Assinale a única forma gramaticalmente correta, entre as sublinhadas no texto abaixo.
Cumprindo determinação superior, o assistente da diretoria de determinada empresa redigiu documento oficial aos chefes de setor, no qual constava o trecho: "O presidente deseja ter à mão informações a cerca dos pontos fracos e fortes de cada setor afim de subsidiar a elaboração do planejamento estratégico da empresa. Para tanto, fá-se necessário promover reuniões em todos os setores da empresa para discutirmos como aumentar nossa competitividade".
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical.
Há pelo menos duas compreensões a cerca do(1) Estado e sua natureza: ou ele seria um produto da razão pura ou ética do homem em busca de(2) construir na Terra um regime de ordem, de paz e de justiça assegurado pelo Direito positivo erigido, ou, ao contrário, seria uma criação socioeconômica de base política e militar organizada juridicamente conforme o(3) interesse material dos grupos ou classes sociais que(4) dominam efetivamente as relações econômicas de produção da riqueza de um país determinado. Para o pensamento moderno oficial, o Estado é uma entidade socioeconômica e política criada racional e conscientemente pelo homem, situando-se(5) acima dos interesses das classes, que busca a ordem e a paz social e, ainda, cria o direito positivo e realiza a justiça legal.
Observe as proposições a seguir e preencha adequadamente, fazendo a correspondência numérica.
(1) Estamos aguardando o resultado da prova ______ duas semanas. (2) Fiquei sabendo ______ da festa. (3) ______ 30 pessoas ficaram doentes. (4) ______ do quintal foi feita de pau a pique.
( ) A CERCA ( ) CERCA DE ( ) HÁ CERCA DE ( ) ACERCA
As tecnologias de Big Data chegaram silenciosamente, mudan do a estratégia de muitos negócios. Fatos dignos de ficção científica, como lojas de departamentos capazes de identificar se suas consumidoras estão grávidas a partir do padrão de consumo e serviços de busca mapeando em tempo real o progresso de pandemias, já são notícia velha. Empresas e instituições de vários tipos e tamanhos hoje são capazes de coletar dados a partir de várias fontes, combinando-os em sistemas de armazenamento da ordem de petabytes (mil terabytes), e analisá-los em busca de padrões. O resultado são previsões melhores, serviços mais personalizados e mensagens mais bem dirigidas, estimulando decisões mais bem informadas e mais seguras. Da mesma forma que os grandes volumes de dados mudam a gestão de corporações, uma nuvem de pequenas informações pessoais, conectadas, começa a provocar uma mudança de costumes. São dados que registram o que uma pessoa sabe a respeito de si própria: o que fez, quem conhece, aonde foi, como dormiu, quanto pesa, como passa o tempo. Mensuração e análise são ótimas. Sem elas é quase impossível progredir. Mas é preciso cautela em seu uso. A obsessão por elas, da mesma forma que a procura desesperada por seguidores nas mídias sociais, pode piorar uma situação, deixando seu usuário viciado nas estatísticas que deveriam libertá-lo. QI, placares e centímetros de bíceps são métricas observáveis e fáceis de comparar. Mas isso não quer dizer que sejam as melhores ou mesmo as certas. Um funcionário pontual nem sempre é o melhor funcionário, mais conexões não significam mais conhecimento. Além do mais, o que é o certo? A preocupação excessiva com as métricas pessoais pode levar à padronização e à robotização de seus usuários, um efeito colateral bastante desagradável. Em situações extremas pode até criar autômatos ou estimular comportamentos doentios, como anorexia ou bulimia. De qualquer forma, a ignorância nunca é uma bênção. Os benefícios do autoconhecimento são incomparáveis. Mas para isso é preciso um pouco de trabalho. Não basta apenas coletar os dados, deve-se também refletir sobre eles e planejar novas metas periodicamente, aprendendo a identificar padrões de comportamento nocivos e recorrentes. Nesses termos, a quantificação pessoal só deve fazer bem.
(Luli Radfaher, Little data. Disponível em: http: www1.folha.uol.com.br.
Acesso em: 20 mar 2014. Adaptado)
Assinale a alternativa que dá sequência à frase a seguir, de acordo com a norma-padrão:
Texto 1 É justo que as mulheres se aposentem mais cedo?
A questão acerca da aposentadoria das mulheres em condições mais benéficas que aquelas concedidas aos homens suscita acalorados debates com posições não somente técnicas, mas também com muito juízo de valor de cada lado. Um fato é certo: as mulheres intensificaram sua participação no mercado de trabalho desde a segunda metade do século 20. Há várias razões para isso. Mudanças culturais e jurídicas eliminaram restrições sem sentido no mundo contemporâneo: um dos maiores e mais antigos bancos do Brasil contratou sua primeira escriturária em 1969 e teve sua primeira gerente em 1984. Avanços no planejamento familiar e a disseminação de métodos contraceptivos permitiram a redução do número de filhos e liberaram tempo para a mulher se dedicar ao mercado de trabalho. Filhos estudam por mais tempo e se mantêm fora do mercado de trabalho até o início da vida adulta. Com isso, o custo de manter a família cresce e cria a necessidade de a mulher ter fonte de renda para o sustento da casa. A tecnologia também colaborou: máquinas de lavar roupa, fornos micro-ondas, casas menores e outras parafernálias da vida moderna reduziram a necessidade de algumas horas nos afazeres domésticos e liberaram tempo para o trabalho fora de casa. A inserção feminina no mercado de trabalho ocorreu, mas com limitações. Em relação aos homens, mulheres têm menor taxa de participação no mercado de trabalho, recebem salários mais baixos e ainda há a dupla jornada de trabalho. Quando voltam para a casa, ainda têm que se dedicar à família e ao lar. Essas dificuldades levam algumas pessoas a defender formas de compensação para as mulheres por meio de tratamento previdenciário diferenciado. Já que as mulheres enfrentam dificuldades de inserção no mercado de trabalho, há de compensá-las por meio de uma aposentadoria em idade mais jovem. A legislação brasileira incorpora essa ideia. Homens precisam de 35 anos de contribuição para se aposentar no INSS; mulheres, de 30. No serviço público, que exige idade mínima, as mulheres podem se aposentar com cinco anos a menos de idade e tempo de contribuição que os homens.
