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Prova Aeronáutica - 2017 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Mecânica


ID
2458822
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                             Cumulonimbus-informáticos

      Há, pairando sobre nossas cabeças, gigantescas nuvens informacionais, ameaçando-nos com seus raios, trovões e ventanias. As tormentas já iniciam suas precipitações e começam a cair sobre nós. Nós somos o seu elemento. A faísca que produz o ribombar do trovão e a própria tempestade.

1.    Que estamos fazendo com nossos sistemas cibernético-informacionais? Acaso paramos de pensar autonomamente com nossas próprias cabeças? Quiçá cessamos de procurar e manter o conhecimento por nós mesmos, intuitivamente, sensivelmente, abdutivamente, humanamente – como sempre fizemos, indagamos –, de buscar o sentido, o significado, a importância e a razão seminal de tudo que há à nossa volta? Daquilo que foi concebido, refletido e significado axiologicamente através dos tempos imemoriais, entregando tudo isso “de bandeja” – o melhor de nós e de nossa civilização – às máquinas e aos sistemas informacionais que nós mesmos construímos e usamos? Seria isso – resumidamente – o que está a ocorrer conosco nesses dias velozes e acríticos que vivemos na atualidade?

2.    Você que me lê, por exemplo, nesse exato momento, não tem mais sequer que pensar, raciocinar, localizar-se por si, com livre arbítrio e autonomia, pois há – certamente – um aplicativo muito prático e conveniente fazendo isso por você, e muito mais, o tempo todo. Substituindo-nos acintosamente, explicitamente, trivialmente, das tarefas mais banais até às mais complexas, delicadas e especializadas. E nós ainda nos tranquilizamos em saber que, se ocorrer algo de fato importante no nosso planeta, e até fora dele, seremos informados de imediato.

3.    O sistema faz isso quase que automaticamente. Do mesmo modo que não é mais necessário também guardar, anotar ou memorizar nomes e sobrenomes do dia a dia das relações societais, ou ainda direções e caminhos a serem trilhados nas urbes ou fora delas. O mesmo acontece com os dados e as imagens, pois certamente seu celular ou seu tablet pretensamente inteligentes, grandes feras no assunto, fazem isso e muito mais por você.

4.    Uma delícia – convenhamos – e uma tragédia também. Sim, pois na cibercultura, a verdade, a notícia, o valor, a relevância – e, no extremo, o significado, não têm caráter único, sofrem alterações e são ditados pelo sistema e seus incontáveis aparatos. Todavia, o fato refutável que não pode ser ignorado é que estamos completamente deslumbrados com o que criamos, e que acolhemos essas novas tecnologias sem o menor sacrifício.

5.     Não sabemos praticamente quase nada acerca desse novo modo de viver que começamos a cristalizar. Mas é em rede que nos reconhecemos, mensuramos nossas necessidades. E quem não souber decifrar os seus sinais e signos será, simplesmente, tragado por suas imposições, contingências e ressignificações cada vez mais presentes. O que não pode deixar de ser percebido é que uma ubiquidade onipresente está transformando significativamente as relações sociais. E o faz rapidamente. Não é algo simplesmente bom ou ruim, é simplesmente diferente e está marcando a nossa época, os nossos hábitos, a nossa cultura e os nossos tempos.

6.     Bem depois, quando tudo se autodeterminar e se acalmar, em conformidade diametral com as sensibilidades sociais, é que nós poderemos – talvez – verificar o que sobrou do nosso antigo e milenarizado mundo não informatizado, analógico e enciclopédico, aquele ao qual estávamos tão confortavelmente acostumados, e, também, sermos capazes de mensurar que outro mundo novo é esse – cibertecnologizado – que edificamos em seu lugar, mesmo que sejamos críticos em relação a ele ou que nos cause desconforto. O resto são arbitrariedades ou especulações.

      (QUARESMA, Alexandre. Cumulonimbus-Informáticos. Revista Sociologia,

                                                                ano VII, edição 67, p. 65 – Adaptado)

Com a frase “E quem não souber decifrar os sinais e signos [do novo mundo] será, simplesmente, tragado por suas imposições, contingências e ressignificações cada vez mais presentes” (5º §), é possível inferir que o ciberespaço e a cibercultura são realidades

Alternativas
Comentários
  • Olá colegas!

    .

    “E quem não souber decifrar os sinais e signos [do novo mundo] será, simplesmente, tragado por suas imposições, contingências e ressignificações cada vez mais presentes

    Observando os trechos destacados, pode-se concluir que a única allternativa possível é a:

    "C" impositivas e irretrocedíveis.


ID
2458843
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Há significantes que não possuem marcas de número, quer no singular quer no plural, pois se mostram alheios à classe gramatical de número. Qual das palavras citadas exemplifica esse enunciado?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito:Letra A - Xis - substantivo de dois números

     

    Giz - gizes

     

    Funil - funis

     

    Gérmen -  gérmens/germenes

     

    Fonte: https://www.dicio.com.br

  • Em outra língua, qual palavra é invariável? Hehe.


ID
2458993
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Cumulonimbus-informáticos

      Há, pairando sobre nossas cabeças, gigantescas nuvens informacionais, ameaçando-nos com seus raios, trovões e ventanias. As tormentas já iniciam suas precipitações e começam a cair sobre nós. Nós somos o seu elemento. A faísca que produz o ribombar do trovão e a própria tempestade.

1.   Que estamos fazendo com nossos sistemas cibernético-informacionais? Acaso paramos de pensar autonomamente com nossas próprias cabeças? Quiçá cessamos de procurar e manter o conhecimento por nós mesmos, intuitivamente, sensivelmente, abdutivamente, humanamente – como sempre fizemos, indagamos –, de buscar o sentido, o significado, a importância e a razão seminal de tudo que há à nossa volta? Daquilo que foi concebido, refletido e significado axiologicamente através dos tempos imemoriais, entregando tudo isso “de bandeja” – o melhor de nós e de nossa civilização – às máquinas e aos sistemas informacionais que nós mesmos construímos e usamos? Seria isso – resumidamente – o que está a ocorrer conosco nesses dias velozes e acríticos que vivemos na atualidade?

2.   Você que me lê, por exemplo, nesse exato momento, não tem mais sequer que pensar, raciocinar, localizar-se por si, com livre arbítrio e autonomia, pois há – certamente – um aplicativo muito prático e conveniente fazendo isso por você, e muito mais, o tempo todo. Substituindo-nos acintosamente, explicitamente, trivialmente, das tarefas mais banais até às mais complexas, delicadas e especializadas. E nós ainda nos tranquilizamos em saber que, se ocorrer algo de fato importante no nosso planeta, e até fora dele, seremos informados de imediato.

3.   O sistema faz isso quase que automaticamente. Do mesmo modo que não é mais necessário também guardar, anotar ou memorizar nomes e sobrenomes do dia a dia das relações societais, ou ainda direções e caminhos a serem trilhados nas urbes ou fora delas. O mesmo acontece com os dados e as imagens, pois certamente seu celular ou seu tablet pretensamente inteligentes, grandes feras no assunto, fazem isso e muito mais por você.

4.   Uma delícia – convenhamos – e uma tragédia também. Sim, pois na cibercultura, a verdade, a notícia, o valor, a relevância – e, no extremo, o significado, não têm caráter único, sofrem alterações e são ditados pelo sistema e seus incontáveis aparatos. Todavia, o fato refutável que não pode ser ignorado é que estamos completamente deslumbrados com o que criamos, e que acolhemos essas novas tecnologias sem o menor sacrifício.

5.   Não sabemos praticamente quase nada acerca desse novo modo de viver que começamos a cristalizar. Mas é em rede que nos reconhecemos, mensuramos nossas necessidades. E quem não souber decifrar os seus sinais e signos será, simplesmente, tragado por suas imposições, contingências e ressignificações cada vez mais presentes. O que não pode deixar de ser percebido é que uma ubiquidade onipresente está transformando significativamente as relações sociais. E o faz rapidamente. Não é algo simplesmente bom ou ruim, é simplesmente diferente e está marcando a nossa época, os nossos hábitos, a nossa cultura e os nossos tempos.

6.   Bem depois, quando tudo se autodeterminar e se acalmar, em conformidade diametral com as sensibilidades sociais, é que nós poderemos – talvez – verificar o que sobrou do nosso antigo e milenarizado mundo não informatizado, analógico e enciclopédico, aquele ao qual estávamos tão confortavelmente acostumados, e, também, sermos capazes de mensurar que outro mundo novo é esse – cibertecnologizado – que edificamos em seu lugar, mesmo que sejamos críticos em relação a ele ou que nos cause desconforto. O resto são arbitrariedades ou especulações.

(QUARESMA, Alexandre. Cumulonimbus-Informáticos. Revista Sociologia, ano VII, edição 67, p. 65 – Adaptado)

O assunto de que trata o autor no seu texto pode ser considerado, segundo ele

Alternativas
Comentários
  • Para os não assinantes gabarito: A


ID
2459437
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                          Cumulonimbus-informáticos

      Há, pairando sobre nossas cabeças, gigantescas nuvens informacionais, ameaçando-nos com seus raios, trovões e ventanias. As tormentas já iniciam suas precipitações e começam a cair sobre nós. Nós somos o seu elemento. A faísca que produz o ribombar do trovão e a própria tempestade.

1. Que estamos fazendo com nossos sistemas cibernético-informacionais? Acaso paramos de pensar autonomamente com nossas próprias cabeças? Quiçá cessamos de procurar e manter o conhecimento por nós mesmos, intuitivamente, sensivelmente, abdutivamente, humanamente – como sempre fizemos, indagamos –, de buscar o sentido, o significado, a importância e a razão seminal de tudo que há à nossa volta? Daquilo que foi concebido, refletido e significado axiologicamente através dos tempos imemoriais, entregando tudo isso “de bandeja” – o melhor de nós e de nossa civilização – às máquinas e aos sistemas informacionais que nós mesmos construímos e usamos? Seria isso – resumidamente – o que está a ocorrer conosco nesses dias velozes e acríticos que vivemos na atualidade?

2. Você que me lê, por exemplo, nesse exato momento, não tem mais sequer que pensar, raciocinar, localizar-se por si, com livre arbítrio e autonomia, pois há – certamente – um aplicativo muito prático e conveniente fazendo isso por você, e muito mais, o tempo todo. Substituindo-nos acintosamente, explicitamente, trivialmente, das tarefas mais banais até às mais complexas, delicadas e especializadas. E nós ainda nos tranquilizamos em saber que, se ocorrer algo de fato importante no nosso planeta, e até fora dele, seremos informados de imediato.

3. O sistema faz isso quase que automaticamente. Do mesmo modo que não é mais necessário também guardar, anotar ou memorizar nomes e sobrenomes do dia a dia das relações societais, ou ainda direções e caminhos a serem trilhados nas urbes ou fora delas. O mesmo acontece com os dados e as imagens, pois certamente seu celular ou seu tablet pretensamente inteligentes, grandes feras no assunto, fazem isso e muito mais por você.

4. Uma delícia – convenhamos – e uma tragédia também. Sim, pois na cibercultura, a verdade, a notícia, o valor, a relevância – e, no extremo, o significado, não têm caráter único, sofrem alterações e são ditados pelo sistema e seus incontáveis aparatos. Todavia, o fato refutável que não pode ser ignorado é que estamos completamente deslumbrados com o que criamos, e que acolhemos essas novas tecnologias sem o menor sacrifício.

5. Não sabemos praticamente quase nada acerca desse novo modo de viver que começamos a cristalizar. Mas é em rede que nos reconhecemos, mensuramos nossas necessidades. E quem não souber decifrar os seus sinais e signos será, simplesmente, tragado por suas imposições, contingências e ressignificações cada vez mais presentes. O que não pode deixar de ser percebido é que uma ubiquidade onipresente está transformando significativamente as relações sociais. E o faz rapidamente. Não é algo simplesmente bom ou ruim, é simplesmente diferente e está marcando a nossa época, os nossos hábitos, a nossa cultura e os nossos tempos.

6. Bem depois, quando tudo se autodeterminar e se acalmar, em conformidade diametral com as sensibilidades sociais, é que nós poderemos – talvez – verificar o que sobrou do nosso antigo e milenarizado mundo não informatizado, analógico e enciclopédico, aquele ao qual estávamos tão confortavelmente acostumados, e, também, sermos capazes de mensurar que outro mundo novo é esse – cibertecnologizado – que edificamos em seu lugar, mesmo que sejamos críticos em relação a ele ou que nos cause desconforto. O resto são arbitrariedades ou especulações.

(QUARESMA, Alexandre. Cumulonimbus-Informáticos. Revista Sociologia, ano VII, edição 67, p. 65 – Adaptado)

Relacionando o título, a epígrafe e o texto em si, pode-se afirmar que o autor

Alternativas

ID
2459440
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                          Cumulonimbus-informáticos

      Há, pairando sobre nossas cabeças, gigantescas nuvens informacionais, ameaçando-nos com seus raios, trovões e ventanias. As tormentas já iniciam suas precipitações e começam a cair sobre nós. Nós somos o seu elemento. A faísca que produz o ribombar do trovão e a própria tempestade.

1. Que estamos fazendo com nossos sistemas cibernético-informacionais? Acaso paramos de pensar autonomamente com nossas próprias cabeças? Quiçá cessamos de procurar e manter o conhecimento por nós mesmos, intuitivamente, sensivelmente, abdutivamente, humanamente – como sempre fizemos, indagamos –, de buscar o sentido, o significado, a importância e a razão seminal de tudo que há à nossa volta? Daquilo que foi concebido, refletido e significado axiologicamente através dos tempos imemoriais, entregando tudo isso “de bandeja” – o melhor de nós e de nossa civilização – às máquinas e aos sistemas informacionais que nós mesmos construímos e usamos? Seria isso – resumidamente – o que está a ocorrer conosco nesses dias velozes e acríticos que vivemos na atualidade?

2. Você que me lê, por exemplo, nesse exato momento, não tem mais sequer que pensar, raciocinar, localizar-se por si, com livre arbítrio e autonomia, pois há – certamente – um aplicativo muito prático e conveniente fazendo isso por você, e muito mais, o tempo todo. Substituindo-nos acintosamente, explicitamente, trivialmente, das tarefas mais banais até às mais complexas, delicadas e especializadas. E nós ainda nos tranquilizamos em saber que, se ocorrer algo de fato importante no nosso planeta, e até fora dele, seremos informados de imediato.

3. O sistema faz isso quase que automaticamente. Do mesmo modo que não é mais necessário também guardar, anotar ou memorizar nomes e sobrenomes do dia a dia das relações societais, ou ainda direções e caminhos a serem trilhados nas urbes ou fora delas. O mesmo acontece com os dados e as imagens, pois certamente seu celular ou seu tablet pretensamente inteligentes, grandes feras no assunto, fazem isso e muito mais por você.

4. Uma delícia – convenhamos – e uma tragédia também. Sim, pois na cibercultura, a verdade, a notícia, o valor, a relevância – e, no extremo, o significado, não têm caráter único, sofrem alterações e são ditados pelo sistema e seus incontáveis aparatos. Todavia, o fato refutável que não pode ser ignorado é que estamos completamente deslumbrados com o que criamos, e que acolhemos essas novas tecnologias sem o menor sacrifício.

5. Não sabemos praticamente quase nada acerca desse novo modo de viver que começamos a cristalizar. Mas é em rede que nos reconhecemos, mensuramos nossas necessidades. E quem não souber decifrar os seus sinais e signos será, simplesmente, tragado por suas imposições, contingências e ressignificações cada vez mais presentes. O que não pode deixar de ser percebido é que uma ubiquidade onipresente está transformando significativamente as relações sociais. E o faz rapidamente. Não é algo simplesmente bom ou ruim, é simplesmente diferente e está marcando a nossa época, os nossos hábitos, a nossa cultura e os nossos tempos.

6. Bem depois, quando tudo se autodeterminar e se acalmar, em conformidade diametral com as sensibilidades sociais, é que nós poderemos – talvez – verificar o que sobrou do nosso antigo e milenarizado mundo não informatizado, analógico e enciclopédico, aquele ao qual estávamos tão confortavelmente acostumados, e, também, sermos capazes de mensurar que outro mundo novo é esse – cibertecnologizado – que edificamos em seu lugar, mesmo que sejamos críticos em relação a ele ou que nos cause desconforto. O resto são arbitrariedades ou especulações.

(QUARESMA, Alexandre. Cumulonimbus-Informáticos. Revista Sociologia, ano VII, edição 67, p. 65 – Adaptado)

Neologismo é um fenômeno que consiste na criação de uma palavra ou de uma expressão novas, portanto, ainda não dicionarizadas, ou na atribuição de um novo sentido a um vocábulo já existente na língua, com a finalidade de enriquecer o patrimônio linguístico de um povo. O título do texto a seguir exemplifica esse fenômeno.

