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Prova IBADE - 2016 - IABAS - Enfermeiro


ID
3366685
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão .

Casa de pensão

João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa. 
    Ao chegar foi direto à mulher [...] 
    - Sabes? disse ele, sem transição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo.[...] 
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único e tem a herdar uma fortuna! [...] 
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama. 
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano. 
    - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o Amâncio!... A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório. 
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! [...] 
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à     Amelinha; a mim não fica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. [...] 
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho. 
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir. 
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”    
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher! [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça! 

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário; 
Meteu-se nas encolhas: calou-se.

Mme. Brizard fica incumbida de falar com Amélia sobre o plano do casamento. Que argumento ela usa para convencera cunhada?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → Segundo o texto: Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeu-se com a cunhada. Falou-lhe sutilmente no “futuro”, disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”.

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3366688
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão .

Casa de pensão

João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa. 
    Ao chegar foi direto à mulher [...] 
    - Sabes? disse ele, sem transição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo.[...] 
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único e tem a herdar uma fortuna! [...] 
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama. 
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano. 
    - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o Amâncio!... A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório. 
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! [...] 
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à     Amelinha; a mim não fica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. [...] 
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho. 
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir. 
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”    
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher! [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça! 

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário; 
Meteu-se nas encolhas: calou-se.

Percebe-se, pelo fragmento em análise, que:

1. a moça se irritou com os cuidados do irmão que a imaginava uma tola. fria, calculista mas cheia de ilusões românticas,

2. ao apontar a reflexão de Amélia sobre o estratagema que lhe foi apresentado, o narrador oferece ao leitor uma caracterização bastante crua da personagem.
3. Amélia mantinha-se casta ainda, pois sabia que esse era o “bem mais precioso" que tinha para garantir um casamento.

Está correto o que apresenta em:

Alternativas

ID
3366691
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão .

Casa de pensão

João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa. 
    Ao chegar foi direto à mulher [...] 
    - Sabes? disse ele, sem transição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo.[...] 
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único e tem a herdar uma fortuna! [...] 
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama. 
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano. 
    - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o Amâncio!... A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório. 
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! [...] 
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à     Amelinha; a mim não fica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. [...] 
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho. 
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir. 
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”    
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher! [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça! 

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário; 
Meteu-se nas encolhas: calou-se.

Sobre os elementos destacados do fragmento “Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens", leia as afirmativas.

I. O segundo QUE é uma conjunção adverbial.
II A palavra ELA é um pronome pessoal do caso oblíquo.
III. OUTRA é um pronome adjetivo indefinido.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → “Outra, que fosse, quanto mais – ela, que conhecia os homens”

    I. O segundo QUE é uma conjunção adverbial → incorreto, é um pronome relativo e retoma o pronome pessoal "ela".

    II. A palavra ELA é um pronome pessoal do caso oblíquo → correto, pronome pessoal do caso oblíquo representando a 3ª pessoa do singular.

    III. OUTRA é um pronome adjetivo indefinido → incorreto, é um pronome indefinido substantivo (=ele substitui um substantivo, o pronome indefinido adjetivo acompanha um substantivo).

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3366694
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão .

Casa de pensão

João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa. 
    Ao chegar foi direto à mulher [...] 
    - Sabes? disse ele, sem transição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo.[...] 
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único e tem a herdar uma fortuna! [...] 
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama. 
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano. 
    - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o Amâncio!... A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório. 
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! [...] 
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à     Amelinha; a mim não fica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. [...] 
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho. 
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir. 
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”    
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher! [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça! 

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário; 
Meteu-se nas encolhas: calou-se.

O segmento “Ás vezes tinha vontade de acabar com isso. "Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!" está substancialmente marcado pelo uso do:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se – ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”

    → Verbo conjugado na 3ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo (=fato como não concluído, situando-o em um espaço de tempo simultâneo a um ponto de referência passado).

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3366697
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão .

Casa de pensão

João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa. 
    Ao chegar foi direto à mulher [...] 
    - Sabes? disse ele, sem transição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo.[...] 
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único e tem a herdar uma fortuna! [...] 
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama. 
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano. 
    - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o Amâncio!... A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório. 
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! [...] 
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à     Amelinha; a mim não fica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. [...] 
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho. 
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir. 
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”    
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher! [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça! 

