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Prova Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - 2012 - Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - Professor I - Língua Portuguesa


ID
2988220
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Planetania


      Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.

      No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.

      A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.

      Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.

      (...)

      Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

      (...)

      Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.

      Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.

      Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.

(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado

Como registra o texto 1, a palavra “planetania” resulta da intenção de um ex-governador de questionar o alcance do já existente vocábulo “cidadania”. Portanto, a formação de “planetania” se caracteriza originalmente por ser uma contribuição linguística com a seguinte característica:

Alternativas
Comentários
  • contribuição idiossincrática é uma contribuição particular, uma visão só dele.

    #pas

  • Linguagem diacrônica está relacionada às mudanças que a língua sofreu historicamente; são as variações históricas.


ID
2988223
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Planetania


      Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.

      No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.

      A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.

      Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.

      (...)

      Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

      (...)

      Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.

      Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.

      Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.

(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado

Segundo o texto 1, a criação do vocábulo “planetania” acompanha o mesmo processo verificado em “florestania”. Esse fato exemplificaria, no universo do texto dado, o que José Carlos Azeredo, em Fundamentos de Gramática do Português, caracteriza como:

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    Os termos são inovações feitas de forma criativa, e nos faz lembrar das palavras ventania, capitania, etc.

  • ABSURDO UMA QUESTÃO COMO ESSA.


ID
2988226
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Planetania


      Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.

      No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.

      A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.

      Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.

      (...)

      Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

      (...)

      Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.

      Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.

      Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.

(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado

Apesar da reconhecida semelhança na criação das palavras, de acordo com o autor do texto 1, “florestania” e “planetania” guardam entre si uma oposição fundamental entre o local e o global. Além dos elementos apresentados pelo autor em seu texto, essa oposição também poderia ser facilmente identificada pelo seguinte tipo de morfema:

Alternativas
Comentários
  • Morfema é a unidade mínima dotada de significado que integra o vocábulo. Essas estruturas são partes constituintes do campo gramatical e lexical das palavras. 

    Morfema lexical

    Essa parte da palavra também é conhecida como radical, que é o núcleo que abriga a significação externa da palavra.

    Exemplo:

    comer – comia – comem – comilão: com é o morfema lexical da palavra comer

    trabalho – trabalhador – trabalham – trabalhoso: trabalh é o morfema lexical da palavra trabalhar.

    Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-que-e-morfema.htm

  • GABARITO: LETRA A

    ===> diferença de morfema lexical (sentido da palavra):

     “florestania” e “planetania”  ===> temos, respectivamente, FLORESTA e PLANETA.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • E os distratores? Vamos lá!

    Na palavra 'menina' identificamos no radical 'menin-' o seu morfema lexical, e na desinência '-a' indicadora do gênero feminino o seu morfema gramatical.

    Já na palavra 'formando' encontramos no morfema '-ndo' a marca verbal de gerúndio que representa um morfema flexional, ou ainda, no mesmo morfema '-ndo' um morfema derivacional que permitiu a criação de um substantivo.

  • (Florestania - Planetania) Não seriam derivações da palavra Cidadania? Todas terminam com ania. Ania não seria o radical e nessa questão exemplo de morfema derivacional? Fazer uma questão dessas é forçar demais a paciência do candidato. É uma viagem que só existe na cabeça de quem fumou do mesmo bagulho. Absurdo esse tipo de questão. Assunto totalmente subjetivo.


ID
2988229
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Planetania


      Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.

      No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.

      A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.

      Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.

      (...)

      Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

      (...)

      Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.

      Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.

      Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.

(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado

Para o autor do texto 1, a era da globalização deve estar a serviço de posturas que se encontram sintetizadas, dentre outros, pelos seguintes substantivos do texto:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ===> A era da globalização deve estar sintetizada por dois pilares: solidariedade - responsabilidade.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Artur , em qual paragráfo se encontra ? Não consegui identificar .

  • nunca nem vi.

  • nunca nem vi.

  • Pode-se inferir a resposta do 5° parágrafo.

    "Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global..."

  • "Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local."

    Tirei a resposta do texto como um todo: cidadania e solidariedade é o que rege o contexto geral deste texto.

  •    Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

       Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.


ID
2988232
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Planetania


      Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.

      No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.

      A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.

      Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.

      (...)

      Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

      (...)

      Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.

      Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.

      Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.

(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado

Apesar de o texto 1 propor, em seu segundo parágrafo, uma caracterização ou descrição da “planetania”, a tipologia textual predominantemente identificada no artigo de Cristovam Buarque é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ===> o texto é constituído principalmente por argumentos, ou seja, é um texto argumentativo que usa de várias definições acerca de Planetania.

    Força, guerreiros(as)!!

  • GABARITO: B

    Como se trata do gênero artigo, por lógica, deduzi que em um artigo só podemos expor nossos argumentos.

    Ainda, o artigo de opinião é um gênero textual que faz parte da esfera jornalística e tem por finalidade a exposição do ponto de vista sobre determinado assunto. Assim como a dissertação, ele também se compõe de um título, uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão.

    Podemos ver que se trata de um artigo ao final do texto: "(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado"

    "Não pare até que tenha terminado aquilo que começou". - Baltasar Gracián.

    Bons estudos!

  • O Texto apresenta informações, esclarecimentos sobre algo ou há opinião, intenção de te convencer sobre algo?

    A maioria dos verbos são impessoais ou de ação?

    Observe que o enunciado pede predominantemente identificada! Isso significa que em um único texto pode haver mais de um tipo textual: narrativo, dissertativo, descritivo e injuntivo. Inclusive, o enunciado já informa que há trechos da tipologia descritiva "em seu segundo parágrafo, uma caracterização ou descrição da planetania"

    Como a maioria dos verbos são impessoais e há uma clara intenção de convencer o leitor com o predomínio de argumentos no texto, podemos dizer que é a tipologia é dissertativa-argumentativa (tipologia da proposta de redação do ENEM). Caso não houvesse argumentos, somente informações, seria dissertativo-expositivo.

    Não é:

    a) narração - por não predominar verbos de ação.

    c) figuratividade - há figuras de linguagem que criam uma identidade no texto, mas não é tipologia

    d) hipertextualidade - é basicamente texto da internet que te permitem seguir a leitura do mesmo de forma não linear. também não é tipologia.


ID
2988235
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Planetania


      Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.

      No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.

      A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.

      Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.

      (...)

      Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

      (...)

      Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.

      Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.

      Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.

(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado

Acerca da paragrafação do texto 1, é correto afirmar que sua construção contribui para a coesão interna do artigo de Cristovam Buarque porque, em grande parte, se verifica a seguinte característica dos parágrafos:

Alternativas
Comentários
  • Raramente, dispensar o tópico frasal contribuirá para a coesão interna do artigo.

    O desenvolvimento dos parágrafos não ocorrem por exemplificação do tópico frasal.

    Os elementos narrativos no desenvolvimento dos parágrafos em um texto dissertativo-argumentativo geralmente são utilizados para apresentação de fatos e detalhes em ordem temporal

    Gabarito:

    Atender a uma enumeração proposta é dividir em partes o tópico frasal para desenvolver os parágrafos por análise e classificação.

  • Gabarito D


ID
2988238
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Planetania


      Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.

      No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.

      A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.

      Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.

      (...)

      Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

      (...)

      Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.

      Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.

      Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.

(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado

“A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo.”


A enunciação da frase acima parece basear-se em uma pressuposição acerca da cidadania. De acordo com o ponto de vista apresentado no texto 1, pode-se entender que essa pressuposição corresponde a uma crítica à forma atual de exercício da cidadania, que, frente aos dilemas de hoje, apresenta a característica de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ===> INSUFICIÊNCIA, ou seja:

    “A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo.” ===> sendo insuficiente esse conceito, devendo ir além.

    Força, guerreiros(As)!!

  • Obrigado pelo seu comentário curto e objetivo


ID
2988241
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Planetania


      Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.

      No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.

      A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.

      Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.

      (...)

      Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

      (...)

      Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.

      Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.

      Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.

(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado

Um exemplo de construção metonímica do texto pode ser claramente identificado em:

Alternativas
Comentários
  • "para o longo prazo e para todo o planeta" em vez de "futuro".

  • GABARITO: LETRA C

    ===> uma construção metonímica consiste, basicamente, em: SUBSTITUIÇÃO DA PARTE/TODO OU TODO/PARTE.

    “A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.” ===> foi substituído o todo pela parte, PLANETANIA é um conceito geral.

    Força, guerreiros(As)!!

  • GABARITO: C

    Metonímia: consiste na troca da parte por um todo. Usa-se uma palavra com o significado de outra numa relação de implicação mútua.

    "Não pare até que tenha terminado aquilo que começou". - Baltasar Gracián.

    Bons estudos!

  • "[...] Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta."

    Observe:

    "a planetania [...] tem uma percepção de longo prazo" (as pessoas que praticam a planetania = qual substantivo definiria?)

    "a cidadania busca defender os cidadãos..." (as pessoas que praticam a cidadania = os cidadãos)

    "a planetania olha com responsabilidade..." (as pessoas que praticam a planetania = qual substantivo o definiria?)

    Acredito que nessa questão a relação metonímica se dê pelo uso do abstrato pelo concreto, isto é, o termo abstrato planetania substitui o termo concreto o praticante da planetania.

    Outros exemplos:

    O abstrato pelo concreto.

    Qual será o futuro da humanidade? (dos seres humanos)

    As lideranças se reuniram hoje.(os participantes da reunião foram os “líderes”)

    Uso da parte em lugar do todo.

    Muitos cérebros trabalharam nesta pesquisa. (pessoas)

    Vou sair de casa de meus pais e ter meu próprio teto. (casa)

  • Temos aqui a ocorrencia de uma construção metonímica, que quando ocorre na substituição da parte pelo todo e vice-versa é chamada de sinédoque.

    Vamos ao exemplo:

    '' O bonde passa cheio de pernas brancas, pretas, amarelas, pardas

    Nesse caso pernas brancas, pretas, amarelas e pardas são partes que substituem o conceito geral de ETNIA.


ID
2988244
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Planetania


      Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.

      No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.

      A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.

      Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.

      (...)

      Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

      (...)

      Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.

      Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.

      Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.

(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado

Um exemplo do texto 1 em que houve a inversão estilística dos termos da oração é:

Alternativas
Comentários
  • nota-se um adjunto adverbial deslocado na letra "a", o que faz com que não se obedeça a ordem canônica da frase que é S -> V -> C.

  • GABARITO: LETRA A

    ===> a ordem direta é composta por: SUJEITO/VERBO/COMPLEMENTO;

    ===> LETRA A ===> “À palavra diferente corresponde um conceito diferente.”, colocando na ordem direta: Um conceito diferente corresponde à palavra diferente ===> Ocorreu, então, uma inversão sintática da ordem direta da oração.

    Força, guerreiros(As)!!

  • TRSITE ISSO


ID
2988247
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Planetania


      Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.

      No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.

      A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.

      Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.

      (...)

      Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

      (...)

      Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.

      Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.

      Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.

(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado

“Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais.”


No segmento acima, os dois períodos poderiam ser unificados em apenas um, mantendo-se a relação de sentido estabelecida entre eles, por meio do emprego do seguinte conectivo:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    “Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização PORQUE/POIS Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais.”

    ===> temos em destaque duas conjunções coordenativas EXPLICATIVAS, que possuem como objetivo explicar a oração anterior, de acordo com a semântica é a melhor substituição possível.

    Força, guerreiros(As)!!

  • GABARITO B .

    DICA : USO DOS PORQUÊS :

    A ) POR QUE SEPARADOS :

    POR QUE (início : perguntar ou explicar ( relacionar o sentido ) ) .

    POR QUÊ ( fim : antes de pontos ) .

    B ) PORQUE JUNTOS :

    PORQUE ( conjunção : meio de frase : explicação ou causa ) .

    PORQUÊ (porquê junto e tônico =forte : antes do artigo ) .

    VEJAMOS :

    A ) POR QUE SEPARADOS :

    POR QUE : INÍCIO : PERGUNTAR :

    Usamos POR QUE (separado e sem acento circunflexo) nos seguintes casos :

    USADO PARA INTERROGAR OU RELACIONAR O SENTIDO :

    POR QUE VOCÊ NÃO ME LEVOU ?

    POR (preposição) QUE ( pronome interrogativo e relativo ) :

    Perguntar mentalmente :

    POR QUAL RAZÃO ?

    POR QUAL MOTIVO ?

    Outros exemplos :

    1 Nas frases interrogativas (quando escrevemos no início das frases) e quando equivale à "razão", "motivo" e "causa". Por exemplo :

    Por que você não varreu o chão?

    Por que você brigou com seu amigo?

    E as meninas, por que não vieram conosco?

    2 Quando pudermos substituí-lo por "pelo qual", "pelos quais", "pela qual", "pelas quais". Por exemplo :

    Os caminhos por que percorri foram muitos. (= Os caminhos pelos quais percorri foram muitos.)

    As atrocidades por que foi submetido tornaram ele em um homem rude. (= As atrocidades pelas quais foi submetido tornaram ele um homem rude.) 

    POR QUÊ : FIM : ANTES DE PONTOS :

    Usamos POR QUÊ (separado e com acento circunflexo) no final de frases que tenham apenas um ponto (interrogativo, final ,

    exclamativo) Exemplo :

    Levantaste só agora por quê?

    Eles não sabem por quê.

    Não me pergunte outra vez, já disse que não sei por quê!

    B ) PORQUE JUNTOS :

    PORQUE ( CONJUNÇÃO ) : MEIO DA FRASE : EXPLICAÇÃO OU CAUSA :

    Usamos PORQUE (junto e sem acento circunflexo) quando introduzimos uma explicação e uma causa :

    Não fale alto porque o bebê está dormindo : (explicação) .

    Não foi à aula porque estava com febre : (causa) .

    JUNÇÃO = UNIR OS TERMOS DA ORAÇÃO .

