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Prova BIO-RIO - 2015 - Prefeitura de Mangaratiba - RJ - Professor - Português


ID
4882147
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A instituição escolar em tempos de intolerância
   
    Conceituar a educação como bem de consumo ajuda a promover uma mentalidade consumista em seus usuários, professorado e alunado; estimula-os a abraçarem o trabalho escolar e as ofertas de formação pensando como consumidores, ou seja, em seu valor de intercâmbio com o mercado ou nos benefícios que podem auferir ao cursarem uma disciplina, especialidade ou titulação. A instituição escolar aparece como imprescindível somente enquanto proporcionadora de recursos para se obterem, no dia de amanhã, benefícios estritamente privados, visando ao enriquecimento a título individual.
     Contudo, ao mesmo tempo que se produz esta aposta na mercantilização do sistema educativo, surgem diagnósticos acerca da degradação dassociedades atuais, da decadência moral, violência e egoísmo das pessoas que habitam os países desenvolvidos. Vivemos uma época que algumas pessoas, bem como grupos sociais, definem como de pânico moral; para alguns grupos, a educação é responsável por tudo e, ao mesmo tempo, quase todo mundo a considera tábua de salvação capaz de nos conduzir a um futuro social diferente.
    Uma população atemorizada, que vive em situação de pânico moral, surge da constatação de que aquilo que até determinado momento eram ideais compartilhados, estilos de vida que serviam de modelo e parâmetros de avaliação da convivência e do modo de viver de uma comunidade, está sendo destruído. Insegurança e medo do desconhecido se convertem em pânico à medida que alguns meios de comunicação amplificam os delitos cometidos pelas pessoas, especialmente as de determinados grupos sociais – que são absolutamente rotuladas como perigosas. Assim, algumas etnias minoritárias – como a cigana, os imigrantes marroquinos ou nigerianos, ou grupos juvenis específicos, como os punks, cabeças raspadas, roqueiros, hooligans etc. – acabam convertendo-se nos principais inimigos da sociedade e acusadas de toda a violência que existe em nosso entorno, devido à forma como os meios de comunicação de massa relatam suas ações, destacandoas, normalmente, com exagero. Dessa maneira, gera-se na sociedade uma forte hostilidade contra estes grupos sociais marginalizados, vistos como ameaça à paz social, capazes de destruir o mundo de valores hegemônicos e de levarem os cidadãos a submergirem em um ambiente de caos e destruição.

SANTOMÉ, Jurjo Torres. A instituição escolar em tempos de intolerância.
TEIAS: Revista da Faculdade de Educação / UERJ – n. 3, jun. 2001.

O autor do texto é doutor em Pedagogia e catedrático de Didática e Organização Escolar da Universidade da Corunha, na Espanha, e, portanto, pesquisador de temas e problemas da área de Educação. Neste texto, interessa-lhe, principalmente, destacar:

Alternativas

ID
4882150
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A instituição escolar em tempos de intolerância
   
    Conceituar a educação como bem de consumo ajuda a promover uma mentalidade consumista em seus usuários, professorado e alunado; estimula-os a abraçarem o trabalho escolar e as ofertas de formação pensando como consumidores, ou seja, em seu valor de intercâmbio com o mercado ou nos benefícios que podem auferir ao cursarem uma disciplina, especialidade ou titulação. A instituição escolar aparece como imprescindível somente enquanto proporcionadora de recursos para se obterem, no dia de amanhã, benefícios estritamente privados, visando ao enriquecimento a título individual.
     Contudo, ao mesmo tempo que se produz esta aposta na mercantilização do sistema educativo, surgem diagnósticos acerca da degradação dassociedades atuais, da decadência moral, violência e egoísmo das pessoas que habitam os países desenvolvidos. Vivemos uma época que algumas pessoas, bem como grupos sociais, definem como de pânico moral; para alguns grupos, a educação é responsável por tudo e, ao mesmo tempo, quase todo mundo a considera tábua de salvação capaz de nos conduzir a um futuro social diferente.
    Uma população atemorizada, que vive em situação de pânico moral, surge da constatação de que aquilo que até determinado momento eram ideais compartilhados, estilos de vida que serviam de modelo e parâmetros de avaliação da convivência e do modo de viver de uma comunidade, está sendo destruído. Insegurança e medo do desconhecido se convertem em pânico à medida que alguns meios de comunicação amplificam os delitos cometidos pelas pessoas, especialmente as de determinados grupos sociais – que são absolutamente rotuladas como perigosas. Assim, algumas etnias minoritárias – como a cigana, os imigrantes marroquinos ou nigerianos, ou grupos juvenis específicos, como os punks, cabeças raspadas, roqueiros, hooligans etc. – acabam convertendo-se nos principais inimigos da sociedade e acusadas de toda a violência que existe em nosso entorno, devido à forma como os meios de comunicação de massa relatam suas ações, destacandoas, normalmente, com exagero. Dessa maneira, gera-se na sociedade uma forte hostilidade contra estes grupos sociais marginalizados, vistos como ameaça à paz social, capazes de destruir o mundo de valores hegemônicos e de levarem os cidadãos a submergirem em um ambiente de caos e destruição.

SANTOMÉ, Jurjo Torres. A instituição escolar em tempos de intolerância.
TEIAS: Revista da Faculdade de Educação / UERJ – n. 3, jun. 2001.

A “mentalidade consumista” entre professores e alunos, é resultado, segundo o autor:

Alternativas

ID
4882153
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A instituição escolar em tempos de intolerância
   
    Conceituar a educação como bem de consumo ajuda a promover uma mentalidade consumista em seus usuários, professorado e alunado; estimula-os a abraçarem o trabalho escolar e as ofertas de formação pensando como consumidores, ou seja, em seu valor de intercâmbio com o mercado ou nos benefícios que podem auferir ao cursarem uma disciplina, especialidade ou titulação. A instituição escolar aparece como imprescindível somente enquanto proporcionadora de recursos para se obterem, no dia de amanhã, benefícios estritamente privados, visando ao enriquecimento a título individual.
     Contudo, ao mesmo tempo que se produz esta aposta na mercantilização do sistema educativo, surgem diagnósticos acerca da degradação dassociedades atuais, da decadência moral, violência e egoísmo das pessoas que habitam os países desenvolvidos. Vivemos uma época que algumas pessoas, bem como grupos sociais, definem como de pânico moral; para alguns grupos, a educação é responsável por tudo e, ao mesmo tempo, quase todo mundo a considera tábua de salvação capaz de nos conduzir a um futuro social diferente.
    Uma população atemorizada, que vive em situação de pânico moral, surge da constatação de que aquilo que até determinado momento eram ideais compartilhados, estilos de vida que serviam de modelo e parâmetros de avaliação da convivência e do modo de viver de uma comunidade, está sendo destruído. Insegurança e medo do desconhecido se convertem em pânico à medida que alguns meios de comunicação amplificam os delitos cometidos pelas pessoas, especialmente as de determinados grupos sociais – que são absolutamente rotuladas como perigosas. Assim, algumas etnias minoritárias – como a cigana, os imigrantes marroquinos ou nigerianos, ou grupos juvenis específicos, como os punks, cabeças raspadas, roqueiros, hooligans etc. – acabam convertendo-se nos principais inimigos da sociedade e acusadas de toda a violência que existe em nosso entorno, devido à forma como os meios de comunicação de massa relatam suas ações, destacandoas, normalmente, com exagero. Dessa maneira, gera-se na sociedade uma forte hostilidade contra estes grupos sociais marginalizados, vistos como ameaça à paz social, capazes de destruir o mundo de valores hegemônicos e de levarem os cidadãos a submergirem em um ambiente de caos e destruição.

SANTOMÉ, Jurjo Torres. A instituição escolar em tempos de intolerância.
TEIAS: Revista da Faculdade de Educação / UERJ – n. 3, jun. 2001.

O suposto perigo representado pelas etnias minoritárias, em tempos de pânico moral, é resultado, segundo o texto:

Alternativas

ID
4882156
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A instituição escolar em tempos de intolerância
   
    Conceituar a educação como bem de consumo ajuda a promover uma mentalidade consumista em seus usuários, professorado e alunado; estimula-os a abraçarem o trabalho escolar e as ofertas de formação pensando como consumidores, ou seja, em seu valor de intercâmbio com o mercado ou nos benefícios que podem auferir ao cursarem uma disciplina, especialidade ou titulação. A instituição escolar aparece como imprescindível somente enquanto proporcionadora de recursos para se obterem, no dia de amanhã, benefícios estritamente privados, visando ao enriquecimento a título individual.
     Contudo, ao mesmo tempo que se produz esta aposta na mercantilização do sistema educativo, surgem diagnósticos acerca da degradação dassociedades atuais, da decadência moral, violência e egoísmo das pessoas que habitam os países desenvolvidos. Vivemos uma época que algumas pessoas, bem como grupos sociais, definem como de pânico moral; para alguns grupos, a educação é responsável por tudo e, ao mesmo tempo, quase todo mundo a considera tábua de salvação capaz de nos conduzir a um futuro social diferente.
    Uma população atemorizada, que vive em situação de pânico moral, surge da constatação de que aquilo que até determinado momento eram ideais compartilhados, estilos de vida que serviam de modelo e parâmetros de avaliação da convivência e do modo de viver de uma comunidade, está sendo destruído. Insegurança e medo do desconhecido se convertem em pânico à medida que alguns meios de comunicação amplificam os delitos cometidos pelas pessoas, especialmente as de determinados grupos sociais – que são absolutamente rotuladas como perigosas. Assim, algumas etnias minoritárias – como a cigana, os imigrantes marroquinos ou nigerianos, ou grupos juvenis específicos, como os punks, cabeças raspadas, roqueiros, hooligans etc. – acabam convertendo-se nos principais inimigos da sociedade e acusadas de toda a violência que existe em nosso entorno, devido à forma como os meios de comunicação de massa relatam suas ações, destacandoas, normalmente, com exagero. Dessa maneira, gera-se na sociedade uma forte hostilidade contra estes grupos sociais marginalizados, vistos como ameaça à paz social, capazes de destruir o mundo de valores hegemônicos e de levarem os cidadãos a submergirem em um ambiente de caos e destruição.

SANTOMÉ, Jurjo Torres. A instituição escolar em tempos de intolerância.
TEIAS: Revista da Faculdade de Educação / UERJ – n. 3, jun. 2001.

O texto pertence gênero artigo, por isso, nele é defendido um ponto de vista, através de sequências predominantemente:

Alternativas
Comentários
  • Nem precisa do texto, o item afirma: "[...] nele é defendido um ponto de vista"

    Se defende um ponto de vista só pode ser Dissertativo e no caso Argumentativo.

  • gab C

    "NÃO PARE ATÉ QUE TENHA TERMINADO AQUILO QUE TU COMEÇOU! LEMBRE-SE, TU NÃO PODE DESISTIR"

    Baltasar Gracian


ID
4882159
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A instituição escolar em tempos de intolerância
   
    Conceituar a educação como bem de consumo ajuda a promover uma mentalidade consumista em seus usuários, professorado e alunado; estimula-os a abraçarem o trabalho escolar e as ofertas de formação pensando como consumidores, ou seja, em seu valor de intercâmbio com o mercado ou nos benefícios que podem auferir ao cursarem uma disciplina, especialidade ou titulação. A instituição escolar aparece como imprescindível somente enquanto proporcionadora de recursos para se obterem, no dia de amanhã, benefícios estritamente privados, visando ao enriquecimento a título individual.
     Contudo, ao mesmo tempo que se produz esta aposta na mercantilização do sistema educativo, surgem diagnósticos acerca da degradação dassociedades atuais, da decadência moral, violência e egoísmo das pessoas que habitam os países desenvolvidos. Vivemos uma época que algumas pessoas, bem como grupos sociais, definem como de pânico moral; para alguns grupos, a educação é responsável por tudo e, ao mesmo tempo, quase todo mundo a considera tábua de salvação capaz de nos conduzir a um futuro social diferente.
    Uma população atemorizada, que vive em situação de pânico moral, surge da constatação de que aquilo que até determinado momento eram ideais compartilhados, estilos de vida que serviam de modelo e parâmetros de avaliação da convivência e do modo de viver de uma comunidade, está sendo destruído. Insegurança e medo do desconhecido se convertem em pânico à medida que alguns meios de comunicação amplificam os delitos cometidos pelas pessoas, especialmente as de determinados grupos sociais – que são absolutamente rotuladas como perigosas. Assim, algumas etnias minoritárias – como a cigana, os imigrantes marroquinos ou nigerianos, ou grupos juvenis específicos, como os punks, cabeças raspadas, roqueiros, hooligans etc. – acabam convertendo-se nos principais inimigos da sociedade e acusadas de toda a violência que existe em nosso entorno, devido à forma como os meios de comunicação de massa relatam suas ações, destacandoas, normalmente, com exagero. Dessa maneira, gera-se na sociedade uma forte hostilidade contra estes grupos sociais marginalizados, vistos como ameaça à paz social, capazes de destruir o mundo de valores hegemônicos e de levarem os cidadãos a submergirem em um ambiente de caos e destruição.

