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Prova CONSULPLAN - 2015 - Prefeitura de Patos de Minas - MG - Professor de Educação Básica - Língua Portuguesa


ID
3420607
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Estamos tão acostumados a ler e escrever na nossa vida diária, que não percebemos que nem todos leem e escrevem como nós, mesmo os que vivem bem próximo. Em muitas famílias de classe social baixa, escrever pode se restringir apenas a assinar o próprio nome ou, no máximo, a redigir listas de palavras e recados curtos. Para quem vive nesse mundo, escrever como a escola propõe pode ser estranhíssimo, indesejável, inútil. Porém, os que vivem num meio social onde se leem jornais, revistas, livros, onde os adultos escrevem frequentemente e as crianças, desde muito cedo, têm seu estojo cheio de lápis, canetas, borrachas, régua etc. acham muito natural o que a escola faz, porque, na verdade, representa uma continuação do que já faziam e esperavam que a escola fizesse. Portanto, alfabetizar grupos sociais que encaram a comunicação como uma simples garantia de sobrevivência na sociedade é diferente de alfabetizar grupos sociais que acham que a escrita e fala, além de necessária, é uma forma de expressão individual de arte, de passatempo. [...]

      Ninguém escreve ou lê sem motivo, sem motivação. É justamente por isso que, em certas culturas, o uso da escrita se apresenta como algo secundário e dispensável mesmo e, em outras, como absolutamente imprescindível. Essa atitude perante a escrita não se observa só comparando, por exemplo, a cultura europeia com a cultura de tribos indígenas. Atitudes conflitantes com relação à escrita se podem observar numa grande cidade. Entre seus habitantes, sem dúvida alguma, todos necessitam de um modo ou de outro saber ler certas coisas, mas o número cai enormemente quando se conta quem necessita produzir a escrita na proporção do que lê. Muitas pessoas podem até ler jornal todos os dias, mas escrevem raramente.  

      Não basta saber escrever, para escrever. É preciso ter uma motivação para isso. Grande parte da população das cidades trabalha em serviços que não exigem a escrita. Por isso, os programas de alfabetização – sobretudo de adultos – precisam ser elaborados não em função de uma cultura julgada ideal e excelente para todos, mas de acordo com as reais necessidades e anseios de cada um. A arte literária não é motivação para a escrita para todas as pessoas [...].

      A escrita se diferencia de outras formas de representação do mundo, não só porque induz à leitura, mas também porque essa leitura é motivada, isto é, quem escreve, diferentemente por exemplo de quem desenha, pede ao leitor que interprete o que está escrito, não pelo puro prazer de fazê‐lo, mas para realizar algo que a escrita indica. [...]

      A motivação da escrita é sua própria razão de ser; a decifração constitui apenas um aspecto mecânico de seu funcionamento. Assim, a leitura não pode ser só decifração; deve, através da decifração, chegar à motivação do que está escrito, ao seu conteúdo semântico e pragmático completo. Por isso é que a leitura não se reduz à somatória dos significados individuais dos símbolos (letras, palavras etc.), mas obriga o leitor a enquadrar todos esses elementos no universo cultural, social, histórico etc. em que o escritor se baseou para escrever.

(CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. 11. Ed. São Paulo: Scipione, 2010.)

Acerca da estrutura textual e temática apresentadas, é correto afirmar que o autor, principalmente,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    VALOR SOCIAL ASSOCIADO AO SIGNIFICADO DA LEITURA PARA CADA MEIO EM QUE SE VIVE= Em muitas famílias de classe social baixa, escrever pode se restringir apenas a assinar o próprio nome ou, no máximo, a redigir listas de palavras e recados curtos. Para quem vive nesse mundo, escrever como a escola propõe pode ser estranhíssimo, indesejável, inútil. Porém, os que vivem num meio social onde se leem jornais, revistas, livros, onde os adultos escrevem frequentemente e as crianças, desde muito cedo, têm seu estojo cheio de lápis, canetas, borrachas, régua etc. acham muito natural o que a escola faz, porque, na verdade, representa uma continuação do que já faziam e esperavam que a escola fizesse.

    ☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!


ID
3420610
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Estamos tão acostumados a ler e escrever na nossa vida diária, que não percebemos que nem todos leem e escrevem como nós, mesmo os que vivem bem próximo. Em muitas famílias de classe social baixa, escrever pode se restringir apenas a assinar o próprio nome ou, no máximo, a redigir listas de palavras e recados curtos. Para quem vive nesse mundo, escrever como a escola propõe pode ser estranhíssimo, indesejável, inútil. Porém, os que vivem num meio social onde se leem jornais, revistas, livros, onde os adultos escrevem frequentemente e as crianças, desde muito cedo, têm seu estojo cheio de lápis, canetas, borrachas, régua etc. acham muito natural o que a escola faz, porque, na verdade, representa uma continuação do que já faziam e esperavam que a escola fizesse. Portanto, alfabetizar grupos sociais que encaram a comunicação como uma simples garantia de sobrevivência na sociedade é diferente de alfabetizar grupos sociais que acham que a escrita e fala, além de necessária, é uma forma de expressão individual de arte, de passatempo. [...]

      Ninguém escreve ou lê sem motivo, sem motivação. É justamente por isso que, em certas culturas, o uso da escrita se apresenta como algo secundário e dispensável mesmo e, em outras, como absolutamente imprescindível. Essa atitude perante a escrita não se observa só comparando, por exemplo, a cultura europeia com a cultura de tribos indígenas. Atitudes conflitantes com relação à escrita se podem observar numa grande cidade. Entre seus habitantes, sem dúvida alguma, todos necessitam de um modo ou de outro saber ler certas coisas, mas o número cai enormemente quando se conta quem necessita produzir a escrita na proporção do que lê. Muitas pessoas podem até ler jornal todos os dias, mas escrevem raramente.  

      Não basta saber escrever, para escrever. É preciso ter uma motivação para isso. Grande parte da população das cidades trabalha em serviços que não exigem a escrita. Por isso, os programas de alfabetização – sobretudo de adultos – precisam ser elaborados não em função de uma cultura julgada ideal e excelente para todos, mas de acordo com as reais necessidades e anseios de cada um. A arte literária não é motivação para a escrita para todas as pessoas [...].

      A escrita se diferencia de outras formas de representação do mundo, não só porque induz à leitura, mas também porque essa leitura é motivada, isto é, quem escreve, diferentemente por exemplo de quem desenha, pede ao leitor que interprete o que está escrito, não pelo puro prazer de fazê‐lo, mas para realizar algo que a escrita indica. [...]

      A motivação da escrita é sua própria razão de ser; a decifração constitui apenas um aspecto mecânico de seu funcionamento. Assim, a leitura não pode ser só decifração; deve, através da decifração, chegar à motivação do que está escrito, ao seu conteúdo semântico e pragmático completo. Por isso é que a leitura não se reduz à somatória dos significados individuais dos símbolos (letras, palavras etc.), mas obriga o leitor a enquadrar todos esses elementos no universo cultural, social, histórico etc. em que o escritor se baseou para escrever.

(CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. 11. Ed. São Paulo: Scipione, 2010.)

Em “[...] mesmo os que vivem bem próximo.” (1º§) é possível afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?[...] mesmo os que vivem bem próximo.? (1º§) 

    ? O termo "os" é um pronome demonstrativo e equivale perfeitamente a "aqueles".

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Cantiga de ninar:

    O trocado por AQUILO

    tem que ser DEMONSTRATIVO,

    se por QUE vier seguido,

    esse QUE é RELATIVO


ID
3420613
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Estamos tão acostumados a ler e escrever na nossa vida diária, que não percebemos que nem todos leem e escrevem como nós, mesmo os que vivem bem próximo. Em muitas famílias de classe social baixa, escrever pode se restringir apenas a assinar o próprio nome ou, no máximo, a redigir listas de palavras e recados curtos. Para quem vive nesse mundo, escrever como a escola propõe pode ser estranhíssimo, indesejável, inútil. Porém, os que vivem num meio social onde se leem jornais, revistas, livros, onde os adultos escrevem frequentemente e as crianças, desde muito cedo, têm seu estojo cheio de lápis, canetas, borrachas, régua etc. acham muito natural o que a escola faz, porque, na verdade, representa uma continuação do que já faziam e esperavam que a escola fizesse. Portanto, alfabetizar grupos sociais que encaram a comunicação como uma simples garantia de sobrevivência na sociedade é diferente de alfabetizar grupos sociais que acham que a escrita e fala, além de necessária, é uma forma de expressão individual de arte, de passatempo. [...]

