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Prova Esamc - 2015 - Esamc - Vestibular - Primeiro Semestre


ID
4063090
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Da arte de citar
SÍRIO POSSENTI


     No texto, chamado ‘Com o sentido que você quiser’, publicado na Folha de S. Paulo de 25/04/2012, Ruy Castro estranha o emprego de ‘dérbi’ para designar embates como Guarani X Ponte Preta e cita uma série de dicionários que não anotam a acepção relativa a confrontos futebolísticos.
     Cita o Aurélio, que informa que dérbi é a “mais importante e tradicional carreira inglesa, disputada em Epsom pela primeira vez no século 18, e que veio a dar o nome ao primeiro clube de corrida de cavalos do Brasil, no RJ, depois incorporado ao Jóquei Clube”. Não há referências ao futebol, o que o deixou tranquilo.
     Para mostrar que aqueles jornalistas estão mesmo errados, consultou também o Webster’s Dictionary, cujas informações traduz: “1. Corrida de cavalos em Epsom, Inglaterra, patrocinada pelo 12º conde de Derby em 1780, daí o nome. Por extensão, corrida de cachorros (sic). 2. Chapéu-coco. 3. Um certo tipo de sapato com fivela para homens”. Ruy não lamenta os sentidos 2 e 3, nem explica suas razões.
     O final da coluna dele é irônico: “Ora, que besteira. Por que não fui logo ao Google ou à Wikipédia? Neles tem ‘dérbi’ à vontade, e com o sentido que você quiser” (anote-se a ocorrência de ‘tem’, embora a questão seja outra).
     O brilhante Ruy Castro erra pelo menos três vezes (imaginem os outros!): a) não se chateia com o fato de ‘dérbi’ signifi car chapéu-coco ou um tipo de sapato, mas acha estapafúrdio que designe uma partida de futebol; b) diz que se pode atribuir à palavra o sentido que se quiser; c) não consultou outros dicionários (ou não contou ao leitor o que eles dizem).
     Começo pelo final, que cobre as outras questões. Consultar outras fontes pode ser revelador. Vamos lá.
     O Houaiss informa que dérbi é um “jogo, partida ou competição esportiva de grande destaque (como o Derby de Epsom, na Inglaterra)”. Como se vê, ele não o restringe ao turfe; só menciona o evento ‘original’ entre parênteses.
     O Petit Larousse (traduzo) diz que é um “encontro esportivo entre equipes vizinhas” (como Ponte e Guarani, portanto). Segundo o Petit Robert, é um “encontro de futebol entre duas cidades vizinhas”.
     O McMillan anota: “um jogo entre dois times da mesma cidade” (nada de cavalos, como se vê) e o YOURDictionary repete a mesma informação (ou será o contrário?).
     Finalmente, o Diccionario de La Lengua Española (da Real Academia) informa que dérby é um “encontro, geralmente futebolístico, entre duas equipes cujos torcedores mantêm permanente rivalidade”. De novo, nada de cavalos. E prioriza claramente o futebol!
     Gostaria muito de conseguir entender outras coisas (que dérbi não significa só corridas de cavalos está mais do que claro; já entendi). Uma: por que será que dérbi significa chapéu-coco e um tipo de sapato com fivela para homens? Meu faro diz que eram peças usadas para ir aos dérbis.
    Pergunta: por que Ruy Castro teve a má sorte de só conhecer dicionários que, casualmente, não citam o sentido relativo a encontros futebolísticos?
     Outra pergunta: por que Ruy Castro estranha os sentidos analógicos (no caso, a extensão de uma disputa turfística para uma futebolística), que são uma das principais características das línguas humanas? Será que ele pensa, por exemplo, que uma pessoa doce vem coberta de açúcar?
    Finalmente, queria entender como Ruy Castro consegue não entender que, se todo mundo emprega ‘dérbi’ para falar de certos jogos de futebol e os dicionários que ele consultou não registram o fato, o problema deve ser dos dicionários.
(Ciência Hoje, 24/04/2015. Disponível em http://cienciahoje.uol.com.br/ colunas/palavreado/da-arte-de-citar, acesso em 02/09/2015. Adaptado.)

Em relação à opinião de Ruy Castro, Sírio Possenti:

Alternativas

ID
4063093
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Da arte de citar
SÍRIO POSSENTI


     No texto, chamado ‘Com o sentido que você quiser’, publicado na Folha de S. Paulo de 25/04/2012, Ruy Castro estranha o emprego de ‘dérbi’ para designar embates como Guarani X Ponte Preta e cita uma série de dicionários que não anotam a acepção relativa a confrontos futebolísticos.
     Cita o Aurélio, que informa que dérbi é a “mais importante e tradicional carreira inglesa, disputada em Epsom pela primeira vez no século 18, e que veio a dar o nome ao primeiro clube de corrida de cavalos do Brasil, no RJ, depois incorporado ao Jóquei Clube”. Não há referências ao futebol, o que o deixou tranquilo.
     Para mostrar que aqueles jornalistas estão mesmo errados, consultou também o Webster’s Dictionary, cujas informações traduz: “1. Corrida de cavalos em Epsom, Inglaterra, patrocinada pelo 12º conde de Derby em 1780, daí o nome. Por extensão, corrida de cachorros (sic). 2. Chapéu-coco. 3. Um certo tipo de sapato com fivela para homens”. Ruy não lamenta os sentidos 2 e 3, nem explica suas razões.
     O final da coluna dele é irônico: “Ora, que besteira. Por que não fui logo ao Google ou à Wikipédia? Neles tem ‘dérbi’ à vontade, e com o sentido que você quiser” (anote-se a ocorrência de ‘tem’, embora a questão seja outra).
     O brilhante Ruy Castro erra pelo menos três vezes (imaginem os outros!): a) não se chateia com o fato de ‘dérbi’ signifi car chapéu-coco ou um tipo de sapato, mas acha estapafúrdio que designe uma partida de futebol; b) diz que se pode atribuir à palavra o sentido que se quiser; c) não consultou outros dicionários (ou não contou ao leitor o que eles dizem).
     Começo pelo final, que cobre as outras questões. Consultar outras fontes pode ser revelador. Vamos lá.
     O Houaiss informa que dérbi é um “jogo, partida ou competição esportiva de grande destaque (como o Derby de Epsom, na Inglaterra)”. Como se vê, ele não o restringe ao turfe; só menciona o evento ‘original’ entre parênteses.
     O Petit Larousse (traduzo) diz que é um “encontro esportivo entre equipes vizinhas” (como Ponte e Guarani, portanto). Segundo o Petit Robert, é um “encontro de futebol entre duas cidades vizinhas”.
     O McMillan anota: “um jogo entre dois times da mesma cidade” (nada de cavalos, como se vê) e o YOURDictionary repete a mesma informação (ou será o contrário?).
     Finalmente, o Diccionario de La Lengua Española (da Real Academia) informa que dérby é um “encontro, geralmente futebolístico, entre duas equipes cujos torcedores mantêm permanente rivalidade”. De novo, nada de cavalos. E prioriza claramente o futebol!
     Gostaria muito de conseguir entender outras coisas (que dérbi não significa só corridas de cavalos está mais do que claro; já entendi). Uma: por que será que dérbi significa chapéu-coco e um tipo de sapato com fivela para homens? Meu faro diz que eram peças usadas para ir aos dérbis.
    Pergunta: por que Ruy Castro teve a má sorte de só conhecer dicionários que, casualmente, não citam o sentido relativo a encontros futebolísticos?
     Outra pergunta: por que Ruy Castro estranha os sentidos analógicos (no caso, a extensão de uma disputa turfística para uma futebolística), que são uma das principais características das línguas humanas? Será que ele pensa, por exemplo, que uma pessoa doce vem coberta de açúcar?
    Finalmente, queria entender como Ruy Castro consegue não entender que, se todo mundo emprega ‘dérbi’ para falar de certos jogos de futebol e os dicionários que ele consultou não registram o fato, o problema deve ser dos dicionários.
(Ciência Hoje, 24/04/2015. Disponível em http://cienciahoje.uol.com.br/ colunas/palavreado/da-arte-de-citar, acesso em 02/09/2015. Adaptado.)

