SóProvas



Prova CS-UFG - 2014 - CELG/D-GO - Assistente de Gestão - Assistente Administrativo


ID
2049850
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

PAISAGENS EM MOVIMENTO

    Ponho todos os cristais ao Sol de sábado, acendo vela para Oxum e de repente pergunto para ninguém: viver é viajar? Sim — é clichê, mas verdadeiro —, viver é viajar. Como pergunto para ninguém, é ninguém que responde? Ou quando se diz ninguém isso será apenas a maneira dissimulada de referir-se a um Alguém talvez com maiúscula? Eu não sei? Resisto à tentação de um texto todo feito inteiro de interrogações: quero falar de viagem.

     Quando vocês estiverem lendo isto aqui, estarei viajando. E estarei bem porque estarei viajando. Vem de longe essa sensação. Não apenas desde a infância, viagens de carro para a fronteira com a Argentina, muitas vezes atolando noite adentro, puxados por carro de boi, ou em trem Maria Fumaça, longuíssima viagem até Porto Alegre, com baldeação em Santa Maria da Boca do Monte. Outro dia, seguindo informações vagas de parentes, remexendo em livros de História, descobri que um de meus antepassados foi Cristóvão Pereira de Abreu, tropeiro solitário que abriu caminho pela primeira vez entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, imagino que talvez lá pelo século 17 ou 18. Deve estar no sangue, portanto, no DNA. Como afirmam que “quem herda aos seus não rouba”, está tudo certo e é assim que é e assim que sou.

    Pois adoro viajar. Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento. Talvez trouxe esta mania dos trens (janela de trem é a melhor que existe), carros e ônibus da infância, porque mesmo em avião hoje em dia, só viajo na janela. Quem já viu de cima Paris, o Rio de Janeiro ou a antiga Berlim do muro sabe que vale a pena.

    Topo qualquer negócio por uma viagem. Quando mais jovem, cheguei a fazer mais de uma vez São Paulo-Salvador de ônibus (na altura de Jequié você entende o sentido da palavra exaustão), há três anos naveguei São Luís do Maranhão-Alcântara num barquinho saltitante (na maré baixa, você caminha quilômetros pelo manguezal), e exatamente há um ano atrás, já bastante bombardeado, encarei Paris-Lisboa de ônibus, e logo depois ParisOslo de ônibus também. Não por economia, a diferença de avião é mínima — mas por pura paixão pela janela. Sábia paixão. Não fosse isso, jamais teria comprado aquela fita de Nina Hagen numa lanchonete de beira de estrada nos Países Bascos (tristes e feios) à margem dos Pireneus, ou visto a cidadezinha onde nasceu Ingrid Bergman, num vale belíssimo na fronteira da Suécia com a Noruega.

    Para suportar tais fadigas, é preciso não só gostar de viajar, mas principalmente de ver. Para um verdadeiro apaixonado pelo ver, não há necessidade sequer de fotografar, vídeo então seria ridículo. Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. Vê-se solitária e talvez inutilmente, para dentro, secretamente, pois ninguém poderá provar jamais que viu mesmo. Além do mais a memória filtra e enfeita as coisas. Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo que vi pela janela do ônibus, envolta em névoas no alto de uma colina no norte da Espanha, seria mesmo real ou metade efeito de um Lexotan dado por meu amigo Gianni Crotti em Lisboa. Cá entre nós, nem preciso saber.

     Mando esta da estrada, ando com o pé que é um leque outra vez. Lembro um velho poema de Manuel Bandeira — «café com pão/café com pão” — recriando a sonoridade dos trens de antigamente. Pois aqui nesta janela, além dela, passa boi, passa boiada, passa cascata, matagal, vilarejo e tudo mais que compõe a paisagem das coisas viventes, embora passe também cemitério e fome. Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam. Deixa passar. 


       ABREU, Caio Fernando. Pequenas epifanias. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 155–157. 

Depreende-se da leitura do texto que o autor define viagem como

Alternativas
Comentários
  •  

    LETRA A

     

     Pois adoro viajar. Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento.

     

     ABREU, Caio Fernando. Pequenas epifanias. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 155–157. 


ID
2049853
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

PAISAGENS EM MOVIMENTO

    Ponho todos os cristais ao Sol de sábado, acendo vela para Oxum e de repente pergunto para ninguém: viver é viajar? Sim — é clichê, mas verdadeiro —, viver é viajar. Como pergunto para ninguém, é ninguém que responde? Ou quando se diz ninguém isso será apenas a maneira dissimulada de referir-se a um Alguém talvez com maiúscula? Eu não sei? Resisto à tentação de um texto todo feito inteiro de interrogações: quero falar de viagem.

     Quando vocês estiverem lendo isto aqui, estarei viajando. E estarei bem porque estarei viajando. Vem de longe essa sensação. Não apenas desde a infância, viagens de carro para a fronteira com a Argentina, muitas vezes atolando noite adentro, puxados por carro de boi, ou em trem Maria Fumaça, longuíssima viagem até Porto Alegre, com baldeação em Santa Maria da Boca do Monte. Outro dia, seguindo informações vagas de parentes, remexendo em livros de História, descobri que um de meus antepassados foi Cristóvão Pereira de Abreu, tropeiro solitário que abriu caminho pela primeira vez entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, imagino que talvez lá pelo século 17 ou 18. Deve estar no sangue, portanto, no DNA. Como afirmam que “quem herda aos seus não rouba”, está tudo certo e é assim que é e assim que sou.

    Pois adoro viajar. Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento. Talvez trouxe esta mania dos trens (janela de trem é a melhor que existe), carros e ônibus da infância, porque mesmo em avião hoje em dia, só viajo na janela. Quem já viu de cima Paris, o Rio de Janeiro ou a antiga Berlim do muro sabe que vale a pena.

    Topo qualquer negócio por uma viagem. Quando mais jovem, cheguei a fazer mais de uma vez São Paulo-Salvador de ônibus (na altura de Jequié você entende o sentido da palavra exaustão), há três anos naveguei São Luís do Maranhão-Alcântara num barquinho saltitante (na maré baixa, você caminha quilômetros pelo manguezal), e exatamente há um ano atrás, já bastante bombardeado, encarei Paris-Lisboa de ônibus, e logo depois ParisOslo de ônibus também. Não por economia, a diferença de avião é mínima — mas por pura paixão pela janela. Sábia paixão. Não fosse isso, jamais teria comprado aquela fita de Nina Hagen numa lanchonete de beira de estrada nos Países Bascos (tristes e feios) à margem dos Pireneus, ou visto a cidadezinha onde nasceu Ingrid Bergman, num vale belíssimo na fronteira da Suécia com a Noruega.

    Para suportar tais fadigas, é preciso não só gostar de viajar, mas principalmente de ver. Para um verdadeiro apaixonado pelo ver, não há necessidade sequer de fotografar, vídeo então seria ridículo. Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. Vê-se solitária e talvez inutilmente, para dentro, secretamente, pois ninguém poderá provar jamais que viu mesmo. Além do mais a memória filtra e enfeita as coisas. Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo que vi pela janela do ônibus, envolta em névoas no alto de uma colina no norte da Espanha, seria mesmo real ou metade efeito de um Lexotan dado por meu amigo Gianni Crotti em Lisboa. Cá entre nós, nem preciso saber.

     Mando esta da estrada, ando com o pé que é um leque outra vez. Lembro um velho poema de Manuel Bandeira — «café com pão/café com pão” — recriando a sonoridade dos trens de antigamente. Pois aqui nesta janela, além dela, passa boi, passa boiada, passa cascata, matagal, vilarejo e tudo mais que compõe a paisagem das coisas viventes, embora passe também cemitério e fome. Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam. Deixa passar. 


       ABREU, Caio Fernando. Pequenas epifanias. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 155–157. 

Na introdução do texto, ao recrutar diferentes religiões, o locutor considera que 

Alternativas
Comentários
  • LETRA E

     

     Ponho todos os cristais ao Sol de sábado, acendo vela para Oxum e de repente pergunto para ninguém: viver é viajar? Sim — é clichê, mas verdadeiro —, viver é viajar. Como pergunto para ninguém, é ninguém que responde? Ou quando se diz ninguém isso será apenas a maneira dissimulada de referir-se a um Alguém talvez com maiúscula? Eu não sei? Resisto à tentação de um texto todo feito inteiro de interrogações: quero falar de viagem.

    (.....)

    ABREU, Caio Fernando. Pequenas epifanias. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 155–157.

     

    DEUS TE FARÁ UM VENCEDOR!

     

  • meu deeeus que viagem essas perguntas.

  • O que esses caras fumaram para criar essas questões?


ID
2049856
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

PAISAGENS EM MOVIMENTO

    Ponho todos os cristais ao Sol de sábado, acendo vela para Oxum e de repente pergunto para ninguém: viver é viajar? Sim — é clichê, mas verdadeiro —, viver é viajar. Como pergunto para ninguém, é ninguém que responde? Ou quando se diz ninguém isso será apenas a maneira dissimulada de referir-se a um Alguém talvez com maiúscula? Eu não sei? Resisto à tentação de um texto todo feito inteiro de interrogações: quero falar de viagem.

     Quando vocês estiverem lendo isto aqui, estarei viajando. E estarei bem porque estarei viajando. Vem de longe essa sensação. Não apenas desde a infância, viagens de carro para a fronteira com a Argentina, muitas vezes atolando noite adentro, puxados por carro de boi, ou em trem Maria Fumaça, longuíssima viagem até Porto Alegre, com baldeação em Santa Maria da Boca do Monte. Outro dia, seguindo informações vagas de parentes, remexendo em livros de História, descobri que um de meus antepassados foi Cristóvão Pereira de Abreu, tropeiro solitário que abriu caminho pela primeira vez entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, imagino que talvez lá pelo século 17 ou 18. Deve estar no sangue, portanto, no DNA. Como afirmam que “quem herda aos seus não rouba”, está tudo certo e é assim que é e assim que sou.

    Pois adoro viajar. Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento. Talvez trouxe esta mania dos trens (janela de trem é a melhor que existe), carros e ônibus da infância, porque mesmo em avião hoje em dia, só viajo na janela. Quem já viu de cima Paris, o Rio de Janeiro ou a antiga Berlim do muro sabe que vale a pena.

    Topo qualquer negócio por uma viagem. Quando mais jovem, cheguei a fazer mais de uma vez São Paulo-Salvador de ônibus (na altura de Jequié você entende o sentido da palavra exaustão), há três anos naveguei São Luís do Maranhão-Alcântara num barquinho saltitante (na maré baixa, você caminha quilômetros pelo manguezal), e exatamente há um ano atrás, já bastante bombardeado, encarei Paris-Lisboa de ônibus, e logo depois ParisOslo de ônibus também. Não por economia, a diferença de avião é mínima — mas por pura paixão pela janela. Sábia paixão. Não fosse isso, jamais teria comprado aquela fita de Nina Hagen numa lanchonete de beira de estrada nos Países Bascos (tristes e feios) à margem dos Pireneus, ou visto a cidadezinha onde nasceu Ingrid Bergman, num vale belíssimo na fronteira da Suécia com a Noruega.

    Para suportar tais fadigas, é preciso não só gostar de viajar, mas principalmente de ver. Para um verdadeiro apaixonado pelo ver, não há necessidade sequer de fotografar, vídeo então seria ridículo. Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. Vê-se solitária e talvez inutilmente, para dentro, secretamente, pois ninguém poderá provar jamais que viu mesmo. Além do mais a memória filtra e enfeita as coisas. Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo que vi pela janela do ônibus, envolta em névoas no alto de uma colina no norte da Espanha, seria mesmo real ou metade efeito de um Lexotan dado por meu amigo Gianni Crotti em Lisboa. Cá entre nós, nem preciso saber.

     Mando esta da estrada, ando com o pé que é um leque outra vez. Lembro um velho poema de Manuel Bandeira — «café com pão/café com pão” — recriando a sonoridade dos trens de antigamente. Pois aqui nesta janela, além dela, passa boi, passa boiada, passa cascata, matagal, vilarejo e tudo mais que compõe a paisagem das coisas viventes, embora passe também cemitério e fome. Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam. Deixa passar. 


       ABREU, Caio Fernando. Pequenas epifanias. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 155–157. 

A oposição instaurada no enunciado “é clichê, mas verdadeiro”, confere à afirmação a ideia de que

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

     

     Ponho todos os cristais ao Sol de sábado, acendo vela para Oxum e de repente pergunto para ninguém: viver é viajar? Sim — é clichê, mas verdadeiro —, viver é viajar.