      Ninguém escreve ou lê sem motivo, sem motivação. É justamente por isso que, em certas culturas, o uso da escrita se apresenta como algo secundário e dispensável mesmo e, em outras, como absolutamente imprescindível. Essa atitude perante a escrita não se observa só comparando, por exemplo, a cultura europeia com a cultura de tribos indígenas. Atitudes conflitantes com relação à escrita se podem observar numa grande cidade. Entre seus habitantes, sem dúvida alguma, todos necessitam de um modo ou de outro saber ler certas coisas, mas o número cai enormemente quando se conta quem necessita produzir a escrita na proporção do que lê. Muitas pessoas podem até ler jornal todos os dias, mas escrevem raramente.  

      Não basta saber escrever, para escrever. É preciso ter uma motivação para isso. Grande parte da população das cidades trabalha em serviços que não exigem a escrita. Por isso, os programas de alfabetização – sobretudo de adultos – precisam ser elaborados não em função de uma cultura julgada ideal e excelente para todos, mas de acordo com as reais necessidades e anseios de cada um. A arte literária não é motivação para a escrita para todas as pessoas [...].

      A escrita se diferencia de outras formas de representação do mundo, não só porque induz à leitura, mas também porque essa leitura é motivada, isto é, quem escreve, diferentemente por exemplo de quem desenha, pede ao leitor que interprete o que está escrito, não pelo puro prazer de fazê‐lo, mas para realizar algo que a escrita indica. [...]

      A motivação da escrita é sua própria razão de ser; a decifração constitui apenas um aspecto mecânico de seu funcionamento. Assim, a leitura não pode ser só decifração; deve, através da decifração, chegar à motivação do que está escrito, ao seu conteúdo semântico e pragmático completo. Por isso é que a leitura não se reduz à somatória dos significados individuais dos símbolos (letras, palavras etc.), mas obriga o leitor a enquadrar todos esses elementos no universo cultural, social, histórico etc. em que o escritor se baseou para escrever.

(CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. 11. Ed. São Paulo: Scipione, 2010.)

No texto, é necessário o emprego de alguns mecanismos coesivos em sua construção. Dentre eles destaca‐se como elemento de função anafórica o indicado em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Ninguém escreve ou lê sem motivo, sem motivação. É justamente por isso que, em certas culturas, o uso da escrita se apresenta como algo secundário e dispensável mesmo e, em outras, como absolutamente imprescindível. 

    ? Temos um pronome demonstrativo com valor anafórico; retoma algo mencionado anteriormente (refere-se ao fato de ninguém escrever ou ler sem motivos).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • TEM QUE LER O TEXTO INTEIRO PRA ACERTAR..


ID
3420616
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Estamos tão acostumados a ler e escrever na nossa vida diária, que não percebemos que nem todos leem e escrevem como nós, mesmo os que vivem bem próximo. Em muitas famílias de classe social baixa, escrever pode se restringir apenas a assinar o próprio nome ou, no máximo, a redigir listas de palavras e recados curtos. Para quem vive nesse mundo, escrever como a escola propõe pode ser estranhíssimo, indesejável, inútil. Porém, os que vivem num meio social onde se leem jornais, revistas, livros, onde os adultos escrevem frequentemente e as crianças, desde muito cedo, têm seu estojo cheio de lápis, canetas, borrachas, régua etc. acham muito natural o que a escola faz, porque, na verdade, representa uma continuação do que já faziam e esperavam que a escola fizesse. Portanto, alfabetizar grupos sociais que encaram a comunicação como uma simples garantia de sobrevivência na sociedade é diferente de alfabetizar grupos sociais que acham que a escrita e fala, além de necessária, é uma forma de expressão individual de arte, de passatempo. [...]

      Ninguém escreve ou lê sem motivo, sem motivação. É justamente por isso que, em certas culturas, o uso da escrita se apresenta como algo secundário e dispensável mesmo e, em outras, como absolutamente imprescindível. Essa atitude perante a escrita não se observa só comparando, por exemplo, a cultura europeia com a cultura de tribos indígenas. Atitudes conflitantes com relação à escrita se podem observar numa grande cidade. Entre seus habitantes, sem dúvida alguma, todos necessitam de um modo ou de outro saber ler certas coisas, mas o número cai enormemente quando se conta quem necessita produzir a escrita na proporção do que lê. Muitas pessoas podem até ler jornal todos os dias, mas escrevem raramente.  

      Não basta saber escrever, para escrever. É preciso ter uma motivação para isso. Grande parte da população das cidades trabalha em serviços que não exigem a escrita. Por isso, os programas de alfabetização – sobretudo de adultos – precisam ser elaborados não em função de uma cultura julgada ideal e excelente para todos, mas de acordo com as reais necessidades e anseios de cada um. A arte literária não é motivação para a escrita para todas as pessoas [...].

      A escrita se diferencia de outras formas de representação do mundo, não só porque induz à leitura, mas também porque essa leitura é motivada, isto é, quem escreve, diferentemente por exemplo de quem desenha, pede ao leitor que interprete o que está escrito, não pelo puro prazer de fazê‐lo, mas para realizar algo que a escrita indica. [...]

      A motivação da escrita é sua própria razão de ser; a decifração constitui apenas um aspecto mecânico de seu funcionamento. Assim, a leitura não pode ser só decifração; deve, através da decifração, chegar à motivação do que está escrito, ao seu conteúdo semântico e pragmático completo. Por isso é que a leitura não se reduz à somatória dos significados individuais dos símbolos (letras, palavras etc.), mas obriga o leitor a enquadrar todos esses elementos no universo cultural, social, histórico etc. em que o escritor se baseou para escrever.

(CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. 11. Ed. São Paulo: Scipione, 2010.)

Através do 1º período do texto, é possível reconhecer alguns aspectos vistos pelo autor a partir de comportamentos sociais. Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela em que todos os vocábulos estão relacionados ao descrito anteriormente.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    Estamos tão acostumados a ler e escrever na nossa vida diária (ALGO QUE OCORRE ROTINEIRAMENTE, REPETIÇÃO) que não percebemos que nem todos leem e escrevem como nós, mesmo os que vivem bem próximo (INCOMPREENSÃO, NÃO CONSEGUIMOS ENTENDER). Em muitas famílias de classe social baixa, escrever pode se restringir apenas a assinar o próprio nome ou, no máximo, a redigir listas de palavras e recados curtos (COMPARAÇÃO COM FAMÍLIAS DE CLASSE SOCIAL BAIXA)

    ☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3420619
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Estamos tão acostumados a ler e escrever na nossa vida diária, que não percebemos que nem todos leem e escrevem como nós, mesmo os que vivem bem próximo. Em muitas famílias de classe social baixa, escrever pode se restringir apenas a assinar o próprio nome ou, no máximo, a redigir listas de palavras e recados curtos. Para quem vive nesse mundo, escrever como a escola propõe pode ser estranhíssimo, indesejável, inútil. Porém, os que vivem num meio social onde se leem jornais, revistas, livros, onde os adultos escrevem frequentemente e as crianças, desde muito cedo, têm seu estojo cheio de lápis, canetas, borrachas, régua etc. acham muito natural o que a escola faz, porque, na verdade, representa uma continuação do que já faziam e esperavam que a escola fizesse. Portanto, alfabetizar grupos sociais que encaram a comunicação como uma simples garantia de sobrevivência na sociedade é diferente de alfabetizar grupos sociais que acham que a escrita e fala, além de necessária, é uma forma de expressão individual de arte, de passatempo. [...]