    EX : NÃO TE LEVEI PORQUE IRIA PASSAR NA FACULDADE .

    PODE SER SUBSTITUÍDO POR POIS :

    NÃO TE LEVEI POIS IRIA PASSAR NA FACULDADE .

    PORQUÊ TÔNICO : ANTES DO ARTIGO :

    Usamos PORQUÊ (junto e com acento circunflexo) quando essa palavra for usada como SUBSTANTIVO e for antecedida por artigo. Por exemplo :

    Não sei o PORQUÊ de sua atitude tão grosseira .

    O porquê da discussão não foi esclarecido até agora.

    Contaram a ela o porquê de sua demissão.

    EX : NÃO CONSIGO ENTENDER O PORQUÊ DE TER ME DEIXADO .

    EX : Não consigo entender O PORQUÊ de sua ausência .

    O = ARTIGO .

    PORQUÊ = SUBSTANTIVO.

  • Achei essa questão bem controversa, ao passo que a segunda frase parece uma aversão à primeira.

  • As conjunções coordenativas ligam orações sintaticamente independentes. São classificadas de acordo com o tipo de relação que estabelecem entre duas orações.

    a) porém (conjunção coordenativa adversativa)

    b) porque (conjunção coordenativa explicativa)

    c) ainda que (conjunção subordinativa concessiva)

    d) à medida que (conjunção subordinativa proporcional)


ID
2988250
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Planetania


      Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.

      No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.

      A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.

      Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.

      (...)

      Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

      (...)

      Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.

      Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.

      Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.

(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado

O Dicionário Eletrônico Houaiss registra as seguintes acepções para a palavra “cidadão”: “1. habitante da cidade; 2. indivíduo que, como membro de um Estado, usufrui de direitos civis e políticos por este garantidos e desempenha os deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos”.

Considerando principalmente a segunda acepção, ao vincular o sentido da cidadania ao composto “cidadãos-urbanos”, o autor do texto 1 reforça uma:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    2. indivíduo que, como membro de um Estado, usufrui de direitos civis e políticos por este garantidos e desempenha os deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos

    ===> observamos que há uma restrição do significado, restringido como cidadão aquele que usufrui dos direitos civis e políticos.

    Força, guerreiros(As)!!

  • Gab: A

    > Para o emprego e questão, não é qualquer cidadão que interessa, mas aqueles que gozam de direitos civis e políticos. Há, portanto, uma restrição.

  • [..] ao vincular o sentido da cidadania ao composto “cidadãos-urbanos”, o autor do texto 1 reforça uma:

    gabarito: (A) restrição de significado.

    A pergunta não é sobre a restrição do termo cidadão apontado pelo Dicionário Houaiss, afinal ,para explicitar as acepções das palavras no dicionário, encontramos restrições para que se diferencie uma palavra das outras.

    A pergunta é qual o reforço dado pelo autor do texto ao vincular a palavra cidadão ao cidadão-urbano. Logo, a restrição de significado conforme o texto, é dizer que o cidadão-urbano é o cidadão da cidade. Percebemos isso quando o autor contrapõe ao termo cidadania a palavra florestania e em seguida afirma que esses termos se restringem ao local. (§1º)


ID
2988253
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Planetania


      Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.

      No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.

      A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.

      Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.

      (...)

      Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

      (...)

      Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.

      Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.

      Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.

(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado

Um exemplo de advérbio ou locução adverbial com função de adjunto oracional se encontra em:

Alternativas
Comentários
  • No início da frase ou oração, o termo ETICAMENTE está modificando a oração inteira. É a única alternativa em que isso acontece. Vejam que ele está sozinho, isolado. Contudo, modifica toda oração em que está inserido.

  • Além disso, O advérbio modifica: verbos, adjetivos ou outros advérbios.

  • Antes de mais nada, vale ressaltar que essa prova é para formados em Letras.

    Embora a maioria dos gramáticos dizem analisar a classe adverbial considerando seus critérios de natureza sintática, morfológica, semântica, e pragmática, eles finalizam os seus estudos abordando essa classe de forma superficial da seguinte forma: morfologicamente são fundamentalmente modificadores do verbo; sintaticamente, os definem como adjunto adverbial; e semanticamente os classificam a partir de uma denominação da circunstância ou da ideia acessória que expressam fundamentados na Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) como: afirmação, dúvida, intensidade, lugar, modo, negação, tempo e os advérbios interrogativos.

    Assim, temos em:

    (A) “esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.” [adv. de tempo - adjunto adverbial]

    (B) “A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade” [adv. de negação e intensidade - adjunto adverbial]

    (C) “A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.” [loc. adv. de modo - adjunto adverbial]

    (D) “Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.” [ad. de modo - termo marginal]

    Bechara, explica que numa oração como a da letra D, quando o advérbio de modo não está referido nem somente ao sujeito nem somente ao predicado, mas a toda oração, ele possui uma independência sintática e semântica que lhe permite deslocar-se livremente nos limites da oração:

    Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.”

    “Não se justifica, eticamente, o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.”

    "Não se justifica o abandono dos problemas sociais , eticamente, de países e regiões distantes.”

    "Não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes, eticamente.”

    Dessa forma, Bechara considera este termo um verdadeiro comentário à parte do narrador considerando-o um termo marginal da frase.

    Já sob o ponto de vista da Linguística, Perini distribui os advérbios diante de uma perspectiva sintática da seguinte maneira: negação verbal; intensificador; adjunto circunstancial; atributo; adjunto adverbial; e adjunto oracional.

    Assim, em:

    (A) “esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.” [adjunto adverbial]

    (B) “A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade” [negação verbal e intensificador]

    (C) “A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.” [atributo]

    (D) “Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.” [adjunto oracional]

  • Prova para professor de língua portuguesa...

  • Adjunto oracional é o c* de quem elaborou a prova. Ninguém usa esse nome. Evanildo Bechara chega a falar em advérbio de oração e é isso. O nome adjunto oracional não existe.


ID
2988256
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Planetania


      Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.

      No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.

      A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.

      Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.

      (...)

      Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

      (...)

      Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.

      Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.

      Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.

(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado

“A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global.”


O trecho acima exemplifica um uso reiterado do verbo “dever”, que contribui para a construção do sentido do texto, no qual Cristovam Buarque busca expor, de maneira convincente, suas opiniões acerca das novas demandas da cidadania no contexto da globalização. Por pertencer à classificação dos chamados verbos auxiliares “modais”, pode-se concluir que a contribuição do emprego do verbo “dever”, no texto dado, ocorre porque:

Alternativas
Comentários
  • Os verbos auxiliares "modais" são flexionados com o verbo principal no infinitivo impessoal para que seja atribuída característica deôntica (obrigação - O estudante deve estudar.) ou epistêmica (possibilidade - Deve chover hoje.).

    Na questão, A planetania deve ter cinco [...], ela deve ser global, o autor busca convencer ao opinar como uma obrigação, logo, o autor expressou a sua atitude.


ID
2988259
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Planetania


      Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.

      No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.

      A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.

      Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.

      (...)

      Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

      (...)

      Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.

      Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.

      Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.

(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado

Tratando das propriedades semânticas dos advérbios ou sintagmas adverbiais, José Carlos Azeredo considera que alguns adjuntos, ligados ao sintagma adjetival e ditos secundários, possuem conteúdo avaliativo. Um exemplo de advérbio ou sintagma adverbial correspondente a essa caracterização está em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ===> estamos procurando um advérbio que está ligado a um adjetivo:

    “a planetania deve ser socialmente solidária em escala global.” ===> temos um advérbio modificando um adjetivo.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Não entendi nada, só vi um advérbio e um adjetivo e sentei o dedo... "socialmente solidária"....

    Gabarito D!

  • Gab: D

    Socialmente (advérbio) solidária (adjetivo) > como este advérbio está modificando adjetivo, pode-se dizer que ele corresponde à uma caracterização.

  • fiquei na duvida entre a LETRA A E D

  • Sintagma adjetival? nunca ouvi falar
  • dfgdfgdsgg

  • É aquela clássica questão q parece ser difícil pq é de enunciado complicado, mas uma vez entendido, não se revela ser tão difícil como pareceu inicialmente; a questão quer saber de um advérbio q modifica um adjetivo sendo uma avaliação, letra E.


ID
2988262
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Planetania


      Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.

      No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.

      A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.

      Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.

      (...)

      Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.

      (...)

      Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.

      Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.

      Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.

(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10 de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>. Acesso em 04/11/2012) - Adaptado

Tradicionalmente, as gramáticas escolares descrevem o sujeito e o predicado como termos essenciais da oração. Quando as mesmas gramáticas tratam da concordância verbal, entretanto, há casos que contradizem claramente essa descrição do que é essencial na construção de orações. Baseando-se na reflexão sobre a concordância verbal, é correto dizer que o exemplo do texto 1 que contradiz a noção de sujeito como termo essencial, indispensável à construção da oração, é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ===> resumindo a questão: ela quer uma oração em que não tenha sujeito, ou seja, um sujeito INEXISTENTE:

    A) a civilização de hoje exige um salto” ===> sujeito simples (a civilização EXIGE).

    B)as informações são globais e instantâneas” ===> sujeito simples (as informações SÃO).

    C) “Não há cidadania moderna” ===> verbo "haver" com sentido de existir, sendo impessoal (não possui sujeito).

    D) “não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.” ===> sujeito simples (o abandono SE JUSTIFICA).

    Força, guerreiros(as)!!

  • Para quem quase resvalou na D é só colocar na ordem direta...

    “não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.”

    o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes não se justifica...

    o que é que não se justifica? o abandono...

  • Gab: C

    A) a civilização de hoje exige um salto > A civilização = sujeito;

    B) as informações são globais e instantâneas > As informações = Sujeito;

    C) Nãocidadania moderna > com sentido de existir é impessoal, não tem sujeito!

    D) não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes > Está apenas na ordem indireta, mas possui sujeito sim > O abandono não se justifica > O abandono = sujeito.

  • ...não entendi nem a pergunta quanto mais saber a resposta...

  • Pelo que entendi a questão pede uma oração sem sujeito.

    Resposta : C

    O Verbo haver no sentido de FERA não tem sujeito.

    Fazer

    Existir

    Realizar

    Acontecer

  • A QUESTÃO QUER UM PERÍODO QUE NÃO TENHA SUJEITO.

    Eu pensei em pular a questão por causa do enunciado, porém voltei e acertei.

  • Oração sem sujeito, gabarito C.


ID
2988265
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2: A rua diferente


                        Na minha rua estão cortando árvores

                        botando trilhos

                        construindo casas.


                        Minha rua acordou mudada.

                        Os vizinhos não se conformam.

                        Eles não sabem que a vida

                        tem dessas exigências brutas.


                         Só minha filha goza o espetáculo

                          e se diverte com os andaimes,

                          a luz da solda autógena

                          e o cimento escorrendo nas formas.

(ANDRADE, Carlos Drummond. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1973, p. 60)

Eles não sabem que a vida / tem dessas exigências brutas.”


As duas formas pronominais grifadas são anafóricas, ou seja, remetem a enunciados anteriores. Entretanto, enquanto a primeira forma realiza um processo comum de substituição, a segunda permite associar, ao que fora enunciado anteriormente, o seguinte componente do sentido do texto 2:

Alternativas
Comentários
  • Eles não sabem que a vida tem DESSAS exigências brutas, o enunciador acaba fazendo um julgamento daquilo que pensa, ou seja, que é preciso às vezes mudar o atual cenário de um lugar em que havia árvores, para podermos construir um novo local, mesmo não querido e aceito por aquela vizinhança que era acostumada com uma vida provavelmente pacata e, agora, radicalmente mudada seu aspecto com árvores arrancadas, casas sendo construídas e um novo destino sendo feito.

  • Gab: B

    Segundo termo: dessas

    Dessas o que? exigências brutas. Que as exigências são brutas é um julgamento do autor, a sua filha, por exemplo, já acha tudo um espetáculo.

  • Errei mas analisando faz sentido...


ID
2988268
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2: A rua diferente


                        Na minha rua estão cortando árvores

                        botando trilhos

                        construindo casas.


                        Minha rua acordou mudada.

                        Os vizinhos não se conformam.

                        Eles não sabem que a vida

                        tem dessas exigências brutas.


                         Só minha filha goza o espetáculo

                          e se diverte com os andaimes,

                          a luz da solda autógena

                          e o cimento escorrendo nas formas.

(ANDRADE, Carlos Drummond. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1973, p. 60)

O quarto verso do poema apresenta a seguinte figura de linguagem:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    Minha rua acordou mudada.

    ===> temos uma prosopopeia ou personificação; como uma RUA vai acordar mudada.

    Ou seja, houve uma transferência de uma ação de um ser animado a um ser inanimado (RUA), marcando a prosopopeia.

    Força, guerreiros(as)!!

  • CATACRESE: é uma metáfora já continua, do dia a dia, ex: nariz do avião, pé de mesa, boca da garrafa.

    SÍMILE ou COMPARAÇÃO: Comparação explícita na frase

    SINESTESIA: mistura de sentidos, ex: um olhar gelado..

    PROSOPOPEIA ou ANIMIZAÇÃO ou ANTROPOMORFISMO: personificação de coisas

  • GABARITO: D

    Prosopopeia, personificação ou animismo: figura que consiste em atribuir particularidades de seres animados (com vida) a seres inanimados (sem vida). Essa figura também se caracteriza quando são atribuídas características humanas a animais.

    Catacrese: é quase uma metáfora, porém o processo metafórico se desgastou pelo fato de a expressão ser usual demais.

    Comparação ou símile: é muito parecida com a metáfora, porém a partícula de comparação, no caso "COMO", aparece de forma explícita.

    "Não pare até que tenha terminado aquilo que começou". - Baltasar Gracián.

    Bons estudos!

  • Personificação, mas conhecida como prosopopeia! =]

  • Prosopopeia (Personificação)

    Atribuição de características humanas a seres não humanas.

