Segundo Nilson Lage, a entrevista de confronto é realizada principalmente nos casos em que o entrevistado é objeto de alguma denúncia, o repórter assume, nessa situação, o papel de acusador, com base em documentos e informações coletadas anteriormente. (Técnicas de redação em jornalismo, Patrícia C. do Nascimento, pág. 99)
Lage classifica as entrevistas quanto aos objetivos (ritual, temática, testemunhal, em profundidade) e quanto às circunstâncias de realização (ocasional, confronto, coletiva, dialogal).
Quanto aos objetivos:
1) A entrevista ritual se caracteriza pela brevidade e por centrar-se mais no entrevistado que naquilo que ele tem a dizer. Um exemplo desse tipo é a entrevista de jogadores após uma partida de futebol;
2) Na entrevista temática, o entrevistado é alguém que se supõe entender bem do tema abordado, fundamentando-se em argumento de autoridade.
3) Já na entrevista testemunhal, o entrevistado é alguém que tenha visto ou participado de algum evento que ganhe repercussão.
4) A entrevista em profundidade tem por objetivo a figura do entrevistado e não um fato ou um tema específico.
Com relação às circunstâncias:
1) A entrevista ocasional é a não agendada;
2) A entrevista de confronto é aquela em que o repórter assume afunção de inquisidor, tendo informações prévias a respeito de algo envolvendo o entrevistado que vem, supostamente, esclarecer ou se defender das acusações impostas.
3) A entrevista coletiva é concedida pelo entrevistado a diversos repórteres de diferentes veículos de comunicação;
4) A entrevista dialogal é a programada, controlada, construída pelo diálogo, podendo ter um aprofundamento dos tópicos tratados.
LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística, pp. 74-78.