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Prova UEPA - 2013 - SEAD-PA - Auditor Fiscal de Receitas Estaduais - Conhecimentos gerais


ID
4908751
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Texto para responder a questão.


Texto 

O novo ativista digital


    O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, é um observador atento da conjuntura política e social do país. Participa das discussões no centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde cursa o 5° ano. Ele dá aulas voluntariamente no cursinho pré-vestibular para estudantes carentes que funciona na faculdade. No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles. “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. Em menos de uma hora, o texto ganhou quase 1.000 assinaturas. Hoje, está com quase 6 mil. Se chegar à marca dos 7.500, Fernandes promete entregar o documento ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. Fernandes diz que, mesmo que os policiais não sejam punidos, o importante é protestar. “Quero espalhar informação e conscientizar as pessoas”, afirma.

    Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são parecidos com Fernandes. São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil.

     Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1% no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O país não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos.

    Há dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street. “As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais como o Twitter e o Facebook”, afirma o sociólogo espanhol Manuel Castells, “O novo espaço público, formado pela interseção do universo virtual com o local, gerou um contrapoder: pela primeira vez na história, as forças de mudança reúnem força e condições de encurralar o poder."

    A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social. “Os jovens estão em busca de independência e esbarram nos limites da família, das instituições, da sociedade. É natural que tentem derrubá-los”, diz a educadora Ana Karina Brenner, pesquisadora do Observatório Jovem do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense. No Brasil, organizaram-se clandestinamente e marcharam para derrubar a ditadura militar. Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas. Os jovens queriam exercer suas competências e ascender economicamente. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos como yuppies. No Brasil, queriam o direito de votar para presidente e mobilizaram a sociedade numa das maiores campanhas já realizadas no país, as Diretas Já.

    De lá para cá, o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica, que coincidiu com o surgimento da internet. A rede chegou para mudar radicalmente a forma como vivemos e nos relacionamos. A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, afirma Drica Guzzi, coordenadora de projetos da Escola do Futuro da USP.

    Alfabetizados num mundo regido pela rapidez da internet, conectados globalmente, esses jovens mudaram a forma de fazer política e de engajar-se em causas sociais. Disseminam, pelo Twitter, dicas de como se portar numa passeata. “Eles têm ferramentas para se colocar como protagonistas e provocar microrrevoluções. Associadas, elas causam grandes mudanças.”

     “Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia”, afirma o publicitário Rony Rodrigues, presidente da Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.

    A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação. Em meio a tantas informações e apelos, será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões? O perigo é acabar encampando causas sem entender os reais interesses por trás do movimento.

    Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá. Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. A equipe liderada pelo educador americano Joseph Kahne analisou a participação virtual e real de 3 mil jovens americanos entre 15 e 25 anos. Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições. “O ativismo digital é uma maneira complementar de trabalhar por mudanças”, diz Kahne.

(Marcela Buscato e Fillipe Mauro, com Júlia Korte, Luís Antônio Giron e Mariana Tessitore. Época. 31/07/2013. Adaptado)

De acordo com o Texto, a identificação do leitor com a temática central acontece, fundamentalmente: 

Alternativas
Comentários
  • Texto longo, mas vamos lá:

    a) ERRADO:  [...] criado sob os princípios materialistas da juventude -> Segundo o texto, o novo espaço público não foi criado pelos princípios materialistas, uma vez que esses ideais decorrem desde 1980, logo não tem relação com o surgimento da internet.

    "Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas."

    b) CERTA

    c) ERRADO: pela dificuldade para disseminar campanhas pelas redes sociais... -> Os jovens não tem dificuldade em divulgar campanhas, acontece o contrário.

    " A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação"

    d) ERRADO: com a crescente qualidade dos serviços públicos -> Os serviços públicos não estavam em crescente aumento de qualidade.

    "São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos"

    e) ERRADO: pelo curto ciclo de normalização política e digital -> o correto é um longo ciclo de normalização política.

    "o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica"


ID
4908757
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Texto para responder a questão.


Texto 

O novo ativista digital


    O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, é um observador atento da conjuntura política e social do país. Participa das discussões no centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde cursa o 5° ano. Ele dá aulas voluntariamente no cursinho pré-vestibular para estudantes carentes que funciona na faculdade. No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles. “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. Em menos de uma hora, o texto ganhou quase 1.000 assinaturas. Hoje, está com quase 6 mil. Se chegar à marca dos 7.500, Fernandes promete entregar o documento ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. Fernandes diz que, mesmo que os policiais não sejam punidos, o importante é protestar. “Quero espalhar informação e conscientizar as pessoas”, afirma.

    Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são parecidos com Fernandes. São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil.

     Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1% no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O país não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos.

    Há dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street. “As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais como o Twitter e o Facebook”, afirma o sociólogo espanhol Manuel Castells, “O novo espaço público, formado pela interseção do universo virtual com o local, gerou um contrapoder: pela primeira vez na história, as forças de mudança reúnem força e condições de encurralar o poder."

    A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social. “Os jovens estão em busca de independência e esbarram nos limites da família, das instituições, da sociedade. É natural que tentem derrubá-los”, diz a educadora Ana Karina Brenner, pesquisadora do Observatório Jovem do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense. No Brasil, organizaram-se clandestinamente e marcharam para derrubar a ditadura militar. Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas. Os jovens queriam exercer suas competências e ascender economicamente. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos como yuppies. No Brasil, queriam o direito de votar para presidente e mobilizaram a sociedade numa das maiores campanhas já realizadas no país, as Diretas Já.

    De lá para cá, o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica, que coincidiu com o surgimento da internet. A rede chegou para mudar radicalmente a forma como vivemos e nos relacionamos. A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, afirma Drica Guzzi, coordenadora de projetos da Escola do Futuro da USP.

    Alfabetizados num mundo regido pela rapidez da internet, conectados globalmente, esses jovens mudaram a forma de fazer política e de engajar-se em causas sociais. Disseminam, pelo Twitter, dicas de como se portar numa passeata. “Eles têm ferramentas para se colocar como protagonistas e provocar microrrevoluções. Associadas, elas causam grandes mudanças.”

     “Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia”, afirma o publicitário Rony Rodrigues, presidente da Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.

    A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação. Em meio a tantas informações e apelos, será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões? O perigo é acabar encampando causas sem entender os reais interesses por trás do movimento.

    Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá. Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. A equipe liderada pelo educador americano Joseph Kahne analisou a participação virtual e real de 3 mil jovens americanos entre 15 e 25 anos. Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições. “O ativismo digital é uma maneira complementar de trabalhar por mudanças”, diz Kahne.

(Marcela Buscato e Fillipe Mauro, com Júlia Korte, Luís Antônio Giron e Mariana Tessitore. Época. 31/07/2013. Adaptado)

Nos trechos: “[...] A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais”. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, o significado dos enunciados destacados, respectivamente, de acordo com o contexto discursivo em que são usados indica:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    Imbuído

    verbo

     transitivo direto e pronominal

    1 fazer penetrar em (algo, alguém ou em si mesmo); embeber(-se), impregnar(-se)

    Exs.: i. compressas em água morna

     i.-se em perfumes 

     bitransitivo e pronominal

    2 Derivação: sentido figurado.

    fazer mesclar ou mesclar-se com; embutir(-se), insinuar(-se)

    Exs.: i. uma alma em outra

     i.-se de uma personalidade alheia 

     bitransitivo e pronominal

    3 Derivação: sentido figurado.

    infundir (alguém ou a si mesmo) de; convencer(-se)

    Exs.: imbuiu-o de ideias patrióticas

     i.-se do sentimento da própria insignificância 

    Dicionário Houaiss

  • Imbuído - só lembrei de Dark Souls... kkkk


ID
4908763
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Texto para responder a questão.


Texto 

O novo ativista digital


    O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, é um observador atento da conjuntura política e social do país. Participa das discussões no centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde cursa o 5° ano. Ele dá aulas voluntariamente no cursinho pré-vestibular para estudantes carentes que funciona na faculdade. No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles. “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. Em menos de uma hora, o texto ganhou quase 1.000 assinaturas. Hoje, está com quase 6 mil. Se chegar à marca dos 7.500, Fernandes promete entregar o documento ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. Fernandes diz que, mesmo que os policiais não sejam punidos, o importante é protestar. “Quero espalhar informação e conscientizar as pessoas”, afirma.

    Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são parecidos com Fernandes. São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil.

     Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1% no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O país não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos.

    Há dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street. “As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais como o Twitter e o Facebook”, afirma o sociólogo espanhol Manuel Castells, “O novo espaço público, formado pela interseção do universo virtual com o local, gerou um contrapoder: pela primeira vez na história, as forças de mudança reúnem força e condições de encurralar o poder."

    A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social. “Os jovens estão em busca de independência e esbarram nos limites da família, das instituições, da sociedade. É natural que tentem derrubá-los”, diz a educadora Ana Karina Brenner, pesquisadora do Observatório Jovem do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense. No Brasil, organizaram-se clandestinamente e marcharam para derrubar a ditadura militar. Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas. Os jovens queriam exercer suas competências e ascender economicamente. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos como yuppies. No Brasil, queriam o direito de votar para presidente e mobilizaram a sociedade numa das maiores campanhas já realizadas no país, as Diretas Já.

    De lá para cá, o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica, que coincidiu com o surgimento da internet. A rede chegou para mudar radicalmente a forma como vivemos e nos relacionamos. A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, afirma Drica Guzzi, coordenadora de projetos da Escola do Futuro da USP.

    Alfabetizados num mundo regido pela rapidez da internet, conectados globalmente, esses jovens mudaram a forma de fazer política e de engajar-se em causas sociais. Disseminam, pelo Twitter, dicas de como se portar numa passeata. “Eles têm ferramentas para se colocar como protagonistas e provocar microrrevoluções. Associadas, elas causam grandes mudanças.”

     “Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia”, afirma o publicitário Rony Rodrigues, presidente da Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.

    A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação. Em meio a tantas informações e apelos, será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões? O perigo é acabar encampando causas sem entender os reais interesses por trás do movimento.

    Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá. Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. A equipe liderada pelo educador americano Joseph Kahne analisou a participação virtual e real de 3 mil jovens americanos entre 15 e 25 anos. Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições. “O ativismo digital é uma maneira complementar de trabalhar por mudanças”, diz Kahne.

(Marcela Buscato e Fillipe Mauro, com Júlia Korte, Luís Antônio Giron e Mariana Tessitore. Época. 31/07/2013. Adaptado)

Existem no português brasileiro algumas expressões muito comuns, mas que, em determinados contextos comunicativos, oferecem dúvidas quanto ao seu emprego. Observe os enunciados 01 e 02 e marque a alternativa correta com relação aos elementos neles destacados.


Enunciado 01 - [...] “ dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street.”

Enunciado 02 - [...] “Para nós, há trinta anos atrás, Raízes do Brasil trouxe elementos como estes, fundamentando uma reflexão que nos foi da maior importância” (trecho do Prefácio de Raízes do Brasil, publicado em 1936).

Alternativas
Comentários
  • GABARITO OFERTADO PELA BANCA - C

    Infelizmente comete um grave pecado ao admitir a assertiva.

    I) “ dois anos, na Espanha (...)

    O verbo haver está sendo utilizado no sentido de tempo decorrido.

    https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/a-ou-ha.htm

    II) A expressão há dez anos, sem o advérbio atrás, é a forma mais correta

    Na expressão há dez anos atrás há uma repetição de ideias desnecessária para a transmissão do conteúdo da frase, uma vez que o verbo haver, quando conjugado como verbo impessoal, já indica tempo decorrido. Assim, é desnecessária a utilização do advérbio atrás para indicar o passado.

    Fonte: Professora Flávia Neves.

    Peço que confiram o postagem dela : https://duvidas.dicio.com.br/ha-dez-anos-ou-ha-dez-anos-atras/

  • essa banca ficou louca

  • Que barbaridade...desaprendendo português!!! Erro grotesco da banca no enunciado 2.

    A alternativa A está correta, conforme a gramática.

  • Boa noite!

    Gostaria de expressar meu descontentamento com Qconcursos - acredito que seja de muitos outros estudantes.

    Os responsáveis que anexam as questões nesta plataforma deveriam filtrar melhor o que se coloca aqui, pois, a grande maioria que faz uso do Qconcursos, são leigos em muitos tópicos de determinadas matérias e, através disso acaba gerando um desconforto ao que tange a questão aqui anexada.

    Minha opinião!

  • Ainda bem que corrigiram o gabarito. Correto é a letra "A".

  • ""....Só para complementar: o trecho acima destacado da alternativa "e", na verdade, refere-se ao conceito de pretérito perfeito composto, o qual é formado pelo por um verbo auxiliar no presente e um verbo principal no particípio. Exemplos: tenho falado.

  • Gabarito da banca: letra C - Gabarito sugerido: ANULADA

    a) Esta foi a alternativa apontada como correta no gabarito preliminar. Já no gabarito definitivo, houve a mudança para a letra C. Acontece que a letra A está correta. No enunciado 01, temos o verbo haver com o sentido de temo decorrido. O verbo fazer também pode apresentar esse mesmo sentido. Nesses casos, ambos os verbos são impessoais e não se flexionam no plural. Exemplos:

    Há dois anos que não o vejo → Faz dois anos que não o vejo. 

    Já o enunciado 02 apresenta uma estrutura que é condenada pela gramática tradicional.  Como a forma verbal "há" já indica tempo decorrido, a repetição dessa ideia por meio do advérbio "atrás" acarretaria uma redundânciaO problema é que a forma "há dois anos atrás" é muito comum na língua falada e a gramática nada mais é do que as regras da língua. Os verdadeiros "donos" da língua são os seus falantes. Não são os gramáticos que ditam as regras. O papel dos gramáticos é observar o funcionamento da língua (pelos falantes) e, baseados nisso, escreverem as regras (que eles visualizaram). Dessa forma, já há gramáticos que defendem o uso de "há X anos atrás" como certo. Mas isso ainda não é algo unânime. Assim, a meu ver, a letra A está certa. 

    b) ERRADO – Não é marca de preposição? Trata-se de um verbo impessoal que indica tempo decorrido, e não de preposição. A letra B já está errada

    Já no enunciado 02, realmente temos o verbo haver, mas com o sentido de tempo decorrido, pois esse verbo pode adquirir outros significados também.  

    c) CERTO - Alternativa apontada como correta no gabarito definitivo. Vejam que a parte inicial da alternativa é idêntica ao início da letra A. Realmente, no enunciado 01, a expressão destacada ("há") foi usada como forma do verbo haver e poderia ser substituída por faz. Já vimos isso. Já no enunciado 02, o advérbio "atrás" foi realmente usado como um reforço expressivo. Veja que a alternativa não adentra o mérito de isso estar certo ou errado segundo a gramática tradicional. Ela apenas disse que "atrás" foi usado como recurso de ênfase (e foi mesmo) porque "há" é um monossílabo fraco (e é mesmo). Inclusive, esse tipo de construção é comum em músicas ("eu nasci há 10 mil anos atrás....") e também na literatura. Então, realmente, a letra C também está correta.  

    d) ERRADO - A expressão destacada no enunciado 01 tem o sentido de tempo decorrido e equivale a "faz". Não tem o sentido da preposição "em". A letra D já está errada. A segunda parte da assertiva, a meu ver, está errada também, pois o emprego do advérbio "atrás" acarreta uma repetição da ideia de tempo passado.

    e) ERRADO - No enunciado 01, a expressão destacada indica algo que aconteceu no passado, indica que o evento acontece 2 anos atrás. Para ações que começaram no passado e se prolongam no presente, costumamos empregar o pretérito perfeito composto do modo indicativo.


