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Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2016 - IFN-MG - Técnico de Tecnologia da Informação


ID
2099308
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.

“Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência […]”

A palavra destacada pode, sem alteração de sentido do trecho, ser substituída por:

Alternativas
Comentários
  • Persuasivo

     

    Que convence.

     

    A súmula não tem efeito obrigatório, apenas persuasivo, ou seja, convincente.


ID
2099311
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Analise as afirmativas a seguir.

I. Segundo seu médico, Martin realmente estava morto.

II. De acordo com Descartes, não há dúvida sobre a existência de uma pessoa desde que ela pense.

III. O “eu” autobiográfico é composto por outros “eus”.

De acordo com o texto, estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • " ... também tenho certeza que você está vivo." Palavras do médico. Somente a I está errada.

  • GABARITO - C

    I -   "... também tenho certeza que você está vivo." (ERRADA)

    II - Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que NÃO ERA POSSÍVEL DUVIDAR de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos” (CERTA)

    III - “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal” (CERTA)

    OBS: Gente vamos evitar respostas como GABARITO letra C que não acrescentam em nada nos comentários, hoje não é mais possível usuários não premiuns acessarem os comentários portanto não vai facilitar a vida de ninguém muito pelo contrátio.

    ATT


ID
2099314
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Assinale a alternativa em que a ideia expressa pela palavra entre colchetes não está presente no respectivo trecho.

Alternativas
Comentários
  • Letra D-A pessoa mesmo anestesiada ou dormindo tem atividade cerebral só que não esta em seu estado normal

  •  d) “A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo.” [INATIVIDADE]  Essa afirmativa " Inatividade", não consta no texto. Vejamos o fato em que encontramos tal passagem para chegarmos a essa conclusão.    “Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman.

  • Como resolvi a questão sem ler o texto:
     

    O comando da questão diz: "Assinale a alternativa em que a ideia expressa pela palavra entre colchetes não está presente no respectivo trecho.", logo não a nenhuma menção que direciona ao texto, e sim ao trecho... logo fui em busca do verbo de cada trecho de cada alternativa, associando com a ideia expressa no colchete. Assim a opção a meu ver que não há nenhum tipo de relação é a alternativa "d", pois o verbo assemelha trás a ideia de Comparação, e não de inatividade...


ID
2099317
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.

“Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos.”

Sobre o uso dos travessões nesse trecho, de acordo com a norma padrão, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado:

     

    - No discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos.

     

    - Para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.

     

    - Para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto.

     

    - Para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos.

     

     

  • o termo separado por travessão é um aposto explicativo, ao qual explica a "SINDORME DE COTARD"  e pode se substituir os travessões por vírgulas.

    NÃO É VOCATIVO, POIS NÃO ESTÁ CHAMANDO NINGUÉM!

  • Questão tosca! pode ser anulada.

  • Meus caros,

    A questão pede a INCORRETA. 

    BONS ESTUDOS!

  • Vocativo

    Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético.  Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso. Veja os exemplos:

    Não fale tão alto, Rita!
                                 

    Vocativo

    Senhor presidente, queremos nossos direitos!
      Vocativo

    A vida, minha amada, é feita de escolhas.
                  Vocativo

     

    Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam o interlocutor a que se está dirigindo a palavra.

    Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, tais como ó, olá, eh!, etc.

  • (A)

     

  • GUERREIRA CONCURSEIRA FALOU TUDO CERTINHO!

    Trata-se de um aposto explicativo, e não de um vocativo.

    Letra A está errada!

  • Desde quando isso é vocativo?? é aposto!!

  • Minha gente a questão esta certa, inclusive eu errei por falta de atenção, mas depois compreendi... ela pede a INCORRETA que é a letra A, pois como os colegas abaixo falaram, trata-se de uma APOSTO e não de um VOCATIVO.

  • Questão mal feita. 

  •  SABRINA DEMATÉ,PRESTA ATENÇAO!

  • Deveriam por a fonte 90, pra o pessoal enxergar que o enunciado pede a incorreta . 

  • incorreta

    INCORRETA

    Incorreta

    Inglês > Incorrect

    Latim > falsa

    Espanhol > incorrecto

  • Só lembrei daa aula do Sérgio Rosa

  • A única que esta incorreta é a letra A
  • A letra B me parece estar errada também quando diz que não altera o sentido.

  • breno 

    Eai, tudo bom?

    Respondendo seu comentário ''A letra B me parece estar errada também quando diz que não altera o sentido.''

    Esse conceito está equivocado. Pois quando se trata de aposto, normamente, ele vem entre vírgulas, o que também não o impede de usar travessões.

     

    Assista essa aula. A partir dos 05:16

    https://www.youtube.com/watch?v=Mg8nF0mCv14

  • Questão perfeita boa pra pega distraídos muito boa gab a
  • INCORRETA ! 

    CAÍ NESSA =/

     

  • Errei por falta de atenção. Fui na alternativa "D", pensei que era a alternativa correta. Que falta de atenção!!!

  • Galera, galera.... não errem por bobeira... Não vamos dar esse gostinho pra banca não!

  • A INCORREEEEEEEEEEEEEEEEEEETA RODOLFO SEU PÉ NO TOB@!!!

    Hahaha!!!

     

    Como eu consegui a proeza de errar uma questão fácil dessas? Falta de atenção, com cerveja!

  • VOCATIVO: diz-se de ou forma linguística para chamamento ou interpelação ao interlocutor no discurso direto, expressando-se por meio do apelativo, ou, em certas línguas, da flexão casual.

    MENINA(vocativo) venha tomar banho

    Estou falando com você JOÃO(VOCATIVO)

  • ('-')

     

  • Aposto: Explica 
    Vocativo: Chama
     

    A letra B está correta (para quem duvidou). Aposto pode ser sim isolado por vírgulas sem alteração de sentido do trecho. Busquem as aulas do Prof. Pablo Jamilk - ele manda muito bem nesse assunto. 

    Eu também fui desantento nessa questão .....

  • Na minha opinião, essa questão tem duas alternativas INCORRETAS; a primeira é a A (gabarito); a segunda, a C, pois temos uma frase nominal isolada, e não uma oração, pois não tem verbos.

    "também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista" Cadê o verbo aqui pra ser uma oração???

  • Anderson Galvão, o verbo é CONHECIDA, no particípio


ID
2099320
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.
“‘Está em todas as partes e em nenhuma’ [...]”
Leia as definições a seguir, retiradas do Aurélio versão 7.0 – eletrônica, e assinale aquela pertinente a esse trecho.

Alternativas
Comentários
  • (A)

    Ademais, a própria banca deu a resposta:

    "Está em todas as partes e em nenhuma"

    Ou seja, Paradoxo:Conceito que é ou parece contrário ao comum; contrassenso, absurdo, disparate.

  • Paradoxo - Resulta de ideias contraditórias, absurdas, contrárias ao senso comum.

    Exemplo : O menino parece que dorme acordado. (Absurdo, ninguém consegue dormir e estar acordado ao mesmo tempo.)

  • PARADOXO é uma figura de linguagem que “funde” conceitos opostos num mesmo enunciado. Ele pode ser descrito como a expressão de uma idéia lógica por meio do emprego de termos opostos entre si.

     O paradoxo é muito conhecido, mas é frequentemente confundido com a antítese. Para acabar com essa confusão, é fundamental ter em mente que no paradoxo os termos de sentidos contrários são usados em relação a um mesmo referencial, enquanto na antítese as palavras ou expressões de sentidos opostos aparecem relacionadas a referenciais diferentes.

    Essa menina parece que dorme acordada.

    Não é possível dormir e estar acordado ao mesmo tempo, portanto, essa frase traz um paradoxo que provavelmente diz respeito à distração da menina. A distração dela é tamanha que pode ser comparada ao estado de sono.

    Fonte:http://www.figurasdelinguagem.com/

    Antítese (Grego para "oposto à criação", do ἀντί "contra" + θέσις "posição") é uma figura de linguagem (figuras de estilo) que consiste na exposição de ideias opostas

    Nasce o Sol, e não dura mais que um dia; Depois da Luz se segue à noite escura; Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas e alegrias.”

    Sendo antítese, as palavras “luz e noite escura” e “tristezas e alegrias”.

    GABA A

  • Paradoxo x Antítese

    Antítese: oposição lógica

    Paradoxo: oposição ilógica

  • Letra A

  • Paradoxo --> presença de elementos que se anulam numa frase,trazendo à tona uma situação que foge da lógica

     

    “‘Está em todas as partes e em nenhuma’ [...]”

     

    GABA  A

  • paradoxo- algo muiito doido. 

    viu algo muito maluco que viaja no além é paradoxo.

  • PARADOXO: pensamento, proposição ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano, ou desafia a opinião consabida, a crença ordinária e compartilhada pela maioria.

    TAUTOLOGIA: uso de palavras diferentes para expressar uma mesma ideia; redundância.