Para defender seu ponto de vista, e derrubar o de Ruy Castro, Possenti tem por estratégia argumentativa:

Alternativas

ID
4063096
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Da arte de citar
SÍRIO POSSENTI


     No texto, chamado ‘Com o sentido que você quiser’, publicado na Folha de S. Paulo de 25/04/2012, Ruy Castro estranha o emprego de ‘dérbi’ para designar embates como Guarani X Ponte Preta e cita uma série de dicionários que não anotam a acepção relativa a confrontos futebolísticos.
     Cita o Aurélio, que informa que dérbi é a “mais importante e tradicional carreira inglesa, disputada em Epsom pela primeira vez no século 18, e que veio a dar o nome ao primeiro clube de corrida de cavalos do Brasil, no RJ, depois incorporado ao Jóquei Clube”. Não há referências ao futebol, o que o deixou tranquilo.
     Para mostrar que aqueles jornalistas estão mesmo errados, consultou também o Webster’s Dictionary, cujas informações traduz: “1. Corrida de cavalos em Epsom, Inglaterra, patrocinada pelo 12º conde de Derby em 1780, daí o nome. Por extensão, corrida de cachorros (sic). 2. Chapéu-coco. 3. Um certo tipo de sapato com fivela para homens”. Ruy não lamenta os sentidos 2 e 3, nem explica suas razões.
     O final da coluna dele é irônico: “Ora, que besteira. Por que não fui logo ao Google ou à Wikipédia? Neles tem ‘dérbi’ à vontade, e com o sentido que você quiser” (anote-se a ocorrência de ‘tem’, embora a questão seja outra).
     O brilhante Ruy Castro erra pelo menos três vezes (imaginem os outros!): a) não se chateia com o fato de ‘dérbi’ signifi car chapéu-coco ou um tipo de sapato, mas acha estapafúrdio que designe uma partida de futebol; b) diz que se pode atribuir à palavra o sentido que se quiser; c) não consultou outros dicionários (ou não contou ao leitor o que eles dizem).
     Começo pelo final, que cobre as outras questões. Consultar outras fontes pode ser revelador. Vamos lá.
     O Houaiss informa que dérbi é um “jogo, partida ou competição esportiva de grande destaque (como o Derby de Epsom, na Inglaterra)”. Como se vê, ele não o restringe ao turfe; só menciona o evento ‘original’ entre parênteses.
     O Petit Larousse (traduzo) diz que é um “encontro esportivo entre equipes vizinhas” (como Ponte e Guarani, portanto). Segundo o Petit Robert, é um “encontro de futebol entre duas cidades vizinhas”.
     O McMillan anota: “um jogo entre dois times da mesma cidade” (nada de cavalos, como se vê) e o YOURDictionary repete a mesma informação (ou será o contrário?).
     Finalmente, o Diccionario de La Lengua Española (da Real Academia) informa que dérby é um “encontro, geralmente futebolístico, entre duas equipes cujos torcedores mantêm permanente rivalidade”. De novo, nada de cavalos. E prioriza claramente o futebol!
     Gostaria muito de conseguir entender outras coisas (que dérbi não significa só corridas de cavalos está mais do que claro; já entendi). Uma: por que será que dérbi significa chapéu-coco e um tipo de sapato com fivela para homens? Meu faro diz que eram peças usadas para ir aos dérbis.
    Pergunta: por que Ruy Castro teve a má sorte de só conhecer dicionários que, casualmente, não citam o sentido relativo a encontros futebolísticos?
     Outra pergunta: por que Ruy Castro estranha os sentidos analógicos (no caso, a extensão de uma disputa turfística para uma futebolística), que são uma das principais características das línguas humanas? Será que ele pensa, por exemplo, que uma pessoa doce vem coberta de açúcar?
    Finalmente, queria entender como Ruy Castro consegue não entender que, se todo mundo emprega ‘dérbi’ para falar de certos jogos de futebol e os dicionários que ele consultou não registram o fato, o problema deve ser dos dicionários.
(Ciência Hoje, 24/04/2015. Disponível em http://cienciahoje.uol.com.br/ colunas/palavreado/da-arte-de-citar, acesso em 02/09/2015. Adaptado.)

“Neles tem ‘dérbi’ à vontade, e com o sentido que você quiser” (anote-se a ocorrência de ‘tem’, embora a questão seja outra). Assinale a alternativa que complete corretamente a afi rmação sobre o trecho do texto de Sírio Possenti:


O uso de __(1)__ tem como função marcar um comentário de Sírio Possenti. Este sugere que haveria __(2)__ em Ruy Castro devido ao uso __(3)__ do verbo “ter” no mesmo texto em que critica o uso corriqueiro da expressão “dérbi”.

Alternativas

ID
4063099
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Da arte de citar
SÍRIO POSSENTI


     No texto, chamado ‘Com o sentido que você quiser’, publicado na Folha de S. Paulo de 25/04/2012, Ruy Castro estranha o emprego de ‘dérbi’ para designar embates como Guarani X Ponte Preta e cita uma série de dicionários que não anotam a acepção relativa a confrontos futebolísticos.
     Cita o Aurélio, que informa que dérbi é a “mais importante e tradicional carreira inglesa, disputada em Epsom pela primeira vez no século 18, e que veio a dar o nome ao primeiro clube de corrida de cavalos do Brasil, no RJ, depois incorporado ao Jóquei Clube”. Não há referências ao futebol, o que o deixou tranquilo.
     Para mostrar que aqueles jornalistas estão mesmo errados, consultou também o Webster’s Dictionary, cujas informações traduz: “1. Corrida de cavalos em Epsom, Inglaterra, patrocinada pelo 12º conde de Derby em 1780, daí o nome. Por extensão, corrida de cachorros (sic). 2. Chapéu-coco. 3. Um certo tipo de sapato com fivela para homens”. Ruy não lamenta os sentidos 2 e 3, nem explica suas razões.
     O final da coluna dele é irônico: “Ora, que besteira. Por que não fui logo ao Google ou à Wikipédia? Neles tem ‘dérbi’ à vontade, e com o sentido que você quiser” (anote-se a ocorrência de ‘tem’, embora a questão seja outra).
     O brilhante Ruy Castro erra pelo menos três vezes (imaginem os outros!): a) não se chateia com o fato de ‘dérbi’ signifi car chapéu-coco ou um tipo de sapato, mas acha estapafúrdio que designe uma partida de futebol; b) diz que se pode atribuir à palavra o sentido que se quiser; c) não consultou outros dicionários (ou não contou ao leitor o que eles dizem).
     Começo pelo final, que cobre as outras questões. Consultar outras fontes pode ser revelador. Vamos lá.
     O Houaiss informa que dérbi é um “jogo, partida ou competição esportiva de grande destaque (como o Derby de Epsom, na Inglaterra)”. Como se vê, ele não o restringe ao turfe; só menciona o evento ‘original’ entre parênteses.
     O Petit Larousse (traduzo) diz que é um “encontro esportivo entre equipes vizinhas” (como Ponte e Guarani, portanto). Segundo o Petit Robert, é um “encontro de futebol entre duas cidades vizinhas”.
     O McMillan anota: “um jogo entre dois times da mesma cidade” (nada de cavalos, como se vê) e o YOURDictionary repete a mesma informação (ou será o contrário?).
     Finalmente, o Diccionario de La Lengua Española (da Real Academia) informa que dérby é um “encontro, geralmente futebolístico, entre duas equipes cujos torcedores mantêm permanente rivalidade”. De novo, nada de cavalos. E prioriza claramente o futebol!
     Gostaria muito de conseguir entender outras coisas (que dérbi não significa só corridas de cavalos está mais do que claro; já entendi). Uma: por que será que dérbi significa chapéu-coco e um tipo de sapato com fivela para homens? Meu faro diz que eram peças usadas para ir aos dérbis.
    Pergunta: por que Ruy Castro teve a má sorte de só conhecer dicionários que, casualmente, não citam o sentido relativo a encontros futebolísticos?
     Outra pergunta: por que Ruy Castro estranha os sentidos analógicos (no caso, a extensão de uma disputa turfística para uma futebolística), que são uma das principais características das línguas humanas? Será que ele pensa, por exemplo, que uma pessoa doce vem coberta de açúcar?
    Finalmente, queria entender como Ruy Castro consegue não entender que, se todo mundo emprega ‘dérbi’ para falar de certos jogos de futebol e os dicionários que ele consultou não registram o fato, o problema deve ser dos dicionários.
(Ciência Hoje, 24/04/2015. Disponível em http://cienciahoje.uol.com.br/ colunas/palavreado/da-arte-de-citar, acesso em 02/09/2015. Adaptado.)

Em “O brilhante Ruy Castro erra pelo menos três vezes (imaginem os outros!)”, o uso do adjetivo “brilhante” é:

Alternativas

ID
4063102
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Da arte de citar
SÍRIO POSSENTI


     No texto, chamado ‘Com o sentido que você quiser’, publicado na Folha de S. Paulo de 25/04/2012, Ruy Castro estranha o emprego de ‘dérbi’ para designar embates como Guarani X Ponte Preta e cita uma série de dicionários que não anotam a acepção relativa a confrontos futebolísticos.
     Cita o Aurélio, que informa que dérbi é a “mais importante e tradicional carreira inglesa, disputada em Epsom pela primeira vez no século 18, e que veio a dar o nome ao primeiro clube de corrida de cavalos do Brasil, no RJ, depois incorporado ao Jóquei Clube”. Não há referências ao futebol, o que o deixou tranquilo.
     Para mostrar que aqueles jornalistas estão mesmo errados, consultou também o Webster’s Dictionary, cujas informações traduz: “1. Corrida de cavalos em Epsom, Inglaterra, patrocinada pelo 12º conde de Derby em 1780, daí o nome. Por extensão, corrida de cachorros (sic). 2. Chapéu-coco. 3. Um certo tipo de sapato com fivela para homens”. Ruy não lamenta os sentidos 2 e 3, nem explica suas razões.
     O final da coluna dele é irônico: “Ora, que besteira. Por que não fui logo ao Google ou à Wikipédia? Neles tem ‘dérbi’ à vontade, e com o sentido que você quiser” (anote-se a ocorrência de ‘tem’, embora a questão seja outra).
     O brilhante Ruy Castro erra pelo menos três vezes (imaginem os outros!): a) não se chateia com o fato de ‘dérbi’ signifi car chapéu-coco ou um tipo de sapato, mas acha estapafúrdio que designe uma partida de futebol; b) diz que se pode atribuir à palavra o sentido que se quiser; c) não consultou outros dicionários (ou não contou ao leitor o que eles dizem).
     Começo pelo final, que cobre as outras questões. Consultar outras fontes pode ser revelador. Vamos lá.
     O Houaiss informa que dérbi é um “jogo, partida ou competição esportiva de grande destaque (como o Derby de Epsom, na Inglaterra)”. Como se vê, ele não o restringe ao turfe; só menciona o evento ‘original’ entre parênteses.
     O Petit Larousse (traduzo) diz que é um “encontro esportivo entre equipes vizinhas” (como Ponte e Guarani, portanto). Segundo o Petit Robert, é um “encontro de futebol entre duas cidades vizinhas”.
     O McMillan anota: “um jogo entre dois times da mesma cidade” (nada de cavalos, como se vê) e o YOURDictionary repete a mesma informação (ou será o contrário?).
     Finalmente, o Diccionario de La Lengua Española (da Real Academia) informa que dérby é um “encontro, geralmente futebolístico, entre duas equipes cujos torcedores mantêm permanente rivalidade”. De novo, nada de cavalos. E prioriza claramente o futebol!
     Gostaria muito de conseguir entender outras coisas (que dérbi não significa só corridas de cavalos está mais do que claro; já entendi). Uma: por que será que dérbi significa chapéu-coco e um tipo de sapato com fivela para homens? Meu faro diz que eram peças usadas para ir aos dérbis.
    Pergunta: por que Ruy Castro teve a má sorte de só conhecer dicionários que, casualmente, não citam o sentido relativo a encontros futebolísticos?
     Outra pergunta: por que Ruy Castro estranha os sentidos analógicos (no caso, a extensão de uma disputa turfística para uma futebolística), que são uma das principais características das línguas humanas? Será que ele pensa, por exemplo, que uma pessoa doce vem coberta de açúcar?
    Finalmente, queria entender como Ruy Castro consegue não entender que, se todo mundo emprega ‘dérbi’ para falar de certos jogos de futebol e os dicionários que ele consultou não registram o fato, o problema deve ser dos dicionários.
(Ciência Hoje, 24/04/2015. Disponível em http://cienciahoje.uol.com.br/ colunas/palavreado/da-arte-de-citar, acesso em 02/09/2015. Adaptado.)