ID
4908769
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Texto para responder a questão.


Texto 

O novo ativista digital


    O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, é um observador atento da conjuntura política e social do país. Participa das discussões no centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde cursa o 5° ano. Ele dá aulas voluntariamente no cursinho pré-vestibular para estudantes carentes que funciona na faculdade. No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles. “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. Em menos de uma hora, o texto ganhou quase 1.000 assinaturas. Hoje, está com quase 6 mil. Se chegar à marca dos 7.500, Fernandes promete entregar o documento ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. Fernandes diz que, mesmo que os policiais não sejam punidos, o importante é protestar. “Quero espalhar informação e conscientizar as pessoas”, afirma.

    Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são parecidos com Fernandes. São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil.

     Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1% no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O país não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos.

    Há dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street. “As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais como o Twitter e o Facebook”, afirma o sociólogo espanhol Manuel Castells, “O novo espaço público, formado pela interseção do universo virtual com o local, gerou um contrapoder: pela primeira vez na história, as forças de mudança reúnem força e condições de encurralar o poder."

    A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social. “Os jovens estão em busca de independência e esbarram nos limites da família, das instituições, da sociedade. É natural que tentem derrubá-los”, diz a educadora Ana Karina Brenner, pesquisadora do Observatório Jovem do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense. No Brasil, organizaram-se clandestinamente e marcharam para derrubar a ditadura militar. Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas. Os jovens queriam exercer suas competências e ascender economicamente. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos como yuppies. No Brasil, queriam o direito de votar para presidente e mobilizaram a sociedade numa das maiores campanhas já realizadas no país, as Diretas Já.

    De lá para cá, o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica, que coincidiu com o surgimento da internet. A rede chegou para mudar radicalmente a forma como vivemos e nos relacionamos. A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, afirma Drica Guzzi, coordenadora de projetos da Escola do Futuro da USP.

    Alfabetizados num mundo regido pela rapidez da internet, conectados globalmente, esses jovens mudaram a forma de fazer política e de engajar-se em causas sociais. Disseminam, pelo Twitter, dicas de como se portar numa passeata. “Eles têm ferramentas para se colocar como protagonistas e provocar microrrevoluções. Associadas, elas causam grandes mudanças.”

     “Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia”, afirma o publicitário Rony Rodrigues, presidente da Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.

    A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação. Em meio a tantas informações e apelos, será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões? O perigo é acabar encampando causas sem entender os reais interesses por trás do movimento.

    Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá. Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. A equipe liderada pelo educador americano Joseph Kahne analisou a participação virtual e real de 3 mil jovens americanos entre 15 e 25 anos. Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições. “O ativismo digital é uma maneira complementar de trabalhar por mudanças”, diz Kahne.

(Marcela Buscato e Fillipe Mauro, com Júlia Korte, Luís Antônio Giron e Mariana Tessitore. Época. 31/07/2013. Adaptado)

“Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia.” Neste enunciado, a palavra (ou expressão) que concorda com o verbo [ser] é o:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - B

    Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir (.....)

    Quem é regido por uma nova maneira de pensar e agir ?

    Eles são regidos ...

  • A questão não está bem formulada. Redação bastante confusa. A questão exige conhecimentos de referenciação anafórica. O sujeito da primeira oração do parágrafo é "esses jovens". O pronome eles se refere a esses jovens. Por sua vez, o verbo faz referência ao primeiro sujeito do parágrafo. A questão não afirma se é o primeiro sujeito da primeira oração do texto, do parágrafo ou do período. Conseguir responder porque fui por eliminação...

  • CUIDADO!

    Questão com dois gabaritos.

    O comentário mais curtido nesta questão apenas chancela, sem nenhum asseio gramatical, a resposta final e contestável dessa questão envolvida por dubiedade. Inspecionemos o trecho abaixo:

    Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia.”

    O sujeito do verbo "ser", sob a forma "são", é o pronome pessoal "eles", parte constituinte da estrutura oracional.

    a) substantivo tecnologia

    Incorreto. O substantivo "tecnologia" é agente da passiva;

    b) sujeito da primeira oração

    Correto. Especificamente, concorda com o pronome pessoal "eles";

    c) elemento estruturante da oração

    Correto. O pronome "eles", com o qual o verbo "ser" concorda, é elemento constituinte da oração, tendo em vista fazer parte da estrutura. Desprovida de apuro, a banca apenas desconsiderou incorreta essa alternativa absolutamente legítima. Dessa forma, deve-se ter essa opção de resposta como correta e possível;

    d) núcleo do sujeito da segunda oração

    Incorreto. Concorda com o núcleo do sujeito da primeira oração;

    e) objeto mais próximo

    Incorreto. Não há objeto na estrutura acima.

    Mediante o exposto, há que se considerar dois gabaritos: alternativas B e C.


ID
4908772
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Texto para responder a questão.


Texto 

O novo ativista digital


    O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, é um observador atento da conjuntura política e social do país. Participa das discussões no centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde cursa o 5° ano. Ele dá aulas voluntariamente no cursinho pré-vestibular para estudantes carentes que funciona na faculdade. No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles. “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. Em menos de uma hora, o texto ganhou quase 1.000 assinaturas. Hoje, está com quase 6 mil. Se chegar à marca dos 7.500, Fernandes promete entregar o documento ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. Fernandes diz que, mesmo que os policiais não sejam punidos, o importante é protestar. “Quero espalhar informação e conscientizar as pessoas”, afirma.

    Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são parecidos com Fernandes. São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil.

     Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1% no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O país não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos.

    Há dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street. “As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais como o Twitter e o Facebook”, afirma o sociólogo espanhol Manuel Castells, “O novo espaço público, formado pela interseção do universo virtual com o local, gerou um contrapoder: pela primeira vez na história, as forças de mudança reúnem força e condições de encurralar o poder."

    A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social. “Os jovens estão em busca de independência e esbarram nos limites da família, das instituições, da sociedade. É natural que tentem derrubá-los”, diz a educadora Ana Karina Brenner, pesquisadora do Observatório Jovem do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense. No Brasil, organizaram-se clandestinamente e marcharam para derrubar a ditadura militar. Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas. Os jovens queriam exercer suas competências e ascender economicamente. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos como yuppies. No Brasil, queriam o direito de votar para presidente e mobilizaram a sociedade numa das maiores campanhas já realizadas no país, as Diretas Já.

    De lá para cá, o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica, que coincidiu com o surgimento da internet. A rede chegou para mudar radicalmente a forma como vivemos e nos relacionamos. A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, afirma Drica Guzzi, coordenadora de projetos da Escola do Futuro da USP.

    Alfabetizados num mundo regido pela rapidez da internet, conectados globalmente, esses jovens mudaram a forma de fazer política e de engajar-se em causas sociais. Disseminam, pelo Twitter, dicas de como se portar numa passeata. “Eles têm ferramentas para se colocar como protagonistas e provocar microrrevoluções. Associadas, elas causam grandes mudanças.”

     “Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia”, afirma o publicitário Rony Rodrigues, presidente da Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.

    A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação. Em meio a tantas informações e apelos, será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões? O perigo é acabar encampando causas sem entender os reais interesses por trás do movimento.

    Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá. Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. A equipe liderada pelo educador americano Joseph Kahne analisou a participação virtual e real de 3 mil jovens americanos entre 15 e 25 anos. Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições. “O ativismo digital é uma maneira complementar de trabalhar por mudanças”, diz Kahne.

(Marcela Buscato e Fillipe Mauro, com Júlia Korte, Luís Antônio Giron e Mariana Tessitore. Época. 31/07/2013. Adaptado)

Dê o significado dos enunciados destacados nos períodos abaixo (respectivamente), de acordo com o contexto discursivo em que estão sendo usados.


1- “[...] A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social”.

2- “[...] A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação”.

Alternativas
Comentários
  • Letra A ) Motriz : movimento / Disseminar : propagar !


ID
4908778
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Texto para responder a questão.


Texto 

O novo ativista digital


    O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, é um observador atento da conjuntura política e social do país. Participa das discussões no centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde cursa o 5° ano. Ele dá aulas voluntariamente no cursinho pré-vestibular para estudantes carentes que funciona na faculdade. No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles. “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. Em menos de uma hora, o texto ganhou quase 1.000 assinaturas. Hoje, está com quase 6 mil. Se chegar à marca dos 7.500, Fernandes promete entregar o documento ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. Fernandes diz que, mesmo que os policiais não sejam punidos, o importante é protestar. “Quero espalhar informação e conscientizar as pessoas”, afirma.

    Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são parecidos com Fernandes. São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil.

     Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1% no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O país não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos.

    Há dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street. “As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais como o Twitter e o Facebook”, afirma o sociólogo espanhol Manuel Castells, “O novo espaço público, formado pela interseção do universo virtual com o local, gerou um contrapoder: pela primeira vez na história, as forças de mudança reúnem força e condições de encurralar o poder."

    A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social. “Os jovens estão em busca de independência e esbarram nos limites da família, das instituições, da sociedade. É natural que tentem derrubá-los”, diz a educadora Ana Karina Brenner, pesquisadora do Observatório Jovem do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense. No Brasil, organizaram-se clandestinamente e marcharam para derrubar a ditadura militar. Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas. Os jovens queriam exercer suas competências e ascender economicamente. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos como yuppies. No Brasil, queriam o direito de votar para presidente e mobilizaram a sociedade numa das maiores campanhas já realizadas no país, as Diretas Já.

    De lá para cá, o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica, que coincidiu com o surgimento da internet. A rede chegou para mudar radicalmente a forma como vivemos e nos relacionamos. A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, afirma Drica Guzzi, coordenadora de projetos da Escola do Futuro da USP.

    Alfabetizados num mundo regido pela rapidez da internet, conectados globalmente, esses jovens mudaram a forma de fazer política e de engajar-se em causas sociais. Disseminam, pelo Twitter, dicas de como se portar numa passeata. “Eles têm ferramentas para se colocar como protagonistas e provocar microrrevoluções. Associadas, elas causam grandes mudanças.”

     “Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia”, afirma o publicitário Rony Rodrigues, presidente da Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.

    A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação. Em meio a tantas informações e apelos, será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões? O perigo é acabar encampando causas sem entender os reais interesses por trás do movimento.

    Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá. Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. A equipe liderada pelo educador americano Joseph Kahne analisou a participação virtual e real de 3 mil jovens americanos entre 15 e 25 anos. Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições. “O ativismo digital é uma maneira complementar de trabalhar por mudanças”, diz Kahne.

(Marcela Buscato e Fillipe Mauro, com Júlia Korte, Luís Antônio Giron e Mariana Tessitore. Época. 31/07/2013. Adaptado)

No terceiro parágrafo, os autores do Texto referem-se ao crescimento brasileiro como [ele]. Esse mecanismo coesivo é chamado de referência. Logo, entende-se este conceito como um(a):

Alternativas

ID
4908781
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Texto para responder a questão.


Texto 

O novo ativista digital


    O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, é um observador atento da conjuntura política e social do país. Participa das discussões no centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde cursa o 5° ano. Ele dá aulas voluntariamente no cursinho pré-vestibular para estudantes carentes que funciona na faculdade. No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles. “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. Em menos de uma hora, o texto ganhou quase 1.000 assinaturas. Hoje, está com quase 6 mil. Se chegar à marca dos 7.500, Fernandes promete entregar o documento ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. Fernandes diz que, mesmo que os policiais não sejam punidos, o importante é protestar. “Quero espalhar informação e conscientizar as pessoas”, afirma.

    Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são parecidos com Fernandes. São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil.

     Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1% no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O país não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos.

    Há dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street. “As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais como o Twitter e o Facebook”, afirma o sociólogo espanhol Manuel Castells, “O novo espaço público, formado pela interseção do universo virtual com o local, gerou um contrapoder: pela primeira vez na história, as forças de mudança reúnem força e condições de encurralar o poder."

    A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social. “Os jovens estão em busca de independência e esbarram nos limites da família, das instituições, da sociedade. É natural que tentem derrubá-los”, diz a educadora Ana Karina Brenner, pesquisadora do Observatório Jovem do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense. No Brasil, organizaram-se clandestinamente e marcharam para derrubar a ditadura militar. Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas. Os jovens queriam exercer suas competências e ascender economicamente. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos como yuppies. No Brasil, queriam o direito de votar para presidente e mobilizaram a sociedade numa das maiores campanhas já realizadas no país, as Diretas Já.

    De lá para cá, o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica, que coincidiu com o surgimento da internet. A rede chegou para mudar radicalmente a forma como vivemos e nos relacionamos. A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, afirma Drica Guzzi, coordenadora de projetos da Escola do Futuro da USP.

    Alfabetizados num mundo regido pela rapidez da internet, conectados globalmente, esses jovens mudaram a forma de fazer política e de engajar-se em causas sociais. Disseminam, pelo Twitter, dicas de como se portar numa passeata. “Eles têm ferramentas para se colocar como protagonistas e provocar microrrevoluções. Associadas, elas causam grandes mudanças.”

     “Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia”, afirma o publicitário Rony Rodrigues, presidente da Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.

    A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação. Em meio a tantas informações e apelos, será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões? O perigo é acabar encampando causas sem entender os reais interesses por trás do movimento.

    Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá. Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. A equipe liderada pelo educador americano Joseph Kahne analisou a participação virtual e real de 3 mil jovens americanos entre 15 e 25 anos. Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições. “O ativismo digital é uma maneira complementar de trabalhar por mudanças”, diz Kahne.