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário; 
Meteu-se nas encolhas: calou-se.

Do ponto de vista da norma culta, a única substituição que poderia ser feita, sem alteração de valor semântico e linguístico, seria:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    → “ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!” = ela era muito capaz de enfiá-los a todos pelo ouvido de uma agulha!

    → Temos um verbo no infinitivo impessoal, pode ocorrer próclise ou ênclise, com terminações em -r, -s e -z (=essas letras saem e usa-se -lo(s), -la(s)).

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3366700
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão .

Casa de pensão

João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa. 
    Ao chegar foi direto à mulher [...] 
    - Sabes? disse ele, sem transição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo.[...] 
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único e tem a herdar uma fortuna! [...] 
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama. 
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano. 
    - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o Amâncio!... A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório. 
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! [...] 
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à     Amelinha; a mim não fica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. [...] 
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho. 
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir. 
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”    
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher! [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça! 

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário; 
Meteu-se nas encolhas: calou-se.

No fragmento “E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.” as orações estabelecem entre si uma relação de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    → “E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.” 

    → Temos uma ideia de causa/efeito, consequência; o fato de (causa) Amélia refletir no caso fez com que (consequência/efeito) se revoltasse contra a reserva do irmão.

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3366703
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão .

Casa de pensão

João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa. 
    Ao chegar foi direto à mulher [...] 
    - Sabes? disse ele, sem transição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo.[...] 
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único e tem a herdar uma fortuna! [...] 
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama. 
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano. 
    - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o Amâncio!... A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório. 
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! [...] 
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à     Amelinha; a mim não fica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. [...] 
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho. 
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir. 
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”    
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher! [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça! 

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário; 
Meteu-se nas encolhas: calou-se.

A primeira oração do segmento “se não abrirmos os olhos... adeus casamento!”, como efeito expressivo, apresenta um(a):

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → “se não abrirmos os olhos... adeus casamento!”

    → Temos uma relação metafórica, utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças, no caso, refere-se ao fato de observar a verdade dos fatos.

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Eu enxergo EXAGERO.


ID
3366706
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão .

Casa de pensão

João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa. 
    Ao chegar foi direto à mulher [...] 
    - Sabes? disse ele, sem transição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo.[...] 
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único e tem a herdar uma fortuna! [...] 
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama. 
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano. 
    - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o Amâncio!... A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório. 
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! [...] 
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à     Amelinha; a mim não fica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. [...] 
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho. 
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir. 
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”    
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher! [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça! 

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário; 
Meteu-se nas encolhas: calou-se.

Os termos destacados em “SE a supunham uma toleirona, enganavam-SE.", no contexto, são, respectivamenie:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se – ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”

    → Temos uma conjunção subordinativa adverbial condicional (=equivale a "caso") e logo após um pronome reflexivo, ele equivale a "si mesmos" (=engavam a si mesmos).

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3366709
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão .

Casa de pensão

João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa. 
    Ao chegar foi direto à mulher [...] 
    - Sabes? disse ele, sem transição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo.[...] 
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único e tem a herdar uma fortuna! [...] 
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama. 
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano. 
    - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o Amâncio!... A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório. 
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! [...] 
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à     Amelinha; a mim não fica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. [...] 
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho. 
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir. 
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”    
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher! [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça! 

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário; 
Meteu-se nas encolhas: calou-se.

Considere as seguintes afirmações sobre aspectos da construção do texto:

I. Na frase " - Ora, continuou o OUTRO gravemente.", o termo destacado é um substantivo.
II. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A, em todas as ocorrências do trecho “Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único e tem a herdar uma fortuna!", deveria ser acentuado.
III. Na frase “Às vezes tinha vontade de acabar com ISSO.", refere-se a “Que diabo significavam tais cautelas?"

Está correto o que se afirma apenas em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    I. Na frase “– Ora, continuou o OUTRO gravemente.”, o termo destacado é um substantivo → A palavra "OUTRO" na oração está precedida de um determinante (o artigo definido "o"), o que pelo processo de derivação imprópria modifica a classe gramatical do termo em destaque, passa a ser um substantivo.

    II. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A, em todas as ocorrências do trecho “Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único e tem a herdar uma fortuna!”, deveria ser acentuado → incorreto, somente a preposição presente, não temos crase antes de verbo.