“Outra pergunta: por que Ruy Castro estranha os sentidos analógicos (no caso, a extensão de uma disputa turfística para uma futebolística), que são uma das principais características das línguas humanas? Será que ele pensa, por exemplo, que uma pessoa doce vem coberta de açúcar?”


Sírio Possenti sugere que Ruy Castro não compreende uma figura de linguagem muito comum na língua, trata-se:

Alternativas

ID
4063105
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Da arte de citar
SÍRIO POSSENTI


     No texto, chamado ‘Com o sentido que você quiser’, publicado na Folha de S. Paulo de 25/04/2012, Ruy Castro estranha o emprego de ‘dérbi’ para designar embates como Guarani X Ponte Preta e cita uma série de dicionários que não anotam a acepção relativa a confrontos futebolísticos.
     Cita o Aurélio, que informa que dérbi é a “mais importante e tradicional carreira inglesa, disputada em Epsom pela primeira vez no século 18, e que veio a dar o nome ao primeiro clube de corrida de cavalos do Brasil, no RJ, depois incorporado ao Jóquei Clube”. Não há referências ao futebol, o que o deixou tranquilo.
     Para mostrar que aqueles jornalistas estão mesmo errados, consultou também o Webster’s Dictionary, cujas informações traduz: “1. Corrida de cavalos em Epsom, Inglaterra, patrocinada pelo 12º conde de Derby em 1780, daí o nome. Por extensão, corrida de cachorros (sic). 2. Chapéu-coco. 3. Um certo tipo de sapato com fivela para homens”. Ruy não lamenta os sentidos 2 e 3, nem explica suas razões.
     O final da coluna dele é irônico: “Ora, que besteira. Por que não fui logo ao Google ou à Wikipédia? Neles tem ‘dérbi’ à vontade, e com o sentido que você quiser” (anote-se a ocorrência de ‘tem’, embora a questão seja outra).
     O brilhante Ruy Castro erra pelo menos três vezes (imaginem os outros!): a) não se chateia com o fato de ‘dérbi’ signifi car chapéu-coco ou um tipo de sapato, mas acha estapafúrdio que designe uma partida de futebol; b) diz que se pode atribuir à palavra o sentido que se quiser; c) não consultou outros dicionários (ou não contou ao leitor o que eles dizem).
     Começo pelo final, que cobre as outras questões. Consultar outras fontes pode ser revelador. Vamos lá.
     O Houaiss informa que dérbi é um “jogo, partida ou competição esportiva de grande destaque (como o Derby de Epsom, na Inglaterra)”. Como se vê, ele não o restringe ao turfe; só menciona o evento ‘original’ entre parênteses.
     O Petit Larousse (traduzo) diz que é um “encontro esportivo entre equipes vizinhas” (como Ponte e Guarani, portanto). Segundo o Petit Robert, é um “encontro de futebol entre duas cidades vizinhas”.
     O McMillan anota: “um jogo entre dois times da mesma cidade” (nada de cavalos, como se vê) e o YOURDictionary repete a mesma informação (ou será o contrário?).
     Finalmente, o Diccionario de La Lengua Española (da Real Academia) informa que dérby é um “encontro, geralmente futebolístico, entre duas equipes cujos torcedores mantêm permanente rivalidade”. De novo, nada de cavalos. E prioriza claramente o futebol!
     Gostaria muito de conseguir entender outras coisas (que dérbi não significa só corridas de cavalos está mais do que claro; já entendi). Uma: por que será que dérbi significa chapéu-coco e um tipo de sapato com fivela para homens? Meu faro diz que eram peças usadas para ir aos dérbis.
    Pergunta: por que Ruy Castro teve a má sorte de só conhecer dicionários que, casualmente, não citam o sentido relativo a encontros futebolísticos?
     Outra pergunta: por que Ruy Castro estranha os sentidos analógicos (no caso, a extensão de uma disputa turfística para uma futebolística), que são uma das principais características das línguas humanas? Será que ele pensa, por exemplo, que uma pessoa doce vem coberta de açúcar?
    Finalmente, queria entender como Ruy Castro consegue não entender que, se todo mundo emprega ‘dérbi’ para falar de certos jogos de futebol e os dicionários que ele consultou não registram o fato, o problema deve ser dos dicionários.
(Ciência Hoje, 24/04/2015. Disponível em http://cienciahoje.uol.com.br/ colunas/palavreado/da-arte-de-citar, acesso em 02/09/2015. Adaptado.)

Finalmente, queria entender como Ruy Castro consegue não entender que, se todo mundo emprega ‘dérbi’ para falar de certos jogos de futebol e os dicionários que ele consultou não registram o fato, o problema deve ser dos dicionários.


A partir da conclusão de Sírio Possenti, pode-se inferir que os dicionários:

Alternativas

ID
4063108
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Da arte de citar
SÍRIO POSSENTI


     No texto, chamado ‘Com o sentido que você quiser’, publicado na Folha de S. Paulo de 25/04/2012, Ruy Castro estranha o emprego de ‘dérbi’ para designar embates como Guarani X Ponte Preta e cita uma série de dicionários que não anotam a acepção relativa a confrontos futebolísticos.
     Cita o Aurélio, que informa que dérbi é a “mais importante e tradicional carreira inglesa, disputada em Epsom pela primeira vez no século 18, e que veio a dar o nome ao primeiro clube de corrida de cavalos do Brasil, no RJ, depois incorporado ao Jóquei Clube”. Não há referências ao futebol, o que o deixou tranquilo.
     Para mostrar que aqueles jornalistas estão mesmo errados, consultou também o Webster’s Dictionary, cujas informações traduz: “1. Corrida de cavalos em Epsom, Inglaterra, patrocinada pelo 12º conde de Derby em 1780, daí o nome. Por extensão, corrida de cachorros (sic). 2. Chapéu-coco. 3. Um certo tipo de sapato com fivela para homens”. Ruy não lamenta os sentidos 2 e 3, nem explica suas razões.
     O final da coluna dele é irônico: “Ora, que besteira. Por que não fui logo ao Google ou à Wikipédia? Neles tem ‘dérbi’ à vontade, e com o sentido que você quiser” (anote-se a ocorrência de ‘tem’, embora a questão seja outra).
     O brilhante Ruy Castro erra pelo menos três vezes (imaginem os outros!): a) não se chateia com o fato de ‘dérbi’ signifi car chapéu-coco ou um tipo de sapato, mas acha estapafúrdio que designe uma partida de futebol; b) diz que se pode atribuir à palavra o sentido que se quiser; c) não consultou outros dicionários (ou não contou ao leitor o que eles dizem).
     Começo pelo final, que cobre as outras questões. Consultar outras fontes pode ser revelador. Vamos lá.
     O Houaiss informa que dérbi é um “jogo, partida ou competição esportiva de grande destaque (como o Derby de Epsom, na Inglaterra)”. Como se vê, ele não o restringe ao turfe; só menciona o evento ‘original’ entre parênteses.
     O Petit Larousse (traduzo) diz que é um “encontro esportivo entre equipes vizinhas” (como Ponte e Guarani, portanto). Segundo o Petit Robert, é um “encontro de futebol entre duas cidades vizinhas”.
     O McMillan anota: “um jogo entre dois times da mesma cidade” (nada de cavalos, como se vê) e o YOURDictionary repete a mesma informação (ou será o contrário?).
     Finalmente, o Diccionario de La Lengua Española (da Real Academia) informa que dérby é um “encontro, geralmente futebolístico, entre duas equipes cujos torcedores mantêm permanente rivalidade”. De novo, nada de cavalos. E prioriza claramente o futebol!
     Gostaria muito de conseguir entender outras coisas (que dérbi não significa só corridas de cavalos está mais do que claro; já entendi). Uma: por que será que dérbi significa chapéu-coco e um tipo de sapato com fivela para homens? Meu faro diz que eram peças usadas para ir aos dérbis.
    Pergunta: por que Ruy Castro teve a má sorte de só conhecer dicionários que, casualmente, não citam o sentido relativo a encontros futebolísticos?
     Outra pergunta: por que Ruy Castro estranha os sentidos analógicos (no caso, a extensão de uma disputa turfística para uma futebolística), que são uma das principais características das línguas humanas? Será que ele pensa, por exemplo, que uma pessoa doce vem coberta de açúcar?
    Finalmente, queria entender como Ruy Castro consegue não entender que, se todo mundo emprega ‘dérbi’ para falar de certos jogos de futebol e os dicionários que ele consultou não registram o fato, o problema deve ser dos dicionários.
(Ciência Hoje, 24/04/2015. Disponível em http://cienciahoje.uol.com.br/ colunas/palavreado/da-arte-de-citar, acesso em 02/09/2015. Adaptado.)