(Marcela Buscato e Fillipe Mauro, com Júlia Korte, Luís Antônio Giron e Mariana Tessitore. Época. 31/07/2013. Adaptado)

“[...] Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”. Neste excerto, a forma verbal da segunda oração expressa um caso típico de omissão do sujeito. Isso significa que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO OFERECIDO D

    Com todo respeito, mas a definição de sujeito oculto:

    Apresenta um núcleo implícito, elíptico, mas facilmente identificável pelo contexto ou pela desinência do verbo. Por isso, este tipo de sujeito é chamado de oculto, implícito, elíptico, desinencial etc

    ( F. Pestana )

    Quando o núcleo não está expresso na frase, chamamo-lo de sujeito simples oculto, ou desinencial, ou não expresso, ou implícito, ou elíptico

    ( Agnaldo Martino )

    (........)

  • Essa banca, pelo menos nessa prova, foi uma piada. Caso você tenha errado algumas nem se desespere, pois está cheio de incongruências. Vide os comentários do Matheus.

  • Todas as opções estão erradas.

    A oração possui sim um sujeito, que está oculto

  • Eu (sujeito) queria

  • Questão passível de anulação.

  • MAS É CLARO QUE TEM SUJEITO, OLHA ALI O SUJEITO DESINENCIAL(OCULTO)

  • oxe !!!! claro que tem !

  • O QC deveria ter vergonha de colocar esses tipos inúteis de questões aqui.

  • Vou ser bem direta: a uepa tirou do c* essa questão.

  • Gabarito da banca: letra D - Gabarito sugerido: anulada

    Questão sobre tipos de sujeito. Temos que analisar o sujeito da segunda oração do período a seguir:

     [...] Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa.

    a) ERRADO - Realmente o sujeito não está expresso na oração, mas não porque sua explicitação é impossível ou porque ele não é importante. Isso é típico do sujeito indeterminado.

    Roubaram meu carro → sujeito indeterminado (eu não sei quem roubou meu carro, ou seja, a explicitação do sujeito é impossível).

    b) ERRADO - O verbo não substitui o sujeito. Se colocar um verbo intransitivo ou transitivo indireto (ou até transitivo direto mesmo) na primeira pessoa do singular ("eu"), teremos um caso de sujeito oculto. Exemplos: 

    ·                 Vivo bem aqui → verbo intransitivo

    ·                 Preciso de um bom material para estudar → verbo transitivo indireto

    O sujeito não precisa estar explícito para que se consiga identificá-lo. Trata-se de um sujeito oculto ou desinencial. Contudo, a alternativa não está adequada quando fala que os verbos "atuarão como elementos de substituição do sujeito dentro das orações".

    c) ERRADO - São os casos de oração sem sujeito ou sujeito inexistente. Há quatro situações de oração sem sujeito (ou sujeito inexistente):

    1. Verbo haver com sentido de existir.

    Ex: Havia muitas pessoas na festa ("muitas pessoas" não é sujeito, mas sim o objeto direto). 

    2. Verbos fazer, ser, estar, haver quando indicam tempo

    Ex: Faz dois anos que não a vejo. / Está muito quente em Recife / Já é tarde.  

    3. Verbos que exprimem fenômenos da natureza.

    Ex: Choveu muito ontem à noite. / Amanheceu rapidamente / Relampejou durante a madrugada. 

    4. Frases com expressões do tipo "passa de", "chega de", "basta de".

    Ex: Basta de refrigerante por hoje! 

    No exemplo da questão, conseguimos identificar que o sujeito da locução queria ajudar é eu, sujeito que está oculto tanto antes da forma verbal "sou" quanto dessa locução verbal:

      [Eu] Sou usuário do transporte público e [eu] queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa.

    d) Esta foi a alternativa apontada como correta pela banca, mas eu discordo, pois a oração tem um sujeito, sim; ele apenas não está explícito. Os casos de orações sem sujeito foi o que vimos na letra C. Esta alternativa estaria correta se dissesse, por exemplo, assim: a oração não tem sujeito explícito

    e) ERRADO – Essa é a alternativa “menos errada”, mas também não está 100% adequada, pois se pode usar o sujeito oculto na escrita também. Até em contextos escritos um pouco mais formais, nada impede que se oculte o sujeito se ele puder ser identificado pela desinência do verbo ou estiver presente em outra oração, por exemplo. 

    Assim, conclui-se que a questão foi mal elaborada. Merecia a anulação. 


ID
4908784
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Texto para responder a questão.


Texto 

O novo ativista digital


    O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, é um observador atento da conjuntura política e social do país. Participa das discussões no centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde cursa o 5° ano. Ele dá aulas voluntariamente no cursinho pré-vestibular para estudantes carentes que funciona na faculdade. No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles. “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. Em menos de uma hora, o texto ganhou quase 1.000 assinaturas. Hoje, está com quase 6 mil. Se chegar à marca dos 7.500, Fernandes promete entregar o documento ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. Fernandes diz que, mesmo que os policiais não sejam punidos, o importante é protestar. “Quero espalhar informação e conscientizar as pessoas”, afirma.

    Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são parecidos com Fernandes. São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil.

     Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1% no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O país não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos.

    Há dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street. “As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais como o Twitter e o Facebook”, afirma o sociólogo espanhol Manuel Castells, “O novo espaço público, formado pela interseção do universo virtual com o local, gerou um contrapoder: pela primeira vez na história, as forças de mudança reúnem força e condições de encurralar o poder."

    A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social. “Os jovens estão em busca de independência e esbarram nos limites da família, das instituições, da sociedade. É natural que tentem derrubá-los”, diz a educadora Ana Karina Brenner, pesquisadora do Observatório Jovem do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense. No Brasil, organizaram-se clandestinamente e marcharam para derrubar a ditadura militar. Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas. Os jovens queriam exercer suas competências e ascender economicamente. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos como yuppies. No Brasil, queriam o direito de votar para presidente e mobilizaram a sociedade numa das maiores campanhas já realizadas no país, as Diretas Já.

    De lá para cá, o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica, que coincidiu com o surgimento da internet. A rede chegou para mudar radicalmente a forma como vivemos e nos relacionamos. A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, afirma Drica Guzzi, coordenadora de projetos da Escola do Futuro da USP.

    Alfabetizados num mundo regido pela rapidez da internet, conectados globalmente, esses jovens mudaram a forma de fazer política e de engajar-se em causas sociais. Disseminam, pelo Twitter, dicas de como se portar numa passeata. “Eles têm ferramentas para se colocar como protagonistas e provocar microrrevoluções. Associadas, elas causam grandes mudanças.”

     “Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia”, afirma o publicitário Rony Rodrigues, presidente da Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.

    A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação. Em meio a tantas informações e apelos, será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões? O perigo é acabar encampando causas sem entender os reais interesses por trás do movimento.

    Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá. Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. A equipe liderada pelo educador americano Joseph Kahne analisou a participação virtual e real de 3 mil jovens americanos entre 15 e 25 anos. Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições. “O ativismo digital é uma maneira complementar de trabalhar por mudanças”, diz Kahne.

(Marcela Buscato e Fillipe Mauro, com Júlia Korte, Luís Antônio Giron e Mariana Tessitore. Época. 31/07/2013. Adaptado)

Com relação ao penúltimo parágrafo, o último expressa:

Alternativas
Comentários
  • Explicação.

  • Mara, NUNCA que é explicação. Está tendo um ACRÉSCIMO de uma nova opinião em relação ao paragrafo anterior.

  • Gabarito da banca: letra C

    Questão um pouco polêmica. Precisamos identificar o que o último parágrafo expressa em relação ao penúltimo. O penúltimo parágrafo mostra uma preocupação a respeito de os jovens "não darem conta" das discussões. Uma preocupação a respeito de uma possível discussão superficial devido à grande quantidade de informações disponível na rede. Inclusive, esse parágrafo faz até perguntas. Será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões?

     

    O último parágrafo, por sua vez, tenta responder a esses questionamentos. Ele começa de forma cautelosa ("Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá") e depois torna-se mais otimista:

    Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. (...) Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições.

    Assim, eu enxergo o último parágrafo como uma resposta às especulações do penúltimo parágrafo. Assim, a gente já consegue eliminar algumas alternativas, como as letras A e B, que trazem, respectivamente, restrição preocupação.  O último parágrafo não mostra preocupação. A preocupação está no penúltimo. O último parágrafo mostra um otimismo. Também não há restrição alguma. Na verdade, parece até que há uma expansão. 

    Ficamos, então, com as opções explicação, acréscimo e contradição. A princípio, eu havia pensado em contradição, já que o penúltimo parágrafo é mais pessimista, duvidoso, e o último, otimista. Mas, olhando direitinho, realmente o último parágrafo tenta responder às perguntas que o penúltimo faz. Não há uma resposta certa, exata, tanto é que o último parágrafo começa dizendo que ainda é cedo para saber, mas que pesquisas sugerem cenários otimistas. Mas eu também não gosto muito da palavra "explicação". Explicar é ensinar, justificar, tornar algo claro. Acredito que a banca tenha usado explicar como sinônimo de responder. É como se o penúltimo parágrafo dissesse assim: "Será que isso vai continuar? Será que os jovens vão dar conta?" E, então, o último parágrafo replicasse: "Olha, não tenha certeza, mas acho que sim porque um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas."

    Por fim, não acho que seja acréscimo. Isso aconteceria se o último parágrafo, por exemplo, fornecesse mais indagações para "ser acrescentadas” às perguntas / dúvidas do penúltimo parágrafo. Acrescentar é, grosso modo, "colocar mais de algo". 

    Assim, a meu ver, a questão está imperfeita. 


ID
4908787
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Texto para responder a questão.


Texto 

O novo ativista digital


    O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, é um observador atento da conjuntura política e social do país. Participa das discussões no centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde cursa o 5° ano. Ele dá aulas voluntariamente no cursinho pré-vestibular para estudantes carentes que funciona na faculdade. No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles. “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. Em menos de uma hora, o texto ganhou quase 1.000 assinaturas. Hoje, está com quase 6 mil. Se chegar à marca dos 7.500, Fernandes promete entregar o documento ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. Fernandes diz que, mesmo que os policiais não sejam punidos, o importante é protestar. “Quero espalhar informação e conscientizar as pessoas”, afirma.

    Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são parecidos com Fernandes. São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil.

     Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1% no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O país não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos.

    Há dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street. “As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais como o Twitter e o Facebook”, afirma o sociólogo espanhol Manuel Castells, “O novo espaço público, formado pela interseção do universo virtual com o local, gerou um contrapoder: pela primeira vez na história, as forças de mudança reúnem força e condições de encurralar o poder."

    A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social. “Os jovens estão em busca de independência e esbarram nos limites da família, das instituições, da sociedade. É natural que tentem derrubá-los”, diz a educadora Ana Karina Brenner, pesquisadora do Observatório Jovem do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense. No Brasil, organizaram-se clandestinamente e marcharam para derrubar a ditadura militar. Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas. Os jovens queriam exercer suas competências e ascender economicamente. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos como yuppies. No Brasil, queriam o direito de votar para presidente e mobilizaram a sociedade numa das maiores campanhas já realizadas no país, as Diretas Já.

    De lá para cá, o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica, que coincidiu com o surgimento da internet. A rede chegou para mudar radicalmente a forma como vivemos e nos relacionamos. A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, afirma Drica Guzzi, coordenadora de projetos da Escola do Futuro da USP.

    Alfabetizados num mundo regido pela rapidez da internet, conectados globalmente, esses jovens mudaram a forma de fazer política e de engajar-se em causas sociais. Disseminam, pelo Twitter, dicas de como se portar numa passeata. “Eles têm ferramentas para se colocar como protagonistas e provocar microrrevoluções. Associadas, elas causam grandes mudanças.”

     “Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia”, afirma o publicitário Rony Rodrigues, presidente da Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.

    A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação. Em meio a tantas informações e apelos, será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões? O perigo é acabar encampando causas sem entender os reais interesses por trás do movimento.

    Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá. Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. A equipe liderada pelo educador americano Joseph Kahne analisou a participação virtual e real de 3 mil jovens americanos entre 15 e 25 anos. Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições. “O ativismo digital é uma maneira complementar de trabalhar por mudanças”, diz Kahne.

(Marcela Buscato e Fillipe Mauro, com Júlia Korte, Luís Antônio Giron e Mariana Tessitore. Época. 31/07/2013. Adaptado)

No último parágrafo do Texto I, encontramos o seguinte fragmento: “[...] 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições”. O uso verbal destacado revela:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - A

    No caso de Sujeito formado de número percentual pode concordar com o numeral , mas pode concordar com o especificador dele.

    Apenas 30% do povo sabem o que é viver bem.

    – Apenas 30% do povo sabe o que é viver bem. ( 937 )

    Pestana.

  • gabarito letra E

    ➡ Quando o sujeito apresenta apenas a expressão numérica de uma porcentagem, o verbo deve concordar com o valor da expressão numérica. ➡ 27% deixaram  de ir às urnas neste ano.

    ➡ Quando a expressão indicativa de porcentagem for seguida de um substantivo, transforma-se em uma expressão partitiva e, por isso, o verbo poderá concordar com o numeral ou com o substantivo.

    1% dos eleitores votaram nulo. 

    1% dos eleitores votou nulo. 

    bons estudos


ID
4908790
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Texto para responder a questão.


Texto 

O novo ativista digital


    O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, é um observador atento da conjuntura política e social do país. Participa das discussões no centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde cursa o 5° ano. Ele dá aulas voluntariamente no cursinho pré-vestibular para estudantes carentes que funciona na faculdade. No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles. “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. Em menos de uma hora, o texto ganhou quase 1.000 assinaturas. Hoje, está com quase 6 mil. Se chegar à marca dos 7.500, Fernandes promete entregar o documento ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. Fernandes diz que, mesmo que os policiais não sejam punidos, o importante é protestar. “Quero espalhar informação e conscientizar as pessoas”, afirma.

    Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são parecidos com Fernandes. São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil.

     Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1% no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O país não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos.

    Há dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street. “As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais como o Twitter e o Facebook”, afirma o sociólogo espanhol Manuel Castells, “O novo espaço público, formado pela interseção do universo virtual com o local, gerou um contrapoder: pela primeira vez na história, as forças de mudança reúnem força e condições de encurralar o poder."

    A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social. “Os jovens estão em busca de independência e esbarram nos limites da família, das instituições, da sociedade. É natural que tentem derrubá-los”, diz a educadora Ana Karina Brenner, pesquisadora do Observatório Jovem do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense. No Brasil, organizaram-se clandestinamente e marcharam para derrubar a ditadura militar. Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas. Os jovens queriam exercer suas competências e ascender economicamente. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos como yuppies. No Brasil, queriam o direito de votar para presidente e mobilizaram a sociedade numa das maiores campanhas já realizadas no país, as Diretas Já.

