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A letra “E” é errada porque traz um aspecto da Administração gerencial, não
da Societal.
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Segundo Ana Paula Paes de Paula, acerca da administração pública societal (http://www.admpublica.com.br/artigos/?m=201206):
Uma concepção começou a se tornar predominante no âmbito desse campo, a saber: a implementação de um projeto político que procura ampliar a participação dos atores sociais na definição da agenda política, criando instrumentos para possibilitar um maior controle social sobre as ações estatais e desmonopolizando a formulação e a implementação das ações públicas. A letra “A” é certa.
Essa visão alternativa tenta ir além dos problemas administrativos e gerenciais, pois considera a reforma um projeto político e de desenvolvimento nacional. A letra “B” é certa.
Uma vez que há uma tradição de delegar à burocracia estatal a decisão e a implementação das políticas públicas, quando se insere a participação popular é fundamental discutir o que pertence ao domínio da gestão e ao domínio da política: as decisões são políticas, mas precisam levar em consideração variáveis técnicas; a implementação é gerencial, mas envolve administração de conflitos e interesses que pertencem à esfera política. As letras “C” e “D” são certas.
A letra “E” é errada porque traz um aspecto da Administração gerencial, não da Societal.
Gabarito: E.
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Eu discordo dos colegas abaixo quanto a "E" estar errada SOMENTE porque é aspecto da administração gerencial, é muito superficial. O paradigma cidadão-cliente foi aspecto herdado pela Administração privada (subentende-se aqui que a Administração Gerencial é uma das vertentes da administração privada). E o outro ponto de divergência é quanto ao controle pela sociedade, o orçamento participativo é uma forma de intervenção da sociedade sobre a gestão pública, é também uma forma de controle social (https://pt.wikipedia.org/wiki/Or%C3%A7amento_participativo)
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Resolve-se está questão sem nem mesmo ter visto a definição de administração pública societal. As alternativas corretas seguem uma linha de raciocínio idênticas, enquanto a alternativa E é definição de administração gerencial.
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Ola pessoal,
Juntamente com o amigo Windson, vou discordar dos colegas acerca da alternativa E, porque o erro não está na vertente gerencial ou vertente societal. Na verdade, a vertente societal faz parte do modelo gerencial sim, e este é dividido em 3 tipos:
1 - Gerencialismo Puro: Foco no CONTRIBUINTE (Pagador de Impostos)
2 - Consumerismo: Foco no CLIENTE ("Paradigma do Cliente")
3 - PSO (Public Service Orientantion): Foco no CIDADÃO (Participação e Controle do Cidadão)
A vertente societal está presente no PSO, que é o que diz a alternativa "serviços públicos orientados para o “cidadão-cliente” e controlados pela sociedade".
O erro, na verdade, encontra-se no CIDADÃO-CLIENTE, quando na verdade é apenas CIDADÃO, conforme explicado acima.
Portanto, gabarito: Letra E
Espero ter ajudado.
Abs.
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A letra E - Errada pois conforme a definição " Administração gerencial, voltada para o consumidor, concentra-se nas necessidades e perspectivas desse consumidor, o cliente-cidadão.
No gerencialismo, o administrador público preocupa-se em oferecer serviços, e não em gerir programas; preocupa-se em atender aos cidadãos e não às necessidades da burocracia.
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Achei a questão complicada, até por uma questão de desconhecer o assunto. Mas pesquisando um pouco entendi que:
Administração Societal é uma vertente cujos principais estudos foram desenvolvidos por Ana Paula Paes de Paula, ela nasce no Brasil,na década de 60 e, em síntese, busca a maior participação popular dentro da Administração Pública. Entretanto, por alguns fatores, ela não chegou a ser implantada no Brasil, ao invés foi implantado o gerencialismo (que enfatiza a eficiencia administrativa). Inclusive, muitos estudiosos pregam a substituição do gerencialismo pelo modelo Societal, mas o grande obstáculo é que este último não possui uma proposta para a organização do aparelho do Estado, somente enfatiza iniciativas locais.
Apesar disto, essa vertente de administração pública societal conseguiu implantar alguns instrumentos e canais, a saber: no Orçamento Participativo, Foruns Temáticos e Conselhos de Gestores de Politicas Públicas.
Enfim, essa vertente surgiu como um projeto político, que defende a implantação da democracia deliberativa, com cogestão e a participação dos cidadãos nas decisões públicas(criação de espaços públicos de negociação e espaços deliberativos), o que é mais abrangente que a democracia de hoje, meramente formal, somente representativa ou participativa. Aqui o cidadão é ator principal, e não só coadjuvante.
O erro da alternativa "E" esta em se falar de cidadão-cliente, termo utilizado pelo modelo gerencial, que contrasta com a vertente Societal. Nsta, um termo pertinente seria público-alvo, ou seja, grupos de cidadãos se envolvem em decisões politicas para melhorar a vida da comunidade.
p.s.: todas as demais alternativas são trechos retirados do artigo da autora citada.
