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Ao meu ver, há duas alternativas corretas para esta questão. Note que a letra A e a C podem ser a resposta.
a) Gabarito; Realmente, há intertextualidade nesse trecho. Mesmo não havendo aspas o trecho é facilmente percebido como não original do autor.
b) Errado. Não há produção de ironia nesse trecho.
c) Ao meu ver está correta. Perceba que não há coerência entre investir e colher. Por exemplo, você não investe um feijão, você planta o feijao para depois colher.
d) Errada. Texto está coeso, simples, correto.
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Realmente, "plantar para depois colher" são ideias mais coerentes. Entretanto, "investir" pode ser intendido como comprar a semente, sem a qual não se faz o plantio, decorrendo daí a coerência esperada pelo examinador.
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Dimas, o "colher", como está no texto, foi empregado em seu sentido figurado. A autora faz referência a colher resultados a longo prazo depois de certo investimento. Investimento também não está ligado somente a dinheiro, pode também se referir a tempo e dedicação, por exemplo.
Conforme o texto foi produzido, a relação entre investir e colher está, na minha opinião, completamente coerente.
Vamos na fé.
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Intertextualidade nada mais é do que fazer referência a outros textos. Ora, a expressão faz referência ao próprio texto, sabemos que, segundo o ele, o processo de educar é de LONGO PRAZO.
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qUESTÃO MERDA
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UFG sendo UFG
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Intertextualidade
A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. Assim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de ambos: forma e conteúdo.
Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escrita), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música, dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos, provérbios, charges, dentre outros.
Para saber mais: Texto e Tipos de Textos
Tipos de Intertextualidade
Há muitas maneiras de realizar a intertextualidade sendo que os tipos de intertextualidade mais comuns são:
Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmente, em forma de crítica irônica de caráter humorístico. Do grego (parodès) a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (semelhante) e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante à outra”. Esse recurso é muito utilizado pelos programas humorísticos.
Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a mesma ideia contida no texto original, entretanto, com a utilização de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis), significa a “repetição de uma sentença”.
Epígrafe: recurso bastante utilizado em obras, textos científicos, desde artigos, resenhas, monografias, uma vez que consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha alguma relação com o que será discutido no texto. Do grego, o termo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior) e “graphé” (escrita). Como exemplo podemos citar um artigo sobre Patrimônio Cultural e a epígrafe do filósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.): "A cultura é o melhor conforto para a velhice".
Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem relacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o termo “citação” (citare) significa convocar.
Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
https://www.todamateria.com.br/intertextualidade
Prefiro perder a guerra e ganhar a paz.
Bob Marley
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A intertextualidade explícita...
é facilmente identificada pelos leitores;
estabelece uma relação direta com o texto fonte;
apresenta elementos que identificam o texto fonte;
não exige que haja dedução por parte do leitor;
apenas apela à compreensão do conteúdos.
A intertextualidade implícita...
não é facilmente identificada pelos leitores;
não estabelece uma relação direta com o texto fonte;
não apresenta elementos que identificam o texto fonte;
exige que haja dedução, inferência, atenção e análise por parte dos leitores;
exige que os leitores recorram a conhecimentos prévios para a compreensão do conteúdo
Paráfrase
Na paráfrase, a intertextualidade incide na temática. Há uma reafirmação das ideias do texto fonte. É utilizado um tema previamente explorado por outro autor na criação de um novo texto com estrutura e estilo próprios.
Exemplo de paráfrase:
"Minha terra tem palmeiras / onde canta o sabiá..." (Canção do exílio, Gonçalves Dias)
"Moro num país tropical / abençoado por Deus / e bonito por natureza..." (País Tropical, Jorge Ben Jor)
Paródia
Na paródia, ocorre a subversão da temática do texto fonte, alterando e contrariando o que foi expresso anteriormente de forma irônica e satírica. Visa a crítica e a reflexão, promovidas através de um momento de fruição e jocosidade.
Exemplo de paródia:
Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé. (ditado popular)
Se Maomé não vai à montanha, a montanha vaia Maomé. (paródia)
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Referência ou alusão
Na referência ou alusão, é feita a sugestão ou insinuação de um acontecimento, personalidade, personagem, local, obra,... Não é apresentada a intertextualidade de forma direta, mas sim através da apresentação de características simbólicas.
Exemplo de referência ou alusão:
A mais bonita de todas era sem dúvida Helena - a minha filha e não a outra.
(Alusão a Helena de Troia, a mulher mais bonita do mundo)
Citação
Na citação, ocorre uma intertextualidade direta, havendo a reprodução de parte do texto fonte. Há uma transcrição das palavras de outro autor, devidamente destacada com aspas e com a identificação desse autor. A citação visa conferir credibilidade ao novo texto.
Exemplo de citação:
Segundo Bechara (2015, p.276), "o verbo se diz pronominal quando o pronome oblíquo se refere ao pronome reto".
Epígrafe
Na epígrafe, um autor utiliza uma passagem de um texto fonte para iniciar um novo texto, estabelecendo uma relação com essa passagem na criação da nova criação. É muito utilizada em trabalhos acadêmicos, atuando como um pensamento que serve de base à obra.
Exemplo de epígrafe:
"Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção." (Paulo Freire)