Exige-se do candidato o conhecimento sobre identificação da classe morfológica do elemento gramatical “teu”. Sabendo disso, o candidato deve assinalar a alternativa correta que classifique morfologicamente tal elemento destacado no enunciado da questão. Vejamos:
Em linhas gerais, “teu”, prototipicamente, é uma variante do quadro pronominal possessivo. Isso significar dizer, em outros termos, que o elemento gramatical que estamos analisando aqui é um pronome possessivo de segunda pessoa gramatical.
A – Alternativa errada. Os pronomes pessoais do caso reto são pronomes que assumem função sintática de sujeito nas orações. São estes os pronomes pessoais do caso reto: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas;
B – Alternativa errada. Os pronomes pessoais do caso oblíquo são pronomes que assumem função sintática de complemento verbal, correspondendo respectivamente às pessoas gramaticais do caso reto a que se refere. São estes: me, mim, comigo; te, ti, contigo; se, si, consigo, o, a, lhe; nos, conosco; vos, convosco; se, si, consigo, os, as, lhes;
C – Alternativa errada. Os pronomes demonstrativos têm a função de indicar algum referente seja no espaço ou no tempo. São estes: esta, este, isto, essa, esse, isso, aquela, aquele, aquilo, nessa, nesse, nisso, naquela, naquele e naquilo. Esses são os mais prototípicos, visto que existem outras variantes, como “tal” (que equivale a “esta”), “mesmo” e suas variantes e outras;
D – Alternativa correta. Em geral, os pronomes possessivos indicam uma ideia de posse em relação à pessoa gramatica a que, em si, refere-se. São estes: meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossas(s), seu(s), sua(s).
Cuidado: o pronome “seu” pode assumir uma outra categoria pronominal a depender do contexto em que estiver inserido, pois “seu”, numa colocação coloquial da língua, pode se classificar como pronome de tratamento quando equivale a “senhor”, por exemplo:
“Seu Antônio, estou aqui!
No exemplo acima, “seu” não é um pronome possessivo. É um pronome de tratamento, pois conseguimos facilmente substituí-lo por “senhor”: “Senhor Antônio, estou aqui!”.
“Pedi o dinheiro ao seu Antônio”. Nesse exemplo, pode ocorrer uma ambiguidade semântica, pois o “seu” pode tanto equivaler a “senhor” quanto a uma ideia puramente possessiva de alguém em relação ao Antônio. Nesse caso, haverá um contexto macrotextual que se encarregará em definir o sentido pretendido.
Gabarito: D