“Cumulonimbus-informáticos” indica, metafórica e simbolicamente, uma grande tormenta se aproximando do homem contemporâneo, que experimenta uma oscilação entre o mundo não informatizado e aquele no qual se encontra ciberneticamente conectado.

PORQUE

Na contemporaneidade, as verdades, mais cedo ou mais tarde, serão superadas ou, no mínimo, ressignificadas, diante do avançar acelerado das técnicas e das tecnologias, embora esse sujeito histórico se mostre ainda resistente em aceitá-las e vivenciá-las nos dias atuais.

Considere o texto e assinale a opção correta a respeito dessas asserções.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B)

    Não entendi porque a proposição II é falsa. É porque o texto não fala em "VERDADES", e sim em "SIGNIFICADOS"?

  • Diego, é porque  a verdade sofrera uma alteração segundo o texto, o que é diferente de ser superadas. "Sim, pois na cibercultura, a verdade, (...) não têm caráter único, sofrem alterações e são ditados pelo sistema e seus incontáveis aparatos."

  • Diego, eu acredito que o erro da segunda é dizer que o "sujeito histórico" se encontra resistente em aceitar. A ideia que o texto passa é de que as mudanças ocorrem naturalmente, nós não resistimos a essas novas tecnologias, pelo contrario, ocorre de forma natural.

  • "Uma delícia – convenhamos"

    "e que acolhemos essas novas tecnologias"

    Asserção II falsa pois o sujeito demonstra vivenciar essas novas tecnologias.

  • contemporaneidade: qualidade ou condição de ser contemporâneo, de existir ao mesmo tempo; coexistência.

    diante do avançar acelerado das técnica

    CONTRADIZ COM

    Sujeito histórico se mostre ainda resistente em aceitá-las e vivenciá-las nos dias atuais

    eu entendi que o sujeito não pertence a esse tempo.


ID
2459446
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                          Cumulonimbus-informáticos

      Há, pairando sobre nossas cabeças, gigantescas nuvens informacionais, ameaçando-nos com seus raios, trovões e ventanias. As tormentas já iniciam suas precipitações e começam a cair sobre nós. Nós somos o seu elemento. A faísca que produz o ribombar do trovão e a própria tempestade.

1. Que estamos fazendo com nossos sistemas cibernético-informacionais? Acaso paramos de pensar autonomamente com nossas próprias cabeças? Quiçá cessamos de procurar e manter o conhecimento por nós mesmos, intuitivamente, sensivelmente, abdutivamente, humanamente – como sempre fizemos, indagamos –, de buscar o sentido, o significado, a importância e a razão seminal de tudo que há à nossa volta? Daquilo que foi concebido, refletido e significado axiologicamente através dos tempos imemoriais, entregando tudo isso “de bandeja” – o melhor de nós e de nossa civilização – às máquinas e aos sistemas informacionais que nós mesmos construímos e usamos? Seria isso – resumidamente – o que está a ocorrer conosco nesses dias velozes e acríticos que vivemos na atualidade?

2. Você que me lê, por exemplo, nesse exato momento, não tem mais sequer que pensar, raciocinar, localizar-se por si, com livre arbítrio e autonomia, pois há – certamente – um aplicativo muito prático e conveniente fazendo isso por você, e muito mais, o tempo todo. Substituindo-nos acintosamente, explicitamente, trivialmente, das tarefas mais banais até às mais complexas, delicadas e especializadas. E nós ainda nos tranquilizamos em saber que, se ocorrer algo de fato importante no nosso planeta, e até fora dele, seremos informados de imediato.

3. O sistema faz isso quase que automaticamente. Do mesmo modo que não é mais necessário também guardar, anotar ou memorizar nomes e sobrenomes do dia a dia das relações societais, ou ainda direções e caminhos a serem trilhados nas urbes ou fora delas. O mesmo acontece com os dados e as imagens, pois certamente seu celular ou seu tablet pretensamente inteligentes, grandes feras no assunto, fazem isso e muito mais por você.

4. Uma delícia – convenhamos – e uma tragédia também. Sim, pois na cibercultura, a verdade, a notícia, o valor, a relevância – e, no extremo, o significado, não têm caráter único, sofrem alterações e são ditados pelo sistema e seus incontáveis aparatos. Todavia, o fato refutável que não pode ser ignorado é que estamos completamente deslumbrados com o que criamos, e que acolhemos essas novas tecnologias sem o menor sacrifício.

5. Não sabemos praticamente quase nada acerca desse novo modo de viver que começamos a cristalizar. Mas é em rede que nos reconhecemos, mensuramos nossas necessidades. E quem não souber decifrar os seus sinais e signos será, simplesmente, tragado por suas imposições, contingências e ressignificações cada vez mais presentes. O que não pode deixar de ser percebido é que uma ubiquidade onipresente está transformando significativamente as relações sociais. E o faz rapidamente. Não é algo simplesmente bom ou ruim, é simplesmente diferente e está marcando a nossa época, os nossos hábitos, a nossa cultura e os nossos tempos.

6. Bem depois, quando tudo se autodeterminar e se acalmar, em conformidade diametral com as sensibilidades sociais, é que nós poderemos – talvez – verificar o que sobrou do nosso antigo e milenarizado mundo não informatizado, analógico e enciclopédico, aquele ao qual estávamos tão confortavelmente acostumados, e, também, sermos capazes de mensurar que outro mundo novo é esse – cibertecnologizado – que edificamos em seu lugar, mesmo que sejamos críticos em relação a ele ou que nos cause desconforto. O resto são arbitrariedades ou especulações.

(QUARESMA, Alexandre. Cumulonimbus-Informáticos. Revista Sociologia, ano VII, edição 67, p. 65 – Adaptado)

No primeiro parágrafo, os vários questionamentos conferem ao texto um tom

Alternativas
Comentários
  • perquirir

    verbo

    transitivo direto e intransitivo

    efetuar investigação escrupulosa; inquirir de maneira minuciosa; esquadrinhar, indagar.

    "perquiria com insistência (os conflitos de sua própria alma)

  • Na boa, não vejo nada que pode ser cobrado dos candidatos com uma questão desta, a não ser a habilidade de chute!!

    Com dicionário, internet, enfim vários meios de pesquisa, qual a finalidade do candidato saber o significado de perquiridor ?

    Seria muito mais válido, cobrarem uma questão de crase, regência, concordância, acentuação gráfica... qualquer coisa que realmente pudesse testar o conhecimento do candidato.

    Mas vida que segue...

    OBS: eu acertei a questão, mas no chute, nunca li, muito menos ouvi essa palavra, na minha vida!!

    LETRA B

  • a) VIPERINO

    Relativo a víbora. Venenoso, peçonhento.

    [Figurado] Mordaz, satírico: palavras viperinas.

    b) PERQUIRIDOR

    Aquele que perquire, que investiga, indaga, que faz uma investigação minuciosa sobre algo ou alguém; investigador.

    c) ENIGMÁTICO

    Relativo, próprio ou característico de enigma, algo difícil de definir.

    [Figurado] Que não é fácil de se compreender; obscuro.


ID
2459449
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                          Cumulonimbus-informáticos

      Há, pairando sobre nossas cabeças, gigantescas nuvens informacionais, ameaçando-nos com seus raios, trovões e ventanias. As tormentas já iniciam suas precipitações e começam a cair sobre nós. Nós somos o seu elemento. A faísca que produz o ribombar do trovão e a própria tempestade.

1. Que estamos fazendo com nossos sistemas cibernético-informacionais? Acaso paramos de pensar autonomamente com nossas próprias cabeças? Quiçá cessamos de procurar e manter o conhecimento por nós mesmos, intuitivamente, sensivelmente, abdutivamente, humanamente – como sempre fizemos, indagamos –, de buscar o sentido, o significado, a importância e a razão seminal de tudo que há à nossa volta? Daquilo que foi concebido, refletido e significado axiologicamente através dos tempos imemoriais, entregando tudo isso “de bandeja” – o melhor de nós e de nossa civilização – às máquinas e aos sistemas informacionais que nós mesmos construímos e usamos? Seria isso – resumidamente – o que está a ocorrer conosco nesses dias velozes e acríticos que vivemos na atualidade?

2. Você que me lê, por exemplo, nesse exato momento, não tem mais sequer que pensar, raciocinar, localizar-se por si, com livre arbítrio e autonomia, pois há – certamente – um aplicativo muito prático e conveniente fazendo isso por você, e muito mais, o tempo todo. Substituindo-nos acintosamente, explicitamente, trivialmente, das tarefas mais banais até às mais complexas, delicadas e especializadas. E nós ainda nos tranquilizamos em saber que, se ocorrer algo de fato importante no nosso planeta, e até fora dele, seremos informados de imediato.

3. O sistema faz isso quase que automaticamente. Do mesmo modo que não é mais necessário também guardar, anotar ou memorizar nomes e sobrenomes do dia a dia das relações societais, ou ainda direções e caminhos a serem trilhados nas urbes ou fora delas. O mesmo acontece com os dados e as imagens, pois certamente seu celular ou seu tablet pretensamente inteligentes, grandes feras no assunto, fazem isso e muito mais por você.

4. Uma delícia – convenhamos – e uma tragédia também. Sim, pois na cibercultura, a verdade, a notícia, o valor, a relevância – e, no extremo, o significado, não têm caráter único, sofrem alterações e são ditados pelo sistema e seus incontáveis aparatos. Todavia, o fato refutável que não pode ser ignorado é que estamos completamente deslumbrados com o que criamos, e que acolhemos essas novas tecnologias sem o menor sacrifício.

5. Não sabemos praticamente quase nada acerca desse novo modo de viver que começamos a cristalizar. Mas é em rede que nos reconhecemos, mensuramos nossas necessidades. E quem não souber decifrar os seus sinais e signos será, simplesmente, tragado por suas imposições, contingências e ressignificações cada vez mais presentes. O que não pode deixar de ser percebido é que uma ubiquidade onipresente está transformando significativamente as relações sociais. E o faz rapidamente. Não é algo simplesmente bom ou ruim, é simplesmente diferente e está marcando a nossa época, os nossos hábitos, a nossa cultura e os nossos tempos.

6. Bem depois, quando tudo se autodeterminar e se acalmar, em conformidade diametral com as sensibilidades sociais, é que nós poderemos – talvez – verificar o que sobrou do nosso antigo e milenarizado mundo não informatizado, analógico e enciclopédico, aquele ao qual estávamos tão confortavelmente acostumados, e, também, sermos capazes de mensurar que outro mundo novo é esse – cibertecnologizado – que edificamos em seu lugar, mesmo que sejamos críticos em relação a ele ou que nos cause desconforto. O resto são arbitrariedades ou especulações.

(QUARESMA, Alexandre. Cumulonimbus-Informáticos. Revista Sociologia, ano VII, edição 67, p. 65 – Adaptado)

Quais estratégias de construção textual, Alexandre Quaresma utiliza em seu artigo?

I – Argumentos que intertextualizam/dialogam com acontecimentos ligados a determinadas áreas do saber.

II – Palavras, expressões ou frases no sentido conotativo e no sentido denotativo de forma proporcional e harmoniosa.

III – Emprego predominante da função fática da linguagem, haja vista a carga informacional privilegiada no texto.

IV – Justaposição de contrastes por meio do uso de advérbios de modo, como no primeiro e no segundo parágrafos.

V – Ponto de vista em 1ª pessoa do plural e do singular, com a finalidade de convencer e de buscar a adesão do leitor.

Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas

ID
2459455
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                          Cumulonimbus-informáticos

      Há, pairando sobre nossas cabeças, gigantescas nuvens informacionais, ameaçando-nos com seus raios, trovões e ventanias. As tormentas já iniciam suas precipitações e começam a cair sobre nós. Nós somos o seu elemento. A faísca que produz o ribombar do trovão e a própria tempestade.

1. Que estamos fazendo com nossos sistemas cibernético-informacionais? Acaso paramos de pensar autonomamente com nossas próprias cabeças? Quiçá cessamos de procurar e manter o conhecimento por nós mesmos, intuitivamente, sensivelmente, abdutivamente, humanamente – como sempre fizemos, indagamos –, de buscar o sentido, o significado, a importância e a razão seminal de tudo que há à nossa volta? Daquilo que foi concebido, refletido e significado axiologicamente através dos tempos imemoriais, entregando tudo isso “de bandeja” – o melhor de nós e de nossa civilização – às máquinas e aos sistemas informacionais que nós mesmos construímos e usamos? Seria isso – resumidamente – o que está a ocorrer conosco nesses dias velozes e acríticos que vivemos na atualidade?

2. Você que me lê, por exemplo, nesse exato momento, não tem mais sequer que pensar, raciocinar, localizar-se por si, com livre arbítrio e autonomia, pois há – certamente – um aplicativo muito prático e conveniente fazendo isso por você, e muito mais, o tempo todo. Substituindo-nos acintosamente, explicitamente, trivialmente, das tarefas mais banais até às mais complexas, delicadas e especializadas. E nós ainda nos tranquilizamos em saber que, se ocorrer algo de fato importante no nosso planeta, e até fora dele, seremos informados de imediato.

3. O sistema faz isso quase que automaticamente. Do mesmo modo que não é mais necessário também guardar, anotar ou memorizar nomes e sobrenomes do dia a dia das relações societais, ou ainda direções e caminhos a serem trilhados nas urbes ou fora delas. O mesmo acontece com os dados e as imagens, pois certamente seu celular ou seu tablet pretensamente inteligentes, grandes feras no assunto, fazem isso e muito mais por você.

4. Uma delícia – convenhamos – e uma tragédia também. Sim, pois na cibercultura, a verdade, a notícia, o valor, a relevância – e, no extremo, o significado, não têm caráter único, sofrem alterações e são ditados pelo sistema e seus incontáveis aparatos. Todavia, o fato refutável que não pode ser ignorado é que estamos completamente deslumbrados com o que criamos, e que acolhemos essas novas tecnologias sem o menor sacrifício.

5. Não sabemos praticamente quase nada acerca desse novo modo de viver que começamos a cristalizar. Mas é em rede que nos reconhecemos, mensuramos nossas necessidades. E quem não souber decifrar os seus sinais e signos será, simplesmente, tragado por suas imposições, contingências e ressignificações cada vez mais presentes. O que não pode deixar de ser percebido é que uma ubiquidade onipresente está transformando significativamente as relações sociais. E o faz rapidamente. Não é algo simplesmente bom ou ruim, é simplesmente diferente e está marcando a nossa época, os nossos hábitos, a nossa cultura e os nossos tempos.

6. Bem depois, quando tudo se autodeterminar e se acalmar, em conformidade diametral com as sensibilidades sociais, é que nós poderemos – talvez – verificar o que sobrou do nosso antigo e milenarizado mundo não informatizado, analógico e enciclopédico, aquele ao qual estávamos tão confortavelmente acostumados, e, também, sermos capazes de mensurar que outro mundo novo é esse – cibertecnologizado – que edificamos em seu lugar, mesmo que sejamos críticos em relação a ele ou que nos cause desconforto. O resto são arbitrariedades ou especulações.

(QUARESMA, Alexandre. Cumulonimbus-Informáticos. Revista Sociologia, ano VII, edição 67, p. 65 – Adaptado)

Assinale a alternativa em que o sentido do termo em destaque, de acordo com o texto, está adequadamente interpretado nos colchetes.

Alternativas
Comentários
  • O que significa a palavra consubstancia?

    Unir ou unir-se numa única substância.

    1. transitivo direto e intransitivo e pronominal
    2. POR METÁFORA
    3. estratificar(-se), imobilizar(-se).
    4. "o sectarismo acabou cristalizando suas opiniões"


ID
2459458
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                          Cumulonimbus-informáticos

      Há, pairando sobre nossas cabeças, gigantescas nuvens informacionais, ameaçando-nos com seus raios, trovões e ventanias. As tormentas já iniciam suas precipitações e começam a cair sobre nós. Nós somos o seu elemento. A faísca que produz o ribombar do trovão e a própria tempestade.

1. Que estamos fazendo com nossos sistemas cibernético-informacionais? Acaso paramos de pensar autonomamente com nossas próprias cabeças? Quiçá cessamos de procurar e manter o conhecimento por nós mesmos, intuitivamente, sensivelmente, abdutivamente, humanamente – como sempre fizemos, indagamos –, de buscar o sentido, o significado, a importância e a razão seminal de tudo que há à nossa volta? Daquilo que foi concebido, refletido e significado axiologicamente através dos tempos imemoriais, entregando tudo isso “de bandeja” – o melhor de nós e de nossa civilização – às máquinas e aos sistemas informacionais que nós mesmos construímos e usamos? Seria isso – resumidamente – o que está a ocorrer conosco nesses dias velozes e acríticos que vivemos na atualidade?

