A transição demográfica pode ser segmentada em quatro diferentes fases.
1ª fase – Pré-transição
A primeira fase da transição demográfica, também chamada de pré-transição, ocorre quando há um certo equilíbrio entre as taxas da natalidade e mortalidade, porém ambas com valores muito altos. Nesses casos, são sociedades que contam com um baixo desenvolvimento econômico e social, onde nascem muitas pessoas anualmente e, ao mesmo tempo, perdem-se muitas vidas em razão de epidemias, baixa expectativa de vida e precárias condições sanitárias. Um cenário como esse pôde ser visto na Europa na fase inicial de sua industrialização.
2ª fase – Aceleração ou explosão demográfica
Na segunda fase ocorre aquilo que muitos denominam por explosão demográfica, o crescimento acentuado da população em um curto período de tempo. Mas a teoria da transição demográfica demonstra que esse processo não ocorre pelo aumento das taxas de natalidade, e sim pela diminuição brusca das taxas de mortalidade, em razão das melhorias sociais em termos de saúde, saneamento, acesso à água e outros fatores.
Esse processo ocorreu na Europa ao longo do século XIX, em boa parte dos países emergentes ao longo do século XX (inclusive no Brasil) e atualmente acontece nos países periféricos, com destaque para a Nigéria e outras nações em desenvolvimento. O continente europeu também acompanhou uma explosão demográfica acentuada no período pós-guerra, o que gerou a expressão “geração baby boom”.
3ª fase – Desaceleração demográfica
À medida que as sociedades se desenvolvem, a tendência geral é haver uma redução nas taxas de natalidade, o que se explica pela difusão do planejamento familiar, a inclusão da mulher no mercado de trabalho, a intensiva urbanização (no campo, as taxas de fecundidade são sempre maiores), entre outros fatores. Por esse motivo, há um gradativo processo de declínio do número de nascimentos, o que acontece em uma velocidade inferior à queda da mortalidade.
Esse processo passou a ser vivido no Brasil na segunda metade do século XX, sobretudo a partir da década de 1970. Atualmente, as taxas de natalidade do Brasil são baixíssimas, quase sempre inferiores a 1% por ano.
4ª fase – Estabilização demográfica
A estabilidade demográfica é atingida quando as taxas de natalidade e mortalidade finalmente se equilibram, mantendo patamares que, embora possam apresentar oscilações conjunturais, mantêm-se em médias muito baixas. Nesse cenário, diz-se que há um total controle do crescimento demográfico.
Observe o gráfico a seguir:
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/transicao-demografica.htm
A- Primeira fase ( fase clássica ou pré-industrial );
B- Segunda fase ( explosão demográfica ); Devido à Primeira Guerra Mundial, houve uma melhoria na expectativa de vida da população por causa do avanço da medicina no período de guerra.
C-
D-
E- Quarta fase demográfica ( pós-industrial ); Nessa fase, tende-se a um aumento na taxa de mortalidade devido a morte das pessoas idosas, e , segundo estudiosos, pode ocorrer um aumento nas décadas seguintes da taxa de natalidade, iniciando novamente outro "ciclo" demográfico.
OBS.: Essa hipótese de aumento de mortes e depois aumento do número de nascidos não se enquadra na alternativa "C" nem "D", pois fecundidade ( número de filhos por mulher ) é diferente de natalidade ( número de nascidos ).
Terceira fase demográfica ( redução do crescimento ): Caracterizada por uma queda da natalidade e mortalidade devido ao avanço da medicina e êxodo rural, entrada na mulher no mercado de trabalho, dentre outros motivos.