(Marcelo Abi-Ramia Caetano, Folha de São Paulo, 21/12/2014.)
“A questão acerca da aposentadoria das mulheres...”. Assinale a opção que indica a expressão sublinhada que está corretamente grafada.
Preencha as lacunas das frases abaixo com as expressões indicadas nos parênteses:
I. A obra de Harold Bloom, _____________ cânone literário, é um trabalho dirigido ao público norte- americano. (a cerca de, há cerca de, acerca de). II. Essa medida desagradou aos funcionários, por que veio _____________ suas aspirações. (ao encontro de, de encontro a). III. Ela saiu _____ dez minutos, mas volta daqui ____ pouco. (a, há). IV. O candidato __________ preparado ingressará na universidade. (melhor, mais bem). V. O trânsito nas estradas tem estado caótico, ____________ o trágico acidente de ontem. (haja visto, haja vista).
A alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas das frases acima é
Avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo cai na Ucrânia
Assessor de ministério ucraniano disse que aeronave teria sido abatida.
Região da queda está sob controle de milicianos separatistas pró-Rússia.
Um Boeing 777 da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo caiu na Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia,
nesta quinta-feira (17). A informação inicial era de que seriam 295, mas a companhia atualizou o número.
A agência russa Interfax afirmou que o avião teria sido derrubado quando estava a 10 mil metros de altitude. [...]
A Malaysia Airlines informou que perdeu contato com o voo MH17 às 14h15 GMT (11h15 de Brasília) a cerca de
50 km da fronteira entre Ucrânia e Rússia. O avião havia decolado de Amsterdã, na Holanda, às 12h15 locais, e
deveria chegar a Kuala Lumpur, na Malásia, às 6h10 desta sexta-feira (18), também no horário local.
A aeronave voava normalmente, sem registro de problemas, até desaparecer do radar, segundo Dmytro
Babeychuk, chefe do órgão regulador do espaço aéreo ucraniano. A Associação Internacional de Transporte Aéreo
informou que o avião voava em uma área livre de restrições.
Após a queda do avião, todo o espaço aéreo no leste da Ucrânia foi fechado, disse a Eurocontrol em
comunicado.
Apesar de certos vocábulos possuírem pronúncia igual, através da grafia correta é possível verificar o significado
pretendido por ocasião do seu uso. Em “[...] a cerca de 50 km da fronteira [...]” (3º§), a expressão “a cerca de”, de
acordo com o significado estabelecido, preenche corretamente a lacuna em
Escolha uma das expressões indicadas entre parênteses de modo a completar
adequadamente os períodos.
I. Necessitamos urgentemente desvendar as fontes geradoras da violência, _______
sabermos como despertar as fontes geradoras de paz. (a fim de/afim de)
II. Projetos de tese ________ promoção da cultura de paz no país vêm sendo
desenvolvidos por diferentes segmentos da sociedade. (a cerca da/acerca da)
III. O governo deve investir em segurança, _______ a população começará a fazer
justiça com as próprias mãos. (se não/senão)
IV. Segurança pública é um direito de __________ cidadão e é requisito de exercício da
cidadania. (todo/todo o)
A sequência que completa correta e respectivamente as lacunas dos períodos é
Aumenta o número de adultos que não consegue focar sua
atenção em uma única coisa por muito tempo. São tantos os
estímulos e tanta a pressão para que o entorno seja
completamente desvendado que aprendemos a ver e/ou fazer
várias coisas ao mesmo tempo. Nós nos tornamos, à semelhança
dos computadores, pessoas multitarefa, não é verdade?
Vamos tomar como exemplo uma pessoa dirigindo. Ela precisa
estar atenta aos veículos que vêm atrás, ao lado e à frente,
à velocidade média dos carros por onde trafega, às
orientações do GPS ou de programas que sinalizam o trânsito
em tempo real, às informações de alguma emissora de rádio
que comenta o trânsito, ao planejamento mental feito e
refeito várias vezes do trajeto que deve fazer para chegar
ao seu destino, aos semáforos, faixas de pedestres etc.
Quando me vejo em tal situação, eu me lembro que dirigir,
após um dia de intenso trabalho no retorno para casa, já foi
uma atividade prazerosa e desestressante.
O uso da internet ajudou a transformar nossa maneira de
olhar para o mundo. Não mais observamos os detalhes, por
causa de nossa ganância em relação a novas e diferentes
informações. Quantas vezes sentei em frente ao computador
para buscar textos sobre um tema e, de repente, me dei conta
de que estava em temas que em nada se relacionavam com meu
tema primeiro.
Aliás, a leitura também sofreu transformações pelo nosso
costume de ler na internet. Sofremos de uma tentação
permanente de pular palavras e frases inteiras, apenas para
irmos direto ao ponto. O problema é que alguns textos exigem
a leitura atenta de palavra por palavra, de frase por frase,
para que faça sentido. Aliás, não é a combinação e a
sucessão das palavras que dá sentido e beleza a um texto?
Se está difícil para nós, adultos, focar nossa atenção,
imagine, caro leitor, para as crianças. Elas já nasceram
neste mundo de profusão de estímulos de todos os tipos; elas
são exigidas, desde o início da vida, a dar conta de várias
coisas ao mesmo tempo; elas são estimuladas com diferentes
objetos, sons, imagens etc.
Aí, um belo dia elas vão para a escola. Professores e pais,
a partir de então, querem que as crianças prestem atenção em
uma única coisa por muito tempo. E quando elas não
conseguem, reclamamos, levamos ao médico, arriscamos
hipóteses de que sejam portadoras de síndromes que exigem
tratamento etc.
A maioria dessas crianças sabe focar sua atenção, sim. Elas
já sabem usar programas complexos em seus aparelhos
eletrônicos, brincam com jogos desafiantes que exigem
atenção constante aos detalhes e, se deixarmos, passam horas
em uma única atividade de que gostam.
