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Prova Esamc - 2013 - Esamc - Vestibular


ID
4044109
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um olhar estrangeiro
Vanessa Jurgenfeld


    Há anos, o americano James Green se dedica ao ensino de história do Brasil na Universidade Brown, nos Estados Unidos. Em junho, ele desembarcou no Rio de Janeiro para o que seria apenas mais um simpósio internacional, mas foi surpreendido pela magnitude das manifestações de rua que tornariam junho um mês histórico. Green não teve dúvidas: com as atividades da conferência suspensas um pouco mais cedo, decidiu ouvir de perto as vozes das ruas.
    Assim como Green, outros brasilianistas passaram pelo país nos últimos dias. O historiador Bryan McCann, da Universidade Georgetown, e o economista Werner Baer, da Universidade de Illinois. Aproveitando as férias de verão nos Estados Unidos e o recesso das aulas, visitaram o Brasil para tocar pesquisas sobre assuntos como favelas no Rio e infraestrutura. Depararam-se, porém, com as manifestações, e agora tentam interpretar suas causas e possíveis consequências.
    Green faz ressalvas a comparações internacionais. Para ele, os pesquisadores têm grande dificuldade para analisar os fatos de fora porque, muitas vezes, não entendem as complexidades internas dos países. “Achei inadequadas as análises que imediatamente fizeram analogias com o Oriente Médio. A única coisa em comum é que se usou o mesmo meio [o Facebook] para a mobilização.” Segundo ele, as ansiedades e as preocupações dos manifestantes são totalmente diferentes. “Não dá para comparar o regime autoritário que estava no Egito antes da “Primavera Árabe” com o Brasil, que antes das manifestações tinha um governo com 70% de aprovação.”
    Diferentemente de Green, McCann e Baer acreditam que a onda global recente de protestos indica que o Brasil pode não ser um caso único. Para McCann, comparações com os episódios na Turquia e mesmo com o movimento Occupy Wall Street, que ocorreu nos Estados Unidos em 2011, são pertinentes. “Certamente, as características brasileiras são um pouco diferentes. Mas as manifestações deixam claro que a mídia social e a comunicação instantânea ajudam a espalhar um modo de agir, ajudam a levantar pessoas.” Numa comparação com a Turquia, McCann diz que, embora o Brasil seja “muito mais democrático”, o perfil dos manifestantes é similar. “É uma faixa parecida da população - os jovens -, e o que se poderia chamar de nova classe média. São manifestações de consumidores e de cidadãos que estão exigindo um nível melhor de serviços do governo e de transparência.” Assim como no Occupy Wall Street, McCann identifica nas manifestações no Brasil uma insatisfação com a distribuição de renda e o entendimento de que o crescimento econômico em si não é bom para todo mundo. No Brasil, apesar de a desigualdade cair nos últimos 20 anos, o fato é que alguns enriquecem muito mais rapidamente e de forma mais expressiva do que a maioria, que continua com problemas cotidianos de saúde e transporte público, e não vai comprar mais a ideia de que tudo está ótimo porque tem as Olimpíadas e a Copa do Mundo.” Para o historiador Bryan McCann, as mobilizações acabaram com a utopia de que o Brasil tinha resolvido todos os seus problemas. Baer concorda que as manifestações no Brasil não devem ser vistas de maneira isolada. Mas diz que aqui parece existir insatisfação com questões específicas, como o reaparecimento da inflação e os atrasos em obras de infraestrutura. “É uma mistura de fatos que deixou a população insatisfeita. Não tenho uma teoria nova, são as mesmas especulações que todo mundo está fazendo. Combinando essas insatisfações em geral com o acesso à rede social, resulta esse tipo de acontecimento.” Mas o que o deixou um pouco surpreso é que, embora haja uma taxa de crescimento baixa da economia brasileira, o desemprego - que vem sendo objeto de manifestações em diversos países desenvolvidos - não aumentou. “Então, é muito difícil saber exatamente o que acontece. Acho que ninguém tem uma teoria certa. Nenhuma pessoa honesta pode dizer exatamente: “eu sei a causa de tudo isso””.
    Os brasilianistas observam diferenças nas atitudes dos governos dos diferentes países frente às manifestações. “De certa maneira, o governo brasileiro está reagindo”, diz Baer. “Parece que a presidente Dilma Rousseff sabe que alguma coisa precisa ser feita para atender às reivindicações. McCann concorda que o governo brasileiro procura responder aos protestos, diferentemente do que faz o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, “que está tapando os ouvidos”. A presidenta Dilma, segundo ele, está acenando para o movimento popular. “Se vai dar em alguma coisa, não sei. A reforma política é necessária e isso está claro há uns dez anos. Green argumenta que, para se compreender o encadeamento de protestos no Brasil, é preciso pensar na relação com “as promessas de uma social-democracia justa e ampla que não estão sendo cumpridas por um governo que diz que tudo está melhorando”. A energia política liberada nas ruas, em diferentes manifestações de insatisfação, precisaria, num processo de desdobramento natural, ser combinada com um vigor correspondente na realização das mudanças reclamadas. Os protestos poderão incentivar uma disputa mais acirrada na próxima eleição presidencial. “Acho que a percepção é de que vai haver mais competição política e que a reeleição de Dilma não está garantida. Agora há realmente um debate, o que também é algo positivo”, diz McCann.
(Adaptado de Valor Econômico, 19/07/2013, pp. 11-13.)

O título do texto “Um olhar estrangeiro” se refere:

Alternativas

ID
4044112
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um olhar estrangeiro
Vanessa Jurgenfeld


    Há anos, o americano James Green se dedica ao ensino de história do Brasil na Universidade Brown, nos Estados Unidos. Em junho, ele desembarcou no Rio de Janeiro para o que seria apenas mais um simpósio internacional, mas foi surpreendido pela magnitude das manifestações de rua que tornariam junho um mês histórico. Green não teve dúvidas: com as atividades da conferência suspensas um pouco mais cedo, decidiu ouvir de perto as vozes das ruas.
    Assim como Green, outros brasilianistas passaram pelo país nos últimos dias. O historiador Bryan McCann, da Universidade Georgetown, e o economista Werner Baer, da Universidade de Illinois. Aproveitando as férias de verão nos Estados Unidos e o recesso das aulas, visitaram o Brasil para tocar pesquisas sobre assuntos como favelas no Rio e infraestrutura. Depararam-se, porém, com as manifestações, e agora tentam interpretar suas causas e possíveis consequências.
    Green faz ressalvas a comparações internacionais. Para ele, os pesquisadores têm grande dificuldade para analisar os fatos de fora porque, muitas vezes, não entendem as complexidades internas dos países. “Achei inadequadas as análises que imediatamente fizeram analogias com o Oriente Médio. A única coisa em comum é que se usou o mesmo meio [o Facebook] para a mobilização.” Segundo ele, as ansiedades e as preocupações dos manifestantes são totalmente diferentes. “Não dá para comparar o regime autoritário que estava no Egito antes da “Primavera Árabe” com o Brasil, que antes das manifestações tinha um governo com 70% de aprovação.”
    Diferentemente de Green, McCann e Baer acreditam que a onda global recente de protestos indica que o Brasil pode não ser um caso único. Para McCann, comparações com os episódios na Turquia e mesmo com o movimento Occupy Wall Street, que ocorreu nos Estados Unidos em 2011, são pertinentes. “Certamente, as características brasileiras são um pouco diferentes. Mas as manifestações deixam claro que a mídia social e a comunicação instantânea ajudam a espalhar um modo de agir, ajudam a levantar pessoas.” Numa comparação com a Turquia, McCann diz que, embora o Brasil seja “muito mais democrático”, o perfil dos manifestantes é similar. “É uma faixa parecida da população - os jovens -, e o que se poderia chamar de nova classe média. São manifestações de consumidores e de cidadãos que estão exigindo um nível melhor de serviços do governo e de transparência.” Assim como no Occupy Wall Street, McCann identifica nas manifestações no Brasil uma insatisfação com a distribuição de renda e o entendimento de que o crescimento econômico em si não é bom para todo mundo. No Brasil, apesar de a desigualdade cair nos últimos 20 anos, o fato é que alguns enriquecem muito mais rapidamente e de forma mais expressiva do que a maioria, que continua com problemas cotidianos de saúde e transporte público, e não vai comprar mais a ideia de que tudo está ótimo porque tem as Olimpíadas e a Copa do Mundo.” Para o historiador Bryan McCann, as mobilizações acabaram com a utopia de que o Brasil tinha resolvido todos os seus problemas. Baer concorda que as manifestações no Brasil não devem ser vistas de maneira isolada. Mas diz que aqui parece existir insatisfação com questões específicas, como o reaparecimento da inflação e os atrasos em obras de infraestrutura. “É uma mistura de fatos que deixou a população insatisfeita. Não tenho uma teoria nova, são as mesmas especulações que todo mundo está fazendo. Combinando essas insatisfações em geral com o acesso à rede social, resulta esse tipo de acontecimento.” Mas o que o deixou um pouco surpreso é que, embora haja uma taxa de crescimento baixa da economia brasileira, o desemprego - que vem sendo objeto de manifestações em diversos países desenvolvidos - não aumentou. “Então, é muito difícil saber exatamente o que acontece. Acho que ninguém tem uma teoria certa. Nenhuma pessoa honesta pode dizer exatamente: “eu sei a causa de tudo isso””.
    Os brasilianistas observam diferenças nas atitudes dos governos dos diferentes países frente às manifestações. “De certa maneira, o governo brasileiro está reagindo”, diz Baer. “Parece que a presidente Dilma Rousseff sabe que alguma coisa precisa ser feita para atender às reivindicações. McCann concorda que o governo brasileiro procura responder aos protestos, diferentemente do que faz o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, “que está tapando os ouvidos”. A presidenta Dilma, segundo ele, está acenando para o movimento popular. “Se vai dar em alguma coisa, não sei. A reforma política é necessária e isso está claro há uns dez anos. Green argumenta que, para se compreender o encadeamento de protestos no Brasil, é preciso pensar na relação com “as promessas de uma social-democracia justa e ampla que não estão sendo cumpridas por um governo que diz que tudo está melhorando”. A energia política liberada nas ruas, em diferentes manifestações de insatisfação, precisaria, num processo de desdobramento natural, ser combinada com um vigor correspondente na realização das mudanças reclamadas. Os protestos poderão incentivar uma disputa mais acirrada na próxima eleição presidencial. “Acho que a percepção é de que vai haver mais competição política e que a reeleição de Dilma não está garantida. Agora há realmente um debate, o que também é algo positivo”, diz McCann.
(Adaptado de Valor Econômico, 19/07/2013, pp. 11-13.)

De acordo com o texto, brasilianista seria quem:

Alternativas

ID
4044115
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um olhar estrangeiro
Vanessa Jurgenfeld