O título do artigo, “Da arte de citar”, sugere um texto que tratará:

Alternativas

ID
4063120
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão:


     É uma das recordações mais desagradáveis que me fi caram: sujeito magro, de olho duro, aspecto tenebroso. Não me lembro de o ter visto sorrir. A voz áspera, modos sacudidos, ranzinza, impertinente, Fernando era assim. E junto a isso qualquer coisa de frio, úmido, viscoso, que me dava a absurda impressão de uma lesma vertebrada e muito rápida. [...]
     Essas noções me chegavam lentas e incompletas. Novo ainda, eu não entendia certas coisas. Entretanto, aquele indivíduo me causava arrepios. Sempre foi demasiado grosseiro comigo, e isto me levou a aceitar sem exame os boatos que circulavam a respeito dele. Acostumei-me a julgálo um bicho perigoso. E lendo no dicionário encarnado, onde existiam bandeiras de todos os países e retratos de personagens vultosas, que Nero tinha sido o maior dos monstros, duvidei. Maior que Fernando? A afirmação do livro me embaraçava. Como seria possível medir por dentro as pessoas? E senti pena de Nero, que nunca me havia feito mal. Fernando me atormentava e era péssimo. Talvez não fosse o pior monstro da Terra, mas era safadíssimo. O rosto de caneco amassado, a fala dura e impertinente, os resmungos, o olho oblíquo e cheio de fel, um jeito impudente e desgostoso, um ronco asmático findo em sopro, tudo me dava a certeza de que Fernando encerrava muito veneno. Se aquele sopro, rumor de caldeira, se transformava em palavras, saíam dali brutalidades. O sujeito se tornou para mim um símbolo — e pendurei nele todas as misérias.
(RAMOS, Graciliano. Infância. Rio de Janeiro: Mediafashion, 2008. pp. 185-6.)

Infância, de Graciliano Ramos, é considerado um livro de memórias, ou seja, o narrador conta, literariamente, ao leitor as recordações de um período de sua vida. Sabendo disso, assinale a alternativa que apresente todas as afirmações corretas:


I. O texto pode ser considerado autobiográfico, o que pode ser verificado pelo uso de primeira pessoa do singular (“E senti pena de Nero”);
II. Há, no texto, a convivência de dois tempos o do enunciador, ou seja, o momento em que o narrador conta a história aos leitores, e o do enunciado, o tempo em que os acontecimentos narrados ocorreram;
III. A subjetividade do narrador impregna o texto a partir de imagens que simbolizam tal fato da infância: “qualquer coisa de frio, úmido, viscoso, que me dava a absurda impressão de uma lesma vertebrada e muito rápida”;
IV. A variedade de características negativas ligadas ao personagem descrito amplifica o sentimento que o narrador parece ainda guardar por Fernando.

Alternativas

ID
4063123
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão:


     É uma das recordações mais desagradáveis que me fi caram: sujeito magro, de olho duro, aspecto tenebroso. Não me lembro de o ter visto sorrir. A voz áspera, modos sacudidos, ranzinza, impertinente, Fernando era assim. E junto a isso qualquer coisa de frio, úmido, viscoso, que me dava a absurda impressão de uma lesma vertebrada e muito rápida. [...]
     Essas noções me chegavam lentas e incompletas. Novo ainda, eu não entendia certas coisas. Entretanto, aquele indivíduo me causava arrepios. Sempre foi demasiado grosseiro comigo, e isto me levou a aceitar sem exame os boatos que circulavam a respeito dele. Acostumei-me a julgálo um bicho perigoso. E lendo no dicionário encarnado, onde existiam bandeiras de todos os países e retratos de personagens vultosas, que Nero tinha sido o maior dos monstros, duvidei. Maior que Fernando? A afirmação do livro me embaraçava. Como seria possível medir por dentro as pessoas? E senti pena de Nero, que nunca me havia feito mal. Fernando me atormentava e era péssimo. Talvez não fosse o pior monstro da Terra, mas era safadíssimo. O rosto de caneco amassado, a fala dura e impertinente, os resmungos, o olho oblíquo e cheio de fel, um jeito impudente e desgostoso, um ronco asmático findo em sopro, tudo me dava a certeza de que Fernando encerrava muito veneno. Se aquele sopro, rumor de caldeira, se transformava em palavras, saíam dali brutalidades. O sujeito se tornou para mim um símbolo — e pendurei nele todas as misérias.
(RAMOS, Graciliano. Infância. Rio de Janeiro: Mediafashion, 2008. pp. 185-6.)

Em “lendo no dicionário encarnado”, o narrador se refere a um:

Alternativas

ID
4063126
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão:


     É uma das recordações mais desagradáveis que me fi caram: sujeito magro, de olho duro, aspecto tenebroso. Não me lembro de o ter visto sorrir. A voz áspera, modos sacudidos, ranzinza, impertinente, Fernando era assim. E junto a isso qualquer coisa de frio, úmido, viscoso, que me dava a absurda impressão de uma lesma vertebrada e muito rápida. [...]
     Essas noções me chegavam lentas e incompletas. Novo ainda, eu não entendia certas coisas. Entretanto, aquele indivíduo me causava arrepios. Sempre foi demasiado grosseiro comigo, e isto me levou a aceitar sem exame os boatos que circulavam a respeito dele. Acostumei-me a julgálo um bicho perigoso. E lendo no dicionário encarnado, onde existiam bandeiras de todos os países e retratos de personagens vultosas, que Nero tinha sido o maior dos monstros, duvidei. Maior que Fernando? A afirmação do livro me embaraçava. Como seria possível medir por dentro as pessoas? E senti pena de Nero, que nunca me havia feito mal. Fernando me atormentava e era péssimo. Talvez não fosse o pior monstro da Terra, mas era safadíssimo. O rosto de caneco amassado, a fala dura e impertinente, os resmungos, o olho oblíquo e cheio de fel, um jeito impudente e desgostoso, um ronco asmático findo em sopro, tudo me dava a certeza de que Fernando encerrava muito veneno. Se aquele sopro, rumor de caldeira, se transformava em palavras, saíam dali brutalidades. O sujeito se tornou para mim um símbolo — e pendurei nele todas as misérias.
(RAMOS, Graciliano. Infância. Rio de Janeiro: Mediafashion, 2008. pp. 185-6.)

Uma das características de uma narrativa de memória é a constante avaliação que o narrador realiza a partir das lembranças evocadas do passado. Tal característica se verifica em:

Alternativas

ID
4063129
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão:


Penetra surdamente no reino das palavras.

Lá estão os poemas que esperam ser escritos.

Estão paralisados, mas não há desespero,

há calma e frescura na superfície intata.

Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.

Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.

Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.

Espera que cada um se realize e consume

com seu poder de palavra

e seu poder de silêncio.

Não forces o poema a desprender-se do limbo.

Não colhas no chão o poema que se perdeu.

Não adules o poema. Aceita-o

como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada

no espaço.


Chega mais perto e contempla as palavras.

Cada uma

tem mil faces secretas sob a face neutra

e te pergunta, sem interesse pela resposta,

pobre ou terrível, que lhe deres:

Trouxeste a chave?

(DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. A rosa do povo (1945). Rio de Janeiro: Record, 2006. pp. 25-6 (fragmento)

Partindo de definições de dicionários, como o Aulete digital, estão, entre os sentidos de poética: “1. Arte de fazer poemas. 2. Ciência que estuda os recursos técnicos em poesia. 3. Obra didática sobre essa ciência”.
(http://www.aulete.com.br/po%C3%A9tica#ixzz3kkCsExUq).


Sob a perspectiva dessas definições, o poema de Drummond:

Alternativas

ID
4063132
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para a questão:


Penetra surdamente no reino das palavras.

Lá estão os poemas que esperam ser escritos.

Estão paralisados, mas não há desespero,

há calma e frescura na superfície intata.

Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.

Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.

Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.

Espera que cada um se realize e consume

com seu poder de palavra

e seu poder de silêncio.

Não forces o poema a desprender-se do limbo.

Não colhas no chão o poema que se perdeu.

Não adules o poema. Aceita-o

como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada

no espaço.


Chega mais perto e contempla as palavras.

Cada uma

tem mil faces secretas sob a face neutra

e te pergunta, sem interesse pela resposta,

pobre ou terrível, que lhe deres:

Trouxeste a chave?

(DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. A rosa do povo (1945). Rio de Janeiro: Record, 2006. pp. 25-6 (fragmento)

NÃO corresponde à ideia de poemas em “estado de dicionário”:

Alternativas

ID
4063144
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Um banco cobra uma taxa de juros de 10% ao mês no cheque especial. Essa taxa implica que o valor de uma dívida contraída dobra em 8 meses. Suponha que a poupança ofereça uma rentabilidade de 0,7% ao mês (taxa muito próxima da atual taxa praticada). O tempo necessário para um capital investido na poupança também dobrar de valor é de, aproximadamente:


(Dados: log10(2) = 0,30 e log10(1007) = 3,003)

Alternativas

ID
4063150
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um tanque tem capacidade de 10.000 m³ e está completamente cheio de água, quando lhe é adicionado 1 kg de cloro. Rapidamente, todos os pontos do tanque apresentam a mesma concentração do soluto. A água (sem cloro) continua a ser depositada no tanque com uma vazão constante e o excesso de água é eliminado por meio de um ladrão, de forma que o tanque permaneça sempre cheio. Após uma hora, verifica-se que ainda há 900 g de cloro no tanque. A quantidade de cloro que restará no tanque 4 horas após sua adição é mais próxima de:

Alternativas

ID
4063159
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A herança de R$ 400.000,00 deixada por um matemático deve ser dividida entre João, José, Maria e Beatriz (netos e únicos herdeiros) da seguinte maneira: a quantia inicial deve ser repartida na proporção de 5:3 entre as mulheres e os homens, respectivamente. Em seguida, os valores devem ser divididos na proporção de 6:4 entre Maria e Beatriz, e na proporção de 7:3 entre João e José, sempre respectivamente. Nessas condições, qual será o valor recebido por Beatriz, após a divisão da herança?

Alternativas

ID
4063162
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Durante suas férias, Paulo pretende visitar três parques, localizados em Milão, Turim e Gênova. Comprando 3 ingressos para o parque de Milão, 2 para o de Turim e 1 para o de Gênova, gastará 200 euros; comprando 1 ingresso para o parque de Milão, 3 para o de Turim e 2 para o de Gênova gastará 260 euros e comprando 3 ingressos para o parque de Milão, 1 para o de Turim e 2 para o de Gênova, gastará 220 euros. Nessas condições, qual o valor do ingresso para o parque de Milão?

Alternativas

ID
4063165
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Na pizzaria “Bela Itália”, todas as pizzas possuem o mesmo tamanho (20 cm de raio) e são vendidas a preço único de R$ 60,00. O proprietário da pizzaria, com o objetivo de aumentar seu lucro, diminuiu o raio das pizzas em 1 cm, mantendo o preço inalterado. Sabendo-se que o custo médio de produção de cada pizza é de 2 centavos/cm², e adotando-se π = 3, pode-se afirmar que essa alteração elevou o lucro de cada unidade vendida em:

Alternativas

ID
4063174
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Carlos, pretendendo financiar um apartamento, fez uma simulação e obteve a seguinte condição: o valor total deveria ser pago em 200 parcelas mensais decrescentes, sendo a primeira igual R$ 1.295,00, e a última igual a R$ 300,00, com valores diminuindo R$ 5,00 a cada mês. Do valor de cada parcela, apenas R$ 300,00 seriam utilizados para amortização de sua dívida, enquanto todo o restante seria para pagamento de juros ao banco. Assinale a alternativa que apresenta a quantidade total de juros que Carlos pagaria ao banco, se optasse por esse financiamento:

Alternativas

ID
4063177
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em um grupo de 2000 pessoas, 40% são homens e 60% são mulheres. Dos homens, 30% são solteiros e 70% são casados. Das mulheres, 40% são solteiras e 60% são casadas. Dos homens casados, apenas 30% possuem filhos e das mulheres casadas, apenas 60% possuem filhos. Sabendo-se que as pessoas desse grupo não são casadas umas com as outras e não possuem filhos em comum, pode-se afirmar que, nesse grupo, a quantidade de homens que são casados e possuem filhos somada à quantidade de mulheres que também são casadas e possuem filhos é igual a:

Alternativas

ID
4063180
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia os excertos a seguir:


O Departamento de Estado norte-americano anunciou no dia 29 de maio de 2015 que Cuba foi formalmente retirada da lista dos países que contribuem com o terrorismo. [...] A retirada de Cuba da lista era uma reivindicação do governo cubano para o pleno restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. O processo de reaproximação foi iniciado no ano passado de maneira secreta, mas em dezembro, os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciaram o início do diálogo para o pleno restabelecimento, após quase 50 anos de rompimento.
(FELIPE, Leandra. EUA retiram Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo. Matéria publicada em 01 de junho de 2015. Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/atualidades/eua-retiram-cuba-lista-patrocinadores-terrorismo-872261.shtml. Acesso em: 10 ago. 2015, às 17h30.)


Na estimativa do governo cubano, mais de meio século de embargo provocaram a perda de aproximadamente US$ 1,1 trilhão. Agora, precisando de mais investimentos para o país, o que antes era renegado (aproximar-se dos EUA) pareceu ser a melhor saída. Para ambos. Além de ampliar o mercado norte-americano, a decisão do governo Obama melhora a percepção externa dos EUA na América Latina, ganha a simpatia de cubanos exilados e com poder decisivo de voto no Estado da Flórida e pode conquistar o eleitorado latino para o candidato democrata na disputa presidencial de 2016.
(MARTINS, Andréia. Sucessão e Venezuela: O que eles tem a ver com a reaproximação de EUA e Cuba? Publicado em 06 mar. 2015. Disponível em: http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/sucessao-e-venezuela-o-que-eles-tem-a-ver-com-a-reaproximacao-de-eua-e-cuba.htm. Acesso em: 19 ago. 2015, às 17h00.)


Tomando por base os fragmentos e o contexto das atuais relações entre EUA e Cuba, julgue as afirmativas:


I. A reaproximação entre os dois países seria benéfica para ambos os lados do ponto de vista econômico: para Cuba seria, uma forma de atrair novos investimentos e, para os EUA, uma possibilidade de ampliar seus mercados.
II. Politicamente, a reaproximação seria benéfica para ambos os países: para Cuba a retirada da lista de países financiadores do terrorismo melhoraria sua imagem internacionalmente e, para os EUA, ajudaria a aumentar seu prestígio junto a países da América Latina, além de atrair a atenção de cubanos exilados em seu território.
III. A crise na Venezuela, país que apoia Cuba, e a retração da economia dos EUA, podem ser entendidas como fatores para a reaproximação entre os dois países, que se beneficiariam com a retomada das relações.


Está (ão) correta (s):

Alternativas

ID
4063183
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia o fragmento para responder à questão:


No início do período republicano no Brasil a criança respondia por crime a partir dos 9 anos de idade, mas até os 14 era julgada conforme sua capacidade de discernimento, que era avaliada por um juiz. Entre os 14 e 21 anos, a pena era mais branda do que as definidas para os adultos. Em 1921, a imputabilidade (a possibilidade de ser responsabilizado por um ato) passou a ser possível a partir dos 14 anos, e a capacidade de discernimento deixou de ser fator considerado. Até os 18 anos, o menor infrator era submetido a um processo e a medidas punitivas diferenciadas. Foi só em 1990, com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que a ênfase mudou. O ECA, que completou 25 anos em 2015, estabelece os direitos dos jovens até 18 anos no Brasil. O jovem brasileiro continua tendo responsabilidade penal a partir dos 12 anos – ou seja, ele é responsabilizado e punido por seus atos a partir desta idade, mas julgado sob parâmetros da justiça juvenil.

(Jovens infratores na mira da polêmica. In___Revista Guia do Estudante – Atualidades, 2º semestre de 2015. SP: Abril, 2015, p. 147-148.)


De acordo com as informações, e tomando por base as atuais discussões sobre a redução da maioridade penal, assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
4063207
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia os trechos abaixo:


Texto 1:


“[...] a repartição desigual, tanto quantitativa como qualitativa, do trabalho e dos seus produtos, e portanto a propriedade, [17] a qual já tem o seu embrião, a sua primeira forma, na família, onde a mulher e os fi lhos são os escravos do homem. A escravatura latente na família, se bem que ainda muito rudimentar, é a primeira propriedade [...]”
(Karl Marx e Friedrich Engels. A Ideologia Alemã “Feuerbach. Oposição das Concepções Materialista e Idealista - 4. A divisão social do trabalho e as suas consequências: a propriedade privada, o Estado, a “alienação” da actividade social”)


Texto 2:


“Ao longo da história, esta divisão de papéis serviu de fundamento para a dominação das mulheres pelos homens. No Brasil, a mulher casada foi considerada relativamente incapaz até 1962 e não podia sequer exercer profissão sem autorização do marido (art. 242, VII, do Código Civil de 1916) [...]
A inferioridade jurídica da mulher perante a lei civil até o advento da Constituição de 1988 refl etia também na conivência dos juízes criminais [...] A tese da ‘legítima defesa da honra’ absolveu uma infi nidade de maridos acusados de matar suas esposas por adultério [...] o marido não podia ser punido pelo estupro da esposa, já que agia no exercício regular de direito [...]
A exposição de motivos da parte geral do Código Penal vigente, datada de 1984, recomenda que o comportamento da vítima seja levado em conta para reduzir a pena, citando como exemplo o ‘pouco recato da vítima nos crimes contra os costumes’ por ‘constituir-se em provocação ou estímulo à conduta criminosa’.”
(http://www.revistaforum.com.br/blog/2012/02/desvelar-o-machismo/)


Texto 3:


Feminicídio
VI - contra a mulher por razões de gênero: ...............................................................................................................................................
§ 2o-A. Considera-se que há razões de gênero quando o crime envolve
I. violência doméstica e familiar;
II. menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
(http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra? codteor=1294611&fi lename=PL+8305/2014


A Constituição brasileira, atualmente, possui leis que visam a proteção à integridade da mulher, dentre elas, as Leis Maria da Penha - de 2006 -, e a Lei do feminicídio - de 2014. A partir de conhecimentos prévios e da interpretação dos textos acima, julgue as afirmativas abaixo:


l. Leis como “Lei Maria da Penha” e “Lei do Feminicídio” contradizem o Movimento Feminista, que luta por igualdade de direitos, visto que, leis como estas configuram privilégio para as mulheres.
ll. Relacionando o texto 2 com as Leis Maria da Penha e do Feminicídio, é possível inferir que o machismo foi superado na sociedade e legislação brasileiras. Antigamente, leis oprimiam as mulheres, em oposição à atualidade, com leis que as privilegiam em detrimento dos homens.
lll. Pode-se afirmar que o pensamento exposto no útimo parágrafo do texto 2 – culpabilização da vítima - e a teoria exposta no excerto 1 – subserviência da mulher dentro da família - , mesmo que antigos, ainda fazem-se presentes na atualidade, pois configuram um sistema arraigado na sociedade brasileira.