     

     ABREU, Caio Fernando. Pequenas epifanias. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 155–157. 

     

     

    CREIA EM DEUS!!

     


ID
2049859
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

PAISAGENS EM MOVIMENTO

    Ponho todos os cristais ao Sol de sábado, acendo vela para Oxum e de repente pergunto para ninguém: viver é viajar? Sim — é clichê, mas verdadeiro —, viver é viajar. Como pergunto para ninguém, é ninguém que responde? Ou quando se diz ninguém isso será apenas a maneira dissimulada de referir-se a um Alguém talvez com maiúscula? Eu não sei? Resisto à tentação de um texto todo feito inteiro de interrogações: quero falar de viagem.

     Quando vocês estiverem lendo isto aqui, estarei viajando. E estarei bem porque estarei viajando. Vem de longe essa sensação. Não apenas desde a infância, viagens de carro para a fronteira com a Argentina, muitas vezes atolando noite adentro, puxados por carro de boi, ou em trem Maria Fumaça, longuíssima viagem até Porto Alegre, com baldeação em Santa Maria da Boca do Monte. Outro dia, seguindo informações vagas de parentes, remexendo em livros de História, descobri que um de meus antepassados foi Cristóvão Pereira de Abreu, tropeiro solitário que abriu caminho pela primeira vez entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, imagino que talvez lá pelo século 17 ou 18. Deve estar no sangue, portanto, no DNA. Como afirmam que “quem herda aos seus não rouba”, está tudo certo e é assim que é e assim que sou.

    Pois adoro viajar. Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento. Talvez trouxe esta mania dos trens (janela de trem é a melhor que existe), carros e ônibus da infância, porque mesmo em avião hoje em dia, só viajo na janela. Quem já viu de cima Paris, o Rio de Janeiro ou a antiga Berlim do muro sabe que vale a pena.

    Topo qualquer negócio por uma viagem. Quando mais jovem, cheguei a fazer mais de uma vez São Paulo-Salvador de ônibus (na altura de Jequié você entende o sentido da palavra exaustão), há três anos naveguei São Luís do Maranhão-Alcântara num barquinho saltitante (na maré baixa, você caminha quilômetros pelo manguezal), e exatamente há um ano atrás, já bastante bombardeado, encarei Paris-Lisboa de ônibus, e logo depois ParisOslo de ônibus também. Não por economia, a diferença de avião é mínima — mas por pura paixão pela janela. Sábia paixão. Não fosse isso, jamais teria comprado aquela fita de Nina Hagen numa lanchonete de beira de estrada nos Países Bascos (tristes e feios) à margem dos Pireneus, ou visto a cidadezinha onde nasceu Ingrid Bergman, num vale belíssimo na fronteira da Suécia com a Noruega.

    Para suportar tais fadigas, é preciso não só gostar de viajar, mas principalmente de ver. Para um verdadeiro apaixonado pelo ver, não há necessidade sequer de fotografar, vídeo então seria ridículo. Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. Vê-se solitária e talvez inutilmente, para dentro, secretamente, pois ninguém poderá provar jamais que viu mesmo. Além do mais a memória filtra e enfeita as coisas. Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo que vi pela janela do ônibus, envolta em névoas no alto de uma colina no norte da Espanha, seria mesmo real ou metade efeito de um Lexotan dado por meu amigo Gianni Crotti em Lisboa. Cá entre nós, nem preciso saber.

     Mando esta da estrada, ando com o pé que é um leque outra vez. Lembro um velho poema de Manuel Bandeira — «café com pão/café com pão” — recriando a sonoridade dos trens de antigamente. Pois aqui nesta janela, além dela, passa boi, passa boiada, passa cascata, matagal, vilarejo e tudo mais que compõe a paisagem das coisas viventes, embora passe também cemitério e fome. Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam. Deixa passar. 


       ABREU, Caio Fernando. Pequenas epifanias. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 155–157. 

A alteração da ordem dos elementos do sintagma “Viver é viajar” para “Viajar é viver” provoca

Alternativas
Comentários
  • Letra D a passagem de uma filosofia de vida para um estilo de vida.


ID
2049862
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

PAISAGENS EM MOVIMENTO

    Ponho todos os cristais ao Sol de sábado, acendo vela para Oxum e de repente pergunto para ninguém: viver é viajar? Sim — é clichê, mas verdadeiro —, viver é viajar. Como pergunto para ninguém, é ninguém que responde? Ou quando se diz ninguém isso será apenas a maneira dissimulada de referir-se a um Alguém talvez com maiúscula? Eu não sei? Resisto à tentação de um texto todo feito inteiro de interrogações: quero falar de viagem.

     Quando vocês estiverem lendo isto aqui, estarei viajando. E estarei bem porque estarei viajando. Vem de longe essa sensação. Não apenas desde a infância, viagens de carro para a fronteira com a Argentina, muitas vezes atolando noite adentro, puxados por carro de boi, ou em trem Maria Fumaça, longuíssima viagem até Porto Alegre, com baldeação em Santa Maria da Boca do Monte. Outro dia, seguindo informações vagas de parentes, remexendo em livros de História, descobri que um de meus antepassados foi Cristóvão Pereira de Abreu, tropeiro solitário que abriu caminho pela primeira vez entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, imagino que talvez lá pelo século 17 ou 18. Deve estar no sangue, portanto, no DNA. Como afirmam que “quem herda aos seus não rouba”, está tudo certo e é assim que é e assim que sou.

    Pois adoro viajar. Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento. Talvez trouxe esta mania dos trens (janela de trem é a melhor que existe), carros e ônibus da infância, porque mesmo em avião hoje em dia, só viajo na janela. Quem já viu de cima Paris, o Rio de Janeiro ou a antiga Berlim do muro sabe que vale a pena.

    Topo qualquer negócio por uma viagem. Quando mais jovem, cheguei a fazer mais de uma vez São Paulo-Salvador de ônibus (na altura de Jequié você entende o sentido da palavra exaustão), há três anos naveguei São Luís do Maranhão-Alcântara num barquinho saltitante (na maré baixa, você caminha quilômetros pelo manguezal), e exatamente há um ano atrás, já bastante bombardeado, encarei Paris-Lisboa de ônibus, e logo depois ParisOslo de ônibus também. Não por economia, a diferença de avião é mínima — mas por pura paixão pela janela. Sábia paixão. Não fosse isso, jamais teria comprado aquela fita de Nina Hagen numa lanchonete de beira de estrada nos Países Bascos (tristes e feios) à margem dos Pireneus, ou visto a cidadezinha onde nasceu Ingrid Bergman, num vale belíssimo na fronteira da Suécia com a Noruega.

    Para suportar tais fadigas, é preciso não só gostar de viajar, mas principalmente de ver. Para um verdadeiro apaixonado pelo ver, não há necessidade sequer de fotografar, vídeo então seria ridículo. Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. Vê-se solitária e talvez inutilmente, para dentro, secretamente, pois ninguém poderá provar jamais que viu mesmo. Além do mais a memória filtra e enfeita as coisas. Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo que vi pela janela do ônibus, envolta em névoas no alto de uma colina no norte da Espanha, seria mesmo real ou metade efeito de um Lexotan dado por meu amigo Gianni Crotti em Lisboa. Cá entre nós, nem preciso saber.

     Mando esta da estrada, ando com o pé que é um leque outra vez. Lembro um velho poema de Manuel Bandeira — «café com pão/café com pão” — recriando a sonoridade dos trens de antigamente. Pois aqui nesta janela, além dela, passa boi, passa boiada, passa cascata, matagal, vilarejo e tudo mais que compõe a paisagem das coisas viventes, embora passe também cemitério e fome. Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam. Deixa passar. 


       ABREU, Caio Fernando. Pequenas epifanias. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 155–157. 

No trecho “Quando vocês estiverem lendo isto aqui, estarei viajando. E estarei bem porque estarei viajando. Vem de longe essa sensação. Não apenas desde a infância”, as instâncias narrativas manifestam-se

Alternativas
Comentários
  • A) no distanciamento espacial entre locutor e interlocutor e no distanciamento temporal entre locutor e seu passado.

     

    "O silêncio de Deus é resposta. Ore e Confie!"


ID
2049865
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

PAISAGENS EM MOVIMENTO

    Ponho todos os cristais ao Sol de sábado, acendo vela para Oxum e de repente pergunto para ninguém: viver é viajar? Sim — é clichê, mas verdadeiro —, viver é viajar. Como pergunto para ninguém, é ninguém que responde? Ou quando se diz ninguém isso será apenas a maneira dissimulada de referir-se a um Alguém talvez com maiúscula? Eu não sei? Resisto à tentação de um texto todo feito inteiro de interrogações: quero falar de viagem.

     Quando vocês estiverem lendo isto aqui, estarei viajando. E estarei bem porque estarei viajando. Vem de longe essa sensação. Não apenas desde a infância, viagens de carro para a fronteira com a Argentina, muitas vezes atolando noite adentro, puxados por carro de boi, ou em trem Maria Fumaça, longuíssima viagem até Porto Alegre, com baldeação em Santa Maria da Boca do Monte. Outro dia, seguindo informações vagas de parentes, remexendo em livros de História, descobri que um de meus antepassados foi Cristóvão Pereira de Abreu, tropeiro solitário que abriu caminho pela primeira vez entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, imagino que talvez lá pelo século 17 ou 18. Deve estar no sangue, portanto, no DNA. Como afirmam que “quem herda aos seus não rouba”, está tudo certo e é assim que é e assim que sou.

    Pois adoro viajar. Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento. Talvez trouxe esta mania dos trens (janela de trem é a melhor que existe), carros e ônibus da infância, porque mesmo em avião hoje em dia, só viajo na janela. Quem já viu de cima Paris, o Rio de Janeiro ou a antiga Berlim do muro sabe que vale a pena.

    Topo qualquer negócio por uma viagem. Quando mais jovem, cheguei a fazer mais de uma vez São Paulo-Salvador de ônibus (na altura de Jequié você entende o sentido da palavra exaustão), há três anos naveguei São Luís do Maranhão-Alcântara num barquinho saltitante (na maré baixa, você caminha quilômetros pelo manguezal), e exatamente há um ano atrás, já bastante bombardeado, encarei Paris-Lisboa de ônibus, e logo depois ParisOslo de ônibus também. Não por economia, a diferença de avião é mínima — mas por pura paixão pela janela. Sábia paixão. Não fosse isso, jamais teria comprado aquela fita de Nina Hagen numa lanchonete de beira de estrada nos Países Bascos (tristes e feios) à margem dos Pireneus, ou visto a cidadezinha onde nasceu Ingrid Bergman, num vale belíssimo na fronteira da Suécia com a Noruega.

    Para suportar tais fadigas, é preciso não só gostar de viajar, mas principalmente de ver. Para um verdadeiro apaixonado pelo ver, não há necessidade sequer de fotografar, vídeo então seria ridículo. Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. Vê-se solitária e talvez inutilmente, para dentro, secretamente, pois ninguém poderá provar jamais que viu mesmo. Além do mais a memória filtra e enfeita as coisas. Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo que vi pela janela do ônibus, envolta em névoas no alto de uma colina no norte da Espanha, seria mesmo real ou metade efeito de um Lexotan dado por meu amigo Gianni Crotti em Lisboa. Cá entre nós, nem preciso saber.

     Mando esta da estrada, ando com o pé que é um leque outra vez. Lembro um velho poema de Manuel Bandeira — «café com pão/café com pão” — recriando a sonoridade dos trens de antigamente. Pois aqui nesta janela, além dela, passa boi, passa boiada, passa cascata, matagal, vilarejo e tudo mais que compõe a paisagem das coisas viventes, embora passe também cemitério e fome. Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam. Deixa passar. 


       ABREU, Caio Fernando. Pequenas epifanias. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 155–157. 

O uso do provérbio “quem herda aos seus não rouba” é uma estratégia argumentativa do autor para

Alternativas
Comentários
  • Bom dia e Boa tarde Larissa! De nada, disponha. Qlq dúvida é só perguntar :) Bons estudos.
  • GABARITO B.

    O simples fato de ele gostar muito de viajar, não é só porque ele gosta de viajar. Mas que herdou isso de seu parente (que também gostava de viajar). Ou seja, isso está no DNA dele.

