito das gentes por excelência, há na ordem internacional um rol de outros atores aptos a adquirir direitos e contrair obrigações. Acerca desses sujeitos, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

Mesmo aqueles microestados que delegam parcelas essenciais de suas competências, como defesa e representação 

internacional, podem ser admitidos na ONU".



Alternativas
Comentários
  • O entendimento majoritário é de que não há exigência de que o Estado tenha extensão mímina, um número mínimo de nacionais e um conjunto imprescindível de atribuições a serem exrecidas por seu governo para o o ente estatal seja um pessoa internacional. Assi, nada obsta que microestados como Mônaco, Andorra e Liechtenstein sejam admitidos na ONU. Na verdade,eles já fazem parte da instituição como se observa a seguir: Andorra (28 de julho de 1993); Liechtenstein (18 de setembro de 1990); Mônaco (28 de maio de 1993). Fonte: http://sobrediplomacia.blogspot.com.br/

  • Na década de 90, algumas ilhotas do Pacífico se tornaram independentes: A Polinésia Inglesa, as Ilhas Maurício, e outras, que, por lapso de alguém, foram aceitas pelas Nações Unidas. Aí, a ONU foi forçada a aceitar os micro-estados anteriormente rejeitados.

    Nesta década, também foram admitidos os países da antiga União Soviética, à medida em foram se tornando independentes.

    Então, na década de 90 foram admitidos os Estados com pequena extensão territorial, população diminuta e soberania incompleta.

    Mas estes Estados sempre foram reconhecidos como Estados. Mas estes Estados, até a sua admissão na ONU, embora reconhecidos, não participavam da vida política internacional de forma ampla.



    Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1681

  • No direito internacional público, os elementos constitutivos tradicionais de um Estado são território definido, população permanente, governo efetivo e soberania. No que tange ao território definido, não se exige certeza absoluta sobre onde passam os limites de um Estado nem existe uma extensão mínima. Os requisitos para a verificação desse elemento são os seguintes: controle de um núcleo suficiente de território ("consistent band") e existência de uma comunidade política efetiva e estável. Dessa forma, não existe óbice, no DIP, quanto à existência de microestados. Mônaco, Andorra, diversas ilhas no pacífico e no Caribe, dentre outros exemplos, demonstram a possibilidade da plena existência de Estados com territórios muito pequenos. Outro elemento constitutivo é a soberania, e a delegação de funções típicas de Estado para um outro Estado nada mais é do que o exercício pleno desse elemento, pois só se pode delegar uma competência quando ela lhe compete de maneira originária. Dessa forma, um Estado, no uso de sua soberania, tem o direito de delegar competências e funções a outro Estado se assim considerar conveniente, mesmo que sejam competências relacionadas a assuntos sensíveis. Assim, nada impede que a ONU, como organização intergovernamental, ou seja, formada por Estados, admita microestados que eventualmente deleguem parcelas de suas competências, uma vez que, perante o DIP, não existe categoria inferior de Estado com base no tamanho de seu território ou de funções efetivamente exercidas pelo próprio Estado.

    A questão está certa.
  • CERTO

     

    Admitir microestados no debate igualitário em foros internacionais significa, em certos casos, o mesmo que atribuir peso dois à voz e ao voto daquele país que divide com cada um deles o acervo de competências. Por isso a principal restrição que durante longo tempo lhes impôs a prática internacional foi sua inaceitabilidade nas organizações internacionais, notadamente nas de caráter político. Mas nos anos recentes acabaram elas — mesmo a ONU — por acolher microestados recém-independentes como as repúblicas insulares do Pacífico e do Caribe. Não fazia grande sentido continuar resistindo ao ingresso de velhas microssoberanias como Andorra, Liechtenstein, Mônaco e São Marinho. Todas foram admitidas na ONU e em outras organizações universais ao longo dos anos noventa.

  • Gabarito: CERTO

     

    "Dotada de escassa população, por exemplo, a Islândia conta com pouco mais de cem mil habitantes. Contribuindo modestamente para o orçamento da ONU, estes Estados teriam uma força desproporcional a sua objetiva importância. Por esta razão, foi impedida por largo tempo a entrada de alguns deles. Atualmente este dilema está superado. Isso fez com que um grande número de microestados ingressasse na Organização."

     

    Fonte: Manual das Organizações Internacionais - Ricardo Antonio Seitenfus - Pág. 99 
     

  • Pierre A.

    Não me parece que a Islândia se enquadra no caso a que a questão se refere. Apesar de ter uma população pequena ela tem soberania completa e não dependendo de outros Estados para garanti-la.

    A questão faz referência a Estados como Mônaco e San Marino que detêm uma soberania parcial já que, principalmente no que diz respeito a defesa externa, confiam em outros estados para realizá-la (nos exemplos: França e Itália, respectivamente).

    Bons Estudos!

  • EXEMPLO ; O PANAMA,.


ID
1270516
Banca
FGV
Órgão
OAB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Na hipótese de inadimplência do Estado brasileiro, condenado ao pagamento de quantia certa pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, deverá o interessado

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra A - justificativa: art. 68 da Convenção Americana de Direitos Humanos e art. 109 da CF/88

    Art. 68 – Convenção Americana de Direitos Humanos
    1. Os Estados-partes na Convenção comprometem-se a cumprir a decisão da Corte em todo caso em que forem partes.”

    Art. 109 da CF/88
    Aos juízes federais compete processar e julgar:

    I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

    Fonte: http://www.oabdeprimeira.com.br/como-passar-na-oab-2/questoes-comentadas-oab/xiv-exame-de-ordem-questoes-de-direito-internacional-profo-leonardo-estrella/

  • No caso de sentença internacional contra o Brasil, ou seja, emanada de corte internacional, e não de tribunal interno de outro país (sentença estrangeira), caberá à Justiça Federal a execução, caso o Brasil não cumpra espontaneamente a sentença. Isso é válido também para as sentenças proferidas pela Corte Interamericana de direitos Humanos. Ressalta-se que, no que se refere a algumas sentenças, como as que não têm natureza indenizatória, a execução pode ser prejudicada. Segundo artigo sobre cumprimento de sentença da Corte Interamericana, "Na execução de condenações não indenizatórias, assim como se passa com as indenizatórias, a competência para a execução será do juiz federal, seja nos termos do art. 109, inc. I, da Constituição, já que o processo será dirigido contra a União, seja, ainda, ex vi do inc. III: “Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: […] III – as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional"." Dessa forma, a alternativa correta é a letra (A).
  •  

          CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS

     

    (Assinada na Conferência Especializada Interamericana sobre Direitos Humanos,

    San José, Costa Rica, em 22 de novembro de 1969) 

     

    Art. 68, 2.        A parte da sentença que determinar indenização compensatória poderá ser executada no país respectivo pelo processo interno vigente para a execução de sentenças contra o Estado.

  • Gabarito: Letra A

    ART. 68,2, Pacto de São José da Costa Rica, que no Brasil é a Justiça Federal ART.109,III,da CF/88

    QUESTÕES DA OAB RESOLVIDAS: @resolveoab

    https://www.instagram.com/resolveoab/

    RESUMOS E MAPAS MENTAIS: @preparadireito

    https://www.instagram.com/preparadireito/

  • Gab A

    Não desistam...


ID
1370413
Banca
FCC
Órgão
TRT - 1ª REGIÃO (RJ)
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é a principal instituição responsável pelo desenvolvimento e proliferação das normas trabalhistas no âmbito internacional. Sobre a OIT, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • a) Apesar de não ser um princípio de muita repercussão junto a outras organizações internacionais (vide os casos da ONU e da OMC), o tripartismo é um elemento característico da OIT, cada Estado sendo representado na Conferência Internacional do Trabalho por uma Delegação composta de representantes do governo, dos empregadores e dos trabalhadores. CORRETA


    A OIT é a única agência “tripartida” das Nações Unidas. Na OIT, os governos, tal como os empregadores e os trabalhadores, encontram-se representados em pé de igualdade e com total independência, enquanto componentes essenciais do mundo do trabalho. Na OIT, os representantes dos governos, dos empregadores e dos trabalhadores debatem e adotam em conjunto as normas, as políticas e os programas laborais.


    http://www.itcilo.org/pt/the-centre/areas-de-especializacao/dialogo-social-e-tripartismo


    b) O Conselho de Administração é não apenas a principal instância deliberativa da OIT, mas também a origem das principais normas internacionais sobre as questões trabalhistas. Totalizando centenas de delegados, o Conselho é composto por quatro representantes de cada Estado-membro. ERRADA


    A Conferência Internacional do Trabalho é a principal instância deliberativa da OIT.


    Artigo 7 da Constituição da OIT

    1. O Conselho de Administração será composto de 56 pessoas:

    28 representantes dos Governos,

    4 representantes dos empregadores e

    14 representantes dos empregados.


    2. Dos vinte e oito representantes dos Governos, dez serão nomeados pelos Estados-Membros de maior importância industrial e dezoito serão nomeados pelos Estados-Membros designados para esse fim pelos delegados governamentais da Conferência, excluídos os delegados dos dez Membros acima mencionados.


    c) Ao lado do surgimento da Organização das Nações Unidas (ONU), o advento da OIT deve ser compreendido como um dos principais esforços para a manutenção da paz no pós-1a Guerra Mundial, já que tratamentos nacionais distintos atinentes à questão da mão de obra poderiam gerar instabilidades na comunidade internacional. ERRADA


    A OIT foi criada em 1919, como parte do Tratado de Versalhes, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial. Fundou-se sobre a convicção primordial de que a paz universal e permanente somente pode estar baseada na justiça social.

    A ONU foi fundada em 1945 após a Segunda Guerra Mundial para substituir a Liga das Nações, com o objetivo de deter a guerra entre países e para fornecer uma plataforma para o diálogo.


  • d) A configuração institucional da OIT apresenta uma somatória deorganismos com personalidade jurídica própria, abarcando o Comitê de LiberdadeSindical, a Comissão de Peritos e a Repartição Internacional do Trabalho. ERRADA


    A estrutura básica da OIT é composta por três órgãos: a ConferênciaInternacional do Trabalho (CIT), o Conselho de Administração e a RepartiçãoInternacional do Trabalho (RIT). A OIT inclui ainda outros órgãos, como a Comissão de Peritos e o Comitê de Liberdade Sindical, voltados diretamente à aplicação das normas internacionais do trabalho. (Direito Internacional Público e Privado - Paulo Henrique Gonçalves Portela).


    Artigo 2 da Constituição da OIT:

    A Organização permanente compreenderá:

    a) uma Conferência geral constituída pelosRepresentantes dos Estados-Membros;

    b) um Conselho de Administração composto comoindicado no art. 7º;

    c) uma Repartição Internacional do Trabalho sob adireção de um Conselho de Administração.


    e) Um Estado recém-criado pode pleitear ser parte da OIT, mas paratanto precisa também solicitar sua integração à Organização Mundial do Comércio(OMC). Esta exigência recente decorre da ampla similitude de assuntos tratadospelas duas organizações, como demonstra de forma emblemática o tema do dumping social. ERRADA


    Para que um Estado recém-criado faça parte da OIT ele não precisa solicitar sua integração também perante a OMC. 


    Artigo 1 da Constituição da OIT:

    3. Todo Estado-Membro das Nações Unidas, desde a criação desta instituição e todo Estado que for a ela admitido, na qualidade de Membro, de acordo com as disposições da Carta, por decisão da Assembléia Geral, podem tornar-se Membros da Organização Internacional do Trabalho, comunicando ao Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho que aceitou, integralmente as obrigações decorrentes da Constituição da Organização Internacional do Trabalho.

    4. A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho tem igualmente poderes para conferir a qualidade de Membro da Organização, por maioria de dois terços do conjunto dos votos presentes, se a mesma maioria prevalecer entre os votos dos

    delegados governamentais. A admissão do novo Estado-Membro tornar-se-á efetiva quando ele houver comunicado ao Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho que aceita integralmente as obrigações decorrentes da Constituição da Organização



  • A OIT, de fato, tem uma estrutura tripartite de representação, o que está previsto no artigo 3, 1 da Carta Constitutiva da Organização: "A Conferência geral dos representantes dos Estados-Membros realizará sessões sempre que for necessário, e, pelo menos, uma vez por ano. Será composta de quatro representantes de cada um dos Membros, dos quais dois serão Delegados do Governo e os outros dois representarão, respectivamente, os empregados e empregadores". A alternativa (A) está correta. 

    A alternativa (B) está errada. O Conselho de Administração é composto por 56 pessoas, sendo 28 dos governos, 4 dos empregadores e 14 dos empregados. Além disso, esse não é o órgão principal responsável pela origem das normas internacionais do trabalho. A principal instância deliberativa da OIT é a Conferência Internacional, composta por 4 representantes de cada Estado.

    A alternativa (C) está errada. A criação da OIT remonta ao contexto da Primeira Guerra Mundial, mas a criação da ONU só ocorreu após o fim da Segunda Guerra Mundial. Após a Primeira Guerra Mundial, a organização que foi criada similar à ONU era a Liga das Nações, que falhou em seu objetivo de manter a paz e a segurança internacionais.

    A alternativa (D) está errada. A estrutura institucional da OIT compreende três órgãos: A Conferência Geral, o Conselho de Administração e a Repartição Internacional do Trabalho (artigo 2 da Carta Constitutiva da OIT).

    A alternativa (E) está errada. A participação na OIT não depende de adesão prévia à OMC. As duas organizações internacionais têm escopos bastante diferentes: trabalho e comércio internacional.


    RESPOSTA: LETRA A.


  • Carolina Thiago, favor consertar a informação sobre a composição do conselho de administração da OIT. Pois, O Conselho de Administração é composto por 56 membros titulares (28 representantes de Governos, 14 dos empregadores e 14 dos trabalhadores) e 66 membros suplentes (28 representantes dos Governos, 19 dos empregadores e 19 dos trabalhadores). Dez dos postos titulares dos governos são ocupados de forma permanente pelos Estados de maior importância industrial (Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão, Reino Unido e Federação Russa). Os demais membros governamentais são eleitos pela Conferência a cada três anos.

  • Sobre a letra D, acrescento que quem possui personalidade jurídica é a própria OIT, e não seus órgãos:

     


    Constituição da OIT

    Artigo 39 A Organização Internacional do Trabalho deve ter personalidade jurídica, e, precipuamente, capacidade para: 
    a) adquirir bens, móveis e imóveis, e dispor dos mesmos; 
    b) contratar; 
    c) intentar ações.

     

    Quanto à letra E, s.m.j., o Estado-Membro não precisa ser membro da OMC, mas precisa ser membro da ONU:

     

    Artigo 1, 3. Todo Estado-Membro das Nações Unidas, desde a criação desta instituição e todo Estado que for a ela admitido, na qualidade de Membro, de acordo com as disposições da Carta, por decisão da Assembléia Geral, podem tornar-se Membros da Organização Internacional do Trabalho, comunicando ao Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho que aceitou, integralmente as obrigações decorrentes da Constituição da Organização Internacional do Trabalho.

  • Artigo 7 da Constituição da OIT

    1. O Conselho de Administração será composto de 56 pessoas:

    28 representantes dos Governos,

    4 representantes dos empregadores e

    14 representantes dos empregados.

     

    Há erro na letra da lei?  O somatório de integrantes não dá 56.

     

  • Izael Zanon, de fato são 14, e não 4, os representantes dos empregadores. Também notei esse erro em algumas versões na internet.


ID
1417969
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

No que se refere às origens das organizações internacionais, julgue o  item  que se segue.

A ONU, instituída pela Carta de São Francisco, em 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial, resultou do primeiro projeto de criação de uma organização internacional.

Alternativas
Comentários
  • ONU substitui a Liga das Nações. Logo, não foi o "primeiro projeto de criação de uma organização internacional".  

  • A ONU substituiu a Liga das Nações, no meu entendimento ela resultou portanto desta que foi a primeira.

  • A Liga das Nações foi a primeira.... A ONU foi a segunda

  • Errei, por erro de interpretação.

    Bons estudos.

  • Prova Cespe é interpretação, prova inteligente.

  • A Liga das Nações ta pôde?

  • A Liga das Nações foi a primeira.... A ONU substituiu a Liga das Nações.


ID
1417972
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

No que se refere às origens das organizações internacionais, julgue o  item  que se segue.

À semelhança da UNESCO e da FAO, a OIT é um organismo especializado da ONU, mas foi criada antes da assinatura da Carta de São Francisco, no bojo das reivindicações sociais do século XIX.