Está (ão) correta (s):

Alternativas

ID
4063210
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere a citação a seguir, atribuída ao estilista Yves Saint Laurent (1936 - 2008), para responder à questão.


It pains me physically to see a woman victimized, rendered pathetic, by fashion.

Yves Saint Laurent



Indique a alternativa que mais bem traduza a ideia da citação de Saint Laurent:

Alternativas

ID
4063213
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere a introdução de uma crítica a filmes de animação para responder à questão.


Agitating With Animation

     No one, post-Charlie Hebdo, can doubt a cartoon’s capacity to change the world - R. Crumb’s breezy remonstrance “It’s only lines on paper, folks!” notwithstanding. Animated cartoons are generally more circumspect than static drawings, but some have been agitators as well. [...]

(www.nytimes.com - acesso em 19/08/2015)

Segundo o texto:

Alternativas

ID
4063216
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere a introdução de uma crítica a filmes de animação para responder à questão.


Agitating With Animation

     No one, post-Charlie Hebdo, can doubt a cartoon’s capacity to change the world - R. Crumb’s breezy remonstrance “It’s only lines on paper, folks!” notwithstanding. Animated cartoons are generally more circumspect than static drawings, but some have been agitators as well. [...]

(www.nytimes.com - acesso em 19/08/2015)

De acordo com o texto, em relação aos desenhos estáticos, desenhos animados:

Alternativas

ID
4063219
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere a introdução de uma crítica a filmes de animação para responder à questão.


Agitating With Animation

     No one, post-Charlie Hebdo, can doubt a cartoon’s capacity to change the world - R. Crumb’s breezy remonstrance “It’s only lines on paper, folks!” notwithstanding. Animated cartoons are generally more circumspect than static drawings, but some have been agitators as well. [...]

(www.nytimes.com - acesso em 19/08/2015)

O trecho R. Crumb’s breezy remonstrance “It’s only lines on paper, folks!” notwithstanding. poderia ser substituído, com mínima perda de sentido, por:

Alternativas

ID
4063222
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere o texto a seguir para responder à questão.


How governments should help those on the dole


    “Active labour market programmes” are schemes meant to help people to fi nd work. They grew out of the American public works programmes of the 1930s, where the government spent billions of dollars busying its citizens with building schools, hospitals and bridges. Today programmes also take the form of training, subsidised private work, or help with fi nding a job. But alongside these programmes, some worry that overly generous welfare benefi ts make people lazy. They say that threats to cut people’s benefi ts if they do not join such programmes could also boost employment, by prodding people off the sofa and into work.
(Adaptado de www.economist.com - acesso em 23/08/2015)

O que eram os public works programmes of the 1930s?

Alternativas

ID
4063225
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere o texto a seguir para responder à questão.


How governments should help those on the dole


    “Active labour market programmes” are schemes meant to help people to fi nd work. They grew out of the American public works programmes of the 1930s, where the government spent billions of dollars busying its citizens with building schools, hospitals and bridges. Today programmes also take the form of training, subsidised private work, or help with fi nding a job. But alongside these programmes, some worry that overly generous welfare benefi ts make people lazy. They say that threats to cut people’s benefi ts if they do not join such programmes could also boost employment, by prodding people off the sofa and into work.
(Adaptado de www.economist.com - acesso em 23/08/2015)

Segundo o texto:

Alternativas

ID
4063228
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

O texto a seguir descreve uma “ghost town”. Considere-o para responder à questão.


    In 1879, Bodie was a bustling gold-mining town and home to 8,500 residents known for gunfi ghting and brawling. Within a decade, the mines had been largely depleted and the population had begun a steady decline that ended in total abandonment. The 150 remaining buildings are much as their residents left them.
(www.nationalgeographic.com - acesso em 18/08/2015)

Indique a alternativa que apresenta uma afi rmação correta sobre Bodie:

Alternativas

ID
4063231
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

O texto a seguir descreve uma “ghost town”. Considere-o para responder à questão.


    In 1879, Bodie was a bustling gold-mining town and home to 8,500 residents known for gunfi ghting and brawling. Within a decade, the mines had been largely depleted and the population had begun a steady decline that ended in total abandonment. The 150 remaining buildings are much as their residents left them.
(www.nationalgeographic.com - acesso em 18/08/2015)

Indique a alternativa que apresenta a referência de their e them, respectivamente, no trecho The 150 remaining buildings are much as their residents left them:

Alternativas

ID
4063240
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia os excertos para responder a questão:


APARTHEID – Política de segregação racial mantida pelo governo da África do Sul de 1948 a 1994, com vantagens para a minoria branca dominante. Foi extinta com a eleição de Nelson Mandela para a presidência da República. Conforme o professor Hélio Santos (em Raça Brasil, nº 93, dezembro, 2005), o fato de o apartheid na África do Sul ter sido tão explícito tornou-o um grande incômodo para o país, que acabou por aboli-lo; já no Brasil, por não ser oficial nem evidente, a separação entre brancos e negros representa uma grande força, difícil de ser eliminada.
(LOPES, Nei. Dicionário Escolar Afro-Brasileiro. SP: Selo Negro, 2015, p. 23.)


Os negros africanos, importados para o Brasil desde os primeiros tempos do descobrimento, sempre se mostraram dignos de consideração, pelos seus sentimentos afetivos, resignação estoica, coragem, laboriosidade. Devemos-lhes imensa gratidão. [...] Sacrificaram-se, entretanto, aos seus senhores, nem sempre benévolos, mas, em todo caso, menos bárbaros que os de outros países, especialmente os dos Estados Unidos. As negras eram geralmente as amas-de-leite dos filhos dos brancos [...]. Nas nossas guerras, os negros bateram-se como heróis. Contribuíram tantos serviços para que no Brasil jamais houvesse preconceito de cor.
(CELSO, Affonso. Porque me ufano do meu país. Texto original de 1900. RJ: Expressão e Cultura, 2001, 103-104.)


Tomando por base os fragmentos e os contextos por eles retratados, analise os itens:


I. Na África do Sul, que adotou a segregação racial de forma oficial, a abolição da separação entre brancos e negros foi possível graças às pressões internas e externas.
II. Apesar da existência da escravidão negra no Brasil, ao contrário da África do Sul e dos Estados Unidos, não houve diferenciação, ao longo da história do país, entre brancos e negros.
III. Os textos se contradizem, uma vez que o primeiro aponta para as diferenciações entre brancos e negros, ainda presentes no Brasil, e o segundo tenta demonstrar que não houve preconceito de cor no país, apesar da escravidão.


Está (ão) correto (s):

Alternativas

ID
4063243
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia atentamente o fragmento:


A primeira vez que [Solano López, futuro presidente paraguaio] foi recebido por D. Pedro II em audiência era véspera de natal, 24 de dezembro de 1854, e o encontro foi registrado pelo Jornal do Commercio no dia seguinte. E apenas isso. O que conversaram permaneceu em segredo. Isabel tinha então apenas 8 anos de idade, e Leopoldina, 7. Não creio que seu pai pensasse em casamento naquela ocasião. Afinal, Solano era apenas dois anos mais moço do que o imperador, então com 29 anos. Já um tio de Solano, Manuel Pedro de Peña, em carta dirigida a seu sobrinho, em janeiro de 1865, escreveu: “Corre a notícia de que a principal causa de sua guerra contra o império do Brasil é porque tentaste se casar com a princesa e ela nem soube e nem se lembrou de ti para nada e se casou com quem quis e tu ficaste com teu desejo”. [...] Foi pelos jornais que Solano López tomou conhecimento do casamento das duas princesas brasileiras, ocorridos em outubro de 1864. A guerra foi declarada em dezembro do mesmo ano.
(ECHEVERRIA, Regina. A História da Princesa Isabel. RJ: Versal, 2014, p. 92-93.)