  • tentando forçar o gabarito dessa questão e achando menos errada, pois que ele herdou essa característica está entendível, então vamos lá :

    A- a questão entra muito na organização molecular e esse não é o foco

    C- ele não questiona, ele afirma

    D- neste caso ele não defende o direito dos bens materiais

    E- ele afirma algo que herdou, não é uma questão completamente cultural


ID
2049868
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

PAISAGENS EM MOVIMENTO

    Ponho todos os cristais ao Sol de sábado, acendo vela para Oxum e de repente pergunto para ninguém: viver é viajar? Sim — é clichê, mas verdadeiro —, viver é viajar. Como pergunto para ninguém, é ninguém que responde? Ou quando se diz ninguém isso será apenas a maneira dissimulada de referir-se a um Alguém talvez com maiúscula? Eu não sei? Resisto à tentação de um texto todo feito inteiro de interrogações: quero falar de viagem.

     Quando vocês estiverem lendo isto aqui, estarei viajando. E estarei bem porque estarei viajando. Vem de longe essa sensação. Não apenas desde a infância, viagens de carro para a fronteira com a Argentina, muitas vezes atolando noite adentro, puxados por carro de boi, ou em trem Maria Fumaça, longuíssima viagem até Porto Alegre, com baldeação em Santa Maria da Boca do Monte. Outro dia, seguindo informações vagas de parentes, remexendo em livros de História, descobri que um de meus antepassados foi Cristóvão Pereira de Abreu, tropeiro solitário que abriu caminho pela primeira vez entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, imagino que talvez lá pelo século 17 ou 18. Deve estar no sangue, portanto, no DNA. Como afirmam que “quem herda aos seus não rouba”, está tudo certo e é assim que é e assim que sou.

    Pois adoro viajar. Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento. Talvez trouxe esta mania dos trens (janela de trem é a melhor que existe), carros e ônibus da infância, porque mesmo em avião hoje em dia, só viajo na janela. Quem já viu de cima Paris, o Rio de Janeiro ou a antiga Berlim do muro sabe que vale a pena.

    Topo qualquer negócio por uma viagem. Quando mais jovem, cheguei a fazer mais de uma vez São Paulo-Salvador de ônibus (na altura de Jequié você entende o sentido da palavra exaustão), há três anos naveguei São Luís do Maranhão-Alcântara num barquinho saltitante (na maré baixa, você caminha quilômetros pelo manguezal), e exatamente há um ano atrás, já bastante bombardeado, encarei Paris-Lisboa de ônibus, e logo depois ParisOslo de ônibus também. Não por economia, a diferença de avião é mínima — mas por pura paixão pela janela. Sábia paixão. Não fosse isso, jamais teria comprado aquela fita de Nina Hagen numa lanchonete de beira de estrada nos Países Bascos (tristes e feios) à margem dos Pireneus, ou visto a cidadezinha onde nasceu Ingrid Bergman, num vale belíssimo na fronteira da Suécia com a Noruega.

    Para suportar tais fadigas, é preciso não só gostar de viajar, mas principalmente de ver. Para um verdadeiro apaixonado pelo ver, não há necessidade sequer de fotografar, vídeo então seria ridículo. Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. Vê-se solitária e talvez inutilmente, para dentro, secretamente, pois ninguém poderá provar jamais que viu mesmo. Além do mais a memória filtra e enfeita as coisas. Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo que vi pela janela do ônibus, envolta em névoas no alto de uma colina no norte da Espanha, seria mesmo real ou metade efeito de um Lexotan dado por meu amigo Gianni Crotti em Lisboa. Cá entre nós, nem preciso saber.

     Mando esta da estrada, ando com o pé que é um leque outra vez. Lembro um velho poema de Manuel Bandeira — «café com pão/café com pão” — recriando a sonoridade dos trens de antigamente. Pois aqui nesta janela, além dela, passa boi, passa boiada, passa cascata, matagal, vilarejo e tudo mais que compõe a paisagem das coisas viventes, embora passe também cemitério e fome. Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam. Deixa passar. 


       ABREU, Caio Fernando. Pequenas epifanias. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 155–157. 

A metáfora presente em “o transitório que é a vida” pode ser explicada pelo seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • o transitório que é a vida  - algo que é contínuo, passageiro...

     

    LETRA B : “Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar (  que passa, passageiro)

  • Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento.

    LETRA B

  • FOCO!

    Caso tenha errado essa questão nao desista!

    apesar dela apresentar duplo assunto, nao é dificil.

    Gabarito: B

  • @reprovado por duas questões é um eufemismo.


ID
2049871
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

PAISAGENS EM MOVIMENTO

    Ponho todos os cristais ao Sol de sábado, acendo vela para Oxum e de repente pergunto para ninguém: viver é viajar? Sim — é clichê, mas verdadeiro —, viver é viajar. Como pergunto para ninguém, é ninguém que responde? Ou quando se diz ninguém isso será apenas a maneira dissimulada de referir-se a um Alguém talvez com maiúscula? Eu não sei? Resisto à tentação de um texto todo feito inteiro de interrogações: quero falar de viagem.

     Quando vocês estiverem lendo isto aqui, estarei viajando. E estarei bem porque estarei viajando. Vem de longe essa sensação. Não apenas desde a infância, viagens de carro para a fronteira com a Argentina, muitas vezes atolando noite adentro, puxados por carro de boi, ou em trem Maria Fumaça, longuíssima viagem até Porto Alegre, com baldeação em Santa Maria da Boca do Monte. Outro dia, seguindo informações vagas de parentes, remexendo em livros de História, descobri que um de meus antepassados foi Cristóvão Pereira de Abreu, tropeiro solitário que abriu caminho pela primeira vez entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, imagino que talvez lá pelo século 17 ou 18. Deve estar no sangue, portanto, no DNA. Como afirmam que “quem herda aos seus não rouba”, está tudo certo e é assim que é e assim que sou.

    Pois adoro viajar. Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento. Talvez trouxe esta mania dos trens (janela de trem é a melhor que existe), carros e ônibus da infância, porque mesmo em avião hoje em dia, só viajo na janela. Quem já viu de cima Paris, o Rio de Janeiro ou a antiga Berlim do muro sabe que vale a pena.

    Topo qualquer negócio por uma viagem. Quando mais jovem, cheguei a fazer mais de uma vez São Paulo-Salvador de ônibus (na altura de Jequié você entende o sentido da palavra exaustão), há três anos naveguei São Luís do Maranhão-Alcântara num barquinho saltitante (na maré baixa, você caminha quilômetros pelo manguezal), e exatamente há um ano atrás, já bastante bombardeado, encarei Paris-Lisboa de ônibus, e logo depois ParisOslo de ônibus também. Não por economia, a diferença de avião é mínima — mas por pura paixão pela janela. Sábia paixão. Não fosse isso, jamais teria comprado aquela fita de Nina Hagen numa lanchonete de beira de estrada nos Países Bascos (tristes e feios) à margem dos Pireneus, ou visto a cidadezinha onde nasceu Ingrid Bergman, num vale belíssimo na fronteira da Suécia com a Noruega.

    Para suportar tais fadigas, é preciso não só gostar de viajar, mas principalmente de ver. Para um verdadeiro apaixonado pelo ver, não há necessidade sequer de fotografar, vídeo então seria ridículo. Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. Vê-se solitária e talvez inutilmente, para dentro, secretamente, pois ninguém poderá provar jamais que viu mesmo. Além do mais a memória filtra e enfeita as coisas. Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo que vi pela janela do ônibus, envolta em névoas no alto de uma colina no norte da Espanha, seria mesmo real ou metade efeito de um Lexotan dado por meu amigo Gianni Crotti em Lisboa. Cá entre nós, nem preciso saber.

     Mando esta da estrada, ando com o pé que é um leque outra vez. Lembro um velho poema de Manuel Bandeira — «café com pão/café com pão” — recriando a sonoridade dos trens de antigamente. Pois aqui nesta janela, além dela, passa boi, passa boiada, passa cascata, matagal, vilarejo e tudo mais que compõe a paisagem das coisas viventes, embora passe também cemitério e fome. Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam. Deixa passar. 


       ABREU, Caio Fernando. Pequenas epifanias. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 155–157. 

Se comparada com a atual mania de registro e divulgação de imagens de viagem via redes sociais, a opinião do locutor

Alternativas
Comentários
  • B - transparece uma reflexão diversa da dimensão subjetiva da necessidade de ver, guardar e mostrar. 

  • letra B)

    "Para suportar tais fadigas, é preciso não só gostar de viajar, mas principalmente de ver. Para um verdadeiro apaixonado pelo ver, não há necessidade sequer de fotografar, vídeo então seria ridículo. Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. "


ID
2049874
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

PAISAGENS EM MOVIMENTO

    Ponho todos os cristais ao Sol de sábado, acendo vela para Oxum e de repente pergunto para ninguém: viver é viajar? Sim — é clichê, mas verdadeiro —, viver é viajar. Como pergunto para ninguém, é ninguém que responde? Ou quando se diz ninguém isso será apenas a maneira dissimulada de referir-se a um Alguém talvez com maiúscula? Eu não sei? Resisto à tentação de um texto todo feito inteiro de interrogações: quero falar de viagem.

     Quando vocês estiverem lendo isto aqui, estarei viajando. E estarei bem porque estarei viajando. Vem de longe essa sensação. Não apenas desde a infância, viagens de carro para a fronteira com a Argentina, muitas vezes atolando noite adentro, puxados por carro de boi, ou em trem Maria Fumaça, longuíssima viagem até Porto Alegre, com baldeação em Santa Maria da Boca do Monte. Outro dia, seguindo informações vagas de parentes, remexendo em livros de História, descobri que um de meus antepassados foi Cristóvão Pereira de Abreu, tropeiro solitário que abriu caminho pela primeira vez entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, imagino que talvez lá pelo século 17 ou 18. Deve estar no sangue, portanto, no DNA. Como afirmam que “quem herda aos seus não rouba”, está tudo certo e é assim que é e assim que sou.

    Pois adoro viajar. Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento. Talvez trouxe esta mania dos trens (janela de trem é a melhor que existe), carros e ônibus da infância, porque mesmo em avião hoje em dia, só viajo na janela. Quem já viu de cima Paris, o Rio de Janeiro ou a antiga Berlim do muro sabe que vale a pena.

    Topo qualquer negócio por uma viagem. Quando mais jovem, cheguei a fazer mais de uma vez São Paulo-Salvador de ônibus (na altura de Jequié você entende o sentido da palavra exaustão), há três anos naveguei São Luís do Maranhão-Alcântara num barquinho saltitante (na maré baixa, você caminha quilômetros pelo manguezal), e exatamente há um ano atrás, já bastante bombardeado, encarei Paris-Lisboa de ônibus, e logo depois ParisOslo de ônibus também. Não por economia, a diferença de avião é mínima — mas por pura paixão pela janela. Sábia paixão. Não fosse isso, jamais teria comprado aquela fita de Nina Hagen numa lanchonete de beira de estrada nos Países Bascos (tristes e feios) à margem dos Pireneus, ou visto a cidadezinha onde nasceu Ingrid Bergman, num vale belíssimo na fronteira da Suécia com a Noruega.

    Para suportar tais fadigas, é preciso não só gostar de viajar, mas principalmente de ver. Para um verdadeiro apaixonado pelo ver, não há necessidade sequer de fotografar, vídeo então seria ridículo. Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. Vê-se solitária e talvez inutilmente, para dentro, secretamente, pois ninguém poderá provar jamais que viu mesmo. Além do mais a memória filtra e enfeita as coisas. Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo que vi pela janela do ônibus, envolta em névoas no alto de uma colina no norte da Espanha, seria mesmo real ou metade efeito de um Lexotan dado por meu amigo Gianni Crotti em Lisboa. Cá entre nós, nem preciso saber.

     Mando esta da estrada, ando com o pé que é um leque outra vez. Lembro um velho poema de Manuel Bandeira — «café com pão/café com pão” — recriando a sonoridade dos trens de antigamente. Pois aqui nesta janela, além dela, passa boi, passa boiada, passa cascata, matagal, vilarejo e tudo mais que compõe a paisagem das coisas viventes, embora passe também cemitério e fome. Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam. Deixa passar. 


       ABREU, Caio Fernando. Pequenas epifanias. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 155–157. 

O enunciado “o pé que é um leque” faz parte da cultura gaúcha e expressa uma vontade de dançar. A figura de linguagem que sustenta essa imagem é a seguinte:

Alternativas
Comentários
  • Metáfora- Consiste numa comparação implícita, numa relação de similaridade, entre duas palavras ou expressões. Ela é uma flor.  Você é um touro.

     

     

     

  • Metáfora = Emprego de palavra fora do sentido.

    Ex:.Bechara é um FERA da gramática.

     

  • Metáfora: utilização de um termo com sentido diferente do original. O pé não é um leque propiamente dito, leque está com outro sentido na frase.