    III. Na frase “Às vezes tinha vontade de acabar com ISSO.”, refere-se a “Que diabo significavam tais cautelas?” → incorreto, o pronome demonstrativo "isso" tem caráter anafórico e retoma toda a situação vivida, acabar com aquela situação.

    ✓ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Sobre a assertiva III:

    "Isso" é um pronome demonstrativo ANAFÓRICO e, portanto, retoma uma expressão já citada no texto, a qual não poderia vir depois (exceto incorreção gramatical). Quando se fala "isso", há que se retornar no texto para encontrar seu referencial.

    Há os pronomes CATAFÓRICOS, que inserem o termo a que se referem posteriormente, como: isto. E os termos DÊITICOS, que precisam ser encontrados ou recuperados no contexto, pois estão fora do discurso.

    Todos fazem parte da coesão referêncial, sendo os dois primeiros do conjunto EXOFÓRICO e o último ENDOFÓRICO. Só agregando... bons estudos!

    Gabarito: D.


ID
3366712
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão .

Casa de pensão

João Coqueiro, quando saiu do Hote! dos Príncipes na manhã do almoço, ia preocupado [...] e correu logo para casa. 
    Ao chegar foi direto à mulher [...] 
    - Sabes? disse ele, sem transição , assentando-se ao rebordo da cama. - É preciso arranjarmos cômodo para um rapaz que há de vir por ai domingo.[...] 
    - É um achado precioso! Ainda não há dois meses que chegou do Norte, anda às apalpadelas! Estivemos a conversar por muito tempo: - é filho único e tem a herdar uma fortuna! [...] 
    Mme. Brizard escutava, sem despregar os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos apoiando-se no espaldar da cama. 
    - Ora, continuou o outro gravemente. - Nós temos de pensar no futuro de Amelinha... ela entrou já nos vinte e três!... se não abrirmos os olhos... adeus casamento! 
    - Mas daí... perguntou a mulher, fugindo a participar da confiança que o marido revelava naquele plano. 
    - Daí - é que tenho cá um palpite! explicou ele. 
    - Não conheces o Amâncio!... A gente leva-o para onde quiser!... Um simplório, mas o que se pode chamar um simplório. 
    Mme. Brizard fez um gesto de dúvida. 
    - Afianço-te, volveu Coqueiro - que, se o metermos em casa e se conduzirmos o negócio com um certo jeito, não lhe dou três meses de solteiro! [...] 
    - Negócio decidido! A questão é arranjar-lhe o cômodo, e já! Tu - fala com franqueza à     Amelinha; a mim não fica bem... [...] 
    Nessa mesma tarde Mme. Brizard entendeuse com a cunhada. Falou-ihe sutilmente no “futuro", disse-lhe que “uma menina pobre, fosse quanto fosse bonita, só com muita habilidade e alguma esperteza poderia apanhar um marido rico”. [...] 
    Amélia riu, concentrou-se um instante e prometeu fazer o que estivesse no seu alcance, para agradar ao tal sujeitinho. 
    Ardia, com efeito, por achar marido, por se tornar dona de casa. A posição subordinada de menina solteira não se compadecia com a sua idade e com as desenvolturas do seu espírito. Graças ao meio em que se desenvolveu, sabia perfeitamente o que era pão e o que era queijo; por conseguinte as precauções e as reservas, que o irmão tomava para com ela, faziam-na sorrir. 
    Às vezes tinha vontade de acabar com isso. “Que diabo significavam tais cautelas?... Se a supunham uma toleirona, enganavam-se - ela era muito capaz de os enfiar a todos pelo ouvido de uma agulha!”    
    - Agora, por exemplo, neste caso do tal Amâncio, que custava ao Coqueiro explicar-se com ela francamente?. ..[...] Mas, não senhor! - meteu-se nas encolhas e entregou tudo nas mãos da mulher! [...]
    E Amélia, quanto mais refletia no caso, tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.
    - Ele já a devia conhecer melhor! pelo menos já devia saber que aquela que ali estava era incapaz de cair em qualquer asneira; aquela não “dava ponto sem nó”. Outra, que fosse, quanto mais - ela, que conhecia os homens, como quem conhece a palma das próprias mãos! - Ela, que vira de perto, com os seus olhos de virgem, toda a sorte de tipos! - ela, que lhes conhecia as manhas, que sabia das lábias empregadas pelos velhacos para obter o que desejam e o modo pelo qual se portam [...]! - Ela! tinha graça! 