Mas, nos estudos, queremos que elas prestem atenção no que é
preciso, e não no que gostam. E isso, caro leitor, exige a
árdua aprendizagem da autodisciplina. Que leva tempo, é bom
lembrar.
As crianças precisam de nós, pais e professores, para
começar a aprender isso. Aliás, boa parte desse trabalho é
nosso, e não delas.
Não basta mandarmos que elas prestem atenção: isso de nada
as ajuda. O que pode ajudar, por exemplo, é analisarmos o
contexto em que estão quando precisam focar a atenção e
organizá-lo para que seja favorável a tal exigência. E é
preciso lembrar que não se pode esperar toda a atenção delas
por muito tempo: o ensino desse quesito no mundo de hoje é
um processo lento e gradual.
SAYÃO, Rosely. Profusão de estímulos. Folha de São Paulo, 11
fev. 2014 - adaptado.
Assinale a opção em que o termo destacado está grafado
corretamente, de acordo com o contexto em que foi utilizado.
O Brasil tem feito grandes progressos em matéria de meio
ambiente. Reduziu a extração ilegal de madeira, tem uma política
ambiental severa e um sistema de alto nível para controlar esta
política, mas ainda desmata uma área equivalente ao território
de Israel a cada quatro anos.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) divulgou um relatório para analisar o
desempenho das políticas de proteção ambiental no Brasil, no
qual apontou que, apesar de melhorias visíveis, o país ainda tem
a maior perda de área florestal do mundo: 4.800 quilômetros
quadrados, de acordo com dados de 2014.
E uma das principais falhas de seu vasto programa ambiental
é, para a OCDE, a longa brecha entre a legislação adotada e sua
implementação de fato.
“O crescimento econômico e urbano, a expansão agrícola e de
infraestrutura também aumentaram o consumo de energia, o uso
de recursos naturais e as pressões ambientais", aponta o relatório
apresentado nesta quarta-feira, em Brasília.
“Apesar da severa legislação ambiental, ainda há muitas
lacunas na sua execução e cumprimento. No atual cenário de
uma economia encolhendo, uma melhor integração dos objetivos
ambientais e das políticas econômicas e setoriais ajudaria o Brasil
a avançar no sentido de um desenvolvimento mais verde e mais
sustentável, se assim o desejar", acrescenta o texto.
No entanto, este país que abriga a maior biodiversidade do
planeta está longe de ser a dramática situação de 2004, quando a
floresta perdeu 27.000 quilômetros quadrados de árvores. É
também a nação dos BRICS com maior oferta de energia
renovável e já reduziu suas emissões para níveis abaixo da meta
estabelecida para 2020.
Mas os desafios permanecem, pouco antes do início da
Conferência do Clima de Paris, que em dezembro reunirá 195
delegações a fim de manter o aumento constante da
temperatura global a um máximo de 2°C desde o início da
Revolução Industrial. O Brasil, que possui 12% da água doce do planeta, é um atorchave
para um acordo bem-sucedido em Paris. Mas em meio a
uma recessão econômica grave que irradia para todas as
atividades, o país deve lutar para superar as barreiras estruturais,
como a proliferação de organismos de controle do meio
ambiente, a falta de capacitação profissional e a expansão urbana
e agrícola, disse a OCDE.
(UOL Notícias, novembro de 2015)
“Mas os desafios permanecem, pouco antes do início da
Conferência do Clima de Paris, que em dezembro reunirá 195
delegações a fim de manter o aumento constante da temperatura
global.”
Nesse segmento do texto, o vocábulo “a fim” é grafado em duas
palavras, o que tem um sentido diferente do vocábulo “afim”,
grafado como uma só palavra.
Assinale a opção que indica a frase cujo termo sublinhado
apresenta grafia correta.
No campeonato do desperdício, somos campeões em várias
modalidades. Algumas de que nos orgulhamos e outras de que nem tanto.
Meu amigo Adamastor, antropólogo das horas vagas, não me deu as causas
primeiras de nossa primazia, mas forneceu-me uma lista em que somos
imbatíveis. Claro, das modalidades que "nem tanto".
Vocês já ouviram falar em lixo rico? Somos os campeões. Nosso
lixo faria a fartura de um Haiti. Com o que jogamos fora e que poderia
ser aproveitado, poder-se-ia alimentar muito mais do que a população
do Haiti. Há pesquisas do assunto e cálculos exatos que "nem tanto".
Somos um país pobre com mania de rico. E nosso lixo é mais rico do que
o lixo dos países ricos. Meu falecido pai costumava dizer: rico raspa
o queijo com as costas da faca; remediado corta uma casca bem fininha;
pobre, contudo, arranca uma lasca imensa do queijo. Meu pai dizia, e
tenho a impressão que meu pai era um homem preconceituoso, mas em
termos de manuseio dos alimentos nacionais, arrancamos uma lasca
imensa do queijo, ah, sim, arrancamos.
Outra modalidade em que somos campeões absolutos, o desperdício
do transporte. Ninguém no mundo consegue, tanto quanto nós, jogar
grãos nas estradas. Não viajo pouco e me considero testemunha ocular.
A Anhanguera, por exemplo, tem verdadeiras plantações de soja em suas
margens. Quando pego uma traseira de caminhão e aquela chuva de grãos
me assusta, penso rápido e fico calmo: faz parte da competição e temos
de ser campeões.
Na construção civil o desperdício chega a ser escandaloso. Um dia
o Adamastor, antropólogo das horas vagas, me veio com uma folha de
jornal onde se liam estatísticas indecentes. Com o que se joga fora de
material (do mais bruto ao mais sofisticado)
, o Brasil poderia
construir todos os estádios que a FIFA exige e ainda poderia exportar
cidades para o mundo.