    De lá para cá, o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica, que coincidiu com o surgimento da internet. A rede chegou para mudar radicalmente a forma como vivemos e nos relacionamos. A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, afirma Drica Guzzi, coordenadora de projetos da Escola do Futuro da USP.

    Alfabetizados num mundo regido pela rapidez da internet, conectados globalmente, esses jovens mudaram a forma de fazer política e de engajar-se em causas sociais. Disseminam, pelo Twitter, dicas de como se portar numa passeata. “Eles têm ferramentas para se colocar como protagonistas e provocar microrrevoluções. Associadas, elas causam grandes mudanças.”

     “Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia”, afirma o publicitário Rony Rodrigues, presidente da Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.

    A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação. Em meio a tantas informações e apelos, será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões? O perigo é acabar encampando causas sem entender os reais interesses por trás do movimento.

    Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá. Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. A equipe liderada pelo educador americano Joseph Kahne analisou a participação virtual e real de 3 mil jovens americanos entre 15 e 25 anos. Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições. “O ativismo digital é uma maneira complementar de trabalhar por mudanças”, diz Kahne.

(Marcela Buscato e Fillipe Mauro, com Júlia Korte, Luís Antônio Giron e Mariana Tessitore. Época. 31/07/2013. Adaptado)

O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, organizou o abaixo-assinado na internet a partir de/da:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. 


ID
4908793
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Texto para responder a questão.


Texto 

O novo ativista digital


    O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, é um observador atento da conjuntura política e social do país. Participa das discussões no centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde cursa o 5° ano. Ele dá aulas voluntariamente no cursinho pré-vestibular para estudantes carentes que funciona na faculdade. No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles. “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. Em menos de uma hora, o texto ganhou quase 1.000 assinaturas. Hoje, está com quase 6 mil. Se chegar à marca dos 7.500, Fernandes promete entregar o documento ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. Fernandes diz que, mesmo que os policiais não sejam punidos, o importante é protestar. “Quero espalhar informação e conscientizar as pessoas”, afirma.

    Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são parecidos com Fernandes. São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil.

     Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1% no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O país não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos.

    Há dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street. “As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais como o Twitter e o Facebook”, afirma o sociólogo espanhol Manuel Castells, “O novo espaço público, formado pela interseção do universo virtual com o local, gerou um contrapoder: pela primeira vez na história, as forças de mudança reúnem força e condições de encurralar o poder."

    A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social. “Os jovens estão em busca de independência e esbarram nos limites da família, das instituições, da sociedade. É natural que tentem derrubá-los”, diz a educadora Ana Karina Brenner, pesquisadora do Observatório Jovem do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense. No Brasil, organizaram-se clandestinamente e marcharam para derrubar a ditadura militar. Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas. Os jovens queriam exercer suas competências e ascender economicamente. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos como yuppies. No Brasil, queriam o direito de votar para presidente e mobilizaram a sociedade numa das maiores campanhas já realizadas no país, as Diretas Já.

    De lá para cá, o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica, que coincidiu com o surgimento da internet. A rede chegou para mudar radicalmente a forma como vivemos e nos relacionamos. A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, afirma Drica Guzzi, coordenadora de projetos da Escola do Futuro da USP.

    Alfabetizados num mundo regido pela rapidez da internet, conectados globalmente, esses jovens mudaram a forma de fazer política e de engajar-se em causas sociais. Disseminam, pelo Twitter, dicas de como se portar numa passeata. “Eles têm ferramentas para se colocar como protagonistas e provocar microrrevoluções. Associadas, elas causam grandes mudanças.”

     “Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia”, afirma o publicitário Rony Rodrigues, presidente da Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.

    A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação. Em meio a tantas informações e apelos, será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões? O perigo é acabar encampando causas sem entender os reais interesses por trás do movimento.

    Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá. Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. A equipe liderada pelo educador americano Joseph Kahne analisou a participação virtual e real de 3 mil jovens americanos entre 15 e 25 anos. Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições. “O ativismo digital é uma maneira complementar de trabalhar por mudanças”, diz Kahne.

(Marcela Buscato e Fillipe Mauro, com Júlia Korte, Luís Antônio Giron e Mariana Tessitore. Época. 31/07/2013. Adaptado)

“[...] os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil são parecidos com Fernandes”. Ao analisarmos este enunciado e a maneira como as relações sintáticas se encaixam na construção, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E

  • "que ganharam as ruas do Brasil" - oração subordinada adjetiva restritiva

    A oração subordinada restringe que são os manifestantes que ganharam as ruas do Brasil apenas que se parecem com Fernandes

  • Que = pronome relativo ( iniciam orações adjetivas restritiva sem vírgula e explicativa com a vírgula. ) , e elas vão exercer sintaticamente a função de adjuntos adnominas.

    O pronome que na função de relativo pode ser substituído sem perder o sentido por : a qual , o qual ,cujo ......


ID
4908796
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Texto para responder a questão.


Texto 

O novo ativista digital


    O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, é um observador atento da conjuntura política e social do país. Participa das discussões no centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde cursa o 5° ano. Ele dá aulas voluntariamente no cursinho pré-vestibular para estudantes carentes que funciona na faculdade. No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles. “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. Em menos de uma hora, o texto ganhou quase 1.000 assinaturas. Hoje, está com quase 6 mil. Se chegar à marca dos 7.500, Fernandes promete entregar o documento ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. Fernandes diz que, mesmo que os policiais não sejam punidos, o importante é protestar. “Quero espalhar informação e conscientizar as pessoas”, afirma.

    Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são parecidos com Fernandes. São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil.

     Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1% no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O país não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos.

    Há dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street. “As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais como o Twitter e o Facebook”, afirma o sociólogo espanhol Manuel Castells, “O novo espaço público, formado pela interseção do universo virtual com o local, gerou um contrapoder: pela primeira vez na história, as forças de mudança reúnem força e condições de encurralar o poder."

    A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social. “Os jovens estão em busca de independência e esbarram nos limites da família, das instituições, da sociedade. É natural que tentem derrubá-los”, diz a educadora Ana Karina Brenner, pesquisadora do Observatório Jovem do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense. No Brasil, organizaram-se clandestinamente e marcharam para derrubar a ditadura militar. Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas. Os jovens queriam exercer suas competências e ascender economicamente. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos como yuppies. No Brasil, queriam o direito de votar para presidente e mobilizaram a sociedade numa das maiores campanhas já realizadas no país, as Diretas Já.

    De lá para cá, o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica, que coincidiu com o surgimento da internet. A rede chegou para mudar radicalmente a forma como vivemos e nos relacionamos. A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, afirma Drica Guzzi, coordenadora de projetos da Escola do Futuro da USP.

    Alfabetizados num mundo regido pela rapidez da internet, conectados globalmente, esses jovens mudaram a forma de fazer política e de engajar-se em causas sociais. Disseminam, pelo Twitter, dicas de como se portar numa passeata. “Eles têm ferramentas para se colocar como protagonistas e provocar microrrevoluções. Associadas, elas causam grandes mudanças.”

     “Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia”, afirma o publicitário Rony Rodrigues, presidente da Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.

    A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação. Em meio a tantas informações e apelos, será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões? O perigo é acabar encampando causas sem entender os reais interesses por trás do movimento.

    Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá. Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. A equipe liderada pelo educador americano Joseph Kahne analisou a participação virtual e real de 3 mil jovens americanos entre 15 e 25 anos. Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições. “O ativismo digital é uma maneira complementar de trabalhar por mudanças”, diz Kahne.

(Marcela Buscato e Fillipe Mauro, com Júlia Korte, Luís Antônio Giron e Mariana Tessitore. Época. 31/07/2013. Adaptado)

O vocábulo “expectativas” (2º parágrafo) deve ser interpretado como:

Alternativas
Comentários
  • Trata-se de uma questão de sinonímia, isto é, da relação de sentido entre as palavras. Ter expectativa é ter aspirações, esperar por algo. Logo, "expectativas" e "aspirações" são palavras sinônimas nesse texto.

    Letra B


ID
4908802
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Texto para responder a questão.


Texto 

O novo ativista digital


    O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, é um observador atento da conjuntura política e social do país. Participa das discussões no centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde cursa o 5° ano. Ele dá aulas voluntariamente no cursinho pré-vestibular para estudantes carentes que funciona na faculdade. No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles. “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. Em menos de uma hora, o texto ganhou quase 1.000 assinaturas. Hoje, está com quase 6 mil. Se chegar à marca dos 7.500, Fernandes promete entregar o documento ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. Fernandes diz que, mesmo que os policiais não sejam punidos, o importante é protestar. “Quero espalhar informação e conscientizar as pessoas”, afirma.

    Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são parecidos com Fernandes. São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil.

     Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1% no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O país não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos.

    Há dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street. “As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais como o Twitter e o Facebook”, afirma o sociólogo espanhol Manuel Castells, “O novo espaço público, formado pela interseção do universo virtual com o local, gerou um contrapoder: pela primeira vez na história, as forças de mudança reúnem força e condições de encurralar o poder."

    A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social. “Os jovens estão em busca de independência e esbarram nos limites da família, das instituições, da sociedade. É natural que tentem derrubá-los”, diz a educadora Ana Karina Brenner, pesquisadora do Observatório Jovem do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense. No Brasil, organizaram-se clandestinamente e marcharam para derrubar a ditadura militar. Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas. Os jovens queriam exercer suas competências e ascender economicamente. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos como yuppies. No Brasil, queriam o direito de votar para presidente e mobilizaram a sociedade numa das maiores campanhas já realizadas no país, as Diretas Já.

    De lá para cá, o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica, que coincidiu com o surgimento da internet. A rede chegou para mudar radicalmente a forma como vivemos e nos relacionamos. A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, afirma Drica Guzzi, coordenadora de projetos da Escola do Futuro da USP.

    Alfabetizados num mundo regido pela rapidez da internet, conectados globalmente, esses jovens mudaram a forma de fazer política e de engajar-se em causas sociais. Disseminam, pelo Twitter, dicas de como se portar numa passeata. “Eles têm ferramentas para se colocar como protagonistas e provocar microrrevoluções. Associadas, elas causam grandes mudanças.”

     “Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia”, afirma o publicitário Rony Rodrigues, presidente da Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.

    A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação. Em meio a tantas informações e apelos, será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões? O perigo é acabar encampando causas sem entender os reais interesses por trás do movimento.

    Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá. Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. A equipe liderada pelo educador americano Joseph Kahne analisou a participação virtual e real de 3 mil jovens americanos entre 15 e 25 anos. Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições. “O ativismo digital é uma maneira complementar de trabalhar por mudanças”, diz Kahne.

(Marcela Buscato e Fillipe Mauro, com Júlia Korte, Luís Antônio Giron e Mariana Tessitore. Época. 31/07/2013. Adaptado)

No primeiro parágrafo, há a seguinte construção: “No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles”. A expressão destacada indica:

Alternativas
Comentários
  • A palavra "quando", segundo o VOLP, pode ser conjunção (caso em que introduzirá orações subordinadas adverbiais temporais) ou advérbio de tempo. No caso em tela, trata-se de um advérbio que confere temporalidade à estrutura.

    Letra B

  • A) Súmula 527, STJ. O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado. 

     

    B) Súmula 522, STJ. A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa. 

     

    C) Súmula 438, STJ. É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal.

     

    D) Súmula 442, STJ. É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo. 


ID
4908805
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Texto para responder a questão.


Texto 

O novo ativista digital


    O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, é um observador atento da conjuntura política e social do país. Participa das discussões no centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde cursa o 5° ano. Ele dá aulas voluntariamente no cursinho pré-vestibular para estudantes carentes que funciona na faculdade. No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles. “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. Em menos de uma hora, o texto ganhou quase 1.000 assinaturas. Hoje, está com quase 6 mil. Se chegar à marca dos 7.500, Fernandes promete entregar o documento ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. Fernandes diz que, mesmo que os policiais não sejam punidos, o importante é protestar. “Quero espalhar informação e conscientizar as pessoas”, afirma.

    Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são parecidos com Fernandes. São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil.

     Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1% no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O país não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos.

    Há dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street. “As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais como o Twitter e o Facebook”, afirma o sociólogo espanhol Manuel Castells, “O novo espaço público, formado pela interseção do universo virtual com o local, gerou um contrapoder: pela primeira vez na história, as forças de mudança reúnem força e condições de encurralar o poder."

    A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social. “Os jovens estão em busca de independência e esbarram nos limites da família, das instituições, da sociedade. É natural que tentem derrubá-los”, diz a educadora Ana Karina Brenner, pesquisadora do Observatório Jovem do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense. No Brasil, organizaram-se clandestinamente e marcharam para derrubar a ditadura militar. Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas. Os jovens queriam exercer suas competências e ascender economicamente. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos como yuppies. No Brasil, queriam o direito de votar para presidente e mobilizaram a sociedade numa das maiores campanhas já realizadas no país, as Diretas Já.

    De lá para cá, o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica, que coincidiu com o surgimento da internet. A rede chegou para mudar radicalmente a forma como vivemos e nos relacionamos. A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, afirma Drica Guzzi, coordenadora de projetos da Escola do Futuro da USP.

    Alfabetizados num mundo regido pela rapidez da internet, conectados globalmente, esses jovens mudaram a forma de fazer política e de engajar-se em causas sociais. Disseminam, pelo Twitter, dicas de como se portar numa passeata. “Eles têm ferramentas para se colocar como protagonistas e provocar microrrevoluções. Associadas, elas causam grandes mudanças.”

     “Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia”, afirma o publicitário Rony Rodrigues, presidente da Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.

    A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação. Em meio a tantas informações e apelos, será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões? O perigo é acabar encampando causas sem entender os reais interesses por trás do movimento.

    Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá. Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. A equipe liderada pelo educador americano Joseph Kahne analisou a participação virtual e real de 3 mil jovens americanos entre 15 e 25 anos. Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições. “O ativismo digital é uma maneira complementar de trabalhar por mudanças”, diz Kahne.

(Marcela Buscato e Fillipe Mauro, com Júlia Korte, Luís Antônio Giron e Mariana Tessitore. Época. 31/07/2013. Adaptado)

“[...] As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais.” Neste trecho, o elemento destacado é um caso típico de anáfora. Isso significa que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    " As multidões têm instrumentos para  se organizar e se reunir "

    O Se está a atuar como pronome reflexivo!