    Há anos, o americano James Green se dedica ao ensino de história do Brasil na Universidade Brown, nos Estados Unidos. Em junho, ele desembarcou no Rio de Janeiro para o que seria apenas mais um simpósio internacional, mas foi surpreendido pela magnitude das manifestações de rua que tornariam junho um mês histórico. Green não teve dúvidas: com as atividades da conferência suspensas um pouco mais cedo, decidiu ouvir de perto as vozes das ruas.
    Assim como Green, outros brasilianistas passaram pelo país nos últimos dias. O historiador Bryan McCann, da Universidade Georgetown, e o economista Werner Baer, da Universidade de Illinois. Aproveitando as férias de verão nos Estados Unidos e o recesso das aulas, visitaram o Brasil para tocar pesquisas sobre assuntos como favelas no Rio e infraestrutura. Depararam-se, porém, com as manifestações, e agora tentam interpretar suas causas e possíveis consequências.
    Green faz ressalvas a comparações internacionais. Para ele, os pesquisadores têm grande dificuldade para analisar os fatos de fora porque, muitas vezes, não entendem as complexidades internas dos países. “Achei inadequadas as análises que imediatamente fizeram analogias com o Oriente Médio. A única coisa em comum é que se usou o mesmo meio [o Facebook] para a mobilização.” Segundo ele, as ansiedades e as preocupações dos manifestantes são totalmente diferentes. “Não dá para comparar o regime autoritário que estava no Egito antes da “Primavera Árabe” com o Brasil, que antes das manifestações tinha um governo com 70% de aprovação.”
    Diferentemente de Green, McCann e Baer acreditam que a onda global recente de protestos indica que o Brasil pode não ser um caso único. Para McCann, comparações com os episódios na Turquia e mesmo com o movimento Occupy Wall Street, que ocorreu nos Estados Unidos em 2011, são pertinentes. “Certamente, as características brasileiras são um pouco diferentes. Mas as manifestações deixam claro que a mídia social e a comunicação instantânea ajudam a espalhar um modo de agir, ajudam a levantar pessoas.” Numa comparação com a Turquia, McCann diz que, embora o Brasil seja “muito mais democrático”, o perfil dos manifestantes é similar. “É uma faixa parecida da população - os jovens -, e o que se poderia chamar de nova classe média. São manifestações de consumidores e de cidadãos que estão exigindo um nível melhor de serviços do governo e de transparência.” Assim como no Occupy Wall Street, McCann identifica nas manifestações no Brasil uma insatisfação com a distribuição de renda e o entendimento de que o crescimento econômico em si não é bom para todo mundo. No Brasil, apesar de a desigualdade cair nos últimos 20 anos, o fato é que alguns enriquecem muito mais rapidamente e de forma mais expressiva do que a maioria, que continua com problemas cotidianos de saúde e transporte público, e não vai comprar mais a ideia de que tudo está ótimo porque tem as Olimpíadas e a Copa do Mundo.” Para o historiador Bryan McCann, as mobilizações acabaram com a utopia de que o Brasil tinha resolvido todos os seus problemas. Baer concorda que as manifestações no Brasil não devem ser vistas de maneira isolada. Mas diz que aqui parece existir insatisfação com questões específicas, como o reaparecimento da inflação e os atrasos em obras de infraestrutura. “É uma mistura de fatos que deixou a população insatisfeita. Não tenho uma teoria nova, são as mesmas especulações que todo mundo está fazendo. Combinando essas insatisfações em geral com o acesso à rede social, resulta esse tipo de acontecimento.” Mas o que o deixou um pouco surpreso é que, embora haja uma taxa de crescimento baixa da economia brasileira, o desemprego - que vem sendo objeto de manifestações em diversos países desenvolvidos - não aumentou. “Então, é muito difícil saber exatamente o que acontece. Acho que ninguém tem uma teoria certa. Nenhuma pessoa honesta pode dizer exatamente: “eu sei a causa de tudo isso””.
    Os brasilianistas observam diferenças nas atitudes dos governos dos diferentes países frente às manifestações. “De certa maneira, o governo brasileiro está reagindo”, diz Baer. “Parece que a presidente Dilma Rousseff sabe que alguma coisa precisa ser feita para atender às reivindicações. McCann concorda que o governo brasileiro procura responder aos protestos, diferentemente do que faz o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, “que está tapando os ouvidos”. A presidenta Dilma, segundo ele, está acenando para o movimento popular. “Se vai dar em alguma coisa, não sei. A reforma política é necessária e isso está claro há uns dez anos. Green argumenta que, para se compreender o encadeamento de protestos no Brasil, é preciso pensar na relação com “as promessas de uma social-democracia justa e ampla que não estão sendo cumpridas por um governo que diz que tudo está melhorando”. A energia política liberada nas ruas, em diferentes manifestações de insatisfação, precisaria, num processo de desdobramento natural, ser combinada com um vigor correspondente na realização das mudanças reclamadas. Os protestos poderão incentivar uma disputa mais acirrada na próxima eleição presidencial. “Acho que a percepção é de que vai haver mais competição política e que a reeleição de Dilma não está garantida. Agora há realmente um debate, o que também é algo positivo”, diz McCann.
(Adaptado de Valor Econômico, 19/07/2013, pp. 11-13.)

Muitos compararam as manifestações brasileiras às da Primavera Árabe. Para Green, tal associação é:

Alternativas

ID
4044118
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um olhar estrangeiro
Vanessa Jurgenfeld


    Há anos, o americano James Green se dedica ao ensino de história do Brasil na Universidade Brown, nos Estados Unidos. Em junho, ele desembarcou no Rio de Janeiro para o que seria apenas mais um simpósio internacional, mas foi surpreendido pela magnitude das manifestações de rua que tornariam junho um mês histórico. Green não teve dúvidas: com as atividades da conferência suspensas um pouco mais cedo, decidiu ouvir de perto as vozes das ruas.
    Assim como Green, outros brasilianistas passaram pelo país nos últimos dias. O historiador Bryan McCann, da Universidade Georgetown, e o economista Werner Baer, da Universidade de Illinois. Aproveitando as férias de verão nos Estados Unidos e o recesso das aulas, visitaram o Brasil para tocar pesquisas sobre assuntos como favelas no Rio e infraestrutura. Depararam-se, porém, com as manifestações, e agora tentam interpretar suas causas e possíveis consequências.
    Green faz ressalvas a comparações internacionais. Para ele, os pesquisadores têm grande dificuldade para analisar os fatos de fora porque, muitas vezes, não entendem as complexidades internas dos países. “Achei inadequadas as análises que imediatamente fizeram analogias com o Oriente Médio. A única coisa em comum é que se usou o mesmo meio [o Facebook] para a mobilização.” Segundo ele, as ansiedades e as preocupações dos manifestantes são totalmente diferentes. “Não dá para comparar o regime autoritário que estava no Egito antes da “Primavera Árabe” com o Brasil, que antes das manifestações tinha um governo com 70% de aprovação.”
    Diferentemente de Green, McCann e Baer acreditam que a onda global recente de protestos indica que o Brasil pode não ser um caso único. Para McCann, comparações com os episódios na Turquia e mesmo com o movimento Occupy Wall Street, que ocorreu nos Estados Unidos em 2011, são pertinentes. “Certamente, as características brasileiras são um pouco diferentes. Mas as manifestações deixam claro que a mídia social e a comunicação instantânea ajudam a espalhar um modo de agir, ajudam a levantar pessoas.” Numa comparação com a Turquia, McCann diz que, embora o Brasil seja “muito mais democrático”, o perfil dos manifestantes é similar. “É uma faixa parecida da população - os jovens -, e o que se poderia chamar de nova classe média. São manifestações de consumidores e de cidadãos que estão exigindo um nível melhor de serviços do governo e de transparência.” Assim como no Occupy Wall Street, McCann identifica nas manifestações no Brasil uma insatisfação com a distribuição de renda e o entendimento de que o crescimento econômico em si não é bom para todo mundo. No Brasil, apesar de a desigualdade cair nos últimos 20 anos, o fato é que alguns enriquecem muito mais rapidamente e de forma mais expressiva do que a maioria, que continua com problemas cotidianos de saúde e transporte público, e não vai comprar mais a ideia de que tudo está ótimo porque tem as Olimpíadas e a Copa do Mundo.” Para o historiador Bryan McCann, as mobilizações acabaram com a utopia de que o Brasil tinha resolvido todos os seus problemas. Baer concorda que as manifestações no Brasil não devem ser vistas de maneira isolada. Mas diz que aqui parece existir insatisfação com questões específicas, como o reaparecimento da inflação e os atrasos em obras de infraestrutura. “É uma mistura de fatos que deixou a população insatisfeita. Não tenho uma teoria nova, são as mesmas especulações que todo mundo está fazendo. Combinando essas insatisfações em geral com o acesso à rede social, resulta esse tipo de acontecimento.” Mas o que o deixou um pouco surpreso é que, embora haja uma taxa de crescimento baixa da economia brasileira, o desemprego - que vem sendo objeto de manifestações em diversos países desenvolvidos - não aumentou. “Então, é muito difícil saber exatamente o que acontece. Acho que ninguém tem uma teoria certa. Nenhuma pessoa honesta pode dizer exatamente: “eu sei a causa de tudo isso””.
    Os brasilianistas observam diferenças nas atitudes dos governos dos diferentes países frente às manifestações. “De certa maneira, o governo brasileiro está reagindo”, diz Baer. “Parece que a presidente Dilma Rousseff sabe que alguma coisa precisa ser feita para atender às reivindicações. McCann concorda que o governo brasileiro procura responder aos protestos, diferentemente do que faz o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, “que está tapando os ouvidos”. A presidenta Dilma, segundo ele, está acenando para o movimento popular. “Se vai dar em alguma coisa, não sei. A reforma política é necessária e isso está claro há uns dez anos. Green argumenta que, para se compreender o encadeamento de protestos no Brasil, é preciso pensar na relação com “as promessas de uma social-democracia justa e ampla que não estão sendo cumpridas por um governo que diz que tudo está melhorando”. A energia política liberada nas ruas, em diferentes manifestações de insatisfação, precisaria, num processo de desdobramento natural, ser combinada com um vigor correspondente na realização das mudanças reclamadas. Os protestos poderão incentivar uma disputa mais acirrada na próxima eleição presidencial. “Acho que a percepção é de que vai haver mais competição política e que a reeleição de Dilma não está garantida. Agora há realmente um debate, o que também é algo positivo”, diz McCann.
(Adaptado de Valor Econômico, 19/07/2013, pp. 11-13.)

O brasilianista norte-americano James Green considera que, para entender as causas das manifestações no Brasil, é necessário perceber que “as promessas de uma social-democracia justa e ampla” “não estão sendo cumpridas por um governo que diz que tudo está melhorando”. Posição semelhante apresenta:

Alternativas

ID
4044121
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um olhar estrangeiro
Vanessa Jurgenfeld


    Há anos, o americano James Green se dedica ao ensino de história do Brasil na Universidade Brown, nos Estados Unidos. Em junho, ele desembarcou no Rio de Janeiro para o que seria apenas mais um simpósio internacional, mas foi surpreendido pela magnitude das manifestações de rua que tornariam junho um mês histórico. Green não teve dúvidas: com as atividades da conferência suspensas um pouco mais cedo, decidiu ouvir de perto as vozes das ruas.
    Assim como Green, outros brasilianistas passaram pelo país nos últimos dias. O historiador Bryan McCann, da Universidade Georgetown, e o economista Werner Baer, da Universidade de Illinois. Aproveitando as férias de verão nos Estados Unidos e o recesso das aulas, visitaram o Brasil para tocar pesquisas sobre assuntos como favelas no Rio e infraestrutura. Depararam-se, porém, com as manifestações, e agora tentam interpretar suas causas e possíveis consequências.
    Green faz ressalvas a comparações internacionais. Para ele, os pesquisadores têm grande dificuldade para analisar os fatos de fora porque, muitas vezes, não entendem as complexidades internas dos países. “Achei inadequadas as análises que imediatamente fizeram analogias com o Oriente Médio. A única coisa em comum é que se usou o mesmo meio [o Facebook] para a mobilização.” Segundo ele, as ansiedades e as preocupações dos manifestantes são totalmente diferentes. “Não dá para comparar o regime autoritário que estava no Egito antes da “Primavera Árabe” com o Brasil, que antes das manifestações tinha um governo com 70% de aprovação.”
    Diferentemente de Green, McCann e Baer acreditam que a onda global recente de protestos indica que o Brasil pode não ser um caso único. Para McCann, comparações com os episódios na Turquia e mesmo com o movimento Occupy Wall Street, que ocorreu nos Estados Unidos em 2011, são pertinentes. “Certamente, as características brasileiras são um pouco diferentes. Mas as manifestações deixam claro que a mídia social e a comunicação instantânea ajudam a espalhar um modo de agir, ajudam a levantar pessoas.” Numa comparação com a Turquia, McCann diz que, embora o Brasil seja “muito mais democrático”, o perfil dos manifestantes é similar. “É uma faixa parecida da população - os jovens -, e o que se poderia chamar de nova classe média. São manifestações de consumidores e de cidadãos que estão exigindo um nível melhor de serviços do governo e de transparência.” Assim como no Occupy Wall Street, McCann identifica nas manifestações no Brasil uma insatisfação com a distribuição de renda e o entendimento de que o crescimento econômico em si não é bom para todo mundo. No Brasil, apesar de a desigualdade cair nos últimos 20 anos, o fato é que alguns enriquecem muito mais rapidamente e de forma mais expressiva do que a maioria, que continua com problemas cotidianos de saúde e transporte público, e não vai comprar mais a ideia de que tudo está ótimo porque tem as Olimpíadas e a Copa do Mundo.” Para o historiador Bryan McCann, as mobilizações acabaram com a utopia de que o Brasil tinha resolvido todos os seus problemas. Baer concorda que as manifestações no Brasil não devem ser vistas de maneira isolada. Mas diz que aqui parece existir insatisfação com questões específicas, como o reaparecimento da inflação e os atrasos em obras de infraestrutura. “É uma mistura de fatos que deixou a população insatisfeita. Não tenho uma teoria nova, são as mesmas especulações que todo mundo está fazendo. Combinando essas insatisfações em geral com o acesso à rede social, resulta esse tipo de acontecimento.” Mas o que o deixou um pouco surpreso é que, embora haja uma taxa de crescimento baixa da economia brasileira, o desemprego - que vem sendo objeto de manifestações em diversos países desenvolvidos - não aumentou. “Então, é muito difícil saber exatamente o que acontece. Acho que ninguém tem uma teoria certa. Nenhuma pessoa honesta pode dizer exatamente: “eu sei a causa de tudo isso””.
    Os brasilianistas observam diferenças nas atitudes dos governos dos diferentes países frente às manifestações. “De certa maneira, o governo brasileiro está reagindo”, diz Baer. “Parece que a presidente Dilma Rousseff sabe que alguma coisa precisa ser feita para atender às reivindicações. McCann concorda que o governo brasileiro procura responder aos protestos, diferentemente do que faz o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, “que está tapando os ouvidos”. A presidenta Dilma, segundo ele, está acenando para o movimento popular. “Se vai dar em alguma coisa, não sei. A reforma política é necessária e isso está claro há uns dez anos. Green argumenta que, para se compreender o encadeamento de protestos no Brasil, é preciso pensar na relação com “as promessas de uma social-democracia justa e ampla que não estão sendo cumpridas por um governo que diz que tudo está melhorando”. A energia política liberada nas ruas, em diferentes manifestações de insatisfação, precisaria, num processo de desdobramento natural, ser combinada com um vigor correspondente na realização das mudanças reclamadas. Os protestos poderão incentivar uma disputa mais acirrada na próxima eleição presidencial. “Acho que a percepção é de que vai haver mais competição política e que a reeleição de Dilma não está garantida. Agora há realmente um debate, o que também é algo positivo”, diz McCann.
(Adaptado de Valor Econômico, 19/07/2013, pp. 11-13.)