      Ninguém escreve ou lê sem motivo, sem motivação. É justamente por isso que, em certas culturas, o uso da escrita se apresenta como algo secundário e dispensável mesmo e, em outras, como absolutamente imprescindível. Essa atitude perante a escrita não se observa só comparando, por exemplo, a cultura europeia com a cultura de tribos indígenas. Atitudes conflitantes com relação à escrita se podem observar numa grande cidade. Entre seus habitantes, sem dúvida alguma, todos necessitam de um modo ou de outro saber ler certas coisas, mas o número cai enormemente quando se conta quem necessita produzir a escrita na proporção do que lê. Muitas pessoas podem até ler jornal todos os dias, mas escrevem raramente.  

      Não basta saber escrever, para escrever. É preciso ter uma motivação para isso. Grande parte da população das cidades trabalha em serviços que não exigem a escrita. Por isso, os programas de alfabetização – sobretudo de adultos – precisam ser elaborados não em função de uma cultura julgada ideal e excelente para todos, mas de acordo com as reais necessidades e anseios de cada um. A arte literária não é motivação para a escrita para todas as pessoas [...].

      A escrita se diferencia de outras formas de representação do mundo, não só porque induz à leitura, mas também porque essa leitura é motivada, isto é, quem escreve, diferentemente por exemplo de quem desenha, pede ao leitor que interprete o que está escrito, não pelo puro prazer de fazê‐lo, mas para realizar algo que a escrita indica. [...]

      A motivação da escrita é sua própria razão de ser; a decifração constitui apenas um aspecto mecânico de seu funcionamento. Assim, a leitura não pode ser só decifração; deve, através da decifração, chegar à motivação do que está escrito, ao seu conteúdo semântico e pragmático completo. Por isso é que a leitura não se reduz à somatória dos significados individuais dos símbolos (letras, palavras etc.), mas obriga o leitor a enquadrar todos esses elementos no universo cultural, social, histórico etc. em que o escritor se baseou para escrever.

(CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. 11. Ed. São Paulo: Scipione, 2010.)

As conjunções ajudam a criar diferentes relações semânticas entre os enunciados. A partir de tal pressuposto, os termos “porém” e “portanto” podem ser substituídos, respectivamente, por

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? ?porém? e ?portanto?  (temos, respectivamente, uma conjunção coordenativa adversativa e uma conclusiva; isso ocorre na letra "d": no entanto e por conseguinte).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A questão é sobre conjunções e quer saber por qual das conjunções abaixo podemos substituir “porém” e “portanto”, respectivamente. Vejamos:

     . 

    "Porém" é conjunção coordenativa adversativa;

    "Portanto" é conjunção coordenativa conclusiva.

     . 

    Conjunções coordenativas são as que ligam termos ou orações de mesmo valor. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que tornam orações dependentes, isto é, subordinam uma oração à outra. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     . 

    A) logo, mas.

    "Logo" é conjunção coordenativa conclusiva.

    "Mas" é conjunção coordenativa adversativa.

     . 

    B) assim, porque.

    "Assim" é conjunção coordenativa conclusiva.

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão...

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...

    Ex.: Vamos indo, porque já é tarde.

     . 

    C) porquanto, ao passo que.

    "Porquanto" é conjunção coordenativa explicativa.

    Conjunções subordinativas proporcionais: têm valor semântico de proporcionalidade, simultaneidade, concomitância...

    São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (ou menos)... mais/menos, tanto mais (ou menos)... mais/menos...

    Ex.: Ao passo que resolvia questões, aprendia o assunto das provas.

     . 

    D) no entanto, por conseguinte.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, no entanto passou nas provas.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, por conseguinte passaremos no concurso.

     . 

    Gabarito: Letra D


ID
3420622
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Estamos tão acostumados a ler e escrever na nossa vida diária, que não percebemos que nem todos leem e escrevem como nós, mesmo os que vivem bem próximo. Em muitas famílias de classe social baixa, escrever pode se restringir apenas a assinar o próprio nome ou, no máximo, a redigir listas de palavras e recados curtos. Para quem vive nesse mundo, escrever como a escola propõe pode ser estranhíssimo, indesejável, inútil. Porém, os que vivem num meio social onde se leem jornais, revistas, livros, onde os adultos escrevem frequentemente e as crianças, desde muito cedo, têm seu estojo cheio de lápis, canetas, borrachas, régua etc. acham muito natural o que a escola faz, porque, na verdade, representa uma continuação do que já faziam e esperavam que a escola fizesse. Portanto, alfabetizar grupos sociais que encaram a comunicação como uma simples garantia de sobrevivência na sociedade é diferente de alfabetizar grupos sociais que acham que a escrita e fala, além de necessária, é uma forma de expressão individual de arte, de passatempo. [...]

      Ninguém escreve ou lê sem motivo, sem motivação. É justamente por isso que, em certas culturas, o uso da escrita se apresenta como algo secundário e dispensável mesmo e, em outras, como absolutamente imprescindível. Essa atitude perante a escrita não se observa só comparando, por exemplo, a cultura europeia com a cultura de tribos indígenas. Atitudes conflitantes com relação à escrita se podem observar numa grande cidade. Entre seus habitantes, sem dúvida alguma, todos necessitam de um modo ou de outro saber ler certas coisas, mas o número cai enormemente quando se conta quem necessita produzir a escrita na proporção do que lê. Muitas pessoas podem até ler jornal todos os dias, mas escrevem raramente.  

      Não basta saber escrever, para escrever. É preciso ter uma motivação para isso. Grande parte da população das cidades trabalha em serviços que não exigem a escrita. Por isso, os programas de alfabetização – sobretudo de adultos – precisam ser elaborados não em função de uma cultura julgada ideal e excelente para todos, mas de acordo com as reais necessidades e anseios de cada um. A arte literária não é motivação para a escrita para todas as pessoas [...].

      A escrita se diferencia de outras formas de representação do mundo, não só porque induz à leitura, mas também porque essa leitura é motivada, isto é, quem escreve, diferentemente por exemplo de quem desenha, pede ao leitor que interprete o que está escrito, não pelo puro prazer de fazê‐lo, mas para realizar algo que a escrita indica. [...]

      A motivação da escrita é sua própria razão de ser; a decifração constitui apenas um aspecto mecânico de seu funcionamento. Assim, a leitura não pode ser só decifração; deve, através da decifração, chegar à motivação do que está escrito, ao seu conteúdo semântico e pragmático completo. Por isso é que a leitura não se reduz à somatória dos significados individuais dos símbolos (letras, palavras etc.), mas obriga o leitor a enquadrar todos esses elementos no universo cultural, social, histórico etc. em que o escritor se baseou para escrever.

(CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. 11. Ed. São Paulo: Scipione, 2010.)

Considerando as informações e ideias trazidas ao 1º§ do texto, analise as afirmativas a seguir.


I. A habilidade da escrita é limitada em indivíduos de classe baixa social.

II. O meio social atua como fator de grande interferência de determinada aprendizagem.

III.Diferentes grupos sociais possuem diferentes necessidades que podem ser sanadas com as mesmas estratégias.


Está(ão) correta(s) apenas afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C.

    Discordo do gabarito.

    A classe social não cria inabilidade, mas exite sim uma diferença habitual do uso e da visão que se tem sobre o ato de escrever e sua utilidade. Um indivíduo de classe social mais baixa pode, assim como bem diz o autor, ser/estar dotado de motivação, neste caso puramente interna, para a leitura e tornar a escrita parte do seu cotidiano. É discriminatório afirmar que classe social é elemento determinante para o indivíduo possuir ou não habilidade de escrita.

    Limitando-nos à interpretação do primeiro parágrafo, de acordo com o autor, "Em muitas famílias de classe social baixa, escrever pode se restringir apenas a assinar o próprio nome...", é possível eliminar a generalização da afirmativa I, na qual diz que "A habilidade da escrita é limitada em indivíduos de classe baixa social.", pois:

    A) Da a entender que todos possuem tal limitação e não apenas alguns muitos (não todos), como citado no texto;

    B) Afirma, "é limitada", enquanto no texto há mera possibilidade, "pode se restringir".

    Alguém saberia me explicar a justificativa de o item I estar correto?