Alternativas
Comentários
  • A UNESCO foi criada em 1946. 

    OIT fundada em 1919. Era agência da liga das nações. 

    FAO 1945. 

     

     

  • UNESCO (1946) e FAO (1945) são organismos especializados da ONU (1945). A ONU substituiu a Liga das Nações (1919). A OIT foi  instituída como uma agência da Liga das Nações após a assinatura do Tratado de Versalhes (1919) .

  • Só complementando, a questão tá todo certinha, só sacaneia no século. OIT é do século XX (1919) e não do XIX (começa em 1801) rs

  • As raízes da OIT estão no início do século XIX, quando os líderes industriais Robert Owen e Daniel Legrand apoiaram o desenvolvimento e harmonização de legislação trabalhista e melhorias nas relações de trabalho. Porém, a criação da OIT foi no bojo da Primeira Guerra Mundial após a assinatura do Tratado de Versalhes (1919).

  • Pedir data de criação de organismo internacional é coisa de examinador falido intelectualmente.


ID
1418002
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Em relação às sanções previstas no direito internacional público, julgue o  item  subsequente.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), principal órgão dessa entidade, é o único que pode determinar a aplicação de sanções.

Alternativas
Comentários
  • Assertiva ERRADA.

    O erro se encontra na afirmação de que o Conselho de Segurança é o principal órgão da ONU, sendo que na verdade é a ASSEMBLÉIA GERAL da ONU.

  • Dispõe o art. 7.1 da Carta da ONU: "Ficam estabelecidos como órgãos principais das Nações Unidas: uma Assembleia Geral, um Conselho de Segurança, um Conselho Econômico e Social, um conselho de Tutela, uma Corte Internacional de Justiça e um Secretariado". Assim, nem o CSNU nem a Assembleia Geral são os principais órgãos da ONU. 

  • ERRADO. 

    O Conselho de Segurança não é o único que pode aplicar sanções; a Assembleia Geral também pode, como demonstra o art 18.2 da Carta.

    Art 18.2 da Carta da ONU: As decisões da Assembléia Geral, em questões importantes, serão tomadas por maioria de dois terços dos Membros presentes e votantes. Essas questões compreenderão: recomendações relativas à manutenção da paz e da segurança internacionais; à eleição dos Membros não permanentes do Conselho de Segurança; à eleição dos Membros do Conselho Econômico e Social; à eleição dos Membros dos Conselho de Tutela, de acordo como parágrafo 1 (c) do Artigo 86; à admissão de novos Membros das Nações Unidas; à suspensão dos direitos e privilégios de Membros; à expulsão dos Membros; questões referentes o funcionamento do sistema de tutela e questões orçamentárias.

     

  • O erro esta apenas em dizer que o conselho de seguranca e o principla orgao. Somente

  • Atenção ao enunciado da questão que fala: "em relação às sanções previstas no direito internacional público (...)". Acredito, portanto, que a questão queria a resposta dada pela colega Elisa.

  • Eu pensei no Tribunal Penal Internacional. Viajei?

  • Wilson, o TPI não é órgão da ONU. Ele é uma entidade própria, com seu próprio Estatudo (de Roma) e suas normas.

     

    A questão tem 2 erros: dizer que o CS é o principal órgão e que ele é o único com poder de aplicar sanções.

    A Assembleia Geral, por exemplo, também  é um órgão principal com poder de aplicar sanções. 

  • A CIJ também pode aplicar sanções, não!?

  •  Conselho de Segurança não é o único que pode aplicar sanções; a Assembleia Geral também pode, como demonstra o art 18.2 da Carta.

    Art 18.2 da Carta da ONU: As decisões da Assembléia Geral, em questões importantes, serão tomadas por maioria de dois terços dos Membros presentes e votantes. Essas questões compreenderão: recomendações relativas à manutenção da paz e da segurança internacionais; à eleição dos Membros não permanentes do Conselho de Segurança; à eleição dos Membros do Conselho Econômico e Social; à eleição dos Membros dos Conselho de Tutela, de acordo como parágrafo 1 (c) do Artigo 86; à admissão de novos Membros das Nações Unidas; à suspensão dos direitos e privilégios de Membros; à expulsão dos Membros; questões referentes o funcionamento do sistema de tutela e questões orçamentárias.

  • Não há ''órgão'' mais importante da ONU, há os que atuam mais e tem mais responsabilidades.


ID
1418017
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

No que se refere à segurança coletiva e à manutenção da paz internacionais, julgue o  seguinte  item.

A Declaração do Milênio da ONU reitera que não serão poupados esforços para libertar os povos do flagelo da guerra, inclusive nos casos em que a guerra ocorrer no interior dos Estados.

Alternativas
Comentários
  • Declaração do Milênio da ONU:

    II – PAZ, SEGURANÇA E DESARMAMENTO

    8. Não pouparemos esforços para libertar os nossos povos do flagelo da guerra – seja dentro dos Estados ou entre eles – a qual, na última década, já custou mais de cinco milhões de vidas. Procuraremos também eliminar os perigos que as armas de destruição maciça representam. (Resposta: certo)

  • Gabarito:"Certo"

     

    As organizações internacionais que tem por finalidade a vocação política primam pela preservação da paz e da segurança internacional.

  • Isso não seria uma violação a soberania dos Estados?
  • CERTO

    Não pouparemos esforços para libertar os nossos povos do flagelo da guerra – seja dentro dos Estados ou entre eles –, que, na última década, já custou mais de cinco milhões de vidas. Procuraremos também eliminar os perigos que as armas de destruição maciça representam.

     

    Conferir texto integral da Declaração do Milênio da ONU:

    https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/search?utf8=%E2%9C%93&nao_resolvidas=true&q=&instituto=&organizadora=&prova=&ano_publicacao=&cargo=&escolaridade=&modalidade=2+&disciplina=42&assunto=18994&esfera=&area=&nivel_dificuldade=&periodo_de=&periodo_ate=&possui_gabarito_comentado_texto_e_video=&possui_comentarios_gerais=&possui_comentarios=&possui_anotacoes=&sem_dos_meus_cadernos=&sem_anuladas=true&sem_desatualizadas=true&sem_anuladas_impressao=true&sem_desatualizadas_impressao=true&caderno_id=&migalha=&data_comentario_texto=&data=&minissimulado_id=&resolvidas=&resolvidas_certas=&resolvidas_erradas=&nao_resolvidas=true

  • Se é interno nos estados não é guerra, é conflito interno.

  • Atualizando: "Foram concluídas em agosto de 2015 as negociações que culminaram na adoção,em setembro, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), por ocasião da Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Processo iniciado em 2013, seguindo mandato emanado da Conferência Rio+20, os ODS deverão orientar as políticas nacionais e as atividades de cooperação internacional nos próximos quinze anos, sucedendo e atualizando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)."

    http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/desenvolvimento-sustentavel-e-meio-ambiente/134-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel-ods


ID
1418020
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

No que se refere à segurança coletiva e à manutenção da paz internacionais, julgue o  seguinte  item.

Ao receber denúncia de ameaça à paz, antes que as partes tentem chegar a um acordo de forma pacífica, a primeira medida adotada pelo Conselho de Segurança da ONU é a de enviar observadores militares ou força de manutenção da paz, a fim de auxiliar na redução das tensões no local e na promoção de um clima de tranquilidade.

Alternativas
Comentários
  • O artigo 33, I, da carta da OnU diz que quando houver uma controvérsia que puder gerar ameaça à paz, deve-se ANTES DE TUDO tentar chegar a uma resolução por meio de negociação, inquérito, mediação, Conciliação, arbitragem, solução judicial, dentre outros meios pacíficos, e não enviar observadores militares como diz a questão. 

    Ao ver os artigos 41 e 42, também fica claro que o uso de forças armadas deve ser utilizado somente após outras tentativas frustradas de solução.m

  • GABARITO ERRADO.

     

    Com o envio de observadores militares faria é aumentar as tenções ja existentes.

    CAPÍTULO VI

     

    CARTA DA ONU

    SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS

    Artigo 33. 1. As partes em uma controvérsia, que possa vir a constituir uma ameaça à paz e à segurança internacionais, procurarão, antes de tudo, chegar a uma solução por negociação, inquérito, mediação, conciliação, arbitragem, solução judicial, recurso a entidades ou acordos regionais, ou a qualquer outro meio pacífico à sua escolha.

    2. O Conselho de Segurança convidará, quando julgar necessário, as referidas partes a resolver, por tais meios, suas controvérsias.

     

    DEUS SALVE O BRASIL.


ID
1418041
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

No que diz respeito ao terrorismo, julgue o  item  que se segue.

A Comissão Antiterrorismo, criada no âmbito da Assembleia Geral da ONU, tem como objetivo fortalecer a capacidade dos Estados-membros de combater as atividades terroristas fora de suas fronteiras.

Alternativas
Comentários
  • The Counter-Terrorism Committee (CTC) was established by Security Council resolution 1373 (2001), which was adopted unanimously on 28 September 2001 in the wake of the 11 September terrorist attacks in the United States.

    The Committee, comprising all 15 Security Council members, was tasked with monitoring implementation of resolution 1373 (2001), which requested countries to implement a number of measures intended to enhance their legal and institutional ability to counter terrorist activities at home, in their regions and around the world, including taking steps to:

    • Criminalize the financing of terrorism
    • Freeze without delay any funds related to persons involved in acts of terrorism
    • Deny all forms of financial support for terrorist groups
    • Suppress the provision of safe haven, sustenance or support for terrorists
    • Share information with other governments on any groups practicing or planning terrorist acts
    • Cooperate with other governments in the investigation, detection, arrest, extradition and prosecution of those involved in such acts; and
    • Criminalize active and passive assistance for terrorism in domestic law and bring violators to justice.

    http://www.un.org/en/sc/ctc/aboutus.html

  • Em 28 de setembro o Conselho de Segurança adotou a Resolução 1373, nos termos de aplicação da Carta da ONU, para impedir o financiamento do terrorismo, criminalizar a coleta de fundos para este fim e congelar imediatamente os bens financeiros dos terroristas. Ele também estabeleceu um Comitê Antiterrorismo para supervisionar a implementação da resolução.

  • Faz o serviço direito Rodrigo

     

    O Comité contra o Terrorismo foi criado pela Resolução 1373 (2001) do Conselho de Segurança, adoptada por unanimidade em 28 de Setembro de 2001, na sequência dos atentados terroristas de 11 de Setembro nos Estados Unidos.
    O Comitê, composto pelos 15 membros do Conselho de Segurança, foi encarregado de monitorar a implementação da resolução 1373 (2001), que solicitou aos países que implementassem uma série de medidas destinadas a reforçar sua capacidade legal e institucional para combater atividades terroristas em suas regiões e regiões. Em todo o mundo, incluindo medidas para:
    Criminalizar o financiamento do terrorismo congelar sem demora quaisquer fundos relacionados com pessoas envolvidas em atos de terrorismo proibir todas as formas de apoio financeiro a grupos terroristas suprimir o fornecimento de refúgio, sustento ou apoio a terroristas compartilhar informações com outros governos sobre qualquer grupo praticando ou planejando atos terroristas Detecção, prisão, extradição e julgamento dos envolvidos nesses actos; ECriminalizar a assistência ativa e passiva para o terrorismo no direito interno e levar os transgressores à justiça.

  • Resumindo: a comissão antiterrorismo não foi criada pela assembléia geral da ONU, mas por uma resolução do conselho de segurança. 

  • The Counter-Terrorism Committee (CTC) was established by Security Council resolution 1373 (2001), which was adopted unanimously on 28 September 2001 in the wake of the 11 September terrorist attacks in the United States.

    The Committee, comprising all 15 Security Council members, was tasked with monitoring implementation of resolution 1373 (2001), which requested countries to implement a number of measures intended to enhance their legal and institutional ability to counter terrorist activities at home, in their regions and around the world, including taking steps to:

    Criminalize the financing of terrorismFreeze without delay any funds related to persons involved in acts of terrorismDeny all forms of financial support for terrorist groupsSuppress the provision of safe haven, sustenance or support for terroristsShare information with other governments on any groups practicing or planning terrorist actsCooperate with other governments in the investigation, detection, arrest, extradition and prosecution of those involved in such acts; andCriminalize active and passive assistance for terrorism in domestic law and bring violators to justice.

    http://www.un.org/en/sc/ctc/aboutus.html

    Cuma?

    Rodrigo P, kkkkkkkkk... Ah não ...tô mal sabendo Internacional em Portuguise imagina em inglisi . Valei meu pai!

    Brincadeira rs.

  • Comissão antiterrorismo: criada em 2011, no âmbito do CONSELHO DE SEGURANÇA, com o objetivo de acompanhar a implementação da resolução 1373 pelos Estados membros da ONU.

     

    Estratégia Mundial contra o terrorimo: Criada em 2006 ou 2005 (não lembro), no âmbito da ASSEMBLÉIA GERAL DA ONU. 

     

    NÃO CONFUNDIR OS DOIS.

  • O erro também está em afirmar que o combate  será "fora de suas fronteiras", já que também há medidas internas que serão estimuladas.

  • Foi no CSNU

  • Criada pelo conselho de segurança e visando meios de combater o terrorismo INTERNAMENTE em cada Estado.

  • Item específico edital: terrorismo


ID
1418044
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

No que diz respeito ao terrorismo, julgue o  item  que se segue.

A Constituição Federal de 1988 passou a fazer menção ao repúdio ao terrorismo a partir da vigência de um decreto presidencial estatuído em 2006, que dispõe acerca da execução, no território nacional, de resolução da ONU com esse mesmo fim.

Alternativas
Comentários
  • Não Viaja Felipe, só o  Racismo e Ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e

    o Estado democrático são imprescritíveis.

    Crimes Hediondos e os Equiparados são inafiançáveis e insuscetíveis de graça   e anistia.... 

    Só escreva o que você tem certeza, não tenta lembrar algo que acha que acha que sabe...

    isso se não estiver agindo de má-fé para com terceiros...

  • Artigo 4º, inc VIII, da cf. Repúdio ao racismo e ao terrorismo. Norma constitucional originária. 

  • O texto original da CF (1988) já repudia o terrorismo. 

  •  Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

     VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

    Norma constitucional originária. 

  • Item específico edital

     26 Terrorismo. 

  • Como poderia estar na CF através de um decreto presidencial?!? Teria que ser (caso não estivesse no texto originário) por emenda constitucional.

  • rt. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

     VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

    Norma constitucional originária.

    A CF/88 , ANTECEDEU.


ID
1418047
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

No que diz respeito ao terrorismo, julgue o  item  que se segue.

A Assembleia Geral da ONU aprovou, em 2006, a Estratégia Mundial contra o Terrorismo, cujo objetivo é o de reforçar as ações de combate desse meio de intimidação nos âmbitos nacional, regional e internacional.

Alternativas
Comentários
  • "ONU lança estratégia mundial contra o terrorismo

    À margem do debate geral da Assembleia Geral, o Vice-Secretário-Geral das Nações Unidas, Mark Malloch Brown, lançou, hoje, em nome do Secretário-Geral, a Estratégia Mundial contra o Terrorismo das Nações Unidas. Ao mesmo tempo que referiu a importância da adopção por consenso, desta Estratégia Mundial, a 8 de Setembro, pelos 192 Estados-membros da Organização, sublinhou que seria a sua aplicação efectiva que a tornará histórica.(...)"

    (Fonte: comunicado de imprensa GA/10502 de 19/09/2006)

  • "Como parte do esforço internacional para conter esta onda mortal, a Assembleia Geral adotou por unanimidade e lançou, em 2006, a Estratégia Antiterrorista Global da ONU. Baseada na convicção fundamental de que o terrorismo, em todas as suas formas, é inaceitável e não pode nunca ser justificado, a Estratégia define uma série de medidas específicas para combater o terrorismo em todas suas vertentes, em nível nacional, regional e internacional."

    fonte: https://nacoesunidas.org/acao/terrorismo/

  • Comissão antiterrorismo: criada em 2011, no âmbito do CONSELHO DE SEGURANÇA, com o objetivo de acompanhar a implementação da resolução 1373 pelos Estados membros da ONU.

    Estratégia Mundial contra o terrorimo: Criada em 2006, no âmbito da ASSEMBLÉIA GERAL DA ONUNÃO CONFUNDIR OS DOIS.

    Fonte: colega do QC Ne Engenharia


ID
1418050
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Julgue o  item  a seguir, com base nos princípios que regem as relações internacionais do Brasil e a política externa dos demais Estados nacionais.