    Quando o verbo indica uma ação praticada e sofrida pelo próprio sujeito, ou seja, o sujeito é o agente e o alvo da ação, ao mesmo tempo – a ação que ele pratica reflete em si mesmo. (474 )

    A. Martino, Gramática.

  • gabarito letra B

    na voz reflexiva o sujeito sofre uma ação praticada por si mesmo

    exemplo clássico é para não esquecer é: a menina se cortou

    lembre-se que o SE pode ter várias classificações: parte integrante do verbo, índice de indeterminação do sujeito, partícula apassivadora etc..

    bons estudos

  • Assertiva B

    [se] se refere às multidões, ou seja, as multidões que organizarão (agentes) e as multidões que serão organizadas (pacientes) são o mesmo termo dentro do evento comunicativo.

  • LETRA B, OU SEJA.. O SE É REFLEXIVO

  • A) Incorreta. O Sujeito está expresso (as multidões), porque [se] não é Índice de Indeterminação do Sujeito. Ex. Gosta-se de multidões. Nesse caso não temos sujeito.

    B) Correta. Amigos já explicaram.

    C) Incorreta. A afirmação está correta, mas não responde ao enunciado. Ex. de verbos impessoais: "Das várias pretensões que se tem, inclui-se reunir a multidão". Impessoalizou a informação. Quem vai reunir? Não tem como saber.

    D) Incorreta. Não ocorre relação anafórica com os verbos, mas sim com a palavra multidões. [se] vai buscar multidões.

    E) Incorreta. Ao fazer a opção pelo pronome reflexivo, uma das condições se refere, especialmente, à função comunicativa. Ex. O atual governo fudeu o povo brasileiro / O povo brasileiro se fudeu com as escolhas que fez. Temos duas opções distintas de demonstrar quem foi que cometeu a ação de fuder. Tudo dependerá da forma como pretende comunicar. Neutro ou posicionado.

  • Os pronomes têm a função de substituir "nomes" e podem fazer isso de maneira anafórica ou catafórica.

    • Anáfora - retoma por meio de referência um termo anterior.

    • Catáfora - termo usado para fazer referência a um outro termo posterior.


ID
4908808
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o Texto para responder a questão.


Texto 

O novo ativista digital


    O paulista Renan Fernandes, de 22 anos, é um observador atento da conjuntura política e social do país. Participa das discussões no centro acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde cursa o 5° ano. Ele dá aulas voluntariamente no cursinho pré-vestibular para estudantes carentes que funciona na faculdade. No dia 13 de junho, quando 5 mil manifestantes protestavam nas ruas do centro de São Paulo, ele era um deles. “Sou usuário do transporte público e queria ajudar a lutar por uma tarifa mais justa”, afirma Fernandes. Ele diz ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pelos policiais, afirma que viu uma amiga ser ferida pelos projéteis e outra queimar as mãos, depois de ser atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo. Revoltado, organizou um abaixo-assinado na internet para protestar contra a ação violenta da polícia. Em menos de uma hora, o texto ganhou quase 1.000 assinaturas. Hoje, está com quase 6 mil. Se chegar à marca dos 7.500, Fernandes promete entregar o documento ao governador do Estado, Geraldo Alckmin. Fernandes diz que, mesmo que os policiais não sejam punidos, o importante é protestar. “Quero espalhar informação e conscientizar as pessoas”, afirma.

    Os milhares de manifestantes que ganharam as ruas do Brasil nas últimas semanas são parecidos com Fernandes. São jovens que descobriram na internet uma ferramenta poderosa para lançar e organizar protestos: contra a má qualidade dos serviços públicos, contra a corrupção, contra a violência da polícia e, sobretudo, contra tudo o que eles consideram abaixo de suas elevadas expectativas em relação à situação econômica e social do Brasil.

     Os jovens se tornaram mais exigentes por dois motivos. Primeiro, porque aumentou o nível de escolaridade. Eles estão mais instruídos. Segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011. O segundo motivo é a crise econômica. O crescimento brasileiro, que chegou a ser de 7% ao ano, caiu para menos de 1% no ano passado, arrastando com ele a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens. O país não conseguiu cumprir a expectativa de realização pessoal criada entre os jovens urbanos.

    Há dois anos, na Espanha, o movimento Indignados promoveu uma série de protestos contra as altas taxas de desemprego no país – e aproveitou para pedir o fim da corrupção e melhorias na educação, saúde, cultura. Reivindicações muito parecidas com as do movimento americano Occupy Wall Street. “As multidões têm hoje instrumentos para se organizar e se reunir quase instantaneamente, pelas redes sociais como o Twitter e o Facebook”, afirma o sociólogo espanhol Manuel Castells, “O novo espaço público, formado pela interseção do universo virtual com o local, gerou um contrapoder: pela primeira vez na história, as forças de mudança reúnem força e condições de encurralar o poder."

    A força contestadora da juventude – no Brasil, na Turquia, nos Estados Unidos, na Espanha – é historicamente a força motriz de um processo de saudável renovação social. “Os jovens estão em busca de independência e esbarram nos limites da família, das instituições, da sociedade. É natural que tentem derrubá-los”, diz a educadora Ana Karina Brenner, pesquisadora do Observatório Jovem do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense. No Brasil, organizaram-se clandestinamente e marcharam para derrubar a ditadura militar. Nos anos 1980, num mundo marcado pela competição entre capitalismo e socialismo, os sonhos da juventude se tornaram mais materialistas. Os jovens queriam exercer suas competências e ascender economicamente. Nos Estados Unidos, ficaram conhecidos como yuppies. No Brasil, queriam o direito de votar para presidente e mobilizaram a sociedade numa das maiores campanhas já realizadas no país, as Diretas Já.

    De lá para cá, o país tem vivido um longo ciclo de normalização política e econômica, que coincidiu com o surgimento da internet. A rede chegou para mudar radicalmente a forma como vivemos e nos relacionamos. A geração surgida dessas novas circunstâncias parece acreditar ser possível lutar pelo bem comum sem abrir mão de suas ambições individuais. “Por ter crescido num ambiente de estabilidade política e econômica, esse jovem está imbuído de um espírito público de melhorias”, afirma Drica Guzzi, coordenadora de projetos da Escola do Futuro da USP.

    Alfabetizados num mundo regido pela rapidez da internet, conectados globalmente, esses jovens mudaram a forma de fazer política e de engajar-se em causas sociais. Disseminam, pelo Twitter, dicas de como se portar numa passeata. “Eles têm ferramentas para se colocar como protagonistas e provocar microrrevoluções. Associadas, elas causam grandes mudanças.”

     “Eles são regidos por uma nova maneira de pensar e agir, influenciada pela tecnologia”, afirma o publicitário Rony Rodrigues, presidente da Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de consumo e comportamento jovem.

    A facilidade para disseminar campanhas pelas redes sociais também é motivo de preocupação. Em meio a tantas informações e apelos, será que os jovens conseguem se aprofundar nas discussões? O perigo é acabar encampando causas sem entender os reais interesses por trás do movimento.

    Ainda é cedo para saber se esse vazio do engajamento digital prevalecerá. Um dos levantamentos mais extensos já feitos sobre o assunto sugere perspectivas otimistas. A equipe liderada pelo educador americano Joseph Kahne analisou a participação virtual e real de 3 mil jovens americanos entre 15 e 25 anos. Os resultados sugerem que, entre aqueles que participavam de alguma atividade política ou social nas redes sociais, 96% também tomavam parte em formas tradicionais de engajamento, vinculadas a instituições. “O ativismo digital é uma maneira complementar de trabalhar por mudanças”, diz Kahne.

(Marcela Buscato e Fillipe Mauro, com Júlia Korte, Luís Antônio Giron e Mariana Tessitore. Época. 31/07/2013. Adaptado)

No terceiro parágrafo do Texto I, encontramos o seguinte fragmento: “[...] segundo dados do INEP, o Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação, entre os jovens de 18 e 24 anos, aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011”. O uso verbal destacado revela:

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra E

    ➡ Quando o sujeito apresenta apenas a expressão numérica de uma porcentagem, o verbo deve concordar com o valor da expressão numérica. ➡  27% deixaram  de ir às urnas neste ano.

    ➡ Quando a expressão indicativa de porcentagem for seguida de um substantivo, transforma-se em uma expressão partitiva e, por isso, o verbo poderá concordar com o numeral ou com o substantivo.

    1% dos eleitores votaram nulo. 

    1% dos eleitores votou nulo. 

    bons estudos

  • Gabarito: letra E

    Questão sobre concordância verbal. Analisando o trecho: o verbo está no plural porque o núcleo do sujeito com que ele concorda ("aqueles") também está no plural. No entanto, as alternativas parecem não ter muito a ver com o trecho:

    a) ERRADO - Alternativa sem pé nem cabeça. A concordância com porcentagens acontece da seguinte forma:

    Quando estamos diante de numeral sem determinante, o verbo concorda com o numeral. Quando temos um numeral com determinante, o verbo concorda com qualquer um dos dois. Exemplos:

    Numeral com determinante:

    a) 50% dos alunos acertaram a questão. à verbo necessariamente no plural, pois tanto o numeral (50%) quanto o determinante (dos alunos) estão no plural.

    b) 1% do eleitorado não compareceu às urnas à verbo no singular, pois tanto o numeral (1%) quando o determinante (eleitorado) está no singular.

    c) 1% dos alunos conseguiu / conseguiram responder àquela questão à Verbo no singular ou no plural.

    No caso de numeral sem determinante, o verbo tem que concordar com o numeral, já que não há determinante. Exemplos:

    a) 30% reprovaram.

    b) 1% reprovou.

    Se a porcentagem for particularizada por artigo ou pronome, o verbo concordará com ela:

    Os tais 10% do empréstimo estarão (e não estará) embutidos no valor total.

    Esse 1% dos candidatos deverá (e não deverão) submeter-se à nova prova.

    Portanto, nada tem a ver com ligar palavras sinônimas.

    b) ERRADO - A vírgula após o numeral nada tem a ver com o numeral em si, mas sim porque elas estão isolando adjuntos adverbiais deslocados, que são "em 2002" e "em 2011"

    → ... aqueles que cursavam o nível superior passaram de 15%, em 2002, para 29,9%, em 2011.

    c) ERRADO - Se não há determinante, o plural será obrigatório se o numeral também estiver no plural. Mas se o numeral estiver no singular (o número 1, por exemplo) e não houver determinante, o verbo ficará no singular.

    d) ERRADO - O verbo, no contexto, realmente deve ficar no plural porque o núcleo do seu sujeito é aqueles, palavra que está no plural. Não há isso de enfatizar a ação do primeiro núcleo da subordinação. O verbo concorda com o núcleo do sujeito

    e) CERTO - Foi o que vimos na letra A (e não tem a ver com o trecho da questão). Novamente: Quando temos um numeral com determinante, o verbo concorda com qualquer um dos dois, como vimos nos exemplos abordados acima.


ID
4908811
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em uma pesquisa para saber o número de fumantes e não-fumantes que frequentam um restaurante, 2.500 clientes foram consultados e desses clientes consultados 1.800 são não-fumantes. Se o resultado da pesquisa deve ser mostrado em dois setores circulares de um mesmo disco, o ângulo central do setor que corresponde aos fumantes é:

Alternativas
Comentários
  • Temos que pensar uma coisa: o total do círculo é 360°. Feito isso, só fazer regra de três:

    2500 - - - - 360°

    700 - - - - - x -------> 25x= 2520 ------> X = 100,4... LETRA B


ID
4908817
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Um empresário solicitou três empréstimos a juros simples aos respectivos bancos A, B e C. No banco A solicitou R$ 50.000,00 à taxa de 42% a.a por 5 meses. No banco B foi solicitado o triplo do banco A à taxa de 24% a.a por 240 dias e no banco C o valor solicitado foi a metade do valor solicitado no banco B à taxa de 36% a.a por 10 meses. A taxa mensal média aproximada desses empréstimos foi de:

Alternativas
Comentários
  • Olá a todos!

    Aprenda essa questão de Taxa Média, deixarei um link com a resposta.

    Qualquer dúvida pode chamar.

    “Taxa Média SEFA 2013 [Um empresário solicitou três empréstimos a juros simples]”

    https://www.youtube.com/watch?v=BY21-CjpzOE&t=223s

    Resposta: Letra A

  • A: C = 50.000; i = 42%a.a = 3,5%a.m. ; t = 5m => J = 50.000 * 0,035 * 5 = 8.750

    B: C = 150.000; i = 24%a.a. = 2%a.m. ; t = 240d = 8m => J = 150.000 * 0,02 * 8 = 24.000

    C: C = 75.000 ; i = 36%a.a. = 3%a.m. ; t = 10m => J = 75.000 * 0,03 * 10 = 22.500

    Juros total = 8.750 + 24.000 + 22.500 = 55.250

    J = C*i*t =>  Taxa Média (i) = Juros Total / somatório (C * t) = 55.250 / (50.000*5 + 150.000*8 + 75.000*10) = 0,02511


ID
4908820
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Paulo está devendo uma quantia a Carlos, e tem de efetuar a Carlos os seguintes pagamentos:


R$ 12.000,00 de hoje a 4 meses;

R$ 70.000,00 no fim de 3 anos;

R$ 40.000,00 de hoje a 20 meses.


Suponha que Paulo proponha a Carlos quitar suas dividas por meio de dois pagamentos: o primeiro na data de hoje, no valor de R$ 30.000,00 e o segundo, representando o saldo, 15 meses após. Sabendo-se que a taxa de juros simples aplicada por Carlos é de 5% a.m, o valor do saldo do segundo pagamento é:

Alternativas
Comentários
  • Olá a todos!

    Aprenda essa questão envolvendo Equivalências de Capitais, deixarei um link com a resposta.

    Qualquer dúvida pode chamar.

    “EQUIVALÊNCIAS DE CAPITAIS SEFA 2013 [Paulo está devendo uma quantia a Carlos]”

    https://www.youtube.com/watch?v=XlIvMZTCH6Y

    Resposta: Letra C


ID
4908829
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Uma pessoa conseguiu dois empréstimos que somado dá um valor de R$44.200,00. O primeiro, colocado a taxa de juro simples de 3,5% ao mês, rendeu durante 4 anos um juro quatro vezes o juro do segundo. O segundo foi colocado a taxa de juro simples de 2% ao mês durante 2 anos e 6 meses. O valor aproximado do maior empréstimo é:

Alternativas
Comentários
  • C1 + C2 = 44200

    Cálculo do C1:

    i= 3,5% a.m.