AZEVEDO, Aluisio. Casa de pensão. São Paulo: Ática, 1992, p.71-73. (Fragmento).

Vocabulário; 
Meteu-se nas encolhas: calou-se.

De acordo com os estudos de regência verbal e com o padrão culto da língua, leia as afirmações sobre os verbos destacados em “Mme. Brizard ESCUTAVA, sem DESPREGAR os olhos de um ponto, os pés cruzados e com uma das mãos APOIANDO-se no espaldarda cama.”.

I. As três formas verbais são núcleos do predicado das orações a que pertencem.
II. Os três verbos indicam, basicamente, o estado das coisas.
III. O terceiro verbo é significativo e necessita de complemento.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    I. Certo. o núcleo do predicado verbal será o próprio verbo

    II.Errado. todos os verbos são significativos, não indicam o estado das coisas

    III. Errado. é significativo, mas não necessita de complemento (eu acredito que o "no espaldar da cama" é um adjunto adverbial de lugar e, por isso, pode ser removido. Se alguém souber explicar melhor essa última, eu agradeço)

  • Fiquei com dúvidas nessa última, alguém pode ajudar?


ID
3366715
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Considerando os fundamentos e diretrizes da
atenção básica, analise as afirmativas a seguir.

I. A atenção básica deve ter território adstrito, de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais.

II. O estabelecimento de mecanismos que assegurem acessibilidade e acolhimento pressupõe uma lógica de organização do serviço de saúde que regule a entrada do usuário e reduza os serviços de porta aberta.

III. A adscrição dos usuários é um processo de vinculação de pessoas e/ou famílias e grupos a profissionais/equipes, com o objetivo de ser referência para o seu cuidado.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas

ID
3366718
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Assinale a alternativa que corresponde a uma responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde em relação à atenção básica.

Alternativas
Comentários
  • Art. 10 Compete às Secretarias Municipais de Saúde a coordenação do componente municipal da Atenção Básica, no âmbito de seus limites territoriais, de acordo com a política, diretrizes e prioridades estabelecidas, sendo responsabilidades dos Municípios e do Distrito Federal:

    X - inserir a Estratégia de Saúde da Família em sua rede de serviços como a estratégia prioritária de organização da Atenção Básica.


ID
3366721
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Conforme recomendação da Política Nacional da Atenção Básica a respeito das especificidades das Equipes de Saúde da Família - ESF analise as afirmativas a seguir.

I. Cada equipe de saúde da família deve ser responsável, no máximo, 3.500 pessoas, sendo a média recomendada de 2.000 pessoas.
II. O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS.
III. Cada profissional de saúde deve ser cadastrado em apenas uma equipe, com exceção do profissional médico que pode atuar em até 3 ESF.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas

ID
3366724
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O “conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema” corresponde à definição do seguinte princípio do SUS:

Alternativas

ID
3366727
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Marque a alternativa que corresponde a uma das prioridades do Pacto pela Vida.

Alternativas

ID
3366730
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A Norma Operacional Básica - NOB 1/96 do SUS teve por finalidade primordial promover e consolidar o(a);

Alternativas
Comentários
  •  A presente Norma Operacional Básica tem por finalidade primordial promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público municipal e do Distrito Federal, da função de gestor da atenção à saúde dos seus munícipes (Artigo 30, incisos V e VII, e Artigo 32, Parágrafo 1º, da Constituição Federal), com a conseqüente redefinição das responsabilidades dos Estados, do Distrito Federal e da União, avançando na consolidação dos princípios do SUS.


ID
3366733
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

De acordo com as disposições legais acerca da aplicação de recursos em ações e serviços públicos de saúde, analise as afirmativas a seguir.