    METÁFORA: designação de um objeto ou qualidade mediante uma palavra que designa outro objeto ou qualidade que tem com o primeiro uma relação de semelhança (p.ex., ele tem uma vontade de ferro, para designar uma vontade forte, como o ferro).

    AMBIGUIDADE:  propriedade que apresentam diversas unidades linguísticas (morfemas, palavras, locuções, frases) de significar coisas diferentes, de admitir mais de uma leitura.

  • Olha só eu usando o raciocínio lógico matemático,  sua teoria, para acertar questão de gramática.

  • GABARITO: LETRA  A

    Paradoxo:
    Duas ideias contrárias que coexistem, que ocorrem ao mesmo tempo, implicando falta de lógica.
    Amor é fogo que arde sem se ver, / É ferida que dói e não se sente, / É um contentamento descontente, / É dor que desatina sem doer. (Camões)
    Que música silenciosa ele toca!
    “Foi sem querer querendo.” (Chaves)

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.


ID
2099323
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério[...].”

Esse trecho pode, de acordo com a norma padrão e sem prejuízo de seu sentido original, ser reescrito das seguintes formas, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.

     

     

    LETRA B

    Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.

  • Todas as alternativas apresentam valor ADVERSATIVO a única excessão é a alternativa B que apresenta valor CONCLUSIVO.

  • Portanto é conclusivo!!

  • Orações coordenadas conclusivas

    São aquelas orações que exprimem a conclusão de uma idéia expressa na oração antecedente.

    Exemplo:

    • Ele não telefonou, portanto não chegará hoje. 

    • Não fiz meu trabalho, por isso minha nota foi baixa

    GABA B

  • A conjunção MAS, de acordo com o contexto, é conjunção coordenativa ADVERSATIVA.

  • o MAS da ideia de adicão...

  • O "mas" é uma conjunção ADVERSATIVA. A palavra "contudo" é uma conjunção CONCLUSIVA.

  • “Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas(conjunção adversativa) não sofreu nenhum dano físico sério[...]"

    A conjução "MAS" poderia ser trocada por qualquer de uma das conjunções coordenadas sindéticas adversativas, sejam elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante até mesmo pelo "e".

    Toda via remete erro usar a conjução PORTANTO, que é conclusiva.

    Gab. B

  • A conjunção MAS, de acordo com o texto, é adversativa. Assim com : Todavia, entretanto, contudo.

    A conjunção PORTANTO é conclusiva.

  • Ô banca que adora esse "mas" viu?!

  • CONCLUSIVA: PORTANTO,LOGO,ENTÃO...etc

     

  • Conclusivas: logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 

    Conclusivas: logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 

    Conclusivas: logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 

    Conclusivas: logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 

    Conclusivas: logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 

     

     

    P aprender errar de bobeira

  • b)

    Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, portanto não sofreu nenhum dano físico sério.

  • Portanto é conclusivo

  • A questão quer a oração que NÃO tenha a mesma classificação da oração coordenada adversativa "mas não sofreu nenhum dano físico sério[...].". Vejamos:

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva ... 

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)... 

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas. 

    A Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, todavia não sofreu nenhum dano físico sério.

    Todavia é conjunção coordenativa adversativa.

    B Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, portanto não sofreu nenhum dano físico sério.

    Portanto é conjunção coordenativa conclusiva.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização ... 

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), então, assim, destarte, dessarte... 

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso. 

    C Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, entretanto não sofreu nenhum dano físico sério.

    Entretanto é conjunção coordenativa adversativa.

    D Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, contudo não sofreu nenhum dano físico sério.

    Contudo é conjunção coordenativa adversativa.

    Gabarito: Letra B


ID
2099326
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.

“A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.”

Assinale a alternativa cuja palavra não pertence à mesma classe gramatical das outras.

Alternativas
Comentários
  • A palavra Básica é um adjetivo

  • “A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.”

             I                                 I                      I                 I

    Substantivo                       Substantivo    Adjetivo   Substantivo

                                                                      I

                                         (Adjetivo, pois qualifica o substantivo intuição)

  • A palavra básica está modificando (atribuindo uma característica) o substantivo intuição, logo, é um adjetivo.

     

    Gab. C

  • No caso em tela, todos são substantivos, porém básica é um adjetivo.

    Podemos reconhecer um substantivos pelo seu determinante que pode estar presente, ou ao menos admitir, quais sejam: adjetivo, pronome, numeral e artigo.

  • A palavra básica é a única que não pode ser antecedida de artigo. 

    Logo, ela não é um substantivo. 

  • Palavra básica é um adjetivo que está qualificando o substantivo intuição.

  • intuição mais básica. Temos um advérbio ''mais'' intensificando o adjetivo ''básico''. E este qualifica o substantivo intuição

  • Gabarito letra C.

    A palavra "básica" qualifica o substantivo intuição.

  • Acertei por " intuição ".

  • Macete: para saber se determinada palavra é substantivo ou adjetivo, coloque o termo TÃO ou TANTO antes de tal palavra.

     

    Se fizer sentido com TANTO(A) é SUBSTANTIVO. = TANTA DOENÇA / TANTA INTUIÇÃO / TANTA CONSCIÊNCIA 

     

    Se fizer sentido com TÃO é ADJETIVO. = TÃO BÁSICA

  • Macete: para saber se determinada palavra é substantivo ou adjetivo, coloque o termo TÃO ou TANTO antes de tal palavra.

     

    Se fizer sentido com TANTO(A) é SUBSTANTIVO. = TANTA DOENÇA / TANTA INTUIÇÃO / TANTA CONSCIÊNCIA 

     

    Se fizer sentido com TÃO é ADJETIVO. = TÃO BÁSICA

  • c) básica - é adjetivo, as outras palavras são substantivos.

  • Só eu que fiquei confusa?

    A questão não diz se é pra analisar as palavras no contexto do trecho ou de modo geral... Isso muda completamente a análise...


ID
2099329
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.
“São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”[...]
Em relação ao acento indicador de crase, de acordo com a norma padrão, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito ( C )

    Antes de pronome  possessivo, por exemplo: nossa, minha. A crase é facultativa!

  • No primeiro caso, a crase é facultativa. Os casos onde a crase é facultativa são os seguintes:

     

     - Depois da preposição ATÉ

     

    Antes de pronomes possessivos femininos adjetivos no singular.

     

    - Antes de nomes próprios femininos.

     

    BIZU PARA DECORAR: ATÉ MINHA MARIA

     

     

    No segundo caso, a palavra destaca está ligada ao verbo ligar, pois, quem está ligado, está ligado A, preposição esta que se juntará ao artigo definido AS, ficando como ÀS.

     

     

    Portanto, alternativa correta é a C.

  • Gabarito >>> C

     

    Fala, concurseiraiada!

     

    Como o assunto já foi bem tratado, gostaria de contribuir com uma musiquinha que fiz para não esquecer dos casos facultativos de crase.

    Aliás, sempre dará muito certo fazer musiquinhas.

     

    ♪♩♪♩

    Depois de preposição não há crase não,

    fique ligado aí, mané... que a exceção é da preposição "até",

    muita atenção no que eu digo, o acento grave nesse caso é facultativo,

    também é facultativo antes de pronome possessivo feminino,

    minha, tua, sua, nossa, vossa...você precisa decorar é o que importa,

    e pra terminar, pra ficar granfino, é opcional antes de nome próprio feminino.

                                                                                                               ♪♩♪♩

     

     

    É isso, aí! O bom de fazer as musiquinhas é que você pode errar à vontade, basta dizer que você goza de "licensa poética", rS.

     

    "O sucesso exige sacrifício, se está fácil para você isso quer dizer que ainda não é o suficiente"   Marcos V. Romeiro

  • Ok, antes de pronome possessivo feminino SINGULAR a crase é facultativa, MAS o termo "NOSSA" é um pronome possessivo feminino no PLURAL. Nesse caso a crase deixar de ser facultativa?

  • "Nossa" não é pronome possessivo no plural. "Nossas" é o plural. Caso fosse "nossas", a crase seria obrigatória.

  • Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA

    - Diante de nomes próprios femininos:

    Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:

    Paula é muito bonita.Laura é minha amiga.

    A Paula é muito bonita.A Laura é minha amiga.

    Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:

    Entreguei o cartão Paula.Entreguei o cartão Roberto.

    Entreguei o cartão à Paula.Entreguei o cartão ao Roberto.

    Contei Laura o que havia ocorrido na noite passada.Contei a Pedro o que havia ocorrido na noite passada.

    Contei à Laura o que havia ocorrido na noite passada.Contei ao Pedro o que havia ocorrido na noite passada.

    - Diante de pronome possessivo feminino:

    Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:

    Minha avó tem setenta anos.Minha irmã está esperando por você.

    A minha avó tem setenta anos.A minha irmã está esperando por você.

    Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:

    Cedi o lugar minha avó.Cedi o lugar meu avô.