Conforme dispõe a Carta das Nações Unidas, a qualificação de um voto para cada Estado nacional na Assembleia Geral das Nações Unidas constitui uma forma de aplicação do princípio da igualdade entre os Estados.

Alternativas
Comentários
  • Votação

    Artigo 18. 1. Cada Membro da Assembléia Geral terá um voto.

  • Acertei essa bagaça!

    Gabarito: C

    PMPI, vai que cole!


ID
1427431
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

No que se refere ao direito internacional, julgue o  item  seguinte.

A Carta das Nações Unidas não se refere explicitamente à personalidade jurídica da Organização das Nações Unidas, ao passo que o Protocolo de Ouro Preto prevê que o MERCOSUL tenha personalidade jurídica de direito internacional.

Alternativas
Comentários
  • 1. MERCOSUL - Protocolo de Ouro Preto, art. 34.  O Mercosul terá personalidade jurídica de Direito Internacional.

    2. ONU - "No passado, a personalidade internacional das organizações internacionais não era reconhecida. Entretanto, a partir do parecer da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que reconheceu o direito da Organização das Nações Unidas (ONU) à reparação pela morte de seu mediador para o Oriente Médio, Folke Bernadotte, em Jerusalém, em 1948, consolidou-se a noção de que os organismos intergovernamentais também são sujeitos de Direito Internacional". (PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado. 6.ed. Salvador: Juspodivm, 2014, p. 259)

  • A  Carta das Nações Unidas não trouxe no seu inteiro teor a indicação do tema da Personalidade Jurídica. Isso fez com que especialistas se questionassem se teriam ou não personalidade jurídica, e se estariam ou não equiparadas aos Estados.Porém, o assassinato do Conde Folke Bernadotte na Palestina (ver caso), trouxe à tona esta questão e a CIJ foi enfática ao dizer, em marcante parecer, que a ONU, além de ser um tipo elevado de O.I. não poderia corresponder às intenções dos seus membros caso não fosse provida de Personalidade Jurídica Internacional.
  • Só complementando o excelente comentário da Gabriela, segue o link sobre o caso Bernadotte, muito cobrado em questões de direito internacional, e que de brinde dá uma senhora aula sobre a personalidade das organizações internacionais:


    http://jus.com.br/artigos/17505/responsabilidade-de-organizacoes-internacionais/2

  • Questão correta;

    Resumindo: Mercosul: Apresenta Personalidade jurídica de Direito Internacional, conforme art. 34 do Protocolo de Ouro Preto, desde 1994; [OK] ONU: Na Carta das Nações Unidas, de 1945, não conta explicitamente a Personalidade Jurídica de Direito Internacional. [OK] (para afastar a ideia de criação de um "super-estado" na região europeia, no imediato Pós-Segunda Guerra. Sua legitimidade é baseada na Teoria dos Valores Implícitos). Questão capciosa.=]

     
  • Resumindo os comentários:

    personalidade jurídica:

    ONU => Bernadotte

    Mercosul => POP94

  • o que se refere ao direito internacional, julgue o  item  seguinte.

    A Carta das Nações Unidas não se refere explicitamente à personalidade jurídica da Organização das Nações Unidas, ao passo que o Protocolo de Ouro Preto prevê que o MERCOSUL tenha personalidade jurídica de direito internacional.

    stão correta;

    Resumindo: Mercosul: Apresenta Personalidade jurídica de Direito Internacional, conforme art. 34 do Protocolo de Ouro Preto, desde 1994; [OK] ONU: Na Carta das Nações Unidas, de 1945, não conta explicitamente a Personalidade Jurídica de Direito Internacional. [OK] (para afastar a ideia de criação de um "super-estado" na região europeia, no imediato Pós-Segunda Guerra. Sua legitimidade é baseada na Teoria dos Valores Implícitos). Questão capciosa.=]

     

    Reportar abuso

  • Quanto ao Protocolo de Ouro Preto:

    O Protocolo de Ouro Preto, assinado em 1994, estabeleceu a estrutura institucional básica do MERCOSUL e conferiu ao Bloco personalidade jurídica de direito internacional. O Protocolo consagrou, também, a regra do consenso no processo decisório, listou as fontes jurídicas do MERCOSUL e instituiu o princípio da vigência simultânea das normas adotadas pelos órgãos decisórios do Bloco. Essas informações estão contidas na página oficial e retratam as conquistas político-econômicas.

    Fonte: https://portaldisparada.com.br/politica-e-poder/mercosul-25-anos-ouro-preto/

    Bons estudos.

  • ONU: Bernadotte (1949)

    Mercosul: Protocolo de Ouro Preto (1994)

  • Acertei essa bagaça! haaa e a sede do MERCOSUL é em Assunção no Paraguai e não no Brasil ou Argentina como muitos pensam

    Gabarito: Certo

    PMPI, vai que cole!


ID
1496113
Banca
PGR
Órgão
PGR
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:

Alternativas
Comentários

  • b) errada

    DECRETO Nº 56.435, DE 8 DE JUNHO DE 1965.

    Art. 29.  A pessoa do agente diplomático é inviolável. Não poderá ser objeto de nenhuma forma de detenção ou prisão. O Estado acreditado trata-lo-á com o devido respeito e adotará tôdas as medidas adequadas para impedir qualquer ofensa à sua pessoa, liberdade ou dignidade.

    Art. 32. 1. O Estado acreditante pode renunciar à imunidade de jurisdição dos seus agentes diplomáticos e das pessoas que gozam de imunidade nos têrmos do artigo 37.

      2. A renuncia será sempre expressa.

      3. Se um agente diplomático ou uma pessoa que goza de imunidade de jurisdição nos têrmos do artigo 37 inicia uma ação judicial, não lhe será permitido invocar a imunidade de jurisdição no tocante a uma reconvenção ligada à ação principal.

      4. A renuncia à imunidade de jurisdição no tocante às ações civis ou administrativas não implica renúncia a imunidade quanto as medidas de execução da sentença, para as quais nova renúncia é necessária.

    c) correta.

    DECRETO No 55.929, DE 19 DE ABRIL DE 1965.

    Art. IV. A extradição não se aplica quando se trate de pessoas que segundo a classificação do Estado suplicado, sejam perseguidas por delitos políticos ou delitos comuns cometidos com fins políticos, nem quando a extradição for solicitada obedecendo a motivos predominantemente políticos.

    d) errada . 

    DECRETO Nº 1.530, DE 22 DE JUNHO DE 1995

    Art. 27. A jurisdição penal do Estado costeiro não será exercida a bordo de navio estrangeiro que passe pelo mar territorial com o fim de deter qualquer pessoa ou de realizar qualquer investigação, com relação à infração criminal cometida a bordo desse navio durante a sua passagem, salvo nos seguintes casos: 

    d) se essas medidas forem necessárias para a repressão do tráfico ilícito de estupefacientes ou de substâncias psicotrópicas

    Art. 108 Tráfico ilícito de estupefacientes e substâncias psicotrópicas

    1. Todos os Estados devem cooperar para a repressão do tráfico ilícito de estupefacientes e substâncias psicotrópicas praticado por navios no alto mar com violação das convenções internacionais.

    2. Todo Estado que tenha motivos sérios para acreditar que um navio arvorando a sua bandeira se dedica ao trafico ilícito de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas poderá solicitar a cooperação de outros Estados para pôr fim a tal tráfico.

  • LETRA A - incorreta.

    Caso Canevaro: Rafael Canevaro era peruano pelo critério do jus soli e italiano pelo jus sanguinis. Ante um processo tributário sofrido no Peru, e ante e (sic) perigo iminente de expropriação de seus bens, Canevaro solicitou proteção diplomática na Itália. A Corte Permenente de Arbitragem, em acórdão de 1912, não deferiu o seu pedido por entender não poder um Estado de que é nacional o indivíduo agir contra o outro Estado onde esse mesmo indivíduo também é nacional , podendo, contudo, qualquer deles defender esse seu nacional contra um terceiro Estado. Esse critério da nacionalidade efetiva ou do vínculo genuíno viria a ser, mais tarde, reafirmado pela Corte Internacional de justiça no caso Nottebohm (...)"

    http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2106744/resolucao-da-questao-13-de-direito-internacional-caso-canevaro

  • Letra C - Correta

    Convenção sobre asilo diplomático - Decreto n. 42.628/1957

    "Artigo IV - Compete ao Estado asilante a classificação da natureza do delito ou dos motivos da perseguição."

  • GABARITO C

     

    Aparentemente, enquadra-se n hipótese, do também extraditado, Ex Diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato da Itália para o Brasil. Este tinha nacionalidade brasileira em decorrência da jus soli e italiano pela jus sanguinis.

     

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/02/1408323-pizzolato-pode-ser-extraditado-mesmo-com-dupla-cidadania-diz-policia-italiana.shtml

     

    DEUS SALVE O BRASIL.

  • Alguém explique por favor a assertiva "a"! Desde já agradeço!

     

    Sempre Avante!

  • Jéssica, a letra A foi explicada por Louise Gargaglione .

    Mas, deixo a minha contribuição:

    A Proteção diplomática - Em termos de  Responsabilidade Internacional, nada impede que o ente Estatal de Origem (Estado A) da Pessoa lesada possa formular a Outro Estado Soberano (Estado B) pedido de reparação em favor de seu nacional. Isso recebe o nome de Proteção Diplomática (não guarda relação com Diplomatas, seus privilégios ou imunidades).

    Pois bem, se o indivíduo é nacional dos dois Estados (polipátida), o Estado A não poderá pedir reparação ao Estado B, conforme estabelecido nas regras do Direito Internacional, tal como Ocorreu no Caso Canevaro, como lebrando pela colega Louise Garglione.

     

    Por fim, a proteção internacional concretiza-se a partir do Endosso (também não guarda relação com título de créditos...rsrs), ato pelo qual o ente estatal assume como sua a reclamação do indivíduo particular contra o outro Estado.

     

    Espero ter contribuído.

  • Letra A - incorreta - Caso Canevaro, conforme explicado pelos colegas.

    Letra B - incorreta - Apenas o Estado poderá renunciar à inviolabilidade - art. 32.1 - Decreto 56.435/65.

    Letra C - correta - Art. 4º - Decreto 55.929/65.

    Letra D - incorreta - Art. 27, d - Decreto 1.530/95

  • GABARITO : C

    A : FALSO

    – "Nas hipóteses de dupla ou múltipla nacionalidade, qualquer dos Estados patriais pode proteger o indivíduo contra terceiro Estado. O endosso é, contudo, impossível de dar-se numa reclamação contra um dos Estados patriais: isso resulta, de resto, do princípio da igualdade soberana. Uma sentença arbitral proferida em 1912, no caso Canevaro, ilustrou corretamente esse princípio" (Francisco Rezek, Direito Internacional Público: Curso Elementar, 17ª ed., São Paulo, Saraiva, 2018, n. 178).

    – "Em caso de polipatridia, qualquer dos Estados patriais pode proteger a vítima contra um terceiro Estado, sendo apenas impossível o endosso caso a reclamação seja contra um dos Estados de que também é nacional o indivíduo; a razão de ser dessa regra provém do princípio segundo o qual um Estado não pode proteger diplomaticamente quem, ainda quando tenha a sua nacionalidade, também possui a do outro Estado contra o qual a reclamação se dirige (tal como decidiu o Tribunal Arbitral Itália x Pe ru no caso Canevaro, de 3 de maio de 1912)" (Valério de Oliveira Mazzuoli, Curso de Direito Internacional Público, 9ª ed., São Paulo, RT, 2015, p. 619).

    B : FALSO

    Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, de 1961 (Decreto nº 56.435/1965). Art. 32. 1. O Estado acreditante pode renunciar à imunidade de jurisdição dos seus agentes diplomáticos e das pessoas que gozam de imunidade nos termos do artigo 37.

    C : VERDADEIRO

    Convenção sobre Asilo Diplomático, de 1954 (Decreto nº 42.628/1954). Art. 4.º Compete ao Estado asilante a classificação da natureza do delito ou dos motivos da perseguição.

    D : FALSO

    Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, ou Convenção de Montego Bay, de 1982 (Decreto nº 1.530/1995). Art. 27. (Jurisdição penal a bordo de navio estrangeiro) 1. A jurisdição penal do Estado costeiro não será exercida a bordo de navio estrangeiro que passe pelo mar territorial com o fim de deter qualquer pessoa ou de realizar qualquer investigação, com relação à infração criminal cometida a bordo desse navio durante a sua passagem, salvo nos seguintes casos: (...) d) se essas medidas forem necessárias para a repressão do tráfico ilícito de estupefacientes ou de substâncias psicotrópicas.


ID
1518439
Banca
TRT 14R
Órgão
TRT - 14ª Região (RO e AC)
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Sobre o Direito Internacional assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • S.M.J. o gabarito encontra-se em descompasso com o previsto na Convenção de Viena sobre Relações Consulares, uma vez que o item "C" está correto, e a questão busca o incorreto, vejamos: 

    Artigo 23 - Funcionário Declarado "Persona Non Grata"1. O Estado receptor poderá, a qualquer momento, notificar ao Estado que envia que um funcionário consular "persona non grata" ou que qualquer outro membro da repartição consular não é aceitável. Nestas circunstâncias, o Estado que envia, conforme o caso, ou retirará a referida pessoa ou porá termo a suas funções nessa repartição consular.(...) 4. Nos casos mencionados nos parágrafos 1º e 3º do presente artigo, o Estado receptor não é obrigado a comunicar ao Estado que envia os motivos da sua decisão.

    Não há respostas incorretas.

    Fiquem com Deus!!!

  • O gabarito errado não seria a Letra E? O agreement  não seria para nomear o Embaixador?

  • Também entendo que o agreement é a autorização para o Chefe da Missão Diplomática exercer suas funções no estado acreditado...


  • Gente, o gabarito está errado. Olhei lá no site do trt14. A resposta é letra E.

  • Notifiquei o erro de gabarito ao QC. O correto é letra E, pelos motivos que os colegas já elencaram.

  • Amigos. Com os recursos o TRT14 alterou o gabarito para a Letra C.

  • Essa não deu pra entender!!

    Esta é a fundamentação da Banca ao alterar o gabarito para a C:


    Questão 88: Sustenta-se que o gabarito oficial considerou como incorreta a alternativa E, todavia, a alternativa de letra C também está incorreta, pois está em desacordo com o art. 9º do Decreto nº 56.435, de 8 de junho de 1965, que promulgou a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. Há parcial razão na insurgência. Entende-se por "agrément" o pedido do acreditante de aceitação ou a própria aceitação pelo acreditado de missão ou chefe de missão diplomática. Assim, ocorreu equívoco material na divulgação do gabarito, devendo ser corrigido agora para constar que a resposta certa é a alternativa C. Provimento parcial.

  • Alguém me explique a letra "E"? E pq a "C" é a correta, diante do que explanou o Roberto Carlos?


  • Olha só:

    Alternativa C: Quando um país considera o agente diplomático (erro) indicado por outro país para atuar em seu território como“persona non grata” ele não é obrigado a justificar o motivo.

    Art. 23 da Convençao de 1963 - que torna a letra C errada:

    1. O Estado receptor poderá a qualquer momento notificar ao Estado que envia que um funcionário consular é "persona non grata" ou que qualquer outro membro da repartição consular não é aceitável.

    4. Nos casos mencionados nos parágrafos 1º e 3º do presente artigo, o Estado receptor não é obrigado a comunicar ao Estado que envia os motivos da sua decisão.

    ----

    Alternativa E: O pedido de “agrément” consiste na autorização que um país requer do outro para a instalação da sede da Embaixada (erro)

    Art. 4 da Convençao de 1961

    O Estado acreditante deverá certificar-se de que a pessoa que pretende nomear como Chefe da Missão perante o Estado acreditado obteve o Agrément do referido Estado.

    Acredito que deveriam ter anulado essa questão, pois ambas as alternativas estão erradas.

  • Há erro no gabarito. A letra C está correta, de acordo com o art. 9, da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. Já a letra E está incorreta, uma vez que o pedido de “agrément" serve para o Chefe de Estado acreditado, por meio de ato livre e discricionário, aprovar a nomeação do Chefe da Missão do Estado acreditante.

    Assim, o gabarito é a letra "E". 

  • Gente, TRT 14... Tipo de coisa que já se espera...

  • Agrément vem do francês e significa APROVAÇÃO. Para contextualizar a palavra, é necessário verificar o seu emprego na Convenção de Viena sobre relações diplomáticas, o que ocorre apenas em 2 ocasiões, ambas no artigo 4:

     1. O Estado acreditante deverá certificar-se de que a pessoa que pretende nomear como Chefe da Missão perante o Estado acreditado obteve o Agrément do referido Estado.