2. Você que me lê, por exemplo, nesse exato momento, não tem mais sequer que pensar, raciocinar, localizar-se por si, com livre arbítrio e autonomia, pois há – certamente – um aplicativo muito prático e conveniente fazendo isso por você, e muito mais, o tempo todo. Substituindo-nos acintosamente, explicitamente, trivialmente, das tarefas mais banais até às mais complexas, delicadas e especializadas. E nós ainda nos tranquilizamos em saber que, se ocorrer algo de fato importante no nosso planeta, e até fora dele, seremos informados de imediato.

3. O sistema faz isso quase que automaticamente. Do mesmo modo que não é mais necessário também guardar, anotar ou memorizar nomes e sobrenomes do dia a dia das relações societais, ou ainda direções e caminhos a serem trilhados nas urbes ou fora delas. O mesmo acontece com os dados e as imagens, pois certamente seu celular ou seu tablet pretensamente inteligentes, grandes feras no assunto, fazem isso e muito mais por você.

4. Uma delícia – convenhamos – e uma tragédia também. Sim, pois na cibercultura, a verdade, a notícia, o valor, a relevância – e, no extremo, o significado, não têm caráter único, sofrem alterações e são ditados pelo sistema e seus incontáveis aparatos. Todavia, o fato refutável que não pode ser ignorado é que estamos completamente deslumbrados com o que criamos, e que acolhemos essas novas tecnologias sem o menor sacrifício.

5. Não sabemos praticamente quase nada acerca desse novo modo de viver que começamos a cristalizar. Mas é em rede que nos reconhecemos, mensuramos nossas necessidades. E quem não souber decifrar os seus sinais e signos será, simplesmente, tragado por suas imposições, contingências e ressignificações cada vez mais presentes. O que não pode deixar de ser percebido é que uma ubiquidade onipresente está transformando significativamente as relações sociais. E o faz rapidamente. Não é algo simplesmente bom ou ruim, é simplesmente diferente e está marcando a nossa época, os nossos hábitos, a nossa cultura e os nossos tempos.

6. Bem depois, quando tudo se autodeterminar e se acalmar, em conformidade diametral com as sensibilidades sociais, é que nós poderemos – talvez – verificar o que sobrou do nosso antigo e milenarizado mundo não informatizado, analógico e enciclopédico, aquele ao qual estávamos tão confortavelmente acostumados, e, também, sermos capazes de mensurar que outro mundo novo é esse – cibertecnologizado – que edificamos em seu lugar, mesmo que sejamos críticos em relação a ele ou que nos cause desconforto. O resto são arbitrariedades ou especulações.

(QUARESMA, Alexandre. Cumulonimbus-Informáticos. Revista Sociologia, ano VII, edição 67, p. 65 – Adaptado)

Leia o fragmento abaixo.

“...na cibercultura, a verdade, a notícia, o valor, a relevância – e, no extremo, o significado, não têm caráter único, sofrem alterações e são ditados pelo sistema e seus incontáveis aparatos.” (4º §)

A reflexão apresentada pelo autor nesse fragmento do texto se coaduna com qual frase de uma personalidade feminina famosa transcrita abaixo?

Alternativas

ID
2459461
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                          Cumulonimbus-informáticos

      Há, pairando sobre nossas cabeças, gigantescas nuvens informacionais, ameaçando-nos com seus raios, trovões e ventanias. As tormentas já iniciam suas precipitações e começam a cair sobre nós. Nós somos o seu elemento. A faísca que produz o ribombar do trovão e a própria tempestade.

1. Que estamos fazendo com nossos sistemas cibernético-informacionais? Acaso paramos de pensar autonomamente com nossas próprias cabeças? Quiçá cessamos de procurar e manter o conhecimento por nós mesmos, intuitivamente, sensivelmente, abdutivamente, humanamente – como sempre fizemos, indagamos –, de buscar o sentido, o significado, a importância e a razão seminal de tudo que há à nossa volta? Daquilo que foi concebido, refletido e significado axiologicamente através dos tempos imemoriais, entregando tudo isso “de bandeja” – o melhor de nós e de nossa civilização – às máquinas e aos sistemas informacionais que nós mesmos construímos e usamos? Seria isso – resumidamente – o que está a ocorrer conosco nesses dias velozes e acríticos que vivemos na atualidade?

2. Você que me lê, por exemplo, nesse exato momento, não tem mais sequer que pensar, raciocinar, localizar-se por si, com livre arbítrio e autonomia, pois há – certamente – um aplicativo muito prático e conveniente fazendo isso por você, e muito mais, o tempo todo. Substituindo-nos acintosamente, explicitamente, trivialmente, das tarefas mais banais até às mais complexas, delicadas e especializadas. E nós ainda nos tranquilizamos em saber que, se ocorrer algo de fato importante no nosso planeta, e até fora dele, seremos informados de imediato.

3. O sistema faz isso quase que automaticamente. Do mesmo modo que não é mais necessário também guardar, anotar ou memorizar nomes e sobrenomes do dia a dia das relações societais, ou ainda direções e caminhos a serem trilhados nas urbes ou fora delas. O mesmo acontece com os dados e as imagens, pois certamente seu celular ou seu tablet pretensamente inteligentes, grandes feras no assunto, fazem isso e muito mais por você.

4. Uma delícia – convenhamos – e uma tragédia também. Sim, pois na cibercultura, a verdade, a notícia, o valor, a relevância – e, no extremo, o significado, não têm caráter único, sofrem alterações e são ditados pelo sistema e seus incontáveis aparatos. Todavia, o fato refutável que não pode ser ignorado é que estamos completamente deslumbrados com o que criamos, e que acolhemos essas novas tecnologias sem o menor sacrifício.

5. Não sabemos praticamente quase nada acerca desse novo modo de viver que começamos a cristalizar. Mas é em rede que nos reconhecemos, mensuramos nossas necessidades. E quem não souber decifrar os seus sinais e signos será, simplesmente, tragado por suas imposições, contingências e ressignificações cada vez mais presentes. O que não pode deixar de ser percebido é que uma ubiquidade onipresente está transformando significativamente as relações sociais. E o faz rapidamente. Não é algo simplesmente bom ou ruim, é simplesmente diferente e está marcando a nossa época, os nossos hábitos, a nossa cultura e os nossos tempos.

6. Bem depois, quando tudo se autodeterminar e se acalmar, em conformidade diametral com as sensibilidades sociais, é que nós poderemos – talvez – verificar o que sobrou do nosso antigo e milenarizado mundo não informatizado, analógico e enciclopédico, aquele ao qual estávamos tão confortavelmente acostumados, e, também, sermos capazes de mensurar que outro mundo novo é esse – cibertecnologizado – que edificamos em seu lugar, mesmo que sejamos críticos em relação a ele ou que nos cause desconforto. O resto são arbitrariedades ou especulações.

(QUARESMA, Alexandre. Cumulonimbus-Informáticos. Revista Sociologia, ano VII, edição 67, p. 65 – Adaptado)

Assinale o segmento em que foram empregadas, enfaticamente, palavras ou expressões conotativas.

Alternativas
Comentários
  • “Seu celular ou seu tablet pretensamente inteligentes, grandes feras no assunto, fazem isso e muito mais por você.”

    Sentido denotativo, do dicionário, para FERA:

    fera

    substantivo feminino

       1.

       qualquer animal feroz, cruel, bravio.

       2.

       figurado por extensão

       indivíduo cruel, de maus instintos.

       3.

       figurado informal

       indivíduo muito severo.

       "o professor de matemática é uma f."

       4.

       adjetivo e substantivo de dois gêneros

       diz-se de ou indivíduo exímio no que sabe ou faz.

       "um jogador f."

       5.

       adjetivo e substantivo de dois gêneros

       brasileirismo•Brasil

       diz-se de ou pessoa valente, corajosa.

       6.

       adjetivo e substantivo de dois gêneros

       brasileirismo•Brasil

       que ou quem é malcriado.


ID
2459467
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Transpondo-se corretamente para a voz ativa a frase grifada “Para serem orientadas por um especialista sobre a febre amarela, fizeram inúmeras perguntas”, obtém-se

Alternativas
Comentários
  • O erro da B é o verbo no plural

  • Existem três vozes verbais no português: ativapassiva e reflexiva. Voz ativa: Eu vi o menino no parque. Voz passiva: O menino foi visto por mim. Voz reflexiva: Eu vi-me ao espelho.


ID
2459470
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na relação entre termos regentes e termos regidos, há verbos transitivos que necessitam de uma preposição para estabelecer um nexo de dependência sintático-semântica entre as palavras, como em “Os povos indígenas respondem às indagações da natureza”.

Em qual das frases abaixo o verbo apresenta a mesma transitividade daquele que aparece no exemplo dado?

Alternativas
Comentários
  • GAB LETRA  = c

     VTI

  • a) Muitos refugiados perderam tudo durante a guerra insana. VTD

    b) Os vizinhos não viram o eclipse lunar noticiado pelos jornais. VTD

    c) A verdadeira cidadania consiste em direitos iguais para todos. VTI

    d) Ontem, as notícias mais inesperadas se espalharam rapidamente. VI

  • Responder:

    VTI - Dar a resposta a uma pergunta (Ele vai responder aos e-mails)

    VTD - Falar, declarar (Ele sempre responde que vai passar)

    VTDI - Dar uma resposta a alguém (Respondeu-lhe todas as indagações)

    Consistir:

    VTI - Pede a preposição "em"


ID
2459476
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto de Ferreira Gullar, poeta maranhense fundador do neoconcretismo.

Traduzir-se

Uma parte de mim

é todo mundo:

outra parte é ninguém:

fundo sem fundo.

Uma parte de mim

é multidão:

outra parte estranheza

e solidão.

[...]

(Disponível em: <http://escolaeducacao.com.br/melhores-poemas-de-ferreira-gullar/> . Acesso em: 20 mar. 2017)

Observe abaixo as palavras grifadas no seu contexto. Em qual alternativa a classificação morfológica está corretamente indicada no colchete?

Alternativas
Comentários
  • "É todo mundo" (Substantivo);

    "Fundo sem fundo" (Preposição);

    "Uma parte de mim" (Pronome indefinido);

    "Outra parte estranheza" (Pronome indefinido).

  • "É todo mundo" (Substantivo);

    "Fundo sem fundo" (Preposição);

    "Uma parte de mim" (Artigo indefinido);

    "Outra parte estranheza" (Pronome indefinido).

     

    Ilana Silva acho que se confundiu na Classificação de "uma" pois não é pronome e sim "artigo indefinido".

     

    GABARITO: LETRA D

    FONTE: https://www.todamateria.com.br/artigo-definido-e-indefinido/

     


ID
2459479
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A textualidade é uma característica fundamental dos textos. Esse componente da competência textual dos falantes lhes permite, entre outros aspectos, interpretar como textos as produções linguísticas que ouvem ou leem. A esse respeito, examine o enunciado a seguir.

“O Cerrado ocupa uma área de 2.036.448 km2 , cerca de 22% do território nacional. A sua área contínua incide sobre os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além dos encraves no Amapá, Roraima e Amazonas. Neste espaço territorial encontram-se as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata), o que resulta em um elevado potencial aquífero e favorece a sua biodiversidade. E que maravilha de bioma!”

(Disponível em: <http://www.mma.gov.br/biomas/cerrado> . Acesso em: 20 mar. 2017 - Adaptado).


Na construção da textualidade, assinale a função do conector “E” que inicia a última frase do texto acima transcrito.

Alternativas
Comentários
  • Qual argumento foi incorporado por meio do conector "E"?

    Ainda que o último frase do texto fosse um argumento, como poderia ser também uma conclusão? Ou é argumento ou conclusão, não?

    Alguém poderia ajudar?


ID
2459482
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“O poder aéreo nasceu em 1913, após o homem adquirir o domínio das máquinas voadoras, um pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial. No Brasil, mediante acordo governamental, tivemos a presença de militares franceses ligados ao que, naquele tempo, não era ainda uma arma aérea, mas uma capacidade bélica de emprego dos ‘engenhos voadores’”.

(Disponível em: <http://freepages.military.rootsweb.ancestry.com/~otranto/fab/historia_fab.htm> . Acesso em: 20 mar. 2017)


Qual alternativa indica a classificação do substantivo em destaque no trecho acima?

Alternativas
Comentários
  • Substantivos Comuns: referem-se a qualquer ser de uma espécie, sem particularizá-lo. Ex.: açúcar, bolo.

    Substantivos Abstratos: Nomeiam ações, qualidades, estados, sentimentos, isto é, seres que só existem em outros ou a partir da existência de outros seres: ensino, bravura, pobreza.

    Substantivos concretos: Nomeiam seres com existência própria, isto é, que não dependem de outro ser para existir: lápis, gato.  

  • Abstrato: nome da ação, nome da característica, nome do fenômeno da natureza, nome dos sentimentos, nome do evento.

    Concreto: Tudo que não é abstrato.


ID
2459491
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O estudo das significações das palavras é um assunto na língua portuguesa exclusivo da Semântica. Quanto ao aspecto semântico da língua, destacam-se a polissemia e a sinonímia.

A esse respeito, associe as duas colunas, relacionando as propriedades semânticas aos termos destacados nas frases.

Propriedades

1 - Polissemia

2 - Sinonímia


Termos destacados

( ) O tecido alvo da renda contrastava com a cor do seu rosto.

( ) A garota vela pelo calmo sono da avó, em silêncio e contrição.

( ) Uma saliência em formato de bola apareceu na barriga do homem.

( ) Meu lar, depois de longos anos, tornou-se a morada dos meus sonhos.

A sequência correta dessa associação é

Alternativas
Comentários
  • Alguém saberia explicar por que a alternativa A está errada? Ao meu ver ocorre polissemia em "alvo" e "vela". Obrigado.

  • Sinonímia: palavras diferentes com o mesmo sentido

    Polissemia: mesma palavra com mais de um sentido

    O tecido alvo da renda contrastava com a cor do seu rosto.

    A palavra alvo está na frase como um sinônimo de branco. (Sinonímia)

    A garota vela pelo calmo sono da avó, em silêncio e contrição.

    Neste caso, ocorre polissemia mesmo, pois a mesma palavra possui mais de um sentido (o objeto vela e a ação de velar, como ocorre na frase). (Polissemia)

    Uma saliência em formato de bola apareceu na barriga do homem.

    Bola possui mais de um sentido, o objeto bola e o formato de bola (redondo). (Polissemia)

    Meu lar, depois de longos anos, tornou-se a morada dos meus sonhos.

    A expressão "Meu lar" poderia ser substituída por "Minha casa". Nesse caso, temos a ocorrência de sinonímia (lar está tendo o sentido de casa). (Sinonímia)

    Gabarito: C

  • Achei a questão muito estranha!

    A justificativa do Jonatas Correia ficou meio imprecisa, ao meu ver. Por exemplo, por mais que a expressão "formato de boa" tenha um sentido diferente o objeto bola, o sentido/significado da palavra "bola" é o mesmo nesses casos.

    polissemia

    substantivo feminino

    sinonímia

    substantivo feminino

    Para mim a resposta ainda assim seria A.

    Bons estudos!

  • Pra mim "bola" é sinônimo de redondo, então nesse caso seria sinonímia e não polissemia.


ID
2459494
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Indique se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma sobre a função sintática das expressões e dos termos grifados.

( ) “Nosso compromisso é oferecer oportunidades para que você leia muitos textos literários [...].” – Objeto direto

( ) “Um texto é apenas uma porção de letras impressas, até que o leitor se aproprie do que ele diz [...].” – Predicativo do sujeito

( ) “O desenvolvimento das competências profissionais dos educadores passa necessariamente pela ampliação do universo de conhecimentos e pela reflexão sobre a prática [...].” - Sujeito simples

( ) “A frase que eu digo não será a mesma frase se sair da sua boca. Ou se eu a disser dentro de um período [...].” – Adjunto adnominal

De acordo com as afirmações, assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia me ajudar nessa questão? Eu estou achando, que na terceira frase, o termo sublinhado é o núcleo do sujeito simples e não o sujeito simples. Por isso o item está errado?

  • Quando a oração exerce o papel de sujeito temos um SUJEITO ORACIONAL e não sujeito simples.

  • O sujeito é competências na terceira frase


  • B

    (V); (V); (F); (F)

  • No item III, O termo em destaque é o núcleo do sujeito simples e não o sujeito simples, como a alternativa afirma, por isso está errada.

  • Oque seria esse "desenvolvimento"? e por quê?

  • “A frase que eu digo não será a mesma frase se sair da sua boca. Ou se eu a disser dentro de um período [...].” – Alguém sabe a classificação correta?

  • ITEM 4

    Jonas Rosa Acredito que seja um Objeto Indireto do verbo sair, nesse caso.

    Salvo engano.

    Bons estudos

  • Jonas rosa , esse da sua boca se refere ao verbo sair e indica uma circunstância com valor de Meio pelo qual , logo nessa frase é um Adjunto Adverbial e não um adjunto adnominal como diz a questão.