SANTOMÉ, Jurjo Torres. A instituição escolar em tempos de intolerância.
TEIAS: Revista da Faculdade de Educação / UERJ – n. 3, jun. 2001.

O tempo verbal empregado no texto é coerente com o gênero textual a que pertence. Analisando-se tal aspecto na construção das suas sequências, pode-se perceber a recorrência do:

Alternativas
Comentários
  • presente do indicativo.


ID
4882162
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A instituição escolar em tempos de intolerância
   
    Conceituar a educação como bem de consumo ajuda a promover uma mentalidade consumista em seus usuários, professorado e alunado; estimula-os a abraçarem o trabalho escolar e as ofertas de formação pensando como consumidores, ou seja, em seu valor de intercâmbio com o mercado ou nos benefícios que podem auferir ao cursarem uma disciplina, especialidade ou titulação. A instituição escolar aparece como imprescindível somente enquanto proporcionadora de recursos para se obterem, no dia de amanhã, benefícios estritamente privados, visando ao enriquecimento a título individual.
     Contudo, ao mesmo tempo que se produz esta aposta na mercantilização do sistema educativo, surgem diagnósticos acerca da degradação dassociedades atuais, da decadência moral, violência e egoísmo das pessoas que habitam os países desenvolvidos. Vivemos uma época que algumas pessoas, bem como grupos sociais, definem como de pânico moral; para alguns grupos, a educação é responsável por tudo e, ao mesmo tempo, quase todo mundo a considera tábua de salvação capaz de nos conduzir a um futuro social diferente.
    Uma população atemorizada, que vive em situação de pânico moral, surge da constatação de que aquilo que até determinado momento eram ideais compartilhados, estilos de vida que serviam de modelo e parâmetros de avaliação da convivência e do modo de viver de uma comunidade, está sendo destruído. Insegurança e medo do desconhecido se convertem em pânico à medida que alguns meios de comunicação amplificam os delitos cometidos pelas pessoas, especialmente as de determinados grupos sociais – que são absolutamente rotuladas como perigosas. Assim, algumas etnias minoritárias – como a cigana, os imigrantes marroquinos ou nigerianos, ou grupos juvenis específicos, como os punks, cabeças raspadas, roqueiros, hooligans etc. – acabam convertendo-se nos principais inimigos da sociedade e acusadas de toda a violência que existe em nosso entorno, devido à forma como os meios de comunicação de massa relatam suas ações, destacandoas, normalmente, com exagero. Dessa maneira, gera-se na sociedade uma forte hostilidade contra estes grupos sociais marginalizados, vistos como ameaça à paz social, capazes de destruir o mundo de valores hegemônicos e de levarem os cidadãos a submergirem em um ambiente de caos e destruição.

SANTOMÉ, Jurjo Torres. A instituição escolar em tempos de intolerância.
TEIAS: Revista da Faculdade de Educação / UERJ – n. 3, jun. 2001.

Uma população atemorizada, que vive em situação de pânico moral, surge da constatação de que aquilo que, até determinado momento, eram ideais compartilhados, estilos de vida que serviam de modelo e parâmetros de avaliação da convivência e do modo de viver de uma comunidade, está sendo destruído”. Realizando-se uma leitura atenta desse período, verifica-se que, através do emprego da voz passiva verbal, foi omitida a seguinte informação:

Alternativas
Comentários
  • GAB E

    Uma população atemorizada, que vive em situação de pânico moral, surge da constatação de que aquilo que, até determinado momento, eram ideais compartilhados, estilos de vida que serviam de modelo e parâmetros de avaliação da convivência e do modo de viver de uma comunidade, está sendo destruído”. 

    Quem atemorizou ? Pânico moral

    Quais eram os ideais ? Educação " (...) a educação é responsável por tudo(...)" parágrafo anterior

    Que foi destruído? Estilo de vida;

    Quem foi atemorizado? A população;

    Quem destruiu???????????

    Foi minha interpretação que pode estar equivocada.

    Qualquer erro DM.

  • Com todo respeito ao colega, discordo do comentário.

    O enunciado da questão pergunta o que foi omitido com o emprego da voz passiva. Não é necessário analisar o texto todo, basta o enunciado.

    Uma população atemorizada, que vive em situação de pânico moral, surge da constatação de que aquilo que, até determinado momento, eram ideais compartilhados, estilos de vida que serviam de modelo e parâmetros de avaliação da convivência e do modo de viver de uma comunidade, está sendo destruído”. 

    Voz passiva: Aquilo (ideais compartilhados, estilos de vida, modo de viver) está sendo destruído. O autor deixa claro o que está sendo destruído, mas não o faz em relação a quem destrói.

    Em relação a minha discordância:

    Não creio que o examinador queria que encontrássemos as informações "ocultas" das demais assertivas.

    Na "A" por exemplo:

    A sociedade não é atemorizada pelo pânico moral. Isso é claro, pois a oração "..., que vive em situação de pânico moral," é uma oração adjetiva explicativa. Explica que a sociedade atemorizada vive em situação de pânico moral.

    abraços

  • Eu retirei os termos acessórios - geralmente entre vírgulas - e ficou mais fácil de compreender:

    “Uma população atemorizada, , surge da constatação de que aquilo que, , eram ideais compartilhados, estilos de vida , está sendo destruído”

    • quem atemorizou.

    da (de + a) a constatação de que aquilo que, , eram ideais compartilhados, estilos de vida , está sendo destruído

    • quais eram os ideais.

    estilos de vida que serviam de modelo e parâmetros de avaliação da convivência e do modo de viver de uma comunidade,

    • quem foi destruído.

    Os ideias compartilhados.

    • quem foi atemorizado.

    Uma população.

    • quem destruiu.

    "está sendo destruído", sendo destruído por quem?


ID
4882165
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A instituição escolar em tempos de intolerância
   
    Conceituar a educação como bem de consumo ajuda a promover uma mentalidade consumista em seus usuários, professorado e alunado; estimula-os a abraçarem o trabalho escolar e as ofertas de formação pensando como consumidores, ou seja, em seu valor de intercâmbio com o mercado ou nos benefícios que podem auferir ao cursarem uma disciplina, especialidade ou titulação. A instituição escolar aparece como imprescindível somente enquanto proporcionadora de recursos para se obterem, no dia de amanhã, benefícios estritamente privados, visando ao enriquecimento a título individual.
     Contudo, ao mesmo tempo que se produz esta aposta na mercantilização do sistema educativo, surgem diagnósticos acerca da degradação dassociedades atuais, da decadência moral, violência e egoísmo das pessoas que habitam os países desenvolvidos. Vivemos uma época que algumas pessoas, bem como grupos sociais, definem como de pânico moral; para alguns grupos, a educação é responsável por tudo e, ao mesmo tempo, quase todo mundo a considera tábua de salvação capaz de nos conduzir a um futuro social diferente.
    Uma população atemorizada, que vive em situação de pânico moral, surge da constatação de que aquilo que até determinado momento eram ideais compartilhados, estilos de vida que serviam de modelo e parâmetros de avaliação da convivência e do modo de viver de uma comunidade, está sendo destruído. Insegurança e medo do desconhecido se convertem em pânico à medida que alguns meios de comunicação amplificam os delitos cometidos pelas pessoas, especialmente as de determinados grupos sociais – que são absolutamente rotuladas como perigosas. Assim, algumas etnias minoritárias – como a cigana, os imigrantes marroquinos ou nigerianos, ou grupos juvenis específicos, como os punks, cabeças raspadas, roqueiros, hooligans etc. – acabam convertendo-se nos principais inimigos da sociedade e acusadas de toda a violência que existe em nosso entorno, devido à forma como os meios de comunicação de massa relatam suas ações, destacandoas, normalmente, com exagero. Dessa maneira, gera-se na sociedade uma forte hostilidade contra estes grupos sociais marginalizados, vistos como ameaça à paz social, capazes de destruir o mundo de valores hegemônicos e de levarem os cidadãos a submergirem em um ambiente de caos e destruição.

SANTOMÉ, Jurjo Torres. A instituição escolar em tempos de intolerância.
TEIAS: Revista da Faculdade de Educação / UERJ – n. 3, jun. 2001.

No trecho “[...] a educação é responsável por tudo e, ao mesmo tempo, quase todo mundo a considera tábua de salvação [...]”, as palavras destacadas constituem recursos de linguagem, marcas de textualidade, que estão, respectiva e corretamente, indicados em:

Alternativas
Comentários
  • Gab - B

    a educação é responsável por tudo e, ao mesmo tempo, quase todo mundo a considera tábua de salvação.

    O a está retomando o sujeito educação, logo é pronome oblíquo.

    tábua de salvação é uma metafora pois consite numa comparação implícita numa relação de similaridade.


ID
4882168
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A instituição escolar em tempos de intolerância
   
    Conceituar a educação como bem de consumo ajuda a promover uma mentalidade consumista em seus usuários, professorado e alunado; estimula-os a abraçarem o trabalho escolar e as ofertas de formação pensando como consumidores, ou seja, em seu valor de intercâmbio com o mercado ou nos benefícios que podem auferir ao cursarem uma disciplina, especialidade ou titulação. A instituição escolar aparece como imprescindível somente enquanto proporcionadora de recursos para se obterem, no dia de amanhã, benefícios estritamente privados, visando ao enriquecimento a título individual.
     Contudo, ao mesmo tempo que se produz esta aposta na mercantilização do sistema educativo, surgem diagnósticos acerca da degradação dassociedades atuais, da decadência moral, violência e egoísmo das pessoas que habitam os países desenvolvidos. Vivemos uma época que algumas pessoas, bem como grupos sociais, definem como de pânico moral; para alguns grupos, a educação é responsável por tudo e, ao mesmo tempo, quase todo mundo a considera tábua de salvação capaz de nos conduzir a um futuro social diferente.
    Uma população atemorizada, que vive em situação de pânico moral, surge da constatação de que aquilo que até determinado momento eram ideais compartilhados, estilos de vida que serviam de modelo e parâmetros de avaliação da convivência e do modo de viver de uma comunidade, está sendo destruído. Insegurança e medo do desconhecido se convertem em pânico à medida que alguns meios de comunicação amplificam os delitos cometidos pelas pessoas, especialmente as de determinados grupos sociais – que são absolutamente rotuladas como perigosas. Assim, algumas etnias minoritárias – como a cigana, os imigrantes marroquinos ou nigerianos, ou grupos juvenis específicos, como os punks, cabeças raspadas, roqueiros, hooligans etc. – acabam convertendo-se nos principais inimigos da sociedade e acusadas de toda a violência que existe em nosso entorno, devido à forma como os meios de comunicação de massa relatam suas ações, destacandoas, normalmente, com exagero. Dessa maneira, gera-se na sociedade uma forte hostilidade contra estes grupos sociais marginalizados, vistos como ameaça à paz social, capazes de destruir o mundo de valores hegemônicos e de levarem os cidadãos a submergirem em um ambiente de caos e destruição.