    Ex: A Amazônia chora devido ao desmatamento.

    gab. D


ID
2988271
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2: A rua diferente


                        Na minha rua estão cortando árvores

                        botando trilhos

                        construindo casas.


                        Minha rua acordou mudada.

                        Os vizinhos não se conformam.

                        Eles não sabem que a vida

                        tem dessas exigências brutas.


                         Só minha filha goza o espetáculo

                          e se diverte com os andaimes,

                          a luz da solda autógena

                          e o cimento escorrendo nas formas.

(ANDRADE, Carlos Drummond. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1973, p. 60)

Ao tratar das classes gramaticais, Bechara (2004) cita a inclusão, na Nomenclatura Gramatical Brasileira, de palavras denotativas, as quais, muitas vezes, “têm papel transfrástico e melhor atendem a fatores de função textual estranhos às relações semântico-sintáticas inerentes às orações em que se encontram inseridas”.


Um exemplo desse tipo de palavra se encontra no seguinte verso do poema:

Alternativas
Comentários
  • Só minha filha goza do espetáculo... E qual esse " espetáculo"?... Que estão cortando as árvores e pondo no lugar delas trilhos, construindo casas, e a menina vê os andaimes, a luz das soldas e o cimento escorrendo que, pra menina, torna-se um espetáculo.

  • GABARITO: LETRA A

    “Só minha filha goza o espetáculo

    ===> vejo que foi empregado o sentido DENOTATIVO para referenciar-se a uma linguagem irônica, demonstrando que o espetáculo, na verdade, não é bem um espetáculo em seu sentido literal.

    Força, guerreiros(As)!!

  • Pensei que o enunciado estava falando da palavra "". Palavras denotativas são semelhantes aos advérbios, mas que não constituem circunstância; não estão relacionadas com adjetivo, advérbio ou verbo. seria uma palavra denotativa de limitação.

    Somente Paulo venceu a corrida.

    Ué, mas “somente” não é advérbio e as gramáticas não ensinam que o advérbio é palavra que modifica apenas adjetivos, verbos e os próprios advérbios? Sim, é isso mesmo. Então, como, na frase-título, o advérbio “somente” está se relacionando com o substantivo Paulo? Na realidade, os gramáticos têm dificuldade em classificar certas palavras e a própria Nomenclatura Gramatical Brasileira, ao reconhecer isso, criou a classe extraordinária das “palavras que denotam” ou “denotativas”. E denotam o quê? Denotam, isto é, expressam noções de inclusão, exclusão, designação, realce, retificação, situação, explanação, etc. Essas palavras – e também locuções (grupos de palavras) – são muitas vezes  consideradas advérbios, o que não é apropriado, já que não se referem a adjetivos, verbos ou a outros advérbios. Na verdade, em certos contextos, não se enquadram em nenhuma das dez classes de palavras admitidas e são forçosamente incluídas na classe extraordinária acima referida. Na análise , devem ser consideradas, portanto, “palavras que denotam inclusão, exclusão ou designação, etc.”

    Fonte: http://www.paulohernandes.pro.br/dicas/001/dica074.HTML

  • Não entendi esse comentário que diz que a palavra é uma ironia. Não seria conotativo então?

  • O q ele tá chamando de palavras denotativa é o q se conhece como partícula expletiva

  •  “palavras que denotam inclusão, exclusão ou designação, etc.”. Vejamos essas categorias, uma a uma:

    Inclusão – Aindaalém dissoatéinclusivetambémetc. – “Trabalhamos de graça e ainda nos deixaram com fome.”, “Vendem até a honra.”, “Eu também quero.”.

    Exclusão – Excetoforamenos, somenteetc. – “Todos estão em dia, exceto o apartamento n.º 404.”, “O grupo de amigos foi aprovado, menos Oscar.”, “Dos competidores,  três permaneceram na prova.”. 

    Designação (ou Indicação) – Eis – “Eis o campeão.”, “Eis-nos ainda a lutar contra as desigualdades.”, “Trouxemos o vencedor da maratona, ei-lo!”.

    Realce – é quemesmo/mesmaetc. – “Pensei  com os meus botões:”, “Nós é que conseguimos a verba.”, “Foi ela mesma quem fez.”.

    Retificação – Aliásisto éou antesou melhoretc. – “João Paulo é o representante da bancada, aliás, um dos representantes.”, “Recebeu o crédito em dinheiro, isto é, parte em dinheiro, parte em títulos.”, “Venha no sábado, ou melhor, venha amanhã mesmo”.

    Situação – Afinalagoraentãomasetc. – “Afinal, nunca tinham estado naquela situação.”, “Concordo com você; agora (= entretanto), é preciso observar certos aspectos.”, “Mas o que é isso?!”.

    Explanação – A saberisto éou sejapor exemplo, etc. – “Os signos do Zodíaco são doze, a saber:”, “O recipiendário, isto é, aquele que está sendo recebido na Ordem...”, “Na expressão ‘fazer anos’, ou seja, aniversariar, o verbo ‘fazer’ tem sujeito.”.

    Em outros contextos, a maior parte dessas palavras e expressões pode ser encaixada em uma das classes de palavras previstas na nomenclatura gramatical. Assim, até é nitidamente preposição em “Fomos até a praça.”.  é claramente advérbio em “Venha .”. Mesmo ou mesma é sem dúvida pronome adjetivo demonstrativo em “Esta é a mesma salada de ontem.”.

    Uma palavra sobre o emprego do advérbio na condição de modificador de substantivo: isto ocorre quando o substantivo assume praticamente função adjetiva, em casos em que integra predicativo, como "Ele já é quase rapaz". Repare que neste exemplo “rapaz”, embora substantivo, está empregado em função adjetiva, pois se relaciona diretamente com o pronome “ele”. Nessa condição, ou seja, como adjetivo, pode ter vínculo com o advérbio. Por fim, ressalve-se que essas considerações todas têm relação com a taxionomia, isto é, com a classificação das palavras, área que interessa mais de perto aos especialistas: lingüistas, gramáticos e professores de Língua Portuguesa.

  • "Espetáculo" parece ser uma antitaxe que, segundo o próprio Bechara, é um fenômeno transfrásico. Nesse caso, a antitaxe tem caráter anafórico, porque ela age como uma unidade gramatical que está relacionada com a configuração do poema (versos anteriores) como tal, de acordo com outras relações inseridas no próprio poema. "Espetáculo" transcende a oração que ela se encontra, podendo funcionar em qualquer outra oração (segundo o contexto do poema). Ela é independente da estrutura sintática em que se encontra. Não é por acaso que a questão diz que tal palavra, neste poema, atende "a fatores de função textual estranhos às relações semântico-sintáticas inerentes às orações em que se encontram inseridas”.


ID
2988274
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2: A rua diferente


                        Na minha rua estão cortando árvores

                        botando trilhos

                        construindo casas.


                        Minha rua acordou mudada.

                        Os vizinhos não se conformam.

                        Eles não sabem que a vida

                        tem dessas exigências brutas.


                         Só minha filha goza o espetáculo

                          e se diverte com os andaimes,

                          a luz da solda autógena

                          e o cimento escorrendo nas formas.

(ANDRADE, Carlos Drummond. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1973, p. 60)

“e o cimento escorrendo nas formas.”


A palavra destacada, dependendo do timbre da vogal, remete a significados distintos, com diferentes registros nos dicionários: como “molde” (/fôrma/) ou como “formato, feitio” (/fórma/).

Com o último acordo ortográfico, quando se tratar de /fôrma/, a acentuação gráfica tornou-se facultativa. Observe a utilização das palavras no poema “Os sapos”, de Manuel Bandeira:

“Vai por cinquenta anos/ Que lhes dei a norma: / Reduzi sem danos / A fôrmas a forma.”


Nesse exemplo, a ausência do acento gráfico traria a seguinte decorrência:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    Reduzi sem danos / A fôrmas a forma.

    ===> Fôrma (sinônimo de MOLDE) ou forma (sinônimo de MUDAR, FEITIO), se não houvesse o acento para diferenciar ficaríamos sem compreender o real significado.

    Força, guerreiros(As)!!

  • Gab: D

    "Reduzi sem danos / A fôrmas a forma"

    Neste caso o emprego do acento tem finalidade de distinguir os vocábulos, de forma a indicar que a forma foi reduzida a uma fôrma (em minha interpretação, fazendo referência à padronização das formas), retirando-se o acento, a compreensão ficaria prejudicada.

  • acento diferencial

  • GABARITO: D

    Pessoal, o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma é facultativo. Deve-se ressaltar que em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara.

    Olha esse exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

    "Não pare até que tenha terminado aquilo que começou". - Baltasar Gracián.

    Bons estudos!

  • Fôrma - forma

    É a mesma palavra; significa "recipiente/molde" e, nós dois casos, é pronunciada com (o) fechado ( ô ) .

    Veja o exemplo:

    O pedreiro encheu a fôrma/forma com concreto.

  • só eu vi uma licença poética? minha opinião é que o autor não usou acento por ser uma poesia, rimar norma com forma.

  • A supressão do acento dificultaria a compreensão; gabarito D.


ID
2988277
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2: A rua diferente


                        Na minha rua estão cortando árvores

                        botando trilhos

                        construindo casas.


                        Minha rua acordou mudada.

                        Os vizinhos não se conformam.

                        Eles não sabem que a vida

                        tem dessas exigências brutas.


                         Só minha filha goza o espetáculo

                          e se diverte com os andaimes,

                          a luz da solda autógena

                          e o cimento escorrendo nas formas.

(ANDRADE, Carlos Drummond. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1973, p. 60)

O emprego do substantivo “espetáculo”, na última estrofe do poema, traz a seguinte contribuição para o sentido global do texto:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Só minha filha goza o espetáculo

    e se diverte com os andaimes,

    a luz da solda autógena

    e o cimento escorrendo nas formas.

    ===> marca a diferença de olhar entre a criança e os moradores adultos ===> ou seja, os adultos estavam insatisfeitos com as mudanças, enquanto a CIRANÇA estava achando um espetáculo.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Gab: B

    "marca a diferença de olhar entre a criança e os moradores adultos"

    > Adultos = Os vizinhos não se conformam;

    > Criança = Só minha filha goza o espetáculo.

  • Ta arrasando Amanda obrigado pelos esclarecimentos.


ID
2988280
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 3


Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. Compreende-se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana, o que, é claro, não contradiz a unidade nacional de uma língua. O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana. Esses enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua, mas, acima de tudo, por sua construção composicional. Todos esses três elementos – o conteúdo temático, o estilo, a construção composicional – estão indissoluvelmente ligados no todo do enunciado e são igualmente determinados pela especificidade de um determinado campo da comunicação. Evidentemente, cada enunciado particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais são denominados gêneros do discurso.

(BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In:______. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p.261-262)

Ao vincular o uso da linguagem aos campos da atividade humana, o texto 3 confirma a concepção de Bakhtin, segundo a qual a língua é:

Alternativas
Comentários
  • gabarito B -um fenômeno marcado pela contextualização

  • Alternativa correta: B.

    .

    Como tem alguns comentários não muito proveitosos (leia-se inúteis), segue minha interpretação:

    "O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana. Esses enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo"

    Ou seja, essa parte deixa claro que a língua depende do contexto.


ID
2988283
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 3


Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. Compreende-se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana, o que, é claro, não contradiz a unidade nacional de uma língua. O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana. Esses enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua, mas, acima de tudo, por sua construção composicional. Todos esses três elementos – o conteúdo temático, o estilo, a construção composicional – estão indissoluvelmente ligados no todo do enunciado e são igualmente determinados pela especificidade de um determinado campo da comunicação. Evidentemente, cada enunciado particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais são denominados gêneros do discurso.

(BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In:______. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p.261-262)

A partir da visão de língua do texto 3, o ensino fundamentado nos gêneros do discurso tem como eixo:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ===> questão bastante difícil:

    os tipos relativamente estáveis de enunciados, produzidos em correlação com as esferas da atividade humana ===> Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. Compreende-se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana.

    Força, guerreiros(as)!!

  • MUITO DIFÍCIL, PRA DIZER O MÍNIMO!

  • TEXTO 3

    Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. Compreende-se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana, o que, é claro, não contradiz a unidade nacional de uma língua. O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana. Esses enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua, mas, acima de tudo, por sua construção composicional. Todos esses três elementos – o conteúdo temático, o estilo, a construção composicional – estão indissoluvelmente ligados no todo do enunciado e são igualmente determinados pela especificidade de um determinado campo da comunicação. Evidentemente, cada enunciado particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais são denominados gêneros do discurso.

    C

    os tipos relativamente estáveis de enunciados, produzidos em correlação com as esferas da atividade humana

    pessoal, nessa questao é ctrl+c ctrl+v do último paragrafo.


ID
2988286
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 3


Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. Compreende-se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana, o que, é claro, não contradiz a unidade nacional de uma língua. O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana. Esses enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua, mas, acima de tudo, por sua construção composicional. Todos esses três elementos – o conteúdo temático, o estilo, a construção composicional – estão indissoluvelmente ligados no todo do enunciado e são igualmente determinados pela especificidade de um determinado campo da comunicação. Evidentemente, cada enunciado particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais são denominados gêneros do discurso.

(BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In:______. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p.261-262)

No texto 3, há um predomínio do presente do indicativo porque, no contexto, esse tempo verbal:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. Compreende-se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana, o que, é claro, não contradiz a unidade nacional de uma língua. O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana.

    ===> temos verbos predominantes no presente do indicativo, marca de um texto informativo, que possui o intuito de manter os fatos como uma VERDADE presente.

    Força, guerreiros(As)!!