Entre 1864 e 1870, o Brasil esteve envolvido na Guerra do Paraguai, conflito do qual participaram, ainda, Argentina, Uruguai e o próprio Paraguai. De acordo com o conceito defendido pela autora do texto, e analisando o contexto em que o conflito ocorreu, o presidente Solano López:

Alternativas

ID
4063246
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Atente para os fragmentos:


Foi em plena ditadura do Estado Novo (1937-1945), no governo Getúlio Vargas, que o Brasil assistiu à criação da chamada lei da vadiagem. Num país com históricos problemas de falta de trabalho, especialmente para a população de renda baixa e pouca escolaridade, a legislação previa a punição por ociosidade de uma pessoa apta a trabalhar. [...] A pessoa classificada como “vadia” poderia ser levada à prisão simples, com pena de 15 dias até três meses. Na época da criação da lei, existiam a chamada Delegacia da Vadiagem e a figura do Delegado de Costumes e Diversões, encarregados de reprimir também os contraventores do jogo do bicho.
(VILLELA, Gustavo. Lei de 1941 considera ociosidade crime e pune ‘vadiagem’ com prisão de 3 meses. Disponível em:http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/ lei-de-1941-considera-ociosidade-crime-pune-vadiagem-com-prisao-de-3-meses-14738298. Acesso em: 10 ago. 2015, às 15h00.)



Pai Francisco
(Cantiga de Roda – Domínio Público)
Pai Francisco entrou na roda
Tocando seu violão
Balalan ban ban ban ban balalan ban ban
Vem de lá seu delegado
E Pai Francisco foi pra prisão
Como ele vem todo requebrado
Parece um boneco desengonçado.
(Letra disponível em: http://letras.mus.br/temas-infantis/1054029/. Acesso em: 10 ago. 2015, às 15h30.)


O Bonde São Januário
(Ataulfo Alves e Wilson Batista)
Quem trabalha é quem tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
O Bonde São Januário leva mais um operário
Sou eu que vou trabalhar
Antigamente eu não tinha juízo
Mas resolvi garantir meu futuro
Vejam vocês: Sou feliz
Vivo muito bem
A boemia não dá camisa a ninguém
É, vivo bem.
(Letra disponível em: http://letras.mus.br/wilson-batista/259906/. Acesso em: 10 ago. 2015, às 15h40.)


A canção O Bonde São Januário foi escrita em 1940 e trazia em sua letra original o verso “O Bonde São Januário leva mais um sócio otário, só eu não vou trabalhar”, mas a censura do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) obrigou a mudança para a forma como aparece acima. Tomando por base o contexto do Estado Novo, relacione sua letra com a cantiga de roda e com o texto sobre a Lei da Vadiagem e julgue as afirmativas:


I. A cantiga de roda pode ser interpretada como um estímulo às crianças para não praticarem a vadiagem, representada pelo personagem Pai Francisco, que é punido pelo delegado por estar “tocando seu violão” ao invés de estar trabalhando.
II. Ao mudarem o verso da canção O Bonde São Januário, os autores acabaram contribuindo para a exaltação ao trabalho, necessária ao projeto político de Getúlio Vargas.
III. A Lei da Vadiagem teve como função principal estimular o trabalho e, ao mesmo tempo, inibir a produção artística, cuja função principal era de criticar o governo, tendo, por isto, sido proibida em qualquer forma.


Está (ão) correta (s):

Alternativas

ID
4063249
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia os fragmentos para responder a questão:


Country Os Brancos
(Língua de Trapo)
[...]
Fui dando tiro a torto e a direito
Matei uns dez indígenas medonho
Casei com um muierão de sete parmo
Despois mais carmo vi que tudo era um sonho
Eu nunca fui caubói no Arizona
Tô no Amazonas faz uns quatro mêsou mais
Não devo nada pros caubói que tem no Texas
Pois ando armado a serviço da Funai
(Letra disponível em: http://letras.mus.br/lingua-de-trapo/398302/. Acesso em: 18 ago. 2015, às 16h00.)



O Ministério Público Federal (MPF) [...] aproveita o Dia do Índio (19 de abril) para intensificar uma discussão muito importante: a garantia das terras que tradicionalmente ocupam. [...] Um dos principais problemas que tornam lenta a regularização das terras indígenas é o fato de a terra ser, historicamente, uma fonte de poder econômico, político e social. [...] Em geral, quanto às dificuldades para regularização, ou as terras já ocupadas por índios são alvo do interesse de terceiros (latifundiários, extrativistas, mineradores, responsáveis por grandes empreendimentos – como a construção de hidrelétricas –, etc.), ou aquelas reivindicadas pelos índios já estão em posse de não índios.
(Entenda as dificuldades do processo de regularização de terras indígenas. Disponível em: http://www.prpr.mpf.mp.br/news/especial-demarcacao-entenda-as-dificuldades-do-processo-de-regularizacao-de-terras-indigenas. Acesso em: 18 ago. 2015, às 16h30.)


Em 1967 o SPI (Serviço de Proteção ao Índio), criado em 1910, foi substituído pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio). Os órgãos foram criados com o objetivo de garantir os direitos dos povos indígenas, mas algumas questões, como a regularização de suas terras, continuam sem solução. Tomando por base a relação entre os excertos, julgue as afirmativas:


I. A dificuldade de demarcação das terras indígenas esbarra em interesses econômicos e a FUNAI, que deveria lutar pelos interesses dos índios, acaba agindo, de acordo com a letra da canção, como os “cowboys americanos”.
II. Apesar das dificuldades em demarcar as terras indígenas, a FUNAI continua a luta pela sua realização, esbarrando nos interesses econômicos envolvidos e agindo com justiça, como os “cowboys americanos” citados na canção.
III. A ineficiência do SPI levou à sua substituição pela FUNAI que, desde sua criação, não tem medido esforços para a demarcação das terras indígenas e, ao contrário dos Estados Unidos, tem garantido a qualidade de vida dos índios.


Está (ão) correta (s):

Alternativas

ID
4063252
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia os excertos a seguir:


O Palácio de Versalhes é um castelo real localizado na cidade de Versalhes [distante cerca de 22 quilômetros do centro de Paris]. Desde 1682 até 1789, ano em que teve início a Revolução Francesa, foi o centro do poder do Antigo Regime na França. Sua localização deve-se ao fato da procura de um local afastado dos grandes centros, devido ao grande tumulto de gente e doenças nesses locais. [...] Considerado o maior palácio da época e um dos maiores atualmente, o Palácio de Versalhes possui uma ampla extensão que ocupa mais de 100 hectares, possuindo 700 quartos, 352 chaminés, 1250 lareiras, 67 escadas, 2153 janelas e um parque de 700 hectares.
(História do Palácio de Versalhes. Disponível em: http://espacodahistoriasempre.blogspot.com.br/ p/historia-do-palacio-de-versalhes.html. Acesso em: 18 ago. 2015, às 17h00.)



O que muitos se perguntam é porque tendo o Rio de Janeiro como capital federal, optou-se por transferir o centro das decisões para um lugar no meio do nada (pelo menos naquela época). Até a decisão de Juscelino, a localização da nova capital federal era uma incógnita. Só o que se sabia era que ela precisaria ser erguida em um local geograficamente estratégico e protegida de possíveis invasões - segurança que, à época, a cidade do Rio não oferecia.
(Como foi escolhida a localização de Brasília? Disponível em: http://pessoas.hsw.uol.com.br/brasilia.htm. Acesso em: 18 ago. 2015, às 17h30.)



Da leitura dos fragmentos infere-se que:

Alternativas

ID
4063255
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia os fragmentos abaixo:


O que muitos cristãos parecem procurar é o martírio. Muitos governadores de províncias, quando recebem cristãos, fornecem a eles todas as oportunidades para se conformarem com os mais básicos requisitos do Estado – uma oferenda de incenso para o gênio do imperador, por exemplo – mas muitas vezes têm sido repelidos com repetidas manifestações de fé. Os governadores relutam, mas no final são obrigados a expor esses fanáticos às feras e ao martírio. Talvez seja isso o que torna a religião cristã tão atraente para alguns. Acima de tudo, eles seguem os preceitos de um fazedor de milagres que foi, ele próprio, crucificado como um criminoso.
(LAURENCE, Ray. Guia do Viajante Pelo Mundo Antigo – Roma no ano 300 d.C. SP: Ciranda Cultural, 2008, p. 31.)


Os cristãos mataram muçulmanos nas Cruzadas. Os cristãos mataram judeus em muitos massacres. Enquanto isso, outra dimensão foi adicionada: os cristãos começaram a matar companheiros cristãos acusados de “hereges”. [...] Em Alexandria, em 415, a grande cientista Hypatia, chefe da Biblioteca de Alexandria, foi espancada até a morte pelos monges e outros seguidores de São Cirilo, que viam a ciência dela muito como a Igreja, mais tarde, veria a de Galileu.
(HAUGHT, James A. Perseguições Religiosas – Uma história do fanatismo e dos crimes religiosos. RJ: Ediouro, 2003, p. 53.)


A relação entre os excertos pode ser encontrada em:

Alternativas

ID
4063258
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia os excertos para responder a questão:


Beatriz
(Chico Buarque de Holanda e Edu Lobo - 1982)
Olha
[...]
Será que é pintura
O rosto da Atriz?
Se ela dança no Sétimo Céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
[...]
Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
[...]
Será que é uma estrela?
Será que é mentira?
Será que é Comédia?
Será que é Divina?
A vida da Atriz?
(Letra disponível em: http://letras.mus.br/chico-buarque/45115/. Acesso em: 10 ago. 2015, às 17h00.)