  • “Um texto é apenas uma porção de letras impressas, até que o leitor se aproprie do que ele diz [...].” – Predicativo do sujeito

    o apenas nao faz parte do predicativo não ?

  • Acho que "desenvolvimento" é na verdade o núcleo do sujeito, que seria *O desenvolvimento das competências profissionais dos educadores*


ID
2459500
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Qual alternativa indica corretamente a passagem da voz ativa para a voz passiva nas orações a seguir?

Alternativas
Comentários
  • Não entendi

  • Apenas verdos Transitivos Diretos ou Bitransitivos aceitam trasposição de voz.

    a) Voz passiva analitica >> Voz passiva sintética (ele está pedindo o que foi da ativa para passiva)

    b)Girar - VI

    C)Cantar- VI

    d) Comer- VTD (Quem come, come algo ou alguma coisa)

  • Qual alternativa indica corretamente a passagem da voz ativa para a voz passiva nas orações a seguir?

    a) O livro foi lido por muitas crianças da escola. → Leu-se o livro. Verbo Transitivo Indireto, O "se" é índice de indeterminação do sujeito, pois não há como ser pronome apassivador pois o verbo LER, nesse caso é um VTI.

    b) O mundo girou rapidamente. → Girou-se o mundo, rapidamente. Verbo Intransitivo

    c) O galo cantou ao raiar o dia. → Raiou-se o dia com o canto do galo. Verbo Intransitivo

    d) Os garis comeram a sobremesa. → A sobremesa foi comida pelos garis. Aqui temos a construção, verbo auxiliar + forma nominal (particípio), o que caracteriza a formação da voz passiva analítica.

    Portanto, resposta correta, letra D

    Aluno do Prof. Me. Helionardo


ID
2459503
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se referem.

Observe o termo em negrito quanto à colocação pronominal.

• “Dar-lhe-ei todo meu amor, desde que me prometa nunca mais me enganar.”

• “Você jamais o exaltará diante daqueles que, um dia, possam menosprezá-lo.”

• “De repente, fez-se o pranto diante de tanta comoção social naquele lugarejo.”

• “Confesso que tudo aquilo me pareceu contundente e nefasto naquele dia.”

Qual das alternativas apresenta a sequência correta?

Alternativas
Comentários
  • COLOCAÇÃO PRONOMINAL.

     

    PRÓCLISE: É A COLOCAÇÃO PRONOMINAL ANTES DO VERBO QUANDO TEMOS:

     

    ü     PALAVRA COM SENTIDO NEGATIVO.

    ü     ADVERBIOS.

    ü     PRONOME RELATIVO, INDEFINIDO E DEMONSTRATIVO.

    ü     PREPOSIÇÃO EM SEGUIDA DE GERÚNDIO.

    ü     CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA.

     

    ENCLISE: É A COLOCAÇÃO DO PRONOME DEPOIS DO VERBO

     

    Ø     O VERBO ESTIVER NO IMPERATIVO AFIRMATIVO.

    Ø     O VERBO INICIAR ORAÇÃO.

    Ø     O VERBO ESTIVER NO INFINITIVO OU GERÚNDIO.

    Ø     HOUVER VÍRGULA OU PAUSA DEPOIS DO VERBO.

     

    OBSERVAÇÃO: NUNCA SE COLOCA O PRONOME ÀTONO NO INÍCIO DE FRASES E DEPOIS DE PAUSAS;

     

    OBSERVAÇÃO: VERBO NO PARTICÍPIO NÃO ADMITE ENCLISE.


ID
2459506
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Observe os períodos a seguir: 

O homem assistia ao jogo de futebolO homem assistia o doente, no jogo de futebol.

Qual alternativa apresenta informações corretas em relação aos empregos lógico-semânticos do verbo “assistir”?

Alternativas
Comentários
  • Assistir:

    VTD - Sentido de dar assistência

    VTI - Ver/ presenciar

    VTI - Caber, competir

    VI - morar


ID
2459512
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o fragmento de um texto publicado em agosto de 1957 pelo escritor mineiro João Guimarães Rosa.

“Inconfidente, brasileira, paulista, emboaba, lírica e sábia, lendária, épica, mágica, diamantina, aurífera, ferrífera, ferrosa, férrica, balneária, hidromineral, jê, puri, acroá, goitacá, goianá, cafeeira, agrária, barroca, luzia, árcade, alpestre, rupestre, campestre, de el-rei, das minas, do ouro das minas, das pretas minas, negreira, mandingueira, moçambiqueira, conga, dos templos, santeira, quaresmeira, processional, granítica, de ouro em ferro, siderúrgica, calcárea, das perambeiras, serrana bela, idílica, ilógica, translógica, supralógica, intemporal, interna, leiteira [...] Minas.”

(Disponível em: <http://acervo.revistabula.com/posts/web-stuff/ai-esta-minas-a-mineiridade> . Acesso em: 20 mar. 2017 - Adaptado).


Avalie as afirmativas sobre esse fragmento de texto.

I – O texto é destituído de elementos coesivos, porém é coerente, se considerarmos que tem como fio condutor algumas características de Minas Gerais.

II – O receptor do texto busca interpretá-lo, mas ainda que assuma uma atitude de cooperação, não consegue estabelecer elos coesivos, pela ausência de informações.

III – O leitor consegue produzir sentidos e estabelecer a coerência necessária para a compreensão do texto, a partir dos elementos existentes.

IV – O leitor, em seu trabalho para produzir sentido, deve levar em conta o vocabulário, os recursos sintáticos e a associação a fatos históricos, entre outros aspectos.

Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Na primeira linha do fragmento textual, logo após o adjetivo "lírica", há o conectivo E (lírica E sábia). Tal fato não iria de encontro ao que consta na afirmativa I? 

  • M L, em resposta a sua dúvida Não tenho 100% de certeza, mas deduzi o seguinte:

    Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro. Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos.

    No texto da questão temos apenas uma frase nominal. Assim, não existe elementos coesivos ligando as frases. ( Repare que aqui usei o Assim Elemento que liga com a frase anterior dando sentido de fechamento.

    Por exemplo,

    A automação dos processo industriais irá acarretar no aumento desemprego. Isso ocorrerá, pois .............


ID
2459518
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Qual alternativa justifica o emprego correto da modalidade de concordância nominal?

Alternativas
Comentários
  • a) CORRETA

    b) Meio- dia e meiA

    c) DadaS as exigências

    d) Nem um nem outro MERECE

     

  • De acordo com o dicionário Houaiss, “milhar” é um substantivo masculino. Logo a forma correta do plural é “os milhares”.

    d) Os milhares de pessoas sinalizam o êxodo europeu. [CORRETO]

  • Quanto a questão tudo bem, mas no enunciado fala sobre concordância nominal, e a letra d) tem um erro de concordância verbal.


ID
2459521
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise o fragmento de texto a seguir, de autoria do romancista alagoano Graciliano Ramos.

A arma do escritor é o lápis

“Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois que enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa; a palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”.

Disponível em: <http://averdade.org.br/2014/02/graciliano-ramos-arma-escritor-e-o-lapis/>. Acesso em: 27 mar. 2017- Adaptado)


Em qual das alternativas a relação lógico-semântica estabelecida está correta?

Alternativas
Comentários
  • A) FINALIDADE

    B) PROGRESSÃO

    C) ACRÉSCIMO - "colocam" + "ensaboam" +, "torcem uma vez" + "torcem duas vezes"...

    D) HIPÓTESE? - justificada pelo tempo verbal adotado: pretérito imperfeito do indicativo. Para mim o trecho em si não estabelece relação de comparação.

    Bons estudos!


ID
2459677
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Complete, corretamente, as lacunas da assertiva quanto ao emprego dos pronomes relativos e identifique a seguir a alternativa com a sequência correta.

Pedro lia um livro muito interessante __________ autor o havia autografado para seu avô _________ era muito amigo do escritor, pois cresceram juntos e lá ___________viviam tudo era magia e encantamento.

Alternativas
Comentários
  • cujo é um pronome relativo;

    cujo o , cujo a - É falso

    Cujo é anafórico - Referencia que vem antes

    QUE pronome relativo

    pode ser substituído por as quais ,os quais,o qual...)

    Evita a repetição vocabular..

    ONDE - quando houver a ideia de lugar fixo | coloque "paris" no final da frase ,se ficar em paris é onde .

    se não, se ficar a paris é aonde.

    questão C

    Pedro lia um livro muito interessante CUJO autor o havia autografado para seu avô QUE era muito amigo do escritor, pois cresceram juntos e lá ONDE viviam tudo era magia e encantamento.

  • Se você usar a ideia que ONDE só poder ser usado para retomar lugar, conseguirá matar a questão.


ID
2464333
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

Um fio de aço com diâmetro de 8,00mm é utilizado para elevar um corpo de peso igual a 640,00N.

Qual será a tensão normal de tração atuante no fio, em MPa?

Considere π = 3,14.

Alternativas
Comentários
  • TENSÃO = FORÇA / ÁREA 

    ANALOGAMENTE 

    TENSÃO = PESO/ ÁREA 

    TENSÃO = 640 N / PI*0,4²mm

    TENSÃO = 640 N / 50,24 mm² 

    TENSÃO = 12.738 N/mm² 

    TENSÃO = 12.738 Pa

    TENSÃO = 12,74 Mpa

  •       Questão simples, pois exige apenas a aplicação direta da fórmula de tensão normal. O maior cuidado nesse tipo de questão está na relação entre as unidades de medida. Portanto, vamos fazer uma breve recordação:

    Portanto, sempre fique alerta com as unidades. Nessa questão o peso foi dado está em Newton (N), o diâmetro em milímetros e a resposta em MPa. Então, vamos aplicar a fórmula sem necessidade de converter unidades, pois o resultado será dado já em Mpa.

    A


ID
2464336
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

As instalações hidráulicas estão sujeitas a um problema quando a água, em grande velocidade pela tubulação, sofre uma interrupção muito brusca (fechamento rápido de uma torneira), provocando um súbito aumento da pressão. Picos de pressão são frequentemente acompanhados por um ruído que dá a impressão de haver algo semelhante a uma colisão de carro.

Qual é o nome desse fenômeno?

Alternativas
Comentários
  • Vamos analisar os fenômenos fornecidos em cada item.

    ·        Vortex: É fenômeno encontrado na natureza ou produzido artificialmente em um fluido e é caracterizado por um movimento de rotação onde as linhas de corrente apresentam um padrão circular ou espiral ao redor de um eixo de rotação. As figuras a seguir exemplificam esse fenômeno.

    ·        Cavitação: fenômeno físico que ocorre principalmente em sistemas hidráulicos e que consiste na formação de bolhas de vapor no meio fluido. Isso ocorre quando há uma diminuição da pressão abaixo da pressão de vapor do fluido em escoamento e, portanto, causando a vaporização do líquido. A cavitação causa graves problemas, pois interfere na lubrificação e destrói a superfície dos metais. A figura a seguir mostra um hélice com as pás danificadas devido à cavitação.

    ·        Goivagem: É um processo de corte ou remoção de materiais. É comumente utilizado para a abertura de sulcos para posterior soldagem, para rápida remoção de metais indesejados e remoções de cordões de solda após detecção de defeitos.

    ·        Golpe de Aríete: Efeito de súbitas alterações de pressão decorrentes de bruscas variações de vazão em tubulações ou outros equipamentos, essa variação de vazão pode ser no fechamento de uma válvula ou registro, por uma parada repentina do motor, entre outros. Os esforços causados por tais choques de pressão são frequentemente muito maiores que os esforços aos quais os equipamentos estão normalmente sujeitos. Um golpe de aríete é reconhecido por ruídos violentos.

    Assim, após essa breve revisão teórica, vamos ao que a questão pede: qual o nome do fenômeno que as instalações hidráulicas estão sujeitas a um problema quando a água, em grande velocidade pela tubulação, sofre uma interrupção muito brusca (fechamento rápido de uma torneira), provocando um súbito aumento da pressão? É o GOLPE DE ARIETE, como traz a alternativa (D).

    Resposta: D


ID
2464339
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

Uma indústria possui 5 compressores. A cada 1000 horas de funcionamento, um dos compressores é parado para manutenção, enquanto os demais ficam em funcionamento para suprir a demanda de ar da linha de produção.

Qual é o tipo de estratégia de manutenção adotada por essa indústria visando o funcionamento dos compressores?

Alternativas
Comentários
  • Este tipo de MANUTENÇÂO é a Preventiva. Lembre-se ao se utilizar um planejamento de atividades basendo-se em Horas, este é um planejamento preventivo, cujo qual tenho um checklist definido de atividades a serem realizada pra tantas horas; neste caso 1.000 Horas. Um exemplo: O carro e demais meios de transporte (caminhonetes, carretas...) este planejamento é definido em KM rodados.

  • Para responder à questão primeiramente vamos relembrar os tipos de manutenção e seus conceitos.

    ·        Manutenção Corretiva: É a atuação para correção da falha ou do desempenho menor do que esperado.

    ·        Manutenção Preventiva: É atuação realizada de forma a reduzir ou evitar a falha ou queda de desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado baseado em INTERVALOS DEFINIDOS DE TEMPO.

    ·        Manutenção Preditiva: É atuação realizada com base na modificação de parâmetros de condição ou desempenho, cujo acompanhamento obedece a uma sistemática.

    ·        Manutenção Detectiva: É a atuação realizada em sistemas de proteção, comando e controle, buscando detectar falhas ocultas ou não perceptíveis ao pessoal de operação e manutenção.

    Após essa breve revisão sobre os tipos de manutenção, vamos analisar o enunciado da questão e verificar qual resposta é a correta.

    Portanto, conclui-se que existe um plano de manutenção na indústria definindo que a cada 1000 horas de funcionamento, um compressor é parado para manutenção. Dessa forma, há um intervalo definido de tempo para manutenção do compressor. A demanda de ar na linha é mantida, ou seja, não houve ocorrência de falha, confirmando que o sistema continua operando normalmente, descartando a hipótese de manutenção corretiva. Assim, o tipo de manutenção que se encaixa perfeitamente ao enunciado da questão é a PREVENTIVA.

    Resposta: D


ID
2464342
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Metalurgia

O processo de soldagem por arco elétrico com gás de proteção, cuja sigla em inglês é GMAW (Gas Metal Arc Welding), mais conhecido como soldagem MIG/MAG (MIG – Metal Inert Gas e MAG – Metal Active Gas), trata-se de um processo de soldagem por arco elétrico entre a peça e o consumível em forma de arame, eletrodo não revestido, fornecido por um alimentador contínuo, realizando uma união de materiais metálicos pelo aquecimento e fusão. A regulagem adequada da vazão de gás é de fundamental importância para garantir a qualidade da solda.

Qual o nome do medidor de gás normalmente utilizado para se medir a vazão de gás no processo de soldagem MIG/MAG e onde ele fica instalado?

Alternativas
Comentários
  • Questão teoricamente fácil, que trata de instrumentação mecânica aplicada ao processo de soldagem. Para sua resolução será feita uma explanação sobre os diversos itens que compõem a soldagem MIG/MAG. Analise a figura a seguir:

    1 – Rotâmetro: dispositivo usado para medir vazão de um gás ou líquido num tubo;

    2 – Barômetro: dispositivo para mensurar a pressão atmosférica;

    3 – Bobina de eletrodo nu: É onde fica acondicionado o eletrodo;

    4 – Alimentador de eletrodo nu: Faz com que o eletrodo chegue na pistola de forma constante e com uma certa velocidade;

    5 – Duto de gás: Transporta o gás até o bocal da pistola;

    6 – Energia elétrica;

    7 – Pistola: Provoca a fusão do material utilizado na solda;

    8 – Fonte de energia: pode ser um gerador ou um retificador;

    9 – Tubo de contato: Encaminha o eletrodo até a região de soldagem;

    10 – Gás de proteção: Pode ser inerte (MIG) ou ativo (MAG) e servem para proteger a área de soldagem de gases atmosféricos;

    11 – Bocal: Direciona o fluxo de gás até a região de soldagem;

    12 – Eletrodo nu: É um metal de adição fabricado de um metal legado ou não, produzido em forma de arame e sem nenhum revestimento.;

    13 – Cilindro de gás: Onde o gás fica armazenado.

    Portanto, o nome do medidor de gás normalmente utilizado para se medir a vazão de gás no processo de soldagem MIG/MAG é ROTÂMERO e ele fica instalado NA SAÍDA DO CILINDRO DE GÁS, como traz corretamente a alternativa (A).

    Resposta: A

  • Se é pra medir a saída de gás... o próprio nome já sugere "saídade cilindro".

    *Lembrando que barômetro é medidor de pressão, disjuntor diz respeito à instalações elétricas.