I. Os Estados e o Distrito Federal devem aplicar, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% da arrecadação dos impostos previstos em lei.
II. Os Planos Estaduais de Saúde deverão explicitar a metodologia de alocação dos recursos estaduais e a previsão anual de recursos aos Municípios.
III. Os recursos da União destinados a investimentos nas ações públicas de saúde terão sua programação realizada semestralmente.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas

ID
3366736
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O Decreto n° 7.508/2011 define a Rede de Atenção à Saúde como:

Alternativas
Comentários
  • gab d

    • d-rede de atenção de saúde
    • c-hierarquização (???)
    • a-região de saúde
    • b-serviços especiais de acesso aberto
    •  e-Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite

    dicas desse decreto:

    não confundir art 8º com 20

    tbm n confundir art 5º com art 9º

  • A espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais econômicas e sociais. Região de Saúde - ERRADO

    B serviços de saúde específicos para o atendimento da pessoa que, em razão de agravo ou de situação laborai, necessita de atendimento especial. Serviço Especial de Acesso Aberto - ERRADO

    C modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização e capilaridade. Funções da Atenção Básica nas Redes de Atenção à Saúde - ERRADO

    D conjunto da ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência - Rede de Atenção à Saúde - CORRETO

    E foro de negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único de Saúde. - Comissões Intergestores - ERRADO


ID
3366739
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A Lei n° 8.080/1990 determina que os critérios e valores para a remuneração dos serviços prestados pela iniciativa privada devem ser estabelecidos pela direção nacional do SUS e aprovados pelo(a):

Alternativas

ID
3366742
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir em relação aos Conselhos de Saúde:

I. A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde deve ser paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
II. Os Conselhos de Saúde são instâncias responsáveis por avaliar a situação de saúde e proporás diretrizes para a formulação da política de saúde.
III Os Conselhos de Saúde devem se reunir a cada dois anos com representação majoritária dos profissionais de saúde.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas

ID
3366745
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Conforme a Lei n° 9.263, de 12 de janeiro de 1996 que regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências, somente é permitida a esterilização voluntária na seguinte situação:

Alternativas
Comentários
  • Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce.

  • Gabarito: Letra E.

    De acordo com Lei n° 9.263, de 12 de janeiro de 1996

    Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências.

     "Art. 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações:

           I - em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 ( vinte e cinco anos ) de idade ou, pelo menos, com 2 ( dois ) filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 ( sessenta dias) entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce;

        


ID
3366748
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Em todas as consultas de pré-natal, deve-se determinar o peso e calcular o índice de massa corporal (IMC), monitorando o ganho de peso corporal. A recomendação de ganho de peso (kg) total na gestação em uma gestante com IMC maior que 30 kg/m² é:

Alternativas
Comentários
  • 30 kg/m² = obesidade, ganho de peso recomendado é de 5,0 a 9,0


ID
3366751
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

São fatores de risco que indicam o encaminhamento da gestante à urgência/ emergência obstétrica:

Alternativas

ID
3366754
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A introdução de alimentos na dieta da criança deve complementar as numerosas qualidades e funções do leite materno. Com qual idade e como se deve iniciara alimentação complementar?

Alternativas

ID
3366757
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Apesar da acentuada diminuição da ocorrência de tracoma nas últimas décadas, o agravo persiste acometendo especialmente populações carentes de todas as regiões do país, sendo importante que a equipe de saúde conheça suas manifestações clínicas e formas de transmissão. Sabendo disso marque a alternativa que corresponde às suas formas de transmissão.

Alternativas
Comentários
  •  Tracoma é a presença da bactéria C. trachomatis em contato com a conjuntiva ocular, que produz uma reação inflamatória difusa na pálpebra superior, com o aparecimento de folículos.

    Agente etiológico: bactéria gram-negativa Chlamydia trachomatis, de vida intracelular obrigatória, dos sorotipos A, B, Ba e C

    Em geral, o indivíduo com tracoma apresenta os seguintes sinais e sintomas:

  • O tracoma é uma afecção inflamatória ocular crônica.

    A principal forma de transmissão é a direta, de olho a olho, ou indireta, através de objetos contaminados (toalhas, lenços, fronhas etc.). Alguns insetos, como a mosca doméstica (Musca Foto 1 - Raspado conjuntival, coloração de Giemsa - inclusões oto 1 citoplasmáticas - corpúsculo reticular da Clamídia 15 domestica) e/ou a lambe-olhos ( mestica Hippelates sp.), podem atuar como Hippelates sp vetores mecânicos. A transmissão só é possível quando existirem as lesões ativas, sendo maior no início da doença, e quando existirem infecções bacterianas associadas.