  • Fato atemporal 

  • Um salve pra quem foi seco na D! hahahaha

  • O autor usou do presente do indicativo para expor verdade nas suas declarações e explicações com argumentos.

  • Mergulhei de cabeça na D... : (

  • presente do indicativo, fui na D porque indica ações

  • Alguém mais viu o vídeo com comentário da professora? Segunda ela, embora não ocorro no texto usado para a questão, o presente do indicativo também poderia ser usado para remeter a fatos passados que se quer avivar (opção C). Como seria isso?

  • Uellington Nunes, ela fala sobre o presente histórico que é quando se usa o presente no passado.

    Exemplo: Em 1500, o Brasil é descoberto pelos portugueses.

  • Um dos valores expressos pelo presente do indicativo é a expressão de verdade atemporais. A autora quando fala faz afirmações de conhecimento geral e amplamente comprovadas e válidas até o momento da escrita do texto. Portanto, o gabarito é a letra B.

  • O presente do indicativo pode denotar crenças com valor de verdade ou tomadas como tal.


ID
2988289
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 3


Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. Compreende-se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana, o que, é claro, não contradiz a unidade nacional de uma língua. O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana. Esses enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua, mas, acima de tudo, por sua construção composicional. Todos esses três elementos – o conteúdo temático, o estilo, a construção composicional – estão indissoluvelmente ligados no todo do enunciado e são igualmente determinados pela especificidade de um determinado campo da comunicação. Evidentemente, cada enunciado particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais são denominados gêneros do discurso.

(BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In:______. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p.261-262)

“O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos)...”


Nesse segmento do texto 3, observa-se que o uso de parêntese insere:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    “O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos)...”

    ===> ocorre uma enumeração de qual é a forma dos enunciados, que são duas: ORAL e ESCRITO.

    Força, guerreiros(As)!!

  • Resposta letra A. É bom aprofundarmos melhor sobre o estudo dos apostos, pois ele aborda pontualmente a respeito do tema, se é recapitulativo, se resumitivo, se enumerativo etc.

  • HAHAHAHAHAHAH que piada.

  • Que brincadeira de mau gosto kkk

  • “O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (quais?) (orais e escritos)...”


ID
2988292
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 3


Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. Compreende-se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana, o que, é claro, não contradiz a unidade nacional de uma língua. O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana. Esses enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua, mas, acima de tudo, por sua construção composicional. Todos esses três elementos – o conteúdo temático, o estilo, a construção composicional – estão indissoluvelmente ligados no todo do enunciado e são igualmente determinados pela especificidade de um determinado campo da comunicação. Evidentemente, cada enunciado particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais são denominados gêneros do discurso.

(BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In:______. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p.261-262)

“[...] e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua [...]”

No fragmento acima, retirado do texto 3, o sentido da expressão em destaque pode ser elucidado, utilizando-se a estratégia de inferência lexical, por meio da:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

     Esses enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua, mas, acima de tudo, por sua construção composicional.

    ===> a expressão em vermelho é um recurso coesivo que tem o objetivo de DEFINIR algo com outras palavras, no caso, foi definido, novamente, o ESTILO DE LINGUAGEM.

    Força, guerreiros(As)!!

  • gb c

    pmgoo


ID
2988295
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 3


Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. Compreende-se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana, o que, é claro, não contradiz a unidade nacional de uma língua. O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana. Esses enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua, mas, acima de tudo, por sua construção composicional. Todos esses três elementos – o conteúdo temático, o estilo, a construção composicional – estão indissoluvelmente ligados no todo do enunciado e são igualmente determinados pela especificidade de um determinado campo da comunicação. Evidentemente, cada enunciado particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais são denominados gêneros do discurso.

(BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In:______. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p.261-262)

O texto 3 consiste em um fragmento de “Os gêneros do discurso”, em que Bakhtin explicita:

Alternativas
Comentários
  • Todos esses três elementos – o conteúdo temático, o estilo, a construção composicional – estão indissoluvelmente ligados no todo do enunciado e são igualmente determinados pela especificidade de um determinado campo da comunicação.

    Quer dizer que independente do dialeto a escrita se mantem por uma estrutura, sobre normas que facilitam a interlocução.  


ID
2988298
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 4


      Por que é necessário ensinar estratégias de compreensão? Em síntese, porque queremos formar leitores autônomos, capazes de enfrentar de forma inteligente textos de índole muito diversa, na maioria das vezes diferentes das utilizadas durante a instrução. Esses textos podem ser difíceis, por serem muito criativos ou por estarem mal escritos. De qualquer forma, como correspondem a uma grande variedade de objetivos, cabe esperar que sua estrutura também seja variada, assim como sua possibilidade de compreensão.

      Formar leitores autônomos também significa formar leitores capazes de aprender a partir de textos. Para isso, quem lê deve ser capaz de interrogar-se sobre sua própria compreensão, estabelecer relações entre o que lê e o que faz parte do acervo pessoal, questionar seu conhecimento e modificá-lo, estabelecer generalização que permita transferir o que foi aprendido para outros contextos diferentes...

                                  (SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998, p.72)


TEXTO 5


      Um leitor competente sabe selecionar, dentre os textos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a suas necessidades, conseguindo estabelecer as estratégias adequadas para abordar tais textos. O leitor competente é capaz de ler as entrelinhas, identificando, a partir do que está escrito, elementos implícitos, estabelecendo relações entre o texto e seus conhecimentos prévios ou entre o texto e outros textos já lidos.

(BRASIL/SEF. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998, p.70.)

Os textos 4 e 5 reforçam a importância das estratégias de leitura para formar leitores competentes e autônomos. As estratégias são:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ===> uma estratégia seria utilizar uma abordagem regular para apreender o texto.

    ===> essa abordagem seria apreender criticamente os textos, fazendo inferências entre os diversos textos que se têm conhecimento.

    Força, guerreiros(As)!!

  • Gab: A

    > Que abordagem seria essa? Interrogar-se sobre a compreensão do texto, estabelecer relações entre o texto e sua vivência, selecionar entre as possibilidades de leituras aquelas que são convenientes/necessárias, etc

    > Porque a resposta não seria a letra B? os textos não falam sobre dificuldades de leitura, mas sim de compreensão.

  • Entendi conforme o meu xará

  • Entendi conforme o meu xará


ID
2988301
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 4


      Por que é necessário ensinar estratégias de compreensão? Em síntese, porque queremos formar leitores autônomos, capazes de enfrentar de forma inteligente textos de índole muito diversa, na maioria das vezes diferentes das utilizadas durante a instrução. Esses textos podem ser difíceis, por serem muito criativos ou por estarem mal escritos. De qualquer forma, como correspondem a uma grande variedade de objetivos, cabe esperar que sua estrutura também seja variada, assim como sua possibilidade de compreensão.

      Formar leitores autônomos também significa formar leitores capazes de aprender a partir de textos. Para isso, quem lê deve ser capaz de interrogar-se sobre sua própria compreensão, estabelecer relações entre o que lê e o que faz parte do acervo pessoal, questionar seu conhecimento e modificá-lo, estabelecer generalização que permita transferir o que foi aprendido para outros contextos diferentes...

                         (SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998, p.72)

“Em síntese, porque queremos formar leitores autônomos”

Nesse segmento do texto 4, o uso da 1ª pessoa do plural tem o papel de:

Alternativas
Comentários
  • É o que se chama de pronome de GENEROSIDADE ,inclui a todos .

    GABARITO C

  • GABARITO: LETRA C

    ===> “Em síntese, porque queremos formar leitores autônomos”

    ===> Nós queremos formar (sujeito oculto); o uso da primeira pessoa do plural indica que o autor se inclui no texto, com o intuito de aproximar-se do leitor.

    Força, guerreiros(As)!!

  • Quais os erros da A e D?

  • Qual o erro da letra A?

  • Acredito que a "A" não seja pois "queremos" seria sujeito oculto, NÓS!

    --> Sujeito composto:

    Ex: Eu e você nos preocupamos com os alunos.

  • Gabarito letra C, pois o propósito maior do enunciado é aproximar o leitor com relação à ideia apresentada pelo autor sobre a formação de leitores autônomos.


ID
2988304
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 4


      Por que é necessário ensinar estratégias de compreensão? Em síntese, porque queremos formar leitores autônomos, capazes de enfrentar de forma inteligente textos de índole muito diversa, na maioria das vezes diferentes das utilizadas durante a instrução. Esses textos podem ser difíceis, por serem muito criativos ou por estarem mal escritos. De qualquer forma, como correspondem a uma grande variedade de objetivos, cabe esperar que sua estrutura também seja variada, assim como sua possibilidade de compreensão.

      Formar leitores autônomos também significa formar leitores capazes de aprender a partir de textos. Para isso, quem lê deve ser capaz de interrogar-se sobre sua própria compreensão, estabelecer relações entre o que lê e o que faz parte do acervo pessoal, questionar seu conhecimento e modificá-lo, estabelecer generalização que permita transferir o que foi aprendido para outros contextos diferentes...

                                  (SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998, p.72)


TEXTO 5


      Um leitor competente sabe selecionar, dentre os textos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a suas necessidades, conseguindo estabelecer as estratégias adequadas para abordar tais textos. O leitor competente é capaz de ler as entrelinhas, identificando, a partir do que está escrito, elementos implícitos, estabelecendo relações entre o texto e seus conhecimentos prévios ou entre o texto e outros textos já lidos.

(BRASIL/SEF. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998, p.70.)

Nos textos 4 e 5, a concepção de leitura subjacente considera que:

Alternativas
Comentários
  • "O leitor competente é capaz de ler as entrelinhas, IDENTIFICANDO, a partir do que está escrito, elementos implícitos, ESTABELECENDO RELAÇÕES entre o texto e seus conhecimentos prévios ou entre o texto e outros textos já lidos."Todas essa palavras com a caixa de texto alta, identifica a leitura ATIVA, justificando assim, a assertiva correta (letra D).

  • GABARITO: LETRA D

    ===> voltando ao texto para achar nossa resposta:

    ===>  O leitor competente é capaz de ler as entrelinhas, identificando, a partir do que está escrito, elementos implícitos, estabelecendo relações entre o texto e seus conhecimentos prévios ou entre o texto e outros textos já lidos.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Cada texto lido é um novo texto de acordo com cada leitor.


ID
2988307
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 4


      Por que é necessário ensinar estratégias de compreensão? Em síntese, porque queremos formar leitores autônomos, capazes de enfrentar de forma inteligente textos de índole muito diversa, na maioria das vezes diferentes das utilizadas durante a instrução. Esses textos podem ser difíceis, por serem muito criativos ou por estarem mal escritos. De qualquer forma, como correspondem a uma grande variedade de objetivos, cabe esperar que sua estrutura também seja variada, assim como sua possibilidade de compreensão.

      Formar leitores autônomos também significa formar leitores capazes de aprender a partir de textos. Para isso, quem lê deve ser capaz de interrogar-se sobre sua própria compreensão, estabelecer relações entre o que lê e o que faz parte do acervo pessoal, questionar seu conhecimento e modificá-lo, estabelecer generalização que permita transferir o que foi aprendido para outros contextos diferentes...

                         (SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998, p.72)

O texto 4 é fragmento de um livro no qual Solé afirma que as estratégias de leitura permitem que o leitor:

Alternativas
Comentários
  • O último parágrafo justifica o gabarito. Assertiva correta: letra "B".

  • GABARITO: LETRA B

    ===> elabore e comprove inferências de diversos tipos

    ===> onde encontramos nossa resposta?  Formar leitores autônomos também significa formar leitores capazes de aprender a partir de textos. ===> ou seja, faça INFERÊNCIAS com outros textos.

    Força, guerreiros(As)!!


ID
2988310
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 6


A interação linguística

      A língua só tem existência no jogo que joga na sociedade, na interlocução. E é no interior de seu funcionamento que se pode procurar estabelecer as regras de tal jogo. Tomo um exemplo.

      Dado que alguém (Pedro) dirija a outro (José) uma pergunta como: “Você foi ao cinema ontem?”, tal fala de Pedro modifica suas relações com José, estabelecendo um jogo de compromissos. Para José, só há duas possibilidades: responder (sim ou não) ou pôr em questão o direito de Pedro em lhe dirigir tal pergunta (fazendo de conta que não ouviu ou respondendo “o que você tem a ver com isso?”). No primeiro caso, diríamos que José aceitou o jogo proposto por Pedro. No segundo caso, José não aceitou o jogo e pôs em questão o próprio direito de jogar assumido por Pedro.

      Estudar a língua é, então, tentar detectar os compromissos que se criam por meio da fala e as condições que devem ser preenchidas por um falante para falar de certa forma em determinada situação concreta de interação.

      Dentro de tal concepção, já é insuficiente fazer uma tipologia entre frases afirmativas, interrogativas, imperativas e optativas a que estamos habituados, seguindo manuais didáticos ou gramáticas escolares. No ensino da língua, nessa perspectiva, é muito mais importante estudar as relações que se constituem entre os sujeitos no momento em que falam do que simplesmente estabelecer classificações e denominar os tipos de sentenças.


A democratização da escola

      Tal perspectiva, ao jogar-nos diretamente no estudo da linguagem em funcionamento, também nos obriga a uma posição, na sala de aula, em relação às variedades linguísticas. Refiro-me ao problema, enfrentado cotidianamente pelo professor, das variedades, quer sociais, quer regionais. Afinal - dadas as diferenças dialetais e dado que sabemos, hoje por menor que seja nossa formação, que tais variedades correspondem a distintas gramáticas -, como agir no ensino?

      (...)

      A democratização da escola, ainda que falsa, trouxe em seu bojo outra clientela e com ela diferenças dialetais bastante acentuadas. De repente, não damos aulas só para aqueles que pertencem a nosso grupo social. Representantes de outros grupos estão sentados nos bancos escolares. E eles falam diferente.