    Cedi o lugar à minha avó.Cedi o lugar ao meu avô.

    Diga a sua irmã que estou esperando por ela.Diga a seu irmão que estou esperando por ele.

    Diga à sua irmã que estou esperando por ela.Diga ao seu irmão que estou esperando por ele.

    - Depois da preposição até:

    Fui até a praia.ouFui até à praia.

    Acompanhe-o até porta.ouAcompanhe-o até à porta.

    A palestra vai até as cinco horas da tarde.ouA palestra vai até às cinco horas da tarde.

    Fonte : www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint81.php

    GABA C

     

  • Quando houver pronome possessivo feminino no singular, a crase é facultativa. minha/sua/tua/nossa/vossa

  • Demorei um pouquinho nessa questão mais deu certo.

          

    c) As duas palavras destacadas (“a” e “às”) são regidas pelo verbo “ligar”, porém, no primeiro caso, o acento indicativo de crase é facultativo, no segundo, obrigatório. São ambas regidas sim pelo verbo ligar, pois quem lia, liga a algo ou a alguma coisa. Mas como no primeiro caso há um pronome possessivo a crase é facultativa. Mas no segundo é obrigatório. Decisões substantivo feminino substituíndo por decisões por uma substantivo masculino como aos acerto morais. Com a ocorrência do ao, a crase é obrigatória.

  • São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade[...] Nossa é pronome possessivo feminino, portanto é facultativo o uso da crase.
    [...]bem como às decisões morais. Ligadas é VTI, necessita preposição, portanto é obrigatório o uso de crase.

  • ligadas é verbo na frase? Não seria um predicativo?

  • Letra C: em ambos, a regência é do VERBO ligar (ligada a), porém, no primeiro caso, a crase é facultativa, pois trata-se de um caso de pronome possessivo feminino (NOSSA) ---> antes de pronome possessivo feminino a crase é facultativa: "ligadas a NOSSA habilidade". Já no segundo caso, também regida pelo verbo LIGAR, a crase é obrigatório (quem liga, liga PARA alguém... A alguém), trata-se de VTI + artigo feminino A (decisões - nome feminino)

  • GABARITO C

     

    CASOS FACULTATIVO DE CRASE

    - Diante de nomes próprios femininos:

    Entreguei o cartão Paula.
    Entreguei o cartão à Paula.

    - Diante de pronome possessivo feminino:

    Cedi o lugar minha avó.
    Cedi o lugar à minha avó.

    - Depois da preposição até:

    Fui até a praia.
    Fui até à praia.

     

  • Aprendi crase, não decorei nenhuma regra e nunca mais errei. Segue o vídeo:

    https://www.youtube.com/watch?v=R3QIPDyIFWI&t=

  • Fala galera, venho trazer uma informação. Pode ser que alguém tenha dúvida quanto ao termo regente e ao termo regido. Saber isso poderia facilitar bastante a resolver a questão.

    Havia qualquer problema com a tomada a que ligaram o aparelho. 

    ...[termo regente: ligar a]

    ...[termo regido: (a) tomada]

  • ligadas a nossa -> facultativo

  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoalmente

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita


ID
2099332
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.

“Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim.”

Assinale a alternativa em que a acentuação da palavra destacada não se justifica pelo mesmo motivo daquela do trecho anterior.

Alternativas
Comentários
  • “Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim.”  ( proparoxitona)

     

    a unica que não e... e a letra A ( proparoxitona)

  • Todas são proparoxítonas terminadas em vogal, menos a letra ( A ), que é uma paroxítona terminada em ( L ). Portnato gabarito letra ( A )

  • roxítonasé paroxítona terminada em ditongo.   E todas as proparoxítonas são acentuadas.

  • Cérebro é proparoxítona e, pela regra, toda proparoxítona é acentuada. Analisando os itens, pode-se perceber que tanto ressonância,quanto metáfora são proparoxítonas. Tendo, portanto a letra A como resposta, pois se trata de uma paroxítona terminada em L.

  • A questão é passível de anulação: 

    Cérebro = "cé-re-bro" = proparoxítona;

    A) Horrível = "hor-rí-vel" = paroxítona terminada em "L"; 

    B) Neuropsicólogo = "neu-ro-psi-có-lo-go" = proparoxítona;

    C) Ressonância = "res-so-nân-cia" = paroxítona terminada em ditongo crescente;

    D) Metáfora = "me-tá-fo-ra" = proparoxítona.

    A questão pede que seja assinalada a alternativa em que a acentuação da palavra destacada não se justifica pelo mesmo motivo da palavra "cérebro". Assim, as palavras "horrível" e "ressonância" têm suas respectivas acentuações gráficas por regra distinta da palavra "cérebro". 

  • Gabarito: A

     

    “Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim.” Cérebro - Acentuada por ser proparoxítona

     

    “A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível […]” Horrível - acentuada po ser Paroxítona terminada em L

     

    “O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico […]” Neuropsicólogo - Acentuada por ser proparoxítona

     

    “[…] o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição […]” Ressonância - Embora seja uma paroxítona terminada em ditongo crescente, algumas bancas consideram esse tipo de palavra uma proparoxítona eventual

     

    “O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora?” Metáfora - Acentuada por ser proparoxítona

  • O conhecimento que a banca buscou verificar de nós, concurseiros, foi sobre o fenômeno das proparoxítonas eventuais.

    Regra: Todas as proparoxítonas são acentuadas.

    Regra: Paroxítonas terminadas em "l, n. r, ps, x, us, i(s), us, om(ons), um(uns), ã(s), ão(s), ditongos orais" são acentuadas.

    Fato notável: As paróxitonas terminadas em ditongos orais crescentes (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -ua, -ue, -uo) são acentuadas por duas motivações possíveis:

    1- por serem paroxítonas (comum no Brasil);

    2- por serem propraroxítonas (mais comum nas demais comunidadedes que tem o português como língua).

    sendo denominadas, por isso, de proparoxítonas eventuais (como muito bem colocado pelo colega Roberto Vicente), relativas ou aparentes. Veja que tal fato é um fenômeno fônico, e que tende a ser regional. Não vou comentar item a item, por já ter sido feito isso, apenas quis acrescentar mais dados à solução da questão.

    Resposta: a.

     

  • A questão exige que o candidato tenha conhecimento das chamadas proparoxítonas EVENTUAIS,RELATIVAS OU ACIDENTAIS...

    RESSONÂNCIA é uma paroxítona terminada em ditongo crescente. Exatamente por isso (devido à elasticidade dos ditongos crescentes na pronúncia), a sílaba final pode — repito: pode —, numa pronúncia escandida, ser dividida em duas (/RES-SO-NÂN-CI-A/), o que transforma palavras desse tipo, NA FALA, em proparoxítonas. Alguns autores, inclusive, para assinalar o fato, dizem que as paroxítonas terminadas em ditongo crescente podem ser chamadas de proparoxítonas eventuais, relativas ou acidentais (É O QUE A BANCA CONSIDEROU)— mas elas continuam a ser paroxítonas

    GABA A

  • Ela foi anulada, mas é só lembrar das proparoxítonas eventuais como a galera aí falou :)

     

    Gbarito = A

  • cérebro: Cé-re-bro - Proparoxítona horrível: Hor-rí-vel - Paroxítona terminada em L. neuropsicólogo: Neu-ro-psi-có-lo-go - Proparoxítona ressonância: Res-so-nân-ci:a  - Paroxítona terminada ditongo crescente, ou também, chamada de Proparoxítona eventual metáfora: me-tá-fo-ra - Proparoxítona


    A banca aceitou os recursos, mas poderia não aceitar.


ID
2099335
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A rara síndrome que faz homem pensar que está morto

— Bom dia, Martin. Como você está?

— Da mesma forma, eu suponho. Morto.

— O que te faz pensar que está morto?

— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?

O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso de Martin é muito raro, segundo Broks.

— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.

— Não sinto nada. Nada disso é real.

— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?

— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.

O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta Broks.

— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?

— Não são pensamentos reais. São somente palavras.

Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.

Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse “homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.

“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.

Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC. Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o ‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.

“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.

“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.

“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam enterrados”, lembra Zeman.

“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções estão associadas ao ‘eu’.” 

No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.

De certa maneira, ele estava morto.

JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)

Releia o trecho a seguir.
“‘Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico sério’, lembra Zeman, que tratou do caso.”
Em relação ao tempo verbal da palavra destacada no trecho, ele indica um fato:

Alternativas
Comentários
  • Letra A -  Pretérito perfeito do indicativo

  • Pretérito Perfeito

    eu tentei
    tu tentaste
    ele tentou
    nós tentamos
    vós tentastes
    eles tentaram

     

    #Somente o estudo dá a sorte que todos pensam que você tem!

  • 1. Tempos do Indicativo

    Presente - Expressa um fato atual. (Eu estudo neste colégio.)

    Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminado. (Ele estudava as lições quando foi interrompido.)

    Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado. (Ele estudou as lições ontem à noite.)

    Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve início no passado e que pode se prolongar até o momento atual. (Tenho estudado muito para os exames.)

    Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. [Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma composta) / Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples)]

    Futuro do Presente (simples)  - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual. (Ele estudará as lições amanhã.)

    Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado antes de outro fato futuro. (Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste.)

    Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. (Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.)

    Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato passado. (Se eu tivesse ganhado esse dinheiro, teria viajado nas férias.)

     

    2. Tempos do Subjuntivo

    Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual. (É conveniente que estudes para o exame.)

    Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido. (Eu esperava que ele vencesse o jogo.)

    Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. (Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.)

    Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente terminado num momento passado. (Embora tenha estudado bastante,  não passou no teste.)

    Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. (Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala de exames.)

    Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual. (Quando ele vier à loja, levará as encomendas.)

    Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. (Se ele vier à loja, levará as encomendas.)

    Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior ao momento atual mas já terminado antes de outro fato futuro. (Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos.)

     

    [ Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf61.php ]

     

     

  • GABARITO: LETRA  A

    pretérito perfeito do indicativo é usado para indicar uma ação que ocorreu num determinado momento do passado. 

    Frases com verbos no pretérito perfeito do indicativo

    -Eu comprei esta blusa na semana passada.

    -Eles esperaram por você durante duas horas.

    -Você pediu um cachorro quente?

    FONTE: https://www.conjugacao.com.br/preterito-perfeito-do-indicativo/


ID
2099356
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Analise a situação hipotética a seguir.
Aprovado em concurso público, João tomou posse em cargo público da Administração Pública federal.
Considerando que a posse se deu de acordo com o que dispõe a Lei Nº 8.112/90, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D 

     

     

    (a) Art. 7o  A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. 

    (b)  Art. 14.  A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

    (c) Aer. 13,  § 3o  A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

    (d) Art. 15, § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.

  • A partir da data da posse, João terá quinze para entrar em exercício.

     

    #FORÇA

  • Gabarito letra D.

     

    Nomeação: publicação do nome do aprovado no concurso público em meio oficial de comunicação para tomar posse; a posse poderá ocorrer em até 30 dias da data de nomeação. Caso seja nomeado e não tome posse dentro do prazo, o ato será considerado sem efeito.

     

    Posse: após nomeado, o indivíduo toma posse por meio da assinatura do termo de posse e poderá ser feita por meio de procuração específica; após a posse, o servidor terá 15 dias para entrar em efetivo exercício.  

     

    Exercicío: efetiva prestação laboral do servidor, caso tome posse e não entre em exercício no prazo determinado, o servidor será exonerado.

     

    Investidura: nomeação + posse.

     

     

     

    O impossível é o refúgio dos tímidos e o pesadelo dos covardes.

  • gabarito D

     

    Nomeação    30dias      Posse       15 dias        exercício

     

    Se você pode sonhar , você pode realizar !

    Walt Disney

  • Art. 15, § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercíciocontados da data da posse.

  • LETRA D

     

    a) CERTA. Lei 8.112/90 - Art. 7o  A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

     

    b) CERTA. Lei 8.112/90 - Art. 14.  A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

     

    c) CERTA. Lei 8.112/09 - Art. 13, § 3o  A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

     

    d) ERRADA. Lei 8.112/90 - Art. 15, § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.

  •       Art. 15,  § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

  •     Alternativa A-->    Art. 13.  A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.

    Alternativa B -->  Art. 14.  A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

            Parágrafo único.  Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

    Alternativa c -->     Art. 13.    § 3o  A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

    Alternativa d --> Art. 15. § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse

  • Ato de provimento -> Prazo: 30 dias -> Posse -> Prazo: 15 dias -> exercício

  • Tem 15 dias para entrar em exercício, sob pena de ser exonerado de ofício.

     

    Resiliência: capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse etc. - sem entrar em surto psicológico, dando condições para enfrentar e superar adversidades.

  • LETRA D INCORRETA 

    LEI 8.112

     Art. 15.  Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança. 

            § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.

  • 15 DIAS E NÃO 30 DIAS

    LETRA D

     

  • § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.

  • GABARITO D

     

    Gravem :

     

    Tomar POSSE após publicação do ATO DE PROVIMENTO : 30 dias

    APÓS a posse para entrar em EXERCÍCIO: 15 dias

  • Letra D

       § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. 

  • 30 dias para posse e 15 ara exercício !

  • 15 DIAS

    GABARITO LETRA (E)

  • Na lei 8.112 são 15 dias entre a posse e o exercício. Na lei municipal que são 30 dias.


ID
2099362
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Entre as modalidades de licitação previstas no Estatuto Nacional de Licitações e Contratos (Lei Nº 8.666/93), não se inclui o:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D 

     

    Lei 8.666

    Art. 22.  São modalidades de licitação:

    I - concorrência;

    II - tomada de preços;

    III - convite;

    IV - concurso;

    V - leilão.

  • GABARITO D

     

    O pregão também é modalidade de concorrência, porém este tipo de modalidade está previsto na Lei 10.520 e não na Lei 8.666.

  • Pregão:Lei 10520 de 2002

     

  • 8.666: Concorrência, tomada de preços, concurso, convite, leilão.

  • O pregão possui lei específica 

  • Gabarito: D

     

    Pregão é a modalidade de licitação prevista na Lei 10.520/92. Dirige-se à aquisição de bens e serviços comuns, independentemente do valor. A lei 10.520/92, apesar de tratar de uma modalidade específica de licitação, pode ser clasificada como norma geral, já que é aplicável a todos os entes.

  • PREGÃO 10.520/92

  • O examinador deseja obter a alternativa que não constitui uma modalidade de licitação prevista na lei 8.666/93 (Lei de Licitações e Contratos Administrativos):

    A- Concurso é uma modalidade de licitação prevista no art. 22, IV da lei 8.666/93.

    B- Leilão é uma modalidade de licitação prevista no art. 22, V da lei 8.666/93.

    C- Convite é uma modalidade de licitação prevista no art. 22, III da lei 8.666/93.

    D- Pregão é uma modalidade de licitação prevista na lei 10.520/02. Logo, essa é a resposta da questão.

    GABARITO DA MONITORA: “D”


ID
2099365
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta um direito fundamental expressamente garantido pela Constituição da República.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C 

     

    (a) Art. 5°, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

     

    (b) XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

     

    (c) XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

     

    (d) XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

  • questão super mal formulada , coisa de preguiçoso , mas enfim, pelo menos na letra D eles mudaram o texto , não só suprimiram uma parte , 

  • (C)

    (A)Errada,pois: todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado

    (B)Errada,porque:  XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

    (C)  XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

    (D)Errada,porquanto:XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

  • Gabarito letra C.

     

    O racismo é crime inafiançável e imprescritível. Imprescritível é aquilo que não sofre prescrição. A prescrição é a
    extinção de um direito que se dá após um prazo, devido à inércia do titular do direito em protegê-lo. No caso, ao dizer que o racismo é
    imprescritível, o inciso XLII determina que este não deixará de ser punido mesmo com o decurso de longo tempo desde sua prática e com
    a inércia (omissão) do titular da ação durante todo esse período
    Inafiançável é o crime que não admite o pagamento de fiança
    (montante em dinheiro) para que o preso seja solto
    .

     

    ATENÇÂO: O racismo é punível com a pena de reclusão.

     

    Complementando, para gravar: 3T e Hediondos Não tem Graça!

     

    3TTortura, Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e Terrorismo. Esses crimes, assim como os hediondos, são insuscetíveis de graça ou anistia. Isso significa que não podem ser perdoados pelo Presidente da República, nem ter suas penas modificadas para outras mais benignas. Além disso, assim como o crime de racismo e a ação de grupos armados contra o Estado democrático, são inafiançáveis.

    Estratégia Concursos.

     

     

    O impossível é o refúgio dos tímidos e o pesadelo dos covardes.

  • LETRA C 

     

    a) ERRADA. XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

     

    b) ERRADA. XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

     

    c) CERTA. XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

     

    d) ERRADA. XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

     

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Interessante aprofundar e avançar um pouco mais no tema e com isso destacar que a criminalização do crime de racismo já parte da própria Constituição, no fenômeno conhecido como MANDATO CONSTITUCIONAL DE CRIMINALIZAÇÃO.