SANTOMÉ, Jurjo Torres. A instituição escolar em tempos de intolerância.
TEIAS: Revista da Faculdade de Educação / UERJ – n. 3, jun. 2001.

Na pontuação do texto, há dois usos de travessão. Analisando-se os motivos de tais empregos, conclui-se que:

Alternativas
Comentários
  • Fiquei em dúvida, acho que os dois casos apresentam uma explicação.

  • Gab C.

    A segunda parte apresenta exemplos de pessoas rotuladas pela sociedade. (exemplificação).

  • Assertiva C

    o primeiro apresenta uma explicação.

    grupos sociais – que são absolutamente rotuladas como perigosas. Assim, algumas etnias minoritárias (......)

  • O segundo antecede uma enumeração


ID
4882171
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A instituição escolar em tempos de intolerância
   
    Conceituar a educação como bem de consumo ajuda a promover uma mentalidade consumista em seus usuários, professorado e alunado; estimula-os a abraçarem o trabalho escolar e as ofertas de formação pensando como consumidores, ou seja, em seu valor de intercâmbio com o mercado ou nos benefícios que podem auferir ao cursarem uma disciplina, especialidade ou titulação. A instituição escolar aparece como imprescindível somente enquanto proporcionadora de recursos para se obterem, no dia de amanhã, benefícios estritamente privados, visando ao enriquecimento a título individual.
     Contudo, ao mesmo tempo que se produz esta aposta na mercantilização do sistema educativo, surgem diagnósticos acerca da degradação dassociedades atuais, da decadência moral, violência e egoísmo das pessoas que habitam os países desenvolvidos. Vivemos uma época que algumas pessoas, bem como grupos sociais, definem como de pânico moral; para alguns grupos, a educação é responsável por tudo e, ao mesmo tempo, quase todo mundo a considera tábua de salvação capaz de nos conduzir a um futuro social diferente.
    Uma população atemorizada, que vive em situação de pânico moral, surge da constatação de que aquilo que até determinado momento eram ideais compartilhados, estilos de vida que serviam de modelo e parâmetros de avaliação da convivência e do modo de viver de uma comunidade, está sendo destruído. Insegurança e medo do desconhecido se convertem em pânico à medida que alguns meios de comunicação amplificam os delitos cometidos pelas pessoas, especialmente as de determinados grupos sociais – que são absolutamente rotuladas como perigosas. Assim, algumas etnias minoritárias – como a cigana, os imigrantes marroquinos ou nigerianos, ou grupos juvenis específicos, como os punks, cabeças raspadas, roqueiros, hooligans etc. – acabam convertendo-se nos principais inimigos da sociedade e acusadas de toda a violência que existe em nosso entorno, devido à forma como os meios de comunicação de massa relatam suas ações, destacandoas, normalmente, com exagero. Dessa maneira, gera-se na sociedade uma forte hostilidade contra estes grupos sociais marginalizados, vistos como ameaça à paz social, capazes de destruir o mundo de valores hegemônicos e de levarem os cidadãos a submergirem em um ambiente de caos e destruição.

SANTOMÉ, Jurjo Torres. A instituição escolar em tempos de intolerância.
TEIAS: Revista da Faculdade de Educação / UERJ – n. 3, jun. 2001.

No período “A instituição escolar aparece como imprescindível somente enquanto proporcionadora de recursos para se obterem, no dia de amanhã, benefícios estritamente privados, visando ao enriquecimento a título individual”, as orações relacionam-se sintaticamente através do processo de:

Alternativas
Comentários
  • A instituição escolar aparece como imprescindível somente enquanto proporcionadora de recursos para se obterem, no dia de amanhã, benefícios estritamente privados, visando ao enriquecimento a título individua

    enquanto = conjunção subordinativa temporal

    gabarito letra A


ID
4882174
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A instituição escolar em tempos de intolerância
   
    Conceituar a educação como bem de consumo ajuda a promover uma mentalidade consumista em seus usuários, professorado e alunado; estimula-os a abraçarem o trabalho escolar e as ofertas de formação pensando como consumidores, ou seja, em seu valor de intercâmbio com o mercado ou nos benefícios que podem auferir ao cursarem uma disciplina, especialidade ou titulação. A instituição escolar aparece como imprescindível somente enquanto proporcionadora de recursos para se obterem, no dia de amanhã, benefícios estritamente privados, visando ao enriquecimento a título individual.
     Contudo, ao mesmo tempo que se produz esta aposta na mercantilização do sistema educativo, surgem diagnósticos acerca da degradação dassociedades atuais, da decadência moral, violência e egoísmo das pessoas que habitam os países desenvolvidos. Vivemos uma época que algumas pessoas, bem como grupos sociais, definem como de pânico moral; para alguns grupos, a educação é responsável por tudo e, ao mesmo tempo, quase todo mundo a considera tábua de salvação capaz de nos conduzir a um futuro social diferente.
    Uma população atemorizada, que vive em situação de pânico moral, surge da constatação de que aquilo que até determinado momento eram ideais compartilhados, estilos de vida que serviam de modelo e parâmetros de avaliação da convivência e do modo de viver de uma comunidade, está sendo destruído. Insegurança e medo do desconhecido se convertem em pânico à medida que alguns meios de comunicação amplificam os delitos cometidos pelas pessoas, especialmente as de determinados grupos sociais – que são absolutamente rotuladas como perigosas. Assim, algumas etnias minoritárias – como a cigana, os imigrantes marroquinos ou nigerianos, ou grupos juvenis específicos, como os punks, cabeças raspadas, roqueiros, hooligans etc. – acabam convertendo-se nos principais inimigos da sociedade e acusadas de toda a violência que existe em nosso entorno, devido à forma como os meios de comunicação de massa relatam suas ações, destacandoas, normalmente, com exagero. Dessa maneira, gera-se na sociedade uma forte hostilidade contra estes grupos sociais marginalizados, vistos como ameaça à paz social, capazes de destruir o mundo de valores hegemônicos e de levarem os cidadãos a submergirem em um ambiente de caos e destruição.

SANTOMÉ, Jurjo Torres. A instituição escolar em tempos de intolerância.
TEIAS: Revista da Faculdade de Educação / UERJ – n. 3, jun. 2001.

As ideias desenvolvidas pelo educador espanhol, no texto, permitem ao leitor inferir sobre a instituição escolar que:

Alternativas

ID
4882177
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com o artigo 1º, da lei 9.394/96, a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem em alguns locais de convivência. Dentre os locais citados abaixo, está INCORRETO:

Alternativas
Comentários
  • (E) Manifestações religiosas

  • A questão exige o conhecimento sobre a LEI Nº 9.349/96 - Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB), em especial sobre o 1º artigo da referida lei. Dentre as alternativas, uma traz uma redação que não consta no artigo 1º. Ou seja, queremos a alternativa incorreta.

    Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na (alternativa A) vida familiar, na convivência humana, (alternativa B) no trabalho, (alternativa C) nas instituições de ensino e pesquisa, (alternativa D) nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

    Destaquei em azul para indicar que essa seria a redação que deveria vir na alternativa E, por isso está errada e é o nosso gabarito, pois fala de manifestações religiosas e o artigo fala em culturais.

    GABARITO: E


ID
4882180
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Um ponto importante a se considerar em relação à seleção de conteúdos é a adoção de critérios como elemento disciplinador desta complexa atividade. De acordo com Turra et al (1995) existem cinco critérios básicos que o professor deve utilizar ao fazer a seleção de conteúdos, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • B) Rigidez


ID
4882183
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com Ilma Veiga (2008), quanto à concepção, o Projeto Pedagógico de qualidade deve apresentar as seguintes características, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • explicitar princípios baseados na centralização das decisões e no estímulo à execução dos objetivos determinados;

  • Obs:

    Desvele vem do verbo desvelar. O mesmo que: diligencie, empenhe, esforce, exponha, vele, demonstre, desnude, esclareça, elucide, revele.


ID
4882186
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Dentre as características elencadas abaixo, aquela que NÃO pode ser considerada como proveniente de uma gestão democrática é:

Alternativas

ID
4882189
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O __________ é, com efeito, esse poder invisível o qual só pode ser exercido com a cumplicidade daqueles que não querem saber que lhe estão sujeitos ou mesmo que o exercem. O campo de produção simbólica é um microcosmos da luta simbólica entre as classes: é ao servirem os seus interesses na luta interna do campo de produção (e só nesta medida) que os produtores servem os interesses dos grupos exteriores ao campo de produção”. Essas ideias foram defendidas por Pierre Bourdieu.

A lacuna é corretamente preenchida pelo termo abaixo:

Alternativas

ID
4882192
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A___________ precisa incorporar as investigações mais recentes sobre modos de aprender e ensinar e sobre o papel mediador do professor na preparação dos alunos para o pensar. Mais precisamente, será fundamental entender que o conhecimento supõe o desenvolvimento do pensamento e que desenvolver o pensamento supõe metodologia e procedimentos sistemáticos do pensar”.

A lacuna da frase acima de Libâneo é corretamente preenchida com qual termo abaixo:

Alternativas
Comentários
  • A___________ precisa incorporar as investigações mais recentes sobre modos de aprender e ensinar e sobre o papel mediador do professor na preparação dos alunos para o pensar. Mais precisamente, será fundamental entender que o conhecimento supõe o desenvolvimento do pensamento e que desenvolver o pensamento supõe metodologia e procedimentos sistemáticos do pensar”.

    B) DIDÁTICA


ID
4882195
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, referenciais para a renovação e reelaboração da proposta curricular, reforçam a importância de que cada escola formule seu projeto educacional, compartilhado por toda a equipe, para que a melhoria da qualidade da educação resulte:

Alternativas

ID
4882198
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 9.394/96, sobre a Educação de Jovens e Adultos podemos concluir que:

I - A Educação de Jovens e Adultos será destinada aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos, no ensino fundamental e médio na idade própria.
II. Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos Jovens e aos Adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
III. O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.

Alternativas
Comentários
  • Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida.           

    § 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.

    § 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.

  • A questão exige o conhecimento sobre a LEI Nº 9.349/96 - Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDBEN), em especial sobre a educação de jovens e adultos (EJA). Assinalemos de acordo com a lei os itens corretos. Vejamos:

    Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida. 

    § 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. (ITEM II)

    § 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. (ITEM III)

    § 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento. (ITEM I)

    Todos os itens estão corretos.

    GABARITO: D


ID
4882201
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Segundo Morin (1992), não há sentido relevante se desenvolver um currículo de forma fragmentada, descontextualizado de seu meio ambiente, pois:

Alternativas
Comentários
  • d) Só se conhece o objeto do estudo , recolocando-o na inter-relação com o meio que o cerca, dando significado e sentidos.

    #vousernomeado


ID
4882204
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com Cesár Coll (1999), o currículo pode ser concebido como um elo que reúne diferentes elementos. Sendo assim, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Que questão má elaborada

  • gabarito INCORRETA - b - Adestramento educacional.

  • Questão subjetiva, pois não deixa clara a perspectiva adotada pelo próprio autor, caracterizando todos os elementos como possíveis. César Coll assim como Tomaz Tadeu da Silva e Sacristan, só para citar alguns, exploram múltiplos conhecimentos apresentados pelos currículos, sejam originários e consequentemente históricos, contemporâneos, ideários etc, exigindo, para a elaboração de uma questão, ser minimamente clara e contextualizada, o que não é o caso aqui.


ID
4882207
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Lei Nº 9.394/96 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. O seu artigo 3º traz os princípios por meio dos quais o ensino será ministrado. Assinale a alternativa que NÃO contém um destes princípios:

Alternativas

ID
4882210
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Constituição Federal dispõe em seu artigo 208 que o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de educação básica obrigatória e gratuita dos:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA  A

    Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

    I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (QUATRO) AOS 17 (DEZESSETE) ANOS DE IDADE, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; 

    FONTE: CF 1988

  • Questão exige conhecimento relacionado aos direitos fundamentais constitucionais, em especial no que diz respeito ao direito fundamental à educação.

    Conforme o art. 208, I, da CF/88 “O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria”.

    Como se vê, a única alternativa que se amolda ao texto do diploma constitucional, é a “a”, cujo teor menciona “4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade”.