  • No gabarito da banca a alternativa correta é a (A)


ID
3420625
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Estamos tão acostumados a ler e escrever na nossa vida diária, que não percebemos que nem todos leem e escrevem como nós, mesmo os que vivem bem próximo. Em muitas famílias de classe social baixa, escrever pode se restringir apenas a assinar o próprio nome ou, no máximo, a redigir listas de palavras e recados curtos. Para quem vive nesse mundo, escrever como a escola propõe pode ser estranhíssimo, indesejável, inútil. Porém, os que vivem num meio social onde se leem jornais, revistas, livros, onde os adultos escrevem frequentemente e as crianças, desde muito cedo, têm seu estojo cheio de lápis, canetas, borrachas, régua etc. acham muito natural o que a escola faz, porque, na verdade, representa uma continuação do que já faziam e esperavam que a escola fizesse. Portanto, alfabetizar grupos sociais que encaram a comunicação como uma simples garantia de sobrevivência na sociedade é diferente de alfabetizar grupos sociais que acham que a escrita e fala, além de necessária, é uma forma de expressão individual de arte, de passatempo. [...]

      Ninguém escreve ou lê sem motivo, sem motivação. É justamente por isso que, em certas culturas, o uso da escrita se apresenta como algo secundário e dispensável mesmo e, em outras, como absolutamente imprescindível. Essa atitude perante a escrita não se observa só comparando, por exemplo, a cultura europeia com a cultura de tribos indígenas. Atitudes conflitantes com relação à escrita se podem observar numa grande cidade. Entre seus habitantes, sem dúvida alguma, todos necessitam de um modo ou de outro saber ler certas coisas, mas o número cai enormemente quando se conta quem necessita produzir a escrita na proporção do que lê. Muitas pessoas podem até ler jornal todos os dias, mas escrevem raramente.  

      Não basta saber escrever, para escrever. É preciso ter uma motivação para isso. Grande parte da população das cidades trabalha em serviços que não exigem a escrita. Por isso, os programas de alfabetização – sobretudo de adultos – precisam ser elaborados não em função de uma cultura julgada ideal e excelente para todos, mas de acordo com as reais necessidades e anseios de cada um. A arte literária não é motivação para a escrita para todas as pessoas [...].

      A escrita se diferencia de outras formas de representação do mundo, não só porque induz à leitura, mas também porque essa leitura é motivada, isto é, quem escreve, diferentemente por exemplo de quem desenha, pede ao leitor que interprete o que está escrito, não pelo puro prazer de fazê‐lo, mas para realizar algo que a escrita indica. [...]

      A motivação da escrita é sua própria razão de ser; a decifração constitui apenas um aspecto mecânico de seu funcionamento. Assim, a leitura não pode ser só decifração; deve, através da decifração, chegar à motivação do que está escrito, ao seu conteúdo semântico e pragmático completo. Por isso é que a leitura não se reduz à somatória dos significados individuais dos símbolos (letras, palavras etc.), mas obriga o leitor a enquadrar todos esses elementos no universo cultural, social, histórico etc. em que o escritor se baseou para escrever.

(CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. 11. Ed. São Paulo: Scipione, 2010.)

“Atitudes conflitantes com relação à escrita [...]” (2º§). Em relação ao trecho anterior, assinale a reescrita que manteria a correção linguística.

Alternativas
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  • GABARITO: LETRA B

    A) ?Atitudes conflitantes ligadas a escrita [?]? ? ligadas a algo (preposição "a") + artigo definido "a" que acompanha o substantivo "escrita" (=crase ? à escrita).

    B) ?Atitude conflitante em relação à escrita [?]? ? correto, em relação a algo (preposição "a") + artigo definido "a" que acompanha o substantivo "escrita" (=crase ? à escrita).

    C) ?Atitudes conflitantes relacionadas a escrita [?]? ? relacionadas a algo (preposição "a") + artigo definido "a" que acompanha o substantivo "escrita" (=crase ? à escrita).

    D) ?Atitudes conflitantes em uma relação com à escrita [?]? ? relação com alguma coisa; já temos a preposição "com" presente, o correto é somente o uso do artigo definido "a" (=a escrita).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3420628
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Estamos tão acostumados a ler e escrever na nossa vida diária, que não percebemos que nem todos leem e escrevem como nós, mesmo os que vivem bem próximo. Em muitas famílias de classe social baixa, escrever pode se restringir apenas a assinar o próprio nome ou, no máximo, a redigir listas de palavras e recados curtos. Para quem vive nesse mundo, escrever como a escola propõe pode ser estranhíssimo, indesejável, inútil. Porém, os que vivem num meio social onde se leem jornais, revistas, livros, onde os adultos escrevem frequentemente e as crianças, desde muito cedo, têm seu estojo cheio de lápis, canetas, borrachas, régua etc. acham muito natural o que a escola faz, porque, na verdade, representa uma continuação do que já faziam e esperavam que a escola fizesse. Portanto, alfabetizar grupos sociais que encaram a comunicação como uma simples garantia de sobrevivência na sociedade é diferente de alfabetizar grupos sociais que acham que a escrita e fala, além de necessária, é uma forma de expressão individual de arte, de passatempo. [...]

      Ninguém escreve ou lê sem motivo, sem motivação. É justamente por isso que, em certas culturas, o uso da escrita se apresenta como algo secundário e dispensável mesmo e, em outras, como absolutamente imprescindível. Essa atitude perante a escrita não se observa só comparando, por exemplo, a cultura europeia com a cultura de tribos indígenas. Atitudes conflitantes com relação à escrita se podem observar numa grande cidade. Entre seus habitantes, sem dúvida alguma, todos necessitam de um modo ou de outro saber ler certas coisas, mas o número cai enormemente quando se conta quem necessita produzir a escrita na proporção do que lê. Muitas pessoas podem até ler jornal todos os dias, mas escrevem raramente.  

      Não basta saber escrever, para escrever. É preciso ter uma motivação para isso. Grande parte da população das cidades trabalha em serviços que não exigem a escrita. Por isso, os programas de alfabetização – sobretudo de adultos – precisam ser elaborados não em função de uma cultura julgada ideal e excelente para todos, mas de acordo com as reais necessidades e anseios de cada um. A arte literária não é motivação para a escrita para todas as pessoas [...].

      A escrita se diferencia de outras formas de representação do mundo, não só porque induz à leitura, mas também porque essa leitura é motivada, isto é, quem escreve, diferentemente por exemplo de quem desenha, pede ao leitor que interprete o que está escrito, não pelo puro prazer de fazê‐lo, mas para realizar algo que a escrita indica. [...]

      A motivação da escrita é sua própria razão de ser; a decifração constitui apenas um aspecto mecânico de seu funcionamento. Assim, a leitura não pode ser só decifração; deve, através da decifração, chegar à motivação do que está escrito, ao seu conteúdo semântico e pragmático completo. Por isso é que a leitura não se reduz à somatória dos significados individuais dos símbolos (letras, palavras etc.), mas obriga o leitor a enquadrar todos esses elementos no universo cultural, social, histórico etc. em que o escritor se baseou para escrever.

(CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. 11. Ed. São Paulo: Scipione, 2010.)

Em “A escrita se diferencia de outras formas de representação do mundo, não só porque induz à leitura, mas também porque essa leitura é motivada [...]” (4º§), a expressão em destaque produz como efeito de sentido:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?A escrita se diferencia de outras formas de representação do mundo, não só porque induz à leitura, mas também porque essa leitura é motivada [...]?

    ? não só... mas também (temos uma correlação que forma uma conjunção coordenativa aditiva; soma de ideias; adição de ideias).

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  • A questão é sobre conjunções e quer saber o sentido de "mas também em “A escrita se diferencia de outras formas de representação do mundo, não só porque induz à leitura, mas também porque essa leitura é motivada [...]”. Vejamos:

     . 

    Conjunções coordenativas são as que ligam termos ou orações de mesmo valor. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

     . 

    A) Oposição.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

     . 

    B) Explicação.

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão...

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...

    Ex.: Vamos indo, porque já é tarde.

     . 

    C) Acréscimo.

    Conjunções coordenativas aditivas: têm valor semântico de adição, soma, acréscimo...

    São elas: e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, ademais, além disso, outrossim...

    Ex.: Não só estudaram muito como também passaram no concurso.

     . 

    D) Equivalência.

    Conjunções coordenativas alternativas: têm valor semântico de alternância, escolha, exclusão.