No quarto parágrafo do texto, afirma-se: “Diferentemente de Green, McCann e Baer acreditam que a onda global recente de protestos indica que o Brasil pode não ser um caso único”. Apesar do que é anunciado, pode-se verificar, a partir da leitura do texto, que Green, McCann e Baer concordam ao afirmarem que:

Alternativas

ID
4044124
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um olhar estrangeiro
Vanessa Jurgenfeld


    Há anos, o americano James Green se dedica ao ensino de história do Brasil na Universidade Brown, nos Estados Unidos. Em junho, ele desembarcou no Rio de Janeiro para o que seria apenas mais um simpósio internacional, mas foi surpreendido pela magnitude das manifestações de rua que tornariam junho um mês histórico. Green não teve dúvidas: com as atividades da conferência suspensas um pouco mais cedo, decidiu ouvir de perto as vozes das ruas.
    Assim como Green, outros brasilianistas passaram pelo país nos últimos dias. O historiador Bryan McCann, da Universidade Georgetown, e o economista Werner Baer, da Universidade de Illinois. Aproveitando as férias de verão nos Estados Unidos e o recesso das aulas, visitaram o Brasil para tocar pesquisas sobre assuntos como favelas no Rio e infraestrutura. Depararam-se, porém, com as manifestações, e agora tentam interpretar suas causas e possíveis consequências.
    Green faz ressalvas a comparações internacionais. Para ele, os pesquisadores têm grande dificuldade para analisar os fatos de fora porque, muitas vezes, não entendem as complexidades internas dos países. “Achei inadequadas as análises que imediatamente fizeram analogias com o Oriente Médio. A única coisa em comum é que se usou o mesmo meio [o Facebook] para a mobilização.” Segundo ele, as ansiedades e as preocupações dos manifestantes são totalmente diferentes. “Não dá para comparar o regime autoritário que estava no Egito antes da “Primavera Árabe” com o Brasil, que antes das manifestações tinha um governo com 70% de aprovação.”
    Diferentemente de Green, McCann e Baer acreditam que a onda global recente de protestos indica que o Brasil pode não ser um caso único. Para McCann, comparações com os episódios na Turquia e mesmo com o movimento Occupy Wall Street, que ocorreu nos Estados Unidos em 2011, são pertinentes. “Certamente, as características brasileiras são um pouco diferentes. Mas as manifestações deixam claro que a mídia social e a comunicação instantânea ajudam a espalhar um modo de agir, ajudam a levantar pessoas.” Numa comparação com a Turquia, McCann diz que, embora o Brasil seja “muito mais democrático”, o perfil dos manifestantes é similar. “É uma faixa parecida da população - os jovens -, e o que se poderia chamar de nova classe média. São manifestações de consumidores e de cidadãos que estão exigindo um nível melhor de serviços do governo e de transparência.” Assim como no Occupy Wall Street, McCann identifica nas manifestações no Brasil uma insatisfação com a distribuição de renda e o entendimento de que o crescimento econômico em si não é bom para todo mundo. No Brasil, apesar de a desigualdade cair nos últimos 20 anos, o fato é que alguns enriquecem muito mais rapidamente e de forma mais expressiva do que a maioria, que continua com problemas cotidianos de saúde e transporte público, e não vai comprar mais a ideia de que tudo está ótimo porque tem as Olimpíadas e a Copa do Mundo.” Para o historiador Bryan McCann, as mobilizações acabaram com a utopia de que o Brasil tinha resolvido todos os seus problemas. Baer concorda que as manifestações no Brasil não devem ser vistas de maneira isolada. Mas diz que aqui parece existir insatisfação com questões específicas, como o reaparecimento da inflação e os atrasos em obras de infraestrutura. “É uma mistura de fatos que deixou a população insatisfeita. Não tenho uma teoria nova, são as mesmas especulações que todo mundo está fazendo. Combinando essas insatisfações em geral com o acesso à rede social, resulta esse tipo de acontecimento.” Mas o que o deixou um pouco surpreso é que, embora haja uma taxa de crescimento baixa da economia brasileira, o desemprego - que vem sendo objeto de manifestações em diversos países desenvolvidos - não aumentou. “Então, é muito difícil saber exatamente o que acontece. Acho que ninguém tem uma teoria certa. Nenhuma pessoa honesta pode dizer exatamente: “eu sei a causa de tudo isso””.
    Os brasilianistas observam diferenças nas atitudes dos governos dos diferentes países frente às manifestações. “De certa maneira, o governo brasileiro está reagindo”, diz Baer. “Parece que a presidente Dilma Rousseff sabe que alguma coisa precisa ser feita para atender às reivindicações. McCann concorda que o governo brasileiro procura responder aos protestos, diferentemente do que faz o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, “que está tapando os ouvidos”. A presidenta Dilma, segundo ele, está acenando para o movimento popular. “Se vai dar em alguma coisa, não sei. A reforma política é necessária e isso está claro há uns dez anos. Green argumenta que, para se compreender o encadeamento de protestos no Brasil, é preciso pensar na relação com “as promessas de uma social-democracia justa e ampla que não estão sendo cumpridas por um governo que diz que tudo está melhorando”. A energia política liberada nas ruas, em diferentes manifestações de insatisfação, precisaria, num processo de desdobramento natural, ser combinada com um vigor correspondente na realização das mudanças reclamadas. Os protestos poderão incentivar uma disputa mais acirrada na próxima eleição presidencial. “Acho que a percepção é de que vai haver mais competição política e que a reeleição de Dilma não está garantida. Agora há realmente um debate, o que também é algo positivo”, diz McCann.
(Adaptado de Valor Econômico, 19/07/2013, pp. 11-13.)

De acordo com Baer e Mccan, a reação do governo brasileiro, quando comparada a de outros países, diante das manifestações populares foi:

Alternativas

ID
4044127
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um olhar estrangeiro
Vanessa Jurgenfeld


    Há anos, o americano James Green se dedica ao ensino de história do Brasil na Universidade Brown, nos Estados Unidos. Em junho, ele desembarcou no Rio de Janeiro para o que seria apenas mais um simpósio internacional, mas foi surpreendido pela magnitude das manifestações de rua que tornariam junho um mês histórico. Green não teve dúvidas: com as atividades da conferência suspensas um pouco mais cedo, decidiu ouvir de perto as vozes das ruas.
    Assim como Green, outros brasilianistas passaram pelo país nos últimos dias. O historiador Bryan McCann, da Universidade Georgetown, e o economista Werner Baer, da Universidade de Illinois. Aproveitando as férias de verão nos Estados Unidos e o recesso das aulas, visitaram o Brasil para tocar pesquisas sobre assuntos como favelas no Rio e infraestrutura. Depararam-se, porém, com as manifestações, e agora tentam interpretar suas causas e possíveis consequências.
    Green faz ressalvas a comparações internacionais. Para ele, os pesquisadores têm grande dificuldade para analisar os fatos de fora porque, muitas vezes, não entendem as complexidades internas dos países. “Achei inadequadas as análises que imediatamente fizeram analogias com o Oriente Médio. A única coisa em comum é que se usou o mesmo meio [o Facebook] para a mobilização.” Segundo ele, as ansiedades e as preocupações dos manifestantes são totalmente diferentes. “Não dá para comparar o regime autoritário que estava no Egito antes da “Primavera Árabe” com o Brasil, que antes das manifestações tinha um governo com 70% de aprovação.”
    Diferentemente de Green, McCann e Baer acreditam que a onda global recente de protestos indica que o Brasil pode não ser um caso único. Para McCann, comparações com os episódios na Turquia e mesmo com o movimento Occupy Wall Street, que ocorreu nos Estados Unidos em 2011, são pertinentes. “Certamente, as características brasileiras são um pouco diferentes. Mas as manifestações deixam claro que a mídia social e a comunicação instantânea ajudam a espalhar um modo de agir, ajudam a levantar pessoas.” Numa comparação com a Turquia, McCann diz que, embora o Brasil seja “muito mais democrático”, o perfil dos manifestantes é similar. “É uma faixa parecida da população - os jovens -, e o que se poderia chamar de nova classe média. São manifestações de consumidores e de cidadãos que estão exigindo um nível melhor de serviços do governo e de transparência.” Assim como no Occupy Wall Street, McCann identifica nas manifestações no Brasil uma insatisfação com a distribuição de renda e o entendimento de que o crescimento econômico em si não é bom para todo mundo. No Brasil, apesar de a desigualdade cair nos últimos 20 anos, o fato é que alguns enriquecem muito mais rapidamente e de forma mais expressiva do que a maioria, que continua com problemas cotidianos de saúde e transporte público, e não vai comprar mais a ideia de que tudo está ótimo porque tem as Olimpíadas e a Copa do Mundo.” Para o historiador Bryan McCann, as mobilizações acabaram com a utopia de que o Brasil tinha resolvido todos os seus problemas. Baer concorda que as manifestações no Brasil não devem ser vistas de maneira isolada. Mas diz que aqui parece existir insatisfação com questões específicas, como o reaparecimento da inflação e os atrasos em obras de infraestrutura. “É uma mistura de fatos que deixou a população insatisfeita. Não tenho uma teoria nova, são as mesmas especulações que todo mundo está fazendo. Combinando essas insatisfações em geral com o acesso à rede social, resulta esse tipo de acontecimento.” Mas o que o deixou um pouco surpreso é que, embora haja uma taxa de crescimento baixa da economia brasileira, o desemprego - que vem sendo objeto de manifestações em diversos países desenvolvidos - não aumentou. “Então, é muito difícil saber exatamente o que acontece. Acho que ninguém tem uma teoria certa. Nenhuma pessoa honesta pode dizer exatamente: “eu sei a causa de tudo isso””.
    Os brasilianistas observam diferenças nas atitudes dos governos dos diferentes países frente às manifestações. “De certa maneira, o governo brasileiro está reagindo”, diz Baer. “Parece que a presidente Dilma Rousseff sabe que alguma coisa precisa ser feita para atender às reivindicações. McCann concorda que o governo brasileiro procura responder aos protestos, diferentemente do que faz o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, “que está tapando os ouvidos”. A presidenta Dilma, segundo ele, está acenando para o movimento popular. “Se vai dar em alguma coisa, não sei. A reforma política é necessária e isso está claro há uns dez anos. Green argumenta que, para se compreender o encadeamento de protestos no Brasil, é preciso pensar na relação com “as promessas de uma social-democracia justa e ampla que não estão sendo cumpridas por um governo que diz que tudo está melhorando”. A energia política liberada nas ruas, em diferentes manifestações de insatisfação, precisaria, num processo de desdobramento natural, ser combinada com um vigor correspondente na realização das mudanças reclamadas. Os protestos poderão incentivar uma disputa mais acirrada na próxima eleição presidencial. “Acho que a percepção é de que vai haver mais competição política e que a reeleição de Dilma não está garantida. Agora há realmente um debate, o que também é algo positivo”, diz McCann.
(Adaptado de Valor Econômico, 19/07/2013, pp. 11-13.)

O jornal Valor Econômico se define como:


“o maior jornal de economia, finanças e negócios do Brasil. Há 12 anos no mercado, o Valor conquistou a credibilidade e confiança dos principais executivos e formadores de opinião do país, tornando-se referência entre um grupo de leitores altamente qualificado. [...] São cinco cadernos diários com notícias, artigos e análises sobre os temas que pautam os principais movimentos do mercado.”
(http://www.valor.com.br/historia, acesso em 03/09/2013.)