    GABARITO: A.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre educação básica obrigatória. 

    A– Correta - É o que dispõe a Constituição em seu art. 208: "O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (...)".

    B– Incorreta - Não é o que dispõe a Constituição a respeito do tema.

    C- Incorreta - Não é o que dispõe a Constituição a respeito do tema.

    D- Incorreta - Não é o que dispõe a Constituição a respeito do tema.

    E- Incorreta - Não é o que dispõe a Constituição a respeito do tema.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa A.


ID
4882213
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Constituição Federal dispõe em seu artigo 208 que o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças de até:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

     IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças ATÉ 5 (CINCO) ANOS DE IDADE;   

    FONTE: CF 1988

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Vejamos:

    Art. 208, CF. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

    IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade.

    Assim:

    A. ERRADO. 6 (seis) anos de idade.

    B. CERTO. 5 (cinco) anos de idade.

    C. ERRADO. 4 (quatro) anos de idade.

    D. ERRADO. 7 (sete) anos de idade.

    E. ERRADO. 3 (três) anos de idade.

    GABARITO: ALTERNATIVA B.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre educação. 

    A– Incorreta - Não é o que dispõe a Constituição a respeito do tema.

    B– Correta - É o que dispõe a Constituição em seu art. 208: "O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: (...) IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade".

    C- Incorreta - Não é o que dispõe a Constituição a respeito do tema.

    D- Incorreta - Não é o que dispõe a Constituição a respeito do tema.

    E- Incorreta - Não é o que dispõe a Constituição a respeito do tema.

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa B.

  • Creche = Cinco anos

  • tanta coisa útil para cair em prova ...

ID
4882216
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

De acordo com o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • GAB A

    EASY

  • Gabarito - A

    Art. 2: CONSIDERA-SE CRIANÇA, PARA OS EFEITOS DESTA LEI, A PESSOA ATÉ 12 ANOS DE IDADE INCOMPLETOS, E ADOLECENTE AQUELE ENTRE 12 E 18 ANOS DE IDADE.

  • Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

    Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

  • A questão exige o conhecimento estampado no art. 2º do ECA, que define o limite de idade em que a pessoa será considerada criança e adolescente.

    Conforme se depreende da lei nº 8.096/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), a criança é aquela pessoa até 12 anos incompletos. Ou seja, no dia do aniversário em que completa 12 anos, a pessoa deixa de ser criança e passa a ser considerada adolescente.

    Art. 2º ECA: considera-se criança, para os efeitos desta lei, a pessoa até 12 anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre 12 e 18 anos de idade.

    Em relação ao adolescente, devemos ter o mesmo raciocínio: no dia do aniversário de 18 anos, a pessoa se torna adulta; ocasião em que o ECA deixará de ser aplicado como regra e só poderá ser aplicado em casos excepcionais.

    Portanto, a única alternativa correta é a letra A.

    GABARITO: A

  • -O Estatuto dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente (art. 1º).

    1. Criança: a pessoa até doze anos de idade incompletos
    2. Adolescente: a pessoa entre doze e dezoito anos de idade.
    • Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente o ECA às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. (art. 2º e parágrafo único)


ID
4882219
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

Assinale a alternativa que NÃO está de acordo com o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente:

Alternativas
Comentários
  • Gab- C

    O acesso ao ensino obrigatório e gratuito não é caracterizado como um direito público subjetivo.

  • gab.: C

    ECA

    art. 54

    § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo

  • A questão exige conhecimento acerca da Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e pede ao candidato que assinale o item incorreto. Vejamos:

    a) Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares.

    Correto, inteligência do art. 56, II, ECA: Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

    b) Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de elevados níveis de repetência.

    Correto, inteligência do art. 56, III, ECA: Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: III - elevados níveis de repetência.

    c) O acesso ao ensino obrigatório e gratuito não é caracterizado como um direito público subjetivo.

    Errado e, portanto, gabarito da questão. O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é, sim, considerado direito público subjetivo, nos termos do art. 54, § 1º, ECA: § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

    d) Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de maus-tratos envolvendo seus alunos.

    Correto, inteligência do art. 56, I, ECA: Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

    e) Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.

    Correto, inteligência do art. 55, ECA: Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.

    Gabarito: C

  • art 56: Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:

    1- maus-tratos envolvendo seus alunos

    2- reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares

    3- elevados níveis de repetência


ID
4882222
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Assinale a alternativa que está de acordo com a Lei Orgânica do Município de Mangaratiba:

Alternativas

ID
4882225
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A Lei Orgânica do Município de Mangaratiba, em conformidade com as regras constitucionais, estabelece as formas pelas quais a soberania popular pode ser exercida. Assinale a alternativa que NÃO corresponde a uma destas formas:

Alternativas

ID
4882228
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Assinale a alternativa que está de acordo com o regramento previsto na Lei Orgânica do Município de Mangaratiba:

Alternativas

ID
4882231
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Assinale a alternativa que está de acordo com a Lei Orgânica do Município de Mangaratiba:

Alternativas

ID
4882234
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Assinale a alternativa que NÃO corresponde a um direito do servidor público municipal:

Alternativas

ID
4882237
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. As pessoas, quando corriam, antigamente, era para tirar o pai da forca e não caíam de cavalo magro. Algumas jogavam verde para colher maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa. O que não impedia que, nesse entrementes, esse ou aquele embarcasse em canoa furada. [...]

ANDRADE, Carlos Drummond. Quadrante. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970.

No texto de Drummond, são exemplificadas algumas gírias que caíram em desuso. A propósito de tais variedades linguísticas, é lícito afirmar que a sua ocorrência:

Alternativas
Comentários
  • Letra B

    Variação linguística histórica?!

  • Letra B

    Variação linguística histórica?!

  • Letra B, pois gírias e jargões são característicos de variações diastráticas , ou seja, referentes a determinados grupos sociais.

  • A questão pede algo simples, mas se for tirar leite de pedra complica.

  • Confundiu imposição com execução.

    Impor multa não precisa de autorização do judiciário. Logo, a imposição de multa possui a autoexecutoridade.

    Contudo, a sua execução precisa de intervenção do judiciário. Logo, a execução não possui autoexecutoriedade.

    São coisas distintas.


ID
4882240
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. As pessoas, quando corriam, antigamente, era para tirar o pai da forca e não caíam de cavalo magro. Algumas jogavam verde para colher maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa. O que não impedia que, nesse entrementes, esse ou aquele embarcasse em canoa furada. [...]

ANDRADE, Carlos Drummond. Quadrante. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970.

Ao afirmar “Algumas jogavam verde para colher maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa”, o autor fez uso do seguinte elemento de textualidade:

Alternativas
Comentários
  • A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. Assim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de ambos: forma e conteúdo.

    Toda Matéria- todamateria.com.br

    Gabarito Letra A


ID
4882243
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. As pessoas, quando corriam, antigamente, era para tirar o pai da forca e não caíam de cavalo magro. Algumas jogavam verde para colher maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa. O que não impedia que, nesse entrementes, esse ou aquele embarcasse em canoa furada. [...]

ANDRADE, Carlos Drummond. Quadrante. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970.

Considerando-se os modos de organização textual presentes na construção do fragmento, conclui-se que, o autor - a fim de caracterizar as moças de antigamente - , além do descritivo, valeu-se também do tipo:

Alternativas
Comentários
  • Eu errei a questão, mas após pouco analisar, conclui que se trata da letra C. Devido ao fato de apresentar

    Foco narrativo: Terceira Pessoa

    Acão: "Completar primaveiras"

    Personagens: Moças

    Tempo: 18, primaveiras

    Narrador: Narrador Observador

  • Por eliminação:

    B e E não podem ser pois não são tipos textuais - ahh mas argumentativo é sim um tipo textual? Não, o que é tipo textual é dissertativo e dentro de dissertativo pode ser argumentativo ou expositivo.

    A não pode ser pois injuntivo é caracterizado pela interação com leitor (ex: receita culinária)

    Resta então C e D:

    D não pode ser pois não há exposição de um tema, característica do texto dissertativo.

    Resta C


ID
4882246
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. As pessoas, quando corriam, antigamente, era para tirar o pai da forca e não caíam de cavalo magro. Algumas jogavam verde para colher maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa. O que não impedia que, nesse entrementes, esse ou aquele embarcasse em canoa furada. [...]

ANDRADE, Carlos Drummond. Quadrante. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970.

No período “Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio” há:

Alternativas

ID
4882249
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

José Lemos Monteiro (2002), em seus estudos sobre morfologia, menciona alguns tipos de alomorfia no português, a saber: de raiz, de sufixo, de prefixo e de vogal temática. Analisando-se os pares abaixo, conclui-se que representa alomorfia de vogal temática o seguinte exemplo:

Alternativas
Comentários
  •  alomorfia de vogal temática : indica mudança na Vogal Temática

  • Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desinências. Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas: A, E e I.

    Caracteriza os verbos da conjugação. Exemplos:

    buscar, buscavas, etc.

    Caracteriza os verbos da conjugação. Exemplos:

    romper, rompemos, etc.

    Caracteriza os verbos da conjugação. Exemplos:

    proibir, proibirá, etc.

  • Vogal temática: e o elemento que, nos verbos, serve para indicar a conjugação são três:

    A - para verbos de primeira conjugação: fal + A + r

    E - para verbos de segunda conjugação: varr + E + r

    I - para verbos de terceira conjugação: part + I + r

  • A vogal temática é a vogal que se une ao radical da palavra. A função desse morfema formador de palavras é ligar o radical às desinências, formando assim, o tema.

    Lembre-se que o radical é um elemento mórfico que contém o significado básico das palavras.

    Exemplo:

    Ferr– radical de ferro, ferragem, ferrugem, etc.

    As desinências são morfemas que indicam as flexões das palavras (número, gênero, pessoa, modo e tempo verbal). São acrescidas no final dos termos e podem ser nominais ou verbais.

    Exemplo:

    Amigo – amig(desinências nominais de gênero)

    Por fim, o tema é a união do radical com a vogal temática, por exemplo: estuda, onde estud– é o radical e o –é a vogal temática.

    A vogal temática pode ser verbal ou nominal.

    Verbal: de acordo com as conjugações verbais, temos três tipos de vogais temáticas.

    • 1ª conjugação é o “a”, por exemplo: andar, amar, falar.
    • 2ª conjugação é o “e”, por exemplo: vender, comer, ter.
    • 3ª conjugação é o “i”, por exemplo, sair, partir, dormir.

    Obs: há exceções que são chamadas de formas atemáticas. Nos verbos essas formas ocorrem no presente do subjuntivo, por exemplo:

    • 1ª conjugação: cante – cant/e
    • 2ª conjugação: venda – vend/a
    • 3ª conjugação: parta – part/a

    Nominal: presente nos nomes substantivos, elas são classificadas em três tipos:

    • A vogal “a”: substantivos terminados em “a”, por exemplo, casa, escola e sala.
    • A vogal “o”: substantivos terminados em “o”, por exemplo, prato, copo e livro.
    • A vogal “e”: substantivos terminados em “e”, por exemplo, controle, sorte e pote.

    Obs: as palavras terminadas em vogais tônicas não apresentam vogal temática, por exemplo: café, sofá, picolé, cajá, etc. Elas representam as formas “atemáticas”. Assim, as vogais temáticas nominais estão presentes somente nos nomes átonos.

    https://www.todamateria.com.br/vogal-tematica/#:~:text=A%20vogal%20tem%C3%A1tica%20%C3%A9%20a,%2C%20formando%20assim%2C%20o%20tema.&text=Por%20fim%2C%20o%20tema%20%C3%A9,a%20%C3%A9%20a%20vogal%20tem%C3%A1tica.


ID
4882252
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Segundo Joaquim Mattoso Câmara Júnior, os vocábulos formais de uma língua classificam-se em formas livres, presas e dependentes. Considerando cada um destes elementos grifados – mimosas / e / cavalo - tem-se, respectivamente, a seguinte classificação quanto à sua forma:

Alternativas
Comentários
  • Forma presa: Morfema que, por si só, não pode constituir uma palavra, sendo portanto, necessariamente, um constituinte de palavra.