    São elas: ou... ou, ora... ora, já.. já, seja... seja, quer... quer, não... nem...

    Ex.: Ora estudava, ora trabalhava..

     . 

    Gabarito: Letra C


ID
3420631
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples, porque as crianças, sendo pequenas, sabem poucas palavras e não gostam de usá‐las complicadas. Quem me dera saber escrever essas histórias, mas nunca fui capaz de aprender, e tenho pena. Além de ser preciso escolher as palavras, faz falta um certo jeito de contar, uma maneira muito certa e muito explicada, uma paciência muito grande – e a mim falta‐me pelo menos a paciência, do que peço desculpa.”               

 (SARAMAGO, J. A maior flor do mundo.Ilust. de João Caetano. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2001.)

A partir da leitura do texto, é correto afirmar que é possível reconhecer

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? A partir da leitura, podemos concluir que o objetivo do autor é mostrar que ele não é capaz de elaborar e nem de contar histórias para crianças.

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ID
3420634
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples, porque as crianças, sendo pequenas, sabem poucas palavras e não gostam de usá‐las complicadas. Quem me dera saber escrever essas histórias, mas nunca fui capaz de aprender, e tenho pena. Além de ser preciso escolher as palavras, faz falta um certo jeito de contar, uma maneira muito certa e muito explicada, uma paciência muito grande – e a mim falta‐me pelo menos a paciência, do que peço desculpa.”               

 (SARAMAGO, J. A maior flor do mundo.Ilust. de João Caetano. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2001.)

Considerando o posicionamento do autor acerca do assunto tratado, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Além de ser preciso escolher as palavras, faz falta um certo jeito de contar, uma maneira muito certa e muito explicada, uma paciência muito grande ? e a mim falta?me pelo menos a paciência, do que peço desculpa

    ? Temos uma ideia de subjetividade; algo pessoal do autor (uma ideia em que ele condena que não possui paciência suficiente).

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ID
3420637
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Considere o seguinte argumento lógico:


p1: ou Rafaela pega um táxi ou Cíntia não vai ao cinema de carro;

p2: Rafaela compra pipoca se e somente se Cíntia também comprar;

p3: Cíntia vai ao cinema de carro se e somente se tiver dinheiro para a gasolina; e,

p4: ou Cíntia tem dinheiro para a gasolina ou compra pipoca.


Sabendo‐se que Cíntia não tem dinheiro para a gasolina, conclui‐se que:

Alternativas
Comentários
  • só assumir que cintia não tem dinheiro para o cinema como VERDADEIRO , e ir fazendo ... lembrando que as premissas tem que ter como resultado serem VERDADEIRAS.

  • Rafaela não pega um táxi;

    Cíntia não vai de carro;

    Rafaela e Cíntia compram pipoca.

  • O táxi é um motoboy?


ID
3420640
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Em um resort no litoral nordestino, 132 hóspedes participam de alguma das atividades culturais oferecidas. Sabe‐se que 64 hóspedes participam das aulas de pintura, 60 participam das aulas de música e 48 de ambas as atividades. Dessa forma, o número de hóspedes que não participam de aulas nem de música nem de pintura é:

Alternativas
Comentários
  • Regra de Conjuntos:

    Sabendo que o total de pessoas são 132 e que há 3 grupos:

    1- Quem participou da pintura, foram 64

    2- Quem participou da música, foram 60

    3- Quem participou de ambas, foram 48

    48 é o numero inicial, mantem ele.

    Subtrai 60, por 48 = 12 Só pintura

    Subtrai 64, por 48 = 16 Só música

    Agora soma tudo que encontrou 48+12+16 =76 participaram de alguma aula

    A pergunta é quem não participou de nenhuma das aulas, ou seja: 132 - 76 = 56

    Letra A

  • gabarito letra A

    regra geral ➡ (conjunto A) + (conjunto B) - (intersecção entre A e B)

    logo temos 64+60 - 48 = 76

    temos 76 participantes que participam de pelo menos uma atividade, logo os demais não participam de nenhuma dessas atividades

    basta que efetuemos o cálculo, subtraindo esse valor do total

    132 - 76 = 56

    bons estudos ✔


ID
3420643
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma caixa contém 90 bolas de três cores distintas: verde, azul e branco, com probabilidades de retirada de x, 2x e 4x, respectivamente. Considerando que a quantidade de bolas de cada cor são iguais, então a probabilidade de que sejam retiradas da caixa, aleatoriamente, e com reposição uma bola verde e uma branca é:

Alternativas
Comentários
  • Faça x + 2x + 4x = 7x (total de chances)

    Bola verde: será x/7x ou 1/7

    Bola branca: será 4x/7x ou 4/7

    Probabilidade será: 1/7 . 4/7 ou 4/49 letra D

  • x+2x+4x=1

    7x=1

    x=1/7

    verde = x

    então verde = 1/7

    branca= 4x

    então branca = 4.1/7 => 4/7

    Probabilidade de bola verde E bola Branca será: 1/7 . 4/7 = 4/49

  • GABARITO LETRA D

    verde, azul e branco, com probabilidades de retirada de x, 2x e 4x

    ou seja

    x+2x+4x é igual a 100%

    caímos em uma equaçãozinha do 1° da tia teteia

    x+2x+4x = 100

    7x = 1

    x = 7/100

    ele quer um verde e uma branca

    temos

    1/7 * 4/7 = 4/49

    bons estudos

  • só não entendi porque têm que considerar que a quantidade de cada cor é igual?

    sobre essa premissa a probabilidade ia ser igual para todas.

    Questão mal elaborada na minha opinião.

  • Olhando a resoluções citadas, o problema não falou que seria nessa ordem, só falou uma de cada, podendo ser uma verde e outra branca ou o contrário, o resultado não seria multiplicado por 2?

  • Um Pouco mal elaborada !

  • se a quantidade de bolas é igual, como a probabilidade é diferente (x, 2x, 4x) ?

    ficou mal escrita essa bagaça

  • letra D

    Vou tentar explicar como essas probabilidades podem ser distribuídas e como esse questão se comporta:

    -são 90 bolas, sendo 30/90 de cada cor ou, simplificando por 30 seria 1/3 de cada cor no total de 3 bolas(dá no mesmo);

    -as probabilidades de retirada são diferentes para cada cor, sendo então:

    1/3*x verde, 1/3*2x azul, 1/3*4x branco

    -para saber quanto vale o x temos:

    x+2x+4x = 3 => 7x = 3 => x = 3/7

    -podemos substituir o x por 3/7 nas cores que queremos calcular, verde e branco (x e 4x respectivamente):

    1/3*3/7 = 3/21 probabilidades de tirar uma bola verde

    1/3*(4*3/7) = 12/21 probabilidades de tirar uma bola branca

    -sabendo que há reposição, as probabilidades de retirada não muda (**PROBABILIDADES INDEPENDENTES):

    -a questão pede a probabilidade de (tirar uma bola verde, colocá-la de volta na caixa e tirar uma outra que seja branca, ou vice-versa):

    -para isso **basta multiplicar as duas probabilidades:

    -assim temos 3/21 * 12/21 = 36/441

    -simplificando por 9 fica 4/49

    Espero ter ajudado!!

  • pergunta mal elaborada pos ele diz na questão, que seja uma bola branca e uma bola verde, mais não disse qual seria primeiro, logo multiplica por 2 pos pode ser (B e V) ou (V e B)

ID
3420646
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Paulo, Léo e André colecionam tampinhas de refrigerante. Sabe‐se que André possui 75 tampinhas a mais que a soma das tampinhas de Paulo e Léo. Além disso, o dobro de tampinhas que Paulo possui somado ao triplo das tampinhas de Léo é igual ao número de tampinhas de André. Logo, sabendo‐se que a soma do número de tampinhas de Paulo e Léo é 51, então o número de tampinhas que Paulo possui é:

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA LETRA B

    ANDRÉ= 75 + P + L

    P + L = 51

    A= 51 + 75 = 126

    -----------------------------------------------------------------

    P + L = 51

    L = 51 - P

    ----------------------------------------------------------------

    2P + 3L = A

    2P + 3* ( 51-P) = 126

    2P + 153 - 3P = 126

    -P = - 27 (-1)

    P = 27


ID
3420649
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A soma dos doze termos de uma progressão aritmética é igual a 204. Considerando que a razão r dessa progressão é 4, então é correto afirmar, com relação ao sexto termo da progressão K, que

Alternativas
Comentários
  • A fórmula da soma dos termos de uma progressão aritmética é igual an * (a1 + an) / 2

    Em que n é a quantidade de termos da progressão aritmética, a1 é o primeiro termo, a2 é o segundo termo, an é o enésimo termo.