ID
2464345
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

Uma geladeira doméstica comum, para produzir uma atmosfera fria no seu interior, utiliza como dispositivos básicos: compressor, condensador, evaporador e toda a tubulação necessária.

Qual a função do evaporador no ciclo de refrigeração de uma geladeira comum?

Alternativas
Comentários
  • O evaporador condensa o fluído refrigerante? Ele evapora o fluído, não?

  • Luccas Barbosa, também não entendi essa afirmação da alternativa. Não concordei muito com o gabarito. Se algueém conseguiu interpretar corretamente o que significa essa questão, poste aqui!

  • Também discordo do gabarito. Não faz sentido nenhum.

    No evaporador, o fluido troca calor com o interior da geladeira em pressão e temperatura constantes, fazendo com que ele se expanda conforme vai se vaporizando.

     

  • A questão está equivocada. Sem resposta correta.

    Infeslismente a banca não anulou a mesma.

  • O eveporador é o agente direto de resfriamento, constituindo a interface entre o processo e o circuito frigorífico, a maioria dos evaporadores, resfria o ar ou líquidos com água, salmouras etc, os quais serão agentes de resfriamento do processo.

  • Para quem conseguiu descobrir esse enigma, poste ai!!

  • O equipamento que se chama evaporador.. dai o gabarito "condensar o fluido" kkkk

  • A função do evaporador é, através do fluido refrigerante sub-resfriado, realizar a retirada de calor do ambiente. O fluido refrigerante, ao entrar no evaporador já está na fase líquida, proveniente da troca de calor através do condensador. O fluido refrigerante, ao entrar em contato com a temperatura mais elevada do ambiente, se evapora, realizando, assim, a retirada de calor do ambiente.

    O gabarito é assertivo ao afirmar que o fluido refrigerante retira calor do congelador; mas, ao meu ver, está equivocado quando afirma sobre condensar o fluido.

    Questão passível de recurso.


ID
2464351
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

Uma fração significativa da energia térmica gerada no motor de um automóvel é rejeitada para o ar pelo radiador, por meio de circulação de água.

Um radiador pode ser analisado como um(a)

Alternativas
Comentários
  • Alguém consegue me explicar o porquê do radiador ser considerado um sistema aberto? Ao meu ver seria um sistema fechado.

  • Inicialmente também considerei como um sistema fechado.

    No entanto, pesquisei e vi que o radiador é considerado como um sistema aberto porque nele ocorre fluxo de massa. Em um sistema fechado ocorre apenas fluxo de energia (ex.: calor, trabalho). Já no sistema aberto, ocorre tanto fluxo de energia quanto fluxo de massa de/para o sistema.

    Através do radiador, acontece a passagem de líquido de arrefecimento quente (proveniente do motor), com seu resfriamento a partir da troca de calor com o ar que passa pelo radiador e posterior retorno, já em temperatura mais baixa, ao motor.

  • só complementando... mas é a vida e a banca manda.

    A banca considerou aberto, mas no livro de Marco Rache (Mecânica Diesel) ele define os tipos de sistema de refrigeração a água:

    a) sistema de termossifão

    b) sistema de radiador aberto ou comum

    c) sistema de radiador selado ou pressurizado onde a diferença pro radiador aberto é que este trabalha à mesma pressão atm, enquanto no sistema de radiador selado funciona com a pressão um pouco maior, geralmente 1,6xpatm. Sendo assim ele exige radiadores e e tubulações mais reforçadas e mais caras. O consumo de água é menor e é muito melhor em épocas de grande calor . Dificilmente nesse sistema a água do radiador ferve, portanto ele é mais seguro.

  • Alguém teria uma boa referência bibliográfica sobre essa questão?

  • A bibliografia deve ser o Van Wylen de Termodinâmica.

    O sistema aberto há fluxo de massa.

    No sistema fechado não há fluxo de massa.

    A banca se referiu ao tipo de análise termodinâmica que se utiliza somente no radiador, você deve considerar que há um fluxo de água quente que entra e sai a uma temperatura mais baixa.

  • Um sistema termodinâmico é definido como uma quantidade de matéria de massa e identificada fixas. Tudo o mais externo ao sistema é chamado vizinhança ou exterior e o sistema é separado da vizinhança por meio das fronteiras.

    Um sistema isolado é aquele que não é influenciado, de forma alguma, pelo exterior. Isso significa que calor e trabalho não cruzam a fronteira do sistema.

    Um sistema é defenido qd se trata com uma qtd fixa de massa, e um volume de controle é especificado quando a análise envolve um fluxo de massa.


ID
2464354
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

Os aços são encontrados atualmente em várias formas e tipos. Eles constituem a mais importante classe de material metálico usado na construção mecânica.

Sobre os aços, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • As siderúrgicas são conhecidas como indústrias de base, porque, como o material trabalhado é somente utilizado em trabalhos simples, a maioria delas produzem chapas ou barras metálicas, que servem de matéria principal para outras indústrias fabricarem o produto final, que é o que realmente utilizamos diariamente.

  • Por que a A está errada?

     

  • A- ERRADO. Não é na siderurgia que teremos produtos como fios, fitas e chapas. Na siderurgia são fabricados e tratados os aços e ferros fundidos.

    B- ERRADO. Os dois principais efeitos da adição do cromo são aumento da resistência à corrosão e à oxidação e aumento da resistência a altas temperaturas.

    C- CORRETO. Porém a questão deveria deixar claro que a adição seria de óxido de alumínio (alumina) e de silício (sílica).

    D- ERRADO. A propriedade descrita no item é a resiliência.

  • (A)            estado encruado, resultante de trabalhos a frio, é característico de produtos siderúrgicos, como fios, fitas, chapas e barras. ERRADO.

    Item maldoso, pois o que está errado foi ter falado que é característico de produtos siderúrgicos. A siderurgia são empresas especializadas em ferro e aço, se dedicam em grande maioria à fabricação e tratamento de barras e chapas metálicas que servem de matéria prima para outras indústrias para produção de produtos finais.

    O ENCRUAMENTO é o fenômeno no qual um metal dúctil é elevado a tensão de escoamento na fase de deformação plástica fazendo com que o metal se torne mais duro e resistente. É realizado a frio e por isso pode ser chamado também de trabalho a frio. O encruamento causa modificações nas propriedades mecânicas do material como o aumento da resistência mecânica, aumento da dureza e diminuição da ductilidade, representada por uma redução do alongamento e da estricção. Comercialmente o encruamento é utilizado para aprimorar as propriedades de metais durante a fabricação. Os efeitos do encruamento podem ser removidos mediante um tratamento térmico de recozimento. Com pode ser visto o item seria correto se não tivesse citado a siderurgia, pois a parte de estado encruado está certo.

     

    (B)             a adição de cromo para formar aços-ligas, embora resulte em aumento de resistência à corrosão e à oxidação, reduz a endurecibilidade e a resistência mecânica em altas temperaturas. ERRADO.

    O CROMO é um metal extremamente duro capaz de adquirir grande brilho por polimento. É conhecido pela notável resistência à corrosão atmosférica a temperaturas elevadas, uma excelente resistência ao desgaste e na proteção de superfícies expostas à corrosão.

    Diante disso, sua adição para formar aço liga resulta um aumento da resistência à corrosão e à oxidação e aumenta a endurecibilidade e a resistência mecânica em altas temperaturas.

    A imagem apresenta curvas que mostra o aumento da dureza causado pela presença de cromo e de manganês em ferro puro e em aço com 0,1%.

     (C)            os chamados aços refratários são aços de alto teor de elemento de liga, principalmente cromo e, às vezes, alumínio e silício, adicionados para melhorar a resistência à oxidação e proporcionar estabilidade estrutural. CORRETO.

    Os AÇOS REFRATÁRIOS são aqueles materiais capazes de suportar elevadas temperaturas. Eles devem ser quimicamente, fisicamente e mecanicamente estáveis. A questão cita elementos de liga que as tornam refratárias como o níquel, cromo, alumínio, silício e nióbio.

    (D)            a ductilidade de um aço é uma propriedade mecânica importante. Ela indica a capacidade de um material de absorver energia quando ele é deformado elasticamente e, depois, com a remoção da carga, permitir a recuperação dessa energia. ERRADO.

    A propriedade descrita no item é a RESILIÊNCIA, a ductilidade é a propriedade que representa o grau de deformação que um material suporta até o momento de sua fratura, materiais que suportam pouca ou nenhuma deformação até a fratura são considerados materiais frágeis.

    Portanto, a alternativa (C) traz a resposta correta.

    Resposta: C

  • No livro de aços do chiaverini, pág 167, está escrito:

    ”no estado encruado, característico de alguns dos mais importantes produtos siderúrgicos, como fios, fitas, chapas e etc., os efeitos mais importantes são os seguintes....”

    ou seja, só não citou barra...

  • A) CORRETO - O estado encruado, resultante de trabalhos a frio, é característico de produtos siderúrgicos, como fios, fitas,chapas e barras.

    Conforme a Barbara comentou esta afirmativa está correta

    B) ERRADA - a adição de cromo para formar aços-ligas, embora resulte em aumento de resistência à corrosão e à oxidação, AUMENTA a endurecibilidade e a resistência mecânica em altas temperaturas.

    C) CORRETO - os chamados aços refratários são aços de alto teor de elemento de liga, principalmente cromo e, às vezes, alumínio e silício, adicionados para melhorar a resistência à oxidação e proporcionar estabilidade estrutural.

    D) ERRADA - A RESILÊNCIA de um aço é uma propriedade mecânica importante. Ela indica a capacidade de um material de absorver energia quando ele é deformado elasticamente e, depois, com a remoção da carga, permitir a recuperação dessa energia.

    Acho que a questão deveria ser anulada, o que vocês acham?

  • Sem dúvidas deveria ter sido anulada, Luis!


ID
2464357
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

A corrosão em metais é ocasionada por um processo de oxidação eletroquímica do metal de uma peça, ou seja, tem-se uma reação em que elétrons são liberados, os quais se deslocam para outros pontos da peça onde acontecerá uma reação de redução.

A respeito do processo de corrosão em metais, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADO - A corrosão se dá pela perda de eletróns (oxidação). A região em que ocorre a oxidação é denominada ânodo;

    b) CORRETO - A corrosão eletroquímica (mais comun) ocorre quando dois metais são ligados por um eletrólito, formando uma pilha galvânica;

    c) ERRADO - Na galvanização, o zinco é usado como ânodo de sacrifício;

    d) ERRADO - Metais anôdicos em relação ao hidrogênio tendem a oxidar com maior velocidade quanto maior a acidez do meio. 

    OBS: a maioria dos metais e ligas passivam-se na presença de meios básicos, com exceção dos metais anfóteros (Al, Zn, Pb, Sn e Sb) 

  •       Questão sobre o processo de corrosão em metais. Vamos analisar todas as afirmativas.

    (A)   a região onde acontece a corrosão é denominada de .

    ERRADO. A região onde acontece a corrosão é chamada de ANODO. É nessa região que acontece a perda de elétrons ou oxidação.

     

    (B)  A corrosão eletroquímica só acontece se houver a construção de uma célula galvânica.

    CORRETO. Ocorre quando 2 metais, com diferente potenciais, estão em contato em presença de um eletrólito, ocorrendo uma diferença de potencial e a consequente transferência de elétrons. Comumente chamada de corrosão galvânica.

     

    (C)   em aços galvanizados, o ferro atua como e o zinco como , protegendo o aço.

    ERRADO. É o contrário do que se afirma na alternativa. O Ferro atua como cátodo e o zinco como ânodo de sacrifício nos aços galvanizado.

    (D)  se a acidez do eletrólito aumentar, a corrosão dos metais anódicos em relação ao hidrogênio se .

    ERRADO. Quanto maior a acidez do meio, maior a tendência dos metais anódicos se corroerem.

    Resposta: B


ID
2464360
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

Um eixo de alumínio tem o seu diâmetro medido por um micrômetro em um ambiente com temperatura de 30°C, sendo encontrada a indicação de 20,538mm.

Para essa situação, qual deverá ser a correção aplicada no valor do diâmetro do eixo para compensar o efeito da temperatura?

Considere que ambos os materiais estejam na mesma temperatura.

(Dados: αaço = 11,5 μm.m-1.K-1 e αAl = 23,0 μm.m-1.K-1; 1μm = 10-6m)

Alternativas
Comentários
  • Deve ter sido pela banca não disponibilizar a temperatura de melhor utilização dos equipamentos de medição, para a maioria dos casos é 20°C, neste caso ∆T = 30 - 20 = 10K:

    ∆L = α * L * ∆T

    Para o eixo de alumínio a variação é de + 4,6μm e para o paquímetro de aço a variação é de + 2,3μm, sendo assim, a correção se dá pela subtração da diferença entre o instrumento e a peça: - 2,3μm


ID
2464363
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

Para uma estrutura cristalina cúbica de face centrada, o volume de uma célula unitária em termos do raio atômico R é

Alternativas
Comentários
  • O parâmetro de rede de uma célula unitária CFC é a=4r / √2

    O volume será a^3 =  64r^3 / 2√2 = 32r^3 /√2 ou 16r^3√2 (forma simplificada)

  • Essa é uma das poucas questões dessa aula que será necessário saber a fórmula da aresta da célula unitária e calcular o volume. Para ficar mais didático, vamos relembrar o que é a estrutura cristalina e como chegar ao cálculo da aresta.

    A ordenação atômica em sólidos cristalinos aponta que pequenos grupos de átomos formam um padrão repetitivo. Dessa forma torna-se conveniente subdividir a estrutura cristalina em pequenas entidades que se repetem, chamadas células unitárias, conforme figura a seguir

    A estrutura cristalina encontrada em muitos metais possui uma célula unitária com geometria cúbica, com os átomos localizados em cada um dos vértices e nos centros de todas as faces do cubo. Essa estrutura é chamada de cúbica de faces centradas (CFC) conforme a figura seguinte.

    A partir da imagem pode-se calcular o valor da aresta (a) a partir do raio atômico (R) utilizando o Teorema de Pitágoras.

    Para calcular o volume da célula é só utilizar a fórmula do volume de um cubo, que é a aresta elevado ao cubo.

    Portanto, a alternativa (C) traz a resposta correta.

    Resposta: C


ID
2464366
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

Por “defeito cristalino” designamos uma irregularidade na rede cristalina com uma ou mais das suas dimensões na ordem de um diâmetro atômico. Vários tipos diferentes de imperfeições são conhecidas, incluindo os defeitos pontuais, aqueles associados com uma ou duas posições atômicas.

Qual é o mais simples dos defeitos pontuais?

Alternativas
Comentários
  • Das alternativas elencadas na questão, a única que é DEFEITO PONTUAL é o de Lacuna, alternativa (A). Todavia, os outros itens também serão analisados.

    LACUNA é o mais simples dos defeitos pontuais. Pode ser chamado também de sítio vago da rede cristalina, onde um sítio que normalmente deveria estar ocupado está com um átomo faltando. Todo sólido cristalino contém lacunas.

    Outro defeito pontual que existe é o auto-intersticiais, esse defeito é causado por um átomo de cristal que se encontra comprimido no interior de um sítio intersticial. A formação desse defeito é muito pouco provável.

    A DISCORDÂNCIA é um defeito linear e é observado quando alguns dos átomos estão desalinhados.

    As discordâncias estão associadas com a cristalização e a deformação (origem: térmica, mecânica e supersaturação de defeitos pontuais).

    SUPERFÍCIES EXTERNAS e CONTORNO DE GRÃO são defeitos interfaciais. Esse tipo de defeito se dá por contornos que possuem duas dimensões e normalmente separam as regiões dos materiais que possuem diferentes estruturas cristalinas e/ou orientações cristalográficas.

    SUPERFÍCIES EXTERNAS: Os átomos da superfície externa estão ligados a um número menor de vizinhos mais próximos quando comparados aos átomos do interior do material. Estes átomos apresentam energia mais elevada, relacionada à energia das ligações não regulares.

    Os materiais tendem a minimizar esta energia pela redução da área superficial. Um bom exemplo ocorre nos líquidos, que assumem formas de mínima área superficial. Um exemplo disto são as gotas de água, que assume a forma esférica. Uma limitação ocorre para os materiais sólidos, haja visto a rigidez mecânica.

    CONTORNO DE GRÃO: Nesta região, existe uma largura equivalente a alguns espaçamentos atômicos e apresenta um desencontro devido à diferente orientação cristalina.

    Portanto, a alternativa (A) traz a resposta correta.

    Resposta: A

  • Lacuna > defeito pontual (falta de átomo na rede cristalina)

    Discordância > defeito linear (linha)

    Superfície externa > defeito interfacial (bidimensional)

    Contornos de grão > defeito interfacial (bidimensional)


ID
2464369
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma sobre transferência de calor.

( ) Transferência de calor é energia em trânsito devido a uma diferença de temperatura.