      Sabemos que a forma de fala que foi elevada à categoria de língua nada tem a ver com a qualidade intrínseca dessa forma. Fatos históricos (econômicos e políticos) determinaram a “eleição” de uma forma como a língua portuguesa. As demais formas de falar, que não correspondem à forma “eleita”, são todas postas num mesmo saco e qualificadas como “errôneas”, “deselegantes”, “inadequadas para a ocasião” etc.

      Entretanto, uma “variedade linguística ‘vale’ o que ‘valem’ na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais. Essa afirmação é válida, evidentemente, em termos internos quando confrontamos variedades de uma mesma língua, e em termos externos pelo prestígio das línguas no plano internacional” (Gnerre, 1978).

      (...)

      Agora, dada a situação de fato em que estamos, qual poderia ser a atitude do professor de língua portuguesa? A separação entre a forma de fala de seus alunos e a variedade linguística considerada “padrão” é evidente. Sabendo-se que tais diferenças são reveladoras de outras diferenças e sabendo-se que a “língua padrão” resulta de uma imposição social que desclassifica os demais dialetos, qual a postura a ser adotada pelo professor?

(GERALDI, J.W. Concepções de Linguagem e Ensino de Português. In: ______ (Org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997, p.42-43.) - Adaptado

No texto 6, observa-se um/a:

Alternativas
Comentários
  • Só vislumbrei críticas. Daí eu ter sinalado a letra A.


ID
2988313
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 6


A interação linguística

      A língua só tem existência no jogo que joga na sociedade, na interlocução. E é no interior de seu funcionamento que se pode procurar estabelecer as regras de tal jogo. Tomo um exemplo.

      Dado que alguém (Pedro) dirija a outro (José) uma pergunta como: “Você foi ao cinema ontem?”, tal fala de Pedro modifica suas relações com José, estabelecendo um jogo de compromissos. Para José, só há duas possibilidades: responder (sim ou não) ou pôr em questão o direito de Pedro em lhe dirigir tal pergunta (fazendo de conta que não ouviu ou respondendo “o que você tem a ver com isso?”). No primeiro caso, diríamos que José aceitou o jogo proposto por Pedro. No segundo caso, José não aceitou o jogo e pôs em questão o próprio direito de jogar assumido por Pedro.

      Estudar a língua é, então, tentar detectar os compromissos que se criam por meio da fala e as condições que devem ser preenchidas por um falante para falar de certa forma em determinada situação concreta de interação.

      Dentro de tal concepção, já é insuficiente fazer uma tipologia entre frases afirmativas, interrogativas, imperativas e optativas a que estamos habituados, seguindo manuais didáticos ou gramáticas escolares. No ensino da língua, nessa perspectiva, é muito mais importante estudar as relações que se constituem entre os sujeitos no momento em que falam do que simplesmente estabelecer classificações e denominar os tipos de sentenças.


A democratização da escola

      Tal perspectiva, ao jogar-nos diretamente no estudo da linguagem em funcionamento, também nos obriga a uma posição, na sala de aula, em relação às variedades linguísticas. Refiro-me ao problema, enfrentado cotidianamente pelo professor, das variedades, quer sociais, quer regionais. Afinal - dadas as diferenças dialetais e dado que sabemos, hoje por menor que seja nossa formação, que tais variedades correspondem a distintas gramáticas -, como agir no ensino?

      (...)

      A democratização da escola, ainda que falsa, trouxe em seu bojo outra clientela e com ela diferenças dialetais bastante acentuadas. De repente, não damos aulas só para aqueles que pertencem a nosso grupo social. Representantes de outros grupos estão sentados nos bancos escolares. E eles falam diferente.

      Sabemos que a forma de fala que foi elevada à categoria de língua nada tem a ver com a qualidade intrínseca dessa forma. Fatos históricos (econômicos e políticos) determinaram a “eleição” de uma forma como a língua portuguesa. As demais formas de falar, que não correspondem à forma “eleita”, são todas postas num mesmo saco e qualificadas como “errôneas”, “deselegantes”, “inadequadas para a ocasião” etc.

      Entretanto, uma “variedade linguística ‘vale’ o que ‘valem’ na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais. Essa afirmação é válida, evidentemente, em termos internos quando confrontamos variedades de uma mesma língua, e em termos externos pelo prestígio das línguas no plano internacional” (Gnerre, 1978).

      (...)

      Agora, dada a situação de fato em que estamos, qual poderia ser a atitude do professor de língua portuguesa? A separação entre a forma de fala de seus alunos e a variedade linguística considerada “padrão” é evidente. Sabendo-se que tais diferenças são reveladoras de outras diferenças e sabendo-se que a “língua padrão” resulta de uma imposição social que desclassifica os demais dialetos, qual a postura a ser adotada pelo professor?

(GERALDI, J.W. Concepções de Linguagem e Ensino de Português. In: ______ (Org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997, p.42-43.) - Adaptado

O uso de aspas em uma série de palavras no 8º parágrafo do texto 6 cumpre o papel de:

Alternativas
Comentários
  • No 7º parágrafo, pois a questão cita "em uma série de palavras". Gabarito letra B, pois essas palavras são citadas pelo autor para demonstrar as críticas feitas as outras formas de falar, as quais não foram eleitas como uma linguagem de prestígio.

  • Gabarito B

  • Para começo de conversa eu nem soube qual era o 8º parágrafo...


ID
2988316
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 6


A interação linguística

      A língua só tem existência no jogo que joga na sociedade, na interlocução. E é no interior de seu funcionamento que se pode procurar estabelecer as regras de tal jogo. Tomo um exemplo.

      Dado que alguém (Pedro) dirija a outro (José) uma pergunta como: “Você foi ao cinema ontem?”, tal fala de Pedro modifica suas relações com José, estabelecendo um jogo de compromissos. Para José, só há duas possibilidades: responder (sim ou não) ou pôr em questão o direito de Pedro em lhe dirigir tal pergunta (fazendo de conta que não ouviu ou respondendo “o que você tem a ver com isso?”). No primeiro caso, diríamos que José aceitou o jogo proposto por Pedro. No segundo caso, José não aceitou o jogo e pôs em questão o próprio direito de jogar assumido por Pedro.

      Estudar a língua é, então, tentar detectar os compromissos que se criam por meio da fala e as condições que devem ser preenchidas por um falante para falar de certa forma em determinada situação concreta de interação.

      Dentro de tal concepção, já é insuficiente fazer uma tipologia entre frases afirmativas, interrogativas, imperativas e optativas a que estamos habituados, seguindo manuais didáticos ou gramáticas escolares. No ensino da língua, nessa perspectiva, é muito mais importante estudar as relações que se constituem entre os sujeitos no momento em que falam do que simplesmente estabelecer classificações e denominar os tipos de sentenças.


A democratização da escola

      Tal perspectiva, ao jogar-nos diretamente no estudo da linguagem em funcionamento, também nos obriga a uma posição, na sala de aula, em relação às variedades linguísticas. Refiro-me ao problema, enfrentado cotidianamente pelo professor, das variedades, quer sociais, quer regionais. Afinal - dadas as diferenças dialetais e dado que sabemos, hoje por menor que seja nossa formação, que tais variedades correspondem a distintas gramáticas -, como agir no ensino?

      (...)

      A democratização da escola, ainda que falsa, trouxe em seu bojo outra clientela e com ela diferenças dialetais bastante acentuadas. De repente, não damos aulas só para aqueles que pertencem a nosso grupo social. Representantes de outros grupos estão sentados nos bancos escolares. E eles falam diferente.

      Sabemos que a forma de fala que foi elevada à categoria de língua nada tem a ver com a qualidade intrínseca dessa forma. Fatos históricos (econômicos e políticos) determinaram a “eleição” de uma forma como a língua portuguesa. As demais formas de falar, que não correspondem à forma “eleita”, são todas postas num mesmo saco e qualificadas como “errôneas”, “deselegantes”, “inadequadas para a ocasião” etc.

      Entretanto, uma “variedade linguística ‘vale’ o que ‘valem’ na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais. Essa afirmação é válida, evidentemente, em termos internos quando confrontamos variedades de uma mesma língua, e em termos externos pelo prestígio das línguas no plano internacional” (Gnerre, 1978).

      (...)

      Agora, dada a situação de fato em que estamos, qual poderia ser a atitude do professor de língua portuguesa? A separação entre a forma de fala de seus alunos e a variedade linguística considerada “padrão” é evidente. Sabendo-se que tais diferenças são reveladoras de outras diferenças e sabendo-se que a “língua padrão” resulta de uma imposição social que desclassifica os demais dialetos, qual a postura a ser adotada pelo professor?

(GERALDI, J.W. Concepções de Linguagem e Ensino de Português. In: ______ (Org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997, p.42-43.) - Adaptado

O texto 6 é um fragmento de “Concepções de Linguagem e Ensino de Português”, em que Geraldi explicita sua posição no que diz respeito à questão das variedades linguísticas. Essa posição está expressa em:

Alternativas
Comentários
  • C) “as atividades de ensino deveriam oportunizar [...] o domínio de outra forma de falar, o dialeto padrão, sem que signifique a depreciação da forma de falar predominante em sua família, em seu grupo social etc.”

  • a letra C é a síntese de todas as demais alternativas.


ID
2988319
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 3

  Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. Compreende-se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana, o que, é claro, não contradiz a unidade nacional de uma língua. O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana. Esses enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua, mas, acima de tudo, por sua construção composicional. Todos esses três elementos – o conteúdo temático, o estilo, a construção composicional – estão indissoluvelmente ligados no todo do enunciado e são igualmente determinados pela especificidade de um determinado campo da comunicação. Evidentemente, cada enunciado particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais são denominados gêneros do discurso.

(BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In:______. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p.261-262)


TEXTO 5

   Um leitor competente sabe selecionar, dentre os textos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a suas necessidades, conseguindo estabelecer as estratégias adequadas para abordar tais textos. O leitor competente é capaz de ler as entrelinhas, identificando, a partir do que está escrito, elementos implícitos, estabelecendo relações entre o texto e seus conhecimentos prévios ou entre o texto e outros textos já lidos.

(BRASIL/SEF. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998, p.70.)


TEXTO 6

A interação linguística

    A língua só tem existência no jogo que joga na sociedade, na interlocução. E é no interior de seu funcionamento que se pode procurar estabelecer as regras de tal jogo. Tomo um exemplo.

    Dado que alguém (Pedro) dirija a outro (José) uma pergunta como: “Você foi ao cinema ontem?”, tal fala de Pedro modifica suas relações com José, estabelecendo um jogo de compromissos. Para José, só há duas possibilidades: responder (sim ou não) ou pôr em questão o direito de Pedro em lhe dirigir tal pergunta (fazendo de conta que não ouviu ou respondendo “o que você tem a ver com isso?”). No primeiro caso, diríamos que José aceitou o jogo proposto por Pedro. No segundo caso, José não aceitou o jogo e pôs em questão o próprio direito de jogar assumido por Pedro.

    Estudar a língua é, então, tentar detectar os compromissos que se criam por meio da fala e as condições que devem ser preenchidas por um falante para falar de certa forma em determinada situação concreta de interação.

    Dentro de tal concepção, já é insuficiente fazer uma tipologia entre frases afirmativas, interrogativas, imperativas e optativas a que estamos habituados, seguindo manuais didáticos ou gramáticas escolares. No ensino da língua, nessa perspectiva, é muito mais importante estudar as relações que se constituem entre os sujeitos no momento em que falam do que simplesmente estabelecer classificações e denominar os tipos de sentenças.


A democratização da escola


   Tal perspectiva, ao jogar-nos diretamente no estudo da linguagem em funcionamento, também nos obriga a uma posição, na sala de aula, em relação às variedades linguísticas. Refiro-me ao problema, enfrentado cotidianamente pelo professor, das variedades, quer sociais, quer regionais. Afinal - dadas as diferenças dialetais e dado que sabemos, hoje por menor que seja nossa formação, que tais variedades correspondem a distintas gramáticas -, como agir no ensino?

(...)

    A democratização da escola, ainda que falsa, trouxe em seu bojo outra clientela e com ela diferenças dialetais bastante acentuadas. De repente, não damos aulas só para aqueles que pertencem a nosso grupo social. Representantes de outros grupos estão sentados nos bancos escolares. E eles falam diferente.

   Sabemos que a forma de fala que foi elevada à categoria de língua nada tem a ver com a qualidade intrínseca dessa forma. Fatos históricos (econômicos e políticos) determinaram a “eleição” de uma forma como a língua portuguesa. As demais formas de falar, que não correspondem à forma “eleita”, são todas postas num mesmo saco e qualificadas como “errôneas”, “deselegantes”, “inadequadas para a ocasião” etc.

   Entretanto, uma “variedade linguística ‘vale’ o que ‘valem’ na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais. Essa afirmação é válida, evidentemente, em termos internos quando confrontamos variedades de uma mesma língua, e em termos externos pelo prestígio das línguas no plano internacional” (Gnerre, 1978).

(...)

   Agora, dada a situação de fato em que estamos, qual poderia ser a atitude do professor de língua portuguesa? A separação entre a forma de fala de seus alunos e a variedade linguística considerada “padrão” é evidente. Sabendo-se que tais diferenças são reveladoras de outras diferenças e sabendo-se que a “língua padrão” resulta de uma imposição social que desclassifica os demais dialetos, qual a postura a ser adotada pelo professor?


(GERALDI, J.W. Concepções de Linguagem e Ensino de Português. In: ______ (Org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997, p.42-43.) - Adaptado

Sobre o emprego das pessoas do discurso nos textos 3, 5 e 6, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Nos textos 3 e 5 não há utilização de formas pessoais, apenas no texto 6.