    T= 4 anos (48 meses)

    J= 4 x J2

    J= c.i.t

    J= 0,035 x 48 x C1

    J= 1,68 C1

    Cálculo do C2:

    i= 2% a.m.

    T= 2a e 6m (30 meses)

    J2= c.i.t

    J2= 0,02 x 30 x C2

    J2= 0,6 x C2

    Agora, sabendo-se que C1+C2= 44.200,00, temos que C1=44.200-C2. Além disso, a questão informou que J1 =4 x J2

    Substituindo na equação do J1, teremos:

    4 x J2= 1,68 ( 44200-C2)

    4 x J2= 74256-1,68C2

    Lembremos agora que J2= 0,6 x C2. Portanto:

    4 (0,6C2) = 74256-1,68C2

    2,5 C2 + 1,68 C2 = 74256

    4,08 C2 = 74256

    C2 = 18.200

    Logo, C1= 26.000, pois a soma dos dois empréstimos é igual a R$ 44.200,00.

    Como a questão pede o valor do maior empréstimo, letra C.

  • Olá a todos!

    Aprenda essa questão de Juros Simples, deixarei um link com a resposta.

    Qualquer dúvida pode chamar.

    “JUROS SIMPLES SEFA 2013 [Uma pessoa conseguiu dois empréstimos]”

    https://www.youtube.com/watch?v=_8EhmgNNmSk

    Resposta: Letra C


ID
4908832
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Um microempresário resgatou um título pela modalidade de desconto comercial simples oito meses antes de seu vencimento a uma taxa de desconto de 4% ao mês, totalizando um desconto de R$ 48.840,00. Se fosse aplicada a modalidade de desconto racional simples, considerando o mesmo título, a mesma taxa e o mesmo prazo, o valor desse desconto racional seria de:

Alternativas
Comentários
  • Desconto Comercial (Por Fora) :

    Dc = VF * i * n, logo

    VF = Dc/(i*n) -> VF =152.625.

    Desconto Real (Racional ou por Dentro):

    Dr = (VF*i*n)/ (1+ i*n), Assim temos Dr = 37.000.

    Alternativa A.

  • 1) Desconto Comercial

    D = N * d * t

    48840 = N * 0,04 * 8

    N = 48840 / 0,32

    N = 152.625

    2) Desconto Racional

    A = N * (1 + d * t)

    152625 = N * (1 + 0,04 * 8)

    152625 = 1,32 * A

    A = 152625 / 1,32

    A = 115.625

    3) Desconto

    D = N - A

    D = 152.625 - 115.625

    D = 37.000

  • Quem fez essa questão na mão teve que dividir até o último número, muito boa a questão

  • Olá a todos!

    Aprenda essa questão envolvendo Desconto comercial simples, deixarei um link com a resposta.

    Qualquer dúvida pode chamar.

    “DESCONTO COMERCIAL SIMPLES SEFA 2013 [Um microempresário resgatou um título]”

    https://www.youtube.com/watch?v=28OLAGcuK6c&t=4s

    Resposta: Letra A


ID
4908838
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Para medirmos o grau de curtose de uma distribuição utilizaremos o coeficiente k = Q3 - Q1 / 2(P30 - P10). Supondo que o coeficiente k seja igual a 0,266, a classificação da distribuição quanto à curtose é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    Cp > 0,263 = Platicúrtica

    Cp < 0,263 = Leptocúrtica

  • Gabarito: A

    Questão decoreba. Para este coeficiente vale o seguinte:

    ·                 k=0,263k=0,263: curva mesocúrtica

    ·                 k<0,263k<0,263: curva leptocúrtica

    ·                 k>0,263k>0,263: curva platicúrtica

    O valor 0,266 é maior que 0,263. Portanto, a curva é platicúrtica.


ID
4908841
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Uma instituição financeira paga juros compostos com as seguintes taxas: 2% no primeiro mês, 4% no segundo e 6% no terceiro. Supondo que uma pessoa aplica R$ 100.000,00 nessa instituição financeira, com rendimento mensal, por três meses. A taxa aproximada de rendimento do trimestre é:

Alternativas
Comentários
  • C=100.000

    t=3 meses

    i1=2%

    i2=4%

    i3=6%

    M=C(1+i)^t

    M1=100000(1,02)^3

    =105120,8

    M2=100000(1,04)^3

    =112486,4

    M3=100000(1,06)^3

    =119101,6

    (M1+M2+M3)/3 = 112,23 = 12,23% D

  • Olá a todos!

    Aprenda essa questão de Juros Compostos, deixarei um link com a resposta.

    Qualquer dúvida pode chamar.

    “JUROS COMPOSTOS SEFA 2013 [Uma instituição financeira paga juros compostos]”

    https://www.youtube.com/watch?v=e0IJfnO79RQ&t=19s

    Resposta: Letra D


ID
4908844
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Mauro aplicou um capital de R$ 12.000,00 a juros compostos, a uma taxa de 21% a.a, se essa aplicação produziu R$ 58.080,00 de rendimento; nessas condições, o prazo da aplicação foi de:

Dados: log11=1,04 e log2=0,3

Alternativas
Comentários
  • questão anulada pela banca


ID
4908847
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Leia o Texto para responder a Questão.


Texto 

    Durante o mês de férias escolares, a Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/Pa) recebeu cerca de 400 reclamações de produtos e serviços pelos consumidores paraenses. A maioria das queixas foram relacionadas a demora na entrega de eletros domésticos em rede de supermercado que corresponde a 7% das reclamações.

(Texto adaptado:http://www.procon.pa.gov.br/?q=node/679)

A probabilidade de que entre 200 reclamações escolhidas ao acaso para providencias pelo Procon/Pa, 10 sejam pela demora na entrega de eletros domésticos em rede de supermercado é:

Alternativas

ID
4908850
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Três pilotos de formula-1 disputam uma corrida. O piloto A tem o dobro de chances de ganhar que B; e B tem o quádruplo de chances de C. A probabilidade de A ou C de ganhar essa corrida é de:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta: D.

    .

    Chances de A ganhar = 2 B (o dobro de B)

    Chances de B ganhar = 4 C (quádruplo de C)

    Chances de C ganhar = 1 C

    .

    Sendo assim, as chances de A ganhar são 2 * as chances de B ganhar, que é 4 C. Ou seja, chances de A ganhar é 8 C (o dobro de B).

    .

    Fica assim:

    Chances de A ganhar = 8 C (o dobro de B)

    Chances de B ganhar = 4 C (quádruplo de C)

    Chances de C ganhar = 1 C

    .

    Temos agora 13 Cs (A + B + C). Agora fazemos as contas:

    [chances de A ganhar é 8 / 13] + [chances de C ganhar é 1/13]

    Tem que somar os dois pois é as chances de A ganhar ou C ganhar, mas não ambos.

    .

    8/13 + 1/13 = 0,692 307 692 3 ou 69,23%

  • O mais fácil é procurar a chance de B. não ganhar

    P(a) = 2P(b)

    P(b) = 4P(c)

    P(a) + P(b) + P(c) = 100

    Basta resolver esse sistema de equações, substituindo os valores na equação, e descobrir a probabilidade de B ganhar, depois encontra a complementar de P(b) e pronto.

  • A= 2xb

    B= 4XC

    C= x

    A= 2.4= 8

    B= 4.1= 4

    C= 1

    9/13= 69,23


ID
4908853
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Um netbook em uma loja de Informática é vendido à vista por R$ 1.500,00 ou a prazo com uma entrada de R$ 500,00 mais 2 prestações mensais iguais a uma taxa de juros compostos cobrada no financiamento de 2% a.m. O valor de cada prestação, desprezando os centavos, é:

Alternativas
Comentários
  • ENTRADA (no ato da compra) + (30 dias) 1ª Parcela + (30 dias) 2ª Parcela

    Entrada = 500

    Calculo 1ª Parcela

    M = C (i+1)^t

    M = 500 (0,02 + 1)^1

    M = 500 *(1,02)^1

    M = 510

    Calculo 2ª Parcela

    M = C (i+1)^t

    M = 500 (0,02 + 1)^2

    M = 500 * (1,02)^2

    M = 500 * 1,0404

    M = 520

    Porém no enunciado ele diz que as parcelas precisam ser iguais:

    = (P1 + P2)/2

    = (510 + 520)/2

    = 1030/2

    = 515

  • Olá a todos!

    Aprenda essa questão envolvendo Montante de Juros Compostos, deixarei um link com a resposta.

    Qualquer dúvida pode chamar.

    “MONTANTE JUROS COMPOSTOS SEFA 2013 [Um netbook em uma loja de Informática]”

    https://www.youtube.com/watch?v=t7bpCK1IclE&t=49s

    Resposta: Letra B


ID
4908856
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Uma loja oferece uma geladeira por um preço P à vista, ou esse mesmo preço P em três parcelas mensais de R$ 255,00, a primeira dada no ato da compra. Nesse caso, incidem juros compostos de 24% a.a sobre o saldo devedor. Nessas condições o preço P, desprezando os centavos, é de:

Alternativas
Comentários
  • i = 24% a.a.

    i = 24 / 12 = 2% a.m

    .:

    Venda a prazo = ENTRADA (no ato da compra) + (30 dias) 1ª Parcela + (30 dias) 2ª Parcela

    Entrada = 255

    Cálculo 1ª Parcela

    M = C (i + 1)^t

    M = 255 (0,02+1)^1

    M = 260

    Cálculo 2ª Parcela

    M = C (i + 1)^t

    M = 255 (0,02+1)^2

    M = 255 * 1,04

    M = 265

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Total a prazo: 255 + 260 + 265 = 780

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Cálculo do Valor P à vista

    M = C (i + 1)^t

    780 = C (0,02+1)^2

    780 = C 1,04

    C = 750

    Gabarito D

    Obs: todos os cálculos foram realizados desprezando os centavos conforme o enunciado

  • Não se converte taxa de juros composto pra outra ordem.
  • Olá a todos!

    Aprenda essa questão envolvendo Equivalências de Capitais, deixarei um link com a resposta.

    Qualquer dúvida pode chamar.

    "EQUIVALÊNCIAS DE CAPITAIS SEFA 2013 [Uma loja oferece uma geladeira por um preço P]"

    https://www.youtube.com/watch?v=ZVmUkccigh8&t=1s

    Resposta: Letra D

  • Observação: Seria possível resolver essa questão sem nenhum cálculo. Se verificarmos, a soma direta das 3 prestações será de R$ 765,00. Então a alternativa “E” já está errada. Com uma taxa de juros de 2% ao mês, certamente não teríamos uma redução de mais de 100 reais (mais de 10% do valor), ou seja, as alternativas de “A” a “C” não poderiam estar corretas.

    Assim, sempre que tivermos valores com discrepância muito grande, podemos tentar resolver apenas observando os valores de forma crítica.


ID
4908859
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Rogério Ceni tem a probabilidade de converter um pênalti igual a 0,78, sempre que chuta. Se ele cobrar 4 pênaltis, a probabilidade de acertar mais da metade é:

Alternativas
Comentários
  • Olá a todos!

    Pra ficar mais fácil de explicar essa questão que envolve Distribuição Binomial, deixarei um link com a resposta.

    Qualquer dúvida pode chamar.

    "Distribuição Binomial [Rogério Ceni]"

    https://www.youtube.com/watch?v=YzWvx2_HMYQ&t=142s

    Resposta: Letra A


ID
4908865
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Uma pessoa fez um empréstimo de R$ 5.000,00 para ser pago pelo Sistema Francês de Amortização em 4 prestações mensais iguais a R$ 1.577,00. O financiamento foi realizado com uma taxa de juros de 10% a.m. O valor do saldo devedor para a segunda prestação é de:

Alternativas
Comentários
  • p=1577 i=10%am

    p=A+j

    1577=A1+j1 --> j1=0,1*5000=500 --> A1=1077

    S1=5000-1077=3923

    A1+j2=1577 --> j2=0,1*3923=392,30 --> A2=1184,7

    S2=3923-1184,7=2738,3

    Letra e

  • Olá a todos!

    Aprenda essa questão de Sistema de Amortização Francês, deixarei um link com a resposta.

    Qualquer dúvida pode chamar.

    "SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCES (PRICE) SEFA 2013"

    https://www.youtube.com/watch?v=o1MlMJAfLL0&t=124s

    Resposta: Letra E


ID
4908868
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Um empréstimo no valor de R$120.000,00 vai ser amortizado, através do Sistema de Amortização Constante (SAC) em 120 prestações mensais, à taxa de 4% a.m. O saldo devedor, após o pagamento da vigésima prestação, será de:

Alternativas
Comentários
  • Questão a ser resolvida utilizando o Sistema de Amortizações Constantes - SAC.

    Nesse sistema a cada amortização teremos o saldo final. A questão quer o saldo final após a vigéssima amortização/pagamento.

    Para calcular a amortização no SAC dividimos o Saldo Inicial (ou Valor Presente) pela quantidade de Prestações (n), ficando com um valor de R$1.000 para Amortizar mensalmente (R$120.000 Valor Presente / 120 Prestações).

    O Valor Final após a primeira amortização será de R$119.000 (R$120.000 Valor Presente - 1.000 valor da Amortização mensal).

    Como o Saldo Final do primeiro mês será o Saldo Inicial do segundo mês podemos concluir que após esse segundo mês teremos como Saldo Final R$118.000, e assim sucessivamente até a última amortização onde o Saldo Final será igual a zero.

    Como a questão quer o Saldo Final após o vigéssimo pagamento ou amortização teremos por conclusão que o valor será de R$100.000 pois após o primeiro teremos saldo de R$119.000, após o segundo teremos saldo de R$118.000, após o terceiro teremos saldo de R$117.000... reparem que há uma repetição sequencial onde podemos chegar tranquilamente aos R$100.000 (Gabarito) associando o mês e o valor final (1 + 119.000= 120.000 ; 2 + 118.000= 120.000; 3 + 117.000= 120.000 ..... e 20 + 100.000= 120.000).

    Montando uma tabela simples fica mais fácil a visualização.

    Bons Estudos.