( ) Quando a condutividade térmica do material tem um valor baixo, o material é considerado condutor térmico e, caso contrário, isolante térmico.

( ) Quando a transferência de energia ocorrer em um meio estacionário, que pode ser um sólido ou um fluido, em virtude de um gradiente de temperatura, a transferência de calor ocorre por condução.

( ) Aletas têm como função fornecer superfície extra para o calor se dissipar. Com isso, aumenta-se a taxa de transferência de calor (q) entre um sólido e um fluido.

( ) Quando a transferência de energia ocorrer entre uma superfície e um fluido em movimento, em virtude da diferença de temperatura entre eles, a transferência de calor ocorre por radiação.

De acordo com as frases acima marque a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Vamos analisar item por item.

    (V) Transferência de calor é energia em trânsito devido a uma diferença de temperatura.

    VERDADEIRO. Transferência de calor é energia em deslocamento de um sistema para outro em consequência da diferença de temperatura entre eles.

    (F) Quando a condutividade térmica do material tem um valor baixo, o material é considerado condutor térmico e, caso contrário, isolante térmico.

    FALSO. A condutividade térmica é a medida da capacidade de um material em conduzir calor. Assim, uma alta condutividade significa um material com uma boa condução de calor. Em contrapartida, um material com baixa condutividade indica que é um mal condutor de calor, ou seja, isolante. O item inverte o conceito de condutividade térmica.

    (V) Quando a transferência de energia ocorrer em um meio estacionário, que pode ser um sólido ou um fluido, em virtude de um gradiente de temperatura, a transferência de calor ocorre por condução.

    VERDADEIRO. A condução de calor é a transferência de energia térmica das partículas com mais energia do meio para as partículas adjacentes com menos energia, podendo ocorrer em sólidos, líquidos e gases, desde que não haja movimento da massa. Foi o que a questão expôs. A transferência de calor por condução, conhecida como LEI DE FOURIER, pode ser calculada pela seguinte fórmula, em que “Q” é a transferência de calor, “A” é a área de troca térmica, “L” é a espessura, “DT” é a diferença de temperatura e “k” a condutividade térmica do material:

    Q=(k.A.ΔT)/L

    (V) Aletas têm como função fornecer superfície extra para o calor se dissipar. Com isso, aumenta-se a taxa de transferência de calor (q) entre um sólido e um fluido.

    VERDADEIRO. O emprego das aletas permite uma melhora da transferência de calor pelo aumento da área exposta ou de contato entre a superfície aquecida e o fluido, aumentando assim a superfície de troca de calor.

    (F) Quando a transferência de energia ocorrer entre uma superfície e um fluido em movimento, em virtude da diferença de temperatura entre eles, a transferência de calor ocorre por radiação.

    FALSO. A transferência por radiação é a energia emitida pela matéria por meio de ondas eletromagnéticas. O conceito apresentado na questão é de convecção que é quando a transferência de energia se dá entre a superfície sólida e um fluido adjacente em movimento. A lei de Stefan-Boltzmann descreve a transferência de calor por radiação. Essa lei pode ser expressa pela seguinte equação, em que “” representa a constante de Stefan-Boltzmann:

    Q=σ.ϵ.(A.(T-(T ^)

    Resposta: A

  • (V) Transferência de calor é energia em trânsito devido a uma diferença de temperatura.

    (F) Quando a condutividade térmica do material tem um valor baixo, o material é considerado condutor térmico e, caso contrário, isolante térmico. É o inverso.

    (V) Quando a transferência de energia ocorrer em um meio estacionário, que pode ser um sólido ou um fluido, em virtude de um gradiente de temperatura, a transferência de calor ocorre por condução.

    (V) Aletas têm como função fornecer superfície extra para o calor se dissipar. Com isso, aumenta-se a taxa de transferência de calor (q) entre um sólido e um fluido.

    (F) Quando a transferência de energia ocorrer entre uma superfície e um fluido em movimento, em virtude da diferença de temperatura entre eles, a transferência de calor ocorre por radiação. Essa transcal é por convecção.


ID
2464375
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

Uma propriedade mecânica importante a ser considerada é a dureza. Ela é uma medida de resistência de um material a uma deformação plástica localizada. Os primeiros ensaios de dureza eram baseados em minerais naturais. Ao longo dos anos, novas técnicas quantitativas para detecção da dureza foram desenvolvidas e, hoje, existem vários ensaios conhecidos, normatizados e amplamente descritos na literatura específica que detalham métodos pelos quais os valores de dureza dos materiais podem ser determinados.

Com base no conhecimento desses métodos, qual dos ensaios de dureza listados a seguir utiliza um penetrador de diamante muito pequeno, com geometria piramidal e que é forçado contra a superfície do corpo de prova para detecção da dureza, além de ser usado para testar materiais frágeis, como os materiais cerâmicos?

Alternativas
Comentários
  • Essa questão não aceitaria como resposta também a Dureza Vickers.?

  • A banca aceitou a resposta - Dureza Vickers. Embora o ensaio Knoop seja utilizado para materiais frágeis.

    Callister:

    Cap - 06

    Pg - 95/96

  • Dureza Vickers - 1g - 120kg (microdureza 1g-1000g / macrodureza 1kg - 120kg)

    Dureza Knoop 1g-1000g

    Ou seja, poderia ser os dois.

  • Para resolver essa questão vamos a mais uma revisão sobre os ensaios de dureza, para que de uma vez por todas você entenda e grave esses conceitos.

    Os ENSAIOS DE DUREZA são baseados no princípio de penetração na superfície do metal por meio de uma aplicação de uma carga por intermédio de um penetrador.

    ENSAIO DE DUREZA BRINELL

    É o primeiro ensaio grandemente aceito e padronizado e tornou-se popular devido à relação de valores resultantes e a resistência à tração.

    Uma carga P é aplicada por meio de uma esfera de diâmetro D na superfície de ensaio. Como resultado a superfície irá ficar com uma impressão em forma de calota esférica de diâmetro d. Esses valores podem ser usados para determinar o valor da dureza Brinell por meio de tabelas ou pode-se calcular por meio da equação representada a seguir.

    Uma das limitações do método Brinell é não poder ser usado em superfícies muito duras ou de dureza idêntica à da esfera penetradora, pois ela se deformaria durante o ensaio e não pode também ser usado em peças muito finas.

    ENSAIO DE DUREZA KNOOP

    O método Knoop é utilizado para a medição de dureza sobre áreas muito pequenas, microdureza, na qual um penetrador de diamante, com formato piramidal, é pressionado contra uma superfície. A carga varia de poucas gramas até 1 kgf e é aplicada durante 15 segundos. Esse método também pode ser usado para testar materiais frágeis, como os materiais cerâmicos

    O comprimento da impressão é medido em milímetros e o número de dureza é calculado dividindo-se a carga pela área projetada da impressão.

    ENSAIO DE DUREZA VICKERS

    É um método utilizado amplamente em trabalho de pesquisa, pois fornece uma escala contínua de dureza para uma determinada carga.

    Ela se baseia na resistência que o material oferece à penetração de um penetrador de diamante em forma de pirâmide de base quadrada e ângulo entre faces de 136º, sob uma determinada carga.

    A dureza é dada pela razão da carga com a área da impressão.

    Sendo P a carga aplicada, L a diagonal de impressão e θ o ângulo entre as faces opostas.

    ENSAIO DE DUREZA ROCKWELL

    É um processo universalmente mais utilizado, devido a sua rapidez, facilidade de execução, isenção de erros pessoais, capacidade de distinguir pequenas diferenças de dureza em aço temperado e ainda porque impressões obtidas apresentam pequenas dimensões. Pode ser usado também para ensaiar ligas muito duras, pois um dos penetradores possui ponta de diamante.

    Neste método, a carga do ensaio é aplicada em etapas, ou seja, primeiro se aplica uma pré-carga, para garantir um contato firme entre o penetrador e o material ensaiado, e depois aplica-se a carga do ensaio propriamente dita.

    O valor indicado na escala do mostrador é o valor da dureza Rockwell. Este valor corresponde à profundidade alcançada pelo penetrador, subtraídas a recuperação elástica do material, após a retirada da carga maior, e a profundidade decorrente da aplicação da pré-carga.

    Portanto, o ensaio Vickers é o ensaio de dureza que utiliza um penetrador de diamante muito pequeno, com geometria piramidal e que é forçado contra a superfície do corpo de prova para detecção da dureza, além de ser usado para testar materiais frágeis, como os materiais cerâmicos, conforme traz a alternativa (C).

    Resposta: C

  • Também acredito que a questão deveria ser anulada, temos duas respostas corretas Knoop e Vickers!

    Pelo menos com as informações dadas no enunciado não da pra distingui-las.

    Caso alguém saiba o porquê da banca ter optado pela alternativa B, por favor, poste nos comentários!

  • Questão passível de recurso.

  • Dureza Vickers (HV) 

    Utiliza‐se um penetrador de diamante (indeformável) em formato piramidal com ângulo de face de 136°;

    Indentador piramidal de base quadrada.

    Dureza Knoop

    Utiliza o mesmo princípio da microdureza Vickers (mesmo equipamento), com um penetrador de diamante que produz uma impressão em que a relação entre a diagonal maior e a menor é de 7:1;

    Indentador piramidal de base em forma de losango;

    A penetração é a metade da obtida com um penetrador Vickers para uma mesma carga.

    Questão

    "penetrador de diamante muito pequeno, com geometria piramidal "

    Forcei a barra para achar esses argumentos para aceitar a letra B como gabarito único da questão.

  • Questão deveria ser anulada !!!!


ID
2464378
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

Em sólidos cristalinos, a deformação plástica envolve, na maioria das vezes, o movimento de discordância.

Analise as afirmativas a seguir sobre as características das discordâncias e o seu envolvimento em um processo de deformação plástica.

I. Em uma discordância de aresta, existe uma distorção localizada da rede cristalina ao longo da extremidade de um semi plano adicional de átomos, que também define a linha da discordância.

II. Uma discordância espiral pode ser considerada como sendo o resultado de uma distorção por cisalhamento.

III. Durante a deformação plástica, o número de discordância aumenta drasticamente.

IV. A densidade de discordância em um material é expressa como a área total de discordância por unidade de volume.

V. As discordâncias se movem com o mesmo grau de facilidade sobre todos os planos cristalográficos de átomos e em todas as direções cristalográficas.

Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I, II e III corretas.


    IV - A densidade de discordâncias é dada como o "comprimento" total de de discordâncias por unidade de volume.


    V - Existe um sistema de escorregamento por onde as discordâncias se movem com maior facilidade, o sistema de escorregamento é composto por um plano e uma direção de escorregamento.

  • Já vimos anteriormente nesta aula o que é movimento de discordância. Contudo, agora iremos analisar os tipos de discordâncias que ocorre em uma rede cristalina. Por isso, vamos analisar item por item.

    I. Em uma discordância de aresta, existe uma distorção localizada da rede cristalina ao longo da extremidade e um semiplano adicional de átomos, que também define a linha da discordância. CORRETO.

    Os dois principais tipos de defeitos lineares são: discordâncias em linha, cunha (aresta) e em hélice espiral (ou parafuso). Pode-se criar uma discordância em aresta por inserção de um semiplano atômico adicional ou extra, resultante do deslocamento.

    II. Uma discordância espiral pode ser considerada como sendo o resultado de uma distorção por cisalhamento. CORRETO.

    Uma discordância parafuso (espiral) pode ser formada num cristal perfeito aplicando tensões de cisalhamento em regiões do cristal perfeito que foram separadas por um plano de corte. Estas tensões de corte introduzem uma região com a rede cristalina distorcida, com a forma de uma rampa, em espiral, de átomos distorcidos em torno da linha da discordância parafuso.

    III. Durante a deformação plástica, o número de discordância aumenta drasticamente. CORRETO.

    Nos sólidos cristalinos, os defeitos lineares ou discordâncias são defeitos que originam uma distorção da rede centrada em torno de uma linha. As discordâncias são originadas durante a solidificação dos sólidos cristalinos ou podem também ser originadas por deformação plástica, ou permanente, de sólidos cristalinos, por condensação de lacunas e por desajustamentos atômicos em soluções sólidas.

    As discordâncias possibilitam a deformação plástica, pois a quebra de ligações atômicas ocorre de forma localizada exigindo assim menores tensões.

    Em que a) é uma discordância de aresta e b) uma discordância em espiral.

    IV. A densidade de discordância em um material é expressa como a área total de discordância por unidade de volume. ERRADO.

    A densidade de discordância de um material é expressa como unidade de comprimento sobre unidade de volume.

    V. As discordâncias se movem com o mesmo grau de facilidade sobre todos os planos cristalográficos de átomos e em todas as direções cristalográficas. ERRADO.

    As discordâncias não se movem com a mesma facilidade em todos os planos cristalinos e em todas as direções cristalinas, a movimentação das discordâncias se dá preferencialmente através de planos específicos e, dentro desses planos, em direções específicas, ambos com a maior densidade atômica de um dado reticulado cristalino.

    Essa combinação de um plano e uma direção é chamada de sistema de escorregamento (“slip system”).

    Portanto, a alternativa (C) traz a resposta correta.

    Resposta: C


ID
2464381
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

A conformação mecânica consiste em alterar as formas dos metais por meio de solicitações mecânicas. Essencialmente, o processo causa deformação plástica em um corpo metálico sem modificar sua massa e integridade. Processos como trefilação, extrusão, laminação, forjamento e estampagem são processos de conformação mecânica, caracterizados por alterarem as dimensões dos aços via deformações plásticas.

Nas frases abaixo, sobre conformação mecânica, coloque (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para as afirmações falsas.

( ) A fieira é o dispositivo básico da trefilação. É constituída por três partes cônicas e uma parte cilíndrica.

( ) No trabalho a frio, é necessária uma menor energia para deformar o metal, já que a tensão de escoamento decresce com o aumento da temperatura.

( ) Entre as vantagens do processo de trefilação, podemos citar a elevada redução transversal e a precisão dimensional, inferior apenas àquela obtida por laminação a frio.

( ) Entre os defeitos de trefilação, podemos citar: fratura irregular, causada por partículas duras que ficam retidas na fieira e posteriormente se desprendem, e diâmetro irregular formando cones, causado por redução pequena e ângulo de fieira muito grande, com acentuada deformação da parte central.

De acordo com as frases propostas, marque a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Vamos analisar item por item.

    (V) A fieira é o dispositivo básico da trefilação. É constituída por três partes cônicas e uma parte cilíndrica.

    VERDADEIRO. A fieira é constituída de quatro regiões distintas conforme imagem a seguir:

    Onde 1 é o cone de entrada, 2 é o cone de trabalho, 3 o cilindro de calibração e 4 o cone de saída.

    (F) No trabalho a frio, é necessária uma menor energia para deformar o metal, já que a tensão de escoamento decresce com o aumento da temperatura.

    FALSO. A afirmativa fala que a tensão de escoamento diminui com o acréscimo de temperatura, ou seja, no trabalho a frio é necessária uma maior energia para deformar o material, pois a tensão de escoamento será maior, essa mesma relação pode ser feita com a dureza que decresce com o aumento de temperatura. Já o trabalho a quente requer um menor esforço mecânico permitindo assim que para a mesma quantidade de deformação utiliza-se máquina de menor capacidade que no trabalho a frio.

     

    (V) Entre as vantagens do processo de trefilação, podemos citar a elevada redução transversal e a precisão dimensional, inferior apenas àquela obtida por laminação a frio.

    VERDADEIRO. As vantagens da trefilação são:

    ·        O material pode sofrer uma redução transversal mais do que com qualquer outro processo;

    ·        A precisão dimensional obtida só não é maior do que a laminação a frio;

    ·        A superfície produzida é uniformemente limpa e polida;

    ·        O processo influi nas propriedades mecânicas do material, atingindo, em combinação com um tratamento térmico adequado, de uma gama variada de propriedades com a mesma composição química.

    (F) Entre os defeitos de trefilação, podemos citar: fratura irregular, causada por partículas duras que ficam retidas na fieira e posteriormente se desprendem, e diâmetro irregular formando cones, causado por redução pequena e ângulo de fieira muito grande, com acentuada deformação da parte central.

    FALSO. A questão troca os defeitos e a causa dos defeitos. Os defeitos mais comuns em trefilação são:

    ·        (a) Diâmetro irregular ou escalonado: causado por partículas duras que ficam retidas na fieira e posteriormente se desprendem.

    ·        (b) Fratura irregular com estrangulamento: causada por esforço excessivo devido à lubrificação deficiente ou redução excessiva.

    ·        (c) Fratura com risco lateral ao redor da marca de inclusão: causada por partícula dura inclusa no fio inicial proveniente da laminação ou extrusão.

    ·        (d) Fratura com trinca aberta em duas partes: causada por trincas de laminação.