ID
2988322
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 3

  Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. Compreende-se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana, o que, é claro, não contradiz a unidade nacional de uma língua. O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana. Esses enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua, mas, acima de tudo, por sua construção composicional. Todos esses três elementos – o conteúdo temático, o estilo, a construção composicional – estão indissoluvelmente ligados no todo do enunciado e são igualmente determinados pela especificidade de um determinado campo da comunicação. Evidentemente, cada enunciado particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais são denominados gêneros do discurso.

(BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In:______. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p.261-262)


TEXTO 5

   Um leitor competente sabe selecionar, dentre os textos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a suas necessidades, conseguindo estabelecer as estratégias adequadas para abordar tais textos. O leitor competente é capaz de ler as entrelinhas, identificando, a partir do que está escrito, elementos implícitos, estabelecendo relações entre o texto e seus conhecimentos prévios ou entre o texto e outros textos já lidos.

(BRASIL/SEF. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998, p.70.)


TEXTO 6

A interação linguística

    A língua só tem existência no jogo que joga na sociedade, na interlocução. E é no interior de seu funcionamento que se pode procurar estabelecer as regras de tal jogo. Tomo um exemplo.

    Dado que alguém (Pedro) dirija a outro (José) uma pergunta como: “Você foi ao cinema ontem?”, tal fala de Pedro modifica suas relações com José, estabelecendo um jogo de compromissos. Para José, só há duas possibilidades: responder (sim ou não) ou pôr em questão o direito de Pedro em lhe dirigir tal pergunta (fazendo de conta que não ouviu ou respondendo “o que você tem a ver com isso?”). No primeiro caso, diríamos que José aceitou o jogo proposto por Pedro. No segundo caso, José não aceitou o jogo e pôs em questão o próprio direito de jogar assumido por Pedro.

    Estudar a língua é, então, tentar detectar os compromissos que se criam por meio da fala e as condições que devem ser preenchidas por um falante para falar de certa forma em determinada situação concreta de interação.

    Dentro de tal concepção, já é insuficiente fazer uma tipologia entre frases afirmativas, interrogativas, imperativas e optativas a que estamos habituados, seguindo manuais didáticos ou gramáticas escolares. No ensino da língua, nessa perspectiva, é muito mais importante estudar as relações que se constituem entre os sujeitos no momento em que falam do que simplesmente estabelecer classificações e denominar os tipos de sentenças.


A democratização da escola


   Tal perspectiva, ao jogar-nos diretamente no estudo da linguagem em funcionamento, também nos obriga a uma posição, na sala de aula, em relação às variedades linguísticas. Refiro-me ao problema, enfrentado cotidianamente pelo professor, das variedades, quer sociais, quer regionais. Afinal - dadas as diferenças dialetais e dado que sabemos, hoje por menor que seja nossa formação, que tais variedades correspondem a distintas gramáticas -, como agir no ensino?

(...)

    A democratização da escola, ainda que falsa, trouxe em seu bojo outra clientela e com ela diferenças dialetais bastante acentuadas. De repente, não damos aulas só para aqueles que pertencem a nosso grupo social. Representantes de outros grupos estão sentados nos bancos escolares. E eles falam diferente.

   Sabemos que a forma de fala que foi elevada à categoria de língua nada tem a ver com a qualidade intrínseca dessa forma. Fatos históricos (econômicos e políticos) determinaram a “eleição” de uma forma como a língua portuguesa. As demais formas de falar, que não correspondem à forma “eleita”, são todas postas num mesmo saco e qualificadas como “errôneas”, “deselegantes”, “inadequadas para a ocasião” etc.

   Entretanto, uma “variedade linguística ‘vale’ o que ‘valem’ na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais. Essa afirmação é válida, evidentemente, em termos internos quando confrontamos variedades de uma mesma língua, e em termos externos pelo prestígio das línguas no plano internacional” (Gnerre, 1978).

(...)

   Agora, dada a situação de fato em que estamos, qual poderia ser a atitude do professor de língua portuguesa? A separação entre a forma de fala de seus alunos e a variedade linguística considerada “padrão” é evidente. Sabendo-se que tais diferenças são reveladoras de outras diferenças e sabendo-se que a “língua padrão” resulta de uma imposição social que desclassifica os demais dialetos, qual a postura a ser adotada pelo professor?


(GERALDI, J.W. Concepções de Linguagem e Ensino de Português. In: ______ (Org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997, p.42-43.) - Adaptado

O segmento do texto 6 que evidencia uma estreita relação teórica entre este e o texto 3 é:

Alternativas
Comentários
  • texto 3: "Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. (...)  o caráter e as formas desse uso sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana, o que, é claro, não contradiz a unidade nacional de uma língua. O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana. Esses enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua, mas, acima de tudo, por sua construção composicional. (...)"

    as partes grifadas fazem relação teórica com a frase da letra D : “A língua só tem existência no jogo que joga na sociedade, na interlocução.” (1º parágrafo)


ID
2988325
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 6


A interação linguística

      A língua só tem existência no jogo que joga na sociedade, na interlocução. E é no interior de seu funcionamento que se pode procurar estabelecer as regras de tal jogo. Tomo um exemplo.

      Dado que alguém (Pedro) dirija a outro (José) uma pergunta como: “Você foi ao cinema ontem?”, tal fala de Pedro modifica suas relações com José, estabelecendo um jogo de compromissos. Para José, só há duas possibilidades: responder (sim ou não) ou pôr em questão o direito de Pedro em lhe dirigir tal pergunta (fazendo de conta que não ouviu ou respondendo “o que você tem a ver com isso?”). No primeiro caso, diríamos que José aceitou o jogo proposto por Pedro. No segundo caso, José não aceitou o jogo e pôs em questão o próprio direito de jogar assumido por Pedro.

      Estudar a língua é, então, tentar detectar os compromissos que se criam por meio da fala e as condições que devem ser preenchidas por um falante para falar de certa forma em determinada situação concreta de interação.

      Dentro de tal concepção, já é insuficiente fazer uma tipologia entre frases afirmativas, interrogativas, imperativas e optativas a que estamos habituados, seguindo manuais didáticos ou gramáticas escolares. No ensino da língua, nessa perspectiva, é muito mais importante estudar as relações que se constituem entre os sujeitos no momento em que falam do que simplesmente estabelecer classificações e denominar os tipos de sentenças.


A democratização da escola

      Tal perspectiva, ao jogar-nos diretamente no estudo da linguagem em funcionamento, também nos obriga a uma posição, na sala de aula, em relação às variedades linguísticas. Refiro-me ao problema, enfrentado cotidianamente pelo professor, das variedades, quer sociais, quer regionais. Afinal - dadas as diferenças dialetais e dado que sabemos, hoje por menor que seja nossa formação, que tais variedades correspondem a distintas gramáticas -, como agir no ensino?

      (...)

      A democratização da escola, ainda que falsa, trouxe em seu bojo outra clientela e com ela diferenças dialetais bastante acentuadas. De repente, não damos aulas só para aqueles que pertencem a nosso grupo social. Representantes de outros grupos estão sentados nos bancos escolares. E eles falam diferente.

      Sabemos que a forma de fala que foi elevada à categoria de língua nada tem a ver com a qualidade intrínseca dessa forma. Fatos históricos (econômicos e políticos) determinaram a “eleição” de uma forma como a língua portuguesa. As demais formas de falar, que não correspondem à forma “eleita”, são todas postas num mesmo saco e qualificadas como “errôneas”, “deselegantes”, “inadequadas para a ocasião” etc.

      Entretanto, uma “variedade linguística ‘vale’ o que ‘valem’ na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais. Essa afirmação é válida, evidentemente, em termos internos quando confrontamos variedades de uma mesma língua, e em termos externos pelo prestígio das línguas no plano internacional” (Gnerre, 1978).

      (...)

      Agora, dada a situação de fato em que estamos, qual poderia ser a atitude do professor de língua portuguesa? A separação entre a forma de fala de seus alunos e a variedade linguística considerada “padrão” é evidente. Sabendo-se que tais diferenças são reveladoras de outras diferenças e sabendo-se que a “língua padrão” resulta de uma imposição social que desclassifica os demais dialetos, qual a postura a ser adotada pelo professor?

(GERALDI, J.W. Concepções de Linguagem e Ensino de Português. In: ______ (Org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997, p.42-43.) - Adaptado

A respeito da presença do discurso direto no 2º parágrafo do texto 6, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Dado que alguém (Pedro) dirija a outro (José) uma pergunta como: “Você foi ao cinema ontem?”, tal fala de Pedro modifica suas relações com José, estabelecendo um jogo de compromissos. Para José, só há duas possibilidades: responder (sim ou não) ou pôr em questão o direito de Pedro em lhe dirigir tal pergunta (fazendo de conta que não ouviu ou respondendo “o que você tem a ver com isso?”). 

    ===> temos a reprodução de uma citação direta, representando perguntas e respostas, com o objetivo de reforçar a argumentação desenvolvida ao longo do texto.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Gab: B

    A citação direta, neste contexto tem o condão de simular um diálogo, de forma a reforçar a argumentação do parágrafo. Perceba que a letra A não poderia ser a resposta, pois não temos nenhum elemento que evidencie uma tentativa de aproximar o leitor daquilo que se fala ( como por exemplo, a existência de um narrador onisciente intrometido, que dá suas opiniões sobre a história e dialoga com o leitor, muito presente em Machado de Assis).


ID
2988328
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 6


A interação linguística

      A língua só tem existência no jogo que joga na sociedade, na interlocução. E é no interior de seu funcionamento que se pode procurar estabelecer as regras de tal jogo. Tomo um exemplo.

      Dado que alguém (Pedro) dirija a outro (José) uma pergunta como: “Você foi ao cinema ontem?”, tal fala de Pedro modifica suas relações com José, estabelecendo um jogo de compromissos. Para José, só há duas possibilidades: responder (sim ou não) ou pôr em questão o direito de Pedro em lhe dirigir tal pergunta (fazendo de conta que não ouviu ou respondendo “o que você tem a ver com isso?”). No primeiro caso, diríamos que José aceitou o jogo proposto por Pedro. No segundo caso, José não aceitou o jogo e pôs em questão o próprio direito de jogar assumido por Pedro.

      Estudar a língua é, então, tentar detectar os compromissos que se criam por meio da fala e as condições que devem ser preenchidas por um falante para falar de certa forma em determinada situação concreta de interação.

      Dentro de tal concepção, já é insuficiente fazer uma tipologia entre frases afirmativas, interrogativas, imperativas e optativas a que estamos habituados, seguindo manuais didáticos ou gramáticas escolares. No ensino da língua, nessa perspectiva, é muito mais importante estudar as relações que se constituem entre os sujeitos no momento em que falam do que simplesmente estabelecer classificações e denominar os tipos de sentenças.


A democratização da escola

      Tal perspectiva, ao jogar-nos diretamente no estudo da linguagem em funcionamento, também nos obriga a uma posição, na sala de aula, em relação às variedades linguísticas. Refiro-me ao problema, enfrentado cotidianamente pelo professor, das variedades, quer sociais, quer regionais. Afinal - dadas as diferenças dialetais e dado que sabemos, hoje por menor que seja nossa formação, que tais variedades correspondem a distintas gramáticas -, como agir no ensino?

      (...)

      A democratização da escola, ainda que falsa, trouxe em seu bojo outra clientela e com ela diferenças dialetais bastante acentuadas. De repente, não damos aulas só para aqueles que pertencem a nosso grupo social. Representantes de outros grupos estão sentados nos bancos escolares. E eles falam diferente.

      Sabemos que a forma de fala que foi elevada à categoria de língua nada tem a ver com a qualidade intrínseca dessa forma. Fatos históricos (econômicos e políticos) determinaram a “eleição” de uma forma como a língua portuguesa. As demais formas de falar, que não correspondem à forma “eleita”, são todas postas num mesmo saco e qualificadas como “errôneas”, “deselegantes”, “inadequadas para a ocasião” etc.

      Entretanto, uma “variedade linguística ‘vale’ o que ‘valem’ na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais. Essa afirmação é válida, evidentemente, em termos internos quando confrontamos variedades de uma mesma língua, e em termos externos pelo prestígio das línguas no plano internacional” (Gnerre, 1978).

      (...)

      Agora, dada a situação de fato em que estamos, qual poderia ser a atitude do professor de língua portuguesa? A separação entre a forma de fala de seus alunos e a variedade linguística considerada “padrão” é evidente. Sabendo-se que tais diferenças são reveladoras de outras diferenças e sabendo-se que a “língua padrão” resulta de uma imposição social que desclassifica os demais dialetos, qual a postura a ser adotada pelo professor?

(GERALDI, J.W. Concepções de Linguagem e Ensino de Português. In: ______ (Org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997, p.42-43.) - Adaptado

“Afinal - dadas as diferenças dialetais e dado que sabemos, hoje por menor que seja nossa formação, que tais variedades correspondem a distintas gramáticas -, como agir no ensino?” (5º parágrafo)


Nesse segmento do texto 6, o conceito “gramática” é empregado com o sentido de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B   

    Tal perspectiva, ao jogar-nos diretamente no estudo da linguagem em funcionamento, também nos obriga a uma posição, na sala de aula, em relação às variedades linguísticas. Refiro-me ao problema, enfrentado cotidianamente pelo professor, das variedades, quer sociais, quer regionais. Afinal - dadas as diferenças dialetais e dado que sabemos, hoje por menor que seja nossa formação, que tais variedades correspondem a distintas gramáticas -, como agir no ensino?

    ===> ou seja, corresponde aos princípios que regem o funcionamento de determinada língua.

    Força, guerreiros(As)!!

  • Arthur Carvalho, meu amigo, você colocou o gabarito errado. O correto é "D".