     2. O Estado acreditado não está obrigado a dar ao Estado acreditante as razões da negação do " agrément ".

    Assim, pela leitura dos dispositivos acima, deflui-se que o diploma internacional se refere à aprovação do agente dimplomático. Acredito que a instalação da sede exige outras formalidades, já que envolve questões imobiliárias etc. Acredito também que no caso da sede já haveria necessidade de alguma fundamentação...

  • Gabarito oficial Letra E. Segundo a doutrina de Paulo Henrique Gonçalves Portela, "a nomeação de um Embaixador é processo que requer, no Direito Internacional, o pedido e a concessão do agréement (do francês "concordância", "anuência"). A concessão do agréement é ato discricionário pelo qual o Estado acreditado aceita a indicação de embaixador estrangeiro para que nele exerça suas funções" (in Direito Internacional Público, p. 221).

  • A alternativa "c" está correta, pois a mesma declara que "agente diplomático" poderá ser considerado persona non grata, estando de acordo com os arts. 1 e 9, do CVRD, pois agente diplomático é Chefe da Missão ou qualquer membro do pessoal.

    Artigo 1 Para os efeitos da presente Convenção:

    ...

    e) "Agente Diplomático" é o Chefe da Missão ou um membro do pessoal diplomático da Missão;

     

    Artigo 9

    1. O Estado acreditado poderá a qualquer momento, e sem ser obrigado a justificar a sua decisão, notificar ao Estado acreditante que o Chefe da Missão ou qualquer membro do pessoal diplomático da Missão é persona non grata ou que outro membro do pessoal da Missão não é aceitável. O Estado acreditante, conforme o caso, retirará a pessoa em questão ou dará por terminadas as suas funções na Missão. Uma Pessoa poderá ser declarada nongrata ou não aceitável mesmo antes de chegar ao território do Estado acreditado.

  • FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO DOS RECURSOS INTERPOSTOS CONTRA A PROVA OBJETIVA SELETIVA - 1ª ETAPA (obtida no site do TRT14 em: Consultas>Concursos e Seleções>Concurso para Magistratura 2013> FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO DOS RECURSOS INTERPOSTOS)

    "b) Questão 88: Sustenta-se que o gabarito oficial considerou como incorreta a alternativa E, todavia, a alternativa de letra C também está incorreta, pois está em desacordo com o art. 9º do Decreto nº 56.435, de 8 de junho de 1965, que promulgou a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. Há parcial razão na insurgência. Entende-se por "agrément" o pedido do acreditante de aceitação ou a própria aceitação pelo acreditado de missão ou chefe de missão diplomática. Assim, ocorreu equívoco material na divulgação do gabarito, devendo ser corrigido agora para constar que a resposta certa é a alternativa C. Provimento parcial."

  • Se tem duas alternativas incorretas, porque a banca não anulou a questão? Se as alternativas C e E foram julgadas como incorretas, segundo a fundamentação da banca, qual a razão para somente alterar o gabarito? Revoltado com essa questão. Que absurdo!!

  • Que bizarrice é essa?


    A questão pede a alternativa incorreta.


    A letra E está incorreta.


    E qual o erro da letra C?

  • Loucura!

  • A MEU VER A LETRA "E" esta errada:

    Segundo a doutrina de Paulo Henrique Gonçalves Portela, (in Direito Internacional Público, 12ª edição p. 244 - 4º parágrafo da pagina indicada).

    agréement : "a nomeação de um Embaixador é processo que requer, no Direito Internacional, o pedido e a concessão do agréement (do francês "concordância", "anuência"). A concessão do agréement é ato discricionário pelo qual o Estado acreditado aceita a indicação de embaixador estrangeiro para que nele exerça suas funções" (in Direito Internacional Público, 12ª edição p. 244 - 4º parágrafo da pagina indicada. ).

  • ·        Investidura: agrément (sem ele não pode começar a exercer a função no estado acreditado)


ID
1544179
Banca
TRT 8R
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Em relação às normas de proteção da criança e do adolescente contra a exploração econômica, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Letra a - CERTA - Artigo 27 da Convenção sobre os direitos da criança

    Letra b - CERTA - Artigo 32 da Convenção sobre os direitos da criança

    Letra c - CERTA - Artigo 10 do Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.

    Letra d - CERTA - Artigo 3, d, da Convenção 182

  • O erro da Letra E se encontra no termo "não".

  •  

    Convenção 182 Artigo 6

     1. Todo membro deverá elaborar e implementar programas de ação para eliminar, como medida prioritária, as piores formas de trabalho infantil.

     2. Esses programas de ação deverão ser elaborados e implementados em consulta com as instituições governamentais competentes e as organizações de empregadores e de trabalhadores, levando em consideração as opiniões de outros grupos interessados, caso apropriado.

    Artigo 7

     1. Todo Membro deverá adotar todas as medidas necessárias para garantir a aplicação efetiva e o cumprimento dos dispositivos que colocam em vigor a presente Convenção, inclusive o estabelecimento e a aplicação de sanções penais ou outras sanções, conforme o caso.

     2. Todo Membro deverá adotar, levando em consideração a importância para a eliminação de trabalho infantil, medidas eficazes e em prazo determinado, com o fim de:

     a) impedir a ocupação de crianças nas piores formas de trabalho infantil;

     b) prestar a assistência direta necessária e adequada para retirar as crianças das piores formas de trabalho infantil e assegurar sua reabilitação e inserção social;

     c) assegurar o acesso ao ensino básico gratuito e, quando for possível e adequado, à formação profissional a todas as crianças que tenham sido retiradas das piores formas de trabalho infantil;

     d) identificar as crianças que estejam particularmente expostas a riscos e entrar em contato direto com elas; e,

     e) levar em consideração a situação particular das meninas.

     3. Todo Membro deverá designar a autoridade competente encarregada da aplicação dos dispositivos que colocam em vigor a presente Convenção.

  • O que está errado na Letra E:

    Não será competência do Estado-Membro(E), que ratificar a Convenção nº 182 da Organização Internacional do Trabalho, que trata sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e Ação Imediata para sua Eliminação, a identificação dos locais onde ocorrem os trabalhos que, por sua natureza ou pelas circunstâncias em que são executados, são suscetíveis de prejudicar a saúde, a segurança e a moral da criança, mas sim das organizações de empregadores e trabalhadores (E)que, não apenas deverão identificar, como também deverão comunicar (E) à autoridade competente a respeito, para adoção das providências cabíveis.(E)

    Conforme o DECRETO No 3.597, DE 12 DE SETEMBRO DE 2000, que Promulga Convenção 182 e a Recomendação 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação Imediata para sua Eliminação, concluídas em Genebra, em 17 de junho de 1999:

    Art.4

    1. Os tipos de trabalhos a que se refere o Artigo 3, d), deverão ser determinados pela legislação nacional ou pela autoridade competente, após consulta às organizações de empregadores e de trabalhadores interessadas e levando em consideração as normas internacionais na matéria, em particular os parágrafos 3 e 4 da Recomendação sobre as piores formas de trabalho infantil, 1999.

    2. A autoridade competente, após consulta às organizações de empregados e de trabalhadores interessadas, deverá localizar os tipos de trabalho determinados conforme o parágrafo 1º deste Artigo.

    [...]

    Logo,

    A identificação, dos locais onde ocorrem os trabalhos que, por sua natureza ou pelas circunstâncias em que são executados, são suscetíveis de prejudicar a saúde, a segurança e a moral da criança, deverá ser feita pela autoridade competente que deverá localizar os tipos de trabalhom, após consulta às organizações de empregados e de trabalhadores interessadas. Os tipos de trabalhos deverão ser determinados pela legislação nacional ou pela autoridade competente, após consulta às organizações de empregadores e de trabalhadores interessadas e levando em consideração as normas internacionais na matéria, em particular os parágrafos 3 e 4 da Recomendação sobre as piores formas de trabalho infantil, 1999.


ID
1564270
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Com referência à proteção internacional dos direitos humanos, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Vamos comentar a questão por assertiva individualizada:
    a) INCORRETA. O Estatuto de Roma, incorporado à ordem jurídica brasileira pelo Decreto 4.388/2002, que possibilitou aos Estados aceitarem a jurisdição contenciosa do TPI para os crimes contra a humanidade. Relembrando que o referido Estatuto foi ratificado em 1998 em Roma e o Pacto de Direitos Civis e Políticos em 1966, em Nova York. Apenas o protocolo facultativo 1º e 2º foram ratificados pelo Brasil (versando sobre a criação do Comitê dos Direitos Humanos e sobre a abolição da Pena de Morte). 
    b) CORRETA. A resposta para a questão está nos artigos 24 e 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos :Art. 24 - Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e as férias periódicas pagas.Art. 25 - A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozam da mesma protecção social. 
    c) INCORRETA. O direito ao desenvolvimento, embora não tenha um rico histórico de citações expressas nas decisões e nos votos, tem vários de seus elementos afirmados na jurisprudência internacional e em muitos tribunais nacionais. Não se trata, portanto, de uma norma cogente. Além disso, tem sido utilizado em diversas fundamentações das partes litigantes. Na Corte Internacional de Justiça, por exemplo, o direito ao desenvolvimento foi expressamente invocado como um dos fundamentos de defesa do Uruguai durante uma audiência do famoso caso Pulp Mills on the River Uruguay, movido pela Argentina, que se refere à construção de duas fábricas de celulose nas margens do Rio Uruguai, na divisa entre os dois países. Também na Corte Interamericana de Direitos Humanos encontramos julgados nos quais os juízes se referem ao direito ao desenvolvimento. (ANJOS FILHO, Robério Nunes dos. Direito ao Desenvolvimento. Jornal Carta Forense. 03/05/2013)
    d) INCORRETA. O Conselho de Direitos Humanos da ONU é composto 47 países membros. A distribuição de assentos é feita de acordo com uma representação geográfica equitativa (13 do Grupo dos Países Africanos; 13 do Grupo dos Países Asiáticos; 7 do Grupo dos Países do Leste Europeu; 8 do Grupo dos Países da América Latina e das Caraíbas; e 7 do Grupo dos Países da Europa Ocidental e Outros). Não há necessidade do indicado à cadeira ser especialista em Direitos Humanos, o que gerou algumas críticas quanto à membros que não tinham histórico de respeito aos direitos humanos. 
    e) INCORRETA. Na II Conferência Internacional de Direitos Humanos quatro aspectos tiveram relevância no que se refere ao impacto de suas resoluções para as concepções de desenvolvimento Humano. Em Viena foi definitivamente legitimada a noção de indivisibilidade dos direitos humanos, cujos preceitos devem se aplicar tanto aos direitos civis e políticos quanto aos direitos econômicos, sociais e culturais. Não encontrei nada sobre a adoção, ou não, do texto.
  • Após as atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial, surge a necessidade de se reconstruir os direitos humanos, como paradigma e referencial ético a orientar a ordem internacional, mediante a formulação de um código universal de valores. Este código universal significaria o consenso sobre os preceitos minimamente necessários para assegurar uma vida com dignidade.

    Em 10 de dezembro de 1948, foi criada, assim, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, pela aprovação unânime de 48 Estados, com 8 abstenções. A Declaração consolida a afirmação de uma ética universal, ao consagrar um consenso sobre valores a serem seguidos pelos Estados. Ela introduz a concepção contemporânea de direitos humanos, marcada pela universalidade, interdependência e indivisibilidade destes direitos.

    Além de direitos civis e políticos, a Declaração Universal  garante direitos econômicos (ex: direito a igual remuneração por igual trabalho - art. 23º, II); direitos sociais (ex: assistência à maternidade e à infância -art. 25, II e férias periódicas remuneradas -art. 24); e direitos culturais (ex: direito de participar livremente da vida cultural da sua comunidade - art. 27º,I).
    A resposta correta é a letra B.


  • A Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948 adotou a indivisibilidade, consagrando a chamada concepção contemporânea de direitos humanos, conjugando o valor liberdade ao valor igualdade na seara dos direitos humanos.

    Abraços

  • Item edital: 9. Proteção Internacional dos Direitos Humanos

  • Muito obrigado pelos comentários esclarecedores


ID
1628605
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPF
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Julgue o item, relativo às relações consulares, aos tratados internacionais, ao direito do mar e às cortes internacionais.

Após o reconhecimento de pleito formulado perante a Comissão de Delimitação de Plataformas Continentais da Organização das Nações Unidas, o Brasil passou a exercer, na plataforma continental que excede as 200 milhas náuticas, até o limite de 350 milhas náuticas, competências equivalentes às exercidas no mar territorial.


Alternativas
Comentários

  • Essa questão trata daquilo que conhecemos como Amazônia Azul.

    Segundo a Convenção de Montego Bay, o Estado costeiro deve traçar o limite exterior da sua plataforma continental, quando esta se estender além de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial. Assim, verifica-se que uma plataforma continental cuja extensão ultrapasse as 200 milhas marítimas é situação excepcional. Tendo em vista a excepcionalidade da situação, esta precisa ser reconhecida pela ONU (Organização das Nações Unidas).

    Pois bem, o Brasil realizou estudos acerca da sua plataforma continental e constatou que, em diversos pontos de nosso literal, o bordo exterior da margem continental prolonga-se além das 200 milhas marítimas. Já tendo apresentado à ONU a proposta de extensão da plataforma continental, o Brasil apenas aguarda a decisão daquela organização internacional(seu pleito ainda não foi reconhecido!). Caso a decisão seja positiva, o território marítimo brasileiro irá aumentar bastante e, com isso, as riquezas minerais sob o domínio do País. Nessa imensa área, estão as maiores reservas de petróleo e gás, fontes de energia imprescindíveis para o desenvolvimento do Brasil, além da existência de potencial pesqueiro.


  • Segundo a Convenção de Montego Bay de 1982, a plataforma continental é a extensão territorial do fundo do mar; mede-se da costa (terra) quando o mar estiver em maré baixa, afastando-se da costa até chegar no talude (ponto em que termina a plataforma e se tem uma fossa); a convenção permite como sendo do teritório do país desde que a plataforma tenha no máximo 200 milhas de distância; se for maior que isso tem-se que pedir uma autorização de complemento na ONU para até 350 milhas; é o caso do Brasil que pediu e aguarda decisão, pois será interessante para exploração do pré-sal; todavia, como se vê, a extensão vai bem mais além do mar territorial que é de apenas 12 milhas; além disso o pleito ainda não foi decidido pela ONU o que torna errada a questão.

  • Revisão básica sobre o tema, com fulcro na Lei n. 8.617 e na Convenção de Montego Bay:

    Mar territorial

    - faixa de até 12 milhas marítimas, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental ou insular

    - sobre o mar territorial o Estado exerce soberania plena

    - assegura-se o direito de passagem inocente dos navios

    Zona contígua

    - faixa de 24 milhas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial (art. 4º, Lei 8617)

    - o Estado pode adotar medidas de fiscalização (aduaneiros, fiscais, migração, sanitário e repressão às leis)

    Plataforma continental

    - compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do mar territorial, em toda a sua extensão do prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo exterior da margem continental ou até uma distância de 200 milhas marinhas

    - como muito bem apontado pelo colega Laercio Lima, "se for maior que isso tem-se que pedir uma autorização de complemento na ONU para até 350 milhas"

    - o Estado exerce sua soberania para efeitos de exploração e aproveitamento de seus recursos naturais

    Zona econômica exclusiva

    - extensão máxima de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais é medida a largura do mar territorial

    - o Estado tem soberania limitada, exercendo direito de soberania para fins de exploração, aproveitamento; conservação; gestão dos recursos naturais das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e do seu subsolo e no que se refere a outras atividades que tenham fins econômicos; pesquisa científica e proteção e preservação do meio ambiente.

  • Atualizando os comentários dos colegas: o pleito foi parcialmente reconhecido, com a extensão do território marítimo brasileiro em algumas áreas. Todavia, a questão está errada ao afirmar que as "competências são equivalentes às exercidas no mar territorial", uma vez que na plataforma continental  o Estado exerce sua soberania para efeitos de exploração e aproveitamento de seus recursos naturais, mas não a soberania plena que exerce no mar territorial.