Antigamente, este que vos atormenta, levava um litro lavado para
trocar por outro cheio de leite. Você, caro leitor, talvez nem tenha
notícia disso. Mas era assim. Agora, compra-se o leite e sua embalagem
internamente aluminizada para jogá-la no lixo. Quanto de nosso
petróleo vai para o lixo em forma de sacos plásticos? Vocês já ouviram
falar que o petróleo é um recurso inesgotável? Claro que não! Mas
sente algum remorso ao jogar os sacos trazidos do supermercado no
lixo? Claro que não. Nossa cultura de mosaico nos tirou a capacidade
de ligar os fenômenos entre si.
E o que desperdiçamos de talentos, de esforço educacional? São
advogados atendendo em balcão de banco, engenheiros vendendo cachorro-quente
nas avenidas de São Paulo, são gênios que se desperdiçam
diariamente como se fossem recursos, eles também, inesgotáveis. No dia
em que a gente precisar, vai lá e pega. No dia em que a gente precisar, pode não existir mais. Não importa, vivemos no melhor dos
mundos, segundo a opinião do Adamastor, o gigante, plagiando um tal de
Dr. Pangloss, que ironizava um tal de Leibniz.BRAFF, Menalton.
Em www.cartacapital.com.br - Acesso em 14 jan., 2013
- adaptado.
Dr.Pangloss - personagem de Cândido, de Voltaire. Caracteriza-se pelo
extremo otimismo.
Leibniz - Autor da teoria de que nada acontece ao acaso. Estamos no
melhor dos mundos possíveis, o ser só é, só existe, porque é o melhor
possível.
Adamastor, o- gigante - personificação do Cabo das Tormentas, em Os
Lusíadas, do escritor português Luiz Vaz de Camões,
Assinale a opção em que o termo destacado está grafado
corretamente.
Por isso, há grupos especializados que promovem reuniões
semanais com devedores com a finalidade de trocar
experiências sobre consumo impulsivo e propensão a viver
no vermelho.
É comum que, diante dos apuros, como a perda do emprego,
algumas tentem manter o mesmo padrão de vida em
lugar de cortar gastos para se encaixar na nova realidade.
Assinale a alternativa que substitui, correta e respectivamente,
as expressões destacadas, sem alterar o sentido
original.
Os índios das florestas tropicais, que habitavam a
região amazônica antes da chegada dos europeus, a cerca
de quinhentos anos, proviam a sua subsistência com a
caça e a pesca, além da agricultura. Nos primeiros tempos
da era europeia, a caça e a pesca eram muito importantes
para o sustento dos colonizadores e seus escravos. Foi o
índio que ensinou o europeu a viver no estranho ambiente
amazônico. Era ele o caçador e o pescador. Os métodos de
caça e pesca da cultura regional contemporânea são de
origem fundamentalmente aborígene. Embora o habitante
moderno do vale cace com uma espingarda ou uma
carabina e pesque com um anzol de ferro ou uma rede do
tipo europeu, exerce essas atividades com o conhecimento
da fauna local que lhe foi transmitido pela herança cultural
indígena. Além disso, utilizam-se ainda numerosas técnicas
antigas e ainda persistem muitas crenças populares
indígenas a respeito da caça e da pesca. Hoje em dia, nem
uma nem outra dessas atividades é de grande importância
para a economia regional. Ao longo das principais artérias
do sistema fluvial do Amazonas, a caça já não constitui
uma ocupação lucrativa. Depois de séculos de ocupação
humana, a fauna da região foi devastada e quase todo tipo
de vegetal foi mal utilizado.
Em muitas comunidades amazônicas, a caça tornou-se
quase exclusivamente um passatempo; ninguém depende,
para viver, do produto da caça. A pesca, entretanto, é de
relativa importância para a subsistência. Embora, nos rios
principais, os peixes sejam hoje menos abundantes do que
anteriormente, a maioria das famílias amazônicas pesca
para o consumo próprio; algumas, porém, frequentemente
dispõem de um excedente para vender.
(Do livro Uma
comunidade amazônica, de Charles Wagley, p. 86-87. Texto adaptado.)
Coloque V para verdadeiro e F para falso nas
afirmativas a seguir, feitas a propósito de aspectos
diversos do texto:
( ) A expressão “a cerca de quinhentos anos” (no
primeiro período) NÃO está correta e deveria ser
substituída por “há cerca de quinhentos anos”.
( ) O termo “aborígene”, constante de “são de origem
fundamentalmente aborígene” (no primeiro
parágrafo), significa “selvagem, inculto”.
( ) Na expressão “foi mal utilizado” (final do primeiro
parágrafo), a palavra “mal” está ERRADA, já que
o correto seria “mau”.
( ) Na oração “utilizam-se ainda numerosas técnicas
antigas” (no primeiro parágrafo), o “se” é pronome
apassivador.
( ) Em “Os índios das florestas tropicais, que
habitavam a região amazônica” (no início do
texto), o pronome relativo “que” exerce a função
sintática de sujeito.
Assinale a alternativa que relaciona a sequência
CORRETA de V e F de cima para baixo:
Há palavras e expressões que são muito parecidas em
sua pronúncia ou grafia, mas diferentes em seu
significado. Quanto a estas, e conforme o contexto,
assinalar a alternativa que preenche as lacunas abaixo
CORRETAMENTE:
Na biblioteca, aquela ________destina-se aos arquivos que foram escritos _________ dois anos. As estantes já estão velhas e precisam de ________.
O alerta vermelho do trânsito está ligado há
décadas, mas nunca houve tantas soluções
no horizonte
Por Pâmela Carbonari
Para discutir as soluções para o trânsito,
a SUPER e a QUATRO RODAS reuniram
especialistas e organizaram o Fórum
Mobilidade, que aconteceu no dia 20 de julho,
em São Paulo.
[…]
1. Menos viadutos, mais fibra ótica
A solução para acabar com os engarrafamentos
não é construir mais vias, mas rever certos vícios.
A própria ideia de “hora do rush”, com todos se
espremendo para ir da periferia ao centro pela
manhã se fazendo o caminho inverso à tarde, é
anacrônica. “Não faz sentido atravessar a cidade
para conectar-se a um computador”, disse Walter
Longo, presidente do Grupo Abril, na abertura do
evento. Sérgio Avelleda, secretário de transportes
de São Paulo, expressou o mesmo ponto de vista:
“Precisamos de internet rápida longe dos grandes
centros. Dessa forma, empresas de telemarketing,
por exemplo, poderiam se instalar nas periferias.”