    Manual de Controle do Tracoma / elaborado por Oswaldo Monteiro de Barros... [et al]. Brasília : Ministério da Saúde : Fundação Nacional de Saúde, 2001. 56 p


ID
3366760
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

É uma doença que deve ser notificada ao setor de vigilância epidemiológica e investigada obrigatoriamente:

Alternativas
Comentários
  • QUESTÃO DESATUALIZADA.

    a lista nacional de doenças de notificação compulsória foi atualizada em 2020

    PORTARIA Nº 264, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2020 Altera a Portaria de Consolidação nº 4/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir a doença de Chagas crônica, na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional.

    Art. 1º Esta Portaria inclui, na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, a doença de Chagas crônica, a criptococose, a esporotricose humana e a paracoccidioidomicose.


ID
3366763
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Os procedimentos para a administração da vacina por via intradérmica são:

Alternativas

ID
3366766
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O HIV apresenta um neurotropismo bastante acentuado, levando, frequentemente, ao aparecimento de síndromes neurológicas especificas, particularmente nas fases mais avançadas da infecção. São manifestações neurológicas mais frequentes:

Alternativas

ID
3366769
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Se um indivíduo, ao ser diagnosticado com diabetes mellitus, não alcançar a meta glicêmíca em até três meses com as medidas não farmacológicas, o tratamento preferencial é acrescentar a metformina no plano terapêutico, devido aos seus muitos benefícios. As contraindicações para o uso de metformina têm se reduzido com a maior experiência de uso, mas mantém-se a contraindicação em pacientes com:

Alternativas

ID
3366772
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A insulina de ação intermediária ou NPH tem como início de ação e duração, respectivamente:

Alternativas

ID
3366775
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Os anti-hipertensivos são geralmente bem tolerados, entretanto cerca de um terço dos doentes atribui sintomas a estes fármacos, quando em tratamento de longo prazo. O reconhecimento dessas queixas e adequada orientação são necessários, pois eventos indesejáveis são causa frequente de falta de adesão ao tratamento. Sabendo disso, marque a alternativa que apresenta alguns dos efeitos adversos dos antiadrenérgicos de ação central.

Alternativas

ID
3366778
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A maioria dos indivíduos com hipertensão possui a elevação persistente da pressão arterial como resultado de uma desregulação do mecanismo de controle homeostático da pressão, o que a define como essencial. Já a HAS secundária possui causa definida, que é potencialmente tratável e/ou curável, acometendo menos de 3% dos hipertensos. A correta avaliação destes pacientes é fundamental, visto que pode determinar a interrupção dos anti-hipertensivos. As causas mais comuns de HAS secundária são as:

Alternativas

ID
3366781
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

No estágio invasor do câncer do colo do útero as principais manifestações clínicas são:

Alternativas

ID
3366784
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A mamografia e o exame clínico das mamas (ECM) são os métodos preconizados para o rastreamento de câncer de mama na rotina de atenção integral â saúde da mulher. Marque a alternativa que apresenta a população-alvo e a periodicidade dos exames no rastreamento do câncer de mama corretas.

Alternativas
Comentários
  • Mulheres de 40 a 49 anos = ECM anual e, se alterado, mamografia

    Mulheres de 50 a 69 anos = ECM anual e mamografia a cada dois anos

    Mulheres de 35 anos ou mais com risco elevado = ECM e mamografia anual

    Fonte: Controle dos câncres do colo de útero e mama. MS,2013


ID
3366787
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O carcinoma de células renais representa mais de 90% dos processos malignos renais em adultos, sendo importante sua identificação precoce. Os sinais e sintomas clássicos são:

Alternativas

ID
3366790
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Um dos fatores de risco para a doença arterial coronária é:

Alternativas

ID
3366793
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O exame de urina simples (EAS) avalia as características físicas da urina e revela através de sua interpretação a presença de possíveis doenças. Adensidadeda urina menor que 1,005 é típica em:

Alternativas

ID
3366796
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A gravidez é um período que provoca muitas alterações no corpo da mulher, este período vai desde a fecundação até o nascimento. As principais queixas das gestantes no segundo trimestre da gestação são:

Alternativas

ID
3366799
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Considera-se ter ocorrido abortamento quando há interrupção da gestação:

Alternativas

ID
3366802
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O tempo de protrombina (TP) é um exame realizado com intuito de determinar o tempo necessário para que se forme um trombo de fibrina em uma amostra de plasma com citrato. O resultado normal esperado para o tempo de protrombina deve variar de:

Alternativas
Comentários
  • Tempo de protrombina (PT) : valor normal: 11 a 12,5 s

    Fonte: Brunner e Suddarth.