  • Em 2019, houve a ampliação dos limites da plataforma continental nacional para 350 milhas náuticas a partir da linha da costa na região Sul, autorizada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

    https://petrobras.com.br/fatos-e-dados/contribuimos-para-a-ampliacao-da-plataforma-continental-brasileira.htm


ID
1647145
Banca
FCC
Órgão
TRT - 23ª REGIÃO (MT)
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

O primeiro relatório do Grupo de Peritos da Subcomissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas − ONU de 15 de junho de 2000, conhecido como o "Nightmare Report", qualificou a Organização Mundial do Comércio − OMC como o “pesadelo” dos Direitos Humanos. Uma solução proposta perante a violação dos Direitos Humanos como medida antidumping social, sob pena de imposição de barreiras não tarifárias, é a cláusula

Alternativas
Comentários
  • "A cláusula social é, em suma, uma tentativa de abrandar os efeitos do selvagerismo advindo da alta competitividade do sistema capitalista, impondo o respeito a direitos e condições básicas do trabalhador, que de outro modo estaria entregue a uma incontrolável exploração. Assim, por meio da cláusula social, inserir-se-ia em tratados comerciais a imposição de padrões trabalhistas, assegurando uma existência minimamente digna ao trabalhador."

    Site Migalhas - Gustavo Santamaria Carvalhal Ribas

    Eu nunca ouvi falar em cláusula Mandela e quando joguei no google veio isso:

    Nenhum resultado encontrado para "cláusula mandela".

    Se alguém souber, por favor compartilhe!



  • Paulo Henrique Gonçalves Portela, define a cláusula social como um dispositivo que pode constar de tratados com matéria comercial que vinculam o desenvolvimento do comércio internacional entre suas partes ao respeito a padrões trabalhistas mínimos. Para ele, o tema cláusula social é diretamente relacionado com o dumping social e visa combatê-lo, permitindo a aplicação de medidas, como salvaguardas e sanções comerciais em geral, contra países que não respeitem tais padrões mínimos.
  • GABARITO: LETRA A.


    DUMPING SOCIAL:

    "O dumping é uma prática desleal de comércio que consiste na venda de produtor por um preço artificialmente muito baixo, de caráter predatório, com o objetivo de prejudicar a concorrência e de dominar o mercado. [...]

    O dumping social consiste na redução dos preços de bens e de serviços por conta da prática de padrões trabalhistas inferiores aos internacionais, ou seja, da produção de mercadorias em condições de trabalho prejudiciais à dignidade humana e que contribuem para a redução dos custos de produção e, por conseguinte, do preço final dos produtos, permitindo que estes ganhem mercado."

    Paulo Henrique Gonçalves Portela, 2015, p. 496.


    CLÁUSULA SOCIAL:

    "A cláusula social é um dispositivo que pode constar de tratados com matéria comercial que vinculam o desenvolvimento do comércio internacional entre suas partes ao respeito a padrões trabalhistas mínimos. É, evidentemente, um instrumento voltado a melhorar as condições de trabalho, resguardando direitos elementares no universo laboral.

    O tema da cláusula social é diretamente relacionado com o dumping social e visa combatê-lo, permitindo a aplicação de medidas, como salvaguardas e sanções comerciais em geral, contra países que não respeitem tais padrões mínimos."

    Paulo Henrique Gonçalves Portela, 2015, p. 497.


  • Marquei a cláusula Mandela, vishhh

  • Como avanços, as Regras de Mandela preconizam:

    1.               Princípio da não discriminação, de forma que, a meu ver, veda a discriminação por identidade sexual dos presos. Todavia, preconiza a discriminação positiva (ações públicas positivas), como celas específicas para presos da comunidade LGBT;

    2.             Desenho universal ou modificação estrutural para presos com deficiência;

    3.             Isolamento solitário de, no máximo, 15 dias;

    4.             Proibição de que mulheres presas sejam algemadas;

    5.              Necessidade de uma biblioteca em toda unidade prisional;

    6.             Proibição de revista vexatória em crianças.

  • Júlia Elisa,

     

    A ONU – Organização das Nações Unidas – atualizou as Regras Mínimas para Tratamento de Presos, as quais foram criadas em 1955, mas posteriormente alteradas. O novo documento, no entanto, teve por intuito ampliar o respeito à dignidade dos presos, garantir o acesso à saúde e o direito de defesa, regulando punições disciplinares, tais como o isolamento solitário e a redução de alimentação. O texto teve aprovação da Assembleia Geral em outubro de 2015. Deu-se ao documento o nome de “Regras de Mandela”, considerando o fato de terem sido concluídas na África do Sul, do ex-presidente Nelson Mandela, talvez o preso mais famoso da história.

     

    As "cláusulas de Mandela", portanto, NADA TEM A VER COM CONDIÇÕES DE TRABALHO, mas sim com condições de cumprimento de sentenças penais!!!

     

    FONTE:  https://canalcienciascriminais.com.br/voce-sabe-o-que-sao-as-regras-de-mandela/

     

    Bons estudos!

     

     


ID
1767709
Banca
FUNIVERSA
Órgão
Secretaria da Criança - DF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Considerando as Regras de Beijing (regras mínimas das Nações Unidas para a administração da justiça da infância e da juventude), assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/onu/c_a/lex47.htm

    a) INCORRETA.  4.1 Nos sistemas jurídicos que reconheçam o conceito de responsabilidade penal para jovens, seu começo não deverá fixar-se numa idade demasiado precoce, levando-se em conta as circunstâncias que acompanham a maturidade emocional, mental e intelectual.


    b) CORRETA. 3.1 As disposições pertinentes das regras não só se aplicarão aos jovens infratores, mas também àqueles que possam ser processados por realizar qualquer ato concreto que não seria punível se fosse praticado por adultos.
    c) INCORRETA.7.1 Respeitar-se-ão as garantias processuais básicas em todas as etapas do processo, como a presunção de inocência, o direito de ser informado das acusações, o direito de não responder, o direito à assistência judiciária, o direito à presença dos pais ou tutores, o direito à confrontação com testemunhas e a interrogá-las e o direito de apelação ante uma autoridade superior.
    d) INCORRETA. 11.3 Toda remissão que signifique encaminhar o jovem a instituições da comunidade ou de outro tipo dependerá do consentimento dele, de seus pais ou tutores; entretanto, a decisão relativa à remissão do caso será submetida ao exame de uma autoridade competente, se assim for solicitado.
    e) INCORRETA. 16.1 Para facilitar a adoção de uma decisão justa por parte da autoridade competente, a menos que se tratem de infrações leves, antes da decisão definitiva será efetuada uma investigação completa sobre o meio social e as circunstâncias de vida do jovem e as condições em que se deu a prática da infração.
  • Na "A" só tava errado o "necessariamente"???

  • Há duas respostas corretas. Letras A e B.

  • essa foi difícil

  • gabarito (B)

    regras de beijing

    3.1 As disposições pertinentes das regras não só se aplicarão aos jovens infratores, mas também àqueles que possam ser processados por realizar qualquer ato concreto que não seria punível se fosse praticado por adultos.

  • CASO ALGUÉM FIQUE NA DÚVIDA DO MOTIVO PELO QUAL A LETRA B É A CORRETA:

    A regra alarga a proteção concedida pelas Regras Mínimas para a Administração da Justiça de Jovens: Aos chamados "delitos de estatuto", previstos em vários sistemas jurídicos nacionais onde a gama de comportamentos considerados delituosos é maior para os jovens do que para os adultos (por exemplo, absentismo escolar, indisciplina escolar e familiar e embriaguez pública) (regra 3.1)

    FONTE: https://gddc.ministeriopublico.pt/sites/default/files/regras_minimas_beijing.pdf

  • 4.1. Nos sistemas jurídicos que reconhecem a noção de responsabilidade penal em relação aos menores, esta não deve ser fixada a um nível demasiado baixo, tendo em conta os problemas de maturidade afetiva, psicológica e intelectual.

    A opção A esta errada pois menciona física e biológica

    (as circunstâncias que acompanham a maturidade física ou biológica, emocional, mental e intelectual.) ERRADA

  • questao sebosa


ID
1902904
Banca
IADES
Órgão
SUDAM
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Estrutura do Conselho de Segurança da ONU


Atualmente, há três comitês permanentes, que incluem representantes de todos os Estados-Membros do Conselho de Segurança: Comitê do Conselho de Segurança de Especialistas, Comitê do Conselho de Segurança de Admissão de Novos Membros, Comitê do Conselho de Segurança de Reuniões Externas à Sede.

Disponível em < http://www.brasil-cs-onu.com/oconselho/sobre>. Acesso em 18/8/2013.

Os cincos países que são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU são

Alternativas
Comentários
  • Questão bem tranquila!!! 

     


ID
2092315
Banca
IESES
Órgão
Potigás - RN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Assinale a assertiva INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Letra A

    Membros do Conselho do Mercado Comum: Ministro de Estado das Relações Exteriores, Ministro de Estado da Fazenda e Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 

  • GRUPO MERCADO COMUM (GMC)órgão decisório executivo, responsável de fixar os programas de trabalho, e de negociar acordos com terceiros em nome do Mercosul, por delegação expressa do CMC. O GMC se pronuncia por Resoluções, e está integrado por representantes dos Ministérios de Relações Exteriores e de Economia, e dos Bancos Centrais dos Estados Parte.

    CONSELHO DO MERCADO COMUM (CMC)órgão supremo cuja função é a condução política do processo de integração. O CMC é formado pelo Ministros de Relações Exteriores e de Economia dos Estados Parte, que se pronunciam através de Decisões.

    A diferença reside no Ministro do BACEN, o qual somente participa do primeiro.

  • Gabarito: A

    A. INCORRETA:  Tratado de Assunção. ARTIGO 11, O Conselho estará integrado pelos Ministros de Relações Exteriores e os Ministros de Economia dos Estados Partes.

    ARTIGO 14. O Grupo Mercado Comum estará integrado por quatro membros titulares e quatro membros alternos por país, que representem os seguintes órgãos públicos.

           - Ministérios das Relações Exteriores;

           - Ministério da Economia ou seus equivalentes (área de indústria, comércio exterior e/ou coordenação econômica);

           - Banco Central.

    B. CORRETA. Carta das Nações Unidas, art. 1º, 1. Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim: tomar, coletivamente, medidas efetivas para evitar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou outra qualquer ruptura da paz e chegar, por meios pacíficos e de conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias ou situações que possam levar a uma perturbação da paz.

    C. CORRETA. Carta das Nações Unidas, art. 7º, 1. Ficam estabelecidos como órgãos principais das Nações Unidas: uma Assembleia Geral, um Conselho de Segurança, um Conselho Econômico e Social, um conselho de Tutela, uma Corte Internacional de Justiça e um Secretariado.

    D. CORRETA. "Dentre as formas de relacionar-se diplomaticamente, destaca-se o direito de legação, que nada mais é do que o direito de enviar e receber missões diplomáticas. Obviamente, quem tem esse direito são os sujeitos clássicos do Direito Internacional: os Estados e as OI's." (https://casanovagessica.jusbrasil.com.br/artigos/402262446/relacoes-diplomaticas)

  • A. Incorreta. O CMC é formado pelos Ministros de Relações Exteriores e pelos Ministros da Economia. O GMC, por sua parte, é formado por Ministros das relações exteriores, Ministros das economia e presidentes do BC.


ID
2501212
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Com relação aos sujeitos de direito internacional público, julgue (C ou E) o item seguinte.


A fim de manter a sua neutralidade, a Santa Sé não é parte de convenções multilaterais no âmbito das Nações Unidas, como convenções sobre direitos humanos.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    A Santa Sé, também chamada de Sé Apostólica, do ponto de vista legal, é distinta do Vaticano, ou mais precisamente do Estado da Cidade do Vaticano. Este “é um instrumento para a independência da Santa Sé que, por sua vez, tem uma natureza e uma identidade própria sui generis, enquanto representação do governo central da Igreja”.

    A Santa Sé participa sim como membro titular, convidado ou observador de diversos organismos internacionais e pessoas jurídicas de direito público externo. No caso da ONU, Organização das Nações Unidas, participa como Observador.

  • ERRADO.

    Complementando...

    "No plano de direito das gentes a Santa Sé exerce seu poder contratual celebrando não apenas concordatas (...), mas outros tratados bilaterais, como o acordo político e a convenção financeira de Latrão. (...) A Santa Sé marcou presença, ainda, em muitas tratativas multilaterais caracterizadas pela temática humanitária ou, em todo caso, pela despolitização. Ela é parte nas Convenções de Viena sobre relações diplomáticas e consulares (..), e na Convenção de Viena de 1969, sobre o direito dos tratados."

     

    Fonte: Direito Internacional Público - REZEK - 16 Edição (pág. 288)

  • Em 1929 a Itália e o Papa chegam a um acordo, externado pelo Tratado de Latrão. Nele, é criado o microestado da Cidade do Vaticano, que seria composto de Soberania, território e população, sendo porém uma nação destituída de aspectos culturais, levando-se em conta que os membros que o integram ou lá residem guardam sua nacionalidade de origem, apenas adquirindo funções dentro da Santa Sé e da Cúria Romana. Por questões de ordem religiosa, por exemplo, filhas solteiras de até 22 anos de idade de famílias constituídas residentes no Vaticano não podem morar nos limites do microestado.

    Além do componente territorial, há ainda a instituição da Santa Sé, que é o auto-comando da Igreja e exerce sua soberania sobre o Vaticano. É sua personificação jurídica, representando o Estado e autorizado a compor um tratado entre dois sujeitos de Direito Internacional (os Tratados celebrados pela Santa Sé receberão o nome de "concordata").

    Bibliografia:
    SOUZA, Israel Alves Jorge de. A doutrina política do Vaticano e o direito internacional na busca pela paz. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 1198, 12 out. 2006. Disponível em: http://jus.com.br/revista/texto/9031. Acesso em: 16 maio 2011.

    ALBUQUERQUE FILHO, Clovis Antunes Carneiro de. Vaticano, Santa Sé e a Nunciatura Apostólica - Breves comentários. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, 21, 31/05/2005 [Internet].

  •  relação aos sujeitos de direito internacional público, julgue (C ou E) o item seguinte.

     

    A fim de manter a sua neutralidade, a Santa Sé não é parte de convenções multilaterais no âmbito das Nações Unidas, como convenções sobre direitos humanos?

    ERRADO.

     

    em 1929 a Itália e o Papa chegam a um acordo, externado pelo Tratado de Latrão. Nele, é criado o microestado da Cidade do Vaticano, que seria composto de Soberania, território e população, sendo porém uma nação destituída de aspectos culturais, levando-se em conta que os membros que o integram ou lá residem guardam sua nacionalidade de origem, apenas adquirindo funções dentro da Santa Sé e da Cúria Romana. Por questões de ordem religiosa, por exemplo, filhas solteiras de até 22 anos de idade de famílias constituídas residentes no Vaticano não podem morar nos limites do microestado.

    Além do componente territorial, há ainda a instituição da Santa Sé, que é o auto-comando da Igreja e exerce sua soberania sobre o Vaticano. É sua personificação jurídica, representando o Estado e autorizado a compor um tratado entre dois sujeitos de Direito Internacional (os Tratados celebrados pela Santa Sé receberão o nome de "concordata").

     

  • A Santa Sé participa sim como membro titular, convidado ou observador de diversos organismos internacionais e pessoas jurídicas de direito público externo. No caso da ONU, Organização das Nações Unidas, participa como Observador.

  • GABARITO: ERRADO

    "A Santa Sé é parte em tratados multilaterais, como a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, de 1961. Também é parte em tratados multilaterais de direitos humanos, como a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, de 1989."

    COMO PASSAR, CONCURSOS DA DIPLOMACIA E CHANCELARIA, p. 343.

  • SANTA SÉ é a galera do Vaticano...


ID
2501221
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Com relação aos sujeitos de direito internacional público, julgue (C ou E) o item seguinte.


A escolha do secretário-geral das Nações Unidas, nos termos da Carta das Nações Unidas, dá-se por indicação da Assembleia-Geral e recomendação do Conselho de Segurança.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Decreto nº 19.841/1945 (Carta das Nações Unidas), art. 97:

    O Secretariado será composto de um Secretário-Geral e do pessoal exigido pela Organização. O Secretário-Geral será indicado pela Assembleia Geral mediante a recomendação do Conselho de Segurança. Será o principal funcionário administrativo da Organização.”

  • GABARITO C

     

    Mais conhecimento sobre o assunto: o Secretariado é o órgão administrativo das Nações Unidas, dele fazem parte o Secretário Geral e o corpo burocrático da organização, nomeado por aqueles por aquele conforme as regras fixadas pela Assembleia Geral. 