É possível esperar, portanto, do texto acima informações sobre “economia, finanças, negócios” e “movimentos do mercado”. Sabendo disso, assinale a alternativa que apresente um excerto do texto diretamente ligado a esses campos:

Alternativas

ID
4044130
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um olhar estrangeiro
Vanessa Jurgenfeld


    Há anos, o americano James Green se dedica ao ensino de história do Brasil na Universidade Brown, nos Estados Unidos. Em junho, ele desembarcou no Rio de Janeiro para o que seria apenas mais um simpósio internacional, mas foi surpreendido pela magnitude das manifestações de rua que tornariam junho um mês histórico. Green não teve dúvidas: com as atividades da conferência suspensas um pouco mais cedo, decidiu ouvir de perto as vozes das ruas.
    Assim como Green, outros brasilianistas passaram pelo país nos últimos dias. O historiador Bryan McCann, da Universidade Georgetown, e o economista Werner Baer, da Universidade de Illinois. Aproveitando as férias de verão nos Estados Unidos e o recesso das aulas, visitaram o Brasil para tocar pesquisas sobre assuntos como favelas no Rio e infraestrutura. Depararam-se, porém, com as manifestações, e agora tentam interpretar suas causas e possíveis consequências.
    Green faz ressalvas a comparações internacionais. Para ele, os pesquisadores têm grande dificuldade para analisar os fatos de fora porque, muitas vezes, não entendem as complexidades internas dos países. “Achei inadequadas as análises que imediatamente fizeram analogias com o Oriente Médio. A única coisa em comum é que se usou o mesmo meio [o Facebook] para a mobilização.” Segundo ele, as ansiedades e as preocupações dos manifestantes são totalmente diferentes. “Não dá para comparar o regime autoritário que estava no Egito antes da “Primavera Árabe” com o Brasil, que antes das manifestações tinha um governo com 70% de aprovação.”
    Diferentemente de Green, McCann e Baer acreditam que a onda global recente de protestos indica que o Brasil pode não ser um caso único. Para McCann, comparações com os episódios na Turquia e mesmo com o movimento Occupy Wall Street, que ocorreu nos Estados Unidos em 2011, são pertinentes. “Certamente, as características brasileiras são um pouco diferentes. Mas as manifestações deixam claro que a mídia social e a comunicação instantânea ajudam a espalhar um modo de agir, ajudam a levantar pessoas.” Numa comparação com a Turquia, McCann diz que, embora o Brasil seja “muito mais democrático”, o perfil dos manifestantes é similar. “É uma faixa parecida da população - os jovens -, e o que se poderia chamar de nova classe média. São manifestações de consumidores e de cidadãos que estão exigindo um nível melhor de serviços do governo e de transparência.” Assim como no Occupy Wall Street, McCann identifica nas manifestações no Brasil uma insatisfação com a distribuição de renda e o entendimento de que o crescimento econômico em si não é bom para todo mundo. No Brasil, apesar de a desigualdade cair nos últimos 20 anos, o fato é que alguns enriquecem muito mais rapidamente e de forma mais expressiva do que a maioria, que continua com problemas cotidianos de saúde e transporte público, e não vai comprar mais a ideia de que tudo está ótimo porque tem as Olimpíadas e a Copa do Mundo.” Para o historiador Bryan McCann, as mobilizações acabaram com a utopia de que o Brasil tinha resolvido todos os seus problemas. Baer concorda que as manifestações no Brasil não devem ser vistas de maneira isolada. Mas diz que aqui parece existir insatisfação com questões específicas, como o reaparecimento da inflação e os atrasos em obras de infraestrutura. “É uma mistura de fatos que deixou a população insatisfeita. Não tenho uma teoria nova, são as mesmas especulações que todo mundo está fazendo. Combinando essas insatisfações em geral com o acesso à rede social, resulta esse tipo de acontecimento.” Mas o que o deixou um pouco surpreso é que, embora haja uma taxa de crescimento baixa da economia brasileira, o desemprego - que vem sendo objeto de manifestações em diversos países desenvolvidos - não aumentou. “Então, é muito difícil saber exatamente o que acontece. Acho que ninguém tem uma teoria certa. Nenhuma pessoa honesta pode dizer exatamente: “eu sei a causa de tudo isso””.
    Os brasilianistas observam diferenças nas atitudes dos governos dos diferentes países frente às manifestações. “De certa maneira, o governo brasileiro está reagindo”, diz Baer. “Parece que a presidente Dilma Rousseff sabe que alguma coisa precisa ser feita para atender às reivindicações. McCann concorda que o governo brasileiro procura responder aos protestos, diferentemente do que faz o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, “que está tapando os ouvidos”. A presidenta Dilma, segundo ele, está acenando para o movimento popular. “Se vai dar em alguma coisa, não sei. A reforma política é necessária e isso está claro há uns dez anos. Green argumenta que, para se compreender o encadeamento de protestos no Brasil, é preciso pensar na relação com “as promessas de uma social-democracia justa e ampla que não estão sendo cumpridas por um governo que diz que tudo está melhorando”. A energia política liberada nas ruas, em diferentes manifestações de insatisfação, precisaria, num processo de desdobramento natural, ser combinada com um vigor correspondente na realização das mudanças reclamadas. Os protestos poderão incentivar uma disputa mais acirrada na próxima eleição presidencial. “Acho que a percepção é de que vai haver mais competição política e que a reeleição de Dilma não está garantida. Agora há realmente um debate, o que também é algo positivo”, diz McCann.
(Adaptado de Valor Econômico, 19/07/2013, pp. 11-13.)

No texto de Vanessa Jurgenfeld é predominante a função de linguagem:

Alternativas

ID
4044133
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um olhar estrangeiro
Vanessa Jurgenfeld


    Há anos, o americano James Green se dedica ao ensino de história do Brasil na Universidade Brown, nos Estados Unidos. Em junho, ele desembarcou no Rio de Janeiro para o que seria apenas mais um simpósio internacional, mas foi surpreendido pela magnitude das manifestações de rua que tornariam junho um mês histórico. Green não teve dúvidas: com as atividades da conferência suspensas um pouco mais cedo, decidiu ouvir de perto as vozes das ruas.
    Assim como Green, outros brasilianistas passaram pelo país nos últimos dias. O historiador Bryan McCann, da Universidade Georgetown, e o economista Werner Baer, da Universidade de Illinois. Aproveitando as férias de verão nos Estados Unidos e o recesso das aulas, visitaram o Brasil para tocar pesquisas sobre assuntos como favelas no Rio e infraestrutura. Depararam-se, porém, com as manifestações, e agora tentam interpretar suas causas e possíveis consequências.
    Green faz ressalvas a comparações internacionais. Para ele, os pesquisadores têm grande dificuldade para analisar os fatos de fora porque, muitas vezes, não entendem as complexidades internas dos países. “Achei inadequadas as análises que imediatamente fizeram analogias com o Oriente Médio. A única coisa em comum é que se usou o mesmo meio [o Facebook] para a mobilização.” Segundo ele, as ansiedades e as preocupações dos manifestantes são totalmente diferentes. “Não dá para comparar o regime autoritário que estava no Egito antes da “Primavera Árabe” com o Brasil, que antes das manifestações tinha um governo com 70% de aprovação.”
    Diferentemente de Green, McCann e Baer acreditam que a onda global recente de protestos indica que o Brasil pode não ser um caso único. Para McCann, comparações com os episódios na Turquia e mesmo com o movimento Occupy Wall Street, que ocorreu nos Estados Unidos em 2011, são pertinentes. “Certamente, as características brasileiras são um pouco diferentes. Mas as manifestações deixam claro que a mídia social e a comunicação instantânea ajudam a espalhar um modo de agir, ajudam a levantar pessoas.” Numa comparação com a Turquia, McCann diz que, embora o Brasil seja “muito mais democrático”, o perfil dos manifestantes é similar. “É uma faixa parecida da população - os jovens -, e o que se poderia chamar de nova classe média. São manifestações de consumidores e de cidadãos que estão exigindo um nível melhor de serviços do governo e de transparência.” Assim como no Occupy Wall Street, McCann identifica nas manifestações no Brasil uma insatisfação com a distribuição de renda e o entendimento de que o crescimento econômico em si não é bom para todo mundo. No Brasil, apesar de a desigualdade cair nos últimos 20 anos, o fato é que alguns enriquecem muito mais rapidamente e de forma mais expressiva do que a maioria, que continua com problemas cotidianos de saúde e transporte público, e não vai comprar mais a ideia de que tudo está ótimo porque tem as Olimpíadas e a Copa do Mundo.” Para o historiador Bryan McCann, as mobilizações acabaram com a utopia de que o Brasil tinha resolvido todos os seus problemas. Baer concorda que as manifestações no Brasil não devem ser vistas de maneira isolada. Mas diz que aqui parece existir insatisfação com questões específicas, como o reaparecimento da inflação e os atrasos em obras de infraestrutura. “É uma mistura de fatos que deixou a população insatisfeita. Não tenho uma teoria nova, são as mesmas especulações que todo mundo está fazendo. Combinando essas insatisfações em geral com o acesso à rede social, resulta esse tipo de acontecimento.” Mas o que o deixou um pouco surpreso é que, embora haja uma taxa de crescimento baixa da economia brasileira, o desemprego - que vem sendo objeto de manifestações em diversos países desenvolvidos - não aumentou. “Então, é muito difícil saber exatamente o que acontece. Acho que ninguém tem uma teoria certa. Nenhuma pessoa honesta pode dizer exatamente: “eu sei a causa de tudo isso””.
    Os brasilianistas observam diferenças nas atitudes dos governos dos diferentes países frente às manifestações. “De certa maneira, o governo brasileiro está reagindo”, diz Baer. “Parece que a presidente Dilma Rousseff sabe que alguma coisa precisa ser feita para atender às reivindicações. McCann concorda que o governo brasileiro procura responder aos protestos, diferentemente do que faz o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, “que está tapando os ouvidos”. A presidenta Dilma, segundo ele, está acenando para o movimento popular. “Se vai dar em alguma coisa, não sei. A reforma política é necessária e isso está claro há uns dez anos. Green argumenta que, para se compreender o encadeamento de protestos no Brasil, é preciso pensar na relação com “as promessas de uma social-democracia justa e ampla que não estão sendo cumpridas por um governo que diz que tudo está melhorando”. A energia política liberada nas ruas, em diferentes manifestações de insatisfação, precisaria, num processo de desdobramento natural, ser combinada com um vigor correspondente na realização das mudanças reclamadas. Os protestos poderão incentivar uma disputa mais acirrada na próxima eleição presidencial. “Acho que a percepção é de que vai haver mais competição política e que a reeleição de Dilma não está garantida. Agora há realmente um debate, o que também é algo positivo”, diz McCann.
(Adaptado de Valor Econômico, 19/07/2013, pp. 11-13.)

Apesar de voltado para a área das finanças, o texto acima foi publicado em um veículo destinado à vulgarização das informações sobre o mercado. Assim, é pertinente o uso de linguagem que se aproxime à oralidade. É possível encontrar esse tipo de estrutura em:

Alternativas

ID
4044136
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um olhar estrangeiro
Vanessa Jurgenfeld


    Há anos, o americano James Green se dedica ao ensino de história do Brasil na Universidade Brown, nos Estados Unidos. Em junho, ele desembarcou no Rio de Janeiro para o que seria apenas mais um simpósio internacional, mas foi surpreendido pela magnitude das manifestações de rua que tornariam junho um mês histórico. Green não teve dúvidas: com as atividades da conferência suspensas um pouco mais cedo, decidiu ouvir de perto as vozes das ruas.
    Assim como Green, outros brasilianistas passaram pelo país nos últimos dias. O historiador Bryan McCann, da Universidade Georgetown, e o economista Werner Baer, da Universidade de Illinois. Aproveitando as férias de verão nos Estados Unidos e o recesso das aulas, visitaram o Brasil para tocar pesquisas sobre assuntos como favelas no Rio e infraestrutura. Depararam-se, porém, com as manifestações, e agora tentam interpretar suas causas e possíveis consequências.
    Green faz ressalvas a comparações internacionais. Para ele, os pesquisadores têm grande dificuldade para analisar os fatos de fora porque, muitas vezes, não entendem as complexidades internas dos países. “Achei inadequadas as análises que imediatamente fizeram analogias com o Oriente Médio. A única coisa em comum é que se usou o mesmo meio [o Facebook] para a mobilização.” Segundo ele, as ansiedades e as preocupações dos manifestantes são totalmente diferentes. “Não dá para comparar o regime autoritário que estava no Egito antes da “Primavera Árabe” com o Brasil, que antes das manifestações tinha um governo com 70% de aprovação.”
    Diferentemente de Green, McCann e Baer acreditam que a onda global recente de protestos indica que o Brasil pode não ser um caso único. Para McCann, comparações com os episódios na Turquia e mesmo com o movimento Occupy Wall Street, que ocorreu nos Estados Unidos em 2011, são pertinentes. “Certamente, as características brasileiras são um pouco diferentes. Mas as manifestações deixam claro que a mídia social e a comunicação instantânea ajudam a espalhar um modo de agir, ajudam a levantar pessoas.” Numa comparação com a Turquia, McCann diz que, embora o Brasil seja “muito mais democrático”, o perfil dos manifestantes é similar. “É uma faixa parecida da população - os jovens -, e o que se poderia chamar de nova classe média. São manifestações de consumidores e de cidadãos que estão exigindo um nível melhor de serviços do governo e de transparência.” Assim como no Occupy Wall Street, McCann identifica nas manifestações no Brasil uma insatisfação com a distribuição de renda e o entendimento de que o crescimento econômico em si não é bom para todo mundo. No Brasil, apesar de a desigualdade cair nos últimos 20 anos, o fato é que alguns enriquecem muito mais rapidamente e de forma mais expressiva do que a maioria, que continua com problemas cotidianos de saúde e transporte público, e não vai comprar mais a ideia de que tudo está ótimo porque tem as Olimpíadas e a Copa do Mundo.” Para o historiador Bryan McCann, as mobilizações acabaram com a utopia de que o Brasil tinha resolvido todos os seus problemas. Baer concorda que as manifestações no Brasil não devem ser vistas de maneira isolada. Mas diz que aqui parece existir insatisfação com questões específicas, como o reaparecimento da inflação e os atrasos em obras de infraestrutura. “É uma mistura de fatos que deixou a população insatisfeita. Não tenho uma teoria nova, são as mesmas especulações que todo mundo está fazendo. Combinando essas insatisfações em geral com o acesso à rede social, resulta esse tipo de acontecimento.” Mas o que o deixou um pouco surpreso é que, embora haja uma taxa de crescimento baixa da economia brasileira, o desemprego - que vem sendo objeto de manifestações em diversos países desenvolvidos - não aumentou. “Então, é muito difícil saber exatamente o que acontece. Acho que ninguém tem uma teoria certa. Nenhuma pessoa honesta pode dizer exatamente: “eu sei a causa de tudo isso””.
    Os brasilianistas observam diferenças nas atitudes dos governos dos diferentes países frente às manifestações. “De certa maneira, o governo brasileiro está reagindo”, diz Baer. “Parece que a presidente Dilma Rousseff sabe que alguma coisa precisa ser feita para atender às reivindicações. McCann concorda que o governo brasileiro procura responder aos protestos, diferentemente do que faz o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, “que está tapando os ouvidos”. A presidenta Dilma, segundo ele, está acenando para o movimento popular. “Se vai dar em alguma coisa, não sei. A reforma política é necessária e isso está claro há uns dez anos. Green argumenta que, para se compreender o encadeamento de protestos no Brasil, é preciso pensar na relação com “as promessas de uma social-democracia justa e ampla que não estão sendo cumpridas por um governo que diz que tudo está melhorando”. A energia política liberada nas ruas, em diferentes manifestações de insatisfação, precisaria, num processo de desdobramento natural, ser combinada com um vigor correspondente na realização das mudanças reclamadas. Os protestos poderão incentivar uma disputa mais acirrada na próxima eleição presidencial. “Acho que a percepção é de que vai haver mais competição política e que a reeleição de Dilma não está garantida. Agora há realmente um debate, o que também é algo positivo”, diz McCann.
(Adaptado de Valor Econômico, 19/07/2013, pp. 11-13.)