  • Amortização = Valor financiado / número de parcelas

    Amortização = 120000 / 120 = 1000

    Multiplica-se a amortização pelo número de meses que a alternativa pede (20)

    1000 x 20 = 20000

    Subtrai-se o valor financiado do valor amortizado nos 20 meses

    120000 - 2000 = 10000

    Resultado: 100.000

  • Devemos utilizar a fórmula: S(n) = D - n.A, onde Sn = saldo devedor; D = valor dívida (empréstimo); n = prestação que se quer encontrar e A = amortização

    Resolvendo: S (20) = 120.000 - 20. 1000 ---> S(20) = 120.000 - 20.000 = 100.000


ID
4908871
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O surgimento da canção de protesto em fins dos anos 1960 e seu sucesso televisivo nos Festivais de Música Popular expressava uma tendência da consciência política de parte das camadas médias urbanas brasileiras que se opunham ao fim das liberdades democráticas no regime militar. Por outro lado, o concorrente sucesso televisivo de canções de perfil bossanovista no universo da MPB, sem qualquer engajamento político, significava:

Alternativas
Comentários
  • Excelente questão para testar conhecimento nenhum.

  • DEU PARA APRENDER NADA COM ESSA QUESTÃO.

  • Parece papo do Nelson Motta kkkkkk

  • As outras questões eram pra descrever esse estilo musical???

  • "A década de 60 é considerada um período de ebulição na música brasileira. É quando passam a coexistir o samba, o jazz, a Bossa Nova, o sertanejo de raiz, a moda de viola, o baião nordestino, o rock e outros.

    Esse período é considerado um marco para a indústria da música nacional. Compositores e intérpretes passam a contestar o regime militar que cassou direitos e restringiu a liberdade.

    A partir dessa fase é popularizada a sigla MPB como marca de um movimento próprio de contestação social e política."

    FONTE: https://www.todamateria.com.br/mpb-musica-popular-brasileira/

  • o enunciado nos leva ao erro, uma parte do MPB se trata sobre o regime militar, depois, uma conjunção adversativa sobre outra parte do MPB que não fala sobre aspectos políticos, fui seco na A.

    A resposta demonstra que o certo era ter conhecimento sobre música e não história!

  • mesmo se tendo uma parte do MPB fazendo críticas ao regime, tinha-se outra que se eximia de fazê-las.


ID
4908874
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia o Texto III para responder à questão.


Texto III 

    “Uma jarra de vidro, uma cesta de palha, um vestido rústico de musselina, uma bandeja de madeira: objetos belos, não apesar de sua utilidade, mas por causa dela. Sua beleza lhes é inerente, como o perfume ou a cor das flores. É inseparável de sua função: são coisas belas porque são coisas úteis. O artesanato pertence a um mundo anterior à distinção entre o útil e o belo. Tal distinção é mais recente do que se imagina. Muitos dos artefatos que chegaram até nossos museus e coleções particulares pertenciam a um mundo no qual a beleza não era um valor isolado e autônomo. A sociedade era dividida em dois grandes domínios: o profano e o sagrado. Em ambos, a beleza era uma qualidade subordinada: no domínio do profano, subordinada à utilidade do objeto em questão, e no domínio do sagrado, ao seu poder mágico. Um utensílio, um talismã, um símbolo: a beleza era a aura em torno do objeto, resultante – quase sempre involuntariamente – da relação secreta entre sua forma e seu significado. Forma: o modo como uma coisa é fabricada; significado: o propósito para o qual é fabricada.”

PAZ, Octavio. O Artesanato. Arte na Omaguás. Disponível em: http://arteomaguas.wordpress.com/o-artista-e-o-artesao-feirao-maguas-artesanato-arte-feira-de-artesanato-norma-nacsa-pinheiros-passeios-merleau-ponty/o-artesanato-otavio-paz/ Acesso em 15/08/2013

O Texto, do escritor mexicano Octavio Paz, aborda a noção de artesanato num sentido que não a distancia da noção corrente de arte, enquanto criação associada ao universo estético. Artefatos, souvenirs e coleções vendidos nas feiras e nas praças das grandes cidades brasileiras, nos finais de semana, compõem esse universo, mas são normalmente considerados por seus consumidores como obras de valor inferior àquelas da “grande arte”. Isto se justifica:

Alternativas

ID
4908877
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A emergência de uma cultura digital no século XXI dá lugar a novos padrões de interação social nas sociedades inseridas nas redes comunicacionais do capitalismo global. Os novos media informacionais são elementos intermediários de acesso a conteúdos educacionais, a serviços, ao comércio, à imprensa, às artes etc. Sua expansão implicou na maior dinamicidade das relações sociais e na, assim chamada, compressão do espaçotempo. Mas, ao mesmo tempo:

Alternativas

ID
4908880
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O Acordo Ortográfico assinado inicialmente em 1990 por sete países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Portugal, Moçambique e São Tomé e Príncipe) previa a unificação da escrita das palavras em português, de modo a facilitar trânsitos e intercâmbios políticos, comerciais e culturais entre esses países, além de projetá-los como um bloco junto à comunidade internacional. As reações de grupos opositores ao acordo, por sua vez, se basearam em argumentos como:

Alternativas

ID
4908883
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O projeto estético modernista desenvolvido por artistas da vanguarda brasileira dos anos 1920 e 1930 propugnava a busca de uma linguagem nacional para as artes, numa espécie de emancipação estética relativa aos padrões clássicos europeus consagrados no século XIX. De todo modo, o conteúdo brasileiro das obras da geração modernista esteve, em certa medida, atrelado à(s):

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra E .

  • gabarito letra E

    Embora a estética da subjetividade tenha sido inaugurada pelas vanguardas, o Modernismo evidencia essa tendência. Afinal, tal qual as vanguardas que provocaram uma ruptura com a tradição cultural do século XIX, o Modernismo rompeu com o tradicionalismo no século XX. O movimento modernista teve destaque em nomes nos mais diversos segmentos artísticos. 

    Principais Características do Modernismo

    - Rompimento do tradicionalismo;

    - Desejo de chocar a opinião pública; 

    - Valorização da subjetividade;

    - Inovação de formal;

    - Reprodução estética da realidade da época;

    - Reposta à desintegração social causada pelo cenário de guerra.

    (fonte: educa mais)

    bons estudos

  • qual o erro da D?

  • Avante PMES!!!

ID
4908886
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O debate internacional sobre o tráfico e o consumo de drogas resultou, no Brasil, na criação da Lei Federal n. 11.343, de 2006, que isentou usuários de drogas da pena de prisão (enquanto aumentou a pressão sobre o tráfico), impondo penas alternativas e leves, como serviço comunitário e comparecimento a cursos educativos. Os juízes, no caso brasileiro, são os que determinam a finalidade da droga apreendida, vaticinando consumo pessoal ou comercialização. Esta prerrogativa implica:

Alternativas
Comentários
  • Mal elaborada, capenga e sem nexo nenhum.


ID
4908889
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O debate político brasileiro no início da chamada Nova República, na década de 1980, esteve situado em torno da ampliação das liberdades democráticas no país, com o objetivo de desmontar a herança autoritária do regime militar. Já em fins da década de 1980, ocorreu uma reorientação do foco das discussões públicas na direção do tema da política econômica, em função:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA B - A década esquecida ...

  • gabarito letra B

    período

    final do regime militar ➡ reconstrução democrática

    Década perdida é uma referência feita à economia brasileira durante os anos 80, por conta da estagnação econômica, do baixo crescimento do PIB e da acentuada inflação no período. Esses problemas, fizeram parte da história não só do Brasil, mas de diversos países da América Latina durante os anos 80, que foram caracterizados por uma retração agressiva da produção industrial. A década perdida de 1980 também foi marcada pela alta volatilidade dos mercados e pelo aumento da desigualdade social, visto que a altíssima inflação favorecia as pessoas que tinham mais facilidade de proteger o seu capital.

    bons estudos


ID
4908892
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A grande expansão populacional das capitais brasileiras foi um movimento iniciado em meados do século XX e ocasionou uma mudança profunda na sociedade em geral: a formação de um país predominantemente urbano. Esta transformação ocorreu, em grande medida, em função de condicionantes como:

Alternativas
Comentários
  • a garantia, proeminente no meio urbano, de direitos trabalhistas e de serviços públicos de saúde e educação.

  • https://www.todamateria.com.br/urbanizacao-brasileira/

  • O erro da alternativa D pode ser justificado pelo inchaço urbano ou pela migração de retorno. Muitos que sairam de suas terras em busca de condições melhores (exemplo a industrialização), agora voltam para seus estados.

  • Gabarito: B


ID
4908895
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais

As ONGS compreendem o que é conhecido no Brasil como Terceiro Setor, isto é, o campo de atuação de entidades com origem na sociedade civil, não lucrativas e com fins públicos. A posição terciária corresponderia à diferença em relação aos setores público (primário) e privado (secundário). Apesar de ser esta a definição mais corrente de Terceiro Setor, as ONGs apresentam uma aparência que se assemelha àquela de empreendimentos da iniciativa privada. Isto se deve, em grande medida:

Alternativas

ID
4908898
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Um artigo científico de maio de 2013 da Revista Cell, periódico norte-americano da área de estudos genéticos, reacendeu a polêmica em torno do uso terapêutico de células tronco embrionárias. A pesquisa conduzida pela equipe do cientista Shoukhrat Mitalipov descobriu que, através de uma nova técnica de clonagem de seres humanos, seria possível produzir células tronco embrionárias aplicáveis no tratamento de mal de Parkinson, esclerose múltipla, doenças do coração e lesões na medula espinhal. A polêmica ética que tal descoberta revigorou gira em torno da maior viabilidade de produção de clones humanos, embora os pesquisadores reforcem que o DNA transferido para o óvulo seria de uma célula adulta, não configurando a fecundação clássica de um embrião. Assim, conclui-se que o impasse ético se situa particularmente:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: letra E

    A principal questão ética envolvida na clonagem de células troncos é o descarte de embriões após o uso das células nos tratamentos terapêuticos. As células-tronco embrionárias são as únicas capazes de se especializar em qualquer outro tipo de célula do corpo humano, por isso elas são tão importantes no tratamentos de certas doenças. Porém para sua obtenção é necessário que embriões sejam "cultivados" em laboratório a partir da clonagem de células humanas já existentes. O processo realizado, no entanto, não é o da fecundação clássica (óvulo+espermatozoide=embrião), mas sim o da transferência de núcleo de uma célula adulta para o citoplasma do óvulo.

    Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/05/artigo-sobre-celula-tronco-reacende-polemica-sobre-clonagem-humana.html


ID
4908901
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

No que se refere ao Modelo de Administração Pública Gerencial, relacionado ao desenvolvimento tecnológico, cobertura e expansão dos mercados e globalização da economia mundial, é correto afirmar que:


I. Ocorre uma separação clara entre a esfera politica em que são tomadas as decisões políticas e dadas as diretrizes básicas para os gestores públicos, e uma esfera administrativa dinamizada por meio da concessão de ampla liberdade gerencial, essencial para garantir a cobrança de resultados.

II. Ocorre uma ampliação do tamanho do Estado, e a transferência de instrumentos de gerencia empresarial para o setor público.

III. Acontece o fortalecimento das funções de regulação e de coordenação do Estado, em substituição ao seu papel interventor e executor de serviços públicos, reforçando a governança, com a superação das dificuldades encontradas para se implantar políticas públicas.

IV Acontece a disseminação de estruturas governamentais horizontalizadas e com o aumento da participação da sociedade civil organizada e dos cidadãos.

V. Ocorre uma centralização dos serviços públicos por parte da União, que estrutura suas ações de forma harmônica com estados e municípios, sem, no entanto, deixar de lado seu papel de protagonista como o principal gestor e executor desses serviços.


A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:

Alternativas
Comentários
  • C)

    3.4.1. O novo gerencialismo público ou nova gestão pública

    Em termos mais simples possíveis, a New Public Management nada mais é que “um conjunto de doutrinas administrativas”, surgidas na década 1970, que orientaram as reformas realizadas na Administração Pública em nível mundial. A NPM pretendia que os princípios gerenciais utilizados nas empresas privadas fossem também aplicados no meio público.

    Segundo Donald Kettl (2001), “a ideia de reformar o setor governamental, no sentido de aprimorá-lo, é algo tão antigo como a própria ideia de governo”, porém, o esforço despendido nas décadas de 1970, 1980 e 1990, certamente, foram os maiores. Dois grandes fatores impulsionaram esses esforços: a democracia e a globalização. A democracia cobra eficiência, participação nas decisões e accountability governamental, e a globalização traz as tecnologias da informação e da comunicação, e a competitividade.

    Às vésperas das grandes reformas, tanto as mundiais quanto a brasileira, ganha destaque a afirmação de que “os estados encontravam-se com menos recursos e com menos poder”: a maioria dos governos não tinha mais como financiar seus déficits públicos.

    O fato é que as reformas se tornaram indispensáveis: tanto no que se refere à promoção do desenvolvimento econômico num mundo globalizado, quanto ao bem-estar geral da sociedade de cada nação, com a prestação de serviços e a redução das desigualdades sociais (estas, especialmente na América Latina).

    Atenção → Não obstante as reformas, é possível afirmar que o Estado continua a atuar como o principal instrumento de desenvolvimento econômico, social e político das nações. Ao mesmo tempo em que se afasta da produção direta de bens e serviços, amplia sua atuação no campo da regulação, fiscalização e controle.

    O novo gerencialismo ou nova Administração Pública surge primeiro na Europa, como resposta do Estado à crise econômica mundial, que pôs fim à “era de prosperidade” dos países capitalistas (crises do petróleo de 1973 e 1979, e a estagnação econômica das nações europeias e dos Estados Unidos), e que resultou numa crise fiscal dos Estados (Estados sem recursos); da necessidade de um novo direcionamento para a atuação dos Estados, que agora deveriam concentrar-se nas questões estratégicas para o bem comum e deixar as demais ações por conta da iniciativa privada, diretamente ou compartilhadas num campo público não estatal; e da necessidade de um novo modelo de administração capaz de atender às demandas dos cidadãos.

  • Gabarito: C) I, III e IV

    A questão parece ser complicada, pois apresenta itens longos. Mas vamos com calma analisar um por um:

    I- Correto. A Administração Pública Gerencial tem como foco os resultados, possibilitando uma maior autonomia gerencial, como, por exemplo, o uso de contrato de gestão.

    II. Errado! Exatamente o contrário. No gerencialismo, observa-se a transferência dos serviços e das atividades não exclusivas do Estado para o setor público não estatal. Havendo uma descentralização.

    III. Correto. Na Administração Pública Gerencial, o Estado assume o papel de regulador e delega parte da execução dos serviços públicos à Administração indireta, às organizações sociais e à iniciativa privada." Achei que na parte "com a superação das dificuldades encontradas para se implantar políticas públicas." a banca esticou a baladeira.rs

    IV Correto. No gerencialismo, há estruturas horizontalizadas e flexíveis, ao contrário do modelo burocrático ,que priorizava estruturas rígidas e formais. Além disso, possibilitou uma maior participação do cidadão na administração pública, como forma de controle social .