    Forma dependente: Forma não autônoma cujo significante se associa a outras formas dependentes ou livres, com elas constituindo um sintagma.

    Forma livre: Morfema que, por si só, pode constituir uma palavra.

    Gabarito: D

  • exemplos:

    'a, de, que: formas dependentes;

    azul, lei, luz: formas livres;

    desfazer, predisposto, felizmente: vocábulos que incluem formas presas, respectivamente des-, pre- e -mente.'

    https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/formas-presas-livres-e-dependentes/28055#:~:text=Forma%20presa%3A%20%C2%ABMorfema%20que%2C,formas%20presas%2C%20constituindo%20uma%20palavra.


ID
4882255
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

A língua é uma forma de conhecimento e um meio de construir, estabelecer, manter e modificar relações com os outros. Por isso mesmo, uma mesma pessoa é capaz de utilizar diferentes “estilos” ou registros de língua (...): quando se dirige a um adulto ou quando fala a uma criança, quando fala a pessoas reunidas em um auditório ou quando conversa de um modo descontraído numa roda de amigos, quando escreve uma carta de candidato a um emprego ou quando comparece para uma entrevista com esse mesmo objetivo, quando relata um acontecimento ou quando dá um conselho a alguém.

AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua
Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008. Adaptado.

No fragmento (texto 2), fica claro, através dos exemplo citados pelo autor, que o registro adotado pelo falante de uma língua:

Alternativas

ID
4882258
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

A língua é uma forma de conhecimento e um meio de construir, estabelecer, manter e modificar relações com os outros. Por isso mesmo, uma mesma pessoa é capaz de utilizar diferentes “estilos” ou registros de língua (...): quando se dirige a um adulto ou quando fala a uma criança, quando fala a pessoas reunidas em um auditório ou quando conversa de um modo descontraído numa roda de amigos, quando escreve uma carta de candidato a um emprego ou quando comparece para uma entrevista com esse mesmo objetivo, quando relata um acontecimento ou quando dá um conselho a alguém.

AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua
Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008. Adaptado.

Analisando-se sintaticamente a oração “quando escreve uma carta de candidato a um emprego”, verifica-se que o termo “de candidato” é um:

Alternativas
Comentários
  • B de bochecha


ID
4882261
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3

A noção de ‘classe de palavra’ é o conceito-chave de nosso conhecimento da língua como um sistema. É assim que o verbo varia para expressar tempo e pessoa (estão / estamos/ estavam), o substantivo apresenta gênero (o portão / a porta) e varia para expressão de número (o cachorro / os cachorros), características que ele repassa ao adjetivo que o acompanha (preso / presos / presa / presas).

 AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua
Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008. Adaptado.

Os conteúdos mencionados no texto 3 e as formas que os expressam mediante variações da palavra fazem, especificamente, parte da:

Alternativas

ID
4882264
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3

A noção de ‘classe de palavra’ é o conceito-chave de nosso conhecimento da língua como um sistema. É assim que o verbo varia para expressar tempo e pessoa (estão / estamos/ estavam), o substantivo apresenta gênero (o portão / a porta) e varia para expressão de número (o cachorro / os cachorros), características que ele repassa ao adjetivo que o acompanha (preso / presos / presa / presas).

 AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua
Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008. Adaptado.

Ao afirmar que o substantivo “varia a expressão de número”, o autor refere-se à categoria de:

Alternativas
Comentários
  • Não pode ser letra E, pois sufixo forma nova palavra

  • A variação de número, gênero (nomes), tempo, pessoa (verbos) etc. é através de desinências, não sufixos.

  • ( C )

    na flexão de nomes, trabalhamos com os morfemas que servem para indicar as flexões nominais de gênero e número nos Adjetivos / substantivos.

    ex: mesa - mesas, carro - carros, por isso não é sufixo.

    https://www.infoescola.com/portugues/desinencias-verbais-e-nominais/


ID
4882267
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 4

Era uma vez uma menina. Não era uma menina deste tamanhinho. Mas também não era uma menina deste tamanhão. Era uma menina assim mais ou menos do seu tamanho. E muitas vezes ela tinha vontade de saber que tamanho era esse, afinal de contas. Porque tinha dias que a mãe dela dizia assim:
- Helena, você já está muito grande para fazer uma coisa dessas. Onde já se viu uma menina do seu tamanho chegar em casa assim tão suja de ficar brincando na lama?

(MACHADO, Maria Ana. Bem do seu tamanho. Editora
Brasil: América Rio de Janeiro,1982.Fragmento)

O recurso usado pela autora do texto 5 , neste trecho, para atrair o interesse do público infantil para o tema abordado e promover uma possível identificação do leitor mirim com a experiência vivida pela personagem, é:

Alternativas

ID
4882270
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 4

Era uma vez uma menina. Não era uma menina deste tamanhinho. Mas também não era uma menina deste tamanhão. Era uma menina assim mais ou menos do seu tamanho. E muitas vezes ela tinha vontade de saber que tamanho era esse, afinal de contas. Porque tinha dias que a mãe dela dizia assim:
- Helena, você já está muito grande para fazer uma coisa dessas. Onde já se viu uma menina do seu tamanho chegar em casa assim tão suja de ficar brincando na lama?

(MACHADO, Maria Ana. Bem do seu tamanho. Editora
Brasil: América Rio de Janeiro,1982.Fragmento)

Analisando-se o texto de Ana Maria Machado, é lícito afirmar que a linguagem empregada é predominantemente informal. Dos fragmentos abaixo, o único que comprova tal afirmação é o seguinte:

Alternativas
Comentários
  • Letra A. Formalmente seria "...HÁ dias EM que..."


ID
4882273
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 4

Era uma vez uma menina. Não era uma menina deste tamanhinho. Mas também não era uma menina deste tamanhão. Era uma menina assim mais ou menos do seu tamanho. E muitas vezes ela tinha vontade de saber que tamanho era esse, afinal de contas. Porque tinha dias que a mãe dela dizia assim:
- Helena, você já está muito grande para fazer uma coisa dessas. Onde já se viu uma menina do seu tamanho chegar em casa assim tão suja de ficar brincando na lama?

(MACHADO, Maria Ana. Bem do seu tamanho. Editora
Brasil: América Rio de Janeiro,1982.Fragmento)

No trecho “Onde já se viu uma menina do seu tamanho chegar em casa assim tão suja...”, encontra-se uma marca da linguagem informal presente no texto 5 , representada por um emprego sintático que está em descordo com o norma culta da língua. Essa marca refere-se à:

Alternativas
Comentários
  • Quem chega, chega "a" algum lugar

  • quem chega , chega "em" algum lugar.
  • os verbos Ir, voltar e chegar aceitam as preposições (a,de,para) e não aceitam (em,no,na)

  • GABARITO D

    A regência do verbo assistir funciona da seguinte forma:

    Assistir no sentido de

    Ver - VTI (a)

    Assistiu ao Espetáculo

    Ajudar - VTD

    Assistiu o necessitado

    Morar - VTI ( Em )

    Assiste em Jijoca

  • Gabarito D.

    Reescrita correta:

    Onde já se viu uma menina do seu tamanho chegar à casa assim tão suja.

    Quem chega, chega a algum lugar...

  • os verbos Ir, voltar e chegar aceitam as preposições (a,de,para) e não aceitam (em,no,na)


ID
4882276
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 5

Os gêneros existem em número quase ilimitado, variando em função da época (epopeia, cartoon), das culturas (haikai, cordel),das finalidades sociais(entreter ,informar), de modo que, mesmo que a escola se impusesse a tarefa de tratar de todos, isso não seria possível. Portanto, é preciso priorizar os gêneros que merecerão abordagem mais aprofundada. Sem negar a importância dos textos que respondem a exigências das situações privadas de interlocução, em função dos compromissos de assegurar ao aluno o exercício pleno da cidadania, é preciso que as situações escolares de ensino de Língua Portuguesa priorizem os textos que caracterizam os usos públicos da linguagem. Os textos a serem selecionados são aqueles que, por suas características e usos, podem favorecer a reflexão crítica, o exercício de formas de pensamento mais elaboradas e abstratas, bem como a fruição estética dos usos artísticos da linguagem, ou seja, os mais vitais para a plena participação numa sociedade letrada. (PCNs de Língua Portuguesa)

O excerto extraído dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) ressalta a importância de se trabalhar com gêneros textuais que sejam relevantes, visto que existem em um número quase ilimitado. Os gêneros textuais são definidos como fenômenos históricos profundamente relacionados

Alternativas

ID
4882279
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 5

Os gêneros existem em número quase ilimitado, variando em função da época (epopeia, cartoon), das culturas (haikai, cordel),das finalidades sociais(entreter ,informar), de modo que, mesmo que a escola se impusesse a tarefa de tratar de todos, isso não seria possível. Portanto, é preciso priorizar os gêneros que merecerão abordagem mais aprofundada. Sem negar a importância dos textos que respondem a exigências das situações privadas de interlocução, em função dos compromissos de assegurar ao aluno o exercício pleno da cidadania, é preciso que as situações escolares de ensino de Língua Portuguesa priorizem os textos que caracterizam os usos públicos da linguagem. Os textos a serem selecionados são aqueles que, por suas características e usos, podem favorecer a reflexão crítica, o exercício de formas de pensamento mais elaboradas e abstratas, bem como a fruição estética dos usos artísticos da linguagem, ou seja, os mais vitais para a plena participação numa sociedade letrada. (PCNs de Língua Portuguesa)

Ainda segundo os PCNs, no processo de ensino-aprendizagem dos diferentes ciclos do ensino fundamental, espera-se que o aluno amplie o domínio ativo do discurso nas diversas situações comunicativas, sobretudo nas instâncias públicas de uso da linguagem, de modo a possibilitar sua inserção efetiva no mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania. Para isso, a escola deverá organizar um conjunto de atividades que, progressivamente, entre outras ações, possibilite ao aluno utilizar a linguagem na:

Alternativas

ID
4882282
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 6


Língua padrão: um peixe ensaboado?

Entretanto, se todos concordam com a existência e as vantagens da língua padrão, pouca gente – se é que há alguém – será capaz de descrevê-la rigorosamente. Pode-se dizer que aquilo que se chama ‘língua padrão’ é um peixe ensaboado! E tanto mais difícil será definir, quanto mais transformações sociais, políticas e econômicas se passem em curto espaço de tempo em uma sociedade, como é o caso do Brasil. De tal modo que um gramático conservador, munido de compêndios, que passasse um mês diante de noticiários de televisão ou lendo jornais e revistas, acabaria por declarar, desesperado, que ninguém mais sabe falar e escrever no país.

FARACO, C. A. e TEZZA, C. Prática de texto: língua portuguesa

para nossos estudantes. RJ, Vozes, 1992.


A definição metafórica da língua padrão apresentada pelos autores revela que a existência de uma variedade rigorosamente padrão é:

Alternativas

ID
4882285
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 6


Língua padrão: um peixe ensaboado?

Entretanto, se todos concordam com a existência e as vantagens da língua padrão, pouca gente – se é que há alguém – será capaz de descrevê-la rigorosamente. Pode-se dizer que aquilo que se chama ‘língua padrão’ é um peixe ensaboado! E tanto mais difícil será definir, quanto mais transformações sociais, políticas e econômicas se passem em curto espaço de tempo em uma sociedade, como é o caso do Brasil. De tal modo que um gramático conservador, munido de compêndios, que passasse um mês diante de noticiários de televisão ou lendo jornais e revistas, acabaria por declarar, desesperado, que ninguém mais sabe falar e escrever no país.

FARACO, C. A. e TEZZA, C. Prática de texto: língua portuguesa

para nossos estudantes. RJ, Vozes, 1992.


E tanto mais difícil será definir, quanto mais transformações sociais, políticas e econômicas se passem em curto espaço de tempo em uma sociedade, como é o caso do Brasil”. A construção desse período foi articulada através de conectivos destacados, os quais apresentam, respectivamente, os seguintes valores semânticos:

Alternativas
Comentários
  • Proporção = à medida que, ao passo que, quanto mais..