    ·        (e) Marcas em forma de “v” ou fratura em ângulo: causadas por redução grande e parte cilíndrica pequena com inclinação do fio na saída, ruptura de parte da fieira com inclusão de partícula no contato fio-fieira, inclusão de partículas duras estranhas.

    ·        (f) Fratura irregular formando cones: causado por redução pequena e ângulo de fieira muito grande, com acentuada deformação da parte central.

    Portanto, a resposta correta é a alternativa (B).

    Resposta: B

  • DEFEITOS EM TREFILADOS

    Podem resultar:

    - de defeitos na matéria-prima (fissuras,lascas, vazios, inclusões);

    - do processo de deformação. 

  • Corrigindo:

    2- No trabalho a quente, é necessária uma menor energia para deformar o metal, já que a tensão de escoamento decresce com o aumento da temperatura.

    4- Entre os defeitos de trefilação, podemos citar: diâmetro escalonado, causada por partículas duras que ficam retidas na fieira e posteriormente se desprendem, e diâmetro irregular formando cones, causado por redução pequena e ângulo de fieira muito grande, com acentuada deformação da parte central.


ID
2464384
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

O motor de combustão interna produz movimentos de rotação por meio de combustões dentro de cilindros fechados. Suas partes principais são: cabeçote, bloco, conjuntos das bielas e árvore de manivelas.

Sobre o cabeçote pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • é onde é feita a queima da mistura ar/combustível.

  • que questão mal elaborada. A queima ocorre na câmara de combustão, a mesma formada pela junção do bloco com o cabeçote.

  • Será avaliado cada alternativa e irá ser feito uma breve explicação das partes do motor.

    (A)            é a estrutura principal do motor.

    ERRADO. Bloco: É a parte central do motor, é considerado a principal estrutura por sustentar todas as outras partes. Nele direta ou indiretamente, são acoplados os componentes que compõe o motor. São normalmente construídos de ferro fundido, mas a este podem ser adicionados outros elementos para melhorar suas propriedades.

    (B)             é onde é feita a queima da mistura ar/combustível.

    CORRETO. Cabeçote: O cabeçote é a parte superior do motor, tem a função de tampar os cilindros, formando a câmara de combustão na parte superior do bloco do motor. Nele, ocorrem altas pressões por conta do pistão que comprime a mistura, no caso do ciclo Otto, ou o ar, no caso dos motores de ciclo Diesel. Geralmente, possui orifícios com roscas onde são fixadas as velas de ignição ou os bicos injetores e alojadas as válvulas de admissão e escape ou descarga. A união do bloco com o cabeçote, em razão da total vedação, requer uma junta de amianto revestida de metal. Normalmente os cabeçotes de motores resfriados a água são fabricados em ferro fundido, e em circunstâncias especiais que exige pouco peso, são fabricados em alumínio.

    (C)             produz movimentos de rotação por meio de combustões dentro de cilindros fechados.

    ERRADO. Aqui temos uma definição do que o motor de combustão interna faz, o motor de combustão interna transforma energia térmica (calorífica) em trabalho mecânico (energia mecânica), ou seja, produz movimentos de rotação por meio de combustões realizadas dentro de cilindros fechados.

    (D)            transforma os movimentos retilíneos alternados dos êmbolos em rotação da própria árvore de manivelas.

    ERRADO. O conjunto biela-virabrequim transforma o movimento retilíneo dos pistões em movimento rotativo do virabrequim. As bielas são consideradas o braço de ligação entre os pistões e o eixo de manivelas; recebem o impulso dos pistões, transmitindo-o ao eixo de manivelas ou virabrequim.

    Resposta: B

  • pensei que a queima do combustível acontecia no interior do cilindro.

  • Acho que esta questão é passível de recurso. A queima do ar+combustível é feita na câmara de combustão, que, por sua vez, é constituída do Bloco e cabeçote do motor.

  • No meu ponto do vista, a questão realmente é passível de anulação. Pois a queima ocorre na câmara de combustão, a mesma formada pela junção do bloco com o cabeçote.

    Mas a alternativa B é a ""menos errada"". Então daria pra acertar.

  • Cabeçote: Estão câmaras de combustão, onde é feita a queima da mistura ar combustível

    Bloco: Estrutura principal do motor, onde estão agregados , entre outros, os seguintes elementos:

    1. Cilindros e êmbolos.
    2. Árvore de manivelas
    3. Cabeçote

    Conjunto Móvel: É formado pelas bielas, êmbolos, anéis e árvore de manivelas e transformar o movimento retílineos alternados dos êmbolos em rotação da própria árvore de manivelas.

    Fonte: Apostila Mecânica Automotiva do Senai.


ID
2464387
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

A fadiga é uma forma de falha que ocorre em estruturas que estão sujeitas a tensões dinâmicas e oscilantes como, por exemplo, pontes, aeronaves e componentes de máquinas.

Sobre a fadiga é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Com frequência descobre-se que membros de máquina falharam sob a ação de tensões repetidas ou flutuantes. Todavia, uma análise mais cuidadosa revela que as tensões reais máximas estavam abaixo da resistência última do material e, inclusive, abaixo da Tensão de Escoamento. A característica mais distinguível dessas falhas é que as tensões foram repetidas muitas e muitas vezes, daí a falha ser denominada falha por fadiga.

    As falhas por fadiga têm aparência similar à de uma fratura frágil, uma vez que as superfícies estriadas são planas e perpendiculares ao eixo de tensão:

    Já a alternativa B) “o limite de resistência à fadiga representa a grandeza desse nível constante de tensão, abaixo do qual a fadiga irá ocorrer”, está INCORRETA porque o Limite de Resistência à Fadiga representa a grandeza desse nível de Tensão, abaixo do qual a Fadiga NÃO ocorrerá.

    Por sua vez, a alternativa C) “      as marcas de estrias se formam sobre componentes mecânicos que experimentam a interrupção da tensão aplicada, podendo ser observadas a olho nu”, está INCORRETA porque as estrias se formam em componentes que, após iniciarem-se os estágios de fratura por fadiga, continuam sendo submetidos à Tensão até a completa fratura.

    Os estágios da falha por fadiga são:

    ·        Estágio I: corresponde ao início de uma ou mais microtrincas (não discerníveis a olho nu causadas por deformação plástica acíclica seguida de propagação cristalográfica estendendo-se por dois a cinco grãos relativamente à origem;

    ·        Estágio II: compreende a progressão de micro a macrotrincas, formando superfícies de fratura com platôs paralelos, separados por sulcos também paralelos, tais platôs são normalmente lisos e normais à direção de máxima tensão ou tração, as superfícies citadas podem ser onduladas e escuras e ter bandas leves conhecidas como marcas de praia ou marcas de concha de ostra;

    ·        Estágio III: que ocorre no ciclo de carga final, quando o material remanescente não pode suportar as cargas, resultando em fratura rápida e repentina.

    Por fim, a alternativa D) “              as marcas de praia de fadiga possuem dimensões microscópicas e cada uma é considerada representativa da distância de avanço da extremidade da trinca devido a um único ciclo de carga”, está INCORRETA pois as marcas de praias ou, ainda, marcas de concha de ostra são visíveis a olho nu e cada uma não representa a distância de avanço da extremidade da trinca devido a um único ciclo de carga. Na verdade, as superfícies fissuradas abrem e fecham de acordo com os ciclos de carregamento e descarregamento, roçando-se umas nas outras. A aparência delas depende das mudanças do nível e frequência do carregamento.

    Resposta: A

  • A) CORRETA

    B) o limite de resistência à fadiga representa a grandeza desse nível ALTERNADA de tensão, abaixo do qual a fadiga irá ocorrer.

    C) as marcas de PRAIA se formam sobre componentes mecânicos que experimentam a interrupção da tensão aplicada, podendo ser observadas a olho nu.

    D)as marcas de ESTRIAS de fadiga possuem dimensões microscópicas e cada uma é considerada representativa da distância de avanço da extremidade da trinca devido a um único ciclo de carga.

    LETRA A

  • Creio que na letra B também esteja incorreto o "abaixo da qual". Correto seria "acima da qual".


ID
2464390
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

A extrusão é um processo de transformação termomecânica no qual um tarugo de metal é reduzido em sua seção transversal quando forçado a fluir através do orifício de uma matriz (ferramenta), sob o efeito de altas pressões e temperatura.

PORQUE

Metais que possuem baixa resistência ao escoamento, como ligas não ferrosas (Al, Mg, Cu), podem passar pelo processo de extrusão em baixas temperaturas.

Sobre essas duas assertivas, é correto afirmar que a(s)

Alternativas
Comentários
  • Acho que na segunda afirmativa, deveria definir melhor "podem passar pelo processo de extrusão em baixas temperaturas"

    O que seriam essas baixas temperaturas???

  • Acredito que com baixas temperaturas o enunciado quis dizer "trabalhadas a frio"


ID
2464396
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Metalurgia

A laminação é um processo de conformação mecânica que consiste em modificar a seção transversal de um metal na forma de barra, lingote, placa, fio, ou tira, pela passagem entre dois cilindros com geratriz retilínea ou contendo canais entalhados de forma mais ou menos complexa. Um tipo de cadeia de laminação é usado na laminação de barras de aços especiais e consiste em dois conjuntos duos, com sentidos de movimento opostos, colocados em planos verticais paralelos e montados numa cadeira de laminação única.

Essa cadeia é conhecida como

Alternativas
Comentários
  • A questão trata dos tipos de cadeias de laminação. Portanto, vamos revisar os principais tipos a seguir:

    ·        Duo com retomo por cima: Consiste em dois cilindros, colocados um sobre o outro. A peça é laminada ao passar entre os dois e é devolvida para o passe seguinte, passando sobre o cilindro superior.

    ·        Duo reversível: É aquele em que o sentido de rotação dos cilindros é invertido após cada passagem da peça através do laminador

    ·        Duplo Duo: Usado na laminação de barras de aços especiais, consiste em dois conjuntos Duo, com sentidos de movimento opostos, colocados em planos verticais paralelos e montados numa cadeira de laminação única.

    ·        Contínuo: Várias cadeiras são colocadas uma após a outra, numa linha reta, de modo que a peça a ser laminada avança continuamente, sendo trabalhada sucessivamente em vários passes ao mesmo tempo, até que saia da última cadeira, como produto acabado.

    ·        Trio: Três cilindros são dispostos um sobre o outro e a peça é introduzida no laminador, passando entre o cilindro de baixo e o médio e retoma entre o superior e o central.

    ·        Quádruo: Nos laminadores Quádruo, as chapas grossas ou as tiras a quente podem ser laminadas com espessura mais uniforme no sentido transversal, porque os cilindros de apoio, superior e inferior, impedem a flexão excessiva dos de trabalho.

    ·        Universal: Constitui uma combinação de cilindros horizontais e verticais, normalmente montados na mesma cadeira de laminação.

    Dessa forma, após essa breve revisão sobre a teoria podemos definir que o tipo de cadeia de laminação usada na laminação de barras de aços especiais e que consiste em dois conjuntos duos, com sentidos de movimento opostos, colocados em planos verticais paralelos e montados numa cadeira de laminação única é o tipo DUPLO DUO. Portanto, a alternativa (A) é a correta.

    Resposta: A

  • Na verdade a combinacao de laminadores duo se chama de laminador continuo, conforme CHIAVERINI.

    Porem, as demais alternativas podem ser descartadas pois representam laminadores diferentes do tipo enunciado.


ID
2464399
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Metalurgia

Indique a opção que completa corretamente as lacunas da assertiva a seguir.

A máquina de trefilar _____________ contém um sistema de tração do fio, para conduzi-lo através do furo da fieira, constituído de um anel tirante que primeiro acumula o fio trefilado para depois permitir o seu movimento em direção a uma segunda fieira. Já para a trefilação de fios metálicos de pequenos diâmetros, as máquinas ___________________ são as mais utilizadas.

Alternativas
Comentários
  • Existem dois processos de trefilação:

    sem deslizamento / com deslizamento, neste os carreteis possuem diferentes velocidades para compensar o alongamento no comprimento do fio, enquanto que aquele conta com acumuladores de fio para compensar o alongamento no comprimento do fio que reduz o diâmetro ao passar pela fieira.


ID
2464402
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

Com as condições e técnicas de soldagem corretas e com os materiais também corretos, o processo MIG/ MAG resultará num depósito de solda de alta qualidade. Entretanto, assim como em qualquer outro processo de soldagem, os defeitos de solda podem ocorrer.

Associe as colunas relacionando os defeitos de solda à sua correta descrição.

Defeito de solda

(1) Falta de penetração

(2) Falta de fusão

(3) Mordedura

(4) Porosidade


Descrição do defeito da solda

( ) ocorre onde não existir fusão entre o metal de solda e as superfícies do metal de base.

( ) consiste em poros de gás que podem ser encontrados na superfície ou no interior do cordão de solda solidificado.

( ) é encontrado quando o cordão de solda não penetra completamente na espessura do metal de base.

( ) aparece como um entalhe no metal de base ao longo das bordas do cordão de solda.

A sequência correta dessa associação é

Alternativas
Comentários
  • Em geral, em todos os processos de soldagem podem aparecer defeitos na região da solda e a maioria desses defeitos são causados por práticas inadequadas. Dessa maneira, conhecer os tipos de defeitos e como eles são causados é muito importante para uma soldagem perfeita ou até mesmo para corrigir o problema. A seguir serão apresentados alguns TIPOS DE DEFEITOS que podem ocorrer na soldagem MIG/MAG.

    ·        Falta de penetração: Esse tipo de defeito é encontrado quando o cordão de solda não penetra completamente na espessura do metal de base, quando dois cordões de solda opostos não se interpenetrarem e quando o cordão de solda não penetra na garganta de uma junta em ângulo.

    Esse defeito pode ser causado por causa de uma corrente de soldagem muito baixa, uma junta de solda muito estreita ou por causa da poça de fusão passando à frente do arco.

    ·        Falta de fusão: Ocorre onde não existir fusão entre o metal de solda e as superfícies do metal de base.

    É causado pela baixa tensão ou corrente de soldagem, polaridade errada, velocidade de soldagem muito baixa, soldagem sobre um cordão convexo, oscilação da tocha muito larga ou muito estreita, oxidação excessiva na chapa.

    ·        Mordedura: é um defeito que aparece como um entalhe no metal de base ao longo das bordas do cordão de solda. É muito comum em juntas em ângulo sobrepostas, porém pode também ser encontrada em juntas de topo e em ângulo.

    Esse tipo de defeito é mais comumente causado velocidade de soldagem muito alta, tensão de soldagem muito alta, corrente de soldagem excessiva e parada insuficiente às margens do cordão de solda.

    ·        Porosidade: consiste em poros de gás que podem ser encontrados na superfície ou no interior do cordão de solda solidificado.

    As causas mais comuns da porosidade são a contaminação atmosférica, falha na remoção da escória vítrea entre os passes de solda, excesso de oxidação nas superfícies das peças a serem soldadas, soldagem sobre a escória de eletrodo revestido, elementos de liga desoxidantes inadequados no arame e a presença de sujeira.

    Agora que fizemos essa breve revisão sobre o assunto, vamos preencher corretamente os dados da questão:

    Associe as colunas relacionando os defeitos de solda à sua correta descrição.

    Defeito de solda

    (1)    Falta de penetração

    (2)   Falta de fusão

    (3)    Mordedura

    (4)   Porosidade

    Descrição do defeito da solda

    (2) ocorre onde não existir fusão entre o metal de solda e as superfícies do metal de base.

    (4) consiste em poros de gás que podem ser encontrados na superfície ou no interior do cordão de solda solidificado.

    (1) é encontrado quando o cordão de solda não penetra completamente na espessura do metal de base.

    (3) aparece como um entalhe no metal de base ao longo das bordas do cordão de solda.

    Portanto, a alternativa (B) traz a resposta correta.

    Resposta: B


ID
2464405
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

A NBR 8403 (ABNT, 1984) fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes.

Qual das linhas a seguir é aplicada para contornos visíveis e arestas visíveis?

Alternativas
Comentários
  • a) Contínua Larga - Contornos visíveis e arestas visíveis;

    b) Contínua Estreita - linhas de interseção imaginárias, linhas de cotas, linhas auxiliares, linhas de chamadas, hachuras, contornos de seções rebatidas na própria vista e linhas de centros curtas;

    c) Tracejada Estreita - também pode ser representada pela tracejada larga e serve ara representar contornos não visíveis e arestas não visíveis;

    d) Traço e ponto estreita -  linhas de centro, linhas de simetrias e trajetórias

  • De acordo com NBR 8403:

    • A contínua larga - A1 (contornos visíveis) e A2 (arestas visíveis)

    • B contínua estreita - B1 ( linhas interseção imaginárias); B2 (cotas); B3 (auxiliares); B4 (de chamada); B5 (hachuras)

    • C continua estreita a mão libre - C1 ( Limite de vistas ou cortes parciais ou interrompidas)

    • D estreita em zigue-zague - D1 ( Linha destinada-se a desenhos confeccionados por máquinas)

    • E tracejada larga - E1 (contornos não visiveis ) e E2 (arestas não visiveis)

    • F tracejada estreita - F1 (contornos não visiveis ) e F2 (arestas não visiveis)

    • G tracejada e ponta estreita -G1 (Linha de centro) , G2 (Linhas de simetrias), G3 (trajetorias)

    • H tracejada e ponta estreita, largas nas extremidades e na mudança de direçao - H1 (planos de corte)


ID
2464411
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

A Usinagem é uma operação que confere forma, dimensões ou acabamento superficial à peça, ou ainda uma combinação desses, através da remoção de material sob a forma de cavaco.