“Temos que desenvolver centros
econômicos em várias regiões das cidades”
Sérgio Avelleda, secretário de transportes da
cidade de São Paulo
2. O fim do carro individual
Há oito anos, o Brasil tinha 24,7 milhões de
carros. Hoje são 35,6 milhões infartando as veias
e artérias urbanas. Pior: cada um transporta só 1,4
pessoa por dia (3 indivíduos a cada 2 automóveis).
Não dá mais. Mas isso tem conserto, e ele não
envolve o fim dos carros, mas o fim dos carros
individuais – de modo que cada veículo sirva a
uma centena de cidadãos por dia, em vez de 1,4.
“O carro será cada vez mais um serviço, em vez
de uma propriedade”, disse Matheus Moraes,
diretor da 99. “Trata-se do uso mais eficiente possível de uma capacidade já instalada, que são
os próprios veículos.”
“O vilão da mobilidade não é o
carro, mas o uso que se faz dele”
Guilherme Telles, diretor-geral do UBER Brasil
Considerando as normas gramaticais
e as seguintes frases adaptadas do
texto de apoio, assinale a alternativa
que apresenta as palavras que
preenchem corretamente as lacunas,
respectivamente.
I. _______ discutir as soluções para o
trânsito, a SUPER e a QUATRO RODAS
reuniram especialistas.
II. _______ oito anos que o número de
carros no Brasil aumentou de 24,7 para
35,6 milhões.
III. “Não faz sentido atravessar a cidade
para conectar-se a um computador”,
[…] Sérgio Avelleda, secretário de
transportes de São Paulo, expressou
o mesmo ponto de vista ___________
assunto.
As grandes metrópoles brasileiras são marcadas por profundas desigualdades que se expressam em uma distribuição muito desequilibrada das condições de moradia, saúde, mobilidade e em outros aspectos. Em uma mesma cidade, é possível encontrar bairros cujo índice de desenvolvimento se assemelha aos de países mais desenvolvidos, enquanto outros se comparam a países marcados por fragilidades sociais. Isso faz com que o bairro ou a região em que a pessoa vive influencie nas suas oportunidades de ser atendido por um bom hospital, obter um bom emprego ou frequentar uma boa escola, determinando suas chances de ascender socialmente.
Interessados nesse último ponto, procuramos verificar como a distribuição desigual das oportunidades escolares no espaço urbano influencia as decisões escolares das famílias, favorecendo-as ou desfavorecendo-as, de acordo com a posição que viviam no território. Para isso, estudamos duas regiões de Belo Horizonte que se diferenciavam no perfil social de seus moradores, bem como em relação à distribuição de oportunidades sociais. Procuramos entender então como a desigualdade urbana influencia os percursos escolares.
Apesar de a sociologia da educação no Brasil contar com muitos estudos dedicados aos efeitos da renda, escolaridade, ou mesmo das características das escolas, que influenciam as desigualdades escolares, poucos estudos nacionais investigaram especialmente o peso dos fatores urbanos sobre a escolarização, o que nos motivou a oferecer subsídios para compreender como o espaço urbano é relevante para entender as trajetórias escolares dos estudantes.
(Gustavo Bruno de Paula e Maria Alice Nogueira. Como a desigualdade urbana influencia percursos escolares. www.nexojornal.com.br, 15.05.2019. Adaptado)
Em um hipotético texto ao editor da notícia, assinale a alternativa que, correta e respectivamente, preenche as
lacunas de parte de um requerimento:
Il.mo sr. editor do jornal digital Nexo,
Como conselheiro tutelar do município de Sorocaba, _________ respeitosamente por meio deste solicitar ___________ informações ________ dos critérios de
seleção dos trabalhos que figuram na seção Acadêmico do
jornal. O intuito de tal solicitação é o de compreender o enfoque dado pelo jornal a temas sociais, __________ utilizar
essa informação para um levantamento sobre a divulgação
científica de trabalhos que tratem dos direitos da criança e
do adolescente. Nestes termos, ______ deferimento.
O tradicional desfile do aniversário de Blumenau, que completa 169 anos de fundação nesta segunda-feira, teve
outra data especial para comemorar: os 200 anos de nascimento do Doutor Hermann Blumenau. __________ 15
mil pessoas que estiveram na Rua XV de Novembro nesta manhã acompanhando o desfile, de acordo com estimativa da Fundação Cultural, conheceram um pouco mais da vida do fundador do município. [...] O desfile também
apresentou aspectos da colonização alemã no Vale do Itajaí. Dessa forma, as bandeiras e moradores das 42 cidades
do território original de Blumenau, que foi fundado por Hermann, também estiveram representadas na Rua XV de
Novembro. [...]
O tradicional desfile do aniversário de Blumenau, que completa 169 anos de fundação nesta segunda-feira, teve
outra data especial para comemorar: os 200 anos de nascimento do Doutor Hermann Blumenau. __________ 15
mil pessoas que estiveram na Rua XV de Novembro nesta manhã acompanhando o desfile, de acordo com estimativa da Fundação Cultural, conheceram um pouco mais da vida do fundador do município. [...] O desfile também
apresentou aspectos da colonização alemã no Vale do Itajaí. Dessa forma, as bandeiras e moradores das 42 cidades
do território original de Blumenau, que foi fundado por Hermann, também estiveram representadas na Rua XV de
Novembro.[...]
O tradicional desfile do aniversário de Blumenau, que completa 169 anos de fundação nesta segunda-feira, teve
outra data especial para comemorar: os 200 anos de nascimento do Doutor Hermann Blumenau. __________ 15
mil pessoas que estiveram na Rua XV de Novembro nesta manhã acompanhando o desfile, de acordo com estimativa da Fundação Cultural, conheceram um pouco mais da vida do fundador do município. [...] O desfile também
apresentou aspectos da colonização alemã no Vale do Itajaí. Dessa forma, as bandeiras e moradores das 42 cidades
do território original de Blumenau, que foi fundado por Hermann, também estiveram representadas na Rua XV de
Novembro. [...]