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Administração pública societal
A origem da vertente da qual deriva a administração pública societal está ligada à tradição mobilizatória brasileira, que alcançou o seu auge na década de 1960, quando a sociedade se organizou pelas reformas no país. Após o golpe de 1964, essas mobilizações retornaram na década de 1970, período no qual a Igreja Católica catalisou a discussão de problemas coletivos nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), inspirada pelos ideais da teologia da libertação e da educação popular. Promovendo os clubes de mães, os grupos de estudos do Evangelho e os encontros de jovens, as CEBs se consolidaram como um espaço alternativo para a mobilização política ao estimular a participação popular no debate das dificuldades cotidianas, contribuindo para a formação de lideranças populares.
Esse ambiente estimulou a articulação de alguns grupos em torno de questões que afetavam substancialmente a qualidade de vida individual e coletiva, originando reivindicações populares junto ao poder público. Emergiram então demandas por bens de uso coletivo, como transporte, habitação, abastecimento de água, saneamento básico, saúde e creche. Segundo Gohn (1995), alguns grupos também protagonizaram mobilizações pelos direitos de cidadania, como, por exemplo, os movimentos que protestavam contra o custo de vida, o desemprego, a repressão política e a opressão da mulher. Paralelamente, constituíam-se os primeiros Centros Populares, espaços criados por militantes políticos para facilitar sua atuação nas CEBs e nas bases comunitárias em atividades como as de assessores, educadores e organizadores da mobilização popular. A partir da década de 1980, esses Centros Populares também passaram a ser denominados organizações não-governamentais (ONGs).
FONTE: http://www.fgv.br/rae/artigos/revista-rae-vol-45-num-1-ano-2005-nid-45058/
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Para resolução da questão em análise, faz-se
necessário o conhecimento sobre Administração Pública Societal.
Diante disso, vamos a uma breve explicação.
A administração pública evoluiu por meio dos
modelos: patrimonialista, burocrático, gerencial e societal. Diante disso,
vamos a uma breve contextualização do modelo de administração pública.
O Estado patrimonial (patrimonialismo) foi o primeiro
modelo de administração pública e sua principal característica é a confusão
entre bem público e bem pessoal, pois neste modelo tudo que pertencia ao
Estado, pertencia ao príncipe também. Lado outro, na burocracia há clara
distinção entre bem público e privado.
Deste modo, segundo o PDRAE (1995), a Administração
Pública burocrática surge na segunda metade do
século XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o
nepotismo patrimonialista. Constituem princípios orientadores do seu
desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a
hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese: o poder
racional-legal. (apud PALUDO,
2013, pág. 63). (Grifo nosso).
Por conseguinte, a Nova Administração Pública
(Gerencialismo) foi um conjunto de teorias surgidas nos anos 70, que orientavam
reformas na administração pública baseadas nos princípios
gerenciais das empresas privadas, ou seja, buscava-se trazer a mesma
eficiência e eficácia do ambiente privado para o público.
No Brasil, segundo Paludo, o novo modelo de
administração gerencial teve início na era Fernando Henrique Cardoso
(1995), e tinha o firme propósito de que o Estado deveria coordenar e regular a
economia, e, finalmente, começa a reforma da administração rumo ao modelo
gerencial. (PALUDO, 2013, pág. 94).
Por fim, o modelo societal é um movimento
internacional pela reforma do Estado, que se iniciou nos anos 80 e se baseia
principalmente nos modelos inglês e estadunidense. Sob uma concepção
participativa e deliberativa de democracia, a gestão societal busca criar
organizações administrativas efetivas, permeáveis à participação popular e com
autonomia para operar em favor do interesse público.
Trata de estabelecer uma gestão pública que não
centraliza o processo decisório no aparelho do Estado e contempla a
complexidade das relações políticas, pois procura se alimentar de diferentes
canais de participação e modelar novos desenhos institucionais para conectar as
esferas municipal, estadual e federal.
Posto isso, vamos à análise da alternativa.
A) Certa. Segundo
Paula (2005) “a implementação de um projeto político que procura ampliar a
participação dos atores sociais na definição da agenda política, criando
instrumentos para possibilitar um maior controle social sobre as ações estatais
e desmonopolizando a formulação e a implementação das ações públicas".
B) Certa. A autora traz
que “essa visão (visão unívoca de reforma) alternativa tenta ir além
dos problemas administrativos e gerenciais, pois considera a reforma um projeto
político e de desenvolvimento nacional".
C) Certa.
“Enfatiza a participação social e procura estruturar um projeto político que
repense o modelo de desenvolvimento brasileiro, a estrutura do aparelho de
Estado e o paradigma de gestão".
D) Certa.
“implementação de um projeto político que procura ampliar a participação dos
atores sociais na definição da agenda política, criando instrumentos para
possibilitar um maior controle social sobre as ações estatais e
desmonopolizando a formulação e a implementação das ações públicas".
E) Errada. “A combinação entre a ênfase na automatização dos procedimentos, o
foco na satisfação do cidadão-cliente e a falta de uma carreira pública
estruturada tende a afetar a formação da responsabilidade pública desses
funcionários, essa aplicação do gerencialismo no setor público". Logo, a
alternativa traz a definição de administração pública gerencial.
Fonte:
PAULA, Ana Paula de. Por uma nova gestão
pública. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.
Gabarito do Professor: Letra E.