    Comparativas = como, assim como, tal qual, que nem, como se..

    Muitos estudantes colocaram conformativas, no entanto, não encaixa, faça a analise: como é o caso do Brasil”.

    Segundo é o caso do Brasil ?

    Conforme é o caso do Brasil?

    Analise o período por completo que ficará mais simples a resolução;

    “E tanto mais difícil será definir, quanto mais transformações sociais, políticas e econômicas se passem em curto espaço de tempo em uma sociedade, como é o caso do Brasil”.


ID
4882288
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 7


Cultura visual e texto literário: variações

   No início dos anos noventa, num programa matinal da TV Globo dirigido ao público infantil, crianças entravam em disputa por um objeto qualquer, e a que apresentava o pior desempenho recebia, ou melhor, era castigada com um livro. O exemplo dispensa comentários ao estigmatizar a leitura como algo penoso e impertinente, enquanto fortalece uma reserva de mercado para a televisão entre os pixotes. Parece também concordar com a Bíblia, onde se lê no Eclesiastes 12.12: “E de se fazerem livros não há fim. E muita devoção a eles é fadiga para a carne”. E dá sua contribuição à velha guerra dos meios - o cinema acabaria com o teatro, a televisão liquidaria o teatro e o cinema, o CD Rom aposentaria o livro etc. - profecias com as quais os fatos se divertem, pois, na verdade, os veículos se reacomodam uns em relação aos outros, suas linguagens se entre mesclam na mais ora criativa, ora espúria intersemio-se. Pensemos no videogame, que é quadrinho, televisão, arte gráfica, computação, e não exterminou, aparentemente, sequer uma cantiga de roda até agora!

  O que o exemplo não explicita, porém, é seu desejo de impor uma temporalidade vazia. Para o entretenimento é preciso que o tempo passe sem ser notado, sem resistência, macio como o fluir gozoso do consumo. Assiste-se ao Domingão do Faustão para matar o tempo, mas lê-se Grande sertão: veredas para saborear melhor o tempo, enriquecendo-o com outros tempos. É inegável: o entretenimento dessensibiliza, ao passo que a boa literatura sobre-sensibiliza nossa inerência ao tempo, apondo-lhe pelo prazer uma nova qualidade. 


SANTOS, Jair Ferreira dos. Breve, o pós-humano: ensaios

contemporâneos. 2a. ed. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 2003.

O texto inicia-se com a descrição de uma cena ocorrida em um programa matinal da TV Globo, dirigido ao público infantil. O conteúdo da cena serve de exemplo ao autor para explicitar o seguinte posicionamento sobre a disputa por supremacia entre os meios de comunicação:

Alternativas

ID
4882291
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 7


Cultura visual e texto literário: variações

   No início dos anos noventa, num programa matinal da TV Globo dirigido ao público infantil, crianças entravam em disputa por um objeto qualquer, e a que apresentava o pior desempenho recebia, ou melhor, era castigada com um livro. O exemplo dispensa comentários ao estigmatizar a leitura como algo penoso e impertinente, enquanto fortalece uma reserva de mercado para a televisão entre os pixotes. Parece também concordar com a Bíblia, onde se lê no Eclesiastes 12.12: “E de se fazerem livros não há fim. E muita devoção a eles é fadiga para a carne”. E dá sua contribuição à velha guerra dos meios - o cinema acabaria com o teatro, a televisão liquidaria o teatro e o cinema, o CD Rom aposentaria o livro etc. - profecias com as quais os fatos se divertem, pois, na verdade, os veículos se reacomodam uns em relação aos outros, suas linguagens se entre mesclam na mais ora criativa, ora espúria intersemio-se. Pensemos no videogame, que é quadrinho, televisão, arte gráfica, computação, e não exterminou, aparentemente, sequer uma cantiga de roda até agora!

  O que o exemplo não explicita, porém, é seu desejo de impor uma temporalidade vazia. Para o entretenimento é preciso que o tempo passe sem ser notado, sem resistência, macio como o fluir gozoso do consumo. Assiste-se ao Domingão do Faustão para matar o tempo, mas lê-se Grande sertão: veredas para saborear melhor o tempo, enriquecendo-o com outros tempos. É inegável: o entretenimento dessensibiliza, ao passo que a boa literatura sobre-sensibiliza nossa inerência ao tempo, apondo-lhe pelo prazer uma nova qualidade. 


SANTOS, Jair Ferreira dos. Breve, o pós-humano: ensaios

contemporâneos. 2a. ed. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 2003.

É senso comum que o papel do livro e da cultura literária na formação do indivíduo e do cidadão está sendo superado por mídias mais envolventes, afinadas com a inovação tecnológica. Sobre essa visão do senso comum, o autor do texto , elabora uma defesa de leituras literárias como argumento de que o ser humano:

Alternativas

ID
4882294
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 7


Cultura visual e texto literário: variações

   No início dos anos noventa, num programa matinal da TV Globo dirigido ao público infantil, crianças entravam em disputa por um objeto qualquer, e a que apresentava o pior desempenho recebia, ou melhor, era castigada com um livro. O exemplo dispensa comentários ao estigmatizar a leitura como algo penoso e impertinente, enquanto fortalece uma reserva de mercado para a televisão entre os pixotes. Parece também concordar com a Bíblia, onde se lê no Eclesiastes 12.12: “E de se fazerem livros não há fim. E muita devoção a eles é fadiga para a carne”. E dá sua contribuição à velha guerra dos meios - o cinema acabaria com o teatro, a televisão liquidaria o teatro e o cinema, o CD Rom aposentaria o livro etc. - profecias com as quais os fatos se divertem, pois, na verdade, os veículos se reacomodam uns em relação aos outros, suas linguagens se entre mesclam na mais ora criativa, ora espúria intersemio-se. Pensemos no videogame, que é quadrinho, televisão, arte gráfica, computação, e não exterminou, aparentemente, sequer uma cantiga de roda até agora!

  O que o exemplo não explicita, porém, é seu desejo de impor uma temporalidade vazia. Para o entretenimento é preciso que o tempo passe sem ser notado, sem resistência, macio como o fluir gozoso do consumo. Assiste-se ao Domingão do Faustão para matar o tempo, mas lê-se Grande sertão: veredas para saborear melhor o tempo, enriquecendo-o com outros tempos. É inegável: o entretenimento dessensibiliza, ao passo que a boa literatura sobre-sensibiliza nossa inerência ao tempo, apondo-lhe pelo prazer uma nova qualidade. 


SANTOS, Jair Ferreira dos. Breve, o pós-humano: ensaios

contemporâneos. 2a. ed. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 2003.

No seguinte período do texto 1, “Parece também concordar com a Bíblia, onde se lê no Eclesiastes 12.12”, o que determina a anteposição do pronome oblíquo átono ao verbo é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

    Onde é um advérbio!

    Advérbios são fatores atrativos de próclise.

    Lista com "alguns" fatores atrativos:

    https://blog.grancursosonline.com.br/10-regras-perfeito-uso-colocacao-pronomial/

    Bons estudos!

  • Corrigindo o colega acima:

    Na questão, o pronome oblíquo átono não é atraído por conta de advérbio de lugar.

    NO CASO, "ONDE" É PRONOME RELATIVO E RETOMA O TERMO IMEDIATAMENTE ANTERIOR "BÍBLIA".

    PORTANTO, TRATA-SE DE ATRAÇÃO POR PRONOME RELATIVO E NÃO POR ADVÉRBIO.

    GABARITO: E

  • Assertiva E

    a presença do relativo “onde” como palavra atrativa de pronome.


ID
4882297
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 7


Cultura visual e texto literário: variações

   No início dos anos noventa, num programa matinal da TV Globo dirigido ao público infantil, crianças entravam em disputa por um objeto qualquer, e a que apresentava o pior desempenho recebia, ou melhor, era castigada com um livro. O exemplo dispensa comentários ao estigmatizar a leitura como algo penoso e impertinente, enquanto fortalece uma reserva de mercado para a televisão entre os pixotes. Parece também concordar com a Bíblia, onde se lê no Eclesiastes 12.12: “E de se fazerem livros não há fim. E muita devoção a eles é fadiga para a carne”. E dá sua contribuição à velha guerra dos meios - o cinema acabaria com o teatro, a televisão liquidaria o teatro e o cinema, o CD Rom aposentaria o livro etc. - profecias com as quais os fatos se divertem, pois, na verdade, os veículos se reacomodam uns em relação aos outros, suas linguagens se entre mesclam na mais ora criativa, ora espúria intersemio-se. Pensemos no videogame, que é quadrinho, televisão, arte gráfica, computação, e não exterminou, aparentemente, sequer uma cantiga de roda até agora!

  O que o exemplo não explicita, porém, é seu desejo de impor uma temporalidade vazia. Para o entretenimento é preciso que o tempo passe sem ser notado, sem resistência, macio como o fluir gozoso do consumo. Assiste-se ao Domingão do Faustão para matar o tempo, mas lê-se Grande sertão: veredas para saborear melhor o tempo, enriquecendo-o com outros tempos. É inegável: o entretenimento dessensibiliza, ao passo que a boa literatura sobre-sensibiliza nossa inerência ao tempo, apondo-lhe pelo prazer uma nova qualidade. 


SANTOS, Jair Ferreira dos. Breve, o pós-humano: ensaios

contemporâneos. 2a. ed. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 2003.

A alternativa em que o que se afirma sobre a formação das seguintes palavras, retiradas do texto 1 , não está correto, é

Alternativas
Comentários
  • letra A está certa, vejam:

    Este vocábulo é considerado um hibridismo, por ser formado por um radical de origem grega (tele-) + um elemento de origem latina (visão).

    Gabarito deve ser anulado

  • Ah, blz. Eu vou adivinhar muito que "tele" é grego e "visão", latino. pqp....

  • ( C )

    Ele solicita a incorreta.

    Semiose é uma palavra que significa Processo de significação e de produção de significados.

    ( https://www.dicio.com.br/semiose/ )

    A esta palavra acrescentamos um prefixo = Inter

    “intersemiose" - Derivação prefixal.

    1) Hibridismo Consiste na formação de palavras compostas por elementos provenientes de idiomas diferentes.

    Exemplos: automóvel (grego e latim) burocracia (francês e grego) sociologia (latim e grego)


ID
4882300
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 7


Cultura visual e texto literário: variações

   No início dos anos noventa, num programa matinal da TV Globo dirigido ao público infantil, crianças entravam em disputa por um objeto qualquer, e a que apresentava o pior desempenho recebia, ou melhor, era castigada com um livro. O exemplo dispensa comentários ao estigmatizar a leitura como algo penoso e impertinente, enquanto fortalece uma reserva de mercado para a televisão entre os pixotes. Parece também concordar com a Bíblia, onde se lê no Eclesiastes 12.12: “E de se fazerem livros não há fim. E muita devoção a eles é fadiga para a carne”. E dá sua contribuição à velha guerra dos meios - o cinema acabaria com o teatro, a televisão liquidaria o teatro e o cinema, o CD Rom aposentaria o livro etc. - profecias com as quais os fatos se divertem, pois, na verdade, os veículos se reacomodam uns em relação aos outros, suas linguagens se entre mesclam na mais ora criativa, ora espúria intersemio-se. Pensemos no videogame, que é quadrinho, televisão, arte gráfica, computação, e não exterminou, aparentemente, sequer uma cantiga de roda até agora!

  O que o exemplo não explicita, porém, é seu desejo de impor uma temporalidade vazia. Para o entretenimento é preciso que o tempo passe sem ser notado, sem resistência, macio como o fluir gozoso do consumo. Assiste-se ao Domingão do Faustão para matar o tempo, mas lê-se Grande sertão: veredas para saborear melhor o tempo, enriquecendo-o com outros tempos. É inegável: o entretenimento dessensibiliza, ao passo que a boa literatura sobre-sensibiliza nossa inerência ao tempo, apondo-lhe pelo prazer uma nova qualidade. 