     

    STF - HABEAS CORPUS 102.087 MINAS GERAIS

    RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO

    REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. GILMAR MENDES

     

    1. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS PENAIS. 1.1. Mandatos constitucionais de criminalização: A Constituição de 1988 contém significativo elenco de normas que, em princípio, não outorgam direitos, mas que, antes, determinam a criminalização de condutas (CF, art. 5º, XLI, XLII, XLIII, XLIV; art. 7º, X; art. 227, § 4º). Em todas essas é possível identificar um mandato de criminalização expresso, tendo em vista os bens e valores envolvidos. Os direitos fundamentais não podem ser considerados apenas proibições de intervenção (Eingriffsverbote), expressando também um postulado de proteção (Schutzgebote). Pode-se dizer que os direitos fundamentais expressam não apenas uma proibição do excesso (Übermassverbote), como também podem ser traduzidos como proibições de proteção insuficiente ou imperativos de tutela (Untermassverbote). Os mandatos constitucionais de criminalização, portanto, impõem ao legislador, para seu devido cumprimento, o dever de observância do princípio da proporcionalidade como proibição de excesso e como proibição de proteção insuficiente.

     

     

  • TÍTULO II
    DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

    CAPÍTULO I
    DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

     XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

    GABA C

  • a) Todos têm direito de receber dos órgãos públicos, sem qualquer ressalva, informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei sob pena de responsabilidade.   (ERRADO)  OBS.   Na constituição tem ressalva. Como para segurança do estado e do indivíduo   

     

    b)Aos autores, pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, vedada a transmissão a herdeiros.   (ERRADO)  OBS.     São transmissivios aos herdeiros pelo tempo que a lei fixa

     

    c)A prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.  (CORRETO)

     

    d)Todos podem se reunir pacificamente e sem armas em locais abertos ao público, independentemente de autorização e de prévio aviso à autoridade pública, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local.  (ERRADO)  OBS.  Para reunir precisará do prévio aviso, pois vai ser até um meio de garantir que não há outra reunião para o mesmo horário, como também para não haver ter conslitos entre os.

  • GABARITO ITEM C

     

    IMPRESCRITÍVEIS E INAFIANÇÁVEIS

     

    MACETE: ''RAÇÃO''

    RACISMO                     

    AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS...

     

    MACETE 2:  RACISMO ---> RECLUSÃO

  • SÓ É ESTRANHO QUE: "A prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei." SER CLASSIFICADO COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL. ISSO NA VERDADE NÃO É UM DIREITO FUNDAMENTAL...

  • Douglas Lima, 

    A prática de racismo ser um cirime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, se torna um direito fundamental apartir do momento em que temos no artigo 5° da constituição um dispositivo que diz: 

    "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

  • XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

     

     XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

  • RA GA = RACISMO E AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS - INAFIANÇÁVEIS E IMPRESCRITÍVEIS

  • A letra A não está errada está incompleta faltando ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado

  • A) XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, QUE SERÃO PRESTADAS NO PRAZO DA LEI, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
     


    B) XXVII - aos AUTORES pertence o direito EXCLUSIVO de utilização, publicação ou  reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a LEI fixar;
     


    C)  XLII - a prática do RACISMO constitui CRIME INAFIANÇÁVEL E IMPRESCRITÍVEL, SUJEITO À PENA DE RECLUSÃO, nos termos da lei;



    D)  XVI - todos podem reunir-se PACIFICAMENTE, sem armas, em locais abertos ao público, INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, SENDO APENAS EXIGIDO PRÉVIO AVISO À AUTORIDADE COMPETENTE;


    GABARITO -> [C]

  • A) sem quaquer resalva (erro)

  • Questão mal formulada e passiva de recurso. Eu não especialista em Direito Constitucional, mas sei pelo menos interpretar uma questão. Um direito garantido por lei? Acho que isso tá mais para uma norma constituidora, não? Apesar de saber que todos têm o direito em não sofrer qualquer tipo de racismo, mas formular uma questão assim é foda.

  • Texto de lei da na cabeça.

  • mnemônico:
     
    INAFIANÇÁVEIS -                                         IMPRESCRITÍVEIS - Inafiançáveis             INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA E ANISTIA

    TODOS ( RAÇÃO + 3TH )                                             RAÇÃO                                                                            3TH

     RAÇÃO      -                                                                                                                        3TH -  3T e Hediondos Não tem Graça!

      RACISMO                                                                                                                                 TERRORISMO
      AÇÃO - AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS                                                                                TRÁFICO DE DROGAS
                                                                                                                                                       TORTURA
                                                                                                                                                      CRIMES HEDIONDOS

       


     

  • A prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.

  • RA GA = RACISMO E AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS - INAFIANÇÁVEIS E IMPRESCRITÍVEIS

     

    3TCH = TERRORISMO, TRÁFICO, TORTURA + CRIMES HEDIONDOS: INAFIANÇÁVEIS E INSUSCETIVEIS DE GRAÇA E ANISTIA

  • A banca é meio complicada (vez ou outra, até atrapalhada), mas é bom estarmos desarmados no momento de responder.

    Para quem já tem uma noção mínima de Constitucional, os erros das demais alternativas são bem claros.

  • Posso estar redondamente enganado, e é provável que esteja, mas não entendo a alternativa C como um direito, e sim como uma penalidade imputada ao sujeito que pratica racismo, que é o que dá a entender (pelo menos pra mim) a frase apresentada como opção.
    Achei no mínimo confusa...

  • Na verdade fiz por eliminação, mas nesse caso Cléber, acho que é um direito da pessoa que sofreu o racismo de fazer justiça kkkk

  • Na verdade fiz por eliminação, mas nesse caso Cléber, acho que é um direito da pessoa que sofreu o racismo de fazer justiça kkkk

  • Na verdade fiz por eliminação, mas nesse caso Cléber, acho que é um direito da pessoa que sofreu o racismo de fazer justiça kkkk

  • Na verdade fiz por eliminação, mas nesse caso Cléber, acho que é um direito da pessoa que sofreu o racismo de fazer justiça só pode

  • Na verdade fiz por eliminação, mas nesse caso Cléber, acho que é um direito da pessoa que sofreu o racismo de fazer justiça kkkk

  • GABARITO: C

    Art. 5º. XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

  • GABARITO: LETRA C

    DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

    FONTE: CF 1988

  • Questão exige do candidato conhecimento sobre os Direitos e Garantias Fundamentais, preconizados na Constituição Federal de 1988 (CF 88).

    Passemos a analise das afirmativas:

    a) INCORRETA. 

    Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado (art. 5º, XXXIII, CF/88).          

    As informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado possuem ressalvas legitimadas constitucionalmente.

    AMPLIANDO O CONHECIMENTO: o remédio a ser manejado em caso de negativa será o MANDADO DE SEGURANÇA. Guarde muito bem essa valiosa informação.

    b) INCORRETA. 

    Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar (art. 5º, XXVII, CF/88).

    Alternativa errada. Nos termos sobreditos o mandamento constitucional endossa a transmissão.

    DICA:

    Direito autoral >>> autor possui até sua morte.

    Propriedade industrial >>> privilégio temporário.

    c) CORRETA. 

    A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei (art. 5º, XLII, CF/88).

    A alternativa reproduz os exatos termos do diploma constitucional.

    d) INCORRETA. 

    Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente (art. 5º, XVI, CF/88).

    A alternativa errada: note que o aviso prévio à autoridade competente é necessário, mas não o pedido de autorização. Esse inciso é EXTREMAMENTE cobrado! Principalmente se for concurso da área policial.

    AMPLIANDO O CONHECIMENTO: Caso ocorra negativa pela autoridade competente, o remédio constitucional é o Mandado de Segurança. As bancas adoram dizer que é Habeas Corpus, não caia nessa! O MS é o remédio constitucional adequado caso o Estado impeça o direito de reunião.

    Fonte: CF 88.

    Gabarito da questão: C.


ID
2103646
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Analise as seguintes disposições sobre a Administração Pública brasileira.
I. As funções de confiança e os cargos em comissão são exercidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.
II. O direito de greve do servidor público será exercido segundo termos e limites definidos em lei complementar.
III. A proibição constitucional de acumulação de cargos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresa públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder público.
Conforme o que dispõe a Constituição da República, está(ão) correta(s) a(s) disposição(ões):

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C 

     

     

    I. As funções de confiança e os cargos em comissão são exercidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo. ERRADA

    CF/88, Art. 37 V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento

     

    II. O direito de greve do servidor público será exercido segundo termos e limites definidos em lei complementar. ERRADA

    CF/88, Art. 37 VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

     

    III. A proibição constitucional de acumulação de cargos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresa públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder público. CORRETO

    CF/88, Art. 37 XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

  • Gabarito letra C.

     

    I. As funções de confiança e os cargos em comissão são exercidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo. ERRADO.Cargos em comissão podem ser exercidos por pessoas não integrantes do serviço público efetivo.

     

    -----------------------------------------------------------

    II. O direito de greve do servidor público será exercido segundo termos e limites definidos em lei complementar. ERRADO. CF - Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

     

     

     

    O impossível é o refúgio dos tímidos e o pesadelo dos covardes.

  •  

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:       (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;      (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;       (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    Vale lembrar que este inciso VII despenca em provas de concursos e insere-se na categoria das normas constitucionais de eficácia limitada, conforme a já ratificada na classificação  de José Afonso da Silva.