Sobre o desgaste é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Vamos revisar os principais TIPOS DE DESGASTE e avarias que acontecem em uma ferramenta de usinagem:

    ·        Desgaste frontal: ocorre na superfície de folga da ferramenta, causado pelo contato entre ferramenta e peça. Todo processo de usinagem causa desgaste frontal. Ocasiona deterioração do acabamento superficial da peça e, porque modifica totalmente a aresta de corte original, faz com que a peça mude de dimensão, podendo sair de sua faixa de tolerância. É incentivado pelo aumento da velocidade de corte.

    ·        Desgaste de cratera: ocorre na superfície de saída da ferramenta, causado pelo atrito entre a ferramenta e o cavaco. Pode não ocorrer quando se utiliza ferramentas de metal duro recobertos, ferramentas cerâmicas e quando o material da peça é frágil (cavacos curtos). Seu crescimento gera quebra da ferramenta, quando esse desgaste encontra o desgaste frontal.

    ·        Deformação plástica da aresta de corte: tipo de avaria da ferramenta associada muitas vezes à pressão aplicada à ponta da ferramenta somada à alta temperatura. Essa deformação provoca deficiência do controle de cavacos e deterioração do acabamento superficial da peça, e o seu crescimento pode ocasionar a quebra da aresta de corte. Pode ser evitada utilizando ferramenta de maior dureza a quente e maior resistência à deformação plástica, mudança de condições de usinagem e geometria da ferramenta.

    ·        Lascamento: ocorre quando, diferentemente do desgaste de flanco e de cratera, partículas maiores são retiradas de uma vez, prejudicando o acabamento superficial da peça e até a quebra da ferramenta. Ocorre, principalmente, quando utiliza ferramentas de material frágil ou aresta de corte pouco reforçada.

    ·        Trincas: são ocasionadas pela variação de temperatura e/ou pela variação dos esforços mecânicos. Quando possuem origem térmica, elas se dispõem perpendicularmente à aresta de corte, já quando possuem origem mecânica, se dispõem paralelamente à aresta. Os fatores que geram variação da temperatura de corte ou de esforços mecânicos são: corte interrompido, acesso irregular do fluido de corte, variação da espessura de corte e solda da pastilha no porta ferramentas. O crescimento das trincas leva à quebra da ferramenta. As trincas podem ser evitadas escolhendo uma ferramenta mais tenaz. No caso de fresamento, ainda é possível diminuir o avanço por dente e posicionando a fresa corretamente em relação à peça para diminuir a incidência das trincas.

    ·        Quebra: Todos os desgastes acima podem levar à quebra da ferramenta, todavia, esta pode ocorrer de maneiras inesperada devido: ferramenta muito dura. Carga excessiva sobre a ferramenta; raio de ponta, ângulo de ponta ou ângulo de cunha pequenos; corte interrompido; parada instantânea do movimento de corte; entupimento dos canais de expulsão do cavaco ou de bolsões de armazenamento de cavacos. A quebra da ferramenta ocasiona dano não somente à própria ferramenta, mas também ao porta-ferramentas e à peça.

    Já em relação aos mecanismos de desgaste da ferramenta, eles também podem ser de diversos tipos. Os principais são:

    ·        Aresta postiça de corte: quando se formam, na superfície de contato entre o cavaco e a superfície de saída da ferramenta, uma camada de cavaco que, permanecendo aderente à aresta de corte, modifica seu comportamento com relação à força de corte, acabamento superficial da peça e desgaste da ferramenta. Ocorre porque, em baixas velocidade de corte, a parte inferior do cavaco em contato com a ferramenta, sob a pressão de corte na zona de aderência, mantém este contato sem movimento relativo um espaço de tempo suficiente para se soldar à ferramenta, separando-se de outras porções de cavaco e permanecendo presa à superfície de saída. Com o consequente fluxo de mais cavaco sobre essa porção de cavaco preso à ferramenta, ela se deforma e se encrua, aumento a resistência mecânica e fazendo as vezes de aresta de corte. Essa aresta postiça de corte tende a crescer gradualmente até que em um certo momento rompe-se bruscamente, causando uma perturbação dinâmica. Parte da aresta postiça que se rompe é carregada com o cavaco e parte adere à peça, prejudicando sensivelmente o acabamento superficial da peça. Ao se romper, a aresta postiça arranca partículas da superfície de folga da ferramenta, gerando um desgaste frontal muito grande. A superfície de saída da ferramenta, por outro lado, é protegida (o cavaco atrita somente com a aresta e não com a superfície de saída). A força de corte diminui com a formação da aresta postiça, visto que o ângulo efetivo de saída aumenta. À medida que a velocidade de corte cresce, a temperatura de corte também cresce. Quando a temperatura de recristalização do material do cavaco é ultrapassada, não há mais formação de aresta postiça, pois com a formação de novos grãos no cavaco, não existe mais a possibilidade de encruamento (fator fundamental para formação da aresta postiça). Dessa maneira, há um valor de velocidade acima do qual não ocorre mais a formação da aresta postiça, chamado de velocidade crítica, está relacionado com diversos fatores de usinagem. Fatores que tendem a aumenta a temperatura de corte, como: aumento do avanço e da profundidade de usinagem, diminuição dos ângulos de saída e de inclinação, retirada da refrigeração, tendem a diminuir a velocidade crítica. Além disso, à medida que a ductibilidade do material da peça decresce, decresce também a ocorrência da aresta postiça, visto que os cavacos ficam mais curtos e atritam menos com a superfície de saída da peça.

    ·        Abrasão mecânica: É o mecanismo de desgaste mais comum. Tanto desgaste da frontal quanto o desgaste de cratera podem ser gerados pela abrasão, porém ela se faz proeminente no desgaste frontal, afinal esta faz contato com um elemento rígido que é a peça e a superfície de saída faz contato com elemento flexível que é o cavaco. É incentivado pela presença de partículas duras no material da peça e pela temperatura de corte, que reduz a dureza da ferramenta. Logo, quando maior a dureza a quente da ferramenta, maior sua resistência ao desgaste abrasivo. Partículas duras arrancadas de outra região da ferramenta por aderência ou mesmo por abrasão e arrastados pelo movimento da peça podem causar o desgaste abrasivo em uma área adjacente da ferramenta.

    ·        Aderência: quando duas superfícies metálicas são colocadas em contato sob cargas moderadas, baixas temperaturas e baixas velocidades de corte, forma-se entre elas um extrato metálico que provoca aderência. A resistência desse extrato é elevada a tal ponto que, na tentativa de separar as superfícies, ocorre ruptura em um dos metais e não na superfície de contato. Assim, partículas da superfície de um metal migram para a superfície do outro. O fenômeno da aderência está presente na formação da aresta postiça de corte, mas pode-se ter desgaste por aderência mesmo sem a formação da aresta postiça. A utilização adequada de fluido de corte (principalmente efeito lubrificante) e o recobrimento da ferramenta com materiais de baixo coeficiente de atrito possuem grande influência na diminuição desse desgaste. Em geral, a zona de escorregamento, o corte interrompido, profundidade de usinagem irregular ou a falta de rigidez promovem o fluxo irregular de cavaco e, portanto, facilitam o mecanismo de desgaste por aderência.

    ·        Difusão: a difusão entre ferramenta e cavaco é um fenômeno microscópico ativado pela temperatura na zona de corte. Consiste na transferência de átomos de um metal a outro. Depende da temperatura, da duração de contato e da afinidade físico-química dos metais envolvidos na zona de fluxo. A difusão dos átomos de ferro do aço do cavaco para a ferramenta, principalmente se esta for de metal duro, muda as condições de equilíbrio entre os elementos constituintes dela, levando a uma reação química entre eles, tais reações ocasionam a formação de carbonetos complexos que são menos resistentes e são rapidamente removidos por abrasão. A difusão é responsável principalmente pelo desgaste de cratera em altas velocidades de corte, pois é na superfície de saída da ferramenta que se tem as condições necessárias para a difusão, que são: alta temperatura e tempo de contato cavaco-ferramenta. Não ocorre nas ferramentas de aço rápido (pois não se utilizam altas velocidade de corte com estas ferramentas), e nem nas ferramentas de material cerâmico (pois não há afinidade físico-química com materiais ferrosos). Ferramentas recobertas com camadas de AlO sofrem muito pouco com a difusão.

    ·        Oxidação: altas temperaturas e a presença de ar e água (contida nos fluidos de corte) geram oxidação para a maioria dos metais. O tungstênio e o cobalto durante o corte formam filmes de óxidos porosos sobre a ferramenta que são facilmente levados embora pelo atrito, gerando o desgaste. Já alguns óxidos de alumínio são mais duros e resistentes. O desgaste gerado pela oxidação se forma especialmente nas extremidades do contato cavaco-ferramenta devido ao acesso do ar nesta região, sendo esta uma possível explicação para o surgimento do desgaste de entalhe.

    RESUMIDAMENTE temos que, o desgaste de flanco é causado principalmente por abrasão (em altas velocidade de corte) e pelo cisalhamento da aresta postiça de corte. O desgaste de cratera é devido principalmente à difusão e o desgaste de entalhe ocasionado por aderência e oxidação.

    Após esse não tão breve resumo, vamos responder ao que foi pedido na questão. Sobre o desgaste é correto afirmar que:

    (A) Pode ser observado apenas na superfície de entrada.

    ERRADO. Está errada pois há formas de desgaste que ocorrem em outras partes da ferramenta além da superfície de entrada, como exemplo podemos citar o desgaste de cratera que ocorre na superfície de saída.

    (B) O desgaste por adesão se limita a velocidades de corte elevadas.

    ERRADO. Também está errada, visto que o desgaste por adesão, que na verdade é denominado desgaste por aderência, ocorre quando as superfícies da ferramenta e da peça são colocadas em contato em baixas velocidades, baixas temperaturas e cargas moderadas.

    (C) É a porção do material da peça retirada pela ferramenta, caracterizando-se por apresentar forma irregular.

    ERRADO. É falsa, afinal, ela nos traz não a definição de um desgaste de ferramenta, mas sim a definição do cavaco.

    (D) O mecanismo de desgaste por abrasão ocorre em toda a faixa de temperatura a qual é submetida uma ferramenta de corte.

    CERTO. De fato, o desgaste por abrasão ocorre sim em qualquer faixa de temperatura, apesar de ser incrementado em temperaturas mais elevadas. É o principal mecanismo de desgaste.

    Resposta: D

  • A) pode ser observado apenas na superfície de entrada. Incorreto

    O desgaste pode ser apresentado em diferentes regiões da ferramenta de corte; como no flanco, superfície de saída do cavoco, aresta principal e secundária de corte.

    B) o desgaste por adesão se limita a velocidades de corte elevadas. Incorreto

    O desgaste por adesão ocorre desde que haja afinidade entre o material e a ferramenta de corte. A temperatura, tempo e pressão de contato são parâmetros que devem ser observados na ocorrência desse fenômeno.

    C) é a porção do material da peça retirada pela ferramenta, caracterizando-se por apresentar forma irregular. Incorreto

    Está descrevendo o cavaco.

    D) o mecanismo de desgaste por abrasão ocorre em toda a faixa de temperatura a qual é submetida uma ferramenta de corte. Correto

    Fonte: CHIAVERINI, V.: "Tecnologia Mecânica", 2º Edição, Vol. 3, McGraw-Hill do Brasil, 1986 


ID
2464414
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

A parede da fornalha de uma panela da aciaria é construída de tijolos refratários com 0,25m de espessura e condutividade térmica de 1,3W/mK. A temperatura interna da parede é 1.327°C e a temperatura externa da parede é 917°C.

A taxa de calor perdido através de uma parede com 1,6m por 1,8m é aproximadamente

Alternativas
Comentários
  • q= k*A*(Ti-Te)/espessura. 

    q=((1,3 w/m.k)*(2,88 m^2)*(410k))/0,20 m

    q= 6.140W

  • q = (k . A . dT) / dx

    q = (1,3 . (1,6 . 1,8) . (1327 - 917)) / 0,25

    q = (3,744 . 410) / 0,25

    q = 6140,16 W

    Obs.: A temperatura deveria estar em Kelvin e não em graus Celsius. Como temos uma diferença, colocar em Kelvin ou grau Celsius não muda nada no resultado final.

  • q = (k . A . dT) / dx

    q = (1,3 . (1,6 . 1,8) . (1327 - 917)) / 0,25

    q = (3,744 . 410) / 0,25

    q = 6140,16 W

    Obs.: A temperatura deveria estar em Kelvin e não em graus Celsius. Como temos uma diferença, colocar em Kelvin ou grau Celsius não muda nada no resultado final.

  • D


ID
2464417
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Metalurgia

Uniões fixas são aquelas que se caracterizam pela impossibilidade de separar as peças previamente unidas sem danificar o conjunto. Os procedimentos mais utilizados e que merecem destaque para esse tipo de união são: Soldagem, Brasagem e Colagem.

Avalie as afirmações sobre esses três procedimentos.

I. A soldagem tem, como um dos seus processos, o caldeamento, isto é, aquecer a área a ser soldada com uma fonte concentrada de calor que leva à fusão incipiente do metal, devendo-se adicionar metal de enchimento na junta.

II. A brasagem consiste na união de metais através do aquecimento abaixo da temperatura de fusão dos mesmos, adicionando-se uma liga de solda (metal de adição) no estado líquido, a qual penetra na folga entre as superfícies a serem unidas.

III. A colagem é um processo de união inter-metálica que consiste em unir partes metálicas ou não, através da adição de uma substância com grande poder adesivo.

IV. As vantagens da soldagem em relação à brasagem são: maior resistência sob elevadas temperaturas de atuação, praticamente sem limitações sobre a dimensão das peças; menor preparação das partes e metal de adição de menor custo.

Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Não entendi porque a soldagem apresenta menor preparação das partes em relação a brasagem. Alguém saberia explicar?

    Os metais de adição também não são mais caros?

  • Vamos analisar item por item.

    I. A soldagem tem, como um dos seus processos, o caldeamento, isto é, aquecer a área a ser soldada com uma fonte concentrada de calor que leva à fusão incipiente do metal, devendo-se adicionar metal de enchimento na junta.

    FALSO. Caldeamento é o processo de soldagem de duas peças metálicas por meio de aquecimento e choque mecânico. As peças são aquecidas até as partes a serem soldadas chegarem a temperatura próxima de seu ponto de fusão. Então são dispostas uma sobre a outra e golpeadas repetidas vezes até que se unam.

    II. A brasagem consiste na união de metais através do aquecimento abaixo da temperatura de fusão dos mesmos, adicionando-se uma liga de solda (metal de adição) no estado líquido, a qual penetra na folga entre as superfícies a serem unidas.

    VERDADEIRO. A brasagem é processo de união que liga metais pelo aquecimento adequado e pelo uso de um metal de adição com temperatura de fusão mais baixa do que a temperatura de fusão do metal a ser soldado, após aplicar a chama o metal de adição no estado líquido preenche a junta por capilaridade. Neste tipo de união, o metal de base nunca se funde e é este fato que diferencia a brasagem de outros processos de soldagem por fusão.

     

    III. A colagem é um processo de união inter-metálica que consiste em unir partes metálicas ou não, através da adição de uma substância com grande poder adesivo.

    VERDADEIRO. É isso mesmo, o nome do processo já diz um pouco do que se trata, é um processo simples.

     

    IV. As vantagens da soldagem em relação à brasagem são: maior resistência sob elevadas temperaturas de atuação, praticamente sem limitações sobre a dimensão das peças; menor preparação das partes e metal de adição de menor custo.

    VERDADEIRO.

    Resposta: D

  • A preparação se dá pelas juntas da brasagem que devem ter uma folga estreita, devido aos mecanismos de capilaridade que o processo exige, e adição como varetas de foscoper (brasagem) são mais caras quando comparadas a eletrodos revestidos por ex.

  • Caldeamento é o processo de soldagem de duas peças metálicas, em geral de aço, por meio de aquecimento e choque mecânico. As peças são aquecidas, e as partes que serão soldadas devem chegar a temperatura próxima de seu ponto de fusão. (ITEM I falso)