    Como a progressão tem 12 termos, n=12:

    12 * (a1 + a12) / 2 = 204

    6 * (a1 + a12) = 204

    a1 + a12 = 204 / 6

    a1 + a12 = 34

    O enunciado diz que a razão é igual a 4, ou seja, a diferença entre dois termos subsequentes é igual a 4. Portanto, a12 – a11 = 4.

    Se a1 + a12 = 34, então

    a1 + a11 = 30

    a6 = (a1 + a11) / 2

    a6 = 30 / 2

    a6 = 15

    Logo, letra C.

  • soma dos termos de uma P.A é igual n * (a1 + an) / 2

    Em que n é a quantidade de termos da progressão aritmética, a1 é o primeiro termo, a2 é o segundo termo, an é o enésimo termo.

    Como a progressão tem 12 termos, n=12:

    12 * (a1 + a12) / 2 = 204

    6 * (a1 + a12) = 204

    a1 + a12 = 204 / 6

    a1 + a12 = 34

    Até aqui meu comentário é uma cópia do da colega kkkkk, mas queria mostrar a vocês uma importante propriedade da P.A, "a soma dos Extremos é igual a soma dos Equidistantes", explicando:

    Olhem essa hipotética P.A de razão 3: 1, 4, 7, 10, 13, 16

    Percebam que 1 + 16 = 17 (soma dos Extremos) e 4 + 13 = 17 (soma dos Equidistantes) esse padrão vai se repetindo DENTRO da sequência. Vamos usar esse raciocínio pra resolver a questão.

    Ora, se a1 + a12 = 34, então a2 + a11 também é igual a 34, assim como:

    a3 + a10 = 34

    a4 + a9 = 34

    a5 + a8 = 34

    a6 + a7 = 34 (paramos aqui, já que a questão pede o SEXTO TERMO)

    a7 pode ser escrito assim a7 = a6 + r, e sabemos que r = 4, então a7 = a6 + 4, vamos substituir na equação

    a6 + a6 + 4 = 34

    2a6 = 34 - 4

    a6 = 30/2

    a6 = 15

    Lembrando que o sinal significa Menor ou Igual, então:

    Alternativa C

  • Soma = (A1 + A12)*n/2, sabemos que (A1+A12) = (A6+A7), e que A7 = A6+r

    então temos

    Soma = (A6+A6+r)*n/2

    204 = (A6+A6+4)*12/2

    204 = (2A6+4)*6

    204 = 12A6+24

    180 = 12A6 que simplificando, fica

    A6 = 15

  • Resolvendo de outra forma:

    Temos que a soma dos termos: S12 = [(a1 + a12) *n] / 2 , razão r=4, e número de termos da PA igual a 12, n=12

    Podemos expressar a12 da seguinte forma: a12 = a1 + 11r --> a12 = a1+ 11*4 --> a12 = a1+44

    Substituindo na primeira fórmula:

    S12 = [(a1+a1 +44) * 12]/2

    204 = [(2a1+44) *12] /2

    Achamos a1 = -5

    Sabe-se que a6 = a1+ 5r

    Então a6 = -5 + (5*4) --> a6= -5+20 --> a6= 15, letra C


ID
3449398
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Não canse quem te quer bem


      Foi durante o programa Saia Justa que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase: “Não canse quem te quer bem”. Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse provisória desse achado.

      Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

      Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

      Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.

      Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

      Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema. Ciúme toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.

      Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

      Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.

      Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.

      Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive‐o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.

(Martha Medeiros – Zero Hora – 22 de janeiro de 2012.)

A crônica em questão foi construída a partir da frase “Não canse quem te quer bem”. Essa estratégia de construção textual está centralizada na função da linguagem denominada

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?Não canse quem te quer bem?

    Temos a Função Conativa (Apelativa) ? o receptor é o centro da mensagem, na qual ele é estimulado, provocado, seduzido, amparado; isso ocorre através do uso do verbo no imperativo negativo (não canse).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • É impossível que eu cause cansaço em alguém. É a pessoa que se cansa por si só. Por isso a linguagem presente na estrutura carrega traços de conotação, ou seja, a linguagem figurada.

    Letra C

  • Pessoal, CUIDADO !

    Função conativa ou apelativa: Ela traz no seu escopo um texto com uma ordem, verbos na maioria das vezes no imperativo. Por exemplo:Não canse quem te quer bem. Perceba que existe uma ordem '' NÃO CANSE''

    Texto conotativo : sentido figurado, dos contos de fadas (...) Por exemplo: '' o vento fala'' '' os mares acenam''

    OBS: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

    Erros ? me avisem pfvr <3

  • B

  • B


ID
3449401
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Não canse quem te quer bem


      Foi durante o programa Saia Justa que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase: “Não canse quem te quer bem”. Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse provisória desse achado.

      Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

      Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

      Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.

      Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

      Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema. Ciúme toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.

      Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

      Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.

      Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.

      Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive‐o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.

(Martha Medeiros – Zero Hora – 22 de janeiro de 2012.)

Em todas as alternativas a seguir, as palavras sublinhadas têm o seu significado corretamente indicado, EXCETO, em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?? diversificar suas lamúrias.? (3º§) ? apologias.

    ? Lamúrias (lamentação interminável, que importuna e que a nada leva; queixume, queixa); apologias (discurso ou texto em que se defende, justifica ou elogia). Sentidos das palavras são diferentes, logo, a letra "c" é a nossa resposta.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • galhofa...meu deus ... me ajuudee

  • aumento de tributo é fato do principe


ID
3449404
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Não canse quem te quer bem


      Foi durante o programa Saia Justa que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase: “Não canse quem te quer bem”. Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse provisória desse achado.

      Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

      Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

      Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.

      Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

      Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema. Ciúme toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.

      Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

      Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.

      Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.

      Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive‐o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.

(Martha Medeiros – Zero Hora – 22 de janeiro de 2012.)

Em uma frase, as palavras podem exercer funções sintáticas as mais diversas. Considerando a classificação sintática dos termos destacados, assinale aquele que se DIFERENCIA dos demais.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Em todas alternativas temos o sujeito em destaque, exceto na letra "b":

    ? ?Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos?? (5º§) ? obrigue (alguém); pronome oblíquo átono "o" exercendo a função sintática de objeto direto.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • alguém pode explicar a C ?

  • Claro, Jonathan. Seguinte:

    Sabe-se que o "que" é pronome relativo e usado para não repetir um termo já dito anteriormente, podendo funcionar como sujeito.

    Posto isso, na supra frase temos isto:

    “... seja mala com pessoas que não te conhecem.”

    O "que" está substituindo o "pessoas" e ele está FUNCIONANDO - NÃO É - como sujeito para o verbo CONHECER.

    Portanto, temos o seguinte:

    Se no comando da questão perguntar: Qual o sujeito da frase? É "pessoas", MAS, nesta questão, ela só pede a função do "que", qual seja: FUNCIONA como SUJEITO do verbo CONHECER.

  • Jonathan,

    Aprendi assim e tem funcionado, quando o "que" retoma o sujeito ele funciona como sujeito do verbo subsequente, quando ele retoma outro termo q não o sujeito ele é prOnome relativo e quando não retoma nada é está iniciando uma oração subordinada

    Favor se estiver errado me corrijam.

  • Gab: B

    A) “… todos passam do limite…” (2º§) >> O que passam dos limites? todos! > temos um sujeito simples;

    B) “Não obrigue a esperar pelos 20 vestidos…” (5º§) >> Quem obriga, obriga algo ou alguém a alguma coisa > VTDI > exige complemento verbal direto e complemento verbal indireto > "o" exerce função de complemento verbal direto, enquanto "a esperar" é complemento verbal indireto;

    C) “... seja mala com pessoas que não te conhecem.” (10º§) >> "que" podendo ser substituído por "o qual" sendo, portanto, pronome relativo e exercendo função de sujeito;

    D)Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto.” (9º§) >> O que são demonstrações de afeto? implicâncias! logo, temos sujeito simples.