    O direito de greve do trabalhador da iniciativa privada está assegurado no artigo 9° da constituição federal de 1988 :

    O direito de greve é vedado aos militares,elencado no artigo 142,inciso IV da constituição federal de 1988 .

     XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

    GABA C

     

     

     

     

     

     

  • LETRA C

     

    I. ERRADA. CF, Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; 

     

    II. ERRADA. CF, Art. 37, VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

     

    III. CERTA. CF, Art. 37, XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

  • I. As funções de confiança e os cargos em comissão são exercidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.

    ERRADO.

    FUNÇÃO DE CONFIANÇA: exclusivamente exercido por servidor efetivo
    CARGO COMISSIONADO: exercido por servidor efetivo ou não - Direção, Chefia ou Acessoramento


    Art. 37, V - As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;


    II. O direito de greve do servidor público será exercido segundo termos e limites definidos em lei complementar.

    ERRADO. Trata-se de lei específica e não complementar.

    Art. 37, VII - O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; 



    III. A proibição constitucional de acumulação de cargos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresa públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder público.

    CORRETO. Art. 37, XVII. (in verbis)






    Bons estudos.

  • Não foi necessário ler todas as assertivas para matar essa questão, pois basta ler a primeira que está errada, já que somente os cargos de confiança serão preenchidos apenas com servidores públicos efetivos, e atentar que entre as alternativas, apenas a "c" não coloca a disposição I como correta. Ganhar tempo nesse tipo de questão é fundamental...

  • Questão chata, já mata no primeiro item.
  • I- Funções de confiança = exercidas exclusivamente por servidores de cargo efetivo

       Cargos em comissão = ...destina-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento

    II- ... direito de greve definidos em lei específica

     

  • LETRA C

     

    I. ERRADA. CF, Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; 

     

    II. ERRADA. CF, Art. 37, VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

     

    III. CERTA. CF, Art. 37, XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

  • Matou a um, matou a questão. ;)

     

  • GABARITO LETRA C

    Dica:

    GrEvE = Específica

  • Só sabendo a I já da pra matar a questão. Cargo efetivo -> função de confiança. GABARITO C
  • Gabarito C:

    Só para lembrar:

    Lei complementar- Avaliação de desempenho

    Lei específica- Direito de greve

  • cargos em comissão não depende de concurso público,então qualquer um pode ser contratado para a função,porém a função de confiança são para as funções de direção chefia e acessoramento,então são destinadas apenas os servidores.

     

  • 1) Errada. Exclusivo de servidor ocupante de cargo efetivo é função de confiança. 

    Cargo em comissao terá percentual minimo de funionario efetivo,.... portanto, não confundam, a regra é que NÃO seja funcionario efetivo.

     

     

    2) Errado. GREVE é lei especifica e não complementar.

     

     

    3) Certinha. A proibição constitucional de acumulação de cargos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresa públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder público.

     

  • Saber que o item I está incorreto é suficiente para resolver a questão. Man, uma questão dessa na prova ajuda muito a ganhar tempo.

     

    GAB.: Letra "C"

  •  

    C

     

    Cargo efetivo -> passou em prova

     

    Comissão      -> Indicado por alguém, investidura em cargo sem concurso (Uma espécie de promoção)

     

    Confiança     -> Servidores de carreira que passou em prova (efetivo) sendo a confiança -> direção chefia e assessoramento.

  • III. A proibição constitucional de acumulação de cargos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresa públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder público.

  • Alguém pode me explicar o que significa este termo "lei específica"?

  • GABARITO C.

    As funções de confiança são reservadas exclusivamente para ocupantes de cargo efetivo. Os cargos em comissão podem ser ocupados tanto por servidores efetivos quanto por outras pessoas.

    O direito de greve será exercido nos termos e limites definidos em lei específica.

  • Sabendo que a assertiva I está errada só sobra 1 alternativa para marcar que é o gabarito.

    Li a assertiva II só por desencargo de consciência msm.


ID
2103652
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Conforme o que dispõe a legislação aplicável, não constitui hipótese de extinção do mandato de reitor de Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia:

Alternativas
Comentários
  • GAB: C

     

    LEI Nº 11.892, Art. 12 § 2o

     

     

    § 2o  O mandato de Reitor extingue-se pelo decurso do prazo ou, antes desse prazo, pela aposentadoria, voluntária ou compulsória, pela renúncia e pela destituição ou vacância do cargo.


ID
2103661
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Qual entre as camadas a seguir foi recomendada pelo modelo ISO, mas não foi implementada no TCP/IP?

Alternativas
Comentários
  • modelo OSI                             modeloTCP/IP

    Aplicação                                         Aplicação               

    Apresentação                                  Transporte

    Sessão                                            Rede                                   

    Transporte                                       Enlace                                                                    

    Rede

    Enlace

    Fisica

  • apresentacaobfaz parte do modelo OSI e não do TCP/IP
  • ISO?

  • d-

    data link layer, assim como rede, esta compreendida em rede no tcp/ip.

  • @Marcelo, quem criou o modelo OSI foi a ISO.


ID
2103664
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Qual topologia de rede pede a existência de um equipamento centralizador de cabos?

Alternativas
Comentários
  • Estrela: A topologia em estrela utiliza um nó central (comutador ou switch) para chavear e gerenciar a comunicação entre as estações. É esta unidade central que vai determinar a velocidade de transmissão, como também converter sinais transmitidos por protocolos diferentes. Neste tipo de topologia é comum acontecer o overhead localizado, já que uma máquina é acionada por vez, simulando um ponto-a-ponto.

     

    Anel ou Ring:  A topologia em anel utiliza em geral ligações ponto-a-ponto que operam em um único sentido de transmissão. O sinal circula no anel até chegar ao destino. Esta topologia é pouco tolerável à falha e possui uma grande limitação quanto a sua expansão pelo aumento de "retardo de transmissão" (intervalo de tempo entre o início e chegada do sinal ao nó destino).

     

    Barramento: Esta topologia é bem comum e possui alto poder de expansão. Nela, todos os nós estão conectados a uma barra que é compartilhada entre todos os processadores, podendo o controle ser centralizado ou distribuído. O meio de transmissão usado nesta topologia é o cabo coaxial.

     

    Ponto a Ponto: A topologia ponto a ponto é a mais simples. Une dois computadores, através de um meio de transmissão qualquer. Dela pode-se formar novas topologias, incluindo novos nós em sua estrutura.

     

    Fonte: http://www.infoescola.com/informatica/topologias-de-redes/

  • d-

    O hub implementa as redes locais na topologia estrela, interligando por cabos de pares trançados.


ID
2103667
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Qual tecnologia para transmissão de rede utiliza a divisão de frequências para compartilhamento do meio?

Alternativas
Comentários
  • Frequency Division ...
  • FDMA —Frequency— coloca cada chamada em uma frequência separada.

    TDMA —Time— separa para cada chamada, uma porção de tempo em uma determinada freqüência.

    CDMA —Code— dá a cada chamada um código único que se espalha por todas as frequências disponíveis no sistema.

     

    CSMA (Carrier sense multiple access, ou Acesso múltiplo com sensoriamento da portadora), no estudo de redes de computadores com comutação de pacotes, é um protocolo de controle de acesso ao meio que busca ao máximo evitar a colisão de quadros (pacotes da camada de enlace) em redes com múltiplo acesso ao meio.

  • b-

    As técnicas básicas de multiplexação são FDM (Multiplexação por Divisão de Frequência) e TDM (Multiplexação por Divisão do Tempo). No FDM, a para  sinais analógicos, a largura de banda do canal de transmissão é dividida em vários menores.


ID
2103670
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Qual conector deve ser utilizado para se montar cabos do tipo par trançado?

Alternativas
Comentários
  • RJ45


ID
2103673
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Qual é o protocolo responsável por fazer a conversão de endereços MAC em endereços IP?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D.

     

    ARP (Address Resolution Protocol) - descobre endereços MAC a partir do IP.

     

    Como complemento:

     

    RARP (Reverse Address Resolution Protocol) - descobre endereços IP a partir do MAC.

  • A questão citou o RARP - Reverse Address Resolution Protocol e não o ARP.

  • É verdade, agora que percebi.

     

    Bom, de qualquer forma, se estava desse jeito na prova, o esquema era marcar ARP, mesmo.

     

    Mas, realmente, o correto é RARP.

  • Deveria ser anulada. O correto é RARP.

  • CONVERSAO DE MAC PARA IP, É NA CAMADA DE REDE , PROTOCOLO IP

    http://www.telecomhall.com/Br/modelo-de-7-camadas-osi.aspx#:~:text=Camada%203%20%E2%80%93%20Rede&text=Essa%20camada%20pega%20o%20endere%C3%A7o,endere%C3%A7o%20l%C3%B3gico%20(endere%C3%A7o%20IP).