O tradicional desfile do aniversário de Blumenau, que completa 169 anos de fundação nesta segunda-feira, teve
outra data especial para comemorar: os 200 anos de nascimento do Doutor Hermann Blumenau. __________ 15
mil pessoas que estiveram na Rua XV de Novembro nesta manhã acompanhando o desfile, de acordo com estimativa da Fundação Cultural, conheceram um pouco mais da vida do fundador do município. [...] O desfile também
apresentou aspectos da colonização alemã no Vale do Itajaí. Dessa forma, as bandeiras e moradores das 42 cidades
do território original de Blumenau, que foi fundado por Hermann, também estiveram representadas na Rua XV de
Novembro. [...]
O tradicional desfile do aniversário de Blumenau, que completa 169 anos de fundação nesta segunda-feira, teve
outra data especial para comemorar: os 200 anos de nascimento do Doutor Hermann Blumenau. __________ 15
mil pessoas que estiveram na Rua XV de Novembro nesta manhã acompanhando o desfile, de acordo com estimativa da Fundação Cultural, conheceram um pouco mais da vida do fundador do município. [...] O desfile também
apresentou aspectos da colonização alemã no Vale do Itajaí. Dessa forma, as bandeiras e moradores das 42 cidades
do território original de Blumenau, que foi fundado por Hermann, também estiveram representadas na Rua XV de
Novembro. [...]
O tradicional desfile do aniversário de Blumenau, que completa 169 anos de fundação nesta segunda-feira, teve
outra data especial para comemorar: os 200 anos de nascimento do Doutor Hermann Blumenau. __________ 15
mil pessoas que estiveram na Rua XV de Novembro nesta manhã acompanhando o desfile, de acordo com estimativa da Fundação Cultural, conheceram um pouco mais da vida do fundador do município. [...] O desfile também
apresentou aspectos da colonização alemã no Vale do Itajaí. Dessa forma, as bandeiras e moradores das 42 cidades
do território original de Blumenau, que foi fundado por Hermann, também estiveram representadas na Rua XV de
Novembro. [...]
O tradicional desfile do aniversário de Blumenau, que completa 169 anos de fundação nesta segunda-feira, teve
outra data especial para comemorar: os 200 anos de nascimento do Doutor Hermann Blumenau. __________ 15
mil pessoas que estiveram na Rua XV de Novembro nesta manhã acompanhando o desfile, de acordo com estimativa da Fundação Cultural, conheceram um pouco mais da vida do fundador do município. [...] O desfile também
apresentou aspectos da colonização alemã no Vale do Itajaí. Dessa forma, as bandeiras e moradores das 42 cidades
do território original de Blumenau, que foi fundado por Hermann, também estiveram representadas na Rua XV de
Novembro. [...]
O tradicional desfile do aniversário de Blumenau, que completa 169 anos de fundação nesta segunda-feira, teve
outra data especial para comemorar: os 200 anos de nascimento do Doutor Hermann Blumenau. __________ 15
mil pessoas que estiveram na Rua XV de Novembro nesta manhã acompanhando o desfile, de acordo com estimativa da Fundação Cultural, conheceram um pouco mais da vida do fundador do município. [...] O desfile também
apresentou aspectos da colonização alemã no Vale do Itajaí. Dessa forma, as bandeiras e moradores das 42 cidades
do território original de Blumenau, que foi fundado por Hermann, também estiveram representadas na Rua XV de
Novembro. [...]
O tradicional desfile do aniversário de Blumenau, que completa 169 anos de fundação nesta segunda-feira, teve
outra data especial para comemorar: os 200 anos de nascimento do Doutor Hermann Blumenau. __________ 15
mil pessoas que estiveram na Rua XV de Novembro nesta manhã acompanhando o desfile, de acordo com estimativa da Fundação Cultural, conheceram um pouco mais da vida do fundador do município. [...] O desfile também
apresentou aspectos da colonização alemã no Vale do Itajaí. Dessa forma, as bandeiras e moradores das 42 cidades
do território original de Blumenau, que foi fundado por Hermann, também estiveram representadas na Rua XV de
Novembro. [...]
Já contei em uma crônica a primeira vez que vi meu nome
em letra de forma: foi no jornalzinho "O ltapemirim",
órgão oficial do Grêmio Domingos Martins, dos alunos do
colégio Pedro Palácios, de Cachoeiro de Itapemirim. O
professor de Português passara uma composição "A
Lágrima" — e meu trabalho foi julgado tão bom que
mereceu a honra de ser publicado.
Eu ainda estava no curso secundário quando um de meus
irmãos mais velhos — Armando — fundou em Cachoeiro
um jornal que existe até hoje — o "Correio do Sul". Fui
convidado a escrever alguma coisa, o que também
aconteceu com meu irmão Newton, que fazia
principalmente poemas. Eu escrevia artigos e crônicas
sobre assuntos os mais variados; no verão mandava da
praia de Marataízes uma crônica regular, chamada
"Correio Maratimba".
Quando fui para o Rio (na verdade para Niterói) por volta
dos 15 anos, mandava correspondência para o “Correio”.
Continuei a fazer o mesmo em 1931, quando mudei para
Belo Horizonte. A essa altura meu irmão Newton
trabalhava na redação do "Diário da Tarde" de Minas. No
começo de 1932 ele deixou o emprego e voltou para
Cachoeiro; herdei seu lugar no jornal. Passei então a
escrever diária e efetivamente, e fui aprendendo a redigir
com os profissionais como Octavio Xavier Ferreira e
Newton Prates.
Quando terminei meu curso de Direito, resolvi continuar
trabalhando em jornal. Fazia crônicas, reportagens e
serviços de redação. Ainda em 1932 tive uma experiência
bastante séria: fui fazer reportagem na frente de guerra da
Mantiqueira, missão aventurosa porque a direção de meu
jornal era favorável à Revolução Constitucionalista dos
paulistas, e eu estava na frente getulista. Acabei preso e
mandado de volta.