SANTOS, Jair Ferreira dos. Breve, o pós-humano: ensaios

contemporâneos. 2a. ed. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 2003.

O par de palavras do texto em que a troca de posição entre substantivo e adjetivo gera possível mudança de sentido é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    velha guerra = guerra antiga

    Guerra velha = existência longa, com muito tempo de vida

  • Velha Guerra = Guerra antiga

    Guerra Velha = Guerra que se estende a muitos anos!

  • item C também causa mudança de sentido


ID
4882303
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 7


Cultura visual e texto literário: variações

   No início dos anos noventa, num programa matinal da TV Globo dirigido ao público infantil, crianças entravam em disputa por um objeto qualquer, e a que apresentava o pior desempenho recebia, ou melhor, era castigada com um livro. O exemplo dispensa comentários ao estigmatizar a leitura como algo penoso e impertinente, enquanto fortalece uma reserva de mercado para a televisão entre os pixotes. Parece também concordar com a Bíblia, onde se lê no Eclesiastes 12.12: “E de se fazerem livros não há fim. E muita devoção a eles é fadiga para a carne”. E dá sua contribuição à velha guerra dos meios - o cinema acabaria com o teatro, a televisão liquidaria o teatro e o cinema, o CD Rom aposentaria o livro etc. - profecias com as quais os fatos se divertem, pois, na verdade, os veículos se reacomodam uns em relação aos outros, suas linguagens se entre mesclam na mais ora criativa, ora espúria intersemio-se. Pensemos no videogame, que é quadrinho, televisão, arte gráfica, computação, e não exterminou, aparentemente, sequer uma cantiga de roda até agora!

  O que o exemplo não explicita, porém, é seu desejo de impor uma temporalidade vazia. Para o entretenimento é preciso que o tempo passe sem ser notado, sem resistência, macio como o fluir gozoso do consumo. Assiste-se ao Domingão do Faustão para matar o tempo, mas lê-se Grande sertão: veredas para saborear melhor o tempo, enriquecendo-o com outros tempos. É inegável: o entretenimento dessensibiliza, ao passo que a boa literatura sobre-sensibiliza nossa inerência ao tempo, apondo-lhe pelo prazer uma nova qualidade. 


SANTOS, Jair Ferreira dos. Breve, o pós-humano: ensaios

contemporâneos. 2a. ed. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 2003.

O significado do termo destacado que está corretamente indicado é:

Alternativas

ID
4882306
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 8


Por parte de pai

  Todo acontecimento da cidade, da casa, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas paredes. Quem casou, morreu, fugiu, caiu, matou, traiu, comprou, juntou, chegou, partiu. Coisas simples como a agulha perdida no buraco do assoalho, ele escrevia. A história do açúcar sumido durante a Guerra, estava anotada. Eu não sabia por que ossoldados tinham tanta coisa a adoçar. Também desenhava tesouras desaparecidas, serrotes sem dentes, facas perdidas. E a casa, de corredor comprido, ia ficando bordada, estampada de cima a baixo. As paredes eram o caderno de meu avô. Cada quarto, cada sala, cada cômodo, uma página. Ele subia em cadeira, trepava em escada, ajoelhava na mesa. Para cada notícia escolhia um canto. Conversa mais indecente, ele escrevia bem no alto. Era preciso ser grande para ler, ou aproveitar quando não tinha ninguém em casa.

   Enquanto ele escrevia, eu inventava histórias sobre cada pedaço da parede. A casa de meu avô foi meu primeiro livro. Até história de assombração, tinha. Era de Maria Turum, preta que foi escrava […] e ajudou a criar os filhos. Sua alma costumava passear no terreiro em noites de sextas-feiras […]. Minha avó, muito desembaraçada, conversava com ela.

    História não faltava. Eu mesmo só parei de urinar na cama quando meu avô ameaçou escrever na parede. O medo me curou. Leitura era coisa séria e escrever, mais ainda. Escrever era não apagar nunca mais. O pior é que, depois de ler, ninguém mais esquece, se for coisa de interesse. Se não tem interesse, a gente perde ou joga fora. Um dia Milicão pediu o serrote emprestado. Meu avô disse estar muito cheio de dentes. Milicão foi embora e meu avô escreveu a história na parede. Milicão voltou e disse que serrote tem dentes mesmo.


(QUEIRÓS, Bartolomeu Campos. Por parte de pai. Belo Horizonte: RHJ, 1995.)

A leitura das paredes da casa do avô (texto ) permite ao narrador, na infância, uma experiência de letramento baseada:

Alternativas

ID
4882309
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
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Disciplina
Português
Assuntos

Texto 8


Por parte de pai

  Todo acontecimento da cidade, da casa, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas paredes. Quem casou, morreu, fugiu, caiu, matou, traiu, comprou, juntou, chegou, partiu. Coisas simples como a agulha perdida no buraco do assoalho, ele escrevia. A história do açúcar sumido durante a Guerra, estava anotada. Eu não sabia por que ossoldados tinham tanta coisa a adoçar. Também desenhava tesouras desaparecidas, serrotes sem dentes, facas perdidas. E a casa, de corredor comprido, ia ficando bordada, estampada de cima a baixo. As paredes eram o caderno de meu avô. Cada quarto, cada sala, cada cômodo, uma página. Ele subia em cadeira, trepava em escada, ajoelhava na mesa. Para cada notícia escolhia um canto. Conversa mais indecente, ele escrevia bem no alto. Era preciso ser grande para ler, ou aproveitar quando não tinha ninguém em casa.

   Enquanto ele escrevia, eu inventava histórias sobre cada pedaço da parede. A casa de meu avô foi meu primeiro livro. Até história de assombração, tinha. Era de Maria Turum, preta que foi escrava […] e ajudou a criar os filhos. Sua alma costumava passear no terreiro em noites de sextas-feiras […]. Minha avó, muito desembaraçada, conversava com ela.

    História não faltava. Eu mesmo só parei de urinar na cama quando meu avô ameaçou escrever na parede. O medo me curou. Leitura era coisa séria e escrever, mais ainda. Escrever era não apagar nunca mais. O pior é que, depois de ler, ninguém mais esquece, se for coisa de interesse. Se não tem interesse, a gente perde ou joga fora. Um dia Milicão pediu o serrote emprestado. Meu avô disse estar muito cheio de dentes. Milicão foi embora e meu avô escreveu a história na parede. Milicão voltou e disse que serrote tem dentes mesmo.


(QUEIRÓS, Bartolomeu Campos. Por parte de pai. Belo Horizonte: RHJ, 1995.)

“[…] o discurso é a materialização das formações ideológicas, sendo, por isso, determinado por elas, o texto é unicamente um lugar de manipulação consciente, em que o homem organiza, da melhor maneira possível, os elementos de expressão que estão a sua disposição para veicular seu discurso. O texto é, pois, individual, enquanto o discurso é social.” (FIORIN, J.L. Linguagem e ideologia. SP: Ed. Ática, 1997)

A diferença entre texto e discurso, permite-nos afirmar que a construção discursiva do texto considera, em sua constituição:

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o texto percebe-se que este fala sobre as memórias do narrador, o qual conta sobre seu avô e seu hábito de escrever todos os acontecimentos nas paredes.

    LETRA D


ID
4882312
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
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Disciplina
Português
Assuntos

Texto 8


Por parte de pai

  Todo acontecimento da cidade, da casa, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas paredes. Quem casou, morreu, fugiu, caiu, matou, traiu, comprou, juntou, chegou, partiu. Coisas simples como a agulha perdida no buraco do assoalho, ele escrevia. A história do açúcar sumido durante a Guerra, estava anotada. Eu não sabia por que ossoldados tinham tanta coisa a adoçar. Também desenhava tesouras desaparecidas, serrotes sem dentes, facas perdidas. E a casa, de corredor comprido, ia ficando bordada, estampada de cima a baixo. As paredes eram o caderno de meu avô. Cada quarto, cada sala, cada cômodo, uma página. Ele subia em cadeira, trepava em escada, ajoelhava na mesa. Para cada notícia escolhia um canto. Conversa mais indecente, ele escrevia bem no alto. Era preciso ser grande para ler, ou aproveitar quando não tinha ninguém em casa.

   Enquanto ele escrevia, eu inventava histórias sobre cada pedaço da parede. A casa de meu avô foi meu primeiro livro. Até história de assombração, tinha. Era de Maria Turum, preta que foi escrava […] e ajudou a criar os filhos. Sua alma costumava passear no terreiro em noites de sextas-feiras […]. Minha avó, muito desembaraçada, conversava com ela.

    História não faltava. Eu mesmo só parei de urinar na cama quando meu avô ameaçou escrever na parede. O medo me curou. Leitura era coisa séria e escrever, mais ainda. Escrever era não apagar nunca mais. O pior é que, depois de ler, ninguém mais esquece, se for coisa de interesse. Se não tem interesse, a gente perde ou joga fora. Um dia Milicão pediu o serrote emprestado. Meu avô disse estar muito cheio de dentes. Milicão foi embora e meu avô escreveu a história na parede. Milicão voltou e disse que serrote tem dentes mesmo.


(QUEIRÓS, Bartolomeu Campos. Por parte de pai. Belo Horizonte: RHJ, 1995.)

Um dia Milicão pediu o serrote emprestado. Meu avô disse estar muito cheio de dentes. Milicão foi embora e meu avô escreveu a história na parede. Milicão voltou e disse que serrote tem dentes mesmo”.

A falta de entendimento entre os interlocutores, neste trecho do texto 8, deve-se ao seguinte fato:

Alternativas
Comentários
  • gab. c conotativa não literal

ID
4882315
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
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Disciplina
Português
Assuntos

Texto 8


Por parte de pai

  Todo acontecimento da cidade, da casa, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas paredes. Quem casou, morreu, fugiu, caiu, matou, traiu, comprou, juntou, chegou, partiu. Coisas simples como a agulha perdida no buraco do assoalho, ele escrevia. A história do açúcar sumido durante a Guerra, estava anotada. Eu não sabia por que ossoldados tinham tanta coisa a adoçar. Também desenhava tesouras desaparecidas, serrotes sem dentes, facas perdidas. E a casa, de corredor comprido, ia ficando bordada, estampada de cima a baixo. As paredes eram o caderno de meu avô. Cada quarto, cada sala, cada cômodo, uma página. Ele subia em cadeira, trepava em escada, ajoelhava na mesa. Para cada notícia escolhia um canto. Conversa mais indecente, ele escrevia bem no alto. Era preciso ser grande para ler, ou aproveitar quando não tinha ninguém em casa.

   Enquanto ele escrevia, eu inventava histórias sobre cada pedaço da parede. A casa de meu avô foi meu primeiro livro. Até história de assombração, tinha. Era de Maria Turum, preta que foi escrava […] e ajudou a criar os filhos. Sua alma costumava passear no terreiro em noites de sextas-feiras […]. Minha avó, muito desembaraçada, conversava com ela.

    História não faltava. Eu mesmo só parei de urinar na cama quando meu avô ameaçou escrever na parede. O medo me curou. Leitura era coisa séria e escrever, mais ainda. Escrever era não apagar nunca mais. O pior é que, depois de ler, ninguém mais esquece, se for coisa de interesse. Se não tem interesse, a gente perde ou joga fora. Um dia Milicão pediu o serrote emprestado. Meu avô disse estar muito cheio de dentes. Milicão foi embora e meu avô escreveu a história na parede. Milicão voltou e disse que serrote tem dentes mesmo.


(QUEIRÓS, Bartolomeu Campos. Por parte de pai. Belo Horizonte: RHJ, 1995.)

Um dia Milicão pediu o serrote emprestado. Meu avô disse estar muito cheio de dentes. Milicão foi embora e meu avô escreveu a história na parede. Milicão voltou e disse que serrote tem dentes mesmo”.

A combinação de diferentes vozes/atores na construção dos textos é tradicionalmente abordada por meio da distinção de três formas de discurso. Dentre essas formas, o/os que está/ estão presente/s, nesse mesmo trecho citado na questão , é/são:

Alternativas
Comentários
  • Marcas do discurso indireto:

    Um dia Milicão pediu o serrote emprestado. Meu avô disse estar muito cheio de dentes. Milicão foi embora e meu avô escreveu a história na parede. Milicão voltou e disse que serrote tem dentes mesmo”.