Havia eu volvido os olhos para o rosto da minha dama [Beatriz Portinari, condutora, ao lado do poeta romano Virgílio, de Dante pelo Inferno, Purgatório e Paraíso] e os olhos e a mente tinha embebidos na sua contemplação, de nada mais cuidando. Ela não sorria e disse: “Se eu sorrisse, aconteceria contigo o mesmo que a Sêmele quando em cinzas se tornou, pois a minha formosura, conforme pudeste verificar, aumenta à proporção que subimos os degraus desta eterna escada”. [...] Eis que subimos ao Sétimo Céu [...]. Agora faz com que tua mente acompanhe os olhos e que estes reflitam a figura de divinal virtude que verás neste céu a espelhar com justiça forma celestial.
(ALIGHIERI, Dante. A Divina Comédia. Paraíso – Canto XXI. SP: Abril, 1981, p. 293.)

Em várias religiões, como judaísmo, islamismo, algumas seitas cristãs e hinduísmo, o Sétimo Céu é definido como sendo o “mais alto dos céus”, o paraíso, onde nada existe que não seja bom e belo. O Sétimo Céu, para os muçulmanos, por exemplo, é o local para onde os bem-aventurados vão após a morte. Para algumas mitologias cristãs, o Terceiro Céu, equivalente ao Sétimo Céu de várias outras culturas, seria o local de morada do Altíssimo e dos bem-aventurados, o que estão em um estado de contemplação beatífica.


Tomando por base o conteúdo expresso pelos fragmentos, julgue os itens:

I. A clara referência à Divina Comédia presente na canção, demonstra a longevidade e a atemporalidade das obras clássicas, que continuam a influenciar a arte contemporânea.
II. As duas obras procuram demonstrar que os contemplativos e os artistas, bem como tudo que é belo, estão no Sétimo Céu, identificado como o Paraíso em várias culturas religiosas.
III. Apesar do Sétimo Céu aparecer nas duas obras citadas, não é possível encontrar referências que nos permitam identificar qualquer influência de uma sobre a outra.


Está (ão) correto (s):

Alternativas

ID
4063261
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O califa al-Mamun, da dinastia Abássida, governou o império muçulmano entre 813 e 833. Em seu governo, foi criada a Casa da Sabedoria, que se tornou um dos maiores centros científicos e intelectuais de todos os tempos. Reuniu escribas, religiosos, astrônomos, médicos, filósofos, matemáticos, químicos, geógrafos, cartógrafos, zoólogos e um grande número de tradutores, os melhores de sua época, para preservar os textos da antiguidade, notadamente os gregos. O texto abaixo refere-se a uma medida por ele tomada:

Um homem incrível, esse al-Mamun. Um califa racionalista! Adepto apaixonado de Aristóteles, odiava os integristas, que perseguiu ao longo de todo o seu reinado. Ele foi a alma da Casa da Sabedoria. Tendo suas tropas vencido as forças bizantinas, al-Manun propôs uma surpreendente troca ao imperador do Oriente: prisioneiros por livros! O acordo foi fechado: um milhar de guerreiros cristãos, libertados pelos árabes, voltaram para Constantinopla, enquanto no sentido inverso uma dezena de obras raríssimas, florão das bibliotecas bizantinas, chegava a Bagdá, recebidas com exaltação na Casa da Sabedoria.
(GUEDJ, Denis. O Teorema do Papagaio. SP: Cia. Das Letras. 2001, p. 212.)


Tomando por base a comparação das ações do Califa com as características culturais e religiosas na Europa Medieval, julgue as afirmativas.


I. Da mesma forma que o califa, durante o medievo europeu houve um grande esforço por parte do catolicismo para a preservação da cultura antiga, principalmente a grega.
II. O racionalismo, herança da cultura grega, foi responsável, tanto no Oriente como no Ocidente, pela separação entre religião e poder político, promovendo o início da laicização do Estado, concretizada apenas com a Revolução Francesa.
III. Ao contrário dos esforços do califa para preservá-la, no Ocidente Medieval, boa parte da produção cultural antiga foi destruída por contrariar os preceitos religiosos vigentes à época.


Está (ão) correta (s):

Alternativas

ID
4063285
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

Nem toda mancha verde na parede de um banheiro é mofo. Em banheiros com tubulação ou peças de cobre é comum o surgimento de um sólido verde chamado azinhavre, de difícil remoção. Conhecido popularmente como ferrugem do cobre, o azinhavre, de fórmula CuCO3. Cu(OH)2 , surge da oxidação do cobre e pode escorrer e impregnar nas paredes. Para sua remoção, uma dica frequente é esfregar a superfície com vinagre branco, uma solução de ácido etanoico. Esse procedimento é eficaz porque nele o hidrogênio ionizável do ácido etanoico substitui o cobre do zinabre numa reação de dupla troca originando:

Alternativas

ID
4063288
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

Lança-perfume ‘turbinado’ é vendido livremente
na frente de baladas em São Paulo


“A forma como o lança-perfume “turbinado” vem sendo consumido, jogado diretamente na boca – e não inalado, como o produto tradicional – pode causar a morte em poucos segundos, alertam médicos especialistas em dependência química...”
(Diego Zanchetta, em O Estado de São Paulo, abril de 2015. Disponível em: http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,lanca-perfumeturbinado-e-vendido-livremente-na-frente-de-baladas-em-sao-paulo,1672343. Acessado em 23/08/2015).


O lança perfume é um mistura de solventes inalantes prejudiciais à saúde. Sua formulação mais recente, chamada de “turbinada” pelos trafi cantes, contém haletos orgânicos voláteis de uso industrial. Estes novos componentes são utilizados, por exemplo, na remoção de adesivos e como anti-respingo de solda e já provocaram a morte de vários usuários este ano. A fórmula de um composto utilizado na fabricação do lança-perfume “turbinado” é apresentada em:

Alternativas

ID
4063300
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Leia a notícia abaixo:


Moradores de Tianjin se queixam de
ardência na pele após primeiras chuvas


Chineses temem que precipitações espalhem restos químicos; autoridades pediram que população se afaste da área


PEQUIM - Alguns moradores de áreas próximas ao terminal de contêineres que armazenava produtos químicos, onde ocorreram duas explosões na semana passada, se queixaram nesta quarta-feira, 19, de ardência na pele após as primeiras chuvas registradas na região do porto de Tianjin, na China.
[...] Até o momento, as autoridades ambientais de Tianjin garantiram que os níveis de contaminação no ar e na água se mantêm em patamares “seguros”.
No entanto, o medo em relação à nocividade dos produtos químicos continua. O cianureto pode reagir ao contato com água e produzir cianureto de hidrogênio (acido cianídrico), extremamente prejudicial à saúde humana.
(http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,moradores-de-tianjin-sequeixam-de-ardencia-na-pele-apos-primeiras-chuvas,1746899


De acordo com as informações expostas e com seus conhecimentos prévios, o temor da população de áreas próximas ao Porto de Tianjin:

Alternativas
Comentários
  • Cianeto , que possui ligações covalentes insaturadas impacta diretamente na corrente sanguínea afetando o funcionamento da hemoglobina que transporta oxigenio , este sendo aceptor de elétrons que inibe a cadeia respiratória nas mitocôndrias (E).


ID
4063303
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Leia o texto abaixo sobre a Dengue:


ATENÇÃO:


Devido às altas temperaturas dessa época do ano, o ciclo do mosquito – que em temperaturas amenas demora 30 dias – pode ser reduzido para 12 dias. Isso significa um aumento direto na população do vetor.

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti infectado. A picada do pernilongo acontece pelas fêmeas, que precisam de sangue para produzir ovos. O mosquito deposita os ovos em locais de água limpa parada, principalmente em zonas urbanas. Os sintomas mais comuns da doença são febre alta com dor de cabeça, dor atrás dos olhos, no corpo e nas juntas.

Atualmente, um dos métodos de prevenção é o controle da proliferação do transmissor através de cuidados básicos para evitar potenciais criadouros do mosquito.

(http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/ atualidades/brasil-tem-novo-surto-de-dengue-sp-concentra-a-maioria-dos-casos- -brasil-tem-novo-surto-de-dengue-sp-concentra-a-maioria-dos-casos.htm)


Além das altas temperaturas, podemos afirmar que, no Estado de São Paulo e principalmente na capital, o surto de dengue foi agravado devido:

Alternativas

ID
4063306
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

O fígado é um órgão ligado a inúmeras funções do organismo, entre as quais, destaca-se a síntese de albumina – substância de grande importância para a manutenção de água na circulação, a chamada “propriedade osmótica ou oncótica.


Diante da diminuição da produção de albumina, a água “escapa” das veias e extravasa para os tecidos abaixo da pele, ocasionando inchaço, edemas nas pernas e “barriga d’água” (ascite).


O processo supracitado ocorre, pois esta proteína:

Alternativas
Comentários
  • a pressão osmótica no meio mias concentrado é o que impede a a diluição por osmose


ID
4063309
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2015
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Leia o excerto abaixo:


Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, e publicado na revista Nature apontou que o desmatamento em grande escala na Amazônia pode levar à diminuição das chuvas no Brasil. O bioma seria o mais afetado pelo desmate da floresta tropical, correndo o risco de apresentar, até 2050, uma queda de 21% na quantidade de precipitações durante o período de seca e de 12% durante a estação úmida. Mas o regime de chuvas em outras regiões do país também pode apresentar mudanças por conta do desmatamento na Floresta Amazônica: nas áreas próximas à bacia do rio Prata, por exemplo, que está localizada no sul do Brasil, as chuvas tendem a diminuir, pelo menos, 4% nos próximos 30 anos por conta do desmate.

(http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/ desmatamento-na-amazonia-afeta-regime-de-chuvas Acesso:18/08/2015)


A diminuição das chuvas, em todo o Brasil, tem como uma de suas causas fundamentais o desmatamento da Floresta Amazônica, devido ao fato de:

Alternativas