    Em caso de erro, informem no chat :)

  • Todos os termos evidenciados são sujeitos, à exceção do pronome "o", constante em B, cuja função sintática é a de objeto direto.

    Letra B

  • tenho 2 dúvidas. Na letra b) ok, quem obriga, obriga alguém a algo, logo ''o'' seria o objeto direto, mas ele também não poderia ser sujeito? tipo, não obrigue quem a esperar pelos 20 vestidos? ele ( o ). E a segunda dúvida é: qual seria a classificação do restante da frase? obrigar> vtdi (o)>objeto direto a esperar>objeto indireto e ''pelos vintes vestidos'' seria o que? desde já agradeço!

  • ESSA QUESTÃO SEPARA O JOIO DO TRIGO

  • O cara tem que ter uma visão além do alcance.

  • Pedro Nevez

    Posso estar errado na análise sintática (e se estiver, por favor me corrijam).

    No caso da alternativa B (“Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos…”) acredito que o sujeito seria oculto -> Não obrigue 'você' (3ª pessoa do Imperativo Negativo).

    'o' seria o Objeto Direto.

    'Não' seria Adjunto Adverbial de Negação.

    'a esperar pelos 20 vestidos' seria uma Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta (faria o papel do Objeto Indireto).

    Por favor, me corrijam se estiver errado.

  • Pedro, guarda uma coisa pra você não errar mais: pronome oblíquo "o"; "a" (e suas variantes) sempre, SEMPRE, exercem função sintática de objeto direto. SEMPRE! Nos demais casos, os termos em destaque exercem função sintática de sujeito.

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    Gabarito: B

  • Nas outras há objetos

  • "Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair.."

    Não seria sujeito oculto? Já que se refere ao "seu namorado".

  • Kamila, como o verbo "obrigar" é VTD (eu acho), esse "o" é um OD, porque é como se tivesse escrito: "não obrigue ele", só que você não pode falar assim, sendo que em tese seria mais ideal escrever: "não obrigue-o".

    Contudo, como há a palavra atrativa "não", o correto é "não o obrigue".

    Nas outras alternativas há sujeito.


ID
3449407
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Não canse quem te quer bem


      Foi durante o programa Saia Justa que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase: “Não canse quem te quer bem”. Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse provisória desse achado.

      Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

      Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

      Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.

      Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

      Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema. Ciúme toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.

      Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

      Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.

      Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.

      Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive‐o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.

(Martha Medeiros – Zero Hora – 22 de janeiro de 2012.)

Em relação à acentuação das palavras “você”, “elétrica”, “saída”, “artísticos”, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ?  ?você?, ?elétrica?, ?saída?, ?artísticos?

     a) duas delas são dissílabas ? duas sílabas (somente "você" ? vo-cê).
     b) todas elas foram acentuadas pelo mesmo motivo ? incorreto, respectivamente: oxítona terminada em -e; proparoxítona; regra dos hiatos e proparoxítona.
     c) apenas uma delas é acentuada por apresentar ditongo ? incorreto, nenhuma delas.
     d) apenas duas delas foram acentuadas pelo mesmo motivo ? correto; elétrica e artísticos (ambas possuem a antepenúltima sílaba tônica, elas são proparoxítonas).

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  • Artísticos e elétrica São PROPAROXÍTONAS

  • Gabarito: D


ID
3449410
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Não canse quem te quer bem


      Foi durante o programa Saia Justa que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase: “Não canse quem te quer bem”. Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse provisória desse achado.

      Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

      Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

      Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.

      Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

      Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema. Ciúme toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.

      Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

      Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.

      Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.

      Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive‐o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.

(Martha Medeiros – Zero Hora – 22 de janeiro de 2012.)

Além da função da linguagem, a autora lançou mão de outro recurso de construção de texto que se denomina

Alternativas
Comentários
  • No decurso de todo o texto, a autora apresenta uma situação e em seguida a exemplifica, isto é, há um encadeamento ordenado, harmônico, lógico, característica atinente ao paralelismo:

    "Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema."

    Esse é somente um dos múltiplos exemplos constantes do texto.

    Letra D


ID
3449413
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Não canse quem te quer bem


      Foi durante o programa Saia Justa que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase: “Não canse quem te quer bem”. Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse provisória desse achado.

      Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

      Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

      Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.

      Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

      Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema. Ciúme toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.

      Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

      Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.

      Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.

      Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive‐o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.

(Martha Medeiros – Zero Hora – 22 de janeiro de 2012.)

Assinale a justificativa adequada para o uso de vírgulas no período: “... que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase...” (1º§).

Alternativas
Comentários
  • Letra D separa a oração subordinada substantiva reduzida de gerúndio.

  • GAB: B

    Separa oração adverbial reduzida.

  • Gab: B

    “... que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase...” (1º§).

    > O termo entre vírgulas é uma oração - marcada pela presença do verbo;

    > A oração intercalada deve sempre vir entre virgulas;

    > A oração em questão funciona como adjunto adverbial de modo;

    > O que é uma oração reduzida? é aquela que possui um verbo nas suas formas nominais, ou seja, infinitivo, particípio e gerúndio;

    > O verbo da nossa oração é o "discutindo" > forma nominal gerúndio.

    Trata-se, portanto, de uma oração adverbial reduzida (de gerúndio).

    Em caso de erro, informem no chat :)

  • Na letra A, acredito que está errada, porque a oração está intercalada, não deslocada.

  •  A atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase:

    A atriz quando discutia.....lançou a seguinte frase..

    A) Separa oração deslocada.

    Realmente utilizamos vírgulas para separar orações deslocadas, mas no caso temos uma oração adverbial.

    são exemplos de orações deslocadas com vírgulas..

    Ele se disse espantado, pois acreditava que, depois das eleições, os políticos estariam mais ativos no uso das mídias sociais.

    A presidente, em cerimônia no Palácio do Planalto, sancionou a medida provisória.

    (Manual da presidência da República)

    B) As orações reduzidas são aquelas que aparecem sem conjunções ou pronomes relativos e com verbos no infinitivo, gerúndio ou particípio.

    C) Nas orações subordinadas substantivas e adverbiais conseguimos perceber o seguinte mecanismo:

    Embora estivesse doente, foi trabalha..

    foi trabalhar embora estivesse doente. o que não acontece na questão.

    conseguimos perceber que a ordem foi alterada..

    (Spadoto, 557)

    D) Quando o examinador cita:" termos da mesma função sintática também podemos associar a termo em enumeração"..a exemplo:

    comprei banana, maça e pera.

    Equívocos? Mande Msg.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • > O que é uma oração reduzida? é aquela que possui um verbo nas suas formas nominais, ou seja, infinitivo, particípio e gerúndio;

    > O verbo da nossa oração é o "discutindo" > forma nominal gerúndio.

    Trata-se, portanto, de uma oração adverbial reduzida (de gerúndio).

    Fonte : amiga amanda

  • Orações intercaladas, a vírgula é FACULTATIVA. ( 3 palavras )

    Orações intercaladas com mais de 3 palavras, a vírgula é OBRIGATÓRIA

    fonte: prof. João Batista


ID
3449416
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português

Não canse quem te quer bem


      Foi durante o programa Saia Justa que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase: “Não canse quem te quer bem”. Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse provisória desse achado.

      Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

      Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

      Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.

      Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

      Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema. Ciúme toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.

      Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

      Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.

      Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.

      Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive‐o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.

(Martha Medeiros – Zero Hora – 22 de janeiro de 2012.)

Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.” (2º§) O excerto anterior possui sentido

Alternativas

ID
3449419
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Não canse quem te quer bem


      Foi durante o programa Saia Justa que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase: “Não canse quem te quer bem”. Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse provisória desse achado.

      Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

      Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

      Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.

      Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

      Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema. Ciúme toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.

      Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

      Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.

      Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.

      Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive‐o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.

(Martha Medeiros – Zero Hora – 22 de janeiro de 2012.)