    O SECRETARIADO

    Artigo 97. O Secretariado será composto de um Secretário-Geral e do pessoal exigido pela Organização. O Secretário-Geral será indicado pela Assembléia Geral mediante a recomendação do Conselho de Segurança. Será o principal funcionário administrativo da Organização.

     

    DEUS SALVE O BRASIL.

  • Carta das Nações Unidas (Decreto n. 19.841/1945)

    Artigo 97.  O Secretariado será composto de um Secretário-Geral e do pessoal exigido pela Organização. O Secretário-Geral será indicado pela Assembléia Geral mediante a recomendação do Conselho de Segurança. Será o principal funcionário administrativo da Organização.


ID
2623126
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ABIN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Sabendo que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) foi estabelecida pela Carta das Nações Unidas e é considerada o principal órgão judiciário no âmbito da Organização das Nações Unidas, sendo possível extrair fontes do direito internacional público (DIP) do seu estatuto, julgue o item subsecutivo.


Por não se encontrarem inseridos no estatuto da CIJ, os atos unilaterais dos Estados, como o ato de reconhecimento do nascimento de outro Estado, possuem natureza política, não se revestindo de obrigatoriedade normativa.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Partindo-se da premissa voluntarista de que as normas de Direito Internacional se fundamentam no consentimento dos Estados e das Organizações Internacionais, os atos unilaterais não poderiam ser fontes do direito das Gentes. Contudo, a dinâmica das relações internacionais revela que atos cuja existência tenha dependido exclusivamente da manifestação de um Estado terminam por influenciar as relações internacionais, gerando consequências jurídicas independentemente da aceitação ou envolvimento de outros entes estatais. Assim, ato unilateral do Estado é uma manifestação de vontade inequívoca formulada com a intenção de produzir efeitos nas suas relações com outros Estados ou organizações internacionais, com o conhecimento expresso destes ou destas. Assim, os atos unilaterais dos Estados, apesar de não previstos no art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são considerados como nova fonte, e quando são estabelecidos, a intenção dos Estados é de criar obrigações jurídicas no plano internacional, possuindo, portanto, obrigatoriedade normativa.

  • Um exemplo muito claro disso é a Mudança da embaixada dos EUA para Jerusalém, em Israel.
  • Os atos unilaterais dos Estados, apesar de não previstos no art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são considerados como nova fonte, e quando são estabelecidos, a intenção dos Estados é de criar obrigações jurídicas no plano internacional, possuindo, portanto, obrigatoriedade normativa.

  • Entendi o tema proposto na questão da seguinte maneira: Por ter natureza política, um ato de determinado país, não tem normatividade cogente, ou seja, não obriga os demais Estados. Na verdade a questão tenta induzir a erro, vez que induz o pensamento sobre a soberania de um Estado. Não se trata disso! Ao participar de um organismo internacional, o Estado que adere, o faz perante à comunidade internacinal de nações, daí decorre que, o tal ato é, em certa medida, uma aceitação quanto às regras de direito internacional posto, frente às (aqui entra o tema soberania) normas próprias do Estado aderente. A alínea B do artigo 38 admite o "Costume Internacional" como sendo em si, uma regra de direito. Bem disse o colega abaixo, a questão relativa à Israel é um bom exemplo disso. 

    Artigo 38


    A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: 
    a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;

    b. o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;

    c. os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;

    d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito.


    A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem.

     

    Força e Honra!

  • Quem pode me dizer se a anexação da Crimeia ao território da Rússia se enquadra neste caso? Se for, que eu saiba a Rússia não havia se declarado como aceitante da jurisprudência da CIJ até 2017. 

  • De fato, atos unilaterais dos Estados não estão previstos no art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça como meio a ser utilizado para a solução de controvérsias entre Estados, mas isso não significa que atos unilaterais sejam desprovidos de obrigatoriedade normativa. Considerando que o ato unilateral é uma manifestação inequívoca da vontade estatal, ele produz efeitos jurídicos nas suas relações com outros Estados e deve ser honrado, com base no princípio da boa-fé. São considerados fonte do direito internacional e vinculam o Estado emissor. A afirmativa está errada.

    Gabarito: a afirmativa está errada. 
  • RRADO.

    Partindo-se da premissa voluntarista de que as normas de Direito Internacional se fundamentam no consentimento dos Estados e das Organizações Internacionais, os atos unilaterais não poderiam ser fontes do direito das Gentes. Contudo, a dinâmica das relações internacionais revela que atos cuja existência tenha dependido exclusivamente da manifestação de um Estado terminam por influenciar as relações internacionais, gerando consequências jurídicas independentemente da aceitação ou envolvimento de outros entes estatais. Assim, ato unilateral do Estado é uma manifestação de vontade inequívoca formulada com a intenção de produzir efeitos nas suas relações com outros Estados ou organizações internacionais, com o conhecimento expresso destes ou destas.

    Assim, os atos unilaterais dos Estados, apesar de não previstos no art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são considerados como nova fonte, e quando são estabelecidos, a intenção dos Estados é de criar obrigações jurídicas no plano internacional, possuindo, portanto, obrigatoriedade norma

  • De fato, atos unilaterais dos Estados não estão previstos no art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça como meio a ser utilizado para a solução de controvérsias entre Estados, mas isso não significa que atos unilaterais sejam desprovidos de obrigatoriedade normativa. Considerando que o ato unilateral é uma manifestação inequívoca da vontade estatal, ele produz efeitos jurídicos nas suas relações com outros Estados e deve ser honrado, com base no princípio da boa-fé. São considerados fonte do direito internacional e vinculam o Estado emissor. A afirmativa está errada.


    Gabarito: a afirmativa está errada. 

  • Obrigado, Donald Trump. 

  • ERRADO

     

    Atos unilaterais dos Estados: são atos que não possuem normatividade. Contudo, criam obrigações aos Estados que os proclamam. Assim, quando assumir unilateralmente um compromisso publicamente, mesmo quando não efetuado no contexto das negociações internacionais, o Estado deverá cumpri-lo obrigatoriamente, em respeito à boa-fé.

  • ERRADO.

     

    A dinâmica das relações internacionais revela que atos cuja existência tenha dependido exclusivamente da manifestação de um Estado terminam por influenciar as relações internacionais, gerando consequências jurídicas independentemente da aceitação ou envolvimento de outros entes estatais.

     

    Alguns exemplos de atos unilaterais dos Estados:


    protesto: manifestação expressa de discordância quanto a uma determinada situação, destinada ao transgressor de norma internacional e voltada a evitar que a conduta objeto do protesto se transforme em norma. Visa a resguardar os direitos do Estado em face de pretensões de outro Estado. Exemplo: protestos por ocasião de golpes de Estado, que violam normas internacionais que determinam o respeito à democracia;


    notificação: ato pelo qual um Estado leva oficialmente ao conhecimento de outro ente estatal fato ou situação que pode produzir efeitos jurídicos, dando-lhe “ a necessária certeza da informação”. É entendido como “ ato condição”, ao qual a validade de ações posteriores está vinculada. Exemplos são as notificações de estado de guerra;


    renúncia: é a desistência de um direito, que é extinto. A bem da segurança jurídica e da estabilidade das relações internacionais, a renúncia deve ser sempre expressa, nunca tácita ou presumida a partir do mero não exercício de um direito;


    denúncia: ato pelo qual o Estado se desvincula de um tratado;

     

    Com efeito, não há nenhuma dúvida de que os atos unilaterais dos Estados são fontes de Direito Internacional, desde que não configurem violação do princípio da não intervenção em assuntos internos de outro Estado.

  • Estatuto da Corte Internacional de Justiça:

    Artigo 38. 1. A Côrte, cuja função é decidir de acôrdo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará:

    a) as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais. que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;

    b) o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;

    c) os princípios gerais de direito reconhecidos pelas Nações civilizadas;

    d) sob ressalva da disposição do art. 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos publicistas mais qualificados das diferentes Nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito.

    Vida à cultura democrática, Monge.

  • Galera fica repetindo desnecessariamente as mesmas coisas, mas ninguém traz qualquer referência legal, doutrinária ou jurisprudencial...

    Aí se isso cai numa prova escrita ou mesmo oral, o candidato não tem nem a chance de saber a quem pertence a lição/entendimento...

    "Examinador: Senhor candidato, qual a fonte desse entendimento externado perante essa banca?"

    "Candidato: Excelência, foi o pessoal do QC que falou!"

    "Examinador: interessante..."

  • GABARITO: ERRADO

    O fato de os atos unilaterais não estarem expressos no art. 38 do ECIJ não os descaracteriza como fonte do Direito Internacional Público, sendo o reconhecimento de um Estado um ato dotado de natureza política e revestido de obrigatoriedade normativa. Atentar para não confundir a falta de normatividade (pela ausência de abstração e generalidade) com obrigatoriedade normativa (consequências jurídicas), segue trecho do Valerio Mazzuoli:

    • (...) Não é difícil visualizar que os atos unilaterais dos Estados, pela sua própria forma de expressão, são destituídos de característica normativa (uma vez que não têm qualquer abstração e generalidade), o que não significa, em absoluto, que não produzam consequências jurídicas, uma vez que criam obrigações internacionais para aqueles Estados que os proclamam, tanto quanto a ratificação de um tratado ou a sua denúncia. (...)
    • (...) Atos unilaterais dos Estados: o art. 38 do ECIJ não faz qualquer menção aos atos unilaterais autônomos dos Estados (bem assim como das organizações internacionais) como fontes prováveis do Direito Internacional Público. Nem por isso, contudo, podem tais atos jurídicos ser considerados como não pertencentes ao contexto das fontes do direito das gentes, principalmente quando se sabe que a assunção de obrigações internacionais é uma das mais importantes preocupações dessa disciplina. Tanto os atos unilaterais dos Estados (cujo estudo ora nos ocupa) como as decisões das organizações internacionais (que estudaremos no item nº 6, infra) são modos de formação voluntários do Direito Internacional Público, por se tratar de expressões de vontade dos sujeitos do direito das gentes, tendentes a criar efeitos jurídicos
    • Entende-se por ato unilateral autônomo a manifestação de vontade pública e inequívoca de um Estado, desvinculada de qualquer tratado ou costume internacional, formulada por autoridade com competência para validamente engajá-lo, com a intenção de produzir efeitos jurídicos nas suas relações com os outros Estados ou organizações internacionais, com o reconhecimento expresso destes ou destas. Portanto, tais atos unilaterais são aqueles emanados de um único sujeito de Direito Internacional, sem a participação (mas com o conhecimento) de outra contraparte, com a finalidade de produção de efeitos jurídicos (às vezes erga omnes, às vezes inter partes) capazes de criar direitos e obrigações no plano internacional. (...)

    (Curso de Direito Internacional Público. Valerio de Oliveira Mazzuoli. – 12. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2019. fls. 185/186)


ID
2725270
Banca
PGR
Órgão
PGR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

DENTRE OS ENUNCIADOS ABAIXO, SOMENTE ESTÃO CORRETOS:


I - A admissão como membro da Organização das Nações Unidas é aberta a todos os estados amantes da paz que aceitarem as obrigações, contidas na Carta de São Francisco, e que, a juízo da organização, estiverem aptos e dispostos a cumprir tais obrigações.

II - A admissão de qualquer Estado como Membro da Organização das Nações Unidas será efetuada por decisão da Assembleia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança, não se admitindo, neste último órgão, o uso do veto por parte de seus membros permanentes.

III - Todos os povos têm o direito à autodeterminação, que se constitui hoje em norma imperativa do Direito Internacional.

IV - Os Estados são juridicamente iguais, desfrutam de iguais direitos e de igual capacidade para exercê-los. Os direitos de cada um não dependem do poder de que dispõem para assegurar o seu exercício, mas sim da sua existência como sujeito do direito internacional.

Alternativas
Comentários
  • Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

    III - autodeterminação dos povos;

    Abraços

  • I - A admissão como membro da Organização das Nações Unidas é aberta a todos os estados amantes da paz que aceitarem as obrigações, contidas na Carta de São Francisco, e que, a juízo da organização, estiverem aptos e dispostos a cumprir tais obrigações.

    Carta das Nações Unidas (https://nacoesunidas.org/carta/cap2/)

    Artigo 4

    1. A admissão como membro das Nações Unidas fica aberta a todos os Estados amantes da paz que aceitarem as obrigações contidas na presente Carta e que, a juízo da Organização, estiverem aptos e dispostos a cumprir tais obrigações.

     

    II - A admissão de qualquer Estado como Membro da Organização das Nações Unidas será efetuada por decisão da Assembleia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança, não se admitindo, neste último órgão, o uso do veto por parte de seus membros permanentes.

    Artigo 3

    Os membros originais das Nações Unidas serão os Estados que, tendo participado da Conferência das Nações Unidas sobre a Organização Internacional, realizada em São Francisco, ou, tendo assinado previamente a Declaração das Nações Unidas, de 1 de janeiro de 1942, assinarem a presente Carta, e a ratificarem, de acordo com o artigo 110.

     

    Artigo 4

    [...]

    2. A admissão de qualquer desses Estados como membros das Nações Unidas será efetuada por decisão da Assembleia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança.

  • GAB: C

  • I - A admissão como membro da Organização das Nações Unidas é aberta a todos os estados amantes da paz que aceitarem as obrigações, contidas na Carta de São Francisco, e que, a juízo da organização, estiverem aptos e dispostos a cumprir tais obrigações. (CORRETA)

    CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS: Artigo 4. 1. A admissão como Membro das Nações Unidas fica aberta a todos os Estados amantes da paz que aceitarem as obrigações contidas na presente Carta e que, a juízo da Organização, estiverem aptos e dispostos a cumprir tais obrigações.

    II - A admissão de qualquer Estado como Membro da Organização das Nações Unidas será efetuada por decisão da Assembleia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança, não se admitindo, neste último órgão, o uso do veto por parte de seus membros permanentes. (INCORRETA)

    Está incorreta o final da assertiva, pois a redação original do art. 4.2 não prevê a possibilidade de veto. Destaco:

    2. A admissão de qualquer desses Estados como Membros das Nações Unidas será efetuada por decisão da Assembléia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança.

    III - Todos os povos têm o direito à autodeterminação, que se constitui hoje em norma imperativa do Direito Internacional. (CORRETO)

    Convenção de Montevidéu sobre Direitos e Deveres dos Estados, de 1933:

    Artigo 2 O Estado federal constitue uma só pessoa ante o Direito Internacional.

    Artigo 3  A existência política do Estado é indepedente do seu reconhecimento pelos demais Estados. Ainda antes de reconhecido, tem o Estado o direito de defender sua integridade e independência, prover a sua conservação e prosperidade, e conseguintemente, organizar-se como achar conveniente, legislar sôbre seus interesses, administrar seus serviços e determinar a jurisdição e competência dos seus tribunais.

    IV - Os Estados são juridicamente iguais, desfrutam de iguais direitos e de igual capacidade para exercê-los. Os direitos de cada um não dependem do poder de que dispõem para assegurar o seu exercício, mas sim da sua existência como sujeito do direito internacional. (CORRETA)

    Artigo 4 Os Estados são juridicamente iguais, desfrutam iguais direitos e possuem capacidade igual para exercê-los. Os direitos de cada um não dependem do poder de que disponha para assegurar seu exercicio, mas do simples fato de sua existência como pessoa de Direito Internacional.


ID
2779021
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

A partir da Segunda Guerra Mundial, movimentos internacionais surgiram em prol da proteção dos patrimônios no mundo. A preocupação com a proteção do patrimônio mundial, cultural e natural incluía a preservação dos sítios culturais e a conservação da natureza. Tendo em vista os marcos internacionais e nacionais da preservação, incluindo-se convenções, decreto-lei e a Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item seguinte.

Na Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, foi criado o Comitê do Patrimônio Mundial, para a proteção do patrimônio cultural e natural de valor universal excepcional.

Alternativas
Comentários
  • estão fazendo dos comentários(tão úteis) do Qconcurso um imenso "outdoor" de metodos e "indicações".

  • III - Comitê intergovernamental para a proteção do patrimônio mundial, cultural e natural


    ARTIGO 8.º 1 – É criado junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, um comitê intergovernamental para a proteção do patrimônio cultural e natural de valor universal excepcional denominado Comitê do Patrimônio Mundial. 


    Fonte: CONVENÇÃO PARA A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO MUNDIAL, CULTURAL E NATURAL


    https://whc.unesco.org/archive/convention-pt.pdf

  • GABARITO: CERTO.