ID
2103676
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Os dados capturados pela gerência de redes utilizando SNMP ficam armazenados em qual base?

Alternativas
Comentários
  • Ficam na MIB (Management Information Base).

  • O manager e o agent utilizam a estrutura de objetos denominada Management Information Base (MIB) e os comandos do protocolo SNMP para a troca de informações. As informações mais importantes foram padronizadas, no seu formato e conteúdo, para serem usadas e armazenadas nos diversos dispositivos de rede disponíveis no mercado. Além disso, a estrutura do modelo de gerência inclui uma forma bem definida para atribuir nomes aos diversos objeto armazenados.

     

    fonte: http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialsnmp/pagina_2.asp

  • d-

    O agente é formado pelo MIB (Management Information Base), compost por objetos. Os objetos que compõem a MIB são os componentes que serão monitorados dentro do agente. Interfaces de rede, processador e HD são objetos ou partes de um agente que geram informações sobre os seus status relatdo aos gerentes. MIB é a construção de uma base de dados dos objetos; toda a informação dos objetos fica nesta base de informações, à espera de uma solicitação por parte do gerente sobre determinado objeto. Esta memória de armazenamento ou base de dados não é segura nem estática, pois caso o dispositivo seja reiniciado, todos os dados serão perdidos. Todos os objetos geram informações constantemente, e estas informações dentro da MIB também são sobrepostas, sem recuperação de anterior.


ID
2103679
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

Qual é o resultado do comando chmod(“arq”,0644)?

Alternativas
Comentários
  • chmod
    Muda a permissão de acesso a um arquivo ou diretório. Com este comando você pode escolher se usuário ou grupo terá permissões para ler, gravar, executar um arquivo ou arquivos. Sempre que um arquivo é criado, seu dono é o usuário que o criou e seu grupo é o grupo do usuário.

    0644    ->     0        6         4          4      -> -rw-r--r--
                        arq      dono   grupo   outros

    dono = rw -> 4+2
    grupo = r -> 4
    outros = r -> 4
     


     

  • não seria restringir a leitura ?


ID
2103682
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

Qual é o tamanho de 1Kb?

Alternativas
Comentários
  • 1 kb - 2 ^10 = 1024byes

  • 1Kb = 1024 bytes = 2^10

    Gabarito D


ID
2103685
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

Como é chamada a situação em que dois processos não conseguem mais ser executados, pois existe uma dependência entre eles?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D.

     

    Deadlock/Impasse - processos formam um ciclo fechado, numa espera circular que os impede de executar/concluir suas tarefas.

  • Para muitas aplicações, um processo necessita de acesso exclusivo não só a um recurso, mas também a vários. Suponha, por exemplo, que dois processos queiram cada um gravar em CD um documento escaneado. O processo A solicita permissão para usar o scanner e é autorizado. O processo B, que é programado diferentemente, solicita primeiro permissão para usar o gravador de CD e também é autorizado. Então, o processo A pede para usar o gravador de CD, mas a solicitação lhe é negada até que o processo B o libere. Infelizmente, em vez de liberar o gravador de CD, o processo B pede para usar o scanner. Nesse ponto, ambos os processos ficam bloqueados e assim permanecerão para sempre. Essa situação é denominada impasse (deadlock).

     

    Sistemas operacionais modernos / Andrew S. Tanenbaum

  • "uma" dependência...sério só uma mesmo? sei não einh

  • Souza Silva,

     

    Nesse caso, o termo "uma" não funciona como numeral, para referenciar - supostamente - uma única dependência, mas sim, como artigo indefinido, referenciando a dependência existente quando há deadlock.

  • traído pelo português...vlw Sávio.


ID
2103688
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

São momentos em que um processo pode ser finalizado em um sistema operacional, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    Condições que levam ao término de processos:

    1. Saída normal (voluntária) através de exit

    2. Saída por erro (voluntária)

    3. Erro fatal (involuntário)

    4. Cancelamento por um outro processo (involuntário), através de um sinal.

    Fonte: http://www-di.inf.puc-rio.br/~endler/courses/inf1019/transp/aulas-teoricas/Cap-2-Proc-Sched.pdf

  • Término de processos
    Depois de criado, um processo começa a executar e faz seu trabalho. Contudo, nada é para sempre, nem mesmo os processos. Mais cedo ou mais tarde o novo processo terminará, normalmente em razão de alguma das seguintes condições:
    1. Saída normal (voluntária).
    2. Saída por erro (voluntária).
    3. Erro fatal (involuntário).
    4. Cancelamento por um outro processo (involuntário).
    Na maioria das vezes, os processos terminam porque fizeram seu trabalho. Quando acaba de compilar o programa atribuído a ele, o compilador executa uma chamada de sistema para dizer ao sistema operacional que ele terminou.

    GABARITO D

     

    Sistemas operacionais modernos / Andrew S. Tanenbaum


ID
2103691
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Qual IP pertence a uma rede classe A?

Alternativas
Comentários
  • De forma bem simplificada

    Classe A:   1 a 127

    Classe B: 128 a 191

    Classe C: 192 a 223

    Classe D: 224 a 239

     

  • E finaliza com a classe E (reservada para IPv6) - 240 a 255.

  • a-

    classe A tem mais host bits e menos network bits - o posto de classe C. basta procurar pelo IP com range mais baixo.


ID
2103694
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Qual protocolo deve ser utilizado para transferir um arquivo executável entre dois hosts?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    FTP (File transfer Protocol) ou Protocolo de transferência de arquivos, é um protocolo de rede padrão, que opera na camada de Aplicação do modelo OSI, É utilizado para transferir arquivos de um local para outro através de redes TCP/IP.

     

  • d-

    O FTP é um protocolo à transferência de arquivos direta entre cliente e servidor, onde, para ter acesso ao local de troca de arquivo entre ambos, o usuário deve se identificar.


ID
2103697
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Qual endereço MAC não é válido?

Alternativas
Comentários
  • O MAC Address é composto por 48 bits representados em algarismos hexadecimais que vão de 0 a F, ou seja: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 A B C D E F

     

    Agora tenta fazer de novo.

  • Não existe .......4G-5G-6G

  • O endereço MAC só utiliza o código hexadecimal, logo considerando ele sabemos que as "letras" só vão até o F, logo não existe o G.

  • d-

    MAC Address (Media Access Control) é o endereço físico da interface de rede existente dentro de cada dispositivo. Este endereço é único, não
    existindo 2 adaptadores de rede com o mesmo número.


ID
2103700
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Qual tipo de transmissão permite envio e recebimento de dados nos dois sentidos, ao mesmo tempo, em um cabeamento de rede?

Alternativas
Comentários
  • duplex apesar de ter dois caminhos os dados nao sao transferidos simultaneamente
  • Full duplex

  • Ao mesmo tempo dá a enteder que é simultaneamente Paulo. Mas, se foi cancelada, é por que está errada mesmo. kk 

  • Por que será que foi anulada? Esse não é o conceito correto de full duplex, ou foi considerado full duplex = duplex?

  • Banca ordinária...

    Não consegue passar um concurso sem anular questão.


ID
2103703
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Qual é a função de uma máscara de subrede?

Alternativas
Comentários
  • Quando se modifica a quantidade de hosts altera a quantidade de redes, bem como se cria subredes.
  • Permitir modificar o número possível de hosts em uma rede.

  • fiquei em dúvida entre letra "a" e letra "b"

    marquei a letra B por achar ser afunção precípua da mascara de rede, porem ainda não encontrei erro na letra "A"

    A mascara de rede define a quantidade de redes (subredes) e host, onde bits 1 representam a porção de rede (subredes) e bits 0 a porção de hosts
    classa A - mascara padrão 255.0.0.0 (/8)
    classa B - mascara padrão 255.255.0.0 (/16)
    classa C - mascara padrão 255.255.255.0 (/24)

    É justamente alterando a mascara que podemos criar subredes dentro de redes maiores, sumarizar redes, etc com as tecnicas de: CIDR e VLSM
    - CIDR Classless Inter-Domain Routing
    - VLSM (de Variable Length Subnet Masks)
    O CIDR usa máscaras de comprimento variável, o VLSM, para alocar endereços IP em sub-redes de acordo com as necessidades individuais e não nas regras de uso generalizado em toda a rede. Assim a divisão de rede/host pode ocorrer em qualquer fronteira de bits no endereço. Porque as distinções de classes normais são ignoradas...(wikipidia)

    Exemplo: Dividir a rede 192.168.0.0 /24 em duas redes
    Solução: alterar a mascara de rede, pegando 1 bit da porção de host, ficando conforme abaixo:
    192.168.0.0 /25
    192.168.0.128 /25

    Agora temos duas subredes, ou seja, pegamos uma pizza e dividimos em duas.
    Por isso ainda não encontrei erro na letra "A"
     

    #ninja


ID
2103706
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Qual protocolo atua na camada de aplicação?