    Sinestesia: jogo da mistura de sensações.

    Paradoxo: algo contrário ao que se pensa. Foge ao senso comum.

    Pleonasmo: repetição de palavras que têm o mesmo significado.

    Oxímoro: locução de palavras que têm significados opostos.

  •  a)oxímoro. É uma figura de linguagem que coloca palavras de significados opostos lado a lado, criando um paradoxo que reforça o significado das palavras combinadas. Era muito comum na retórica clássica e funciona ainda como recurso estilístico de poetas e escritores, bem usada quando quer representar ironia ou sarcasmo, como em "sábia ignorância". Mas pode também ser um vício de linguagem, que deixa o texto rebuscado e em excesso, pouco claro para o leitor.

     b)pleonasmo. É uma figura de linguagem que se caracteriza pela redundância. Trata-se da repetição de palavras que tem o mesmo significado, em uma mesma oração. Pode ocorrer de duas formas: Como Pleonasmo literário ou como Pleonasmo Vicioso

     c)paradoxo. É também chamado Oxímoro. É definido como aproximação de palavras contrárias, que podem ser associadas em um mesmo pensamento.

     d)sinestesia. Por ser uma figura de palavra, a sinestesia consiste em recurso semântico, capaz de tornar o texto mais expressivo. Ela ocorre quando as sensações e sentidos se misturam. Isto quer dizer que podem estar reunidas em um mesmo contexto diversos sentidos.

     e)metáfora. Pode ser entendida como um artifício linguístico capaz de promover uma transferência de significado de um vocábulo para outro, através de comparação não claramente explícita.

  • e) metáfora. 

     

     

    Oximoro ou Paradoxo - é a associação de ideias, além de contrastantes, contraditórias. É a antítese levada ao extremo.

    Exemplo: Acabamos de ouvir as vozes do silêncio.

     

     

    Pleonasmo - é o emprego de termos desnecessários, cujo objetivo é enfatizar a comunicação.

    Exemplos: Pode ser semântico (ver com os próprios olhos) e sintático (a mim ninguém me engana).

     

     

    Sinestesia - é a transferência de percepções da esfera de um sentido para a de outro, do que resulta uma fusão de impressões sensoriais de grande poder sugestivo.

    Exemplo:Sua voz doce e aveludada era uma carícia em meus ouvidos. 

     

     

    Metáfora - é o emprego de palavra fora do seu sentido normal por efeito da analogia (comparação).

    Exemplo: Na sua mente povoa só maldade.

  • GABARITO: LETRA E

    Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.

    “Meu pensamento é um rio subterrâneo.”

    FONTE: BRASILESCOLA.UOL.COM.BR


ID
2049877
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

PAISAGENS EM MOVIMENTO

    Ponho todos os cristais ao Sol de sábado, acendo vela para Oxum e de repente pergunto para ninguém: viver é viajar? Sim — é clichê, mas verdadeiro —, viver é viajar. Como pergunto para ninguém, é ninguém que responde? Ou quando se diz ninguém isso será apenas a maneira dissimulada de referir-se a um Alguém talvez com maiúscula? Eu não sei? Resisto à tentação de um texto todo feito inteiro de interrogações: quero falar de viagem.

     Quando vocês estiverem lendo isto aqui, estarei viajando. E estarei bem porque estarei viajando. Vem de longe essa sensação. Não apenas desde a infância, viagens de carro para a fronteira com a Argentina, muitas vezes atolando noite adentro, puxados por carro de boi, ou em trem Maria Fumaça, longuíssima viagem até Porto Alegre, com baldeação em Santa Maria da Boca do Monte. Outro dia, seguindo informações vagas de parentes, remexendo em livros de História, descobri que um de meus antepassados foi Cristóvão Pereira de Abreu, tropeiro solitário que abriu caminho pela primeira vez entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, imagino que talvez lá pelo século 17 ou 18. Deve estar no sangue, portanto, no DNA. Como afirmam que “quem herda aos seus não rouba”, está tudo certo e é assim que é e assim que sou.

    Pois adoro viajar. Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento. Talvez trouxe esta mania dos trens (janela de trem é a melhor que existe), carros e ônibus da infância, porque mesmo em avião hoje em dia, só viajo na janela. Quem já viu de cima Paris, o Rio de Janeiro ou a antiga Berlim do muro sabe que vale a pena.

    Topo qualquer negócio por uma viagem. Quando mais jovem, cheguei a fazer mais de uma vez São Paulo-Salvador de ônibus (na altura de Jequié você entende o sentido da palavra exaustão), há três anos naveguei São Luís do Maranhão-Alcântara num barquinho saltitante (na maré baixa, você caminha quilômetros pelo manguezal), e exatamente há um ano atrás, já bastante bombardeado, encarei Paris-Lisboa de ônibus, e logo depois ParisOslo de ônibus também. Não por economia, a diferença de avião é mínima — mas por pura paixão pela janela. Sábia paixão. Não fosse isso, jamais teria comprado aquela fita de Nina Hagen numa lanchonete de beira de estrada nos Países Bascos (tristes e feios) à margem dos Pireneus, ou visto a cidadezinha onde nasceu Ingrid Bergman, num vale belíssimo na fronteira da Suécia com a Noruega.

    Para suportar tais fadigas, é preciso não só gostar de viajar, mas principalmente de ver. Para um verdadeiro apaixonado pelo ver, não há necessidade sequer de fotografar, vídeo então seria ridículo. Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. Vê-se solitária e talvez inutilmente, para dentro, secretamente, pois ninguém poderá provar jamais que viu mesmo. Além do mais a memória filtra e enfeita as coisas. Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo que vi pela janela do ônibus, envolta em névoas no alto de uma colina no norte da Espanha, seria mesmo real ou metade efeito de um Lexotan dado por meu amigo Gianni Crotti em Lisboa. Cá entre nós, nem preciso saber.

     Mando esta da estrada, ando com o pé que é um leque outra vez. Lembro um velho poema de Manuel Bandeira — «café com pão/café com pão” — recriando a sonoridade dos trens de antigamente. Pois aqui nesta janela, além dela, passa boi, passa boiada, passa cascata, matagal, vilarejo e tudo mais que compõe a paisagem das coisas viventes, embora passe também cemitério e fome. Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam. Deixa passar. 


       ABREU, Caio Fernando. Pequenas epifanias. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 155–157. 

Em “Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam”, o verbo “passar” deixa de indicar

Alternativas
Comentários
  • GAB: 

    d)o desaparecer e suceder das coisas vistas pela janela para indicar o movimento próprio da vida.


ID
2049880
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2                         

                     O convite à viagem

                                              Charles Baudelaire 

Sonha, alma irmã,

A loucura sã

De termos lá nosso leito!

Amar sem correr,

Amar e morrer

No país que é do teu jeito!

O sol desses céus

Cintila entre véus

E tem pra mim o encanto

Do olhar de luz

Que trai e seduz

Brilhando através do pranto.


Lá, tudo é ordem, beleza,

Luxo, calma e prazer. 


Móveis ancestrais,

Polidos metais

Emolduram nossa cama;

A mais rara flor

Casa seu odor

Ao leve aroma do âmbar;

Tetos de cetim,

Espelhos sem fim,

Esplendores do Oriente,

Tudo fala então

Rente ao coração

Na doce língua da gente. 


Lá, tudo é ordem, beleza,

Luxo, calma e prazer. 


Vês neste canal

Dormir esta nau

De coração vagabundo?

É para atender

Teu menor querer

Que ela vem do fim do mundo!

Ao entardecer,

O sol ao morrer

Tinge cais, cidade, nave

De ouro e açafrão.

Os dias se vão

Numa luz quente e suave. 


Lá, tudo é ordem, beleza,

Luxo, calma e prazer. 

Disponível em: <http://nyontime.blogspot.com.br/2005/06/luxocalma-e-prazer.html>.Trad. Jorge Pontual. Acesso em: 30 out.2014.

No poema, o país para o qual o eu lírico faz um “convite à viagem”

Alternativas
Comentários
  • Alternativa B pressupõe um transporte imaginário de vaga possibilidade de deslocamento físico.

  • e o porquê desse entendimento?


ID
2049883
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2                         

                     O convite à viagem

                                              Charles Baudelaire 

Sonha, alma irmã,

A loucura sã

De termos lá nosso leito!

Amar sem correr,

Amar e morrer

No país que é do teu jeito!

O sol desses céus

Cintila entre véus

E tem pra mim o encanto

Do olhar de luz

Que trai e seduz

Brilhando através do pranto.


Lá, tudo é ordem, beleza,

Luxo, calma e prazer. 


Móveis ancestrais,

Polidos metais

Emolduram nossa cama;

A mais rara flor

Casa seu odor

Ao leve aroma do âmbar;

Tetos de cetim,

Espelhos sem fim,

Esplendores do Oriente,

Tudo fala então

Rente ao coração

Na doce língua da gente. 


Lá, tudo é ordem, beleza,

Luxo, calma e prazer. 


Vês neste canal

Dormir esta nau

De coração vagabundo?

É para atender

Teu menor querer

Que ela vem do fim do mundo!

Ao entardecer,

O sol ao morrer

Tinge cais, cidade, nave

De ouro e açafrão.

Os dias se vão

Numa luz quente e suave. 


Lá, tudo é ordem, beleza,

Luxo, calma e prazer. 

Disponível em: <http://nyontime.blogspot.com.br/2005/06/luxocalma-e-prazer.html>.Trad. Jorge Pontual. Acesso em: 30 out.2014.

No Texto 2, o convite à viagem

Alternativas
Comentários
  • --> Lendo o poema, na 3º estrofe: 

     

    "Móveis ancestrais,

    Polidos metais

    Emolduram nossa cama;

    A mais rara flor

    Casa seu odor

    Ao leve aroma do âmbar;

    Tetos de cetim,

    Espelhos sem fim,

    Esplendores do Oriente,

    Tudo fala então

    Rente ao coração

    Na doce língua da gente."

     

    --> A construção do poema e principalmente a rima causa na leitura uma nova visão sobre a viagem, pois o autor destaca, na combinação das palavras, os sentidos: olfato, tato, visão, dentre outros.

    --> Podemos destacar também que predomina no texto a figura de palavra: sinestesia.

     

    Gab: D


ID
2049886
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2                         

                     O convite à viagem

                                              Charles Baudelaire 

Sonha, alma irmã,

A loucura sã

De termos lá nosso leito!

Amar sem correr,

Amar e morrer

No país que é do teu jeito!

O sol desses céus

Cintila entre véus

E tem pra mim o encanto

Do olhar de luz

Que trai e seduz

Brilhando através do pranto.


Lá, tudo é ordem, beleza,

Luxo, calma e prazer. 


Móveis ancestrais,

Polidos metais

Emolduram nossa cama;

A mais rara flor

Casa seu odor

Ao leve aroma do âmbar;

Tetos de cetim,

Espelhos sem fim,

Esplendores do Oriente,

Tudo fala então

Rente ao coração

Na doce língua da gente. 


Lá, tudo é ordem, beleza,

Luxo, calma e prazer. 


Vês neste canal

Dormir esta nau

De coração vagabundo?

É para atender

Teu menor querer

Que ela vem do fim do mundo!

Ao entardecer,

O sol ao morrer

Tinge cais, cidade, nave

De ouro e açafrão.

Os dias se vão

Numa luz quente e suave. 


Lá, tudo é ordem, beleza,

Luxo, calma e prazer. 

Disponível em: <http://nyontime.blogspot.com.br/2005/06/luxocalma-e-prazer.html>.Trad. Jorge Pontual. Acesso em: 30 out.2014.

Nos versos “Vês neste canal/ Dormir esta nau/ De coração vagabundo?” a atribuição de características humanas ao navio

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A reforça o convite feito ao interlocutor, já que a embarcação passa a compartilhar da mesma disposição à errância do eu lírico.

  • Não sei nem errar..

  • Nau é denominação genérica dada a navios de grande porte com capacidade de 200 pessoas, até o século XV usados em viagens de grande percurso.

  • se pode complicar, pra que progredir! como se usa isso pra colocar em prova? enquanto o inglês tenta ser uma língua universal, facilitando a compreensão, existe escritores que travam o aprendizado e perdemos tempo pra descubrir tantos sinônimos e o pior que temos que estudar isso pra provas, que não servirão de nada em nossa vida. mas vamos em frente!

ID
2049889
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2                         

                     O convite à viagem

                                              Charles Baudelaire 

Sonha, alma irmã,

A loucura sã

De termos lá nosso leito!