  • Discurso Indireto: Narrador fala pela personagem ( sempre em 3° pessoa )

    ex: Maia perguntou oque havia ocorrido

    Discurso Direto : O Narrador dá uma pausa na narração e passa a citar oque o personagem fala

    ex: Maia perguntou: " oque ocorreu ? "

  • 1) Discurso Direto: reprodução textual das falas dos personagens;

    2) Discurso Indireto: apenas a fala do narrador;

    3) Discurso Indireto Livre: mistura dos dois anteriores, narrador e personagem são como se fossem um só.

  • Gab.: B

    Gente, q texto engraçado kkkkkk ri horrores!


ID
4882318
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
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Disciplina
Português
Assuntos

Texto 8


Por parte de pai

  Todo acontecimento da cidade, da casa, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas paredes. Quem casou, morreu, fugiu, caiu, matou, traiu, comprou, juntou, chegou, partiu. Coisas simples como a agulha perdida no buraco do assoalho, ele escrevia. A história do açúcar sumido durante a Guerra, estava anotada. Eu não sabia por que ossoldados tinham tanta coisa a adoçar. Também desenhava tesouras desaparecidas, serrotes sem dentes, facas perdidas. E a casa, de corredor comprido, ia ficando bordada, estampada de cima a baixo. As paredes eram o caderno de meu avô. Cada quarto, cada sala, cada cômodo, uma página. Ele subia em cadeira, trepava em escada, ajoelhava na mesa. Para cada notícia escolhia um canto. Conversa mais indecente, ele escrevia bem no alto. Era preciso ser grande para ler, ou aproveitar quando não tinha ninguém em casa.

   Enquanto ele escrevia, eu inventava histórias sobre cada pedaço da parede. A casa de meu avô foi meu primeiro livro. Até história de assombração, tinha. Era de Maria Turum, preta que foi escrava […] e ajudou a criar os filhos. Sua alma costumava passear no terreiro em noites de sextas-feiras […]. Minha avó, muito desembaraçada, conversava com ela.

    História não faltava. Eu mesmo só parei de urinar na cama quando meu avô ameaçou escrever na parede. O medo me curou. Leitura era coisa séria e escrever, mais ainda. Escrever era não apagar nunca mais. O pior é que, depois de ler, ninguém mais esquece, se for coisa de interesse. Se não tem interesse, a gente perde ou joga fora. Um dia Milicão pediu o serrote emprestado. Meu avô disse estar muito cheio de dentes. Milicão foi embora e meu avô escreveu a história na parede. Milicão voltou e disse que serrote tem dentes mesmo.


(QUEIRÓS, Bartolomeu Campos. Por parte de pai. Belo Horizonte: RHJ, 1995.)

As paredes eram o caderno de meu avô. Cada quarto, cada sala, cada cômodo, uma página.” Neste trecho do texto 9, é possível identificar, respectivamente, as seguintes figuras de palavra e de sintaxe:

Alternativas
Comentários
  • FIGURAS DE LINGUAGEM

    1) METÁFORA

    COMPARAÇÃO implícita. Não tem elemento que identifique a comparação: “tal qual”, “como”. A maioria das metáforas vem com o verbo SER.

    “Ela é meu anjo”.

    2) COMPARAÇÃO/SÍMILE

    Tem o elemento comparativo, como, tal qual, assim como.

    “Ela pesca bem tal como o pai.”

    3) ANTÍTESE

    OPOSIÇÃO.

    O corpo é grande e a alma é pequena.

    4) PARADOXO

    É uma OPOSICAO QUE NÃO TEM LÓGICA.

    O amor é ferida que dói e não se sente.

    5) METONÍMIA

    SUBSTITUICAO. Substituo uma palavra por outra.

    O homem foi à lua. 

    O homem substitui os astronautas.

    O estádio inteiro gritou “gol”. Estou substituindo o estádio por pessoas.

    Eu vou tomar um Jotapê (vinho). / Eu vou ler Machado de Assim.

    6) CATACRESE

    É um tipo de metonímia. Quando não há palavra que se encontre para falar de algo.

    “Céu da boca”, “batata da perna”....

    7) HIPÉRBOLE

    EXAGERO.

    Eu to morrendo de vontade de fazer xixi.

    8) SINESTESIA

    Mistura dos SENTIDOS: olfato, paladar, visão, tato...

    “Olha esse cheiro”

    “No silêncio escuro ela dormia”.

    “O cheiro áspero das flores”.

    9) EUFEMISMO

    AMENIZAÇÃO.                

    O Vasco está com a sua alma junto ao Senhor (ou seja, morreu).

    O fulano bateu as botas (morreu).

    10) PROSOPOPEIA/PERSONIFICAÇÃO

    Dou uma característica humana e outro ser.

    “O vento beija meus cabelos”.

    “As pedras andam vagarosamente”.

    11) IRONIA

    “Ela parece um anjinho, aham....”

    12) APÓSTROFE

    É um CHAMAMENTO/INVOCAÇÃO.

    É o VOCATIVO.

    “...Ó Deus! Onde estás que não respondes?”

    13) ELIPSE

    Tem um termo subentendido.

    “Ela comia pouco, fazia pouco exercício”.

    14) POLISSÍNDETO

    VÁRIOS.

    Repetição de CONJUNÇÃO “e” e “nem”.

    “E come e dorme e limpa e malha”

    15) ASSÍNDETO

    SEM conectivo. Uso de vírgula e ponto.

    “Vim, vi, venci”.

    16) PLEONASMO

    Usado para enfatizar.

    “e rir meu riso”

    “eu vi com meus próprios olhos” -> pleonasmo vicioso.

    “elo de ligação”

    “subir pra cima”

    17) ANÁFORA

    REPETIÇÃO no início de frase.

    “E se você gritasse, e se você tocasse a valsa, e se você...”

    18) HIPÉRBATO

    INVERSÃO

    “Dos meus problemas, cuido eu”.

    19) ALITERAÇÃO

    REPETIÇÃO DE CONSOANTES.

    Vozes veladas, veludadas...”

    20) ASSONÂNCIA

    REPETIÇÃO DE VOGAIS

    “Sou um multato nato democrático do litoral.”

    21) ONOMATOPEIA

    IMITAÇÃO DE SOM. Aparece muito em gibis.

    “o relógio faz tic-tac”.

  • Zeugma é o mesmo que Elipse, que significa a omissão de um termo(sujeito, verbo, preposição(de), conjunção(que).

  • Gabarito: D


ID
4882321
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 8


Por parte de pai

  Todo acontecimento da cidade, da casa, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas paredes. Quem casou, morreu, fugiu, caiu, matou, traiu, comprou, juntou, chegou, partiu. Coisas simples como a agulha perdida no buraco do assoalho, ele escrevia. A história do açúcar sumido durante a Guerra, estava anotada. Eu não sabia por que ossoldados tinham tanta coisa a adoçar. Também desenhava tesouras desaparecidas, serrotes sem dentes, facas perdidas. E a casa, de corredor comprido, ia ficando bordada, estampada de cima a baixo. As paredes eram o caderno de meu avô. Cada quarto, cada sala, cada cômodo, uma página. Ele subia em cadeira, trepava em escada, ajoelhava na mesa. Para cada notícia escolhia um canto. Conversa mais indecente, ele escrevia bem no alto. Era preciso ser grande para ler, ou aproveitar quando não tinha ninguém em casa.

   Enquanto ele escrevia, eu inventava histórias sobre cada pedaço da parede. A casa de meu avô foi meu primeiro livro. Até história de assombração, tinha. Era de Maria Turum, preta que foi escrava […] e ajudou a criar os filhos. Sua alma costumava passear no terreiro em noites de sextas-feiras […]. Minha avó, muito desembaraçada, conversava com ela.

    História não faltava. Eu mesmo só parei de urinar na cama quando meu avô ameaçou escrever na parede. O medo me curou. Leitura era coisa séria e escrever, mais ainda. Escrever era não apagar nunca mais. O pior é que, depois de ler, ninguém mais esquece, se for coisa de interesse. Se não tem interesse, a gente perde ou joga fora. Um dia Milicão pediu o serrote emprestado. Meu avô disse estar muito cheio de dentes. Milicão foi embora e meu avô escreveu a história na parede. Milicão voltou e disse que serrote tem dentes mesmo.


(QUEIRÓS, Bartolomeu Campos. Por parte de pai. Belo Horizonte: RHJ, 1995.)

No período “Coisas simples como a agulha perdida no buraco do assoalho, ele escrevia”, o emprego da vírgula deve-se à presença de

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra A

    Hipérbato é uma  caracterizada pela inversão da ordem direta dos elementos de uma oração ou período.

    Assonância é uma figura de linguagem, de som ou harmonia, caracterizada pela repetição de vogais, de forma a produzir uma sonoridade peculiar aos textos poéticos. Diferencia-se da aliteração, que é a repetição de consoantes ou sílabas. Mas atenção, esses dois fenômenos linguísticos, típicos do , são considerados vícios de linguagem em textos objetivos e funcionais.

    Anacoluto é uma figura de linguagem que está relacionada com a sintaxe das frases. Por esse motivo, é chamada de figura de sintaxe. Ele é caracterizado por alterar a sequência lógica da estrutura da frase por meio de uma pausa no discurso. Assim, o anacoluto realiza uma “interrupção” na estrutura sintática da frase.

  • um hipérbato.


ID
4882324
Banca
BIO-RIO
Órgão
Prefeitura de Mangaratiba - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 8


Por parte de pai

  Todo acontecimento da cidade, da casa, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas paredes. Quem casou, morreu, fugiu, caiu, matou, traiu, comprou, juntou, chegou, partiu. Coisas simples como a agulha perdida no buraco do assoalho, ele escrevia. A história do açúcar sumido durante a Guerra, estava anotada. Eu não sabia por que ossoldados tinham tanta coisa a adoçar. Também desenhava tesouras desaparecidas, serrotes sem dentes, facas perdidas. E a casa, de corredor comprido, ia ficando bordada, estampada de cima a baixo. As paredes eram o caderno de meu avô. Cada quarto, cada sala, cada cômodo, uma página. Ele subia em cadeira, trepava em escada, ajoelhava na mesa. Para cada notícia escolhia um canto. Conversa mais indecente, ele escrevia bem no alto. Era preciso ser grande para ler, ou aproveitar quando não tinha ninguém em casa.

   Enquanto ele escrevia, eu inventava histórias sobre cada pedaço da parede. A casa de meu avô foi meu primeiro livro. Até história de assombração, tinha. Era de Maria Turum, preta que foi escrava […] e ajudou a criar os filhos. Sua alma costumava passear no terreiro em noites de sextas-feiras […]. Minha avó, muito desembaraçada, conversava com ela.

    História não faltava. Eu mesmo só parei de urinar na cama quando meu avô ameaçou escrever na parede. O medo me curou. Leitura era coisa séria e escrever, mais ainda. Escrever era não apagar nunca mais. O pior é que, depois de ler, ninguém mais esquece, se for coisa de interesse. Se não tem interesse, a gente perde ou joga fora. Um dia Milicão pediu o serrote emprestado. Meu avô disse estar muito cheio de dentes. Milicão foi embora e meu avô escreveu a história na parede. Milicão voltou e disse que serrote tem dentes mesmo.


(QUEIRÓS, Bartolomeu Campos. Por parte de pai. Belo Horizonte: RHJ, 1995.)

No trecho “Conversa mais indecente, ele escrevia bem no alto.”, a estrutura sintática foi modificada, visando-se a destacar um determinado termo. Analisando-se sintaticamente esse período, conclui-se que o termo topicalizado foi o:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: C - objeto direto.

    Quem escreve, escreve algo EM algum lugar. O termo topicalizado funciona como "algo" do verbo escrever.

  • não concordo com esse gabarito, escrever nesse contexto está como advérbio de modo.
  • adverbio de modo
  • concordo com comentários abaixo