  • vdd colega Marcos Mariano resposta D, desta vez o nobre, o fera Arthur apertou tecla errada kkk


ID
2988331
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 6


A interação linguística

      A língua só tem existência no jogo que joga na sociedade, na interlocução. E é no interior de seu funcionamento que se pode procurar estabelecer as regras de tal jogo. Tomo um exemplo.

      Dado que alguém (Pedro) dirija a outro (José) uma pergunta como: “Você foi ao cinema ontem?”, tal fala de Pedro modifica suas relações com José, estabelecendo um jogo de compromissos. Para José, só há duas possibilidades: responder (sim ou não) ou pôr em questão o direito de Pedro em lhe dirigir tal pergunta (fazendo de conta que não ouviu ou respondendo “o que você tem a ver com isso?”). No primeiro caso, diríamos que José aceitou o jogo proposto por Pedro. No segundo caso, José não aceitou o jogo e pôs em questão o próprio direito de jogar assumido por Pedro.

      Estudar a língua é, então, tentar detectar os compromissos que se criam por meio da fala e as condições que devem ser preenchidas por um falante para falar de certa forma em determinada situação concreta de interação.

      Dentro de tal concepção, já é insuficiente fazer uma tipologia entre frases afirmativas, interrogativas, imperativas e optativas a que estamos habituados, seguindo manuais didáticos ou gramáticas escolares. No ensino da língua, nessa perspectiva, é muito mais importante estudar as relações que se constituem entre os sujeitos no momento em que falam do que simplesmente estabelecer classificações e denominar os tipos de sentenças.


A democratização da escola

      Tal perspectiva, ao jogar-nos diretamente no estudo da linguagem em funcionamento, também nos obriga a uma posição, na sala de aula, em relação às variedades linguísticas. Refiro-me ao problema, enfrentado cotidianamente pelo professor, das variedades, quer sociais, quer regionais. Afinal - dadas as diferenças dialetais e dado que sabemos, hoje por menor que seja nossa formação, que tais variedades correspondem a distintas gramáticas -, como agir no ensino?

      (...)

      A democratização da escola, ainda que falsa, trouxe em seu bojo outra clientela e com ela diferenças dialetais bastante acentuadas. De repente, não damos aulas só para aqueles que pertencem a nosso grupo social. Representantes de outros grupos estão sentados nos bancos escolares. E eles falam diferente.

      Sabemos que a forma de fala que foi elevada à categoria de língua nada tem a ver com a qualidade intrínseca dessa forma. Fatos históricos (econômicos e políticos) determinaram a “eleição” de uma forma como a língua portuguesa. As demais formas de falar, que não correspondem à forma “eleita”, são todas postas num mesmo saco e qualificadas como “errôneas”, “deselegantes”, “inadequadas para a ocasião” etc.

      Entretanto, uma “variedade linguística ‘vale’ o que ‘valem’ na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais. Essa afirmação é válida, evidentemente, em termos internos quando confrontamos variedades de uma mesma língua, e em termos externos pelo prestígio das línguas no plano internacional” (Gnerre, 1978).

      (...)

      Agora, dada a situação de fato em que estamos, qual poderia ser a atitude do professor de língua portuguesa? A separação entre a forma de fala de seus alunos e a variedade linguística considerada “padrão” é evidente. Sabendo-se que tais diferenças são reveladoras de outras diferenças e sabendo-se que a “língua padrão” resulta de uma imposição social que desclassifica os demais dialetos, qual a postura a ser adotada pelo professor?

(GERALDI, J.W. Concepções de Linguagem e Ensino de Português. In: ______ (Org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997, p.42-43.) - Adaptado

“Sabemos que a forma de fala que foi elevada à categoria de língua nada tem a ver com a qualidade intrínseca dessa forma.” (7º parágrafo)


A partir desse segmento do texto 6, pode-se afirmar que o conceito de “língua” é tomado como:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ===> voltando ao texto: Sabemos que a forma de fala que foi elevada à categoria de língua nada tem a ver com a qualidade intrínseca dessa forma. Fatos históricos (econômicos e políticos) determinaram a “eleição” de uma forma como a língua portuguesa

    ===> Ou seja, uma construção SOCIAL foi responsável pela construção da língua.

    Força, guerreiros(as)!!

  •  "A língua só tem existência no jogo que joga na sociedade, na interlocução."

  • SOCIEDADE CRIA COSTUMES....

    Letra "C"


ID
2988334
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 6


A interação linguística

      A língua só tem existência no jogo que joga na sociedade, na interlocução. E é no interior de seu funcionamento que se pode procurar estabelecer as regras de tal jogo. Tomo um exemplo.

      Dado que alguém (Pedro) dirija a outro (José) uma pergunta como: “Você foi ao cinema ontem?”, tal fala de Pedro modifica suas relações com José, estabelecendo um jogo de compromissos. Para José, só há duas possibilidades: responder (sim ou não) ou pôr em questão o direito de Pedro em lhe dirigir tal pergunta (fazendo de conta que não ouviu ou respondendo “o que você tem a ver com isso?”). No primeiro caso, diríamos que José aceitou o jogo proposto por Pedro. No segundo caso, José não aceitou o jogo e pôs em questão o próprio direito de jogar assumido por Pedro.

      Estudar a língua é, então, tentar detectar os compromissos que se criam por meio da fala e as condições que devem ser preenchidas por um falante para falar de certa forma em determinada situação concreta de interação.

      Dentro de tal concepção, já é insuficiente fazer uma tipologia entre frases afirmativas, interrogativas, imperativas e optativas a que estamos habituados, seguindo manuais didáticos ou gramáticas escolares. No ensino da língua, nessa perspectiva, é muito mais importante estudar as relações que se constituem entre os sujeitos no momento em que falam do que simplesmente estabelecer classificações e denominar os tipos de sentenças.


A democratização da escola

      Tal perspectiva, ao jogar-nos diretamente no estudo da linguagem em funcionamento, também nos obriga a uma posição, na sala de aula, em relação às variedades linguísticas. Refiro-me ao problema, enfrentado cotidianamente pelo professor, das variedades, quer sociais, quer regionais. Afinal - dadas as diferenças dialetais e dado que sabemos, hoje por menor que seja nossa formação, que tais variedades correspondem a distintas gramáticas -, como agir no ensino?

      (...)

      A democratização da escola, ainda que falsa, trouxe em seu bojo outra clientela e com ela diferenças dialetais bastante acentuadas. De repente, não damos aulas só para aqueles que pertencem a nosso grupo social. Representantes de outros grupos estão sentados nos bancos escolares. E eles falam diferente.

      Sabemos que a forma de fala que foi elevada à categoria de língua nada tem a ver com a qualidade intrínseca dessa forma. Fatos históricos (econômicos e políticos) determinaram a “eleição” de uma forma como a língua portuguesa. As demais formas de falar, que não correspondem à forma “eleita”, são todas postas num mesmo saco e qualificadas como “errôneas”, “deselegantes”, “inadequadas para a ocasião” etc.

      Entretanto, uma “variedade linguística ‘vale’ o que ‘valem’ na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais. Essa afirmação é válida, evidentemente, em termos internos quando confrontamos variedades de uma mesma língua, e em termos externos pelo prestígio das línguas no plano internacional” (Gnerre, 1978).

      (...)

      Agora, dada a situação de fato em que estamos, qual poderia ser a atitude do professor de língua portuguesa? A separação entre a forma de fala de seus alunos e a variedade linguística considerada “padrão” é evidente. Sabendo-se que tais diferenças são reveladoras de outras diferenças e sabendo-se que a “língua padrão” resulta de uma imposição social que desclassifica os demais dialetos, qual a postura a ser adotada pelo professor?

(GERALDI, J.W. Concepções de Linguagem e Ensino de Português. In: ______ (Org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997, p.42-43.) - Adaptado

O fragmento dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Ensino Fundamental – Língua Portuguesa (BRASIL/SEF, 1998) que NÃO expressa sentidos presentes no texto 6 é:

Alternativas
Comentários
  • “As possibilidades de aprendizagem dos alunos colocam limites claros para o tratamento que dado conteúdo deve receber.”

    Em momento algum no texto fala que a capacidade de discernimento e aprendizagem dos alunos implicam no tipo de tratamento dado a certo conteúdo ou não...

  • Há também a questão da palavra 'limitação', enquanto que o texto de Geraldi fala sobre os campos de atuação do professor.


ID
2988337
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 6


A interação linguística

      A língua só tem existência no jogo que joga na sociedade, na interlocução. E é no interior de seu funcionamento que se pode procurar estabelecer as regras de tal jogo. Tomo um exemplo.

      Dado que alguém (Pedro) dirija a outro (José) uma pergunta como: “Você foi ao cinema ontem?”, tal fala de Pedro modifica suas relações com José, estabelecendo um jogo de compromissos. Para José, só há duas possibilidades: responder (sim ou não) ou pôr em questão o direito de Pedro em lhe dirigir tal pergunta (fazendo de conta que não ouviu ou respondendo “o que você tem a ver com isso?”). No primeiro caso, diríamos que José aceitou o jogo proposto por Pedro. No segundo caso, José não aceitou o jogo e pôs em questão o próprio direito de jogar assumido por Pedro.

      Estudar a língua é, então, tentar detectar os compromissos que se criam por meio da fala e as condições que devem ser preenchidas por um falante para falar de certa forma em determinada situação concreta de interação.

      Dentro de tal concepção, já é insuficiente fazer uma tipologia entre frases afirmativas, interrogativas, imperativas e optativas a que estamos habituados, seguindo manuais didáticos ou gramáticas escolares. No ensino da língua, nessa perspectiva, é muito mais importante estudar as relações que se constituem entre os sujeitos no momento em que falam do que simplesmente estabelecer classificações e denominar os tipos de sentenças.


A democratização da escola

      Tal perspectiva, ao jogar-nos diretamente no estudo da linguagem em funcionamento, também nos obriga a uma posição, na sala de aula, em relação às variedades linguísticas. Refiro-me ao problema, enfrentado cotidianamente pelo professor, das variedades, quer sociais, quer regionais. Afinal - dadas as diferenças dialetais e dado que sabemos, hoje por menor que seja nossa formação, que tais variedades correspondem a distintas gramáticas -, como agir no ensino?

      (...)

      A democratização da escola, ainda que falsa, trouxe em seu bojo outra clientela e com ela diferenças dialetais bastante acentuadas. De repente, não damos aulas só para aqueles que pertencem a nosso grupo social. Representantes de outros grupos estão sentados nos bancos escolares. E eles falam diferente.

      Sabemos que a forma de fala que foi elevada à categoria de língua nada tem a ver com a qualidade intrínseca dessa forma. Fatos históricos (econômicos e políticos) determinaram a “eleição” de uma forma como a língua portuguesa. As demais formas de falar, que não correspondem à forma “eleita”, são todas postas num mesmo saco e qualificadas como “errôneas”, “deselegantes”, “inadequadas para a ocasião” etc.

      Entretanto, uma “variedade linguística ‘vale’ o que ‘valem’ na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais. Essa afirmação é válida, evidentemente, em termos internos quando confrontamos variedades de uma mesma língua, e em termos externos pelo prestígio das línguas no plano internacional” (Gnerre, 1978).

      (...)

      Agora, dada a situação de fato em que estamos, qual poderia ser a atitude do professor de língua portuguesa? A separação entre a forma de fala de seus alunos e a variedade linguística considerada “padrão” é evidente. Sabendo-se que tais diferenças são reveladoras de outras diferenças e sabendo-se que a “língua padrão” resulta de uma imposição social que desclassifica os demais dialetos, qual a postura a ser adotada pelo professor?

(GERALDI, J.W. Concepções de Linguagem e Ensino de Português. In: ______ (Org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997, p.42-43.) - Adaptado

“A democratização da escola, ainda que falsa, trouxe em seu bojo outra clientela e com ela diferenças dialetais bastante acentuadas.” (6º parágrafo)


Nesse fragmento do texto 6, “dialetal” é entendido como relativo a um/a:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    Tal perspectiva, ao jogar-nos diretamente no estudo da linguagem em funcionamento, também nos obriga a uma posição, na sala de aula, em relação às variedades linguísticas. Refiro-me ao problema, enfrentado cotidianamente pelo professor, das variedades, quer sociais, quer regionais. Afinal - dadas as diferenças dialetais e dado que sabemos, hoje por menor que seja nossa formação, que tais variedades correspondem a distintas gramáticas -, como agir no ensino?

    Força, guerreiros(As)!!


ID
2988340
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), o ensino de Língua Portuguesa deve tomar “a linguagem como atividade discursiva, o texto como unidade de ensino e a noção de gramática como relativa ao conhecimento que o falante tem de sua linguagem”. Nesse sentido, a atividade de análise linguística deve:

Alternativas
Comentários
  • Letra B -refletir sobre os recursos expressivos presentes nos textos, e quais efeitos de sentido se constroem a partir da seleção desses recursos- oU SEJA, enxergar os elementos linguisticos em seu aspecto semântico seu uso


ID
2988343
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“Como professor devo saber que sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo, nem ensino.”


A citação de Paulo Freire (1996) define a curiosidade como característica essencial do professor. Isso significa que a prática pedagógica deve:

Alternativas
Comentários
  • A questão aborda a visão de Paulo Freire a respeito das características essenciais do professor e como deve conduzir sua prática pedagógica. Em sua obra Pedagogia da autonomia, Freire traz o seguinte trecho destacado nessa questão: “Como professor devo saber que sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo, nem ensino." Segundo Freire, ensinar é algo de profundo e dinâmico e exige do docente comprometimento existencial, do qual nasce autêntica solidariedade entre educador e educandos. Os educadores devem estimular e ensinar com criatividade, investigação, curiosidade, humildade e persistência, ética e estética, levando à procura pelo esclarecimento através de perguntas e indagações que fazem parte de uma prática que leva à autonomia do ser.