Amar sem correr,

Amar e morrer

No país que é do teu jeito!

O sol desses céus

Cintila entre véus

E tem pra mim o encanto

Do olhar de luz

Que trai e seduz

Brilhando através do pranto.


Lá, tudo é ordem, beleza,

Luxo, calma e prazer. 


Móveis ancestrais,

Polidos metais

Emolduram nossa cama;

A mais rara flor

Casa seu odor

Ao leve aroma do âmbar;

Tetos de cetim,

Espelhos sem fim,

Esplendores do Oriente,

Tudo fala então

Rente ao coração

Na doce língua da gente. 


Lá, tudo é ordem, beleza,

Luxo, calma e prazer. 


Vês neste canal

Dormir esta nau

De coração vagabundo?

É para atender

Teu menor querer

Que ela vem do fim do mundo!

Ao entardecer,

O sol ao morrer

Tinge cais, cidade, nave

De ouro e açafrão.

Os dias se vão

Numa luz quente e suave. 


Lá, tudo é ordem, beleza,

Luxo, calma e prazer. 

Disponível em: <http://nyontime.blogspot.com.br/2005/06/luxocalma-e-prazer.html>.Trad. Jorge Pontual. Acesso em: 30 out.2014.

O encanto do lugar idealizado pelo poeta

Alternativas
Comentários
  • ALVO > C

     

     

    Sonha, alma irmã,

    A loucura sã

    De termos lá nosso leito!

    Amar sem correr,

    Amar e morrer

    No país que é do teu jeito!

    O sol desses céus

    Cintila entre véus

    E tem pra mim o encanto

    Do olhar de luz

    Que trai e seduz

    Brilhando através do pranto.


ID
2049892
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

PAISAGENS EM MOVIMENTO

    Ponho todos os cristais ao Sol de sábado, acendo vela para Oxum e de repente pergunto para ninguém: viver é viajar? Sim — é clichê, mas verdadeiro —, viver é viajar. Como pergunto para ninguém, é ninguém que responde? Ou quando se diz ninguém isso será apenas a maneira dissimulada de referir-se a um Alguém talvez com maiúscula? Eu não sei? Resisto à tentação de um texto todo feito inteiro de interrogações: quero falar de viagem.

    Quando vocês estiverem lendo isto aqui, estarei viajando. E estarei bem porque estarei viajando. Vem de longe essa sensação. Não apenas desde a infância, viagens de carro para a fronteira com a Argentina, muitas vezes atolando noite adentro, puxados por carro de boi, ou em trem Maria Fumaça, longuíssima viagem até Porto Alegre, com baldeação em Santa Maria da Boca do Monte. Outro dia, seguindo informações vagas de parentes, remexendo em livros de História, descobri que um de meus antepassados foi Cristóvão Pereira de Abreu, tropeiro solitário que abriu caminho pela primeira vez entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, imagino que talvez lá pelo século 17 ou 18. Deve estar no sangue, portanto, no DNA. Como afirmam que “quem herda aos seus não rouba”, está tudo certo e é assim que é e assim que sou.

    Pois adoro viajar. Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento. Talvez trouxe esta mania dos trens (janela de trem é a melhor que existe), carros e ônibus da infância, porque mesmo em avião hoje em dia, só viajo na janela. Quem já viu de cima Paris, o Rio de Janeiro ou a antiga Berlim do muro sabe que vale a pena.

    Topo qualquer negócio por uma viagem. Quando mais jovem, cheguei a fazer mais de uma vez São Paulo-Salvador de ônibus (na altura de Jequié você entende o sentido da palavra exaustão), há três anos naveguei São Luís do Maranhão-Alcântara num barquinho saltitante (na maré baixa, você caminha quilômetros pelo manguezal), e exatamente há um ano atrás, já bastante bombardeado, encarei Paris-Lisboa de ônibus, e logo depois ParisOslo de ônibus também. Não por economia, a diferença de avião é mínima — mas por pura paixão pela janela. Sábia paixão. Não fosse isso, jamais teria comprado aquela fita de Nina Hagen numa lanchonete de beira de estrada nos Países Bascos (tristes e feios) à margem dos Pireneus, ou visto a cidadezinha onde nasceu Ingrid Bergman, num vale belíssimo na fronteira da Suécia com a Noruega.

    Para suportar tais fadigas, é preciso não só gostar de viajar, mas principalmente de ver. Para um verdadeiro apaixonado pelo ver, não há necessidade sequer de fotografar, vídeo então seria ridículo. Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. Vê-se solitária e talvez inutilmente, para dentro, secretamente, pois ninguém poderá provar jamais que viu mesmo. Além do mais a memória filtra e enfeita as coisas. Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo que vi pela janela do ônibus, envolta em névoas no alto de uma colina no norte da Espanha, seria mesmo real ou metade efeito de um Lexotan dado por meu amigo Gianni Crotti em Lisboa. Cá entre nós, nem preciso saber.

     Mando esta da estrada, ando com o pé que é um leque outra vez. Lembro um velho poema de Manuel Bandeira — «café com pão/café com pão” — recriando a sonoridade dos trens de antigamente. Pois aqui nesta janela, além dela, passa boi, passa boiada, passa cascata, matagal, vilarejo e tudo mais que compõe a paisagem das coisas viventes, embora passe também cemitério e fome. Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam. Deixa passar.

ABREU, Caio Fernando. Pequenas epifanias. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 155–157.


Texto 2

       O convite à viagem

                               Charles Baudelaire

Sonha, alma irmã,

A loucura sã

De termos lá nosso leito!

Amar sem correr,

Amar e morrer

No país que é do teu jeito!

O sol desses céus

Cintila entre véus

E tem pra mim o encanto

Do olhar de luz

Que trai e seduz

Brilhando através do pranto.


Lá, tudo é ordem, beleza,

Luxo, calma e prazer. 


Móveis ancestrais,

Polidos metais

Emolduram nossa cama;

A mais rara flor

Casa seu odor

Ao leve aroma do âmbar;

Tetos de cetim,

Espelhos sem fim,

Esplendores do Oriente,

Tudo fala então

Rente ao coração

Na doce língua da gente. 


Lá, tudo é ordem, beleza,

Luxo, calma e prazer.


Vês neste canal

Dormir esta nau

De coração vagabundo?

É para atender

Teu menor querer

Que ela vem do fim do mundo!

Ao entardecer,

O sol ao morrer

Tinge cais, cidade, nave

De ouro e açafrão.

Os dias se vão

Numa luz quente e suave.


Lá, tudo é ordem, beleza,

Luxo, calma e prazer

Disponível em:<http://nyontime.blogspot.com.br/2005/06/luxo-calma-e-prazer.html>  . Trad. Jorge Pontual. Acesso em: 30 out. 2014. 

Releia o Texto 1 e o Texto 2 para responder à questão


Os conceitos de viagem de Caio Fernando Abreu e de Charles Baudelaire dialogam entre si porque

Alternativas
Comentários
  • A prova para professor de portugues dessa banca é mais fácil que pra assistente administrativo 

  • letra C

  • Letra C

    Para os dois autores as experiências poderiam ser um sonho.

    Texto 1: "Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo [...] seria mesmo real. [...] Cá entre nós, nem preciso saber."

    Texto 2:

    "Sonha, alma irmã,

    A loucura sã

    De termos lá nosso leito!"


ID
2049910
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação, divulgado o ano passado, o setor pet faturou R$ 15,2 bilhões em 2013, o que representa 0,31% do PIB Brasileiro do referido ano. Nessas condições, o valor do PIB Brasileiro em 2013, em trilhões de reais, foi aproximadamente de:

Alternativas
Comentários
  • R$             %

    15,2           0,31

    x                100

     

    x = 4903,22

     

    obs: de bilhão para trilhão a diferenã são 3 zeros ( nesse caso e só andar tres casas para a esquerda = 4,90322...

    aproximadamente 4,90

  • 152 ÷ 031 = 4,90  aproximadamente 


ID
2049913
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma fábrica produz blusas com um custo unitário de R$ 20,00 e tem outras despesas mensais fixas de R$ 4.000,00. Sabendo-se que as blusas são vendidas por R$ 30,00, quantas blusas a fábrica deve produzir em um mês, para que o seu lucro seja de R$ 6.000,00?

Alternativas
Comentários
  • produzir = 1 blusa por R$ 20

    vender = 1 blusa por R$ 30

    diferença de R$ 10

    se vender 1000 blusas ( 10 x 1000 = 10 000)

     

    tirando os 4 000 de despesas ( 10 000 - 4 000 = lucro 6 000 )

  • Custo de produção de cada blusa: R$ 20,00

    Valor de cada blusa vendida: R$ 30,00

    Custo fixo = R$ 4.000,00 por mês

    Lucro esperado no mês = R$ 6.000,00

     

    Lucro de cada blusa: Custo de produção de cada blusa - Valor de cada blusa vendida = 30 - 20 = R$ 10,00

     

     

     

    Lucro total = (Lucro x Quantidade produzida) - Custo fixo

    6000 = (10 x Quantidade produzida) - 4000

    10 x Quantidade produzida = 10000

    Quantidade produzida = 10000 / 10

    Logo, a Quantidade produzida terá que ser igual a 1000 unidades.

  • Sendo a quantidade de blusa = x

     

    Custo de produção (de cada blusa) = 20,00

    Valor de venda (de cada blusa) = 30,00 

     

    Lucro = Receita - Despesa >>> Lucro = Valor de venda - Custo de produção >>> Lucro = 30,00 - 20,00 = 10,00 (lucro de cada blusa)

     

    Despesas = 4000,00/mês

    Lucro desejado = 6000,00

     

    Lucro = Receita - Despesa

    6000 = 10.x - 4000

    10x - 4000 = 6000

    10x = 6000 + 4000

    10x = 10000

    x = 10000/10

    x = 1000

  • Fiz assim:

    A quantidade de blusas multiplicada pelo valor de venda, diminuindo o custo de produção e as despesas fixas, deve gerar lucro de R$ 6000,00


    30x - 20x - 4000 = 6000

    x = 1000 blusas


ID
2049916
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um colégio organizou uma gincana de conhecimentos gerais com seus alunos. Toda vez que um aluno acertava uma questão, ele ganhava R$ 10,00. Por outro lado, cada vez que ele errava, devia pagar R$ 5,00. Considerando que um aluno respondeu 25 questões e no final recebeu R$ 100,00, o número de questões que este aluno acertou foi:

Alternativas
Comentários
  • (C)

    O candidato,para acertar esssa questão,pode ir direto nas respostas:

    (A) 10 acertos=100,00 - 75,00 = 25,00
    (B) 12 acertos =120,00 - 65,00 = 55,00
    (C) 15 acertos=150,00 - 50,00 = 100,00
    (D) 20 acertos=200,00 - 25,00 = 175,00
    (D)22 acertos=220,00 - 15,00  = 205,00

  • A = qtd de Acertos

    E = qtd de  Erros

    A + E = 25

    Para cada acerto recebe 10

    Para cada erro perde 5

    {(25 - E)  x  10} - { E  x  5 }= 100

    250 - 10E - 5E = 100

    - 15E = - 150 -> E = 10 logo A = 15

  • CERTO: C

    ERRADO:E

    Só montar SISTEMA:

    C+E=25

    10C-5E=100  

    OBS: Resolve o sistema multiplicando a primeira (C+E=25) por 5 e soma com a de baixo e fica:

    5C+5E=125

    10C-5E=100 

    Vai dar:

    15C=225

    C=225/15

    C=15

     


ID
2049922
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma empresa deseja comprar um terreno na forma retangular para montar uma fábrica. Ela precisa de um terreno com 7200 m2 , de modo que uma das dimensões do terreno seja o dobro da outra. Nessas condições, o perímetro desse terreno, em metros, será igual a:

Alternativas
Comentários
  • Como fazer?

  • B=2H


    A=BxH
    7200=2HXH

    H²=7200/2 = 3600= 60

    P=60+60+120+120 =360

  •  d)360

     

    @Marlos Ribeiro, repare bem:

     

    O problema informa que necessita conseguir  um terreno retângular.

     

    Informa,também, que precisa ser de 7200 m2 de área.

     

    Pede ,também,  que uma das dimensões do terreno seja o dobro da outra

     

    Por fim, pergunta o perimeto.

     

    Vamos lá,

    Sabemos que a área do retângulo é dada por base X altura. ; 

    Chamarei um lado da área de X e a outra, como é o dobro, X+2.

     

    Montamos a equação :

     

    7200 = X. X+ 2

     

    7200 = x² + 2X

     

    7200 = 2x²

     

    X² = 7200/2

     

    X = 60.