A essa altura eu já era um profissional de imprensa, e
nunca mais deixei de ser.
CONY, C. Heitor.Inhttps://cronicasbrasil.blogspot.com/search/label/Cony
“Eu escrevia artigos e crônicas sobre assuntos os mais
variados;” (2º §)
A preposição sublinhada na frase acima exprime o valor
semântico de assunto. Ela pode ser substituída, sem
alteração de sentido, pela seguinte locução prepositiva:
De acordo com a norma-padrão da Língua
Portuguesa e com a gramática normativa,
quanto à ortografia, assinale a alternativa
que preenche correta e respectivamente as
lacunas.
1. Conversei com meu filho __________
seus modos.
2. A peça de teatro estreou ___________
dois anos.
3. Preciso caminhar ___________
duzentos metros da estação de metrô
até a minha empresa.
As pessoas, de um modo geral, sempre reagem
quando ____ mudanças. Ninguém gosta de mudar
seus hábitos, nem ver alteradas suas rotinas. E muito
menos quando as mudanças não são suficientemente
entendidas. ____ vezes a reação________ mudanças
se torna até mesmo irracional, assumindo formas violentas,
ou curiosas.
Em janeiro de 1874, o Brasil aderiu ao sistema métrico
decimal, que começava _____ se impor como um novo
padrão universal de pesos e medidas, e decretou ao povo o
uso do novo padrão, sem esclarecer o povo sobre as novas
exigências internacionais. Surgiu assim uma grande revolta
contra essa mudança.
(Eloy Terra, Crônicas pitorescas da história do Brasil 500 anos. Adaptado)
Para responder à questão, considere
a seguinte passagem do texto: ... decretou ao povo o uso
do novo padrão sem esclarecer o povo sobre as novas
exigências internacionais. Surgiu assim uma grande revolta
contra essa mudança.
A alternativa que reescreve com correção o trecho destacado é:
Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.
ESTÁ GRIPADO
Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na
garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o
mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar. São inúmeras
as injeções cem por cento, você acaba deixando que o rapaz da farmácia
escolha em seu lugar a ampola mágica. Dói um pouco? Não é nada, tem de
aplicar mais duas, no fim de três dias você está é em posição horizontal, com
febrão, carece chamar o doutor. O seu caro doutor, que você não queria
incomodar, reservando-o para as trágicas ocasiões. E é realmente uma pena
chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de
uma rebordosa; e quem tratará do nosso velho clínico particular, essa joia
sem preço, que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um
século, e sabe a nosso respeito muito mais do que nós mesmos, ele que
registrou na ficha: "Em outubro de 48 você teve uma micose danada...”?
Vem o doutor, com ele a vil prostração da gripe se recolhe por instantes;
conversa descansado, à cabeceira, lembra o pai que você perdeu há tanto
tempo; ninguém mais tem esse carinho ponderado com você, e dá-lhe
conselhos de vera ciência da vida:
— Olhe, procure se poupar. Faça como eu, que arranjei sítio em Petrópolis e
todo fim-de-semana ia para lá com livros de Medicina e de Literatura. Depois
de algum tempo, passei a levar só de Literatura. Afinal, nem isso. Estendiame na rede e ficava espiando o passarinho bicar uma fruta, a folha a cair, a
nuvem se desfazendo.
(O que ele não conta é que acabou deixando mesmo de ir ao sítio, e cá
embaixo assume a doença de todos, que não lhe dispensam a sabedoria e a
bondade).
Sai o doutor, volta o onímodo mal-estar, você fica meditando no vírus, esse
porcariinha tão mais sutil que o micróbio; o ambíguo vírus, nem carne nem
peixe, que chega a cristalizar no organismo, como os inquilinos de
apartamentos vendidos; o que se sabe de positivo a seu respeito é que não
passa de um refinado calhorda.
Entregue ao antibiótico de largo espectro, você deixa a gripe correr. Mas a
gripe não corre. Escorre, em fenômenos rinofaríngeos, como lá diz a bula,
uma das bulas, em seu estilo de discurso de recepção na Academia Nacional
de Medicina. Os calafrios até que dão prazer, passeando no corpo à maneira
de rajadas de brisa elétrica em excursão sideral, mas o resto é miséria,
abatimento, dores errantes, zoeira, pesos e pensamentos confusos, no
coração da noite que não passa nunca. E nem sequer você tem o consolo
tétrico de uma doença grave. Os familiares não levam muito a sério seus
gemidos e queixas. Você adquiriu um ar de grande bebê manhoso, que
encomprida o dodói para nunca mais voltar à escola. E quando, após a
batalha anti-histamínica, você sai à rua, ainda fantomático e desconjuntado,
todos os amigos se gabam de terem tido uma febre muito maior do que a sua
— ah, sem comparação.
(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro:
Livraria José Olympio Editora, 1978, p. 30-31.)
(...) “que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um século”
(1º §).
Considere, quanto ao sentido e à sintaxe, o emprego do verbo “haver” na
frase acima.
Das frases abaixo, aquela em que o verbo “haver” está em desacordo com o
sentido e a sintaxe da frase acima e, por isso, está INCORRETA é:
Tudo bem que o nome é clichê, mas o espaço oferece um ambiente singular, seja para grupos de amigos, ou
famílias, o local situado às margens da SC-477, ___________ 70 quilômetros do centro de Blumenau, é uma alternativa para curtir dias de calor no Médio Vale do Itajaí. O acesso é por uma trilha bem conservada e sinalizada. São
20 minutos de uma caminhada que _____ um visual compensador, com direito até a um pequeno mirante. [...]
NÃO EXISTE RELACIONAMENTO PERFEITO, EXISTE
RELACIONAMENTO POSSÍVEL!
Quando se fala em relacionamento a maior dificuldade
não é lidar com o outro. Nossa maior dificuldade é lidar com a
nossa mente, ou seja, com as expectativas e os sonhos que ela tem.