    V. Errado. A administração pública gerencial tem como característica a descentralização

    Fonte: Estratégia e minhas anotações.

    Qualquer erro podem avisar no privado!

    Namastê

  • A questão em análise exige que tenhamos conhecimentos sobre os modelos teóricos de administração pública. E para responder corretamente à questão, precisamos apontar qual das alternativas aponta para a sequência correta dos itens no que diz respeito ao modelo gerencial

    I. CORRETO. Ocorre uma separação clara entre a esfera politica em que são tomadas as decisões políticas e dadas as diretrizes básicas para os gestores públicos, e uma esfera administrativa dinamizada por meio da concessão de ampla liberdade gerencial, essencial para garantir a cobrança de resultados.

    II. INCORRETO. Ocorre uma DIMINUIÇÃO do tamanho do Estado, e a transferência de instrumentos de gerencia empresarial para o setor PRIVADO.

    No modelo gerencial, o Estado passa a entender que não precisa ser responsável pela execução de algumas atividades.

    III. CORRETO. Acontece o fortalecimento das funções de regulação e de coordenação do Estado, em substituição ao seu papel interventor e executor de serviços públicos, reforçando a governança, com a superação das dificuldades encontradas para se implantar políticas públicas.

    IV. CORRETO. Acontece a disseminação de estruturas governamentais horizontalizadas e com o aumento da participação da sociedade civil organizada e dos cidadãos.

    V. INCORRETO. Ocorre uma DESCENTRALIZAÇÃO dos serviços públicos por parte da União, que estrutura suas ações de forma harmônica com estados e municípios, sem, no entanto, deixar de lado seu papel de protagonista como o principal gestor e executor desses serviços.

    O modelo burocrático que se mostrava centralizador, o gerencial, não.

    Após verificar os itens apresentados, concluímos que a alternativa "C" é a correta.

    GABARITO: C

  • No Brasil, no entanto, as funções ainda se concentram na União. A meu ver, em um caso específico a alternativa V também estaria correta.


ID
4908904
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

São itens relacionados à Gestão Pública por resultado:

Alternativas
Comentários
  • A)

    3.4.1. O novo gerencialismo público ou nova gestão pública

    Em termos mais simples possíveis, a New Public Management nada mais é que “um conjunto de doutrinas administrativas”, surgidas na década 1970, que orientaram as reformas realizadas na Administração Pública em nível mundial. A NPM pretendia que os princípios gerenciais utilizados nas empresas privadas fossem também aplicados no meio público.

    Segundo Donald Kettl (2001), “a ideia de reformar o setor governamental, no sentido de aprimorá-lo, é algo tão antigo como a própria ideia de governo”, porém, o esforço despendido nas décadas de 1970, 1980 e 1990, certamente, foram os maiores. Dois grandes fatores impulsionaram esses esforços: a democracia e a globalização. A democracia cobra eficiência, participação nas decisões e accountability governamental, e a globalização traz as tecnologias da informação e da comunicação, e a competitividade.

    Às vésperas das grandes reformas, tanto as mundiais quanto a brasileira, ganha destaque a afirmação de que “os estados encontravam-se com menos recursos e com menos poder”: a maioria dos governos não tinha mais como financiar seus déficits públicos.

    O fato é que as reformas se tornaram indispensáveis: tanto no que se refere à promoção do desenvolvimento econômico num mundo globalizado, quanto ao bem-estar geral da sociedade de cada nação, com a prestação de serviços e a redução das desigualdades sociais (estas, especialmente na América Latina).

    Atenção → Não obstante as reformas, é possível afirmar que o Estado continua a atuar como o principal instrumento de desenvolvimento econômico, social e político das nações. Ao mesmo tempo em que se afasta da produção direta de bens e serviços, amplia sua atuação no campo da regulação, fiscalização e controle.

    O novo gerencialismo ou nova Administração Pública surge primeiro na Europa, como resposta do Estado à crise econômica mundial, que pôs fim à “era de prosperidade” dos países capitalistas (crises do petróleo de 1973 e 1979, e a estagnação econômica das nações europeias e dos Estados Unidos), e que resultou numa crise fiscal dos Estados (Estados sem recursos); da necessidade de um novo direcionamento para a atuação dos Estados, que agora deveriam concentrar-se nas questões estratégicas para o bem comum e deixar as demais ações por conta da iniciativa privada, diretamente ou compartilhadas num campo público não estatal; e da necessidade de um novo modelo de administração capaz de atender às demandas dos cidadãos.


ID
4908907
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

A avaliação e mensuração do desempenho tem adquirido maior visibilidade na agenda pública, com a exigência de racionalidade dos gastos públicos, transparência na condução administrativa e financeira, e com isso o melhor resultado das políticas públicas no Brasil. Nesse sentido, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4908910
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

A Governança na gestão pública é eficaz quando um estado eficiente proporciona bens e serviços públicos de qualidade, necessários aos seus cidadãos. Assim, a governança deve ser destinada a:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

    Governança Pública é compreendida como a capacidade de governar, e implementar políticas públicas que atendam às necessidades da população, preservando o equilíbrio de poder e interesses entre governo, administração pública e sociedade/cidadãos.

    Stefan Fantini.

  • LETRA E): porém discordo do gabarito.

    O conceito mais utilizado é o do Banco Mundial, que é o seguinte:

    "Capacidade do governo formular e implementar políticas sólidas de forma eficiente e eficaz".

    Sendo assim, a Governança Pública é o exercício do poder político-administrativo pelo Governo/Administração no GERENCIAMENTO E CONTROLE da utilização dos recursos necessários à formulação e implementação de políticas públicas.

    O que mais se aproxima dos conceitos acima é a letra C), visto que a governança esta atrelada à gestão governamental dos recursos disponíveis para a implementação de políticas públicas à sociedade.

  • não concordo com o gabarito, pois a alt. E é uma característica do conceito de GOVERNABILIDADE e não de governança

  • Eles abrem qualquer livro e tira do contexto. Nem sequer estudam sobre a divergências do próprio gabarito.

  • Letra e.

    A questão envolve a essência do conceito de governança. Não se refere a uma consequência, mas sim, ao objetivo da governança. Logo, podemos dizer que, com exceção da letra E, as demais todas podem ser consideradas uma consequência da governança. A letra E, por sua vez, é a causa, é o seu conceito!

    A governança é a capacidade que um determinado governo tem para formular e implementar as suas políticas – regulação de transações e operacionalização de soluções, ou seja, a capacidade que ele tem de dar continuidade aos processos de governar.


ID
4908913
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Assinale a alternativa correspondente aos indicadores referentes à Gestão Pública por resultado.

Alternativas
Comentários
  • Essa questão foi anulada pela banca.

  • Deveria ser: LETRA A

    O GESPÚBLICA utilizou como modelo uma concepção de cadeia de valor que identifica seis categorias básicas de indicadores de desempenho (chamados E’s), divididas em duas dimensões (Resultado e Esforço):

    • Efetividade (dimensão do Resultado);

    • Eficácia (dimensão do Resultado);

    • Eficiência (dimensão do Resultado);

    • Execução (dimensão do Esforço);

    • Excelência (dimensão do Esforço); e

    • Economicidade (dimensão do Esforço).

  • O QC sempre atualizando suas questões e facilitando os estudantes usuários... sqn!

  • →Indicadores de desempenho - Gespública

     

    → Eficiência - relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insumos utilizados; relação custos – produtividade (maneira correta )

    →capacidade de produzir o máximo resultado com a mínima quantidade de recursos disponíveis. (maneira correta)- (gerencialismo)

     → Eficácia - quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário. Foco: metas ,independe de custos. (fazer a coisa certa )

     → Efetividade impactos gerados pelos produtos/serviços, processos, projetos. (satisfação)L

    → indica se o projeto tem efeitos (positivos) ou negativos no ambiente externo em que interveio, em termos técnicos, econômicos, socioculturais, institucionais e ambientais.

     

    → Execução realização dos processos, projetos, planos de ação conforme estabelecidos.

     → Excelência - conformidade com critérios e padrões de qualidade/ excelência       

    →Economicidade: expressa variação positiva da relação custo (menor) / benefício (maior), na qual se busca a otimização dos resultados na escolha dos menores custos em relação aos maiores benefícios.

    Obs : As propriedades essenciais dos indicadores utilizados para a mensuração do desempenho governamental são as seguintes: Utilidade, Validade, Confiabilidade e Disponibilidade.

  • Aparentemente essa prova inteira foi problemática pqp

ID
4908916
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Os princípios, que as entidades do setor público devem aderir para efetivamente aplicar os elementos de governança são:

Alternativas
Comentários
  • Princípios da Governança Corporativa no Setor Público

    Segundo Australian National Audit Office – ANAO7 (2011), em pesquisa pioneira realizada por Barret (2003 apud MARQUES, 2007, p. 18), os passos (princípios) fundamentais para que o setor público possa atingir uma efetiva governança corporativa são seis. Destes, três encontram-se relacionados com os atributos das pessoas nas organizações (liderança, integridade e compromisso) e três representam o resultado das estratégias, sistemas, políticas e processos estabelecidos (responsabilidades, integração e transparência). 

    Extraído de:

    OS PRINCÍPIOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA NO PROCESSO DE MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL por Altair Lisot.

    Gabarito Letra A


ID
4908919
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Avaliação de políticas, programas e projetos têm se constituído nas últimas décadas em desafio crescente para um número cada vez maior de gestores e pesquisadores envolvidos, direta ou indiretamente, com os rumos das políticas públicas no Brasil. Nesse sentido, afirma-se que:


I. O processo de redemocradização do País validou a avalição de políticas públicas.

II. A avalição de políticas públicas criou um distanciamento entre os diversos sujeitos sociais envolvidos na sua execução.

III. A avalição de políticas públicas como processo rotineiro vem valorizando a universalização dos direitos a cidadania.

IV. A avaliação inclui a dimensão técnica e metodológica, além da teórica e política.

V. Na avalição de processos, os usuários dessa avaliação são em geral a população atingida por uma ação de política pública.


A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:

Alternativas

ID
4908922
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Os modelos de gestão pública Patrimonialista, Burocrática e Gerencial, evidenciam uma evolução na forma de condução da gestão pública ao longo da história, até os dias atuais. Levando em consideração os três modelos é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    Segundo Max Weber, a burocracia tem as seguintes características principais:

    Caráter legal das normas e regulamentos

    Caráter formal das comunicações

    Caráter racional e divisão do trabalho

    Impessoalidade nas relações

    Hierarquia de autoridade

    Rotinas e procedimentos padronizados

    Competência técnica e meritocracia

    Especialização da administração

    Profissionalização dos participantes

    Completa previsibilidade do funcionamento

    FONTE: CHIAVENATO, Idalberto.

  • A questão em análise exige que tenhamos conhecimento sobre os modelos de administração pública. Para responder corretamente, devemos indicar qual das alternativas é a correta. Vejamos.

    A - INCORRETA. A gestão pública BUROCRÁTICA nasce com o objetivo de combater a corrupção e o nepotismo.

    B - INCORRETA. Na gestão pública PATRIMONIALISTA os cargos funcionam como recompensas, o que contribui para a prática de corrupção e do controle do órgão público pelo soberano.

    C - INCORRETA. O modelo de gestão pública BUROCRÁTICA era funcional para responder as demandas de um Estado gigantesco, como era o caso do Estado Liberal.

    D - INCORRETA. A gestão pública BUROCRÁTICA prega o formalismo, rigidez e o rigor técnico.

    E - CORRETA. Na gestão pública Burocrática prega-se o formalismo, rigidez e o rigor técnico. A burocracia weberiana buscava com isso, corrigir algumas das disfunções do modelo anterior, o patrimonialista.

    Após analisar as alternativas apresentadas, concluímos que a letra "E" é a correta.

    GABARITO: E

  • GABARITO - E

    A) a gestão pública Patrimonialista (....)

    A burocrática visa isso.

    _____________________________________________________

    B) na gestão pública Burocrática os cargos funcionam como recompensas, o que contribui para a prática de corrupção e do controle do órgão público pelo soberano.

    Na administração pública burocrática temos a Profissionalização técnica e a Meritocracia.

    ____________________________________________________

    D) a gestão pública Gerencial prega o formalismo, rigidez e o rigor técnico.

    Característica do Patrimonialismo.

    _____________________________________________________

    Principais características:

    • Hierarquia verticalizada e rígida (centralizada);
    • Impessoalidade nas relações (isonomia);
    • Controle dos processos a priori (prévio);
    • Foco nas normas e regulamentos (legalidade);
    • Padronização e previsibilidade de procedimentos;
    • Comunicação formal;
    • Racionalidade;
    • Enfatiza a eficiência dos processos;
    • Profissionalização técnica;
    • Meritocracia;


ID
4908925
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Alguns aspectos podem ser limitadores para efetividade de um ambiente de Gestão Pública baseada em Resultados. Identifique-os em Verdadeiro ou Falso e assinale a alternativa correta.


( ) Debate político inadequado sobre o conjunto de resultados estratégicos para o Estado.

( ) Falta de clareza sobre o papel das organizações do setor público.

( ) Informações sobre a missão da organização são raramente disponibilizadas, bem como os objetivos das instituições não são claros e não estão articulados com o conjunto do setor público.

( ) Sistema de informações contábil-gerencial são adequados no que se refere à mensuração do desempenho e do resultado.

( ) Seleção de recursos humanos, remuneração e sistemas de gestão de carreiras no setor público é recompensador, a ponto de distinguir o mérito e incentivar o foco em resultados e produtividade.


A sequência correta é:

Alternativas
Comentários
  • Hahahah

    Aquela questão para garantir um ponto.

  • Essa foi por eliminacao kkk


ID
4908928
Banca
UEPA
Órgão
SEAD-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Auditoria Governamental
Assuntos

Dentro da estrutura de gestão pública, hoje o controle aparece como ferramenta fundamental para o efetivo sucesso das ações e realizações dos órgãos públicos. Um dos quesitos que compõe o quadro do controle no setor público é a Auditoria Interna. Sendo INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Procedimentos e medidas organizacionais são de responsabilidade da Gestão
  • Acredito que caberia recurso. A auditoria interna não é independente. Ela goza de relativa independência, pois ainda se submete ao Conselho de Administração da entidade. A auditoria independente de fato é a externa.

  • A auditoria interna é uma função independente de controle(????), estabelecida como um serviço dentro da organização para examinar e avaliar suas atividades.

    É correto dizer que é independente de controle?

  • Gabarito E para não.assinantes.