     

    Bom, agora, sabendo que a perímetro é a soma de todos os lados:

    60 + 60 + 120 + 120 - já que é o dobro de uma medida  - = 360.

     


ID
2049943
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Considere os lançamentos de impressoras com sistemas originais de tanque de tinta, adotados por alguns fabricantes. Que tipo de suprimento é necessário o usuário adquirir do fabricante para essa impressora?

Alternativas
Comentários
  • Por ser um sistema contínuo de tinta, o bulk ink possui reservatórios maiores, ... os reservatórios por meio de pequenas garrafas, sem precisar utilizar seringas. ... as cabeças de impressão, por isso é necessário e muito importante se ... A unica fabricante de impressoras que fabrica esse sistema é a Epson

     

    blog.creativecopias.com.br/impressoras-tanque-de-tinta-e-a-solucao-para-driblar-a-cri...

  • Banca pequena e medíocre é assim mesmo, não sabe diferenciar um cargo administrativo de um técnico!

  • tanque de tinta --- garrafa de tinta

    Bulk ink

    Na verdade o bulk ink não é um tipo de impressora, e sim um sistema de reservatórios de tintas para impressoras jato de tinta instalado por terceiros para que a impressora não seja alimentada pelos cartuchos de tinta padrão, e sim por estes tanques.

    Os tanques podem ser reabastecidos a qualquer momento através de pequenas garrafas de tinta.

     

    Laser  -   utilizam toner

     

    LED  -  São muito semelhantes às impressoras laser

     os cilindros são alinhados horizontalmente, permitindo que o equipamento consiga trabalhar com papéis de diversas gramaturas, tipos e tamanhos.

    Por estes motivos, são utilizadas desde gráficas até exames médicos como, por exemplo, raio-x, ultrassom, ressonância magnética e tomografia.

     

    Jato de tinta - cartuchos de tinta

    são ideais para baixo volume de impressão, por isso são mais comuns em residências ou microempresas.

    Possuem boa qualidade e velocidade de impressão, porém, ainda são inferiores às impressoras laser.

    são amplamente utilizadas no uso doméstico.

     

    Cera

     funcionamento semelhante às jato de tinta, porém, o processo utiliza blocos de cera sólidos ao invés dos cartuchos de tinta líquida.

     

     plotters são utilizadas para impressões maiores, onde a qualidade da impressão deve ser excelente.

    Hoje em dia a tecnologia das plotters permite imprimir imagens em grande formato com qualidade fotográfica, por este motivo são usadas também na impressão de obras de arte

    As plotters utilizam cartuchos de tinta, porém, como a alta qualidade e fidelidade das cores é essencial, não ficam restritos às 4 cores do CMYK, 

     

    Sublimática -  Utilizam cartuchos de tinta que são como fitas, no esquema de cores CMYK. 

    É uma impressora de que usa calor para transferir corante em materiais como plástico, cartão, papel ou tecido.

    São projetadas para serem utilizadas em aplicações que envolvem artes gráficas, como impressões fotográficas, cartões de identificação, roupas 

     

    Térmica

    As impressoras térmicas são usadas para imprimir cupons fiscais e extratos bancários.

    São aquelas impressões em folhas amareladas que desbotam facilmente com o tempo.

     

  • Cara, que questão nada a ver...

  • Gabarito: B

  • estou impressionada com as questões imbecis da CS-UFG

  • Essa banca é um LIXO mesmo! Um lixo! Que questão ridícula!

    Pessoal, quem não está estudando para algum concurso desta banca, nem percam tempo fazendo questões dela... São extremamente mal elaboradas! Parece que o examinador está com preguiça de pensar e fazer algo realmente digno e respeitoso para com os candidatos... 

    Olha o nível desta pergunta!!! Parece que de todo tanto que estudar não vai adiantar nada porque o examinador sempre vai te pegar de alguma forma...

    #UFG LIXO

  • Caralho, que vontade de GORFAR KKKKKKKKKKKKKK


ID
2049946
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Para ver uma lista de redes disponíveis no Windows 8.1 Pro, o usuário poderá apontar o mouse no canto inferior direito da tela, mover o ponteiro do mouse para cima e clicar em Configurações. Se o computador estiver conectado, o usuário pode verificar a intensidade do sinal por meio do ícone:

Alternativas
Comentários
  • a - volume do som

    b - notificação ou algo do genero

    c - configuração ou algo do genero

    d - disponibilidade de rede

    e - botão de desligar

     

  • que questão interesssante

  • Letra D

     

    a) Volume do som

    b) Notificações

    c) Brilho

    e) Botão Ligar/Desligar

  • Podia só cair nesse nível em todos concursos!!!

  • CS-UFG é nada a ver...

    Algumas questões simples dessa e outras lascadas na mesma prova. Banca pequena é triste

  • Eu chorava de emoção se uma questão nesse naipe tivesse na minha prova, porém depois que tivesse acertado as mais difíceis.


ID
2049949
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Nas configurações formulários do navegador Google Chrome 37.0.2062.124 m é possível gerenciar configurações do preenchimento automático, com destaque para configuração de:

Alternativas
Comentários
  • Em “Senhas e formulários”, clique em Gerenciar configurações do ... Se você estiver conectado ao Chrome, os cartões e endereços salvos no Google Payments também ... Observação: se um cartão de crédito está salvo no Google Payments, ... o Google Chrome como o navegador padrão · Compartilhar o Chrome com

     

    https://support.google.com/chrome/answer/142893?co=GENIE...hl=pt-BR

  • para quem não tem assinatura

    Bravo

  • Cara, é impressionante como usamos o PC há mais de 10 anos e não sabemos nada em relação a questões para concurso kkkkkkkk

     

    Gab.: B

  • ATENÇÃO!

    Essa questão foi ANULADA pela banca!

    Essa questão é a número 34 no gabarito que segue no link a seguir:

    https://centrodeselecao.ufg.br/2014/celg_d/sistema/provas_gabaritos/gabaritos2611/A101.pdf


ID
2049955
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

A ética é entendida como um conjunto de princípios básicos que norteiam a conduta do indivíduo, definindo deveres e obrigações relativos ao convívio em sociedade. No contexto profissional, visa a um bom desempenho das atividades profissionais, principalmente no que se refere ao relacionamento com clientes, usuários dos serviços e colegas de trabalho. Fazem parte da ética profissional os seguintes princípios:

Alternativas
Comentários
  • Sigilo e Ética Profissional ... O conceito de sigilo profissional tem evoluído ao longo dos tempos. ... Formação de uma consciência profissional. ... Discrição no exercício da profissão. ... é o vocábulo usado, sob a norma de conduta do profissional no desempenho de suas atividades e em suas relações

  • Letra b) O sigilo, a discrição e a consciência profissional no exercício das atividades. 

  • Questão parece levemente inspirada no Decreto 1.171/1994.


ID
2049958
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Marketing
Assuntos

Atualmente, a responsabilidade social corporativa tem ocupado a agenda das organizações não só brasileiras como mundiais. Essa responsabilidade pode ser entendida como:

Alternativas
Comentários
  • • Responsabilidade social. Atuação que se define pela relação ética e transparente da organização com todos os públicos com os quais se relaciona, estando voltada para o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras; respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais como parte integrante da estratégia da organização.

     

    (PALUDO, 2014) - Gabarito E.

  • Opção E

     

    Responsabilidade Social Empresarial são ações das empresas que beneficiam a sociedade. São causas sociais relevantes para as comunidades, contribuindo com a política social. É uma forma de gestão que pretende diminuir os impactos negativos no meio ambiente e comunidades, preservando recursos ambientais e culturais, respeitando a diversidade e reduzindo a desigualdade social. São as corporações se conscientizando do seu papel no desenvolvimento na comunidade que está inserida, criando programas que levam em consideração a natureza, economia, educação, saúde, atividades locais, transportes.

    As áreas que recebem essas ações vão desde o meio ambiente – onde empresas reflorestam árvores no lugar das que foram derrubadas, por exemplo - passando por áreas de saúde, projetos culturais, conservação do patrimônio público, proteção aos animais e filantropia.

     

    http://www.cfa.org.br/acoes-cfa/artigos/usuarios/responsabilidade-social-empresarial


ID
2049961
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração de Recursos Materiais
Assuntos

Um procedimento relativo à gestão de estoques pode ser caracterizado do seguinte modo:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B: A Administração de Materiais pode ser dividida nas seguintes áreas de atuação:2
    Ø Gestão de estoques.
    Ø Gestão de compras.
    Ø Almoxarifado.
    Ø Planejamento e controle da produção.
    Ø Importação (quando for o caso).
    Ø Transportes e distribuição.
    Vamos ver agora as principais áreas da administração de materiais?
    20.1. Administração de Estoques
    A gestão de estoques é de fundamental importância nas organizações, pois afeta diversas áreas. Seu trabalho é ligado à área de produção, de vendas e das finanças.
    Estoque é, na definição de Viana,3 conceituado como:
    Materiais, mercadorias ou produtos acumulados para utilização posterior, de modo a permitir o atendimento regular das necessidades dos usuários para a continuidade da empresa, sendo o estoque gerado, consequentemente, pela impossibilidade de prever-se a demanda com exatidão.
    A necessidade do estoque então existe porque não temos como “adivinhar” como se comportará o consumo dos materiais, que é derivado da demanda pelos produtos e serviços da organização.

  • curva ''CDB'' ? SEM PEGADINHAS POR HJE OBRIGADA kkkkkkk


ID
2049964
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquivologia
Assuntos

De acordo com o Artigo 3º da Lei Federal n. 8.159, de 8 de janeiro de 1991, “considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente”. A operação de transferência, na gestão de documentos, corresponde: 

Alternativas
Comentários
  • Transferência: PASSAR DA CORRENTE PARA INTERMEDIÁRIA.

    Recolhimento: PASSAR PARA PERMANENTE.

     

    gab. E

  • Gabarito: E

     

    Transferência e recolhimento
    • quando um documento passa do arquivo corrente para o interme​diário, dizemos que houve uma transferência de documentos;
    • quando um documento passa do arquivo intermediário para o permanente, dizemos que houve um recolhimento de documentos.
     

    Renato Valentini - Arquivologia para Concursos, 4ª Edição.

  • A transferência é a passagem dos documentos do arquivo corrente para o intermediário e o recolhimento é a passagem dos documentos do arquivo intermediário para o permanente e do corrente para o permanente.

    Resposta: E


ID
2049967
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas
Assuntos

Em uma situação de trabalho compartilhado por duas ou mais pessoas, há atividades predeterminadas a serem executadas, bem como interações e sentimentos recomendados. A capacidade de compreender os sentimentos e preocupações dos outros e de adotar a perspectiva deles ou de reconhecer as diferenças no modo como as pessoas se sentem em relação a fatos e comportamentos é denominada:

Alternativas
Comentários
  • empatia

    substantivo feminino

    1.

    faculdade de compreender emocionalmente um objeto (um quadro, p.ex.).

    2.

    capacidade de projetar a personalidade de alguém num objeto, de forma que este pareça como que impregnado dela.

  • O que é Empatia:

    Empatia significa a capacidade psicológicapara sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo.

    A empatia leva as pessoas a ajudarem umas às outras. Está intimamente ligada ao altruísmo - amor e interesse pelo próximo - e à capacidade de ajudar. Quando um indivíduo consegue sentir a dor ou o sofrimento do outro ao se colocar no seu lugar, desperta a vontade de ajudar e de agir seguindo princípios morais.

  • GABARITO: LETRA E

    É a capacidade que tenho de me colocar no lugar do outro. A empatia propicia uma maior compreensão entre as pessoas, maior aceitação, gerando atitudes mais positivas, de modo a que se chegue mais facilmente a soluções.