Em todas as frases a seguir, as palavras sublinhadas, pertencem à mesma classe gramatical, EXCETO em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

     a) ?Ah, se conseguíssemos manter sob controle?? (2º§) ? conjunção subordinativa adverbial condicional.
     b) ?Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.? (9º§) ? temos um pronome recíproco (mais do que um sujeito praticando uma ação verbal reciprocamente ou, um sobre o outro).
     c) ?Se não consegue resistir a dar uma chateada,...? (10º§) ? conjunção subordinativa adverbial condicional.
     d) ?? só uma vez por ano, se não houver outra saída.? (5º§) ? conjunção subordinativa adverbial condicional.

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  • Letra B. Já os íntimos poderiam "se" elogiar. Poderiam elogiar a si mesmos. Pronome apassivador.

    A, C e D "se conseguíssemos/ se não consegue/ se não houver outra saída", indicam todos condição. Basta substituir por "caso".

  • Letra B: pronome recíproco

    o resto condicional


ID
3449422
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Não canse quem te quer bem


      Foi durante o programa Saia Justa que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase: “Não canse quem te quer bem”. Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse provisória desse achado.

      Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

      Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

      Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.

      Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

      Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema. Ciúme toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.

      Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

      Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.

      Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.

      Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive‐o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.

(Martha Medeiros – Zero Hora – 22 de janeiro de 2012.)

O uso do pronome demonstrativo “esse”, na frase: “Prive‐o desse infortúnio.” (10º§), se justifica por

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive?o desse infortúnio.

    ? Preposição "de" + pronome demonstrativo "esse" (=desse); temos um pronome com valor anafórico (=menciona algo mencionado anteriormente no texto).

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  • GABA LETRA C DE CORAÇÃO,

    Bem simples e direto:

    Esse - RETOMADA;

    Este - VAI SER DITO.

  • Assertiva C

    referir‐se a algo já citado no texto.

    Retomada no contexto

    ESTE = algo que ainda será citado

    ESSE = algo que já foi citado

  • Os comentários simplificam uma aula inteira. Obrigado!

  • Desse = Termo Anafórico, ou seja, retoma algo já citado anteriormente!

  • Vai pelo alfabeto RSTU como o S está antes ele retoma algo já citado <<<<S o T está depois, logo ele vai fazer referência a algo ainda não citado T>>>>>>

  • Complemento..

    Situação no espaço :

    Este: Próximo da pessoa que fala

    Esse: próximo da pessoa com quem se fala

    Aquele : Distante das pessoas do discurso.

    Situação no Tempo:

    Este: Presente

    Esse: Passado ou futuro próximo

    Aquele : Passado remoto.

    Não esquecer:

    Este (regra) catafórico antecipa o que vai ser dito.

    Esse anafórico> Retoma o que vai ser dito.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • GABARITO C

    Esse: Retoma a uma ideia anterior, que já apareceu no texto (termo anafórico).

    Este: Refere-se a uma ideia que ainda aparecerá no texto (termo catafórico).

    bons estudos

  • A questão aborda o assunto de pronomes de tratamento e quer que o candidato analise o seu valor no discurso. Vejamos:

    a) Incorreta.

    A questão erra ao dizer que "desse" menciona tempo futuro, isso até seria possível, visto que esse pronome tem essa função, contudo isso não acontece no trecho.

    b) Incorreta.

    A alternativa erra em dizer que o pronome "desse" funciona como demonstrando noção espacial, isso também é possível, só que não ocorre no trecho. .

    c) Correta.

    A alternativa acerta ao dizer que o pronome "desse" funciona para se referir ao que já foi mencionado. Vejam:

    ...Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive‐o desse infortúnio. Por essa parte já podemos afirmar que a alternativa está correta.

    d) Incorreta.

    O pronome a ser usado para indicar algo que ainda vai ser dito é o ISTO, ESTE, ESTA.

    GABARITO: C

  • GABARITO: LETRA C

    FUNÇÃO REFERENCIAL

    ESSE(S), ESSA(S), ISSO - ELEMENTO COESIVO REFERENCIAL ANAFÓRICO (ALGO JÁ DITO OU APRESENTADO)

    ESTE(S), ESTA(S), ISTO - ELEMENTO COESIVO REFERENCIAL CATAFÓRICO (CONSECUTIVO): ALGO QUE SERÁ DITO OU APRESENTADO.

    *PODE TAMBÉM RETOMAR UM TERMO OU IDEIA ANTECEDENTE (EVANILDO BECHARA E CELSO CUNHA).

    FONTE: A Gramática para Concursos - Fernando Pestana.


ID
3449425
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Não canse quem te quer bem


      Foi durante o programa Saia Justa que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase: “Não canse quem te quer bem”. Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse provisória desse achado.

      Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

      Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

      Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.

      Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

      Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema. Ciúme toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.

      Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

      Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.

      Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.

      Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive‐o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.

(Martha Medeiros – Zero Hora – 22 de janeiro de 2012.)

Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos.” (2º§) No excerto anterior, as expressões sublinhadas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? ?Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos.? (2º§) 

    ? Os termos em destaque marcam uma linguagem coloquial, do dia a dia, informal e equivalem a pertubar, incomodar, importunar.

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  • Gabarito: Letra D

    Porém, a letra A não deixa de estar certa também, afinal as expressões possuem ideia pejorativa.


ID
3449428
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O trecho a seguir contextualiza o tema tratado na questão. Leia‐o atentamente.


“É lembrado nesta quinta‐feira (06/08/2015) o 70º aniversário do primeiro ataque nuclear da história: quando uma aeronave americana lançou a bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, em 1945, matando cerca de 140 mil pessoas até o final daquele ano – de um total de 350 mil que viviam ali.”  

(Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/videos_e_fotos/2015/08/150805_ hiroshima_70 anos_pai.)

Três dias depois do ataque a Hiroshima veio o bombardeio a Nagasaki. O saldo total de mortes dos dois ataques supera os 200 mil e resultou na

Alternativas

ID
3449434
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O trecho a seguir contextualiza o tema tratado na questão. Leia‐o atentamente.


“É lembrado nesta quinta‐feira (06/08/2015) o 70º aniversário do primeiro ataque nuclear da história: quando uma aeronave americana lançou a bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, em 1945, matando cerca de 140 mil pessoas até o final daquele ano – de um total de 350 mil que viviam ali.”  

(Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/videos_e_fotos/2015/08/150805_ hiroshima_70 anos_pai.)

Há 70 anos, as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki protagonizaram duas das maiores tragédias mundiais com as bombas lançadas pelos Estados Unidos, que causaram uma devastação e destruição sem tamanho. No entanto, foi na madrugada de 26 de abril de 1986, que ocorreu o que foi classificado como “pior desastre nuclear da história”. Um dos quatro reatores da planta de Chernobyl, na então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), explodiu e causou um incêndio que liberou enormes quantidades de partículas radioativas na atmosfera. Hoje, com a extinção da URSS, o local onde o desastre se efetuou está situado em que nação?

Alternativas

ID
3449440
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

“Criada por meio de iniciativa popular, liderada pelo Movimento de Combate à Corrupção eleitoral (MCCE), e contando com mais de 1,3 milhão de assinaturas de cidadãos de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal, foi sancionada, no Brasil, em 2010, a Lei ____________________, como ficou conhecida, que impede, por exemplo, o ___________________ dos condenados por corrupção eleitoral.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

Alternativas

ID
3449476
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O trecho a seguir contextualiza o tema tratado na questão. Leia‐o atentamente.


“É lembrado nesta quinta‐feira (06/08/2015) o 70º aniversário do primeiro ataque nuclear da história: quando uma aeronave americana lançou a bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, em 1945, matando cerca de 140 mil pessoas até o final daquele ano – de um total de 350 mil que viviam ali.”  

(Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/videos_e_fotos/2015/08/150805_hiroshima_70anos_pai.)

Passado 70 anos desta catástrofe e da rendição do Japão, como a nação oriental se encontra hoje no cenário internacional?

Alternativas

ID
3449527
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Patos de Minas - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

No Brasil, transgêneros, transexuais e travestis têm garantidos o reconhecimento e a adoção, em instituições e redes de ensino, em todos os níveis e modalidades, de seus nomes sociais que são

Alternativas