Alternativas
Comentários
  • HTTP

  • Gabarito: A

    HTTP - Hyper Text Transfer Protocol (Protocolo de Transferência de Hipertexto), um protocolo da camada de Aplicação do modelo OSI, utilizado para transferência de dados na rede mundial de computadores. Também transfere dados de hiper-mídia (imagens, sons e textos).

    Fonte: https://www.oficinadanet.com.br/artigo/459/o_protocolo_http

  • Gabarito: A.

     

    HTTP (Hyper Text Transfer Protocol) - Aplicação

    IP (Internet Protocol) - Rede

    TCP (Transmission Control Protocol) - Transporte 

    UDP (User Datagram Protocol) - Transporte

  • Letra A.

    HTTP - Aplicação

    IP - Internet

    TCP e UDP - Transporte

  • Prezado, sobre a alternativa B, não vincula o STF no sentido em que, uma vez declarada constitucional uma lei pelo STF, nada impede que referida lei seja objeto de controle de constitucionalidade novamente no STF, por isso o termo "não vinculação". STF não fica vinculado a uma decisão anterior que declarou constitucional determinada lei, assim como o legislativo também não fica. Isso visa proteger a guarida de controle de constitucionalidade, não deixar que a "fossilização da constituição", a petrificação social impere, pois com as mudanças econômicas, sociais e culturais, uma normal constitucional hoje, pode não ser amanhã. Importante ressaltar que o STF não faz reanálise de norma anteriormente declarada inconstitucional, por não possui poder legiferante. Assim, também, nada impede que uma mesma norma declara inconstitucional hoje seja criada amanhã pelo legislativo.


ID
2103709
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Considere que uma estação acabou de receber uma mensagem via rede e precisa validar se a transmissão ocorreu corretamente. Para isso, essa estação validará a paridade ímpar.
Qual mensagem está correta ao se receber a mensagem no formato mensagem-paridade?

Alternativas
Comentários
  • caso apareça o bit “1” número impar de vezes é adicionado 1, exemplo: 0100101 paridade = 1;

    caso apareça o bit “1” número par de vezes é adicionado 0, exemplo: 010101010010100, paridade = 0;

    Fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Detecção_e_correção_de_erros

  • Achei esta explicação mais clara https://pt.wikipedia.org/wiki/Paridade_(telecomunica%C3%A7%C3%B5es)

     

     

  • paridade impar - tem que ter quantidade impar de `1`

    paridade par - tem que ter quantidade par de `1`

     

    exemplo: 

    00000001-0  (paridade impar, pois continua com apenas um `1`)

     

    00000001-1 (paridade par, pois agora tem dois `1`) 

     

     

     a) 00000001-1  (dois `1`, paridade par)

     

     b) 00000111-1  (quatro `1` paridade par)

     

     c) 00001111-0 (quatro `1` paridade par)

     

     d) 00000001-0 (um `1` paridade impar)


ID
2103712
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Segurança da Informação
Assuntos

Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil, o uso de senhas muito fáceis de serem descobertas pode trazer riscos para a segurança do usuário.
Qual, entre as senhas a seguir, é recomendada, pois não utiliza uma lógica de criação padrão conhecida entre os invasores?

Alternativas
Comentários
  • Questão interessante. Letra A,B,C seguem um padrão conhecido, perceba que são sequências do teclado. Logo NÃO são senhas recomendadas.

     

    A única alternativa:

    CORRETO Letra D

  • Interessante mesmo.

     

    Mas resolver uma dessa na prova acredito que não seja muito simples, pois será necessário ter na memória, mais ou menos, as posições das letras do teclado, para identificar uma possível sequência.

  •  a)

    1QAZ2WSX

    2 x 10! x 6 x 27! dois números para 6 letras maiusculas

     b)

    POIUQWER

    8 x 27! oito letras maiusculas

     c)

    1Q2W3E4R5T

    5 x 10! x 5 x 27! cinco letras maiuscula  para 5 numeros

     d)

    AUJW5FCVD

    10! x 8 x 27! um numero para 8 letras maiusculas

     

    Letra "D" 10! x 8 x 27! um numero para 8 letras maiusculas


ID
2103715
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Segurança da Informação
Assuntos

Qual padrão de criptografia a seguir utiliza o mecanismo assimétrico?

Alternativas
Comentários
  • Essa é classica hein tem que tá no sangue!

     

    RSA

  • Gabarito: A.

     

    Simétricos

     

    DES

    3DES

    AES

    RC4

    CAST

    IDEA

    Blowfish

    Twofish

     

    Assimétricos

     

    RSA

    Diffie-Hellman

    El-Gamal

    Curvas Elípticas

  • Assimétrico de 3 letras ASsimétRico é o RSA (de trás pra frente)


ID
2103718
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Segurança da Informação
Assuntos

Como é denominada a função de resumo que é um método criptográfico que, quando aplicado sobre uma informação, independentemente do tamanho que ela tenha, gera um resultado único e de tamanho fixo?

Alternativas
Comentários
  • HASH

  • Uma função hash é um algoritmo que mapeia dados de comprimento variável para dados de comprimento fixo. Os valores retornados por uma função hash são chamados valores hash, códigos hash, somas hash (hash sums), checksums ou simplesmente hashes.

  • a) ERRADO. SSL - Secure Socket Layer (SSL) é um padrão global em tecnologia de segurança desenvolvida pela Netscape em 1994. Ele cria um canal criptografado entre um servidor web e um navegador (browser) para garantir que todos os dados transmitidos sejam sigilosos e seguros.

    b) CORRETO. HASH - ma função hash é um algoritmo que mapeia dados de comprimento variável para dados de comprimento fixo.

    c) ERRADO. Secure Shell (SSH) é um protocolo de rede criptográfico para operação de serviços de rede de forma segura sobre uma rede insegura.

    d) ERRADO. O Mime é um padrão para codificar arquivos anexados em e-mails e é usado em vários aplicativos, desde programas para leitura de correio eletrônico, navegadores de internet, produtos antivírus e filtros de conteúdo.


ID
2103721
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Governança de TI
Assuntos

Qual, entre as alternativas a seguir, não faz parte do ciclo de vida de um serviço?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    Essa fui pela lógica, porém não achei nenhuma fonte sobre isso.

     

    Vamos na fé !

     

     

    "Retroceder Nunca Render-se Jamais !"
    Força e Fé !
    Fortuna Audaces Sequitur !

  • Show de bola, Ibsen.

     

    Também acertei e, da mesma forma que você, também não encontrei fontes.

     

    Valeu.


ID
2103724
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Uma das características da terceirização total em que todas as funções de TI são terceirizadas de uma única vez é:

Alternativas
Comentários
  • Economia de escala é aquela que organiza o processo produtivo de maneira que se alcance a máxima utilização dos fatores produtivos envolvidos no processo, procurando como resultado baixos custos de produção e o incremento de bens e serviços.


ID
2103727
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Qual dos itens a seguir não está presente nas questões tipicamente observadas nos processos Due diligence?

Alternativas
Comentários
  • A due diligence é um processo de investigação e auditoria nas informações de empresas fundamental para confirmar os dados disponibilizados aos potenciais compradores ou investidores.

     

    Esse processo tem variações claras conforme a natureza do negócio e o tamanho da empresa mas, basicamente, refere-se a questões de ordem financeira, contábil e fiscal, além de aspectos jurídicos societários, trabalhistas, ambientais, imobiliários, de propriedade intelectual e tecnológica.

     

    Enfim, trata-se de um trabalho que deve identificar os ativos e passivos contábeis e jurídicos, permitindo maior segurança na negociação para os compradores, acionistas ou investidores.

     

    Fonte: Wiki


ID
2103730
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Governança de TI
Assuntos

Como é denominado o conjunto de atividades delegadas a uma pessoa ou grupo na governança de TI?

Alternativas
Comentários
  • Papéis ou roles


ID
2103733
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
IFN-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Arquitetura de Computadores
Assuntos

Os computadores de segunda geração utilizavam:

Alternativas
Comentários
  • 1ª - geração - Valvulas;

    2ª - geração - Transistores;

    3ª - geração - Circuitos Integrados;

    4ª - geração - VLSI.

  • Geração 0 (1642-1945): que possuía essencialmente computadores mecânicos;

    Primeira geração (1945-1955): utilizava-se essencialmente de válvulas eletrônicas para a construção de computadores;

    Segunda geração (1955-1965): baseava-se no uso de transistores. Foi proposto por John Von Neumann o modelo de computador utilizado até os dias de hoje, composto de: memória, unidade de processamento e dispositivos de entrada e saída;

    Terceira geração: (1965-1980): baseava-se no uso de circuitos integrados;

    Quarta geração (1970-atual): surgiu o microprocessador.

     

    Fonte: http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_infor_comun/tec_inf/081112_org_arq_comp.pdf

     

    Gabarito: b) transistores.