    FONTE: PORTAL EDUCAÇÃO


ID
2049970
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

A seguinte afirmação diz respeito à Governança e Accountability:

Alternativas
Comentários
  • C) 5.3. Accountability
    Embora de origem remota, o termo accountability “veio para ficar” a partir da terceira onda de democratização dos anos 1980-1990. Um dos objetivos dos regimes democráticos é aumentar a responsabilização (accountability) dos governantes. Os políticos devem estar permanentemente prestando contas aos cidadãos. Quanto mais clara for a responsabilidade do político perante os cidadãos, e a cobrança destes em relação ao governante, mais democrático será o regime (Caderno Mare no 01).
    A utilização de recursos públicos e a prestação de contas sempre foram objeto de debate e preocupação, haja vista os constantes e contínuos desvios e má aplicação desses recursos, aliados à falta de penalização das autoridades responsáveis pela sua destinação. Como solução, busca-se não só fortalecer os controles, mas também despertar a consciência da correta utilização dos recursos e da necessidade de prestação de contas transparentes. O controle social também exerce importante papel nesse contexto.
    A noção de accountability encontra-se relacionada com o uso do poder e dos recursos públicos, em que o titular da coisa pública é o cidadão, e não os políticos eleitos. Nas experiências de accountability quase sempre “estão presentes três dimensões: informação, justificação e punição”. Essas dimensões podem ser vistas como diferentes modos para se evitar e corrigir abusos cometidos por governos, políticos e gestores públicos, “obrigando que seu exercício seja transparente; obrigando que os atos praticados sejam justificados; e sujeitando o poder à ameaça de sofrer sanções” (Schleder, apud Ana Mota, 2006).

     

  • A letra E está errada, porque os princípios básicos que norteiam as boas práticas de governança nas organizações públicas são: transparência, integridade e prestão de contas (accountability).

  • Curva ABC e matriz BCG em nada tem a ver com governaça corporativa.

    A prestação de contas não está limitada ao conselho de administração e aos proprietários.

    Os códigos de conduta facilitam a governança corporativa.

    O corporativismo não é um princípio da governança corporativa, pelo contrário.

  • Gabarito C

  • Não dá pra saber o que o examinador quis nessa questão ? Muito mal elaborada tanto o enunciado com as alternativas ...ficaram desconexas

  • Essa questão é do tipo que  o candidato elimina todas as alternativas absurdas e acaba marcando a mais lógica.Odeio com todas minhas forças esse tipo de banca

  • TEMA

    Códigos e Referências

    TIPO DE MATERIAL

    Livro

    ANO

    2015

    EDIÇÃO

    5ª Edição

    Principal documento do IBGC, o Código apresenta recomendações de boas práticas de Governança com o objetivo de contribuir para a evolução da Governança Corporativa das empresas e demais organizações atuantes no Brasil. Vamos parar de falar que a questão é mal elaborada e Estudar mais !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • Erro do item E:

    O IBGC define como quatro os princípios da governança corporativa: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. Eles são considerados essenciais, pois garantem uma gestão empresarial íntegra e sem práticas ilícitas, além da proteção dos interesses dos stakeholders internos e externos.

    https://glicfas.com.br/principios-da-governanca-corporativa/

  • A curva ABC é um método de classificação de informações para que se separem os itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor número. (Carvalho, 2002, p. 226). Os itens são classificados como (Carvalho, 2002, p. 227):

    • de Classe A: de maior importância, valor ou quantidade, correspondendo a 20% do total – podem ser itens do estoque com uma demanda de 65% num dado período;
    • de Classe B: com importância, quantidade ou valor intermediário, correspondendo a 30% do total – podem ser itens do estoque com uma demanda de 25% num dado período;
    • de Classe C: de menor importância, valor ou quantidade, correspondendo a 50% do total – podem ser itens do estoque com uma demanda de 10% num dado período.


ID
2049973
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração de Recursos Materiais
Assuntos

O custo anual de mercadorias vendidas por uma empresa varejista é de R$ 180 mil. Para um ano comercial de 360 dias, considerando-se que a rotatividade média dos estoques dessa empresa é de 20 dias, qual é o valor médio dos estoques dessa empresa? 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

                                     GE = Estoque (Médio) x 360

                                                          CMV

         Obs. *O Estoque (Médio) pode ser obtidos pela soma do Estoque no início do ano, mais o Estoque no fim do ano, dividido por 2;

                  *Nessa Fórmula, o GE representa o tempo demandado para “girar” os estoques

                   *O CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) é obtido: CMV=Estoque Inicial + Compras de Mercadorias(Produtos) – Estoque Final

                                      20= (EMx360)/180   

                                      EM=10 mil

     

  • 180/360x20 = 10

  • Gabarito B

    E nesse caso poderia ir pela Logica: Custo Anual : 180.000 ,Dividido pelos dias do ano : 360, resultado igual a 500 reais

    Multiplica 500 reais pelos 20 dias do Estoque Medio = 10.000 mil

     

     

  • ALVO > B


    São 18 "giros" em 360 dias: (considerando 360 *dias no ano / 20 *rotatividade média = 18)

    180 *custo anual / 380 *dias no ano = 0,5 x 20 *rotatividade média= 10


ID
2049976
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Atendimento ao Público
Assuntos

O hábito de avaliar a satisfação dos clientes não é muito comum no Brasil, e os consumidores não estão acostumados a exigir seus direitos e a reclamar quando são mal atendidos. A seguinte afirmação caracteriza a realidade, descrita anteriormente, em relação ao hábito de verificar a qualidade do atendimento ao público:

Alternativas
Comentários
  • Letra E.

     

    O hábito de avaliar a satisfação dos clientes não é muito comum no Brasil, e os consumidores não estão acostumados a exigir seus direitos e a reclamar quando são mal atendidos, por isso há empresas que ignoram a qualidade do atendimento ao seu público e supõem ser desnecessário avaliar seu desempenho.

     

     a) há consumidores que são sensíveis aos objetivos da empresa e desprezam os seus, ao avaliar o desempenho daquela.

     b) há consumidores que têm o hábito de avaliar a satisfação dos clientes com o objetivo de mensurar seu desempenho. - Empresas que fazem isso.

     c) há empresas que são sensíveis aos objetivos individuais em comparação aos governamentais, objetivando avaliar seu desempenho.

     d) há empresas que valorizam a qualidade do atendimento que prestam ao seu público e avaliam seu desempenho. - Até está certo, mas não está de acordo com o que a questão exemplifica, que é exatamente o contrário.

  • Letra E.

    O hábito de avaliar a satisfação dos clientes não é muito comum no Brasil, e os consumidores não estão acostumados a exigir seus direitos e a reclamar quando são mal atendidos, por isso há empresas que ignoram a qualidade do atendimento ao seu público e supõem ser desnecessário avaliar seu desempenho.

    Há empresas que têm o hábito de avaliar a satisfação dos clientes com o objetivo de mensurar seu desempenho.

    Há empresas que são sensíveis aos objetivos individuais, objetivando avaliar seu desempenho.

    Há empresas que valorizam a qualidade do atendimento que prestam ao seu público e avaliam seu desempenho.



ID
2049979
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Análise de Balanços
Assuntos

O custo de capital próprio é maior do que o custo de capital de terceiros na seguinte situação:

Alternativas
Comentários
  • Whats?

  • Professor, explica esta questão! Por favor!

  • eu também fiquei boiando!!!

  • nao entendi a pergunta e muito menos as assertivas.

  • Minha opinião:

    Retornos com incerteza tendem a incorrer em taxas de juros maiores, portanto são mais onerosos. (Só pensar em uma lógica básica de investimentos: ações mais arriscadas, ou com maior incerteza, possuem retorno maior que aquelas de menor risco)

    Retornos com juros fixados em contrato tendem a ser menos onerosos.

    Portanto, de cara, já excluímos alternativas A e C, por mencionarem que credores ou fornecedores (capital de terceiros) terem incerteza em seu retorno (portanto tendo um custo maior).

    As alternativas D e E tratam, em si, das mesmas classes de capital. A D trata de dois exemplos de capital de terceiros e a E, de dois exemplos de capital próprio.

    Portanto, por eliminação, letra B é o gabarito.

    Acionistas incorrem em maior incerteza enquanto credores têm pagamento dos juros definidos por contrato

    Errei essa questão da primeira vez que fiz, mas pensando depois, dava pra resolver assim.

  • O jeito mais simples de se pensar o custo do capital próprio (ou seja, dos sócios) é lembrar do custo de oportunidade ( valor do que você renuncia ao tomar uma decisão). Imagina que vc vai comprar uma ação na Bolsa, ou uma num fundo de investimento. A primeira pergunta que 90% das pessoas fazem é: será que vai render mais que a poupança?

    Porque fazem essa pergunta? Porque conhecem como funciona a velha poupança e sabe que não vai perder dinheiro. Se vc for investir em qq outra coisa, sabe que tem risco e vai querer ganhar mais por isso. Trocando o português por matemática fica:

    Retorno Esperado (ou desejado) = Taxa sem risco (ou risco controlado como a da poupança) + Prêmio de risco.

    Veja a alternativa B. O que você acha que acontece quando os acionistas incorrem em maior incerteza em relação ao retorno de seus recursos? O retorno desejado (custo do capital próprio) aumenta.

    Na segunda parte da questão ele diz: os credores têm o pagamento dos juros definidos por um contrato. Ou seja, se o valor de uma prestação está fixado em um contrato, ele não varia, certo!? Ou podem até serem menores se o examinador da banca quis pensar em termos relativos (ou seja, na situação sem contrato vs com contrato). O juro que você paga aos credores é o custo do capital dos outros (de terceiros).

    Obs.: Eu acredito que o examinador quis se referir ao custo do capital de terceiros livre de IR (ou custo efetivo da dívida).


ID
2049982
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Existem vários tipos de estrutura organizacional. Na maioria das organizações, predomina o tipo funcional, apoiado na hierarquia e na especialização das atividades meios e pouca preocupação com os resultados finais. Já a gestão por processos em uma organização depende da estrutura organizacional e pressupõe a seguinte sequência lógica:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A.

    Segundo o Guia CBoK [4], o desenho de processo consiste na “criação de especificações
    para processos de negócio novos ou modificados dentro do contexto dos objetivos de negócio,
    objetivos de desempenho de processo, fluxo de trabalho, aplicações de negócio, plataformas
    tecnológicas, recursos de dados, controles financeiros e operacionais, e integração com outros
    processos internos e externos".
    Já a modelagem de processo é definida como "um conjunto de atividades envolvidas na
    criação de representações de um processo de negócio existente ou proposto", tendo por objetivo
    "criar uma representação do processo em uma perspectiva ponta-a-ponta que o descreva de forma
    necessária e suficiente para a tarefa em questão"

  • LETRA A

    INPUT (ENTRADA) ------------> PROCESSO ----------------> OUTPUT (SAÍDA)

  • Letra A.


    Input (entrada) - Processos - Output (saída).


    O desenho de processo consiste na criação de especificações para processos de negócios novos ou modificados dentro do contexto dos objetivos de negócio, objetivos de desempenho de processos, fluxo de trabalho, aplicações de negócio, plataformas tecnológicas, recursos de dados, controles financeiros e operacionais, e integração com outros processos internos e externos´´.

    Já a modelagem de processos é definida como ´´um conjunto de atividades envolvidas na criação de representações de um processo de negócio existente ou proposto´´, tendo por objetivo ´´criar uma representação do processo em uma perspectiva ponta-a-ponta que o descreva de forma necessária e suficiente para a tarefa em questão´´.

  • LETRA A CORRETA

    Processos de Gestão ou Gerenciais

    São processos estabelecidos formalmente e com o intuito de coordenar as atividades dos processos de apoio e dos processos primários. Deve buscar garantir que os processos por ele gerenciados, atinjam suas metas operacionais, financeiras, regulatórias e legais.

    Resumo de características: Medição/ Monitorar/ Controlar/ Ajudam na garantia da eficiência e eficácia da organização e seus processos / Não entregam valor diretamente ao cliente.

  • Sequência lógica---> ENTRADA, PROCESSO, SAÍDA.

    Componentes da Gestão por processos---> ETAPA, FASE, ATIVIDADE, TAREFA.


ID
2049985
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Um investimento pagará $ 1.000 ao final do primeiro ano e $ 2.000 no final do segundo ano. Se outros investimentos de igual risco ganham 10% ao ano sob o regime de juros simples, o valor presente desse investimento é:

Alternativas
Comentários
  • P1 = 1000 / 1,1 = 909,09

    P2 = 2000 / 1,21 = 1692,89

    P0 = 1692,89 + 909,09

    = 2561,98

    aproximadamente = 2500

  • 1º ano -> 1000,00 - 10% = 1000 - 100 = 900,00

    2º ano -> 2000,00 - 20% = 2000 - 400 = 1600,00

    total = 900 + 1600= 2500,00

  • Importante atentar que o enunciado fala em juros simples. 

  • Laíza Cardozo foi bem direta.

  • Montante = 3.000,00,

    C = Valor Presente,

    I = 10% = 0,1%

    T = 2 anos.