  • O item está CERTO
    A instituição do Comitê Intergovernamental de Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural, o “Comitê do Patrimônio Mundial" está expressamente prevista no art. 8 da Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, como se pode observar:

    ARTIGO
    1. Fica instituído, junto à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, o Comitê Intergovernamental de Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural de Valor Universal Excepcional denominado “Comitê do Patrimônio Mundial". É composto por 15 Estados-partes da Convenção, eleitos pelos Estados-partes da Convenção reunidos em assembleia geral por ocasião de sessões ordinárias da Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. O número dos Estados-membros do Comitê será aumentado até 21, a partir da sessão ordinária da Conferência Geral seguinte à entrada em vigor da presente Convenção, por 40 Estados ou mais.

     

    Fonte: Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural CONFERÊNCIA GERAL da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura, reunida em Paris, de 17 de outubro a 21 de novembro de 1972. 

    Gabarito do ProfessorCERTO 

ID
2904196
Banca
NC-UFPR
Órgão
ITAIPU BINACIONAL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Sobre os sujeitos de direito internacional público, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Peguei aqui no qc: "Ao MERCOSUL foi conferida personalidade jurídica de direito internacional pelo Protocolo de Ouro Preto, assinado em 17.12.1994 e internalizado no Brasil pelo DL 712, de 15.10.2003"

  • "Estados soberanos (a Santa Sé por razões singulares se equipara a Estados soberanos) e as organizações internacionais em sentido estrito são pessoas jurídicas de direito internacional PÚBLICO"

    https://olavosb.jusbrasil.com.br/artigos/450062817/a-personalidade-juridica-de-direito-internacional-afinal-sao-os-individuos-sujeitos-de-direito-internacional-publico

  • Gabarito: D

    Segundo Valério Mazzuoli, podem ser considerados sujeitos do Direito Internacional Público, na atualidade, além dos Estados soberanos, as organizações internacionais intergovernamentais, a exemplo das Nações Unidas (ONU), que têm capacidade jurídica para celebrar tratados de caráter obrigatório, regidos pelo Direito Internacional, com os Estados e com outros organismos internacionais; assim como o Mercosul.

    Portanto correta a letra D e erradas as alternativas A e E.

    Também estão erradas as letras B e C, uma vez que os estados, os municípios e a União NÃO têm personalidade jurídica internacional, que é exclusiva da República Federativa do Brasil

     

    Fonte: MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de direito internacional público. 5º edição revista, atualizada e ampliada.

    https://guisambareando.jusbrasil.com.br/artigos/254377712/as-organizacoes-internacionais-e-suas-caracteristicas

  • GABARITO: D As organizações internacionais são consideradas sujeitos de direito internacional público.

    Outras questões sobre o assunto:

    FGV - 2008 - Senado Federal - Advogado- Os sujeitos de Direito Internacional são:

    (x) Estados, Organizações Governamentais Internacionais, Organizações Não-Governamentais, pessoas jurídicas, indivíduos e blocos regionais.

    CESPE - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Juiz do Trabalho- Em relação aos sujeitos de direito internacional público, assinale a opção correta.

    (x) Dada a natureza da personalidade jurídica das organizações internacionais, considera-se reconhecida sua personalidade mesmo por Estados que não tenham ratificado seu tratado constitutivo.

  • A- ERRADO. No atual Direito Internacional, há vários outros sujeitos para além do Estado. Organizações Internacionais, a Santa Sé, indivíduos, por exemplo, são todos sujeitos. Entretanto, os Estados são os mais amplos, considerados sujeitos por excelência do DIP;

    B- ERRADO. Em uma federação, o estado membro liga-se a um ente superior que o representará nas Relações Internacionais;

    C- ERRADO. Segundo a CF/88, nem municípios, nem unidades federativas são sujeitos de DIP. Primeiramente, eles podem até ser autônomos, mas não tem capacidade de independência. Além, quem representa o Brasil nas Relações Internacionais é a República Federativa do Brasil (não confundir com a União);

    D- CERTO.

    E- ERRADO. O Mercosul adquiriu sua personalidade jurídica de Direito Internacional Público a partir do Protocolo de Ouro Preto. Assim, é sujeito de DIP.

  • ABARITO: D As organizações internacionais são consideradas sujeitos de direito internacional público.

    Outras questões sobre o assunto:

    FGV - 2008 - Senado Federal - Advogado- Os sujeitos de Direito Internacional são:

    (x) Estados, Organizações Governamentais Internacionais, Organizações Não-Governamentais, pessoas jurídicas, indivíduos e blocos regionais.

    CESPE - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Juiz do Trabalho- Em relação aos sujeitos de direito internacional público, assinale a opção correta.

    (x) Dada a natureza da personalidade jurídica das organizações internacionais, considera-se reconhecida sua personalidade mesmo por Estados que não tenham ratificado seu tratado constitutivo.

  • Para complementar: Diferente do MERSOCUL, a Carta da ONU não atribui expressamente a personalidade internacional da ONU. A personalidade internacional da ONU foi reconhecida por meio de um parecer consultivo no caso de Folke Bernadoti. 

  • estado-membro é diferente de estado-parte...

    estado-membro é rj, rs, pr, ms... estado-parte é brasil, eua, canadá...

  • A Carta das Nações Unidas não se refere explicitamente à personalidade jurídica da Organização das Nações Unidas, ao passo que o Protocolo de Ouro Preto prevê que o MERCOSUL tenha personalidade jurídica de direito internacional. (certa) CESPE - 2015 - DPU 

    O reconhecimento da personalidade jurídica das organizações internacionais não decorre de tratados, mas da jurisprudência internacional, mais especificamente do Caso Bernadotte, julgado pela Corte Internacional de Justiça. (certa) CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - JUIZ DO TRABALHO

  • GabariTo D: As organizações internacionais são consideradas sujeitos de direito internacional público

  • Resposta: LETRA D

    De acordo com a Teoria Clássica, tanto os Estados como as Organizações Internacionais são sujeitos de Direito Internacional.

    LEMBRAR: de acordo com a Teoria Moderna, são sujeitos de Direito Internacional: Estados, organizações internacionais, indivíduos, empresas transnacionais, ONGs. 


ID
3377431
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) é o principal órgão judicial das Nações Unidas. No tocante ao acesso à CIJ, à sua jurisdição e aos procedimentos perante a Corte, julgue o item a seguir.


Somente Estados soberanos têm acesso à CIJ. Estados que não são membros das Nações Unidas não podem ser partes no Estatuto da CIJ e, portanto, ter acesso à Corte.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO!

    DECRETO No 19.841, DE 22 DE OUTUBRO DE 1945. (Promulga a Carta das Nações Unidas, da qual faz parte integrante o anexo Estatuto da Corte Internacional de Justiça, assinada em São Francisco, a 26 de junho de 1945, por ocasião da Conferência de Organização Internacional das Nações Unidas)

    Artigo 93.

    1. Todos os Membros das Nações Unidas são ipso facto partes do Estatuto da Corte Internacional de Justiça.

    2. Um Estado que não for Membro das Nações Unidas poderá tornar-se parte no Estatuto da Corte Internacional de Justiça, em condições que serão determinadas, em cada caso, pela Assembléia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança.

    Bons estudos.

  • Errado! Contraria o Estatuto!

  •  Resposta: Errado


ID
3377437
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) é o principal órgão judicial das Nações Unidas. No tocante ao acesso à CIJ, à sua jurisdição e aos procedimentos perante a Corte, julgue o item a seguir.


Se uma das partes deixar de comparecer perante a Corte ou de apresentar a própria defesa, a outra parte poderá solicitar à Corte que decida a favor de sua pretensão. Essa regra não se confunde com o princípio elaborado no caso “Monetary Gold Removed from Rome in 1943”, com base no qual a Corte já declinou de exercer a respectiva jurisdição.

Alternativas
Comentários
  • CERTO:

    PARTE 1: Se uma das partes deixar de comparecer perante a Corte ou de apresentar a própria defesa, a outra parte poderá solicitar à Corte que decida a favor de sua pretensão. 

    DECRETO No 19.841, DE 22 DE OUTUBRO DE 1945. (Promulga a Carta das Nações Unidas, da qual faz parte integrante o anexo Estatuto da Corte Internacional de Justiça, assinada em São Francisco, a 26 de junho de 1945, por ocasião da Conferência de Organização Internacional das Nações Unidas)

    Artigo 53.

    1. Se uma das partes deixar de comparecer perante a Côrte ou de apresentar a sua defesa, a outra parte poderá solicitar à Côrte que decida a favor de sua pretensão.

    2. A Côrte, antes de decidir nesse sentido, deve certificar-se não só de que o assunto é de sua competência, de conformidade com os arts. 36 e 37, mas também de que a pretensão é bem fundada, de fato e de direito.

    PARTE 2: Essa regra não se confunde com o princípio elaborado no caso “Monetary Gold Removed from Rome in 1943”, com base no qual a Corte já declinou de exercer a respectiva jurisdição.

    Itália v França, Reino Unido e Estados Unidos [1954] ICJ 2 (também chamado de Ouro Monetário Removido de Roma em Caso de 1943 - Monetary Gold Removed from Rome in 1943) fazia parte de uma disputa de longa data sobre o destino do ouro nazista originalmente apreendido em Roma .

    Em 15 de junho de 1954, a CIJ decidiu que, como a primeira questão a ser abordada foi a resolução da disputa legal entre a Itália e a Albânia sobre a apreensão do Banco Nacional da Albânia, e como a Albânia não havia se deferido à CIJ nesse caso , a CIJ não tinha jurisdição nesse assunto, aplicando o Art. 53.2, e não o art. 53.1.

    -

    Bons estudos.

  • What was the “Monetary Gold Removed from Rome in 1943”:

    A certain quantity of monetary gold was removed by the Germans from Rome in 1943. It was later recovered in Germany and found to belong to Albania. The 1946 Agreement on Reparation from Germany provided that monetary gold found in Germany should be pooled for distribution among the countries entitled to receive a share of it. The United Kingdom claimed that the gold should be delivered to it in partial satisfaction of the Court’s Judgment of 1949 in the Corfu Channel case. Italy claimed that the gold should be delivered to it in partial satisfaction for the damage which it alleged it had suffered as a result of an Albanian law of 13 January 1945. In the Washington statement of 25 April 1951, the Governments of France, the United Kingdom and the United States, to whom the implementation of the reparations agreement had been entrusted, decided that the gold should be delivered to the United Kingdom unless, within a certain time-limit, Italy or Albania applied to the Court requesting it to adjudicate on their respective rights. Albania took no action, but Italy made an Application to the Court. Later, however, Italy raised the preliminary question as to whether the Court had jurisdiction to adjudicate upon the validity of its claim against Albania. In its Judgment of 15 June 1954, the Court found that, without the consent of Albania, it could not deal with a dispute between that country and Italy and that it was therefore unable to decide the questions submitted.

    Source: https://www.icj-cij.org/en/case/19

    Good studies.


ID
3377440
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) é o principal órgão judicial das Nações Unidas. No tocante ao acesso à CIJ, à sua jurisdição e aos procedimentos perante a Corte, julgue o item a seguir.


A sentença da Corte é definitiva e inapelável. Não obstante, pode ser objeto de revisão e interpretação.

Alternativas
Comentários
  • CERTO

    DECRETO No 19.841, DE 22 DE OUTUBRO DE 1945. (Promulga a Carta das Nações Unidas, da qual faz parte integrante o anexo Estatuto da Corte Internacional de Justiça, assinada em São Francisco, a 26 de junho de 1945, por ocasião da Conferência de Organização Internacional das Nações Unidas)

    -

    Artigo 60. A sentença é definitiva e inapelável. Em caso de controvérsia quanto ao sentido e ao alcance da sentença, caberá à Côrte interpretá-la a pedido de qualquer das partes.

    -

    Bons estudos.

  • Gabarito Certo. Complementando o colega com outro artigo que dispõe expressamente sobre a revisão:

    Decreto 19.841/45. Artigo 61. 1. O pedido de revisão de uma sentença só poderá ser feito em razão do descobrimento de algum fato suscetível de exercer influência decisiva, o qual, na ocasião de ser proferida a sentença, era desconhecido da Côrte e também da parte que solicita a revisão, contanto que tal desconhecimento não tenha sido devido à negligência.

  • Corte Internacional de Justiça

    Sede: Haia (Holanda)

    Fundação: 26/06/1945

    Número de Juízes: 15 (atualmente com um brasileiro: Antônio Augusto Cançado Trindade)

    ATENÇÃO:

    Das decisões da CIJ não há apelação ou recurso. Caberia pedido de esclarecimento sobre o sentido e alcance da decisão (como os Embargos de Declaração).

    Caberia igualmente pedido de revisão e reinterpretação (como a Revisão Criminal da lei processual brasileira) e tem o prazo prescricional de 10 (dez) anos contados da sentença. Lembrando que a revisão deve ser intentada até 06 meses da descoberta de fato novo que possa influenciar na decisão (prazo decadencial).

    Não possuem, contudo, efeito suspensivo mas meramente devolutivo!

    Artigo 60

    A Sentença é definitiva e inapelável. Em caso de controvérsia quanto ao sentido e ao alcance da sentença, caberá à Corte interpretá-la a pedido de qualquer das partes.

    Artigo 61

    O pedido de revisão de uma sentença só poderá ser feito em razão do descobrimento de algum fato susceptível de exercer influência decisiva, o qual, na ocasião de ser proferida a sentença, era desconhecido da Corte e também da parte que solicita a revisão, contanto que tal desconhecimento não tenha sido devido à negligência.

    O processo de revisão será aberto por uma sentença da Corte, na qual se consignará expressamente a existência do fato novo, com o reconhecimento do caráter que determina a abertura da revisão e a declaração de que é cabível a solicitação nesse sentido.

    A Corte poderá subordinar a abertura do processo de revisão à prévia execução da sentença.

    O pedido de revisão deverá ser feito no prazo máximo de seis meses a partir do descobrimento do fato novo.

    Nenhum pedido de revisão poderá ser feito depois de transcorridos dez anos da data da sentença.

  • Certo. E só a corte pode revisar.


ID
3402844
Banca
IBFC
Órgão
CBM-BA
Ano
2020
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Com o fim da Primeira Guerra Mundial, os países vencedores se reuniram em Versailles, França, em janeiro de 1919, para firmar um tratado de paz, que ficou conhecido pelo nome do local da capital francesa onde foi assinado. Um dos pontos do Tratado de Versailles era a criação de um organismo internacional que tivesse como finalidade assegurar a paz em um mundo traumatizado pelas dimensões do conflito que se encerrara, tendo como um de seus principais idealizadores Woodrow Wilson. Assinale a alternativa que contém esse organismo internacional.

Alternativas
Comentários
  • Liga das nações --> Primeira guerra mundial

    União das nações unidas --> Segunda Guerra

  • Letra E

    Pós 1º Guerra - Liga das nações

    Pós 2º Guerra - Organização das Nações Unidas (ONU)

  • A questão faz referência ao fim da primeira guerra mundial (1919). Nesse período,devido as atrocidades que a guerra provocou, foi estabelecido a liga das nações com o objetivo de manter a paz mundial.

    gabaito letra ´´E´´

    A) Errado: ela foi posterior a liga das nações,estabelecida em 1945

    B)conselho de direitos humanos é uma fundação dentro da ONU que substituiu a comissão.Além disso ela foi criada em 2006, muito depois da primeira G.M

    C) Não tem relação com a questão

    D)Errada: é apenas mais um orgão criado dentro da própria ONU. portanto foi posterior a 1945

  • A fim de encontrarmos a alternativa correta, iremos analisar cada uma das assertivas a seguir:

    A) Organização das Nações Unidas 

    A alternativa está incorreta, pois a “A Organização das Nações Unidas é uma organização internacional fundada em 1945". 



    B) Conselho de Direitos Humanos 

    A alternativa está incorreta, pois “o Conselho de Direitos Humanos é um órgão criado pelos Estados-membros das Nações Unidas com o intuito de ampliar a proteção dos direitos humanos no mundo".




    C) Organização Internacional do Trabalho 

    A alternativa está incorreta. Embora tenha sido criada em 1919, e faça “parte do Tratado de Versalhes, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) tem como objetivo promover a justiça social".



    D) Comitê Interamericano de Direitos Humanos 

    A alternativa está incorreta, uma vez que o nome correto do órgão é “Comissão Interamericana de Direitos Humanos, o qual faz parte do Sistema Interamericano responsáveis pela promoção e pela proteção dos direitos humanos". 