    A) estimular - em professores e alunos - a pergunta e a reflexão crítica sobre a própria pergunta CORRETO- Segundo Paulo Freire, os professores devem adotar uma prática educativa que estimule o aluno a ter uma consciência crítica, criativa e investigativa. 

    B) privilegiar as explicações discursivas do professor em relação ao aluno- aprendente
    ERRADO - Segundo Paulo Freire, os docentes não devem ser os únicos detentores do saber e privilegiar sua fala, pois o ensino é construído na troca. 

    C) possibilitar ao aluno o desenvolvimento de uma postura de aceitação dos saberes escolarizados ERRADO - Segundo Paulo Freire, os alunos não devem adotar uma postura passiva, devem ser estimulados a serem protagonistas de seus aprendizados. 

    D) reforçar a autoridade do professor ao avaliar a criatividade e o poder de síntese dos alunos. ERRADO - Segundo Paulo Freire, o professor não deve exercer autoridade.

    Portanto, a alternativa que responde a questão é a letra A.
    Gabarito do professor: Letra A
  • estimular - em professores e alunos - a pergunta e a reflexão crítica sobre a própria pergunta


ID
2988346
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Responda à questão de acordo com os pressupostos da abordagem histórico-cultural do desenvolvimento humano, a partir das contribuições de L. S. Vygotsky (Multieducação: Núcleo Curricular. RJ, 1996.)

Tendo em vista essa abordagem, pode-se afirmar que desenvolvimento e aprendizagem são processos:

Alternativas
Comentários
  • Vygotsky:

    Desenvolvimento cognitivo se dá por meio da interação social.

    sócio-interacionista

    de fora para dentro

  • GABARITO: D

  • GABARITO: D


ID
2988349
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Responda à questão de acordo com os pressupostos da abordagem histórico-cultural do desenvolvimento humano, a partir das contribuições de L. S. Vygotsky (Multieducação: Núcleo Curricular. RJ, 1996.)

“[...] a reorganização das experiências de aprendizagem deve considerar o quanto de colaboração o aluno ainda necessita para chegar a produzir determinadas atividades de forma independente.”

(Multieducação: Núcleo Curricular Básico. RJ, 1996)


O conceito que fundamenta essa afirmativa é o de:

Alternativas
Comentários
  • "Nas palavras do próprio psicólogo, "a zona proximal de hoje será o nível de desenvolvimento real amanhã". Ou seja: aquilo que nesse momento uma criança só consegue fazer com a ajuda de alguém, um pouco mais adiante ela certamente conseguirá fazer sozinha. Depois que Vygotsky elaborou o conceito, há mais de 80 anos, a integração de crianças em diferentes níveis de desenvolvimento passou a ser encarada como um fator determinante no processo de aprendizado." Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/1972/vygotsky-e-o-conceito-de-zona-de-desenvolvimento-proximal

  • C)zona de desenvolvimento proximal teoria Vygostky

    a letra (a) Piaget

    e as outras alternativas teoria tecnicista

  • zona de desenvolvimento proximal


ID
2988352
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Responda à questão de acordo com os pressupostos da abordagem histórico-cultural do desenvolvimento humano, a partir das contribuições de L. S. Vygotsky (Multieducação: Núcleo Curricular. RJ, 1996.)

Segundo esses os pressupostos, o ser humano se desenvolve principalmente a partir:

Alternativas
Comentários
  • A) Da interação, da troca consigo próprio e com outros sujeitos, pela qual o sujeito vai internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais

  • da interação, da troca consigo próprio e com outros sujeitos, pela qual o sujeito vai internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais


ID
2988355
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

As orientações curriculares da Secretaria Municipal de Educação - SME/RJ apontam para um ensino de Língua Portuguesa que priorize:

Alternativas
Comentários
  • Esta questão solicita que seja indicada a alternativa que apresenta o que deve ser priorizado no ensino de Língua Portuguesa, de acordo com as orientações curriculares da Secretaria Municipal de Educação - SME/RJ. 
    A) a leitura de textos dos diferentes gêneros discursivos 
    CORRETO -  Este é um dos objetivos presentes nas orientações curriculares para o ensino de Língua Portuguesa: ler diferentes gêneros discursivos, fazendo uso das estratégias de leitura seleção, antecipação, verificação e inferências. 
    B) a análise de textos literários dos diferentes estilos 
    ERRADO - O documento não traz, entre seus objetivos, a análise de textos literários dos diferentes estilos. Entre tais objetivos estão: Desenvolver a leitura, em níveis mais profundos, de diferentes gêneros discursivos, fazendo uso das estratégias de leitura. Inferir informações e outros conteúdos implícitos em texto dissertativo/argumentativo e textos literários. 
    C) a escrita seguindo o padrão ortográfico vigente 
    ERRADO - O documento pontua a apropriação da língua escrita como meio de expressão, interação e comunicação, reconhecendo as intenções/efeitos de sentido do uso de pontuação, de gírias, de expressões coloquiais, de transgressões intencionais dos padrões ortográficos ou morfossintáticos da modalidade escrita. Traz, ainda, o reconhecimento e compreesão das variantes linguísticas regionais, sociais e de registro (formal e informal) em situações de interlocução oral e escrita do cotidiano. Ainda de acordo com as orientações, o ensino de Língua Portuguesa deve possibilitar ao aluno refletir sobre os fenômenos da linguagem, particularmente os que tocam a questão da variedade linguística, combatendo a estigmatização, discriminação e preconceitos relativos ao uso da língua. Assim, as atividades planejadas devem ser organizadas de maneira a tornar possível a análise crítica dos discursos para que o aluno possa identificar pontos de vista, valores e eventuais preconceitos neles veiculados. 
    D) a leitura como descoberta da intenção do autor 
    ERRADO - Segundo as orientações curriculares, o ensino de Língua Portuguesa deve valorizar a leitura como forma de conhecimento e fruição. O aluno deve vir a reconhecer a leitura como produção de significados; identificar a finalidade do texto pelo reconhecimento do suporte, do gênero e das características gráficas; antecipar o assunto de um texto a partir de título, subtítulo e imagem; localizar informações explícitas e inferir informações implícitas em um texto; ler diferentes gêneros discursivos, fazendo uso das estratégias seleção, antecipação, verificação e inferências. O aluno deve, ainda, conseguir estabelecer relações entre os diferentes elementos presentes no texto e suas diferentes possibilidades de interpretação. Entre as atividades indicadas, o documento recomenda a leitura e interpretação de fábulas, analisando os personagens e suas ações. Dessa forma, não traz a leitura como descoberta da intenção do autor, e sim, coloca a questão da interpretação na leitura, reconhecendo a diversidade de possibilidades interpretativas. 
    Portando, a letra A é a alternativa correta. 
    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
2988358
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Ao definir o currículo de Língua Portuguesa, o ensino de gramática se impõe como objeto de discussão e polêmica. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), esse ensino deve:

Alternativas
Comentários
  • Nesta questão, que aborda o currículo de Língua Portuguesa, o candidato deve indicar a alternativa que apresenta como deve ser o ensino de gramática, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998). 
    A) descrever a variante padrão, explicitando as regras e a nomenclatura necessárias ao bom uso do idioma 
    ERRADO - De acordo com o documento, o ensino deve explorar ativamente um conjunto de palavras, para explicitar as regularidades ortográficas no que se refere às regras contextuais. O uso de uma ou outra forma de expressão depende, sobretudo, de fatores geográficos, socioeconômicos, de faixa etária, de gênero (sexo), da relação estabelecida entre os falantes e do contexto de fala. Ainda de acordo com os parâmetros, a imagem de uma língua única, mais próxima da modalidade escrita da linguagem, subjacente às prescrições normativas da gramática escolar, dos manuais e mesmo dos programas de difusão da mídia sobre o que se deve e o que não se deve falar e escrever, não se sustenta na análise empírica dos usos da língua. Nas sociedades letradas (aquelas que usam intensamente a escrita), há a tendência de tomarem-se as regras estabelecidas para o sistema de escrita como padrões de correção de todas as formas linguísticas. Esse fenômeno, que tem na gramática tradicional sua maior expressão, muitas vezes faz com que se confunda falar apropriadamente à situação com falar segundo as regras de bem dizer e escrever, o que, por sua vez, faz com que se aceite a ideia despropositada de que ninguém fala corretamente no Brasil e que se insista em ensinar padrões gramaticais anacrônicos e artificiais. Há muito preconceito decorrente do valor atribuído às variedades padrão e ao estigma associado às variedades não-padrão, consideradas inferiores ou erradas pela gramática. Essas diferenças não são imediatamente reconhecidas e, quando são, não são objeto de avaliação negativa. Para cumprir bem a função de ensinar a escrita e a língua padrão, a escola precisa livrar-se de vários mitos: o de que existe uma forma correta de falar, o de que a fala de uma região é melhor da que a de outras, o de que a fala correta é a que se aproxima da língua escrita, o de que o brasileiro fala mal o português, o de que o português é uma língua difícil, o de que é preciso consertar a fala do aluno para evitar que ele escreva errado.
    B) fundamentar-se em exercícios que favoreçam o estabelecimento e a memorização dos padrões linguísticos 
    ERRADO - O documento pontua que não se justifica tratar o ensino gramatical desarticulado das práticas de linguagem. Ressalta que a gramática, ensinada de forma descontextualizada, torna-se emblemática de um conteúdo estritamente escolar, do tipo que só serve para ir bem na prova e passar de ano uma prática pedagógica que vai da metalíngua para a língua por meio de exemplificação, exercícios de reconhecimento e memorização de terminologia. Entre as críticas mais frequentes ao ensino tradicional estão a excessiva escolarização das atividades de leitura e de produção de texto; a excessiva valorização da gramática normativa e a insistência nas regras de exceção, com o consequente preconceito contra as formas de oralidade e as variedades não-padrão; o ensino descontextualizado da metalinguagem, normalmente associado a exercícios mecânicos de identificação de fragmentos linguísticos em frases soltas. 
    C) ser definido a partir das necessidades apresentadas pelos alunos nas atividades de produção, leitura e escuta de textos 
    CORRETO - De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, o que deve ser ensinado não responde às imposições de organização clássica de conteúdos na gramática escolar, mas aos aspectos que precisam ser tematizados em função das necessidades apresentadas pelos alunos nas atividades de produção, leitura e escuta de textos. O modo de ensinar, por sua vez, não reproduz a clássica metodologia de definição, classificação e exercitação, mas corresponde a uma prática que parte da reflexão produzida pelos alunos mediante a utilização de uma terminologia simples e se aproxima, progressivamente, pela mediação do professor, do conhecimento gramatical produzido. Isso implica, muitas vezes, chegar a resultados diferentes daqueles obtidos pela gramática tradicional, cuja descrição, em muitos aspectos, não corresponde aos usos atuais da linguagem, o que coloca a necessidade de busca de apoio em outros materiais e fontes. 
    D) estar relacionado à vasta exemplificação, utilizando-se como base textos de literatura brasileira de diferentes épocas 
    ERRADO - O documento orienta para o trabalho com diferentes gêneros textuais, não tendo como base apenas os textos literários. A comparação entre textos sobre o mesmo tema, produzidos em épocas diferentes aparece como uma das propostas de atividades que permitem explorar mais intensamente questões de variação linguística. Para ampliar os modos de ler, o trabalho com a literatura deve permitir que progressivamente ocorra a passagem gradual da leitura esporádica de títulos de um determinado gênero, época, autor para a leitura mais extensiva, de modo que o aluno possa estabelecer vínculos cada vez mais estreitos entre o texto e outros textos, construindo referências sobre o funcionamento da literatura e entre esta e o conjunto cultural. 
    Portanto, a letra C é a alternativa correta. 
    Gabarito do Professor: Letra C.
  • LETRA C- ser definido a partir das necessidades apresentadas pelos alunos nas atividades de produção, leitura e escuta de textos


ID
2988361
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB), estabelece o princípio da gestão democrática, definindo o Projeto Político-Pedagógico como instrumento fundamental para concretizar esse princípio. Com relação a esse aspecto da Lei, o Artigo 13, define, como dever do professor:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito : D. As outras alternativas são deveres do estabelecimento de ensino.

  • Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:

    I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

    II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

    III - zelar pela aprendizagem dos alunos;

    IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

    V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

    VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

  • Para responder a esta questão, exige-se conhecimento sobre as atribuições dos docentes conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9394/1996. O candidato deve indicar a assertiva que corresponde a uma dessas atribuições. Vejamos:

    a) Incorreta.

    "Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; (...)"

    b) Incorreta.

    "Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: (...) II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; (...)"

    c) Incorreta.

    "Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:(...) VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta por cento) do percentual permitido em lei; (...)"

    d) Correta.

    "Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; (...)"

    Portanto, somente a assertiva "D" é uma atribuição dos docentes. Nas outras assertivas, são atribuições dos estabelecimentos de ensino.

    Gabarito do monitor: D

  • I – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;


ID
2988364
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Paulo Freire (1996), em sua obra “Pedagogia da autonomia”, elege como saber necessário à prática educativa compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo. Essa intervenção exige do professor:

Alternativas
Comentários
  • Ensinar exige ética e estética, ou seja, o professor precisa seguir princípios de ensino e princípios morais e éticos.

    Portanto, é importante ensinar os conteúdos tanto quanto é importante expressar o testemunho ético do professor ao ensiná-los ( os conteúdos).

    Gabarito C

  • considerar tão importante o ensino dos conteúdos quanto o seu testemunho ético ao ensiná-los


ID
2988367
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Segundo Andrea Ramal (Revista Pátio, ano 4, nº 14, 2000), na cultura digital ocorrem mudanças que exigirão repensar alguns dos elementos básicos da escola, tais como os currículos, pois:

Alternativas
Comentários
  • a linearidade dará lugar ao hipertextual, ao móvel, ao flexível, à contínua produção e à negociação de sentidos