 Em “No Brasil, apesar de a desigualdade cair nos últimos 20 anos, o fato é que alguns enriquecem muito mais rapidamente”, a locução destacada expressa uma relação de:

Alternativas

ID
4044145
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão.


    No grande dia Primeiro de Maio, não eram bem seis horas e já o 35 pulara da cama, afobado. Estava bem disposto, até alegre, ele bem afirmara aos companheiros da Estação da Luz que queria celebrar e havia de celebrar.

    Os outros carregadores mais idosos meio que tinham caçoado do bobo, viesse trabalhar que era melhor, trabalho deles não tinha feriado. Mas o 35 retrucava com altivez que não carregava mala de ninguém, havia de celebrar o dia deles. E agora tinha o grande dia pela frente.

[...]

    Abriu o jornal. Havia logo um artigo muito bonito, bem pequeno, falando na nobreza do trabalho, nos operários que eram também os “operários da nação”, é isso mesmo. O 35 se orgulhou todo comovido. Se pedissem pra ele matar, ele matava roubava, trabalhava grátis, tomado dum sublime desejo de fraternidade, todos os seres juntos, todos bons... Depois vinham as notícias. Se esperavam “grandes motins” em Paris, deu uma raiva tal no 35. E ele ficou todo fremente, quase sem respirar, desejando “motins” (devia ser turumbamba) na sua desmesurada força física, ah, as ruças de algum... polícia? polícia. Pelo menos os safados dos polícias.

    Pois estava escrito em cima do jornal: em São Paulo a Polícia proibira comícios na rua e passeatas, embora se falasse vagamente em motins de tarde no Largo da Sé. Mas a polícia já tomara todas as providências, até metralhadoras, estavam em cima do jornal, nos arranha-céus, escondidas, o 35 sentiu um frio. O sol brilhante queimava, banco na sombra? Mas não tinha, que a Prefeitura, pra evitar safadez dos namorados, punha os bancos só bem no sol. E ainda por cima era aquela imensidade de guardas e polícias vigiando que nem bem a gente punha a mão no pescocinho dela, trilo. Mas a Polícia permitiria a grande reunião proletária, com discurso do ilustre Secretário do Trabalho, no magnífico pátio interno do Palácio das Indústrias, lugar fechado! A sensação foi claramente péssima. Não era medo, mas por que que a gente havia de ficar encurralado assim! é! E pra eles depois poderem cair em cima da gente, (palavrão)! Não vou! não sou besta! Quer dizer: vou sim! desaforo! (palavrão), socos, uma visão tumultuaria, rolando no chão, se machucava mas não fazia mal, saíam todos enfurecidos do Palácio das Indústrias, pegavam fogo no Palácio das Indústrias, não! a indústria é a gente, “operários da nação” pegavam fogo na igreja de São Bento mais próxima que era tão linda por “drento”, mas pra que pegar fogo em nada!

(Mário de Andrade. “Primeiro de Maio” in Contos novos)

Mais do que descrever uma ação, o trecho do conto parece focalizar os sentimentos conflituosos do personagem 35 diante das comemorações do Dia do Trabalho. Esse sentimento conflituoso é despertado pelo fato de que a classe trabalhadora:

Alternativas

ID
4044148
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão.


    No grande dia Primeiro de Maio, não eram bem seis horas e já o 35 pulara da cama, afobado. Estava bem disposto, até alegre, ele bem afirmara aos companheiros da Estação da Luz que queria celebrar e havia de celebrar.

    Os outros carregadores mais idosos meio que tinham caçoado do bobo, viesse trabalhar que era melhor, trabalho deles não tinha feriado. Mas o 35 retrucava com altivez que não carregava mala de ninguém, havia de celebrar o dia deles. E agora tinha o grande dia pela frente.

[...]

    Abriu o jornal. Havia logo um artigo muito bonito, bem pequeno, falando na nobreza do trabalho, nos operários que eram também os “operários da nação”, é isso mesmo. O 35 se orgulhou todo comovido. Se pedissem pra ele matar, ele matava roubava, trabalhava grátis, tomado dum sublime desejo de fraternidade, todos os seres juntos, todos bons... Depois vinham as notícias. Se esperavam “grandes motins” em Paris, deu uma raiva tal no 35. E ele ficou todo fremente, quase sem respirar, desejando “motins” (devia ser turumbamba) na sua desmesurada força física, ah, as ruças de algum... polícia? polícia. Pelo menos os safados dos polícias.

    Pois estava escrito em cima do jornal: em São Paulo a Polícia proibira comícios na rua e passeatas, embora se falasse vagamente em motins de tarde no Largo da Sé. Mas a polícia já tomara todas as providências, até metralhadoras, estavam em cima do jornal, nos arranha-céus, escondidas, o 35 sentiu um frio. O sol brilhante queimava, banco na sombra? Mas não tinha, que a Prefeitura, pra evitar safadez dos namorados, punha os bancos só bem no sol. E ainda por cima era aquela imensidade de guardas e polícias vigiando que nem bem a gente punha a mão no pescocinho dela, trilo. Mas a Polícia permitiria a grande reunião proletária, com discurso do ilustre Secretário do Trabalho, no magnífico pátio interno do Palácio das Indústrias, lugar fechado! A sensação foi claramente péssima. Não era medo, mas por que que a gente havia de ficar encurralado assim! é! E pra eles depois poderem cair em cima da gente, (palavrão)! Não vou! não sou besta! Quer dizer: vou sim! desaforo! (palavrão), socos, uma visão tumultuaria, rolando no chão, se machucava mas não fazia mal, saíam todos enfurecidos do Palácio das Indústrias, pegavam fogo no Palácio das Indústrias, não! a indústria é a gente, “operários da nação” pegavam fogo na igreja de São Bento mais próxima que era tão linda por “drento”, mas pra que pegar fogo em nada!

(Mário de Andrade. “Primeiro de Maio” in Contos novos)

Para mostrar ao leitor os conflitos do personagem, o narrador usa o discurso indireto-livre, corretamente exemplificado em:

Alternativas

ID
4044151
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão.


    No grande dia Primeiro de Maio, não eram bem seis horas e já o 35 pulara da cama, afobado. Estava bem disposto, até alegre, ele bem afirmara aos companheiros da Estação da Luz que queria celebrar e havia de celebrar.

    Os outros carregadores mais idosos meio que tinham caçoado do bobo, viesse trabalhar que era melhor, trabalho deles não tinha feriado. Mas o 35 retrucava com altivez que não carregava mala de ninguém, havia de celebrar o dia deles. E agora tinha o grande dia pela frente.

[...]

    Abriu o jornal. Havia logo um artigo muito bonito, bem pequeno, falando na nobreza do trabalho, nos operários que eram também os “operários da nação”, é isso mesmo. O 35 se orgulhou todo comovido. Se pedissem pra ele matar, ele matava roubava, trabalhava grátis, tomado dum sublime desejo de fraternidade, todos os seres juntos, todos bons... Depois vinham as notícias. Se esperavam “grandes motins” em Paris, deu uma raiva tal no 35. E ele ficou todo fremente, quase sem respirar, desejando “motins” (devia ser turumbamba) na sua desmesurada força física, ah, as ruças de algum... polícia? polícia. Pelo menos os safados dos polícias.

    Pois estava escrito em cima do jornal: em São Paulo a Polícia proibira comícios na rua e passeatas, embora se falasse vagamente em motins de tarde no Largo da Sé. Mas a polícia já tomara todas as providências, até metralhadoras, estavam em cima do jornal, nos arranha-céus, escondidas, o 35 sentiu um frio. O sol brilhante queimava, banco na sombra? Mas não tinha, que a Prefeitura, pra evitar safadez dos namorados, punha os bancos só bem no sol. E ainda por cima era aquela imensidade de guardas e polícias vigiando que nem bem a gente punha a mão no pescocinho dela, trilo. Mas a Polícia permitiria a grande reunião proletária, com discurso do ilustre Secretário do Trabalho, no magnífico pátio interno do Palácio das Indústrias, lugar fechado! A sensação foi claramente péssima. Não era medo, mas por que que a gente havia de ficar encurralado assim! é! E pra eles depois poderem cair em cima da gente, (palavrão)! Não vou! não sou besta! Quer dizer: vou sim! desaforo! (palavrão), socos, uma visão tumultuaria, rolando no chão, se machucava mas não fazia mal, saíam todos enfurecidos do Palácio das Indústrias, pegavam fogo no Palácio das Indústrias, não! a indústria é a gente, “operários da nação” pegavam fogo na igreja de São Bento mais próxima que era tão linda por “drento”, mas pra que pegar fogo em nada!

(Mário de Andrade. “Primeiro de Maio” in Contos novos)

“O sol brilhante queimava, banco na sombra? Mas não tinha, que a Prefeitura, pra evitar safadez dos namorados, punha os bancos só bem no sol. E ainda por cima era aquela imensidade de guardas e polícias vigiando que nem bem a gente punha a mão no pescocinho dela, trilo”. O controle exercido pela prefeitura neste trecho encontra correspondência no papel exercido no texto:

Alternativas

ID
4044154
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão.


    No grande dia Primeiro de Maio, não eram bem seis horas e já o 35 pulara da cama, afobado. Estava bem disposto, até alegre, ele bem afirmara aos companheiros da Estação da Luz que queria celebrar e havia de celebrar.

    Os outros carregadores mais idosos meio que tinham caçoado do bobo, viesse trabalhar que era melhor, trabalho deles não tinha feriado. Mas o 35 retrucava com altivez que não carregava mala de ninguém, havia de celebrar o dia deles. E agora tinha o grande dia pela frente.

[...]

    Abriu o jornal. Havia logo um artigo muito bonito, bem pequeno, falando na nobreza do trabalho, nos operários que eram também os “operários da nação”, é isso mesmo. O 35 se orgulhou todo comovido. Se pedissem pra ele matar, ele matava roubava, trabalhava grátis, tomado dum sublime desejo de fraternidade, todos os seres juntos, todos bons... Depois vinham as notícias. Se esperavam “grandes motins” em Paris, deu uma raiva tal no 35. E ele ficou todo fremente, quase sem respirar, desejando “motins” (devia ser turumbamba) na sua desmesurada força física, ah, as ruças de algum... polícia? polícia. Pelo menos os safados dos polícias.

    Pois estava escrito em cima do jornal: em São Paulo a Polícia proibira comícios na rua e passeatas, embora se falasse vagamente em motins de tarde no Largo da Sé. Mas a polícia já tomara todas as providências, até metralhadoras, estavam em cima do jornal, nos arranha-céus, escondidas, o 35 sentiu um frio. O sol brilhante queimava, banco na sombra? Mas não tinha, que a Prefeitura, pra evitar safadez dos namorados, punha os bancos só bem no sol. E ainda por cima era aquela imensidade de guardas e polícias vigiando que nem bem a gente punha a mão no pescocinho dela, trilo. Mas a Polícia permitiria a grande reunião proletária, com discurso do ilustre Secretário do Trabalho, no magnífico pátio interno do Palácio das Indústrias, lugar fechado! A sensação foi claramente péssima. Não era medo, mas por que que a gente havia de ficar encurralado assim! é! E pra eles depois poderem cair em cima da gente, (palavrão)! Não vou! não sou besta! Quer dizer: vou sim! desaforo! (palavrão), socos, uma visão tumultuaria, rolando no chão, se machucava mas não fazia mal, saíam todos enfurecidos do Palácio das Indústrias, pegavam fogo no Palácio das Indústrias, não! a indústria é a gente, “operários da nação” pegavam fogo na igreja de São Bento mais próxima que era tão linda por “drento”, mas pra que pegar fogo em nada!