     




    E) Liga das Nações 

    É alternativa correta. “A Liga das Nações foi criada como parte do Tratado de Versalhes, que marcou o fim da Primeira Guerra Mundial. A criação dessa nova organização intergovernamental foi inspirada na declaração dos Quatorze Pontos do presidente norte-americano Woodrow Wilson – descrevendo suas propostas para um acordo de paz no pós-guerra –, que ele apresentou ao Congresso dos EUA em janeiro de 1918".

    Gabarito do professor: E

ID
3590446
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Com relação aos sujeitos de direito internacional público, julgue (C ou E) o item seguinte.


A fim de manter a sua neutralidade, a Santa Sé não é parte de convenções multilaterais no âmbito das Nações Unidas, como convenções sobre direitos humanos.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO

    "A Santa Sé é parte em tratados multilaterais, como a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, de 1961. Também é parte em tratados multilaterais de direitos humanos, como a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, de 1989." (Como Passar Concursos da Diplomacia e Chancelaria‎, p. 343)

    "No plano de direito das gentes a Santa Sé exerce seu poder contratual celebrando não apenas concordatas (...), mas outros tratados bilaterais, como o acordo político e a convenção financeira de Latrão. (...) A Santa Sé marcou presença, ainda, em muitas tratativas multilaterais caracterizadas pela temática humanitária ou, em todo caso, pela despolitização. Ela é parte nas Convenções de Viena sobre relações diplomáticas e consulares (..), e na Convenção de Viena de 1969, sobre o direito dos tratados." (Rezek, Direito Internacional Público, 16a ed., p. 288)

  • Segundo consta na obra Direito Internacional Público e Privado de Bruno Del Preti e Paulo Lépore, Ed. Juspodvm, 2020, p. 58, "Na verdade, a Santa Sé não é nem Estado, nem organização internacional, tratando-se de sujeito de Direito Internacional "sui generis" e que representa a expressão jurídica internacional da Igreja Católica. Sua personalidade jurídica foi reconhecida por meio do Tratado de Latrão, celebrado entre a Itália e a Santa Sé, em 1929".

    Por isso, essa condição peculiar de sujeito de Direito Internacional por certo a habilita, nos assuntos relacionados a normas "jus cogens", a ser parte em assuntos internacionais.

  • a Santa Sé é igual a OAB sui generis, nem Estado nem OI. é sujeito de direito internacional...

    CONCURSO É 90% DE FÉ E 10% DE DEDICAÇÃO.

  • a Santa Sé não é um Estado. É uma entidade sui generis comandada pela Igreja Católica Apostólica Romana, destinada a guiar a fé dos fiéis católicos pelo mundo. Seu poder não é limitado por nenhum outro Estado. Chefiada pelo Papa e pela Cúria Romana. O Papa goza de status de Chefe de Estado

    -> pode celebrar tratados, participar de Organizações Internacionais, exercer direito de legação, abrir missões diplomáticas (nunciaturas apostólicas). 


ID
3718345
Banca
FAUEL
Órgão
Prefeitura de Ribeirão do Pinhal - PR
Ano
2016
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada no contexto do término da Segunda Guerra Mundial. Quanto aos objetivos expressos dessa organização, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    Auxiliar os Estados Unidos na padronização cultural do globo.


ID
4999249
Banca
PM-PI
Órgão
PM-PI
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

No tocante as normas sobre Direitos Humanos e a Carta das Nações Unidas, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Essa foi por eliminação mesmo.

  • A fim de encontrarmos a alternativa correta, iremos analisar cada uma das assertivas a seguir:

    A)

    Conselho de Segurança da ONU tem por escopo garantir a paz e segurança internacionais e é composto por cinco membros permanentes e dez não-permanentes com mandato de dois anos;

     A afirmação está correta, uma vez que “o Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 membros: 5 permanentes e 10 não-permanentes, que são eleitos para mandatos de dois anos pela Assembleia Geral".



    B) A Corte Internacional de Justiça é o principal órgão jurídico das Nações Unidas. 

    A afirmação está correta, tendo em vista que “a Corte Internacional de Justiça (CIJ) é o principal órgão judicial da Organização das Nações Unidas (ONU). Sendo estabelecida em 1945, através da Carta das Nações Unidas, começou as operações em abril de 1946, substituindo a antiga Corte Permanente de Justiça, que existia sob a Liga das Nações (antecessora da ONU)".



    C)

    Os Governos não são obrigados a garantir que a utilização arbitrária ou abusiva da força ou de armas de fogo pelos policiais seja punida como infração penal, nos termos da legislação nacional.

     É a alternativa INCORRETA, tendo em vista que governos devem de fato garantir que a utilização arbitrária ou abusiva da força ou de armas de fogo pelos policiais seja punida como infração penal, nos termos da legislação nacional, assim como dispõe o artigo 7 do Anexo dos Princípios Básicos sobre a Utilização da Força e de Armas de Fogo pelos Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei

    7. Os Governos devem garantir que a utilização arbitrária ou abusiva da força ou de armas de fogo pelos funcionários responsáveis pela aplicação da lei seja punida como infracção penal, nos termos da legislação nacional.




    D) O Brasil aderiu ao Pacto internacional de Direitos Civis e Políticos em 1992. 



    A afirmação  está correta, considerando que o Brasil aderiu ao Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos através da promulgação do DECRETO No 592, DE 6 DE JULHO DE 1992.


    E)

    A Carta das Nações Unidas integra o núcleo de direito internacional dos direitos humanos.


    A afirmação está correta, considerando que a Carta da ONU é o tratado que estabeleceu as Nações Unidas.



    gabarito do professor: C




ID
5324701
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Comemoraram-se, em 2020, os 75 anos da Organização das Nações Unidas (ONU) e da adoção de sua Carta, assinada pelo Brasil em 26 de junho de 1945, em São Francisco, por ocasião da Conferência a respeito da Organização Internacional das Nações Unidas. Acerca da ONU, de sua Carta e da participação do Brasil na referida organização, julgue (C ou E) o item a seguir.

O Brasil participou das negociações que levaram à criação da ONU e à adoção de sua Carta. Membros da delegação brasileira defenderam, com êxito, a inclusão, na Carta, dos princípios da não intervenção e da igualdade de direitos dos homens e das mulheres.

Alternativas
Comentários
  • Acertei, mas confesso que se vier uma dessa na minha prova não faço tal feito novamente!

    GB: C

    PMPI vai que cole!

  • O Brasil foi efetivamente um dos países fundadores das Nações Unidas e teve participação primordial no tocante à igualdade de direitos entre homens e mulheres.

    No que concerne à garantia dos direitos das mulheres, convém citar Bertha Lutz, que é conhecida como a maior líder na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras. Bertha era diplomata e foi uma delegada que representou o Brasil na assinatura da Carta das Nações Unidas, tendo seu esforço de fato colaborado para a proteção dos direitos das mulheres:

    “A Carta da ONU documento elaborado durante a conferência de San Francisco (Estados Unidos) em 1945 que deu origem às Nações Unidas, foi um dos primeiros tratados internacionais a mencionar em seu texto a necessidade de igualdade de direitos entre homens e mulheres.

    Esse feito, por muito tempo atribuído a diplomatas de países desenvolvidos, na verdade foi fruto da insistência de mulheres latino-americanas presentes na conferência, lideradas pela cientista e diplomata brasileira Bertha Lutz" (...).


    Gabarito do ProfessorCERTO 

  • A menção à igualdade de direitos dos homens e das mulheres na Carta da ONU se deu graças à incisiva participação de mulheres latino-americanas presentes na conferência, lideradas pela cientista e diplomata brasileira Bertha Lutz.

    fonte: https://brasil.un.org/pt-br/74852-exclusivo-diplomata-brasileira-foi-essencial-para-mencao-igualdade-de-genero-na-carta-da-onu


ID
5324704
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Comemoraram-se, em 2020, os 75 anos da Organização das Nações Unidas (ONU) e da adoção de sua Carta, assinada pelo Brasil em 26 de junho de 1945, em São Francisco, por ocasião da Conferência a respeito da Organização Internacional das Nações Unidas. Acerca da ONU, de sua Carta e da participação do Brasil na referida organização, julgue (C ou E) o item a seguir.

A Corte Internacional de Justiça (CIJ), cujo estatuto é parte integrante da Carta da ONU, é o principal órgão judiciário da ONU e delibera a respeito de conflitos jurídicos entre Estados, além de preparar pareceres consultivos. Atualmente, a Corte conta um juiz brasileiro entre seus 15 membros.

Alternativas
Comentários
  • Correto,

    sim atualmente o Brasil conta com um de seus nacionais sentados na Corte Internacional de Justiça. Vale mencionar que seu mandato atual é pela reeleição.

  • Como está devidamente previsto nos artigos abaixo mencionados do Decreto Nº 19.841, de 22 de outubro de 1945, que promulga A Carta Das Nações Unidas:

    Artigo 92. 
    A Corte Internacional de Justiça será o principal órgão judiciário das Nações Unidas. Funcionará de acordo com o Estatuto anexo, que é baseado no Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional e faz parte integrante da presente Carta.
    Artigo 65. 1. 
    A Côrte poderá dar parecer consultivo sôbre qualquer questão jurídica a pedido do órgão que, de acôrdo com a Carta das Nações Unidas ou por ela autorizado, estiver em condições de fazer tal pedido.

    Acerca da composição da corte, o total de 15 membros está previsto no art. 3 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça:
    Artigo 3
    A Corte é composta por quinze membros, nenhum dos quais pode ser nacional de um mesmo Estado.

    De fato, a Corte conta com um juiz brasileiro, se trata Antônio Augusto Cançado Trindade, que é membro desde 06 de fevereiro de 2009 e foi reeleito em 06 de fevereiro de 2018.


    Gabarito do professor: Certo


ID
5324707
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Comemoraram-se, em 2020, os 75 anos da Organização das Nações Unidas (ONU) e da adoção de sua Carta, assinada pelo Brasil em 26 de junho de 1945, em São Francisco, por ocasião da Conferência a respeito da Organização Internacional das Nações Unidas. Acerca da ONU, de sua Carta e da participação do Brasil na referida organização, julgue (C ou E) o item a seguir.

O Brasil foi o primeiro país latino-americano a ocupar assento não permanente bienal no Conselho de Segurança (1946-1947). Hoje, integra o G-4 (juntamente com a Alemanha, a Índia e o Japão), que defende a expansão do Conselho de Segurança na categoria de membros permanentes, mantendo inalterado o número de membros não permanentes do órgão.

Alternativas
Comentários
  • Sim atualmente o Brasil integra o G4 e é um dos membros que apoia fortemente a alteração da composição dos membros permanentes do CS. Aumentando tanto a lista dos membros permanentes quando a dos não-permanentes.

    ou seja o erro está na parte final.

  • O México ocupou juntamente com o Brasil assento não permanente no Conselho de Segurança em 1946. Desta forma, o Brasil não foi o primeiro país latino-americano a fazer parte do biênio 1946-1947.

     

    É possível observar a que o México foi membro não permanente no Conselho de Segurança em 1946 de acordo com o site da ONU:

    non-permanent member of the Security Council during the following years:

    Mexico 1946

    Assim como também verificar que o Brasil ocupou assento não permanente em 1946 e 1947:

     

    Brazil

    1946 to 1947


    A título de informação, convém ressaltar que o Brasil de fato integra o G-4, grupo de países composto pelo Brasil, Alemanha, Índia e Japão, que pedem a reforma do Conselho de Segurança da ONU e são candidatos a assento permanente no Conselho.



    Dica da Professora: Importante atentar para a seguinte informação: "Brasil ocupará assento não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas no biênio 2022-2023. Será a 11ª vez que o país integrará o mais importante órgão responsável pela segurança coletiva internacional. A última vez foi no biênio 2010-2011".






    Gabarito do Professor: ERRADO




  • Proposta do Brasil (g4) é de + 6 permanentes e + 4 rotativos (sendo que os permanentes deveriam entrar com poder de veto)

  • A proposta do Brasil é que o Conselho de Segurança seja reformado para aumentar tanto os assentos permanentes quanto os não permanentes:

    Em 2004, Brasil, Alemanha, Índia e Japão formalizaram a criação do chamado G4. O grupo defende a expansão do CSNU nas categorias de membros permanentes e não permanentes, com maior participação dos países em desenvolvimento em ambas, com vistas a melhor refletir a atual realidade geopolítica. Com base no firme reconhecimento mútuo de que são candidatos legítimos a membros permanentes em um Conselho de Segurança reformado, os quatro países apoiam seus respectivos pleitos de forma recíproca.

    https://www.gov.br/mre/pt-br/Brasil-CSNU/o-brasil-e-a-reforma-do-csnu#:~:text=A%20reforma%20do%20Conselho%20de,enfim%2C%20pela%20sociedade%20em%20geral.&text=Em%202004%2C%20Brasil%2C%20Alemanha%2C,a%20cria%C3%A7%C3%A3o%20do%20chamado%20G4.

  • Proposta do G4 apresentada a ONU em 2005:

    CSNU expandido para um total de 25 membros, com:

    • 6 novos assentos permanentes atribuídos a África (2), Ásia (2), Europa Ocidental (1) e América Latina e Caribe (1) e
    • 4 novos assentos não permanentes para África (1), Ásia (1), Europa Oriental (1) e América Latina e Caribe (1).
    • A proposta do G4 também previa reavaliação da reforma após 15 anos, quando seria considerada, entre outros aspectos, a questão do veto. Até essa revisão, os novos membros permanentes assumiriam o compromisso de não fazer uso do veto em suas deliberações no CSNU.

    Bons estudos!


ID
5324710
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Internacional Público
Assuntos

Comemoraram-se, em 2020, os 75 anos da Organização das Nações Unidas (ONU) e da adoção de sua Carta, assinada pelo Brasil em 26 de junho de 1945, em São Francisco, por ocasião da Conferência a respeito da Organização Internacional das Nações Unidas. Acerca da ONU, de sua Carta e da participação do Brasil na referida organização, julgue (C ou E) o item a seguir.

A Assembleia Geral jamais logrou aprovar emendas aos artigos do capítulo V da Carta, referente ao Conselho de Segurança, o que confere legitimidade ao pleito do G4 pela reforma do principal órgão das Nações Unidas, responsável pela manutenção da paz e da segurança internacional.

Alternativas
Comentários
  • Não tem nem comentário essa questão hahahahahahhahaha

  • a  emenda ao artigo 23 eleva o número de membros do Conselho de Segurança de onze para quinze.
  • A 17 de dezembro de 1963, a Assembleia Geral aprovou as emendas aos artigos 23, 27 e 61 da Carta, as quais entraram em vigor a 31 de agosto de 1965. Uma posterior emenda ao artigo 61 foi aprovada pela Assembleia Geral a 20 de dezembro de 1971 e entrou em vigor a 24 de setembro de 1973. A emenda do artigo 109, aprovada pela Assembleia Geral a 20 de dezembro de 1965, entrou em vigor a 12 de junho de 1968.

    A emenda ao artigo 23 eleva o número de membros do Conselho de Segurança de onze para quinze.

    O artigo 27 emendado estipula que as decisões do Conselho de Segurança sobre questões de procedimento sejam efetuadas pelo voto afirmativo de nove membros (anteriormente sete) e, sobre todas as demais questões, pelo voto afirmativo de nove membros (anteriormente sete), incluindo-se entre eles os votos dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança.

    A emenda ao artigo 61, que entrou em vigor a 31 de agosto de 1965, eleva o número de membros do Conselho Econômico e Social de dezoito para vinte e sete. A emenda subsequente a este artigo, que entrou em vigor a 24 de setembro de 1973, elevou posteriormente o número de membros do Conselho para cinquenta e quatro.

    A emenda ao artigo 109, relacionada com o primeiro parágrafo do referido artigo, estipula que uma Conferência Geral de Estados-membros, convocada com a finalidade de rever a Carta, poderá efetuar-se em lugar e data a serem fixados pelo voto de dois terços dos membros da Assembleia Geral e pelo voto de nove membros quaisquer (anteriormente sete) do Conselho de Segurança.

    O parágrafo 3 do artigo 109, sobre uma possível revisão da Carta durante a décima sessão da Assembleia Geral, mantém-se em sua forma original, quando se refere a um “voto de sete membros quaisquer do Conselho de Segurança”, havendo o referido parágrafo sido aplicado em 1955 pela Assembleia Geral durante sua décima sessão ordinária e pelo Conselho de Segurança.

    https://brasil.un.org/pt-br/91220-carta-das-nacoes-unidas