    Mas o gabarito da banca é a letra E.


ID
3366805
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Além de encaminhar a criança para consulta odontológica, toda a equipe de saúde deve estar apta a dar informações adequadas aos pais e aos cuidadores sobre a saúde bucal das crianças. A primeira informação importante é sobre a cronologia da erupção dentária. Com relação a isso marque a alternativa correta.

Alternativas

ID
3366808
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O desenvolvimento infantil se dá à medida que a criança vai crescendo e vai se desenvolvendo de acordo com os meios onde vive e os estímulos deles recebido. A criança é capaz de sentar-se sem apoio:

Alternativas

ID
3366811
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem

As equipes de saúde da família (ESF) trabalham com uma população adscrita, ou seja, com um número fixo de famílias. De uma forma geral, recomenda-se que cada ESF assista de:

Alternativas

ID
3366814
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A temperatura é um importante sinal vital e sua alteração pode indicar o acometimento por alguma doença. É considerado pirexia quando a temperatura estiver entre:

Alternativas

ID
3366817
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Umas das atribuições do Enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família no controle da doença de Chagas é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B.

     

     

    De acordo com o CAB nº 22 Vigilância em Saúde.Zoonoses.MS.Brasília-DF.2009

     

     

    2.13 ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA / SAÚDE DA FAMÍLIA NO CONTROLE DA DOENÇA DE CHAGAS (DC)

     

    a) Errada.

    2.13.3 Atribuições do agente de combate a endemias (ACE)

    • Identificar e encaminhar os casos de febre à Unidade Básica de Saúde.

     

    b) Correta.

    2.13.5 Atribuições do enfermeiro 

    • Gerenciar os insumos necessários para o diagnóstico e tratamento adequado dos casos agudos e crônicos; 

     

    c) Errada.

    2.13.6 Atribuições do médico 

    • Solicitar os exames complementares conforme rotina e os adicionais quando forem necessários;

     

    d) Errada.

    2.13.4 Atribuições do microscopista

    • Enviar os boletins de notificação para digitação;

     

    e) Errada.

    2.13.7 Atribuições do auxiliar e do técnico de enfermagem 

    • Auxiliar na coleta e encaminhamento de exames, se necessário;

  • Atualização !!!!

     

     

    Portaria do MS nº 1.061/2020 Doença de Chagas crônica Lista nacional de DNC Notificação Semanal.

     

    Portaria do MS nº 204/2016 Doença de Chagas aguda Notificação Imediata para SES e MS.


ID
3366820
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A deficiência por vitamina A é responsável por uma série de problemas de saúde, podendo causar, principalmente:

Alternativas

ID
3366823
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

As formas de sofrimento mental puerperal devem ser diagnosticadas e assistidas precocemente, a fim de auxiliar em uma relação mãe-bebê satisfatória no âmbito familiar, social, físico e psicológico. Em geral, as alterações emocionais repercutem na interação mãe-filho de forma negativa e promovem um desgaste na relação com os familiares e na vida afetiva do casal. Com relação aos sofrimentos mentais marque a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • questao sem gabarito!!!! tristeza puerperal ocorre de 50% a 80% das mulheres!!! segundo cad 32 pag267!!!


ID
3366826
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A dengue é uma doença única, sistêmica e dinâmica. Isso significa que a doença pode evoluir para remissão dos sintomas ou agravar-se exigindo constante reavaliação e observação, para que as intervenções sejam oportunas e que os óbitos não ocorram. Antes que ocorra o agravamento da dengue, alguns sinais de alarme podem surgir. Por meio destes sinais se tem conseguido identificar os pacientes que podem evoluir para uma forma grave da doença, com a intenção de prevenir gravidade e reduzir a mortalidade por dengue. Alguns desses sinais de alarme são:

Alternativas

ID
3366829
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

No trabalho de parto o primeiro cuidado que o enfermeiro deve ter com o recém-nascido, é:

Alternativas

ID
3366832
Banca
IBADE
Órgão
IABAS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A doença que tem como agente etiológico a Bordetella pertussis, é a denominada:

Alternativas