(Mário de Andrade. “Primeiro de Maio” in Contos novos)

No conjunto da obra de Mário de Andrade, destaca-se uma quase militância pelo uso, na literatura, de uma língua próxima àquela que se fala nas ruas. Um exemplo de aproximação com a oralidade do cotidiano pode ser encontrado na alternativa:

Alternativas

ID
4044157
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão.


    No grande dia Primeiro de Maio, não eram bem seis horas e já o 35 pulara da cama, afobado. Estava bem disposto, até alegre, ele bem afirmara aos companheiros da Estação da Luz que queria celebrar e havia de celebrar.

    Os outros carregadores mais idosos meio que tinham caçoado do bobo, viesse trabalhar que era melhor, trabalho deles não tinha feriado. Mas o 35 retrucava com altivez que não carregava mala de ninguém, havia de celebrar o dia deles. E agora tinha o grande dia pela frente.

[...]

    Abriu o jornal. Havia logo um artigo muito bonito, bem pequeno, falando na nobreza do trabalho, nos operários que eram também os “operários da nação”, é isso mesmo. O 35 se orgulhou todo comovido. Se pedissem pra ele matar, ele matava roubava, trabalhava grátis, tomado dum sublime desejo de fraternidade, todos os seres juntos, todos bons... Depois vinham as notícias. Se esperavam “grandes motins” em Paris, deu uma raiva tal no 35. E ele ficou todo fremente, quase sem respirar, desejando “motins” (devia ser turumbamba) na sua desmesurada força física, ah, as ruças de algum... polícia? polícia. Pelo menos os safados dos polícias.

    Pois estava escrito em cima do jornal: em São Paulo a Polícia proibira comícios na rua e passeatas, embora se falasse vagamente em motins de tarde no Largo da Sé. Mas a polícia já tomara todas as providências, até metralhadoras, estavam em cima do jornal, nos arranha-céus, escondidas, o 35 sentiu um frio. O sol brilhante queimava, banco na sombra? Mas não tinha, que a Prefeitura, pra evitar safadez dos namorados, punha os bancos só bem no sol. E ainda por cima era aquela imensidade de guardas e polícias vigiando que nem bem a gente punha a mão no pescocinho dela, trilo. Mas a Polícia permitiria a grande reunião proletária, com discurso do ilustre Secretário do Trabalho, no magnífico pátio interno do Palácio das Indústrias, lugar fechado! A sensação foi claramente péssima. Não era medo, mas por que que a gente havia de ficar encurralado assim! é! E pra eles depois poderem cair em cima da gente, (palavrão)! Não vou! não sou besta! Quer dizer: vou sim! desaforo! (palavrão), socos, uma visão tumultuaria, rolando no chão, se machucava mas não fazia mal, saíam todos enfurecidos do Palácio das Indústrias, pegavam fogo no Palácio das Indústrias, não! a indústria é a gente, “operários da nação” pegavam fogo na igreja de São Bento mais próxima que era tão linda por “drento”, mas pra que pegar fogo em nada!

(Mário de Andrade. “Primeiro de Maio” in Contos novos)

“Se pedissem pra ele matar, ele matava roubava, trabalhava grátis, tomado dum sublime desejo de fraternidade, todos os seres juntos, todos bons...”. No trecho acima, o desejo de fraternidade do personagem 35 é amplificado pelo uso

Alternativas

ID
4044160
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão.


    No grande dia Primeiro de Maio, não eram bem seis horas e já o 35 pulara da cama, afobado. Estava bem disposto, até alegre, ele bem afirmara aos companheiros da Estação da Luz que queria celebrar e havia de celebrar.

    Os outros carregadores mais idosos meio que tinham caçoado do bobo, viesse trabalhar que era melhor, trabalho deles não tinha feriado. Mas o 35 retrucava com altivez que não carregava mala de ninguém, havia de celebrar o dia deles. E agora tinha o grande dia pela frente.

[...]

    Abriu o jornal. Havia logo um artigo muito bonito, bem pequeno, falando na nobreza do trabalho, nos operários que eram também os “operários da nação”, é isso mesmo. O 35 se orgulhou todo comovido. Se pedissem pra ele matar, ele matava roubava, trabalhava grátis, tomado dum sublime desejo de fraternidade, todos os seres juntos, todos bons... Depois vinham as notícias. Se esperavam “grandes motins” em Paris, deu uma raiva tal no 35. E ele ficou todo fremente, quase sem respirar, desejando “motins” (devia ser turumbamba) na sua desmesurada força física, ah, as ruças de algum... polícia? polícia. Pelo menos os safados dos polícias.

    Pois estava escrito em cima do jornal: em São Paulo a Polícia proibira comícios na rua e passeatas, embora se falasse vagamente em motins de tarde no Largo da Sé. Mas a polícia já tomara todas as providências, até metralhadoras, estavam em cima do jornal, nos arranha-céus, escondidas, o 35 sentiu um frio. O sol brilhante queimava, banco na sombra? Mas não tinha, que a Prefeitura, pra evitar safadez dos namorados, punha os bancos só bem no sol. E ainda por cima era aquela imensidade de guardas e polícias vigiando que nem bem a gente punha a mão no pescocinho dela, trilo. Mas a Polícia permitiria a grande reunião proletária, com discurso do ilustre Secretário do Trabalho, no magnífico pátio interno do Palácio das Indústrias, lugar fechado! A sensação foi claramente péssima. Não era medo, mas por que que a gente havia de ficar encurralado assim! é! E pra eles depois poderem cair em cima da gente, (palavrão)! Não vou! não sou besta! Quer dizer: vou sim! desaforo! (palavrão), socos, uma visão tumultuaria, rolando no chão, se machucava mas não fazia mal, saíam todos enfurecidos do Palácio das Indústrias, pegavam fogo no Palácio das Indústrias, não! a indústria é a gente, “operários da nação” pegavam fogo na igreja de São Bento mais próxima que era tão linda por “drento”, mas pra que pegar fogo em nada!

(Mário de Andrade. “Primeiro de Maio” in Contos novos)

No conto, o personagem não recebe um nome próprio, é designado pelo número “35”. Levando em consideração a crítica social que o trecho parece revelar, assinale a alternativa que apresente relação verdadeira entre o tema do conto e a data que o nome do personagem parece fazer referência:

Alternativas

ID
4044163
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão:


Tecendo a Manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
(João Cabral de Melo Neto, A educação pela pedra)

Uma das características da poesia é o uso de imagens metafóricas. No excerto do poema de João Cabral transcrito acima, as imagens elaboradas representam:

Alternativas

ID
4044166
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão:


Tecendo a Manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
(João Cabral de Melo Neto, A educação pela pedra)

Na boa poesia, temas universais costumam atingir a máxima realização formal. Muitas vezes esses temas também são encontrados em ditados populares. O poema transcrito apresenta o mesmo tema de:

Alternativas

ID
4044172
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em uma barraquinha de festa junina, os participantes são premiados quando acertam a “toca” em que o coelho entrará. Suponha que existam cinco “tocas” diferentes e que o coelho sempre escolha uma das cinco para entrar. Se João participar quatro vezes da brincadeira, apostando sempre em uma única “toca”, a probabilidade de ele ser premiado em pelo menos uma ocasião está entre:

Alternativas

ID
4044178
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Carlos vendeu um imóvel da família e repartiu todo o dinheiro recebido igualmente entre seus filhos e sobrinhos. Se não tivesse incluído seus três sobrinhos na divisão, cada filho teria recebido R$ 5.000,00 a mais. Por outro lado, se tivesse incluído sua neta no rateio, cada filho e sobrinho teria recebido R$ 1.000,00 a menos. Carlos vendeu o imóvel por:

Alternativas

ID
4044181
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O triângulo ABC tem lados com medidas AB = 6, AC = 7 e BC = 8. Sua mediana AM mede:

Alternativas
Comentários
  • https://www.youtube.com/watch?v=xDENd5IgOI0


ID
4044184
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Oito times disputam as quatro vagas para a etapa seguinte de um campeonato de futebol. Sabe-se que todos os times enfrentam-se uma única vez e que, em caso de vitória, cada time ganha dois pontos; no caso de empate, ganha um ponto e, na derrota, não ganha ponto. Para garantir a passagem para a próxima etapa, um time precisa somar, pelo menos,

Alternativas

ID
4044187
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Leonardo tem como meta acumular R$ 1.000.000,00. Para tanto, Leonardo vem poupando, anualmente, os valores de R$ 1,00, R$ 2,00, R$ 4,00, R$ 8,00, R$ 16,00 e assim sucessivamente. Desta forma, para atingir sua meta, Leonardo precisará de, pelo menos,


(use, se necessário, log2 = 0,301).

Alternativas

ID
4044202
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Escolhendo-se ao acaso uma das diagonais de um decágono regular, a probabilidade de que essa diagonal passe pelo centro da circunferência que o circunscreve é:

Alternativas

ID
4044205
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

João fez o seguinte experimento: introduziu uma esfera de raio 2 cm em um cubo cujas arestas mediam 4 cm e preencheu todo o espaço restante com água. Em seguida, fez um novo experimento: introduziu, no mesmo cubo, 8 esferas cujos raios mediam 1 cm e preencheu novamente todo o espaço restante com água. A razão entre o volume de água utilizado no primeiro experimento e o volume de água utilizado no segundo experimento é igual a:

Alternativas

ID
4044208
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Os gráficos de x2 + y2 ≤ 4, y ≥ x + 1, y ≥ 0 e x ≤ 0 definem com os eixos coordenados uma região de área igual a:

Alternativas

ID
4044220
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Carlos lançou o seguinte desafio a um matemático:


− Tenho três filhas. Você consegue descobrir a idade de cada uma?

− Faltam dados – respondeu o matemático.

Carlos completou:

− Multiplicando as idades das três, o resultado será 36.

− Ainda faltam dados. - respondeu o matemático.

− Por coincidência, somando suas idades, o resultado será igual ao número daquela casa

– completou o pai das misteriosas filhas.

− Ainda faltam dados! Por fim, Carlos completou:

− A mais velha toca piano.

− Agora sim, posso resolver o problema – disse o matemático com um sorriso no rosto.


Sabendo que a última informação dada por Carlos foi essencial para a resolução do problema, pode-se afirmar que o número da casa citada no texto era:

Alternativas

ID
4044223
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma urna contém 10 bolas verdes, 15 bolas azuis e 13 bolas brancas. Qual a menor quantidade de bolas a ser retirada para se obter, com certeza, três bolas de cores diferentes?

Alternativas

ID
4044232
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia atentamente as informações abaixo:


A conclamação feita por Urbano II, em 27 de novembro de 1095 em Clermont, encontrou eco formidável, e uma massa eclética e entusiasta [...] se pôs a caminho na primavera de 1096 sem esperar os barões, senhores e cavaleiros a quem o papa se dirigia prioritariamente. Foi essa resposta à conclamação do papa que conferiu, assim como suas palavras, características peculiares à cruzada: uma peregrinação armada com vistas à libertação do túmulo de Cristo, o que permaneceria no cerne da ideia de cruzada.

(Fonte: DEMURGER, Alain. Os cavaleiros de Cristo. RJ: Zahar, 2002, p. 25-26.)


O caráter religioso do movimento das cruzadas, caracterizado pela necessidade da reconquista de Jerusalém, dominada pelos muçulmanos, foi acompanhado por questões econômicas, políticas e sociais. Outras causas para o movimento podem ser encontradas na seguinte alternativa:

Alternativas

ID
4044235
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O texto abaixo faz referência ao Bloqueio Continental, decretado por Napoleão Bonaparte em 1806.


Sem dúvida, o bloqueio faz a Inglaterra sofrer; seus trabalhadores desempregados; suas reservas de ouro em queda. Mas prejudica também a Europa. [...] Portugal, que vende seus vinhos para a Inglaterra, hesita. Napoleão imediatamente destrona a casa de Bragança e envia para Lisboa o general Junot, que, vencedor, chega à capital no momento em que a família real foge para o Brasil.

(Fonte: MAUROIS, André. Napoleão. SP: Globo, 2013, p. 96.)


A principal causa para a decretação do Bloqueio encontra-se em:

Alternativas

ID
4044238
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O texto abaixo faz menção a uma das guerras ocorridas entre árabes e israelenses durante a segunda metade do século XX. Leia-o para responder a questão:

    
    Preparada no mais completo segredo, a ofensiva do Egito e da Síria foi lançada a 6 de outubro de 1973, no feriado judaico do YomKippur (Dia do Perdão). Tomando Israel de surpresa e beneficiando-se das modernas armas antiaéreas e antitanque de fabricação soviética, a ofensiva foi de início bem sucedida. [...] Mas, a partir de 12 de outubro, os israelenses retomaram a iniciativa e partiram para o contra-ataque. [...] Só em 29 de outubro começaram negociações entre os beligerantes, resultando num cessar fogo assinado em 11 de novembro.
(Fonte: TREIGNIER, Michel. Guerra e paz no Oriente Médio. SP: Ática, 1998, p. 39.)