É por isso que o terapeuta e espiritualista Luiz Gasparetto diz que
não existe relacionamento ideal, existe relacionamento possível.
Temos uma ideia muito distorcida de uma relação perfeita, porque nosso conceito de perfeição é uma cópia do que vemos nos filmes e livros. A partir deles fazemos um script da relação, de como ela deve ser, como o parceiro deve nos tratar, que
falas ele deve dizer, quando deve dizer, como deve dizer. Fazemos
uma peça perfeita em nossa mente, uma história de vários atos,
com começo meio e fim, permeado de flores, promessas, presentes, casamento, casa, filhos e uma velhice tranquila ao lado do parceiro, com uma morte de preferência em conjunto e de mãos dadas. Fazemos todo um teatro com nossa imaginação e exigimos
isso do outro. Assumimos um papel na relação e deixamos de ser
naturais para nos tornarmos o personagem que aprendemos que
devemos ser dentro de um relacionamento. Mas, quando os improvisos da vida fazem algum dos dois sair do roteiro nós fechamos as cortinas. Esperneamos, gritamos, choramos, nos decepcionamos porque as coisas não foram como “imaginávamos” e o
espetáculo da relação acabou sem aplausos. Essa decepção tão
constante em nossas relações vem do choque entre o imaginado e
o verdadeiro.
E por que imaginamos tanto?
Porque temos um sério problema de não assumirmos nossas necessidades emocionais e acabamos as projetando nos outros.
Então não vemos a pessoa como ela é, a vemos como nós queríamos que ela fosse. O resultado disso é que queremos criar pessoas
artificiais, apagando a sua verdadeira personalidade, para ter alguém que na verdade não existe. Neste jogo o natural é sempre
mais forte e uma hora ou outra ele acaba aparecendo. E os problemas surgem pelo simples fato de que nenhuma pessoa real vai poder competir com o ideal de parceiro que você faz na cabeça. É
uma batalha perdida. Afinal, ninguém tem a capacidade para adivinhar o que o outro imagina, ou pra ser o que não é.
Quando compreendemos que todas as pessoas têm suas
limitações, que cada um tem uma personalidade própria e o direito
de se manifestar como é, abrimos nosso coração para a oportunidade de viver um amor verdadeiro. Neste ponto ficamos diante de
uma pessoa que realmente existe, e que na sua naturalidade, sem
estar coberta por um monte de exigências, pode nos surpreender
com seu jeito espontâneo de ser todos os dias. Talvez você nunca
venha a viver o que imaginou, mas viverá algo muito melhor, dentro da solidez que a realidade traz.
Viver um relacionamento real exige amadurecimento,
força interior, estabilidade emocional e acima de tudo amor. É a
ternura de olhar o outro como ele é, de amar quem está na sua
frente e não na sua cabeça, é a compaixão de aceitar suas limitações, porque temos limitações também, e é um ato de coragem, de
mesmo sabendo de seus pontos fracos e dos desafios de um relacionamento, aceitar dar as mãos e caminhar juntos nesta jornada
de aprendizagens.
Os relacionamentos existem pra isso. Para aprender. Não
aprender necessariamente a lidar com o outro, mas sim conosco.
Pois um relacionamento nos dá um espelho de nossas emoções íntimas. Aceitar se relacionar é aceitar se encarar: encarar nossos
sonhos, expectativas, nossa paciência, bondade, aceitação, compaixão, ternura, fé, confiança, e acima de tudo, nossa capacidade
de amar.
(https://osegredo.com.br/nao-existe-relacionamento-perfeito-existerelacionamento-possivel/ Adaptado. Acesso em 20/10/019)
No enunciado: “E por que imaginamos tanto?”, o termo
destacado foi empregado de acordo com a norma culta.
Assinale a alternativa em que o vocábulo em destaque também
atende às regras em vigor.
Assim como todas as florestas, os trechos arborizados do
Ártico às vezes se incendeiam. Mas, ao contrário de muitas
florestas localizadas em latitudes médias, que prosperam ou até
mesmo necessitam de fogo para preservar sua saúde, as florestas
árticas evoluíram para que queimassem apenas esporadicamente.
As mudanças climáticas, contudo, estão remodelando essa
frequência. Na primeira década do novo milênio, os incêndios
queimaram, em média, 50% mais área plantada no Ártico por ano
do que em qualquer outra década do século XX. Entre 2010 e
2020, a área queimada continuou a aumentar, principalmente no
Alasca, tendo 2019 sido um ano ruim em relação aos incêndios
na região; além disso, o ano de 2015 foi o segundo pior ano da
história do local. Os cientistas descobriram que a frequência de
incêndios atual é mais alta do que em qualquer outro momento
desde a formação das florestas boreais, há cerca de três mil anos,
e possivelmente seja a maior nos últimos 10 mil anos.
Os incêndios nas florestas boreais podem liberar ainda
mais carbono do que incêndios semelhantes em locais como
Califórnia ou Europa, porque os solos sob as florestas em latitude
elevada costumam ser compostos por turfa antiga, que possui
carbono em abundância. Em 2020, os incêndios no Ártico
liberaram quase 250 megatoneladas de dióxido de carbono, cerca
da metade emitida pela Austrália em um ano em decorrência das
atividades humanas e cerca de 2,5 vezes mais do que a histórica
temporada recordista de incêndios florestais de 2020 na
Califórnia.
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se segue.
Mantendo-se o sentido e a correção gramatical do texto, a
expressão “há cerca de três mil anos” (último período do
segundo parágrafo) poderia ser substituída por acerca de
três mil anos.
Considerando o cenário que se apresenta com posições
diversas ________ da ________, tanto por parte dos alunos
como dos servidores ________ e docentes, a Administração
da Universidade Federal do Amapá esclarece que respeitará
o princípio do ________ de cada um por fazer adesão ou
não ao movimento de ________ e espera que esse seja um
princípio básico da ação de cada membro da comunidade
acadêmica.
(Disponível em: http://www.unifap.br/.)
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas, na ordem em que aparecem no texto.