    M = C(1+i.t),

    3.000,00 = C(1+0,1*2),

    3.000,00 = C(1+0,2),

    3.000,00 = C1,2

    C = 3.000,00/1,2

    C = 2.500,00


ID
2049988
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

O seguinte elemento faz parte do processo de comunicação nas organizações:

Alternativas
Comentários
  • Os elementos essenciais para que ocorra uma comunicação eficiente são:


    Emissor = É aquele que dá início ao processo comunicativo, pois transmite a mensagem.
    Receptor = É o alvo do emissor, sendo quem recebe a mensagem.
    Mensagem = Pode ser um fato, ideias ou até mesmo, emoções, ou seja, é o conteúdo contido na comunicação.
    Canal = É o meio pelo qual a mensagem é enviada do emissor para o receptor.

     

    http://www.portaleducacao.com.br/marketing/artigos/36849/os-elementos-do-processo-de-comunicacao

  • Antes da realização da comunicação, é necessário que exista uma vontade ou propósito em forma de mensagem. Nesse momento nasce o processo de comunicação que está dividido em sete partes: Emissor, Codificação, Mensagem, Canal, Decodificação, Receptor e o Feedback.

     

    Emissor: Inicia a mensagem codificando um pensamento;
    Codificação: Forma da mensagem transmitida pelo emissor;
    Mensagem: Produto físico decodificado pelo emissor;
    Canal: É o caminho por onde a mensagem é transferida;
    Receptor: É a quem a mensagem é transmitida;
    Decodificação: Interpretação da mensagem pelo receptor:
    Ruído: Barreira da comunicação que distorce a clareza da mensagem;
    Feedback: Verificação do sucesso na transmissão de uma mensagem, como originalmente pretendia. Neste momento sabe-se se houve compreensão da mensagem.

  • Stakeholder - significa público estratégico e descreve uma pessoa ou grupo que tem interesse em uma empresa, negócio ou indústria, podendo ou não ter feito um investimento neles. Em inglês stake significa interesse, participação, risco. Holder significa aquele que possui

    Accountability - é um termo da língua inglesa que pode ser traduzido para o português como responsabilidade com ética e remete à obrigação, à transparência, de membros de um órgão administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias controladoras ou a seus representados.

     

  • Processo de Comunicação  

     

           O processo de comunicação consiste em seis elementos fundamentais:

     

    Fonte (É a pessoa, grupo ou organização que deseja transmitir alguma idéias ou informação através de uma mensagem. A fonte dá início ao processo e a mensagem pode comunicar informações, atitudes, comportamentos, conhecimentos ou alguma emoção ao destinatário.)

    Transmissor (A mensagem é enviada através de um transmissor, que é o transportador da comunicação. É o meio ou aparelho usado para codificar a ideia ou significado através de uma forma de mensagem – como símbolos, sinais ou gestos.)

    Canal (É o meio escolhido através do qual a mensagem flui entre a fonte e o destino. É o espaço ou ambiente que medeia os elementos envolvidos no processo de comunicação.)

    Receptor (É o meio ou aparelho que decodifica ou interpreta a mensagem para oferecer um significado percebido.)

    Destino (É a pessoa, grupo ou organização que deve receber a mensagem e compartilhar do seu significado.)

    Ruído (É o termo que indica qualquer distúrbio indesejável dentro do processo de comunicação e que afeta a mensagem enviada pela fonte ao destino.)

     

    http://administracaoinfoco.blogspot.com.br/2013/12/processo-da-comunicacao.html

     

     

     

    "Todas as tentativas frustradas, não é sinal de derrota, é um dos princípios da perfeição, se continuar tentando."

    (Salatiel Almeida Santos)

     

     

     

     

  • A codificação é um elemento de comunicação.

    B.

  • LETRA B CORRETA

    Comunicação:  processo de transmissão de informações e mensagens.                          

     Internas: podem ser:   

                    verticais  - descendentes: comunicação do superior para o subordinado

                                          ascendentes : comunicação do subordinado para o superior

                   colaterais - comunicação entre os diversos departamentos da empresa, num mesmo nível

     

     Externas : comunicação para diversos grupos externos. Repartições públicas, clientes, fornecedores, etc.


ID
2049991
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

A Resolução Normativa n. 414/2010, da Aneel, estabelece, no capítulo sobre a medição para faturamento, que a distribuidora deve efetuar as leituras em intervalos de aproximadamente 30 (trinta) dias, observados o mínimo de 27 (vinte e sete) e o máximo de 33 (trinta e três) dias, de acordo com o calendário de leitura. Estabelece ainda que, no caso de

Alternativas
Comentários
  • A) CORRETA. Art. 84, § 1º. Para o primeiro faturamento da unidade consumidora, ou havendo necessidade de remanejamento de rota ou reprogramação do calendário, as leituras podem ser realizadas, excepcionalmente, em intervalos de no mínimo 15 (quinze) e no máximo 47 (quarenta e sete) dias.

     

    B) ERRADA. Art. 84 § 2º. No caso de remanejamento de rota ou reprogramação do calendário, o consumidor deve ser informado, por escrito, com antecedência mínima de um ciclo de faturamento, facultada a inclusão de mensagem na fatura de energia elétrica.

     

    C) ERRADA. Art. 88 § 4º. A distribuidora deve emitir o faturamento final em até 3 (três) dias úteis na área urbana e 5 (cinco) dias úteis na área rural, contados a partir do encerramento contratual

     

    D) ERRADA. Art. 84 § 3º. Tratando-se de unidade consumidora sob titularidade de consumidor especial ou livre, o intervalo de leitura deve corresponder ao mês civil.

     

    E) ERRADA. Art. 84 §5º. Mediante anuência do consumidor, para o faturamento final a distribuidora pode utilizar a leitura efetuada pelo mesmo ou estimar o consumo e demanda finais utilizando a média aritmética dos valores faturados nos 12 (doze) últimos ciclos de faturamento.


ID
2049994
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

A mancha urbana de Goiânia encontra-se conurbada na porção Sul e na porção Leste do município. Essas áreas correspondem, respectivamente, à fronteira com os municípios de

Alternativas
Comentários
  • O conceito de mancha urbana consiste em uma certa região que apresenta uma intensa urbanização, se destacando no local onde se encontra. Por ter muitas ruas, prédios e grande povoamento durante o dia.  fonte;http://brainly.com.br/tarefa/19370

    Aparecida de Goiânia e Senador Canedo formam a marcha urbana de Goiânia encontrando-se conturbada na porção sul e na porção leste.

  • Letra (A)
    Sul de Goiânia e Norte de Aparecida de Goiânia
    Leste de Goiânia (Senador Canedo) 

  • Achei esses mapas bem importantes. Parece que a CS-UFG gosta de cobrar as regiões: http://www.imb.go.gov.br/viewcad.asp?id_cad=5100&id_not=12

  • Quando se fala em fronteiras, regiõe etc., sempre visualizo o EIXO NORTE SUL NA AV. GOIÁS. Dali fica fácil memorizar os pontos "cardeias" .... entendendo que o SUL fica em Aparecida de Goiânia, NORTE lembra do Norte Ferroviário, LESTE sentido Trindade, (av. Anhanguera) e OESTE só resta Senador Canedo.

    Espero ter ajudado.!

  • A mancha urbana de Goiânia encontra-se conurbada na porção Sul e na porção Leste do município. Essas áreas correspondem, respectivamente, à fronteira com os municípios de  Aparecida de Goiânia e Senador Canedo.

    GABARITO: A

  • Pra quem é de Goiânia ou mesmo conhece a cidade, é fácil compreender:

    - A rodoviária está construída no setor NORTE Ferroviário, logo, Aparecida que está no lado oposto, fica ao SUL de Goiânia

    - À esquerda do Centro (Pça Cívica) está o setor OESTE, já a sua direita está o setor LESTE Universitáio, que fica no mesmo sentido de Senador Canedo (após o St. Novo Mundo), assim, a questão fica clara.
     

  • Sul de Goiânia e Norte de Aparecida de Goiânia

    Leste de Goiânia (Senador Canedo) 

    GB\\ A

    PMGO

  • Questão fácil pra quem mora em Goias.

    ..

    Gaba/ A

    ..

    PMGO

  • GB = A

    PC-GO

  • GB = A

    PC-GO

  • conurbação é o fenômeno que resulta na junção de duas ou mais cidades, a ponto de ultrapassar os limites territoriais uma das outras. Devido ao crescimento acelerado das áreas urbanizadas, algumas fronteiras municipais praticamente desaparecem, formando as chamadas regiões metropolitanas (RMs).

    Fonte: educamaisbrasil.com.br

  • SENADOR CANEDO E APARECIDA DE GOIANIA - MANCHA URBANA

    APARECIDA DE GOIANIA E TRINDADE - MAIS DE 100 MIL HABITANTES

    Mancha Urbana é uma área densamente habitada cuja proximidade das edificações não permite a sua representação individualizada e sim, o contorno da área do conjunto das edificações. Segundo o IBGE a denominação empregada para mancha urbana corresponde à área edificada.


ID
2049997
Banca
CS-UFG
Órgão
CELG/D-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Entre os vários usos das águas dos rios, pode-se destacar o abastecimento humano, a irrigação, o lazer, o transporte fluvial, a produção de energia e a piscicultura. Entre esses usos, em comparação aos demais rios goianos, o rio Paranaíba e o rio Araguaia se sobressaem, respectivamente, pela utilização de água para

Alternativas
Comentários
  • produção de energia e turismo. 

  • Gabarito: B

     

     

     

     

    Comentário:

     

     

    Vale saber que uma das primeiras construções na década de 50 foi a hidrelétrica no Rio Paranaíba, cuja bacia

     

    contém o maior número de usinas hidrelétricas em Goiás. Já o Rio Araguaia tem o turismo de camping cujas

     

    áreas são montadas entre os municípios de Aragarças e distrito de Luiz Alves (São Miguel do Araguaia).

  • Primeira questão que o Germano Stive não está kkkk

  • GB B

    PC-GO

  • GB B

    PC-GO

  • ESSA B ESTÁ CERTA.

  • ESSA B ESTÁ CERTA.

  • PARA OS NÃO ASSINANTES GABARITO B

  • JÁ NÃO BASTA UM CHATO, AGORA TEMOS 2. KKKK

  • GABARITO B

  • Rio Paranaíba: A geração de energia elétrica, abrigando grandes barragens.

    Rio Meia Ponte: O abastecimento de mais de trinta cidades, incluindo a capital.

    Rio Araguaia: As atividades de turismo, formando praias no período de estiagem e desenvolvimento da aquicultura, diversificando a economia regional.

    Reservatório Bacia do Ribeirão João: constitui-se no principal manancial de abastecimento de Goiânia.

     

    O Rio Paranaíba é um dos rios mais importantes do estado de Goiás porque é utilizado para a geração de energia elétrica, abrigando grandes barragens.  (GRANDE POTENCIAL HIDRELÉTRICO)

    Obs: Goiânia não é abastecida pelo rio Paranaíba. O principal rio de Goiânia é o Meia-Ponte.

    O RIO PARANAÍBA é responsável pela geração de grande parte da energia de Minas e Goiás. (a Bacia do Paranaíba é a que apresenta o maior número de usinas hidrelétricas.)

     

    O Rio Meia Ponte é um dos rios mais importantes de Goiás porque garante o abastecimento de água de alguns municípios e das três maiores cidades do estado.

    O Rio Meia-Ponte é o principal rio que abastece Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. (É um dos rios mais importantes do estado, pois, em sua bacia hidrográfica vive cerca de 50% da população do estado do GOIÁS.)

    Alguns Municípios que o RIO MEIA PONTE banha são: 

     

    Santo Antônio de Goiás

    Brazabrantes

    Goiânia

    Goianira

    Nova Veneza

    Inhumas

    Itauçu

    Aparecida de Goiânia

    Bela Vista de Goiás

    Senador Canedo

    Pontalina

    Aloândia

    Joviânia

    Goiatuba

    Panamá.

  • Gabarito B.

    Rio Paranaíba: A geração de energia elétrica.

    Rio Araguaia: Turismo.

  • HIDROGRAFIA

    Rio Paranaíba: A geração de energia elétrica, abrigando grandes barragens.

    Rio Meia Ponte: abastecimento de mais de trinta cidades, incluindo a capital.

    Rio Araguaia: As atividades de turismo, formando praias no período de estiagem e desenvolvimento da aquicultura, diversificando a economia regional.

    Reservatório Bacia do Ribeirão João: constitui-se no principal manancial de abastecimento de Goiânia.

     

    Rio Paranaíba é um dos rios mais importantes do estado de Goiás porque é utilizado para a geração de energia elétrica, abrigando grandes barragens. (GRANDE POTENCIAL HIDRELÉTRICO)