Assinale a alternativa na qual aparece uma das principais consequências da Guerra do Yom Kippur, ocorrida há 40 anos:

Alternativas

ID
4044244
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia e analise o texto abaixo, bem como o contexto por ele expresso:


Em fins do século XIX, a vida estava difícil para os trabalhadores dos campos da Itália e de outras partes da Europa. [...] Então começaram a surgir notícias de que lá, no outro lado do oceano [...] havia necessidade de gente disposta a trabalhar duro com a promessa de enriquecer em pouco tempo. E os homens começaram a partir [...]. Eram os emigrantes. E para cá eles vieram, sobretudo depois de 1888 [...].

(Fonte: LAURITO, Ilka Brunhilde. A menina que fez a América. SP: FTD, 2002, p. 10-11.)


Assinale a alternativa na qual aparecem, respectivamente, fatores para a crise europeia, nele citado, e para o aumento da entrada de europeus no Brasil a partir de 1888.

Alternativas

ID
4044253
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o texto a seguir para responder à questão:


“A manifestação aconteceu no campo de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, em frente ao palácio imperial. Cerca de cinco mil pessoas, lideradas por um militante republicano, o médico e jornalista Lopes Trovão, reuniram-se para entregar a d. Pedro II uma petição solicitando a revogação de uma taxa de 20 réis, um vintém, sobre o transporte urbano, ou seja, bondes puxados a burro. O vintém era moeda de cobre, a de menor valor da época. A polícia não permitiu que a multidão se aproximasse do palácio. Enquanto os manifestantes se retiravam, o imperador mandou dizer que receberia uma comissão para negociar.
Mas Lopes Trovão e outros militantes republicanos, buscando tirar o máximo proveito político da ação da polícia, recusaram o encontro. Divulgaram um manifesto dirigido ao soberano, convocando-o a ir ao encontro do povo. A Gazeta da Noite de Lopes Trovão e panfletos distribuídos pela cidade passaram a pregar o boicote da taxa e a incitar a população a reagir com violência, arrancando os trilhos dos bondes. Outra manifestação foi convocada para o dia 1º de janeiro, data da entrada em vigor da taxa, agora no centro da cidade, no Largo do Paço, hoje Praça 15 de Novembro”.

(Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/ capa/a-guerra-do-vintem Acesso em 31/08/2013)


Sobre o período da História do Brasil deduzido do texto, é verdadeiro o que se afirma na alternativa:

Alternativas

ID
4044256
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Proclamação da República no Brasil foi realizada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Contudo, este período foi sucedido por inúmeras dificuldades na implantação do novo regime. Neste sentido, assinale a única alternativa que não faz referencia ao conturbado início da República Brasileira:

Alternativas
Comentários
  • Só presta atenção na legenda da foto V.Cruz.América ilustrada 1879.

    GAB.E


ID
4044259
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia a notícia abaixo:


EMBRAER FABRICA PEÇAS EM PORTUGAL E TRAZ PARA O BRASIL


“Nas duas fábricas que a empresa tem em Évora estão sendo montados componentes para a cauda e as asas dos jatos Legacy 500. As peças são mandadas por navio para o Brasil e aí entram na montagem final do avião. No início de 2014, as fábricas da União Europeia passam a fabricar também componentes para o KC 390, o avião militar que a Embraer vai produzir, segundo João Taborda, diretor de relações externas da Embraer Europa”.

(Extraído de www.fsp.com.br em 31.08.2013)



A empresa brasileira está produzindo peças de sua mercadoria em solo europeu, pois:

Alternativas

ID
4044262
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

”No passado, mandava o senhor medieval e cumpriam seus camponeses. Depois, com a tecnologia, passaram a imperar os agricultores capitalistas. Agora, na época financeira global, chegaram ao campo os produtores corporativos. Último degrau da gestão rural.


Percebe-se claramente essa tendência, crescente no Brasil, de grandes empresas de capital aberto, controladas por fundos de investimento, de origem externa ou interna, aplicarem seus recursos na atividade agrícola. Há vários modelos de operação, sempre vinculados ao mercado financeiro. Chega a ser curioso. Novos ricos, que nunca pisaram no chão de terra batida, sentem-se atraídos pelo lucro gerado na poeira do trator. Aflorou seu atavismo.

(Três razões, basicamente, explicam esse moderno fenômeno econômico (...) Por Xico Graziano. Extraído de www.estadão.com.br, em 31.08.2013)


As razões referentes ao processo destacado acima são:

Alternativas

ID
4044265
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia:

    “Falar da organização regional do espaço brasileiro é algo muito complexo, pois se trata da regionalização de um país de grandes dimensões que tem passado por um complexo e desigual processo de diferenciação que envolve o espaço e o tempo. (...) O Nordeste pode ser definido como a região das perdas”.

(Corrêa, Roberto Lobato. Trajetórias Geográficas. Bertrand Brasil. P,197 e 204)



Esse conjunto de perdas pode ser atribuído:

Alternativas

ID
4044271
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Em relação à matriz energética brasileira, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
4044274
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia o texto.


A população brasileira deve começar a diminuir em 2043, segundos dados projetados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Baseado em dados do Censo Demográfico 2010, o estudo projeta a população total do Brasil em 201 milhões de habitantes em 2013, atingindo 212,1 milhões em 2020, até alcançar o máximo de 228,4 em 2042. A partir de então, o número deve começar a cair, atingindo o valor de 218,2 em 2060, o mesmo projetado para 2025.

(Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/08/29/ populacao-brasileira-deve-comecar-a-diminuir-em-2043-diz-ibge.htm. Acessado em 30 de agosto de 2013.)


Segundo o IBGE, a população brasileira deve começar a diminuir em 2043. Tal fato justifica-se pelo (a):

Alternativas

ID
4044277
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

O Conselho de Segurança da ONU é composto por cinco membros permanentes, que possuem direito a veto. Fazem parte também do Conselho membros não permanentes, eleitos pela Assembleia Geral, com mandatos de dois anos. Estes países não possuem direito a veto. O número de membros não permanentes aumentou de seis para 10 através de uma emenda na Carta da ONU realizada em 1965.

Cada membro do Conselho tem direito a um voto. As decisões sobre questões de procedimentos são tomadas pelo voto afirmativo de pelo menos nove dos 15 membros.

As decisões sobre questões de fundo exigem nove votos, incluindo os votos afirmativos de todos os cinco membros permanentes. Esta é a regra conhecida como “unanimidade das grandes potências” ou poder de “veto”.

(Fonte: http://www.brasil-cs-onu.com/o-conselho/membros)


São países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU:

Alternativas
Comentários
  • Dica é a palavra: RECIF

    Rússia

    EUA

    China

    Inglaterra (Reino Unido)

    França

  • Cuidado com as pegadinhas. Lembrar sempre que o Conselho de Segurança da ONU é formado por 15 países, sendo 5 permanentes e com direito de veto + 10 países alternados, com mandatos de 2, contando com o último em vigor.

    EsPCEx 2022


ID
4044280
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

“A terra (continente) e a água apresentam diferentes propriedades térmicas e reagem de modo diferente à insolação. A água se aquece e se resfria mais lentamente que o solo. Assim, enquanto a água tem tendência de armazenar o calor que recebe, a terra, por outro lado, rapidamente o devolve à atmosfera”.
(AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. Bertrand, São Paulo, p. 29).


Sobre o texto, é verdadeiro:

Alternativas

ID
4044283
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Identifique as paisagens descritas pelo geógrafo Aziz Ab’ Saber.


I. A depressão aluvial do Alto Paraguai foi identificada como a maior planície, de nível de base interna, do interior do Brasil, localizada no centro do continente sul-americano entre o domínio dos cerrados e do Chaco central (2006).
II. Região encoberta por um mar de nuvens baixas, fortemente carregadas de umidade, verdadeiros mares de água doce, o maior estoque remanescente de paisagens naturais do setor equatorial do mundo tropical até 1950 (2003).
III. No vasto conjunto do território intertropical e subtropical brasileiro destaca-se o contínuo norte-sul, grande complexo de florestas tropicais biodiversas brasileiras (2003).


Estão corretas, respectivamente.

Alternativas
Comentários
  • I - Repare "... localizada no centro-sul americano entre os domínios do CERRADO e do CHACO (encharcado, água demais). Considerado também um bioma brasileiro, o Pantanal era tido como uma das áreas mais protegidas do país. Infelizmente, no ano (péssimo) de 2020, cerca de 1/4 de seu território foi acometido com incontroláveis queimadas.

    II - FORTEMENTE (olha o advérbio ajudando na questão) carregadas de umidade ; Setor EQUATORIAL ( Floresta Equatorial Úmida / Hileia Amazônica ) -> Amazônia

    III - "... VASTO conjunto ... contínuo NORTE - SUL ..." - RN até RS. Mata Atlântica.

    C

    EsPCEx 2022


ID
4044286
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia o trecho:


“Quando a rota dos corpos celestes cruzava com a da Terra, as chances de colisão eram grandes. Durante seus primeiros 200 a 400 milhões de anos, a Terra foi alvo de um bombardeio constante, ora de asteroides, ora de bolas de gases congelados, que, aquecidos ao aproximar-se do Sol, desenvolviam caudas e viravam cometas. (...) Mas é óbvio que, olhando ao nosso redor, não vemos essas crateras. O que aconteceu com elas? Foram apagadas da superfície da Terra, da mesma forma que uma borracha apaga borrões em uma folha de papel.”
(Fonte: “Poeira das estrelas” Marcelo Gleiser, 2006. Página 199.)


Com relação à passagem final do texto, o que cumpre o papel de borracha para “apagar” as crateras criadas através dos bombardeios contra a Terra é:

Alternativas

ID
4044289
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia a notícia abaixo, sobre a detenção do brasileiro David Miranda:


“(...) Ele disse ainda que membros do serviço de inteligência são identificáveis pelas informações, consistindo em um perigo para eles, tanto na Grã-Bretanha como no exterior.
Apesar do fato de muitos arquivos estarem criptografados, afirmou Robbins, Miranda também carregava um pedaço de papel contendo instruções básicas para acessar alguns dados, junto com um pedaço de papel que incluía uma senha para decifrar um dos arquivos criptografados em um HD externo.
O parceiro de Miranda, Glenn Greenwald, trabalhou com o exfuncionário da inteligência americana Edward Snowden em reportagens sobre os sistemas de monitoramento americano e britânico.
As histórias baseadas nos dados acusam a NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) de reunir milhões de gravações telefônicas e dados retirados de sites de internet como o Google e o Facebook. Miranda foi detido quando viajava de Londres para o Rio de Janeiro, onde ele vive com Greenwald.
Seu advogado Matthew Ryder disse que ele adotou uma “abordagem pragmática” e aceitou que o problema seja “melhor debatido” no processo judicial. A polícia se disse satisfeita com o acordo”.
(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/08/arquivos-de-mirandapodem-colocar-agentes-em-perigo.html Acesso em 31/08/2013.)


Sobre a notícia, é correto:

Alternativas

ID
4044292
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia a notícia abaixo:


“Menos de 24 horas do polêmico decreto que cria a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (Ceiv), o governo do estado do Rio de Janeiro precisou se retratar e esclarecer que “em momento algum” a comissão vai quebrar sigilos telefônicos e de internet de pessoas envolvidas nos protestos. Apesar do parágrafo único mostrar, de forma sutil, a possibilidade, o artifício legal, visto como inconstitucional pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB - Rio), gerou ainda mais instabilidade no governo, levando o estado a anunciar na tarde de quarta-feira (24/07) que um novo decreto, com teor ajustado pelo Ministério Público, será publicado na quinta.
Para historiadores e especialistas em Direito Constitucional, o artifício político do governo revela a fragilidade e a incapacidade do próprio Estado em gerir um cenário de forte pressão e críticas. O que era para fortalecer a figura do Estado democrático se mostrou autoritário e vazio, revelando a falta de projetos políticos e desespero diante da possibilidade de ter oposição.
“A medida mostra a incompetência política, desmascara uma geração de políticos oportunistas, sem experiência de confrontos, que só sabem governar sem oposição e imaginam que toda a crítica é negativa porque só ouvem as vozes das ruas nas urnas”, defende o historiador e professor da PUC-Rio, Antônio Edmilson Martins.
(Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/reportagem/sem-rumo. Acesso em 31/08/2013.)


Assinale a alternativa que analisa de forma correta a notícia:

Alternativas

ID
4044295
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia os excertos:


Texto 1:


“Ciente das ameaças de insurreição na colônia, o poderoso Dom Rodrigo de Souza Coutinho (1755-1812) tratou de responder com uma arma afiada: os “fatos”. Dom Rodrigo era secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos quando, em 25 de agosto de 1798, assinou uma carta endereçada ao governador da Bahia, Fernando José de Portugal, com instruções de como combater a difusão das ideias revolucionárias: segundo o secretário, era preciso manter a população informada, ou seja, municiá-la com versões cuidadosamente selecionadas do que se passava na Europa. A estratégia de contrapropaganda é revelada no “Ofício a Fernando José de Portugal, remetendo exemplares de um impresso traduzido para o português sobre os crimes e desmandos da Revolução Francesa, para que ele os faça circular na Bahia”, guardado na Divisão de Manuscritos da Biblioteca Nacional”.

(Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/por-dentrodo-documento/propaganda-politica. Acesso em 31/08/2013)



Texto 2:


“Cal Cermak, o qual se declara integrante de um “grupo” Anonymous, acusou o site UOL de utilizar uma foto de sua participação no protesto contra o aumento de passagens, ocorrente no dia 06/06 em São Paulo, de modo manipulado e distorcido. (...)
Iniciou relatando a sua presença no protesto, detalhando o modo de participação que teria sido realizado, alegando ausência de envolvimento com atos partidários e “depredações sem fundamento”:
(...) “Os Anonymous estavam presentes, entretanto no momento em que o objetivo começou a se perder na manifestação, dando lugar ao vandalismo, nós nos retiramos, pois somos contra atos partidários e depredações sem fundamento”.

(Fonte: http://www.folhapolitica.org/2013/06/uol-e-acusadode-manipular-e-distorcer.html. Acesso em 31/08/2013)


A comparação do conteúdo dos textos permite afirmar exceto:

Alternativas

ID
4044298
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia a frase abaixo:


“Comandante Chávez, obrigado por tudo o que fez por esse povo” Nicolas Maduro.

(http://noticias.terra.com.br/mundo/america-latina/morte-hugo-chavez/aos-58-anos-morre-o-presidente-da-venezuela-hugochavez,42103c1da8c3d310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html acesso em 30/08/2013)


A frase, dita ainda no hospital em que Hugo Chávez veio a falecer, contrasta fortemente com muitas das manchetes que noticiaram o assunto. A respeito da morte do presidente da Venezuela e da cobertura na mídia, é verdade:

Alternativas

ID
4044301
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia a frase abaixo, de James Cameron, atual Primeiro Ministro da Inglaterra:


“A verdade sobre Margaret Thatcher é que ela não apenas liderou o nosso país. Ela salvou o nosso país”.

(http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/04/08/ morre-a-ex-primeira-ministra-britanica-margaret-thatcher.htm)



O grande legado de Thatcher para a Inglaterra é a implantação do modelo de Estado:

Alternativas

ID
4044313
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia o trecho abaixo:


A relação entre as sociedades indígenas e o ambiente amazônico não é a de uma adaptação passiva das primeiras ao segundo, mas a de uma história comum, onde sociedade e ambiente se transformaram em conjunto. [...] As relações com a natureza não são nunca, tratando-se de sociedades humanas, relações naturais, mas relações sociais. [...] Daí não se segue que qualquer atividade humana ou qualquer intervenção cultural seja compatível com o ambiente amazônico; para dizê-lo de maneira crua, o fato da floresta não ser mais virgem não autoriza ninguém a violentá-la.

(adaptado de: CASTRO, Eduardo Viveiros de. NATUREZA EM PESSOA: SOBRE OUTRAS PRÁTICAS DE CONHECIMENTO. Encontro “Visões do Rio Babel. Conversas sobre o futuroda bacia do Rio Negro”. Instituto Socioambiental e a Fundação Vitória Amazônica, Manaus, 22 a 25 de maio de 2007).


O texto aborda a idealização simbólica da sintonia indígena com a natureza e faz crítica direta

Alternativas

ID
4044316
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Os dois excertos abaixo tratam da questão da espionagem praticada pelos Estados Unidos em diferentes momentos históricos. Analiseos, bem como os períodos aos quais se referem, para responder a questão:


Texto 1:


Durante o meio século de paz tensa, a “Guerra Fria” entre URSS e EUA, as informações sobre suas forças armadas permitiam elaborar políticas e estratégias. Voos de aviões-espiões como o U-2 puderam mostrar, por exemplo, que os soviéticos tinham bem menos bombardeiros do que se imaginava. Muito do esforço da espionagem acaba se concentrando, porém, em combater os espiões inimigos - a “contra espionagem”.
(Fonte: BONALUME, Ricardo. Os bastidores da guerra entre CIA e KGB. Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Galileu/ 0,6993,ECT938495-3029-4,00.html. Acesso em: 03 set. 2013.)


Texto 2:


Em carta de 2009, o atual embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, à época subsecretário de Estado] agradece à NSA [Agência de Segurança Nacional] pelas informações repassadas à diplomacia americana antes da 5ª Cúpula das Américas - um encontro entre os chefes de estado do continente para discutir assuntos comerciais e diplomáticos da região. Na carta, Thomas Shannon escreveu: “mais de 100 relatórios que recebemos da agência nos deram uma compreensão profunda dos planos e intenções dos outros participantes da cúpula e permitiram que nossos diplomatas estivessem bem preparados para aconselhar o presidente Obama em como lidar com questões controversas”. [...] “[O Brasil ficou] mais independente, mais forte, competindo com os Estados Unidos, com empresas americanas. E, por causa disso, o governo americano está pensando diferente sobre o Brasil”, afirmou [o jornalista] Glenn [Greenwald, que teve acesso aos documentos secretos referentes à espionagem dos Estados Unidos sobre o Brasil.
(Fonte: Documentos da NSA apontam Dilma Rousseff como alvo de espionagem. Disponível em: http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/09/documentosda-nsa-apontam-dilma-rousseff-como-alvo-de-espionagem.html. Acesso em: 03 set. 2013.)



Sobre a função do sistema de espionagem do governo dos Estados Unidos (EUA), nos períodos retratados, é verdadeiro:

Alternativas

ID
4044319
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere as definições de democracia do humorista Johnny Carson para responder a questão:



“What Democracy Means to Me”


    Democracy is people of all races, colors, and creeds united by a single dream: to get rich and move to the suburbs away from people of all races, colors, and creeds. [...]

    Democracy is buying a big house you can’t afford with money you don’t have to impress people you wish were dead. And, unlike communism, democracy does not mean having just one ineffective political party; it means having two ineffective political parties. [...]

    Yes, democracy means fighting every day for what you deserve, and fighting even harder to keep other weaker people from getting what they deserve. Democracy means never having the Secret Police show up at your door. Of course, it also means never having the cable guy show up at your door. It’s a tradeoff. Democracy means free television. Not good television, but free.

(www.thefaulkingtruth.com - acesso em 07/08/2013)

Segundo Johnny Carson, a democracia

Alternativas

ID
4044322
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere as definições de democracia do humorista Johnny Carson para responder a questão:



“What Democracy Means to Me”


    Democracy is people of all races, colors, and creeds united by a single dream: to get rich and move to the suburbs away from people of all races, colors, and creeds. [...]

    Democracy is buying a big house you can’t afford with money you don’t have to impress people you wish were dead. And, unlike communism, democracy does not mean having just one ineffective political party; it means having two ineffective political parties. [...]

    Yes, democracy means fighting every day for what you deserve, and fighting even harder to keep other weaker people from getting what they deserve. Democracy means never having the Secret Police show up at your door. Of course, it also means never having the cable guy show up at your door. It’s a tradeoff. Democracy means free television. Not good television, but free.

(www.thefaulkingtruth.com - acesso em 07/08/2013)

Segundo o que é afirmado sobre os sistemas democrático e comunista, pode-se inferir que o humorista

Alternativas

ID
4044325
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere as definições de democracia do humorista Johnny Carson para responder a questão:



“What Democracy Means to Me”


    Democracy is people of all races, colors, and creeds united by a single dream: to get rich and move to the suburbs away from people of all races, colors, and creeds. [...]

    Democracy is buying a big house you can’t afford with money you don’t have to impress people you wish were dead. And, unlike communism, democracy does not mean having just one ineffective political party; it means having two ineffective political parties. [...]

    Yes, democracy means fighting every day for what you deserve, and fighting even harder to keep other weaker people from getting what they deserve. Democracy means never having the Secret Police show up at your door. Of course, it also means never having the cable guy show up at your door. It’s a tradeoff. Democracy means free television. Not good television, but free.

(www.thefaulkingtruth.com - acesso em 07/08/2013)

Em relação às informações sobre o acesso à informação em um sistema democrático, pode-se afirmar mais corretamente que

Alternativas

ID
4044328
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere o texto sobre as manifestações ocorridas em meados de 2013 no Brasil para responder a questão.


Brazil Leader Suffers Setback on Overhaul



    While the president and other politicians have publicly sympathized with the protesters, passing major changes remains daunting and demonstrations continue to simmer across the country. Still, some changes have come at a surprising pace, including harsher penalties for government corruption and rollbacks of transit fares. Legislation to put 75 percent of oil royalties toward education and 25 percent toward health care — two areas that have been a focus of the protests — is moving quickly through Congress.
    But political change has proved sticky for Ms. Rousseff. She first called for a constituent assembly, but withdrew the proposal under criticism from politicians and legal experts. Then she proposed a plebiscite to be held in time for changes to take effect by next year’s election, meaning the vote would have to be held, and subsequent congressional legislation enacted, by early October.
(www.nytimes.com - acesso em 08/07/2013)

Baseado nas informações contidas no texto, é correto afirmar que a Presidenta Dilma Roussef

Alternativas

ID
4044331
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere o texto sobre as manifestações ocorridas em meados de 2013 no Brasil para responder a questão.


Brazil Leader Suffers Setback on Overhaul



    While the president and other politicians have publicly sympathized with the protesters, passing major changes remains daunting and demonstrations continue to simmer across the country. Still, some changes have come at a surprising pace, including harsher penalties for government corruption and rollbacks of transit fares. Legislation to put 75 percent of oil royalties toward education and 25 percent toward health care — two areas that have been a focus of the protests — is moving quickly through Congress.
    But political change has proved sticky for Ms. Rousseff. She first called for a constituent assembly, but withdrew the proposal under criticism from politicians and legal experts. Then she proposed a plebiscite to be held in time for changes to take effect by next year’s election, meaning the vote would have to be held, and subsequent congressional legislation enacted, by early October.
(www.nytimes.com - acesso em 08/07/2013)

De acordo com o primeiro parágrafo do texto, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4044334
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere o texto sobre as manifestações ocorridas em meados de 2013 no Brasil para responder a questão.


Brazil Leader Suffers Setback on Overhaul



    While the president and other politicians have publicly sympathized with the protesters, passing major changes remains daunting and demonstrations continue to simmer across the country. Still, some changes have come at a surprising pace, including harsher penalties for government corruption and rollbacks of transit fares. Legislation to put 75 percent of oil royalties toward education and 25 percent toward health care — two areas that have been a focus of the protests — is moving quickly through Congress.
    But political change has proved sticky for Ms. Rousseff. She first called for a constituent assembly, but withdrew the proposal under criticism from politicians and legal experts. Then she proposed a plebiscite to be held in time for changes to take effect by next year’s election, meaning the vote would have to be held, and subsequent congressional legislation enacted, by early October.
(www.nytimes.com - acesso em 08/07/2013)

No texto, são mencionadas mudanças reivindicadas pelas manifestações. Assinale a alternativa que apresente uma mudança efetivamente em curso:

Alternativas

ID
4044337
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder a questão.


Democracy and hypocrisy


    REMEMBER the opprobrium heaped on Recep Tayyip Erdogan, Turkey’s prime minister, in June for using tear gas and water-cannon against his people? Imagine the outrage if Vladimir Putin ordered Russian troops to fire live ammunition into demonstrators on the streets of Moscow. But over the weekend, when Egypt’s generals set about killing scores of protesters, the West responded with furrowed brows and pleas for all sides to refrain from violence. Such meekness betrays not only a lack of moral courage, but also a poor sense of where Egypt’s—and the West’s—real interests lie.
    The shooting took place in Cairo early on July 27th near the parade ground where, three decades earlier, President Anwar Sadat had been assassinated. Supporters of Muhammad Morsi, ousted in a coup at the beginning of July, were marching to demand that the army should restore him to the presidency. Riot police (and their civilian supporters) opened fire. More than 80 members of the Muslim Brotherhood, Mr Morsi’s party, died; many more were injured.
[...]
(www.economist.com - acesso em 07/08/2013)

A reação do Ocidente à atitude do governo do Egito, citada no primeiro parágrafo do texto, foi:

Alternativas

ID
4044340
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2013
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder a questão.


Democracy and hypocrisy


    REMEMBER the opprobrium heaped on Recep Tayyip Erdogan, Turkey’s prime minister, in June for using tear gas and water-cannon against his people? Imagine the outrage if Vladimir Putin ordered Russian troops to fire live ammunition into demonstrators on the streets of Moscow. But over the weekend, when Egypt’s generals set about killing scores of protesters, the West responded with furrowed brows and pleas for all sides to refrain from violence. Such meekness betrays not only a lack of moral courage, but also a poor sense of where Egypt’s—and the West’s—real interests lie.
    The shooting took place in Cairo early on July 27th near the parade ground where, three decades earlier, President Anwar Sadat had been assassinated. Supporters of Muhammad Morsi, ousted in a coup at the beginning of July, were marching to demand that the army should restore him to the presidency. Riot police (and their civilian supporters) opened fire. More than 80 members of the Muslim Brotherhood, Mr Morsi’s party, died; many more were injured.
[...]
(www.economist.com - acesso em 07/08/2013)

De acordo com o texto, é verdadeiro:

Alternativas